22 O JOVEM [Outubro2009]

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Ol

Nº 2 2 | An o XX IV | Ou tu b r o d e 20 0 9

Juventude Popular da Maia www.jpmaia.org imprensa@jpmaia.org

Entrevista na hora da despedida | p. 4

ERIC RODRIGUES JP Maia: balanço autárquico e planos para o futuro | p. 3 Maria Luísa Aldim fala sobre o novo ciclo político | p. 7 Opinião de Rita Magalhães e Silva, Manuel Oliveira | p. 8 Pedro de Souza-Cardoso e Nuno Silva | p. 8


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p r ime ir a pá gina

post@s virtu@is Como se nada fosse Fico feliz por ver que pelo menos em Espanha ainda há quem se oponha ao aborto. Por cá não se pode. Por cá não se pode por causa de textos estúpidos de senhores «jornalistas». Por cá não se pode, porque por cá quem é contra o aborto são os católicos e as velhinhas bigodaças de Bragança. Por cá não se pode porque ser contra o aborto é ser obscurantista. Por cá não se pode porque está completamente fora de moda e a gente não gosta disso. Por cá não se pode, porque os senhores deputados não querem. Por cá não se pode porque não. Enquanto as modas pegam e despegam, vidas ficam por viver e todos nós, sem um pingo de vergonha ou respeito pelos mais elementares princípios, continuamos a assobiar para o lado, como se nada fosse. Lamaçal pestilento, este.

Tiago Moreira Ramalho http://corta-fitas.blogs.sapo.pt/

apontamentos Ponte de Lima Ponte de Lima continua a ser a única autarquia em que o CDS-PP é poder. Com cerca de 65% dos votos, Vítor Mendes (na foto) sucede ao histórico ex-presidente Daniel Campelo. Miguel Pires da Silva, militante da Juventude Popular, foi eleito vereador da autarquia limiana.

Novo governo Depois da vitória nas eleições legislativas, e falhadas as tentativas de entendimento com os restantes partidos, José Sócrates apresentou o seu novo governo. De entre as novidades destaca-se Isabel Alçada da Educação e a nomeação de uma sindicalista para a pasta do Trabalho.

Directas no PSD Após o último Conselho Nacional do partido, Manuela Ferreira Leite anunciou a marcação de eleições directas no PSD para depois do período de debate orçamental. Pedro Passos Coelho já demonstrou vontade de avançar, sendo, até ao momento, o único a fazê-lo

Editorial Tiago Loureiro Editor d’O Jovem 1. Nas últimas semanas, Portugal tem vivido transformado num autêntico fait-divers. À falta do circo típico das campanhas eleitorais a que já nos íamos habituando, um vídeo de uma actriz brasileira, filmado há já dois anos, em que esta oferece aos seus espectadores uma mistura de parvoíce, ignorância e alguma falta de educação, indignou uma boa quantidade de portugueses. Inflamadas algumas opiniões, assinadas as mais singulares petições e quiçá renascido um certo sentimento colonialista mal resolvido, o país viveu uma semana em alvoroço, rasgando as vestes ofendido. Este complexo saloio e provinciano, que transforma Portugal numa pequena colónia onde o bom senso muitas vezes se perde à custa de insignificâncias ridículas, dá vontade de ver mergulhado naquela fonte dos Jerónimos o sentimento de inferioridade tipicamente lusitano, enquanto me transformo numa Maitê pronta a cuspir-lhe em cima. 2. Como se não bastasse o Este complexo saloio e vídeo vindo do Brasil, as provinciano dá vontade declarações de um escritor de ver mergulhado chegado de Espanha naquela fonte dos ocuparam também o Jerónimos o sentimento centro da agenda mediática. Saramago, de inferioridade lusitano, polémico como sempre, enquanto me transformo usando de uma particular numa Maitê pronta a desonestidade intelectual, cuspir-lhe em cima. disse que “a Bíblia é um de costumes”. maus Por cá, dizer este tipo de manual de maus coisas representa ainda a abertura de uma barulhenta caixa de Pandora, de onde cada um sai para vir a terreiro defender opiniões de um fundamentalismo gritante – seja religioso ou não. Assim como assim, prefiro polémicas com mulheres bonitas e que tenham açúcar no português que falam.

3. O novo governo já tomou posse. Definido claramente pelas contingências da legisladora que agora começa, as surpresas não são muitas. Alguns concentraram a sua estupefacção na escolha de Santos Silva para a Defesa – eu prefiro ficar estupefacto com o facto de ele ainda ser ministro, seja lá do que for. Mas a minha maior surpresa – e indignação – tem a ver com a escolha de uma sindicalista para a pasta do Trabalho e da Segurança Social. Num ministério tão sensível à necessidade de equilíbrios, a escolha de um “árbitro” tão parcial indica, logo à partida, um desnivelamento da balança. E se de um lado vão estar sindicatos exigentes, do outro os patrões não podem evitar alguma desconfiança. E o barco das medidas, esse, dificilmente navegará no sentido que a corrente da evolução necessária indica. Mas, como diria o outro… é a vida!


