57 | O Jovem | Setembro de 2013

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o jovem Jornal Oficial da Juventude Popular da Maia 57 | Set 2013 | Ano XXVII www.jpmaia.com

A primeira avaliação Especial | Este mês a política nacional enfrenta o seu primeiro teste. O Jovem foca-se no distrito do Porto e conta-te tudo sobre os candidatos do CDS. [p.10]

Entrevistas | Maria João Marinho e Jorge Quintas Serrano, Gondomar e Póvoa [p.14]

Convidado | João Pinto Bastos, jurista e blogger, assina o espaço de opinião. [p.8]

Discurso | As palavras de Adelino Amaro da Costa na Constituinte de 1976 [p.20]


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sumário

especial Autárquicas 2013 [pág.10]

opinião Manuel Oliveira [pág. 4] Ângelo Miguel [pág.22] José Carlos Pereira [pág.24 ] João Pinto Bastos [pág.8 ] José Miguel Lello [pág.4 ]

entrevistas Quintas Serrano e Maria João Marinho [pág. 14]

ficha técnica

memória convidado especial O Discurso da Oposição, de Amaro da Costa [pág.20]

Propriedade: Comissão Política Concelhia da Juventude Popular da Maia | Edição: Manuel Oliveira | Colunistas desta edição: Manuel Oliveira, Ângelo Miguel, José Miguel Lello, José Carlos Pereira | Convidados especiais desta edição: João Pinto Bastos | Entrevistado desta edição: Jorge Quintas Serrano e Maria João Marinho | www.jpmaia.com | maia@juventudepopular.org | Distribuição Digital | Setembro 2013 | O Jovem 1985 - 2013


EDITORIAL

Comissão Política Concelhia Juventude Popular da Maia

Enfrentar as urnas Como diz a nossa capa, as eleições Autárquicas de 29 de Setembro serão a primeira avaliação do clima político em Portugal. Muitos crêem que o voto autárquico não é barómetro de Governos. Por norma tendemos a concordar não fosse os últimos anos vividos no país. A degradação de todos os indicadores económicos, sociais e financeiros foram tão devastadores que o eleitor pode muito bem expressar desde já a sua revolta. Junte-se a isto ainda crises políticas e constantes indefinições de todas as partes para que a ansiedade desta ronda eleitoral esteja no máximo. Todos os candidatos e recandidatos sentem isso. Esperemos que o povo português aja com a inteligência suficiente para escolher em consciência.

O intuitivo João Pinto Bastos, que também é jurista e blogger, é o nosso convidado do mês. Este militante da JP Porto traz-nos a sua visão de um Portugal demasiado agarrado aos formalismos. A par de um resumo das candidaturas do CDS aos municípios do distrito do Porto, Jorge quintas Serrano e Maria João Marinho responderam a questões sobre as suas candidaturas à Póvoa de Varzim e Gondomar, respectivamente. Ângelo Miguel, José Carlos Pereira, Manuel Oliveira e José Miguel Lello assinam os restantes espaços de opinião ler o artigo de opinião do Manuel Aranha sobre o impacto do

notícia

JP Maia com candidatos autárquicos Com as listas entregues no início de Agosto no Tribunal da Maia, a Juventude Popular da Maia confirmou alguns dos seus nomes nas listas da coligação PSD/CDS “Sempre Pela Maia”, encabeçada pelo Eng. António Gonçalves Bragança Fernandes. Na lista do executivo camarário surgem os nomes da Presidente do Plenário Concelhio, Vânia Peres, e do VicePresidente da Juventude Popular da Maia, Miguel Ribeiro. A lista à Assembleia Municipal contará com Manuel Oliveira, Presidente da JP Maia, Tiago Oliveira e Ângelo Miguel, respectivamente Vice-Presidente e Secretário-Geral da concelhia. As eleições estão marcadas para o próximo dia 29 de Setembro.


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Por Terras de Lidador por Manuel Oliveira Presidente da Juventude Popular da Maia

Sobre as autárquicas na Maia Foi com enorme sentido de responsabilidade que aceitei integrar, como primeiro candidato do CDS, a lista da coligação PSD/CDS à Assembleia Municipal da Maia. Entendo que este desafio está directamente ligado à importância que a Juventude Popular da Maia tem conquistado no concelho e dentro do partido. São quatro anos de trabalho e investimento de uma estrutura juvenil que sabe bem o que quer e para onde vai - penso que restam poucas dúvidas sobre a capacidade intelectual da Juventude Popular da Maia e da sua forma de estar na política. Foram raras as vezes que a estrutura, nos últimos quatro anos, falhou o debate político no concelho. Batemo-nos sempre por aquilo que é possível fazer a este nível político no combate à asfixia fiscal e não hesitamos a apontar o dedo recorrendo a factos. Chegamos até a contestar o ruidoso, e pouco eficaz, clima que a própria Assembleia Municipal evidenciava. Na reforma administrativa demos a cara e apresentamos a nossa ideia, o nosso projecto – como outros, podíamos ter falado depois das coisas terem sido decididas. Fomos, sem modéstia, claros e incisivos. Estou convicto que a Juventude Popular da Maia há muito merece estar formalmente representada nos mais diversos órgãos autárquicos da Maia, em locais onde possa realmente levar e implementar as suas ideias. Pela Juventude Popular da Maia, estou grato pela oportunidade e, caso seja eleito, tentarei desfrutar dela ao máximo, obedecendo em todos os momentos à minha consciência – que esteve, está e estará sempre tranquila e descomprometida. É também assim esta casa.

