o jovem edição de Verão!
Jornal Oficial da Juventude Popular da Maia
51 | Julho e Agosto 2012 | Ano XXVI www.jpmaia.com
Miguel Pires da Silva Entrevista | E já passou um ano. O Presidente da Juventude Popular dá uma grande entrevista a’O Jovem num momento de retrospectiva e projecção do futuro. [p.16]
Dossier | Tudo sobre “O Liberalismo Clássico” – 3ª Parte, por Miguel Ribeiro. [p.12]
Convidado | Pedro Pinto Lopes, Presidente da JP Penafiel, assina a opinião convidada. [p.14]
Especial | Um ano depois de Lamego. Sabe o que fizeram os órgãos nacionais da JP [p.6]
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sumário especial Uma pintura para ser avaliada! por José Miguel Lello e Tiago Loureiro [pág.6]
entrevista Miguel Pires da Silva, Presidente da JP [pág.16]
opinião Manuel Oliveira [pág.4] João Ribeirinho Soares [pág.4] Ângelo Miguel [pág.22] André Bazan [pág. 24]
dossier Liberalismo Clássico | 3ª Parte por Miguel Ribeiro [pág.12]
ficha técnica
convidado especial A cultura da (in)dependência Pedro Pinto Lopes [pág.14] por André Correia [pág.10]
Propriedade: Comissão Política Concelhia da Juventude Popular da Maia | Edição: Manuel Oliveira | Colunistas desta edição: Miguel Ribeiro, Ângelo Miguel, João Ribeirinho Soares, Manuel Oliveira, André Bazan | Entrevistado desta edição: Miguel Pires da Silva | Convidados desta edição: Pedro Pinto Lopes, José Miguel Lello e Tiago Loureiro | www.jpmaia.com | maia@juventudepopular.org | Distribuição Digital | Julho/Agosto 2012 | O Jovem 1985 - 2012
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EDITORIAL Parece que foi ontem É verdade, já passou um ano desde o Congresso Nacional da Juventude Popular na cidade de Lamego. Parece que foi ontem. Como já vem sendo hábito nesta casa, O Jovem está atento e preparou uma edição especial de Verão que foca toda a sua atenção nesta particularidade.
Comissão Política Concelhia Juventude Popular da Maia
Mas O Jovem dá-te mais: não percas a leitura essencial do especial “Uma pintura para ser avaliada” dividida em duas partes. Uma da responsabilidade do Secretário-Geral da Comissão Política Nacional da JP, José Miguel Lello, e outra da responsabilidade do Coordenador do Gabinete de Estudos da JP, Tiago Loureiro. Dois textos que te ajudarão a compreender tudo o que estes dois órgãos nacionais realizaram no último ano.
O Presidente da Juventude Popular, Miguel Pires da Silva, faz finalmente capa no nosso jornal com uma entrevista que terás todo o gosto em ler. Este nortenho de 29 anos faz uma retrospectiva deste primeiro ano de “governação” da nossa jota sem esquecer, claro está, o futuro. Terás a oportunidade de acompanhar as reflexões do Miguel sobre o estado actual do País e descobrir alguns dos seus gostos pessoais. A edição de Junho de 2012 d’O Jovem é quase toda ela centrada numa mulher: Vera Rodrigues. Não é que sejamos a favor das quotas na política e muito menos as praticamos neste jornal mas a verdade é que os exemplos femininos na política são tão escassos que temos de os aproveitar. Ainda mais se os forem do CDS. Ainda mais se os forem do Porto. Ainda mais se os forem de sucesso. E a Vera é um sucesso presente e uma notícia aposta clara e contínua de futuro. Nas páginas seguintes terás não só a oportunidade de apreender todos os conceitos que a deputada da JP passou na última iniciativa da Juventude Popular da Maia sobre o primeiro ano de Governo mas também depassado te deliciar entrevista alargada sobre pormenores No diacom 26 deuma Julho a Juventude Popular da Maia reuniu da vida da deputada e a sua visão de Portugal. A não perder. com a Vereação da Juventude da Câmara Municipal da Maia
O tema do “Liberalismo Clássico” continua presente agora com a terceira, e última, parte do texto produzido pelo Miguel Ribeiro. Sabe mais sobre …
com o objectivo da apresentação, por parte deste órgão, do seu E aqui vamos nós. O Um tempo passaque verdadeiramente a correr. mais recente projecto. projecto surge após a dissolução Nesta damos-te a conhecer tudo sobretinha a tomada de da Feiraedição das Oportunidades, que todos os anos lugar no posse da ainda oficialmente, e para sempre oficiosamente, Parque Central da Maia, e que vai colmatar, para bem melhor, melhor concelhia da Juventude Popular. esta situação.
Motivos mais do que suficientes para acompanhares O Jovem naquela que será uma edição que antecede a cobertura especial da próxima iniciativa da concelhia maiata: Tertúlia “Um Ano de Governo” com a deputada Vera Rodrigues. Entretanto, e com uma vontade enorme, continuaremos por aqui a trazer-te todas as notícias no mais antigo jornal da JP. Há uma alma que não se mata. Nem que tenha só uma página. nesta nova edição que mantém o espaço de entrevista a uma figura destacada. Este mês contamos com o incansável José Lello, Secretário-Geral da Juventude Popular. Como uma leitura leve e descontraída podes encontrar a secção “Sabias que…” com dados curiosos e pertinentes da história da concelhia da Maia, da JP e do CDS.
Por estes lados não há praticamente férias. Continuamos a trabalhar por ti e para ti. É um bom hábito que não queremos que vá embora. Boas férias! Bom Verão! Este mês os textos de opinião ficam a cargo do João Ribeirinho Soares, do Ângelo Miguel, do Manuel Oliveira e do convidado especial Hugo Nunes. Não percas a primeira parte do Dossier sobre Liberalismo Clássico, pelo Secretário-Geral da Juventude Popular da Maia, Luís Miguel Ribeiro e acompanha mais dois textos de enorme qualidade do André Bazan e do Ângelo Miguel. Este mês temos também mais um amigo a ocupar um espaço reservado apenas a essas pessoas especiais: Daniel Albino, militante da Juventude Popular de Lisboa e ex-Secretário Geral adjunto, é o convidado.
Reunião com a Vereação da Juventude da CMMaia
Jota da Maia estádamais e atenta. Cansada, AAJuventude Popular Maiamadura ficou francamente agradadatalvez. com Mas com muito sangue novo também. É o trabalho e a tudo o que ouviu sobre esta nova iniciativa que terá como tema dedicação que esgota capacidades, horas e ideias. um claro central o Empreendedorismo e a Inovação. UmaHá ideia que comprometimento nesta casa com nunca desistir. E já sempre defendemos nos Conselhos Municipais da Juventude se e passou tanto que isso pudesse acontecer. TantoComo que agora que agora terápara a grande oportunidade de se realizar. será já parece no parque. o que fazemos, lógico e da uma mais volta elementar boa-fé,Sabemos a Juventude Popular da sempre soubemos. Sabemos como sempre Assim, Maia parabenizou o Pelouro pelas linhas mestrasseremos. deste projecto como hoje, e nem mais nem colocando-se ao dispor paramenos. toda ajuda que seja necessária. Embora não nos seja possível para já revelar pormenores, os A ausência de liderança nasum estruturas pode indicadores apontam para projecto queconA tudocontar tem desta para edição contaremos com novos espaços de opinião com ilustres resultar e ser um exemplo a seguir em todas as autarquias. convidados. Todos os meses Distrital do Portoda da Comissão Juventude Álvaro Castello-Branco é o anovo Presidente Popular Distrital assinará uma colunado apelidada de “Este é o que Norte!”, Política do Porto CDS. Num cargo já
Desafiamos-te a escreveres connosco mais um capítulo desta tão recheada história. Há jornais épicos.
