44 | Setembro 2011

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Ser a segunda força política na Madeira e retirar a maioria absoluta ao PSD de Alberto João Jardim é o grande objectivo para as eleições Regionais do próximo dia 9 de Outubro de José Manuel Rodrigues. O Jovem falou com o líder do CDS-PP Madeira, que nos contou quais as ambições e as ideias do partido para o arquipélago.

[3]

A JP Maia promoveu mais uma das suas habituais tertúlias. Desta vez, o palco foi o Fórum Jovem da Maia, o tema foi "O Peso Fiscal" e os convidados foram Raúl de Almeida e Rui Duarte Morais.

[6]

Conhece como saber a realidade económica de um determinado país recorrendo a alguns indicadores de contabilidade nacional, como um instrumento específico denominado de Balança de Pagamentos.

[14]

Neste Relatório Internacional poderás encontrar uma reflexão sobre os 10 anos da queda das Torres Gémeas, uma análise crítica às primárias republicanas nos EUA e à “democracia musculada” de Putin e Medvedev.


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Durante seis anos, o país viveu embalado pela toleima despesista de um primeiro-ministro avesso ao cuidado com que deve ser tratado o dinheiro alheio. Fosse porque os grandes desígnios nacionais assim o exigissem ou porque a crise dita internacional assim impusesse, durante os últimos seis anos a ordem foi para gastar sem preocupação com o pagamento dessa factura. Ora, o dia de a pagar chegou e a consequência não podia ter sido pior: um Portugal resgatado, mais envergonhado e menos soberano. Este sentimento de poder absoluto baseado na crença infinita de que o estado é mais inteligente na forma de usar a riqueza gerada no país, corre

Por terras de

no sangue do típico político português. Seja no governo central ou nos microcosmos que se geram ao nível do poder local. Num outro nível, encontramos aquele que é, talvez, o exemplo mais perfeito desta tendência e de como ela se pode perpetuar no poder. Na Madeira, Alberto João Jardim actuou sem escrúpulos na hora de gastar o dinheiro que nos vai hipotecar uma parte do futuro. Sem remorsos, reafirma-se satisfeito com aquilo que fez. Próximos que estamos das eleições regionais, com o saudável exemplo da punição de Sócrates em Junho passado, resta-nos ter esperança no povo madeirense, para que coloque o seu tirano despesista no lugar que merece.

Lidador

Nestes últimos dois meses tenho sentido um crescente burburinho de bastidores sobre as próximas eleições autárquicas. Embora faltem ainda dois anos, há movimentações interessantes e dignas de registo. Sempre esperei, e agora comprovo, que à medida que nos aproximamos da data o interesse daqueles que desapareceram há dois anos iria aumentar. São formas de estar que respeito mas que lamentavelmente não me identifico. À partida o interesse nesta próxima ronda eleitoral será diminuto com uma mais do que provável reeleição do actual edil e um cenário extremamente complicado ao nível dos mandatos no executivo – não só porque o PS cada vez tem menos força no concelho mas também pela hipótese de reformar a composição dos executivos camarários com a possibilidade de escolha da vereação posterior ao acto eleitoral. Ao nível das freguesias, a limitação de

também pela hipótese de reformar a composição dos executivos camarários com a possibilidade de escolha da vereação posterior ao acto eleitoral. Ao nível das freguesias, a limitação de mandatos impõe que muitos históricos se vejam de fora como cabeças de lista. Esta sim é a verdadeira oportunidade que todos os partidos têm para assustar e discutir com firmeza a tradicional hegemonia do PSD. A julgar a habitual lentidão no processo de reforma administrativa e redesenho do mapa autárquico, teremos lutas renhidas nas dezassete freguesias. Mas não bastará vontade. É preciso um projecto concreto e objectivos realistas. Tudo o resto será mais do mesmo. Zero.


Foi no último dia 26 de Setembro que a Juventude Popular da Maia promoveu mais uma das habituais tertúlias sobre grandes temas da actualidade. Desta vez, o palco do evento foi o Fórum Jovem da Maia e o tema "O Peso Fiscal", do qual falaram os convidados Raúl de Almeida, deputado do CDS-PP e Rui Duarte Morais, professor de Direito Fiscal na Universidade Católica do Porto.

