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entrevista [12]

Manuel Oliveira Após um ano excepcional, sem comparação na história da concelhia, Manuel Oliveira prepara-se para iniciar o seu segundo mandato à frente da Juventude Popular da Maia. Em tempo de balanço e construção de novas expectativas, o presidente da estrutura respondeu às perguntas d’O Jovem, e afirma o desejo de ver concelhia que lidera ser sempre a referência.

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dossier [8]

especial [10]

Fizemos o balanço do último ano de mandato

O sucesso das Charter Schools

Um ano de trabalho da distrital de Lisboa

A JP Maia foi a votos para reconduzir Manuel Oliveira e a sua equipa na liderança da estrutura. Nesta edição fazemos o balanço do último ano de mandato. Quase não tínhamos espaço para tudo…

Criado nos EUA, este modelo educativo, que oferece uma alternativa inovadora ao tradicional modelo de escola pública, está a ganhar cada vez mais adeptos, mas ainda continua desconhecida em Portugal.

Há cerca de um ano, a distrital de Lisboa estava adormecida. Luís Chiti decidiu então encabeçar um projecto que devolveu a vida ao distrito e que reafirmou a Juventude Popular por terras alfacinhas.


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primeira página

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EDITORIAL Tiago Loureiro

| Editor d’O Jovem

No reino do vácuo Há dias, aquando de uma visita à página de facebook da JP da Póvoa de Varzim, pude aproveitar mais um pedaço do bom serviço público que por lá se faz ao ser conduzido para uma reportagem em que a Câmara Municipal do Porto se insurgia contra as pinturas de cariz político nas paredes da cidade. Dizia o presidente da autarquia portuense que não se pode andar a pintar as paredes em nome da liberdade de expressão, correndo o risco de transformar esse direito numa mera forma de sujar as paredes dos outros. Em resposta, os visados referiam o facto de muitas dessas paredes estarem também sujas com cartazes de propaganda a eventos da Câmara do Porto. No mundo da propaganda política, pinturas e cartazes são muitas vezes uma arma usada. Infelizmente. É que nesta troca de acusações encontro um denominador comum que merece a minha concordância: seja através de pinturas ou da colagem de cartazes, este método de divulgação de mensagens não passa de um mau serviço com contornos de violação abusiva do que é colectivo – no caso dos espaços públicos – e do que é pertença do outro, quando se trata de propriedade privada, e que torna tudo muito mais grave. Numa altura de enorme desilusão popular com as estruturas partidárias, escolher fazer passar a mensagem através destes métodos, mais do que ser rudimentar, apresenta-se ao público como uma forma facilitista e despreocupada com que o poder político o olha. Não é à toa que o CDS veio propor há pouco tempo a proibição deste tipo de propaganda. É que, ao invés de procurar sair à rua e promover o contacto com as pessoas ou apresentar e esclarecer soluções, pinturas e cartazes apenas apresentam clichés, muitas vezes contendo até informação errada, num “toma lá e cala” que não dignifica a capacidade intelectual e política exigível aos seus responsáveis e que baixam o nível de fazer política dos seus principais defensores.

Keep it real! Não me acusem de falta de modéstia porque o que se segue é a mera constatação de um facto: o jornal O Jovem é uma referência no mundo das “jotas” em Portugal. Cada uma das suas edições vai recebendo a chegada dos olhares de novos leitores e despertam cada vez mais críticas, que me vão chegando através do e-mail respectivo que, todos os meses, exibimos na capa do jornal. Todas elas são legítimas e provocam em mim o efeito construtivo necessário para fazer desta uma publicação cada vez melhor. O único tipo de crítica que me provoca reacções diferentes, nomeadamente de riso pela sua singularidade e de pena pela sua pobreza, são as opiniões ignorantes. Por exemplo, há muito quem diga que O Jovem tem por obrigação ser imparcial e recomende ao seu editor seguir nesse mesmo diapasão. Mas, novidade das

novidades, esta publicação, quem nela escreve e quem a edita, seguem o seu mais elementar direito a uma liberdade de expressão plena. As opiniões nele expressas são, tal e qual como aparecem, um pleno direito de quem as dá. Quem é convidado a participar n’O Jovem, só me dá essa honra se bem lhe apetecer. Ou seja, quem escreve n’O Jovem para dar a sua opinião, pode perfeitamente vinculala a facções ou tomar partido de uma coisa qualquer. Por exemplo, na última edição, não faria sentido que o Sérgio Lopes tivesse escondido a sua vaidade pela plenitude de Braga, ou que o Micha tivesse escondido o seu orgulho pelo seu primeiro ano de mandato. Cada um puxa a brasa à sua sardinha. Tudo normal. E quem lê tem de perceber isso. Outra grande novidade: O Jovem está perfeitamente identificado com uma concelhia de uma organização política claramente definida e com um programa e um conjunto de princípios que não quer esconder. Tentar fazer d’O Jovem uma publicação imparcial é – como hei-de dizer de forma fácil para que me percebam? – vá, impossível! O compromisso d’O Jovem é com a JP e com a Maia. Se esta explicação não foi suficiente, o e-mail continua disponível para quem me quiser contactar.

Nunca tinha visto um mandato tão produtivo, uma liderança tão capaz, uma equipa tão forte e um ambiente de trabalho e de amizade tão bom. Nunca tinha visto tanta JP na Maia! Nada como escrever isto numa edição que saiu bem “caseirinha”. Na capa vem o nosso Manel e em destaque “apenas” quatro páginas que resumem o trabalho de todo um ano de mandato da JP Maia. Um mandato que fez desta concelhia a referência da JP, e que me enche de orgulho enquanto militante que já cá anda há algum tempo e que já viu de tudo. Mas nunca tinha visto um mandato tão produtivo, uma liderança tão capaz, uma equipa tão forte qualitativa e quantitativamente e um ambiente de trabalho e de amizade tão bom. Nunca tinha visto o prazer da descoberta de todas as coisas novas que conseguimos: um novo presidente, novos militantes, um novo núcleo, um novo site, uma nova imagem, um novo estilo, uma nova atitude. Nunca tinha visto uma concelhia tão agarrada às suas origens e preocupada com a sua realidade, sem ceder às ilusões dos cargos em orgãos nacionais ainda hoje ocupados por mérito próprio por militantes como o Manel, o Nuno e eu próprio. Nunca vi tanta humildade e autoestima funcionarem tão bem juntas e em tamanho equilíbrio. Nunca tinha visto tanta e tão boa Juventude Popular na minha Maia. Há um ano iniciamos um caminho de sonho. Está na hora de continuar a mantê-lo realidade.


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diário jp

Enquanto outros aproveitam o mês de Agosto para ir a banhos, a Juventude Popular não pára, nomeadamente através do seu presidente e deputado, Michael Seufert. Fica a conhecer a actualidade de Verão da JP! Comunicado sobre a tragédia dos incêndios Perante a época de incêndios que assola o país, a Juventude Popular lançou um comunicado onde diz ser incompreensível que num país onde o património florestal poderia ter um impacto muito positivo na economia e ter um valor ambiental fortíssimo, se continue a apostar em politicas reactivas ao invés de politicas preventivas, como se esperaria de um governo responsável. Neste comunicado, a JP defende, por exemplo, uma forte aposta na manutenção de florestas limpas, levada a cabo por titulares de RSI, reclusos, desempregados, uma medida com carácter integrador na sociedade.

Solução JP para o fecho das escolas Através de um texto da militante da JP de Coimbra, Lúcia Santos, a JP entende que “a lógica economicista não pode sobrepor-se ao bem-estar das crianças e das suas famílias, nem pode ignorar a diversidade do nosso país e tem necessariamente de assegurar que o estabelecimento de ensino de acolhimento corresponda de facto a um novo equipamento educativo, de garantir a razoabilidade das deslocações diárias dos alunos e de prever os mecanismos de financiamento que permitam apoiar as autarquias locais a suportar os custos associados à aplicação desta medida”.

Encerramento da Escola Móvel O presidente e deputado da Juventude Popular questionou o Ministério da Educação sobre o encerramento da Escola Móvel, um projecto que servia crianças de família itinerantes sem condições de frequentar o ensino regular. Segundo Michael Seufert, “argumentar que estes meninos custavam muito dinheiro ao estado e que voltar ao sistema antigo é solução, corresponde a tirar o estado de onde ele pode fazer a diferença: nos nichos dos nichos para os quais não há solução de mercado”.

A JP chumba a Ministra da Educação, Isabel Alçada A Juventude Popular lança a mensagem: a Ministra da Educação, Isabel Alçada, chumbou sem prova de recuperação que a valha. A JP exige um sistema de educação baseado no rigor, na exigência e no mérito. Por isso, a JP contesta o encerramento indiscriminado de escolas, os mega-agrupamentos, os vergonhosos “saltos do 8º para o 10º ano e o inacreditável fim dos chumbos. Uma mensagem que urge divulgar!