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opinião
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Por Terras de Lidador
Este é o Norte!
por Manuel Oliveira
por João Ribeirinho Soares
Presidente da Juventude Popular da Maia
Presidente da Distrital do Porto da JP
Saber ser oposição Desde que assumi o desafio em 2009 de ser o principal responsável por esta casa maiata jovem popular que tenho tentado manter uma linha coerente e séria naquelas que são as posições políticas da estrutura em relação aos mais variados temas. Desde que assumi as presentes funções que não me recordo de o CDS e a JP na Maia serem oficialmente parceiros do partido dominante na Câmara Municipal do nosso concelho. Muito menos me recordo, e já levo uns bons oito anos disto, de uma parceria séria e frutuosa entre o CDS e a JP na Maia com o partido dominante na Câmara Municipal. Eu sei que estou a ser repetitivo mas, e para quem tem problemas de lentidão, lugares aparentemente dourados em empresas de transporte de passageiros não se encontram aqui classificados. Repito: parceria séria e frutuosa não me recordo. Agora, é neste ponto que entra exactamente o que comecei a explicar no início. Saber ser oposição é, e novamente para aqueles mais desatentos ou simplesmente burros, promover apenas o ideal de bem-estar da nossa população em qualquer que seja o objectivo. É isso que, e sem modéstia qualquer da minha parte, a Juventude Popular da Maia tem feito nos últimos três anos. Se for preciso dizer que a Câmara Municipal gasta erradamente o dinheiro dos contribuintes, nós dizemos. Se for preciso dizer que os intervenientes na Assembleia Municipal não são dignos, em determinados momentos, da responsabilidade que o eleitorado maiato lhes conferiu, nós dizemos. Se for preciso dizer que acabar com a Feira das Oportunidades e lançar um novo conceito focado em termos práticos no Empreendedorismo foi o melhor que o Pelouro da Juventude da Autarquia fez, nós dizemos. E apoiamos. Ser oposição é isto: estar atento, ser responsável e despretensioso. É por isto que eu amo esta casa e toda a inveja que ela provoca nos outros. É certo e sabido que o poder autárquico (instalado) dá emprego a muita boa gente. Boa gente, sublinho. É um facto que não me enche facebook.com/juventudepopularmaia de orgulho mas sinceramente também não me afecta minimamente. Não sou daqueles, nunca fui, que diz que um dos principais
Espírito Olímpico Em tempos de Jogos Olímpicos (JO) e após ler e ouvir diversos comentadores criticarem a missão olímpica (MO) portuguesa com manchetes pseudo-cómicas tendo a coragem de assinar artigos onde comparam uma nação às medalhas conseguidas por Phelps em 12 anos de carreira humilhando-se a si próprios, não poderia remeter-me ao silêncio e às gloriosas vitórias futebolísticas que vou festejando anualmente. Durante os JO de Londres repetiram-se as notícias nos mais diversos órgãos de comunicação social com uma constante humilhação da nossa Nação. O chefe da MO altamente revoltado deu uma conferência de imprensa acusando o País de “falta de espírito desportivo” e a comunicação social de “não compreender os feitos” dos atletas portugueses. Este alto responsável desportivo lançou não um mero recado à classe política e aos portugueses mas sim uma severo ataque à forma como se tem vindo a fazer as coisas por cá. Não sei o que vai na cabeça deste senhor mas espero que as suas palavras sejam analisadas e debatidas com seriedade, sem populismo nem demagogia. Perguntarão os portugueses como é possível haver “falta de espírito desportivo” em Portugal? Com tantos campos de futebol, pistas de atletismo, pavilhões gimnodesportivos e centros de alto rendimento, como é possível falhar? Depois de tanto dinheiro gasto e após tantas promessas dos mais variados Presidentes de Câmara em construir um campo de futebol e um gimnodesportivo por freguesia como é possível um desaire destes? Para que servem então as infra-estruturas desportivas espalhadas pelos concelhos do País se nem conseguem incutir o tal “espírito desportivo” nos portugueses? Esta é mais uma prova de que o decreto político não faz milagres. Da mesma forma que não se cria 150 mil empregos por decreto, nem se vaticina o fim da crise ou um memorável desempenho económico, não iremos conseguir por a classe política a incutir “espírito desportivo” nos portugueses. Infelizmente andamos a pagar os erros do passado mas por mais que queiram ainda somos livres de escolher o desporto que queremos praticar e graças a Deus não vivemos na Coreia do Norte. Não poderia deixar de dar os parabéns aos nossos atletas da canoagem que conseguiram uma medalha de prata histórica.
.e a todos os que se superaram e elevaram o nome de facebook.com/jpdistritalporto Portugal ao mais alto nível. Parabéns.
Como sabem, na passada semana milhares de militantes do CDS e da JP elegeram a nova Comissão Política Distrital do
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Sabias que... Diogo Freitas do Amaral foi o primeiro Presidente do CDS? Entre 1974 e 1986 esteve activamente envolvido na defesa da Democracia Cristã. Co-fundador do Partido do Centro Democrático Social, logo após o 25 de Abril de 1974, foi Presidente da Comissão Política Nacional do CDS, entre 1974 e 1982 e, de novo, entre 1988 e 1991. Após a vitória da Aliança Democrática, em 1980, fez parte do VI Governo Constitucional, como Vice-Primeiro-Ministro e Ministro dos Negócios Estrangeiros. Após a morte de Francisco Sá Carneiro, em Camarate, cuja morte e dos que o acompanhavam lhe coube anunciar na televisão, assumiu funções como Primeiro-Ministro interino do mesmo Governo. Integrou o VIII Governo Constitucional, de Pinto Balsemão, como Vice-Primeiro-Ministro e Ministro da Defesa Nacional, de 1981 a 1983. Entre 1981 e 1982 foi Presidente da União Europeia das Democracias Cristãs.
Diogo Freitas do Amaral
Candidato a Presidente da República nas eleições de 1986, obteve o apoio do PSD e do CDS, atingindo 48,8% dos votos na segunda volta, próximos, mas insuficientes para a vitória. Fonte: Wikipedia
Adelino Manuel Lopes Amaro da Costa, nascido a 18 de Abril de 1943, foi, conjuntamente com Diogo Freitas Adelinodo Amaral, fundador do Centro Democrático Social uns meses Manuel depois da revolução de 25 de Abril de 1975. Lopes Amaro da Por muitos, das mais variadas áreas ideológicas, é Costa, considerado um dos políticos mais brilhantes e capazes de nascido a sempre da história contemporânea portuguesa. Foi 18 de Ministro da Defesa Nacional num Governo de Francisco Sá Abril de Carneiro sustentado pela coligação do Partido Social 1943, foi, Democrata, pelo Centro Democrático Social e pelo Partido conjunta Popular Monárquico. Juntos constituíram a Aliança mente Democrática que só viria a ser afectada em 1980 pelo com desastre aéreo de Camarate que assassinou Amaro da Diogo Costa e Sá Carneiro. Assim nascia o mito. Freitas do Um dia disse que “a Juventude não é instalada!”Amaral, Hoje é o
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especial
Uma pintura para ser avaliada! Os actuais órgãos nacionais da Juventude Popular foram eleitos há um ano na cidade de Lamego. Esta é a altura de fazer um balanço do trabalho desenvolvido. O Jovem convidou o Secretário-Geral da JP, José Miguel Lello, e o Coordenador do Gabinete de Estudos, Tiago Loureiro, para que fiques a par de todos os indicadores da tua Jota!
