Revista Di Rolê 14ª Edição

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Revista

Brasília, Nov | Dez. 2015

Ano II Ed.14

Equilibrando

sonhos

Skatista brasiliense vence obstáculos e é referência de sucesso no esporte


Ministério da Cultura apresenta Banco do Brasil apresenta e patrocina

DEITEI PARA REPOUSAR E ELE MEXEU COMIGO Pinturas de FÁBIO BAROLI

Até 21 de dezembro, no Centro Cultural Banco do Brasil – Brasília Nos termos da Portaria 3.083, de 25.09.2013, do Ministério da Justiça, informamos que a Licença de Funcionamento deste CCBB tem número 00340/2011, com prazo de validade indeterminado.


Realização


EDITORIAL

Esta última edição de 2015 traz na capa um ídolo do skate nacional e internacional, Felipe Gustavo, com uma história de lutas, derrotas e conquistas. Incentivo aos aspirantes de qualquer esporte, esta história suscitou emoções que nos levaram a revelar nesta edição especial de fim de ano, um jovem profissional talentoso e determinado. Empreendedorismo social também é pauta desta última edição, com um exemplo digno de uma profissional sonhadora, dona de uma escola de dança em Brasília. Conheça a história de Noara Beltrami e seu projeto social junto a alunos carentes da cidade. Em nossa editoria Coluna ECO, fontes sustentáveis de energia têm sido um dos principais temas abordados. No Brasil e no mundo esta é uma pauta de discussão e preocupação entre governos e população. Neste sentido, uma ONG desenvolve métodos lúdicos de conscientizar as pessoas sobre a importância da energia solar. Leia na matéria sobre este projeto idealizado pelo Greenpeace. A equipe Di Rolê agradece àqueles que acompanharam o trabalho dedicado que desenvolvemos em 2015 e deseja à você, leitor, um belo final de ano e um feliz ano novo. Até 2016!

JÚLIA DALÓIA Diretora Executiva Revista Di Rolê

Espaço do leitor

EXPEDIENTE Jornalistas: Bianca Bruneto, Bianca Ramos, Giulia Roriz, Kirk Moreno, Juliana Mendes, Mariana Dâmaso, Ludmilla Brandão, Priscilla Teles e Thalyne Carneiro. Fotografia: Carlos Eduardo Jr. e Ítalo Amorim Projeto Gráfico e Diagramação: Gueldon Brito Diretora Executiva: Júlia Dalóia

Expresse sua opinião, sugestão ou comentário acerca das matérias abordadas nesta edição. Envie sua sugestão de pauta para o email: revistadirole@gmail.com /revistadirole @revistadirole www.arevistadirole.com.br


Um toque de tempero em um mundo de palavras

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Viajar: melhor investimento em tempos de crise Campeão do Lago Paranoá

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Solarize-se já!

Prática do mergulho tem se tornado comum em Brasília

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Projeto sustentável permite a produção de agricultura e hidroponia dentro de casa

Foi tudo um sonho

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Escola de dança de Brasília oferece bolsas para meninos e meninas carentes Dor, de ser

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Eu vi

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Sumário

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Nova forma saudável de consumir açaí conquista Brasília


Quero comer

Nova forma saudável de consumir açaí conquista Brasília O Cilindro Açaí foi criado por um brasiliense que conseguiu embalar um produto saudável para o consumo prático dos clientes Por Kirk Moreno

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Quero comer

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roduto 100% natural, com embalagem prática e de fácil armazenamento, a marca Cilindro Açaí está conquistando cada vez mais o público do Distrito Federal. Há seis anos no mercado, a invenção diferencia-se por ser prática e saudável, já que contém menos açúcar e mais fruta, em relação a outras marcas vendidas no mercado. A ideia de armazenar o açaí com textura cremosa dentro de uma embalagem do tradicional “dim-dim” foi do brasiliense Igor Fonseca, 29 anos. Tudo começou em 2009, quando o empresário largou a graduação em Educação Física para se dedicar ao curso técnico de Processos Gerenciais de Empresas. Daquele tempo até hoje o empreendedor nato arriscou-se em negócios como produção de festa e até venda de biquíni. Com o passar do tempo, o jovem chegou na área de produtos saudáveis, batendo de porta em porta para vender salada

