[8]
Ser a segunda força política na Madeira e retirar a maioria absoluta ao PSD de Alberto João Jardim é o grande objectivo para as eleições Regionais do próximo dia 9 de Outubro de José Manuel Rodrigues. O Jovem falou com o líder do CDS-PP Madeira, que nos contou quais as ambições e as ideias do partido para o arquipélago.
[3]
A JP Maia promoveu mais uma das suas habituais tertúlias. Desta vez, o palco foi o Fórum Jovem da Maia, o tema foi "O Peso Fiscal" e os convidados foram Raúl de Almeida e Rui Duarte Morais.
[6]
Conhece como saber a realidade económica de um determinado país recorrendo a alguns indicadores de contabilidade nacional, como um instrumento específico denominado de Balança de Pagamentos.
[14]
Neste Relatório Internacional poderás encontrar uma reflexão sobre os 10 anos da queda das Torres Gémeas, uma análise crítica às primárias republicanas nos EUA e à “democracia musculada” de Putin e Medvedev.
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Durante seis anos, o país viveu embalado pela toleima despesista de um primeiro-ministro avesso ao cuidado com que deve ser tratado o dinheiro alheio. Fosse porque os grandes desígnios nacionais assim o exigissem ou porque a crise dita internacional assim impusesse, durante os últimos seis anos a ordem foi para gastar sem preocupação com o pagamento dessa factura. Ora, o dia de a pagar chegou e a consequência não podia ter sido pior: um Portugal resgatado, mais envergonhado e menos soberano. Este sentimento de poder absoluto baseado na crença infinita de que o estado é mais inteligente na forma de usar a riqueza gerada no país, corre
Por terras de
no sangue do típico político português. Seja no governo central ou nos microcosmos que se geram ao nível do poder local. Num outro nível, encontramos aquele que é, talvez, o exemplo mais perfeito desta tendência e de como ela se pode perpetuar no poder. Na Madeira, Alberto João Jardim actuou sem escrúpulos na hora de gastar o dinheiro que nos vai hipotecar uma parte do futuro. Sem remorsos, reafirma-se satisfeito com aquilo que fez. Próximos que estamos das eleições regionais, com o saudável exemplo da punição de Sócrates em Junho passado, resta-nos ter esperança no povo madeirense, para que coloque o seu tirano despesista no lugar que merece.
Lidador
Nestes últimos dois meses tenho sentido um crescente burburinho de bastidores sobre as próximas eleições autárquicas. Embora faltem ainda dois anos, há movimentações interessantes e dignas de registo. Sempre esperei, e agora comprovo, que à medida que nos aproximamos da data o interesse daqueles que desapareceram há dois anos iria aumentar. São formas de estar que respeito mas que lamentavelmente não me identifico. À partida o interesse nesta próxima ronda eleitoral será diminuto com uma mais do que provável reeleição do actual edil e um cenário extremamente complicado ao nível dos mandatos no executivo – não só porque o PS cada vez tem menos força no concelho mas também pela hipótese de reformar a composição dos executivos camarários com a possibilidade de escolha da vereação posterior ao acto eleitoral. Ao nível das freguesias, a limitação de
também pela hipótese de reformar a composição dos executivos camarários com a possibilidade de escolha da vereação posterior ao acto eleitoral. Ao nível das freguesias, a limitação de mandatos impõe que muitos históricos se vejam de fora como cabeças de lista. Esta sim é a verdadeira oportunidade que todos os partidos têm para assustar e discutir com firmeza a tradicional hegemonia do PSD. A julgar a habitual lentidão no processo de reforma administrativa e redesenho do mapa autárquico, teremos lutas renhidas nas dezassete freguesias. Mas não bastará vontade. É preciso um projecto concreto e objectivos realistas. Tudo o resto será mais do mesmo. Zero.
Foi no último dia 26 de Setembro que a Juventude Popular da Maia promoveu mais uma das habituais tertúlias sobre grandes temas da actualidade. Desta vez, o palco do evento foi o Fórum Jovem da Maia e o tema "O Peso Fiscal", do qual falaram os convidados Raúl de Almeida, deputado do CDS-PP e Rui Duarte Morais, professor de Direito Fiscal na Universidade Católica do Porto.