facebook.com/juventudepopularmaia

opinião

Popular e “Populistas” por José Miguel Lello Secretário-Geral da Juventude Popular

Irrevogável ou não? Eis a questão. Aquilino Ribeiro faria hoje 128 anos e legou a todos os portugueses e ao Mundo, um espólio cultural vasto, que condimentou a literatura portuguesa com sátiras, ironias e romances. Assim, ainda hoje as suas palavras ecoam pelas "vinhas" de Portugal, 'O pior dos crimes é produzir vinho mau, engarrafá-lo e servi-lo aos amigos'. Podemos dizer que as palavras são como o vinho, inesquecíveis independentemente do seu contexto, da sua forma e do seu conteúdo. Por vezes, tornam-se irreversíveis e conseguimos constatar aquando olhamos para um país que é governado há 39 anos, por políticos que se vão esquecendo das promessas que, outrora viram como solução única e primogénita para um Portugal vitorioso que, infelizmente se foi perdendo sem nunca alcançar a 'parra' do Quinto Império. Assim, revogável devia ser o aumento de impostos que estrangulam as empresas e bloqueiam o consumo interno. Revogável devia ser a displicência dos políticos que descartam as suas responsabilidades, para o Tribunal Constitucional, fazendo disto modus operandi, nos últimos meses. Revogável deviam ser as políticas económicas que continuam a permitir níveis de desemprego jovem nunca antes registado. Revogável devia ser a falta de humanismo político e partidário no que toca a remunerações e reformas que só permitem sobreviver. Revogável devia ser o Estado, da forma desmesurada e gigantesca como hoje se apresenta aos portugueses e à Europa, de seu nome Adamastor. Revogável devia ser a inércia dos jovens que somente exigem direitos, sem lutarem pelos seus deveres. Contudo, irrevogável é o desleixo perante a pátria. Irrevogável é o cumprimento fiel dos compromissos que nos foram confiados. Irrevogável é a irreverência na atitude activa de cada jovem popular. E porque 'Até ao lavar dos cestos, é vindima', irrevogável é ser Português. facebook.com/juventudepopular


Sabias que... Ponte de Lima é a única Câmara Municipal do CDS? Em 2009 o CDS reafirmou mais uma vez o seu poder no concelho de Ponte de Lima, Distrito de Viana do Castelo. Foram uns esmagadores 64,37% para o executivo camarário e 60,97% para a Assembleia Municipal. Seis vereadores contra um do PSD e trinta e três deputados municipais. Um verdadeiro exemplo!

Mas o concelho que elege sempre o CDS como líder é também um grande exemplo quanto à economia e finanças da autarquia. Com mais de doze milhões de euros no banco, a Câmara Municipal de Ponte de Lima é famosa pela Victor Mendes, Presidente da autarquia

política fiscal amiga dos munícipes e investidores.


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cada vez mais perto

de ti!

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O Snobismo do Portugalório Doutorado Os recentes desenvolvimentos da política portuguesa trouxeram novamente à João Pinto Bastos Jurista e Blogger estadosentido.blogs.sapo.pt