Perante uma sala muito bem composta de público, no qual se pode notar a presença do recémeleito Presidente da Juventude Popular, Miguel Pires da Silva, a questão fiscal muito em voga por estes dias foi colocada em cima da mesa. Rui Duarte Morais considerou que a crise dos nossos dias é uma "crise de ricos", uma vez que ela advém da expansão dos padrões de vida da população,

O V Congresso Distrital do Porto da Juventude Popular foi convocado, no final do mês de Setembro, para o dia 22 de Outubro. Com o intuito de fazer passar a sua mensagem e dar a conhecer as suas ideias, João Ribeirinho Soares, até ao momento único candidato à distrital portuense, deslocou-se à sede da JP Maia para apresentar as linhas mestras da sua moção

assentes essencialmente no crédito que, agora, escasseia e que é preciso pagar. Raúl de Almeida justificou as medidas de agravamento fiscal do actual governo como sendo uma inevitabilidade perante a necessidade de Portugal cumprir o “Este é o Norte”. Numa sala repleta rigor orça-mental a que está de militantes da Maia e de outras obrigado, tendo para isso de concelhias do distrito, o candidato recorrer, muitas vezes, a medidas teve oportunidade de falar das que não são, em condições normais, políticas que entende serem as defendidas pelo CDS-PP. fundamentais para o desenvolvimento económico e social do distrito, bem como a forma como colocará as estruturas distritais a funcionar em prol de uma melhor Juventude Popular no Porto.

assentes essencialmente no crédito que, agora, escasseia e que é preciso pagar. Raúl de Almeida justificou as medidas de agravamento fiscal do actual governo como sendo uma inevitabilidade perante a necessidade de Portugal cumprir o rigor orçamental a que está obrigado, tendo para isso de recorrer, muitas vezes, a medidas que não são, em condições normais, as defendidas pelo CDS-PP.


dossier

CONTABILIDADE NACIONAL

BALANÇA DE PAGAMENTOS POR

LUÍS MIGUEL RIBEIRO


dossier

O

intuito deste artigo é dar a conhecer como é que a realidade económica de um determinado país é recorrendo a alguns determinado país é indicadoresanalisada de contabilidade nacional. Para tal é necessário recorrer a um instrumento específico denominado de Balança de Pagamentos. É dentro desta rubrica denominada de “Balança de Pagamentos” que se encontram registados todos os movimentos financeiros oriundas das relações económicas internacionais, isto é, a quantidade de operações financeiras decorrentes das exportações e das importações sejam elas decorrentes da actividade económica, de investimentos, remessas de emigrantes, etc. Assim, como a rubrica da Balança de Pagamentos apresenta uma abrangência muito grande, para se conhecer melhor os fluxos detalhadamente, a Balança de Pagamentos necessita de ser desdobrada em mais categorias, entre as quais a Balança Básica e a Balança de Financiamento. Para melhor compreensão, consultar o “Esquema 1”. Assim, na Balança Básica (ou Fundamental) encontra-se incluída a diferença entre as exportações e as importações ocorridas pelos agentes económicos. Por ouro lado, a Balança de Financiamentos serve simplesmente para equilibra as contas, pois caso a Balança Básica seja positiva então a Balança de Financiamentos regista uma acumulação de divisas estrangeiras e/ou ouro, mas se a Balança Básica registar uma variação negativa então a Balança de Financiamentos registará uma saída de divisas e/ou de ouro. No sentido especificar, mais concretamente onde se pode ocorrem estas variações então podemos ainda desdobrar a Balança Básica em Balança de Transacções Correntes e Balança de Capitais. Para melhor compreensão,

Assim, na Balança Básica (ou Fundamental) encontra-se incluída a diferença entre as exportações e as importações ocorridas pelos agentes económicos. Por ouro lado, a Balança de Financiamentos serve simplesmente para equilibra as contas, pois caso a Balança Básica seja positiva então a Balança de Financiamentos regista uma acumulação de divisas estrangeiras e/ou ouro, mas se a Balança Básica registar uma variação negativa então a Balança de Financiamentos registará uma saída de divisas e/ou de ouro. No sentido especificar, mais concretamente onde se pode ocorrem estas variações então podemos ainda desdobrar a Balança Básica em Balança de Transacções Correntes e Balança de Capitais. Para melhor compreensão, consultar o “Esquema 2”. Na Balança de Transacções Correntes registam-se todos as ocorrências financeiras que não sejam investimentos, isto é, todas as actividades financeiras que envolvam exportações e importações. Por outras palavras, todos os bens e serviços transaccionados com o exterior, mais conhecido por rendimento líquido. Assim, na Balança de Capitais encontra-se discriminados todos os Esquema 1 financiamentos destinados à actividade produtiva, ou seja, diz respeito as transacções propriamente financeiras, como por exemplo o investimento directo estrangeiro ou Esquema 2 créditos externos recebidos. No entanto, devido à globalidade de abrangência da Balança de Transacções Correntes, surge a necessidade de desdobrar ainda esta última rubrica em quatro Esquema rubricas,1 nomeadamente: Balança Comercial - Estão registados todos os movimentos de valores

