Nº 16 | An o X XI V | A b ri l d e 20 0 9
Juventude Popular da Maia
jpmaia.org
LEMBRAR
AMARO DA COSTA JP Maia é a melhor do país | p. 2 Especial Adelino Amaro da Costa | p. 3 Alexandra Moutinho é a nossa convidada de honra | p. 6 Opinião de Pedro de Souza-Cardoso, Manuel Oliveira | p. 8 Karla Ribeiro, Luís Ribeiro e Eric Rodrigues | p. 7
o j ov e m | abril 09 | 1
p r ime ir a pá gina
Editorial Tiago Loureiro
o jovem abril 09
primeira página 1 tiago loureiro primeiro plano 2 especial 3 amaro da costa 66 anos depois convidada de honra 6 alexandra moutinho opinião 7 pedro souza-cardoso manuel oliveira karla ribeiro luís ribeiro eric rodrigues
Editor d’O Jovem
1. Em tempos de crise, a demagogia e as soluções fáceis aparecem como arma de recurso muito apetecível. Em ano de eleições, a generalidade dos agentes políticos têm dificuldade em recusá-la recusá completamente. Recentemente, a reboque do d Bloco de Esquerda, os campeões ampeões do populismo e das propostas impregnadas de demagogia, demagogia a Assembleia da República fez aprovar leis que violam claramente a liberdade e a privacidade dos cidadãoes – caso do levantamento quase arbitrário do sigilo bancário – e que fazem ressurgir mesquinhos ódios de estimação em relação àqueles que produzem, são competentes, aceitam as responsabilidades, são empreendedores, no fundo, acrescentam valor e criam riqueza – ou mais simplesmente, os “ricos” em linguagem que mistura socialismo barato arato e demagogia aguda. Não fosse tudo isto suficientemente grave, a dita “direita”” parlamentar decidiu contribuir com uma envergonhada abstenção. E as sondagens são o que são. 2. Em cada sede e em cada militante da Juventude Popular existe um pouco de Amaro da Costa. Para lá das suas palavras, das suas ideias e das suas convicções, ecoa no espírito de cada um o mito intangível e sempre presente que ele representa. No entanto, uma força como essa merece um reconhecimento que vá
para lá do abstracto. É urgente dar a conhecer a Portugal, factos concretos e de elevada importância da vida de uma figura ímpar na n construção do Portugal democrático Porque Amaro da Costa é democrático. mais do que uma data, um acidente ou uma frase. Con Nacional da 3. No último Conselho Juventude Popular, um acontecimento inesperado marcou a vida recente da nossa casa. Pedro Moutinho, actual presidente da Comissão Política Nacional anunciou,, visivelmente emocionado, a sua intenção ção de não se s recandidatar. Tendo entrado na JP em pleno mandato do Pedro, uma JP que surpreendeu pela positiva um jovem renitente e desconfiado, vejo este anúncio com a tristeza de quem via no Pedro um homem no lugar certo. Mas as decisões alheias – especialmente as mais difíceis – sempre me mereceram o maior respeito e a mais profunda compreensão, ainda que possam, como é o caso, não levar o carimbo da minha alegria. Neste momento de adeus, aproveito para expressar a minha gratidão e homenagem ao meu presidente, na qualidade lidade de militante honrado e orgulhoso pelos serviços que ele nos prestou.
apontamentos
Sismo em Itália
Yom HaShoah
Gripe Suína
Um forte sismo, de 6.3 na escala de Richter, abalou o centro de Itália na madrugada de segunda-feira, 6 de Abril. Fruto do acontecimento, dezenas de pessoas acabaram por morrer, e várias outras acabaram por ficar desaparecidos. Numa situação sem grandes precedentes, milhares de italianos ficarem desalojados.
Celebrou-se no passado dia 21 de Abril Celebrou mais um Dia da Lembrança do Holocausto. Um dia importante para lembrar um problema grave e recorrente: o anti-semitismo anti primário. É pena que muitas vezes a lembrança do sofrimento judeu – antes e depois do Holocausto – aconteça apenas por questões de efeméride.
inal deste mês, um surto de Gripe Suína No final – vírus H1N1 – abalou vários países um pouco por todo o mundo. Numa situação a fazer lembrar a famosa Gripe das Aves, as autoridades médicas e políticas internacionais estão a desenvolver esforços e a prestar atenção a um fenómeno que se espera faça o menos número de vítimas possível.
