Revista Di Rolê 6ª Edição Bilíngue

Page 1

JUL/AGO 2014 :: Revista Di Rolê ::

1




EXPEDIENTE TEXTOS: Ana Luiza Medeiros, Bianca Bruneto, Bianca Ramos, Cibele Moreira, Clarice Gulyas, Danielle Gaspar, Djenane Arraes, Kirk Moreno, Priscilla Teles, Saulo Castilho, Soloni Rampin e Vinícius Brandão. Participação Especial: Nicolas Behr. TRADUÇÃO: Ana Luiza Medeiros, Bianca Ramos, Camila Moreira, Júlia Grazinoli, Pedro Bueno, Saulo Castilho, Tábatha Araújo e Tiago Bruneto. FOTOGRAFIA: Carlos Eduardo Jr., Ítalo Amorim, Nathália Millen e Pâmela Kissianne. PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Amanda Viviele / Camilla Maia - Via 3A Comunicação www.3acomunicacao.com.br | 61 - 3546-9705 DESIGNER: Gueldon Brito. DIRETORA EXECUTIVA: Júlia Dalóia 4

:: Revista Di Rolê :: JUL/AGO 2014

summary

SUMÁRIO

06| Alegria do rock e do gol 08| Documentário mostra o lado “B” da copa e do futebol 10| Seja bem-vindo ao Lago Paranoá 14| Do brega ao heavy metal 18| Esporte 100% Brasil 20| Circula: o som nas curvas do avião 22| Mulherada no comando 26| Uma nova forma de ler 28| Brasília de segunda à domingo 30| ... / Ode ao meu / Reflexo 32| Poema desprezível 34| Conheça a capital sem sair de casa 36| Barracas de comida são paradas populares para o brasiliense 38| A moda da copa 40| Brasília tem lei de incentivo à cultura aprovada


SUMMARy

EDITORIAL

06| Goal and rock’s joy 08| Documentary shows the other side of the world cup and soccer 14| Welcome to Paranoá Lake 14| From brega to heavy metal 18| 100% Brazilian Sport 20| Circula: music in the plane’s shape 22| “Mulherada” in charge 26| A new way of reading 28| Brasilia from saturday to sunday 30| ... / Ode to my / Reflex 32| Despicable poem 34| Meet the capital city without leaving home 36| Kiosks are mandatory stops for the brasiliense people 38| The fashion brazilian cup 40| A law which is an incentive to culture is approved in Brasilia

Impressão e Acabamento

61. 3591 3398 | 61. 3591 8769 www.serranagrafica.com |

graficaserrana@terra.com.br

ESPAÇO DO LEITOR Se você recebeu, leu e tem opiniões sobre assuntos da Revista Di Rolê, agora pode expressar. Envie sua sugestão ou comentário acerca dos assuntos abordados na presente edição para: revistadirole@gmail.com

` /revistadirole | www.arevistadirole.com.br

Q

uanta alegria ver que a nossa cidade, capital deste Brasil, está mostrando gradativamente suas facetas e segredos mais íntimos. Não tenho dúvidas de que, por fazer parte desta “geração Brasília”, presencio e vivencio realidades que há alguns anos não imaginava viver. Esta geração genuinamente candanga vem transformando o cenário cultural local, unindo forças para trazer novidades e projetos cada vez mais ousados. Neste sentido, apresentamos como matéria de capa o ‘Flash Day’, onde mulheres profissionais tatuaram, ao longo de um dia, pessoas de todas as idades e sexo. A audácia feminina está estampada no grupo idealizador desta ideia, composto por sete personalidades raras. E elas já estão com gostinho de quero mais... Você sabia que Brasília tem um Museu Virtual? A ideia nasceu de um projeto de mestrado cursado no Centro de Excelência em Turismo da UnB, em 2010, mas precisa de recursos para manter-se vivo. Saiba mais na editoria Próxima Parada. Estas e outras novidades poderão ser lidas e acompanhadas em nossas edições impressas e no site da revista Di Rolê. Não fique parado. Culture-se! Boa leitura, Júlia Dalóia Diretora Executiva Revista Di Rolê JUL/AGO 2014 :: Revista Di Rolê ::

5


Foto: Gabriel Thomaz

! Álbum

ALEGRIA F DO

ROCK E DO GOL Por Djenane Arraes

utebol e música brasileira tem química. Ao longo da história, desde os primórdios da música popular do Século 20, que o esporte betrão é tema constante. Diz a lenda que essa dobradinha começou em 1919 depois que a Seleção Brasileira derrotou o Uruguai na decisão do Campeonato Sul-Americano. Extasiados com a vitória, Pixinguinha e Benedito Lacerda compuseram o chorinho “Um a Zero”: virou um clássico. A par-

6 :: Revista Di Rolê :: JUL/AGO 2014

tir daí, não parou mais: músicos comentam e jogam futebol. O tricolor Chico Buarque costumava condicionar as turnês com uma temporada de jogos do Politheama, o time amador que fundou há 36 anos. Jorge Benjor jogou no Flamengo, e os Novos Baianos eram um time de futebol e se consideravam mais atletas do que músicos. Mais recentemente, os músicos do Skank fazem hit sobre futebol, jogam e, às vezes, até dão uma de comentaristas. Os roqueiros de Brasília também gostam muito de futebol,

mas craque(s) como aqueles da MPB, é difícil apontar algum. E há documentos de imagem que comprovam todo o esplendor da grossura candanga com a pelota. Na primeira metade da década de 1990, a MTV Brasil, então administrada pelo Grupo Abril, lançou um programa chamado Rock e Gol. As bandas eram convidadas a jogarem uma pelada de futebol. Mas em vez de um jogo bem jogado, pernas-de-pau eram as maiores estrelas. Três foram os principais representantes de Brasília: Raimundos, Maskavo Roots e,


Foto: Gabriel Thomaz

representando o underground, Little Quail and The Mad Birds. Destes, os Raimundos conseguiram ser vice-campeões no Rock e Gol de 1996 na condição de zebra absoluta do ano na raça, na coragem, e com nenhum talento nos pés. Maskavo Roots nunca chegou a uma final. Muito menos Gabriel Thomaz, vocalista e guitarrista do Litlle Quail. As palavras dele sobre essa época resumem muito bem o talento dos artistas brasilienses com a bola no pé: “No Rock e Gol só pagamos mico. Sou Botafogo e não posso mais jogar pelada, pois adquiri uma hérnia de disco”. Roqueiro candango não joga, mas faz música, certo? Curiosamente, entre raras citações futebolísticas aqui e acolá no repertório do rock de Brasília desta época, foi o “pagador de mico” Gabriel com o seu Little Quail que fez uma canção esportiva que falava de futebol e outras modalidades. Na obscura e ingênua “Vencemos” diz o seguinte: “tudo aconteceu, o nosso time é campeão/ e agora me escalaram, fui convocado para a seleção”. Gabriel só não paga mico na música. Atualmente no Autoramas, banda que criou no Rio de Janeiro, é um dos artistas do rock independente nacional mais bem-sucedido: já participou do Rock in Rio em um show muito elogiado ao lado de BNegão, e a banda faz turnês regulares na Europa e na América Latina. Só falta ser mais falado na própria terra natal. Mas você sabe o que acontece com certos craques: vão para fora.

GOAL AND ROCK'S JOy Writtten by Djenane Arraes / Translated by Julia Grazinoli

F

ootball and brazilian music definitely match. Sport is a common theme for songs since the appearance of popular music on 20th century. Some people say that this combination started in 1919, after Brazil defeated Uruguai on the decision of South – American Championship. Being rapt with the victory, Pixinguinha and Benedito Lacerda composed the chorinho “Um a Zero”: it became a classic. Since then, it didn't stop: musicians comment and play football. Tricolor Chico Buarque used to balance his tours with the competition season of Politheama – the amateur team he founded 36 years ago. Jorge Benjor played in Flamengo; Novos Baianos were a football team – they even considered themselves more athletes than musicians. More recently, Skank musicians also produced musics about football, they play football and even comment about football sometimes. Brasília's rock musicians also like football, a lot, but there are no one like those MPB masters. And there are images of documents that attest all splendor of the candanga's familiarity with the ball. In early 90's, MTV Brazil – which was then administered by Grupo Abril -, released a program named Rock e Gol. Bands were invited to play a match of football, but instead of a well-played game, they presented only bad players. Brasília had 3 main representatives: Raimundos, Maskavo Roots and (representing the underground genre) Little Quail and The Mad Birds. From these, Raimundos managed to be runner-up of Rock e Gol in 1996, with strentgh, courage, but no talent on foot. Maskavo Roots never went to a final. Much less so Gabriel Thomaz, vocalist and guitarist of the band Little Quail. His words about this epoch summarize very well the talent of Brasília's artists with a gift to play football: “On Rock e Gol we played the fool. I'm Botafogo and I cannot play anymore, because I had a disc herniation”. A candango rock musician doesn't play football, but play songs, right? Curiously, between rare footballistic quotations here and there in Brasília's rock repertoire from that time, it was Gabriel - from Little Quail, who sucked at football on Rock e Gol – who made an sporting song which was about football and other modalities. In the obscure and naive song “Vencemos”, Gabriel says: “everything happened, our team is the champion / and now I was chosen, I was convoked to the selection”. Gabriel don't play the fool only in music. Currently in Autoramas – band created by him in Rio de Janeiro -, he is one of the most successful artists from brazilian independent rock: he has already participated of Rock in Rio, a very praised show, beside Bnegão; the band also makes regular tours throughout Europe and Latin America. It just needs to be more divulgated in their homeland. But you know what happens to some aces: go away. JUL/AGO 2014 :: Revista Di Rolê :: 7


! Cinema

DOCUMENTÁRIO

MOSTRA O LADO “B”

COPA

E DA DO FUTEBOL FILME BRASILIENSE MOSTRA COMO A PAIXÃO PELO ESPORTE FOI BASE ATÉ PARA A CONSTRUÇÃO DOS ESTÁDIOS DA COPA

H

oje esquecidos por quase todos que irão assistir aos jogos oficiais organizados pela Fifa, os operários que reformaram a construção com as próprias mãos tiveram sua própria Copa. Evento capturado pelas lentes da diretora Virna Smith no documentário “Operários da Bola”. Chamado de Copa Solidária, o campeonato organizou times de trabalhadores dos vários estádios do Brasil em um torneio que durou aproxima-

8 :: Revista Di Rolê :: JUL/AGO 2014

damente um mês. De acordo com Virna, os operários são um exemplo para todos. São pessoas que levam a vida com simplicidade. Para eles é algo natural por se satisfazerem com o que têm. Eles se sentem abençoados por terem trabalho, o que comer e seus pequenos prazeres. A proposta de Virna entusiasmou sua equipe técnica. Sejam profissionais com muita experiência, como o montador Marcelo Faria e o trilheiro Eladio Oduber, ou os membros recém formados, como o cinegrafista Rafael Morbeck e o designer gráfico José de Campos.