Perante uma sala muito bem composta de público, no qual se pode notar a presença do recémeleito Presidente da Juventude Popular, Miguel Pires da Silva, a questão fiscal muito em voga por estes dias foi colocada em cima da mesa. Rui Duarte Morais considerou que a crise dos nossos dias é uma "crise de ricos", uma vez que ela advém da expansão dos padrões de vida da população,
O V Congresso Distrital do Porto da Juventude Popular foi convocado, no final do mês de Setembro, para o dia 22 de Outubro. Com o intuito de fazer passar a sua mensagem e dar a conhecer as suas ideias, João Ribeirinho Soares, até ao momento único candidato à distrital portuense, deslocou-se à sede da JP Maia para apresentar as linhas mestras da sua moção
assentes essencialmente no crédito que, agora, escasseia e que é preciso pagar. Raúl de Almeida justificou as medidas de agravamento fiscal do actual governo como sendo uma inevitabilidade perante a necessidade de Portugal cumprir o “Este é o Norte”. Numa sala repleta rigor orça-mental a que está de militantes da Maia e de outras obrigado, tendo para isso de concelhias do distrito, o candidato recorrer, muitas vezes, a medidas teve oportunidade de falar das que não são, em condições normais, políticas que entende serem as defendidas pelo CDS-PP. fundamentais para o desenvolvimento económico e social do distrito, bem como a forma como colocará as estruturas distritais a funcionar em prol de uma melhor Juventude Popular no Porto.
assentes essencialmente no crédito que, agora, escasseia e que é preciso pagar. Raúl de Almeida justificou as medidas de agravamento fiscal do actual governo como sendo uma inevitabilidade perante a necessidade de Portugal cumprir o rigor orçamental a que está obrigado, tendo para isso de recorrer, muitas vezes, a medidas que não são, em condições normais, as defendidas pelo CDS-PP.
dossier
CONTABILIDADE NACIONAL
BALANÇA DE PAGAMENTOS POR
LUÍS MIGUEL RIBEIRO
dossier
O
intuito deste artigo é dar a conhecer como é que a realidade económica de um determinado país é recorrendo a alguns determinado país é indicadoresanalisada de contabilidade nacional. Para tal é necessário recorrer a um instrumento específico denominado de Balança de Pagamentos. É dentro desta rubrica denominada de “Balança de Pagamentos” que se encontram registados todos os movimentos financeiros oriundas das relações económicas internacionais, isto é, a quantidade de operações financeiras decorrentes das exportações e das importações sejam elas decorrentes da actividade económica, de investimentos, remessas de emigrantes, etc. Assim, como a rubrica da Balança de Pagamentos apresenta uma abrangência muito grande, para se conhecer melhor os fluxos detalhadamente, a Balança de Pagamentos necessita de ser desdobrada em mais categorias, entre as quais a Balança Básica e a Balança de Financiamento. Para melhor compreensão, consultar o “Esquema 1”. Assim, na Balança Básica (ou Fundamental) encontra-se incluída a diferença entre as exportações e as importações ocorridas pelos agentes económicos. Por ouro lado, a Balança de Financiamentos serve simplesmente para equilibra as contas, pois caso a Balança Básica seja positiva então a Balança de Financiamentos regista uma acumulação de divisas estrangeiras e/ou ouro, mas se a Balança Básica registar uma variação negativa então a Balança de Financiamentos registará uma saída de divisas e/ou de ouro. No sentido especificar, mais concretamente onde se pode ocorrem estas variações então podemos ainda desdobrar a Balança Básica em Balança de Transacções Correntes e Balança de Capitais. Para melhor compreensão,
Assim, na Balança Básica (ou Fundamental) encontra-se incluída a diferença entre as exportações e as importações ocorridas pelos agentes económicos. Por ouro lado, a Balança de Financiamentos serve simplesmente para equilibra as contas, pois caso a Balança Básica seja positiva então a Balança de Financiamentos regista uma acumulação de divisas estrangeiras e/ou ouro, mas se a Balança Básica registar uma variação negativa então a Balança de Financiamentos registará uma saída de divisas e/ou de ouro. No sentido especificar, mais concretamente onde se pode ocorrem estas variações então podemos ainda desdobrar a Balança Básica em Balança de Transacções Correntes e Balança de Capitais. Para melhor compreensão, consultar o “Esquema 2”. Na Balança de Transacções Correntes registam-se todos as ocorrências financeiras que não sejam investimentos, isto é, todas as actividades financeiras que envolvam exportações e importações. Por outras palavras, todos os bens e serviços transaccionados com o exterior, mais conhecido por rendimento líquido. Assim, na Balança de Capitais encontra-se discriminados todos os Esquema 1 financiamentos destinados à actividade produtiva, ou seja, diz respeito as transacções propriamente financeiras, como por exemplo o investimento directo estrangeiro ou Esquema 2 créditos externos recebidos. No entanto, devido à globalidade de abrangência da Balança de Transacções Correntes, surge a necessidade de desdobrar ainda esta última rubrica em quatro Esquema rubricas,1 nomeadamente: Balança Comercial - Estão registados todos os movimentos de valores
serviços transaccionados com o exterior, mais conhecido por rendimento líquido. Assim, na Balança de Capitais encontra-se discriminados todos os financiamentos destinados à actividade produtiva, ou seja, diz respeito as transacções propriamente financeiras, como por exemplo o investimento directo estrangeiro ou créditos externos recebidos. No entanto, devido à globalidade de abrangência da Balança de Transacções Correntes, surge a necessidade de desdobrar ainda esta última rubrica em quatro rubricas, nomeadamente: Balança Comercial: estão registados todos os movimentos de valores relativos às exportações e importações de mercadorias; Balança de Serviços: regista todos os movimentos financeiros relativos às prestações de serviços, como por exemplo Turismo, etc; Balança de Rendimentos de Capitais: é o resultado dos valores que resultam dos investimentos realizados, ou seja, dos juros obtidos ou pagos de empréstimos concedidos ou efectuados; Balança de Transferências Unilaterais: Contém todos os fluxos financeiros decorrentes de valores que não dão direitos a contrapartidas, por exemplo, no caso de um subsídio atribuído a terceiros, ou remessas de emigrantes. Resumidamente, obtemos o descrito no “Esquema 3”. Nota: Existem autores que por vezes atribuem na mesma rubrica a Balança Comercial e a Balança de Serviços, designando-a de Balança Comercial e de Bens e Serviços.