o j ov e m | abril 09 | 2
p r ime ir o pl an o
Conselho Nacional da Juventude Popular A JUVENTUDE POPULAR REUNIU EM CONSELHO NACIONAL, EM CASTELO DE VIDE, NAQUELE QUE SERÁ O ÚLTIMO ANTES DO CONGRESSO DO PRÓXIMO MÊS DE MAIO. O Conselho Nacional da Juventude Popular realizou-se a 18 e 19 de Abril em Castelo de Vide, no Alentejo. A CPC da Maia fez-se representar neste Conselho Nacional com dez pessoas tendo sido um fim-de-semana bastante produtivo. Os trabalhos começaram no Sábado ao final da manha, tendo o Presidente da Mesa do Conselho Nacional aberto o período antes da ordem de trabalhos para os conselheiros que quisessem dirigirem se ao plenário para falarem sobre assuntos que tenham relevo e que achem que a Juventude Popular deva tomar posição. Após uma discussão de ideias, três temas de grande relevância foram encontrados pelo Conselho Nacional. Foram eles agricultura, o sigilo bancário e a questão do retorno de alunos de Medicina que estudam fora do país. Por decisão do Conselho Nacional, comunicados sobre esses três temas serão elaborados por alguns conselheiros que se dedicaram a esse às temáticas em questão. Depois da pausa para almoço, uma comitiva da Juventude Popular foi ao encontro e acompanhou o Presidente do CDS, Paulo Portas, numa visita a um IPSS do distrito de Portalegre. No final dessa visita, Paulo Portas, acompanhado pelo Presidente da Juventude Popular, Pedro Moutinho, dirigiu-se ao hotel onde ocorria o Conselho Nacional da JP, onde falou aos conselheiros nacionais da JP sobre as futuras eleições europeias de 7 de Junho deste ano, tendo dito que, ao contrário do
que quer Vital Moreira, cabeça de lista do Partido Socialista ao Parlamento Europeu, o CDS e os seus candidatos vão trazer para o debate político questões nacionais porque, nos dias que correm, não se discute Europa sem se discutir Portugal. Falou, entre outros assuntos, de agricultura, em que acusou um desastre nos últimos anos na agricultura não ser proveniente da Política Agrícola Comum mas sim de um Ministério da Agricultura que tem feito um trabalho péssimo nesta legislatura tendo perdido vários fundos europeus e, portanto, não apoiou os agricultores. Além disso falou em querer trazer ao debate das Europeias política fiscal, política de imigração, política de segurança, entre outras. No final da sua intervenção ao Conselho Nacional, a Mesa do Conselho Nacional abriu aos conselheiros a possibilidade de inquirir o Presidente do CDS sobre algumas questões. Começou-se por falar da Turquia e da sua possível adesão. Paulo Portas mais uma vez disse que é liminarmente contra a adesão da Turquia, defendendo que a UE deve ter uma relação especial com a Turquia que, geoestrategicamente, é muito importante para a Europa. Sobre o Kosovo, Paulo Portas afirma que é um Estado falhado e paracriminal, não concordando com a posição de reconhecimento de
Portugal e de vários países da UE. Foi também inquirido sobre, caso haja um consenso europeu sobre as “offshore”, qual seria a posição do partido tendo respondido que o partido se revê nas considerações da OCDE em que há uma lista razoável de “offshore” cooperantes, em vias de cooperação e não cooperantes sendo que não tem problemas com as duas primeiras. Depois de Paulo Portas deixar o Conselho Nacional, ficou-se a saber da decisão do presidente da Juventude Popular em não se recandidatar à liderança da estrutura. Depois, procedeu-se a votação do regulamento e da Comissão Organizadora do Congresso da Juventude Popular marcado para 23 e 24 de Maio e uma intervenção do Presidente da Mesa do Congresso da JP e Presidente da Comissão Política Concelhia do CDS do Porto, Miguel Barbosa sobre a crise internacional e algumas soluções para sair dela. No domingo, os trabalhos prosseguiram-se até a meio da tarde como uma discussão à volta da imigração tendo-se notado algumas opiniões divergentes, umas mais proteccionistas, outras mais liberais da questão e com o anúncio de que a concelhia da Maia havia ganho o premio Adelino Amaro da Costa.
Maia é a melhor concelhia da Juventude Popular! A JUVENTUDE POPULAR DA MAIA, NO ÚLTIMO CONSELHO NACIONAL, FOI DISTINGUIDA COMO A MELHOR CONCELHIA DA JUVENTUDE POPULAR Neste Conselho Nacional de Castelo de Vide, a Secretaria-Geral da Juventude Popular atribuiu à Concelhia da JP da Maia o Prémio Adelino Amaro da Costa. Este prémio distingue a concelhia que mais actividade teve e mais vezes saiu na imprensa a divulgar as suas acções. O Secretário-geral João Ribeirinho recebeu as candidaturas da CPC da Maia e da CPC de Sintra, tendo ambas feito um trabalho muito próximo em termos de iniciativas, no entanto a JP Maia conseguiu aparecer mais vezes na imprensa, tendo por isso amealhado mais pontos para a conquista do prémio.
