REVISTA
Brasília, Mai. | Jun. 2016
Conheça o casal que largou tudo para viajar o mundo de bike Pág. 12
Ano III Ed.17
Entenda o que é home office, suas vantagens e desvantagens Pág. 4
Matéria de Capa Sabe aquela história de largar tudo e viajar por aí sem rumo? Nesta edição trazemos a história do casal que fez isso e hoje tem memórias incríveis para compartilhar.
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FALEI POUCO, FALEI MUITO... O IMPORTANTE É FALAR DE LIVRO!
Empreendedorismo também é pauta, com a seguinte polêmica: home office (trabalho em casa) é mais vantajoso, ou pode se tornar um problema? Em homenagem ao mês em que é comemorado o dia das mães, Amor é o tema da editoria Palavras ao Vento, com um belo poema de Bianca Bruneto. Boa leitura!
HOME OFFICE: VOCÊ SABE REALMENTE O QUE É?
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EMPREENDEDORISMO SUSTENTÁVEL
JÚLIA DALÓIA Diretora Executiva Revista Di Rolê
DIOCÁ NA ESTRADA
17 A Di Rolê oferece ao leitor comodidade e praticidade. Pensando nisso, por meio deste QR Code, você poderá se conectar à nossa fanpage no Facebook e ficar por dentro da programação cultural de Brasília e região. Acesse e curta esta ideia!
EXPEDIENTE Jornalistas: Bernardo Torelly, Bianca Brunetto, Giulia Roriz, Juliana Mendes, Priscilla Teles e Thalyne Carneiro. Fotografia: Carlos Eduardo, Ítalo Amorim, Karyne Graziane, Kátya Volpato, Pedro Magalhães e Renan Aires. Projeto Gráfico e Diagramação: Gueldon Brito e Thaíssa Nobre. Diretoria Executiva: Júlia Dalóia e Priscilla Teles.
/revistadirole @revistadirole @revistadirole www.arevistadirole.com.br
UM POUCO DE AMSTERDAM NO QUADRADINHO
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GALERIA: ESPE CIAL AMOR
ESPAÇO DO LEITOR Expresse sua opinião, sugestão ou comentário acerca das matérias abordadas nesta edição. Envie sua sugestão de pauta para o email: revistadirole@gmail.com
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A RESPEITO DO AMOR
O CÉU DE BRASÍLIA É UM FESTIVAL
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AINDA SOBRE O AMOR
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SUMÁRIO
EDITORIAL
Nesta nova edição a Revista Di Rolê traz temas lúdicos sobre a nossa capital, além de conceitos e novas ideias de vida. A ideia é torná-la mais prática e leve para você, leitor.
EMPREENDEDORISMO
EMPREENDEDORISMO
O
home office – na tradução: trabalho em casa – é uma forma de trabalhar que vem se popularizando no Brasil e no mundo, mas que ainda encontra algumas resistências, por que quem confiaria em alguém que não tem um escritório e trabalha de pijama? Acontece que não é bem assim. Confira alguns prós e contras:
PRÓS Trabalho feito de qualquer lugar
Graphicstock
Um bom computador e uma boa internet, com apenas isso você pode levar seu trabalho para qualquer lugar. Hoje quero ver flores, amanhã que tal ser rodeado de livros? “Normalmente a prospecção de cliente é feita com o envio de portfólio e as reuniões são feitas em cafés ou na empresa do próprio cliente.”, explica o designer gráfico e dono de agência de comunicação, Gueldon Brito.
Home office: você sabe realmente o que é?
Para os pais e mães de primeira viagem o home office ajuda muito. É normal ter aquele receio de deixar os filhos desde muito cedo em creches ou com babás. Trabalhando dessa forma é possível acompanhar o crescimento deles desde o começo. Mas não só isso, todos nós podemos encontrar um jeitinho de estar mais presentes na vida daqueles que vivem conosco, não precisamos conhecer a vida do (a) companheiro (a) apenas naquela rápida conversa do jantar sobre como foi o dia. Tempo mais produtivo Você não perde mais tempo com trânsito, não precisa acordar mais cedo do que o necessário para tomar banho, se arrumar, tomar café da manhã e ainda dar tempo de chegar na empresa, ou seja, essas preocupações que temos todos os dias para não perder a hora de bater o ponto não existem mais.
