o jovem edição especial
23 anos
ORGÃO OFICIAL
Juventude Popular da Maia Nº 7 Ano XXIII - Editor. Juventude Popular da Maia - 30 de Julho de 2008 - Distribuição Gratuíta
Violência Doméstica Um crime público à porta fechada!
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JP Maia no CMJ Tudo sobre o passado Conselho Municipal de Juventude
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Campanha de Rua Campanha de de sensibilização sensibilização sobre sobre Violência Violência Doméstica Doméstica (Pagina (Pagina 3) 3) Campanha
Textos de Opinião Nesta edição. edição. Karla Karla Ribeiro, Ribeiro, Nuno Nuno Silva Silva ee Tiago Tiago Loureiro Loureiro (Pagina (Pagina 4) 4) Nesta
jpmaia.org
o jovem
Julho de 2008
Fresquinhas e boas...
Baixaram os Combustíveis... Contrariando o que tem sido habitual nos últimos tempos a partir de dia 30 de Julho o preço de venda dos combustíveis vai baixar em média 3 centimos por litro.
Editorial Completam-se este mês os 23 anos de lançamento do jornal “O Jovem” por parte da Juventude Centrista da Maia. É hoje com orgulho que continuamos a manter viva uma das nossas maiores bandeiras, que cada vez mais se assume como meio de comunicação de excelência da estrutura da Juventude Popular da Maia para com os jovens cidadãos da nossa cidade. Nesta edição inauguramos uma nova imagem de comunicação para o jornal, mais moderna e apelativa, tirando assim o máximo partido dos veículos de comunicação virtuais que hoje desempenham um importante papel na vida das novas gerações. Da nossa parte e como sempre tem sido a nossa tradição, continuaremos a manter uma visão isenta como orgão oficial da JP Maia, sem pressões por parte da Comissão Politica Concelhia que sempre apoiou e dinamizou a continuidade da existência deste jornal. Parabéns a todos, parabéns ao já velhinho “Jovem” e que viva longos anos de vida!
Violência Doméstica Um crime público à porta fechada! Inês Mendes Coordenadora-Geral da Juventude Popular da Maia
Menos pessoas infectadas... O número de pessoas contaminadas com o vírus VIH diminuiu ligeiramente nos últimos anos, uma descida que terá sido provocada pelo reforço dos esforços globais contra a doença, avançou hoje um relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas para o VIH/sida (ONUsida). No ano passado, o vírus contaminava 33 milhões de pessoas em todo o mundo, menos 200 mil que em 2006. O número mortes causadas pela doença também desceu, de 2,1 milhões em 2006 para dois milhões em 2007.
O Termóme tr o Quente Maiact Uma excelente organização por parte do Pelouro da Juventude que proporcionou uma semana inesquecível e cheia de animação para os jovens da cidade da Maia.
Falo hoje aqui de um tema que muitos dirão que é coisa do passado, que em civilizações desenvolvidas como as que temos hoje estes problemas não existem mas que para muitos outros é uma realidade sentida a cada dia que passa. Infelizmente, este problema existe e pelo que nos mostram as estatísticas não tem vindo a diminuir. Temos vindo a reparar que a nossa sociedade mudou drasticamente de há uns 40 anos para cá. No tempo dos nossos avós, era o homem que trabalhava, que trazia o dinheiro para casa sendo que a mulher limitava-se a fazer as lides domésticas, a tratar dos filhos havendo portanto uma certa obediência ao homem. Era muito frequente que uma mulher perante violência do marido se calasse, e se mantivesse do seu lado até á morte. Com a evolução das sociedades e emancipação da mulher esta passou a ter outros cargos, a ganhar o seu dinheiro sendo que em alguns casos é a mulher que sustenta a própria casa.
Frio Mauzinho da Bajouca A falta de originalidade do “Cónego da Bajouca” começa a ser repetitiva. Violência Doméstica A cidade da Maia apesar de apresentar índices negativos em relação ao número de casos de Violência Doméstica ainda não tomou medidas.