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p r ime ir o pl an o

Autárquicas: hora de balanço No passado dia 11 de Outubro, o PSD

municipal e à incapacidade para

obteve no concelho da Maia uma

eleger

estrondosa vitória, atingindo perto de

freguesias, contribuíram para aquela

60% dos votos, arrecadando oito dos

que foi uma enorme derrota do CDS-

onze

PP no concelho, da qual se espera

vereadores

em

disputa.

Os

nas

diversas

restantes três ficaram para o PS, que

uma rápida e eficaz recuperação.

obteve pouco mais de 25% dos votos,

Um dos factos de relevo da noite

enquanto que os pequenos partidos

eleitoral foi o anúncio da demissão de

obtiveram resultados na casa dos 4%.

David Tavares da presidência da

A Juventude Popular da Maia já teve

Comissão Política Concelhia do CDS-

oportunidade

publicamente,

PP Maia, desconhecendo-se ainda a

felicitar os vencedores, deixando-lhes

data prevista para a realização das

votos de um excelente mandato, e

eleições para os orgãos concelhios.

saudar

de,

Álvaro Braga Júnior, na hora do seu

todos

aqueles

que

se

envolveram neste processo eleitoral

discurso,

em nome do CDS-PP na Maia.

responsabilidades da derrota relativa

Após

este

eleição

de

acto

eleitoral,

qualquer

a

a

si

todas

as

à câmara Municipal, que impediu o

vereador,

CDS-PP de atingir o objectivo de eleger pelo menos um vereador.

JP Maia planeia o futuro dedorismo e o mês da Saúde – que serão, também eles, palco da realização de debates, prática que a Juventude Popular da Maia quer manter e estimular. Uma das grandes novidades deste Plano de Actividades passa por uma mais efectiva presença no terreno. A Juventude Popular da Maia preparase para ser uma presença activa nos vários pontos do concelho, através de visitas a grupos de freguesias de modo a recolher informações sobre a sua realidade.

chamou

não

somada à perda de um deputado

Passado o período eleitoral, a Juventude Popular da Maia reformula agora o seu modo de actuação, e passará a colocar no terreno o Plano de Actividades projectado no início do mandato da actual Comissão Política Concelhia. Voltando a um ritmo e a um modo de actuação s o b e j a me n t e conhecidos, a Juventude Popular da Maia prepara iniciativas para os próximos meses. Estão a ser preparados grupos de missão para o planeamento de “meses temáticos”, dois deles já definidos – o mês do Empreen-

deputados


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eric rodrigues ent rev ist a presidente da jp maia entre 2007 e 2009 vogal da cpn da juventude popular

A Juventude Popular da Maia vive hoje um momento único na sua história, o que contrasta violentamente com a JP Maia que eu encontrei no momento da minha filiação e em 2007 quando decidi avançar com uma candidatura à liderança da estrutura.

Na hora da despedida

Eric Rodrigues Eric Rodrigues, 25 anos, arquitecto e... militante da JP. Como começou esta ligação que dura até hoje? Começou de uma forma espontânea e livre. Desde cedo senti a necessidade de dar o meu contributo enquanto cidadão à sociedade e sempre senti um certo apelo à intervenção política. A minha filiação na JP foi uma filiação responsável pelo facto de partilhar integralmente os mesmos valores que a JP defende, e por ter procurado informação sobre todas as outras juventudes partidárias. Em 2003, e por iniciativa própria fiz o download de uma ficha de inscrição, levei ao posto de correio e aguardei durante quase dois anos para ser contactado.

Popular da Maia vive hoje um momento único na sua história, o que contrasta violentamente com a JP Maia que eu encontrei no momento da minha filiação e em 2007 quando decidi avançar com uma candidatura à liderança da estrutura. O que eu pensava na altura é que o projecto não era o mais indicado e que a liderança à época não era suficientemente ambiciosa para as pretensões que deveria ter uma estrutura como a JP Maia. Responsavelmente reuni um conjunto de pessoas, que como eu, partilhavam da mesma noção e creio, agora que se vê a imagem e a dimensão da JP Maia consolidadas, que fiz um bom trabalho.