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de frutas. Porém, foi no açaí a sua melhor aposta. “Deu certo logo de cara. Fui levando pequenas porções para campeonatos de jiu-jitsu, futevôlei e os clientes sempre elogiavam com feedbacks positivos e de incentivo. A partir daí eu me capacitei cada vez mais lendo livros, participando de cursos no Sebrae, e fui tomando gosto pela área. Aí decidi que o açaí seria o meu principal negócio”, revela Igor. Devidamente capacitado, o primeiro passo para criar a empresa foi a definição da missão. “Queremos incentivar a população a adicionar o açaí na sua alimentação diária de forma prática e saudável. Nosso produto é 100% natural e entregamos em domicilio, com formas exclusivas de relacionamento junto aos clientes”, conta o empresário. Com a empresa crescendo e sempre mantendo a qualidade, a primeira loja foi inau-

gurada em 2012 na cidade. Atualmente, são mais de 35 revendedores do produto pelo DF, além de cinco parceiros com freezer da marca em seus estabelecimentos e que também ajudam na distribuição dos produtos. A última novidade da marca é a “pack”, caixa com doze unidades para quem pretende estocar e criar várias receitas para consumo próprio, além de oferecer para visita, família e amigos. Para 2016, a empresa pretende lançar um segundo produto, que é o Cilindro Açaí sem adição de açúcar. Já para um futuro próximo, a ideia é expandir a venda do produto para outros Estados e até à exportação. Se ainda não conhece o Cilindro Açaí, a loja fica no sudoeste (CLSW 104, bloco B, loja 67, subsolo), aberta das 09h às 18h. Também é possível solicitar o serviço de entrega, por meio do telefone (61) 8460-6619.

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Literatura

Um toque de tempero em um mundo de palavras O amor pela gastronomia e o gosto por bons livros reĂşne jovens em um clube do livro inspirador Por Giulia Roriz

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Literatura

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prazer de ler é algo incomparável para muitos. Compartilhar desse prazer com pessoas que também têm o mesmo gosto é ainda melhor, de acordo com um grupo de jovens de Brasília. Pensando nesta ideia, a nutricionista Maína Pereira teve a iniciativa de criar um clube do livro, em que os temas são centrados em um gosto comum: a culinária! A ideia surgiu durante a faculdade, mas ficou “guardada na gaveta” por muito tempo e, em 2012, foi colocada em prática. “O grupo surgiu pra discutir sobre alimentação e os dilemas que as pessoas enfrentam na vida moderna. No grupo nós podemos discutir com outras pessoas sobre estes e outros assuntos relacionados à gastronomia em seus diversos aspectos”, comenta a idealizadora do projeto.

Os participantes utilizam livros literários com a temática alimentar, mas que não são, necessariamente, livros técnicos de nutrição, por exemplo. “A gente tenta enxergar a alimentação não como um aspecto biológico apenas, mas como algo social também”, explica Maína.A escolha dos livros deve ser unânime, em que qualquer participante pode dar sugestões. “O diferencial do grupo é que a gente procura mesclar a alimentação em toda a sua complexidade, como um conto, a questão do afeto, a questão política, e etc...”, cita Rafael Rioja, membro do grupo. As reuniões acontecem normalmente no Sebinho da 406 Norte e são marcadas via WhatsApp. Para participar, basta entrar em contato com os organizadores pela fanpage no Facebook e demonstrar inte-

resse, já que o grupo é aberto a qualquer um que queira aprender e compartilhar conhecimentos. Apesar de parecer ser específico, o público abrange desde nutricionistas e estudantes da área, até chefs de cozinha, jornalistas e donas de casa. “O grupo é completamente aberto pra qualquer um que se interesse. É legal ter esse outro olhar de pessoas que não estudaram nutrição”, explica Rafael. E o projeto não ficou apenas em Brasília. Por meio de um dos membros, a iniciativa chegou até Belém do Pará e, via facebook, todas as reuniões são documentadas com registros fotográficos e textos. Para descobrir um pouco mais desse mundo fantástico da leitura colaborativa acesse: https:// www.facebook.com/temperodepalavras .

Carlos Eduardo Jr.

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Próxima parada

Viajar: melhor investimento em tempos de crise Mesmo com a instabilidade do dólar é possível desbravar destinos nacionais e internacionais Por Kirk Moreno

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m tempos de crise financeira no país é comum ficar em dúvida se realizar aquela viagem tão desejada é realmente a melhor opção no momento. Como a previsão monetária é de incertezas para 2016, a Di Rolê consultou alguns especialistas e reuniu aqui algumas dicas para você economizar e não deixar para 2017 a viagem que pode ser feita em 2016. Se a situação estiver realmente apertada, existem locais próximos à capital federal