Quando se fala em violência doméstica pensa-se sempre na vítima como sendo a mulher do casal, mas esta realidade estendese também aos homens e também aos filhos. Por vezes o agressor é a mulher, os filhos ou mesmo os pais em relação as filhos tendo este problema uma dimensão ainda maior. Faço aqui uma pelo a todas as mulheres (uma vez que estas são as principais vitimas) mas também aos homens e filhos que sintam este problema presente nas suas vidas a não se calarem, a pedirem ajuda de modo a diminuir esta problemática da nossa sociedade.
Postas Virtuais
Drogas Leves Sim ou Não à legalização? Tiago Loureiro
Novas Concelhias Tomou recentemente posse a nova concelhia da JP de Paredes à qual desejamos as melhores felicidades.
Com tudo isto o mais chocante é que mesmo nestes casos existem mulheres que sofrem de violência doméstica e não fazem nada para se defenderem. Mas porquê? Existindo as instituições que existem actualmente e que prestam o devido apoio â vitima porquê o silêncio?
Poderia falar da maior segurança que a legalização traria às ruas e às nossas casas. Ou dizer que libertaria recursos policiais para o combate ao verdadeiro crime e desafogaria o sistema judicial. Ou ainda que diminuiria a corrupção, o crime organizado e o tráfico de drogas. Poderia também lembrar que não só pouparia dinheiro de impostos, como representaria uma nova fonte de receita fiscal. Que representaria ainda a protecção do consumidor, já que as drogas, quando legais, são muito mais seguras. Mas vou passar isso à frente. Ainda Coffe e Smart Shops à parte, bem como uma terminologia e conjunto de substâncias sobre cujas características e efeitos específicos não estou tão bem informado quanto os dois amigos que me interpelam a falar do tema, considero que a questão das drogas leves, sua proibição ou legalização, configura um essencialmente problema de liberdade (ou, no estado actual, falta dela) Como sempre, uma vez que é de liberdade que se fala, é importante relembrar algumas palavras de
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John Stuart Mill: “sobre si mesmo, sobre o seu próprio corpo e espírito, o indivíduo é soberano”, soberania que inclui a possibilidade de cada um fazer coisas que lhe sejam prejudiciais. Stuart Mill disse também que "a liberdade de um indivíduo deve ser assim limitada: não deve ser prejudicial aos outros". Concordando com tudo isto, e somando dois mais dois, parece-me que está aqui implícito o direito de cada um poder consumir droga na justa medida em que esse acto não coloque em causa, de algum modo, a perturbação social e, consequentemente, a violação de direitos alheios. Parece-me estar ainda implícita a diferença entre a permissão do consumo de drogas leves e a proibição do consumo das restantes. As drogas pesadas têm um potencial de dependência elevado e provocam importantes alterações de comportamento. Nesse caso, o exercício de liberdade individual de consumir drogas pesadas entraria provavelmente em conflito com a liberdade dos outros. Ainda a respeito, e para aqueles têm sempre na ponta da língua o argumento que diz que o consumo de drogas leves leva ao consumo de substâncias mais perigosas, a legalização permitiria fazer uma distinção clara entre as drogas leves e as que são, de facto, extremamente danosas para a saúde. É o próprio quadro actual que pode levar um jovem menos informado a não perceber a diferença entre as drogas leves e as duras, conduzindoo a um consumo indiscriminado.
o jovem
Julho de 2008
Primeiro Plano
Não se cale, denuncie! Juventude Popular da Maia em campanha de sensibilização!
