Gazeta Rural nº 375

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Câmara de Viseu mantém iluminação e aposta em programação de Natal

à distância

Encontros literários ‘Tinto no Branco’ abre-se ao mundo e com nomes grandes

Município de Almeida incentiva compras de Natal no comércio local Proença-a-Nova realiza Mercado Sabores de Natal de forma ‘contida’ e cuidada

Município da Sertã celebra Natal com programa simbólico Município de Seia mantém iluminação e animação de Natal

Cabazes de Natal ‘Terras de Oiro’ disponíveis na loja online Município da Covilhã apresentou edição 2020 do “Natal com Arte”

Sabugal volta a recriar o maior presépio natural do país Montalegre promove festa do fumeiro e avança com plataforma de venda online Exportações dos vinhos portugueses chegaram aos 590 milhões de euros até Setembro

Ficha técnica Ano XVI | N.º 375 Periodicidade: Quinzenal Director: José Luís Araújo (CP n.º 4803 A) E-mail: jla.viseu@gmail.com | 968 044 320 Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Redacção: Luís Pacheco Opinião: Luís Serpa | Jorge Farromba Júlio Sá Rego | Gabriel Costa Departamento Comercial: Luís Cruz Sede de Redacção: Lourosa de Cima 3500-891 Viseu | Telefone: 232 436 400 E-mail : gazetarural@gmail.com Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546 Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unip. Lda Administrador: José Luís Araújo Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social: 5000 Euros CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339 Detentor de 100% do Capital Social: José Luís Araújo Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica: Liliana Vaz Impresão: Novelgráfica, Lda R. Cap. Salomão, 121 - Viseu | Tel. 232 411 299 Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/estatutoeditorial/ Tiragem Média Mensal: 2000 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.

Investigadoras portuguesas na fronteira da exploração do mar profundo CIM Região de Coimbra protege espécies de plantas ameaçadas Produtores de porco alentejano consideram essencial apoio do Governo Fileira do queijo DOP da região Centro é das mais afetadas com a pan-

demia

Câmara de Vidigueira está a criar percursos pedestres em todo o concelho Argo Tractors aposta no mercado português através da Argo Tractors

Ibérica Orçamento da CIM Viseu Dão Lafões ascende a mais de 10 milhões de euros CAE de Sever do Vouga comemora 19 anos com Exposição Virtual

Crónica Rural: Gabriel Costa - Os Custilos Opinião: Francisco Ferreira - O Papel da Floresta na Recuperação Económica Nacional



Rua Direita integra Mercado de Natal

Viseu dinamiza comércio local e aposta em programação de Natal à distância Campanha “Escolha bem, escolha local” apela ao consumo no comércio e restauração locais, à solidariedade e à cultura segura. Rua Direita integra Mercado de Natal. Cidade-jardim é cidade-luz.

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ming”, havendo na última noite do ano “conteúdos té 6 de Janeiro Viseu veste-se de luz para viver a magia da quadra nadisponibilizados na internet”. talícia e proporciona iniciativas culturais seguras para toda a família, Também por streaming tão agendadas diversas inigrande parte das quais em formato digital. O Município de Viseu avança ainda ciativas, que começaram a 27 de Novembro, com a com uma campanha promocional, sem precedentes, de estímulo ao consuinauguração da iluminação e “atividades presenciais, mo no comércio e na restauração locais, à solidariedade social e à frequência que acontecerão ao longo de Dezembro”, mas “em mide espaços culturais seguros. croescala” e sujeitas a “reserva prévia”, feita através do O presidente da Câmara de Viseu apresentou a programação de Natal, site da câmara (no qual consta toda a programação de que conta com iluminação alargada, deixa cair a animação de rua, organiNatal), para assegurar “toda a segurança”, em função za atividades por streaming e promove o comércio local. “A autarquia faz da pandemia de Covid-19. exatamente o mesmo investimento que fez no ano passado na iluminaOutra iniciativa, via streaming, adiantou o vereador ção de Natal, que terá um presente no Rossio”, e “vai usar mais de 390 da Cultura, é o projeto “30 noites, 30 histórias de Natal, mil lâmpadas nas avenidas centrais da cidade” e alarga a mais duas ruas, onde ao longo de três minutos todas as noites haverá “num total de mais de 39 quilómetros de iluminação”, afirmou António um convidado, uma figura pública, a contar uma história Almeida Henriques. de Natal”. Para apresentar a programação de Natal deste ano, o autarca defenJorge Sobrado sustentou que, este ano, “o comércio é deu que “não fazia sentido não iluminar a cidade, até porque isso afasna rua, a cultura na internet e a solidariedade no bolso”, taria as pessoas do centro para as grandes superfícies que mantêm as uma vez que “todas as pessoas que não sentiram quebras suas iluminações”. Além disso, acrescentou o autarca, “lançámos uma nos seus rendimentos têm o dever moral de consumirem”, campanha de promoção para o comércio local, para que as pessoas, admitindo que ele é um deles. este ano, comprem no nosso comércio e a Câmara vai também contribuir [para isso], ao dar a cada um dos cerca de mil funcionários um vale de 25 euros para usar, obrigatoriamente, no comércio local”, “Inauguramos uma exposição alusiva ao capital Almeida anunciou. Almeida Henriques justificou o vale com o facto de este Moreira e depois na Quinta da Cruz haverá uma outra de ano não promover “jantar de Natal”, tal como “como não houve o fotografia artística da Fundação Altice, antiga Fundação PT, magusto, nem o jantar na Feira de São Mateus, e então, com mais retirada do fundo do baú, da altura da mudança de século”, uma adição, transformou-se num vale” de compras. adiantou. “O Mercado de Natal vai manter-se no Mercado 2 de Maio, mas O presidente da Associação Comercial de Viseu, Gualter Mipara ser feito com todo o distanciamento necessário vai ser alargarandez, e o vice-presidente da Associação da Hotelaria, Restaudo à Rua Direita, onde haverá, pelo menos, 10 lojas, das que estão ração e Similares de Portugal (AHRESP), representante da reencerradas, com o artesanato local, nomeadamente os estanhos gião, Jorge Loureiro, que não pouparam elogios à autarquia por e o linho”, referiu. “manter atividades que incentivam e estimulam os empresários Da habitual programação não constam a animação de rua, nem dando-lhes a esperança necessária para se manterem abertos os concertos, assim como a festa de final do ano, mas haverá “o por mais dois meses” concerto de ano novo com a Filarmonia das Beiras, por strea4

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Em Viseu, de 4 a 6 de Dezembro, num formato 100% digital

Encontros literários ‘Tinto no Branco’ abre-se ao mundo e com nomes grandes Viseu vai receber, de 4 a 6 de Dezembro, o festival literário Tinto no Branco, este ano com a designação “Encontros Literários”, numa edição totalmente em `streaming`. O evento marca o regresso de Mia Couto à capital da Beira Alta e tem o ator António Fagundes e a enóloga Jancis Robinson entre convidados.

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ste ano o Festival Literário Tinto no Branque, e, este ano, será à conversa com o cineasta seu compatriota Sol de Carvaco perde propositadamente o termo feslho, que realizou o filme “Mabata Bata”, em 2017, inspirado num dos primeiros tival, para não haver más interpretações, e assume contos de Mia Couto, “O dia em que explodiu Mabata Bata”, de 1986. o termo `encontros literários`”, afirmou o vereador A atriz Rita Blanco é outra das convidadas e estará à conversa com Patrícia da Cultura da Câmara de Viseu na apresentação do Pillar, assim como o jornalista e escritor Rui Cardoso Martins, que escreveu a evento. peça “Última Hora”, incluída na temporada do Teatro Nacional D. Maria II, em A iniciativa Tinto no Branco - Encontros Literários Lisboa, que conversará com os irmãos Rapazote. de Viseu “vai ser 100% digital e 100% local”, subli“Dois irmãos gémeos, o Afonso e o Bernardo, naturais de Viseu, que se têm nhou Jorge Sobrado, mantendo a expectativa de chedestacado no mundo do audiovisual”, evidenciou Jorge Sobrado, recordando gar a novos mercados e a outras latitudes da lusofoa seleção do filme de ambos “Corte”, para o programa Cinéfondation do nia, como Brasil e Moçambique. Festival de Cannes. Jorge Sobrado explicou que o programa “será realiOs autores Dionísio Vila Maior e Jorge Marques têm sessões marcadas zado exclusivamente em `streaming`, com as sessões para apresentarem os seus livros, assim como Isaque Ferreira e Rui Spranao vivo e sem qualquer público presente”, “grande parger, que têm agendado um espectáculo de poesia para a noite de sábado. te das quais a partir da Casa do Miradouro”, em Viseu, De 4 e 6 de Dezembro há igualmente destaque para sessões com os onde a programação foi apresentada. viseenses Alberto Correia, que apresentará a edição municipal “Viseu Em `streaming` fora de Portugal estão, desde já assuSabe Bem”, em conversa com o `chef` Diogo Rocha e o historiador Luís midas, as participações dos convidados do Brasil, os atoFernandes. res António Fagundes e Patrícia Pillar e o jornalista e esEsta sessão sucede à abertura dos encontros literários, que está agencritor Afonso Borges, e, do Reino Unido, a crítica de vinhos dada para as 18 horas, do dia 4 de Dezembro, com uma sessão orientada Jancis Robinson. Estes convidados “marcarão presença a por Mário Augusto, que “fará uma espécie de `quizz` à volta do cinema partir dos seus países”, através do endereço “tintonobrane da literatura”. co.pt”. O produtor dos “encontros”, Tito Couto, da Booktailors, não poupou Este ano, continuou Jorge Sobrado, “há uma atenção eselogios à Câmara Municipal de Viseu por manter a iniciativa num ano pecial ao Brasil, e acontece num ano em que Viseu se dedica de pandemia, e considerou que, “com esta edição digital, o festival ao cinema e artes visuais”. Nesse sentido, António Fagundes chegará a novos mercados e a outras latitudes do mundo lusófono”. e Patrícia Pillar são convidados, “não só pela projeção na teO presidente da Câmara Viseu acrescentou que o festival “vai muito levisão e cinema, como também por todo o trabalho realizaalém do mundo lusófono, porque também chegará aos estudantes e do com adaptações literárias, também no teatro”. amantes da língua portuguesa” e “de forma segura, porque é na se“A aclamada crítica de vinhos, britânica, atualmente colugurança da casa de cada um, no quentinho da lareira, com a família, nista do Financial Times e responsável pela garrafeira da Rainum fim de semana diferente”. “É um convite para ficar em casa nha de Inglaterra, Jancis Robinson, vai estar à conversa, numa em tempos de pandemia. Um fim de semana em que poderemos `entrevista de vida`, com Carlos Lucas, durante a qual, certafazer quase tudo o que temos feito nos anos anteriores, no Solar mente, o vinho do Dão, que também conhece, vai ser um dos do Vinho do Dão, mas desta feita em casa, na nossa segurança, a assuntos principais”, destacou Jorge Sobrado. degustar a nossa comida e o nosso vinho do Dão”, desafiou AntóMia Couto está de regresso ao festival, a partir de Moçambinio Almeida Henriques. www.gazetarural.com

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Campanha irá decorrer de 1 de Dezembro a 6 de Janeiro de 2021

Município de Almeida incentiva compras de Natal no comércio local A Câmara de Almeida vai promover uma campanha de dinamização dos comércios, restaurantes e unidades de alojamento do seu território durante a quadra natalícia. A campanha ‘Dinamizar para Aproximar - Natal 2020’ irá decorrer entre os dias 1 de Dezembro e 6 de Janeiro de 2021.