Para aceitar o prémio, o presidente da Concelhia subiu ao púlpito para dizer algumas palavras, mas antes cumprimentou todos os membros da Concelhia da Maia presente. No seu discurso, as palavras foram poucas tendo em vez disso apresentado um vídeo demonstrativo do que foi o trabalho da concelhia da Maia no último ano. É de recordar que no último Concelho Nacional da JP em Coimbra, Eric Rodrigues recebeu o prémio de melhor militante do ano da JP. Tendo falado da sua concelhia, Eric fez um louvor e agradecimento especial a Secretáriageral da JP Maia Sara Albuquerque pelo trabalho fenomenal que teve na organização interna da concelhia já que, neste momento, se algum tópico como saúde ou segurança for tema especial, existe um sistema de filtro
de militantes por ordem de temas muito mais prático e fácil de aceder, tendo sido a Sara Albuquerque a impulsionadora e organizadora deste trabalho. De seguida, a Presidente da Comissão Política Distrital do Porto, Vera Rodrigues pediu a palavra para poder agradecer ao Eric e a CPC da Maia o trabalho que tem feito pela Maia e pelo distrito do Porto, orgulhando-se de ter no seu distrito uma concelhia como a Maia que consegue fazer, como é geral na JP, formação para consumo interno, mas ao mesmo tempo ter uma dimensão que extrai o interno e é reconhecida na cidade da Maia, algo que é complicado para a JP, como por exemplo foi a campanha pelo Parque Radical na Maia.
o j ov e m | abril 09 | 3
es pec ial amaro da costa
66 anos depois
Tudo o que falta saberes sobre
Adelino Amaro da Costa Figura de referência na Juventude Popular, Adelino Amaro da Costa nasceu a 18 de Abril de 1943. Faria,, portanto, este mês 66 anos de vida. Vida essa que acabou por ser demasiado curta, fruto de um fim abrupto em Camarate, num dos acontecimentos mais marcantes da história recente recent do nosso país. Figura de proa do CDS, alma omnipresente na JP, falta ainda saber que Amaro da Costa foi muito mais do que uma data trágica, uma frase simbólica ou, ou simplesmente, uma arma apetecível para recolher aplausos à direita. Neste especial, ecial, pretendemos preten apresentar 25 factos marcantes da vida de um dos homens mais importantes da história política em Portugal.
1
Adelino Manuel Lopes Amaro da Costa (AMAC) nasceu a 18 de Abril de 1943, em Lisboa.
2
Ainda bebé, em 1944, parte para a Ilha da Madeira, onde permanece até completar 10 anos. A ida para o arquipélago deveu-se, se, em grande parte, à vida profissional do seu pai.
3
O seu pai, Manuel Amaro da Costa, uma vez cumpridos os compromissos profissionais na Madeira, chegou a ser subsecretário de Estado das Obras Públicas e secretário de Estado da Industria de António de Oliveira Salazar. Era, à época, um dos mais reputados engenheiros civis do país.
4
Ainda na Madeira, AMAC concluiu o ensino primário e mais tarde, já em Lisboa, no Liceu Camões, em Lisboa, fez o seu percurso secundário. Por decisão do pai, estudou sempre em escolas públicas.
5
Amaro da Costa tinha na improvisação de discursos uma das suas maiores e melhores características. A sua capacidade argumentativa, sobre quase todos os temas, não passou despercebida a quem o conheceu.
Em 1960, com 27 anos, ingressa no Instituto Superior Técnico para estudar Engenharia Civil.
o j ov e m | abril 09 | 4
es pec ial Pouco depois de ter feito uma aproximação ao Opus Dei, Amaro da Costa aderiu à prelatura católica. Este acontecimento levou a várias mudanças na sua vida, nomeadamente a adesão ao celibato, a alteração da sua morada de residência, bem como do seu próprio estilo de vida.
7
Amaro da Costa e Freitas do Amaral, mentores e fundadores do CDS e amigos inseparáveis, conheceram-se durante o serviço militar, na Escola Naval.
8
Em 1965 tornou-se editor do jornal universitário “Tempo”, publicação com ligações às alas menos conservadoras do regime. Esta publicação mereceu uma apertada atenção da censura. Ao mesmo tempo, assinava na revista “Rumo alguns artigos a par de Mota Amaral.
9
Em 1968 entra para o Gabinete de Estudos e Planeamento da Acção Educativa (GEPAE), pela mão do presidente, Fraústo da Silva. Em 1973 viria a subir a director-geral do GEPAE.
10
No GEPAE, teve a oportunidade de dar um especial contributo à famosa reforma do ensino de Veiga Simão que pretendia introduzir uma política educativa mais dinâmica e condizente com os ares de “liberalização” do período marcelista do Estado Novo.
11
Juntamente com Freitas do Amaral tentou uma aproximação à famosa “Ala Liberal” de Francisco Sá Carneiro pouco tempo antes do 25 de Abril. Ao que parece, terão ambos concluído que uma recente aproximação daquele grupo de pessoas ao regime desaconselhava qualquer tipo de ligação.
13
Em 1974, recusou uma apetecível proposta de trabalho para se dedicar à política a tempo inteiro. Começava a forjar-se o CDS, pelas mãos de AMAC e Diogo Freitas do Amaral.
14
Após a fundação do CDS, AMAC teve uma intervenção decisiva na formação de várias organizações a ele ligadas, tendo como o exemplo máximo o Instituto Democracia e Liberdade – que mais tarde se viria a chamar Instituto Adelino Amaro da Costa. De destacar, obviamente, a sua acção fundamental e decisiva na formação da Juventude Centrista.