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com preços baixos, ideais para aproveitar as férias e contemplar a natureza. Duas boas opções, por exemplo, são Pirenópolis (130 km de Brasília) e a Chapada dos Veadeiros (250 km). Para aqueles que já conhecem estes famosos locais ao redor de Brasília e querem desbravar outros lugares, que tal começar a pensar em locais alternativos Brasil a dentro? Ao invés de praias famosas, outra alternativa é aproveitar o sol no Espírito Santo - lito-

ral mais próximo de Brasília -, como em Iriri ou Torres, ou ainda em praias menores do Nordeste. “A alimentação nesses locais é barata. O que sai um pouco do orçamento são passeios turísticos, mas mesmo assim são preços amigáveis para quem está acostumado a morar em cidades com custo de vida elevado, como Brasília”, conta Amanda Santiago, editora de conteúdo do site Quanto Custa Viajar.

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Próxima parada Com o dólar em alta, as opções Brasil afora fica restrita, mas não impossível. Segundo o Quanto Vai Custar, gastam-se cerca de R$62 por dia viajando para algumas cidades da Colômbia, como Medellin e Bogotá. Já em Portugal o valor aproximado chega a R$ 211/ dia, tornando-se um destino barato na Europa, assim como a Cracóvia e Bucareste, por exemplo, que ficam no leste europeu. Outro destino econômico é a Tailândia, na Ásia, que tem sua moeda desvalorizada em relação ao real, em que R$1 equivale aproximadamente 9 baht, moeda do país. O problema encontrado é o preço da passagem, que pode chegar a mais de R$4 mil, dependendo da época do ano.

Priscila Teles, jornalista da Di Rolê, tem experiência nesta busca por passagem ao país asiático e a procura por preços baixos em sites especializados, como o Skyscanner e Melhores Destinos, era feita pelo menos três vezes ao dia desde janeiro de 2015. Além da antecedência e disponibilidade de tempo foi preciso optar pelo stopover, um tipo de conexão voluntária no meio do caminho para conseguir economizar até a metade do preço na hora da compra dos bilhetes aéreos. “Na data em que eu fechei a passagem, em abril de 2015, o dólar teve uma queda. A cotação do dólar é importante de se levar em consideração an-

1. Escolher períodos de baixa temporada é a melhor opção para quem está com o orçamento reduzido; 2. Comprar as passagens com alguns meses de antecedência e optar pelo stopover podem ajudar a baratear o valor final dos seus bilhetes; 3. Albergues e hostels, ou até um apartamento privado podem sair mais barato no seu orçamento, mas nossa principal dica de economia é o couch surfing (sistema de hospedagem na casa de pessoas que disponibilizam espaços e os anunciam em sites); 4. Fazer seu próprio roteiro de passeios saem sempre mais em conta que ônibus

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tes da compra. Eu vou e volto por Abu Dhabi (Emirados Árabes), só que no retorno farei o stopover. Mas nem sempre fazer a conexão de mais tempo em uma cidade é a melhor opção para se economizar. Nesse caso, a passagem estava cerca de R$5.550 e consegui comprar por menos R$3 mil”, ressalta Teles, que no roteiro de um mês de viagem vai fazer trabalho voluntário com elefantes, além de conhecer também o Camboja e o Vietnã. Mesmo com a atual situação econômica do País e a crescente alta do dólar, a Di Rolê dá algumas dicas que te ajudarão a economizar, afinal, o mais importante é conhecer o mundo, desbravar e viajar.

ou passeios turísticos organizados por empresas; 5. Pesquisar os dias em que as atrações turísticas saem de graça, como museus por exemplo, é uma boa opção para economizar uma graninha; 6. Pesquisar passeios pela internet é na maioria das vezes a melhor opção, uma vez que a maioria dos sites oferece descontos para compras on-line; 7. Levar um kit viagem é fundamental para evitar gastos desnecessárias que poderão sair caro no seu orçamento, como remédios, itens de higiene pessoal, etc.

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esporte

Campeão do Lago Paranoá Classificado na 10º posição do River Sup Games, brasiliense se prepara para a próxima competição em novembro Por Thalyne Carneiro

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esporte

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brasiliense Rafael Maia pôde comemorar mais uma vez ao voltar para casa. Em agosto, o também instrutor da modalidade, participou do 2° River Sup Games, campeonato de Stand Up Paddle que aconteceu em Foz do Iguaçu, no Paraná. Tendo a hidrelétrica como paisagem, Rafael disputou a modalidade de Race Sprint Olímpico e se classificou em 10º lugar. O próximo desafio será em Florianópolis, na terceira edição da Battle of the Paddle, nos dias 18 a 22 de novembro.

