JOVENS TALENTOS Nº4

JOVENS TALENTOS

RODAS

PORTUGA

A

OR COST T Í V

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ERS OV LL

DIAN A

Nº4. Agosto . 2014

Andamos pelas ruas da cidade de

CO M

À CONVERSA

AVEIRO

“

DAVID Bonneville

É um privilégio enorme poder filmar e trabalhar com profissionais da sétima arte em Portugal.

”

PUBLICAÇÃO MENSAL ONLINE

DIRETORA

Karina Silva CONTEÚDOS E REDAÇÃO

Karina Silva FOTOGRAFIAS

Ana Pichel Baixa Burguer Carlos Teixeira Catarina Guiomar Claudia Varejão Daniel García Delight Works GLAM Guilherme Mesquita Helder Real Karina Silva CRÓNICAS

Ana Pichel Catarina Guiomar Catrina Silva Guilherme Mesquita Karina Silva Vera Silva DESIGN GRÁFICO E PAGINAÇÃO

Karina Silva AGRADECIMENTOS GLAM - Celebrity Management PUBLICIDADE

geral.jovenstalentos@gmail.com

Se pretende publicitar o seu produto ou marca, contacte-nos!

Publicação mensal online Número 4 | Agosto 2014

JOVENS TALENTOS magazine

2 Jovens Talentos Magazine

AQUI TODOS OS TALENTOS PODEM SER

NOTÍCIA! Partilhe connosco para o nosso email geral, histórias de JOVENS TALENTOS que pela sua capacidade e objetivo merecem ser divulgados no nosso magazine.

S umário CRÓNICAS Karina Silva

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Estilo de Vida Vera Silva Manual de sobrivivência para gatas

Guilherme Mesquita

Na Cabeça de...

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Catarina Silva Explosão de Sabores

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Ana Pichel

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Ainda que Mal Me Vejas

Catarina Guiomar

Déjà Vu

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SOBRE RODAS

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Fomos até Aveiro!

ENTREVISTA DE CAPA

FOTOGRAFIA DE CAPA DE Daniel García

David 25 Bonneville Realizador e Argumentista, apresenta-nos o seu mais recente projeto, Cigano.

À CONVERSA

Portugal Lovers Vitor Costa Diana Marquês

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rónica

geral.jovenstalentos@gmail.com

ESTILO DE VIDA Não me recordo o que respondia quando me perguntavam “o que queres ser quando fores grande?”, nem sei se alguma vez me fizeram tal pergunta. Lembro-me da minha avó dizer, que a minha enxada seria a caneta, trocando a meu entendimento, para ela talvez só o serviço administrativo me serviria que nem uma luva. Bem, ainda por lá passei, um curso profissional e um estágio de um ano que me fizeram “crescer” tanto, aprendi muito e em todos os sentidos.

Na vida, as motivações mudam e o gosto que tinha pela fotografia e fazer vídeos caseiros criaram em mim uma outra dimensão, sem dar por conta, já sabia à muito qual a minha profissão de sonho. Sempre fui, desde muito pequena, consumidora de televisão, principalmente de telenovelas brasileiras, daí criei em mim uma vontade tão grande em conhecer um dia ao vivo os estúdios do Projac (Rede Globo), sonhava andar nos bastidores de qualquer uma das muitas produções que segui atentamente.

Ora bem, está mais do que apresentado o meu verdadeiro “estilo de vida”. O Audiovisual é mais do que uma profissão, quando partilhado do fundo da nossa alma é uma das maiores motivações que podemos ter, um estilo de vida, não propriamente saudável, pelo

stress incontrolável, mas um fonte inigualável de energia, de vontade de fazer sempre mais e melhor.

O David Bonnivelle é o nosso entrevistado de capa deste mês, aceitou o nosso convite para uma partilha alargada do seu percurso profissional e também de vida. Inaugurou o curso de Som e Imagem da Universidade Católica do Porto onde eu alguns anos depois entrei para me licenciar. Hoje partilhamos o mesmo “estilo de vida” mas com caminhos diferentes.

Parabéns pelo teu percurso, parabéns pelo “estilo de vida” que escolheste David.

DIRETORA

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Próxima aragem DIA MUNDIAL DA FOTOGRAFIA Conversas | Atuações | Atividades | Palestras Centro Português de Fotografia 19 Agosto | Entrada Livre | Mais informações em www.cpf.pt

ANSELMO RALPH 23 Agosto | Início 22:30h | Valor: 20€ a 25€ Praça de Touros - Póvoa de Varzim

PORTO LISBOA Fotografias partilhadas pelos promotores dos eventos.

FADO IN CHIADO De 11 a 30 de Agosto Duração: 50 min.

Mais informações: www.geniusymeios.pt

CASADO À FORÇA “Uma comédia desconcertante” Duração: 60 min. | Preço: 12€ De 14 a 31 de Agosto no Teatro Tholia . Lisboa Bilhetes à venda ticketline.sapo.pt

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ONVERSA

ENTREVISTA DE KARINA SILVA

FOTOGRAFIAS DE DELIGHT WORKS e HELDER REAL

PORTUGAL LOVERS Projeto de Cintia Woodcock e Filipa Moredo

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No que consiste o projeto O Urban Market é o prinPortugal Lovers? cipal projeto da Portugal A Portugal Lovers, Paixão pelo que é Lovers, querem explicar nosso é uma marca registada, na área o que podemos encontrar do Marketing & Comunicação & Evenneste novo conceito de feitos. Paixão pelo que é nosso é valorizar a nossa cultura, o nosso património, as ra? nossas pessoas. Pretendemos criar uma relação apaixonada com as marcas, com a cidade, envolvendo os habitantes, o comércio tradicional e os turistas.

A Portugal Lovers tem como objetivo promover o que de bom se faz em Portugal e quem o faz bem.

Elegemos como o nosso espaço de trabalho a CRU, uma loja de criadores com peças de autor e também um espaço de co-working.

Como nasce a oportunidade de se juntarem para criarem este projeto de raiz?