Por Vinícius Brandão Virna remete o novo visual de colunas do Mané Garrincha às arenas da Roma Antiga. É uma construção feita para eventos que atraem muita visibilidade, hospedando uma Copa dos operários, com pouco dinheiro, mas muita garra e muita paixão. É bonito constatar que essa paixão está enraizada nos alicerces das construções de um dos maiores eventos globais relacionados ao esporte, seja nos sentimentos dos funcionários que trabalharam nas construções, seja no espírito esportivo que deve ser colocado em prática nas novas arenas.


Fotos: Virna Smith

Written by Vinícius Brandão Translated by Pedro Bueno

DOCUMENTARy SHOWS THE OTHER SIDE OF THE AND

F

orgotten by almost all of those who are going to watch the official games organized by FIFA, the workers who participated with their own hands in the construction of the stadiums had their own World Cup. The event was captured by the lens of the director Virna Smith in the documentary “Operários da Bola”. “Copa Solidária” - how this championship was called organized teams of the construction workers of several stadiums of Brazil in a tour-

WORLD CUP

SOCCER

A BRASILIENSE MOVIE PRESENTS HOW THE PASSION FOR THE SPORT WAS THE BASE EVEN FOR THE CONSTRUCTION OF THE WORLD CUP’S STADIUMS nament of approximate two months’ duration. According to Virna, the workers are an example for everybody. They are people who live life with simplicity. For them, being satisfied with what they have is something natural. They feel blessed for having a job, food to eat and their own activities. Virna’s proposal made her team feel enthusiastic. Among her co-workers, there are professionals with experience such as the editor Marcelo Faria and the adventurous, Eladio Oduber, and others who are new in the field, like the cameraman Rafael Morbeck

and the graphic designer José de Campos. Virna compares the new look of Mané Garrincha’s columns with ancient Rome’s arenas. It is a building constructed for events which attract much visibility; hosting a World Cup for workers, who do not have a lot of money, but strength and much passion. It is important to state that this passion has its roots in the construction’s foundations of one of the biggest global sporting events, whether in the feelings of the workers, or in the fair play spirit which should be put into practice in the new arenas. JUL/AGO 2014 :: Revista Di Rolê ::

9


! Coluna ECO

SEJA BEM-VINDO AO

LAGO PARANOÁ A BORDO DE UM BARCO, BRASILIENSES E TURISTAS TÊM UMA OPÇÃO DE LAZER COM LIÇÕES DE PRESERVAÇÃO AO MEIO AMBIENTE E CURIOSIDADES SOBRE A CAPITAL

A

Por Danielle Gaspar

A buzina anuncia o último chamado para o embarque, que é feito no píer do Pontão do Lago Sul, em frente ao quiosque Náutico. Ao som de samba e MPB, o passeio começa pelo Setor de Clubes Sul até a Ponte JK. Os guias, a todo momento, falam ao microfone curiosidades da cidade e do Lago – principalmente sobre o fato dele ser artificial. Fotos históricas são exibidas em uma televisão, revelando aos passageiros momentos importantes de nossa história, como, por exemplo, uma imagem área do Lago Paranoá em fase de enchimento. “Sou de São Paulo, moro aqui há 12 anos, mas é a primeira vez que estou fazendo um passeio como este”, conta Elaine Licio, servidora pública, acompanhada do marido e dos dois filhos. “O Henri-

10 :: Revista Di Rolê :: JUL/AGO 2014

Fotos: Pâmela Kissianne

pesar de ser um dos cartões postais mais bonitos de Brasília, o Lago Paranoá ainda é desconhecido por grande parte da população do Distrito Federal. “Se você não for dono de um barco ou amigo de alguém que tenha, suas chances de lazer no Lago diminuem drasticamente”, comenta Darse Lima, proprietário da empresa de navegação Mar de Brasília. Todos os finais de semana, às 16h e 17h30, o Catamarã da empresa navega pelas águas do cerrado em um passeio turístico cultural com três objetivos: democratizar o acesso ao Lago, ajudar na conservação dos recursos hídricos e preservar a memória da capital.


Foto: Divulgação

que, meu filho mais velho de quatro anos, viu o barco e se animou. Viemos todos por causa dele e valeu a pena. Muito interessante conhecer mais sobre Brasília com essa paisagem”. Para Edione Machado, publicitário, o ponto alto foi passar debaixo da Ponte JK. “Ela é bonita até vista assim”, elogia a ponte que, em 2003, ganhou o prêmio de mais bonita do mundo. A Mar de Brasília também realiza outros passeios ecológicos, um deles com alunos de escolas públicas e particulares. Nele, as crianças aprendem a preservar o meio ambiente e a cuidar melhor de nossas águas, tornando-se defensores do Lago Paranoá com juramento e até carteirinha. Em atividade há quatro anos, a empresa já ensinou a mais de 26.300 pessoas que podem usufruir de nossos recursos naturais de forma responsável sem perder a diversão. Depois de uma hora, a jornada histórica e ambiental chega ao fim. À medida que nos aproximamos do píer, o sol beija o lago – deixando um rastro dourado por nossas águas mansas e aquela certeza de que somos privilegiados e de que nos veremos em breve. Até logo, Lago Paranoá.

Fotos: Pâmela Kissianne

Para conhecer mais sobre os passeios, preços e datas, visite o site da Mar de Brasília: www.mardebrasilia.com.br ou pelo telefone +55 (61) 8454-9991

JUL/AGO 2014 :: Revista Di Rolê ::

11


Foto: Divulgação

WELCOME TO

PARANOÁ LAKE ABOARD A BOAT, BRASILIENSES AND TOURISTS HAVE AN OPTION OF LEISURE INTEGRATED WITH ENVIRONMENT CONSERVATION TIPS AND CURIOSITIES ABOUT THE CAPITAL

E

Written by Danielle Gaspar | Translated by Camila Moreira

ven though it is one of the most beautiful p o stc ards of Brasilia, Paranoá Lake is still unknown by a great deal of the population of Federal District. “If you are not an owner of a boat or friends with someone who is, your chances of leisure at the Lake diminishes drastically”, comments Darse Lima, owner of Mar de Brasilia boating company. Every weekend, at 16h to 17h30, the company’s Catamarã sails through the cerrado’s waters in a touristic

12 :: Revista Di Rolê :: JUL/AGO 2014

and cultural excursion with three objectives: to democratize the access to the lake, to help on the conservation of hydric resources and to preserve the memory of the capital. The horn announces the last call to go on board, which happens at the Pontão do Lago Sul’s pier in front of the Náutico’s kiosk. To the sound of samba and MPB, the journey starts at the Setor de Clubes Sul and goes to JK Bridge. The guides, at every moment, talk on a microphone about curiosities of the city and the Lake – specially the fact that is it an artificial lake. Historical

photos are exhibited on a TV, revealing important moments of our history to the passengers, as, for example, one of the Lake at the filling up stage. “I was born in São Paulo, and I live here for 12 years, but it is the first time I am at such excursion”, tells Elaine Licio, public servant, accompanied by her husband and two kids. “Henrique, my older son of four years old, saw the boat and got really excited. We all came because of him and it was worth it. It is very interesting to get to know more about Brasilia with this setting”. For Edione Machado, advertiser,

M

Po


the higher point was to cross under the JK Bridge. “It is beautiful, even if seen from this perspective”, compliments to the bridge that, in 2003, won the prize as the most beautiful in the world.

private schools. In it, the kids learn to preserve the environment and to take better care of our waters, turning themselves into the defenders of Paranoá Lake with oath and identification card. In activity for four years, the company has already taught over 26.300 people that it is possible to enjoy our natural resources in a respon-

he Mar de Brasilia also offers other ecological rides; one of them is done with public and

sible manner without losing the fun. After an hour, the historical and environmental ride comes to an end. As we come closer to the pier, the sun kisses the lake – leaving a golden trail through our easy waters and the certainty that we are privileged and that we will see each other again. See you later, Paranoá Lake.

To learn more about the rides, prices and schedules, visit Mar de Brasilia’s website: www.mardebrasilia.com.br or call +55 (61) 8454-9991

-BR AS

ÍLIA

PAU

MUDA, GENTE! VIVEIRO.ECO.LOJA

Mudas Frutíferas Mudas Ornamentais Mudas Florestais Mudas Nativas Adubos, Vasos etc

Polo Verde - Saída Norte - 3468-3191 / vendas@paubrasilia.com.br


Foto: clarice Gulyas

! Cult Art

DO BREGA AO HEAVy METAL: MORADOR DO GUARÁ FUNDA MUSEU DA MÚSICA COM 7 MIL DISCOS DE VINIL COLECIONADOR CADEIRANTE PEDE AJUDA DE VOLUNTÁRIOS PARA ORGANIZAR E FAZER A MANUTENÇÃO DA COLEÇÃO QUE JÁ ATRAIU ARTISTAS CONSAGRADOS COMO ED MOTTA

O

interesse por coleções acompanha Luis Ricardo Retz desde a infância, quando começou a colecionar miniaturas de brinquedos e carrinhos. Mas foi na fase adulta, quando trabalhou em um galpão de reciclagem

14

:: Revista Di Rolê :: JUL/AGO 2014

Por Clarice Gulyas do Distrito Federal, entre 1999 e 2001, que o morador do Guará descobriu sua verdadeira paixão: os discos de vinil. A coleção possui atualmente um acervo com mais de 7 mil discos nacionais e internacionais, inclusive, da década de 30, como o da cantora de samba Aracy de Almeida. Raridades nos mais diversos estilos,

como o samba de Cartola e o blues de Janis Joplin também são algumas das pérolas resgatadas e protegidas por Retz no Museu da Música, fundado em dezembro de 2013, na Casa da Cultura do Guará. “Foi durante o vaivém na reciclagem que eu olhava as revistas e também fui achando


selos e coleção de dinheiro, então passei a gostar de colecionar. Quando achava uma pequena coleção, guardava para tentar completar ou conseguir deixar ela maior”, conta Retz, que também coleciona, há mais de 20 anos, cartazes, folders, flyers, revistas, fitas VHS, moedas, cartões telefônicos e até modelos de maços de cigarro. Produtor cultural brasiliense conhecido, principalmente no cenário do rock desde a década de 90, Ricardo Retz também foi vocalista da banda de punk rock 'Canelas de Cachorro', em 1995. Hoje, aos 42 anos, o também DJ e fã das bandas The Doors, MC5 e The Stoogss, afirma que manter a coleção de vinis significa resgatar o passado e conservar talentos. Para ampliar a coleção vale tudo: compra, troca em sebos e mobilização entre amigos.