15
Durante o célebre cerco ao primeiro congresso do CDS por forças da extrema-esquerda, no Porto, AMAC assumiu o protagonismo na organização improvisada da defesa dos militantes. A sua perícia estratégica fez-se sentir nessas horas de terror.
16
Depois do “11 de Março”, passou a viver na semi-clandestinidade na casa da irmã, pois o clima criado pela viragem à esquerda era demasiado instável e perigoso.
17
Em 1976, então líder da bancada parlamentar do CDS, AMAC veria a sua inteligência e capacidade de argumentação e de trabalho reconhecidas, ao ser considerado o melhor deputado do ano.
o j ov e m | abril 09 | 5
es pec ial
Em 1978 ajudou a compor o acordo que viabilizaria o II Governo Constitucional, liderado pelo socialista Mário Soares, e do qual faziam parte alguns nomes do CDS. Mas, segundo as palavras do próprio Mário Soares, a quebra do acordo entre o CDS e PS foi também da responsabilidade de Amaro da Costa.
18
Enquanto ministro, no governo da AD, que ajudou a construir, lançou as bases para o nascimento de diversos organismos importantes, nomeadamente o INEM.
19
Em Novembro de 1979 casou com Maria Manuel Vaz Pires, mais conhecida por Manucha, quebrando com isso o estilo de vida celibatário e abandonando, de uma forma não muito pacífica, o Opus Dei.
20
A 3 de Janeiro de 1980, os 37 anos, AMAC tornou-se o primeiro ministro civil da Defesa desde o 25 de Abril de 1974. Iniciava funções o governo da Aliança Democrática que o próprio tinha ajudado a criar com um contributo significativo.
22
Após a sua fundação, e por circunstâncias próprias do contexto de então, o CDS abriu as suas portas a sensibilidades diversas, tendência que ainda hoje se mantém. Segundo relatos da época, o CDS começou incluir não só elementos de centro-direita, mas também de centro-esquerda, de entre os quais parecia fazer parte AMAC.
23
AMAC era um católico convicto. De resto, uma das suas imagens de marca era a convicção que imprimia em cada uma das suas crenças e em cada um dos seus valores. AMAC diria um dia, a propósito, que se considerava até “bastante limitado pelas suas convicções.
24
Diz quem o conheceu e com ele privou, que AMAC incluía na sua vasta lista de qualidades o facto de ser uma autêntica “enciclopédia viva”.
A 4 de Dezembro de 1980, em plena campanha presidencial, AMAC sofre um acidente de aviação, em Camarate, onde morre juntamente com outro notável político português, o então primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro.
o j ov e m | abril 09 | 6
c onv ida da de h on ra
“Se outros calam, cantemos nós” Alexandra Moutinho Vice-Presidente Presidente da Juventude Popular do Porto É a política um acto nobre ou não? Quer em palcos internacionais como nacionais são muitas as situações que nos envergonham, e nos deixam constrangidos enquanto jovens políticos que lutamos por uma sociedade melhor! É disto que se trata, voluntariado cívico, de carácter interventivo e com uma responsabilidade imensa. Dar a sociedade o nosso contributo é de louvar, mas a sociedade chama cada um nós a prestar esse serviço público, que é função de todos os seus cidadãos que nela vivem! Todos fazemos parte de uma comunidade e esta será tanto melhor quanto maior e melhor for este contributo, em qualidade, importantíssimo e, em quantidade, fundamental! Todos somos chamados a decidir sobre o rumo da nossa pátria! Todos! Ética. Moral. A pátria também tem alma, carácter e identidade. E é muito maior que a soma de todas as nossas espiritualidades. Uma pátria tem data de nascimento, mas não tem prazo de validade. Portugal foi passado, é presente e será futuro. Somos nós que a conduzimos e lhe continuamos a incutir vitalidade. E os agentes políticos são um dos motores principais. Cada um dos agentes de decisão tem os seus valores e a sua noção de sociedade, mas deve existir um padrão de conduta e de identidade transversal a todos nós, a qualquer partido e ideologia. E esta matriz tem que ser dotada de um altruísmo conjugado com a consciência responsável, humana e cívica de cada um. Os nossos esforços só terão impacto e boas consequências se conseguirmos conquistar a confiança de quem nos elege, de uma forma mais lata, de toda a comunidade, que é a nossa razão de existir enquanto responsáveis públicos. É isso que nos chama à militância, à intervenção pública, ao voluntariado patriota, àquilo que é de todos – porque, meus amigos, aquilo que é só nosso, cuidamos nós melhor que ninguém. Que direito nos dá um lugar político para sermos mais do que aquilo que é necessário, preciso e do que a nossa sociedade carece? Sermos mais do que preciso é narcisismo. Darmos mais do que podemos é heroísmo ou duvidoso.