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um ano de A Comissão Política da JP Maia eleita em 2009 cessou o seu mandato no passado mês de Julho. Durante esse período, período, a equipa maiata realizou um trabalho incomparável, incomparável, destacandodestacando-se como uma concelhia exemplar exemplar no seio da Juventude Popular. Antes do início do novo mandato, mandato, fazemos o balanço de um ano ano que se pautou pautou por uma qualidade sem igual na histó história da estrutura. Por Manuel Oliveira A aventura começou no dia 1 de Agosto de 2009. Estávamos em ano de quentes confrontos políticos. A máquina eleitoral do CDS, que seguia embalada depois da eleição de Nuno Melo e Diogo Feio para o Parlamento Europeu, empenhava-se agora na tarefa legislativa e autárquica. Apenas quinze dias separavam estas duas rondas. Muitas bandeiras, muitos discursos e desabafos num excitante sentimento de que o partido seria

recompensado em votos pelo trabalho magnífico de oposição ao primeiro mandato de José Sócrates. Pelo meio destas batalhas, a Juventude Popular da Maia foi a votos e, com desejos reforçados de continuidade ainda com mais ambição, elegeu uma nova equipa: Manuel Oliveira assumiu a dianteira ladeado por Carlos Pinto, Nuno Silva e Tiago Loureiro; Tiago Oliveira encarou o dinamismo da Secretaria-Geral; Vânia

Peres, Luís Santinhos, Liliana Santo, Rinaldo Rodrigues e Pedro SouzaCardoso fechavam o leque oficial de promessas. Durante esse ano muitos se iriam juntar e descomprometidamente assumir também o compromisso de excelência e honra: Rita, Márcio, Mariana, Igor, Zé Miguel, Júlio e tantos outros. Por muito ou quase nada, todos foram essenciais, todos foram excepcionais, todos foram JP.


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A exigência eleitoral O mandato arrancou na realidade de que, em muitos anos, o partido ia, no concelho da Maia, sozinho a eleições. A coligação com o PSD local estava de lado, o candidato, Álvaro Braga Júnior, estava apresentado e os rostos de freguesia um a um a serem alinhados. A Juventude Popular da Maia desde o primeiro minuto jurou empenho e colocou os seus melhores quadros ao serviço das listas candidatas. Gerindo participações entre a pré-campanha legislativa e a autárquica, a estrutura visitou, entre outros, a Associação Cultural e Recreativa de Teibas, o Aeródromo de Vilar de Luz e o Atlético Clube de Pedrouços. Sempre ao lado dos candidatos, sempre ao lado do projecto CDS. Percorremos a pé e distribuímos flyers de madrugada, quando mais ninguém o fez, por toda a Maia. Acordamos cedo e, ao lado da restante JP, com bandeiras, autocolantes e gritos de guerra, percorremos o distrito ao lado de Ribeiro e Castro com a certeza de que o partido faria história. Foi mais de um mês a suar e a batalhar pelo reforço da direita democrática sem pedir nada em troca, sem ambicionar mais nada que um simples agradecimento pelo esforço e compromisso. O claro e previsível desastre dos resultados a nível local foi largamente recompensado pela eleição de quatro deputados pelo distrito do Porto, incluindo o Presidente da Juventude Popular. Um sentimento de orgulho e pertença tão grande que valeu por tudo. Pairava um sentimento de missão cumprida.

primeiro passo foi reforçar a presença da estrutura e da sua mensagem nas redes sociais. Das primeiras concelhias da JP a estar presente no Facebook, esta ferramenta permitiu indiscutivelmente aproximar militantes e simpatizantes. Foi ainda criada uma página exclusiva de divulgação do jornal oficial da estrutura, O Jovem. O objectivo seria aumentar a exposição pública e dignificar cada vez mais um produto, único na família JP, que mensalmente custa muito esforço e dedicação. Ao longo do mandato O Jovem cumpriu com as suas responsabilidades em doze edições carregadas de notícias da estrutura, entrevistas importantes e textos de opinião diversificados e pertinentes. Hoje, e num mandato que comemorou os 25 anos da fundação deste nobre jornal, O Jovem é mais do que uma referência, com mais de seiscentos seguidores e um público atento, exigente e fiel. Em Novembro, o Conselho Nacional da JP reúne em Mirandela naquele que viria a ser um fim-de-semana importante para

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a concelhia. Além da concelhia ter visto um militante, o Eric Rodrigues, ser nomeado Secretário-Geral da Comissão Política Nacional, foram ainda defendidas duas moções sectoriais, provenientes do Congresso Nacional de Guimarães, pelos militantes maiatos Manuel Oliveira e Carlos Pinto. Ainda nesse mês, o 25 de Novembro de 1975 não foi esquecido e mais uma vez a JP Maia decidiu sair à rua e promover junto das escolas aquilo que os manuais de História parecem querer ocultar como o dia da verdadeira Liberdade no Portugal pós-25 de Abril. Uma campanha sempre positiva e em nome da verdade histórica. A época natalícia chegou depressa com mais uma reedição da campanha de recolha de brinquedos e roupa que a concelhia anualmente organiza. A edição de 2009 superou, felizmente, em muito a do ano transacto permitindo à estrutura entregar os resultados à IPSS maiata “A Causa da Criança”, destinada a jovens que provêem de meios familiares e sociais problemáticos.

Mãos à obra! Ainda a festejar as últimas reacções ao enorme resultado no distrito, a estrutura conseguiu finalmente parar para começar a pensar em si própria. O compromisso com as batalhas eleitorais tinha ocupado três meses do novo mandato. Era preciso definir prioridades e retomar as produções com marca “JP Maia” alinhadas com o caderno de actividades sufragado pelos militantes em Agosto. O primeiro passo foi reforçar a presença da

Percorremos a pé e distribuímos flyers de madrugada por toda a Maia. Acordamos cedo e, ao lado da restante JP, com bandeiras e gritos de guerra, percorremos o distrito ao lado de Ribeiro e Castro com a certeza de que o partido faria história.


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séc. XXI”, que este deve ser um tema acima de tudo debatido por todos e julgado por cada consciência.

Pela Maia, sempre!

A estrutura fez campanha em todas as escolas secundárias da Maia e aproveitou a excelente oportunidade de ouvir os jovens, os seus problemas e ambições. Foram distribuídos mais de trezentos “flyers” e recebidas muitas queixas e muitas preocupações com o futuro dos jovens no nosso país. Temas actuais em debate Inerente ao espírito de Ano Novo, a JP Maia acelerou ainda mais a sua motivação para iniciativas que considerava essenciais para a discussão política. Em Janeiro foi organizado, na Casa do Alto em Pedrouços, um debate sobre Regionalização que contou com um painel de excelentes oradores: António Garcia Pereira, dirigente do MRPP; João de Pinho Almeida, deputado e à altura Secretário-Geral do CDS; António Tavares, Director do TECMAIA – Parque Empresarial da Maia. Um momento alto para a estrutura numa iniciativa que será para sempre relembrada pela sua qualidade e pertinência. Com um Congresso Distrital no horizonte, a JP Maia encarou os meses de Fevereiro e Março como aqueles em que seria necessária uma preocupação maior com o futuro da política JP no distrito do Porto. O Congresso viria a acontecer em

Paredes e mais uma vez revelou uma concelhia maiata forte e imprescindível no universo JP. Duas moções sectoriais, apresentadas por Manuel Oliveira e Tiago Loureiro, quatro militantes nos novos órgãos distritais, Carlos Pinto, Tiago Loureiro e Eric Rodrigues na Comissão Política Distrital e Nuno Silva na Mesa do Congresso Distrital. Ainda em Março, a Comissão Política Concelhia apostou forte na área da Saúde com duas iniciativas de destaque: visita ao Centro de Saúde de Águas Santas e debate sobre o tema da morte medicamente assistida que contou com mais um leque de oradores reconhecidos. Foi no Fórum da Maia que a concelhia debateu com João Moreira Pinto - médico e SecretárioGeral do CDS Porto, Rui Nunes Presidente da Associação Portuguesa de Bioética, Jorge Teixeira da Cunha Sacerdote e Professor da Universidade Católica, e Laura Santos - autora do livro “Ajudas-me a Morrer? A morte assistida na c ul tura o c id e nta l do

