INFORMATIVO INPEV - INSTITUTO NACIONAL DE PROCESSAMENTO DE EMBALAGENS VAZIAS
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SISTEMACAMPOLIMPO ANO X - DEZEMBRO DE 2014 E JANEIRO DE 2015
Iniciativas das diversas รกreas do inpEV apontam caminhos para o futuro
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EMBALAGENS DESTINADAS
Evolução dos resultados anuais de destinação desde 2002, em toneladas 45.500
3.768
7.855
13.933
17.881
19.634
21.129
24.415
28.771
31.266
34.202
37.379
40.404
42.500 2015 2014
2011
2012
2013
Previsão
Previsão
2010 2008
2009
2007 2005
2006
2004 2003 2002
EDIÇÃO 60 EXPEDIENTE
Informativo inpEV - Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias • Rua Capitão Antonio Rosa, 376 – 7º andar – Jardim Paulistano – São Paulo – SP CEP: 01443-010 – Tel.: 55 11 3069.4400 – E-mail: inpev@inpev.org.br - Site: www.inpev.org.br • Supervisão: Comunicação e Educação inpEV • Coordenação de conteúdo: Concept PR. • Editora responsável: Silvia Braido - MTb 16.018 • Projeto gráfico: Laika Design
Sobre o inpEV – O Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias é uma entidade sem fins lucrativos que representa a indústria fabricante de defensivos agrícolas em sua responsabilidade de destinar as embalagens vazias de seus produtos, de acordo com a Lei Federal 9.974/00. Além da responsabilidade pela destinação dessas embalagens, o instituto fomenta o desenvolvimento do sistema de destinação de embalagens vazias junto aos demais agentes co-responsáveis pelo funcionamento do programa: canais de distribuição, cooperativas, agricultores e poder público. O inpEV foi fundado em 14 de dezembro de 2001 e entrou em funcionamento em março de 2002. Atualmente possui mais de 90 empresas e oito entidades representativas do setor agrícola como associadas.
PALAVRA DO PRESIDENTE | Inovar para melhorar sempre
Depois que o Sistema Campo Limpo (logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas) atingiu sua maturidade, nosso maior desafio é investir em inovações nas diversas áreas para aprimorar a gestão e alcançar o grande objetivo de se tornar autossuficiente economicamente. Com o envolvimento e empenho das equipes do inpEV e de todos os elos da cadeia agrícola – fabricantes, produtores rurais, distribuidores e poder público –, os esforços estão voltados para dar saltos de performance, além de obter ganhos nas diversas áreas, como Logística, Destinação Final, Operações, Jurídico (no que diz respeito à legislação) e Comunicação e Educação. Como destaque em inovação, temos a implementação do Agendamento de Devolução de Embalagens Vazias (adEV), que deve ser ampliado para todas as centrais até o final do ano. Além de fornecer informações que permitam aprimorar a gestão das unidades de recebimento, o agendamento eletrônico facilita a devolução das embalagens pelo agricultor. Em benefício dos produtores rurais, especialmente dos pequenos, o Sistema avança também na expansão e sistematização do recebimento itinerante. Outro grande desafio de 2015 é preparar o Sistema para fazer a gestão da destinação ambientalmente correta de produtos impróprios, demanda gerada pela Política Nacional de Resíduos Sólidos. Devemos iniciar este ano o projeto piloto, alinhado a mudanças da Resolução
Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), 334/03, discutidas recentemente. O desenvolvimento de uma área de consultoria vem ganhando força, com o objetivo de replicar, especialmente com segmentos alinhados ao eixo da agricultura, o conhecimento e a experiência acumulados pelo Sistema. Os resultados de 2014 foram bastante favoráveis. O Sistema registrou aumento de produtividade e redução de custos. Mesmo com o crescimento do mercado e do volume de embalagens destinadas, esses ganhos permitem que hoje 30% de seu custo seja coberto pelas receitas geradas pela logística reversa. A expectativa é atingir o índice de 40% a 45%, dentro de dois anos. Além da consolidação no mercado da Ecoplástca Triex®, deve colaborar para o aumento da receita no futuro a construção de uma fábrica para reciclagem de tampas de embalagens de agrotóxicos, prevista para ser iniciada este ano, em Taubaté. Os resultados positivos crescentes nos mostram que estamos no caminho certo para acompanhar a demanda do setor, especialmente nas regiões de novas fronteiras agrícolas do Norte e Nordeste do país. Nesse cenário, as perspectivas para o Sistema em 2015 são otimistas e contamos com o apoio de todos para seguir nossa bem-sucedida trajetória.