Ser a segunda força política na Madeira e retirar a maioria absoluta ao PSD de Alberto João Jardim é o grande objectivo para as eleições Regionais do próximo dia 9 de Outubro de José Manuel Rodrigues. O Jovem falou com o líder do CDS-PP Madeira, que nos contou quais as ambições e as ideias do partido para o arquipélago.
entrevista
“
A nossa acção política é de compromisso com a verdade, com o realismo e com a criatividade na procura de soluções para os problemas de todos os escalões da população.
República.
Somos
reivindicativos
quando temos de ser, mas apostamos na busca e apresentação de soluções. Já o prováramos na Região, no Parlamento
da
Madeira
e
agora
provámo-lo ao nível da República. Creio que a minha eleição aumentou a visibilidade
da
acção
política
na
Madeira e a percepção, no continente, da qualidade, modéstia à parte, da nossa acção política.
Nas últimas rondas eleitorais, o CDS-PP Madeira tem conseguido excelentes resultados e reforçado constantemente a sua posição. É este o verdadeiro sinónimo de uma oposição relevante ao PSD Madeira? O CDS-PP pugna pela apresentação de propostas e pela busca de soluções
Muitas vezes quando se fala de
ajuda, mas creio que no continente deve
para os problemas da Madeira num
Portugal as regiões autónomas são de
haver um esforço maior para conhecer
sentido lato, mas também para os
alguma forma esquecidas. O José
as duas realidades insulares. Afinal,
problemas concretos das pessoas, dos
Manuel Rodrigues concorda com esta
fazemos parte do mesmo país e
madeirenses. Tal como em Portugal
afirmação? Considera que os
madeirenses e açorianos sentem-se
continental, de resto, ou nos Açores, a
portugueses do continente se
portugueses da mesma maneira e
nossa
esquecem dos portugueses das ilhas?
sentem Portugal da mesma maneira que
compromisso com a verdade, com o
Muitas
os residentes no continente português.
realismo e com a criatividade na
vezes,
há
uma
falha
de
acção
política
é
de
procura das tais soluções para os
comunicação entre a Madeira e o continente. Se por um lado essa falha de
Foi eleito deputado à Assembleia da
problemas de todos os escalões da
comunicação fica-se a dever ao discurso
República em 2009, tendo “saltado”
população. Penso que tal como no
belicoso e conflituoso do Presidente do
da política Regional para a política
continente e nos Açores, na Madeira o
Governo Regional, que não pode nem
Nacional. Como classifica a mudança e
CDS-PP tem sido premiado pela sua
deve ser confundido com a opinião dos
a experiência? Pensa que esse “salto”
coerência, pelas suas propostas e pela
madeirenses
aos
foi positivo para o partido na Madeira?
qualidade da sua intervenção política.
continentais, por outro há, muitas
Foi decisivo para o crescimento do CDS-
vezes, uma falta de informação em
PP na Madeira, porque permitiu mostrar
É inevitável pensarmos na Madeira e
relação à Madeira, que se estende
que
esquecer a sua principal figura
também aos Açores. Em resumo, o
reivindicativo, mas tem soluções e pode
política. Os governos de Alberto
discurso do Governo Regional não
ser um instrumento de pressão junto da
João Jardim são de facto os
ajuda, mas creio que no continente deve
República.
principais responsáveis pela
haver um esforço maior para conhecer
quando temos de ser, mas apostamos
preocupante dívida da região? O que
as duas realidades insulares. Afinal,
na busca e apresentação de soluções. Já
é que falhou?
fazemos parte do mesmo país e
o prováramos na Região, no Parlamento
É evidente que Alberto João Jardim é
madeirenses e açorianos sentem-se
da Madeira e agora provámo-lo ao nível
o rosto da dívida na Madeira, tal como
portugueses da mesma maneira e
da República. Creio que a minha eleição
Sócrates foi o rosto da dívida no
em
relação
o
partido
Somos
não
é
apenas
reivindicativos
principais responsáveis pela
momento, os problemas são Alberto
poderá afectar negativamente o PSD
preocupante dívida da região? O que
João Jardim e o estilo e a forma de
e que benefícios trará para o CDS-
é que falhou?
governação
PP?
