JOVENS TALENTOS N7

Nº7. NOVEMBRO . 2014

JOVENS TALENTOS

Vencedora da medalha de oura no campeonato do mundo!

PUBLICAÇÃO MENSAL ONLINE

DIRETORA

Karina Silva CONTEÚDOS E REDAÇÃO

Karina Silva FOTOGRAFIAS

Ana Pichel Catarina Guiomar Carlos Alberto Matos / FGP Guilherme Mesquita Sofia Correia - Pecados de Sofia Karina Silva CRÓNICAS

Ana Pichel Catarina Guiomar Catarina Silva Guilherme Mesquita Karina Silva Vera Silva DESIGN GRÁFICO E PAGINAÇÃO

AQUI TODOS OS TALENTOS

Karina Silva CONTACTO

geral.jovenstalentos@gmail.com

PODEM SER

NOTÍCIA! Publicação mensal online Número 7 | Novembro 2014

JOVENS TALENTOS magazine

2 Jovens Talentos Magazine

Partilhe connosco para o nosso email geral, histórias de JOVENS TALENTOS que pela sua capacidade e objetivo merecem ser divulgados no nosso magazine.

S umário CRÓNICAS Karina Silva

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Doce Novembro

Vera Silva Manual de sobrivivência para gatas

Guilherme Mesquita Leitura desnecessária

Catarina Silva chien qui fume

Ana Pichel Expectativa

Catarina Guiomar “sirÍ”

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FOTOGRAFIA DE CAPA DE Carlos Alberto Matos / FGP

ENTREVISTA DE CAPA

Filipa Mar tins

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“O meu maior sonho é ir aos jogos olímpicos de 2016”

À CONVERSA Sofia Correia Pecados de Sofia

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rónica

geral.jovenstalentos@gmail.com

Doce Novembro Chegou Novembro, a chuva, o frio... Bem tivemos mais sorte, ou não, de alguns dias de grande verão em pleno outono, soube bem mas a realidade não tardou em chegar.

Primeiro ponto negativo, a chuva, ai como não gosto dela. Porquê? Porque me coloca mais presa, uma prisão aos pingos que molham muito, ao piso escorregadio que me obriga a ser mais lenta em tudo, a caminhar, a conduzir... e o guarda chuva, por muito que seja fashion, colorido ou fofo continua-me a causar estranheza e desconforto.

Já para não falar que andar com canadianas e guarda-chuva está completamente fora de cogitação, claro.

O frio, é aquele que por enquanto ainda se aguenta, resfria mas ainda não gela. Ainda ando naquela fase do veste e desveste, agora um casaco mais grosso por cima das malhas, daqui a pouco sem ele. É uma verdadeira canseira.

Sim, quando falo de Inverno é este o meu discurso, triste e um pouco desmotivante, mas, não pensem que deixo o inverno influenciar o meu estado de espírito, nem pensar. Ora, bem tenta ele colocar-nos mais monocromáticos na forma de vestir, mais cinzentos no dia, mais frios e bastante mais molhados, mas, nada de deixar de viver por tal motivo. É como aquela história de à segunda-feira já estar à espera do fim de semana.

Nem pensar, sim, não sou perfeita e por vezes também me acontece, mas tento que seja raro.

Quanto ao inverno penso no quanto gosto dele na noite de natal, da chuva, do frio, da lareira, dos cobertores, dos doces, salgados e da família reunida. Por isso e só por isso já o aceito quando ele chega. E olhem que já não falta muito para o Natal! (sorrisos) “Mais um saltinho de pardal”, sempre ouvi isto da minha mãe. Novembro também é mês da minha mãe, é no dia 16 que comemora o seu aniversário, e este tentei que fosse um pouco especial e bem diferente. Que fantástico domingo passamos de Outono, com pouco frio e sem nenhuma chuva.