“As competições são em todo tipo de água; mar, ondulação, tem até um modelo de rafting, que é descendo pelo meio das correntezas, no meio das pedras”, explica. “No começo eu sentia muita dificuldade, por morar em Brasília e aqui não ter onda. Hoje em dia já não sinto tanta dificuldade igual à antes. A gente consegue simular bastantes situações de mar com a ajuda da lancha e treinando em tempestades. Para trabalhar esse lado do surfe, do movimento de ondulação e do vento.”.

O Stand Up Paddle ou Sup é um esporte individual praticado em cima de uma prancha, onde o atleta fica em pé enquanto rema. Pode ser praticado em rios, no mar ou, como no caso de Brasília, em lagos. O Rafael pratica a atividade há cinco anos, competindo nos diferentes ambientes propícios ao esporte.

Essa não é a primeira boa classificação do atleta. Neste ano o Rafael foi o campeão brasiliense da modalidade e em 2013, ele alcançou a segunda posição na pontuação final do Ranking Nacional de longa distância e de Sprint, que são os pontos acumulados com os resultados das competições do ano todo.

Segundo ele, só houve uma competição em que não se saiu bem e foi obrigado a desistir. “Teve uma prova em que eu passei muito mal, o ‘Rei de Búzios’. As condições eram muito difíceis, tinha muita ondulação, eu caía muito, estava com um equipamento que eu não tinha me adaptado ainda. Acabei abandonando a prova, cheguei a vomitar várias vezes“, conta. Para quem tem vontade de competir também, o Rafael, que também é professor, avisa: “Precisa de um bom auxiliar, uma pessoa experiente que já competiu muito e muito treinamento.“ Além disso, também é preciso um equipamento mais específico, diferente daqueles que se aluga em vários clubes de Brasília. ”As pranchas profissionais são bem diferentes. Elas são maiores, mais estreitas e mais leves“, explica.

fotos

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Ítalo Amorim

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Coluna eco

Projeto sustentável permite a produção de agricultura e hidroponia dentro de casa Estas serão as alternativas do futuro para espaços urbanos reduzidos Por Mariana Dâmaso

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quaponia é um sistema integrado de cultivo de peixes e plantas, a partir de um sistema compacto de água circulante. Essa tecnologia teve início entre os séculos XI e XII com os astecas, que viviam às margens do rio Tenochtitlan e criaram uma ilha flutuante para recolher arbustos, galhos e fibras. Os egípcios e chineses também cultivavam peixes cavando lagos e recolhendo frutos para seu próprio proveito. O objetivo da criação do projeto, atualmente, é a redução de gastos com a agricultura, diminuição de produtos químicos, reaproveitamento de água e possibilidade de produzir alimentos frescos independente da estação, garantindo assim uma alimentação viva e saudável para todos. A verticalidade do design permite que adeptos cultivem

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quaisquer hortaliças convencionais, legumes, temperos, ervas medicinais, etc. E m S ã o Pa u l o, a aquaponia além de ser um projeto sustentável é também usada como ferramenta educativa em salas de aulas, promovendo integração entre os alunos, trabalho em equipe e ensinamento prático das matérias de Biologia, Química e Física. Entenda como o projeto funciona Esta tecnologia é livre de pesticidas e fertilizantes químicos, utiliza até 90% menos água que a agricultura convencional e outros recursos naturais, sendo uma excelente solução para ambientes urbanos como casas e prédios.

Uma bomba silenciosa de aquário recircula a água enquanto bactérias naturais são responsáveis por converter os resíduos dos peixes em alimentos para as plantas. Os peixes disponibilizam 10 dos 13 nutrientes essenciais para as plantas. Para produzir esse material em casa é necessário um local que fique exposto a mais ou

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Coluna Eco menos 4 horas de luz solar, energia elétrica e fonte de água potável. Entre os itens de manutenção estão a bomba de aquário, comida para os peixes e canos que interligam a caixa de hortaliças com a do peixe. É possível utilizar a aquaponia de dois jeitos diferentes: com hidroponia e agricultura ornamental – apenas para decoração do ambiente – ou como fonte de alimento, onde os peixes e hortaliças serão produzidos para consumo próprio. Países como a Austrália e os Estados Unidos já adotaram esse sistema, mas o Brasil não está tão longe de se

tornar mais um adepto de questões sustentáveis. Em São Paulo é possível encontrar lugares e pessoas que adotaram uma forma mais saudável de se alimentar. Um exemplo é o empresário André Figueira, que adotou a aquaponia por ser um projeto possível de se realizar em ambientes pequenos, como casas e para mostrar à sua filha, que se tornou vegetariana, que é possível produzir seu alimento em casa e de forma saudável. “Adotei por ser pequeno e caber em ambientes menores, como a minha casa, e por ser livre de produtos químicos,” ressalta.