Após alguns anos de militância, em finais de 2007 decidiste avançar para a liderança da JP Maia. O que te levou a assumir esse desafio? Como em tudo na minha vida procuro o momento certo para tomar as atitudes certas. A Juventude

Quais eram, à época, as teus principais objectivos e ambições para a concelhia? Os meus principais objectivos são e sempre foram engrandecer a instituição JP. A estrutura da JP Maia não existia de uma forma expressiva à

época e era necessário fazer um trabalho de fundo a nível organizativo para depois exteriorizar esse trabalho de uma forma visível, inovadora e marcante. A primeira fase passou pela actualização de todos os dados dos militantes da concelhia, passando depois para a estruturação de um plano de actividades que conseguisse aproximar a JP Maia dos jovens da sua cidade. É um facto que a JP Maia não foi só uma estrutura com preocupações locais, teve em determinados momentos um papel fundamental na defesa dos valores nacionais da JP e do partido. Outro objectivo fundamental era o aumento do número de militantes dos nossos cadernos, mas principalmente e a par disso o crescimento dos nossos militantes activos que são a essência primordial para o crescimento de qualquer estrutura local. Foi também importante implantar na JP Maia o conceito de gestão micro empresarial, no sentido de criar meios de sustentações autónomas do partido. No passado era impensável cobrar quotas aos militantes, e certamente nenhum militante contribuiria para uma estrutura que não tinha trabalho visível… hoje, o pagamento de cotas é um acto natural de todos os militantes e permite à JP Maia continuar a crescer sustentadamente e com capacidade financeira para realizar e produzir as suas campanhas políticas.


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ent rev ist a Hoje, terminados que estão os teus dois mandatos à frente da concelhia, que balanço fazes do teu trabalho enquanto presidente? Penso honestamente que fiz um bom trabalho. Seria desonesto se dissesse o contrário. Quadrupliquei o número de militantes activos, pus as contas da concelhia em dia, renasci o jornal da concelhia “O Jovem”, o que me dá especial prazer pelo facto de hoje e pela primeira vez ser entrevistado por ele passados dois anos. Levei a JP Maia para a rua com actividades a ritmo semanal em determinados momentos. Trouxe o debate político nacional para a cidade da Maia com a realização de diversos eventos de grande nível e com personalidades de renome da nossa sociedade. Foram desenvolvidas campanhas de enorme responsabilidade política e intelectual que hoje trouxeram frutos aos jovens da cidade da Maia. Hoje, temos na Câmara Municipal da Maia um gabinete de apoio e de combate à toxicodependência e a JP Maia foi a primeira estrutura a falar disso, hoje a Câmara Municipal da Maia tem um Plano de Mobilidade para ser aplicado no concelho e foi a JP Maia a primeira estrutura a fazer um estudo aprofundado sobre a matéria e sobre as carências do concelho nessa área… hoje a cidade da Maia tem também um Parque Radical em que foi a JP Maia a estrutura que mais batalhou para a sua concretização. Mas, acima de tudo, hoje a JP Maia existe no concelho e existe a nível nacional… todos os jovens da Maia sabem o que é a JP e o que fez a JP, essa é a minha maior vitória e o que levarei comigo ao longo da minha vida.

Gostava de ser lembrado como um militante que suou a camisola e que tudo fez para que a JP Maia saltasse para um novo patamar e subisse a sua própria fasquia.

A vitória do Prémio Ricardo Medeiros (melhor militante nacional da JP) e do Prémio Adelino Amaro da Costa (melhor concelhia nacional da JP), ambos únicos na história da Juventude Popular da Maia foram igualmente marcantes e especiais para mim. No entanto, a minha maior vitória é o património intelectual e humano que foi conseguido. Militantes como o Carlos Pinto, Tiago Loureiro, Nuno Silva, Luís Santinhos, Liliana Santo são valores que já ultrapassaram o estatuto de promessas e são valores certos e com créditos afirmados dentro da JP. Olhando para o teu legado, como gostarias de ser lembrado na concelhia da Maia? Penso que é o tempo e a história que farão esse trabalho. Gostava de ser lembrado como um militante que suou a camisola e que tudo fez para que a JP Maia saltasse para um novo patamar e subisse a sua própria

Levei a JP Maia para a rua. Trouxe o debate político nacional para a cidade da Maia com diversos eventos de grande nível e com personalidades de renome da nossa sociedade.

fasquia. Não faço questão de dizer como gostaria de ser lembrado, penso que a história fará a sua própria justiça. A JP Maia tem um novo presidente e uma nova estrutura. Que análise fazes destes novos tempos na concelhia e que expectativas tens para o futuro? Penso que este ano político foi demasiado desgastante e exigente para todas as estruturas da JP, o que naturalmente retira alguma margem de manobra na concretização da maior parte dos objectivos programáticos. Para o futuro espero que a JP Maia continue igual a si própria e não posso desejar mais nada senão o melhor para a concelhia, onde deixo muitos amigos e faço questão de a levar no coração ao longo de todo o meu percurso político. Crescer, fazer mais e melhor é o que eu naturalmente desejo à minha concelhia. Gostaria no entanto de deixar uma nota muito positiva ao fantástico trabalho realizado por alguns militantes na campanha, em particular ao José Tiago Oliveira e ao Rinaldo Rodrigues pela sua enorme motivação e dedicação… São sem dúvida dois grandes militantes com que a JP Maia tem a felicidade de poder contar. No passado mês de Maio, a JP iniciou um novo ciclo. Como perspectivas este novo ciclo, esta nova JP? O congresso de Guimarães significou acima de tudo uma grande renovação geracional na Juventude