Por Priscilla Teles
Uma vida profissional regrada fora de um escritório pode ser desafiadora 6
Mais tempo com a família
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Redução de gastos Para quem trabalha em casa não existe mais a necessidade de pegar trânsito logo pela manhã, de ter que se preocupar com a gasolina, com o aluguel da sala ou com o pagamento dos funcionários. Facilidade no dia a dia Não ter que deixar para resolver todos os assuntos no sábado pela manhã ou ter apenas 1h para correr ao banco realmente diminui o stress da vida que normalmente levamos. Você tem o job? Organize-se para entregar e no meio tempo resolva outras coisas também. No home office você normalmente não precisa ficar todo o tempo em frente ao computador, apenas deve entregar o trabalho no prazo estipulado. Seu tempo é você quem faz.
Após entrevistar 5 mil profissionais de pequenas, médias e grandes empresas de 12 países, incluindo o Brasil, a Global Evolving Workforce, estudo encomendado pela Dell e a Intel, constatou que 54% dos brasileiros se consideram mais produtivos ao fazer trabalho remoto. Da mesma forma 49% desses profissionais afirmam que sentem menos stress.
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EMPREENDEDORISMO Projeto Rotina sem Rotina
EMPREENDEDORISMO
CONTRAS Falta de contato físico com a equipe Se você consegue marcar um horário com o cliente e conversar pessoalmente é ótimo, mas nem sempre isso é possível, principalmente se não residem na mesma cidade. Ficar na dependência de skype - ou outro programa de vídeo conferência – não sana a necessidade de contato. Gustavo Guarda é programador e vive em Toronto – Canadá, mas ainda atende alguns clientes do Brasil: “Trabalho há 1 ano e meio no formato home office com meus clientes do Brasil. Sinto dificuldade em marcar reuniões por causa do fuso horário e pelo fato de não ter contato pessoalmente com meus colegas de trabalho”.
Vida pessoal x vida profissional Nem sempre aqueles que moram conosco, ou nós mesmos, lembramos que nossa casa é nosso local de trabalho. “A maior dificuldade que tenho é pessoal mesmo. Às vezes me distraio em casa, minha família esquece que estou trabalhando e ficam pedindo que eu faça algo quando estou ocupado. Às vezes algumas coisas do trabalho se misturam às de casa. Mas à medida que fui organizando meu local de trabalho e meus horários, como em qualquer outro trabalho, as coisas foram se acertando.”, conta Pedro Magalhães, fotógrafo e microempreendedor.
Sem hora para acabar Quando fazemos o que gostamos acabamos perdendo a noção do tempo. Isso pode ser sentido por aqueles que optam pelo home office, como é o caso da designer de interiores, Carla Beck: “As dificuldade e benefícios no meu caso andam juntos. Meus clientes preferem esse modelo de trabalho pois quem se desloca sou eu, eu vou até eles.
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Como trabalho com design de interiores é muito importante o contato com o local que irá receber a intervenção. Mas acabo sentindo um pouco por não ter um horário de trabalho definido, por um lado é ótimo ter mais liberdade em trabalhar em horários não usuais, mas ao mesmo tempo, se não houver organização isso pode atrapalhar a vida em casa, com a família”.
Existem três pontos que todos os futuros homeworkers devem saber antes de mergulhar de cabeça nessa ideia Falta de concentração e disciplina
Confiança
Essa forma de trabalho exige muita disciplina para não se perder entre os prazos, encontros com clientes e vida pessoal.
Como tudo na vida, podemos sentir algumas dificuldades no começo, mas é imprescindível que você cuide da sua apresentação, não só a pessoal, mas que tenha um material de qualidade para apresentar aos seus futuros clientes. Desde um bom website, portfólio ou redes sociais – lembrando que tudo depende da sua área de atuação – ao convívio e trato com clientes que já tem, já que a propaganda é a alma do negócio.
Autoestima Trabalhar em casa não significa passar o dia todo de pijama, mas também não significa que você tenha que usar um terno, um salto alto e representar que está em uma grande companhia.Arrume-se para você, sinta-se bem e profissional com isso. Que tal colocar uma camisa polo ou uma blusa bonitinha e uma calça jeans. Não é muito, mas já é o necessário para não se sentir largado dentro da própria casa, afinal de contas o home office não te coloca em contato com outras pessoas o tempo todo, não se deixe ficar deprimido.