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euros de despesa em refeição nos restaurantes aderenom a iniciativa, a autarquia de Almeida, presidida por António José tes será atribuído ao cliente um cupão de participação. Machado, pretende dinamizar a economia local durante a quadra Neste caso, serão sorteados 10 ‘vouchers’ de refeição no natalícia. “A atividade promovida já em 2019 - ‘No Natal compre no Covalor de 15 euros, que devem ser gastos no restaurante mércio Tradicional’ -, revelou-se num enorme sucesso não só pela grande mencionado no cupão sorteado. adesão dos estabelecimentos do concelho de Almeida, mas também pela Por fim, na ação “Natal no alojamento local”, por cada massiva participação dos seus munícipes e visitantes”, lembra o municí10 euros em alojamento aderente será atribuído um pio em comunicado. cupão de participação ao cliente, sendo sorteados 10 Segundo a fonte, face ao sucesso alcançado, a autarquia, através da ‘vouchers’ de alojamento para uma noite. Os ‘vouchers’ de Área de Turismo, “repete a atividade no presente ano, como forma de alojamento premiados também devem ser gastos no alojacontinuar a dinamizar e revitalizar o comércio no concelho e minorar mento mencionado no cupão sorteado. o impacto da pandemia na economia local”. “Este ano, restaurantes e Segundo o município de Almeida, situado junto da fronalojamentos do concelho irão integrar a iniciativa, sob o mote: ‘Neste teira com Espanha, os cupões para os sorteios devem ser Natal valorize a gastronomia local’ e ‘Natal no alojamento local’”, é colocados nas tômbolas que se encontrarão no Turismo Mureferido. nicipal de Almeida e no Centro de Desenvolvimento TransA autarquia considera que nos atuais “tempos atípicos” devido à fronteiriço (CEDET) de Vilar Formoso. pandemia causada pela covid-19, a ação “assume especial relevância Os nomes dos sorteados serão anunciados pelos canais de no estímulo da economia local, ao mesmo tempo que promove a divulgação da Câmara Municipal e os ‘vouchers’ vencedores restauração e o alojamento”. devem ser gastos entre 01 de Fevereiro e 31 de Dezembro de Com a atividade “No Natal compre no comércio Tradicional” por 2021. cada 10 euros de compras nos estabelecimentos aderentes será Todos os estabelecimentos aderentes à iniciativa serão idenatribuído um cupão de participação ao cliente. No final da camtificados com um dístico apropriado. panha, serão sorteados um ‘voucher’ de compras no valor de 100 euros, dois de 50 euros e sete no valor de 25 euros. “Os ‘vouchers’ de compras premiados devem ser gastos no estabelecimento mencionado no cupão sorteado”, refere a autarquia. Em “Neste Natal valorize a gastronomia local”, por cada sete 6

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Nos fins de semana de 12 e 13 e 19 e 20 de Dezembro

Proença-a-Nova realiza Mercado Sabores de Natal de forma ‘contida’ e cuidada O município de Proença-a-Nova vai levar a cabo o Mercado Sabores de Natal nos fins de semana de 12 e 13 e 19 e 20 de Dezembro. O palco será o Mercado Municipal e espaços envolventes, que terá um plano de contingência. esmo em tempo de pandemia, esta autarquia do Pinhal Interior não quis deixar de levar a cabo um evento que promove e divulga os odores e sabores da época, apelando à responsabilização individual, no compromisso e cumprimento das regras que o momento que atravessamos impõe. Em conversa com a Gazeta Rural, o presidente da Câmara de Proença-a-Nova considerou importante “levar” aos munícipes o espirito da época, permitindo, ao mesmo tempo, que “os nossos comerciantes, artesãos e associações partilharem aquilo que tão bem sabem fazer, mas também o melhor que Proença tem” acrescentou João Manuel Lobo.

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Gazeta Rural (GR): Proença-a-Nova vai ter o Mercado de Natal, como em anos anteriores, mas com regras e um plano de contingência? João Manuel Lobo (JML): Apesar das contingências que vivemos vamos promover o Mercado de Natal, pois não queremos deixar de levar aos nossos munícipes, mas também a todos quantos nos visitam, o espírito da época, com momentos de partilha, que este ano será diferente, mas também naquilo que é capacidade dos nossos comerciantes, artesãos e associações partilharem o que tão bem sabem fazer, mas também aquilo que de melhor Proença tem.

meiro, os queijos e, de uma forma geral, os odores e sabores de Proença-a-Nova. Nesta altura, e associados ao Mercado de Sabores de Natal, temos outras duas iniciativas que se interligam, como a ajuda ao comércio tradicional, que tanto precisa de um olhar atento, com as raspadinhas que temos realizado ao longo do ano, com o apoio do município às compras feitas na nossa economia local; e depois a nossa marca “Proença-a-Nova Origem”, que lança cabazes personalizáveis, com os nossos produtos locais, que podem ser adquiridos na loja online do município ou levantados no posto de turismo de Proença. “O setor primário, com inovação, traduzir-se-á para estes territórios como um factor decisivo e diferenciador”

GR: Que perspetiva tem para a edição deste ano? JP: O momento que vivemos é difícil e o objetivo é parar esta pandemia. Para isso temos que ter condições para a fazer parar, com cuidados acrescidos, evitando os ajuntamentos e a socialização, tal como a conhecemos, mas temos que dar às pessoas condições e capacidade de olharem para 2021 com mais esperança, sabendo que o início não será muito diferente do momento que atravessamos. Temos condições, se todos quisermos, - e aqui entra a responsabilidade individual de cada um de nós, - que em conjunto conseguiremos dar uma resposta pelo colectivo, na condição da responsabilização individual, mas também na partilha daquilo que são momentos que culturalmente assentam os valores da nossa sociedade. O Natal tem este momento importante, que é a família, os momentos de convívio, de laços, de partilha e, com certeza, que não é a pandemia que os faz cair. Contudo, tendo sempre presente a responsabilidade individual.

GR: As atividades serão transmitidas nas plataformas digitais do município? JML: Sim. Há várias iniciativas previstas para os dois fins-de-semana. Vamos ter teatro, com duas peças, que serão transmitidas em streaming, de forma a que não haja ajuntamentos de pessoas, permitindo, desse modo, que quem as quiser ver o possa fazer tranquilamente em sua casa. Uma delas é “A defesa da Pátria contra os invasores”, que tem a ver com as invasões francesas e o Campo Arqueológico Internacional, que ao longo dos anos temos realizado no nosso concelho. A outra é mais focada nas nossas tradições de Natal. Relativamente aos sabores, temos um espaço de cozinha ao vivo, que será transmitido nas plataformas digitais do município. O espaço exterior do Mercado Municipal sofrerá algumas alterações. Há um plano de contingência associado ao evento e a circulação das pessoas far-se-á de forma alternada e em número limitado dentro do espaço. GR: Os Doces e Sabores do Carvalhal foram premiados inLevamos este Mercado de Natal aos nossos munícipes, mas ternacionalmente? também a todos os que nos quiserem acompanhar ou visitar, denJP: Receberam dois prémios num concurso internacional. A tro das possibilidades, traduzindo o melhor que tem os nossos Rita Santa Cruz tem uma exploração no Carvalhal, uma aldeia sabores, com destaque para as filhós, mas também tudo o que próxima de Proença, e ao longo dos tempos tem granjeados váenvolve outras produções artesanais do concelho, como o furios prémios. Isso prova a qualidade dos nossos produtos, mas 8

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também a capacidade de olhar para aquilo que se produz no nosso território, muitas vezes silvestre, e criar novos produtos, dotá-los de novas roupagens e, assim, gerar riqueza. GR: Os territórios do interior têm que seguir esses exemplos de inovação? JP: Esse é, sem dúvida, um dos caminhos. O setor primário, com inovação, traduzir-se-á para estes territórios como um factor decisivo e diferenciador. Há, como é natural, um caminho largo para a tradição, para as receitas tradicionais, e podem criar-se novos produtos, mas, ao mesmo tempo, é importante ter a capacidade de traduzir o gosto que os mercados têm, o interno e o externo. Esta é uma das valências destes territórios, que devem ser acompanhadas e apoiadas. Neste aspeto, os municípios terão que ser a alavanca essencial, apoiando estas iniciativas, que traduzem a capacidade dos nossos concidadãos de fazerem melhor e diferente.

Marca Proença-a-Nova Origem lança cabazes personalizáveis A marca Proença-a-Nova Origem tem novamente disponíveis os seus quatro cabazes de Natal – Origem, Cortiçada, Estevais e Tradição, este ano com a possibilidade de escolher alguns dos produtos que já estão incluídos, sem custo adicional. No cabaz Tradição, que inclui a tigelada de Proença-a-Nova, o plangaio, o maranho e o vinho Monte Barbo, o cliente pode optar pelo vinho tinto, branco ou rosé. No cabaz Estevais, o cliente escolhe entre o licor Erikae ou Caseirão, as compotas da Caseirão ou Montes Physalis, os biscoitos da Zélia, Panificadora Bernardo ou Montes de Sabor e o queijo Pucariças ou Queijaria do Morgado, tal como no cabaz Origem e Cortiçada que inclui a opção entre os enchidos Almeida & Filhos ou Verganista, as filhós, os biscoitos e os bolos da Zélia, Panificadora Bernardo e Montes de Sabor ou o mel da Bee, Caseirão e Mel do Miguel. Aumentando o leque de opções, promove-se um maior número de produtores locais através destes cabazes. Todas estas propostas incluem uma caixa de madeira de pinho feita à mão e são enviadas por correio ou podem ser levantadas gratuitamente no Posto de Turismo, na loja do Centro Ciência Viva da Floresta ou na loja O Sítio Certo, no Mercado de Benfica, em Lisboa. Mais do que a promoção dos pequenos empresários locais, é também através da gastronomia que o Município de Proença-a-Nova promove o território. Os quatro cabazes estão já disponíveis para venda na loja online em www.proencanovaorigem.pt e apresentam sugestões de produtos que representam o que de melhor existe no concelho. www.gazetarural.com

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Produzidos em Carvalhal, concelho de Proença-a-Nova

Doces Saberes do Carvalhal premiados no Great Taste Awards O doce de alperce e nectarina, com duas estrelas de ouro, e as bolachas de aveia Bio, com uma estrela de ouro, foram os produtos da Doces Saberes, com produção na aldeia de Carvalhal, no concelho de Proença-a-Nova, premiados na edição de 2020 do Great Taste Awards. Este é um prémio criado no Reino Unido em 199,3 que realiza apertado escrutínio aos produtos do sector alimentar e de bebidas que se submetem ao processo de avaliação.

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e acordo com Rita Santa Cruz, a artesã que há dez anos se dedica à figo, Rita Santa Cruz apresenta ainda sabores como geprodução artesanal de doces, esta foi a quarta participação neste leia picante, pêra com vinho branco, nectarina e alperce concurso e a terceira em que recebeu prémios (o primeiro foi em 2016 e, um dos mais procurados, o doce de laranja com café. A para o seu doce de abóbora e o segundo em 2018 para o seu doce de maior parte das frutas que utiliza são de produção própria frutos vermelhos). Os elementos do júri, que formam vários grupos, ou, em anos de produção insuficiente, privilegia a compra têm muitos parâmetros de avaliação, explica a empresária, “o que ajuna região. da a melhorar o produto, pois fazem um relatório que disponibilizam Uma das novidades mais recentes foi a certificação para aos produtores”. Esses parâmetros englobam questões como brilho, a produção em modo biológico, atribuída em Dezembro de dimensão dos pedaços e até a forma como estes são cortados. 2019. Atualmente, esta produção ainda é reduzida – apenas Se em Portugal este prémio ainda não é valorizado, o mesmo não para um nicho de mercado – tendo em conta que “os custos acontece na Europa, onde o Great Taste Awards é conhecido e um são mais elevados”. importante argumento de venda. Para além do mercado nacional, as No concelho de Proença-a-Nova os produtos Doces Sa12 compotas Doces Saberes encontram-se à venda na Alemanha e beres podem ser encontrados na loja da Aldeia do Xisto da Áustria. A presença em feiras da especialidade, ainda que não muiFigueira (restaurante Ti Augusta) e no Amoras Country House to frequente, tem permitido perceber o que o público procura em Hotel. termos de sabores e de tendências de consumo, informação que O Município de Proença-a-Nova congratula-se e parabeniza depois transfere para a criação das suas compotas. a Doces Saberes pelos prémios conquistados, sendo, desta forPara além dos tradicionais doces de abóbora, de tomate ou de ma, mais uma embaixadora do concelho. 10

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A FORÇA DA UNIÃO CASTRO DAIRE VILA NOVA DE PAIVA

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Durante todo o mês de Dezembro

Município da Sertã celebra Natal com programa simbólico O Município da Sertã vai assinalar a quadra natalícia organizando mais uma edição da Sertã – Terra do Pinheiro de Natal durante o mês de Dezembro.