O Jovem concentrou neste especial dois textos importantes para compreenderes o trabalho de um ano “pós-Lamego”.
por José Miguel Lello Secretário-Geral da Juventude Popular
Pouco mais de um ano passado desde o Congresso de Lamego muito aconteceu no seio da Juventude Popular. Assiste-se hoje a uma JP mais unida e coesa, com os olhos postos no Futuro. O ano que passou foi um ano de extrema complexidade e bastante exigente a nível nacional. Como todos sabem a Comissão Politica Nacional herdou uma estrutura cansada e dividida, na qual reinavam sentimentos como a discórdia, falta de confiança e cepticismo em relação ao actual mandato, como também em relação à Secretariageral, ou seja, tornou-se absolutamente prioritário fazer jus ao título da nossa Moção e rapidamente promover a União e o Crescimento no seio da Juventude Popular. Neste sentido julgo imperativo fazer uma análise assente em três linhas: JP Nacional (continental); Relações Internacionais e Ilhas. Em termos nacionais este primeiro ano foi um ano decisivo na construção e solidificação da Juventude Popular. Tornou-se absolutamente essencial conseguir criar laços e unificar a estrutura ao mesmo tempo que se deu um forte impulso eleitoral e, consequentemente de crescimento. Este abrupto crescimento fez com que obrigatoriamente a Comissão Politica Nacional (CPN) atravessasse um período de reflecção e crescimento, no qual se traduziu como inevitável a cada vez maior profissionalização da JP a todos os níveis. Consciente das necessidades internas que semelhante crescimento acarreta, e cumprindo aquilo a que se tinha proposto no Congresso Electivo, Miguel Pires da Silva foi um dos fortes impulsionadores à realização de um Congresso Estatutário em Fevereiro deste ano, decidindo ainda que a CPN, de forma a demostrar total transparência e integridade, não iria apresentar nenhuma Proposta de Alteração Estatutária. Garantiu-se assim uma total e franca abertura a todos os militantes e estruturas eleitas na construção e na modelação do futuro da JP. Conscientes das necessidades e das responsabilidades que iram recair sobre os militantes da Juventude Popular nas eleições autárquicas de 2013, a Juventude Popular, em convénio com o Gabinete Autárquico do CDS-PP, deu início a um “tour” nacional no qual se pretende consciencializar e formar os nossos militantes dos desígnios futuros que os
eleições autárquicas de 2013, a Juventude Popular, em convénio com o Gabinete Autárquico do CDS-PP, deu início a um “tour” nacional no qual se pretende consciencializar e formar os nossos militantes dos desígnios futuros que os esperam. Esta parceria foi por todos acolhida e desenvolvida com o máximo interesse. Apesar do esforço físico e financeiro que esta acarreta, acreditamos que a partilha e o envolvimento entre os militantes de ambas as instituições se traduziria em resultados bastante benéficos. Por um lado aumentou a cumplicidade entre as estruturas eleitas ou em vias de eleição com o CDS distrital e/ou Concelhia, bem como os dirigentes e militantes da JP tiveram uma oportunidade única de consciencialização dos reais problemas dos seus Distritos e Concelhias por parte daqueles que diariamente laboram em prol do desenvolvimento das suas terras natais. Neste último ano, a JP teve um crescimento que, em nota pessoal, julgo bastante positivo. Cresceu sensivelmente três mil militantes (3000), a uma média de duzentos e cinquenta (250) novos militantes por mês, foi eleita a Comissão Politica Distrital de Leiria, foram realizadas mais de cem (100) eleições e existem já várias eleições (Distritais e Concelhias) para serem marcadas após as férias de verão. Claro que este crescimento obriga a todo um novo paradigma de apoios e envolvimento por parte da CPN com as estruturas eleitas. Desta forma, têm vindo a ser criados os mais diversos materiais logísticos para o apoio das actividades realizadas pelas estruturas, ao mesmo tempo que, num período económico interno bastante exigente, existiu uma total e franca disponibilidade continua no apoio e no desenvolvimento das actividades promovidas pela Distritais e Concelhias eleitas. Chegado a este ponto torna-se obrigatória fazer uma menção a todos aqueles que de forma paralela com a CPN trabalham de forma afincada no crescimento e na dinamização da JP. Mesmo estando em Agosto, existem Comissões Politicas Distritais e Concelhias que estão a efectuar campanhas de dinamização da JP, que estão reunidas com as Concelhias do CDS com os olhos postos na criação de uma mais valia para com as eleições que se avizinham, trabalhando na formação de novas Concelhias e aumentando o número de militantes naquelas que já existem. É com imenso orgulho que afirmo que, mesmo estando em período de férias, é raro o dia em que não chegam até à Secretaria Geral novas Propostas de Militância provenientes de todo o país. Ainda de âmbito
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existem. É com imenso orgulho que afirmo que, mesmo estando em período de férias, é raro o dia em que não chegam até à Secretaria Geral novas Propostas de Militância provenientes de todo o país. Ainda de âmbito nacional, uma nota muito especial ao Gabinete de Estudos Gonçalo Begonha (GEGB), cujo trabalho e empenho neste ultimo ano vieram revelar que, aquando do Congresso de Lamego, não poderiam ter sido convidados, propostos e, consequentemente, eleita melhor equipa, claramente uma aposta ganha. A JP tem bastantes compromissos a nível internacional. Miguel Pires da Silva (Representante da JP Internacional), em Ano Europeu da Juventude, encarou com naturalidade tal desígnio e tem trabalhado de forma afincada para que a JP seja vista não apenas como um membro pagador de quotas, mas sim como uma voz cada vez mais activa e preponderante nas mais diversas instancias. Neste sentido foi feita uma selecção das instituições chave com as quais se iria trabalhar e, pedida escusa daquelas que não se revelariam uma mais-valia às nossas políticas. Reflexo do trabalho e empenho que tem vindo a ser desenvolvido, hoje Miguel Pires da Silva ocupa dois lugares de relevo e destaque. Vice-Presidente do “Democrat Youth Community of Europe” (DEMYC) e Membro Executivo da Direcção do “International Young Democrat Union” (IYDU). A CPN eleita deparou-se com uma situação bastante delicada no que toca aos Arquipélagos. Tanto a Madeira como os Açores iam ser palco de eleições regionais em situações políticas bastante adversas e radicalmente diferentes entre si. Por um lado, na Madeira, uma JP forte, motivada e identificada ao máximo com o partido. O ano de 2011 marcava no arquipélago o verdadeiro paradigma de mudança politica após mais de três décadas de despesismo exacerbado que deixou ambas as ilhas numa situação extraordinariamente delicada a todos os níveis. Por outro lado nos Açores vivia-se uma situação bastante mais complexa. Nove ilhas distanciadas pelo vasto Oceano Atlântico das quais todas apresentam situações e dificuldades muito diferentes, partilhando um elo comum entre si, a latente falta de oportunidades para os mais jovens, com a agravante de que a JP Açores se encontrava adormecida, não existindo nenhuma estrutura eleita.