O Novembro, e esse, faça chuva ao sol, também é um excelente mês para lançar mais uma edição Jovens Talentos. Esta com destaque para duas meninas mulheres que se distinguem pelos seus talentos dispares mas cheios de força e convicção. É um orgulho ver mais dois grandes exemplos de jovens talentos portugueses que se mostram ao país e ao mundo, a Sofia Correia e a Filipa Martins.

Venham mais Novembros assim. :D

DIRETORA

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Próxima aragem

MIGUEL GAMEIRO & PÓLO NORTE - 20 ANOS Coliseu Do Porto 22 Novembro às 21:30H Valor: 20€ até 27,50€

MIGUEL ARAÚJO Coliseu Do Porto 29 Novembro às 22H Valor: 15€ até 25€

PORTO LISBOA Fotografias partilhadas pelos promotores dos eventos.

JOSÉ CID - VOZ & PIANO C.C. Olga Cadaval - Auditório Jorge Sampaio, Sintra.

21 Novembro às 22H Valor: 10€ até 15€

ANJOS ACÚSTICO Centro Cultural De Belém - Grande Auditório 27 Novembro às 21H Valor: 12€ até 17,50€

Jovens Talentos Magazine

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rónica

Manual de sobrevivência para Gatas Vera Silva, Gestora e Consultora de Imagem

Olho-me ao retrovisor, segura que a ausência da maquilhagem nao tinha causado danos e vejo a terrível mancha amarela...

Acordei, essa manha, meia trôpega, resultado de uma noite a lutar com os lençóis na tentativa que eles me empurrassem para um sono profundo, que nunca chegou! Saio da chuveirada/alvorada matinal e mal me olhei ao espelho vejo uma borbolha gigante na bochecha direita e desejei ter a pele imaculada das minhas irmãs! Nao tive essa sorte! Os cuidados diários passam por remover a maquilhagem, tonificar com um tônico adstringente (cuidado essencial para uma pele mista a oleosa) e um gel hidratante leve e que se funde rapidamente na minha pele! Passei a olhar para os cremes e a optar por um preventivo de rugas para a noite ( altura em que a pele se renova) e jamais me esqueço do creme de olhos! Confesso que os trintas tiveram esse efeito em mim!

Bem...ora que estava eu com aquela borbulha feiosa! Olhei para a prateleira e na urgência optei por colocar um monte de mascara de limpeza profunda.

Parecia um vulcão, enorme, amarelo!

Preparei a mesa de pequeno-almoço e saborei-o com calma. Pela manha, sou risomantica e a serie “two and a half men” preenche perfeitamente a minha necessidade de leveza e boa onda matinal.

Folheio revistas e actualizo-me na net! As tendências destes outono/inverno passam por ousar nas cores, nas combinações fortes e imprevistas! Todos os apontamentos de pele são bem-vindos, mesmo a pele integral com diferentes texturas mas sempre no mesmo tom! Um must have, Gatas!

Já nos cabelos os tons mel, cobre e violino imperam e se quer mesmo arriscar na mudança junte-lhe um corte píxie, irreverente e moderno! Para quem quer um comprimento mais longo, opte pelas franjas, de todos os modelos porque essas estão mesmo na moda!!

O despertador toca!

Fiz a cama, vesti-me, perfumei-me. Calcei os saltos altos, compensados, bejes, lindos de morrer, que combinam com qualquer roupa, sendo uma peça indispensável em qualquer guarda-roupa de Gata!

Ao entrar no elevador dou de caras com um vizinho, moreno, perfumado, com uns dentes lindos!!

Vi aqueles dentes lindos porque ele sorriu para mim!

Baixou os olhos e permanecemos naquele silencio estranho que sentimos dentro do elevador com desconhecidos!

Chego ao carro e olho-me ao retrovisor convencida que a ausência de maquilhagem nao tinha causado danos e eis que vejo que me esqueci de retirar o vulcão, gigante, amarelo, ja ressequido das 2horas que esteve a absorver aquele borbolhão!!!