liça, ainda que sub-repticiamente, o duradouro problema do snobismo social das nossas elites. Em quê, perguntarão, e bem, os caríssimos leitores. A resposta é simples: no desprezo olímpico a que foi votado um governante que, com ou sem um talante político de nomeada, ousou trespassar o consenso do doutorismo pátrio. Falo, pois, de Álvaro Santos Pereira. Durante dois anos, com uma inalterada paciência de Job, o ex-ministro da economia foi trilhando o seu caminho, tentando reformar o que, amiudadas vezes, parece totalmente irreformável. Alçou a sua voz face aos grandes potentados neo-feudais que vivem das rendas públicas, redefinindo, em simultâneo, ainda que com alguma parcimónia, a relação dos poderes públicos com a economia privada. Mas a grande inovação que Álvaro Santos Pereira trouxe à política portuguesa foi, indubitavelmente, o seu despojamento relativamente à ética doutorista que permeia as elites do regime. Ao pedir para ser tratado apenas por “Álvaro”, o ex-ministro da economia concitou contra si o que há de pior nesta República gasta e caduca: o vício esparvoado do título académico. O caso de Álvaro Santos Pereira é sintomático sobretudo pelo facto de as elites amesendadas no Estado português, e que têm governado o país nas últimas décadas, não aceitarem reinvenções de trato pessoal que impliquem uma certa igualização no modo como são encarados os titulares de determinados cargos. O atraso e provincianismo do Portugal democrático desvela-se, em grande medida, nesta pecha cultural, que percorre, com uma certa toada à la “Ancien Régime”, todos os estratos sociais da sociedade portuguesa, não deixando incólume um único recanto da alma nacional. O título académico serve de feição aos interesses reputacionais dos Cresos milionários das nossas elites, pois, sem esse pedacinho de papel com o “doutor” bem garatujado, o tão almejado prestígio social seria um pesaroso quebra-cabeças, cujo desfecho tenderia a ser, necessariamente, a inclemente zombaria dos pares. Para o Zé povinho, o título académico serve um propósito de ascensão social, temperado pela ideia de que só existe, socialmente falando, quem é “doutor”. Não importa, pois, se um indivíduo sabe ler, contar, raciocinar ou discretear sobre o estado do céu, o crescimento da economia, os dotes pictóricos do Mestre da Lourinhã, ou as amantes de Júlio César. O que realmente interessa aos preconizadores deste caldo cultural snob e pseudo-ilustrado é a ideia, ingénua e torpe, de que a diferenciação social depende, fundamentalmente, do título académico. A democracia, enquanto regime das massas, ajuda a entender, numa pequeníssima porção, a influência desta mentalidade castradora, porém, na verdade, o mal do snobismo não nasceu com esta III República desrepublicanizada. O zângão do doutorismo tem, infelizmente, um largo arraigo no nosso país, atravessando regimes, guerras, divisões e uniões esporádicas. O que os últimos 30 anos trouxeram foi, sem dúvida nenhuma, o


convidado especial

esporádicas. O que os últimos 30 anos trouxeram foi, sem dúvida nenhuma, o empolamento exacerbado deste vício, levando a que uma classe média em crescimento contínuo encarasse o carimbo do “doutor” como a oportunidade de uma vida. A geração mais qualificada de sempre, fruto de uma democracia jovem formada nos preconceitos de uma esquerda reaccionária, é, com grande probabilidade, a mais ignara nos preceitos básicos da etiqueta e da boa educação. A educação não nasce no “doutor” ou no respeitinho por quem põe e dispõe do pão e do verbo. O que distingue um ser humano de uma besta quadrada com doutor aposto antes do José ou Estanislau é a dignidade e a honra, e essas nascem do trabalho diário, da labuta constante, e do esforço interminável de cada dia. Estes predicados parecem, aos olhos de hoje, um tanto ou quanto apartados do ar do tempo, mas são eles que fazem a dignidade de cada ser humano, não o facilitismo do título. Em Portugal, vive-se ainda na peçonhenta ilusão de que a fronteira do desenvolvimento só se ultrapassará com a ajuda prestimosa do vírus da doutorite aguda, descurando, em nome da massificação do doutorismo, a qualidade e o mérito. O preço desta incúria está a ser pago, com língua de palmo, por todos os portugueses. O caso do “Álvaro” foi apenas e tão-só mais uma centelha num mato que arde todos os dias, descontrolada e desapiedadamente, com o silêncio desgarrado de um povo alienado pela balbúrdia moral, sem que haja uma só alma que se apreste a debelar o incêndio dos nossos valores. É nestes momentos que me vem à memória uma das sentenças mais infelizes de Descartes, que dizia, na abertura do seu “Discurso do Método”, que o bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída. Lamento profundamente que o matemático francês não tenha incluído na sua análise filosófica as particularidades psicológicas e sociológicas do povo português, pois, caso o tivesse feito, certamente teria escrito que o bom senso é a coisa do mundo pior distribuída. Basta olhar para a doutorite aguda do povoléu lusitano.

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especial

O primeiro teste No fundo todos ansiamos pela primeira avaliação. Portugal vai a votos no dia 29 de Setembro para escolher os seus novos autarcas e O Jovem. focouse nos candidatos do CDS ao distrito do Porto.


AMARANTE | José Luís Gaspar

LOUSADA | Leonel Viera

Depois de uma vitória do PS em 2009, o CDS e o PSD uniram esforços para que nestas eleições possam “Afirmar Amarante”. Uma coligação que, a manterem-se as tendências de voto da última ronda eleitoral, poderá muito bem ganhar a batalha deste ano. A candidatura tem investido na promoção de políticas de Emprego, Turismo, Mobilidade e Ambiente.

Também neste concelho a coligação CDS/PSD se reedita para destronar o Partido Socialista. Com três Vereadores conquistados em 2009, a aposta recai nos temas da Mobilidade e Transportes, na defesa de um orçamento participativo e na criação de um Conselho Estratégico Municipal para uma “Lousada Viva”.

MAIA | António Bragança Fernandes BAIÃO | José Carlos Póvoas “Por Baião, pelas pessoas” é o lema da candidatura do CDS ao concelho na ponta mais oriental do distrito. Em 2009 o partido não apresentou candidato tendo o PS ganho com uma maioria esmagadora. Acção Social, Turismo e Agricultura são temas que a candidatura quer levar para a Câmara Municipal.