Ficarmos mais do que aquilo que é nosso é apropriação alheia. Mas quando somos menos do que aquilo que nos cabe? Quando não queremos saber do que é também nosso? E quando fechamos os olhos, somos egoístas, e deixamos para os outros as nossas responsabilidades e obrigações enquanto cidadãos? A política é tão mais nobre quanto mais humana e maior a diversidade de ideias, opiniões e contribuições. Todos nós, no nosso dia dia-a-dia, directa ou indirectamente, vivemos as decisões decis públicas e políticas e as consequências destas. Um partido só terá credibilidade se for forte. Um partido só é forte se for unido. A união acontece quando os militantes tiverem uma consciência real de qual a razão da sua existência partidária e milit militância e, portanto, qual a sua missão. Os objectivos têm que ser claros e os mesmos. Não sou a favor de uma voz uníssona dentro de um partido, pois isso mata qualquer partido com militância inteligente, mas um esforço unido e
consensual para chegar a um bom porto, com propostas fortes e verdadeiramente interventivas de forma a tornar a nossa sociedade mais humana, mais justa, melhor! A isto é que considero uma democracia cívica, responsável, adulta e inteligente. Eu sou militante de uma juventude partidária porque sinto essa necessidade do contributo e porque tenho essa vontade de intervir. Sou militante na Juventude Popular devido à sua matriz ideológica e, porque sou livre de dar o meu contributo e onde há sempre espaço para mais ideias, mais vontades. A Juventude uventude Popular é o espaço onde os jovens são jovens e onde a militância é essa voz feroz de querer sempre mais e melhor que vem do interior de cada um e que ninguém a explica, mas a sente e ouve! Não deixes que outros te amordacem, te vendam os olhos, te t atem pés e mãos e decidam o teu futuro por ti, que escolham qual o futuro do teu país. Vem fazer acontecer! Portugal espera isso de ti!
Eu sou militante de uma juventude partidária porque sinto a necessidade do contributo e porque tenho essa vontade de intervir. A Juventude Popular é o espaço onde os jovens são jovens e onde a militância é essa voz feroz de querer sempre mais e melhor que vem do interior de cada um e que ninguém a explica, mas a sente e ouve!
“
”
o j ov e m | abril 09 | 7
op in iã o
Provedor de Justiça - a falência das instituições
Pedro de Souza-cardoso Souza Militante da Juventude Popular da d Maia
Nos últimos tempos temos vivido uma verdadeira crise da democracia portuguesa sem que tal tenha sido motivo de grande preocupação por parte dos portugueses. Refiro-me à nomeação do novo Provedor de Justiça. Ao invés, a população portuguesa parece mais preocupada com o caso Freeport, que faz já lembrar um daqueles filmes com um trailler incrivelmente apetecível, mas depois vai-se a ver e não é mais que um filme chato, desinteressante, longo demais com um fim que só nos faz arrepender pelo tempo desperdiçado a assistir
àquela verdadeira novela mexicana. Acredito profundamente que não há muita gente que tenha real consciência da gravidade da situação actual referente ao Instituto da Provedoria de Justiça, gravidade esta que se revela em duas frentes. Por um lado, l o Provedor de Justiça é um elemento chave no regular funcionamento das instituições democráticas portuguesas. Ele não é, ou não deve ser, apenas mais um “tacho”. Ele é, ou deve ser, um garante dos cidadãos portugueses face ao Estado. Ele é, ou deve ser, se o advogado do Povo contra um Estado
“
O Provedor de Justiça é um elemento chave no regular funcionamento das instituições democráticas portuguesas. Ele não é, ou não deve ser, apenas mais um “tacho”. Ele é, ou deve ser, o advogado do Povo contra um Estado manifestamente incumpridor da maioria das d suas responsabilidades jurídico-sociais. jurídico
”
manifestamente incumpridor da maioria das suas responsabilidades jurídico jurídico-sociais. Por outro lado, temos tido a verdadeira demonstração da falência das instituições democráticas portuguesas. Senão vejamos: temos um Governo Go que não aceita que o cargo seja ocupado sem mais por alguém nomeado pelo maior partido da oposição; temos em contrapartida o maior partido da oposição a reclamar para si a competência de nomear a personalidade que entenderem ideal para o cargo. Ora neste ponto importa perguntar: Não nos estaremos a esquecer de nada? O Provedor de Justiça, face aos artigos 23º e 163º, alínea h) da CRP é um órgão eleito por 2/3 dos deputados presentes da AR. Não é eleito nem pelo Governo nem por qualquer partido da oposição. opo Como é que é possível assistirmos á discussão única de qual dos dois – PS e PSD – tem verdadeira competência para nomear o Provedor de Justiça e nem pensarmos se não há algo de muito errado nessa discussão? Que democracia é esta em que dois dos cinco partidos representados na Assembleia da República se arrogam no direito de nomeação de um dos cargos mais essenciais ao funcionamento de um Estado de Direito? Estes dois partidos só se vão lembrar da existência da regra constitucional dos 2/3 quando chegarem á conclusão que a intransigência de ambos os vai obrigar a procurar os outros partidos. Não será esta uma oportunidade de ouro para repensar o funcionamento da política e da vida democrática portuguesa?