A aposentada Maria Aparecida também adotou a medida para melhorar a alimentação. “Quando comemos fora não sabemos como se dá a produção daquele alimento e, ao produzi-lo em casa, temos a certeza que é saudável e livre de toxinas.” Para conhecer mais sobre o tema e/ou produção e se tornar um adepto ao projeto são disponibilizados on-line cursos, palestras e fóruns para debater um tema que não é atual, mas que ainda vai render muitos frutos positivos. Informe-se e seja “ECO” você também: www.aquaponiaurbana.com.br .

Sistema de Aquaponia

Hortaliças Diversas 100% Orgânicas

Cama de Cultivo Tanque dos Peixes Bomba de circulação da água

Bomba de Oxigenação

Proteína Animal 100% Saudável

Ciclo de água Ciclo de nutrientes Ciclo do nitrogênio Associação Aliança Luz www.aliancaluz.org

Os peixes são alimentados e geram amônia em seus resíduos. Muita amônia é tóxica, mas no sistema ela é transformada em alimento para as plantas. As bactérias estão presentes na cama de cultivo e no tanque dos peixes. Há dois grupos de bactérias, os quais transformam a amônia em nitrito e depois em nitrato, que alimenta as plantas. As plantas recebem o nitrato, transformando-o em alimento e nutrientes. Plantas e peixes podem ser consumidos, gerando segurança alimentar, renda e saúde.

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Capa

Foi tudo um sonho Das ruas do Guará para a Califórnia, somando prêmios, experiências e realizando sonhos. Essa é a história de um jovem skatista brasiliense Por Juliana Mendes

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elipe Gustavo começou sua infância como a maioria das crianças brasileiras, jogando futebol. E foi nas ruas do Guará I, no Distrito Federal, que o pequeno brasiliense, então com sete anos,

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jogava bola e começava a se apaixonar pelo esporte. Não, não pelo futebol, mas por um esporte mais radical. Influenciado pelo irmão mais velho, Felipe Gustavo co-

meçou a andar de skate e cresceu alimentando um sonho: ser skatista profissional. Sonho difícil, “casca”, como diz na sua gíria, em um país que valoriza tanto a bola, mas pouca atenção dá

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Capa a outras modalidades. Mesmo com pouco patrocínio e sempre apoiado pela família começou a participar de campeonatos locais e nacionais. Ganhar vários campeonatos no Brasil aumentou suas aspirações e ele queria mais. Em 2006 viu seu sonho mais perto de se tornar realidade. Ganhou uma competição cuja a premiação era a chance de participar de um dos maiores campeonatos de skate do mundo, que acontecia na cidade de Tampa, no Estado norte-americano da Flórida. A vitória na competição veio seguida da decepção, a passagem para os Estados Unidos nunca apareceu. Mas um pai que conhece o coração do filho jamais deixaria seu sonho morrer. O pai do jovem, agora no auge dos seus 15 anos, vendeu o carro da família e rumou com ele para os Estados Unidos. Com a ajuda da família, o jovem sonhador foi com a cara e a coragem e encarou o desafio. Com um vocabulário repleto de gírias típicas dos skatistas, Felipe Gustavo, mais conhecido entre a galera como Buchecha, conta que sua experiência fora de seu país começou com altos e baixos. “Sem falar inglês tive muitas dificuldades quando cheguei lá. Eles não queriam me deixar participar e tudo mais. Com muita persistência finalmente me deixaram participar. Um fim de semana longo e muito abençoado. Acabei

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sendo campeão mundial do evento e sendo o primeiro brasileiro a vencer a competição”, relembra.

los melhores do mundo, como Dan Way, PJ Ladd, Colin McKay, Ryan Sheckler, Torey Pudwill e Pat Duffy.

A primeira aventura vivida pelo jovem brasiliense trouxe experiência e mais vontade de ir além. A partir daí as portas se abriram, vieram os patrocínios e ele começou literalmente a viajar em seu sonho. Mesmo sendo brasileiro e brasiliense de coração, sabia que seu país não dá muita oportunidade para quem não quer ser jogador de futebol.

Apesar das dificuldades vividas no início em um país desconhecido, o jovem brasiliense não desistiu e alcançou seu sonho, sem esquecer suas origens. “Acredito que no início, inglês e a cultura americana foram as coisas difíceis de lidar. Na realidade já acostumei. Mas minha família sempre vai ser a minha base”, afirma.

