Informativo inpev 61

Page 1

INFORMATIVO INPEV - INSTITUTO NACIONAL DE PROCESSAMENTO DE EMBALAGENS VAZIAS

-

SISTEMACAMPOLIMPO ANO X - FEVEREIRO E MARÇO DE 2015

EDIÇÃO ESPECIAL PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE GESTORES

RECONHECIMENTO A BOAS IDEIAS PARA APERFEIÇOAR A GESTÃO DAS CENTRAIS

Conheça os projetos finalistas do Programa de Formação de Gestores das Centrais

61


PALAVRA DO PRESIDENTE | A força da nossa gente

O grande envolvimento dos diversos elos da cadeia produtiva agrícola – fabricantes, agricultores, distribuidores e poder público – é um dos principais motivos do sucesso do Sistema Campo Limpo (logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas). Como parte importante dessa engrenagem, os gestores das centrais de recebimento tiveram seu empenho valorizado quando o inpEV investiu em um programa de capacitação, que já começa a dar bons frutos e nos encher de orgulho. É o Programa de Formação de Gestores das Centrais, realizado em parceria com a MPrado Consultoria entre 2013 e 2014, que culminou com a apresentação de oito trabalhos finalistas entre os 84 TCCs (Trabalhos de Conclusão de Curso) elaborados ao final do programa. Nesta edição, você conhece um pouco desses projetos

selecionados. Ideias práticas e inovadoras são compartilhadas e podem ser aplicadas nas demais centrais, sempre com o objetivo de melhorar a gestão das unidades, a produtividade, a segurança e a qualidade de vida de cada funcionário. São projetos que revelam o potencial de nossos recursos humanos para contribuir para aprimorar o Sistema. Neste ano que se inicia, estamos preparados para, juntos, vencer os desafios. Aproveito para agradecer a todos e reforçar que continuamos contando com esse apoio para garantir o sucesso crescente nessa jornada. João Cesar M. Rando Diretor-Presidente do inpEV

EMBALAGENS DESTINADAS (em toneladas)

jan. a dez. 2013

TOTAL DESTINADO EM 2014

40.404

42.646

(META 2014: 42.500) META DE DESTINAÇÃO DE 2015

45.500*

Total destinado de 2002 até hoje jan. a dez. 2014

42.646

3 2 3 . 2 8 4

6%

Crescimento

entre 2013 e 2014

EDIÇÃO 61 EXPEDIENTE

Informativo inpEV - Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias • Rua Capitão Antonio Rosa, 376 – 7º andar – Jardim Paulistano – São Paulo – SP CEP: 01443-010 – Tel.: 55 11 3069.4400 – E-mail: inpev@inpev.org.br - Site: www.inpev.org.br • Supervisão: Comunicação e Educação inpEV • Coordenação de conteúdo: Concept PR. • Editora responsável: Silvia Braido - MTb 16.018 • Projeto gráfico: Laika Design

Sobre o inpEV – O Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias é uma entidade sem fins lucrativos que representa a indústria fabricante de defensivos agrícolas em sua responsabilidade de destinar as embalagens vazias de seus produtos, de acordo com a Lei Federal 9.974/00. Além da responsabilidade pela destinação dessas embalagens, o instituto fomenta o desenvolvimento do sistema de destinação de embalagens vazias junto aos demais agentes co-responsáveis pelo funcionamento do programa: canais de distribuição, cooperativas, agricultores e poder público. O inpEV foi fundado em 14 de dezembro de 2001 e entrou em funcionamento em março de 2002. Atualmente possui mais de 100 empresas e oito entidades representativas do setor agrícola como associadas.