serviços transaccionados com o exterior, mais conhecido por rendimento líquido. Assim, na Balança de Capitais encontra-se discriminados todos os financiamentos destinados à actividade produtiva, ou seja, diz respeito as transacções propriamente financeiras, como por exemplo o investimento directo estrangeiro ou créditos externos recebidos. No entanto, devido à globalidade de abrangência da Balança de Transacções Correntes, surge a necessidade de desdobrar ainda esta última rubrica em quatro rubricas, nomeadamente:  Balança Comercial: estão registados todos os movimentos de valores relativos às exportações e importações de mercadorias;  Balança de Serviços: regista todos os movimentos financeiros relativos às prestações de serviços, como por exemplo Turismo, etc;  Balança de Rendimentos de Capitais: é o resultado dos valores que resultam dos investimentos realizados, ou seja, dos juros obtidos ou pagos de empréstimos concedidos ou efectuados;  Balança de Transferências Unilaterais: Contém todos os fluxos financeiros decorrentes de valores que não dão direitos a contrapartidas, por exemplo, no caso de um subsídio atribuído a terceiros, ou remessas de emigrantes. Resumidamente, obtemos o descrito no “Esquema 3”. Nota: Existem autores que por vezes atribuem na mesma rubrica a Balança Comercial e a Balança de Serviços, designando-a de Balança Comercial e de Bens e Serviços.


Ser a segunda força política na Madeira e retirar a maioria absoluta ao PSD de Alberto João Jardim é o grande objectivo para as eleições Regionais do próximo dia 9 de Outubro de José Manuel Rodrigues. O Jovem falou com o líder do CDS-PP Madeira, que nos contou quais as ambições e as ideias do partido para o arquipélago.


entrevista


A nossa acção política é de compromisso com a verdade, com o realismo e com a criatividade na procura de soluções para os problemas de todos os escalões da população.

República.

Somos

reivindicativos

quando temos de ser, mas apostamos na busca e apresentação de soluções. Já o prováramos na Região, no Parlamento

da

Madeira

e

agora

provámo-lo ao nível da República. Creio que a minha eleição aumentou a visibilidade

da

acção

política

na

Madeira e a percepção, no continente, da qualidade, modéstia à parte, da nossa acção política.

Nas últimas rondas eleitorais, o CDS-PP Madeira tem conseguido excelentes resultados e reforçado constantemente a sua posição. É este o verdadeiro sinónimo de uma oposição relevante ao PSD Madeira? O CDS-PP pugna pela apresentação de propostas e pela busca de soluções

Muitas vezes quando se fala de

ajuda, mas creio que no continente deve

para os problemas da Madeira num

Portugal as regiões autónomas são de

haver um esforço maior para conhecer

sentido lato, mas também para os

alguma forma esquecidas. O José

as duas realidades insulares. Afinal,

problemas concretos das pessoas, dos

Manuel Rodrigues concorda com esta

fazemos parte do mesmo país e

madeirenses. Tal como em Portugal

afirmação? Considera que os

madeirenses e açorianos sentem-se

continental, de resto, ou nos Açores, a

portugueses do continente se

portugueses da mesma maneira e

nossa

esquecem dos portugueses das ilhas?

sentem Portugal da mesma maneira que

compromisso com a verdade, com o

Muitas

os residentes no continente português.

realismo e com a criatividade na

vezes,

uma

falha

de

acção

política

é

de

procura das tais soluções para os

comunicação entre a Madeira e o continente. Se por um lado essa falha de

Foi eleito deputado à Assembleia da

problemas de todos os escalões da

comunicação fica-se a dever ao discurso

República em 2009, tendo “saltado”

população. Penso que tal como no

belicoso e conflituoso do Presidente do

da política Regional para a política

continente e nos Açores, na Madeira o

Governo Regional, que não pode nem

Nacional. Como classifica a mudança e

CDS-PP tem sido premiado pela sua

deve ser confundido com a opinião dos

a experiência? Pensa que esse “salto”

coerência, pelas suas propostas e pela

madeirenses

aos

foi positivo para o partido na Madeira?

qualidade da sua intervenção política.

continentais, por outro há, muitas

Foi decisivo para o crescimento do CDS-

vezes, uma falta de informação em

PP na Madeira, porque permitiu mostrar

É inevitável pensarmos na Madeira e

relação à Madeira, que se estende

que

esquecer a sua principal figura

também aos Açores. Em resumo, o

reivindicativo, mas tem soluções e pode

política. Os governos de Alberto

discurso do Governo Regional não

ser um instrumento de pressão junto da

João Jardim são de facto os

ajuda, mas creio que no continente deve

República.

principais responsáveis pela

haver um esforço maior para conhecer

quando temos de ser, mas apostamos

preocupante dívida da região? O que

as duas realidades insulares. Afinal,

na busca e apresentação de soluções. Já

é que falhou?

fazemos parte do mesmo país e

o prováramos na Região, no Parlamento

É evidente que Alberto João Jardim é

madeirenses e açorianos sentem-se

da Madeira e agora provámo-lo ao nível

o rosto da dívida na Madeira, tal como

portugueses da mesma maneira e

da República. Creio que a minha eleição

Sócrates foi o rosto da dívida no

em

relação

o

partido

Somos

não

é

apenas

reivindicativos


principais responsáveis pela

momento, os problemas são Alberto

poderá afectar negativamente o PSD

preocupante dívida da região? O que

João Jardim e o estilo e a forma de

e que benefícios trará para o CDS-

é que falhou?

governação

PP?