Em 2007, mudou-se então para o berço do skatismo, a Califórnia, e foi viver o que diz o trecho da música de Lulu Santos, “Eu dou a volta, pulo o muro. Mergulho no escuro. ‘Sarto’ de banda. Na minha vida ninguém manda não. Eu vou além desse sonho. Garota, eu vou pra Califórnia”.

A Plan B divulgou um vídeo de boas vindas ao novo integrante do seleto grupo, cujo nome expressa a trajetória do jovem skatista, “It was all a dream”, que em português significa “Foi tudo um sonho”. Sonho este que ele buscou com coragem e perseverança até alcançar. E hoje dá um conselho aos aspirantes a profissional que, apesar de ser dirigido aos apaixonados por skate, serve para qualquer pessoa que tem um objetivo a alcançar. “Ande de skate por amor e siga o seu sonho!”.

Foi campeão da Mallof Money Cup 2009 e 2010. Em 2013 venceu uma competição online promovida pelo site The Berrics, a Run & Gun. Foi vicecampeão no Kimberley Diamond Cup, na África do Sul. E esse ano foi medalha de ouro na 9ª edição do Kia World Extreme Games, em Shangai, na China. Essas são apenas algumas das premiações que coleciona. Ainda em 2013 foi oficializado como atleta profissional de uma das maiores marcas do mercado de skate, a Plan B. Passou a fazer parte de um time de estrelas integrado pe-

Hoje, com 24 anos, o jovem brasiliense, sonhador e dono de manobras radicais de alto nível como o 360º Flip mais bonito do mundo, soma prêmios, experiências e reconhecimento. É possível encontrar vários vídeos com suas belas manobras na internet. E vê, todos os dias, seu sonho se tornando realidade. Afinal, o sonho continua e ele tem uma vida pela frente.

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Coluna eco

Solarize-se já! ONG desenvolve jogo para conscientizar população sobre a importância da energia solar Por Priscilla Teles

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Greenpeace Suíça desenvolveu há três anos um jogo com o intuito de mapear a região e conscientizar a população sobre os benefícios do uso de placas fotovoltaicas para captação de energia solar. Desde 2014 o Greenpeace Brasil trouxe para nossa rea-

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lidade essa ferramenta que, além de abordar de forma lúdica as informações sobre o processo, também vem como meio de pressionar o Governo Brasileiro a expandir as possibilidades de acesso da população às ferramentas para geração de energia limpa.

O Solariza é uma plataforma on-line que, conectada ao Google Maps permite que qualquer brasileiro encontre seu telhado e assim descubra o potencial de sua residência para gerar energia solar. Além desse primeiro pontapé, a plataforma também indica

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Coluna Eco o valor que poderá ser gasto para instalação do sistema e a economia que seria sentida na conta de luz. “Nós esperamos que o Solariza ajude a conscientizar as pessoas para as vantagens da energia solar. Também queremos demonstrar, tanto para os cidadãos quanto para os nossos parlamentares, o potencial do país para essa fonte de energia e a importância que ela pode ter na nossa matriz elétrica, se tiver mais incentivo do Governo”, afirma Bárbara Rubim, Coordenadora da Campanha de Energias Renováveis do Greenpeace Brasil. Atualmente a produção de energia elétrica no País baseia-se no modelo de grandes usinas (em sua maioria hidrelétricas), sempre situadas fora do raio da concentração dos consumidores. Isso acarreta, além de gastos adicionais para distribuição, a perda de energia e impactos am-

bientais e sociais. Em contrapartida a energia solar, dita limpa, é produzida no local de consumo – nas próprias residências –, o que não ocasiona perdas e interferências à natureza como o modelo adotado no Brasil. Em abril de 2015 o Greenpeace Brasil ofereceu como presente à Presidente Dilma Rousseff a instalação de placas fotovoltaicas no Palácio do Planalto. Logo após o contive houve a queda do ICMS - imposto que incide sobre a geração de eletricidade para todos os brasileiros – e a liberação em alguns Estados

de que o cidadão gere sua própria energia. Porém, ainda são esperados incentivos do Governo para popularização do uso das placas fotovoltaicas.“A energia solar não é uma possibilidade para o futuro, é uma realidade presente. A única coisa que impede o Brasil de ser uma potência no aproveitamento dessa fonte é a falta de vontade política do Governo Federal”, conclui Bárbara. Saiba mais Atualmente o Brasil possui um pequeno consumo de energia solar – por volta de 0,01% da matriz elétrica –, o que nos deixa fora de qualquer ranking estabelecido pelas agências internacionais de energia. Que tal mudarmos isso? O Greenpeace comprometeu-se, por meio do Solariza, a abrir uma chamada pública, após alcançar 4,2 milhões de casas solarizadas no jogo, para que entidades beneficentes cadastradas, interessadas em ter seus telhados solarizados, concorressem à instalação gratuita do sistema. Acesse www.solariza.org.br e comece a jogar!