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“Algumas pessoas tem preconceito e não confiam muito quando digo que não tenho escritório ou estúdio. Mas isso tem mudado. A maioria dos meus clientes chega até mim por meio de outros clientes satisfeitos ou pelos trabalhos publicados em redes sociais ou no meu site.”, afirma Magalhães.
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LITERATURA
Falei pouco, falei muito... O importante é falar de livro! Por Giulia Roriz
A vlogger Priscilla Calazans mostra a importância da leitura e o seu amor por essa arte por meio de vídeos para quem não gosta de ler
letsGodesigner
LITERATURA que se apaixonou pela leitura desde criança, através de sua mãe e sua avó que liam a Bíblia para ela. Durante a época do colégio se rendeu completamente às páginas dos livros e hoje conta com um acervo pessoal de 500 títulos. Ao perceber que seu amor pela leitura não alcançava seus amigos e familiares, que não tinham o hábito de ler e nem de comprar livros, Priscilla decidiu criar um vlog para leigos − explicando títulos mais simples e aspectos importantes do universo da leitura. A ideia principal é atingir e influenciar o público que não gosta de ler, mostrando o prazer e os benefícios da leitura. “Hoje os seguidores são, em sua maioria, de leitores assíduos. Infelizmente o meu público alvo ainda está com o pé atrás sobre livros. Muitos me dizem ‘Já vi o filme, não tem porquê ler o livro’, mas eu insisto. Até criei uma hashtag #Brasilumpaísdeleitores. Quero mostrar para as pessoas que os livros podem mudar o mundo”, explica ela.
tura em geral. Os temas e livros abordados são dos mais diversos gêneros, de leitura rápida e descomplicada, para que leitores iniciantes possam crescer a aprender com o canal. Conheça um pouco mais sobre o trabalho, acesse no YouTube, Facebook e Instagram.
Letícia Machado
O vlog Falei Pouco mas Falei Livro foi criado a dois meses e conta com mais de 200 seguidores e cerca de 17 vídeos dirigidos, gravados e editados por ela mesma. O nome surgiu do ditado “falei pouco, mas falei bonito”, justamente para fazer alusão à beleza da literatura e lei-
“Algo que costumo falar é que: quem lê por prazer, aprende sem querer”
Renan Aires
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ivros costumam mudar vidas. Poucos são os leitores que podem declarar com o peito estufado que os livros não fizeram diferença, mas muitos são os que se orgulham
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em falar sobre a importância dos livros em suas vidas. Esse é o caso da vlogger Priscilla Calazans − formada em dança, bailarina e professora de dança e teatro em Brasília −
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COLUNA ECO
COLUNA ECO
Empreendedorismo sustentável Empreendedores do DF aliam geração de renda com preservação do meio ambiente Por Bernardo Torelly
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SEBRAE mostram que 64% dos empresários brasilienses acreditam que esta é uma questão necessária. Com isso, cresce um novo ramo de empreendedorismo
no DF, o dos empreendimentos que oferecem soluções sustentáveis. Estas iniciativas geram renda e ao mesmo tempo auxiliam na recuperação da natureza.
Bernardo Torelly
sustentabilidade atualmente é uma tendência mundial e traz benefícios como a preservação do meio ambiente e a economia de recursos. Dados de 2015 do
No setor da construção civil, que tradicionalmente consome muitos recursos, o Brasil já é o terceiro país que mais possui empreendimentos sustentáveis, com mais de 250 construções certificadas. Esta classificação foi feita pela organização não governamental Green Building Council (GBC). A entidade criou uma certificação para construções sustentáveis, onde são avaliados quesitos como reaproveitamento da água e eficiência energética. Neste contexto, surge a concepção dos chamados condomínios sustentáveis. Possuem uma logística construtiva envolvendo a economia de materiais, reciclagem do entulho gerado nas obras e separação de resíduos perigosos, preservando reservas naturais. Existem também iniciativas governamentais de incentivos fiscais com relação à construção sustentável. O chamado IPTU Verde concede incentivos para edificações que utilizam tecnologias ambientais. Para o especialista em construções sustentáveis Diogo da Matta Garcia, 30 anos, sócio da empresa de tecnologias ambientais ECO Renovação, a venda de produtos e serviços sustentáveis e a utilização destas técnicas por parte dos clientes trazem ganhos para ambos os lados. “Tanto os clientes como os parceiros investidores procuram