Viemos por razões diferentes, a Cintia de Lisboa, a Filipa de Bragança, encontraram-se no Porto, nasceu uma amizade e apaixonámo-nos pela cidade do Porto. Com muita vontade de trabalhar num projeto próprio, juntámos os nossos conhecimentos em Comunicação, Marketing, Publicidade e Eventos, com o objetivo de “ajudar e divulgar novos criadores, novos talentos, o comércio tradicional e assim em 2011, criámos a Portugal Lovers®, Paixão pelo que é nosso. A crise sempre existiu, é preciso é arregaçar as mangas e fazer, sempre com Paixão.

O Urban Market é o evento com mais visibilidade para a Portugal Lovers e que tem vindo a crescer. Através dele conseguimos trabalhar na nossa área, que vai desde o planeamento estratégico, Comunicação, organização de eventos e produção, design e assessoria de comunicação, o que nos dá imenso prazer.

O Urban Market acaba por ser diversos eventos num só. No Entanto, é importante referir, que nos primeiros meses de trabalho da Portugal Lovers®, fizemos a reestruturação em termos de design e a produção de conteúdos para a 8ª edição da revista “Fábrica de Talentos” do Palácio das Artes, fizemos a Campanha Paixão pelas nossas Ruas em parceria com a Busílis da Comunicação com o apoio da CMP, através da Porto Lazer e da SRU, Sociedade de Reabilitação Urbana. O mais recente grande evento foi no dia 5 de Julho deste ano, para o cliente Grupo Azevedos, em que organizámos um encontro de colaboradores e familiares “Azevedos em Festa” num total de cerca de 500 pessoas.

O que diferencia o Urban Market? A Paixão e entrega que dedicamos a cada edição, a cada projeto e às pessoas. A Música, turistas e não turistas ficam en-

-cantados, temos sempre música ambiente, com várias playlists de acordo com a hora do dia.

Temos vindo, através do Urban Market, a “rasgar” com o convencional conceito de “feira”. O Urban Market resulta de uma seleção que posteriormente é organizada e exposta. É uma oportunidade valiosa de mostra de produtos e/ ou identidades, é uma forma de gerar micro negócios, de chegar a vários públicos (portugueses e estrangeiros) - em alguns casos tem permitido a exportação - é um desafio na inovação dos produtos.. As edições são sempre de três dias, com exceção de algumas edições especiais de um dia, como é o caso das edições na Praia de Lavadores. É importante cruzar áreas aparentemente distintas. Promover o contacto entre diversos negócios e valências, pôr as pessoas a conversar, pôr ideias a mexer.

O Urban Market é, além de um evento diversificado e rico, uma mais-valia para a cidade, para o nosso património: dar a conhecer a cidade às pessoas, dar a conhecer espaços escondidos ou apenas atribuídos a certas “funções“ por vezes, dar a conhecer o trabalho dos criadores /artesãos, apoiar, dar a conhecer, dignificar a arte, nas suas diferentes formas: artesanato, design, joalharia música, dança, pintura, entre outras que merecem ser promovidas, divulgar a gastronomia tradicional e os vinhos portugueses, sempre presentes nos nossos eventos.

A Portugal Lovers está a mudar as men-

talidades. Sozinhos e estagnados não evoluímos, não descobrimos novas oportunidades de crescimento. É preciso misturar para encontrar. E se para isso for preciso juntar num teatro, num jardim, num hotel, os Anjos Urbanos, Cabeleireiros, criadores, documentários, provas de vinho, grafitters, pintura, música, o resultado é positivo.

Como surgiu a ideia do Urban Market?

Surgiu da nossa percepção da quantidade de talentos “escondidos”, de amigos com projetos criativos que nos confidenciavam que não sabiam como os promover, porque não se reviam nas feiras existentes mais tradicionais, para promover o seu tipo de produto.

E assim surgiu o Urban Market, um conceito diferente dos já conhecidos mercados da cidade, com um posicionamento direcionado a produtos de autor, serviços, ativações de marca, lançamento de bandas de música, Dj’s, entre outros. Tem funcionado como uma rampa de lançamento para diversos criadores, temos projetos que participam desde o início e que têm sentido o negócio a crescer e a expandir-se além-fronteiras.

E uns continuam e outros “voam” e esse é o nosso objetivo. Que deem o salto e cheguem mais longe.

Muito mais que uma feira, tudo é relevante para a sua concretização, até o espaço onde acontece. Como fun-

ciona a seleção do lugar calizada no Centro Histórico onde nos focamos, e porque existe uma sintonia ideal?

Não existe lugar ideal, o nosso foco é o centro histórico do Porto, e dar a conhecer lugares e espaços que consideramos especiais, muitas vezes escondidos, outros desconhecidos, espaços que não são habitualmente frequentados, e que merecem ser partilhados, quer aos turistas quer aos habitantes da cidade. MISTURAR PARA ENCONTRAR - como por exemplo entrar num Hotel e descobrir o Urban Market, passear pela Estação de São Bento e seguir a música que vem de uma ruela e maravilhar-se com a colorida Praça das Cardosas e o Urban Market.

Outro fator importante nos espaços onde vamos é a ligação que criamos com quem já está no espaço, sejam lojas, restaurantes, respeitando e criando parcerias em que todos saem a ganhar.

Existem no entanto espaços, que não vão ao encontro do nosso conceito, como centros comerciais, não nos identificamos, assim como lojas de rua com muito comércio. Queremos sim continuar a trabalhar com o comércio tradicional, mas existem outras formas de o fazer e nós queremos (sorrisos).

Em que dias acontece normalmente a Urban Market?

O Urban Market desde sempre funcionou como fator surpresa, sendo a sua divulgação feita com antecedência. Na Praça das Cardosas, por ter existido “um casamento perfeito”, porque está lo-

perfeita de ambiente, cores e sorrisos, temos feito no último fim-de-semana de cada mês. O mesmo sucede com o Hard Club, um espaço emblemático da cidade, onde vamos com regularidade e vamos retomar com datas fixas a partir de Outubro, mantendo o nome relacionado com o espaço “Urban Market Rocks”.

Nos restantes lugares não é certo, uma vez que temos edições especiais com temas específicos alusivos à época, em que a data muda necessariamente.

Como selecionam os participantes de cada feira?