Um dos objectivos do mandato passou por uma maior presença da estrutura no terreno, junto das escolas, das colectividades e dos executivos de freguesia. Era importante conhecer o concelho e ouvir respostas da parte de quem todos os dias o vive intensamente. Foi assim lançada a “Volta ao Concelho” que iniciou em Barca, passou por Vila Nova da Telha, Pedrouços e Folgosa. Tristemente foram estes os únicos executivos de junta que responderam ao desafio da JP Maia e abriram as suas portas. Dos restantes catorze executivos a estrutura nunca recebeu uma resposta ou simplesmente foi ignorada e colocada em segundo plano uma iniciativa que acima de tudo assenta numa relação institucional. O importante sempre foi identificar ameaças, fraquezas, forças e potencialidades de cada uma das freguesias que compõem o concelho para depois apresentar um projecto de reforma administrativa consciente e responsável – prevista a sua apresentação para este novo mandato. Nestas visitas, a JP Maia procurou sempre incorporar a exploração das mais valias patrimoniais de cada freguesia e alertar para casos de aparente despreocupação pública. Foram ainda promovidas durante todo o mandato, e especialmente no mês de Abril, campanhas de divulgação e filiação de novos militantes. A estrutura fez campanha em todas as escolas secundárias da Maia e aproveitou a excelente oportunidade de ouvir os jovens, os seus problemas e ambições. Foram distribuídos mais de trezentos “flyers” e recebidas muitas queixas, muitas preocupações com o futuro dos jovens no nosso país. Muitos associaramse ao espírito da JP, outros conscientes de que afinal a política não é um bicho de gabinete. Resultados? Quase 200 novos militantes…


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Uma nova imagem, a mesma atitude O mês de Maio foi o da habitual preparação da concelhia para mais uma Feira das Oportunidades – evento promovido pelo Pelouro da Juventude da Câmara Municipal da Maia e, desta vez, a aposta foi muito alta. Uma nova imagem da concelhia seria apresentada, um novo logótipo, site na Internet, material de campanha, reformulação d’ O Jovem e aposta em novas ferramentas internas de formação como o Manual do Novo Militante. Basicamente foi um sucesso. Não haverá melhor adjectivo para caracterizar a reacção dos militantes e simpatizantes. A concelhia tem hoje uma imagem mais leve, moderna e apelativa. Ainda em Junho, a estrutura decidiu reagir ferozmente ao clima de desorganização e guerrilha que se vivia nas reuniões de Assembleia Municipal. Insurgindo-se contra o que considerava uma tremenda falta de respeito pelo compromisso assumido com os eleitores, a JP Maia sentiu que o seu alerta foi mais do que compreendido pelos responsáveis do órgão local e os seus intervenientes. Quando todos já viam a “silly season” no horizonte, a estrutura promoveu em Junho um conjunto de iniciativas que mostram mais do que um mínimo compromisso. Preocupada com a crescente onda de insegurança que transpira no concelho, a concelhia decidiu reagir em comunicado um sentimento de solidariedade com todos os responsáveis locais que procuram soluções para este flagelo e ainda visitou a Divisão da Polícia de Segurança Pública da Maia onde encontrou respostas e ouviu preocupações desta força de segurança. Junho foi ainda mês do primeiro Conselho Municipal de Juventude de 2010, em que a concelhia obviamente participou, e revelador de uma notícia que para sempre ficará na história da JP Maia: condições mínimas para a criação de núcleos territoriais que permitam um alcance diário e próximo aos problemas dos jovens e do concelho. O mês fechou com chave de ouro numa

O mês fechou com chave de ouro numa iniciativa organizada em conjunto pelas Comissões Políticas do CDS Maia e da JP Maia. Numa iniciativa de nível poucas vezes visto, o objectivo passou pela formação interna e abordagem generalizada do presente e futuro do nosso país. Com as participações especiais de José Ribeiro e Castro, Michael Seufert, João Pinho de Almeida, Nuno Melo e Rui Moreira, foi possível no concelho da Maia abordar a História e evolução política do CDS-PP, as várias correntes que doutrinam o partido e ainda discutir o estado actual da política e da economia. Foi um mandato especial, marcado por uma ronda eleitoral inesquecível capaz

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de proporcionar uma experiência inigualável e futuramente útil. Um mandato pautado pela exigência de uma equipa que nunca se dá por satisfeita ou acomodada, no que chega a ser um quase enervante sentimento compulsivo de fixação de metas para nos superarmos, infelizmente, a nós próprios. É difícil descrever tudo o que se faz, tudo o que se pensa e tudo o que se alcança nesta casa sem roçar um orgulho e prepotência especiais, à special one. Mas dizer que somos os melhores já não chega e isso é irritante. O que se sabe é que se a única forma de alcançar o sucesso imediato e eterno é atingir um nível de imprescindibilidade tal, então isso foi e é a Juventude Popular da Maia.

Em conjunto com o CDS Maia, numa iniciativa de nível poucas vezes visto, o objectivo passou pela formação interna e pela abordagem do presente e futuro do país. Com as participações de figuras ímpares como José Ribeiro e Castro, Michael Seufert, João Pinho de Almeida, Nuno Melo e Rui Moreira.


o sucesso das

charter schools Nos inícios dos anos 1990, os Estados Unidos viram nascer uma fórmula que permite equilibrar a liberdade de escolha dos pais, a autonomia da gestão das escolas e a responsabilizaçção estatal no alcance de padrões de qualidade e equidade na educaçção. As charter schools transformaram-se num caso de sucesso, embora a sua realidade seja ainda bastante desconhecida em Portugal. Por Tiago Loureiro


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Um novo conceito Os rankings escolares demonstram, ano após ano, a disparidade de resultados entre escolas privadas e escolas públicas. Tais resultados, poderíamos dizer, levam a crer que a gestão por própria conta e risco leva a que as decisões sejam mais bem ponderadas e os métodos testados e comprovados para garantir o sucesso. No entanto, nas imensas escolas públicas, todas elas na posse de um mesmo e único dono, a ineficiência da sua gestão, baseada em regras e normas universais independentemente das diferenças que separam escolas, comunidades e alunos, leva a um insucesso generalizado, ao encontro, quem sabe, da igualdade socialista, conseguida, neste caso, por baixo. Perante esta realidade, os pais que queiram dispor da educação do seu filho livremente o que fazem? Das duas, uma: ou têm capacidades financeiras para colocarem os seus filhos em escolas privadas ou sujeitamse a deixar o estado escolher a escola que acolherá o seu filho. Justa, esta situação não é. Eficaz, menos ainda. Nesse sentido, cada vez mais especialistas vêm apontando o surgimento de escolas mistas, ou seja, geridas por entidades privadas sob tutela e financiamento público, como uma política educacional ideal para melhorar a educação pública. Nos Estados Unidos da América (EUA), um modelo inovador tem tentado combinar a liberdade de escolha dos pais, a autonomia da gestão das escolas e a responsabilização estatal no alcance de padrões de qualidade e equidade na educação. Essa experiência, que tem chamado a atenção de muitos estudiosos do fenómeno educativo por todo o mundo, é o das “charter schools”. A primeira lei que permitiu o surgimento destas escolas tem quase 20 anos, tendo surgido em 1991 no estado do Minesota, tendo este sido seguido pela Califórnia no ano seguinte. Hoje, são já mais de 40 os estados norteamericanos a fazê-lo.

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Com um conjunto de metas bem definidas, as “charter schools” criam um sistema onde os alunos e os pais podem escolher livremente entre escolas com projectos educativos próprios e autónomos. O estado mantém o seu papel de garante de uma educação gratuita e universal. O seu sucesso está à vista nos EUA. Como funciona? Cada charter school é criada e gerida por entidades privadas, nomeadamente grupos de professores ou empresas, sendo que os custos de frequência dos seus alunos são suportados pelo estado respectivo, que fica responsável pelo acompanhamento e avaliação do seu desempenho. Por exemplo, no Texas, cada aluno que se transfere de uma escola pública para uma charter school, corresponde a uma transferência de recursos do distrito onde estudava para a nova escola, no mesmo montante. Ou seja, o estado afecta de forma diferente exactamente os mesmo recursos, dando ao aluno uma nova liberdade de escolha e à escola uma fonte de subsistência e desenvolvimento. Para que uma charter school seja criada, os seus responsáveis têm de desenvolver um projecto educacional (charter, de onde deriva o nome deste tipo de escolas) e atrair um número suficiente de alunos para que ela seja economicamente viável. Ao contrário das tradicionais escolas públicas, cujo acesso está dependente do local de residência dos encarregados de educação, os pais podem colocar livremente os seus filhos numa charter school. Se houver excesso de procura numa determinada charter school, a colocação dos alunos é feita por sorteio, uma vez que estas escolas se comprometem com o princípio da equidade. A grande característica destas escolas reside no facto de estarem isentas da maioria das leis e normas que regem o funcionamento do sistema tradicional de escola pública, tal como a colocação dos alunos com base no local de residência, a

alunos com base no local de residência, a adopção de programas curriculares prédefinidos estatalmente ou a colocação centralizada de professores, por exemplo. Desta forma, as charter schools têm uma ampla liberdade e um forte incentivo para promover um ensino de maior qualidade e que tenha em conta que cada aluno é um caso, cada realidade tem problemas diferentes – logo não merecem soluções universais. Para além de tudo isto, os recursos públicos são utilizados de uma forma bem mais eficiente… para bem do contribuinte.