É evidente que Alberto João Jardim é

momento,

uma

Estamos em crer que os madeirenses

o rosto da dívida na Madeira, tal como

alternativa de verdade, de rigor, de

perceberam o actual estado da Região

Sócrates foi o rosto da dívida no

trabalho,

e que, tal como todos os portugueses

continente. Nós não negamos que

alternativa é o CDS-PP da Madeira.

numa

primeira

fase

dos

do

PSD-M.

tem de

de

Neste

haver

criatividade

e

essa

fizeram com José Sócrates, retirandolhe a confiança e a legitimidade

seus

mandatos, Alberto João Jardim fez

Estas eleições regionais têm tido

democrática

coisas boas pela Madeira e pelos

como pano de fundo a galopante

madeirenses farão o mesmo com

madeirenses. Mas há 10 anos que está

dívida da região. Pensa que esse

Alberto João Jardim e com o PSD-M.

a mais, optando por uma governação

facto poderá contribuir

onde o peso do estado (neste caso, do

decisivamente para os resultados

Quais são as principais propostas

Governo Regional), na Economia é

eleitorais? Se sim, em que medida

que o CDS-PP Madeira apresenta

excessivo.

poderá afectar negativamente o PSD

nestas eleições, nomeadamente

despesista, com uma quantidade de

e que benefícios trará para o CDS-

para travar o despesismo de Alberto

obras faraónicas sem utilidade para a

PP?

João Jardim?

população, por uma governação onde

Estamos em crer que os madeirenses

Não me canso de repetir: o CDS-PP

se acentua a presença do partido no

perceberam o actual estado da Região

pugna pelo rigor nas contas públicas,

Governo Regional e na sociedade civil,

e que, tal como todos os portugueses

bate-se

com “infiltrações” de membros do

fizeram com José Sócrates, retirando-

descontrolado

PSD ou do Executivo em todas as

lhe a confiança e a legitimidade

necessidade de cortar nas mordomias

associações,

democrática

os

do estado (Governo Regional) e das

instituições da sociedade civil. Alberto

madeirenses farão o mesmo com

empresas públicas. Advoga o fim das

João

Alberto João Jardim e com o PSD-M.

obras inúteis, tais como a Marina de

Por

uma

governação

agremiações

Jardim

optou

por

ou uma

para

governar,

para

governar,

pelo fim

do

os

despesismo

defendendo

a

Lugar de Baixo, que ainda não está

governação onde não se respeitam as oposições ou quem pensa de forma

Quais são as principais propostas

concluída e já custou 105 milhões de

diferente, onde um jornal que é

que o CDS-PP Madeira apresenta

euros. Defende uma estratégia de

propriedade do Governo é arma de

nestas eleições, nomeadamente

desenvolvimento

para travar o despesismo de Alberto

produtivos e dos serviços, com um

João Jardim?

novo

Não me canso de repetir: o CDS-PP

Turismo, com o aumento de verbas

arremesso diária contra quem ousa contrariar

a

sua

vontade.

Neste

momento, a situação financeira da Madeira é dramática, reflectindo-se numa crise económica de graves proporções, que tira aos jovens a possibilidade de concretizarem os seus desejos de entrar no mercado de trabalho, sair de casa dos pais e constituir

família,

ganhar

independência. É por isso que dizemos sem

dúvidas

nenhumas:

neste

momento, os problemas são Alberto João Jardim e o estilo e a forma de governação momento,

do tem

PSD-M. de

haver

Neste uma

alternativa de verdade, de rigor, de

Plano

dos

Estratégico

sectores para

o

É evidente que Alberto João Jardim é o rosto da dívida na Madeira, tal como José Sócrates foi o rosto da dívida no continente.