Gabinete de Imprensa. 2008
A Juventude Popular da Maia realizou no passado dia 10 de Julho de 2008, uma campanha de rua com o lema “Não se cale, denuncie!” com o objectivo de sensibilizar a população maiata para o problema da violência doméstica. A campanha realizou-se com duas equipas, uma na Praça do Município e outra às portas do ISMAI (Instituto Superior da Maia) que ao longo de uma manha puderam distribuir um panfleto informativo e sensibilizar a população para a denúncia. No panfleto informativo podia-se ler um conjunto de informações, incluindo dados concretos sobre o aumento do número de incidência e em particular das incidências no Concelho da Maia. Estavam ainda colocados no panfleto os contactos das instituições que prestam auxilio às vitimas. Em declarações à imprensa, o presidente da Juventude Popular da Maia enalteceu a importância desta campanha especialmente por se tratar de um crime público “à porta fechada” que é na maioria das vezes camuflado pelo medo e pela vergonha, referindo ainda que o mais assustador dos dados é verificar que o maior aumento de
casos situa-se numa faixa de população entre os 18 aos 28 anos, sendo assim, e porque a Juventude Popular da Maia jà alerta a sociedade civil para esta problemática desde 2007, a sensibilização para o flagelo que é a violência doméstica assume-se como uma das nossas maiores bandeiras. Fazendo referência à cidade da Maia, Eric Rodrigues referiu que “"é uma cidade moderna, virada para o futuro, e eu não vejo um futuro onde ainda existem desigualdades entre homem e mulher, vejo um futuro onde todos são tratados da mesma forma, com o respeito e dignidade que deveriam ser inerentes ao ser humano". O balanço da campanha foi extremamente positivo, com uma excelente receptividade por parte da população jovem, verificando-se inclusivamente em alguns casos uma enorme vontade de contribuir e de participar com a JP no alerta para este problema. A Juventude Popular da Maia distribuiu um total de 1000 panfletos informativos, estando já na agenda mais campanhas de sensibilização em outros locais do Concelho da Maia e de uma visita à APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vitima).
JP Maia @ Conselho Municipal de Juventude Juventude Popular da Maia presente na segunda sessão ordinária do ano. A Juventude Popular da Maia esteve presente na segunda sessão ordinária do Conselho Municipal de Juventude promovido pelo Pelouro da Juventude da Câmara Municipal da Maia. Numa sessão repartida pelo auditório do Fórum Jovem e por uma visita a duas Lojas da Juventude, foi possivel fazer uma análise ás actividades até agora realizadas pelo Pelouro da Juventude. No final da sessão, os membros do CMJ presentes tiveram ainda a oportunidade de assistir à apresentação oficial do Festival da Juventude - Maiact 2008 no Parque de Avioso com a presença do presidente da Câmara Municipal da Maia, Engº. António Bragança Fernandes.
Na primeira parte da sessão, o presidente da Juventude Popular da Maia, na sua primeira intervenção fez referência ao dinamismo actual do Pelouro da Juventude, falando em particular da assistência dada aos expositores na Feira das Oportunidades. No âmbito das propostas apresentadas, Eric Rodrigues lançou o desafio ao Pelouro da Juventude para a existência de um trabalho de análise sobre o abuso de menores na cidade da Maia e sobre Violência Doméstica, aproveitando ainda para referir que o trabalho do GAAP poderia ter maior incidência sobre esses assuntos, tendo a consciência que a cidade da Maia tem vindo
a apresentar cada vez mais números preocupantes e que justificam a criação de mecanismos de apoio às vitimas, o que infelizmente ainda não tem sido verificado.
Campanha de Recolha de Alimentos JP Maia lança campanha segunda fase para recolha de alimentos e donativos para o “Refúgio das Patinhas” Foi aberta uma segunda fase de recolha de alimentos e donativos no âmbito de uma campanha de apoio ao Refúgio das Patinhas.
Para ajudar o Refúgio das Patinhas basta comparecer na sede concelhia no dia 3 de Agosto e depositar o seu contributo.
O Refúgio das Patinhas é uma organização independente de pessoas que partilham o mesmo gosto pelos animais e assenta a sua acção em donativos pessoais. Sendo a época de verão infelizmente propicia para o abandono de animais todas as ajudas são poucas. A Juventude Popular da Maia decidiu abrir uma segunda fase de recolha de alimentos para animais que poderão ser depositados na sede concelhia da JP Maia até dia 3 de Agosto.