! Atentado à cultura A primeira grande coleção de Retz, sem dúvida, foi a de discos de vinil, ou LPs. Os famosos “bolachões” eram descartados no lixo em larga escala no fim da década de 90, com os primeiros avanços tecnológicos. Segundo ele, esse tipo de atitude é considerada um “atentado à cultura”, o que faz com que até os dias atuais, mesmo após ter perdido o movimento das pernas durante uma tentativa de homicídio, continue a protegê-los.

FROM BREGA TO

HEAVy METAL: GUARÁ'S RESIDENT FOUNDS MUSIC MUSEUM WITH 7 THOUSAND VINyL RECORDS

WHEELCHAIR USER COLLECTOR ASKS FOR VOLUNTARy HELP TO ORGANIZE AND MAINTAIN THE COLLECTION WHICH ALREADy ATTRACTED CONSACRATED ARTISTS LIKE ED MOTTA

T

Written by Clarice Gulyas Translated by Julia Grazinoli

he interest for collections accompany Luis Ricardo Retz since his childhood, when he started collecting toys' and cars' miniatures. But he was an adult when he worked in a recycling hangar of Distrito Federal – between 1999 and 2001 -, and there he discovered his true passion: vinyl records. Nowadays, his collection has over 7 thousand national and international records; it is so vast that it has successes from the 30's such as Aracy de Almeida's sambas. Rarities in diverse styles, like Cartola's samba and Janis Joplin's blues are also some redeemed treasures sheltered by Retz in Music Museum, founded in december 2003, in Casa de Cultura do Guará. “It was during the routine in the recycling hangar that I looked at the magazines and found stamps, and money collections, so I started to like collecting things. When I found out I had a small collection, I stored the things together so that I would make it bigger”, states Retz, who also collects for mora than 20 years now posters, folders, flyers, magazines, VHS tapes, coins, telephone cards and even cigarrette packet models. Being a known cultural promoter in Brasília – mainly in rock scenery since the 90's -, Ricardo Retz was also a vocalist in the JUL/AGO 2014 :: Revista Di Rolê ::

15


"Em 2000, passei a sair na rua com um carrinho de supermercado pedindo discos por todo o Guará I e II. Na primeira rua que eu ‘baixei’, já inventei o Museu da Música, que antes era o Museu do Vinil”, conta. “Hoje, o vinil passou a ser um artigo de luxo. Você vai a uma loja e paga R$ 150 por ele. Mas o gosto de salvar um disco, pegar, ver o encarte, ver o lado A, o lado B, balançar e sentir o peso dele vale muito mais. É como se salvássemos a música e a cultura com coisas que não vão ser achadas nos dias de hoje, nem na internet, como bandas independentes”, diz o músico, que afirma ter na sua coleção, em sua maioria, discos de Caetano Veloso, Gal Costa, Ney Matogrosso e Clara Nunes. Após cirurgias e fisioterapias, o apaixonado por vinil conta com a ajuda de amigos e da namorada para continuar o sonho de ver o museu cada vez

maior e organizado. Com uma grande quantidade de títulos do lado de fora de casa, que aguarda por limpeza e triagem, ele faz um apelo para que amantes da música se tornem voluntários na missão de ajudar a transportar e catalogar os discos ao seu lado. Conhecido pela coleção de LPs, Retz chegou a conhecer, em 2002, o cantor Ed Motta. "Ele me ligou e na mesma hora apareceu. Ele sabia muito sobre LPs, eu puxava os vinis e colocava para tocar, e ele já dizia assim: ‘essa é a faixa 3, do lado A, disco tal, da gravadora tal, do ano tal. O cara é um musicólogo, acertou todas", admira o também fã de MPB e rock nacional.

! Incentivo diário O amigo Diego Santos Dutra, 29 anos, e a namorada, Rebeca Souza, 38 anos, são alguns dos grandes incentivadores do Museu da Música, que também conta com outros objetos

que remetem ao tema, como radiolas antigas e gravações em fitas cassetes. “Eu acho o trabalho do Ricardo muito bom, porque ele dá varias opções de conhecimento, além do que é comercial. Quando isso passa a ser catalogado, vira utilidade pública. Pode ser do interesse de uma pessoa que é conhecedora, como o Ed Motta, ou que não conhece tanto, mas que vai ter a oportunidade de conhecer, ou matar a saudade", opina Diego. “Acho o trabalho dele um barato. Essa identificação com o que é antigo ajuda a entender e a dar sentido à história da música”, elogia Rebeca, que conheceu Retz durante shows de rock em 1993. *Para agendar visitas ao Museu da Música, fazer doações ou ajudar Retz com a manutenção dos discos, basta ligar para +55 (61) 8192-4878, em horário comercial.

punk rock band “Canelas de Cachorro”, by 1995. Today, with 42, the DJ and The Doors', MC5' and The Stoogss' fan say maintaining his vinyl collection means restore the past and preserve talents. To enlarge the collection, everything is valid: purchase, switch in tallows and friends' mobilization.

! Attack on culture The first Retz's great collection was, undoubtedly, the vinyl records one (or LP's, as some people prefer saying). The famous “bolachões” were thrown away in a large scale in late 90's, with the first technological advances. According to him, this kind of attitude is considered an attack on culture, and that is the motive why he continues to protect and preserve them until nowadays, even after having lost his legs' movements during a murder attempt. “In 2000, I started to walk on Guará's streets with a supermarket chart asking for records. On the first street I got through, I had already have the idea of the Music Museum – which was, at first, 16 :: Revista Di Rolê :: JUL/AGO 2014


“Today, a vinyl record has become a luxury item. If you go to a store, you will pay R$150 for one. But the taste of saving one, touch it, see the pullout, the side A and B, feel its weight, worth much more. Its like we're rescuing music and culture that we cannot find anymore nowadays, not even on the internet, like independent bands' records”, says the musician, who states having in his collection – in its majority – records from Caetano Veloso, Gal Costa, Ney Matogrosso and Clara Nunes. After surgeries and physiotherapy, the vinyl lover counts with the help of friends and girlfriend to keep up with his dream of seeing the museum bigger and well-organized. With a great quantity of discs outside the house - which

waits for cleaning and trial -, he makes an appeal for music lovers to become volunteers in the mission of helping to transport and catalogue the LP's with him. Being well-known by his vinyl collection, Retz even met the singer Ed Motta in 2002. “He called me and showed up right away. He knew a lot about LP's: I put a vinyl to play and he instantly said: 'this is track 3, from side A, record X, recorder Y, year Z.' The guy is a musicologist, he got everything right”, says the MPB and brazilian rock fan, with great admiration.

! Daily incentive The friend Diego Santos Dutra, 29, and his girlfriend Rebeca Souza, 38, are two of the biggest supporters of Music Museum, which also has other thematic objects such as old

radiograms and records in cassette tapes. “I admire Ricardo's work, because it gives knowledge in many areas, and it is also commercial. When this starts to be cataloged, it becomes a public utility. It can be interesting for a musician, like Ed Motta, and also for someone who doesn't know much about music, someone who will be able to learn something new”, opines Diego. “I think his work is great. This identification with the past helps us to understand and give meaning to music's history”, compliments Rebeca, who met Retz during rock shows in 1993. *To schedule a visit to the Music Museum, donate or help Retz with the records' maintenance, call +55 (61) 8192-4878 during business hours.

JUL/AGO 2014 :: Revista Di Rolê ::

17

Foto: clarice Gulyas

Vinyl Museum”, he tells.


ESPORTE 100%

BRASIL A

Foto: Paulo caixeta

! Esporte

DE ORIGEM EXCLUSIVAMENTE BRASILEIRA, A PETECA BUSCA RECONHECIMENTO PROFISSIONAL Por Saulo Castilho

peteca é uma atividade física praticada em diversos clubes e parques da cidade, mas o que muitas pessoas provavelmente não sabem é que este é um esporte genuinamente brasileiro (sugestão). A história do surgimento da peteca remete aos índios que habitavam o Brasil antes mesmo da colonização portuguesa. Eles brincavam com uma trouxa de folhas com pedras, palha de milho e pena de aves. A tradição do esporte foi passada de geração à geração e o material foi substituído. Saíram as pedrinhas e entraram o algodão, depois a espuma, aí veio uma borracha e as penas coloridas de pato ou ganso.