João Cesar M. Rando Diretor-Presidente do inpEV
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Especial
PREPARADOS PARA VENCER OS DESAFIOS DE 2015
Depois de atingir as principais metas de 2014, as diversas áreas do inpEV se preparam para superar os desafios que o Sistema Campo Limpo tem pela frente este ano. As equipes apresentam suas principais iniciativas, sempre voltadas para contribuir para o aprimoramento do Sistema.
DEMANDA DAS NOVAS FRONTEIRAS AGRÍCOLAS MARCELO ISMAEL, presidente do Conselho Deliberativo do inpEV e diretor de Vendas Norte da Basf Mesmo já tendo atingido alto nível de performance e sendo referência mundial, o Sistema tem um desafio extra para manter, e até melhorar, seu nível de eficiência este ano, lembra o presidente do Conselho Deliberativo (CD) do inpEV, Marcelo Ismael.
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Ao contrário de muitos países, continuamos expandindo a área agrícola. Nossos esforços levam em conta que precisamos atingir regiões remotas, do Norte e Nordeste do país. Por isso, as iniciativas estão focadas na superação de barreiras de comunicação e estrutura para atingir esse agricultor.
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O presidente do Conselho destaca ainda que as indústrias agroquímicas devem perseguir o desafio de utilizar a imagem positiva do inpEV. “Os resultados crescentes alcançados pelo Sistema ao longo dos anos representam, por meio de algo prático, a preocupação do setor com sustentabilidade e meio ambiente, agregando valor à indústria.”
LOGÍSTICA MÁRIO FUJII, gerente de Logística
O segundo desafio da área é incrementar a estrutura logística para realizar a destinação das embalagens nas novas áreas de plantio do país, conhecidas como Mapitoba (Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia). O Piauí e o Tocantins, por exemplo, cresceram 76% e 37,9%, respectivamente, entre janeiro e setembro do ano passado.
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A região cresce de forma consistente. Para que não ocorram gargalos, temos que ter infraestrutura de recebimento e caminhões disponíveis. Estamos buscando novas transportadoras e ampliando ações com as já existentes para atender locais distantes e com alta complexidade.
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O primeiro ponto a considerar em relação aos desafios logísticos é atingir a meta de crescimento do volume.“Destinar 45.500 toneladas em 2015 é uma meta factível, mas desafiadora à luz das incertezas climáticas e redução de preços das commodities”, afirma Mário Fujii, gerente de Logística. Segundo ele, as condições climáticas atípicas (seca no Mato Grosso, por exemplo) podem atrasar ou diminuir a chamada “safrinha” do milho neste semestre, influenciando a safra subsequente e reduzindo a quantidade de embalagens a serem recebidas e transportadas para destinação.
Para aumentar o nível de segurança junto ao fornecedor, foi introduzido na rotina das centrais um check-list, que deve ser aplicado no momento do recebimento da carga. O objetivo é identificar e mitigar potenciais riscos de acidentes, checando tópicos como condições do motorista, estado do caminhão, documentação e cumprimento de obrigações legais (ficha de emergência, painéis de segurança e rótulos de risco, por exemplo). “Temos feito também workshops com transportadoras para aumentar a disseminação da cultura de segurança”, completa Mário.
METAS DE SUSTENTABILIDADE MARIA HELENA ZUCCHI CALADO, gerente de Sustentabilidade do inpEV Englobando Projetos, Comunicação e Educação, a área de Sustentabilidade tem missões específicas para cada um desses setores. “Em Projetos, o maior desafio é continuar prospectando e conseguindo viabilizar iniciativas que nos aproximem da autossuficiência econômica, gerando receitas e reduzindo custos para o instituto. Também temos a missão permanente de monitorar os novos projetos de lei, que surgem em função da Política Nacional de Resíduos Sólidos e podem ser conflitantes com a legislação que rege o Sistema desde 2002”, afirma Maria Helena Zucchi Calado, gerente de Sustentabilidade do inpEV. O desafio em Comunicação é manter a visibilidade positiva do Sistema, como referência por seu pioneirismo, inovação e atuação de excelência em logística reversa. “Essa mensagem deve ser reforçada, buscando outras oportunidades e públicos.” O avanço da produção para as Novas Fronteiras Agrícolas, no Norte e Nordeste do país, exige um esforço a mais em Educação e Conscientização.