FOTOS: KAREN RITCHIE

MATÉRIA DE CAPA

GRUPOS DE GESTORES DE CENTRAIS, QUE PARTICIPARAM DO PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO

IDEIAS PARA APERFEIÇOAR A OPERAÇÃO DO SISTEMA Conheça os trabalhos finalistas, elaborados na conclusão do Programa de Formação de Gestores das Centrais O investimento permanente do inpEV em desenvolver suas equipes e parceiros resultou no Programa de Formação de Gestores das Centrais, realizado entre 2013 e 2014. Como importante contribuição para a eficiência do Sistema Campo Limpo, os cerca de 150 participantes elaboraram um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) com temas voltados para aprimorar a gestão das unidades de recebimento de embalagens vazias de defensivos agrícolas. Desenvolvido pelo inpEV em parceria com a MPrado Consultoria, o Programa constou de três módulos – Operações, Recursos Humanos e Finanças –, com o objetivo de oferecer aos gestores conceitos e ferramentas para executar suas tarefas com excelência. “Depois de nove dias úteis de aulas, palestras e debates, tiveram condições de

elaborar trabalhos ligados à realidade das centrais”, conta Paulo Ely do Nascimento, gerente de Operações. Dos 84 TCCs feitos, alguns em duplas, foram escolhidos oito finalistas, a partir dos seguintes critérios: inovação, aplicabilidade e criatividade. “As boas ideias compartilhadas contribuem para a motivação de todos em busca de melhores resultados e ajudam a padronizar as formas de gestão”, explica Antonio Carlos do Amaral, gerente de Operações do inpEV. Segundo ele, a qualidade dos trabalhos reflete o engajamento de todos no Programa. “Mostra que somos todos capazes de administrar cada central como uma pequena indústria, voltada para a produtividade, qualidade, satisfação e bem-estar dos funcionários.” Conheça a seguir os trabalhos finalistas.

03


AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO PARA FUNCIONÁRIOS DE CENTRAIS DE RECEBIMENTO DE EMBALAGENS VAZIAS DE AGROTÓXICOS Autores: Dion Elias Ramos de Oliveira, gerente da central de Araranguá (SC), e Leandro Richard da Silva, tesoureiro da Arasul (Associação dos Revendedores de Agroquímicos do Sul), que gerencia a central. Este trabalho apresenta uma proposta para identificar, mensurar e administrar o desempenho dos funcionários da central de Araranguá. “Sentimos a necessidade de criar um planejamento de trabalho em nossa unidade, que servisse também de modelo para as demais centrais desde que adaptado ao tamanho e necessidades específicas de cada uma delas”, conta Leandro.

FOTOS: DEIZE FELISBERTO

MATÉRIA DE CAPA

PESAGEM REALIZADA NA UNIDADE DE ARARANGUÁ

A planilha elaborada permite avaliar o potencial de cada membro da equipe da unidade e seu grau de domínio das técnicas envolvidas na operação. Com o retorno dessa avaliação, é possível colocar em prática ações voltadas para a melhoria da gestão, como treinamentos e qualificações, alinhadas às necessidades apontadas. A ferramenta foi elaborada para analisar atividades próprias de centrais de pequeno porte, como Araranguá. A metodologia pode ser adaptada, permitindo otimizar o gerenciamento de seus recursos humanos. Dion conta que algumas ações já existiam mesmo antes do TCC. “Mas a meta para este ano é realizar uma avaliação de cada colaborador para apontar os acertos e pontos de melhoria, permitindo à central obter ganhos para todos.”

LEANDRO E DION, AUTORES DO TCC SOBRE A CENTRAL DE ARARANGUÁ (SC)

O DESAFIO DE AUMENTAR OS ÍNDICES DE PRODUTIVIDADE DA UNIDADE DE RECEBIMENTO DE EMBALAGENS VAZIAS DE BARREIRAS

FOTOS: GABRIELA FLORES

Autores: Ana Mércia de Santana Brandi, gerente, e Danilo Mendes Porfirio, auxiliar administrativo, da central de Barreiras (BA), gerenciada pela Aciagri (Associação do Comércio de Insumos Agrícolas)