O Urban Market distingue-se pelos projetos criativos e inovadores, valorizamos a imagem cuidada da forma de exposição, valorizamos e incentivamos a criação de uma marca – “branding”. A participação é feita apenas por convite depois de uma rigorosa seleção, feita por nós, de acordo com o posicionamento do Urban Market.

Privilegiamos as áreas do design de moda, design de produto, mobiliário, joalharia, bijuteria e artesanato (selecionado). Como referimos, aceitamos também a participação de lojas/marcas/ serviços, já que é uma oportunidade de se darem a conhecer, uma oportunidade das marcas chegarem mais próximo do seu público-alvo e atingirem novos públicos.

Existem algumas áreas que por norma

não aceitamos como por exemplo: trabalhos em Feltro, em Fimo, EVA, Crochet, Decoupage. Bijuteria “comprada”, entre outros, no entanto avaliamos sempre antes de decidir, porque cada trabalho é único e diferente, e temos alguns trabalhos em fimo e crochet que se encaixam no nosso conceito.

Como tem sido a recepti vidade do público ao vosso projeto?

Tem sido fantástica, desde o público portuense que já faz questão em nos visitar, aos turistas que nos visitam durante os três dias, às entidades que nos apoiam, como a CMP através da Porto Lazer, os espaços onde vamos como o Hard Club que desde o inicio nos abriu as portas, ao Carris Hotel Porto Ribeira, e recentemente a Praça das Cardosas através da Lúcios, onde estabelecemos uma relação de cumplicidade na praça e com quem está na Praça, desde as lojas ao Parque de Estacionamento com quem temos uma parceria nos dias do Urban Market.

Em relação às marcas e aos projetos que vão participando nas diferentes Urban Market, qual é a vosso opinião em relação à criatividade e ao empreendedorismo português?

Cada vez melhor, por isso apostamos em ficar cá em Portugal. Existe muito talento e nós queremos contribuir para que esse

talento seja reconhecido. Não gostamos muito da palavra empreendedorismo, mas sim de pessoas que acreditam em si e não desistem. Os nossos visitantes ficam maravilhados com os trabalhos que vêm no Urban Market e isso é gratificante para todos.

Organizaram várias feiras, conseguem destacar algum acontecimento especial?

Pergunta difícil, porque cada edição é preparada sempre com Paixão e dedicação, mas destacamos três: Urban Market Rocks II, no Hard Club, onde em parceria com o Hard Club, lançámos em estreia absoluta o documentário “Johnson, O Reverso da Medalha” (trailer está disponível em http://www. youtube.com/watch?v=FC9te5h1YZQouTube), do realizador Nuno Cibrão. Foi um dos pontos altos deste Urban Market.

Outro marcante foi o Urban Market À-Porter, Moda para todos, um Urban Market cheio de emoções e lições de vida, onde um grupo de mulheres com doença oncológica (Campanha despir o preconceito), despiram o preconceito e desfilaram. Foi um Urban Market só com produtos relacionados com moda e acessórios de moda. As “modelos” desfilaram com as peças dos designers de moda presentes, foram maquilhadas pela Patrícia Rodrigues e vestidas pela Helena Marques, Fashion Adviser. Entre lágrimas e sorrisos, foi muito marcante, é preciso seguir em frente e acreditar, foi

a mensagem.

E outro marcante foi um super desafio – Super Instalação - Urban Market & Os Grandes Amores do Porto, integrado no “Projecto Casa”, evento de arquitetura e design da EXPONOR. Foi criada uma super instalação em parceria com os arquitetos Bruno Barbosa e Inês Ferreira, com 4.128 grades de cerveja, ocupando um espaço de 1.200 m2, onde foram utilizados 1.600 metros lineares de rede Rachel, 2.000 abraçadeiras e 2.000 metros de corda. Os arcos e as ruas estreitas, característicos da baixa do Porto, foram materializados através de uma cortina de malha (rede rachel) criando percursos invisíveis que retrataram a baixa portuense, numa homenagem aos monumentos e ruas emblemáticas da cidade. Os visitantes circularam na instalação como se estivessem a passear nas ruas do Centro Histórico da cidade, indo assim ao encontro do tema do evento da Exponor - o Regresso à Baixa - e do conceito do Urban Market.

O que podemos esperar da Portugal Lovers e da Ur-

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ban Market para o futuro?

A mesma paixão em querer fazer sempre mais e melhor, queremos novos projetos, queremos que mais marcas percebam o potencial de fazer parte do Urban Market. E continuar com o apoio da CMP, através da Porto Lazer, continuar com o carinho da Comunicação social na divulgação das nossas iniciativas.

Independentemente do factor surpresas de outros lugares por explorar, gostávamos de continuar mensalmente na Praça das Cardosas e no Hard Club, por serem dois lugares com os quais nos identificamos e as pessoas já nos procuram lá, mesmo os turistas.

A todos aqueles que queiram participar nas vossas feiras, como o podem fazer?

Devem enviar um email com a apresentação do projeto para portugalovers@portugalovers.pt para análise, depois de ler atentamente quem somos, e o que é o Urban Market www.facebook.com/portugalovers/info

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Manual de sobrevivência para Gatas Vera Silva, Gestora e Consultora de Imagem Gatas, nos dias de hoje, somos mulheres ativas, profissionais, dinâmicas, donas de casa com unhas pintadas, cabelos bem tratados e um salto alto lindo de morrer que trocamos por umas sapatilhas giríssimas, no gym, a fim de conseguir perder aquele quilito a mais que nos anda a incomodar desde que compramos os jeans novos.

Nós, Gatas, queremos estar fantásticas durante a semana, no trabalho, no drink no final do dia, no jantar importante com o Gato alto, de cabelo grisalho e mãos imaculadas que nos dá passagem no elevador todos os dias.

No verão todas as gatas são pardas??????? Nem pensar!!!

No verão saímos mais de casa, somos mais vistas e mostramos mais curvas. Temos por isso um cuidado redobrado com os cuidados essenciais para estarmos deslumbrantes e acima de tudo com o peso. Quem não quer estar perfeita naquele biquíni gorgeous?