É evidente que Alberto João Jardim é
momento,
uma
Estamos em crer que os madeirenses
o rosto da dívida na Madeira, tal como
alternativa de verdade, de rigor, de
perceberam o actual estado da Região
Sócrates foi o rosto da dívida no
trabalho,
e que, tal como todos os portugueses
continente. Nós não negamos que
alternativa é o CDS-PP da Madeira.
numa
primeira
fase
dos
do
PSD-M.
tem de
de
Neste
haver
criatividade
e
essa
fizeram com José Sócrates, retirandolhe a confiança e a legitimidade
seus
mandatos, Alberto João Jardim fez
Estas eleições regionais têm tido
democrática
coisas boas pela Madeira e pelos
como pano de fundo a galopante
madeirenses farão o mesmo com
madeirenses. Mas há 10 anos que está
dívida da região. Pensa que esse
Alberto João Jardim e com o PSD-M.
a mais, optando por uma governação
facto poderá contribuir
onde o peso do estado (neste caso, do
decisivamente para os resultados
Quais são as principais propostas
Governo Regional), na Economia é
eleitorais? Se sim, em que medida
que o CDS-PP Madeira apresenta
excessivo.
poderá afectar negativamente o PSD
nestas eleições, nomeadamente
despesista, com uma quantidade de
e que benefícios trará para o CDS-
para travar o despesismo de Alberto
obras faraónicas sem utilidade para a
PP?
João Jardim?
população, por uma governação onde
Estamos em crer que os madeirenses
Não me canso de repetir: o CDS-PP
se acentua a presença do partido no
perceberam o actual estado da Região
pugna pelo rigor nas contas públicas,
Governo Regional e na sociedade civil,
e que, tal como todos os portugueses
bate-se
com “infiltrações” de membros do
fizeram com José Sócrates, retirando-
descontrolado
PSD ou do Executivo em todas as
lhe a confiança e a legitimidade
necessidade de cortar nas mordomias
associações,
democrática
os
do estado (Governo Regional) e das
instituições da sociedade civil. Alberto
madeirenses farão o mesmo com
empresas públicas. Advoga o fim das
João
Alberto João Jardim e com o PSD-M.
obras inúteis, tais como a Marina de
Por
uma
governação
agremiações
Jardim
optou
por
ou uma
para
governar,
para
governar,
pelo fim
do
os
despesismo
defendendo
a
Lugar de Baixo, que ainda não está
governação onde não se respeitam as oposições ou quem pensa de forma
Quais são as principais propostas
concluída e já custou 105 milhões de
diferente, onde um jornal que é
que o CDS-PP Madeira apresenta
euros. Defende uma estratégia de
propriedade do Governo é arma de
nestas eleições, nomeadamente
desenvolvimento
para travar o despesismo de Alberto
produtivos e dos serviços, com um
João Jardim?
novo
Não me canso de repetir: o CDS-PP
Turismo, com o aumento de verbas
arremesso diária contra quem ousa contrariar
a
sua
vontade.
Neste
momento, a situação financeira da Madeira é dramática, reflectindo-se numa crise económica de graves proporções, que tira aos jovens a possibilidade de concretizarem os seus desejos de entrar no mercado de trabalho, sair de casa dos pais e constituir
família,
ganhar
independência. É por isso que dizemos sem
dúvidas
nenhumas:
neste
momento, os problemas são Alberto João Jardim e o estilo e a forma de governação momento,
do tem
PSD-M. de
haver
Neste uma
alternativa de verdade, de rigor, de
“
Plano
dos
Estratégico
sectores para
o
É evidente que Alberto João Jardim é o rosto da dívida na Madeira, tal como José Sócrates foi o rosto da dívida no continente.