Onde é que eu já ouvi isto? A Juventude Popular, ao longo dos anos, tem vindo a desenvolver um discurso de liberdade e autonomia na educação. Na moção vencedora do seu último Congresso, por exemplo, vem expresso que “cada aluno deverá ter a liberdade de escolher a escola que pretende frequentar e o projecto educativo que mais lhe interessa, com a garantia financeira concedida pelo estado de uma forma mais justa e livre” e que cada escola deve ter a “possibilidade de adoptar o seu próprio projecto educativo, gerir autonomamente os seus serviços, os professores com que contam e adoptar o modelo de avaliação que entendam como melhor”. Já para não falar na expressão “cheque-ensino”, que tem entrado no discurso político por força da acção da JP. As charter schools parecem ser um exemplo bastante aproximado dessas ideias, com a vantagem de corresponderem a um exemplo prático de grande sucesso.


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Cheira a

Lisboa Após ano e meio de inactividade, a Distrital de Lisboa da JP voltou a ganhar vida. Um ano depois da eleição, a estrutura lisboeta está radicalmente diferente. Organização e crescimento foram as novidades que deram forma à nova Distrital de Lisboa. O Jovem esteve à conversa com o principal responsável pela mudança, o Presidente da Distrital, Luís Chiti. De forma genérica, após cerca de um ano de mandato que balanço fazes? Fazemos um balanço muito positivo do nosso primeiro ano de mandato. Quando fomos eleitos já sabíamos o que nos esperava. O facto de termos tido um ano e meio sem distrital eleita teve repercussões a vários níveis: havia muitas concelhias que tinham

perdido mandato; havia um trabalho desgarrado e sem lógica inter-concelhia e falta de motivação e rumo. Graças à nova filosofia e modelo de gestão inserida com a nossa Distrital de Lisboa da Juventude Popular, ganhámos vários desafios neste primeiro ano de mandato e cumprimos com as metas que tínhamos definido para esta metade do mandato. A criação dos Gabinetes de Estudos, do Oeste, de Apoio ao Crescimento e de Comunicação, permitiu-nos não só alargar o leque de participação dos militantes na Distrital de Lisboa como garantir uma maior diversidade de pensamento que tem sido muito útil no nosso trabalho político. Não querendo iniciar uma análise exaustiva e porventura desinteressante para os leitores d´O Jovem, posso adiantar alguns exemplos: criámos os Gabinetes que nos propusemos; realizámos 3 Conselhos Distritais onde lançámos um tema para debate (o da Imigração); concretizámos a primeira grande

formação para novos militantes da Juventude Popular; organizámos toda a campanha Legislativa no Distrito de Lisboa; tivemos vários momentos de convívio entre os militantes; etc. Em suma, lançámos as bases que pensamos ser essenciais para que o nosso projecto cresça de forma sustentada. No entanto, consideramos que ainda muito há a fazer, mas que os objectivos, com o empenho e dedicação que temos tido por parte de todos e que eu aproveito para agradecer, serão apenas o resultado óbvio do nosso trabalho. E com esse trabalho orgulhamo-nos de, com apenas 6 meses de actividade, ganhar o Prémio Krus Abecassis que premeia todos os anos a melhor Distrital da Juventude Popular. Não que o prémio seja o nosso objectivo, mas é sem dúvida satisfatório e motivador ver esse trabalho reconhecido ainda para mais em disputa com Distritais que respeitamos e admiramos como a Distrital do Porto e a Distrital de Braga.


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No início do teu mandato, em entrevista a’O Jovem, definiste a implantação e a formação política como prioridades. O que foi feito nessas áreas? É verdade, e ainda hoje, a meio do mandato, faz sentido continuar a apostar nessas áreas. Em termos de implantação, com as concelhias que iremos formar no decorrer de Setembro e Outubro, iremos atingir 14 Concelhias eleitas (num total de 16) que é a maior implantação nos últimos 10 anos no distrito de Lisboa. E tudo isto sem recurso a transferências ou concelhias fantasma que em nada ajudam ao crescimento sustentado da estrutura. Este resultado só foi possível numa articulação entre a Secretaria-Geral Distrital e os Coordenadores Concelhios nomeados para onde não existia estrutura eleita. Além disso, quanto à formação, organizamos, com cooperação da Concelhia da Amadora, a primeira grande formação para novos militantes da Juventude Popular. Um momento que pretendemos repetir, em moldes diferentes e com conteúdo mais conciso e objectivo, de modo a ajudar os nossos novos militantes a conhecer um pouco mais do que somos, como funcionamos e do que defendemos. Ainda sobre formação, o nosso Gabinete de Estudos já está a preparar o calendário de debates e sessões de esclarecimento até ao final de 2010, pelo que em Setembro irão ter novidades no nosso site e no nosso facebook. Como avalias a prestação da Juventude Popular no distrito de Lisboa e no contacto com os jovens? Penso que as Concelhias têm feito um óptimo trabalho. Exemplo disso foi a colagem de cartazes que a concelhia da Amadora fez, a acção de divulgação na Praia Grande pela concelhia de Sintra ou até mesmo a concelhia de Lisboa com as suas tertúlias. Houve também presença da Distrital em alguns debates nas faculdades e até mesmo a concelhia de Sintra esteve presente num debate na Escola Secundária de Rio de Mouro. Portanto, considero que, de um modo geral, é positivo. No entanto, pensamos que é possível fazermos mais. A Distrital tem previsto uma aposta forte em comunicação no último ano deste mandato, aliás como já estava previsto desde que nos comprometemos com este projecto. O lançamento do Facebook e do site da Distrital de Lisboa (www.jpdistritallisboa.org) foram importantes, no entanto o site ainda se encontra em fase de melhoramentos quer de funcionalidades, quer de imagem. Aliás, pretendemos que o nosso site venha a tornarse a mais importante ferramenta de comunicação com os militantes, concelhias e jovens em geral. Mas mais do que isso, temos programado a colocação de um outdoor na Cidade Universitária e de acções de campanha focalizadas na captação de novos militantes e na divulgação da nossa mensagem.

Quais os objectivos para o que resta do mandato desta Comissão Política Distrital? Continuaremos a trabalhar na implantação, queremos atingir o pleno de concelhias eleitas. No entanto, a nossa maior aposta será sem dúvida a continuidade da formação política, com particular destaque para o debate político de temas modernos e ainda pouco discutidos. Além disso, como referi na pergunta anterior, iremos destacar a questão da comunicação, factor essencial não só para a articulação da muito diversa actividade do nosso distrito, mas também para dar a conhecer o nosso pensamento, a nossa ideologia e aquilo que fazemos. É muito importante, quer para todas as Concelhias quer para todas as Distritais, que divulguem o seu trabalho e as suas actividades. Vivemos hoje numa sociedade em que a comunicação é essencial para que exista visibilidade, e a Juventude Popular, em todos os seus níveis, deve ter a maior visibilidade possível. Também importantes serão as posições políticas que pretendemos tomar sobre matérias da actualidade. Pretendemos discuti-las em Conselho Distrital e tomar uma posição pública em consonância com os Conselheiros Distritais, de modo a legitimálas num âmbito mais alargado assim como fazer sentir que a opinião dos militantes conta. Actualmente a Juventude Popular tem cinco distritais activas. Como avalias a importância de haver estruturas distritais eleitas para o desenvolvimento da JP? Considero que as Distritais são vitais para o crescimento e actividade da JP. Logo à partida por se tratar de estruturas intermédias de proximidade, ou seja, podem ajudar e acompanhar as concelhias, para mim as estruturas mais importantes da Juventude Popular, no desenvolvimento do seu trabalho, assim como exercer motivação muito mais presencialmente do que a estrutura nacional. Mas mais do que isso, são estruturas que, uma vez em actividade, são determinantes para a implantação e para a manutenção das estruturas existentes. Vivemos bem de perto essa realidade no nosso distrito, como expliquei logo no inicio da entrevista, após o término do mandato da última Distrital de Lisboa, vivemos momentos difíceis onde muitas concelhias pura e simplesmente deixaram de existir e as que existiam trabalhavam desprovidas de lógica de grupo. Este é apenas um exemplo da necessidade e importância da existência das Distritais. Aliás, basta olhar para a estrutura da Juventude Popular, e quem já está na JP há algum tempo apercebe-se disso facilmente, o maior declínio de estruturas eleitas que acon-

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teceu na JP foi precisamente quando a maior parte das Distritais pura e simplesmente desapareceu. É portanto fulcral que existam Distritais e que mais existam. Aliás, aproveito a oportunidade para lançar o “debate” relativamente ao modo de eleição das Distritais na JP: fará sentido reduzir o número de Concelhias eleitas necessárias para que se possa convocar Congresso Distrital? Muito sinceramente é um tema que já falámos na nossa Comissão Política Distrital e pensamos que é um tema, entre muitos outros, que pode e deve ser abordado numa revisão estatutária lançada no último Conselho Nacional de Cascais pelo nosso Presidente e Deputado Michael Seufert para à qual, com muito orgulho, fui convidado a par da Presidente Distrital do Porto, Vera Rodrigues, e do Presidente Distrital de Braga, Sérgio Lopes. O que também denota a importância que as estruturas Distritais podem ter na estrutura nacional. Para terminar gostaria de dar os parabéns à concelhia da Maia pelo excelente trabalho que têm feito com O Jovem que já conta com 25 anos de existência e continua a ser uma referência para os seus leitores e para os jovens de direita.