Temos que escolher em nosso cardápio de possibilidades, como rádio, outdoors, banners nas unidades de recebimento ou folhetos, as mais adequadas para serem usadas em cada caso. Ao contrário das regiões onde o Sistema já é mais maduro, nas novas fronteiras agrícolas não há ainda uma cadeia robusta que facilite disseminar as mensagens. Por isso, é preciso olhar a realidade local e buscar a opção mais efetiva.
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Especial
SEGURANÇA DAS OPERAÇÕES PAULO ELY DO NASCIMENTO, gerente de Operações Intensificar a incorporação da cultura da segurança entre os funcionários do inpEV, tanto os do escritório quanto os operacionais, é uma das principais metas da área de Operações em 2015. “Devemos ampliar o projeto de caça aos incidentes por meio de indicadores, que permitam identificar o que pode causar acidentes. Eles são reportados e catalogados”, ressalta o gerente de Operações, Paulo Ely do Nascimento. O monitoramento dos incidentes repetidos é um objetivo perseguido para garantir a implantação da Política de Segurança. “A busca pela otimização dos processos e aumento de produtividade é permanente, mas sempre com a preocupação de manter a segurança, que deve ser percebida como um valor pelo funcionário”, destaca. Outro desafio fundamental da área é a busca do ponto de equilíbrio financeiro por meio de indicadores de performance das centrais. O monitoramento desses indicadores permite avaliar a produtividade por operador e por central, buscando pontos de melhoria.
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Os indicadores de produtividade e segurança têm que caminhar juntos. Para isso, todas as centrais elaboraram em novembro um orçamento detalhado para 2015, que inclui o planejamento de gastos e de receita (recebimento de materiais).
Segundo Paulo Ely, foi criado um modelo padrão de orçamento para todas as centrais que este ano, pela primeira vez, está sendo consolidado em todo o Brasil. “Estamos caminhando para aprimorar a gestão de caixa.”
MUDA
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RECEBIMENTO ITINERANTE ANTONIO CARLOS DO AMARAL, gerente de Operações A padronização da modalidade do recebimento itinerante deve ser intensificada em 2015, atendendo especialmente os pequenos agricultores. Após a elaboração de uma cartilha de boas práticas, o modelo tem sido aplicado de forma sistemática, ampliando a capilaridade do Sistema Campo Limpo.
O projeto de recebimento itinerante que aconteceu em 24 pontos no Ceará, em 2014, deve ser ampliado para novas áreas do Norte e Nordeste este ano , afirma Antonio Carlos
do Amaral, gerente de Operações.
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O projeto para capacitação de pessoas é outro ponto de destaque da área. O Programa de Formação de Gestores das Centrais, que aconteceu entre 2013 e 2014, deve ser ampliado. A primeira edição reuniu cerca de 150 participantes em três módulos (Recursos Humanos, Finanças e Operações). O curso, elaborado em parceria com a Consultoria MPrado, culminou com a apresentação de 84 Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs). Destes, oito foram selecionados, a partir dos critérios aplicabilidade, inovação e criatividade. “Em 2015, a capacitação continua, com a intenção de levar os professores até as centrais e estender o público atingido.” A preocupação em melhorar a gestão da informação, fundamental para o planejamento eficiente das devoluções, também é foco da área de Operações. “O destaque deste ano é a implantação do Agendamento de Devolução de Embalagens Vazias (adEV), moderna ferramenta de tecnologia que representa mais uma alternativa para o produtor rural programar a devolução de suas embalagens”, explica o gerente. Depois de um projeto piloto realizado em 2014, a implantação do adEV vem sendo ampliada ao longo do ano e deve atingir todas as centrais com acesso à internet até o final de 2015.
ANÇA TRIBUTÁRIA REGINA MARTA DE SANT’ANA SOUSA, gerente Administrativo-Financeiro do inpEV Administrativo-Financeiro do inpEV. Para isso, um trabalho permanente tem sido feito junto ao Confaz. Outro desafio é conseguir a adoção de um regime especial de ICMS para a Campo Limpo Reciclagem e Transformação de Plásticos. O argumento é que a embalagem usada como matéria-prima está em linha com as políticas ambientais nacionais atuais e também já foi tributada na origem. O inpEV tem feito esforços junto à Secretaria da Fazenda-SP, para conseguir essa autorização, que geraria uma redução de custo para a fábrica. A área administrativa do inpEV também tem como meta para 2015 ampliar sua atuação na área trabalhista.