Durante as Olimpíadas realizadas em 1920 na Antuérpia, Bélgica, os nadadores brasileiros jogavam peteca para aquecer antes das provas e treinamentos. Esse esporte um tanto quanto diferente para os outros países chamou a atenção de algumas pessoas que gostaram e queriam aprender as regras do esporte. Só que por ser apenas uma atividade recreativa, não havia regras. A peteca foi difundida por outros países como Itália, França, Canadá e Alemanha, mas no Brasil apenas foi considerada como um esporte em 1985, pelo Conselho Nacional de Desportos, com a criação de regras e padrões de medida de quadras, altura da rede e materiais da peteca. Para o praticante Paulo Caixeta, de 26 anos, o desafio é valorizar a peteca como modalidade esportiva e não apenas como atividade recreativa. "Fortalecer o esporte para se profissionalizar", diz Paulo quando fala que treina todos os dias e viaja para jogar torneios. Não tem nenhum atleta profissional de peteca no Brasil, mas muitos utilizam o tempo livre para treinos e preparação física visando campeonatos. O Campeonato Brasileiro de Peteca é disputado em duplas, com disputa entre Estados e acontece anualmente. O último aconteceu em Uberlândia (MG), em 2013, e será jogado em Goiânia (GO), em novembro de 2014. O avanço da tecnologia com a criação da internet e de redes sociais ajudou a difundir o esporte. Atualmente, os Estados com mais praticantes são Minas Gerais (MG), São Paulo (SP), Para-

18 :: Revista Di Rolê :: JUL/AGO 2014


ná (PR), Goiás (GO) e o Distrito Federal (DF). Para quem busca uma melhor qualidade de vida, por meio da prática de atividades físicas, a peteca é uma excelente opção. Basta ter, no mínimo, uma dupla, a rede específica, uma peteca e muita disposição. Esta é uma atividade considerada aeróbica e que promove não só um condicionamento físico, mas também a interação social. É um esporte indicado para todas as idades. Interessados em conhecer e fortalecer esta atividade tipicamente nacional, acesse a FANPAGE no facebook: www.facebook.com/ petecaesporteclube ou o SITE: http://petecatour.com/

100% BRAZILIAN SPORT EXCLUSIVELy BRAZILIAN IN ORIGIN, SHUTTLECOCK (PETECA) IS SEEKING PROFESSIONAL RECOGNITION

P

By Saulo Castilho

laying shuttlecock is a physical activity practiced in several clubs and city parks, but many people probably don’t know that this sport is genuinely Brazilian. The story of the emergence of the shuttlecock goes back to the Indians who inhabited Brazil even before the Portuguese colonization. They would play with a bundle of leaves with stones, corn straw and bird feathers. The tradition of the sport was passed on from generation to generation and then the material was replaced. The pebbles were replaced with cotton, then to the foam, to the rubber and colored feathers of ducks and geese.

During the Olympics on 1920 in Antwerp, Belgium, Brazilian swimmers would play shuttlecock to warm up before the competitions and before training. This sport somewhat different to other countries caught the attention of some people who liked it and wanted to learn the rules of the sport. But because it was played as a recreational activity there were no rules. The shuttlecock was spread in other countries like Italy, France, Canada and Germany, but in Brazil the National Sports Council only considered it a sport in 1985, when they created rules and official measurements for the courts, net height and materials for the shuttlecock. For the shuttlecock player, Paulo Caixeta, 26 years old, the challenge is give the real value to shuttlecock as a sport and not only as a recreational activity. "Strengthen the sport to turn it into a professional sport," says Paul about his daily training sessions and trips to the contest. There are no shuttlecock professional athletes in Brazil, but many use their own free time to train and prepare themselves physically for the contest. The Brazilian Shuttlecock Championship is played in pairs, with matches between states and it is held annually. The last one happened in Uberlândia (Minas Gerais), in 2013, and the next will be played in Goiânia (Goiás) in November 2014. The advancement of technology with the creation of the Internet and social networks helped spread the word about the sport. Currently, the States that hold the highest number of practitioners are Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Goiás and Distrito Federal. People in search of better quality of life, through physical activity, the shuttle is a great option. Just have at least a double, a specific network, a shuttlecock and great disposition. This is considered aerobic activity and promotes not only physical fitness, but also social interaction. It is a sport suitable for all ages. Interested in meet and strengthen this activity typically national, the fanpage on facebook is: www. facebook.com /petecaesporteclube or the website: http://petecatour.com/ JUL/AGO 2014 :: Revista Di Rolê ::

19


! Hits

CIRCULA:

O SOM NAS CURVAS DO AVIÃO A MÚSICA BRASILIENSE GANHA NOVO REFORÇO E PROMETE REVOLUCIONAR A CENA CULTURAL DA CIDADE

B

rasília agora conta com mais uma aliada na disseminação da cultura, a Agência Circula - Incubadora Distrital de Apoio ao Rock e Música Independente, que começou oficialmente seus trabalhos no dia 14 de maio deste ano, em evento na Secretaria de Estado de Cultura do Distrito Federal. A Circula é uma iniciativa de artistas da cidade, do Movimento Brasília Capital do Rock, com apoio da Secretaria e da Rede Urbana de Ações Socioculturais (R.U.A.S.). Com um investimento de R$700 mil, o papel principal do projeto é durante um ano preparar por meio de consultoria, 39 artistas e bandas da cidade, conectá-los com produtores culturais locais e nacionais, além de propor políticas públicas para o setor musical e não apenas ações pontuais. “A Agência se integra ao trabalho já desenvolvido pela Secretaria de Cultura, que se preocupa em reconstruir políticas públicas em

20

:: Revista Di Rolê :: JUL/AGO 2014

Por Priscilla Teles toda a capital federal. A nossa expectativa, com o surgimento da Agência, é a de valorizar iniciativas nesse sentido nos diversos setores artísticos", afirma o Secretário de Cultura, Hamilton Pereira. Os artistas foram selecionados, a partir de edital divulgado via internet, por uma curadoria externa composta por integrantes de relevância na cena brasileira, como um dos curadores do Lollapalooza e um jornalista da Billboard Brasil. Apesar do rock estar presente no nome, o coordenador geral, Diego Marx, explica que o estilo é a vertente principal, mas não é um pré-requisito obrigatório, “é mais uma diretriz, porque o rock é muito difícil de delimitar. Podemos dizer que a base de todas as bandas que participam da Agência vem dele”. O músico Kelton Gomes que iniciou sua carreira solo em 2013, com o lançamento do EP Manhã, composto de música brasileira contemporânea, começou de forma despretensiosa com a

gravação de cinco músicas. Porém com a resposta positiva do público e da mídia local, passou a planejar um pouco mais o caminho que gostaria de seguir. "Integrar o casting da Circula foi um estimulo enorme, agora estamos projetando coisas muito boas juntos”, conta Kelton. Há 13 anos no mercado a banda Ataque Beliz diz ainda sentir um preconceito pelo estilo escolhido, o rap. Com influências do soul, funk e jazz, o som diferenciado, tem pouco espaço entre o meio do próprio estilo e também em outros meios pelo fato de ser rap. “Seria muito mais difícil chegar até aqui se não fossem as várias produtoras do DF e simpatizantes, que nos ajudam a divulgar o trabalho. Como banda independente fazemos tudo desde sempre - áudio visual, divulgação, projeto gráfico, contrato de show, sites, etc. - e a Circula entra para administrar esse processo e nos deixar mais a vontade para criar e ter ideias.”, comenta o vocalista e cofundador da banda, Higo Melo.


CIRCULA: MUSIC IN THE PLANE'S SHAPE BRASÍLIA'S MUSIC SCENERy IS GETTING STRONGER, AND IT WILL REVOLUTIONIZE THE CITy'S CULTURAL SCENERy

B

rasilia is a privileged city, and now has one more ally to local culture dissemination: the Agency Circula - Incubadora Distrital of Rock and Independent Music Support, which started its works officially in may 14th 2014, in an event at State Secretary of Culture of Distrito Federal. Circula is an iniciative of urban artists from Movimento Brasília Capital do Rock, with the support of Department of Urban SocioCultural Network (R.U.A.S.). With a R$700 thousand investment, the main role of the project is to, during a year, prepare via consultancy 39 city artists and

A custo zero para os selecionados, durante esse primeiro ano de trabalho, a Agência pretende realizar palestras e eventos abertos ao público brasiliense também, causando uma transformação cultural na cidade. Com a cena musical deficitária a ideia de reestruturá-la se torna trabalhosa, pois deve ser feita em todos os sentidos, desde o produto e o público, até os profissionais. “Buscamos outras maneiras de manter a Agência após esse período, para que seja um trabalho contínuo e não apenas de um ano", assegura Marx.

Written by Priscilla Teles Translated by Julia Grazinoli bands, connect them with national and local cultural producers, and also suggests public politics for music sector, not only isolated actions. “The Agency blends with the already ongoing work of Secretary of Culture, which is concerned with restoring public politics in all federal capital. “Our expectation with the emergence of the Agency is to value these kind of iniciatives in various artistic sectors”, states the culture's secretary Hamilton Pereira. The artists have been selected via internet, by an external trusteeship composed by important members in Brazilian's music scenery, like one of the trustees of Lollapalooza and a journalist from Billboard Brazil. Even though “rock” is in the name, general coordinator Diego Marx explains the style is the main one, but not obligatory as a pre-requisite. “It's more like a guideline, since rock is hard to delimit. We can say the base for all bands comes from it.” Musician Kelton Gomes started his solo career in 2013 with EP's release “Manhã” ("Morning"), composed by contemporary brazilian music – and he started it unpretentiously, recording at first five songs only. However, with the positive public's and local media's response, he started to plan more the path he would like to follow. “ I filled the form without believing, and later

I was informed I had been selected by a friend! Integrate Circula's casting was a great stimulus – now we're designing really good things together”, tells Kelton. 13 years ago, in the market, Ataque Beliz band says they still feel prejudice against the style chosen by them: the rap. With soul, funk and jazz influences, the style has little space even in its own world, and also in the music world, just because it's rap. “Wasn't for the many producers and sympathizers in DF, it would be much more difficult to get where I am – they helped divulgate our work in the program Som Brasil. We have always done everything as an independent band – audio-visual editing, divulgation, graphic design, show contracts, sites, etc. -, and Circula came to administrate this process and free us to create and have new ideas”, comments the band's vocalist and co-founder Hugo Melo. Free for the chosen ones, during this first year of work, the Agency pretends to perform open lectures and events in Brasília, providing a cultural transformation in the city. With a deficient music scenery, restructuring it is quite arduous, since the professionals until the final product and the public. "The idea is to base ourselves on a schedule of the bands' needs to establish goals and work towards them”, ensures Marx. JUL/AGO 2014 :: Revista Di Rolê ::