pugna pelo rigor nas contas públicas,
para a promoção e com uma boa
bate-se
estratégia de promoção. Luta pela
pelo fim
do
despesismo a
canalização dos fundos comunitários
necessidade de cortar nas mordomias
para a iniciativa privada em vez de
do estado (Governo Regional) e das
acontecer, como actualmente, uma
empresas públicas. Advoga o fim das
“canibalização” pelo sector público,
obras inúteis, tais como a Marina de
defende
Lugar de Baixo, que ainda não está
participada,
concluída e já custou 105 milhões de
preponderância da sociedade civil,
euros. Defende uma estratégia de
quer desenvolver a cultura com base
desenvolvimento
sectores
nos novos paradigmas das indústrias
produtivos e dos serviços, com um
culturais e criativas, enfim, temos
novo
centenas de propostas compiladas
descontrolado
Plano
defendendo
dos
Estratégico
para
o
uma
Programa
democracia com
de
Governo
mais
maior
Turismo, com o aumento de verbas
num
para a promoção e com uma boa
contou com a colaboração de dezenas
que
“
Estamos convencidos que contribuiremos de forma inequívoca para o fim da maioria absoluta do PSD Madeira, sendo o segundo partido mais votado, ou ficando muito perto disso. defende
uma
participada,
democracia
com
maior
mais prepon-
derância da sociedade civil, quer desenvolver a cultura com base nos novos
paradigmas
das
indústrias
culturais e criativas, enfim, temos centenas de propostas compiladas num
Programa
de
Governo
que
contou com a colaboração de dezenas de
pessoas
da
sociedade
civil,
profissionais qualificados e de méritos reconhecidos
nas
suas
áreas
profissionais. E quais são as expectativas em termos de resultados? Como é óbvio, esperamos aumentar a nossa
representatividade
no
Parlamento Regional e na sociedade nestas eleições, nomeadamente
concluída e já custou 105 milhões de
civil. Estamos convictos de que isso irá
para travar o despesismo de Alberto
euros. Defende uma estratégia de
acontecer.
João Jardim?
desenvolvimento
sectores
convencidos que contribuiremos de
Não me canso de repetir: o CDS-PP
produtivos e dos serviços, com um
forma inequívoca para o fim da
pugna pelo rigor nas contas públicas,
novo
o
maioria absoluta do PSD-M, sendo o
bate-se
despesismo
Turismo, com o aumento de verbas
segundo partido mais votado, ou
descontrolado defendendo a neces-
para a promoção e com uma boa
ficando muito perto disso. A nossa
sidade de cortar nas mordomias do
estratégia de promoção. Luta pela
mensagem
estado (Governo Regional) e das
canalização dos fundos comunitários
sociedade civil. Temos um conjunto de
empresas públicas. Advoga o fim das
para a iniciativa privada em vez de
candidatos de reconhecido mérito e
obras inúteis, tais como a Marina de
acontecer, como actualmente, uma
abrimos as listas a novos quadros,
Lugar de Baixo, que ainda não está
“canibalização” pelo sector público,
jovens
concluída e já custou 105 milhões de
defende
experiência
euros. Defende uma estratégia de
participada,
maior
profissionais de mérito na academia
desenvolvimento
sectores
preponderância da sociedade civil,
ou em profissões liberais no seio da
produtivos e dos serviços, com um
quer desenvolver a cultura com base
sociedade
novo
nos novos paradigmas das indústrias
convictos
pelo fim
Plano
do
dos
Estratégico
para
o
Plano
uma
dos
Estratégico
para
democracia com
mais
Estamos
tem
ainda
passado
qualificados
e
para
já
profissional,
madeirense. de
que
a
com ou
Estamos
teremos
um
experiência profissional, ou profis-
vê a actuação do Governo PSD/CDS-
fundamental conseguir um equilíbrio do
sionais de mérito na academia ou em
PP até ao momento e,
sistema.
profissões
liberais
essencialmente, como perspectiva o
sociedade
madeirense.
no
seio
da
Estamos
seu restante mandato?
Que mensagem deixa aos jovens
Como seria de esperar, o Governo
militantes da JP e leitores d’O Jovem?
encontrou uma situação dramática no
Digo-lhes para continuarem a acreditar
que respeita às finanças públicas e
em si, nas suas potencialidades, naquilo
Agora que o debate parece uma vez
teve, assim, de optar por um caminho
que aprenderam e devem continuar a
mais ter sido adiado, acha que a
difícil, procurando mais receita que
aprender. Digo-lhes para não desistir e
autonomia administrativa, como a
nos ajude a cumprir os compromissos
para se empenharem na busca de
da Madeira, deveria ser uma
internacionais que assumimos e que
soluções para eles mas também para
realidade no continente? Como se
veicula os três partidos do arco do
todos, pois só em conjunto poderemos
posiciona face ao debate da reforma
poder.
vencer esta situação difícil porque
administrativa?
soluções de corte na despesa, sem que
passámos.