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Investimos para fornecer às centrais maior apoio na interpretação da legislação e condução de processos na gestão de pessoas.
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O desafio constante do setor jurídico é conseguir um tratamento tributário adequado ao programa de logística reversa das embalagens vazias de agrotóxicos. Especificamente em relação ao ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços), incidente sobre a circulação de embalagens pós-consumo, o instituto vem atuando junto ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) para que elas não sejam tributadas novamente, visto que já foram em sua origem. “O inpEV criou um grupo de estudos, o Comitê Tributário, que busca a desoneração de toda a cadeia por meio de análises e melhor entendimento da legislação. Um dos objetivos do grupo é conseguir que o Convênio 51/99, que prevê o benefício da isenção do ICMS sobre a circulação das embalagens pós-consumo, deixe de ser autorizativo – formato em que cada Estado pode decidir se adota ou não a aplicação do citado do convênio, e passe ao formato impositivo sendo aplicável em todo o território nacional, sem distinção”, explica Regina Marta de Sant’Ana Sousa, gerente
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Especial
Poder público
IMPLANTAÇÃO DA PNRS AVANÇA EM 2015 Após quatro anos da aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), o poder público contabiliza avanços e se prepara para superar novas metas. Os cinco primeiros acordos setoriais que permitem a implantação da logística reversa nas cadeias identificadas como prioritárias devem estar assinados até julho de 2015, segundo Zilda Faria Veloso, diretora de Ambiente Urbano da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente. O acordo na cadeia de lâmpadas foi assinado em dezembro de 2012 e os outros quatro – embalagens de óleos lubrificantes, embalagens em geral, medicamentos e eletroeletrônicos – devem estar concluídos neste semestre. “Aí devemos investir na revisão das cadeias que já têm resoluções ou legislação de logística reversa, como agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus e óleos lubrificantes. O inpEV, inclusive, já demonstrou disposição em colaborar para a atualização da lei após a aprovação da PNRS”, acrescenta. Entre as ações previstas para este ano, a diretora destaca ainda o investimento em aperfeiçoar o Sistema Nacional de Informações sobre Resíduos Sólidos, que está sendo desenvolvido em parceria com a Universidade de Brasília (UnB). “A prioridade é colocar em operação no início do ano um módulo voltado às prefeituras, que o alimentariam com seus dados de destinação. O objetivo é garantir a transparência da coleta e monitorar as cadeias de logística reversa.” Em razão do artigo 54 da PNRS, que estabelece a obrigatoriedade dos rejeitos serem enviados a aterros sanitários, outro foco é a definição de municípios prioritários para receber investimentos públicos. Cerca de 2 mil municípios do Brasil já conseguiram substituir os lixões por aterros sanitários. Outra meta citada pela diretora Zilda é aumentar os municípios que adotem gestão integrada de resíduos e tenham planos para atender à PNRS. Com esses planos, as prefeituras discutem com a sociedade as soluções para a disposição dos resíduos gerados.
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Canais de distribuição HENRIQUE MAZOTINI, PRESIDENTE DA ANDAV Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários
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Analisando o cenário de 2014, em que se destacam queda dos preços das commodities, incerteza climática, mudanças governamentais e infraestrutura inalterada, concluímos que os canais de distribuição devem ter muita cautela e foco na gestão. A ANDAV recomenda atenção com as garantias, estoques remanescentes e também na proteção do negócio por meio de seguros específicos. Em relação ao Sistema Campo Limpo, o relacionamento é sempre excelente. A ANDAV e seus associados, desde 2000, participam do processo de estabelecimento do Sistema. Contribuímos e influenciamos as práticas e procedimentos para o bom desenvolvimento do processo de devolução de embalagens vazias, utilizando seus canais de comunicação, técnico e político. Para o futuro, realizaremos projetos de parceria, visando sua melhoria contínua, como este ano no Dia Nacional do Campo Limpo, que teve sua abertura realizada durante o IV Congresso da Associação.
