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Um dos mais experientes militantes da Juventude Popular decidiu candidatar-se à presidência da Distrital do Porto. Sob o lema “Este é o Norte!”, viu as suas propostas serem aprovadas no último Congresso Distrital, realizado em Gondomar. Agora, conta a’O Jovem quais as suas expectativas para este mandato e faz o retrato do distrito que agora abraça como Presidente Distrital. Uma entrevista a não perder.
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No V Congresso Distrital do Porto da Juventude Popular, que elegeu João Ribeirinho Soares como novo Presidente Distrital, a concelhia da Maia viu quatro dos seus militantes entrarem nos novos órgãos.
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Manuel Oliveira, Presidente da Juventude Popular da Maia, assina um artigo em que promove uma reflexão acerca dos planos do Governo para proceder à reforma administrativa do território. Um texto para ler e reflectir.
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Como habitualmente, “O Jovem” oferece-te os sempre apetecíveis artigos de opinião de militantes da concelhia maiata. Manuel Oliveira, Carlos Pinto e Luís Miguel Ribeiro, assinam os textos que poderás ler nesta edição.
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Já vimos todos, muitas vezes em directo, cenas dramáticas à porta de fábricas que fecham, com um aglomerado de trabalhadores visivelmente desesperados. Percebese. Parte de um sistema laboral (assente numa legislação implacável) que privilegia a ideia de trabalho mecânico e para toda a vida, muitos trabalhadores vêm-se, de repente, desempregados, demasiado novos para a reforma e demasiado velhos para o nosso mercado, e sem saber fazer na vida nada mais do que fizeram durante anos a fio, normalmente funções que o mercado cada vez menos pede e valoriza. Esse sistema sustentado por uma atitude de sindicatos que berram mais do que pensam e que acreditam viver nos inícios do século XX, em nada acrescenta ao desenvolvimento dos trabalhadores e do mercado laboral português. Na verdade, a ideia sempre em voga, e reforçada nestes tempos de crise, é aa de portuguesa que o posto a de trabalho – o emprego de que o posto – éde pertença do trabalhador. trabalho – o emprego Um direito – inalienável. éApesar pertença de a rigidez do trabatenaz da legislação laboral portuguesa lhador. Um direito querer insinuar isso mesmo,Apesar inalienável. a verdade de a é que esse é um bem tenaz rigidez que estádanas mãos do empregador, legislação laboralnão portu- propriamente porque a decisão de despedir ou guesa contratar é dele, mas porque a viabilidade da existência daquele posto de trabalho depende da sua própria viabilidade como patrão. A palavra certa deverá ser, cada vez mais, empregabilidade. Essa, boa ou
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guesa querer insinuar isso mesmo, a verdade é que esse é um bem que está nas mãos do empregador, não propriamente porque a decisão de despedir ou contratar é dele, mas porque a viabilidade da existência daquele posto de trabalho depende da sua própria viabilidade como patrão. A palavra certa deverá ser, cada vez mais, empregabilidade. Essa, boa ou má, encontra-se sempre na posse de cada trabalhador. O seu desenvolvimento depende das suas próprias iniciativa e capacidade. É por aí que o caminho deve ser trilhado. É por isso que as políticas laborais preconizadas ao longo dos tempos por sucessivos responsáveis governativos se têm mostrado erradas. São essas mesmas abordagens que lhes sustentam as respostas dadas de improviso perante o impacto da crise no emprego. Um impacto que teria sido provavelmente minimizado se acaso se tivesse posto em prática, algures no passado, uma política de emprego que se baseasse num sistema bem mais flexível e em trabalhadores qualificados e versáteis.
Por terras de
Lidador
No passado dia 30 de Outubro, Domingo, a concelhia da Maia escreveu mais um episódio de grande importância para a sua história. Fruto da política de descentralização que a recente Comissão Política Nacional (CPN) da Juventude Popular tem imposto à estrutura, a concelhia da Maia foi a escolhida para receber a mais recente reunião deste órgão executivo da Juventude Popular. Esta escolha recaiu pela importância da concelhia da Maia no universo da JP e também pela presença neste órgão de dois maiatos: Manuel Oliveira, Presidente da JP Maia e Vogal da CPN, e Tiago Loureiro, VicePresidente da JP Maia e Coordenador Nacional do Gabinete de Estudos Gonçalo Begonha. A equipa chefiada pelo minhoto Miguel Pires da Silva, recém-eleita em Julho no Congresso Nacional de Lamego, encontrou na concelhia da Maia o local ideal para a promoção contínua da descentralização deste órgão assim como a consciência deste dos problemas concretos que as concelhias vivem no dia-a-dia. Desta forma o órgão executivo da JP pode conhecer e promover meios específicos além de que proporciona um contacto mais directo com todos os militantes. Da reunião saíram mais objectivos e
promover meios específicos além de que proporciona um contacto mais directo com todos os militantes. Da reunião saíram mais objectivos e metas futuras numa perspectiva sempre realista e que vá de encontro à imagem crítica e isenta que a Juventude Popular sempre nos habituou. A Comissão Política Nacional da Juventude Popular debateu nesta reunião vários pontos de cariz de organização e crescimento interno como a inclusão de novos elementos na equipa nacional e optimização dos processos de comunicação e imagem. Os temas de discussão política mais importantes passaram pela tomada de posição da Juventude Popular em relação a temas como o programa Porta 65 e o incontornável Orçamento de Estado para 2012. De assinalar que nunca antes a concelhia da Maia tinha recebido um momento desta importância. A escolha e presença da Comissão Política Nacional da JP no nosso concelho enche a estrutura maiata de orgulho e reconhecimento.