Por princípio defendo que o poder
mais sacrifícios recaiam sobre os
procurarem na nossa História colectiva
deve estar mais perto das pessoas,
portugueses. É esse o desafio, que se
os exemplos daquele que antes de nós
como tal, sou favorável ao princípio da
junta a outro, tão complexo quanto o
enfrentaram com sucesso situações tão
regionalização ou pelo menos de uma
primeiro: fazer crescer a economia. É
ou mais complexas do que a actual.
convictos
de
que
teremos
um
excelente resultado.
nova
reforma
administrativa
Devemos
agora
procurar
Aconselho-os
ainda
a
que
aproxime os centros das periferias. Acredito, porém, que essa reforma administrativa deve ser feita com
Que mensagem deixa aos jovens
muito
militantes da JP e leitores d’O
cuidado.
assegurar a
É
fundamental
coesão do território
Jovem?
nacional, é fundamental percebermos
Digo-lhes
para
que
acreditar
em
não
poderemos
ou
continuarem si,
nas
a suas
não deveremos partir para soluções
potencialidades,
que,
aprenderam e devem continuar a
a
longo
prazo,
possam
pôr em causa o principio supra-citado que para mim é sagrado. Teremos de ter cuidado com os poderes a distribuir, teremos de garantir uma tão justa repartição de verbas quanto
possível
e
temos
obrigatoriamente de criar formas de diminuir a conflitualidade inerente a um sistema como a regionalização.
país escolheu mudar de rumo. Como vê a actuação do Governo PSD/CDS-
“
PP até ao momento e, essencialmente, como perspectiva o seu restante mandato? Como seria de esperar, o Governo encontrou uma situação dramática no
que
aprender. Digo-lhes para não desistir e para se empenharem na busca de soluções para eles mas também para
Que os jovens não desistam da busca de soluções para eles e também para todos, pois só em conjunto poderemos vencer esta situação difícil. todos,
pois
só
em
conjunto
poderemos vencer esta situação difícil
porque passámos. Aconselho-os ainda a
procurarem
na
nossa
História
colectiva os exemplos daquele que antes
sucesso
Após 6 anos de governação do PS, o
naquilo
de
nós
enfrentaram
situações
tão
complexas do que a actual.
ou
com
mais
momento marcante, bom ou mau,
cavalgada para a nomeação do
10 Anos passaram desde o atentado
mudar o paradigma. Antes do 11/9
candidato que terá de enfrentar
terrorista mais marcante da história.
houve a queda do muro, e antes a
Barack Obama, e continua muito
O dia em que o mundo mudou de
Guerra das Estrelas, e antes a
mal. É certo que faltam 4 meses
paradigma foi marcado, em grande
Detente, a crise dos mísseis, Pearl
para o início das primárias, mas os
escala, nos EUA e um pouco por todo
Harbor, a II Guerra e por ai fora. À uns
eleitores já tem os candidatos bem
mundo,
orações,
anos, em visita a Auschwitz, os guias
definidos. E os candidatos são,
memoriais, chamada de nomes de
diziam “é bom que as pessoas vejam
todos eles, muito fracos. Se alguns
vítimas, especiais de televisão, etc.
este horror para não esquecerem que
sobressaem
Sendo sempre as mesmas imagens, as
aconteceu e não deixar acontecer de
inteligência ou aptidão, são estes os
mesmas vozes, os mesmos sons, ano
novo”. O mesmo se traduz para as
menos presenciáveis. Além disso, é
após ano, a 11 de Setembro, é bom o
imagens de Nova Iorque a 11 de
a imprensa que molda o debate e
mundo recordar o momento que
Setembro de 2001. A Guerra contra o
escolhe os “front runners”. E já esta
marcou esta ultima década, e que
Terrorismo é uma guerra válida, e
decidido que, Mitt Romney e Rick
marcará os próximos anos. A história
começou ali, em Nova Iorque.
Perry o são, com Michelle Bachmann
através
de
pela
sua
coerência,
ciclos,
a ter uma ligeira oportunidade de
acontecimentos chaves que mudam o
conseguir a nomeação. E não é por
do
mundo
marca-se
por
rumo das coisas, até o próximo
Os Republicanos continuam a sua
nada que, com 9 candidatos, a base
momento marcante, bom ou mau,
cavalgada para a nomeação do
quer mais gente. E nomes fortes
mudar o paradigma. Antes do 11/9
candidato que terá de enfrentar
para contestar os três front runners,
houve a queda do muro, e antes a
Barack Obama, e continua muito mal.
que não têm tido sucesso em
Guerra das Estrelas, e antes a
É certo que faltam 4 meses para o
agregar
o
maior
número
de
quer mais gente. E nomes fortes
correcto de descrever o estado do
para contestar os três front runners,
Estado Russo. Vladimir Putin foi
que não têm tido sucesso em
obrigado a deixar a presidência em
agregar
de
2008 por limitação de mandatos, e
apoiantes, são pedidos. Sê boa parte
apoiou o seu Primeiro-ministro que,
vê
ao ganhar nomeou Putin Primeiro-
o
maior
Bachmann
conservadora
número
como e
demasiado inexperiente,
ministro.