o j ov e m | abril 09 | 8
op in iã o
7 valores – reprovado! Manuel Oliveira Militante da Juventude Popular da Maia
Se há sector em Portugal que tem uma capacidade para constantemente nos surpreender é o da Educação. A displicência com que se debate este tema chega a ser tão sufocante que já ninguém por mais vontade ou bom senso que tenha conseguirá alcançar o fim da linha para um ensino justo, transparente e com liberdade de escolha. Nos últimos anos, o Ensino Superior Público sofreu uma evolução a todos os níveis desenfreada. A falta de um rigor estratégico e de uma profissionalização na gestão fez com que ainda este mês o Ministro Mariano Gago tenha sido confrontado, por parte dos reitores das Universidades, com avisos claros no que respeita os salários dos seus recursos humanos. Mas este não é um problema de agora. Há muito que as próprias Universidades Públicas reclamam falência e pedem medidas urgentes para que se contrarie mais um público buraco financeiro. Não, eu não quero que um organismo público apresente ganhos, até porque neste país seria perfeitamente descabido ambicionar isso. Eu só não quero é que os organismos públicos sejam a cada ano que passa um fardo cada vez maior para os próprios utentes, que antes disso são os contribuintes de toda esta bola de neve com trágicas consequências. Não podemos isolar este caso da realidade diária e das medidas e reformas que o Ensino Superior Público tem vindo a sofrer. É dúbio e tudo menos democrático o sistema de acesso ao Ensino Superior, é calamitosa a política de facilitismo na progressão dos alunos, é vergonhosa a falta de equidade na utilização da escala de valores, é chocante as vagas infinitas para cursos que já pouco ou nada são necessários ao
mercado de trabalho, é preocupante a falta de experiência prática que a grande maioria dos docentes tem, é surpreendente a situação precária em termos contratuais em que muitos desses docentes se encontram, é podre a democratização dos graus académicos, é inacreditável toda esta situação que desprestigia alunos, docentes, não docentes e a própria Univer Universidade enquanto expoente máximo da formação. Eu estudei numa Universidade Pública, não por vontade própria mas por obrigação financeira. Quatro anos são mais do que suficientes para perceber o que vai mal e para criar anedotas à volta do inacreditável, para ficar
estupefacto com a falta de ética, coerência e vergonha de quem é constantemente irresponsável e ainda é pago para isso. Pago com o “meu” dinheiro! Pago com o “nosso” dinheiro! É preciso transparência e profissionalização na gestão pública das Universidades, é preciso encontrar novos meios de aproximar todo o Ensino Superior da realidade empresarial, da exigência do mundo global, do intercâmbio científico e cultural com outras semelhantes. O empreendedorismo e a iniciativa têm de começar nos gabinetes dos reitores porque caso contrário é preciso mesmo muita lata para vir pregar aos alunos!
Eu não quero que um organismo público apresente ganhos, até porque neste país seria perfeitamente ganhos, descabido ambicionar isso. Eu só não quero é que os organismos públicos sejam a cada ano que passa um fardo cada vez maior para os próprios contribuintes.
“
”
o j ov e m | abril 09 | 9
op in iã o
Não à violência! Se os factores familiares e sociais afectam o comportamento juvenil, não é menos verdade que os média também têm um papel activo no estabelecimento de determinados factores e condutas. Porém, segundo um estudo, os efeitos dos conteúdos violentos difundidos nos média não têm a mesma abrangência em jovens na pré-adolescência e adolescência, não existindo uma relação directa devido à falta de interesse dos jovens para os mesmos. O que não é o caso com a influencia da televisão e dos jogos. Um dos principais efeitos dessas imagens de violência da TV e dos jogos são o isolamento, a irritabilidade e a agressividade. Daí é dever dos encarregados de educação serem mais cuidadosos no acto da entrega/visualização de cenários violentos e sexuais. O Estado tem de impor barreiras na venda e divulgação desses produtos, porque a verdade é só uma: “ Se as crianças virem programas violentos na televisão e usarem, para a sua diversão, jogos igualmente violentos, é natural que se tornem agressivas”. Por outro lado, há quem defenda que quem jogar jogos desse género, violentos,
Karla Ribeiro Vogal da Juventude Popular da Maia
terá mais capacidade de reagir, de defesa e de pensamentos agressivos, mais rápido que uma criança que não usufruir desses jogos. Daí existirem diversos pontos de vista em relação rela a este assunto. Mas exemplos para atacar a venda destes jogos não faltam, alguns deles são os seguintes: na passada sexta-feira, dia 10 de Abril de 2009, um aluno da escola técnica de Atenas (na Grécia), abriu fogo num supermercado, onde feriu duas emp empregadas. O agressor identificado como Dimitris Patmanidis, de 19 anos, seguiu logo de seguida, ainda na posse das duas armas, até à sua escola, onde terá disparado cerca de cinco tiros contra um colega da turma, mesmo antes de se suicidar com um tiro na cabeça. ca Este jovem era conhecido por todos como sendo um colega/aluno calmo, fechado e tranquilo. O que se terá passado na cabeça dele para causar este campo de batalha? Foi então que poucas horas depois, a polícia encontrou um bilhete em que se podia ler o seguinte: “ Não merecia continuar a viver, devido aos gozos e desprezos...”( que sofria na sua escola por parte dos seus colegas), “sou egoísta, vou
É tempo de agir contra a violência que no nosso país já se faz sentir muito nas escolas entre alunos e professores que chega ao ponto de ser divulgada na internet. Vamos amos todos lutar para que no nosso país não suceda o pior como foi o caso da Grécia e da Alemanha nestes nest últimos tempos.