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Em ambos os casos houve uma total disponibilidade de ajuda, empenho e trabalho da nossa parte. Na Madeira, como tiveram oportunidade de constatar pelos resultados eleitorais, as eleições correram muitíssimo bem, tendo sido obtido um resultado histórico. A JP está
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diferentes entre si. Por um lado, na Madeira, uma JP forte, motivada e identificada ao máximo com o partido. O ano de 2011 marcava no arquipélago o verdadeiro paradigma de mudança politica após mais de três décadas de despesismo exacerbado que deixou ambas as ilhas numa situação extraordinariamente delicada a todos os níveis. Por outro lado nos Açores vivia-se uma situação bastante mais complexa. Nove ilhas distanciadas pelo vasto Oceano Atlântico das quais todas apresentam situações e dificuldades muito diferentes, partilhando um elo comum entre si, a latente falta de oportunidades para os mais jovens, com a agravante de que a JP Açores se encontrava adormecida, não existindo nenhuma estrutura eleita. Na Madeira, como tiveram oportunidade de constatar pelos resultados eleitorais, as eleições correram muitíssimo bem, tendo sido obtido um resultado histórico. A JP está de Parabéns! Houve uma dedicação e mobilização durante toda a campanha absolutamente irrepreensíveis, reconhecida pelo CDS Madeira. Podemos destacar o facto do líder da JP Madeira à época, Lídio Aguiar, ter sido convidado para Mandatário da Campanha Regional e, posteriormente, eleito deputado regional. Os Açores é um caso diferente, pois ainda não houve eleições. Mas já se sentem sinais de crescimento e mobilização bastantes inspiradores e auspiciosos. Apesar das dificuldades logísticas e politicas que se vivem, cujo apontamento julgo não ser necessário, existem neste momento sete Concelhias eleitas. Estão a ser trabalhadas e perspectivadas novas Concelhias que serão eleitas no mês de Setembro. Desta forma iremos conseguir que em plena campanha eleitoral a JP e o CDS se apresentem como uma alternativa viável e segura para todos os jovens açorianos que hoje, mais do que nunca, precisam de uma mão amiga e consciente no processo de crescimento de modo a que todos possam ver melhorado o seu índice de satisfação futura. Muito mais tem que ser feito, e muito mais se vai fazer! Mas, neste momento de balanço, posso afirmar que passado um ano existem seis palavras que definem aquela que foi a nossa JP: União; Crescimento; Trabalho; Dedicação; Profissionalização e Maturidade e acreditem que tenho orgulho em trabalhar e pertencer a uma equipa que tudo fez e faz para elevar estes valores no seio da nossa Instituição. Com Um Abraço Amigo: interesse. Apesar do esforço físico e financeiro que esta acarreta, acreditamos que a partilha e o envolvimento
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por Tiago Loureiro Coordenador do Gabinete de Estudos da JP
Há um ano atrás saí de Lamego confiante na
superação das melhores expectativas e consciente do trabalho e do esforço que seriam necessários para o conseguir. Ao mesmo tempo, saí acompanhado por uma equipa que me dava a possibilidade de construir essas expectativas em terreno seguro e que me oferecia a garantia de colocar mãos à obra na proporção que elas exigiam. Passado um ano, se há um primeiro e grande sucesso a registar, é a da capacidade e da qualidade das pessoas que compõem o Gabinete de Estudos Gonçalo Begonha (GEGB). Hoje, olhando para trás e vendo o filme do último ano, é inevitável reparar num argumento rico e denso e numa interpretação de qualidade. Com efeito, o primeiro ano de mandato foi essencialmente um período de criação e afirmação da marca GEGB enquanto veículo de formação e informação. Num tempo em que os jovens se informam e se cultivam em frente ao ecrã de um computador e navegando nas cada vez mais apetecíveis ondas da internet, a aposta não poderia ser outra senão a maximização das potencialidades que as novas formas de comunicar e propagar a informação nos oferecem. Para facilitar esse intento, o primeiro passo foi a criação da página oficial do GEGB no Facebook, cujo imediatismo e potencial de partilha a foi tornando no veículo mais relevante na transmissão de conteúdos e na divulgação do trabalho que o GEGB vai fazendo. Hoje, passado um ano, são já mais de 750 as pessoas que acompanham nos acompanham através dessa rede social. Até ao final do mandato, o objectivo é dobrar a nossa audiência “facebookiana” para, com isso, fazer chegar mais longe e a mais pessoas o trabalho que ainda temos a desenvolver e aquele que guardamos no arquivo histórico da Juventude Popular. A acompanhar esta entrada nos meios tecnológicos nasceu o website do GEGB, simples e funcional, que representa um “armazém” onde está depositado todo o
A acompanhar esta entrada nos meios tecnológicos nasceu o website do GEGB, simples e funcional, que representa um “armazém” onde está depositado todo o conhecimento, de produção própria ou externa, que o GEGB divulga. A inclusão de uma Biblioteca Virtual, dinâmica, em constante crescimento e actualização, que aproveita e seleciona os recursos online já disponíveis, será porventura o melhor exemplo disso. Mas não nos ficamos pela divulgação de conteúdos já produzidos. Novos recursos, como o “Caderno de Ética na Política”, ou traduções oportunas de obras tão singularmente importantes como o clássico de Oakeshott, “On Being Conservative”, fizeram também parte das nossas iniciativas. Ainda no que diz respeito a conteúdos ideológicos e doutrinários, e continuando a obedecer à primazia dada às novas formas de comunicação, os meios audiovisuais não foram desprezados, sendo a divulgação de pequenos vídeos com grandes mensagens, geralmente com traduções originais do GEGB, uma constante. Também no plano audiovisual, a inovação e a excelência de conteúdos fez parte da “marca GEGB”. Não esquecendo a importância que o 25 de Novembro de 1975 teve na história recente do país, o GEGB lançou um inédito e original documentário em vídeo, onde compilou os acontecimentos mais importantes que ocorreram entre a Revolução dos Cravos e essa data. Ao mesmo tempo, foi elaborado um caderno em que, com mais minúcia e pormenor, se relataram todos os eventos históricos de então, naquele que é um documento sem paralelo, na preservação histórica de momentos que muitos preferem omitir. Também no mesmo registo, o GEGB gravou para a posteridade um pequeno resumo biográfico sobre o patrono da Juventude Popular, Amaro da Costa, na data do seu nascimento, complementando-o, mais uma vez, com um documento escrito, bastante revelador da personalidade daquele que, ao longo dos anos, nos vai inspirando. Vários outros exemplos que ajudam a caracterizar este ano de GEGB como um ano de sucesso não caberiam nestas linhas sem as tornar maçadoras. Mas importa registar mais um, deixado propositadamente para o final, aproveitando que escrevo estas linhas numa edição deste exemplo institucional que é “O Jovem”,
registar mais um, deixado propositadamente para o final, aproveitando que escrevo estas linhas numa edição deste exemplo institucional que é “O Jovem”, que tive o gosto de comandar durante três anos. Um exemplo que inspirou vários projectos semelhantes de outras concelhias da Juventude Popular. E que, juntamente com eles, inspirou uma das mais relevantes realizações do GEGB neste primeiro ano de mandato: o “popcom”. Em duas edições, foram mais de cem as páginas de conteúdos de excelência colocados à disposição dos quase três mil leitores que já nos conhecem (e daqueles que ainda o venham a fazer), fruto do trabalho da equipa incansável que me acompanha no GEGB, de convidados que fazem o favor de nos ajudar e de entrevistados de qualidade ímpar. O “popcom” começa a deixar a sua marca e promete mais informação, melhor formação e crescente inovação no futuro. Nestas linhas, para além de não caber tudo o que foi feito no primeiro ano de mandato, não cabem as expectativas, os desejos e os planos para o caminho que ainda falta percorrer até meados de 2013. A linha condutora, essa, manter-se-á inalterada: privilegiar o conhecimento como a principal matéria-prima de uma vida política e partidária que valha realmente a pena. Afinal, como disse Benjamin Franklin, “investir em conhecimento rende sempre os melhores juros”. Essa é a nossa crença. Essa é a base da nossa missão. diferentes entre si. Por um lado, na Madeira, uma JP forte, motivada e identificada ao máximo com o partido. O ano de 2011 marcava no arquipélago o verdadeiro paradigma de mudança politica após mais de três décadas de despesismo exacerbado que deixou ambas as ilhas numa situação extraordinariamente delicada a todos os níveis. Por outro lado nos Açores vivia-se uma situação bastante mais complexa. Nove ilhas distanciadas pelo vasto Oceano Atlântico das quais todas apresentam situações e dificuldades muito diferentes, partilhando um elo comum entre si, a latente falta de oportunidades para os mais jovens, com a agravante de que a JP Açores se encontrava adormecida, não existindo nenhuma estrutura eleita.