Regra de Gata, seja para nao passarem vergonhas (como eu) ou simplesmente para valorizarem os vossos pontos fortes, maquilhagem é obrigatória!

Nem que seja so um pó e um rímel!

NÃO COMPRE. NÃO ABANDONE.

Adopte com responsabilidade e ponderação! www.uniaozoofila.org

Donativos - 0033 0000 0058 0204 223 56 Número solidário - 760 50 10 15 Lojinha de apoio aos animais da U.Z www.somosporeles.com.pt

E-Mail: uniaozoofila@gmail.com Rua Padre Carlos dos Santos (Traseiras da Igreja das Furnas) S. Domingos Benfica, 1590-901 Lisboa

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ONVERSA

brigadeiros e outros prazeres

Projeto de Sofia Correia

ENTREVISTA DE KARINA SILVA FOTOGRAFIAS DE Pecados de Sofia - Brigadeiros e outros prazeres

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Como surgiram os doces nicação, até à própria postura e apresentação das pessoas que trabalharem na tua vida?

Para além de representar uma paixão, directamente com os clientes. devo admitir que desde muito nova, sem- Mais do que doces, são pre tive um talento natural para a coz- pequenos prazeres eminha de doçaria. Incentivada por familibrulhados e empacotaares e amigos fui cultivando essa paixão dos com todo o cuidado, é e apurando o talento.

Pecados da Sofia consiste em produção e comercialização de doces gourmet.

O que distingue a tua marca de outras?

também a Sofia quem “comanda” toda a criação das caixas e embrulhos para cada um dos produtos?

Sou eu quem “comanda” (...sorriso...), mas sempre com a ajuda preciosa do meu O que vai realmente distinguir “Pecados namorado que é formado em marketing de Sofia” de toda a restante concor- e tem uma forte veia criativa. rência será o marketing e comunicação.

Quais são os doces mais Transportar o consumidor para uma outra realidade, onde o requinte e o prazer pedidos? são uma constante, faz com que produ- Essencialmente os brigadeiros, mas em tos “Pecados de Sofia” sejam facilmente alturas festivas também tenho bastantes identificados e distinguidos da restante encomendas de bolos.

Todas as receitas são de concorrência.

“Pecados de Sofia é mais do que um autoria própria?

Nem todas! As mais básicas não têm doce! É uma sensação de prazer!”

Associado às receitas gourmet está uma grande segredo, no entanto, é a partir imagem forte e marcante caracterizada destas que surgem outras mais elaborapela ligação dos doces ao pecado e ao das, sofisticadas e originais. prazer, numa abordagem vintage (estilo Como surge a inspiração romântico ousado), carregada de uma para novos sabores e noinocente perversidade: “Hummm!!!”. Esta vas ofertas? imagem está presente em toda a comu- Além do meu constante trabalho de nicação, começando pela própria mar- pesquisa sobre tudo que está relacionaca “Pecados de Sofia”, passando pelo do com doçaria, aqui também é fundanome dos produtos, decorações, espaço mental a ajuda do meu namorado, que comercial (sendo este um objectivo a me está continuamente a incentivar para médio longo prazo), suportes de comu- fazer novas e originais experiências!

Sofia Correia criou a marca “Pecados de Sofia - brigadeiros e outros prazeres” É ela quem confecciona os doces e “comanda” todos os pormenores, que distingue a sua marca, até chegar ao consumidor final.

Onde podemos encontrar Onde gostarias de ver cheà venda os “Pecados da gar no futuro a marca e os Sofia”? teus produtos?

Neste momento ainda estou a trabalhar apenas com um pequeno grupo de clientes e tudo se passa através do facebook. No entanto, já estive presente em feiras e já trabalhei de forma experimental com alguns bares e cafetarias no Porto e em Arouca (minha terra natal).

Gostaria, para começar, de ter uma loja própria desenhada e decorada por mim à imagem da marca. Quem sabe, no futuro, uma rede de lojas espalhadas pelo país.