pugna pelo rigor nas contas públicas,

para a promoção e com uma boa

bate-se

estratégia de promoção. Luta pela

pelo fim

do

despesismo a

canalização dos fundos comunitários

necessidade de cortar nas mordomias

para a iniciativa privada em vez de

do estado (Governo Regional) e das

acontecer, como actualmente, uma

empresas públicas. Advoga o fim das

“canibalização” pelo sector público,

obras inúteis, tais como a Marina de

defende

Lugar de Baixo, que ainda não está

participada,

concluída e já custou 105 milhões de

preponderância da sociedade civil,

euros. Defende uma estratégia de

quer desenvolver a cultura com base

desenvolvimento

sectores

nos novos paradigmas das indústrias

produtivos e dos serviços, com um

culturais e criativas, enfim, temos

novo

centenas de propostas compiladas

descontrolado

Plano

defendendo

dos

Estratégico

para

o

uma

Programa

democracia com

de

Governo

mais

maior

Turismo, com o aumento de verbas

num

para a promoção e com uma boa

contou com a colaboração de dezenas

que


Estamos convencidos que contribuiremos de forma inequívoca para o fim da maioria absoluta do PSD Madeira, sendo o segundo partido mais votado, ou ficando muito perto disso. defende

uma

participada,

democracia

com

maior

mais prepon-

derância da sociedade civil, quer desenvolver a cultura com base nos novos

paradigmas

das

indústrias

culturais e criativas, enfim, temos centenas de propostas compiladas num

Programa

de

Governo

que

contou com a colaboração de dezenas de

pessoas

da

sociedade

civil,

profissionais qualificados e de méritos reconhecidos

nas

suas

áreas

profissionais. E quais são as expectativas em termos de resultados? Como é óbvio, esperamos aumentar a nossa

representatividade

no

Parlamento Regional e na sociedade nestas eleições, nomeadamente

concluída e já custou 105 milhões de

civil. Estamos convictos de que isso irá

para travar o despesismo de Alberto

euros. Defende uma estratégia de

acontecer.

João Jardim?

desenvolvimento

sectores

convencidos que contribuiremos de

Não me canso de repetir: o CDS-PP

produtivos e dos serviços, com um

forma inequívoca para o fim da

pugna pelo rigor nas contas públicas,

novo

o

maioria absoluta do PSD-M, sendo o

bate-se

despesismo

Turismo, com o aumento de verbas

segundo partido mais votado, ou

descontrolado defendendo a neces-

para a promoção e com uma boa

ficando muito perto disso. A nossa

sidade de cortar nas mordomias do

estratégia de promoção. Luta pela

mensagem

estado (Governo Regional) e das

canalização dos fundos comunitários

sociedade civil. Temos um conjunto de

empresas públicas. Advoga o fim das

para a iniciativa privada em vez de

candidatos de reconhecido mérito e

obras inúteis, tais como a Marina de

acontecer, como actualmente, uma

abrimos as listas a novos quadros,

Lugar de Baixo, que ainda não está

“canibalização” pelo sector público,

jovens

concluída e já custou 105 milhões de

defende

experiência

euros. Defende uma estratégia de

participada,

maior

profissionais de mérito na academia

desenvolvimento

sectores

preponderância da sociedade civil,

ou em profissões liberais no seio da

produtivos e dos serviços, com um

quer desenvolver a cultura com base

sociedade

novo

nos novos paradigmas das indústrias

convictos

pelo fim

Plano

do

dos

Estratégico

para

o

Plano

uma

dos

Estratégico

para

democracia com

mais

Estamos

tem

ainda

passado

qualificados

e

para

profissional,

madeirense. de

que

a

com ou

Estamos

teremos

um


experiência profissional, ou profis-

vê a actuação do Governo PSD/CDS-

fundamental conseguir um equilíbrio do

sionais de mérito na academia ou em

PP até ao momento e,

sistema.

profissões

liberais

essencialmente, como perspectiva o

sociedade

madeirense.

no

seio

da

Estamos

seu restante mandato?

Que mensagem deixa aos jovens

Como seria de esperar, o Governo

militantes da JP e leitores d’O Jovem?

encontrou uma situação dramática no

Digo-lhes para continuarem a acreditar

que respeita às finanças públicas e

em si, nas suas potencialidades, naquilo

Agora que o debate parece uma vez

teve, assim, de optar por um caminho

que aprenderam e devem continuar a

mais ter sido adiado, acha que a

difícil, procurando mais receita que

aprender. Digo-lhes para não desistir e

autonomia administrativa, como a

nos ajude a cumprir os compromissos

para se empenharem na busca de

da Madeira, deveria ser uma

internacionais que assumimos e que

soluções para eles mas também para

realidade no continente? Como se

veicula os três partidos do arco do

todos, pois só em conjunto poderemos

posiciona face ao debate da reforma

poder.

vencer esta situação difícil porque

administrativa?

soluções de corte na despesa, sem que

passámos.