Se o plano de Miguel Relvas se concretizar, o concelho da Maia, com pouco mais de cem mil eleitores, verá o corpo executivo da sua Câmara Municipal reduzir de dez para oito elementos. Embora me pareça que para a realidade do concelho continuam a ser vereadores a mais, será uma luta interessante de observar em 2013 tendo em conta o que se passou na última ronda eleitoral. A disputa interna no PSD Maia é sempre bastante animada por muito que não transpareça externamente. Aliás, essa é a melhor arma do PSD Maia. Um partido que é tão partido e cheio de facções internamente como a imagem de coesão e tranquilidade que passam para os atentos da pouca vida política do concelho. A verdade é que o número de lugares será encurtado e da última vez foi mesmo à justa. Prevêem-se contas muito complicadas para 2013 e desfechos, parece-me, improváveis à partida. Ao que tudo indica associado a isto estará a última corrida de Bragança Fernandes. Não acontecendo um cataclismo e contando com a habitual mediocridade do PS Maia, o actual edil será certamente reconduzido em mais um mandato. O último por limite imposto pela Lei. A vereação de 2013 será por isso fundamental para perceber o jogo político de futuro. Ou não. Há fortes rumores de Bragança Fernandes não se recandidatar em 2013. O que seria mau para o PSD Maia.
A Comissão Política Distrital do Porto da Juventude Popular (JP) tem um novo presidente. Chama-se João Ribeirinho Soares e sucede a Vera Rodrigues, que cumpriu dois mandatos na liderança da estrutura. A eleição aconteceu no fim-de-semana, durante o seu V Congresso Distrital, que decorreu em Gondomar. A reunião magna da distrital contou com a representação de todas as concelhias da estrutura, contando com mais de 70 congressistas que elegeram por unanimidade a moção de estratégia global “Este é o Norte!”, cujo primeiro subscritor é o agora presidente. De acordo com Manuel Oliveira, foi um congresso “bastante” participado a nível de estrutura. Contudo, afirma, não foi tão participado, “infelizmente” a nível de debate de ideias, até porque só foi apresentada uma moção de estratégia global que foi sufragada por unanimidade. “E isso deve-se, se calhar, a um bocadinho de desatenção da parte da estrutura da JP no distrito. Por exemplo, no congresso anterior existiram mais moções, mesmo de estratégia sectorial e isso realmente foi pena”, justifica o presidente da concelhia maiata. Contudo, a moção de estratégia global, que foi sufragada, sublinha Manuel Oliveira era bastante completa. “Ela vai desde a gestão autárquica, o empreendedorismo, passando pela questão das finanças locais e também
estratégia sectorial e isso realmente foi pena”, justifica o presidente da concelhia maiata. Contudo, a moção de estratégia global, que foi sufragada, sublinha Manuel Oliveira, era bastante completa. “Ela vai desde a gestão autárquica, o empreendedorismo, passando pela questão das finanças locais e também pelo crescimento das concelhias e a aposta na formação”, enumera. Medidas apresentadas por João Ribeirinho Soares e que foram “bastante aplaudidas e discutidas pelos militantes que estavam no congresso”, diz o líder da concelhia da Maia. A concelhia da Maia da Juventude Popular viu, mais uma vez, vários dos seus elementos serem chamados para contribuir para os novos órgãos distritais. O presidente dos jovens populares da Maia, Manuel Oliveira, será vice-presidente de João Ribeirinho Soares numa equipa que conta ainda com o maiato Nuno Silva. Tiago Loureiro assume a presidência da Mesa do Conselho Distrital e Vânia Peres a vice-presidência da mesa do Congresso Distrital. estrutura maiata conseguiu ainda dois militantes na quota da JP à Assembleia Distrital do Porto do CDS, Tiago Oliveira e Carlos Pinto. Para Manuel Oliveira estas escolhas de militantes da Maia para os órgãos distritais, são o reconhecimento do trabalho que a estrutura tem vindo a desenvolver os últimos anos. “A Maia tem sido reconhecida e bem, até
A estrutura maiata conseguiu ainda dois militantes na quota da JP à Assembleia Distrital do Porto do CDS, Tiago Oliveira e Carlos Pinto. Para Manuel Oliveira estas escolhas de militantes da Maia para os órgãos distritais, são o reconhecimento do trabalho que a estrutura tem vindo a desenvolver os últimos anos. “A Maia tem sido reconhecida e bem, até porque o merece e trabalha para isso, trabalha para o crescimento da JP como um todo”. O congresso ficou ainda marcado pela despedida, depois de dois mandatos consecutivos, de Vera Rodrigues enquanto presidente da Comissão Política Distrital. A agora deputada do CDS pelo círculo do Porto à Assembleia da República, apresentou o relatório de actividades aos congressistas tendo recebido agradecimentos pelo seu contributo para o crescimento da JP no distrito. Vera Rodrigues disse sair com garantias de um trabalho “bem feito e que sempre esteve ao serviço dos militantes das concelhias nos seus planos de implantação e crescimento.
Os maiatos Manuel Oliveira e Nuno Silva foram eleitos como membros da nova Comissão Política Distrital. Tiago Loureiro, na presidência da Mesa do Conselho Distrital, e Vânia Peres, na vice-presidência da Mesa do Congresso Distrital, são os outros representantes da Maia nos novos órgãos distritais.