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rónica

Leitura desnecessária Trabalhei durante muitos anos na Google a destruir informação. Passava os dias dentro de uma jaula especial a reformar os discos rígidos defeituosos de um gigantesco servidor.

Sempre apreciei a arte da destruição. Com recurso a processos sofisticadíssimos, garantia que nenhum registo binário sobrevivia para contar a história – digital, magnética e fisicamente falando.

Gosto de destruir discos maus, porque são desnecessários, mas o que me dá maior tesão é acabar com informação declarada desnecessária. Todos os dias atravessava três sistemas de segurança apertada só para poder trabalhar, e não me importava, porque não eram sistemas redundantes ou desnecessários.

Coisas desnecessárias ou redundantes irritam-me profundamente. Não admira que teras e teras e teras declarados lixo e postos de parte me dêem uma ponta descomunal.

Por falar em ponta: quando acabei com a minha definitiva namorada senti um prazer intenso a fazê-lo, quase sexual. Ela chorou muito, apesar de chorar ser redundante. Ela não era de todo redundante, mas podia classificá-la como desnecessária a partir do momento em que deixei de achar piada àquele corpo. Vai daí, eliminei dos contactos toda a gente que conheci em associação a ela. Desnecessários. Ela tentou falar comigo depois, mas eu não lhe respondi, porque já tinha dito o que tinha a dizer. Responder-lhe seria redundante. Nem nunca mais voltei a pensar nela – seria desnecessário.

Desfaço-me de tudo o que me oferecem, e só compro um objeto se ele me livrar de pelo menos dois. Durante muito tempo, ao acordar, removia duas a três pessoas nas minhas redes sociais. Elas nunca davam conta disso, e se por acaso notavam eu borrifava-me, porque era desnecessário agir de outra forma. Se depois me pediam amizade de volta, não aceitava (aceitar seria redundante). Quando vi que tinha zero amigos, deixei as redes sociais de todo. Não senti falta delas porque também não tenho amigos fora, e não sinto falta de amigos porque ainda me resta família.

Família? Vamos a ver… não digo com isto que pense muito nos meus velhotes. Eles lá vão sobrevivendo. O ato de pensar neles é desnecessário desde que deixei de lhes atender as chamadas – porque, vamos ser francos, eles não duram muito e não têm nada a deixar-me. O que só retirou a última utilidade ao telefone fixo – e o aposentou de vez. Também não tenho televisão, nem na sala nem no meu quarto, que se resume a um colchão e uma lâmpada.

Tornei-me o maior adepto da Cloud! Quando já tinha armazenado tudo lá, deitei fora os meus discos externos. Mais

tarde comecei a apagar os ficheiros da Cloud que classificava como desnecessários. Demorei algum tempo até eliminar as fotografias de família: primeiro as redundantes, depois as desnecessárias, até que já não tinha fotografias. Com o Spotify igual. Ao subscrevê-lo deitei toda a música que tinha ao lixo, só para depois cancelar a subscrição. Já tive contas Dropbox Pro, OneDrive e Box, mas removi as últimas duas por redundância, e a primeira porque já estava a mais. Já não tinha mais uso algum a dar à Cloud.

Mas isso já não me preocupa muito. Na mesma viagem em que comprei um smartphone, desfiz-me da máquina fotográfica, do GPS, relógio, lanterna e agenda. Quando cheguei a casa e olhei para o meu computador, apercebi-me da sua redundância face à aquisição do telemóvel. Lixo com ele. Depois percebi que com wireless gratuito em cafés não precisava de um serviço de Internet em casa. Vai daí, destruí o telemóvel à martelada, porque já não tinha utilidade para ele. Deitei-o fora, e aproveitei para dar o mesmo fim ao martelo.

Antes de sair para o trabalho, parava em média dez minutos a pensar na utilidade das minhas restantes coisas, e esse tempo foi aumentando e aumentando. Entretanto, fui despedido da Google. Deram-me muitos, muitos motivos: chegar atrasado; não obedecer ou falar com os colaboradores; tresandar por não tomar banho nem mudar a roupa – entre outras coisas que é desnecessário mencionar. Ralei-me pouco, porque pude dedicar-me a tempo inteiro ao meu passatempo preferido.