21


! Capa

MULHERADA NO COMANDO EVENTO INÉDITO EM BRASÍLIA REUNIU RENOMADAS TATUADORAS NA PRIMEIRA EDIÇÃO DO FLASH DAy

C

riado em fevereiro de 2014 e formado exclusivamente por mulheres, o coletivo "Mulherada" agradou o público brasiliense já no primeiro evento. O ‘Mulherada apresenta: Flash Day’, que ocorreu no dia 7 de junho no Espaço Cultural Mapati (707 Norte), trouxe a força feminina representada pelo talento e as mãos das sete tatuadoras Jupiter Coroada, Gabriela Fune, Amanda Owls, Téssia Araújo, Nashari Katherin, Bianca Biancine e Anninha Tatuadora, com suas autênticas personalidades e profissionalismo. O evento também contou com duas body piercers. Cada tatuadora selecionou para o evento alguns desenhos e os colocou à venda para serem tatuados, com preços que variaram entre R$150 e R$300. Para as organizadoras, a receptividade do público foi muito positiva e não se imaginava o grande alcance que atingiu o evento, que começou às 12h e terminou às 22h. "Nós não paramos de trabalhar desde o

22 :: Revista Di Rolê :: JUL/AGO 2014

Por Cibele Moreira início e, ainda assim, não conseguimos tatuar todo mundo”, ressalta uma das meninas. Foram feitas aproximadamente 35 tatuagens, uma média de cinco por tatuadora. Com um público presente bem eclético entre homens, mulheres e crianças, o ‘Mulherada apresenta: Flash Day’ também contou com uma feira de artesanato, poesia, *zine, gastronomia vegana e discotecagem. Em cada cantinho havia representantes da arte e da cultura local. “A presença masculina é muito dominante sobre produções, e é importante mostrar que existem DJs mulheres, tatuadoras mulheres, artistas mulheres, desenhistas...”, comenta a poeta e expositora, Francis Espíndola. “A princípio seria uma feira de algumas poucas meninas que produzem coisas legais, mas tudo isso ganhou uma dimensão muito maior e em pouco tempo”, comenta o grupo das organizadoras. A professora de francês, Sara de Oliveira, participou do evento e apoiou a ideia. “É uma iniciativa importante. Eu

mesma pude conhecer o trabalho das tatuadoras, que até então não conhecia”. Ela ainda afirma que estava procurando alguém para tatuá-la, mas não encontrava e, quando surgiu o evento, aproveitou a oportunidade e agora tem planos de só tatuar com mulheres. “Achei muito interessante tanto o evento organizado por mulheres, como a disposição do bazar, as tattoos”, comenta Hugo de Almeida, que prestigiou o momento. Entre as diferenças de sexo na profissão, ele diz não haver distinção. “O que faltava era divulgação e, eventos como esse, são importantes sim". “Mulheres na tatuagem nunca foi novidade, mas parece que as pessoas não cansam de se surpreender com o óbvio”, comentam as meninas do Coletivo Mulherada. “Ser uma mulher, tatuadora e tatuada, hoje em dia é não pertencer a uma série de expectativas conservadoras que a sociedade impõe sobre nossos gestos, voz e corpo”. O grupo pretende agregar eventos futuros, não somente no âmbito da tatuagem, mas em


outras áreas. “Temos artistas independentes das mais diversas áreas produzindo material de altíssima qualidade. Queremos incentivá-las”, concluiu o grupo da mulherada. A proposta atual é mostrar a garra e competência feminina e a arte feita por mulheres independentes que merecem ser reconhecidas. *Zine: trabalhos artísticos originais, ou não, de textos ou imagens normalmente reproduzidos via fotocópia.

“MULHEREADA” IN CHARGE FOR THE FIRST TIME IN BRASÍLIA, THE FLASH DAy EVENT GATHERED RENOWNED FEMALE TATTOOISTS

C

Written by Cibele Moreia Translated by Julia Grazinoli

Foto: Pâmela Kissianne

reated in february 2014 and composed exclusively by women, the colective “Mulherada” pleased the public from Brasília already in the first event. “Mulherada presents: Flash Day”, which occured on 7th june, at Espaço Cultural Mapati (707 Norte), brought up feminine force represented by the talent and hands of seven tattooists: Jupiter Coroada, Gabriela Fune, Amanda Owls, Téssia Araújo, Nashari Katherin, Bianca Biancine and Anninha Tatuadora, with their own personalities and profissionalism. The event also had two body piercers. Each tattooist selected some of her drawings, and put them on sale for anyone who wanted a tattoo, with prices varying between R$150 and R$300.

JUL/AGO 2014 :: Revista Di Rolê ::

23


With a present and very eclectic public – men, women and children -, “Mulhereda presents: Flash Day” had also a craft fair, poetry, *zine, vegan gastronomy and music to dance. In each corner there were representatives of local art and culture. “Masculine presence is very dominant in productions, and it is important to show that female Djs, tattooists, artists, drawers exist...”, remarks the poet and expositor Francis Espíndola. “In the beginning, it would be a fair with a few girls who produ-

24

:: Revista Di Rolê :: JUL/AGO 2014

ce nice things, but everything gained a much larger dimension in a short period of time”, comment the organizers. French teacher, Sara de Oliveira, attended to the event and supported the idea. “It is an important iniciative. I could get to know the tattooists' work by myself, something new for me.” She also says she was looking for somebody who could tattoo her, but she didn't find anyone - so when the event came, she took the opportunity, and from now on, she wants to be tattooed only by women. “I thought it was really interesting the women-organized event, the bazaar disposition, the tattoos”, remarks Hugo de Almeida, who appreciated the moment. About differences between the two genders in the profession, he says there's no distinction. “What was missing is divulgation.

Events like this are important, undoubtedly.” “Women in tattooing is not something new, but it seems that people don't get tired to be surprised with the obvious”, comment the girls of the colective "Mulherada". “Being a tattooist and tattooed woman nowadays is not fulfilling many conservative expectations that society imposes on our gestures, voice and body.” The group intend to make future events, not only with tattooing, but also with other areas. “We have independent artists from various areas producing high-quality material. We want to encourage them”, concluded the group. The current proposal is to show feminine independence and competence, through the art made by strong women who deserve to be known by everyone. *Zine: original artistic works of texts or images normally reproduces via photocopy.

Fotos: Nathalia Millen

To the organizers, public's reception was very positive - no one imagined the event would have this huge popularity. It started at 12h and ended at 22h. “We didn't stop working since the beginning and, still, we weren't able to tattoo everybody”, highlights one of the girls. 35 tattoos were done, approximately – 5 per tattooist, to average.


Fotos: Nathalia Millen

JUL/AGO 2014 :: Revista Di RolĂŞ ::

25


Foto: Pâmela Kissianne

! Literatura

UMA NOVA FORMA

BIBLIOTECAS E LIVRARIAS LUTAM CONTRA O ESQUECIMENTO E OS BAIXOS NÚMEROS

N

o Brasil e no mundo bibliotecas públicas e livrarias procuram formas de se reinventar para acompanhar as novas demandas do grande público. O primeiro semestre de 2014 nem chegou ao fim e os números já são preocupantes, tanto para vendas como para empréstimos e visitas. Enquanto a disponibilidade digital de cada vez mais títulos oferece uma concorrência desleal às bibliotecas públicas das grandes cidades, os administradores juntamente com professores e órgãos públicos ligados à cultura 26

:: Revista Di Rolê :: JUL/AGO 2014

DE LER

e educação, trabalham em novos projetos para transformar o ambiente de biblioteca, em locais que atraiam antigos e novos visitantes. Dentre as propostas mais inovadoras está a da Biblioteca de Manguinhos no Rio de Janeiro, onde acontece o Projeto Biblioteca-Parque, que atende a 16 favelas com um acervo de 27 mil títulos, e disponibiliza à comunidade um ambiente diferenciado com Café, espetáculos teatrais e salas para reuniões comunitárias. A biblioteca de São Paulo, erguida junto ao Parque da Juventude na área do antigo presídio Carandiru, trouxe uma proposta ainda mais auda-

Por Ana Luiza Medeiros

ciosa. Disponibilizaram além dos títulos clássicos, uma coleção de best-sellers que atraem o público adolescente e jovem. A ideia é fidelizar os leitores aos poucos com títulos em destaque da literatura jovem e, depois de adquirido o hábito de ler e visitar a biblioteca, introduzir os clássicos e indispensáveis títulos da literatura brasileira. Além de emprestar livros, também oferece à comunidade DVDs, games, e-books e uma movimentada agenda cultural. E por falar em novas estratégias para fidelizar leitores, um dos negócios que mais sofre com a digitalização são as grandes redes


Foto: Pâmela Kissianne

de livrarias; uma agenda cultural recheada de novidades tem sido uma das formas encontradas para manter viva a venda de livros. Devido à queda de 20% nas vendas do primeiro trimestre do ano, livrarias como Saraiva, FNAC e Cultura fizeram mudanças em seus planos de expansão e reformularam suas expectativas apostando em vendas online e abertura de pequenas lojas em aeroportos e rodoviárias, ao invés das Mega Stores já aguardadas desde o ano passado. Não há dúvidas de que ser um leitor hoje em dia envolve muito mais do que só a vontade de ler. O ambiente da biblioteca que se assemelha a livraria, assim como a aceitação do grande público aos livros em versão digital, dividem opiniões. Conservadores e educadores defendem o padrão há muito estabelecido como indispensável, enquanto os mais novos e que em sua maioria desconhece a narrativa de grandes nomes como Machado de Assis, Jorge Amado e Graciliano Ramos acreditam, em grande parte, no poder da tecnologia para assegurar que tanto os mais desinteressados, quanto os com menor poder aquisitivo, tenham acesso ao mundo das palavras. E você, já leu um livro hoje? Para quem quer conhecer melhor os clássicos, a Di Rolê recomenda “Capitães da Areia”, de Jorge Amado. Boa leitura!