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ent rev ist a Popular e penso que foi feita no momento certo. Esta nova Comissão Política Nacional fez um inicio de mandato único, com três campanhas eleitorais o que ocupou a maior parte das suas energias. Tenho a certeza, que pela qualidade do presidente eleito como pela qualidade da restante CPN, que este novo ciclo da JP será muito positivo. Passado o ciclo eleitoral, o recémeleito presidente da JP, Michael Seufert, é deputado na Assembleia da República. Que importância esse facto tem para a JP? Que impacto vai trazer para a estrutura? A Juventude Popular sofreu sempre por estar afastada dos centros de decisão, e uma significativa parte do seu trabalho ficava sempre camuflada por não conseguir ser exteriorizada. Como primeiro impacto penso a que eleição do Micha trará uma maior visibilidade à JP e uma maior atenção por parte dos órgãos de comunicação social. Tenho a certeza pelo facto de conhecer muito bem o Micha e por lhe reconhecer um enorme valor que a sua actuação na Assembleia da República motivará muitos jovens a aderir e a participar mais activamente na JP. Nas últimas autárquicas, o CDS sofreu uma pesada derrota na Maia. Que comentário te merecem os resultados? Como membro da actual CPC do CDS-PP Maia tive a oportunidade de no local certo e no momento certo tecer o meu comentário ao resultado autárquico. Como militante da JP, que é a principal motivação desta entrevista, não penso que devo comentar resultados eleitorais. Uma das consequências desses resultados foi a demissão de David Tavares, que deixa antever alterações no futuro da concelhia. Por onde te parece que devem passar essas alterações? Que ambições deve, agora, assumir o CDS na Maia? Não foi a demissão do David Tavares que deixou antever alterações de

Penso a que eleição do Micha trará uma maior visibilidade à JP e uma maior atenção por parte dos órgãos de comunicação social. A sua actuação na Assembleia da República motivará muitos jovens a aderir e a participar mais activamente na JP.

fundo no seio do CDS-PP Maia, pode ter antecipado essas alterações mas eram inevitáveis por limite de mandatos do presidente. O CDS Maia terá que criar uma nova imagem junto dos cidadãos maiatos, nem que seja pelo simples facto de ela neste momento não existir. Construir algo do zero, desde o inicio é um desafio e uma ambição estimulante para o novo presidente concelhio do partido. Espero que o partido saiba afirmar os seus valores junto dos maiatos durante 4 anos e não somente durante os 3 meses que antecedem as eleições, só assim se conseguirão resultados. Num plano mais alargado, face aos resultados dos diversos partidos no concelho, que perspectivas consegues traçar sobre os próximos quatro anos no que diz respeito à política maiata? Penso que com a maioria atingida pelo PSD os próximos 4 anos poderão ser amorfos e sem grande margem de manobra para a oposição. O CDS reduzido a um deputado municipal terá um mandato extremamente exigente e penoso na Assembleia Municipal mas estou convicto que o

David Tavares o saberá cumprir da melhor forma possível. Interessantes serão certamente os últimos dois anos antes das próximas autárquicas pela divisão que poderá surtir dentro do PSD se for confirmada a impossibilidade de Bragança Fernandes concorrer a mais um mandato. Faltam cumprir-se muitos anseios e muitas necessidades prioritárias para os cidadãos maiatos, caberá ao CDS assumir a linha da frente de algumas dessas bandeiras. Que mensagem queres deixar aos leitores d’O Jovem? Aos todos os leitores d’O Jovem quero deixar uma mensagem de motivação. Apesar dos resultados eleitorais não terem sido um reflexo justo do que foi o trabalho realizado pela JP, cabe a todos o papel de elevar a fasquia e de construir militante a militante uma verdadeira alternativa para que o CDS daqui a 4 anos se possa apresentar mais forte e com um caderno de encargos que nos garanta um resultado que terá de ser necessariamente superior ao último. Poderão contar sempre comigo. Um forte abraço a todos.


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c onv ida da d de h on ra

Mais do mesmo... ou não? Maria Luísa Aldim Coordenadora do Gabinete de Estudos Gonçalo Begonha