Primeiro passo, definir um objectivo alcançável, saudável e estipular um tempo logico para o atingir!

Segundo passo, organizar a agenda com o cuidado de garantir que guardamos espaço na nossa vida para relaxar, aproveitar a companhia dos amigos e por em dia um pecado por semana para que a sensação de restrição seja menor.

Agora, que já fizemos o principal, temos apenas de fazer o que todas as Gatas sabem, sem ser necessário recorrer a milagreiros…vamos comer de forma saudável e equilibrada. Comam sempre pequeno-almoço, essencial para não perderem energia e activar o metabolismo; façam refeições ligeiras a meio da manha e a meio da tarde, para que não cheguem às refeições principais esfomeadas; diminuam os hidratos ao longo do dia e evitem-nos à noite, para que as reservas de energia das nos-

sas coxas e barriguinha sejam “activadas”; diminuam o álcool, os refrigerantes e o sal, para diminuir a retenção de líquidos, responsável por peso extra e pela tao indesejável celulite; aumentem a quantidade de legumes, para que o intestino funcione melhor alem de substituírem lindamente os hidratos; comam sopa e uma peça de fruta antes da refeição, diminuindo assim o apetite voraz; bebem água e chá de hibisco que diminui a absorção de gorduras pelo organismo; e no final do dia as calorias que consumirem não devem passar as 1200 se quiserem perder meio quilo por semana.

Com estes gestos estaremos a garantir uma perda efectiva de peso, saudável e duradora. Juntemos-lhe uma pitada de exercício regular e temos a receita perfeita para garantir um corpo bonito, tonificado e um espirito leve, cheio de energia e feliz!

Gatas, já experimentaram correr na marginal, à beira-mar? Faz tão bem ao corpo como aos olhinhos… que bela oportunidade para ver o que cidade tem para nos oferecer…correr a olhar para uma passadeira rolante monótona no gym ou para um Gato jeitoso que nos ultrapassou num passo acelerado, cheio de vida na marginal, muda completamente a nossa motivação para o exercício…

Acima de tudo, sejam realistas e percebam que a loucura de uma dieta de água ou sopa ou gelatina ou batidos é o início de uma época de decadência de sorrisos e de energia! E vamos perder o que basicamente mais cativa os Gatos à nossa volta? No way!!

E assim chegamos à regra número um do nosso manual de sobrevivência para Gatas, nunca perder o sorriso deslumbrante nem a energia contagiante, o melhor elixir para contagiar o mundo à nossa volta!

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Sobre

Aveiro

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A pé ou Sobre Rodas o centro da cidade de Aveiro não fica indiferente a quem por lá passa. Numa passagem rápida captamos alguns dos belos espaços que a compõem.

Conhecida como a “Veneza Portuguesa” é um espaço de encantos e sabor doce. Sugerimos a volta de moliceiro a qual nos fica gravada como uma boa lembrança.

Boa Viagem!

TEXTO E FOTOGRAFIAS DE KARINA SILVA

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Na Cabeça De...

Estimados ouvintes, sejam bem-vindos a mais uma edição do “Na Cabeça De”. O meu nome é Nuno Markl e esta semana temos o privilégio de estar por dentro de Guilherme Mesquita. Este programa desenvolve-se intracranialmente no nosso anfitrião enquanto este está sedado, qual neurocirurgia ou animalzinho não é? Peludo, pequenino, parece um bocadinho parasitismo grave. Os nossos convidados são indivíduos que de cotão daqueles que caem do umbigo. têm passado tempo nos pensamentos daquele que é tratado BRUNO NOGUEIRA – Olá, queres ver que este cheiro é mofo? comummente como “Gui”. Hoje, curiosamente, só temos come- Aquele mofozinho de gaveta? Epá, e não. Eu até escrevi um diantes, o que já nos diz duas coisas: que ele não é religioso, e texto giro a dizer umas coisinhas engraçadas mas não vai dar. que o Nílton não foi convidado. O desafio que coloco perante Prefiro ir, assim na loucura, trabalhar. E vocês perguntam-me, vocês é descrever o Gui através do interior da sua cabeça. E “Mas ouve lá ó Bruno, tu trabalhas?” Trabalho, pois. Trabalho que nem um mouro num daqueles projectos televisivos de podem começar!

JERRY SEINFELD – Vou dar o pontapé de saída, até porque já qualidade para os quais o Gui é o público-alvo mas que não estou de saída. A cabeça do Gui é uma espécie de cruzamen- vê porque ah e tal é um dos que se acham chiques porque não to entre um dentista e uma oficina automóvel, o que me leva vêm televisão portuguesa. E essa preguicite, hã? Já tomaste a crer que ele é o tipo de pessoa que não sabe o que quer alguma coisinha para isso? Hã? Hã? Mmm? Hã? fazer da vida. “Vou soldar esta cárie ou mudar a embraiagem CHRIS ROCK – O Gui não percebe as mulheres. É verdade! O Gui não percebe as mulheres. Não percebe! a este dente? Não sei! É tudo tão confuso.” A sério?

LOUIS CK – Bem. Uh. Não sei. Há aqui coisas que até nem são CONAN O’BRIEN – Eu retiro imenso prazer do facto do Gui más de todo. Quer dizer, não é que quisesse passar tempo ser o meu completo oposto. Eu sou alto, ruivo, tenho um cabelo com o Gui, nem pensar, não estou a dizer isso. Mas não me farto, sou casado, com filhos, e acima de tudo, tenho sucesso importava nada, sei lá, de passar umas horinhas por aqui, com e dinheiro. (Riso.) (Mais Riso.) (Choro.) (Limpa as lágrimas com algumas das pessoas em quem o Gui pensou. É a verdade. Eu dinheiro.) Andy. ANDY! sei, eu sei. Eu sei que tenho filhas e responsabilidades, eu con- ANDY RICHTER – Sim, Conan? heço-me e não estou orgulhoso disso. Julguem-me à vontade, CONAN O’BRIEN – Lava-me os pés, e diz mal do Jay Leno. não quero saber. Vocês sabem do que eu estou a falar e eu DAVE LETTERMAN – O que estou a fazer aqui? Ah, já sei. A sei que vocês sabem e lá no fundo, querem o mesmo que eu e pensar em quem vou despedir por estar aqui.