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Quero que a JP Maia seja sempre a referĂŞncia. Manuel Oliveira O presidente da JP Maia em entrevista.



O que mais amo na JP é a minha concelhia e as pessoas que lá estão comigo nos momentos bons e maus, sem jogos e sem duplo interesse. É unicamente para essas que me esforço e me preocupo em manter o nível alto. Só quero que a JP Maia seja sempre a referência, a que faz a diferença, a que é indiscutivelmente melhor e que não precisa de dar mais provas a ninguém do seu valor a não ser aos nossos próprios militantes. Primeiro a Maia!


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Foi positiva a nossa entrega nas eleições: a nível legislativo fomos recompensados com a eleição do “nosso” deputado, nas autárquicas continuamos à espera que alguém nos facilite uma máquina de cerveja de pressão. Completaste um ano à frente da JP Maia e preparas-te para recomeçar o segundo. Como analisas o teu primeiro mandato? Francamente positivo. Em Agosto de 2009, quando decidi a candidatura, sabia que era importante fazer uma equipa equilibrada e activa que conseguisse gerir no mesmo dia uma campanha de rua de manhã e um debate à noite. Penso que o resultado está à vista de todos. Estivemos nas escolas, nas freguesias, nas assembleias e organizamos debates, momentos de formação. A minha preocupação passou sempre por diversificar ao máximo a actividade da concelhia e isso acho que conseguimos. É verdade que definimos no início três áreas de grande intervenção e apenas trabalhamos a fundo uma delas, a Saúde. Mas em contrapartida intervimos noutras de maior relevo actual como a Segurança, a Regionalização e a displicência com que a maioria dos políticos assume a responsabilidade confiada pelos eleitores. Basicamente, e quando muitos não estavam à espera, continuamos a ser a JP da Maia, uma força que muitos têm medo pela nossa irreverência e descomprometimento com o e s t a b l i s hm e n t . Quais as principais diferenças entre a JP Maia de hoje e aquela que te foi “entregue” pelo teu antecessor? Não gosto de comparar o meu trabalho com o de ninguém assim como espero que não o façam ao contrário. Mas obviamente que há diferenças nem que seja pelo simples facto do estilo de liderança ser diferente. Uma das minhas preocupações sempre foi trazer a concelhia mais para o terreno, sentir o dia-a-dia do concelho, a sua realidade, ouvir os jovens e todos aqueles que gostam de partilhar os seus desabafos connosco. Senti que a concelhia precisava disso e só assim é

que podia legitimamente fazer uma política local responsável. Hoje estamos muito mais no terreno, somos muito mais conhecidos nas escolas e nas freguesias e isso nota-se pelo aumento na média de filiações por iniciativa própria, ou seja, jovens que vão ao nosso site, ficaram com um flyer nosso distribuído ou algum amigo já lhes falou. Reforçamos a presença no mundo virtual, fizemos um refresh à imagem e produzimos ferramentas de formação e comunicação interna. Hoje estamos naturalmente melhores, de outra forma eu não tinha assumido o projecto há um ano. No último ano, a JP Maia reforçou a tradição de promover debates sobre temas importantes da actualidade nacional. Consideras esses momentos os maiores sucessos do teu mandato? Não os considero os maiores sucessos, até porque todas as iniciativas têm o seu particular valor para a construção do pleno sucesso. No entanto, como força política é importante a discussão, é importante chamar a atenção e trazer para as primeiras páginas as nossas preocupações e ambições. Os debates da Regionalização e da Eutanásia realizaram-se porque em primeiro lugar eram temas que toda a equipa queria aprofundar e trabalhar. Partimos sempre dessa premissa. Queremos saber mais daquele tema? Ok, vamos criar condições para que especialistas das mais variadas áreas da sociedade venham, a nosso convite, emprestar os seus conhecimentos e partilhá-los não só connosco mas também com todo o concelho. Só assim crescemos e ganhamos maturidade de discurso. No teu primeiro mandato tiveste alguns momentos marcantes: eleições nacionais e autárquicas e o Congresso Distrital do

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Porto, por exemplo. Como classificas o papel que a JP Maia teve nestes momentos? O período eleitoral não foi particularmente fácil de gerir, mas creio que também não serei o único a queixar-me. Foi um ano algo atípico com eleições praticamente em cima umas das outras, tempos de pré-campanha em cima de tempos de campanha oficial. Enfim, foi tudo gerido muito ao sabor do dia. Mas são momentos que guardo com satisfação, principalmente a campanha para as legislativas com o Dr. Ribeiro e Castro em que não podíamos ter tido maior recompensa que eleger o Micha como deputado e representante da JP no parlamento. Já nas autárquicas as coisas correram de forma desastrosa para o partido, algo que no fundo todos contávamos. Não me esquecerei nunca da JP Maia ter andado noites a distribuir flyers por todo o concelho quando mais ninguém o fez, não me esquecerei nunca que assumimos em muitos casos responsabilidades que não eram nossas. Se calhar o nosso mal é gostar muito da nossa camisola e esperar sempre que algo de melhor virá. No global só posso considerar positiva a nossa entrega: a nível legislativo fomos recompensados com a eleição do “nosso” deputado, a nível autárquico continuamos a saborear uns belos finos na máquina de cerveja de pressão que exigimos. São momentos que marcam e não se esquecem. Quanto ao Congresso Distrital do Porto, em relação aos seus dividendos para a concelhia, foi apenas e só a confirmação de que a JP no distrito precisa e confia bastante no know-how, ambição e singularidade da JP Maia. Comparando com mandatos anteriores, a JP Maia e o seu presidente tiveram uma maior exposição mediática na imprensa concelhia. Sinal de bom trabalho e uma mais-valia para a concelhia? É sobretudo sinal dum reconhecimento da estrutura que tem vindo a aumentar. É para isso que cá estou, independentemente do cargo sou apenas mais um de muitos que quer o nome da Maia sempre na primeira página. Sem dúvida que o que mais amo na JP é a minha concelhia e as pessoas que lá estão comigo nos momentos bons e maus, sem jogos e sem duplo interesse. É


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Muitas vezes fazemos coisas simples e todos ficam admirados como se fosse preciso um grande esforço para o conseguir. Fico admirado, mas depois lembro-me que na Maia há uma coisa chata como tudo: iniciativa. unicamente para essas que me esforço e me preocupo em manter o nível alto. Só quero que a JP Maia seja sempre a referência, a que faz a diferença, a que é indiscutivelmente melhor e que não precisa de dar mais provas a ninguém do seu valor a não ser aos nossos próprios militantes. É essa a mensagem que passo: primeiro a Maia. Pouco depois de teres sido eleito, o CDS da Maia elegeu também um novo presidente. Como classificas as relações entre a JP e o CDS maiatos desde então e que perspectivas tens para o futuro? Institucionalmente, a JP Maia beneficiou muitíssimo com a chegada do José Eduardo Azevedo à presidência do CDS da Maia. Pessoalmente, julgo que ganhei um amigo e alguém com quem se pode conversar descomprometidamente. Depois do brilharete para as autárquicas na Maia, o CDS precisava de uma liderança descontraída, objectiva e transparente e penso que o conseguiu com o Zé Eduardo. Creio ainda que o CDS da Maia conseguiu perceber a sorte que tem em ter uma JP como esta no concelho e seria uma burrice se não capitalizassem com ela. Isso foi notório na iniciativa de grande qualidade que realizamos em conjunto e que contou com um excelente painel de oradores. Estou desejoso de embarcar em mais experiências destas porque o CDS, a JP e a Maia só ficam a ganhar. Estou convicto e com fé num CDS que seja honesto consigo próprio e que estabeleça sozinho metas alcançáveis. Não temos de ter medo, se em ano sem eleições só temos cinco pessoas na sede para uma reunião, então são essas que interessam porque são essas que amam merecem o partido. merecem o partido.