O mês de Outubro de 2009 fica marcado na História pelo início de mais um ciclo político. Após um estafante período eleitoral, acabada toda a campanha, recomeça o período de “deitar mãos à obra”. No entanto, esta tarefa provavelmente não estará tão facilitada para o novo governo, uma vez que o nosso parlamento está cada vez mais forte no que toca ao pluripartidarismo. O “centrão” tem vindo a perder muitos deputados para os pequenos partidos sendo que nas últimas legislativas elegeu um total de 178 deputados, perdendo 18 deputados face a 2005 e 21 deputados face a 2002, o que na minha óptica torna a democracia bastante mais saudável, obrigando assim, a uma menor arrogância por parte dos habituais governantes, que agora passarão a assumir o verdadeiro conceito de que vivemos em democracia com mais de dois partidos. Uma democracia, não é nem deve ser uma mera vontade da maioria, mas também uma protecção das minorias, tornando o jogo político-partidário bastante mais equilibrado, na medida em que, e transportando à realidade portuguesa actual, à partida haverá mais árbitros que controlarão o sistema. E neste novo ciclo, temos de momento um “centrão” enfraquecido, tanto o PS, que apesar de reeleito, perdeu alguns deputados e consequentemente a sua maioria absoluta, como o PSD, que vive em constante crise interna, com líderes que têm-se mostrado fracos na oposição, alguns porque acredito que têm “telhados de vidro”, transparecendo instabilidade a todo o momento, sendo consideravelmente indesejado para os eleitores que são levados a escolher o “menos mau” dos cenários actuais. A grande novidade neste ciclo é, sem dúvida, o CDS, que terá a oportunidade de mostrar que mereceu a confiança dos eleitores e que os interesses de Portugal falarão sempre mais alto. Este pequeno partido conseguiu não só aumentar significativamente o seu número de deputados, como voltar a ser a terceira força política em Portugal. E se com poucos deputados na Assembleia da República já incomodava muita gente, agora incomodará muito mais. Será como que uma prova de fogo, uma vez que para que o CDS se mantenha com força é preciso garantir que conquistarão novamente a terceira força política, no entanto, como é óbvio, esse resultado não é exclusivo do trabalho directo do CDS, mas indirectamente dos partidos ideologicamente mais próximos que naturalmente terão eleitores a recorrer desesperadamente ao voto útil, sem pensar

nas restantes consequências do mesmo. O PCP, como sempre, manteve o seu eleitorado habitual e continuará com todo o seu projecto fora de época. O Bloco de Esquerda, tendencialmente, acredito que irá enfraquecer. Não é natural, um partido de extrema extrema-esquerda chegar a resultados como os que obteve. Para um país ocidental, que pertence a uma comunidade como a União Europeia, não há lugar para tal representatividade, não passando maioritariamente de um voto de protesto. Sócrates, após ter sido convidado pelo Sr. Presidente a formar o seu Governo, iniciou o diálogo político com os outros partidos de representação parlamentar, segundo o qual, “sem condições prévias, com vista a reforçar as condições de estabilidade política”, obviamente que procurando procu garantias para governar tal como nos quatro anos e meio anteriores com uma maioria absoluta parlamentar e uma arrogância absoluta pessoal. Os partidos, e bem a meu ver, respeitaram a decisão dos eleitores e preferiram não apostar numa política de con continuidade e insolência. O PS, a meu ver, irá continuar com um Governo cujas medidas servirão essencialmente para agradar a alguns a curto prazo, para que depois a factura venha daqui a uns anos em nome de todos. Acabar com o desemprego? Claro que sim, é fácil, fá estágios e obras públicas; Acabar com o buraco financeiro? Aumentam-se Aumentam os impostos; Melhores condições a quem vive na miséria? Rendimento Social de Inserção, sem procurar ajudar a resolver a raiz do problema;

Educação? Testar vários modelos de ensino e ridicularizar os professores, assim como dar computadores aos mais novos, sem sequer haver uma preocupação com o futuro destas populações; Apoiar a Agricultura? Sem comentários. Os tempos de José Sócrates, o menino mimado que faz o quer, tem os dias contados. con O chamado “clima de diálogo”, se seguido à letra, não será mais do que um jogo justo, verdadeiramente democrático. Ouvir as diversas opiniões, dos diversos partidos, não é mais do que, estar atento ao pensamento que corre no seu próprio país, de todas as divergências e, que sejamos honestos, apesar de Portugal ser pequeno, socialmente é bastante repartido, e uma vez nomeado, José Sócrates tem que ter em consciência de que não é o Primeiro-ministro Primeiro dos socialistas, mas sim, o Primeiro-ministro Primeiro de Portugal, que faz toda a diferença. Afinal, José Sócrates representa todos ou uma pequena percentagem de eleitores que foram votar PS? Este pensamento faz a diferença, entre um “estadista” e um “bom estadista”, que na prática se vê pelas suas palavras e pela sua obra. Que interesses inter coloca primeiro? Portugal ou interesses partidários? Já todos tivemos provas para saber a resposta. Talvez agora, que perdeu o poder absoluto, José Sócrates deixe de pensar tanto no seu umbigo (e possíveis cargos futuros), e que esteja mais controla controlado, havendo oportunidade de defender e mais uma vez, fazer ouvir o que deve ser “endireitado” em Portugal.

O chamado “clima de diálogo”, se seguido à letra, não será mais do que um jogo justo, verdadeiramente democrático. Ouvir as diversas opiniões, dos diversos partidos, não é mais do que, estar atento ao pensamento que corre no seu próprio país.