MIKE BIRBIGLIA – O Gui tem os seus princípios, é novo, não não têm coragem de o dizer.

BILL BURR – Esta cabeça é um caos. Só tem lixo! Meu, a úni- namora, não bebe nem fuma, não tem nenhuma doença ca maneira de te organizares é de espalhar gasolina e che- grave, nem qualquer tipo de problema na vida – apenas sogar-lhe um fósforo. Olha para isto! É o pesadelo do obses- nhos que ainda não se confrontaram a sério com a realidade. sivo-compulsivo! Livros que nunca vais acabar, meias sem par, Resumindo e concluindo, não tem nenhum conteúdo para ser jogos que nem começaste, filmes que nunca vais ver, não por comediante. não teres tempo, mas porque és uma merda a organizar-te e DAVE CHAPELLE – Eu sei do que é que o Gui precisa. O Gui não percebes isso! Só tralha! Meu, mata-te. Ouve aqui o Bill, precisa de ter pelo menos um amigo a sério que lhe dê um que sabe do que está a falar, e mata-te. É a solução sensata. charro para a mão de vez em quando. “Meu, cala a matraca Atira-te de uma ponte e poupa a humanidade ao teu desleixo. e fuma esta merda.”

HERMAN JOSÉ – O Guilherme é um querido, um jovem sim- NUNO MARKL – Bem, minha alegre petizada, vou dar por patiquérrimo, que me dá imensa vontade de rir, especialmente encerrada a sessão, despedir-me deste autêntico Trem de Coquando se apercebe que começou uma frase sem saber como zinha Ideia Casa da comédia. E, qual cereja no topo de um a vai acabar. É curiosíssimo. Dava para treinador de futebol. imaginário bolo de chantilly humorística, vamos acabar com o O que era um esplêndido dois em um, porque a criatura tam- meu humilde bitaite sobre este tipo interessantíssimo que é o Gui. Depois, claro está, das informações de trânsito, da publicibém não percebe nada de futebol.

CRAIG FERGUSON – Esta cabeça mal iluminada e o meu es- dade, do Ricardo Araújo Pereira, das notícias e de ainda mais túdio são muito parecidos. É claro que um é uma masmorra uma música do Vasco Palmeirim. com um robot homossexual, um escocês americanizado e uma secretária cheia de inutilidades onde se enche chouriços a ten- Guilherme Mesquita tar ser engraçado, e o outro é o meu estúdio. guismesquita@gmail.com RICKY GERVAIS – Eu acho piada ao Gui. Gui. Guiii. Parece um

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Entrevista de apa

DAVID BONNEVILLE ENTREVISTA DE Karina Silva FOTOGRAFIAS DE Claudia Varejão e Daniel García

Realizador e argumentista, já percorreu parte do mundo em busca de mais um projeto, de mais uma história para contar. CIGANO foi um dos seus mais recentes projetos nacionais e hoje partilha connosco as suas experiências e o seu percurso.

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Como surge o audiovisual alização e argumento, que na tua vida? muitas vezes estão interligaSempre tive inclinações para o lado das, porquê? artístico da vida. Quis ser pintor, ator, músico, designer, historiador de arte, encenador... enfim várias coisas desde tenra idade. No ano antes de entrar para a universidade pensei em ir para design de comunicação. Tinha muito tempo livre nesse ano académico e coincidentemente, uns amigos resolveram propor irmos ao cinema todas as semanas, sem falta. Eu aderi, gostei da ideia.

A dada altura comecei a selecionar os filmes, havia semanas que decidia não ir porque o tipo de filmes que os meus amigos escolhiam me causavam náuseas – especialmente filmes com efeitos especiais em excesso e de narrativa pouco coerente. E comecei a ir ver outros filmes, mais artísticos, sozinho. E o interesse foi crescendo até que senti a vontade de estudar cinema. O curso de Som e Imagem da Universidade Católica inaugurou nesse ano e tinha um programa curricular ideal pela sua diversidade interdisciplinar - da Escrita Criativa à Realização, do Desenho à História do Cinema e da Psicologia na Arte à criação de composições sonoras. Fui aluno inaugural do curso, e integrei a primeira fornada de alunos a terminar, quando a licenciatura era ainda de 5 anos letivos.

Acho que a minha paixão pelo cinema, que chegou tarde, aos 17 anos de idade, faz completo sentido pois engloba todas as outras artes. Sempre gostei de escrever e de criar as minhas próprias estórias.

E quando pensei em ser realizador foi sempre seguindo a tradição do cinema autoral - filmes com um cunho muito pessoal. Estou disposto, e até já realizei filmes com temas e textos impostos ou escritos por outros autores. Mas sendo um realizador independente, sempre tive necessidade de escrever – até porque tenho muito o que dizer sobre as observações do mundo.

Já contas com diferentes experiências profissionais, inclusive trabalhaste para a BBC. Explica-nos como foi o teu percurso até agora?

Morei durante 22 anos no Porto, e saí para fazer o último ano universitário em Barcelona, onde cheguei a celebrar as 23 primaveras. Depois fui para Lisboa estagiar num filme para a RTP1. Logo a seguir passei 3 meses em Paris, fui jornalista para uma revista Lusófona, fui coach de uma atriz e numa rodagem na rua conheci um realizador francês que acabou por fazer um filme em PorA escolha recaiu para a re- tugal e me ofereceu trabalho como assistente de realização. Antes desta