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Em ambos os casos houve uma total disponibilidade de ajuda, empenho e trabalho da nossa parte. Na Madeira, como tiveram oportunidade de constatar pelos resultados eleitorais, as eleições correram muitíssimo
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O Liberalismo Clássico >> terceira parte por Luís Miguel Ribeiro Secretário-Geral da Juventude Popular da Maia
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Das correntes de pensamento do liberalismo clássico esta é a terceira e ultima parte. Desta vez esta edição destaca a filosofia da metodologia da Escola Austríaca e as filosofias do Anarcocapitalismo.
Escola Austríaca A Escola Austríaca teve como impulsionadores Ludwing von Mises (1881-1973) e o prémio nobel da Economia Fredrick August Hayek (1899-1992) e embora existam semelhanças sua na forma de pensamento, ambos divergem quanto à forma de actuação do governo e quais os seus limites de actuação. Esta corrente do pensamento económico coloca uma especial prioridade à livre organização humana, isto é, às actividades organizadas que surgem num aparente caos através da colaboração dos indivíduos que apresentam os mesmos tipos de interesses como por exemplo na formação de uma banda de música, na organização de uma festa popular ou claque de
caos através da colaboração dos indivíduos que apresentam os mesmos tipos de interesses como por exemplo na formação de uma banda de música, na organização de uma festa popular ou claque de futebol os seus membros organizam-se por apresentaram um interesse comum, sem que para isso seja necessário uma ordem de um organismo de controlo central. Desta ordem espontânea é também objecto de estudo por parte da escola Austríaca os mecanismos de preços, ou seja, como os preços são estabelecidos entre a oferta e a procura numa transacção espontânea. Assim, quando a oferta e a procura se encontram traduz-se numa relação de cooperação entre os dois indivíduos sem existir uma terceira pessoa a impor a sua vontade. A diferença entre Mises e Hayek é que o segundo tende a dar enfase aos limites do conhecimento, da razão, às acções humanas de ordem espontânea e ao direito comum (do inglês: common law) – decisões dos tribunais que não obedecem a um acto legislativo. Assim para este pensador a maior parte dos actos humanos surgem da livre vontade humana e não por decreto de uma governação central (“The Result of Human Action but not of Human Design”). Quanto a Mises apresenta uma abordagem diferente através de uma lógica dedutiva, isto é, que é possível encontrar certas verdades - axiomas - que podem ser verificados através da experiência ou da lógica. E deste ponto de vista a economia passa a ser vista como a matemática. Um exemplo dos axiomas utilizados por Mises é que o valor é algo subjectivo, isto é, um objecto só tem o valor que alguém lhe possa atribuir. No entanto, relativamente às funções que os governos devem exercer os dois pensadores entram em acordo, principalmente porque aos Estados falta o conhecimento dos nossos objectivos individuais, e não sendo possível a uma entidade prever todas as vontades dos seus cidadãos nem tão pouco é possível identificar quais os métodos para se alcançar esses
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conhecimento dos nossos objectivos individuais, e não sendo possível a uma entidade prever todas as vontades dos seus cidadãos nem tão pouco é possível identificar quais os métodos para se alcançar esses objectivos pessoais principalmente devido ao facto do ser humano ser imprevisível. Mas quanto ao dever que os Estados devem ter perante os seus cidadãos, estes dois Economistas divergem novamente na sua opinião, pois para Hayek os Governos deveriam seguir certos princípios que limitassem a sua actuação. Dentro destes princípios estariam consagradas regras que, por exemplo, garantissem a aplicabilidade da lei de igual forma para todos os seus cidadãos uma vez na actualidade os governos sempre que elaboram leis excluem-se da sua aplicabilidade. Assim, para Hayek, os deveres dos Estados assemelham-se aos de Milton Friedman e da Escola de Chicago mas através de com uma metodologia de pensamento diferente. Para Mises, seguindo a sua linha de pensamento a intervenção dos Estados deve ser minimalista e deve ser justificada para proteger a vida humana, liberdade e a propriedade privada, ou seja, deve fornecer os tribunais para resolver conflitos internos, policia e militares.
Anarcocapitalismo Esta corrente de pensamento teve como influenciador Murray Rothbard (1926 – 1995) e David Friedman (1945 – presente) filho de Milton Friedman e é essencialmente uma filosofia politica que advoga a eliminação total do estado para que os indivíduos sejam livres para actuar num livre mercado. Numa sociedade anarcocapitalista a lei, tribunais, moeda, forças coercivas assim como outros métodos de segurança seriam providenciados pelos privados que actuam em concorrência ao invés do modelo actual de financiamento por impostos. Embora os dois autores tenham abordagens diferentes concordam num elemento central: Que o estado não deveria existir de todo.
Mas o que é um estado soberano e porque não deve existir? A definição de estado provém de Max Weber (1864 – 1920) um importante sociologista alemão: “O Estado é uma instituição que reclama para si o monopólio da legitimidade do uso da força num dado território”. Assim, Rothbard defende uma posição
Mas o que é um estado soberano e porque não deve existir? A definição de estado provém de Max Weber (1864 – 1920) um importante sociologista alemão: “O Estado é uma instituição que reclama para si o monopólio da legitimidade do uso da força num dado território”. Assim, Rothbard defende uma posição baseada nos direitos naturais de Nozick assim como na filosofia de Mises, onde desenvolve o axioma da nãocoercividade que conclui que é sempre errado a utilização da força excepto em casos de autodefesa, sendo este um princípio que deve pautar a actuação dos Estados. Rothbard entende ainda que a existência de um Estado é uma clara violação dos direitos naturais uma vez que os governos utilizam métodos coercivos para obterem aquilo que pretendem e considera os impostos como um “roubo” uma vez que não existe diferença na remoção de parte de rendimento de um individuo por um ladrão ou por um Estado uma vez que somos coagidos a tal. A abordagem de David Friedman é através de uma metodologia de abordagem que segue a linha de pensamento do seu pai e da Escola de Chicago, isto é, através de análises empíricas como a comparação das consequências entre a eficiência dos mercados livres com os mercados de planeamento central. No entanto ao contrário do seu pai, David Friedman afirma no seu livro The Machinery of Freedom que o mercado privado é sempre o mais eficiente mesmo no fornecimento de bens e serviços mesmo os nos mais tradicionais, isto porque se ignora alguns factos importantes como por exemplo uma grande parte das disputas legais são resolvidas no mercado privado pelos tribunais arbitrais para evitar a lentidão dos tribunais públicos. Um outro aspecto que Rothbard tal como David Friedman defende no Anarcocapitalismo em contraponto da existência de um Estado Mínimo defendido por outras escolas prende-se com o facto de um estado com funções mínimas seja insustentável no longo prazo pois terá tendência para crescer, sendo assim preferível a sua inexistência. de um bem público fonte: é aAjá referida defesa militar ou o Dictionary of Conservative and Libertarian Thought meio ambiente pois todos os indivíduos quer queiram ou não estão a consumir este bem todos ao mesmo tempo. Os estados devem ainda intervir quando na economia existem efeitos negativos provocados pelos agentes económicos que não são decorrentes de uma transacção monetária, por exemplo a poluição que é gerada pela criação de indústrias. Assim, nestes casos
Liberty!