Os contributos poderão ser brinquedos, mantas, medicamentos ou alimentos secos para animais. No dia 12 de Agosto da JP Maia irá entregar todos os donativos aos responsáveis pelo Refúgio das Patinhas. Todas as ajudas são fundamentais para fazer desta campanha mais um sucesso da Juventude Popular da Maia. Não fique indiferente a esta iniciativa, os animais agradecem!
o jovem
Julho de 2008
coluna livre Ensaio sobre Portugal
Nuno Moreira da Silva
Coordenador do Gabinete de Estudos da Juventude Popular da Maia
Aqui à uns tempos, por altura do aniversário de Camarate, José Miguel Júdice assinou um texto em que dizia de que maneira via Portugal se Francisco Sá Carneiro ainda fosse vivo. Proponho-me a fazer o mesmo, claro nunca presumindo comparar-me a Júdice, e não usando Sá Carneiro mas outra pessoa…não necessariamente uma pessoa em concreto, mas outra pessoa…um liberal. Vejamos, em 1974 com a revolução dos cravos Portugal tivesse caminhado para o liberalismo, hoje, na minha opinião, vivíamos melhor. Talvez hoje vivêssemos num Estado que não tivesse um crescimento anímico, num Estado pesado, demasiado caro, demasiado providência. Talvez hoje não existissem as chamadas Golden-Shares que tantas dores de cabeça trazem a Bruxelas porque são um atentado a uma Economia de Mercado; talvez hoje a Caixa Geral de Depósitos fosse um banco privado, talvez não tivéssemos de pagar um imposto para sustentar a RTP, e esta pudesse competir taco a taco com as privadas; talvez hoje tivéssemos um Estado pequeno que
somente se ocupasse das questões de soberania nacional como Negócios Estrangeiros, Defesa Nacional e Administração Interna sendo que a estes acrescentaria a Educação, Saúde e a Justiça. No entanto, se hoje houvesse um Portugal liberal, a gestão dos tribunais e das escolas públicas talvez fosse feita por privados e não pela função pública; um Portugal em que tudo que os privados quisessem controlar, o Estado distanciava-se; onde o Ministério da Economia e o Ministério das Finanças não funcionassem como gestores de conta do Estado mas como fiscalizadores da Economia portuguesa e fiscalizassem os privados com entidades como a CMVM ou a Autoridade da Concorrência; onde o Estado não fosse um jogador no mercado mas o árbitro do jogo. Onde houvesse o cheque-ensino para aqueles que realmente o merecem e que o Estado deve apostar; onde as escolas públicas estão melhor e mais bem tratadas pela gestão privada (não confundir com o ensino privado). Onde os Sistema Nacional de Saúde fosse eficaz e fosse quebrada toda a burocracia existente; onde os hospitais passassem a ser Hospitais S.A. (mas desta
Empresas Municipais
vez fazê-lo como deve ser) ou seja, hospitais de gestão privada, onde as empresas incluíssem nos salários pacotes de incentivos aos trabalhadores como seguros de Saúde (algumas já o fazem). Onde os impostos fossem mais baixos, somente o necessário para sustentar estas questões; onde impostos municipais acabassem; onde as empresas municipais acabassem de sugar o dinheiro dos contribuintes e fosse adjudicado a privados; E por fim, o mais importante, um Portugal em que cada Português escolhesse como, quanto e se quer descontar para a Segurança Social. Quem quer ser sustentado na reforma pelo Estado deve continuar a descontar sendo que haveria um tecto e um mínimo para os descontos, mas um Portugal em que possa ter a escolha de não o fazer e por o meu dinheiro onde o quero (mas depois também não posso esperar nada do Estado). Este é o país que gostaria de viver, este é o Portugal pelo qual luto, quem não concorda é sempre uma mais valia porque luto pelo meu Portugal mas acima de tudo por um Portugal livre e onde a troca de ideias é o ideal…
Tiago Loureiro Militante da Juventude Popular da Maia
Ultimamente tem-se falado muito da pertinência – ou falta dela – dos grandes investimentos púbicos. Muita gente tem acordado do pesadelo despesista em que o nosso país tem vivido. O receio de quem faz a crítica nasce por força do actual estado do nosso Estado. Na verdade, a redução do investimento público não deveria ser encarada como consequência da escassez de meios do país. Esta é a hora de olhar para trás e concluir que, afinal, a nossa actual situação deficitária é, essa sim, consequência, entre outras coisas, da omnipresença do Estado que temos tido, da qual as muitas obras públicas que redundaram em tremendos elefantes brancos são símbolo máximo. Apesar de estar a crescer a percepção de que anda por aí Estado a mais, a tendência natural é ainda olhar quase exclusivamente para um macrocenário, e imputar aos sucessivos governos a culpa da situação. Mas se cartesianamente doarmos parte da nossa atenção ao poder local, encontraremos um cenário de reles proxenetismo, em que o Estado é chulado em bordéis de luxo, a que normalmente chamamos “empresas municipais”.