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No fim de semana de 5 e 6 de Dezembro

Doces de Natal encerram programa anual de gastronomia em Barcelos

Natal é uma época cheia de simbolismo e de gestos, que permitem entrever o que há de melhor na natureza humana, pelo que a autarquia do Pinhal Interior vai promover um programa de atividades reduzido, pois esta quadra tem que, obrigatoriamente, ser vivida de forma diferente, A Câmara de Barcelos promove, no fim de semadevido às restrições da pandemia da Covid-19. na de 5 e 6 de Dezembro, o concurso Barcelos Doce. Segundo o presidente da Câmara da Sertã, José Farinha Nunes, “vamos Durante estes dias, no Posto de Turismo, 11 pasteter este ano um Natal diferente, contudo não queremos que a quadra telarias e padarias do concelho que participam neste nha menos brilho do que nos anos anteriores. Talvez porque seja imporconcurso mostram a doçaria típica da época de Natal, tante, em tempos como este, dar sinais de esperança e de amor. E o Natal como o bolo-rei, o pão de ló e o tronco de Natal, coné isto: amor e esperança”. O autarca admite que “foi preciso reduzir ao fecionados de acordo com as tradições gastronómicas mínimo as atividades previstas para garantir a segurança de todos, pelo da região. que se optou por iniciativas mais simbólicas”. Assim, haverá a tradicional iluminação de Natal nas principais artérias da vila sede de concelho e nas décima primeira edição do Concurso Barcelos restantes freguesias. “O Natal tem de ter brilho e a iluminação ofereceDoce promove a excelência dos doces tradicionais -nos isso mesmo”, explicou José Farinha Nunes. de Natal, confecionados em Barcelos, e possibilita, a quem Estão ainda previstos os tradicionais concursos promovidos conjunvisita a cidade nesta altura, uma experiência de sabores tamente pela Câmara da Sertã e pela APROSER - Associação de Produmuito típica da quadra natalícia. tores do Concelho da Sertã. Desde logo o concurso ‘A Melhor Montra Esta iniciativa encerra o programa anual dos “7 Prazeres de Natal’, dirigido a todas as lojas sedeadas no concelho e que visa foda Gastronomia”, promovido pelo Pelouro do Turismo da mentar o consumo no comércio tradicional e promover o carácter fesCâmara de Barcelos e que, de Fevereiro a Dezembro, apretivo da quadra natalícia. Serão premiadas as três melhores montras. sentou o melhor da gastronomia local e regional, destacando Por seu lado, o concurso ‘Natal no Comércio Tradicional’ premiaos pratos típicos, como a lampreia, o bacalhau, o galo assado, rá, através de sorteio, as pessoas que façam compras nas cerca de o arroz “pica no chão” e, agora, a doçaria tradicional de Natal. 140 lojas aderentes. De 1 a 31 de Dezembro, por cada compra no As pastelarias aderentes ao Concurso Barcelos Doce de valor de 20€, é entregue um cupão de participação, que deverá ser 2020 são a Padaria e Pastelaria Mercado do Pão (Barcelos), preenchido, carimbado e entregue na Casa da Cultura da Sertã até Padaria e Pastelaria Nata Selvagem (Lijó),Padaria e Pastelaria 15 de Janeiro de 2021. Serão depois sorteados dez prémios no vaSanta Luzia (Barcelinhos), Pastelaria São Bento (Várzea), Palor total de 875€ (em vouchers). daria Flor de Durrães (Durrães), Padaria Pacheco (Viatodos), Já na Casa da Cultura decorrerá nova edição do concurso ‘O MePastelaria Chá e Nata (Rio Côvo Santa Eugénia), Pastelaria Camlhor Pinheiro de Natal’, inserida n’«A Floresta da Esperança». Nespinho e Amaro (Vila Seca), Pastelaria Doce da Consolação (Vila ta iniciativa as associações do concelho da Sertã foram, uma vez Seca), Pastelaria Minnelli (Barcelos) e Pastelaria Rosa Cintilante mais, desafiadas a decorar pinheiros, que estarão em exposição (Gilmonde). naquele local.

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Com um investimento é semelhante ao do ano passado

Município de Seia mantém iluminação e animação de Natal Num ano atípico, marcado por restrições para controlar a pandemia, a Câmara de Seia vai dinamizar e apoiar o comércio tradicional nesta quadra festiva.

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ssim, a partir de 1 de Dezembro, Seia dá as boas-vindas ao Natal com a ligação da iluminação natalícia. O investimento é semelhante ao do ano passado, incidindo nas principais artérias da cidade (de maior atividade comercial), um incentivo para que as compras de Natal se efetivem no concelho. Porque esta época é de partilha e os tempos, mais do que nunca, o exigem, o apoio ao comércio local é transversal a outras iniciativas. Exemplo disso é o habitual sorteio que premeia compras no comércio local, promovido pela Associação Empresarial da Serra da Estrela, a que o Município de Seia se associa uma vez mais através da comparticipação do 1º prémio. No mesmo eixo de intervenção também se destaca o programa Compre(em)Seia, lançado em Junho pela autarquia, em parceria com esta associação e a Fundação Aurora Borges, enquanto entidade coordenadora do CLDS 4G, e cujos vales de compras sorteados (de um total de 75 mil euros investidos na iniciativa) podem ser utilizados nos 313 estabelecimentos aderentes até 6 de Janeiro. Em complemento a esta medida, a Câmara liderada por Filipe Camelo também vai oferecer vales de compras do Compre(em) Seia, no valor de 25 euros cada, aos mais de quinhentos trabalhadores da autarquia, uma forma de impulsionar as compras no comércio local. No plano da animação, com o objetivo de criar maior atratividade e dinamismo nas zonas comerciais, a quadra festiva contará com animação de rua, mas de forma itinerante. Porque o Natal é época de magia, nos dias 12, 19 e 20 de Dezembro, cumprindo as regras impostas pelas circunstâncias que vivemos, serão vários os momentos de entretenimento, onde não faltará o Pai Natal e os seus duendes que farão as delícias dos mais novos. A juntar a tudo isto, a cidade e a vila de São Romão terão som de rua, uma iniciativa da União das Freguesias de Seia, São Romão e Lapa dos Dinheiros. www.gazetarural.com

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Produtos tradicionais do concelho de Vila Velha de Ródão.

Integrado no programa ‘Setúbal Christmas Fest’

Câmara de Setúbal promove iniciativa ‘Doces à Mesa’ de estímulo da economia local Pasteleiros setubalenses vão mostrar ao público as diferentes formas de confecionar a doçaria tradicional de Natal, e outras criações, em ‘Doces à Mesa’, uma nova iniciativa da Câmara de Setúbal de estímulo da economia local.

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Cabazes de Natal ‘Terras de Oiro’ disponíveis na loja online Durante a quadra festiva que se aproxima, os produtos endógenos da marca ‘Terras de Oiro’, de Vila Velha de Ródão, vão estar ainda mais perto consumidores, onde quer que se encontrem, graças à criação de um conjunto de cabazes que reúnem o que se melhor se faz na região a preços acessíveis.

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urante estas semanas que antecedem o Natal, produtores locais objetivo é que, neste Natal que se adivinha atípico dão a conhecer as receitas dos doces típicos da gastronomia pore em que muitas famílias não se vão poder reunir tuguesa e regional em sete vídeos que exemplificam, passo a passo, os nos moldes habituais, se possam vencer distâncias através modos de preparação. da encomenda na loja online Terras de Oiro (www.terrasTronco de Natal, bolo-rei vegan, azevias, esses e amores de Azeitão, deoiro.pt) dos produtos tradicionais do concelho de Vila coscorões, bolo inglês e lampreia de ovos são as sete iguarias a cuja Velha de Ródão. Estes cabazes incluem artigos como o mel, confeção é possível assistir nas redes sociais e páginas de internet da azeite, pasta de azeitona, vinho, enchidos e bolaria tradicioCâmara de Setúbal. nal - das broas de mel aos bolos fintos, cavacas ou filhós - e Este projeto, desenvolvido com o apoio da Escola de Hotelaria e abrangem cinco combinações diferentes de produtos, com Turismo de Setúbal, disponibiliza os vídeos nos dias 2, 4, 9, 11, 16 e preços que podem variar entre os 20 e os 45 euros. 23 de Dezembro, de forma a que os interessados possam ir aprenA marca Terras de Oiro foi criada pelo Município de Vila Vedendo receitas para as fazer em casa. lha de Ródão com o objetivo de promover e dar notoriedade A iniciativa Doces à Mesa reforça a estratégia que o município e valor aos produtos do concelho, através da criação de uma tem vindo a desenvolver de apoio o comércio local, com o objetivo identidade facilmente reconhecível e ligada a um território. A de divulgar os sabores e as tradições da pastelaria nacional e reloja online tem por base o catálogo da marca territorial do congional e, em simultâneo, estimular o setor e promover o concelho celho e veio permitir a encomenda destes produtos, sendo a sua enquanto destino turístico gastronómico de excelência. distribuição garantida em todo o território nacional. O projeto, integrado no programa Setúbal Christmas Fest, comemorativo do Natal, destaca em 2021 outros doces, dos tradicionais às mais recentes inovações. 14

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Disponíveis em 15 pontos de venda, por telefone ou email

Famalicão criou cabaz “Produto que é Nosso” com sabores locais A Câmara de Vila Nova de Famalicão e os produtores e empreendedores locais do concelho têm quatro saborosas sugestões de prendas para este Natal. São os quatro cabazes “Produto que é Nosso”, compostos por produtos locais de qualidade reconhecida e especialmente desenvolvidos para proporcionar aos consumidores uma quadra natalícia com sabores “Made In Famalicão”.

Evento vai decorrer de 1 de Dezembro a 6 de Janeiro

Município da Covilhã apresentou edição 2020 do “Natal com Arte”

O Município da Covilhã vai promover o “Natal com Arte”, um evento que vai decorrer de 1 de Dezembro a 6 de Janeiro e que é uma marca s quatro cabazes - Sabores Doces, Sabores Clásque designa o vasto conjunto de atividades que, desde 2017, tem vindo sicos, Sabores Ancestrais e Sabores Tradicionais a animar anualmente e a celebrar a época de Natal. Este ano, apesar - podem ser adquiridos em 15 pontos de venda, como sudas restrições a que a situação pandémica obriga, o Natal não deixará permercados, comércio local e espaços de venda de prode ser celebrado, sentido e vivido por todos os covilhanenses. dutores locais. Podem também ser encomendados através dos números 926 984 666 e 252 111 884 ou do email produtosmadein@gmail.com. a apresentação da iniciativa, o presidente da Câmara da Covilhã O vinho verde da região, os enchidos, as compotas em adiantou que “o programa foi adaptado e desenvolvido tendo em bisnaga da Meia Dúzia e os queijos do Senras Dairy são alconta as restrições de segurança, sendo que algumas atividades calenguns dos produtos comercializados nestes cabazes e que darizadas poderão não acontecer devido a motivos de força maior”. contam com a chancela “Selo Made IN Famalicão – Produto Vítor Pereira acrescentou que “apesar de vivermos um ano atípico, que é Nosso”, o projeto de valorização e promoção da produo Natal não poderia deixar de ser celebrado pela importância que a ção famalicense promovido pela autarquia local. quadra representa para todas as famílias do concelho”. Recorde-se que, ao todo, já estão associados a este projeto Do programa constam espetáculos musicais, momentos artísticos 80 produtos de 30 produtores locais. Integram-se neste proe literários que pretendem recorrer à arte para enaltecer o espírito grama, os produtos do setor agroalimentar, agrícolas e transda época, ainda que possam surgir constrangimentos nas tradicioformados, que se enquadram na tipologia de produtos e nos nais celebrações. Em acréscimo, às atividades lúdicas e culturais, critérios de avaliação e reconhecimento estabelecidos no reguassocia-se a distribuição de apoios solidários (Vales Solidários e a lamento do projeto. Ceia de Natal) como forma de mitigar os impactos negativos, a nível “É uma excelente sugestão para este Natal. Oferecemos um socioeconómico, que a pandemia provocou junto da população. presente saboroso com produtos de qualidade, ao mesmo temNa apresentação do programa oficial das comemorações natalípo que apoiamos os produtores e a economia local”, refere a procias - “Natal com Arte” esteve também a vereadora com o pelouro pósito o presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha. da Cultura, Regina Gouveia.

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No Largo do Castelo, de 9 de Dezembro e 7 de Janeiro de 2021

Sabugal volta a recriar o “maior presépio natural do país” A Câmara do Sabugal anunciou que este ano volta a recriar o “maior presépio natural do país”, que obedecerá a medidas de segurança para evitar contágios pelo novo coronavírus. Segundo a autarquia presidida por António Robalo, o presépio será este ano instalado no Largo do Castelo, uma vez que o lugar habitual, o Largo da Fonte, está a ser alvo de obras de requalificação.