João Ribeirinho Soares é o novo Presidente da Comissão Política Distrital do Porto da Juventude Popular.
Verdade seja dita, um dos temas que marcou a agenda de campanha do PSD para as últimas eleições Legislativas foi a reforma administrativa do poder local. Verdade mais do que dita, tem sido o CDS, há anos, a promover no terreno esse debate. Tema que me apraz particularmente por tudo o que representa no nosso quotidiano enquanto cidadãos e por tudo o que isto pode representar de extinção para, espero, alguns desses, a reforma do poder local será um dos soundbytes mais sérios que a política portuguesa tem para resolver nos próximos meses. Para os mais desatentos, este plano, diga-se interessante, nada, mas mesmo nada, tem de aspecto aproximado de uma proposta de criação de regiões autónomas política e economicamente. Mesmo que no plano de Miguel Relvas se fale em descentralização – termo que define
mesmo nada, tem de aspecto aproximado de uma proposta de criação de regiões autónomas política e economicamente. Mesmo que no plano de Miguel Relvas se fale em descentralização – termo que define uma Regionalização coerente e séria – não se enganem. Ali deveria ler-se deslocalização. São, portanto, conceitos absolutamente distintos. O livro verde, que é azul, da reforma do poder local é um somatório de algumas extinções, deslocalizações e cortes de despesa nas Juntas de Freguesia e Câmara Municipais. Correcção: era. Com o lobby da Associação Municipal de Municípios o corte/extinção destas ficou em stand by passando a batata quente para as indefesas Juntas de Freguesia. Todavia, por muito pouco que seja, é alguma coisa. Se o plano do Ministro dos Assuntos Parlamentares for cumprido à risca, é
stand by passando a batata quente para as indefesas Juntas de Freguesia. Todavia, por muito pouco que seja, é alguma coisa. Se o plano do Ministro dos Assuntos Parlamentares for cumprido à risca, é muito possível que as eleições autárquicas de 2013 sejam não só o marco de um novo mapa e regras deste jogo mas aquelas em que teremos a máquina mais afinada e verdadeiramente de acordo com as reais necessidades do desenvolvimento e crescimento do nosso território. Nos quatro eixos que compõem o documento – Sector Empresarial Local; Organização do Território; Gestão Municipal, Intermunicipal e Financiamento; Nova Democracia Local – há aspectos que antevêem uma mudança e renovação como outros que nos deixam a duvidar das verdadeiras intenções desta iniciativa: assusto-me quando leio que é necessário “fomentar a descentralização administrativa” e depois as probabilidades passarem pela extinção ou aglomeração de juntas de freguesia – isto não é descentralizar, é deslocar - e fico reticente com o “reforçar a coesão e a competitividade territorial” como se uma freguesia valesse mais que outra, como se uma freguesia do interior fosse mais necessária, que é, do que uma do litoral; “regular o associativismo municipal no pressuposto de que não deverá repetir-se nas suas funções” é matar a galinha, depois de devidamente alimentada, que traz todos aqueles preciosos votos no momento crucial, logo, coisa que nunca será controlada e devidamente proibida; já “promover a redução do sector empresarial local”, à parte do palavrão feio deveria ler-se, mais uma vez, extinção ou implosão em detrimento de redução. Expressões como “adequar o Sector Empresarial Local à realidade local” e
redução do sector empresarial local”, à parte do palavrão feio deveria ler-se, mais uma vez, extinção ou implosão em detrimento de redução. Expressões como “adequar o Sector Empresarial Local à realidade local” e saber “quais os sectores onde este deve actuar em substituição/ complemento dos Municípios” são um mau prenúncio. Ou melhor, poderão ser a indicação de que a força do poder local é demasiada para que a limpeza seja feita convenientemente, cortando o mal pela raiz. Pormenores linguísticos à parte, é evidente que uma boa parte do cancro vai sair intocável deste processo. Mas o que andará a preocupar quase todos são as perspectivas dos eixos Nova Democracia Local e Ordenamento do Território. Parece realista e irrefutavelmente necessária uma redução do número de cargos políticos em todos os executivos. Há demasiados deputados municipais e de freguesia. Há excessivos Presidentes de Câmara e de Junta. Há Vereadores a mais. Há recursos limitados para recursos desnecessários. É expectável que aqui o plano tenha uma mão firme e concreta. Reduzir o número de intervenientes e organismos é essencial para a desburocratização e alívio do peso financeiro não só para o Estado central mas também para esses mesmos organismos. Não sendo a Maia um caso assustador nestes termos, e tenho sempre Barcelos como referência, a verdade é que há arestas a serem limadas e erros do passado a serem corrigidos. É possível ter quatro a cinco juntas de freguesia com a mesma eficiência e grau de relevância de dezassete. É possível ter os mesmos resultados com menos deputados municipais e menos vereadores. E, mais importante ainda, é mais do que lógico que o
para a desburocratização e alívio do peso financeiro não só para o Estado central mas também para esses mesmos organismos. Não sendo a Maia um caso assustador nestes termos, e tenho sempre Barcelos como referência, a verdade é que há arestas a serem limadas e erros do passado a serem corrigidos. É possível ter quatro a cinco juntas de freguesia com a mesma eficiência e grau de relevância de dezassete. É possível ter os mesmos resultados com menos deputados municipais e menos vereadores. E, mais importante ainda, é mais do que lógico que o responsável pela gestão da cidade possa escolher, após a eleição, livremente a sua equipa sem ficar sujeito a métodos de eleição ridículos e inconsequentes. O poder local desmistifica-se e renova-se desta forma. Mais, aproxima-se e serve melhor assim, quanto mais não seja quem dele precisa como de pão para a boca. Quanto à pergunta para um milhão de euros já todos a conhecemos: o que fazer com os funcionários excedentários destes organismos excedentários? Meus caros, mentalizem-se. Chegou a hora de apenas ficar quem é realmente necessário. Mas quem?