Ao
fim
de
4
anos,
Romney é demasiado centrista e
Medvedev, declarou a candidatura
Rick
demasiada
de Putin à presidência tendo o
dificuldade em conjugar duas frases.
último indicado Medvedev como
Chris Christie, governador de New
cabeça de lista às legislativas que,
Jersey, ou o Representante Paul
ao ganhar, o fará Primeiro-ministro.
Ryan (presidente do comité do
A confusão na sequência das frases
Orçamento) são dois nomes que
anteriores é quase tão grande como
estão em cima da mesa.
a democracia russa. Politicamente
Perry
tem
correcto,
democracia
musculada.
Politicamente incorrecto, feudo de Este é o termo mais politicamente correcto de descrever o estado do Estado Russo. Vladimir Putin foi obrigado a deixar a presidência em 2008 por limitação de mandatos, e
Putin e Medvedev, por esta ordem.
The government is like a baby's alimentary canal, with a happy appetite at one end and no responsibility at the other. Bastava esta célebre frase de Reagan para nem ser necessário escrever mais uma única palavra sobre um dos temas que mais nojo me mete. Portugal é hoje um país inundado por impostos, um país sinónimo de impostos. Há dias escreveu um colunista do Jornal de Negócios que os responsáveis políticos deste país já não têm ideias que não passem por aumentos ou criação de novas taxas. Com toda a razão, Portugal centra em si todos os dias más práticas na gestão pública, reforçando-se como um país onde se paga cada vez mais para sobreviver e sempre com o nefasto sentimento de que a qualquer hora chega mais um aumento fiscal. Num ciclo vicioso sem precedentes, a máquina fiscal vai afiando garras e mostra-se cada vez mais exímia no objectivo de alimentação deste Estado moribundo. Estatísticas europeias assinalam factualmente que, de todos os membros da União, a República Portuguesa foi a que teve o maior aumento da carga fiscal desde 2009 e que, devido em grande parte aos compromissos assinados com a Troika, esta irá continuar a crescer pelo menos até ao final de 2012. Sem grande surpresa, as novas taxas de IVA estão já definidas para bens como a electricidade e os novos impostos sobre o rendimento vão levar metade do subsídio de Natal acima do salário mínimo. Do lado mais negro do humor temos um Chefe de Estado que vê com bons olhos o ressuscitar do imposto sucessório, um novo e triste Secretário-Geral socialista que já propôs sacar dinheiro às empresas (sim, aqueles malditos que dão emprego) com mais de dois milhões de euros de lucro e ainda um bastonário que apoia uma taxa sobre a denominada fast-food com vista ao financiamento do Serviço Nacional de Saúde. O cenário não é assustador, é de fugir. A um Passos Coelho que antes de ser candidato a Primeiro-Ministro era liberal, some-se a contínua irresponsabilidade dos aparelhos sindicais, da eterna
denominada fast-food com vista ao financiamento do Serviço Nacional de Saúde. O cenário não é assustador, é de fugir. A um Passos Coelho que antes de ser candidato a Primeiro-Ministro era liberal, some-se a contínua irresponsabilidade dos aparelhos sindicais, da eterna esquerda caviar e da aparente amnésia dos partidos do centro. Se o PSD se esqueceu que andou seis anos a reclamar contra a despesa e o aumento de impostos, o PS esqueceu-se que andou nesses seis a aumentar a despesa e a subir impostos. E quando parece que o eleitorado ainda não percebeu, ao fim de quase quarenta anos, que o que separa estes dois é uma inevitável fusão ou total extinção o único pensamento que me ocorre é que este povo é realmente imbecil. No meio de todas estas falsas promessas lamento profundamente a posição que o CDS, por arrasto, está a ocupar. É incompreensível que Paulo Portas venha pedir aos seus deputados para explicarem bem aos portugueses o porquê do aumento da carga fiscal. Impostos para lá do razoável não têm explicação possível. Contribuições para lá do mínimo que compete a cada cidadão para que o Estado assegure a Defesa, a Segurança e a Justiça, são simplesmente inexplicáveis. Aplaudo por isso de pé todos os deputados do CDS que se insurgiram contra este rumo, todos aqueles que não têm memória curta nem sede de poder. O CDS não pode em qualquer circunstância alinhar com este monstro despesista, não pode fugir à sua máxima obrigação de zelar pelo futuro dos que virão e seguramente não pode deixar de apoiar e trabalhar para aqueles que todos os dias arriscam e tudo o que não querem é um Estado que lhes corte e roube o esforço. Menos Estado é abrir a Saúde e a Educação aos privados, flexibilizar o mercado de trabalho e o mercado arrendatário. Menos Estado é eliminar pelo menos uma centena de municípios e metade das freguesias. Menos Estado é acabar de vez com todas as empresas municipais e racionalizar a administração
Menos Estado é abrir a Saúde e a Educação aos privados, flexibilizar o mercado de trabalho e o mercado arrendatário. Menos Estado é eliminar pelo menos uma centena de municípios e metade das freguesias. Menos Estado é acabar de vez com todas as empresas municipais e racionalizar a administração central, criando autonomia nas regiões. Menos Estado é reduzir praticamente para zero os impostos às PME’s como incentivo à exportação e ao emprego, é desburocratizar e aliviar fiscalmente quem tem uma ideia de negócio, quem quer arriscar. Menos Estado é irradiar todas as Fundações e Institutos. Menos Estado é privatizar a RTP. Menos Estado é trocar um programa político por uma nova Constituição que seja plural, sintética e zeladora dos interesses das futuras gerações. Caramba, é assim tão difícil ou precisam de uma calculadora com subtracção?!