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O presidente da Câmara do Sabugal, António Robalo, refere que celebrar município refere em comunicado que o prea quadra natalícia com a força das tradições, “incutindo valores de partilha, sépio estará disponível aos visitantes entre os de compaixão e de esperança fazem mais sentido este ano do que nunca”. dias 9 de Dezembro e 7 de Janeiro de 2021, “com o Apesar da pandemia, o executivo autárquico pretende “manter viva” a cumprimento das normas impostas pela Direção-Gemarca identitária do concelho, “que já ganhou notoriedade nacional”. ral da Saúde (DGS) para a proteção da comunidade na “Acresce que esta realização não põe em causa, nem limita, a capacidade contenção da pandemia por covid-19”. da Câmara na resposta a todos os que possam necessitar da solidariedade O presépio do Sabugal vai na sexta edição e é consie apoio social”, refere o autarca. derado “o maior presépio natural do país”, segundo a A organização da exposição ao ar livre estabeleceu um plano de conmesma fonte. A autarquia lembra que a iniciativa atrai tingência com entradas e circulação controladas no espaço. Segundo o até aquela cidade da zona raiana “largas centenas de vicomunicado da autarquia, foi criado um sistema de vigilância pelo cumsitantes todos os anos”, registando uma média anual de primento de todas as normas em vigor para garantir a segurança dos visi50 mil visitas. tantes, como sejam o acesso limitado e organizado ao local, medida das O presépio ocupa mais de mil metros quadrados e é temperaturas, desinfeção das mãos, uso obrigatório de máscara facial e construído à escala normal e com a utilização de “tonedistância mínima de segurança de dois metros. “O objetivo é o de que ladas de elementos naturais para transmitir uma percetodos os visitantes, de todas as idades, possam aceder ao local em exção tão real quanto possível, oferecendo uma experiência trema segurança, usufruindo da contemplação do Presépio porque só imersiva imperdível”. “O presépio gigante tornou-se um assim faz sentido a partilha desta iniciativa que tanto simbolismo acarespaço identitário do ponto de vista cultural do Sabugal, reta”, remata. apresentando-se ao público como um ponto de interesse a visitar, a par dos monumentos, museus, castelos ou postos de turismo”, refere a autarquia.

Tlf.: 232 411 299 Tlm.: 918 797 202 www.gazetarural.com 17 Email: novelgrafica1@gmail.com


São cinco mil vales de cinco euros

Câmara de Ourém distribui vales a alunos para compras no comércio tradicional A Câmara de Ourém vai distribuir cinco mil vales de cinco euros a alunos do concelho, para compras nos estabelecimentos do comércio tradicional que adiram à iniciativa, disse o presidente do município. “Vamos distribuir cinco mil vales de cinco euros a alunos do nosso concelho.

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objetivo é o de que possam adquirir produtos nas lojas do comércio tradicional aderentes”, afirmou Luís Albuquerque, adiantando que a programação de Natal deste ano tem uma poupança de 80 mil euros face a 2019, verba que será canalizada para apoios ao comércio local e às famílias carenciadas. O ano passado, as festividades de Natal no concelho custaram na ordem dos 150 mil euros. Ainda no âmbito do comércio local e nas lojas que adiram à campanha “No Natal compre no comércio local... e ganhe prémios”, os clientes, por cada 15 euros de compras, têm direito a um vale, referiu Luís Albuquerque. “Estes vales serão sorteados e os prémios são 150 ‘vouchers’ de 75 euros cada para que o cliente possa voltar a adquirir produtos na loja da qual recebeu o vale para o sorteio”, explicou o autarca. Segundo Luís Albuquerque, com esta campanha pretende-se “ajudar o comércio tradicional e também incentivar as pessoas do concelho a comprarem cá e não irem para outros locais”. “Tem havido uma grande adesão dos lojistas. Em três dias temos 100 estabelecimentos comerciais aderentes e isso significa que possamos ter de aumentar o número de ‘vouchers’ a sortear”, disse. caso de famílias com crianças, os cabazes incluem brinConsiderando que estas ações são uma ajuda num momento em que quedos”, declarou, referindo que são cerca de 60 os agre“muitos comerciantes estão com dificuldades”, o autarca declarou-se gados acompanhados por aqueles serviços. esperançado de que “os munícipes possam aderir em força, de forma a Luís Albuquerque admitiu que “este Natal será diferente, minorar as dificuldades que o comércio está a passar tendo em conta desde logo pelas limitações das deslocações, mas também a situação da pandemia”. porque há pessoas que estão a passar por mais dificuldades O presidente da Câmara acrescentou que a verba resultante da por força do desemprego”. poupança na programação de Natal vai permitir, também, oferecer “Se alguém necessitar de algum apoio do município, pediuma prenda às crianças do pré-escolar e do 1.º ciclo, assim como mos que contactem a nossa Divisão de Ação Social, para que distribuir cabazes pelas famílias carenciadas do concelho que estão a se possa avaliar a situação e decidir eventual ajuda”, apelou ser acompanhadas pelos serviços de ação social do município. “No ainda Luís Albuquerque.

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Feira do Fumeiro e do Presunto de Barroso regressa de 28 a 31 de Janeiro de 2021

Montalegre promove festa do fumeiro e avança com plataforma de venda online

A Câmara de Montalegre vai levar a cabo a edição de 2021 da Feira do Fumeiro e do Presunto de Barroso, que se realizará de 28 a 31 de Janeiro. É o regresso da “rainha do fumeiro”, que se realizará em moldes diferentes em virtude da crise epidémica. Para além da “feira física”, avança a plataforma online com entregas personalizadas. A ideia é desafiar os visitantes a antecipar as encomendas.

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o evento criando um controlo apertado a quem visitar a feira, com uma entrada ace à pandemia, a próxima edição do cerúnica para que haja contabilização fácil dos visitantes”. O autarca acrescentou que tame promete apresentar um figurino re“não será possível circular na feira como habitualmente e não haverá provas no modelado. A organização tem uma estratégia que interior do recinto, como acontecia, por exemplo, com os licores”. visa dar segurança e escoar o produto. É, também, A novidade da feira de 2021 será a comercialização online. “São precisas novas “o salto que faltava dar à Feira do Fumeiro”, esformas de chegar aos consumidores, porque seria uma tragédia económica para clareceu o vice-presidente do município. David Teias famílias se o fumeiro não se vender”, frisou o vice-presidente da Câmara de xeira lembrou o esforço que a autarquia tem feito Montalegre, sustentando a necessidade de “ter coragem para criar formas de ao longo dos anos. Agora é hora de “arregaçar as divulgar, vender e distribuir o produto, que tem qualidade e que já fidelizou mangas” e comercializar - muito irá passar pelo onliuma romaria a Montalegre em Janeiro”. ne - de uma forma mais assertiva e profissional. “Os produtores agarraram bem este novo desafio e esta possibilidade de Uma das consequências da covid-19 na Feira do expandir o seu negócio”, frisou David Teixeira, acrescentando que “há muito Fumeiro de Montalegre é acelerar o processo de tempo se falava na possibilidade de criar canais de escoamento, para que comercialização em formato online. Esta conclusão se possa produzir pelo menos durante três ou quatro meses”. Além disso, saiu do encontro que reuniu vários produtores que acrescentou, “os consumidores poderão fazer as encomendas e pagar aos habitualmente marcam presença do certame, onde a produtores através da plataforma”. O autarca adiantou que o município de organização explicou o muito que irá ser modificado Montalegre “vai assumir os custos do transporte para encomendas superiona edição de 2021. Neste sentido, vai ser lançada em res a 100 euros”. Janeiro uma plataforma para venda online do fumeiro Também o presidente da Associação de Produtores de Fumeiro da Terlocal, conquistar novos mercados e proporcionar negóra Fria Barrosã se mostrou satisfeito com a iniciativa. Boaventura Moura cios por um período mais longo do que os quatro dias da afirmou que “os produtores que entenderem devem agarrar este desafio tradicional feira. e confirmarem o seu interesse em participar, porque é uma oportunidaO vice-presidente da Câmara de Montalegre explicou de de venda nesta fase mais complexa. É normal que haja uma quebra, que a edição de 2021, será “uma feira radicalmente difedadas as circunstâncias, no entanto, há clientes fiéis que vão utilizar os rente, com menos produtores, menos expositores e sem meios disponíveis para chegaram ao fumeiro de qualidade que tanto a grande festa que anualmente se realiza à volta do cerapreciam”. tame”. David Teixeira acredita que “vai ser possível fazer

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Do produtor Caminhos Cruzados, de Nelas

‘Titular Dão Novo Tinto 2020’ o vinho que chega para celebrar a vindima! Suave, frutado, com taninos redondos e aveludados. Assim é o Titular Dão Novo Tinto 2020, um vinho do produtor Caminhos Cruzados, de Nelas, que celebra a vindima deste ano. Esta referência é inspirada numa tradição francesa de engarrafar o primeiro vinho do ano poucas semanas após a vindima.

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Titular Dão Novo Tinto 2020, um monocasta Jaen ­uma casta de grande expressão no Dão -, chega agora ao mercado, a tempo de harmonizar na perfeição com as castanhas assadas que não podem faltar por esta altura. A sua informalidade confere-lhe uma grande polivalência, podendo ser a companhia ideal para emparelhar com pratos da gastronomia chinesa ou japonesa. Também a tradicional pizza ou ainda com as tão portuguesas sardinhas assadas, casam na perfeição com o Titular Dão Novo Tinto 2020. Como vinho novo que é, este néctar está pronto para beber no imediato, mas revela, também, um bom potencial de envelhecimento em garrafa. “Este é o primeiro vinho da colheita e a sua expressão mais pura. Elaborado com a técnica de maceração carbónica, tem notas frescas de morango e framboesa, com um paladar muito suave e elegante. Deve ser servido fresco e bebido de modo informal e alegre”, consideram os enólogos Carlos Magalhães, Manuel Vieira e Carla Rodrigues, que assinam este vinho. A maceração carbónica dá origem a vinhos com características muito peculiares, como é o caso deste Titular Dão Novo Tinto 2020, que tem uma excelente cor e cheio de fruta. Este vinho, que tem um teor alcoólico de 13,5%, está à venda nas melhores garrafeiras de todo o País, bem como no El Corte Inglés, de Lisboa ou Porto, por um preço recomendado de 6,95 euros.

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Sector com quarto ano consecutivo de crescimento das vendas

Exportações dos vinhos portugueses chegaram aos 590 milhões de euros até Setembro As exportações dos vinhos portugueses cresceram 2,43% em valor em 2020 face ao ano passado, atingindo um montante de 589,6 milhões de euros (dados apurados até Setembro de 2020). Os dados foram dados a conhecer pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) no Fórum Anual dos Vinhos de Portugal, uma iniciativa da ViniPortugal realizada este ano pela primeira vez num formato inteiramente digital.

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pesar do impacto gerado pela pandemia de Covid-19 no mercado glotraciclo com o que foi registado no restante mercado bal, os vinhos portugueses continuam numa tendência de crescimeneuropeu. Destaque para os desempenhos muito posito das exportações, que levará a que em 2020 se atinja um valor recorde tivos de Suécia, com um crescimento de 41% corresde exportações de vinho. Atendendo que nos últimos três anos o último pondente a 21,6 milhões de euros, Noruega, a subir trimestre costuma ser o melhor período para as vendas de vinhos, valendo 40% para 10,3 milhões de euros, e Finlândia, com um exportações sempre superiores a 240 milhões de euros, existe a expectaaumento de 50,5% para oito milhões de euros. tiva que seja ultrapassado o valor de 2019, que se cifrou em 820 milhões Para Frederico Falcão, presidente da ViniPortugal, os de euros. resultados dados a conhecer são reflexo da qualidade Para o desempenho positivo registado este ano contribuiu bastante o dos vinhos portugueses e da capacidade de resiliência comportamento dos países terceiros fora do espaço da União Europeia, dos produtores. “Num ano atípico como tem sido 2020, que estão a ter um crescimento de 21,6%, representando 317,5 milhões é um sinal muito positivo as exportações dos vinhos porde euros. Em destaque está o Brasil, que subiu 21,5% para 46,3 milhões tugueses estarem a crescer e a oferecer perspectivas de de euros em exportações, e que só desde Janeiro deste ano cresceu voltar a bater o recorde das exportações em valor. Podemais de oito milhões de euros. mos dizer que o esforço conjunto feito por todos os agenOs Estados Unidos da América, com um crescimento de 7,6% para tes da fileira do vinho ao longo dos últimos anos, com uma 70,5 milhões de euros, e o Canadá, com um acréscimo de 5% para 37,2 aposta muito clara na qualidade do produto e na promoção milhões de euros, são outros dois mercados em evidência. Nota ainda internacional e na abertura de novos mercados, está a dar para o Reino Unido, que regista um crescimento de 4,1%, represenresultados positivos, em particular num ano com tanta incertando 52 milhões de euros de exportações. Trajectória oposta teve teza e restrições”. Angola, com uma quebra de 27% para 19,3 milhões de euros, e China, Em termos globais, em 2019, Portugal ocupou a 9.ª posição com uma redução de 35,8% para 8,5 milhões de euros. no top-10 dos maiores exportadores mundiais de vinho. NesComportamento distinto registou-se de uma forma geral na Eute ranking, liderado pela França, Portugal está posicionado, ropa, num sinal do impacto que a pandemia de Covid-19 está a ter em valor, atrás da Alemanha e à frente da Argentina. Em voluna economia, que conduz a uma queda de 13,5% para 272 milhões me, Portugal ocupa a mesma posição, ficando atrás da África de euros de exportações. Neste particular, merece nota o facto de do Sul, mas supera a Argentina e a Nova Zelândia. as exportações para França caírem 5,4% para 77,8 milhões de euros, o que equivalente a menos 4,4 milhões de euros do que no Bélgica, Dinamarca, Ucrânia e México são apostas para 2021 período homólogo em 2019. A quebra na Alemanha é de 4,7% para 34,7 milhões de euros, menos 1,7 milhões de euros do que Em 2021 a ViniPortugal pretende investir 7,15 milhões de euem 2019. ros na promoção internacional, o que constitui um dos maiores A Escandinávia acabou por ter um comportamento em coninvestimentos em marketing na história da ViniPortugal. O plano 22