João Ribeirinho Soares, 25 anos. Um dos mais experientes militantes da Juventude Popular decidiu candidatar-se à presidência da Distrital do Porto. Sob o lema “Este é o Norte!”, viu as suas propostas serem aprovadas no último Congresso Distrital, realizado em Gondomar. Agora, conta a’O Jovem quais as suas expectativas para este mandato e faz o retrato do distrito que agora abraça como Presidente Distrital. Uma entrevista a não perder.
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O poderio económico e industrial nortenho foi sendo atacado por Governos e políticas sem critério que traçaram um país a duas velocidades e muito nefasto ao empreendedorismo que está nos genes das pessoas desta região.
Quais as principais motivações que conduziram à tua candidatura à Distrital do Porto da Juventude Popular? Num momento tão difícil para o País e especialmente para a nossa região, não podia esquecer as minhas responsabilidades na altura de se definir o futuro político desta estrutura. Sendo este um desafio que eu queria abraçar e lembrando o slogan de campanha do CDS, este era o momento. Foste eleito com a moção “Este é o Norte!”. Pensas que o distrito tem perdido o Norte? Quais os principais problemas que o têm levado a navegar à deriva? Completamente. Estamos a falar de uma região que já foi e estava habituada a sê-lo até há pouco tempo o motor de desenvolvimento do país. Estamos a falar de uma região que foi economicamente forte, industrialmente poderosa, culturalmente influente e politicamente preponderante. Hoje
habituada a sê-lo até há pouco tempo o motor de desenvolvimento do país. Estamos a falar de uma região que foi economicamente forte, industrialmente poderosa, culturalmente influente e politicamente preponderante. Hoje falamos de uma região assolada pelo flagelo do desemprego, com dificuldades em fidelizar empresas, em cativar cérebros e conhecimento. São várias as razões que nos levaram a perder o Norte. O poderio económico e industrial nortenho foi sendo atacado dia após dia, mês após mês e ano após ano até aos dias de hoje, por Governos e Políticas sem critério que traçaram um País a duas velocidades e muito nefasto ao empreendedorismo que está nos genes das pessoas desta região. Basta olhar para o sector dos serviços de âmbito privado que nasceu devido à vontade e ao empreendedorismo das pessoas do Norte e que foi sendo “transferido” para Lisboa. Do BPI restam as áreas de Research e Investimento, do BCP as assembleias gerais e dos seguros
devido à vontade e ao empreendedorismo das pessoas do Norte e que foi sendo “transferido” para Lisboa. Do BPI restam as áreas de Research e Investimento, do BCP as assembleias gerais e dos seguros meras delegações comerciais. O AICEP fugiu do Porto assim como o INE. Se nada for feito, a próxima fuga anunciada será a da gestão do Porto de Leixões e do Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Vivemos uma década em que o Poder Central demonstrou fobia do Porto e temos de nos preparar para inverter este ciclo. A derradeira causa que nos levou a perder o Norte foi a já famosa coesão nacional que apenas serviu para concentrar investimento na região de Lisboa de Vale do Tejo e esqueceu o resto do País e, principalmente, o Porto. O país coeso e solidário que a classe política de Lisboa nos vendeu é um País assimétrico, pobre, improdutivo, deficitário e cada vez mais a caminhar alegremente para a servidão. E que Norte é esse que pretendes pôr em prática nestes dois anos? Pretendo que a Comissão Política Distrital do Porto actue essencialmente em 9 áreas que considero fulcrais: Estado, Economia e Finanças Públicas, que apesar de não serem áreas comuns para uma Distrital actuar, a actual conjuntura leva-nos a estar atentos e a ser diligentes; Educação e Ensino Superior, um tema sempre actual e onde a Juventude Popular tem pautado a sua actuação como uma organização responsável, séria e credível; Investigação e Desenvolvimento, essencial para se projectar o Porto para o Futuro; Empreendedorismo, um tema que não podia faltar principalmente quando estamos a falar da região mais
Desenvolvimento, essencial para se projectar o Porto para o Futuro; Empreendedorismo, um tema que não podia faltar principalmente quando estamos a falar da região mais empreendedora do País; InfraEstruturas e Transportes, um tema sempre da maior importância; mas também Agricultura; Reforma Administrativa; Segurança e Gestão Autárquica.
combate cultural que está enraizado na sociedade portuguesa como propriedade da esquerda intelectual. Ainda a nível de actividade política, estão constituídos grupos de trabalho no intuito de conseguirmos dar uma resposta rápida à actualidade política. Também a comunicação será alvo de atenção com mudanças ao nível do site institucional, presença nas redes sociais e processos internos.