Assim, fui eliminando da minha vida tudo o que considerava redundante e/ou desnecessário, e estou muito contente com o meu progresso. Vejam lá que já só me restam seis itens.

1) 1 corpo nu, depilado e de crânio rapado (eu); 2) 1 apartamento; 3) 1 garrafão de 5l de gasolina; 4) 1 isqueiro; 5) 1 pistola Glock 42; 6) 1 bala.

Guilherme Mesquita guimesquita.com

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rónica

“le chien qui fume” Ao contrário do que costumo fazer, desta vez decidi escrever uma crítica e uma chamada de atenção sobre como um bom atendimento é essencial para tornar um jantar agradável e deixar o cliente com o pensamento: “Quero voltar cá! Vou recomendar!”. Penso não ser a única que já saiu com aquela sensação agridoce de um restaurante em que realmente a comida estava do meu agrado, mas que o atendimento deixava muito a desejar. Tal aconteceu no Chien qui fume na Rua do Almada, no Porto, onde eu e mais 6 pessoas saboreámos um Cordon Bleu e um bife três pimentas bem preparados, acompanhado por batatas fritas douradas e deliciosas e arroz branco. Para além do local ser acolhedor e com uma decoração pelicular, resolvemos escolher aquele local uma vez que a razão preço-qualidade era bastante convidativa e o menu internacional. No entanto, o atendimento ficou aquém do esperado. Aliás, já fui a restaurantes e a tasquinhas com menos nome onde fui recebida com mais amabilidade e simpatia. Um bom atendimento não requer um funcionário a perguntar de 5 em 5 minutos se está tudo do meu agradado

ou se preciso de mais alguma coisa. A simpatia, amabilidade, gentileza e eficácia são suficientes para que saia de um restaurante com a sensação que fui bem atendida, pelo menos por aqueles que directamente interagem comigo. Penso que muitos são os estabelecimentos que têm um grave problema a este nível. Uma boa gerência não é só ter os melhores cozinheiros e lucro no final do dia, é ter lucro ao longo de meses, porque todo o sistema funciona de uma forma unida e complexa que se reflecte num cliente satisfeito e que volta novamente ao nosso espaço. Assim, deixo aqui uma nota para aqueles que já abriram ou que vão abrir um novo negócio: tenham cuidado com o serviço que prestam directamente ao cliente e não só ao que está confinado à cozinha, porque um cliente passa sempre a palavra quer esta seja boa ou má de certeza que querem que seja boa.

L H AS AS ESaCCO d atarina

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Entrevista de apa “O meu maior sonho é ir aos jogos olímpicos de 2016.”

ENTREVISTA DE KARINA SILVA FOTOGRAFIAS DE Carlos Alberto Matos / FGP

O que é para ti a ginástica? Estudas e treinas ao mesÉ mais que um desporto, é uma vida. mo tempo, consegues nos Quando pratico ginástica sinto-me livre, descrever um dos teus dias em cada treino dou o meu máximo, querendo fazer sempre cada vez mais e mel- normais?

Acordo por volta das 6:00h, vou para a ate ao meio dia, depois treino Como surge a ginástica faculdade das 12:00h ate as 14:00h, depois tenartística na tua vida Filipa? ho aulas das 14:30h as 16:30h e depois Foi quando tinha 4 anos, por iniciativa tenho treino das 17:00h as 20:30h. dos meus pais, quando eu andava no in- Uma modalidade exigenfantário tinha sempre aquelas atividades te, física e mental, alguma desportivas, onde experimentávamos um pouco de todos os desportos, e a mãe vez sentiste vontade de de uma amiga minha que trabalhava na desistir? faculdade, onde eu treino, falou com os Já senti vontade de desistir quando tinha meus pais e perguntou, se gostavam que os meus 10 anos, porque achava que eu fosse experimentar ginástica. Então os não tinha tempo para brincar, porque meus pais levaram-me ao sport para eu os meus amigos iam ao cinema e conexperimentar, gostei e fiquei. vidavam-me para ir e eu nunca podia Quantas horas de treino ir, então senti necessidade de sair, mas depois pensei que já tinha lutado tanto são necessárias para es- para chegar onde cheguei e decidi contares ao melhor nível? tinuar.