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“A estratégia da ViniPortugal ao longo dos últimos anos tem passado por para o próximo ano prevê a realização de 111 acções diversificar mercados e por desenvolver um trabalho sustentado na abertura em 21 mercados, envolvendo mais de 350 agentes de novos mercados. Em 2021 vamos prosseguir esse caminho, com a conviceconómicos, nomeadamente a participação nas ção que a trajectória de crescimento das exportações terá de continuar com grandes feiras internacionais do sector, a realização uma postura competitiva no mercado, apostando em saber vender bem, em de provas, masterclasses e jantares vínicos para dar valorizar a qualidade do nosso produto de modo a conseguirmos aumentar conhecer os vinhos portugueses junto de importadoo preço médio. Estamos confiantes e desejosos de voltar a ter oportunidade res, sommeliers, influenciadores, media e outros prode dar a conhecer a qualidade dos nossos vinhos presencialmente, assim fissionais do sector. Em perspectiva está a conciliação que estejam reunidas todas as condições para o fazer”, afirma Frederico de acções presenciais com eventos em formato online. Falcão. Para além dos mercados tradicionais de exportação Promovido anualmente pela ViniPortugal, o Fórum Vinhos de Portugal de vinho, casos dos Estados Unidos, Canadá, Brasil, Reipretende ser um momento de análise e de debate sobre a realidade do no Unido, França e Alemanha, em 2021 a ViniPortugal sector vitivinícola nacional, com o contributo de entidades reguladoras pretende também investir em novos mercados, com ace de promoção, produtores e convidados de áreas relevantes, e o palco ções promocionais na Bélgica, Dinamarca, Ucrânia e Mépara a apresentação da estratégia de promoção nacional e internacional xico. A China, apesar da queda em 2020, continua a ser dos Vinhos Portugueses para o ano seguinte. um mercado estratégico para os vinhos portugueses. O caminho passa por alargar a presença a novas cidades no mercado chinês, dando a conhecer a qualidade e diversidade dos vinhos portugueses a mais consumidores.

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Na eleição dos 50 melhores na ‘Wine Pleasures’

Espumantes da Premium Wines premiados em concurso mundial São mais boas notícias para a 19|90 Premium Wines, que tem visto sucessivamente os seus vinhos a serem medalhados e bem pontuados nos mais exigentes concursos e rankings da especialidade. Dois espumantes de duas denominações de origem diferentes foram medalhados no concurso “Wine Pleasures”, que há nove anos elege os melhores 50 espumantes do mundo.

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É quarto maior produtor na União Europeia

Portugal produziu 700 milhões de litros de vinho em 2019 Portugal foi o quarto maior produtor de vinho na União Europeia (UE) em 2019, com setecentos milhões de litros, uma fatia de 5% do total de uma tabela liderada pela Itália, segundo dados divulgados pelo Eurostat.

destaque vai para o “Casa de Santar Espumante Vinha dos Amores Touriga Nacional”, com 97 pontos e a correspondente medalha de ouro. Este resultado vem atestar a excelente qualidade de um espumante concebido pelo método clássico e conferir notoriedade a um e acordo com o gabinete estatístico europeu, no ano vinho que está associado a momentos de lazer e celebração, isto numa passado a UE produziu 15,8 mil milhões de litros de altura em que se aproximam as festas de Natal e de Passagem de Ano. vinho - categoria que inclui champanhe, espumante, porto, O “Casa de Santar Espumante Vinha dos Amores Touriga Nacional” é madeira, xerês e mosto de uva -, tendo Itália contribuído um monocasta daquela que é, por ventura, a casta mais emblemática com a maior parte (5,5 mil milhões de litros, 35%), seguida de Portugal e é ideal para servir como aperitivo, em momentos festipor Espanha (4,3 mil milhões de litros, 27%), França (3,4 mil vos e a acompanhar iguarias não muito condimentadas à base de peimilhões, 21%), Portugal (setecentos milhões de litros, 5%), xes e carnes brancas ou sobremesas. Frutado e muito crocante, com Alemanha (setecentos milhões, 4%) e Hungria (quatrocentos acidez relevante e que lhe transmite elegância e persistência, este milhões, 2,5 do total da UE). Segundo o portal Pordata, Portuespumante é complexo e distinto, apresentando aromas complexos, gal produziu 6,526 mil hectolitros de vinho em 2019. como geleia de frutos vermelhos bem como notas de biscoito e pão A UE exportou no ano passado 7,1 mil milhões de litros de torrado. vinho, com Itália a representar 34% das vendas para países Também o “Encontro Espumante Reserva Bruto”, oriundo da terceiros (1,1 mil milhões de litros), seguida por França (800 Bairrada, foi medalhado com prata e obteve 93 pontos. Já no inímilhões, 25%) e Espanha (700 milhões, 22%). Os principais parcio do Verão, a revista norte-americana da especialidade “Wine ceiros das exportações de vinho da UE são o Reino Unido e os Spectator”, uma das mais prestigiadas na área do vinho, havia Estados Unidos, que pesam 44% do total. distinguido o “Cabriz Espumante Bruto 2015” como um dos cem melhores espumantes do mundo na relação qualidade/preço.

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Evento promovido pelo CNEMA e a Qualifica/oriGIn Portugal

Bolo Rei Escangalhado venceu Concurso Nacional de Bolo-Rei e de Bolos Especiais de Natal O “Bolo Rei Escangalhado” confecionado pela Padaria e Pastelaria Flor de Aveiro e a Trança de Natal confecionada pela Mina da Estação de São João da Madeira obtiveram a distinção Melhor dos Melhores no IX Concurso Nacional de Bolo Rei Tradicional Português e no IX Concurso Nacional de Bolos Especiais de Natal, respectivamente, eventos que o CNEMA realizou em conjunto com a Qualifica/oriGIn Portugal –- que assumiu a respetiva Direção.

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stas iniciativas tiveram como objetivo estimular a produção de qualidade, dar a conhecer os melhores produtos nas diferentes regiões do país, incentivar o seu consumo, promover o encontro de produtores, empresas, técnicos e apreciadores. Com a realização destas atividades o Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas pretendeu premiar, promover, valorizar e divulgar a qualidade, especificidade e a diversidade dos produtos portugueses. Neste âmbito, estão previstas ações que visam acrescentar valor comercial e valorizar o produto para benefício dos produtores. Assim, os premiados que obtiveram a qualificação “Melhor dos Melhores” podem beneficiar de um stand tipo, gratuito, no Salão Prazer de Provar 2021 durante a Feira Nacional de Agricultura. Quem conseguiu Medalhas de Ouro, Prata e Bronze pode beneficiar de uma redução, respectivamente, de 30%, de 20% e de 10% no custo do stand. No decurso do Salão Prazer de Provar 2021, todos os premiados terão direito a ter os seus produtos, nomes, logótipos e prémios obtidos em exposição apropriada, localizada no sector dos “QUALIFICADOS”, sendo organizadas provas mediante inscrição dos produtores e disponibilidade de espaços por parte da Organização.

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Do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da Universidade de Aveiro

Investigadoras portuguesas na fronteira da exploração do mar profundo Depois de Marte, é, provavelmente, o mais enigmático local que a Humanidade não pisou: o mar profundo. Simbolicamente batizado de Challenger 150, em alusão ao ponto mais profundo do planeta (o Challenger Deep), um novo programa com cientistas de todo o mundo propõe-se trazer à superfície o conhecimento que ainda se esconde nas profundezas dos oceanos.

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o leme, a bióloga portuguesa Ana Hilário, do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da Universidade de Aveiro (UA), quer dar um grande mergulho para a Humanidade e fazer com que o Challenger 150 seja uma referência da Década das Nações Unidas da Ciência do Oceano para o Desenvolvimento Sustentável. “O mar profundo (vastas extensões de água e fundos marinhos entre os 200 e os 11000 metros abaixo da superfície do oceano) é reconhecido globalmente como uma importante fronteira da ciência e da descoberta”, aponta a bióloga marinha Ana Hilário, coordenadora da Challenger 150 a par com Kerry Howell, investigadora na Universidade de Plymouth (Reino Unido) e especialista em Ecologia do Mar Profundo. Apesar de o mar profundo representar cerca de 60 por cento da superfície da Terra, aponta a investigadora da UA, “uma grande parte permanece completamente inexplorada e a Humanidade conhece muito pouco sobre os seus habitats e como estes contribuem para a saúde de todo o planeta”. Para colmatar esta lacuna, Ana Hilário e Kerry Howell juntaram à sua volta uma equipa de cientistas de 45 instituições de 17 países que propõe um programa de investigação, com a duração de 10 anos, dedicado ao estudo do mar profundo. De Portugal, para além da equipa da UA, contribuíram para o desenho do programa também cientistas do CIIMAR (Universidade do Porto), do 26

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Okeanos (Universidade dos Açores) e do CIMA (Universidade do Algarve). O Challenger 150 - o ano 2022 marca o centésimo quinquagésimo aniversário da expedição do navio HMS Challenger que circum-navegou o globo, mapeando o fundo do mar, registando a temperatura global do oceano, e proporcionando a primeira perspetiva da vida no mar profundo - irá coincidir com a Década das Nações Unidas da Ciência do Oceano para o Desenvolvimento Sustentável, que decorre de 2021 a 2030. “Um dos grandes objetivos do Challenger 150 é a capacitação e aumento da diversidade no seio da comunidade científica, uma vez que atualmente a investigação no oceano profundo é conduzida principalmente por nações desenvolvidas com recursos financeiros suficientes e acesso a infraestruturas oceanográficas”, explica a bióloga portuguesa. Este programa, esperam os cientistas, irá também gerar mais dados geológicos, físicos, biogeoquímicos e biológicos através da inovação e da aplicação de novas tecnologias, e utilizar estes dados para compreender como as mudanças no mar profundo afetam todo o meio marinho e a vida no planeta. Este novo conhecimento será usado para apoiar a tomada de decisões a nível regional, nacional e internacional sobre questões como a exploração mineira nos fundos oceânicos, a pesca e a conservação da biodiversidade, bem como a política climática.


Mais e melhor colaboração e conhecimento Mas o mergulho no mar profundo do Challenger 150 só será possível através da cooperação internacional. Por isso, os investigadores do programa publicam um apelo na revista Nature Ecology and Evolution enquanto, simultaneamente, publicam um esquema detalhado do Challenger 150 na revista Frontiers in Marine Science. Liderada por membros das redes internacionais Deep-Ocean Stewardship Initiative (DOSI) e Scientific Committee on Oceanic Research (SCOR), a lista de autores dos dois artigos inclui cientistas de países desenvolvidos, emergentes e em desenvolvimento de seis dos sete continentes. Os cientistas alegam que a Década anunciada pela ONU proporciona uma oportunidade ímpar de unir a comunidade científica internacional para dar um salto gigantesco no nosso conhecimento das profundezas do oceano. “A nossa visão é a de que, dentro de 10 anos, qualquer decisão que possa ter impacto no mar profundo, seja de que forma for, será tomada com base num conhecimento científico sólido dos oceanos”, aponta Kerry Howell. Para que isso seja alcançado, sublinha a investigadora britânica, “é necessário que haja consenso e colaboração internacional”. Ana Hilário antevê que “a Década proporciona a oportunidade de construir um programa a longo prazo de formação e capacita-

ção de recursos humanos em ciências do oceano”. Com o Challenger 150 “pretendemos formar a próxima geração de biólogos do mar profundo. Vamos concentrar-nos na formação de cientistas de países em desenvolvimento, mas também de jovens cientistas de todas as nações, incluindo Portugal”. Tal formação, acredita, “irá criar uma rede reforçada que permitirá aos países exercer plenamente o seu papel nos debates internacionais sobre a utilização dos recursos marinhos dentro e fora das suas fronteiras nacionais”.