Em termos de organização interna, que novidades apresentas para este dois anos? Espero que não passemos os próximos dois anos a trabalhar para dentro de portas. Devido à conjuntura nacional e distrital é tempo de agir para fora de modo a mostrarmos ao eleitorado e aos jovens qual é o Norte. No entanto, e por forma a adaptar a organização distrital à realidade dos dias de hoje é óbvio que vamos apresentar algumas mudanças a nível interno sempre com o objectivo máximo de conseguirmos optimizar a nossa forma de trabalhar. O Conselho de Presidentes irá ser reactivado de modo a termos um fórum onde se possam partilhar as diversas experiências locais. Só com partilha de conhecimento e experiências conseguiremos ser melhores. Depois, e estando cientes do desafio que vamos enfrentar em 2013 iremos nomear um coordenador autárquico que terá como objectivo organizar as próximas eleições em conjunto com o CDS. Ainda a nível organizacional apresentamos como novidade a constituição de um Gabinete de Estudos que, à imagem do Gabinete de Estudos Gonçalo Begonha, irá ter como prioridade o combate cultural que está enraizado na sociedade portuguesa como propriedade da esquerda intelectual. Ainda a nível de actividade política, estão constituídos grupos de trabalho no intuito de conseguirmos dar uma
Alguns dos melhores quadros da história da Juventude Popular são do distrito do Porto. Mesmo quando a representatividade da Juventude Popular não era a melhor, o Porto nunca perdeu a sua influência. Gerir um distrito onde a qualidade e a competência têm imperado torna-te a tarefa mais facilitada? De que forma isso pode ser aproveitado? A fasquia está alta e nós queremos elevá-la ainda mais. Comigo não há lugar para pessoas conformadas e sem ambição. O Porto tem uma História impar na nossa organização e é nosso objectivo que o Futuro seja ainda melhor do que foi o Passado que muito nos honra. É fulcral conseguir aproveitar as diferentes valências dos nossos militantes e dirigentes para que o trabalho político produzido seja de excelência. Para isto estão criados diferentes grupos de trabalho sobre as mais diferentes áreas com o objectivo que se possa dar uma resposta célere aos temas que marcam a actualidade política. Os militantes do Distrito do Porto tem por hábito não ler os jornais de manhã para saber o que vão dizer de tarde e como tal iremos continuar a marcar a agenda política da JP, do CDS, do Porto e de Portugal.
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a representatividade da Juventude Popular não era a melhor, o Porto nunca perdeu a sua influência. Gerir um distrito onde a qualidade e a competência têm imperado torna-te a tarefa mais facilitada? De que forma isso pode ser aproveitado? A fasquia está alta e nós queremos elevá-la ainda mais. Comigo não há lugar para pessoas conformadas e sem ambição. O Porto tem uma História impar na nossa organização e é nosso objectivo que o Futuro seja ainda melhor do que foi o Passado que muito nos honra. É fulcral conseguir aproveitar as diferentes valências dos nossos militantes e dirigentes para que o trabalho político produzido seja de excelência. Para isto estão criados diferentes grupos de trabalho sobre as mais diferentes áreas com o objectivo que se possa dar uma resposta célere aos temas que marcam a actualidade política. Os militantes do Distrito do Porto tem por hábito não ler os jornais de manhã para saber o que vão dizer de tarde e como tal iremos continuar a marcar a agenda política da JP, do CDS, do Porto e de Portugal. Dois desses quadros são, actualmente, os dois deputados que a Juventude Popular tem Assembleia da República, ambos eleitos pelo distrito do Porto. De que forma pensas aproveitar essa maisvalia? Como tens visto o seu trabalho? Antes de mais queria começar por referir que a presença do Michael Seufert e da Vera Rodrigues na Assembleia da República ambos como Deputados da Juventude Popular eleitos pelo círculo do Porto é algo que nos orgulha muito. É fantástico que, em quatro deputados eleitos no distrito do Porto, dois sejam militantes e dirigentes da Juventude Popular, um seja Presidente Honorário e o outro seja Fundador da
Vivemos uma década em que o Poder Central demonstrou fobia do Porto e temos de nos preparar para inverter este ciclo. Dois desses quadros são, actualmente, os dois deputados que a Juventude Popular tem Assembleia da República, ambos eleitos pelo distrito do Porto. De que
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É fantástico que, em quatro deputados eleitos no distrito do Porto, dois sejam militantes e dirigentes da Juventude Popular, um seja Presidente Honorário e o outro seja Fundador da JC.