“
”
fazer com que paguem e os privarei do que mais amam”. De onde virá essa ideia de assim se manifestar? Dos média m ou dos jogos? Por segundo exemplo temos o da passada quarta--feira, dia 11 de Março de 2009, na Alemanha, onde um jovem chamado Tim Kretschmer de 17 anos, entrou na sua escola onde terá morto nove alunos, três professores e ao fugir disparou sobre mais três pessoas. Uma vez interceptado pela polícia, o autor dos disparos terá tentado defender-se defender atirando sobre a polícia, onde terá ferido diversos agentes, antes de se suicidar. Depois de diversos interrogatórios às testemunhas do crime e aos próximos do jovem, tudo indica que este tenha agido e disparado tal e qual como num jogo (violento) de computador/consola, que o adolescente gostava de jogar. A forma de disparar e as partes do corpo onde terá acertado nas vítimas, não foram da sua pura imaginação, mas m sim “copia e cola”, do jogo de violência deste tipo. E mesmo assim há quem ainda acredite que os jog os violentos são inofensivos?! Tudo bem! Então vamos pensar em jogos sem ser violentos e numa outra faixa etária que não seja assim tão jovem. Ah pois é, a verdade é que na tragédia do 11 de Setembro de 2001, os aviões foram pilotados por terroristas, e agora pensem, como aprenderam a pilotá-los? pilotá De certeza que não foi através de aulas de aviação, mas sim através de horas passadas em frente a um jogo jog de computador para aprenderem a pilotar e controlar aviões. Como podemos ver já não é uma questão de educação, nem tão só uma responsabilidade dos pais, mas sim uma questão de segurança Nacional e Internacional. É do nosso dever e do poder do governo gover evitar esses acontecimentos ao impor regras, ou mesmo reduzir e proibir a comercialização desses jogos violentos e de ensino para pilotar e manobrar máquinas como os aviões, camiões, comboios, navios, etc. Está mais do que em tempo de agir contra essa violência que no nosso país já se faz sentir muito através de violência nas escolas entre alunos e professores, nas aulas, que chega ao ponto de ser divulgada na internet através do site “youtube”. Por isso vamos todos to lutar para que no nosso país não suceda o pior como foi o caso da Grécia e da Alemanha nestes últimos tempos, mas sim lutar para uma vida em paz, serenidade, respeito e dizer NÃO a violência!
o j ov e m | abril 09 | 1 0
op in iã o
Leis pelas audiências
Luís Ribeiro Vogal da Juventude Popular da Maia
Neste mês vimos um pacote de leis ser aprovado no parlamento pelo pretexto de combate à corrupção. O Bloco de Esquerda ao sabor de fazer política populista e para as audiências lançou várias propostas de leis, sendo estas aprovadas à boleia do PS, tentando este passar o pano a casos como Freeport ou Cravinho. Foram aprovadas leis especiais que já estavam, no seu efeito, consideradas na lei geral, ou seja, uma aprovação para responder ao timing político do mediatismo sem gastar dinheiro do Estado. Friso o gastar dinheiro, pois considero que a corrupção não se combate com leis fiscais, como o caso, mas sim com leis criminais e com o aumento de fundos para meios de investigação. Só aí se trava a grande corrupção e a corrupção dos chamados favorecimentos, a tão falada cunha! Dentro das aprovações pelo parlamento, consta: a) O levantamento do sigilo bancário por parte do Director Geral das Finanças para contribuintes com rendimentos não declarados superiores a 100.000,00€. Norma anterior contemplava já o levantamento do sigilo pedido pelo Ministério Público à justiça para qualquer valor não declarado. b) Valor não declarado seria taxado a 60%, fazendo dos 40% restantes, um ganho legítimo. Isto é combate à corrupção! c) Uma taxa de 105% de impostos pagos no conjunto pelas empresas que pagam bónus e pelos directores que os recebem. Anterior lei os prémios ou bónus eram tributados segundo as
normas de impostos em vigor para a globalidade de rendimentos. Daqui podemos concluir conc que não se trata de combate à corrupção mas sim de uma lei fiscal, colocando a máquina fiscal mais “gorda” e um verdadeiro atentado a liberdade e privacidade dos cidadãos, pisando a linha no que diz respeito à constituição. Vários fiscalistas dizem qu que o levantamento do sigilo já estava previsto na anterior lei para todos os tipos de impostos, IRS, IRC, IVA, IMT, etc E com a proposta do Bloco de etc... Esquerda apenas o IRS é visado,
aumentando as barreiras do levantamento do sigilo bancário às empresas pois po usam o IRC, IVA, etc… Ou seja, seja ao povo é uma lei que vinha a fazer falta, o tal mediatismo, mas não sabem que os o únicos visados são eles, que são tributados pelo IRS? Isto é que é o combate é corrupção? Que se façam leis criminais e se dêem meios à investigação para não acontecer mais Freeports ou Cravinhos, ravinhos, e deixem de pensar em leis para eleições para ficarmos com normas tecnicamente más e nada eficazes quanto ao seu espírito