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Entre a Frente Ribeirinha de Barcelos e a zona da Quinta do Brigadeiro

Para aumentar a resiliência da região às alterações climáticas

CIM Região de Coimbra protege espécies de plantas ameaçadas A Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIMRC) encontra-se a executar o projeto FloraReply, que visa aumentar a resiliência da região às alterações climáticas através da conservação e propagação de cinco espécies de plantas ameaçadas ou em declínio e da erradicação de duas plantas invasoras detetadas recentemente.

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Município de Barcelos implementa passadiço pedonal na margem direita do Rio Cávado O município de Barcelos vai implementar o “Passadiço Pedonal ao longo da margem direita do Rio Cávado, entre a Frente Ribeirinha de Barcelos e a zona da Quinta do Brigadeiro – 1.ª Fase”, consistindo na criação de uma via pedonal, em plena cidade de Barcelos, numa extensão de 1.353 metros.

s primeiras ações decorreram durante o mês de Novembro nos municípios de Cantanhede, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Mira, projeto será construído quase todo em terrenos Montemor-o-Velho e Soure com o apoio científico da Escola Superior de domínio público, tendo apenas uma parcela Agrária de Coimbra - Centro de Ecologia Funcional. pertencente a particulares da qual já foi feita escritura de Das ações levadas a cabo pela equipa do projeto, destaca-se a proconstituição de servidão administrativa a favor do Munipagação da espécie nenúfar-amarelo (Nuphar luteum), nenúfar-branco cípio, no que constitui o primeiro passo para a execução (Nymphaea alba), lisimáquia-branca (Lysimachia Ephemerum), sacado referido projeto. Com um valor base de 1.755.784,55€, -rolhas (Vallisneria spiralis) e estaque-do-baixo-mondego (Stachys paacrescido de IVA, e um prazo de execução de 15 meses, o lustris), as duas últimas avaliadas pela Lista Vermelha da Flora Vascular projeto constitui a primeira fase de um percurso mais amde Portugal Continental como criticamente em perigo e que em todo o plo que, numa segunda fase, abarcará 1.748 m de extensão, país apenas ocorrem nesta região. na concordância com a frente ribeirinha da cidade de BarceUm dos destaques do projeto vai para a espécie estaque-do-bailos e até à Quinta do Brigadeiro. xo-mondego (Stachys palustris), que em Portugal apenas ocorre no A operação integra o Plano Estratégico de DesenvolvimenBaixo Mondego, e apenas se consegue vislumbrar nos municípios de to Urbano (PEDU) Barcelos 2020, na PI 4.5 (Mobilidade SusMontemor-o-Velho e Coimbra, estando a decorrer ações que visam a tentável), tendo um apoio financeiro do FEDER, já aprovado, sua propagação para outras áreas do território. de 1.173.076,80€. Tem como objetivo específico promover a As ações contemplaram igualmente a tentativa de erradicação das mobilidade urbana ambiental e energeticamente mais sustenespécies de plantas invasoras Ludwigia grandiflora e Ludwigia petável, num quadro mais amplo de descarbonização das ativiploides, por se encontrarem numa fase inicial de invasão na Região. dades sociais e económicas e de reforço das cidades enquanto O projeto inclui ainda a instalação de barreiras flutuantes no espaços privilegiados de integração e articulação de políticas e Poço de Cal, no município de Montemor-o-Velho, com o objetivo âncoras de desenvolvimento regional. de conservar o último exemplar de nenúfar-amarelo do Vale do O projeto do passadiço terá uma área de intervenção de Mondego. 27.000 metros quadrados, dos quais 26.663,70 metros quadraO projeto FloraReply é financiado pelo Fundo Ambiental e didos situam em espaço público, articulará com a rede de ciclovias namizado pela CIM Região de Coimbra em parceira com a Escola com vários troços e que têm como principal enfoque o núcleo Superior Agrária de Coimbra. urbano central. 28

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Para “minimizar os prejuízos” causados pela pandemia

Produtores de porco alentejano consideram “essencial” apoio do Governo O presidente da Associação de Criadores de Porco Alentejano (ACPA) saudou e considerou “essencial” o apoio do Governo para “minimizar os prejuízos” causados pela pandemia de covid-19 nesta fileira pecuária.

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Já o presidente da Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar, Pedro do Caregundo o presidente da ACPA, com sede na mo, considerou que o apoio do Governo chega numa altura em que o setor vila de Ourique, o apoio é “essencial” para enfrenta “um sério e grave problema”. “Se não tomássemos medidas urgentes “minimizar o défice de liquidez” das explorações. de apoio, corríamos o sério risco de os criadores desistirem e não termos porco Por outro lado, frisou Nuno Faustino, o apoio é “tão alentejano no futuro”, sublinhou o deputado. mais importante no sentido em que vem dar um O ministério da Agricultura lançou apoios num total de 12,2 milhões de sinal de que o Estado está preocupado e quer que euros para os setores de carne de aves e ovos, carne de suíno (leitões para esta fileira continue”. abate - com majoração para raças autóctones, nomeadamente para o porco Nuno Faustino disse que, a par do apoio do Goverbísaro e o malhado de Alcobaça - e porco alentejano para montanheira) e no, a ACPA está a negociar com algumas instituições leite de pequenos ruminantes. bancárias uma linha de crédito para os produtores de O objetivo da medida excecional e temporária é responder aos problemas porco alentejano poderem “garantir a liquidez necesde liquidez e de fluxos de tesouraria resultantes da crise provocada pela sária”. Segundo o dirigente, a dependência da fileira covid-19 e que “põem em risco a continuidade” das atividades dos agrido porco alentejano relativamente ao mercado espacultores e das pequenas empresas ativas naqueles três setores, justifica nhol “é brutal”, já que cerca de 90% da produção vai o Ministério da Agricultura na portaria relativa aos apoios publicada na para o país vizinho. quarta-feira e que entra hoje em vigor. Em média, por ano, são vendidos vivos para Espanha Segundo a portaria, a maior fatia (7,1 milhões de euros) da dotação glo6.000 porcos alentejanos de montanheira (alimentados bal afeta aos apoios destina-se ao setor das aves e dos ovos, seguindo-se e engordados no montado) de cerca de 50 criadores os setores da carne de suíno (2,9 milhões de euros) e do leite de pequedo concelho de Ourique, num volume de negócios que nos ruminantes (2,2 milhões de euros). ascende a 3,5 milhões de euros, indicou. Estes números Em termos práticos, segundo a portaria, cada produtor pode receber caíram drasticamente em 2020, porque a pandemia prouma verba até 7.000 euros a fundo perdido para “fazer face ao impacto vocou uma quebra nas vendas de presunto e outros derida crise provocada” pela covid-19 e “responder aos problemas de liquivados do porco alentejano e, consequentemente, o cancedez e de fluxos de tesouraria. lamento das encomendas que muitas indústrias espanholas tinham, apesar dos contratos plurianuais em vigor, lamentou Nuno Faustino.

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Queijarias e produtores lutam para evitar situação crítica e de grande fragilidade

Fileira do queijo DOP da região Centro é das mais afetadas com a pandemia “Se nada for feito vamos ter uma profunda crise no setor dos Queijos na Região Centro”, é assim que a Inovcluster, Associação do Cluster Agro-Industrial do Centro traça o futuro próximo da fileira na Região Centro. Como se não bastassem os incêndios de 2017 e os períodos de seca que a região passa ciclicamente, a crise de saúde pública provocada pela COVID-19 está a colocar em sério risco uma cadeia de valor que tem vindo a ser testada de ano para ano.

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Diana Ventura, técnica da AproRabaçal, a Associação s vendas de queijos estão a decrescer, colocando os agentes numa de Produtores Rabaçal, traça um cenário igualmente situação catastrófica. Também as dificuldades no escoamento do negro para os produtores do famoso queijo com DOP produto levaram à sobrelotação das queijarias no que se refere à capaciRabaçal. “Estamos com quebras de comercialização na dade de armazenamento e muitos constrangimentos na continuidade de ordem dos 80%. Enquanto os consumidores não percefornecimento de leite para o fabrico de queijo. As queijarias deixaram de berem que temos de proteger o que é nosso e comprar poder manter a compra leite, deixando os produtores numa situação de queijo com DOP, os produtores e distribuidores de queijo grande fragilidade. com DOP da Região Centro vão andar em permanente “Temos de facto muita oferta de um produto de qualidade, como é insegurança. Ao comprarmos produtos certificados estao caso dos Queijos da Beira Baixa DOP. São diferentes, porque têm um mos a proteger os territórios, a matéria-prima e produtos nome e uma tradição de bem-fazer, associada a esta região da Beira Baigenuinamente nossos e que obedecem a toda uma cadeia xa. A procura é que está muito fraca”, releva Joaquim Dias da Associade valorização, tradição, segurança e qualidade”, sustenta. ção de Produtores de Queijos do distrito de Castelo Branco (APQDCB). Diana Ventura apela aos consumidores para olharem bem “Temos de continuar a trabalhar na valorização do Queijo Beira Baixa para o queijo que compram “em especial nas grandes sucom DOP (queijo de Castelo Branco, Amarelo da Beira Baixa e Picante perfícies comerciais”, acentua. “Verifiquem se têm certificada Beira Baixa). As vendas estão a diminuir de uma forma acentuada ção e selo da DOP, esta simples ação é já um passo gigante o que está a gerar um problema grave de escoamento do queijo”, suspara a valorização e sustentação dos queijos com DOP a Retenta o técnico da APQDCB. gião Centro”, concretiza a técnica desta Associação. No caso do Queijo com DOP Serra da Estrela a situação é mais grave. “Estamos com uma quebra superior de 50% no número de vendas de queijo face ao período homólogo, isto é dramático para não dizer insustentável, quando falamos da produção de um queijo com as qualidades intrínsecas e produção diferenciadora como é o caso do Queijo com DOP Serra da Estrela”, sustenta Célia Henriques, técnica da Cooperativa dos Produtores de Queijo Serra da Estrela (ESTRELACOOP). “Estamos a entrar numa fase crítica da nossa atividade que, caso não acontecer uma inflexão durante o mês de Dezembro com as vendas do Natal, no limite, pode estar em risco todo o circuito associado à produção do Queijo Serra da Estrela DOP!”, desabafa. 30

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Para turistas alojados no concelho

Município de Idanha-a-Nova oferece Cabazes de Produtos Regionais N

o âmbito da campanha “Idanha em Família”, o Município de Idanha-a-Nova está a oferecer um Cabaz de Produtos Regionais a quem pernoitar pelo menos duas noites nas unidades de alojamento do concelho, em regime de meia pensão. São 1000 Cabazes da Bio-Região de Idanha-a-Nova para presentear as famílias que fiquem alojadas num dos empreendimentos turísticos aderentes, desde hotéis, turismo em espaço rural, alojamento local, turismo de habitação, parque de campismo, etc. O objetivo é dinamizar o sector do turismo e o tecido empresarial, convidando a experienciar a oferta do concelho de Idanha-a-Nova, um destino com três selos da UNESCO para o seu património natural e histórico-cultural. Junto dos empreendimentos turísticos, a autarquia também vai dinamizar programas de animação para toda a família. Serão disponibilizados filmes e documentários, workshops e livros, entre outros materiais, e será oferecido o “Passaporte Idanha-a-Nova” a todos os visitantes.