aproveitar as diferentes valências dos nossos militantes e dirigentes para que o trabalho político produzido seja de excelência. Para isto estão criados diferentes grupos de trabalho sobre as mais diferentes áreas com o objectivo que se possa dar uma resposta célere aos temas que marcam a actualidade política. Os militantes do Distrito do Porto tem por hábito não ler os jornais de manhã para saber o que vão dizer de tarde e como tal iremos continuar a marcar a agenda política da JP, do CDS, do Porto e de Portugal. Dois desses quadros são, actualmente, os dois deputados que a Juventude Popular tem Assembleia da República, ambos
CDS, do Porto e de Portugal. Dois desses quadros são, actualmente, os dois deputados que a Juventude Popular tem Assembleia da República, ambos eleitos pelo distrito do Porto. De que forma pensas aproveitar essa maisvalia? Como tens visto o seu trabalho? Antes de mais queria começar por referir que a presença do Michael Seufert e da Vera Rodrigues na Assembleia da República ambos como Deputados da Juventude Popular eleitos pelo círculo do Porto é algo que nos orgulha muito. É fantástico que, em quatro deputados eleitos no distrito do Porto, dois sejam
Assembleia da República ambos como Deputados da Juventude Popular eleitos pelo círculo do Porto é algo que nos orgulha muito. É fantástico que, em quatro deputados eleitos no distrito do Porto, dois sejam militantes e dirigentes da Juventude Popular, um seja Presidente Honorário e o outro seja Fundador da JC. É obviamente uma mais-valia que deve ser aproveitada ao máximo e eu próprio já tive oportunidade de lhes dizer que espero recebê-los em diversas iniciativas da Distrital bem como aproveitar a sua presença na Assembleia da República para ajudar os nossos autarcas, dirigentes associativos, etc. Apresento até aos leitores d’O Jovem, em primeira mão, a notícia de que no dia 10 de Dezembro iremos ter uma audiência com o deputado Michael Seufert no sentido de percebermos a situação do mercado de arrendamento e da lei das rendas, lei esta que consideramos estar a destruir os centros urbanos do distrito do Porto. Foste eleito num dos momentos mais difíceis da história contemporânea do país. Como é que avalias esta situação de crise? A situação é de emergência absoluta. Sofremos neste momento uma intervenção externa consequente de anos e anos a fio de políticas gastadoras, sem critério e
avalias esta situação de crise? A situação é de emergência absoluta. Sofremos neste momento uma intervenção externa consequente de anos e anos a fio de políticas gastadoras, sem critério e principalmente sem respeito nenhum pelas gerações futuras. Os Centros Culturais de Belém, as Expos 98, as várias auto-estradas para Lisboa, as Pontes Vasco da Gama, os BPNs, os BPPs, os potenciais novos aeroportos e TGVs pagam-se e são muito caros, algo que a classe política que esteve no poder nas últimas décadas não percebeu ou não quis perceber. Vivemos durante anos habituados a ter tudo e a não pagar por nada pelo que se não mudarmos o mindset não iremos sair desta situação. Mercado livre, regulação, controlo na despesa e mobilidade social são conceitos que devem passar a fazer parte do léxico português. Passados seis anos, o CDS voltou ao Governo. Que análise fazes do mesmo e que avaliação te merece aquilo que, para já, tem feito? Que expectativas tens em relação a esta Legislatura? O CDS demonstrou ao eleitorado que estava apto para fazer parte da solução. O CDS demonstrou que aprendeu com os erros do passado e que podia ser Governo. É Este é o Momento. Do sucesso desta legislatura depende o futuro de Portugal pelo que é fulcral não falharmos. Estão a ser adoptadas reformas estruturais e fundamentais no que toca à administração pública, ao estatuto de impunidade das empresas públicas, ao mercado laboral, à saúde e à educação. O Estado precisava de ser reformado e é o que está a acontecer agora. Quanto aos Ministros e aos Secretários de Estado indicados pelo CDS, o seu
empresas públicas, ao mercado laboral, à saúde e à educação. O Estado precisava de ser reformado e é o que está a acontecer agora. Quanto aos Ministros e aos Secretários de Estado indicados pelo CDS, o seu trabalho fala por si. Nos Negócios Estrangeiros há muito que ambicionávamos por uma diplomacia económica activa, na Agricultura e Ambiente foram dados passos muito importantes relativamente ao Proder, à eficiência energética e ao controlo da despesa pública em institutos e empresas não necessárias, na Segurança Social idem. A equipa de Secretários de Estado também não está a desiludir o eleitorado desmatelando Governos Civis, reorganizando a Protecção Civil e apostando fortemente na altamente exportadora indústria do turismo. Espero que o trabalho continue com muita serenidade, sem dar espectáculo mediático, ao contrário dos últimos Governos e principalmente com muita mas mesmo muita qualidade. Que mensagens deixas aos leitores d’O Jovem e aos militantes da Juventude Popular? Que lutem pelos seus objectivos, que não se conformem e que não percorram o caminho para a servidão.
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está a desiludir o eleitorado desmatelando Governos Civis, reorganizando a Protecção Civil e apostando fortemente na altamente exportadora indústria do turismo. Espero que o trabalho continue com muita serenidade, sem dar espectáculo mediático, ao contrário dos últimos Governos e principalmente com muita mas mesmo muita qualidade. Que mensagens deixas aos leitores d’O Jovem e aos militantes da Juventude Popular? Que lutem pelos seus objectivos, que não se conformem e que não percorram o caminho para a servidão.
Mercado livre, regulação, controlo na despesa e mobilidade social são conceitos que devem passar a fazer parte do léxico português.