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Francildes Colombo
empresas que tenham preocupação com o meio ambiente. As tecnologias ambientais além de gerarem um retorno direto com a economia de recursos como a água e a energia elétrica, geram também visibilidade e confiança no mercado consumidor”, ressalta. Ainda segundo Diogo, um exemplo de tecnologia ambiental que gera retorno financeiro são os painéis fotovoltaicos, que armazenam energia solar para produzir eletricidade e tem garantia de eficiência de 25 anos. Outros serviços são a captação e aproveitamento da água da chuva, com redução significativa na conta de água, além da reutilização de madeira para a montagem de móveis. O fabricante de tijolos ecológicos Gueferson Penha, 50 anos, explica os benefícios e a rentabilidade deste tipo
de construção em relação às obras convencionais. “Usamos a terra do próprio lote ou terra de demolição, e até entulho, para fazer os tijolos. Por não ter acabamento, que é a parte mais cara, a obra tende a ficar 30% mais barata. Há também o benefício de não ter que queimar nenhum tijolo e com isso não emitir carbono, que prejudicaria o cerrado”. Como resultado da economia, diminuição do tempo da obra e ganho para o meio ambiente, a utilização dos tijolos ecológicos vem crescendo entre os consumidores, que também envolve a formação de mão de obra. “Muitos clientes conscientes procuram os construtores autônomos para fazer suas casas com o tijolo ecológico devido às vantagens. A mão de obra é treinada no local da construção e cada pessoa pode produzir até 500 tijolos por dia”, informa.
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CAPA
Diocá na Estrada
Diocá
CAPA
Conheça o casal que largou tudo para viajar o mundo de bike Por Thalyne Carneiro
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á pensou em transformar sua voltinha de bike do fim de semana em uma viagem ao redor do mundo? Foi exatamente isso que a Julie Assêncio, 31 anos, e o Thiago Ferreira Ruiz, 30 anos, resolveram fazer, depois de perceberem que essa ideia talvez não fosse tão ruim. “Nós pegávamos a bicicleta e fazíamos trilha nos finais de semana, pela r eg i ã o d o To r o r ó”, r e l a t a Julie.
Pedro Magalhães
“Alguém me indicou um livro de um cicloviajante e depois de ler nós achamos meio assustador, porque ele passou por muita coisa. Mas mesmo assim, resolvemos tentar, fazendo uma viagem curta, de 20 dias até o Ceará. No fim foi bem tranquilo”.
E foi exatamente esta viagem que fez a ideia de viajar o mundo tomar forma, “Depois que a gente voltou, não era a mesma coisa. Vimos que precisávamos mudar”, explica. “Estávamos um pouco insatisfeitos com a vida que vínhamos levando. Já não estávamos satisfeitos com as profissões que tínhamos escolhido. E aí, durante a viagem, a gente ficou se perguntando ‘Caramba, como deve ser viajar sem ter data para voltar?’”, conta Thiago. Ela, publicitária, e ele, técnico de informática, largaram seus empregos, venderam o carro e tudo que podiam, para realizar a vontade em conjunto. O único objetivo era fazer
o aniversário de 30 anos de ambos, viajando. A meta foi cumprida: eles passaram 1 ano e 5 meses na estrada. “Quando voltamos compramos mais uns quatro livros de cicloviajantes e começamos a botar no papel tudo que a gente tinha de valor e pensamos ‘Se vendermos tudo e juntar FGTS e Seguro Desemprego, acho que dá pra fazer algo parecido’ e foi assim que aconteceu. Em 7 meses estávamos na estrada”. De acordo com os dois, a única dificuldade antes de ir foi convencer parentes e amigos de que estava tudo bem. “No início o pessoal ficou assustado. Acharam que tínhamos ficado doidos porque saímos vendendo tudo, ainda mais porque não tínhamos um planejamento para quando voltássemos”, diz Thiago e Julie completa “Não falamos que íamos de bike, só falamos que íamos para a Europa e lá alugaríamos uma bicicleta. Só que as bicicletas já tinham até sido compradas”, se diverte. “Para quem não conhece, acha que é muito perigoso. Mas a gente pesquisou e sabia que não era. O problema era deixar nossos pais preocupados”, contam. Ao total, foram 10.466 km,