O grande objetivo deste TCC é conseguir aumentar o índice de produtividade por meio de iniciativas que motivem os funcionários da central de Barreiras. O projeto pretende conciliar ações que melhorem o índice de produção por profissional e, ao mesmo tempo, garantam satisfação da equipe, qualidade de vida e segurança na realização das atividades. Entre as ações, destacam-se a aplicação de estímulo financeiro para o cumprimento de metas mensais e o rodízio de funções entre os 13 funcionários. O rodízio evita trabalhos repetitivos, melhorando a disposição do time, e capacita todos para as diversas funções, preparando a unidade para enfrentar a rotatividade de mão de obra. “Cada funcionário muda diariamente de atividade, o que evita o desgaste da rotina, melhora a qualidade de vida ao reduzir movimentos repetitivos e estimula a produtividade”, afirma Ana Mércia. Ela destaca ainda que as metas para obtenção de prêmios financeiros são totalmente factíveis. “Todos sabem que têm condições de alcançá-las, o que os motiva a aumentar a produção, sempre sem descuidar da preocupação com qualidade e segurança.” Com mais ganho no salário, os funcionários têm melhor qualidade de vida e trabalham mais tranquilos e satisfeitos.

DANILO E ANA MÉRCIA, DA CENTRAL DE BARREIRAS (BA)

04 OPERADORES DA CENTRAL DE BARREIRAS


FOTOS: RAFAEL GOVARI

O barracão foi reformado e passou a ter o formato quadrado, facilitando a logística interna. Os funcionários receberam treinamento para proporcionar uma organização mais eficaz. Com 11 anos de existência, a central registrou um aumento no volume de embalagens recebidas de 20 toneladas em 2003 para 900 toneladas em 2014.

ELAINE FELTEN, GERENTE DA CENTRAL DE CANARANA (MT)

“Esse crescimento de demanda exigiu a realização de adequações físicas e operacionais. Ao conversar com os operadores, descobrimos juntos formas de otimizar o trabalho operacional e trazer mais segurança aos processos. Criamos ações de orientação e treinamento, além de trazer a doca para dentro do barracão, o que permitiu que o empilhamento fosse feito com mais facilidade”, destaca Eliane.

ORGANIZAÇÃO E MAIOR PRODUTIVIDADE: RESULTADO DA MELHORIA NA ESTRUTURA FÍSICA E OPERACIONAL DA CENTRAL DE CANARANA Autora: Eliane Felten, gerente da central de Canarana (MT), gerenciada pela Ardava (Associação dos Representantes de Defensivos Agrícolas do Vale do Araguaia) As melhorias estruturais e operacionais realizadas na central de Canarana para obter ganhos de produtividade, segurança e organização foram compartilhadas por meio deste TCC. Eliane explica que a equipe analisou formas de otimizar o trabalho com mais segurança nos processos. “Uma das mudanças realizadas foi passar a fazer a separação dos materiais no momento da descarga, simultaneamente ao depósito das embalagens em suas células de destinação. Isso gerou economia de tempo ao acelerar etapas.”

ELAINE COM PARTE DA EQUIPE DE FUNCIONÁRIOS DA CENTRAL DE CANARANA

Autora: Patricia Moretti, gerente e responsável técnica da central de Cascavel (PR), gerenciada pela Addav (Associação dos Distribuidores de Defensivos Agrícolas e Veterinários do Oeste do Paraná) Diante da necessidade legal de ter uma CBO, classificação do Ministério do Trabalho e Emprego, que descreva as funções exercidas nas centrais, este TCC buscou identificar a que mais se adequasse às atividades das equipes das unidades de recebimento. Essa classificação é necessária para o preenchimento correto de vários documentos, como carteira de trabalho, seguro-desemprego e Relação Anual de Informações Sociais – RAIS. O trabalho concluiu que, embora o ideal seja criar uma CBO específica para essa atividade, a de número 841 é a que mais se aproxima das funções existentes nas centrais. A CBO 7841 – 25 inclui operador de prensa de enfardamento, ajudante de enfardamento, costurador de fardos, enfardador, operador de prensa de fardos e prensador de sacos. Segundo o MTE, essa CBO não abrange carga e descarga, atividade também desenvolvida pelos trabalhadores das centrais. A assessoria jurídica recomenda que essas funções sejam especificadas no contrato de trabalho.

“Com seu ofício reconhecido, os trabalhadores se sentem amparados e valorizados ao terem acesso a um documento elaborado pelo governo, que identifica sua atividade. As inclusões das ocupações na CBO têm gerado, tanto para categorias profissionais, quanto para os trabalhadores, maior visibilidade e sentimento de valorização e de inclusão social”, afirma Patricia.