convidado especial
14 | julho/agosto 2012 o jovem
Solução, já! uma honra enquanto militante da Juventude Popular poder partilhar os É desígnios da concelhia de Penafiel, num jornal que para além de notável é
Pedro Pinto Lopes Presidente da Juventude Popular de Penafiel facebook.com/ppintolopes
épico! É com brio e satisfação que posso afirmar que em Penafiel se vive um momento extremamente positivo, pelo reflexo do trabalho que tem sido desenvolvido ao longo deste mandato, junto dos nossos conterrâneos, na JP, por cada elemento desta CPC e por mim em particular. Ontem foram 38 anos de ‘desgovernabilidade’, despesismo e de caça ao voto. Hoje Portugal está a atravessar tempos difíceis, adversos e instáveis, porém, amanhã, sim amanhã, poderá ser um dia diferente, tudo depende de nós e de ti – como dizia Platão “Para se mover o mundo, o primeiro passo é movermonos a nós próprios.” Esta é a nossa análise enquanto concelhia, que diariamente evidencia, um pouco por todo o Município, a importância de uma geração com valor acrescentado que não quer mais viver na mesma página esgotada e ineficaz. Neste sentido, aquilo que nós pretendemos fazer enquanto juventude partidária é solucionar problemas concretos da nossa região, tendo sempre presente que a política tem obrigatoriamente que se fazer da população, para população e sempre pela população. Podem questionar a veracidade das nossas palavras e das nossas acções, todavia, os factos por si só espelham toda a dedicação e empenho no serviço prestado à comunidade e à JP. Será que somos importantes para a vida pública e política enquanto Juventude Partidária? Meus caros amigos, aqui por terras Penafidelenses, parece-me óbvio que sim, uma equipa que concretiza um documento extenso de análise e proposta de uma reforma administrativa do território, que respeita e reflecte a vontade da população, a sua identidade e as suas tradições. Jamais iriamos deixar de participar na mudança administrativa que permanecerá no mínimo nos próximos 50 anos. Somos parte da solução, cumprimos para com os nossos cidadãos, ouvindo-os e defendendo as suas inquietudes, encontrando de forma sustentada uma proposta que nos protegerá do poder central e de um corte feito com a regra e o esquadro. Não vamos em propostas de referendos inconstitucionais, muito menos vamos em inércias, o caminho tem que ser trilhado através da política de proximidade feita com transparência, diálogo e cooperação. Também há quem desvalorize e critique infundadamente este trabalho, é normal, na vida política é mesmo assim, contudo, os palradores de fundo continuam sentados à espera, (à espera não sei do quê?!), será de uma manhã de nevoeiro, ou talvez de D. Sebastião?! Quem saberá… Para nós ‘É a Hora’ de acabar com o sono de ilusão. Já quanto a críticas baseadas em crenças, repetições e cópias de opiniões infundadas, apenas respondemos que estamos aqui para trabalhar e não para
Já quanto a críticas baseadas em crenças, repetições e cópias de opiniões infundadas, apenas respondemos que estamos aqui para trabalhar e não para ludibriar aqueles que mais precisam de nós, as pessoas. Conseguimos definir-nos pela nossa pro-actividade e pela vontade inerente de fazermos mais e melhor, munidos de elementos capazes e motivados para fazer política com olhos na realidade. Portanto, nesse sentido consideramos também o apoio intergeracional crucial, tendo em conta a situação em que o país se encontra. E para tal, o voluntariado e a entreajuda neste caso para com os idosos, foi a via que a JP Penafiel encontrou para auxiliar responsavelmente os mais necessitados. Fizemos uma campanha, denominada 1€ por muitos sorrisos, que culminou com a entrega de uma cadeira de rodas ao Lar de Irivo melhorando assim, a qualidade de vida dos utentes, sendo que nós trouxemos para casa, dentro de cada um de nós, uma lição de vida e de humanismo, pois é necessário termos preocupações sociais acrescidas, e não deixarmos essa responsabilidade única e exclusivamente a cargo do Estado, para este não se tornar assistencial, ingerível, ineficaz e tentacular. Também nos podem dizer que esta temática não é política de juventude, todavia apenas vos gostava de deixar uma pequena questão, não compete aos jovens ajudar, respeitar e agradecer à geração que nos antecedeu? Não ignoramos nem desprezamos os cidadãos da nossa pátria, desprotegidos e sem recursos. Por outro lado, também não conseguimos ignorar o desemprego jovem, não conseguimos deixar por terra, empreendedores com planos de negócio bloqueados em gavetas, por falta de oportunidades, portanto visitamos a Incubadora de Empresas do Vale do Sousa sediada em Penafiel e posteriormente apresentamos soluções às anomalias encontradas. Assim defendemos parcerias com a UP e o IEFP, o fomento de atractividade com coaching e coworking, incremento de sustentabilidade com a menor intervenção estatal possível, abertura à sociedade civil para com isto haver uma real captação de jovens empreendedores. Conseguindo assim criar eficácia que é imperativa pela escassez de recursos financeiros. Contudo deveria ter sido exequível fazer mais com menos, mas, amanhã será possível. É assim que procuramos implementar os valores da JP pelo nosso Município, com trabalho, dedicação e responsabilidade, sempre no terreno, nas redes sociais e nos órgãos próprios, apresentando soluções. Orgulhome da concelhia à qual presido, pelo seu carácter e ambição, por todos os seus membros que diariamente dão o seu melhor difundindo o que é ser JP sem nunca esconderem as suas matrizes liberais, conservadoras e democratas-cristãs. Não viemos para ser mais uma página em branco de um livro esquecido, ou viver num espaço inócuo, muito menos vivemos de políticas longínquas ou inexistentes. Viemos para fazer a diferença! A nossa postura será esta, com novos temas, novas formas de comunicar, novas soluções. Este é o nosso desígnio. lavar, dar um beijinho à peixeira do mercado à velhinha que compra couves ou à mais bela mulher da arruada, empurrar as mesmas ideias, criar laços com as pessoas em poucos minutos. Ora, saber fazer estas três coisas em pleno é ser um político brilhante, e aí tenho que dizer de mãos limpas que temos como líder do partido alguém que tira nota máxima neste exame, pouco são os que conseguem ser assim, poucos são os que conseguem sequer juntar dois destes três atributos, mas só isto não basta. De que nos serviriam mais de mil quadros políticos neste pais se todos eles só soubessem fazer isto, como é que sabiam gerir finanças, reformar a educação, fazer leis, coordenar a justiça, enfim, fazer o seu trabalho? Não serviriam de nada, posso garantir isso mesmo! O CDS não teria a experiência profissional da Sra. Dra. Isabel Galriça Neto nos cuidados paliativos, teria um qualquer sujeito que iria ler meia dúzia de leis de outros países e pensar numa adaptação para a sua proposta ao Parlamento em vez de pensar de raiz o nosso problema, com conhecimentos que só alguém da área medica e com a sua experiencia tem; o CDS não teria tido na última legislatura o melhor deputado
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16 | junho 2012 o jovem
entrevista
Miguel Pires da Silva Vereador na única Câmara Municipal centrista do país. Presidente da Juventude Popular desde Julho de 2011. 29 anos. O Jovem esteve à conversa com o homem forte da tua “jota” numa entrevista que marca o primeiro ano de mandato.