Written by Ana Luiza Medeiros Translated by Ana Luiza Medeiros and Tábatha Araujo

A NEW WAy OF READING LIBRARIES AND BOOKSHOPS FIGHT AGAINST FORGETFULNESS AND LOW NUMBERS

I

n Brazil and all over the world public libraries and bookshops look for ways to reinvent themselves trying to keep up with the new demands. The first semester of 2014 isn’t even over yet and the numbers are already a problem, concerning sales and attendance. More and more titles are becoming available digitally, offering a disloyal competition towards public libraries in large cities. Its administrators along with teachers and public agencies attached to culture and education, work in new projects to transform the library environment, long out of fashion, into places that attract old and new visitors. Amongst the most innovative ideas is the Library of Manguinhos in Rio de Janeiro, were the Library-Park Project takes place, available for sixteen favelas with a collection of 27 thousand titles. It provides the community with a different environment including a Coffee Shop, Theater and community reunion room. The library of São Paulo built by the Juventude Park brought an even more courageous proposal. They made available, besides the classics, a collection of best-sellers to attract the younger crowd. The main idea is to create loyal readers by taking small steps with the famous young literature, and after the habit of reading and visiting the library is acquired, introduce the classics and indispensable titles from Brazilian literature. Besides, the new library offers more than books. It also offers DVDs, games, e-books and an intense array of cultural events. And speaking of new strategies, the business of grand bookshops is the one that suffers the most with digitalization, and an intense agenda of cultural events is just one of the ways they found to stay in business. Because of an alarming 20% low on sales during the first trimester of the year, big bookshops such as Saraiva, FNAC and Cultura made severe changes in their plans of expansion, reformulating their expectations and betting on online sales and smaller stores located in airports and bus stations, instead of mega stores. There is no question that being an active reader these days involves more than just your will to read. The library environment similar to a bookshop, just like the acceptance of digital books, divides opinions. Educators defend the pattern long ago established as indispensable, and the younger crowd, which in its majority are strangers to such names as Machado de Assis, Jorge Amado and Graciliano Ramos, believe in the power of technology to ensure the less interested and the less financially able, access to the world of words. And if you’re interested in the classics, Di Rolê indicates “Captains of the Sands”, by Jorge Amado. Enjoy your reading! JUL/AGO 2014 :: Revista Di Rolê ::

27


! Na Balada

BRASÍLIA DE A SEGUNDA À DOMINGO

APROXIMADAMENTE 490 MIL TURISTAS PASSARAM PELA CAPITAL DO PAÍS DURANTE A COPA DO MUNDO E, BARES E CASAS DE SHOWS DE BRASÍLIA CAPRICHARAM NAS PROGRAMAÇÕES NOTURNAS Por Kirk Moreno

capital federal é conhecida em todo o Mundo pela moderna arquitetura assinada por Oscar Niemayer, mas vai além. Quem conhece Brasília, sabe que a cidade tem noites famosas, conhecidas por atrair gente interessante e com opções para todos os estilos e gostos musicais. Por isso, a Di Rolê selecionou algumas opções diferenciadas da cidade para você:

Foto: Divulgação

SEGUNDa-FEira: O La Ursa é uma boa opção para começar a semana. O espaço reúne bar, café, música brasileira e gastronomia, com forte destaque para a culinária mineira, baiana e pernambucana. MONDaYS: The La Ursa is a good option to start the week. The space unites a bar, café, Brazilian music and gastronomy, with highlights for the cuisines from Minas, Bahia and Pernambuco.

TErça-FEira: É dia de aproveitar uma noite com exibições de curtas-metragens e discotecagem ao estilo folk, rock e eletrônico. Essa é a proposta da festa Cineme-se, que começa sempre a partir das 20h, no Club 904 (Clube da ASCEB, 904 Sul).

TUESDaYS: It’s a day to enjoy a night of short films exhibits and Djing to the folk, rock and electronic styles. This is the proposal of Cineme-se party that starts always at 20h, at Club 904 (Club ASCEB, 904 south).

QUarTa-FEira: É para quem curte música pop! A cada edição, a WoW recebe DJs que entram em cena para tocar sucessos do cenário nacional e internacional. A festa começa às 23h, no Velvet Pub (102 Norte), e tem como principal público o GLS. WEDNESDaYS: It’s for those who like pop! At each edition, WoW receives DJs who enter the scene to play musical hits from both the national and international scenarios. The party starts at 23h, at the Velvet Pub (102 north), and it’s main public is the GLS.

28

Foto: Mariana Vassallo :: Revista Di Rolê :: JUL/AGO 2014


BRASILIA FROM SATURDAy TO SUNDAy

QUiNTa-FEira: Dia de música no 5uinto, tradicional noite de música eletrônica de Brasília. Com seis anos de existência, a festa oferece uma proposta de som, ambiente e público mais alternativos, com início às 22h, no Club 904 (Clube da ASCEB, 904 Sul).

APPROXIMATELy 490 THOUSAND TOURISTS PASS THROUGH THE CAPITAL OF THE COUNTRy DURING THE WORLD CUP, AND BARS AND SHOW HOUSES CAREFULLy ELABORATE THE NIGHT SCHEDULE

T

Written by Kirk Moreno Translated by Camila Moreira

he federal capital is known worldwide for its’ modern architecture signed by Oscar Niemeyer, but it goes beyond. Whoever knows Brasilia knows that the city has nights’ activities known for attracting interesting people and with options for all styles and musical tastes. Considering that, Di Rolê has selected a few different options around the city just for you:

THUErSDaYS: Music day at 5uinto, Brasilia’s traditional electronic music night. With six years of existence, the party propose to offer a more alternative option of sound, setting and public, starting at 22h at Club 904 (Club ASCEB, 904 south).

Foto: Mariana Vassallo

SEXTa-FEira: Para começar bem o final de semana, a opção é a Play!, festa tradicional das noites do brasiliense, que já acontece há quatro anos na capital. Voltada para o público que curte rock, o evento reúne artistas, jornalistas, críticos e pessoas ligadas à música para discotecar. A Play! começa às 22h30, no Club 904 (Clube da ASCEB, 904 Sul). FriDaYS: To start well the weekend, the option is Play!, a traditional party of the brasilense night, which already happens for four years at the capital. Targeted for the public that loves rock, the event joins together artists, journalists, critics and people related to music to dance. Play! starts at 22h30, at Club 904 (Club ASCEB, 904 south).

SÁBaDO: É dia de agito na Victoria Haus (SAAN, Quadra 1, lote 930), boate brasiliense, onde reúne-se o público GLS. A Festa GameOn acontece todos os sábados, a partir das 22h30, e é uma das opções oferecidas pela casa noturna.

Foto: Frank arruda

Foto: Pâmela Kissianne

SaTUrDaYS: It’s a exciting day at Victoria Haus (SAAN, Quadra 01, Lote 930), brasiliense nightclub where the GLS public come together. The party GameOn! Happens every Saturday, at 22h30, and it is one of the options offered by the nightclub.

DOMiNGO: Para fechar o final de semana, nossa dica é se deliciar com os aperitivos do Bar do Ferreira, ao som dos ritmos Chorinho e Música Popular Brasileira (MPB). O estabelecimento fica no shopping Píer 21 e recebe todos os domingos o grupo Choro sem Dó, que toca das 13h às 17h.

SUNDaYS: To wrap up the weekend, our tip is to enjoy the aperitifs at Bar do Ferreira, to the sound of Chorinho and Brazilian Popular Music (MPB) rhythms. The establishment stays at Pier 21 shopping and receives every Sunday the Choro sem dó group, that plays from 13h to 17h.

JUL/AGO 2014 :: Revista Di Rolê ::

29


! Palavras ao Vento ...

Ode ao meu

Ode to my

Entrego os pontos, crio vírgulas resgato reticências ... Esqueço as exclamações, E pergunto: - Por quê?

Não te reconheço. Você já foi tolo de tanta dor já quis te matar Já quis... Não te reconheço mais nos livros, nas batidas, em suspiros frouxos Você mudou... Novos rumos e desventuras vivendo, no mesmo ritmo mesma coragem em caminhos novos Chora por dentro. E por fora, inventa empatia mais corado, mais forte Não te reconheço, mas cá entre nós coração, te sinto melhor assim.

I do not recognize you. You’ve already been an idiot from so much pain I’ve already wanted to kill you I’ve wanted it... I don’t recognize you anymore in the books, in the beats, in the loose whispers You’ve changed... new directions and misfortunes just living, in the same rhythm the same courage in new ways Cry in the inside. And on the outside make up empathy more blushed, more strong I don’t recognize you, but between us dear heart, I can feel you even better.

Reflexo

Reflex

Inconstância constante era a menina frente ao espelho Dentro dela, um pote, meio cheio E lá fora, transbordando o vazio reconhecível pelo cheiro A cidade cheirava a esgoto, a menina, sob a lua Cheia, Em busca do todo.

Constant Inconsistency was the girl in front of the mirror Inside her, a jar, half full And out there, overflowing the emptiness recognizable by its odor The city would smell like sewage, the girl, under the moon Full, In a quest for completeness.

Não há respostas. Entre colchetes, conto mais um dia e entre aspas meias verdades. Perdido em parênteses, carrego sorrisos fugindo dos pontos Finais.

...

I give up, I will let the dots loose, Creating commas Rescuing ellipsis. ... I forget the exclamation marks, Asking myself: - Why? There is no aswer. Within square brackets, I count another day and in between quotation marks Half truths. Lost in parenthesis, I bring some smiles Running away from points FINAL points. 30 :: Revista Di Rolê :: JUL/AGO 2014

Foto: laura Bifano

Por Bianca Bruneto Translated by Tiago Bruneto


Foto: laura Bifano

Saúde e sabor à sua mesa. Distribuído por Manancial Alimentos Tel.: (061) 3567-5761

facebook.com/cerradim


! Palavras ao Vento DESPICABLE POEM Written by Nicolas Behr Translated by Tábatha Araujo I like you because you let me use you, display you as a trophy as a trump

POEMA DESPREZÍVEL Por Nicolas Behr eu gosto de você porque você deixa que eu te use, que eu te exiba como um troféu como um trunfo eu gosto de você porque você finge que gosta de mim que me aceita quando no fundo sei que me odeia eu gosto de você porque você sabe que eu sou machista egoísta e você nem liga masoquista eu gosto de você porque você acha meus poemas incríveis quando sabemos são sofríveis eu gosto de você porque não consigo pensar em você

I like you because you pretend that you like me that you accept me while, deep down, I know you hate me I like you because you know that I'm a sexist egotist and you don’t even care masochist I like you because you think my poems are incredible when we know they are sufferable I like you because I can’t think about you if I did maybe I would despise you *Nicolas Behr was born in Cuiabá, but lives in Brasilia since 1974. He was a publicist and now has a plant nursery. "Brasilia is undoubtedly my poetic obsession. For better or for worse."