Depois de em 2009 ter concorrido sozinho, este ano o CDS junta-se novamente ao PSD para a mais do que certa renovação de mandato na autarquia. A fasquia passa por eleger nove vereadores e continuar com a missão da sustentabilidade financeira do município. A promoção económica e da solidariedade social são também claras apostas desta candidatura “Sempre pela Maia”.

FELGUEIRAS | Carla Carvalho Há já bastante tempo tínhamos em mente entrevistar Depois de uma vitória em 2009, que deu quatro aquele que tem assumido, com mais preponderância, Vereadores, o CDS decide não prolongar a coligação que os destinos do CDS no distrito do Porto. Álvaro mantinha com o PSD. “Pela Nossa Terra” é uma Castello-Branco, 52 anos, licenciado em Direito. A sua candidatura que pretende a união de todos os prioridade é sempre Portugal. O Jovem foi ouvir este felgueirenses num crescimento do concelho. A portuense sobre o Norte,do as Autárquicas futuro do sustentabilidade financeira munício é ea ogrande partido. bandeira de Carla Carvalho.

Quase um ano passou desde o seu regresso à liderança GONDOMAR | Maria João Marinho da Distrital do Porto do CDS. O que é que mudou? A força do poder instalado neste concelho não é Mudou para tudo mas não porAinda causa da liderança. Mudou por novidade ninguém. assim, a coligação causa tema da actualidade e porcom ser carisma um anosuficiente de batalha CDS/PSD uma candidata autárquica. Esta é uma distrital focada nas autárquicas para almejar um bom resultado. Um contacto mais ao contrário da anterior que apanhou umassociais legislativas próximo da população, das suas necessidades e de surpresa. Estamos organizados para responder uma aposta na Economia local são prioridades para às exigências das concelhias no âmbito deste cenário. tornar “Gondomar com Esperança”.

É líder político num dos distritos mais fustigados pela actual crise económico-financeira. Conseguirá a região Norte reerguer-se? Como? O Estado em sentido lato, inclui os Ministérios,

MARCO DE CANAVEZES AvelinoNorte F. Torres A questão não é da|região mas sim do país. Tenho aliás alguma dificuldade em fazer parte desse discurso A concelhia do CDS local aposta num autarca famoso porque o Porto não é o Norte. O Porto é uma importante para tentar vencer a Câmara. Nas palavras do próprio cidade do Norte e nem a Distrital do Porto representa o candidato, o seu nome vale mais votos que qualquer Norte do país. O importante é que se o país se reerguer partido. E daí dizer-se independente. Certamente um todas as regiões vão atrás. Não sou partidário de um resultado a acompanhar de perto na noite de 29 de discurso bairrista mas sim de um activo que realmente Setembro. aponte soluções. Costumo dizer que tenho três características: a primeira é ser português, a segunda é ser do Norte e a terceira é ser portuense. Por isso o que MATOSINHOS Manuel Maio mais me |preocupa é o país e se este se conseguir reerguer resolvendo o problema da intervenção externa O actual Presidente da Junta de Freguesia de Ramalde teremos condições óptimas para promover uma (Porto) foi o escolhido para assumir a candidatura do verdadeira regionalização. Aliás, sou partidário de um CDS na terra em que o PS é dono e senhor. Assumindo país administrativamente com cinco regiões, cinco um “Compromisso com a verdade”, o candidato do CDS pontos estratégicos que permitiria um equilíbrio e Matosinhos promete uma política com foco nos acabar com a polarização Porto-Lisboa. Com cinco pólos cidadãos e de potencialização das melhores qualidades económicos caminharíamos para aquilo que eu e o CDS do concelho. defende que é uma verdadeira igualdade de oportunidades ficando o resultado final desse acesso ao mérito e empenho de cada um. Estou convicto que esta maior simetria seria benéfica para o desenvolvimento económico do país.


12 | setembro 2013 o jovem

PAÇOS DE FERREIRA | Henrique Pacheco

PÓVOA DE VARZIM | Jorge Quintas Serrano

Porque “Paços de Ferreira merece mais”, o CDS volta a concorrer sozinho a um concelho onde é a terceira força política. Assente em propostas realistas e dinâmicas, o candidato do CDS promete desenvolvimento económico, desenvolvimento das freguesias e uma reorganização municipal.

Todos esperamos muito desta candidatura. Em 2009 o CDS conseguiu eleger um vereador e todas as sondagens indicam que o resultado em 2013 será ainda melhor. Uma candidatura dinâmica, jovem e cheia de impulso virada para políticas de Empreendedorismo e de Solidariedade Social.

PAREDES | António Macedo Lemos

SANTO TIRSO | José Graça

Um concelho com forte presença do CDS a nível eleitoral onde em 2009 o partido quase chegou aos 10% para a Câmara Municipal. Desta feita o CDS volta a apostar numa candidatura focada nos problemas económicos e sociais do concelho.