e merecem o partido. Prestes a iniciar o teu segundo mandato, quais os objectivos e os desejos para o próximo ano? Será um mandato mais pautado pela continuidade ou a apostar na mudança? É impossível não alinhar este segundo mandato numa perspectiva de continuidade até porque a mudança já a encarnamos todos os dias. Sobretudo apostaremos num reforço da campanha de rua, na constituição e afirmação de mais núcleos territoriais e na exploração de áreas como a reforma administrativa, a economia, o urbanismo e o empreendedorismo. Queremos apresentar uma proposta de reforma administrativa para o concelho e continuar com as nossas visitas institucionais a executivos e colectividades. Vamos estar atentos ao plano de exploração das infra-estruturas de desporto da Maia e queremos perceber a verdadeira dimensão e importância do Parque Industrial do concelho. Não esqueceremos ainda temas como o Apoio Social e a evolução do combate político pelo reforço da política de Segurança. Vamos estar atentos e reagir espontaneamente a tudo o que for essencial para a JP da Maia marcar a sua posição. Os debates sobre os grandes temas da actualidade são já uma marca inconfundível da dinâmica da JP Maia. Pensas continuar o ritmo no próximo mandato? Sim, claramente. Não vou é, de forma nenhuma, divulgar agora os seus temas porque isso seria estar a incentivar um facilitismo de acção no qual a concelhia da

facilitismo de acção no qual a concelhia da Maia não se revê. Mas a promessa é de que a pertinência dos temas e a qualidade dos intervenientes será como sempre salvaguardada. A JP Maia refrescou a sua imagem e reforçou a sua presença na web, com meios próprios, de forma completamente autónoma. Consideras esta demonstração de grande capacidade de iniciativa e autonomia um dos pontos fortes da JP Maia durante o teu mandato? A concelhia da Maia, assim como os seus militantes, sempre aprenderam a viver das nossas possibilidades e exigência. É verdade que gozamos de uma autonomia exemplar porque também fazemos por isso. E nada, mas mesmo nada, se faz sem vontade e sentido de responsabilidade. Muitas vezes fazemos coisas bastante simples e todos ficaram admirados como se fosse preciso um grande esforço para o conseguir. Eu próprio fico admirado com estas reacções, mas depois lembro-me que na Maia há uma coisa chata como tudo: iniciativa. Tudo isto são coisas que já não discutimos. Fazer é um verbo que sobra imenso e que nós aproveitamos e desgastamos bastante. Por isso, ter um site, flyers, manuais e outras tantas coisas, tudo produzido e pago por nós, é antes de mais bom sinal e depois regozijo e autoestima interna. Durante a tua presidência, o jornal “O Jovem” comemorou 25 anos de existência. Parece-te que, a par da idade, a importância da publicação também tem crescido? Mais do que crescido. Já tive oportunidade de escrever no próprio jornal que O Jovem


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de escrever no próprio jornal que “O Jovem” ocupa hoje um espaço único e muito especial no universo da JP. Não tenho a mais pequena dúvida que hoje ele é lido ou apenas alvo da mera curiosidade de todos. Temos vindo a aperfeiçoar mensalmente “O Jovem” e todos têm presenciado o excelente trabalho de edição que o Tiago tem vindo a desenvolver juntamente com a ajuda da restante concelhia. Espero sinceramente presenciar, seguramente do lado de fora, os próximos 25 anos do jornal. Para mim é um gozo enorme saber que tenho uma ferramenta tão importante na minha concelhia e sinal de satisfação quando militantes de todo o país me perguntam se “O Jovem” não é mesmo o jornal oficial de toda a JP porque não encontram mais nada parecido. Eu digo simpaticamente que não, que ele é da Maia e fruto do esforço e orgulho de apenas uma concelhia. Durante o teu mandato, a JP Maia concretizou a criação de um núcleo. É teu desejo que novos núcleos nasçam no futuro? Sim e estamos a trabalhar nisso. Queremos chegar diariamente em força a todos os pontos do concelho e isso só o conseguimos se tivermos elementos activos nesses locais. Já temos a funcionar a todo o vapor o núcleo do Castêlo da Maia, queremos agora mais dois ou três que compreendam as zonas sul, oeste e este do concelho. No entanto, queremos ir com calma e muita ponderação. Temos a responsabilidade de ser, pelo menos que eu tenho conhecimento, a única concelhia activa com núcleo territorial e por isso, mais uma vez, estamos a desbravar sozinhos terrenos desconhecidos. Não há pressas.

Em que medida a criação de mais núcleos será um sinal positivo para a JP Maia? Eu posso estar a magicar uma conspiração que não lembra a ninguém, mas confesso que, e pensando no problema de implantação do CDS Maia no concelho, a ideia dos núcleos é para um projecto muito mais do que a simples representação da JP Maia. Pelo menos para mim. Pensando que um problema de representação começa sempre de baixo para cima e que há fortes probabilidades de continuar este ritmo de influencia da juventude local por parte da JP, então pode ser que daqui a dez ou quinze anos já não tenhamos só 3%. Mas isto pode ser uma simples maluqueira da minha parte, ou não. No fundo, no fundo, continuamos a trabalhar para a máquina de cerveja de pressão…

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Hoje estamos muito mais no terreno, somos muito mais conhecidos nas escolas e nas freguesias e isso nota-se pelo aumento na média de filiações por iniciativa própria.


Recordo-me que a larga maioria dos militantes no último congresso de Guimarães votou Micha e eu fui um deles. Uma moção estrondosa, um rapaz simpático, humilde e com uma bagagem retórica grande. Acho que foi isso que convenceu a JP.

É sabido que o esforço na organização de grandes iniciativas tem na presença do público uma grande recompensa. Para além do público “anónimo”, pensas que a Juventude Popular, nomeadamente através de outras concelhias, têm sabido recompensar a JP Maia estando presentes nas suas iniciativas? Infelizmente não. Mas isso é tão subjectivo que podíamos estar aqui a teorizar durante horas. O que sei objectivamente é isto: é raríssimo a concelhia da Maia falhar actividades no Distrito, seja qual for a concelhia, e quando o faz, nunca é só com a representatividade de um militante. Nunca pedimos mais nem menos e se em algum momento organizamos debates e campanhas, elas são sobretudo para consumo e interesse da casa. Apenas divulgamos porque gostamos da presença de todos e da família JP em particular e porque consideramos que é no mínimo do interesse de todos os temas que discutimos. Se depois ninguém aparece só posso lamentar e ficar bastante apreensivo. Senti profundamente que a iniciativa “A Direita Democrática em Portugal” rivalizou, pela qualidade e pertinência, com umas Universidades JP. No entanto, não tivemos nem meia sala. É triste ver que as concelhias existem e só reagem ao que lhes interessa ou ao que simplesmente são mandatadas. A JP no distrito do Porto tem de melhorar muito, baixar a cabeça e começar a trabalhar a sério, mostrar humildade e compromisso. Mas posso estar

a exigir muito, afinal pertenço à JP da Maia. Em termos nacionais, entramos recentemente na segunda metade da actual CPN. Como classificas, globalmente, o seu trabalho? A JP está bem entregue ao Michael Seufert? Recordo-me que a larga maioria dos militantes no último congresso de Guimarães votou Micha e eu fui um deles. Uma moção estrondosa, um rapaz simpático, humilde e com uma bagagem retórica grande. Acho que na altura foi isso que convenceu a JP. Hoje vejo que a CPN, na figura do seu Presidente e representante no Parlamento, já alcançou coisas boas, como a influência no novo Estatuto do Aluno, a reacção ao fim da Escola Móvel e os alertas para o desemprego jovem. Todavia há sempre aspectos que falham numa equipa e que é vital corrigir, a CPN não é excepção. Sinto que a CPN deve continuar a privilegiar uma mensagem de competência e mérito porque se é isto que doutrinamos então façamos dela prática. Tudo o resto é fumo sem fogo, pormenores e aspectos que só atrasam e nada ajudam a JP. Pessoalmente quero que a CPN se preocupe com as concelhias, não peço mais nada. E se conseguirmos ter bases fortes, teremos uma cabeça indestrutível. O Presidente da JP está na Assembleia da República. Pensas que o seu trabalho tem honrado a JP e lhe tem trazido benefícios? Tal como já disse anteriormente: é

importante para a JP, independentemente de quem a representa, ter um papel activo dentro do parlamento. Regozijo-me pela influência da JP no novo Estatuto do Aluno e aguardo por mais. Lembro-me que na noite em que o Micha saiu eleito lhe pedi, depois das felicitações, para ele não se esquecer que acima de tudo era JP e que era o seu Presidente. Assim prometeu e para já tenho todas as garantias. Relativamente ao CDS, após os excelentes resultados no período eleitoral de há um ano, como te parece estar o partido? Ainda no rumo do sucesso ou, como muitos vaticinam, a ser esvaziado pelo recente crescimento do PSD nas sondagens? Não descarto que o crescimento do PSD possa assombrar uma vez mais o CDS. Historicamente tem sido assim, somos vítimas de um eleitorado flutuante que ainda é em grande número. O mais importante é que o CDS continue forte nos argumentos contra a obesidade mórbida deste estado, os criminosos e os corruptos. Confesso que a última campanha legislativa me encheu as medidas e o espírito. Quero viver outra vez esses momentos e sei que todo o partido e a JP estão nas ruas as vezes que forem precisas. O CDS é vital como alternativa séria de Governo para Portugal e os portugueses começam cada vez mais a perceber isso. Só temos de continuar iguais e não trair quem todos os dias confia em nós.