Não rejeito a utilidade de algumas. Não duvido da idoneidade de alguns dos seus administradores. Mas muitas delas, se não me causam suspeição, causam-me uma sensação incómoda ao notar a sua inutilidade. Mas vamos por partes. Primeiro a suspeição, facilitada pela existência de administradores que apenas ali encontram lugar para descansar a sua incompetência. Pelas situações de promiscuidade em que vários deles fazem também parte do executivo da Câmara do respectivo município. Administradores esses que, para além do bom ordenado, não raras vezes recebem benefícios que não estão previstos como carros, telemóveis e cartões de crédito. Já para não falar na utilização de outros equipamentos públicos para uso pessoal. Por exemplo, quem me garante que por esse país fora não andam administradores destas empresas a utilizar veículos camarários para efectuar cargas e descargas para uma qualquer sardinhada de S. João para um grupo de amigos? Ora isso seria intolerável. Mais inacreditável, só se a tal festinha tivesse honras de presença do próprio Presidente da Câmara…
De quem será a culpa?
Depois há a aparente inutilidade. Vejamos: justificase a existência de empresas municipais – ou seja, públicas – para realizar actividades ou projectos cujo desenvolvimento pode ser conseguido através da oferta privada, porventura mais barata e com melhores resultados? Mas, mais inexplicável, só mesmo a criação de uma empresa pública cujas competências poderiam (e deviam, digo eu) ser assumidas directamente por organismos públicos já existentes. Por exemplo, justifica-se a existência de empresas municipais vocacionadas para a organização de eventos culturais quando já existe um Pelouro da Cultura? Da mesma forma, vale a pena criar uma empresa para organizar actividades desportivas num executivo que já contempla um vereador responsável pelo desporto? Apesar de, em muitos casos, não passarem de pequenas células terrenas do Inferno, as empresas municipais representam para muitos um Paraíso que, de outra forma, seria inalcançável. E o Estado – no fundo, todo e cada um de nós – continua de pernas abertas à espera de nova clientela.
Karla Brandão Ribeiro Militante da Juventude Popular da Maia
Hoje em dia a violência doméstica é um tema muito falado, mas de quem será a culpa? Da vitima? Do nosso governo? Do agressor? Pois bem, há quem diga que a culpa é da vítima, por ela não se defender nem opor, nem pedir ajuda ou mesmo por não deixar o agressor. Outros dizem que a culpa é do governo, uma vez que muitos são os casos assinalados à polícia e nenhuma resposta foi obtida, nem nenhuma diligência foi tomada nesse sentido.
A protecção dada à vítima é relativamente pouca ou, muitas vezes, nenhuma. Em relação ao agressor, a culpa é óbvia, pois uma pessoa que maltrata outra só pode ser covarde, egocentrista e doente. Ninguém no estado de sanidade mental, pode dar-se a tais actos. Normalmente estes têm origem numa infância complicada, de maus-tratos, negligência, álcool, abusos de toda a espécie, prostituição, drogas, um sem fim de situações problemáticas.
No entanto, nenhuma destas é desculpa para tais actos. Após realizado um estudo sobre este tema, a dúvida persiste, em relação a quem será o culpado. As opiniões divergem mas as vítimas continuam a existir e cada vez mais, sobretudo as de violência doméstica. Eu pergunto, e lanço o repto: “De quem será a culpa?!”