A velha guarda testemunhará a força eleitoral que o CDS teve neste concelho. Porque “Santo Tirso Vale a Pena”, a concelhia aposta novamente em José Graça que já em 2009 tinha conseguido aumentar consideravelmente o número de votos no partido. Espera-se uma consolidação à Câmara, Assembleia Municipal e Freguesias.

PENAFIEL | Antonino de Sousa Actual Vice-Presidente da autarquia penafidelense, Antonino de Sousa, ex-Presidente do CDS local, assume uma candidatura independente com o apoio CDS/PSD. Os objectivos passarão inquestionavelmente por reforçar os números da vitória em 2009 num conselho estratégico para o Distrito e onde a Esquerda vale pouco mais do que 30%.

TROFA | Sérgio Humberto CDS e PSD “Unidos pela Trofa” têm em Sérgio Humberto a certeza de um carisma e vitalidade que pode surpreender a recandidatura da actual Presidente de Câmara socialista. A política de proximidade tem sido evidente e pode mesmo capitalizar para a coligação os votos necessários.

PORTO | Rui Moreira Por quase tudo, o concelho do Porto merece sempre uma atenção especial na noite autárquica. Depois de uma coligação de sucesso com Rui Rio, o CDS decidiu concentrar forças na candidatura independente de Rui Moreira. Agora que Menezes tem luz verde do Tribunal Constitucional será interessante ver o resultado final do confronto entre estes dois candidatos. Até porque à partida o PS continua muito longe dos resultados de outrora.

VALONGO | Alexandre Teixeira O actual Presidente da concelhia do CDS local foi o escolhido para assumir a liderança de uma candidatura que há muito vem trabalhando com eficácia no terreno. Depois de uma coligação com o PSD em 2009, o CDS quer dar “Uma Nova Esperança Para Valongo” apontando baterias à recuperação financeira da Câmara Municipal.


VILA DO CONDE | Artur do Bonfim Depois de uma coligação que em 2009 deu três vereadores o CDS decide concorrer sozinho. Num concelho marcado pela longevidade do socialista Mário Almeida, a candidatura do CDS tem pautado a sua campanha pela crítica à herança governativa do actual executivo e pela apresentação de propostas de Economia e Solidariedade Social.

VILA NOVA DE GAIA | Carlos Abreu Amorim A par do concelho do Porto, a ansiedade é grande para perceber o resultado da coligação CDS/PSD agora sem Menezes. A candidatura independente de Guilherme Aguiar parece ameaçar uma coligação que deverá ter demorado tempo de mais a encontrar um líder para esta batalha autárquica.

Os dados estatísticos usados neste Especial foram todos recolhidos no site oficial da Comissão Nacional de Eleições | www.cne.pt


14 | setembro 2013 o jovem

Póvoa de Varzim

Gondomar

especial entrevista Jorge Quintas Serrano será novamente o candidato do CDS à Câmara Municipal da Póvoa de Varzim. Maria João Marinho assumiu pela primeira vez o desafio de conduzir à vitória a coligação CDS/PSD a Gondomar. O Jovem colocou-lhes quatro questões num desafio em que ambos mostraram com clarividência a força das suas candidaturas.


Em traços genéricos, quais são as mais-valias da sua candidatura? Apresentamos listas aos diversos órgãos autárquicos com um profundo equilíbrio entre aquilo que pode ser um bom candidato e as suas competências pessoais e profissionais para o exercício do futuro mandato. São pessoas cujos curricula vitae, desenvolvidos nas empresas e instituições, falam por si e dão conta da tal capacidade que atrás mencionei. Não figura qualquer profissional da política e todos têm uma carreira profissional. Do ponto de vista comportamental são pessoas capazes de liderar pelo exemplo. Num momento conjunturalmente difícil estão dispostas a dar muito de si, pelo futuro de todos. Apresentamos um programa claro, que recentra a actividade do Município focada no seu activo mais precioso – as pessoas! Elencamos três linhas de acção objectivas, explicadas nos grandes objectivos: queremos um Concelho de trabalho e de empreendedores - capaz de aproveitar os recursos (na pesca, agricultura, turismo e comércio local); de desonerar os Munícipes, devolvendo-lhes algum poder de compra; de impulsionar a instalação de empresas e investimentos privados, como única forma de criar emprego e distribuir riqueza; queremos um Concelho socialmente justo e equilibrado - Capaz de respeitar a independência das IPSS que são sempre capazes de fazer mais e melhor do que a administração publica; capaz de gerir uma verdadeira rede social no Concelho e, portanto, actuar de forma a potenciar as sinergias necessárias para fazer de "1+1=3"; Capaz de discriminar positivamente as IPSS, pois mesmo em clima de generalizada austeridade é necessário ajudar mais a quem mais precisa. Não nos esqueceremos ainda do papel destas instituições na economia local. Uma análise directa às mesmas, lembra-nos imediatamente que são o principal empregador do Concelho, no seu conjunto. Há muitas famílias cujo único posto de trabalho e consequente vencimento mensal, advém do facto de um membro do agregado familiar ter trabalho numa IPSS; queremos um Município eficiente e sustentável, pois só com os ganhos de eficiência decorrentes de uma gestão séria, rigorosa e transparente serão libertos os meios necessários à sustentação das políticas que atrás defendemos. Termino por onde comecei: para isto é necessária uma equipa capacitada, capaz de aportar a sua experiência profissional e qualidades pessoais.