rodagem tive a sorte realizar um sonho, que era o de assistir a Manoel de Oliveira – e que aconteceu no âmbito da produção de Um Filme Falado. Entre rodagens passava temporadas de um mês ou dois no Porto, onde trabalhava no Museu de Arte Contemporâneo de Serralves. Um dia recebi um telefonema de um amigo de Barcelona a dizer-me que o meu quarto (o que tinha alugado enquanto estudante) estava livre, e eu disse-lhe para mo guardar. Fiz as malas e voltei a Barcelona. Tive a trabalhar num escritório, num grande projeto de traduções, durante os primeiros meses, e depois fiz assistência à direção de Arte numa curta metragem, e num filme de terror de Jaume Balagueró. Fui apresentador de um pequeno programa cultural e realizei uns vídeos experimentais para a Televisão de Barcelona mas nem tudo é tão glamoroso como soa. Para cada trabalho tive de correr muito e manter contactos. E claro, a persistência foi contínua, sempre. Em Barcelona trabalhei também num call centre – que odiei – e até paredes de casas em obras pintei para ganhar algum. Ainda em Barcelona, e exatamente um ano depois de ter aterrado, consegui um emprego fabuloso como Gestor de Produto de DVDs de animação japonesa com distribuição pela Universal Pictures Ibéria. Foram 2 anos de escritório até receber a resposta de uma candidatura que tinha en-

viado à Fundação Gulbenkian com um argumento da minha autoria. Regressei a Lisboa pois tinha sido aceite no curso de realização de cinema em parceria com a Academia Alemã de Cinema de Berlim. Entretanto tinha concorrido a um mestrado em Argumento na University of Westminster, em Londres. No fim do curso na Gulbenkian recebi o resultado da candidatura, e mais tarde, que tinha obtido a bolsa de mérito académico. Fiz outra vez as malas, deixei a península ibérica e desloquei-me a terras de Sua Majestade. Adorei Londres pela quantidade e diversidade de oportunidades que existem por cá e resolvi ficar. Mas entretanto já passei várias temporadas em Lisboa para realizar e montar curtas-metragens da minha autoria. É um privilégio enorme poder filmar e trabalhar com profissionais da sétima arte em Portugal.

A inspiração para a escrita dos argumentos é algo que te surge naturalmente?

Sim, é no dia a dia, coisas que observo, leio, ou pensamentos que tenho a respeito de um assunto particular. Mas também acontece muito quando viajo e me deparo com outras culturas. Realidades que desconhecia. Ás vezes são imagens ou ideias que me perseguem.

Muitos dos teus projetos já foram premiados e

reconhecidos nos diferentes festivais do mundo. O que sentes depois de todo este reconhecimento?

mento e nos prémios já alcançados. Como te surgiu a inspiração para este argumento?

O que sinto é sorte. Sorte do trabalho ter sido reconhecido de modo justo e desinteressado, pois todos sabemos quão subjetivo é o valor de uma obra de arte. E o cinema e os seus festivais dependem muito de apadrinhamentos e de politicas internas. Se pensarmos no Festival da Eurovisão percebemos quão óbvio é o fator politico nas decisões das pontuações entre países. A Eurovisão pode até ser um paradigma demasiado exagerado, mas digamos que os prémios em festivais de cinema seguem muito o mesmo fator “subjetivo” de interesses de reconhecimento pessoal e politico. Não é só o objeto artístico que é valorizado.

A ideia surgiu de um conjunto de duas experiências concretas que vivi em Portugal, trazidas à memória por um encontro do acaso que tive no metro em Londres. Passo a explicar – no fim de 2008 estive fechado em casa a escrever argumentos, relatórios e projetos para o fim do mestrado. Nestes últimos dias de entregas fui a um jantar em casa de uma colega. Fui de metro, e quando entrei no vagão estavam sentados ao meu lado e à minha frente uns adolescentes que falavam num idioma que eu desconhecia. Poderia ser romani, talvez algum idioma de leste, mas a aparência dos rapazes levou-me a pensar que pudessem ser ciganos. Eles conversavam entre eles e predominavam no espaço.

O olhar de um dos rapazes, embora não fosse ameaçador, despertou-me a ideia de escrever uma estória sobre um confronto. A este episódio somou-se a experiência de um roubo que tive anos antes, também no metro, em Lisboa, e ao perigo que pode coexistir num vagão entre a plenitude de pessoas desconhecidas concentradas num local fechado.

Este foi o ponto de partida.

Para construir o argumento fui buscar outro episódio de quando tinha 16 ou

Gostavas de receber algum prémio de cinema em especial? Porquê?

Confesso que gostava de receber um prémio num festival de categoria A a nível internacional para me facilitar a produção de mais obras. Idealmente em Cannes, Berlim, Sundance, Veneza ou Locarno.

O teu mais recente projeto, “Cigano”, está a ser muito bem recebido pela critica e isso vê-se no reconheci-

17 anos e vinha a caminhar de guarda-chuva pela Av. Marechal Gomes da Costa, no Porto. Na altura era apenas uma área residencial privilegiada com casas, mansões e com muito pouco movimento humano. Subitamente apareceu-me um rapaz desdentado e de fato de treino a pedir-me boleia debaixo do meu guarda-chuva. Sem me dar tempo a consentir lá se pôs a caminhar ao meu lado com uma conversa tranquila mas inquisitória. Como me chamava, onde estudava, onde morava… até que chegou ao cerne da questão e me informou que “era um tipo fixe” mas que teria de vir comigo para minha casa porque estava a precisar de dinheiro urgentemente.

Nesse momento olhei à volta e não vi vivalma. Pensei: “mãezinha, perdoa-me, mas é desta que vamos ficar sem casa”.

Eu só tentava ver alguém na rua que me pudesse servir para o afugentar. Mas não passava ninguém. Senti-me a afundar por dentro. Como é que me vou livrar deste tipo que deveria ter uma ou duas facas no bolso? Foi esta a inspiração para a curta, baseada na hipótese de “e se este caramelo tivesse entrado na minha casa?” …como pode alguém ser prisioneiro no seu próprio espaço e o que é que acontece depois.

O carro é teu mas a boleia é minha.

Onde gostarias de ver chegar o “Cigano”?

O filme já teve o seu apogeu no âmbito festivaleiro – estreia em Locarno, e nomeações nos festivais de Hamptons, SXSW Palm Springs, Tampere, Vila do Conde e Guadalajara. Agora gostava de ver chegar “Cigano” aos ecrãs do maior número de pessoas possível.

Encontras muitas diferenças em seres realizador em Portugal ou em qualquer outro país? É a mesma tarefa só que em idiomas diferentes. Cada realizador tem a sua técnica e o seu foco de especialização – uns dão maior importância ao lado técnico visual do filme, outros, aos atores; mas isso não tem tanto a ver com o país em que se está, diz mais respeito ao realizador como indivíduo.