Por princípio defendo que o poder

mais sacrifícios recaiam sobre os

procurarem na nossa História colectiva

deve estar mais perto das pessoas,

portugueses. É esse o desafio, que se

os exemplos daquele que antes de nós

como tal, sou favorável ao princípio da

junta a outro, tão complexo quanto o

enfrentaram com sucesso situações tão

regionalização ou pelo menos de uma

primeiro: fazer crescer a economia. É

ou mais complexas do que a actual.

convictos

de

que

teremos

um

excelente resultado.

nova

reforma

administrativa

Devemos

agora

procurar

Aconselho-os

ainda

a

que

aproxime os centros das periferias. Acredito, porém, que essa reforma administrativa deve ser feita com

Que mensagem deixa aos jovens

muito

militantes da JP e leitores d’O

cuidado.

assegurar a

É

fundamental

coesão do território

Jovem?

nacional, é fundamental percebermos

Digo-lhes

para

que

acreditar

em

não

poderemos

ou

continuarem si,

nas

a suas

não deveremos partir para soluções

potencialidades,

que,

aprenderam e devem continuar a

a

longo

prazo,

possam

pôr em causa o principio supra-citado que para mim é sagrado. Teremos de ter cuidado com os poderes a distribuir, teremos de garantir uma tão justa repartição de verbas quanto

possível

e

temos

obrigatoriamente de criar formas de diminuir a conflitualidade inerente a um sistema como a regionalização.

país escolheu mudar de rumo. Como vê a actuação do Governo PSD/CDS-

PP até ao momento e, essencialmente, como perspectiva o seu restante mandato? Como seria de esperar, o Governo encontrou uma situação dramática no

que

aprender. Digo-lhes para não desistir e para se empenharem na busca de soluções para eles mas também para

Que os jovens não desistam da busca de soluções para eles e também para todos, pois só em conjunto poderemos vencer esta situação difícil. todos,

pois

em

conjunto

poderemos vencer esta situação difícil

porque passámos. Aconselho-os ainda a

procurarem

na

nossa

História

colectiva os exemplos daquele que antes

sucesso

Após 6 anos de governação do PS, o

naquilo

de

nós

enfrentaram

situações

tão

complexas do que a actual.

ou

com

mais


momento marcante, bom ou mau,

cavalgada para a nomeação do

10 Anos passaram desde o atentado

mudar o paradigma. Antes do 11/9

candidato que terá de enfrentar

terrorista mais marcante da história.

houve a queda do muro, e antes a

Barack Obama, e continua muito

O dia em que o mundo mudou de

Guerra das Estrelas, e antes a

mal. É certo que faltam 4 meses

paradigma foi marcado, em grande

Detente, a crise dos mísseis, Pearl

para o início das primárias, mas os

escala, nos EUA e um pouco por todo

Harbor, a II Guerra e por ai fora. À uns

eleitores já tem os candidatos bem

mundo,

orações,

anos, em visita a Auschwitz, os guias

definidos. E os candidatos são,

memoriais, chamada de nomes de

diziam “é bom que as pessoas vejam

todos eles, muito fracos. Se alguns

vítimas, especiais de televisão, etc.

este horror para não esquecerem que

sobressaem

Sendo sempre as mesmas imagens, as

aconteceu e não deixar acontecer de

inteligência ou aptidão, são estes os

mesmas vozes, os mesmos sons, ano

novo”. O mesmo se traduz para as

menos presenciáveis. Além disso, é

após ano, a 11 de Setembro, é bom o

imagens de Nova Iorque a 11 de

a imprensa que molda o debate e

mundo recordar o momento que

Setembro de 2001. A Guerra contra o

escolhe os “front runners”. E já esta

marcou esta ultima década, e que

Terrorismo é uma guerra válida, e

decidido que, Mitt Romney e Rick

marcará os próximos anos. A história

começou ali, em Nova Iorque.

Perry o são, com Michelle Bachmann

através

de

pela

sua

coerência,

ciclos,

a ter uma ligeira oportunidade de

acontecimentos chaves que mudam o

conseguir a nomeação. E não é por

do

mundo

marca-se

por

rumo das coisas, até o próximo

Os Republicanos continuam a sua

nada que, com 9 candidatos, a base

momento marcante, bom ou mau,

cavalgada para a nomeação do

quer mais gente. E nomes fortes

mudar o paradigma. Antes do 11/9

candidato que terá de enfrentar

para contestar os três front runners,

houve a queda do muro, e antes a

Barack Obama, e continua muito mal.

que não têm tido sucesso em

Guerra das Estrelas, e antes a

É certo que faltam 4 meses para o

agregar

o

maior

número

de


quer mais gente. E nomes fortes

correcto de descrever o estado do

para contestar os três front runners,

Estado Russo. Vladimir Putin foi

que não têm tido sucesso em

obrigado a deixar a presidência em

agregar

de

2008 por limitação de mandatos, e

apoiantes, são pedidos. Sê boa parte

apoiou o seu Primeiro-ministro que,

ao ganhar nomeou Putin Primeiro-

o

maior

Bachmann

conservadora

número

como e

demasiado inexperiente,

ministro.