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Fazendo uma retrospectiva global da ainda curta história europeia, diria que existe um contraste notável entre as expectativas e as exigências dos que, imediatamente após a Segunda Guerra Mundial, procuraram a todo o custo o avanço da unificação europeia e os que hoje, ponderam continuar com esse projecto. É palpável uma diferença gritante na retórica e no objectivo final. Enquanto a primeira geração de apologistas mais influentes não duvidava em falar do projecto dos ‘Estados Unidos da Europa’, evocando com isto o modelo dos EUA, o debate pré-crise financeira afastava-se demarcadamente do modelo de um Estado federal. De facto, o grande entrave a tal sempre residiu no receio em cada Estado perder a sua soberania. É particularmente visível quando alguém aborda o assunto da Constituição Europeia ou até mesmo na adopção de uma política comum em qualquer sector que implique uma adaptação substancial a nível nacional. No entanto, este tipo de debates à escala europeia nunca implicou forçosamente um compromisso favorável ao federalismo como a solução mais desejável para a Europa. Aliás, sempre foi deixada margem de manobra para conservar a tão importante soberania nacional… O que assistimos hoje na Europa representa uma nova forma política. Diria algo mais que uma confederação mas menos que uma federação. Traduz-se mais como uma associação de Estados soberanos que apenas estão dispostos a colocar a sua soberania em comum apenas a diferentes graus, em esferas muito restritas, em que não se procura dotar de um poder coercivo permitindo agir directamente sobre os indivíduos, tal como praticam os próprios
Estados-membros. Acontece que este clima de falta de intrusão, de implementação debilitária de mecanismos entre Estados-membros e até de falta de coragem política à escala europeia mais mostra a consequência de uma contra-producência, de um egoísmo marcadamente nacionalista generalizado e de um certo derrotismo passado algumas décadas do que uma opção ou estratégia puramente política. E é agora neste cenário de avalanches de afundanços das economias europeias que os erros se tornam aparentes e em que, como consequência, se tenta remediar, encontrar soluções, no dia-a-dia, em função dos eventos. Os sucessivos líderes europeus, numa Europa falsamente unitária, vão tomando decisões forçados pelas circunstâncias, legitimados exclusivamente por estas, como se presos entre duas rochas, tentando encontrar um trilho escapatório a cada instante. Não se impõem condições e estratégia unitária mas sim são impostas directrizes como respostas a lacunas profundas, não necessariamente as mais desejáveis. O rumo não é traçado, é imposto. Esta atitude reactiva e de subserviência aos acontecimentos apenas confirma um erro ao longo da história da construção europeia. O excessivo alargamento da Europa, por interesses económicos, nomeadamente pela sua abertura ao Leste retirou poder de fogo ao núcleo central. Criou-se um espaço muito permeável, demasiado heterogéneo, onde a procura de consenso se adensou. Formou-se uma Europa a duas velocidades, tanto maior o fosso quanto maior a velocidade de processamento das relações económicas entre países europeus. Continuar a elevar a pedestal a (falsa) solidariedade europeia representa um continuar do erro. Assumir a diferença,
uma Europa a duas velocidades, dotando-a de mecanismos para assumir tal, onde uns não se apoiam inquestionavelmente nos outros, onde as mesmas metas para uns podem ser alcançadas num horizonte temporal mais dilatado, sem prejuízo das partes, por força das debilidades económicas intrínsecas, poderia representar um aliviar das pressões externas (de mercado) que estão a abafar a passos largos toda uma economia à escala europeia. Do meu ponto de vista, é altamente desejável que se aproveite este clima para corrigir desvios relativamente a estratégias e políticas que deveriam ter sido estimadas ao longo da história, mais do que adiar por mais uns tempos o inadiável. Tal como PPC já afirmou, é aproveitar o erro para transformá-lo em oportunidade. Salientaria a importância de uma reestruturação das relações de inter-dependências económicas entre Estados-membros.
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