Tens algum projeto para breve que queiras partilhar connosco?

Estou a desenvolver vários projetos de momento. E em contínua reavaliação dos mesmos. Uma curta inglesa, uma longa portuguesa, outra longa mais ambiciosa Como autor e realizador para EUA ou Reino Unido, e muitas ideias define-nos este filme numa para futuros projetos.

frase curta.

Existe algum tema que para Na tua vida quais são as tuas ti seja difícil abordar num grandes inspirações? próximo filme?

As minhas observações do mundo e Às vezes penso em coisas absurdas, extremas, que gostava de desenvolver em filme. Mas a única dificuldade que teria seria a de contextualizar esse ato ou situação, atribuir-lhe uma motivação para que não ficasse apenas como um devaneio. Teria que ser fundamentado para puder ser apreciado por um público mais vasto. Ou talvez não! (risos)

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sentimentos perante o que me rodeia ou leio.

Tens algum sonho por cumprir?

Vários.

O EX SÃO L P DE SABORES Desde há uns anos que a Baixa do Porto tem emergido como um ponto de encontro para todas as idades. Em cada rua encontramos novas sonoridades e uma junção perfeita entre os sabores de outrora e os pratos mais modernos. O Baixa Burguer na Rua da Picaria não é excepção! Este restaurante nasceu para fazer as delícias aos que apreciam um bom hambúrguer, cozinhado na perfeição e com os ingredientes mais frescos. Recomendo o hamburguer de novilo com cogumelos Portobello salteados e molho de cogumelos que já vem acom-

AS ESCO L H S d a C a t a r iA na

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rónica

panhado por batatas fritas com molho da casa. Podem sempre dar um toque especial ao vosso prato com os extras da casa: a mandioca frita, o ovo frito e o bacon grelhado. Aproveitem para provar também uma limonada caseira e bem fresca para comemorar os dias quentes de Verão que ainda estão para vir. Custo médio: 10€ Chef: Nuno Inverneiro

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Todos os dias acordo a pensar como alguém que é ator, que quer crescer, que se quer sedimentar naquilo que se sente bem a fazer.

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Vitor Costa ENTREVISTA DE Karina Silva FOTOGRAFIAS CEDIDAS POR GLAM

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Em televisão a tua estreia acontece na nona temporada de Morangos com Açúcar com o personagem Gabriel. O que mais te marcou nessa experiência?

sentação. Foi difícil mudar de cidade em busca do sonho profissional?

Dois anos depois da primeira experiência em televisão já contas com duas importantes participações também em televisão, Sol de Inverno e o Beijo do Escorpião. Sentes que é difícil conseguir integrar em projetos televisivos por ser um meio muito competitivo?

as grandes diferenças que encontras?

Sim, fiz formação na Academia Contemporânea do Espetáculo e continuo a formar-me na Escola Superior de Teatro e Cinema. Foi difícil acima de tudo por uma De uma forma geral aquilo que foi mais questão familiar, mas tudo o que diz rerelevante nesse percurso foi o contacspeito à profissão e às minhas ambições, to com uma forma/método de trabalho nesse sentido foi perfeitamente pacífico. completamente diferente daquele a que estava habituado. Desde as pessoas às Já tiveste oportunidade de técnicas e tudo o que envolve uma pro- representar em teatro para dução destas. além de televisão, quais são

Na nossa profissão, tal como em qualquer outra, o meio é muito competitivo. Talvez porque há muita gente a trabalhar bem, talvez porque a oferta não é tão grande como poderia ser, talvez porque esteja demasiado centrado em certos núcleos.

As diferenças são várias, mas o “objetivo” é sempre o mesmo. Mesmo sendo projetos completamente diferentes, sou ator e é dessa forma que vejo todo e qualquer trabalho seja em teatro, televisão, performance, cinema, etc.

Quais são as motivações que te levam a seguir a carreira de ator?

É muito simples. Todos os dias acordo a pensar como alguém que é ator (mesmo ainda não tendo a certeza do que isso é), que quer crescer, que se quer sedimentar naquilo que se sente bem a fazer.

Antes dos Morangos vivias Começaste à poucos dias no Porto, aliás, onde fizeste as gravações da nova novea tua formação em repre- la em que vais participar,

“Jardins Proibidos”. Este é um projeto que já traz com ele um passado de grande sucesso no panorama nacional. O que podes partilhar do teu personagem?

muito menos deste género, mas se ambicionam mesmo isso, que se formem, há escolas de teatro, workshops, etc. É fundamental, na minha opinião, a formação.

Acho que devem começar por aí, depois é tudo um percurso.

Tens algum sonho que gosA minha personagem chama-se Alfonso tarias de concretizar a curto Herédia é filho e herdeiro de uma família prazo? aristocrata madrilena. Está neste momen-

Tenho vontade de fazer muita coisa a nível profissional e também a nível pessoal, mas não consigo ser específico nesse sentido. Neste momento é aproveitar aquilo em que estou envolviComo estão a correr as do, começarei em breve ensaios de um espetáculo, portanto é no fundo, aprovegravações nesta fase ainda itar ao máximo tudo isto. to a estudar gestão em Lisboa, onde vai encontrar a Mónica e juntos vão viver uma história de amor avassaladora. Isto e muito mais, que não pode ainda ser revelado.

inicial?

Estão a correr de uma forma tranquila, mas naturalmente muito trabalhosa.

Sentes que esta oportunidade poderá ser um importante marco na tua carreira?

Esta é uma excelente oportunidade, não posso negar, agora cabe a mim próprio a competência e o empenho em fazer dela um importante marco neste meu início de percurso.

Que conselho darias a todos aqueles (jovens) que tem o sonho de seguir representação?

Não sou muito bom a dar conselhos,

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rónica

Ainda Que Mal MeVejas 1 Quando nasci não podia descortinar o poder que se avizinha. Não havia na natureza a resposta para o tecido de que fui feita. Há coisas que não se mudam no mapa de cada um. A individualidade, como o ar que respiramos, não se seleciona; somos antes de querer ser.