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Oposição binária: Esquerda/Direita Rita Magalhães e Silva Militante da Juventude Popular da Maia

Antropologicamente o mundo é constituído por um vector ao qual denominamos oposição binária. Oposição essa que também se verifica na política, nomeadamente entre a Esquerda e a Direita. Existe uma necessidade social simbólica das sociedades criarem entre si divisões, mostrando o dualismo da realidade e fomentando a competição como modo de aperfeiçoar o todo. Claro que, hoje em dia, este dogma é colocado em causa devido à existência de contradições e sistemas híbridos. Por um lado, somos um país com o complexo de esquerda, resultante do “antifascismo” emergente da Revolução de 25 de Abril de 1974; por outro lado, verifica-se uma estigmatização, feita de intolerância e ignorância em relação à direita. Nalguns círculos minoritários e selectos, ser de direita é entendido com um enlevo quase religioso, em que se entende que o poder lhe é devido por direito divino. Noutros círculos mais modernos, temos uma aspiração à livre iniciativa, prezando e venerando os exemplos históricos e reconhecendo os erros cometidos. Quanto à esquerda, assistimos a uma tentativa de renovação (eurocomunismo, glasnot e perestroika), demonstrando que prezam a liberdade e a dignidade da pessoa humana, mas na realidade escondendo o mote duma sociedade igualitária em que os fins justificariam os meios. Questiona-se perante isto: onde fica o politicamente correcto, entendido como pensamento único? É arbitrário situá-lo. Pode dizer-se que em economia temos uma visão capitalista ou de direita e a cultura e ética inserem-se numa visão de esquerda. Não existe o politicamente correcto, nem ele tem definição nesta dicotomia, principalmente quando existem terceiras vias que perturbam a simplicidade da oposição binária. As pessoas têm dificuldade em afirmarse de direita ou de esquerda, temendo uma identificação com figuras como Hitler, Mussolini e Salazar (direita) e

Lenine, Estaline e Fidel (esquerda). Se alguém de esquerda falar da esquerda, ouvimos expressões como justiça social, redistri redistribuição da riqueza, igualdade e solidariedade em contraposição à direita que, no entender deles, corresponde à desigualdade, exploexplo ração, pobreza de muitos e riqueza de poucos. No lado contrário, ouvirmos alguém de direita falar de direita, temos uma associação associ a valores como a ordem, classe, estilo, paz social e justiça, identificando a esquerda com subversão social, balbúrdia e opressão. Fazendo uma análise sumária da política portuguesa, assiste-se assiste a uma posição estática quanto à ideologia, mas dinâmica por p posição relativa. Na estática, por exemplo, o PS é sempre de esquerda, mas na dinâmica é empurrado pelos partidos comunistas para a direita. O PSD assume uma posição clara na direita, resultante da insuficiência de fortes partidos à direita, sacrificand assim, os seus ideais. sacrificando,

Posto isto, será que temos uma oposição binária esquerda/ direita? Dir-se-á Dir que esta dicotomia tem utilidade simbólica porque, actualmente, temos partidos de esquerda a praticarem políticas de direita e vice-versa. vice Exemplo: antigamente amente a direita era contra o aborto e a esquerda contra a iniciativa privada. O que fazer quando temos liberais a favor do aborto e os ditos socialistas a fazer privatizações? Será que devemos considerar que quem deixa de pensar como nós é traidor e quem de nós se aproxima é convertido? Ser de direita ou de esquerda pressupõe alguma unidade na diversidade e algum equilíbrio de poderes. Desta forma reconhece reconhece-se que esquerda e direita são conceitos vacilantes e oscilantes, mas constituem (ainda) a alma das organizações o políticas e partidárias, pois sem eles, estas organizações são meras máquinas em luta pela conquista do seu poder sem qualquer projecto consistente.

Fazendo uma análise da política portuguesa, assisteassiste se a uma posição estática quanto à ideologia, mas dinâmica por posição relativa. Na estática, o PS é sempre de esquerda, mas na dinâmica é empurrado pelos partidos comunistas para a direita. O PSD assume uma posição clara na direita, sacrificando, assim, os seus ideais.


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Um passo em frente (Parte II) Manuel Oliveira Presidente da Juventude Popular da Maia

No meu artigo de opinião da edição d’ “O Jovem” do mês passado, divaguei entusiasticamente pelas razões boas e más que nos levam a assumir riscos e a querer dar um passo em frente rumo ao delicioso desconhecido. Falávamos em termos profissionais muito embora isto a tudo se aplique na vida. Chegamos à conclusão mais do que óbvia, de que o que não conhecemos nos atrai, mas o que não conhecemos também nos assusta bastante. Empreendermos custará afinal assim tanto? Há indicadores e notícias, recentemente divulgadas, que obrigam a alguns minutos de reflexão. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), o total de empresas em Portugal no ano de 2007 era pouco mais de 1 milhão sendo que este ano, embora de fontes não oficiais, estima-se que esse total tenha caído para cerca de 900 mil não contando, claro está, com empresas que iniciam e cessam actividade num abrir e fechar de olhos transparecendo desta forma tudo menos actividades pouco claras. Sabemos ainda que o tecido empresarial português é indiscutivelmente