Considera que a recente crise política no país pode influenciar o resultado autárquico? Porquê? Obviamente, a crise política afecta os resultados autárquicos. Não em particular aqui ou ali, mas na generalidade. Foram os

Não em particular aqui ou ali, mas na generalidade. Foram os políticos que criaram esta situação em que o País se encontra, e devem ser os políticos a resolvê-la! Isso só se faz, se estivermos disponíveis para nos apresentarmos com listas capazes e programas eleitorais realistas, capazes de colocar as pessoas em primeiro lugar e aquilo que elas realmente precisam, em detrimento dos sonhos pessoais de todos aqueles que pretendem vir a desempenhar mandatos autárquicos com seriedade. É tempo de se actuar com verdade e objectividade. Autárquicas é sinónimo de proximidade. Quais são as expectativas das pessoas quando as aborda? Os autarcas são, de facto, quem está mais próximo dos eleitores. Isso é totalmente verdade. Se falamos com as pessoas no dia-a-dia, não falaremos ou actuaremos de maneira diferente quando somos candidatos ou, posteriormente, autarcas. Tenho experiência pessoal do caso. Já fui Membro da Assembleia Municipal e sou, actualmente, Vereador em regime de não permanência na Câmara Municipal da Póvoa de Varzim. Vou, agora em campanha, a todas as IPSS, Clubes, associações, Instituições das mais diversas, com todo o à vontade, mesmo quando sei que não são exactamente "dos nossos", pois sempre fui. E, deixem-me dizê-lo, quando o fazemos assim, não encontro alguém que fique desagradado com o facto. A expectativa das pessoas é que falemos claro daquilo que lhes diz directamente respeito. O acreditarem naquilo que dizemos vem da nossa postura permanente e da nossa coerência. Temos que ser capazes de liderar pelo exemplo. Querem saber como encaramos as opções em matéria de impostos que a autarquia pratica directos e indirectos (IMI, Taxas, Licenças); querem saber a nossa política e compromissos em matéria de tarifário da água; querem saber da nossa actuação em matéria de sustentabilidade dessas políticas, pois sabem que se não actuarmos sobre a despesa corrente e endividamento da autarquia, estaremos apenas e só a ser mais uns.

Em que medida é o poder autárquico essencial para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos? Pelos efeitos atrás referidos, o poder autárquico assume-se como uma primeira linha nesta matéria. Eu diria que é onde se mede mais directamente a relação causa - efeito da actuação dos políticos, em termos temporais.

Em traços genéricos, quais são as mais-valias da sua


Em traços genéricos, quais são as mais valias da sua candidatura?

Autárquicas é sinónimo de proximidade. Quais são as expectativas das pessoas quando as aborda?

A candidatura “Gondomar com Esperança” tem trabalhado diariamente no sentido de apresentar a todos os gondomarenses um programa eleitoral de aposta no futuro, assente num crescimento sustentado, que viabilize projectos dinamizadores para todos, que não discrimine freguesias e que responda em função das suas reais necessidades. O projecto que apresentamos aos Gondomarenses prevê estratégias de desenvolvimento em áreas que actualmente apresentam grandes défices: social, económica, saúde, educação e urbanística. Queremos para o nosso Concelho a fixação da população, criação de emprego, fomentação do empreendedorismo, atracção do investimento, criação e desenvolvimento de postos turísticos e ordenamento dos espaços verdes e de lazer. É urgente gerir melhor o nosso património cultural. Queremos que Gondomar seja um local aprazível para nascer, crescer, estudar, trabalhar, viver e envelhecer com orgulho. Vamos gerir com critério, rigor e transparência, apostando em investimentos que traduzam a melhor relação custo-benefício.

Sem dúvida, Autárquicas são proximidade! Autárquicas são os cidadãos! Somos todos nós! É a oportunidade de termos voz no poder local e escolher o rumo para o nosso Concelho. É nesse sentido que asseguro que em todas as decisões tomadas saberemos envolver sempre todos os Gondomarenses para a melhor decisão final, promovendo um novo modelo de relação dos munícipes com a autarquia. Temos a obrigação cívica de dar o nosso melhor contributo para juntos construirmos um grande movimento de cidadania política alargado e aberto a toda a gente que faz e sente o nosso concelho. Os Gondomarenses sentem que as pessoas serão sempre a nossa prioridade. Um concelho é as suas gentes! E nós sabemos que os Gondomarenses merecem um trabalho mais sustentável, com maior qualidade e seriedade. É precisamente isto que as pessoas esperam de nós. Esperam que o novo Executivo responda de forma objectiva às suas reais preocupações. Escolas, centros de saúde, instituições sociais, colectividades, empresas, comerciantes e famílias, todos sabem que juntos fazemos um concelho mais forte. Uma verdadeira comunidade que se une e sabe trabalhar em uníssono para ultrapassar todas as dificuldades. Estamos todos seguros de que unidos somos mais fortes!