Ao

fim

de

4

anos,

Romney é demasiado centrista e

Medvedev, declarou a candidatura

Rick

demasiada

de Putin à presidência tendo o

dificuldade em conjugar duas frases.

último indicado Medvedev como

Chris Christie, governador de New

cabeça de lista às legislativas que,

Jersey, ou o Representante Paul

ao ganhar, o fará Primeiro-ministro.

Ryan (presidente do comité do

A confusão na sequência das frases

Orçamento) são dois nomes que

anteriores é quase tão grande como

estão em cima da mesa.

a democracia russa. Politicamente

Perry

tem

correcto,

democracia

musculada.

Politicamente incorrecto, feudo de Este é o termo mais politicamente correcto de descrever o estado do Estado Russo. Vladimir Putin foi obrigado a deixar a presidência em 2008 por limitação de mandatos, e

Putin e Medvedev, por esta ordem.


The government is like a baby's alimentary canal, with a happy appetite at one end and no responsibility at the other. Bastava esta célebre frase de Reagan para nem ser necessário escrever mais uma única palavra sobre um dos temas que mais nojo me mete. Portugal é hoje um país inundado por impostos, um país sinónimo de impostos. Há dias escreveu um colunista do Jornal de Negócios que os responsáveis políticos deste país já não têm ideias que não passem por aumentos ou criação de novas taxas. Com toda a razão, Portugal centra em si todos os dias más práticas na gestão pública, reforçando-se como um país onde se paga cada vez mais para sobreviver e sempre com o nefasto sentimento de que a qualquer hora chega mais um aumento fiscal. Num ciclo vicioso sem precedentes, a máquina fiscal vai afiando garras e mostra-se cada vez mais exímia no objectivo de alimentação deste Estado moribundo. Estatísticas europeias assinalam factualmente que, de todos os membros da União, a República Portuguesa foi a que teve o maior aumento da carga fiscal desde 2009 e que, devido em grande parte aos compromissos assinados com a Troika, esta irá continuar a crescer pelo menos até ao final de 2012. Sem grande surpresa, as novas taxas de IVA estão já definidas para bens como a electricidade e os novos impostos sobre o rendimento vão levar metade do subsídio de Natal acima do salário mínimo. Do lado mais negro do humor temos um Chefe de Estado que vê com bons olhos o ressuscitar do imposto sucessório, um novo e triste Secretário-Geral socialista que já propôs sacar dinheiro às empresas (sim, aqueles malditos que dão emprego) com mais de dois milhões de euros de lucro e ainda um bastonário que apoia uma taxa sobre a denominada fast-food com vista ao financiamento do Serviço Nacional de Saúde. O cenário não é assustador, é de fugir. A um Passos Coelho que antes de ser candidato a Primeiro-Ministro era liberal, some-se a contínua irresponsabilidade dos aparelhos sindicais, da eterna

denominada fast-food com vista ao financiamento do Serviço Nacional de Saúde. O cenário não é assustador, é de fugir. A um Passos Coelho que antes de ser candidato a Primeiro-Ministro era liberal, some-se a contínua irresponsabilidade dos aparelhos sindicais, da eterna esquerda caviar e da aparente amnésia dos partidos do centro. Se o PSD se esqueceu que andou seis anos a reclamar contra a despesa e o aumento de impostos, o PS esqueceu-se que andou nesses seis a aumentar a despesa e a subir impostos. E quando parece que o eleitorado ainda não percebeu, ao fim de quase quarenta anos, que o que separa estes dois é uma inevitável fusão ou total extinção o único pensamento que me ocorre é que este povo é realmente imbecil. No meio de todas estas falsas promessas lamento profundamente a posição que o CDS, por arrasto, está a ocupar. É incompreensível que Paulo Portas venha pedir aos seus deputados para explicarem bem aos portugueses o porquê do aumento da carga fiscal. Impostos para lá do razoável não têm explicação possível. Contribuições para lá do mínimo que compete a cada cidadão para que o Estado assegure a Defesa, a Segurança e a Justiça, são simplesmente inexplicáveis. Aplaudo por isso de pé todos os deputados do CDS que se insurgiram contra este rumo, todos aqueles que não têm memória curta nem sede de poder. O CDS não pode em qualquer circunstância alinhar com este monstro despesista, não pode fugir à sua máxima obrigação de zelar pelo futuro dos que virão e seguramente não pode deixar de apoiar e trabalhar para aqueles que todos os dias arriscam e tudo o que não querem é um Estado que lhes corte e roube o esforço. Menos Estado é abrir a Saúde e a Educação aos privados, flexibilizar o mercado de trabalho e o mercado arrendatário. Menos Estado é eliminar pelo menos uma centena de municípios e metade das freguesias. Menos Estado é acabar de vez com todas as empresas municipais e racionalizar a administração


