Revista Di Rolê 3ª Edição

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Dezembro/2013 :: Revista Di RolĂŞ ::

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SIMPLICIDADE!

Quem disse que comunicação tem que ser cheia de coisas

que fazem mais coisas?


Experimente o conceito

menos é mais e descubra o resultado de uma comunicação pensada para você!

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Sumário 10

Coluna ECO

Ser ecoeficiente é fator de sucesso nas empresas

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Quero Comer

O artista gastronômico e os pães artesanais

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Na Balada

Festa atinge maioridade e leva cultura hip hop para todos

38 Hits

Os “Magnatas” e o rock itinerante

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ultura e informação de qualidade sempre foram bem vindos por todos. Gradativamente, têm chegado aos lares dos brasilienses – por meio do empenho de jovens jornalistas e por modernos meios de comunicação – notícias antes não tão disseminadas aqui na capital.

É com enorme satisfação que o time da revista Di Rolê apresenta a 3ª edição de um projeto cada vez mais ambicioso em conquistar seu espaço no mercado. A promessa de reforçar uma cultura alternativa “made in BsB” e modernizar a forma de fazer jornalismo torna-se cada vez mais real. Nesta edição especial de final de ano, o leitor terá como matéria de capa uma entrevista com o criativo cidadão candango, Daniel Zukko, que inovou e se destacou na webTV, com o programa "Minha Brasília". Negócios ecoeficientes é o que traz a editoria Coluna Eco, com destaque a alunos empreendedores do curso de Engenharia Florestal da Universidade de Brasília (UnB). Já ouviu falar em panificação gourmet? Pois é, a Di Rolê apresenta com exclusividade um assunto de dar água na boca, sobre essa novidade gastronômica lançada pelo chef argentino, Juan Torassa, em Brasília. Estas e outras novidades, o leitor Di Rolê certamente irá desfrutar em mais uma edição do nosso periódico. Boa leitura, Júlia Dalóia Diretora Executiva

Editorial Dezembro/2013 :: Revista Di Rolê ::

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JK Exposição

111 anos

Foto: Divulgação

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Ana Luiza Medeiros e Lucas Nasser

Interatividade é a proposta para se conhecer melhor a história da nossa capital

Bernardo Sayão – engenheiro responsável pela construção da rodovia Belém-Brasília –, entre outros. Graças a tais personalidades e ao Plano de Metas, Brasília, o patrimônio da humanidade, foi construída em tempo recorde.

ideia é simples: celebrar com uma mostra, à altura dos homenageados, os 111 anos do presidente que criou a capital e mudou a cara do Brasil.

A

nascimento de um país moderno, quando o presidente Juscelino Kubitschek apresentou o Plano de Metas para o desenvolvimento do Brasil, com foco na construção de Brasília.

A exposição conta com jornais, revistas, vídeos e fotos da época, além de sete telas touchscreen para que o público possa interagir com o material e acompanhar os desafios enfrentados pelos que desbravaram o cerrado ao concretizar grandes obras como o Catetinho, os Palácios da Alvorada e do Planalto, a barragem do Paranoá e a Esplanada dos Ministérios.

Apesar da simplicidade oferecida, o projeto final apresenta-se complexo. A mostra "JK" abrirá suas portas ao público de setembro de 2013 a janeiro, em Brasília. É comemorado, em exposição interativa, um momento histórico de valor inquestionável para o Brasil: o

Para realizar a tarefa, JK reuniu um time de peso que contou com nomes como Lúcio Costa – arquiteto responsável por parojetar o Plano Piloto –, Oscar Niemeyer – arquiteto consagrado que desenvolveu a arquitetura moderna e projetou edifícios cívicos –,

Programa recomendado pela Di Rolê neste verão, essa incrível viagem no tempo pode ser contemplada de terça a domingo, das 9h às 18h no Memorial JK, que fica na Praça do Cruzeiro, no Eixo Monumental. Os valores são R$ 10,00 a inteira e R$ 5,00 a meia entrada. Confira!

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Álbum

Foto: Divulgação

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ARCA DE

Vinícius Djenane Arraes

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o ivulgaçã Foto: D

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aso tivesse a vitalidade de Oscar Niemeyer e Dona Canô, o poetinha Vinícius de Moraes comemoraria em vida o centenário neste ano. Imagine como estaria este carioca? É provável que o médico lhe cortasse o consumo do tão apreciado uísque à algum tempo. Por outro lado, talvez Vinícius continuasse a compor algumas gemas entre os vários os banhos prolongados que gostava de tomar na banheira. Foi assim, na mansidão da água morna, que muitos clássicos surgiram. Talvez continuasse a receber os amigos entre carinhosas palavras e os chamassem para compor uma “musiquinha”. Por isso foi apelidado de “poetinha”: tinha o hábito de dizer palavras no diminutivo. Nenhuma referência à obra: esta grande e expressiva. Vinícius de Moraes foi embora deste plano em 1980 na cidade em que nasceu e com o fígado em perfeitas condições, como o maior parceiro, Tom Jobim, gostava de dizer em entrevistas. Mesmo com o aniversariante ausente, comemorações foram feitas, privilégio destinado aos grandes. Entre diversas homenagens, uma das mais significativas foi o tributo ao disco “A Arca de Noé”, lançado em outubro deste ano. Nele, tal como aconteceu no original, vários artistas dos mais diversos estilos fazem suas leituras para os poeminhas sobre os animais.