FOTO: VANDERLEI R. DE FARIA

CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DE OCUPAÇÕES (CBO) PARA OS TRABALHADORES DAS CENTRAIS

PATRICIA MORETTI, À FRENTE DA EQUIPE DA CENTRAL DE CASCAVEL (PR)

05


JÚNIOR BRANDÃO, GERENTE DA CENTRAL DE UNAÍ (MG), ORIENTA PRODUTOR RURAL DA REGIÃO

Autor: Júnior do Carmo Brandão, gerente da central de Unaí (MG), gerenciada pela Coagril (Cooperativa Agrícola de Unaí)

Esse trabalho se propõe a divulgar como realizar ações educativas junto aos agricultores para que eles preparem as embalagens para destinação. O projeto prevê, inicialmente, orientar os 40 produtores com maior volume de devolução na central.

FOTOS: AFONSO ALMEIDA

GESTÃO DE MELHORIA DO SISTEMA OPERACIONAL DE DESCARGA DE EMBALAGENS VAZIAS NA CENTRAL DE UNAÍ (MG)

O TCC apresenta um levantamento das embalagens recebidas anualmente pela central de 2005 a 2013; identifica os processos existentes nas operações de descarga de embalagens de agrotóxicos vazias após a chegada dos caminhões carregados das propriedades à central de Unaí; apresenta projeto de melhoria de médio prazo para otimizar o sistema operacional de descarga; e elenca as principais estratégias propostas para tornar a cadeia mais eficiente na busca de seu objetivo que é a sustentabilidade.

OPERADOR DA CENTRAL DE UNAÍ RETIRA LACRE DE EMBALAGEM NO RECEBIMENTO

OTIMIZAÇÃO OPERACIONAL POR MEIO DE AÇÕES DE MELHORIA CONTÍNUA

A pesagem, por exemplo, deixou de ser feita por fardo e passou a ser por pallet com seis fardos, gerando uma economia de 76% de tempo. Também a confecção de um suporte para colocação das Big Bags reduziu a mão de obra envolvida no processo de armazenamento do papelão.

A central de Rondonópolis tem desenvolvido várias ações para aumentar a produtividade e melhorar a motivação e integração da equipe. O objetivo deste TCC é compartilhar essas iniciativas. Entre elas, está a eliminação de etapas da operação que não agregam valor.

Diante da heterogeneidade da equipe, uma das ações criadas para promover a integração foi a reunião das 7h, realizada diariamente, que trata de temas, como segurança, avaliação do trabalho e problemas do dia anterior, direcionamento para o presente dia e para se preparar para as atividades previstas para a semana.

Autor: Renato Garcia dos Santos, gerente da central de Rondonópolis MT, gerenciada pelo inpEV

FOTO: OTMAR OLIVEIRA

FOTO: OTMAR OLIVEIRA

No momento da aplicação dos defensivos, além de fazer a tríplice lavagem, os produtores tirariam as tampas e rótulos de papel, desmontariam as caixas de papelão, e colocariam embalagens de 1 litro em big bags e embalagens flexíveis em big bags de resgate. “Ao otimizar os processos, o tempo de manuseio no recebimento cai de cerca de duas horas para trinta minutos”, afirma Júnior. Para fazer essa orientação, o trabalho recomenda a elaboração de um folheto explicativo e a realização de apresentação presencial para os agricultores.

O TCC destaca ainda a ginástica laboral, com dinâmicas voltadas à integração da equipe. “Além do exercício habitual, a ideia foi promover a integração com exercícios em dupla ou em grupo, por exemplo”, ressalta Renato. Outro destaque é a implantação da Gestão à Vista: um quadro permite que cada funcionário acompanhe sua produção diária e suas metas, aumentando o estímulo para superação de desafios. “Os trabalhadores não sabiam quanto produziam. Agora, cada um preenche sua produção e sabe qual a meta esperada pela central. A iniciativa representa benefícios para as pessoas, oferecendo oportunidade de crescimento pessoal e profissional, e para a empresa, ao permitir aumento de produtividade”, afirma Renato, ressaltando que são todas ações simples e focadas que podem trazer bons resultados para as diversas centrais.