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Comercial

Gestão fica em Villamarciel, em Valladolid - Espanha

Argo Tractors aposta no mercado português através da Argo Tractors Ibérica

Business Director da Argo Tractors. “Estou totalmente confiante que os bons resultados da filial em Espanha também serão transferidos para o mercado português”, acrescenta Simeone. Atenção e profissionalização

A Argo Tractors Ibérica visa aumentar o conhecimento das marcas Landini e McCormick e a relação direta com os agricultores portugueses. O responsável pela direção comercial para Portugal é Osvaldo Cordeiro, profissional com 11 anos de experiência no sector da maquinaria agrícola e que durante sete A Argo Tractors, multinacional italiana fabricante de tratores de última anos trabalhou em estreita colaboração com a martecnologia, decidiu redobrar a sua aposta no mercado português, unificanca Landini. Osvaldo Cordeiro referiu que “o objetivo do a distribuição dos seus tratores em toda a Península Ibérica através da é estabelecer uma rede de distribuição totalmente filial Argo Tractors Ibérica. Desta forma, a Argo Tractors Ibérica irá gerir comprometida e capaz de transferir a força das marcas a distribuição dos tratores Landini e McCormick em Portugal a partir da Landini e McCormick aos agricultores portugueses. A sede do Grupo em Villamarciel, em Valladolid - Espanha. proximidade e a equipa de profissionais que integram a Argo Tractors Ibérica representam a melhor garantia de principal objetivo deste relevante movimento estratégico é aumensucesso para este projeto que agora se inicia. Para além tar a presença daquelas marcas em Portugal, bem como potenciar e disso, dispomos de uma gama de tratores perfeitamente melhorar o relacionamento direto com os clientes. adaptada às necessidades do mercado em Portugal, ao nível do seu equipamento, de forma que o agricultor porUm projeto entusiasmante tuguês poderá encontrar sempre um trator adequado às suas necessidades”. Andrés Moradas, diretor geral da Argo Tractors Ibérica, destacou o A Argo Tractors demonstra mais uma vez o seu forte amplo leque de possibilidades que esta nova abordagem oferece “escompromisso e confiança no mercado português, procutou muito animado com este novo projeto. Acredito que o mercado rando sempre, através da sua equipa de profissionais de português tem muitas possibilidades de crescimento para as marcas elevada experiência, trabalhar de forma sólida e definitiva do grupo. Trata-se de transferir toda a experiência e profissionalismo com os seus distribuidores e com os agricultores portuguedemonstrados pela filial em Espanha para a colocar ao serviço dos proses. fissionais portugueses. Temos uma equipa e uma gama de produtos perfeitamente adaptada às condições do mercado português. A qualidade de serviço que podemos oferecer desde a nossa sede em Valladolid vai garantir-nos um salto qualitativo no serviço aos agricultores portugueses”. Com a incorporação deste novo mercado à carteira de responsabilidades da filial ibérica, consolida-se a política da Argo Tractors relativamente às grandes filiais europeias. “A nova responsabilidade da filial de Villamarciel em Espanha, a recentemente inaugurada sede em França e o investimento que estamos a fazer para reforçar a filial alemã com novas instalações, demonstram o nosso compromisso com este tipo de organização e a nossa determinação em nos consolidarmos como líderes mundiais de referência na área de mecanização agrícola”, destaca Simeone Morra, Corporate 32 www.gazetarural.com

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Curtas Agrária de Coimbra ministra Curso de Gestão de Aves Aquáticas Cinegéticas

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O Município de Oliveira de Frades colocou nas principais artérias comerciais da vila iluminação alusiva à Quadra Natalícia, com o intuito de dinamizar e promover o comércio local. Desta forma, pretende-se que o público percorra os espaços da vila e usufrua do encanto e magia do Natal, incentivando à realização das suas compras no comércio local neste momento difícil que a economia atravessa devido à pandemia Covid-19. Haverá, ainda, música ambiente alusiva a esta quadra em diversos locais da vila

Escola Superior Agrária do Politécnico de Coimbra (ESAC-IPC) dá início, no próximo dia 12 de Dezembro, ao curso de curta duração de Gestão de Aves Aquáticas Cinegéticas. Destinado a licenciados e alunos de ciências florestais e recursos naturais, agronómicas, ambientais, biológicas ou afins; gestores cinegéticos; e caçadores, o curso contempla 24 horas de formação em sala de aula, ao longo de três semanas, bem como duas sessões de identificação das espécies no campo, a terem lugar nos dias 12 de Dezembro e 9 de Janeiro. É gratuito para atuais alunos das licenciaturas em Biodiversidade e Conservação da Natureza e em Ciências Florestais e Recursos Naturais ou do mestrado em Recursos Florestais da ESAC, tem um custo de 150,00€ para outros atuais ou antigos alunos desta instituição de ensino superior e de 300,00€ para formandos externos. O custo inclui a taxa de inscrição, o certificado e o seguro. Os formandos que se inscreverem depois das datas da identificação das aves no campo, deverão realizar autonomamente esta componente para as espécies migradoras, de preferência até ao início de Março de 2021, uma vez que nas datas da formação em sala as aves aquáticas migradoras já voltaram para o Norte da Europa. Música de vários pontos do mundo, representativa De Abril a Junho terão lugar os módulos associados ao curso, como a Fenode 39 Cidades Criativas da UNESCO, vai ouvir-se nas logia (migração e locais de reprodução; rotas migratórias e populações e taxas ruas de Leiria este Natal, numa iniciativa que pretende de sobrevivência e de retorno); a Bio-Ecologia (reprodução e muda das penas tornar a quadra mais intercultural. A 1 de Dezembro esprimárias; alimentação e saturnismo) e Gestão e Ordenamento (zonas de refútreia aquela que pretende ser uma alternativa à habitual gio e sua gestão; período venatório; caçar ou não; planos globais/específicos banda sonora natalícia debitada pela instalação sonora de gestão e relações com as espécies protegidas). O curso terminará a 19 de preparada para animar a cidade durante esta época, exJunho com uma visita de estudo ao Baixo Mondego. plicou a coordenadora de Leiria Cidade Criativa da MúsiOs interessados devem fazer a sua inscrição até à data limite de 31 de Março ca, que convidou todas as cidades da rede a escolherem de 2021, para candidaturas@esac.pt, sendo que o formulário de inscrição e um tema para a ‘playlist’. informações detalhadas sobre o curso se encontram disponíveis em http:// “São músicas de Natal ou não, mas vêm todas ao enconportal.esac.pt/portal/portal/ingresso/cursosdecurtaduracao. tro da questão da paz, da esperança, dos valores da Humanidade”, avançou Celeste Afonso, que lançou a ideia para criar “uma banda sonora de Natal diferente”, que “mostra várias culturas e que prova como a música pode ser tão diferente e tão agregadora”.

Leiria festeja Natal na rua com música de 39 Cidades Criativas da UNESCO

Palmela convida a saborear a gastronomia local nos restaurantes do concelho

Atividade cinegética em Alijó limitada a caçadores residentes

Na época festiva que se aproxima, a Câmara de Palmela promove a edição “Palmela Experiências com Sabor - Especial de Natal”, integrada no programa do “Viva o Natal no Município de Palmela”. Este evento é um convite para saborear as melhores propostas gastronómicas natalícias, nos restaurantes do concelho, nos fins de semana de 5, 6, 12, 13, 19, 20, A partir de 1 de Dezembro, a atividade cinegética no conce26 e 27 de Dezembro e 2 e 3 de Janeiro. lho de Alijó estará limitada aos domingos e feriados, no período Os 26 estabelecimentos de restauração aderentes apresentam iguaentre as 5 e as 13 horas, e apenas para caçadores residentes. rias típicas desta quadra - como o bacalhau, cabrito, borrego, azevias, Para emissão das credenciais de jornada de caça, os caçadores sonhos, broas, coscorões ou bolo rei- e muitas outras sugestões, cheias deverão apresentar a carta de caçador ou a licença de uso e porte de sabor e confecionadas com os melhores produtos locais. de arma. Numa altura em que o setor da restauração é um dos mais afetados As jornadas de caça já adquiridas por caçadores oriundos de oupela pandemia COVID-19, esta iniciativa do Município é também uma tros concelhos para o período em que vigorar esta limitação podeforma de apoiar estes estabelecimentos. rão ser substituídas por outras, para a mesma ou outras espécies cinegéticas, que terão lugar durante a época venatória em curso. O Município de Alijó aconselha os caçadores a seguir as orientações previstas no Manual de Boas Práticas no Sector da Caça durante a pandemia, aprovado pela Direção-Geral da Saúde.

Iluminação de Natal dá brilho a Oliveira de Frades 34

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O documento estratégico para o ano de 2021

Orçamento da CIM Viseu Dão Lafões ascende a mais de 10 milhões de euros

O documento estratégico, aprovado por unanimidade em sede de Conselho Intermunicipal, e que será submetido a aprovação da Assembleia Intermunicipal, conta com um orçamento que ascende a mais de 10 milhões de euros.

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de natureza que estamos a desenvolver no nosso território, que alia percursos egundo o presidente da CIM Viseu Dão Lapedestres, centros de BTT e Trail, às Subidas Épicas, afirmando a região, no confões “este orçamento é, fundamentalmentexto nacional, enquanto destino de excelência, entre os amantes do Turismo de te, um orçamento que tem em consideração as Natureza”. exigências dos novos tempos, com a presença da Na área da programação cultural em rede, a CIM continuará a desenvolver um pandemia Covid-19 na nossa região e no País, mas conjunto de espetáculos e criações culturais que percorrerão os 14 municípios com uma noção clara dos desafios que a região durante o próximo ano. tem pela frente e com olhos postos no futuro”, afirOutra área estratégica para a CIM situa-se no domínio da Proteção Civil Inmou Rogério Mota Abrantes. termunicipal e da Defesa da Floresta, onde as brigadas de sapadores florestais A área da Mobilidade e dos Transportes continuadarão continuidade aos trabalhos de silvicultura preventiva e manutenção da rá a assumir, no ano de 2021, um grande destaque, rede primária a que se associa, também, o trabalho de planeamento estratéiniciando-se o projeto piloto de transporte flexível, gico do Gabinete Técnico Florestal Intermunicipal. inicialmente em seis municípios, mas que depois será O plano e orçamento para o ano de 2021 prevê, também, a concretização alargado a todo o território, assim como iniciar-se-á do Sistema de Informação Cadastral Simplificado no território dos municía execução de um projeto no domínio da mobilidade pios que não dispõem de cadastro geométrico da propriedade rústica ou suave, com a construção de várias ciclovias e/ou vias cadastro predial e também iniciar-se-á a instalação do Sistema Integrado de pedonais, em vários municípios, e o investimento em Videovigilância para a Prevenção de Incêndios Florestais, mais um projeto modos de transporte mais suaves, como é o caso das estratégico para a defesa e resiliência da nossa floresta. bicicletas. O presidente da CIM Viseu Dão Lafões diz que “o ano de 2021 marcará Na área da Educação, a CIM Viseu Dão Lafões contio início do próximo quadro financeiro plurianual 2021-2027, pelo que os nuará a desenvolver, o plano de promoção do sucesso trabalhos da definição de uma estratégia de desenvolvimento territorial educativo nas escolas da nossa região, com vários projepara a Região Viseu Dão Lafões terão continuidade, a que se seguirá o tos inovadores, em perfeita articulação com os agrupaprocesso de contratualização com os vários Programas Operacionais”. mentos de escolas e com cada um dos municípios. Rogério Mota Abrantes refere, também, “que no ano de 2021 a CIM No domínio da modernização administrativa continuará irá acompanhar o dossier do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a ser desenvolvido o projeto intermunicipal, “1 modelo, 14 já que esta Comunidade intermunicipal defende que o mesmo deverá municípios”, promovendo a simplificação administrativa, contar com o reforço do papel, da participação e do envolvimento ativo incluindo a administração electrónica e a contínua moderdas Comunidades Intermunicipais e dos seus municípios”. O presidente nização dos serviços públicos, numa lógica de inovação e da CIM diz “que é fundamental a territorialização do PRR, através de homogeneidade de processos e operações entre municípios. um Pacto Regional, coordenado e liderado pela CCDR do Centro”. No Turismo e na Cultura, a CIM Viseu Dão Lafões pretenOutro tema que continua a ter uma atenção especial e preocupade continuar a desenvolver o plano de ação no âmbito dos ção é o controlo da pandemia COVID-19 no território. Rogério Mota produtos turísticos integrados de base intermunicipal, assim Abrantes defende “que durante o ano de 2021 os autarcas irão concomo a execução de dois projetos recentemente aprovados tinuar a acompanhar, de muito perto, juntamente com as Autoripelo Programa Valorizar, como é o caso da estruturação de um dades de Saúde e com a Proteção Civil, todos os desenvolvimentos produto turístico associado ao Enoturismo e ao Megalitismo. da pandemia COVID 19 na nossa região, já que o trabalho à escala Rogério Mota Abrantes destaca “a construção da Ecopisintermunicipal, em articulação com os restantes atores, regionais e ta de Vouga, uma aspiração de muitos anos da nossa região nacionais, revela-se decisivo no controlo desta pandemia”. e que alavancará, ainda mais, o produto compósito de turismo www.gazetarural.com

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CAE de Sever do Vouga comemora 19 anos com Exposição Virtual “São 19 anos. De luta pela difusão de cultura de qualidade no concelho de Sever do Vouga. De oportunidades para o crescimento de projetos locais. De gerações que viram nesta casa um ponto de acesso à arte e à cultura. De memórias que fizeram desta casa, uma casa de todos, a nossa casa”.