Não tem sido fácil. O ano que está prestes a terminar colocou Portugal no roteiro dos países impróprios para cardíacos. Ninguém está a salvo: dos profissionais liberais aos profissionais dos subsídios, dos trabalhadores dependentes aos trabalhadores do cansaço, dos recém-licenciados aos quase reformados, pré-reformados ou… reformados. A complexidade do nosso presente é tal que até os comentadores do regime, ou da sarjeta, mudam de opinião tão depressa como o último primeiro-ministro de país. Por um lado, e mesmo não tendo o mesmo espalhado por offshores, não o censuro. Embora não seja um gajo propriamente dado a fatalismos nem a pensamentos saudosistas, tenho dedicado as minhas horas livres de introspecção a pensar no que raio aconteceu para chegarmos a esta situação miserável. É verdade que sobre isto a Dra. Campos Ferreira já fez uns mil “Prós e Contras”, é verdade que depois das coisas acontecerem há sempre aqueles que dizem que tinham avisado e que é inquestionável que neste momento todos parecem ter uma dose de razão proporcional à da culpa. A bem da lucidez, mesmo que mínima, façamos então uma simples equação: se a culpa é de um tal de capitalismo selvagem, será também em iguais proporções de um, e assumo orgulhosamente o conceito, socialismo selvagem. Mais: se juntarmos habilidosos de fato, diplomas ao domingo e anos de vassalagem em cima, temos umas largas centenas de tontos que têm tentado encontrar um equilíbrio entre estas duas formas de selvajaria. E não, não falo do centrão, da direita ou da esquerda. O resultado da equação é um mal transversal que vem desde o indivíduo mais inútil, passando pelo instituto mais irrelevante ou empresa pública mais corrupta, à
quase inexistência do sistema judicial e a uma democracia que, dizem, ser representativa. Assumamos sem medo: o grande mal deste canteiro à beira mar plantado é exactamente o seu dono. Nós. À medida que escrevo este complexo exercício de atribuição de culpas marcham aqueles que se intitulam de “Indignados”. À primeira vista, parece-me bem. Acredito que neste momento não haja um português que não esteja minimamente indignado. E aqui também convém explicar-me porque podemos ir do indignado por ter perdido poder de compra, ao indignado por ter perdido oportunidade de negócio; do indignado que acha que devia ter roubado toda a vida em vez de ter sido honesto, ao indignado que tem cada vez menos para roubar; do indignado que trabalha doze horas por dia e recebe uma miséria, ao indignado que é gestor público e lhe cortaram dois subsídios de mais de dez mil euros; do indignado que vai ter de trabalhar mais meia hora por dia, ao indignado que já não foi a tempo dos portáteis que o Estado oferecia por cem euros; do indignado com mais de quarenta anos de trabalho e lhe aumentam consecutivamente a idade da reforma, ao indignado que foi para um curso que sabia não ter saída profissional mas agora reclama que não consegue arranjar emprego; do indignado que contribui para um Serviço Nacional de Saúde ao qual nunca precisou de recorrer, ao indignado pelas taxas moderadoras que agora limitam a sua ida às urgências por causa de uma unha encravada; do indignado que tem um sistema fiscal que lhe sufoca o carácter empreendedor e gerador de riqueza, ao indignado que reclama quando o patrão o manda produzir mais e falar menos; do indignado que é bom aluno e lhe cortam uma bolsa de mérito, ao indignado com o aumento de impostos mas tem um filho
constantemente a repetir de ano na escola pública; do indignado que vê políticos a roubar escandalosamente o erário público, ao indignado que também vê mas vota neles; do indignado que já não consegue sentir mais nada que não seja a justa indignação, ao indignado que só o é porque alguém o manda ser. Estes são os indignados dos nossos dias. Somos todos indignados. Principalmente quando nos toca pessoalmente e temos de arranjar algum bode expiatório. De preferência um que devia ter estado lá para nos aparar as quedas só porque sim. É isto o Estado em Portugal, um misto de segurança falsa e viciante. Um Estado que é gerido por quem dele mais precisa para muitos que acham que precisam. É então este o estado das coisas. Ou melhor, é o Estado que quiseram e têm. Portanto, seus indignadíssimos, paguem a conta e não se queixem.
“
Está na génese do ser humano ofuscar rapidamente (e
óbvio benefício do sector bancário, já na época, roda
assim não questionar) as suas origens, os princípios
motriz da economia. Tudo isto embrulhado num
que o regeram em circunstâncias passadas não
simbolismo compensatório para a mão-de-obra em
continuadas no presente, ou ainda, entre outros, o
que à partida todos pareciam ganhar e que na prática
esforço e motivo de conquistas passadas, individuais
potenciaria um ‘boost’ na economia. Traduzia-se numa
ou colectivas. É ainda inato não se questionar sobre o
verdadeira injecção de capital, particularmente o
conteúdo da sua interacção com a sociedade, estando
correspondente ao 14º vencimento, pelo calendário
mais preocupado em desfrutar do que esta lhe
em que seria pago.
concede ou impõe. E é precisamente no plano dos
Ora, volvidos quase quarenta anos nenhum dirigente
direitos consagrados hoje no mercado de trabalho que
político soube adaptar estes benefícios à realidade dos
vale a pena reflectir. Mais especificamente nos ditos
tempos. Melhor dizendo, ninguém teve coragem para
subsídios de Férias e de Natal. Não sem antes,
o fazer… À luz do actual ‘modus operandi’ da
evidenciar a delicadeza na natureza do tema num
economia e da sociedade de consumo (com uma
contexto de uma sociedade outrora empurrada para a
estrutura vestigial há quarenta anos), estas constituem
subsidio-dependência,
remunerações totalmente artificiais, desvirtuadas do
e
hoje
voluntariamente
acostumada a esses princípios.
propósito de criação de riqueza que supostamente lhes
Estamos no pós-revolução de 1974. Vasco Gonçalves,
deu origem.
com ligações estreitas a elementos do PCP, decide
Seria útil rever estes conceitos obsoletos que
criar estes dois subsídios. Na sua origem, estes
alimentam o conformismo e a estagnação individual
subsídios foram introduzidos na legislação por diversas
no plano profissional. Não podem ser dados
razões e pressões, na sua globalidade benéficas para as
gratuitamente
diversas partes, no contexto temporal em que foram
compensação do que quer que seja como alguns
implementadas. De facto, o Estado arrecadaria um
anciães defendem. Apenas representam hoje mais
acréscimo de receitas provenientes de impostos, ainda
uma forma de cultivar a subsidio-dependência, a
que tivesse que despender verbas para o sector público
remuneração gratuita em que a sociedade portuguesa
do Estado. A mão-de-obra teria naturalmente um
está mergulhada.