Foram aprovadas leis especiais especiai que já estavam, no seu efeito, consideradas na lei geral. Uma aprovação para responder ao timing político do mediatismo sem gastar dinheiro do Estado. Friso o gastar dinheiro, pois considero dero que a corrupção não se combate com leis fiscais, como o caso, mas sim com leis criminais e com o aumento de fundos para meios de investigação. Só aí se trava a grande corrupção. corrupção
“
”
o j ov e m | abril 09 | 1 1
op in iã o
O Legado
Eric Rodrigues Presidente da Juventude Popular da Maia
O passado Conselho Nacional da Juventude Popular em Castelo de Vide, veio confirmar o que já muitos tinham conhecimento: a JP atravessa um excelente momento de forma. Não é o melhor, como certamente a nossa exigência nos obrigará a admitir, mas é certamente muito mais favorável do que o cenário deixado pela anterior direcção nacional. Hoje, e muito graças a belíssimo trabalho desenvolvido pela Secretaria-Geral, temos mais do dobro das concelhias de 2007 e perspectivas de um aumento ainda mais significativo ao longo dos próximos meses, com novas caras, novas estruturas um pouco espalhadas por todo o território nacional. A Juventude Popular afirmou na praça pública a sua maturidade, é hoje uma estrutura com uma matriz ideológica profundamente consolidada, mas cada vez mais, virada para o futuro, assumindo assim um papel activo na transformação das políticas de juventude em Portugal. Mas foi também no Conselho Nacional de Castelo de Vide que a JP assistiu ao
anúncio do afastamento de um dos seus melhores dirigentes de que há memória. Foi com uma enorme tristeza institucional e desolação pessoal que ouvi a declaração do presidente da Comissão Política Nacional afirmando que não se candidataria novamente, no próximo congresso, à liderança nacional da estrutura. Tristeza institucional porque reconheço no Pedro Moutinho a melhor solução para a JP, pela sua qualidade interventiva, pela sua dedicação e coragem, e sobretudo pelo seu amor inigualável por Portugal. Tristeza pessoal, por ter considerado sempre o Pedro Moutinho uma espécie de farol num marasmo nacional de mediocridade e falta de ambição, sendo por isso, inegavelmente, uma referência pessoal que levarei comigo ao longo da vida. A tristeza que assolou o Conselho Nacional foi uma clara demonstração do carinho que a estrutura tem pelo seu actual presidente, mas a maior demonstração possível de afecto e de fidelidade pelo projecto por ele lançado,
Foi com uma enorme tristeza que ouvi a declaração do presidente da CPN. Tristeza porque reconheço no Pedro Moutinho a melhor solução para a JP, pela sua qualidade interventiva, pela sua dedicação, coragem, e amor inigualável por Portugal. Considerei-o sempre um farol num marasmo de mediocridade e falta de ambição, sendo por isso, inegavelmente, uma referência pessoal que levarei comigo ao longo da vida.
“
”
será o esforço e o empenho pela procura de uma nova solução que consiga efectivamente honrar o seu legado. É com essa base de consciência que a JP terá de procurar uma solução que seja acima de tudo representativa da vontade da estrutura. Que consiga gerar um consenso e união generalizado que permita à JP continuar positivamente a construir uma estrutura forte e interventiva, a nível nacional, distrital e local. Que aposte na qualidade dos seus dirigentes locais, na sua formação e na sua motivação. Que seja activa no apoio dado às estruturas distritais com a partilha de informação e com a sinergia de objectivos. Mas que seja sempre e acima de tudo, a melhor juventude partidária portuguesa, pela maturidade das suas convicções e pela qualidade dos seus intervenientes. É essa a Juventude Popular que queremos. Uma JP unida em busca de soluções para os jovens portugueses, que hoje e certamente cada vez mais, são os mais afectados pelas opções tomadas por este governo sem plano, cuja única estratégia passa pela absorção do máximo da riqueza gerada para alimentar a sua enorme máquina estatal, que não recompensa o mérito, pelo contrário, estimula o conformismo e a mediocridade. Um governo que vê na liberdade dos seus cidadãos um atentado à sua existência, e naqueles que através do seu esforço consigam criar riqueza um alvo a abater. Portugal não pode esperar mais, a Juventude Popular terá de sair do seu Congresso Nacional preparada para os desafios que o futuro inevitavelmente lhe irá reservar, na qualidade de única juventude partidária em Portugal que poderá indicar um caminho a milhares de jovens que olham para o seu futuro com desolação. Eu acredito na JP, e sei, com toda a convicção que a estrutura encontrará de entre os seus melhores uma referência que consiga agora, reforçar o trabalho delineado, e traçar as bases para o futuro, com um objectivo claro, fazer da JP, não só a melhor, mas a mais interventiva e participativa juventude partidária portuguesa.