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Centro das Artes e do Espectáculo (CAE) de Sever do Vouga celebrou restante são contributos dos severenses ou das enti19 anos de existência como centro cultural e ponto de dinamização dades artísticas representadas. da cultura em Sever do Vouga. Neste âmbito, anualmente assinala esta data A exposição é introduzida com uma breve história do especial com uma programação rica e variada, com concertos, exposições, edifício, da sua fundação como Cine-Teatro Alba, e da workshops e os mais diversos espectáculos. Num ano atípico e na impossibiconsequente remodelação que obteve em 2001, naslidade de se realizarem os habituais espectáculos presenciais, que todos os cendo assim o actual Centro das Artes e do Espectáculo. anos constituem os moldes deste evento, o desafio passou pela reinvenção Depois desta pequena introdução segue-se uma galeria do mesmo, mantendo a vontade de o celebrar, pela importância da data. de fotografias e vídeos, organizada cronologicamente de Estes espectáculos foram substituídos por momentos de revisionismo, nos 2001 a 2020. Sendo imensamente vasto o arquivo fotoquais, a partir do conforto do lar, qualquer pessoa pode visitar ou revisigráfico do CAESV, torna-se impossível expor todos estes tar memórias, que estiveram todos estes anos guardadas no arquivo do momentos em simultâneo, e como tal decidiu-se publicar CAESV / Município de Sever do Vouga. apenas alguns dos pontos altos da programação cultural ao No dia do aniversário, a 16 de Novembro, foi tornado público nas redes longo destas quase duas décadas, primando-se pela mossociais o álbum fotográfico da inauguração do CAESV em 2001, seguindotra da variedade de espectáculos e iniciativas acolhidas. -se, quatro dias depois, o lançamento nas redes da vídeo-reportagem Apesar de tudo, e porque todas estas atividades têm a sua dessa mesma inauguração. Ambas as colectâneas geraram nostalgia nos importância, a exposição será atualizada de forma recorrenhabitantes de Sever do Vouga, por lhes permitirem rever-se a si próprios te, de maneira a que o máximo de espectáculos tenham a ou a entes queridos nesta cerimónia que aconteceu há 19 anos. possibilidade de estar representados nesta galeria. Além da partilha de histórias e memórias, esta acção impulsionou De momento esta exposição comemorativa, com a curatambém o processo de digitalização de intermináveis álbuns de fotodoria de Brígida Alves, diretora e programadora cultural do grafias analógicas e do VHS da inauguração, facilitando o acesso futuCAESV e de Gonçalo Carvalho, técnico de arte e multimédia do ro a toda esta informação. CAESV, conta com mais de uma centena de fotografias, cinco Para fechar em grande a semana do aniversário do CAESV, mas vídeos, dezenas de objetos 3D e três textos, tendo obtido quase tendo em conta o impedimento de abrir as portas aos visitantes, de600 visitas ao longo dos primeiros quatro dias. Todas as iniciavido às medidas de restrição vigentes, foi apresentada uma alternativas mencionadas estão disponíveis online nas redes sociais do tiva segura para que os festejos se mantivessem. Foi inaugurada a CAESV. 22 de Novembro uma exposição virtual, em formato multimédia, Da equipa do CAESV fica a promessa de que o vigésimo anipermanente e em constante alteração e evolução. De momento é versário se festejará vinte vezes mais, revelando a vontade de apresentada com a temática dos 19 anos de história do CAE, pocontinuar a trabalhar com zelo pela segurança de todos, para que dendo no futuro apresentar outros temas de interesse. Trata-se toda esta situação melhore, de forma a que brevemente a nossa de uma exposição online, que agrega vários meios artísticos e de preciosa cultura volte a florescer. comunicação, principalmente a fotografia, o vídeo, a modelação Facebook: www.facebook.com/caeseverdovouga 3D e a escrita, entre outros. Os elementos expostos fazem parte, Instagram: www.instagram.com/caeseverdovouga maioritariamente, do arquivo audiovisual do CAESV, sendo que a Youtube:www.youtube.com/user/caesever/ 36

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Memórias Rurais II

Os custilos A

s noites arrastavam-se numa insónia insol, de modo a reflectir a luz nas asas da formiga com asas. terminável. A saída era cedo! Ao nascer O custilo era depois armado prendendo a mola ao pinguelo que levava uma do sol, quando a geada fica dourada pelos raios ou duas agudes, amarradas pela cintura e com os movimentos livres, para que, de sol! ao mexer as asas, a luz do sol reflectisse e chamasse a atenção da passarada. As agudes, apanhadas à cavadela de enxada nos Colocado no poiso e levemente coberto com uns grãos de terra, que escondia formigueiros do olival junto ao campo de futebol a armadilha, ficava a esperança e a ânsia de que um passarito abocanhasse a da Cerca, esperavam no frasco pela cerda de raboagude e, zás…, já era! Se o custilo chincasse ao montar, era certo que um ou -de-cavalo ou pelo arame ripado de um fio eléctrico dois dedos ficariam a doer a manhã toda. que as iria amarrar ao pinguelo dos custilos, comPara os melros, havia dois truques: custilo amarrado com uma guita a qualprados no Joaquim Bernardo a quinze tostões cada quer ramo próximo, não fosse fugir com o custilo apertado no pescoço, e, de um. isco, um grilo apanhado num resto de rama de batateira que por ali tivesse O pequeno-almoço fugidio era um papo-seco - não ficado. Para os piscos, que picavam os tralhões e os afugentavam da zona, havia tempo para mais - encafuado no bolso das cala armadilha montava-se ao contrário, porque picavam o isco de cima para ças, para comer a caminho da Cabral, do Prazo, do Libaixo. Os estorninhos, que atacavam as figueiras e em poucos minutos só dito Beirão, do Casaínho, do Humberto, do Olival, do deixavam as folhas e as peles dos figos esventrados, esses, era raro, muito sr. Joaquim Bernardo ou do Quintal do Mário Guedes, raro, irem na fita de papar as agudes. na Moita. No tempo entre as voltas de recolha das armadilhas, inventava-se! Nem Lá havia figos, respingos nas videiras - quase passas as sardaniscas, que assomavam dos muros em busca do calor matinal escasecas - abandonados na vindima e maçãs à nossa espepavam. Um nó corrediço feito numa erva e colocado à entrada do buraco, ra. Sacho às costas, custilos à cintura, frasco das agudes fechava-se repentinamente sobre o pescoço do pobre bicho e era motina mão e lá íamos - um bando de putos tiritantes pela vo de gáudio do pessoal. Havia cigarradas de “kentuki’s” e “provisórios” friúra matinal - armados e feitos cobóis do fundo da vila. - que barba de milho já não havia nesta altura do ano- e, ocasionalmente, Caminhávamos de fisga ao tiracolo, rindo e contando mil chupava-se tabaco de onça onde cada um mostrava as suas habilidades histórias de coisas nunca vividas. Era a caça à passarada a enrolar a mortalha. Disputava-se a leitura dos “Mundo de Aventuras” no final de Verão e o prenúncio da chegada da menina de ou do “Condor” de dez tostões comprado no quiosque do tio António 5 olhos! Quadros - ali à beirinha da Igreja da Misericórdia - que liamos inebriados Era o tempo dos tralhões que no mês de Setembro comecom a coragem do “Buck Jones”, do “Zorro” ou do “Sandokan”. çavam a chegar, fugindo alvoraçados da ameaça do frio da As rondas faziam-se de hora a hora e os infelizes tralhões, apanhaEuropa do Norte, também conhecidos por taralhões, papados na marosca das agudes, enfiados em coleiras que orgulhosamente -moscas ou fura-figos. Na volta, havia ainda os petos, as feostentávamos ao pescoço como troféus, vinham ligados uns aos oulosas, os tentilhões, os piscos e os melros! Naquele tempo, tros por uma pata que enfiava no bico do pássaro seguinte. de fim de Verão e início do Outono, havia uma chilreada de Chegada hora do calor das onze, era tempo de regresso e fazer pássaros permanente em volta das aldeias, entre hortas, olientre todos a divisão dos bichos ou combinar uma arrozada. Havia vais e vinhedos, e nós mortinhos por lhe dar caça. sempre algumas vítimas: os gajos que iam depenar os pássaros e a O ritual começava na escolha do local onde fazer o poiso mãe ou irmã que um de nós conseguisse convencer a fazer a pae armar os custilos. De preferência junto a uma figueira, uma nelada. A minha irmã Lucinda cedia, mas não antes de dizer: “é a oliveira com azeitona já a pintar ou outra árvore ainda com resúltima vez! Os pássaros não se matam, seus vagabundos”! quícios de fruta. Ah! O sol era importante: o poiso - duas cavadelas que deixavam a terra rampeada - tinha de ficar exposto ao Gabriel Costa www.gazetarural.com

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“O Papel da Floresta na Recuperação Económica Nacional” Quando olhamos para Portugal e constatamos que mais de um terço do território continental é ocupado por floresta, facilmente poderemos aferir a importância que a floresta portuguesa poderá ter na recuperação económica nacional.

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Mas também existem ameaças que pairam sobre a xiste um conjunto de oportunidades muito diversificadas que podem floresta e que podem colocar em causa a sua utilização colocar a floresta num lugar de destaque em termos de recuperação sustentável. económica e sustentável a longo prazo. A Visão Estratégica para o Plano de Recuperação EcoPara além do seu valor económico associado à indústria da madeira e nómica de Portugal 2020-2030, vem uma vez mais, após da cortiça, ou a singularidade de biomateriais para a economia verde, a grande aposta em 2006, enfatizar a importância da valonão é possível relegar para segundo plano a importância das florestas rização da biomassa florestal residual, centrada na criação como prestadoras de bens e serviços à sociedade. São exemplo o sede uma cadeia de centrais de biomassa e de biorrefinarias questro de carbono, a paisagem, a regulação do ciclo hidrológico, o integradas multiprodutos, sem que exista a preocupação combate à desertificação ou a preservação da biodiversidade. de efetuar uma avaliação e análise séria sobre o que foi Existe aqui uma oportunidade de, tendo por base o pagamento de até hoje a política de produção de energia com recurso à serviços de ecossistema, investir na alteração a médio prazo da estrubiomassa, com uma inventariação das compatibilidades e tura da floresta de hoje, para algo que no futuro seja multifuncional, incompatibilidades da sua utilização por outros setores que com objetivos de fornecimento de matérias-primas e alimentos, a competem pelo recurso biomassa florestal. preservação da biodiversidade, a conservação do solo, o sequestro Por outro lado, a valorização energética de recursos floresde carbono e a gestão dos recursos hídricos. tais em centrais de biomassa dedicadas não é propriamente Teremos sempre espaço para a floresta de produção. Contudo, uma atividade neutra em carbono. A queima de biomassa floo cenário de hoje em termos de ordenamento florestal é incomrestal contribui com a devolução à atmosfera de grandes quanpatível com uma necessidade premente de minimização de riscos tidades de gases de efeito de estufa, agrava o aquecimento de incêndio e a necessária adaptação aos piores cenários associaatravés das emissões de partículas e contribui para a destruição dos às alterações climáticas. Com a omnipresença do minifúndio de ecossistemas cruciais para a captura de carbono, atrasando principalmente a norte do rio Tejo, só uma gestão colaborativa em décadas a luta contra as alterações climáticas. que pode gerar valor para os pequenos proprietários e criar uma Num contexto de crise climática e de recuperação económica, floresta diversificada que permita preservar os valores naturais é fundamental que a política para a floresta e valorização enerem presença. 38

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Quando temos pela frente já só algumas décadas, num contexto onde a gética dos resíduos florestais seja um exemplo de ecopreservação da biodiversidade, a gestão de recursos e a emergência climánomia circular e sustentabilidade, algo que nos dias de tica são desafios absolutamente vitais para garantir a qualidade de vida das hoje está longe de ser uma realidade. próximas gerações, não nos podemos enganar. Por outro lado, será utópico pensar que todo o território deverá ter gestão ativa, não só porque os recurFrancisco Ferreira sos financeiros necessários serão muito elevados, assim Presidente da ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável como a atratividade para fixar as pessoas em áreas do interior será sempre uma miragem. Sendo esta uma ameaça, poderá também ela ser uma oportunidade de wilderness, de renaturalização dessas áreas com a floresta autóctone e toda a estrutura ecológica que permita o regresso de ungulados e carnívoros, que de forma natural possam contribuir para a gestão da paisagem e em simultâneo a criação de um setor turístico específico. É ainda fundamental diversificar a utilização da floresta, com a aposta em atividades que promovem uma verdadeira utilização sustentável da floresta, sempre articulada com um conjunto de planos que forçosamente deverão ser interligados como o Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050 ou o Plano de Ação para a Economia Circular. Um desenvolvimento sustentável da floresta tem de passar indubitavelmente pela concretização coerente das políticas de ordenamento do território e das diferentes componentes de ação que têm vindo a ser repensadas, principalmente depois dos grandes incêndios de 2017. www.gazetarural.com

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