*Nicolas Behr é nascido em Cuiabá, mas está em Brasília desde 1974. Foi publicitário e hoje tem um viveiro de plantas. "Brasília é, sem dúvida, minha obsessão poética. Para o bem ou para o mal". 32 :: Revista Di Rolê :: JUL/AGO 2014

Foto: Divulgação

se pensasse talvez te desprezasse

CL


Toda mulher merece luxo e glamour! Por isso, às terças e quartas-feiras pelo preço da esmaltação essencial você escolhe qualquer opção de esmalte importado! Chique, não?

CLS 410 BLOCO B LOJA 26

3543-0503 www.colorish.com.br


Foto: Divulgação

! Próxima Parada

CONHEÇA A CAPITAL SEM SAIR DE CASA MUSEU VIRTUAL DE BRASÍLIA TENTA RESGATAR E APRESENTAR A HISTÓRIA DA CIDADE A BRASILEIROS E ESTRANGEIROS

É

comum ver, a cada dia, museus mundo a fora criarem versões virtuais de seus acervos. Mas e quando a cidade é considerada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco? Pensando nisso, Ariane Abrunhosa, arte educadora e, hoje, doutoranda da área de educação e tecnologia da Universidade de Brasília (UnB), desenvolveu o Museu Virtual de Brasília. “É uma possibilidade de mostrar a cidade e de trazer esses conteúdos que emergem a partir de sua história, de for-

34 :: Revista Di Rolê :: JUL/AGO 2014

Por Soloni Rampin ma mais lúdica e poética, tanto para brasileiros de longe quanto para estrangeiros”, define. O Museu Virtual de Brasília surgiu do projeto de mestrado cursado no Centro de Excelência em Turismo da UnB, em 2010. O projeto, paralelo ao trabalho teórico, foi financiado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura e lançado em 2011. Na época, Ariane tentou um financiamento pela Lei Rouanet para mantê-lo. O projeto foi aceito, porém, nenhuma empresa se candidatou a ser parceira do Museu. “A ideia era ampliar o Museu Virtual, mudar a plataforma, co-

locar novas sessões, ambientes de aprendizagem. A concepção toda do projeto definitivo foi construída, mas demanda recursos que só uma empresa parceira poderia ter. Mas ela ainda não apareceu”, lamenta Ariane.

! Tour virtual Lembrada pelo poder político, Brasília guarda em suas avenidas e esquinas (sim, Brasília tem esquinas!) histórias ligadas à arquitetura, ao desenvolvimento do País e de pessoas que deixaram - e deixam diariamente -sua terra natal para


Foto: Divulgação

se aventurarem no planalto central brasileiro. E é esse resgate e à expansão dessas histórias a que se propõe o Museu Virtual de Brasília, por meio de fotos, vídeos e documentos disponíveis em três línguas. “Com a interatividade do site, desejamos despertar o sentimento de pertencimento, para que os brasileiros conheçam a história da sua capital e zelem por ela. É muito gratificante quando recebo e-mails de professores ou estrangeiros que acessaram o Museu e se interessaram por Brasília”, finaliza a doutoranda. Acesse o museu virtual de Brasília e conheça os encantos da cidade planejada por meio do site: www.museuvirtualbrasilia.org.br.

MEET THE CAPITAL CITy WITHOUT LEAVING HOME BRASILIA’S VIRTUAL MUSEUM ATTEMPTS TO RECLAIM AND INTRODUCE THE CITy'S HISTORy TO BRAZILIANS AND TOURISTS

I

Written by Soloni Rampin Translated by Tábatha Araujo

t is common to see every day, museums around the world creating virtual versions of their collections. But what if the exhibited city is considered a World Heritage Site by UNESCO? Thinking about this, Ariane Abrunhosa, an art educator, and today, a doctoral student in the field of education and technology at the University of Brasilia (Universidade de Brasília - UNB), developed Brasilia’s Virtual Museum. "It's an opportunity to showcase the city and bring the ideas that arise from its history, in a more playful and poetic form, both for Brazilians from other states as to tourists," explains Ariane. Brasilia’s Virtual Museum came up from Ariane’s master's project from the Centre of Excellence in Tourism at UNB in 2010. In parallel with the theoretical work, the project was financed by the Support Fund for Culture and released in 2011. At the time, Ariane tried to keep the project funded by Rouanet Law. The project was accepted, however, no company has applied to be a sponsor of the Museum. "The idea was to expand the Virtual Museum, change the platform, design new displays and learning environments. The whole notion of the final project was built, but requires resources that only a sponsor company could bring. But it has not come up yet," laments Ariane.

! Virtual Tour

Fotos: Soloni rampin

Come visit Brasilia’s Virtual Museum and meet the charms of this planned city through the website www.museuvirtualbrasilia.org.br

Known for its political power, Brasilia keeps in its avenues and corners (yes, Brasilia has corners!) stories related to architecture, the development of the country and people who have left - and leave daily - their hometown to venture into the Brazilian central plateau. Brasilia’s Virtual Museum brings forward this reclaim and the expansion of these stories, through photos, videos and documents available in three languages. "With the interactivity of the website, we want to awake the feeling of belonging, so that Brazilians get to know the history of their capital city and watch over it. It is very rewarding when I receive emails from teachers or tourists who logged into the Museum’s website and were interested in Brasilia," concludes Ariane. JUL/AGO 2014 :: Revista Di Rolê ::

35


! Quero Comer

BARRACAS DE COMIDA SÃO PARADAS POPULARES PARA O BRASILIENSE COM UM CARDÁPIO VARIADO, QUIOSQUES SERVEM OPÇÕES DE QUALIDADE, RÁPIDAS E MAIS ACESSÍVEIS

À

noite, o brasiliense não tem tantas opções de alimentação. Por um lado, as lanchonetes de fast-food distribuídas pela cidade. Por outro, as comidas de restaurantes, festas ou eventos, que têm preços mais elevados e, muitas vezes, pouco sabor. Aí surgem as barracas de rua, opção cada vez mais viável de qualidade.

dade e são as mais numerosas por aqui. Os mais famosos, e talvez os mais gostosos, são os Dogs do Baixinho e o do Raimundo. Ambos são muito semelhantes, onde existem as opções na chapa ou no molho. A pasta de alho dá o toque final no lanche e faz toda a diferença no sabor. Para quem busca algo um pouco diferenciado, outra barraca de rua de sucesso é a do Caldo Fino, com opções de sabores comuns e outros inventivos, como o de abóbora com gorgonzo-

la (Hmmmm!!!). Já a barraca Kafta da Mama vende uma variedade de comidinhas árabes entre espetos, sanduíches e até sobremesas. Também tem o Churrasquinho do Jajá que, aos sábados, traz diversos arranjos de carnes e um feijão tropeiro como acompanhamento. Talvez a opção que mais apresente diversidade cultural é o Macarrão na Rua. São inúmeras massas: recheada, espaguete, talharim, penne e fusilli. Elas podem ser integrais, de arroz sem glúten Foto: Ítalo amorim

As barracas de cachorro-quente fazem muito sucesso na ci-

Por Vinícius Brandão

36 :: Revista Di Rolê :: JUL/AGO 2014


ou de espinafre. Uma das características mais interessantes do local, no entanto, não está na comida. Todo dia 29, pelos últimos nove anos, o Encontro de Músicos do Macarrão na Rua improvisa um palco para que os amantes da arte possam se reunir e fazer shows para os frequentadores da barraca. A música e a comida se so-

mam e geram um programa muito agradável. As comidas são de qualidade, saborosas e com preços mais acessíveis. A variedade entre elas permeia culturas diferentes e gostos distintos. O cliente pode ser vegetariano, gostar de um lanche mais gorduroso ou até ser fã das receitas estrangeiras.

ONDE? Dog do Baixinho – 213 Sul Dog do Raimundo – em frente à igrejinha da 307 Sul Caldo Fino – 410 Norte Kafta da Mama – 112 Sul Churrasquinho do Jajá – 904 Sul Macarrão na Rua – estacionamento da comercial 206 Norte

KIOSKS ARE MANDATORy STOPS FOR THE BRASILIENSE PEOPLE WITH A DIVERSIFIED MENU, KIOSKS SERVE QUALITy OPTIONS AND FAST, MORE ACCESSIBLE FOOD

A

t night, Brasilienses (the people from Brasília) do not have a lot of food options. Firstly, there are fast food restaurants all over the city. Secondly, food from restaurants, parties and events, which has high prices and, sometimes, does not taste as good as it should be. Then, there are the kiosks on the streets, which are an accessible and quality alternative. The hot dog kiosks are very famous in the city and the number of them over here is the biggest. The most famous and maybe the most delicious ones are “Dog do Baixinho” e o “Dog do Raimundo”. Both of them are very similar and they have the same options

Written by Vinícius Brandão Translated by Pedro Bueno for the way their meat and sauce are prepared. These kiosks’ garlic sauce and its flavor make all the difference in their hot dogs. For those who look for something different, another famous street kiosk is “Caldo Fino”, which has ordinary flavors and even other creative ones, such as pumpkin with gorgonzola cheese (Yummy!). Then, there is “Kafta da Mama”, which sells a variety of Arab snacks such as “espetinhos”, sandwiches and even desserts. Also, there is “Churrasquinho do Jajá” that - on Saturdays - brings several dishes of meat and feijão tropeiro as the accompaniment for them. Perhaps the option that presents more cultural diversity is “Macarrão na Rua”. They have innu-

merable types of pasta: stuffed pasta, spaghetti, talharine, penne and fusilli. These types of pasta may be made of rice and spinach, brown and gluten free. One of the most interesting characteristics of this place, however, is not present in the food. Every month on the 29th, since 2005, “Macarrão na Rua” improvises a stage for “Encontro de Músicos do Macarrão na Rua” so that music lovers can get together to perform for the kiosk’s customers. The music and the food make a pleasant combination. The food of the kiosks has quality and more accessible prices as well as delicious flavors. Their variety covers different cultures and tastes. The customer may be either vegetarian, a fast food lover or even a fan of foreign recipes. JUL/AGO 2014 :: Revista Di Rolê ::