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20 países visitados e R$ 35 mil investidos na viagem, divididos entre passagens aéreas, custos com autorização de entrada dos países, compra das bicicletas e assessórios para a viagem, roupas − que desgastadas ao decorrer da viagem precisavam ser substituídas −, alimentação e hospedagem. E não pense você que a hospedagem era em hotéis 5 estrelas. Os dois dormiam na rua, campings, prédios abandonados e onde mais encontravam espaço para montar a barraca, de vez em quando ficavam em hotéis modestos. “Quando chegamos em Nova Deli, ficamos perdidos”, relata Julie. “Eram 11h da noite, um cara levou a gente pra um beco onde tinham os hotéis mais modestos. Era parecido com um barracão, a gente dormiu em um quarto que o cobertor parecia feito de sisal de tão duro. Eu acordei com a garganta inflamada de tanta sujeira no quarto”, lembra. Segundo o casal, a Índia não foi fácil não só pra dormir. “A Índia foi um país muito difícil, culturalmente é muito distante do que a gente está
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acostumado. Os hábitos de higiene são muito precários, nem comemos a comida de lá porque nos sentimos bem vulneráveis em questão de saúde. Alguns cicloviajantes passaram mal com a comida local”. Thiago ainda explica, “Preferimos não arriscar e fazer um turismo de trem mesmo e ir embora para o Nepal logo depois”. O Nepal, aliás, foi uma das visitas favoritas do casal, ficaram lá por dois meses. “Quando a gente saiu da Índia de ônibus, numa viagem de 40h, e chegamos ao Nepal, pareceu que a energias ruins descarregaram. Sentimos uma paz, foi uma delícia. É muito mais pobre que a Índia, mas é um país maravilhoso”.
A marca A palavra Diocá usada para dar nome à página do Facebook e ao site, surgiu de uma brincadeira com sons e palavras que Julie testou quando ainda pensava em abrir uma camiseteria com estampas de cores fortes. “Quando a gente começou a namorar, ela já tinha esse projeto e eu comecei a incentivar dizendo para tocarmos isso juntos. Só que logo depois resolvemos via-
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PALAVRAS AO VENTO
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Acompanhe Thiago a Julie: Instagram: @diocanaestrada Facebook: /diocanaestrada
A respeito do amor Pedro Magalhães
jar, então continuamos usando o nome para contar nossas histórias e quando voltássemos, tocar o negócio para frente.”, esclarece Thiago.
viver com muito pouco. Tudo que a gente tinha era carregado nas nossas bicicletas” e Julie complementa “A gente passou a dar valor em outras coisas. Agora não consumimos mais o que não precisamos. Agora quando vamos ao shopping não temos mais vontade de comprar. Quando precisa comprar algo, chega a dar preguiça”.
Diocá
Agora que o casal retornou ao país de origem, a possibilidade de voltar para suas antigas profissões ficou para trás. Os dois vão continuar contando suas histórias no site e co-
mercializar equipamentos e acessórios para cicloviajantes, além de dar dicas e orientações para quem quer se aventurar em cima da bicicleta. O objetivo é passar a trabalhar em casa e ter uma vida mais tranquila e nos novos padrões, obtidos a partir dos ensinamentos adquiridos na viagem, como pontua Thiago, “A maior lição foi aprender a
O conto dos opostos Eu era um ponto fraco que brilhava no suspiro Ele era o raio que atravessava as planícies Eu era uma afronta aos olhos morais Ele era um conforto aos ouvidos cansados Um dia escuro, uma noite clara Um soluço apertado, um sorriso aberto Duas mãos atadas, dois pés ligeiros Eu lobo, ele unicórnio.
Priscilla Teles
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GIRO CAPITAL
GIRO CAPITAL
Evento pretende colorir o intenso azul do céu brasiliense e reunir famílias da Capital para assistir a um verdadeiro espetáculo lúdico ao som de artistas locais
Imagens: Divulgação
Céu de Brasília fica mais colorido com festival de cores
Por Juliana Mendes
A
lguns brasileiros têm o privilégio de contemplar a bela visão do oceano e do horizonte; outros, das serras que circundam os grandes centros urbanos. Muitos dizem que em Brasília só existe seca, poeira e corrupção. Engano deles. Brasília possui o céu. O mais belo céu do Brasil, muitos afirmam, que fica mais belo em dias de lua cheia e é capaz de deixar até os desiludidos, apaixonados. E para dias quentes, como já dizia Lúcio Costa, “o céu é o mar de Brasília”. E foi pensando em valorizar o nosso “mar” − e fazer deste um atrativo para unir os brasilienses − que desde 2013 um grupo vem planejando o Festival Céu de Brasília.
possam usufruir das belezas naturais e arquitetônicas da cidade. “É um evento para brasilienses e para aqueles que adotaram Brasília como sua casa. Se existe algo que une todos os que vivem aqui e os tornam iguais é o céu desta cidade. E é assim que queremos levar o nosso evento, sem distinções nem diferenças”,explica Akira.