O meu poder ninguém me rouba, mas nem por isso o escolhi.

Assiste-me a capacidade de ser invisível.

Mas não é algo que pedi para ser ou sequer deseje. É daquelas coisas que se cumprem, do mesmo modo que uma migalha se enfia no goto.

Quando somos pequenos podemos contornar a nossa invisibilidade. Quando, ao crescer, a amizade evidencia a própria transparência, invade-nos a desconcertante certeza de ser invisível. Por egoísmo, estranha-se ser mulher nada.

Passo por quem não me vê, e talvez eu própria tenha feito desaparecer umas quantas pessoas que me atravessaram. Amiúde cresce-me o medo dessa invisibilidade. De me dissipar na multidão, incapaz de coragem para ter um nome. Na contagem para a morte condicionar-me ao estado de mulher rolha, e flutuar pelas vidas dos outros sem lhes pertencer. O

momento deprimente em que o meu nome se some, ainda após severas repetições, incapaz de se colar à língua do outro.

O valor do Homem é-lhe concedido pelo esforço. Se nos esforçamos demais somos invisíveis, se de menos, somos invisíveis.

Quando o meu corpo for uma pera, e já nem a juventude sobrar, então ai não haverá nome, nem esforço, nem visibilidade que se mereça.

O passado só existe para apaziguar o presente. Engana a memória do mesmo modo que a existência engana os dias.

1 Carlos Drummond de Andrade; Ainda que mal

Ana Pichel http://indiewood.tv/videos/6/205/showreel-2013#.U4uOrZRdUWl

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Ficou sempre aquela vontade de voltar a apostar nesta área e poder evoluir enquanto atriz.

ENTREVISTA DE Karina Silva FOTOGRAFIAS DE Carlos Teixeira

”

DIANA Marquês Guerra 36 Jovens Talentos Magazine

Com 10 anos de idade estriaste em representação para televisão na telenovela Filha do Mar da TVI. O que ficou dessa experiência?

Muito boas memórias. Foi um momento muito especial da minha vida onde me aventurei por um mundo que desconhecia por completo. Fui sempre tratada da melhor forma possível por todos os que me rodeavam, equipa, atores e produção. Foi uma experiência que aos poucos e poucos acabou por mudar o rumo da minha vida.

Foi fácil conciliar a representação aos 10 anos de idade com os estudos e todas as outras necessidades de criança?

Lembro-me que no ano em que gravei a novela até consegui ter notas ligeiramente mais altas do que no ano anterior.

Não tive grande dificuldade em conciliar a representação com os estudos, muito também porque a minha diretora de turma e professores foram super prestáveis e compreensivos em relação a toda a situação. Penso que mesmo com todo o mediatismo do momento foi um período natural.

a TVI “Jardins Proibidos”. O que nos podes contar sobre a tua personagem?

A minha personagem chama-se Mariana Gama. É uma jovem de classe alta que está habituada a ter e fazer tudo o que quer, o que a tornou bastante mimada e até arrogante. Tem também um outro lado, é uma rapariga cheia de vida e ambições, nem sempre as mais certas, mas é decidida e luta por elas. É uma personagem muito exigente até porque é o oposto de mim, que tanto está num extremo de felicidade como rapidamente passa para o extremo oposto. Está a ser muito giro explora-la.

Estavas ansiosa por um regresso à representação?

Fiquei sempre com o bichinho dentro de mim. Sempre quis tirar um curso superior e acabei por tirar um relacionado com a representação. Ficou sempre aquela vontade de voltar a apostar nesta área e poder evoluir enquanto atriz.

Neste momento da tua vida, o que é para ti representar?

Neste momento é principalmente o realizar de um sonho. Sinto que esta oportunidade veio na altura certa e é a recompensa de todo o esforço.

Hoje com 23 anos e 13 anos Quais são as motivações que depois regressas ao ecrã te levam a seguir a carreira numa nova produção para de atriz?

Pessoalmente acho que é uma área que me põe à prova de uma forma absolutamente brutal. Sempre fui (apesar de agora menos) uma pessoa tímida e introvertida, representar exige de mim exatamente o oposto o que é muito libertador e me faz crescer enquanto pessoa.

raízes. Quem já emigrou conhece bem o sentimento, Portugal é um cantinho especial do mundo. Infelizmente hoje em dia poucos têm oportunidade de voltar, eu decidi tentar a sorte e ela correspondeu.

Charlize Theron, Leonardo Dicaprio e Meryl Streep. São atores que se entregam às personagens de uma forma tão natural e ao mesmo tempo arriscando enquanto atores. O que poderia não resultar e ser demasiado forçado, eles conseguem transformar em orgânico. Claro que todos erramos e com os atores passa-se o mesmo, há personagens melhor construídas e outras nem tanto. A aprendizagem no entanto está sempre lá, corra melhor ou pior.

jugar ambos. Estou habituada a viajar desde tão pequena que aprendi a gostar de andar de um lado para o outro.

Seria opimo poder trabalhar também fora de Portugal, no entanto são países onde a competição é maior ainda e gostava de aprender mais e crescer enquanto atriz antes de me aventurar.

Consideras essa possibilidade (trabalhar fora de PorConsegues referir algumas tugal) para o teu futuro dendas tuas grandes referên- tro da representação? cias artísticas? Porquê?

Claro que sim. O ideal seria poder con-

Estas a começar um novo projeto e a querer dar asas à tua carreira de atriz. Podes Viveste em Inglaterra lo- partilhar connosco alguns cal onde acabaste por te dos teus sonhos para o futulicenciar em Media & Per- ro?

Neste momento estou focada na minha formance. O que te levou a personagem e neste novo projeto. Em querer voltar a trabalhar em termos profissionais tento não pensar Portugal na área da repre- muito no futuro pois é uma área por vezes ingrata, é o tudo ou nada. Gostava sentação?

Emigrei para Inglaterra, não por vonta- de a pouco e pouco ir construindo uma de própria, mas porque a vida assim o bonita carreira. exigiu, penso que por isso tenha ficado com aquela necessidade de voltar às

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rónica Fotográfica

Déjà Vu - Por Catarina Guiomar Jovens Talentos Magazine

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