acréscimo de rendimentos. A indústria e turismo
Um regime compensatório com teto máximo idêntico poderia se impor e substituir gradualmente
veriam o seu volume de negócios aumentar, além do
nem
sequer
traduzem
uma
estes dois subsídios, transformando-os em prémios de produtividade. Quem produz mais é premiado na devida proporção. Princípio básico que atende aos anseios dos geradores de emprego… as empresas. Princípio
básico
que
atende
ao
fomento
da
competitividade, da meritocracia. Princípio básico que contrai o consumo desenfreado porque mais do que crescimento económico exige-se hoje controlo de défices (e o primeiro não tende directamente ao segundo). Perceber-se-á,
assim
em
tempos
de
crise,
a
necessidade de regulação e até de contenção nestas remunerações. Porque afinal de contas, representam meramente subsídios…
“
Actualmente quando questionados, todos os indivíduos têm a noção que no panorama do comércio internacional, a China tem sido o poder económico vigente e que em nada tem ajudado as empresas, e sobretudo à manutenção dos postos de trabalho que têm sido deslocalizados para aquela parte da Ásia. A acrescer para este sentimento negativo, temos ainda de juntar as associações dos direitos humanos que constantemente fazem apelos para as alterações das condições sub-humanas que os trabalhadores da China que enfrentam todos os dias. Mas se recuarmos para uma perspectiva histórica, mais concretamente para o início do século XVIII, quando a Inglaterra era o poder económico central a indústria de manufactura era responsável por um grande número de postos de trabalho na região que abasteciam o mercado interno, tendo como efeito imediato melhorias no nível de vida da população que assim tinha acesso a produtos que nunca nas suas vidas tinham tido possibilidades de adquirir. No entanto nos EUA se a mesma tecnologia existente na Inglaterra fosse lá aplicada provocaria uma deslocalização da indústria para a América arrastando consigo postos de trabalho que seriam extintos na Inglaterra e criados nos EUA. Mas o efeito no global a população dos dois países em geral beneficiariam com o acesso aos produtos industriais a um custo mais baixo, aumentando assim o poder de compra de todos os indivíduos. Como durante o século XVIII os estudos sobre o comércio internacional eram praticamente inexistentes surgiu com naturalidade a necessidade de protecção da indústria de manufactura tentando-se evitar a todo o custo que a tecnologia de então fosse enviada para a América para não prejudicar os postos de trabalho existentes na Inglaterra. Actualmente a história pouco difere do século XVIII, pois um pouco por todo o globo sentimos a necessidade de protecção de postos de trabalho nacionais e para isso apelamos à criação de quotas à
evitar a todo o custo que a tecnologia de então fosse enviada para a América para não prejudicar os postos de trabalho existentes na Inglaterra. Actualmente a história pouco difere do século XVIII, pois um pouco por todo o globo sentimos a necessidade de protecção de postos de trabalho nacionais e para isso apelamos à criação de quotas à importação, tarifas alfandegárias, artimanhas e esquemas para impedir e afastar do mercado produtos externos que inundam o mercado e que consequentemente afundam o seu preço para desespero de produtores. Mas analisando a questão pelos olhos de um observador imparcial, a redução dos preços dos produtos apenas beneficia os consumidores que com o mesmo rendimento obtêm um aumento do poder de compra, isto é, com o mesmo montante monetário consegue adquirir mais bens e consequentemente melhora o seu nível de vida. Por outro lado, quando as empresas se deslocalizam aumentam o rendimento dos assalariados do país que as acolhem pelo que consequentemente os indivíduos desses países de acolhimento vão ter necessidade de mais bens de consumo. Um exemplo concreto da aplicabilidade deste benefício mútuo é que embora nos EUA esteja a ser criado desemprego na área da manufactura, na área da aeronáutica a Boeing está a aumentar as vendas de aviões para a China o que se traduz na criação de emprego mais qualificado nos Estados Unidos. Um outro ponto que se têm que ter em conta, são aos apelos dos grupos dos direitos humanos, que se impõem contra sistemas de trabalho de várias horas entre outras questões relacionadas. Mais uma vez analisando a situação sobre um ponto de vista imparcial, podemos contratar que os indivíduos perante a escolha de trabalho no campo ou a indústria, escolhe com frequência a segunda opção uma vez que as condições de trabalho são menos penosas embora com jornadas de trabalho de 12 ou mais horas. Facto
entre outras questões relacionadas. Mais uma vez analisando a situação sobre um ponto de vista imparcial, podemos contratar que os indivíduos perante a escolha de trabalho no campo ou a indústria, escolhe com frequência a segunda opção uma vez que as condições de trabalho são menos penosas embora com jornadas de trabalho de 12 ou mais horas. Facto que já originou medidas governamentais na China para impedir o êxodo rural, impedindo a deslocação de indivíduos para as cidades, o que condena milhares de seres humanos à pobreza e sendo este acto governamental um atentado às liberdades individuais humanas, mas que constantemente passa despercebido na agenda destas associações. Assim, ignorar os benefícios do comércio internacional é condenar toda a população do planeta a um retrocesso tal como foi comprovado nas políticas de autarcia adoptadas na China e Índia (antes de 1990), Coreia do Norte, Cuba e Argentina.
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