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Perfil Manuel Oliveira nasceu a 17 de Abril de 1986, o que faz dele um jovem de 24 anos. É licenciado em Recursos Humanos pela Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão (ESEIG), área na qual tem desenvolvido a sua actividade profissional. Filiou-se na Juventude Popular em 2005, e desde então desempenhou vários cargos na concelhia da Maia, até que, em Agosto de 2009, foi eleito presidente da estrutura, cargo para o qual foi reeleito recentemente. É reconhecidamente monárquico e sócio do FC Porto. Para além destes, possui ainda outros gostos que O Jovem foi descobrir. Um país: Portugal Uma cidade: Barcelona Uma viagem: China Um livro: Le Grec, de Pierre Rey Um filme: Rear Window, de Hitchcock Uma música: Asphalt World, dos London Suede Um político: Winston Churchill Uma marca: Aston Martin Uma bebida: Maduro Tinto Uma qualidade: Transparência Um defeito: Transparência


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TRADIÇÃO DE LIBERDADE Nuno Silva

| Vice-Presidente da CPC da Juventude Popular da Maia

Constituição garantir a liberdade de porte de arma registada, é Abateu-se, por estes dias, uma polémica que está para durar sobre a também a primeira emenda que diz liberdade de expressão, reunião, construção de uma mesquita em Nova Iorque, perto do Ground Zero. associação e de religião. De maneira a dotar a polémica de veracidade, é preciso sublinhar que a É de mau gosto ter uma mesquita tão próxima do Ground Zero? Até mesquita e Centro Islâmico, vulgarmente conhecida como Córdoba posso admitir que sim, mas não é motivo suficiente para suprimir um House, a razão desta polémica, não será de facto construída no garante de liberdade religiosa confiado na Constituição a todos os Ground Zero, mas num cinema abandonado a dois quarteirões do Americanos, até os islâmicos. fatídico local que vitimou cerca de 3000 pessoas. Posto isto, a A Comunidade Islâmica não pode ser toda posta no mesmo saco, discussão pode então ser feita correctamente, e não apregoando o como não pode nenhuma comunidade. Aos fundamentalistas, resolvefantasma de que nascerá no local simbólico, mas perto dele. se com aplicação da lei. Aos moderados, com a garantia de liberdade. Tenho escrito algumas coisas recentemente sobre este assunto e Newt Gingrich, ex-Speaker, dizia que a culpa do 9/11 foi de todos os gosto de começar por dizer que é um assunto onde ninguém tem islâmicos. Isto é argumento de um razão. A politização da religião é o verdadeiro xenófobo. O 9/11 foi culpa de extremistas fantasma que deve ser combatido, e não a O Partido Republicano islâmicos, fundamentalistas, não de construção de uma mesquita. E os Estados Unidos da América (EUA) perdem o seu charme de decidiu cortar de vez com moderados. Dos 3000 que morreram, chances há de haver islâmicos nas contas. bastião da liberdade exactamente quando os laços históricos de São vítimas como os outros. E devem ser chegamos à religião. Sabendo que os EUA são um respeitados. país criado pela vontade intrínseca da fuga de profunda liberdade e Mais que isso, se o problema é realmente o opressão religiosa da Europa, e sobre um manto islamismo em geral, como proeminentes de protecção cívica de todos os credos e religiões, fazer ataques, muitos membros do GOP parecem querer fazer custa ver este país cair numa conversa tão deles racistas e pura e passar juntamente com o a sua frente de alarmista como esta. Embora seja um estado laico, como várias fés nos simplesmente xenófobos, ataque, vulgo Fox News, então porque é que, existe dentro do Pentágono uma seus cidadãos, os EUA são um país onde, pelo a um segmento da mesquita para os trabalhadores islâmicos do menos nos últimos 50 anos, um candidato que provavelmente terá o maior presidencial vive e morre com a questão da população americana que local aparato de segurança a seguir à Casa Branca religião. Ser mórmon ou ser não denominante, ser e juntamente com o Congresso? Lembro que judeu ou ser católico apostólico romano, ser tem tanto direito a o Pentágono foi também atingido no 9/11 evangelista ou ser islâmico, ser budista ou ser praticar a sua religião como as Twin Towers, e aqui não há uma ateu, não deveria ser um ponto de tanta pressão mesquita a ser construída a dois quarteirões. na vida política do candidato americano. E isto já como a maioria cristã. Há uma lá dentro! esta demasiado envergado no discurso político e Segundo culpado desta situação é a no arremesso da crítica entre candidatos, e do liderança democrata. Barack Obama não foi sensato ou inteligente ao espírito do cidadão votante que é impossível parar. E a luz de liberdade comentar a situação e trouxe o problema definitivamente para o plano que é a Constituição Americana e as consequentes primeiras dez nacional. Vendo o erro que fez, tentou limpar o comentário com emendas, vulgo” Bill of Rights”, morre mais um bocadinho às mãos do generalidades e falhou. Harry Reid, líder democrata do Senado fez o seu herdeiro, o americano comum. mesmo ao, publicamente, vir contra a mesquita, sublinhando no Depois de divagar um pouco sobre a generalidade do tema religião na entanto que é a favor da liberdade de religião. Nancy Pelosi (a vida política americana, encontro um novo bater no fundo. O tema da Speaker), vendo todo este aparato, não se deixou ficar e vai a jogo com mesquita nova iorquina perto do Ground Zero deveria ser um assunto local. Sempre fomos habituados a ver que os EUA tem um forte valor os republicanos em termos nacionais ao apoiar uma investigação sobre de discutir temas locais dentro das comunidades e o pouco que é de onde vem o financiamento ao lobby contra a mesquita. E de Agosto a Novembro vai ser isto. Todos perdem, ninguém ganha. federal, a nível nacional. Com esta mesquita, perdeu-se esse valor. É Além de isto ser também um caso de propriedade, onde o dono do aqui que aponto o dedo. O denominado movimento Tea Party é o edifício pode fazer dele o que quiser, até uma mesquita, os únicos que primeiro grande culpado disto tudo e tem um objectivo: usar este deviam tratar disto com legitimidade é o Governo de Nova Iorque, o tema na campanha das “midterms” de Novembro. A voz social Mayor de Nova Iorque, e as famílias do 9/11. conservadora americana hoje à frente do Partido Republicano (GOP) Se os dois primeiros são políticos, os terceiros são os visados do crime decidiu cortar de vez com os laços históricos de profunda liberdade e de há 9 anos. E há de facto grupos de famílias que são a favor da fazer ataques, muitos deles racistas e pura e simplesmente xenófobos construção da mesquita sob um pretexto que maior parte dos a um segmento da população americana que tem tanto direito a conservadores americanos (e não só) não gostam: tolerância. praticar a sua religião como a maioria cristã. Quando o país foi A verdade é que, como lia há uns tempos, não podemos tomar as fundado, os “Founding Fathers” tiveram o cuidado de defender a mesmas posições que tomas os islâmicos da Arábia Saudita ou do liberdade religiosa. Grupo de fundadores este que está praticamente Iémen. A Ocidente vive a razão e devemos ser nós a mostrar porque a na voz de todos os conservadores sociais do Tea Party como Sarah temos, e não lutar com a deles com as armas deles. Palin ou Newt Gingrich, mas aparentemente só quando interessa. Se para o GOP é, e muito bem, argumento a segunda emenda da