Considera que a recente crise política no país pode influenciar o resultado autárquico? Porquê? As Autárquicas assumem a sua real importância enquanto espaço privilegiado de resolução de problemas e de afirmação de direitos e de defesa dos interesses e aspirações dos cidadãos. As pessoas têm nas Autárquicas a oportunidade de participar ao nível da gestão económica, patrimonial e de recursos humanos. Embora desacreditadas nas políticas de governação, os cidadãos sabem que devem continuar a participar activamente na construção do próprio futuro. Estão conscientes e acreditam que existem pessoas competentes, responsáveis, activas e capazes de contribuir para o desenvolvimento local nas vertentes social, económica e cultural. Pessoas cuja conduta se pauta no envolvimento com a população. Estou certa que os gondomarenses não vão abdicar do dever do voto, até mesmo porque estão convictos que Gondomar com Esperança é capaz de os representar, com princípios íntegros voltados para o progresso sustentável do concelho e das suas freguesias. Mais importante que as cores partidárias são os projectos e as pessoas que os lideram. Se nisto eu própria não acreditasse, não estaria aqui neste momento. Como é já do conhecimento de todos, Maria João Marinho apresenta-se numa candidatura livre e independente apoiada pela coligação PSD/CDS.

Em que medida é o poder autárquico essencial para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos? O poder autárquico deve ser sempre sinónimo de proximidade e conhecimento da realidade dos munícipes. É um elo de ligação essencial para a promoção do desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida no concelho. Com base nestes pressupostos, o nosso programa defende que o planeamento e a estratégia são as ferramentas essenciais para se alcançar um desenvolvimento sustentado, com consideração pelo passado e com respeito pelos Gondomarenses que ao longo do tempo têm resistido a tantas adversidades. Temos consciência que não será possível resolver todos os problemas no imediato, por isso apostamos em estratégias de intervenção para as áreas prioritárias – EMPREGO, SAÚDE e EDUCAÇÃO, sem descurar uma política integrada de Ambiente, Turismo e Cultura. Um programa de acção reflectido e ponderado, sem as manifestações de ostentação típicas de períodos eleitorais. A linha de acção do projecto “Gondomar com Esperança” centrase na implementação de medidas de apoio às famílias, na melhoria efectiva da sua qualidade de vida, criando riqueza e emprego e promovendo o desenvolvimento do concelho. Só assim, contribuiremos activamente para o crescimento do País. A autarquia não pode abster-se de dar respostas rigorosas a estas necessidades.


Jorge Quintas Serrano

Maria Jo達o Marinho


ConsciĂŞncia

junta-te a


tranquila? a n贸s!


20 | setembro 2013 o jovem


<< (…) Aceitamos que o povo português está convencido de que seria um grave risco deixar ir mais longe os erros da política demagógica, durante tanto tempo praticada. Mas como poderá o povo português aceitar o aumento dos preços de bens de consumo normal, sem vislumbrar uma medida positiva, uma medida imaginativa que dê sentido e significado aos sacrifícios, puramente negativos, que tem de suportar? O povo português, pela informação que lhe tem chegado, conhece os traços fundamentais do que durante muito tempo não foi, e continua a não ser, uma política económica: o pedido de auxílio ao estrangeiro; o aumento indiscriminado de salários até um certo ponto e o congelamento de salários a partir daí; a prática "messiânica" das nacionalizações e das intervenções do Estado; o aumento sistemático da circulação monetária; a desorganização das estruturas administrativas e de produção. Perante este panorama, mais ou menos inalterado durante largo tempo, ganha-se a consciência crescente de que o País está afinal a financiar a inércia e, por justas razões sociais e morais, o desemprego. As injecções maciças de dinheiro nas empresas através do sistema de crédito e de aumento da circulação monetária que efeito têm no relançamento da economia e na criação de novos postos de trabalho?

As empresas que continuam a funcionar produzem para quem e o quê? Os riscos desta política estão à vista. (…) (…) Pelo nosso lado, estamos crentes de ter dado prova, em múltiplas ocasiões, de estarmos conscientes das nossas obrigações perante o País. Não será por nós que se criarão as condições de instabilidade favoráveis, a novos golpismos pseudo-redentores, ainda que de outra cor. E talvez a história venha a reconhecer que foi também graças aos democratas centristas, da sua recusa em embarcarem no jogo oportunista do eleitoralismo mais primário, que a democracia teve condições para se salvar em Portugal. Estamos dispostos a honrar esta missão, na pedagogia política que nos cabe como partido de oposição, profunda e inequivocamente empenhado na democracia social avançada que desejamos ver construída. Oxalá outros, que se reclamam de posições à nossa esquerda, e que estão no Governo, também assim o saibam entender, pela coerência das suas posições, pela clareza das suas atitudes. De outro modo, a convulsão social atingirá tais dimensões que os riscos corridos pelo projecto democrático serão incalculáveis. (…)