Por Juliana Mendes
A intenção é realizar o festival em uma tarde de domingo, ainda neste ano. Mas dependerá da captação de recursos que, segundo Akira, enfrenta dificuldades tendo em vista o atual cenário econômico. Porém, nenhum obstáculo tira a empolgação e empenho dos organizadores que contam com a ajuda de empresários do Distrito Federal e da própria população,que poderá compartilhar a ideia para que ela se concretize.“Vários artistas da cidade já nos procuraram para saber como podem participar, e ter apoio das pessoas que espalham cultura na cidade é gratificante”,comemora Akira.
O evento será realizado na Esplanada dos Ministérios e contará com diversas atrações como festival de pipas, balonismo, cata-ventos, gastronomia, oficinas e claro, muita música ao pôr do sol com participação de artistas locais, valorizando assim, os talentos da capital, além do belo céu brasilense.
A intenção dos organizadores é que a primeira edição seja um passo para criar uma tendência e tradição na capital brasileira, colocando o Festival Céu de Brasília no calendário cultural da cidade.
As crianças − e os adultos que terão a oportunidade de voltar a serem crianças por um dia − terão oficinas para criarem suas próprias pipas e cata-ventos, ajudando a embelezar ainda mais o céu da cidade, construindo um cenário lúdico e colorido.
Empresários que tenham interesse em se tornar patrocinadores entrem em contato com os organizadores por meio do e-mail: akira@rodoferro. com.br ou pelo telefone (61) 8232 7667. E aos que anseiam por ver o colorido se misturar ao intenso azul do nosso céu acesse:
Segundo o produtor executivo do projeto, Akira Martins, o evento pretende unir as pessoas para um momento de lazer em um local acessível, além de dar mais visibilidade à cultura da cidade. “O festival antes de tudo é um homenagem ao nosso maior orgulho, nosso maior bem. É também uma celebração da vida, das famílias e do convívio harmonioso dos brasilienses”, afirma.
www.festivalceudebrasilia.com.br facebook.com/festivalceudebrasilia
A intenção é realizar um evento gratuito para toda a população do Distrito Federal e arredores, onde
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GALERIA
GALERIA Carlos Eduardo Jr.
Especial amor Fotógrafos da Di Rolê dão seus depoimentos especiais sobre as mais variadas formas de amor. Kátya Volpato
“A ciência pode explicar tudo, mas o amor não tem massa, volume ou metragem. O amor se exemplifica com poesia. Ele é o agora, passado e futuro, são interações sem palavras” Carlos Eduardo Jr.
“O ve r d a d e i r o amor não espera nada em troca. Ele cuida, protege, alimenta, aquece... Se alegra com a simples oportunidade de poder dar o seu melhor” Kátya Volpato
Renan Aires
“ Amor de mãe não tem igual, é singelo e único!”
“Amor e respeito ao próximo, independente da situação” Ítalo Amorim
Renan Aires
Pedro Magalhães
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“Superarar dificuldades está bem longe de ser fácil. O amor por outro lado pode acalentar os mais tensos momentos”
“Amor é uma palavra forte que reflete mil sentimentos e o encontro de vidas e almas. Seu Cícero e Dona Carminha sabiam o significado dela. Foram 50 anos construindo uma história. Ela se foi, mas ele ainda guarda o carinho pela pessoa que o ensinou a ter amor pela vida, pelos filhos e netos e, sobretudo, que amar está nos pequenos gestos”
Pedro Magalhães
Karyne Graziane
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Karyne Graziane
Ítalo Amorim
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NA BALADA
Lyanna Soares
NA BALADA Segundo o dono do “Amsterdam”, Sérgio Pedrosa, o local existe há cerca de um ano e meio e nesse período, vários artistas da cidade e também de fora já se apresentaram por lá. “Já tocaram bandas da cidade como Rocan, Dona Cislene, Etno, Galinha Preta, DFC, Filhos de Mengele, Dinamites, entre outras. Também passaram pelo Amsterdam artistas de fora que são conhecidos do público, como Supla, Deadfish e Fresno”, explicou.