Eu treino 6 dias por semana em que 3 Qual o papel da tua deles treino 3 horas e 30 minutos e os treinadora na tua vida? outros 3 dias treino aproximadamente 6 A minha treinadora sempre me ajudou horas, sendo 3 de manha e 3 de tarde. na minha vida profissional e as vezhor, simplesmente é a minha vida.

Quais os cuidados que es pessoal, sendo fundamental para tens para além dos treinos a evolução técnica, a minha treinadora sempre me ajudou muito, sempre me modiários? tivou quando estava em baixo, sempre Ter cuidado com a alimentação, fazendo esteve la quando mais precisei, e semuma alimentação saudável e equilibrada, pre festejamos as vitórias juntas. cuidado com o descanso (deitar cedo)…

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Entrevista de apa

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Entrevista de apa

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O suporte familiar foi im- Os apoios à modalidade portante para a consoli- são suficientes para desendação do teu percurso? volveres da melhor forma Sim, sem a minha família provavelmente o teu trabalho? nunca tinha chegado onde cheguei, os meus pais sempre me motivaram e incentivaram a praticar ginástica, estavam sempre la para me dar apoio e carinho.

Nem por isso, neste momento só tenho o apoio do Comité Olímpico, e alguns da federação, na minha opinião acho que devíamos ter mais apoios para conseguirmos evoluir mais.

Com 18 anos de idade, imaginas estares ligada Qual é o teu maior sonho? à ginástica artística até O meu maior sonho é ir aos jogos olímpicos de 2016. quando na tua vida?

Eu gostava de chegar ate aos jogos olímpicos de 2020, mas depende do desgaste físico.

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rónica

Expectativa Na sombra ainda é quente. Aprende-se a amar as dores do corpo acima dele mesmo.

Apesar do escuro, a sombra traz ao espírito o que a luz não pôde consumar. A imposição do tempo nos objectos imóveis.

A luz revela-nos mas também ela nos subtrai; o escuro acutila os sentidos, apesar do medo, deixa-nos nus perante o outro. De mim o que não quero ver.

Os segredos que o sangue conserva vão-se desmistificando. Vou perdendo tempo ao ganhá-lo, e sei que ao buscar o que as horas me roubam me vou esquecendo da importância da terra que calquei. O passado, hoje, torna-se rapidamente a novidade. Quando a luz me bate, a luz muda-me. Mas sou o mesmo objecto, iluminado.

De esperar, a existência inunda-se de vazios.

De me anular para não sentir. Para sentir muito pouco, quase nada. Contrario a expectativa de Amanhã, ou da noite, que traz, uma e outra vez, de novo o silêncio. Temo as pontas dos dias, e mais o que entre elas lhes sobra.

A solidão vagante pela casa vazia. A outra metade de mim que ainda adormece na espera.

Já quase não espero nada quando espero tudo. Sei que quando as nossas vozes se

calarem não poderei senão arranjar alguém que te substitua o fôlego. Vou aceitar a nossa morte. Mas enquanto se espera a morte, resiste-se, como o doente crê na cura que não vem.

Voltei ao passado em poucos dias. Alisei as águas para poder mergulhar e fi-lo. Prometi saber-me mudada e sei que estou. Ainda que não me cumpra inteiramente nesse papel.

Ana Pichel http://indiewood.tv/videos/6/205/showreel-2013#.U4uOrZRdUWl

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rónica Fotográfica

“sirÍ” Por Catarina Guiomar

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