constituído por micro, pequenas e médias empresas que representam cerca do 90% do total. Nesta percentagem, além de encontramos mais de 3 milhões de trabalhadores, sabemos que a maioria das empresas conta com apenas dez ou menos funcionários. Em larga escala estas empresas são encontradas no sector terciário e contam essencialmente com os restantes 10% (grandes empresas – cerca de 900 no total) para sobreviveram porque, nas mais variadas razões e objectivos comerciais, nasceram e cresceram gravitando à volta destes grupos empresariais enormes. A conclusão da realidade empresarial portuguesa é por isto extremamente objectiva e do mais mai fácil que há de caracterizar: pequenas empresas, prestadoras de serviços, dependentes de grandes empresas, volumes de facturação curtos, pouca margem de manobra para internacionalização, organização interna simples e sem capacidades para explorar outras áreas de desenvolvimento e de apoio à gestão, alguma dependência de obras públicas, pouco investimento em

É esta realidade que emprega em Portugal, que cria riqueza e dinamiza a competitividade. competitividade É esta realidade que luta todos os dias menosprezada e espezinhada por uma Esquerda acéfala sem a mínima visão da realidade e para quem tudo é facilmente obtido sem o mínimo de empenho. Justiça diriam uns, tretas diria eu. eu

I&D, baixas taxas de rotatividade. Sabemos ainda que hoje em dia as “novas empresas” são muitas vezes apenas e só uma pessoa, já que os 900 mil trabalhadores hadores a “Recibo Verde” são uma realidade que se prevê aumentar cada vez mais. Perante este cenário, que forças à esquerda chamariam de calamidade, forças à direita diriam que são necessárias medidas que apoiem esta realidade inegável, que se canalizem esforços esfo para guiar estrategicamente recursos económicos e humanos para sectores de potencial crescimento e que não se interfira minimamente com a decisão de quem arrisca por uma vida profissional independente, com base no seu valor pessoal e mérito comprovado. comprovado É esta realidade que emprega em Portugal, que cria riqueza e dinamiza a competitividade do mercado. É esta realidade, que com base num diário esforço quase sobrenatural, tem de suportar elevadíssimas cargas fiscais ao nível do IVA e da Segurança Social, pagar juros por tardios pagamentos de impostos mas não receber juros por ainda mais tardios pagamentos do Estado. É esta realidade que luta todos os dias menosprezada e espezinhada por uma Esquerda acéfala sem a mínima visão aproximada da realidade e para quem tudo é facilmente obtido sem o mínimo de empenho. Justiça diriam uns, tretas diria eu (e muitos que pensam cada vez mais assim). Valerá então a pena arriscar? Valerá a pena lutar contra esta mentalidade sufocante e este Estado que quer 24 horas por dia o Homem a servi-lo? Uma pessoa consciente diria que não, uma pessoa sensata já teria fugido, quiçá, para a Alemanha?... Pessoalmente e num futuro não muito próximo, próximo vou entregar-me a este perfeito desconhecido, ao risco. Sou então, neste caso, uma pessoa inconsciente ciente e pouco sensata, sou. Vou debater--me contra um modelo errado e que me atropela em todos os momentos, vou. Mas sou e vou acima de tudo procurar até aos meus limites a plena Liberdade porque estou cheio desta passividade e desta hipocrisia constante. E, garanto-vos, garanto irei continuar a viver bem com isso. Por favor, ousem!


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op in iã o .

O 5 de Outubro Pedro de Souza-Cardoso Souza Vogal da Juventude Popular da Maia

No dia 5 de Outubro do presente ano festejou-se, mais uma vez, o feriado da implantação da república em Portugal. Não tenho qualquer problema em aceitar que a mudança de regime, num determinado país, seja um facto histórico suficientemente relevante a ponto de se o elevar a feriado nacional. Nesse ponto, realmente, nada tenho a obstar. O que pretendo trazer aqui à reflexão é se a mudança de um regime político por outro, será ou não, mais relevante para um país do que a independência efectiva do mesmo. Na verdade, foi exactamente no dia 5 de Outubro de 1143, há 866 anos, que Portugal foi considerado formalmente um Estado independente, através do Tratado de Zamora, assinado por Dom Afonso Henriques e o Rei Afonso VII de Leão e Castela, na presença do Emissário do Papa Inocêncio II, o Cardeal Guido de Vico e fortemente promovido pelo Arcebispo de Braga, Dom João Peculiar. A partir de então é reconhecido a Dom Afonso Henriques o título de Rei e a Portugal a condição de Estado Independente. Por tal, podemos então afirmar que, adoptando uma visão jurídicohistórica, é esta a data do nascimento do nosso Portugal. Agora como sabemos, todos os países evoluídos do mundo comemoram a sua Fundação, o dia do seu aniversário. Isto porque,