Menos Estado é abrir a Saúde e a Educação aos privados, flexibilizar o mercado de trabalho e o mercado arrendatário. Menos Estado é eliminar pelo menos uma centena de municípios e metade das freguesias. Menos Estado é acabar de vez com todas as empresas municipais e racionalizar a administração central, criando autonomia nas regiões. Menos Estado é reduzir praticamente para zero os impostos às PME’s como incentivo à exportação e ao emprego, é desburocratizar e aliviar fiscalmente quem tem uma ideia de negócio, quem quer arriscar. Menos Estado é irradiar todas as Fundações e Institutos. Menos Estado é privatizar a RTP. Menos Estado é trocar um programa político por uma nova Constituição que seja plural, sintética e zeladora dos interesses das futuras gerações. Caramba, é assim tão difícil ou precisam de uma calculadora com subtracção?!


Fazendo uma retrospectiva global da ainda curta história europeia, diria que existe um contraste notável entre as expectativas e as exigências dos que, imediatamente após a Segunda Guerra Mundial, procuraram a todo o custo o avanço da unificação europeia e os que hoje, ponderam continuar com esse projecto. É palpável uma diferença gritante na retórica e no objectivo final. Enquanto a primeira geração de apologistas mais influentes não duvidava em falar do projecto dos ‘Estados Unidos da Europa’, evocando com isto o modelo dos EUA, o debate pré-crise financeira afastava-se demarcadamente do modelo de um Estado federal. De facto, o grande entrave a tal sempre residiu no receio em cada Estado perder a sua soberania. É particularmente visível quando alguém aborda o assunto da Constituição Europeia ou até mesmo na adopção de uma política comum em qualquer sector que implique uma adaptação substancial a nível nacional. No entanto, este tipo de debates à escala europeia nunca implicou forçosamente um compromisso favorável ao federalismo como a solução mais desejável para a Europa. Aliás, sempre foi deixada margem de manobra para conservar a tão importante soberania nacional… O que assistimos hoje na Europa representa uma nova forma política. Diria algo mais que uma confederação mas menos que uma federação. Traduz-se mais como uma associação de Estados soberanos que apenas estão dispostos a colocar a sua soberania em comum apenas a diferentes graus, em esferas muito restritas, em que não se procura dotar de um poder coercivo permitindo agir directamente sobre os indivíduos, tal como praticam os próprios

Estados-membros. Acontece que este clima de falta de intrusão, de implementação debilitária de mecanismos entre Estados-membros e até de falta de coragem política à escala europeia mais mostra a consequência de uma contra-producência, de um egoísmo marcadamente nacionalista generalizado e de um certo derrotismo passado algumas décadas do que uma opção ou estratégia puramente política. E é agora neste cenário de avalanches de afundanços das economias europeias que os erros se tornam aparentes e em que, como consequência, se tenta remediar, encontrar soluções, no dia-a-dia, em função dos eventos. Os sucessivos líderes europeus, numa Europa falsamente unitária, vão tomando decisões forçados pelas circunstâncias, legitimados exclusivamente por estas, como se presos entre duas rochas, tentando encontrar um trilho escapatório a cada instante. Não se impõem condições e estratégia unitária mas sim são impostas directrizes como respostas a lacunas profundas, não necessariamente as mais desejáveis. O rumo não é traçado, é imposto. Esta atitude reactiva e de subserviência aos acontecimentos apenas confirma um erro ao longo da história da construção europeia. O excessivo alargamento da Europa, por interesses económicos, nomeadamente pela sua abertura ao Leste retirou poder de fogo ao núcleo central. Criou-se um espaço muito permeável, demasiado heterogéneo, onde a procura de consenso se adensou. Formou-se uma Europa a duas velocidades, tanto maior o fosso quanto maior a velocidade de processamento das relações económicas entre países europeus. Continuar a elevar a pedestal a (falsa) solidariedade europeia representa um continuar do erro. Assumir a diferença,


uma Europa a duas velocidades, dotando-a de mecanismos para assumir tal, onde uns não se apoiam inquestionavelmente nos outros, onde as mesmas metas para uns podem ser alcançadas num horizonte temporal mais dilatado, sem prejuízo das partes, por força das debilidades económicas intrínsecas, poderia representar um aliviar das pressões externas (de mercado) que estão a abafar a passos largos toda uma economia à escala europeia. Do meu ponto de vista, é altamente desejável que se aproveite este clima para corrigir desvios relativamente a estratégias e políticas que deveriam ter sido estimadas ao longo da história, mais do que adiar por mais uns tempos o inadiável. Tal como PPC já afirmou, é aproveitar o erro para transformá-lo em oportunidade. Salientaria a importância de uma reestruturação das relações de inter-dependências económicas entre Estados-membros.


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