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| julho/agosto 2012 o
jovem
Vai agora fazer um ano da vitória de Lamego. Mudou muito a tua vida? Muita coisa mudou desde aí, as responsabilidades aumentaram e o tempo para as minhas coisas pessoais diminuiu, no entanto acho que consegui conciliar bem esta nova realidade com aquilo que são os meus afazeres pessoais, é tudo uma questão de organização, e depois quando fazemos o que gostamos as coisas tornam-se mais fáceis.
E a JP também mudou? Com o passar do tempo tudo muda, e a JP não é excepção, algumas coisas foram mudadas no sentido de se colmatar algumas falhas do passado, a mudança é um processo contínuo.
A actual Comissão Política Nacional construiu um plano de actividades bastante ambicioso. Em que fase está a sua execução? Infelizmente a execução tem sido mais lenta que o previsto, as restrições financeiras tem condicionado um pouco a nossa actividade, no entanto estamos a fazer esforços, bem como a tentar outras formas de financiamento das nossas actividades para que possamos dar aos nossos militantes tudo aquilo a que têm direito, nomeadamente formação, debate de ideias e actividades políticas.
Assumiste o cargo de Presidente da Juventude Popular já como um dos Vereadores da única Câmara Municipal do CDS no país. Em que medida é que a tua experiência como autarca ajuda na liderança da JP? A única do CDS e muito provavelmente uma das mais bem geridas em Portugal, é sem duvida uma excelente ajuda para a liderança da JP, quando nos deparamos com jovens pessimistas em relação aos políticos e a toda actividade politica, é sempre bom poder dar exemplos de que nem todos são iguais e que existem ainda hoje casos de políticos e politicas bem sucedidos como é o caso da C.M de ponte de
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deparamos com jovens pessimistas em relação aos políticos e a toda actividade politica, é sempre bom poder dar exemplos de que nem todos são iguais e que existem ainda hoje casos de políticos e politicas bem sucedidos como é o caso da C.M de ponte de Lima.
Falemos concretamente nas Autárquicas de 2013. Qual achas que deve ser a posição da JP e o contributo que ela deve dar ao CDS? A JP deve aumentar o número de candidatos, mostrando assim que está preparada para trabalhar, apresentado soluções e projectos inovadores que possam ajudar o partido a crescer. Temos que ser capazes de mostrar que a solução de muitos problemas também passa por nós jovens e que estamos preparados para esse enorme desafio, o desafio de servir os outros.
Temos que ser capazes de mostrar que a solução de muitos problemas também passa por nós jovens e que estamos preparados para esse enorme desafio, o desafio de servir os outros.
Curiosamente, este período coincide também com o primeiro ano de governação PSD/CDS. Como avalias esta Governo? Este Governo está a fazer o trabalho ingrato de arrumar a casa, tentar salvar o nosso país, a nossa identidade, claro que esta não é uma tarefa fácil, exige o contributo e a compreensão de todos, mas acredito que este Governo vai saber dar resposta a este enorme desafio e devolvendo aos Portugueses a estabilidade necessário para o crescimento que todos nós desejamos.
1. A Vera Rodrigues e o Michael Seufert levam a
20 | julho/agosto 2012 o jovem
<< estabilidade necessário para o crescimento que todos nós desejamos.
A Vera Rodrigues e o Michael Seufert levam a voz e a qualidade da JP ao Parlamento. Achas que a estrutura tem sabido aproveitar convenientemente estes trunfos? Os nossos deputados são peças fundamentais e essenciais para o crescimento da JP, é através deles que conseguimos dar voz no parlamento a muitas das nossas propostas, e portanto deposito neles toda a confiança para o sucesso da JP.
Veremos o Miguel Pires da Silva como deputado do CDS nas próximas Legislativas? As próximas legislativas serão em 2015 e até lá muita coisa pode acontecer, teremos eleições autárquicas no próximo ano onde espero poder continuar a dar o meu contributo.
Agora num plano mais pessoal. Como jovem que és, como é que tens sentido a crise económicofinanceira que Portugal vive? Felizmente tenho um emprego e portanto não tenho sofrido muito a crise económico-financeira, naturalmente que também tive que me adaptar a uma nova realidade, mas sinceramente acredito que esta crise financeira mais dia menos dia vai ser resolvida, á semelhança de muitas outras anteriores, o que mais me preocupa é agrave crise de valores com que nos deparamos nos dias de hoje, essa sim com consequências irreversíveis para a nossa
Agora num plano mais pessoal. Como jovem que és, como é que tens sentido a crise económicofinanceira que Portugal vive? Felizmente tenho um emprego e portanto não tenho sofrido muito a crise económico-financeira, naturalmente que também tive que me adaptar a uma nova realidade, mas sinceramente acredito que esta crise financeira mais dia menos dia vai ser resolvida, á semelhança de muitas outras anteriores, o que mais me preocupa é agrave crise de valores com que nos deparamos nos dias de hoje, essa sim com consequências irreversíveis para a nossa sociedade.
Para finalizar, gostaríamos que que deixasses uma mensagem aos militantes da JP e aos leitores d’O Jovem. Gostaria de deixar a todos os militantes uma mensagem de esperança e de confiança no futuro, esperando poder continuar a contar com o trabalho de todos como até aqui tem acontecido, desde o militantes base que sozinhos dão os seus contributos, passando pelos núcleos de estudantes, concelhias, distritais estruturas regionais, e demais dirigentes da JP, que tem feito desta Juventude Partidária a melhor de Portugal, continuem o vosso trabalho por Portugal!