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esporte

Prática do mergulho tem se tornado comum em Brasília O Lago Paranoá proporciona diversas opções de lazer e esporte, mas a prática do mergulho tem sido um dos principais atrativos Por Priscilla Teles

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omingo, 8h30 da manhã e aproximadamente 34ºC em Brasília. No caminho para a barragem do Lago Paranoá a sensação de não saber o que esperar da primeira experiência com mergulho tomou conta da equipe Di Rolê que seguia para fazer esta

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reportagem. Mas seguimos em frente e o resultado foi uma experiência um tanto inusitada e interessante. Praticado desde o início dos tempos, com registros anteriores a 1.000 anos a.C., o mergulho ganha adeptos de

todas as idades e estilos ao redor do mundo. Basicamente existem duas formas de praticar o esporte, que são o ‘livre’ e o ‘autônomo’. O mergulho livre é aquele em que não se utilizam aparelhos de respiração, e que se divide em duas modalidades, o mergu-

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esporte

lho em apnéia – em que não é utilizado nenhum aparelho ou aparato para respirar, apenas submerge com o ar dos pulmões -, e o snorkeling – que pode ser praticado por qualquer pessoa e é a forma mais fácil de se ter um primeiro contato com o esporte, e necessita apenas de um par de nadadeiras, uma máscara e um snorkel. Já o mergulho autônomo utiliza aparelhos de respiração subaquáticos. A modalidade recreativa consiste em efetuar submersões equipado com um “Scuba” (Self-Cotained Underwater Breathing Aparattus), composto por um cilindro reservatório com uma combinação para respiração, um regulador de pressão do ar, um profundímetro (medidor de profundidade), um manômetro (medidor de pressão) e um colete equilibrador.

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É importante lembrar que o esporte de aventura ao mesmo tempo que desbrava belezas naturais, também requer cuidado e atenção. A atividade nunca deverá ser praticada por um indivíduo sozinho, deve haver sempre uma boia ou estrutura que flutue para descanso ou emergência, e é importante respeitar seus limites, verificar sempre o equipamento antes da saída, entre outros cuidados. A equipe da Di Rolê teve a oportunidade de realizar um

Que tal dar um mergulho? Saiba mais e tenha sua primeira experiência com a prática do mergulho!

batismo no Lago Paranoá com instrutores profissionais da Scubadu. Silei Lemos, divemaster desde 2001 e proprietário da escola de mergulho, explica que a prática oferece aos participantes uma incrível sensação de liberdade. “Sempre tive o meu trabalho e praticava o mergulho como hobby. Me aposentei e resolvi entrar de cabeça no esporte comprando a escola e passando meu conhecimento a pessoas de todas as idades e instruindo que o mundo submerso também deve ser apreciado e respeitado. Sempre em parceria com o Corpo de Bombeiros, participamos da limpeza do lago, que infelizmente acaba acumulando muito lixo pela falta de educação das pessoas que o utilizam”, relata. A escola conta com uma lista de certificações de peso, podendo o aluno tirar a certificação pelo PADI - maior organização de treinamento no mercado mundial -, SSI, SDI, TDI, ERDI (exclusiva para treinamento de segurança pública), DAN (exclusiva para socorristas de mergulho) e EFR.

Scuba Diving Unlimites Scubadu Tel.: (61) 3244 5448

(61) 8122 7575 Email: mergulho@scubadu.com.br Dia do mergulho: domingo

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Empreendedorismo Social

Escola de dança de Brasília oferece bolsas para meninos e meninas carentes Ao todo, 50 bolsas integrais e parciais por ano e por tempo indeterminado serão doadas para as modalidades Balé Clássico, Dança Contemporânea e Hip Hop Por Ludmilla Brandão

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o m 1 1 a n o s d e ex p e riência e muitas premiações no currículo, a Escola de Dança Noara Beltrami viu o desperdício de talentos na Capital do País pela falta de opor tunidades. Foi então que a Diretora da Companhia de Dança e bailarina profissional, Noara Beltrami, teve a ideia de oferecer bolsas para

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jovens talentos de 12 a 17 anos. O projeto visa oferecer uma formação além da dança para os alunos. “Por meio do que aprendem aqui, os jovens podem exercer a profissão de professores de dança, ensaiadores, assistentes de direção em eventos artísticos, entre outras funções”, afirma a bailarina.