RENATO (À DIR) E FUNCIONÁRIOS DA CENTRAL DE RONDONÓPOLIS (MT)

06


Uma pesquisa foi realizada, por meio de contato telefônico, com oito agricultores responsáveis por cerca de 70% do volume entregue na central de Tangará da Serra, para identificar problemas e melhorar as condições de entrega das embalagens. Tema deste TCC, a pesquisa procurou analisar o conhecimento do agricultor sobre a devolução das embalagens vazias de defensivos agrícolas e discutir medidas de orientação para agilizar esse processo. O estudo indicou que uma assistência técnica especializada pode ajudar o produtor a devolver as embalagens de forma mais adequada e organizada. Mesmo não sendo obrigatório, o agricultor pode ser conscientizado para entregar as embalagens, por exemplo, sem rótulos, bulas ou lacres. Essa medida agilizaria o processo de descarregamento, otimizando a operação na central.

A IMPORTÂNCIA DO LEVANTAMENTO COMPLETO DOS RISCOS AMBIENTAIS PARA A IMPLANTAÇÃO DE AÇÕES PREVENTIVAS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO Autora: Ana Lúcia Silva Santana de Souza, gerente da central de Rosário/Correntina (BA), gerenciada pela Aciagri (Associação do Comércio de Insumos Agrícolas) O foco deste TCC é mostrar a importância de investir em segurança do trabalho para a obtenção de uma gestão eficaz da unidade de recebimento de embalagens. O trabalho destaca o papel fundamental da incorporação da cultura da segurança no dia a dia da central e divulga várias iniciativas eficientes voltadas para a prevenção de acidentes e reconhecimento de riscos potenciais.

FOTO: OTMAR OLIVEIRA

Autor: Sidnei Alex Barros Schaffer, gerente da central de Tangará da Serra (MT), gerenciada pela Cearpa Tangará - Conselho Estadual das Associações de Revenda de Produtos Agropecuários de Tangará da Serra

SIDNEI SCHAFFER, GERENTE DA CENTRAL DE TANGARÁ DA SERRA (MT)

“Com o crescimento do número de embalagens devolvidas, temos que ser mais rápidos ao receber os materiais. Hoje, demoramos muito para descarregar o caminhão. Se os produtores entregarem o material mais organizado, separado por tipo de embalagem, sem rótulos ou lacres, a redução de tempo geraria menor custo para o Sistema e para o agricultor”, afirma Sidnei.

FOTOS: HELDER LUIZ VIEIRA

OTIMIZAÇÃO NA DEVOLUÇÃO DE EMBALAGENS VAZIAS DE AGROTÓXICOS NA REGIÃO DE TANGARÁ DA SERRA

OPERADOR UTILIZA EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA EM ROSÁRIO

“Também destacamos a importância de os gestores conhecerem os riscos existentes em cada setor da central e as possíveis falhas de avaliação no levantamento dos riscos ambientais e suas consequências na segurança e saúde do trabalhador. Deixamos claro que a segurança deve estar presente nos processos produtivos, tanto quanto a qualidade e quantidade da produção”, explica Ana Lúcia. Entre as ações preventivas apresentadas no TCC, estão a necessidade de realização de uma análise ergonômica das atividades, permitindo a elaboração de medidas como a adequação dos postos de trabalho, rodízio de tarefas e pausas para descanso. São ações que refletem a busca por estabelecer uma cultura de segurança firme e estruturada em todos os níveis da unidade. “Todas as iniciativas sugeridas têm como objetivo valorizar a fonte mais importante dos processos produtivos de uma organização: o ser humano.” ANA LÚCIA, GERENTE DA CENTRAL DE ROSÁRIO (BA)

07


ENTREVISTA

NÍVEL DOS TRABALHOS COMPROVA SUCESSO DO PROGRAMA Voltado para capacitar os gestores de centrais de recebimento a partir da utilização de modernas ferramentas interativas, o Programa de Formação de Gestores teve 97% dos Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) com notas superiores a 8. Segundo Francisco Damasceno de Pádua Junior, consultor associado da Consultoria MPrado, esse número revela o alto grau de comprometimento e adesão dos participantes.