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PARCERIAS E INTEGRAÇÃO
Parceiros do setor de agronegócio fazem planos para continuar a trabalhar de forma integrada, em busca da superação de desafios para garantir um futuro promissor
Fabricantes SILVIA DE TOLEDO FAGNANI, DIRETORA DE ASSUNTOS REGULATÓRIOS E INTERNACIONAIS DO SINDIVEG Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal.
Fabricantes EDUARDO DAHER, DIRETOR EXECUTIVO DA ANDEF Associação Nacional de Defesa Vegetal
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Depois de anos de crescimento constante na casa de dois dígitos, o ritmo da demanda por defensivos agrícolas diminuiu em 2014. Neste ano, a estimativa é que o mercado nacional cresça de 5% a 6%. Mas continuamos confiantes no agronegócio brasileiro a longo prazo. A contribuição do País é fundamental para atender a estimativa da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação) de que será necessário alimentar uma população mundial de 9,3 bilhões de pessoas no mundo. Hoje, somos 7,3 bilhões e cerca de 850 milhões passam fome. Para desenvolver a cadeia agrícola, um desafio importante em 2015 é desobstruir o gargalo da logística e infraestrutura, resolvendo problemas portuários e de capacidade de armazenamento. Além disso, vamos manter investimentos crescentes para aperfeiçoar a reciclagem e a destinação de resíduos sólidos. Há outro sério problema no país que afeta diretamente as empresas com altos investimentos em P&D e inovações tecnológicas, como é o caso das associadas da Andef. Trata-se do atual marco regulatório de novos ingredientes ativos, cuja lentidão na análise e registros de novos produtos se mostra inadequado à competitividade exigida pelos agricultores e, pior, resulta em elevados prejuízos trazidos por novas pragas nas lavouras. A correção nesse rumo oferece um horizonte às empresas que investem elevados recursos em pesquisa e inovações. Mas, sobretudo, aos agricultores que lideram a trajetória do país rumo à superação dos desafios na produção de alimentos.
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O Sindiveg está otimista em relação ao mercado do agronegócio para 2015, mas acredita que o crescimento do setor deve acontecer em ritmo desacelerado, se comparado aos outros anos, devido às perspectivas de declínio de preços das commodities, aumento da inflação e as incertezas inerentes ao câmbio e à política. Quanto à logística reversa, processo fundamental para o setor, ressalta-se a importância da integração de operadores logísticos e associações do agronegócio.
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Agricultores PEDRO CRESTI, ENGENHEIRO AGRÔNOMO E DIRETOR-PROPRIETÁRIO DA AGRO MANTOVA – MA E PI
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A inauguração de novas unidades de recebimento deve facilitar a devolução das embalagens em nossa região. Hoje plantamos 25 mil hectares de soja e milho, no Maranhão e Piauí, e levamos todas as embalagens usadas em sete diferentes propriedades para a unidade de recebimento de Balsas (MA). Em 2015, devemos entregar também em Uruçuí (PI) e em Alta Parnaíba (MA). Esperamos ter mais facilidade de agendamento com essa estrutura. Também esperamos que chegue até aqui o agendamento eletrônico para tornar nossa rotina menos complicada.
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Retrospectiva
CENTRAL DE BOA VISTA DO INCRA, INAUGURADA EM OUTUBRO, É A 45º UNIDADE DE RECEBIMENTO NO RIO GRANDE DO SUL
2014 em imagens SISTEMA CAMPO LIMPO GANHA NOVA LOGOMARCA, ESPECIALMENTE ELABORADA PARA REPRESENTAR TODOS OS ELOS DA CADEIA AGRÍCOLA ENVOLVIDOS NA LOGÍSTICA REVERSA DE EMBALAGENS VAZIAS DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
COMEMORAÇÃO DA 10ª EDIÇÃO DO DIA NACIONAL DO CAMPO LIMPO NA CENTRAL DE ILHÉUS (BA)
RETIRADA DE AGROTÓXICOS OBSOLETOS NO ESTADO DO PARANÁ, VIABILIZADA PELO INPEV E PARCEIROS, FOI INCLUÍDA NA PUBLICAÇÃO “GESTÃO SUSTENTÁVEL NA AGRICULTURA”, DO MAPA
VISITANTES CONHECEM ESTANDE DO INPEV NA TECNOSHOW COMIGO, EM ABRIL, EM RIO VERDE (GO)
O AGENDAMENTO DE DEVOLUÇÃO DE EMBALAGENS VAZIAS (ADEV) CHEGA PARA FACILITAR A ENTREGA PELO AGRICULTOR E APRIMORAR A GESTÃO DAS UNIDADES DE RECEBIMENTO
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CEARÁ REALIZA PROJETO DE RECEBIMENTO ITINERANTE, MODALIDADE QUE ESTÁ SENDO PADRONIZADA E INTENSIFICADA PELO SISTEMA
SISTEMA CELEBRA NAS MÍDIAS SOCIAIS A SUPERAÇÃO DA MARCA DE 300 MIL TONELADAS DESTINADAS
ATIVIDADE DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL CAMPO LIMPO, EM ESCOLA DE TAQUARITUBA (SP)
ENTREVISTA
GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS REGISTRA PROGRESSOS EM SP Entre as ações voltadas para a destinação de resíduos sólidos no Estado de São Paulo, destacam-se dois projetos, que já mostram resultados positivos e devem se expandir em 2015. Nesta entrevista, João Luiz Potenza, gerente do Departamento de Políticas Públicas de Resíduos Sólidos e Eficiência dos Recursos Naturais da Cetesb, fala sobre o Sistema Estadual de Gerenciamento On-line de Resíduos Sólidos (Sigor) e os Termos de Compromisso (TC) de Responsabilidade Pós-Consumo (Logística Reversa).