eventualmente outras funções ou experiências nas quais nunca tinham pensado. Da parte do governo, creio que não pode vender ilusões, mas sob o ponto de vista legislativo deve obviamente contribuir para que tenhamos de facto um mercado de trabalho mais flexível, que facilite a entrada no mercado de trabalho de quem nunca trabalhou. As leis que tínhamos, só protegiam quem já estava no mercado de trabalho e
Miguel Pires da Silva numa palavra
um político: Amaro da Costa
uma música: As Mulheres dos Outros
um país: Portugal
um livro: Equador
uma cidade: Lisboa
uma bebida: Vinho
uma viagem: América Latina
uma qualidade: Frontal
um filme: A Vida é Bela
um defeito: Muitos
22 | julho/agosto 2012 o jovem
opinião
Ângelo Miguel
Vogal da Juventude Popular da Maia angelomiguel_pr@hotmail.com
A Gente e a Terra
[2ª parte]
Autarcia dos novos tempos
Portugal
está actualmente a apostar em cativar investimento externo uma vez que os portugueses não possuem capitais para grandes aventuras. Mas quais são os prós e os contras desta aposta cada vez mais iminente? Um dos países que também seguiu pelo investimento externo e vingou é Singapura, uma das actuais potências mundiais, porém não deixa de ser um país instável sempre dependente de capital externo mas não deixa também de ser um exemplo visto que forçosamente importa alimentos, energia e matériaprima e consegue ter um balanço comercial bastante positivo, de facto Singapura conquistou a confiança de grandes empresas como a MobileOne, MediaCorp, entre outras que concentraram neste país as suas sedes. Se for este o nosso futuro estamos bem encaminhados mas os riscos para lá chegar são muitos e a instabilidade económica actual não beneficia em nada este modelo económico. Perfeito seria ter um clima autárcico adaptado aos novos tempos - não a autarcia de outrora, penso que o significado actual de autarcia está um pouco desactualizado, talvez alguém tenha uma palavra nova para o seu significado, pena é que não tenha nenhum “p” em autarcia, caso contrário certamente já se tinha alterado - implementado e estabilizar a nossa balança comercial para depois pensar nos prós e contras da aposta no mercado externo por isso prefiro pensar que os erros de um passado recente não deram alternativa em optar por pôr a carroça à frente dos bois. Contrariando a politica económica actual temos as PMES, os nossos empreendedores empenhados em vingar na nossa sociedade remando contra a maré, reconheço no entanto o esforço do governo em criar condições e incentivar o empreendedorismo em Portugal mas não posso aceitar que os incentivos ao investimento externo sejam melhores que os
vingar na nossa sociedade remando contra a maré, reconheço no entanto o esforço do governo em criar condições e incentivar o empreendedorismo em Portugal mas não posso aceitar que os incentivos ao investimento externo sejam melhores que os incentivos dados a quem é português e quer contribuir para o crescimento do seu país. Os portugueses não podem estar sempre à espera que o Estado tome medidas, temos de ser nós, cidadãos, a tomar a iniciativa e podemos começar por preferir consumir o que produzimos, pois dessa maneira estamos a alimentar todas as famílias que trabalharam para que esse produto chegasse até nós; criar um clima sustentabilidade na nossa sociedade desde o produtor ao consumidor e gerar fluxo de capitais sem que estes se dispersem para fora do nosso país. São várias as iniciativas que percorrem o nosso país incentivando um clima de auto-sustentabilidade, eu destaco “Aldeia das Amoreiras Sustentável”, esta iniciativa é protagonizada pelos jovens da Aldeia das Amoreiras e é um dos projectos do “Centro de Convergência” e consiste em solucionar problemas da sociedade local de uma forma sustentável enfrentando a conjuntura actual. São iniciativas destas que Portugal precisa, de gente empreendedora que também se preocupa com o bem-estar da sua comunidade e contribui de forma positiva para a melhoria da qualidade de vida da sua região. Assim entendo que cada munícipe devia filiar-se a pelo menos uma associação local do município a que pertence independentemente de daí ser natural e desta forma contribuir para o desenvolvimento da região a que faz parte bem como a sua integração no meio que
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opinião
24 | julho/agosto 2012 o jovem
André Bazan
Militante da Juventude Popular da Maia facebook.com/andre.bazan.96
Caminho da Saúde em Portugal
A saúde como todos nós sabemos é um tema que interessa
a toda a população portuguesa e ultimamente tem sido alvo de grande debate a nível nacional. Parece-me inquestionável que o nosso SNS ofereceu e oferece uma elevada qualidade de serviço cuidados de saúde prestados. Os números falam por si. A taxa de mortalidade infantil diminuiu de 29% para 3% entre os anos de 1960 a 2009, assim como, a esperança média de vida aumentou dos 63,9 para 79,5 anos de vida. Todos estes dados estão obviamente ligados com o forte investimento da generalização dos cuidados de saúde à população, associado a tecnologia das terapêuticas o que se traduz obviamente numa melhoria das condições de vida dos cidadãos. Isto não pode obviamente ser comprometido. O SNS foi criado com o propósito de servir toda a população, de uma forma tendencialmente gratuita e se isso, há uns anos era viável e aplicável, hoje é insustentável e impensável do ponto de vista financeiro. Factos são factos e o que é facto, é que Portugal em 2010 gastou 5,4 % do seu PIB em saúde, face aos 3,2 % gastos no ano de 2009. Através destes dados é possível comprovar que o gasto em saúde tem aumentado substancialmente, o que é evidentemente preocupante, tendo em conta os tempos de adversidade que atravessamos. O aumento da esperança média de vida, aliada à baixa taxa de natalidade, faz com que se torne obvio que o gasto em saúde aumente. A constante actualização e mudança nos medicamentos e nos tratamentos aumenta também, como é lógico, a despesa. Tudo isto tem um preço e não é nada acessível, tendo em conta o grau de inovação e de densidade populacional que envolve. É neste contexto, que temos que perceber e interiorizar, que o SNS tem de ser renovado e sustentável do ponto de vista financeiro, fazendo com que, se consiga assegurar a qualidade do SNS. A mudança na politica do medicamento” prescrição por DCI” foi uma das politicas adoptadas por este governo que, por muito que custe a muitos intervenientes “médicos e farmacêuticas”, tinha de ser obviamente adoptado, com vista a terminar os excessivos gastos, que muitas vezes visavam beneficiar intervenientes ao invés do próprio doente.
invés do próprio doente. As urgências hospitalares estão também a ser alvo de renovação, tendo em conta o recurso excessivo que nos últimos anos têm sofrido. Muitas vezes o contacto directo com o doente devia ser obviamente outro, atendendo às necessidades clínicas apresentadas. Estas situações normalmente eram reconhecidas através das situações azuis e verdes, pré-estabelecidas pela triagem Manchester. Segundo o relatório da Reavaliação da Rede Nacional de Emergência e Urgência é necessário que se criem sinergias entre o serviço de urgência e os cuidados de saúde primários “Os SU e CSP são sistemas comunicantes. Na opinião da esmagadora maioria dos profissionais, quanto melhor a relação dos SU com os CSP e melhor a pedagogia e continuidade de cuidados exercida pelos CSP numa determinada região, menor será o recurso à urgência e, sobretudo, menos frequentes serão as readmissões.” No que toca ao pagamento das taxas moderadoras, nesta situação especificamente, devo dizer que, esta medida vai sujeitar alguns utentes a pensar duas vezes antes de se dirigirem ao Serviço de Urgências, optando assim, por se dirigirem a uma consulta dos Cuidados de Saúde Primários ou utilizando um serviço de atendimento telefónico para o esclarecimento de eventuais questões associadas à doença ou sintoma. Esta reformulação do serviço de urgências permitirá um funcionamento mais eficiente, melhorando assim um serviço mais rápido e obviamente com maior qualidade. Estes são apenas alguns traços genéricos que considero fulcrais quando se fala hoje, na sustentabilidade do SNS. Em jeito de conclusão, gostaria de aproveitar para deixar expressa a minha opinião, no que toca à nomeação dos doze executivos para o ACES. Devo começar por dizer que desvalorizo todas as observações no que toca às nomeações, internamente e externamente ao CDS. Confio no líder do meu partido e sei que existe total transparência na sua governação e presidência do partido. A nomeação para os cargos executivos do ACES, para mim, não tem que ser obrigatoriamente da formação médica., podendo e devendo na minha óptica, ter sim, competências a nível da gestão ainda que não seja ao nível na saúde. Não nos
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O Jovem