ENTREVISTA QUAL FOI O OBJETIVO CENTRAL DO PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE GESTORES?

O programa foi desenhado como resultado da associação entre a estratégia previamente estabelecida pelo inpEV e a experiência da consultoria MPrado em gestão empresarial, principalmente no contexto do agronegócio. Estruturado inicialmente para os gestores, mas com desdobramento para toda a cadeia de valor do negócio, o objetivo principal foi capacitar os gestores das centrais, com modernas ferramentas de gestão de negócios para promover evolução nos níveis gerenciais e de produtividade, potencializando o desempenho global das unidades.

QUAIS OS MAIORES DESAFIOS PARA DESENVOLVER A METODOLOGIA E CONCRETIZAR A APLICAÇÃO DO PROGRAMA? COMO FORAM SUPERADOS?

É fundamental nas relações com qualquer organização entender o seu “DNA”. E para entender o inpEV, sua história, cultura organizacional, estratégias, operações, correlações com parceiros e clientes, analisamos documentação pertinente e levantamos informações fundamentais em várias reuniões, tais como o Programa de Educação Ambiental Campo Limpo. Mas foram as visitas técnicas às centrais que permitiram uma visibilidade plena deste “DNA“. Outro ponto fundamental para estruturar essas capacitações é a aplicação de ferramentas de cunho inovador. Quebrar paradigmas é o maior desafio. Por exemplo, é preciso explicar e motivar o colaborador que tem a cultura do organograma (visão vertical + cadeia de comando) para pensar e agir na cultura da cadeia de valor e seus processos (visão horizontal + operações compartilhadas). Assim, é primordial que a dinâmica seja mais interativa e menos expositiva (70% de nossas aulas foram práticas).

COMO AVALIA A IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA E A RECEPTIVIDADE DOS PARTICIPANTES?

O programa tem sua maior sustentação na efetiva implantação dos TCCs, que foram elaborados a partir da

correlação do conteúdo programático com as reais necessidades das centrais de cada participante. Destaca-se aqui a efetiva participação que gerou 84 trabalhos. Durante o processo de desenvolvimento dos TCCs, houve uma sistemática de orientação pela consultoria MPrado em conjunto com as coordenações regionais do inpEV, dando o suporte necessário aos trabalhos. A consultoria MPrado analisou cada trabalho, gerando uma análise crítica e nota (0 a 10). A resultante foi que 45% dos trabalhos tiveram avaliação Excelente (nota 10), 32% Ótimo (nota 9), 20% Muito Bom (nota 8), 2% Bom (nota 7) e 1% Regular (nota 6). Assim, praticamente 97% dos trabalhos atenderam o estabelecido pelo tutorial, demonstrando o alto nível de comprometimento dos participantes.

HÁ RESULTADOS PRÁTICOS QUE PODEM SER COMPROVADOS? AS EXPECTATIVAS ESTÃO SENDO CONFIRMADAS? Um grupo, formado pela consultoria MPrado, lideranças do inpEV, representante das centrais e da Andav, analisou os TCCs, considerando: a avaliação (notas) e análises críticas da MPrado, a eficácia/eficiência dos objetivos estabelecidos, a efetividade dos trabalhos. Parte deles já está em implantação, outros estão nos objetivos operacionais de cada central para os próximos períodos.

“O objetivo principal foi capacitar os gestores das centrais, com modernas ferramentas de gestão de negócios para promover evolução nos níveis gerenciais e de produtividade, potencializando o desempenho global das unidades.” Francisco Damasceno de Pádua Junior

Sua participação é fundamental para que o conteúdo do Informativo inpEV fique ainda melhor. Envie seus comentários, dúvidas e sugestões para o e-mail informativo@inpev.org.br ou por correio, para a Rua Capitão Antônio Rosa, 376 – 7º andar – São Paulo – SP – CEP 01443-010, aos cuidados da área de Comunicação.

IMPRESSO


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.