quanto mais não seja, esse é um verdadeiro motivo de festa, de orgulho nacional. Não quero com isto insinuar que os portugueses não gostam do seu país. Muito pelo contrário! Se rec recuarmos um pouco no tempo com certeza todos nos recordamos da campanha realizada no âmbito do Euro 2004 em que todo o país de Norte a Sul se uniu em torno da sua bandeira numa verdadeira demonstração de amor à Nação Lusitana. No entanto, parece que as pessoas preferem “esquecer” o nascimento do seu país e, ao invés, festejar um regime que, em última análise, nos

foi imposto por um golpe de estado, sem nunca ter sido, posteriormente, sufragado. Curioso é que no portal do Governo, Governo o Tratado de Zamora, sendo considerado como o tratado que deu origem à nossa independência, aparece sem data precisa precisa, seguramente, para não ofuscar a ordem republicana vigente. Não deveríamos aproveitar o dia 5 de Outubro para festejarmos não um regime mas m antes uma História, uma Cultura, uma Identidade, uma Pátria? Não valerá a Nação Portuguesa muito mais do que os seus regimes políticos, sejam eles quais forem?

Parece arece que as pessoas preferem “esquecer” o nascimento do seu país e, ao invés, festejar um regime que, em última análise, nos foi imposto por um golpe de estado, sem nunca ter sido, posteriormente, sufragado.


outubro 2009 | o jovem | 11

op in iã o

Porque ele é o meu deputado Nuno Silva Vice-Presidente Presidente da Juventude Popular da Maia

No dia 27 de Setembro, o CDS teve o melhor resultado eleitoral desde 1983. As Legislativas foram uma batalha muito grande, em que o CDS se comportou como um partido vitorioso e fez aquela que, aos olhos da maioria, foi uma campanha quase perfeita. Nada na vida é perfeito, muito menos uma campanha que tem sempre os seus erros, mas a do CDS esteve perto. Eleger 21 deputados à Assembleia da República, contra um “centrão” implantado, não é fácil, mas o CDS soube fazer uma campanha profissional, defendendo o seu eleitorado e apanhando mais pelo caminho, defendendo um caderno de encargos bem definido, com conhecimento dos eleitores, bem reproduzido na comunicação social, e quando se sabe

fazer estas coisas, quando se tem um líder carismático e quando se sabe ler a vontade do povo, estes resultados aparecem. No entanto, enquanto primeiramente militante da Juventude Popular, a minha alegria na noite de 27 de Setembro já se deu por volta da meia-noite. meia Michael Seufert ganha o último lugar como deputado pelo círculo eleitoral do Porto, que há anos já não acontecia. aconteci O Presidente da Comissão Politica Nacional da JP foi eleito e é o quarto deputado do CDS nesse círculo. Um resultado que o torna deputado por via directa e sem pinga de ilegitimidade contra muitos que por aqui andam e vão ser deputados nesta nova legisl legislatura, tornando-se num dos mais jovens deputados nesta nova legislatura.

Estou farto de ver uma JS a batalhar por causas sociais fracturantes que o seu partido prefere ignorar, ou uma JSD fraca, com pouco fôlego e com pouca iniciativa própria. ria. Quero ver uma JP que aproveite e saiba ganhar com isso e capitalizar os votos da juventude que o CDS obteve no dia 27 de Setembro.

Era isto que queria ver. Num Parlamento mais jovem como este é, a juventude de Direita está representada. O deputado chama-se se Michael Seufert, tem nome esquisito, mas é um a esperança que há muito esperava ver. Neste Parlamento tão dividido, tão “esmiuçado”, “esmiuçado a voz da juventude de Direita está lá. Espero ver Michael Seufert defender na casa da democracia os jovens através da baixa de impostos, através do combate ao desemprego dos recém-licenciados recém e dos jovens portugueses, através de uma verdadeira política de educação que promova a autonomia das escolas, vê-lo vê combater a criminalidade que atinge os jovens deste país. A defender o círculo eleitoral pelo qual foi eleito desde as empresas de Gaia, Porto, Maia, Matosinhos até aos agricultores de Penafiel, Baião ou Paredes. As politicas de juventude no Parlamento, sempre lideradas pela JS e pela JSD, têm mais de circenses do que de políticas de qualidade. Estou farto de ver uma JS a batalhar por causas sociais fracturantes que o seu próprio partido prefere ignorar, ignora ou uma JSD fraca, com pouco fôlego e com pouca iniciativa própria, muito provavelmente devido a um partido-pai partido que está constantemente em guerra interna. Quero ver uma JP que aproveite estes dois “gigantes” pequenos e saiba ganhar com isso e capitalizar capi os votos da juventude que o CDS obteve dia 27 de Setembro, cerca de 20%. Por isso, nesta legislatura espero muito de Michael Seufert porque o conheço, porque sei que não poderia esperar dele outra coisa que não o que ele vale, porque sei que o Michael representa aquilo que é o jovem de Direita. Enfim, e dizendo tudo, espero um deputado do CDS que se lembre que é da Juventude Popular.


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