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UM VERÃO QUENTE Rita Magalhães e Silva

| Vogal da CPC da Juventude Popular da Maia

antecipadas, apesar de esta hipótese só estar em aberto até dia Este Verão terá sido um dos mais quentes nos últimos anos, 9 de Setembro. Curioso é o facto da votação do Orçamento de não só pela quantidade de incêndios que assolaram o nosso Estado estar marcada para Dezembro, altura em que é país, mas também pelas reflexões emitidas pelos nossos inconstitucional a dissolução da Assembleia da República. governantes. Porém há tanta falta de acção por parte do Executivo que estes José Sócrates mostra-se satisfeito com o crescimento da prazos são meramente referidos para economia portuguesa, apesar de se verificar conhecimento geral, nada mais. que esse crescimento tem vindo a estagnar PerguntoPergunto- me: o que é que os Instalou-se a guerra entre a DECO e o (passámos de um crescimento de 1,1% para investigadores andaram a Banco de Portugal. A entidade bancária 0,2%). fazer durante 6 anos? permitia a inclusão de cláusulas A taxa de desemprego regista, mais uma Percebo que o nosso 1º contratuais abusivas quanto à revisão vez, um aumento e desta vez com uma ministro tenha uma agenda unilateral dos juros acordados nos particularidade bem interessante: afinal o bastante ocupada, mas ao que contratos de habitação e a entidade de desemprego em Portugal aumentou não só defesa do consumidor apresentou uma para os portugueses, mas também para os tem feito, de certeza que teria queixa contra esta que nega ter recebido estrangeiros que cá vivem. O ideal é uma horita para colaborar qualquer comunicado. A conclusão deste regressarem aos seus Estados de origem com a justiça. PareceParece- me que assunto é que se autoriza que o spread antes que uma certa personalidade da vida há uma justiça para os ou os juros sejam alterados sem qualquer política se lembre de retirar os apoios aos influentes e outra para o Zé acordo com o cliente. portugueses para dar a estes “estranhos Povinho. Não nos esqueçamos Mas nem tudo são más notícias, o nosso internacionais”. que ele era um dos principais ministro até é optimista em relação ao O caso Freeport chega ao fim e veio suspeitos e nem como evento mais marcante do Verão: os enunciar a fraqueza da justiça portuguesa incêndios. Afirma ele que está a arder quando se afirma que não houve tempo testemunha foi ouvido. menos que em 2003 e 2005. Ora aí está para ouvir José Sócrates. Pergunto-me: o uma razão de alegria para os portugueses. Deve ser por isso que que é que os investigadores andaram a fazer durante 6 anos? ainda não foi expedida qualquer medida regular ou adicional, Percebo que o nosso 1º ministro tenha uma agenda bastante nem elaborado nenhum balanço dos prejuízos. ocupada, mas ao que tem feito, de certeza que teria uma horita para colaborar com a justiça. Parece-me que há uma justiça para os influentes e outra para o Zé Povinho. Não nos esqueçamos que ele era um dos principais suspeitos e nem como testemunha foi ouvido. A indefinição orçamental continua. Não se sabe quem votará a favor e contra, murmura-se a possibilidade de eleições


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REFLEXÕES SOBRE POLÍTICA INTERNA Júlio Marques

| Presidente da Mesa do Plenário da Juventude Popular da Maia

Num mês em que a capa do nosso “O Jovem” figura o actual e As direcções das juventudes partidárias patrocinam, apoiam e recém-eleito presidente da minha concelhia, num segundo incutem autenticas digladiações que muitas vezes começam mandato consecutivo, em que me estreio a escrever para o com militantes acabados de chegar, é do género de política nosso jornal na qualidade de presidente da Mesa do Plenário e secular aplicada aos cavaleiros britânicos quando os reis lhes ex-presidente de concelhia, é-me difícil a escolha do tema e do davam a entender qualquer coisa do género “When Lambs estilo de escrita a adoptar. O meu regresso a esta estrutura e a become Lions”. Bem, a verdade é que os Leões já se forma como estou habituado a escrever torna mais complexa encontravam no poleiro, e no meio de tanta ovelha apenas uma essa escolha. ou duas sobreviviam para se vangloriarem de um cargo mais elevado. Falar sobre a minha entrada para a juventude popular, onde Analisando cuidadosamente, a politica interna, acaba por se figura o meu passado e todos os seus tempos sombrios, seria abrir uma brecha digna dos melhores comentários no facebook, traduzir num empobrecimento daquelas que devem ser as verdadeiras batalhas, que é contra outros partidos e juventudes mas não é o momento oportuno, nem o clima é propicio a isso. partidárias da oposição. Poderia escrever sobre casamentos do “jet seven”, sobre as tias Nas juventudes partidárias existe de cascais, do estado de pobreza do país, sobre actualmente um elevado tráfico de a palavra hipocrisia, sobre o Zé-Povinho, mas Após alguma meditação era tão chato que provavelmente ninguém iria influências, os cargos são querer ler as minhas linhas. E por isso com o negociações, compra e venda de chegamos a várias votos, para aqueles que já estiveram objectivo de não vos maçar muito, vou escrever conclusões, a política em congressos ou eleições, sabem a um pouco sobre o estado da política de algazarra digna de uma luta em que juventude no nosso país, a qual incide interna actual actual incide se torna o ambiente que rodeia os directamente sobre o futuro das massas no directamente contra a candidatos ao que quer que seja, em partido. que estrutura for, em que partido ou Utilizando um português perceptível, o estado meritocracia, vergandovergando-a juventude for. das juventudes partidárias no nosso país é uma calamidade, e o estado dos partidos não lhe fica a um feudalismo moderno A política interna leva-nos a observar nada atrás. Porque faço eu uma afirmação tão muitas vezes um mundo podre, que instalado no seio de todas os jovens que entram, não estão forte como esta? Com diversos amigos meus pessoais, dirigentes de concelhias em diversos certamente habituados, e por isso se as estruturas. partidos, outros com cargos nas máquinas da perdem militantes, esses que logo ao juventude que representam, numa conversa entrarem dentro do esquema se franca, honesta, e ao sabor do álcool fomos debatendo a sentem altamente pressionados a tomar posições como se situação da politica nacional, chegando a uma conclusão falássemos de Ganges organizados. Uns abandonam as interessante, embora com ideologias bem afastadas, o único estruturas, outros resistem, outros ainda tornam-se parte da ponto onde nos aproximávamos era na forma como funciona a máquina de guerra interna. Algumas pessoas são com isto politica interna de cada um, seja em que partido, ou juventude. travadas na sua felicidade partidária, porque algumas distritais Chegamos igualmente à conclusão que a política já não é tão e direcção de partidos e Juventudes normalmente activam externa como deveria ser, os jogos de poder deixaram de se blocos de segurança para não permitir a progressão desses fazer em praça pública para passaram a ser feitos à porta jovens militantes. fechada. Já não há grandes picardias entre juventudes, defesa Isto não é ficção científica, existe, e no nosso país, é uma de ideais, aparece a política interna aqui bem mais activa como realidade dura e crua da politica interna, mas isto vai bem mais sobrevivência dos militantes activos. O que definimos como longe, a chamada máquina, que são as estruturas da direcção política interna? cometem muitas vezes crimes contra o próprio partido, e prol Após alguma meditação chegamos a várias conclusões, a do grupo que se encontra no poder, e que tem logo de inicio o política interna actual incide directamente contra a intuito de se cimentar por mais algumas épocas. Há militantes meritocracia, vergando-a a um feudalismo moderno instalado que se apagam das listas informáticas, há militantes cujas filiações são rasgadas, apenas, porque nesse ano vieram das no seio de todas as estruturas. As lutas dentro das concelhias, dentro das distritais, e bem no coração da direcção dos partidos mãos dos que se opõem a máquina. Isto é crime partidário, e e das juventudes partidárias são feitas a título pessoal ou em acontece nos partidos e nas juventudes, mais chocante bando por cada militante com ambição e vontade acontecer nas juventudes, porque é ai que a base do ser essencialmente de afirmação. humano como politico é construída, formada.


o jovem | agosto 2010

Todas as estruturas partidárias criam aglomerados de que se orgulham. Eu chamo-lhes células ocas, criadas para introdução de elementos móveis que são nada mais nada menos que militantes que hoje são de Braga, amanha de Guimarães e depois de amanha de Coimbra. Células ocas que são concelhias fantasma onde só figuram nomes, e não trabalho ou actividade política. E depois temos o mais incrível, nos partidos e juventudes partidárias existem concelhias boas, militantes com potencial, e activos, e na altura da luta, são esquecidos e todo o seu trabalho com dignidade banalizado. Na hora de ocupar os cargos, os escolhidos não são os que fazem politica externa, nem os que trabalham, são os que criam instabilidade interna, sãos os que fomentam as batalhas campais, são as juventudes partidárias e as suas bases polidas de negro que alimentam esta sapiência que absorve ideologias. Hoje em dia para se subir num partido ou numa juventude partidária é preciso muitas vezes destruir concelhias, minar distritais, corromper a máquina, expulsar militantes, num verdadeiro rastro de destruição. A política interna afasta os militantes que são pessoas e não máquinas, porque a credibilidade é débil e estas atitudes são apenas para os que têm mais estofo ou mesmo estômago para aguentar a pressão. A calamidade política começa com a má formação dos militantes que pretendem ser políticos, e vemos isto hoje em

opinião

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dia como um senado, enquanto meia dúzia de pessoas trabalha como César e os seus exércitos para aumentar o poderio e espólio de uma nação, os ditos senhores com “S” grande digladiam-se num gigantesco senado para ver quem vai ficar com os melhores lugares, cargos e propriedades….

Todas as estruturas partidárias criam aglomerados de que se orgulham. E u chamochamolhes células ocas, criadas para introdução de elementos móveis que são nada mais nada menos que militantes que hoje são de Braga, B raga, amanha amanha de Guimarães e depois de amanha de Coimbra. Células ocas que são concelhias fantasma onde só figuram nomes, e não trabalho ou actividade política.


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