ENTREVISTA AO TERMINARMOS 2014, COMO AVALIA OS RESULTADOS DAS AÇÕES PÚBLICAS VOLTADAS PARA A DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO ESTADO DE SP? Nosso departamento na Cetesb realizou ações referentes a dois principais projetos: o Sigor e os TCs. O Sigor é uma ferramenta que permitirá a elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos pelos geradores de resíduos, a emissão e o acompanhamento do Controle de Transporte de Resíduos por geradores, transportadores e responsáveis por áreas de destinação de resíduos, e a impressão de relatórios. O primeiro módulo do Sigor, referente a resíduos de construção civil, encontra-se em fase piloto, no município de Santos (SP). Em relação aos TCs, realizamos o acompanhamento e apoio aos 13 programasestabelecidos pelos TCs com os setores representantes das cadeias de produção e comercialização de produtos, como agrotóxicos, pneus, pilhas e baterias, óleo comestível e celulares. Discutimos resultados e oportunidades de expansão e melhoria. Os resultados foram positivos, atendendo, e até mesmo superando, as metas estabelecidas.
COMO AVALIA A PARCERIA COM O SISTEMA CAMPO LIMPO E QUAIS AS EXPECTATIVAS QUANTO À CONTRIBUIÇÃO DO SISTEMA PARA A EVOLUÇÃO DA DESTINAÇÃO?
Essa parceria tem apresentado excelentes resultados. Conforme o relatório de resultados do TC referente a 2013, o Sistema superou a meta estabelecida de destinar 4.570 toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas no Estado. Espera-se que o Sistema Campo Limpo forneça seu conhecimento para a expansão da logística reversa de outros produtos nas áreas rurais, com o desenvolvimento de outros sistemas de coleta e destinação que abranjam, gradativamente, além dos produtos já listados na Resolução SMA nº 38/2011, os demais produtos utilizados nas zonas rurais, como os utensílios usados para aplicação e manuseio de defensivos agrícolas, fertilizantes e seus acessórios, e medicamentos de uso veterinário. Para a implantação de cada sistema citado deverá ser realizado primeiramente um estudo de viabilidade. Como o mais antigo entre os sistemas de logística reversa estabelecidos por Termos de Compromisso, o Sistema Campo Limpo tem experiência acumulada para orientar os demais sistemas de logística reversa, respeitadas as particularidades de cada setor e tipo de resíduo.
QUAIS OS PRINCIPAIS DESAFIOS A SEREM VENCIDOS NO SETOR EM 2015?
Os principais desafios são a renovação das metas dos TCs e a implantação gradual do Sigor nos municípios do Estado. Em reuniões com as entidades responsáveis pelos TCs e demais interessados, serão definidas metas para o período de 2015 a 2018. O Módulo Construção Civil do Sigor deverá ser disponibilizado inicialmente para nove municípios do Estado, sedes das regionais do SindusCon-SP. Finalizada essa implantação, será iniciada a expansão gradual nos demais municípios do Estado.
“Espera-se que o Sistema Campo Limpo forneça conhecimento para a expansão da logística reversa de outros produtos nas áreas rurais.” João Luiz Potenza
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