22 | setembro 2013 o jovem

opinião

José Carlos Pereira

Vogal da Juventude Popular da Maia facebook.com/josecarlos.pereira.50

Um país que arde e vive sem chama Mais um Verão e, como em tantos outros, os incêndios

voltam a marcar o panorama nacional. Mas afinal a que se deve este flagelo? Será apenas consequência do clima e território, ou deve-se apenas á falta de manutenção e limpeza das nossas matas? Será possível que um país dito desenvolvido se deixe levar e não calcule que todo este flagelo pode ser evitado ou pelo menos minimizado através de um simples planeamento? Não será de difícil conclusão que esta situação acabe por trazer custos avultados ao país, quando se houvesse uma política de antecipação e se desenvolvessem medidas para evitar que tais fogos destruíssem uma considerável percentagem do nosso território, estes custos acabariam no final por não ser tão elevados. Não é apenas pelo território que podemos falar, fosse todo o mal o do aspecto “estético”. A verdade é que são várias famílias que perdem tudo aquilo que têm, desde habitações até terras e animais que permitem o sustento destas, que não são menos nem têm menos direitos por viverem longe dos grandes centros urbanos. Quanto vale uma vida? Quanto vale a perda de meios de sustento de algumas pessoas que retiram dali a forma de viver num país que há muito perdeu a capacidade de ver na terra um meio de gerar riqueza, mesmo que esta não se revele muito significativa? Porque haveremos de ter um grupo, que não é nada insignificante, de gente que vive ao sabor do vento, pois tem direito a um rendimento que lhes dá tudo aquilo que outros apenas com trabalho conseguem, e não desempenham nenhuma função ao benefício do Estado? Porque não ver na floresta um meio de tornar este grupo de pessoas úteis e serem estas a fazerem da

limpeza das matas uma medida de combate aos

limpeza das matas uma medida de combate aos incêndios , para além que deste modo estariam a fazer algo como recompensa do “privilégio” que têm? Portugal precisa de atitude, precisa de mudar velhos hábitos e perder esta postura impávida e serena à espera do que vai acontecer. Não faz sentido que se receba por não fazer nada quando existem pessoas que trabalham o dia todo enquanto estes apenas dão audiências a programas de televisão. Não faz sentido que se veja um país a arder e não se tome medidas. Como pode haver harmonia dentro de uma sociedade e acreditar num país melhor quando se vê tal desigualdade? Já diziam que “o sonho comanda a vida” e, para mim, as atitudes comandam um país!

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24 | setembro 2013 o jovem

Ângelo Miguel Coligações Sobre quem cá anda SG da Juventude Popular da Maia facebook.com/angelo29miguel

Quem por cá anda, anda por gosto e por diferença e esta é a primeira conclusão que podemos tirar. Esperançosos de algo melhorar, ainda que inocentes, com a ideia do mundo mudar, mas é mais o mundo que nos muda e não nós a ele. Mas a essência que nos move, que nos faz querer estar e continuar, devemonos lembrar quando leigos nos discriminam. Somos nós os da política. A verdade é que raras são as pessoas que acreditam que por cá andamos para tentar melhorar e mudar aquilo que achamos que está mal. Quantas vezes ouvimos que o que se quer é um tacho mas ninguém se lembra nem fazem ideia que é por haver quem pelo menos pense no que existe que se melhora o estado do país? Independentemente da cor, do partido, o que faz a diferença são as pessoas! Não é por termos ideais diferentes que não vamos atingir a mesma finalidade. A diversidade é o ponto de partida para que se faça política, hoje é banal, é desvalorizada e desrespeitada, pensa-se que tudo é uma corja, mas ninguém se lembra que é esta corja, estas pessoas, que faz ouvir os direitos e pensamentos dos demais. Eu acredito e sei que aquilo que penso hoje outros já pensaram e amanhã outros pensarão. A diferença entre mim e os outros é que eu não fiquei pelo pensar. Discuti, fiz-me ouvir e tudo isso dá trabalho. E não, não somos mais, nem menos, nem melhores do que ninguém. Quem por cá anda merece respeito e o respeito ganha-se mostrando quem somos e os nossos valores tendo a noção que representamos muitas pessoas que pensam como nós, mas também há cada vez menos coragem.

há cada vez menos coragem. A capacidade de argumentação é algo que nos caracteriza, persuasão sobre quem nos critica e nos contesta, nem sabe do que fala, é o maior trunfo que temos. É preciso mudar mentalidades e cada vez seremos mais e melhores não esquecendo que em política cada pessoa é uma pessoa com valores próprios e que não é igual a ninguém por muita gente que represente e como tal deve ser valorizado.

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O Jovem


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