37


Fotos: Divulgação

! Tribos

A MODA DA COPA BRASILEIRA EM ANO DE COPA NO BRASIL, AS CORES DO NOSSO “SÍMBOLO MAIOR”, A BANDEIRA BRASILEIRA, ESTÃO PRESENTES NA MODA MAIS VERSÁTIL DE TODOS OS MUNDIAIS

I

ndependente de todas as controvérsias que envolvem a realização do evento em solo brasileiro, o fato é que chegou o momento de fazermos bonito como anfitriões e deixarmos o espírito esportivo falar mais alto. A moda, por sua vez, se contagiou pelo clima de Copa e se reinventou para atender a todos os estilos e gostos. Engana-se quem pensa que a “moda da Copa” está óbvia e apenas usável nesta época. Ela está tão democrática que pode ser até difícil escolher apenas um ou outro item. Até o público masculino inspirou grifes sofisticadas a criarem coleções-cápsula com o

38 :: Revista Di Rolê :: JUL/AGO 2014

Por Bianca Ramos tema Copa, exclusivas para eles. As opções vão de peças de roupa em tecidos nobres e calçados estilizados de grifes internacionalmente reconhecidas, passando pelos acessórios e jóias assinadas por grandes designers e chegando ao universo da beleza e até da culinária. Acha que leu errado? Não, você não se enganou! Há perfume, esmalte, maquiagem e até massa verde e amarela sendo servida em rede de restaurantes espalhada pelo país. Brasília, como capital do país e uma das cidades-sede do grande espetáculo da bola, não deixaria por menos e está representando com propriedade a moda cheia

de brasilidade. Prova disso é o fato de que duas badaladas grifes brasilienses, As Marias de Carol e a 717, se uniram para lançarem juntas as suas coleções inspiradas no evento do ano. A 717, grife que faz sucesso entre as jovens brasilienses e é comandada por Bruna Resende e Luiza Bacellar, lançou peças-curinga nas cores amarela, verde e branca, mas escolheu o azul para ser usado na estampa exclusiva, chamada Lapidações. Já As Marias de Carol, conhecida pelos acessórios usados pelas mais antenadas, optou por lançar as suas peças (anéis, brincos, colares e pul-


Fotos: Divulgação

seiras), nas mesmas cores, mas brincou com os estilos e tons.

THE FASHION BRAZILIAN CUP

Segundo Carolina Frota, dona da marca As Marias de Carol, “a principal ideia foi ter peças que poderiam ser usadas na Copa e também em outras ocasiões”. Bruna Resende, da 717, enfatiza: “queríamos uma mini coleção especial da Copa, mas sem aquela coisa caricata de camisa de futebol e peças que ficassem guardadas no armário após o mundial.”

IN THE yEAR OF WORLD CUP IN BRAZIL, COLORS OF OUR "GREATEST SyMBOL," THE BRAZILIAN FLAG, ARE PRESENT IN THE MOST VERSATILE STyLE OF ALL WORLD CUPS

Enquanto o mundo todo está com a atenção voltada para o Brasil, nós lidamos com a dúvida de não saber se seremos os grandes campeões, mas temos uma certeza: torcer em grande estilo não fará mal a ninguém.

R

By Bianca Ramos

egardless of all the controversy surrounding the event on Brazilian soil, the fact is that it is time to do well as hosts and leave the sportsmanship speak louder. Fashion, in turn, is infected by the atmosphere of the World Cup and reinvented itself to suit all styles and tastes. It is misleading to think that the "fashion Cup" is obvious and only usable at this time. It is so democratic that it can be difficult to choose just one or the other item. Even the male audience inspired exclusive designer labels to create sophisticated capsule collections with the theme of the championship just for them. Options range from clothes in fine fabrics and footwear stylized by internationally recognized brands, to the jewelry and accessories signed by major designers and reach the world of beauty and even cookery. Do you think you misread? No, you were not deceived! There are perfume, glaze, makeup and even green and yellow pasta being served at restaurants networks throughout the country. Brasilia, as the country's capital and one of the host cities of the great spectacle of soccer, wouldn’t be left behind and is fully representing a fashion-style full of brazilianess. Proof of this is the fact that two hot Brasília`s brands, The Marias’ Carol and 717, joined together to launch their collections inspired by the event of the year. The 717 brand that is popular among young brasilienses and is commanded by Bruna Resende and Luiza Bacellar, launched wildcard parts in yellow, green and white, but chose the blue to be used in unique pattern, called stoning. As for The Marias’ Carol, known by the accessories worn by the most tuned, opted to launch their parts (rings, earrings, necklaces and bracelets), in the same colors, but played with the styles and tones.

aS MariaS DE carOl STOrE MariaS’ DE carOl www.asmariasdecarol.com.br

According to Carolina Frota, owner of the brand's Marias’ Carol, "the main idea was to have parts that could be used in the World Cup and also on other occasions." Bruna Resende, from 717, emphasizes: "We wanted a mini special collection of the World Cup, but without that ridiculous thing of soccer jersey pieces and other pieces that remained in the closet after the World Cup.”

717 STOrE 717 www.setedezessete.com

While the whole world is with their attention turned to Brazil, we deal with the question of not knowing if we will be the big winners, but we have one certainty: cheer in style will not hurt anyone. JUL/AGO 2014 :: Revista Di Rolê ::

39


! Cult Art BRASÍLIA TEM LEI DE INCENTIVO À CULTURA

APROVADA E EM ANO DE COPA DO MUNDO E ELEIÇÕES, TAMBÉM HÁ NOVIDADES NA CULTURA LOCAL

Por Priscilla Teles

m maio Brasília recebeu uma boa notícia. A Lei de Incentivo à Cultura (LIC) foi liberada para todas as empresas que querem ser incentivadoras na capital. Com o objetivo de estimular a realização de projetos culturais, promover a diversificação das fontes de financiamento e ampliar o investimento privado na área, o GDF poderá conceder abatimento fiscal no Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) e no Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), nos projetos que as empresas apoiarem.

De acordo com o Subsecretário de Relação Institucional da Secretaria de Estado de Cultura, Reinaldo Chaves Gomes, não há um valor mínimo para o incentivo, só há limites máximos de abatimento fiscal. As empresas podem incentivar projetos culturais até: 3% do ICMS ou ISS quando tiverem receita bruta anual de até R$32.400.000,00 e 2,5% do ICMS ou ISS quando tiverem receita bruta acima de R$32.400.000,00. “A LIC/DF inova com a descentralização de recursos, uma vez que 5% dos recursos incentivados devem ser aplicados em projetos simplificados, àqueles no valor de até R$120 mil. Estes projetos terão percentual de isenção maior. Portanto, ao apoiar grandes projetos, os pequenos também serão beneficiados.”, afirma o Subsecretário. A Lei considera os seguintes segmentos culturais: música, óperas, musicais; pesquisa, informação, documentação, qualificação em gestão cultural; manifestações circenses; artes visuais; arte40 :: Revista Di Rolê :: JUL/AGO 2014

sanato; livro, leitura; culturas populares e tradicionais; patrimônio cultural material e imaterial; dança; arte, cultura digital e eletrônica; teatro; audiovisual, rádio, TV educativa e cultural. “Somando os recursos de isenção fiscal da Lei de Incentivo à Cultura (LIC)


ao disponibilizado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC), o Distrito Federal terá em 2014 uma das maiores renda per capita de investimento em política pública de cultura do país.”, declara Reinaldo Gomes. O processo de habilitação de empresas é simplificado. Basta apresentar a documentação exigida e aguardar a homologação pela Secretaria em 5 dias. As empresas devem ter sede no Distrito Federal há pelo menos 2 anos e não podem ser optantes de regimes simplificados de tributação ou outros benefícios fiscais; devem preencher Ficha de Habilitação e as Declarações disponíveis no site da Secretaria de Cultura e apresentar as certidões constantes na Ficha de Habilitação. Para mais informações, acesse o site da Secretaria de Cultura do GDF: www.cultura.df.gov.br

A LAW WHICH IS AN INCENTIVE TO CULTURE IS APPROVED IN BRASILIA BESIDES THE WORLD CUP AND THIS yEAR’S ELECTION, THERE IS ALSO NEWS IN THE LOCAL CULTURE

I

Written by Priscilla Teles Translated by Pedro Bueno

n May, Brasilia received good news. The law which is an incentive to culture was approved for all of the companies which wish to be more helpful in the capital. With the goal of stimulating the realization of cultural projects, promoting the diversification of financial resources and enlarging private investments in the field, the government of Brasilia might reduce some taxes of the projects which will be supported by those companies.

According to Reinaldo Chaves Gomes - under secretary Department of Culture of Distrito Federal - there is no minimum amount for the incentive, but only limits to the reduction of taxes. The companies can support cultural projects with a certain percentage of some specific taxes and conditions. “This law innovates through the decentralization of resources, once 5% of the resources must be invested in simplified projects (those which cost up to R$120,000). These projects will have bigger tax reductions. Therefore, when the companies support big projects, the little ones would also be benefited”, Gomes says.

arte: Weverson rabelo

This law considers the following cultural areas: music, operas and musicals; researches, information, documentation and qualification in cultural management; circus presentations; visual arts; handicrafts; books and reading; popular and traditional cultures; cultural, material and “non-material” patrimony; arts; digital and electronic culture; drama; audiovisual, radio, educational and cultural TV. “The resources which come from the reduction of taxes and the ones given by the Cultural Support Funds put together positions Brasilia among the cities with the highest per capita income of investments in public policies of culture in Brazil”, declares Gomes. The subscription process of the companies is simplified. All they need to do is to present the required documents and wait for the approval by the Department of Culture, in five days. The companies must have their headquarters in Distrito Federal for at least two years and they cannot have been part of programs which simplify their taxation or have received any benefit regarding tax reductions. Also, they must fill out a series of forms on the website of the Secretary of Culture and show its certificates. For more information: www.cultura.df.gov.br. JUL/AGO 2014 :: Revista Di Rolê ::

41





Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.