Um pouco de Amsterdam no quadradinho Por Bernardo Torelly
Casa noturna na Asa Norte traz a capital holandesa como tema e revela artistas locais
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rasília sempre foi conhecida nacionalmente pela política. Entretanto, a capital federal tem um lado diferente. Principalmente nos anos 80, a cidade ganhou destaque por revelar bandas que vieram a ganhar fama no cenário nacional. Ainda nos
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Apesar de o rock ser a preferência, diversos estilos musicais tem seu lugar na casa. “Trabalhamos também com Dub, Reggae, Funk, Trap, Trance e Eletrônico e por aí vai. A única exigência é ser boa música”, ressalta Sérgio. Para ele, é importante as casas de shows de Brasília abrirem suas por tas para músicos locais e novatos. “Acho um dever estas casas abrirem espaço para as bandas que estão começando, pois somente assim teremos uma cena musical de qualidade.” Faltam espaços em Brasília para os conjuntos se apresentarem. Esta é a opinião de Pedro Negrão, integrante da banda Rocan, que desde
2008 faz composições próprias. “Ao invés de abrir mais espaços assim, os que já existem estão se fechando cada dia mais. O público de Brasília dá mais valor para bandas cover do que as autorais. Lugares como o Amsterdam são raros. É uma casa que tem espaço para todas as vertentes de som e que abre as portas em finais de semanas para bandas autorais”. Mesmo com as dificuldades, o cenário atual das bandas autorais da cidade está em crescimento. “Várias bandas novas estão surgindo, e algumas fazendo eventos por conta própria para mostrar o trabalho. Por exemplo, no dia 30 de abril aconteceu o dia da ‘Demo Tape’, quando várias bandas se juntaram e com isso movimentaram a cena da cidade, sem esperar por grandes festivais e apoio do governo”, opinou Pedro. Para o músico Bruno Alpino, do grupo Dona Cislene − existente há quatro anos −, a cidade tem uma boa capacidade para revelar novas bandas, “Eu vejo Brasília como um grande berço de artistas com personalidade e identidade, coisa que não observei em outros Esta-
dos, que são mais suscetíveis a ‘modinhas’. Aqui cada banda nasce com um propósito e com um som particular”, ressaltou. Apesar desta veia artística dos brasilienses, ainda faltam espaços para os músicos se apresentarem. “As casas de shows são essenciais para a cena do rock candango, pela facilidade de mostrar o som e pela dificuldade de encontrar outros espaços. Existem novas e boas bandas que surgem semanalmente e que procuram lugar para tocar. Quanto mais lugares que possam dar oportunidade a estas bandas, melhor para a música e cultura brasiliense”, explicou O frequentador do Amsterdam, Rafael Senda, ressaltou este lado do local de dar chance a bandas regionais e autorais e que ainda não são conhecidas do público. “Lugares como este são importantes para divulgar o trabalho de músicos do DF. A cena musical da cidade tem que estar sempre em movimento e são estes espaços, fora dos grandes eventos, que permitem as bandas mostrarem o que sabem fazer e quem sabe, se tornarem conhecidas”, concluiu.
dias de hoje, alguns espaços contribuem para continuar esta tradição de revelar novos talentos. Um deles é o Amsterdam Street, na 211 norte. A temática do lugar faz alusão à cidade holandesa, porém o som feito é bem brasiliense.
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PALAVRAS AO VENTO
Guarde para sempre seus melhores momentos
Ainda sobre o amor...
Ensaio
Gestante
Sem fórmulas Esgotado o estoque de palavras de amor chega de versos chega de rima de toda aquela pureza da matéria-prima, vidas se fundiram além da química sem leis da física dois átomos um elemento ocupando ao mesmo tempo o mesmo espaço.
Do que é puro O amor fala, Com olhos de mãe Suspiros frouxos O amor cala, Escuta, faz silêncio. Ele transforma, E sim, o amor sofre É forte se ergue, reergue E se preenche de energias novas.
Ensaio
Família
Bianca Bruneto Ensaio
Família
Ensaio
Gestante
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Ensaio
Gestante
9287.1634
contato@katyavolpato.com.br www.katyavolpato.com.br 24
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