Sob direção e coreografia de Beltrami, o Grupo Rota Brasil - do qual os alunos bolsistas participam - já ganhou vários prêmios, como o 2º Lugar no Festival Internacional de Joinville/SC, 1º Lugar no Festival Internacional de Hip Hop, em Curitiba/PR, e no Meeting de Hip Hop, em Valinhos/SP, todos em 2011. Noa-

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Empreendedorismo Social

ra Beltrami conversou com a Di Rolê e contou um pouco mais sobre o projeto. Di Rolê // Como surgiu a ideia de oferecer bolsas de dança a jovens carentes? Noara Beltrami // Temos muitos talentos em nossa cidade, porém alguns batiam em minha porta e não tinham condições financeiras de manter os custos de um curso de dança. Além da mensalidade, temos que adquirir figurinos e sapatilhas e outros adereços para aulas e apresentações. Precisamos de recursos para locomoção, já que os ensaios acontecem todos os dias, enfim, um estudo caro. Devido a isso resolvi estipular 50 bolsas por ano na escola para casos como estes. Di Rolê // Qual o principal ganho que estes alunos têm na vida profissional e pessoal?

Noara Beltrami // Por meio do que aprendem

aqui podem exercer uma profissão na área e a participação em espetáculos locais e nacionais abre o leque de oportunidades de contratação, assim como bolsas de estudos para outras companhias. Di Rolê // A seleção acontece com que periodicidade? Noara Beltrami // A seleção é feita uma vez por ano, sempre em meados de janeiro. Recebemos alunos de diversos níveis sociais e de diferentes localidades do DF. Di Rolê // Qual o próximo festival que os alunos vão participar? Noara Beltrami // Em 2015 participamos do Festival Pas-

so de Arte Minas, em Minas Gerais, Festival Internacional de Dança do Goiás, Festival Passo de Arte Indaiatuba, em São Paulo, Festival de Dança de Joinville, em Santa Catarina, e Festival de dança de Anápolis, em Goiás. Também par ticipamos de festivais locais como o Just Dance e do Aberto para Balanço. Em outubro de 2015 participamos do Festival Taguatinga Dança. Para manter e até ampliar o projeto a escola precisa de apoios, seja da iniciativa pública, seja da iniciativa privada. Para isto, a companhia de dança necessita de doações e parcerias e tem vagas para trabalhos voluntários.

SAIBA MAIS! Facebook: https://www.facebook.com/escola.noarabeltrami/about Site: http://www.noarabeltrami.com.br Telefone: (61) 99734581

Revista Di Rolê | Nov|dez 2015

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Palavras ao vento

Dor, de ser Por Bianca Bruneto

Liberdade! fala a hipocrisia, [Agonia] de mãos atadas. A tal normalidade sem pé nem cabeça não tem coração. Nem parâmetro. Estapeia o cara por ser o que é, Apedreja a moça [por não ser] como querem. Vive na realidade cheia de cores, Regada a flores e espinhos. De histórias, melodramas arritmados como muitos. Rejeições, Tantas na vida Interjeições Ai de mim! Diante de um Apartheid Implorar: Perdoe-me, por nascer. [assim]

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Nov|Dez 2015 | Revista Di Rolê


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Palavras ao vento

Eu vi criança nascendo Vi idoso morrendo Vi vida acontecendo

Eu vi Por Bianca Ramos

Eu vi atleta jogando Vi político roubando Vi ironia reinando

Eu vi pássaro cantando Vi viúva chorando Vi cidade transbordando

Vi polícia rendendo Vi bandido vencendo Vi o sistema permanecendo

Eu vi rico enriquecendo Vi pobre empobrecendo Vi desafios nascendo

Eu vi mulata dançando Vi mendigo implorando Vi pessoas amando

Eu vi jovem estudando Vi prostituta trabalhando Vi realidade gritando

Eu vi indústria se erguendo Vi floresta apodrecendo Vi esperança ardendo

Eu vi índio vivendo Vi injustiça podendo Vi a certeza querendo

Eu vi riquezas brotando Vi escravidão vazando Vi o avanço acenando

Eu vi praia encantando Vi favela mudando Vi cenário suspirando

Eu vi ordem e progresso Vi desordem e regresso Eu vi o Brasil!

Eu vi fé comovendo Vi esperança se vendendo Vi a paz querendo

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