Tem Erasmo Carlos fazendo roque em “O Pintinho”, Zeca Pagodinho transformando “O Pato” em pagode, e Ivete Sangalo desferindo axé em “A Galinha d’Angola”. Mas também tem Gal Costa, Orquestra Imperial e Marisa Monte. Tal como a poesia é a base da obra de Vinícius, “A Arca de Noé” não poderia ter outra origem. Trata-se de uma coletânea de poemas infantis feitos especialmente para Suzana e Pedro de Moraes, filhos do poetinha. O lançamento aconteceu em 1970 na Itália e, no mesmo ano, também na Europa, Toquinho os musicou. “A Arca de Noé” tornou-se uma das obras mais populares de Vinícius de Moraes e ganhou a versão nacional dez anos em dois volumes com o mesmo formato do tributo mais atual: vários artistas fizeram suas respectivas leituras. Foi

quando aconteceu especial da Globo e o marco para uma geração de crianças, a qual me incluo. As canções da Arca de Noé foram um exemplo de como a arte entra na vida de alguém de forma natural. Lembro de que cantava “O Pato” e “A Casa” (minhas favoritas) junto aos colegas de classe sem saber quem era o autor, ou que aquilo era poesia. Eram apenas palavras ritmadas que fluíam, de que gostava e que me faziam cantarolar de forma espontânea. Carrego as rimas comigo até hoje. Se fazer bem às pessoas não for uma das finalidade da arte, então não sei qual é. O que sei é que a obra de Vinícius desperta os melhores sentimentos, mesmo quando ele tem um pouco de melancolia. São coisas de um poetinha centenário que construiu uma obra imortal. Dezembro/2013 :: Revista Di Rolê ::

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Coluna ECO

Foto: Fernando Aguiar

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Ser ecoeficiente é fator de sucesso nas empresas Negócios em Brasília destacam-se no mercado por adotarem práticas de produção sustentáveis Júlia Dalóia 10

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ara funcionar normalmente uma sociedade moderna necessita de bens de consumo, estabelecer relações sociais e desenvolver-se economicamente. A busca pela satisfação é notável em todos nós, que buscamos sempre por produtos de qualidade e serviços mais eficientes. Porém, gradativamente, notase a escassez dos recursos naturais, que são findáveis e podem esgotar-se rapidamente com os rumos desenfreados do crescimento e do consumo humano. Por isso, há aproximadamente 30 anos a reação mundial foi marcada pela pressão sobre as grandes corporações, mesmo momento em que foi criado o conceito de ecoeficiência, cujo principal objetivo era reduzir o impacto ambiental e aumentar a rentabilidade. Segundo uma pesquisa realizada pelo Guia EXAME de Sustentabilidade 2012, das 123 empresas brasileiras entrevistadas, 70% delas contemplam em seu planejamento estratégico investimentos para reduzir emissões de gases estufa e a busca por negócios relacionados à economia verde.

Fotos: Fernando Aguiar

Ter um negócio ecoeficiente nos dias atuais é fator de sucesso para empresas de pequeno, médio e grande porte. O que qualifica esse tipo de atividade é a entrega de produtos e serviços a preços competitivos, que satisfaçam as necessidaDezembro/2013 :: Revista Di Rolê ::

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Coluna ECO

des humanas e proporcionem qualidade de vida, aliados à redução do impacto ambiental, equilibrando, assim, a atuação econômica e ambiental.

De acordo com o Diretor da gráfica Athalaia, Diego Santos, "mesmo as empresas deste setor sendo vistas como vilões, é possível manter as operações sem agredir o meio ambiente. Não importa em que tipo de negócio você está, se houver interesse, sempre há uma forma mais sustentável de fazê-lo". Foi pensando em gerar um negócio com baixo potencial poluidor que a empresa júnior ECOFLOR foi fundada, em 2008, por estudantes do curso de Engenharia Florestal da Universidade de Brasília (UnB). A iniciativa é vista como um excelente exemplo de ideia inovadora. A equipe, que conta hoje com 26 integrantes – estudantes do primeiro ao décimo semestre –, executa serviços de arborização e paisagismo, elaboração de estudos ambientais, gerenciamento de áreas silvestres, além do planejamento e admi-

nistração de plantios florestais. Mas é realizando a neutralização de carbono de empresas e eventos – por meio da certificação do selo EcoZero – que a empresa alça grandes oportunidades neste segmento do mercado. Além da qualidade dos serviços, o diferencial é o preço praticado, que pode ser até 60% mais em conta que os cobrados pelo mercado. Mesmo tendo avançado nos últimos anos em temas relacionados ao desenvolvimento sustentável, as empresas brasileiras ainda tem um longo caminho a percorrer. A falta de tempo e outras prioridades são algumas das justificativas dadas. Por isso, fica aqui uma questão para ser refletida, pois redução de custos, preços competitivos, sustentabilidade da empresa, fortalecimento da marca e expansão de mercado sempre são prioridades nas empresas e é possível, sim, atingir estas metas sendo ecoeficiente. Foto: Fernando Aguiar

A ecoeficiência engloba um leque de ações multidisciplinares onde todos os integrantes de uma empresa são parte fundamental deste trabalho. É o caso da gráfica Athalaia, fundada em 1987, em Brasília. A equipe da empresa – considerada de médio porte – é composta por 55 pessoas, desde administradores até economistas e programadores. Atestados pelos principais selos e entidades certificadoras ambientais disponíveis no mercado, os serviços de confecção de produtos editoriais e promocionais (livros, revistas, jornais, folders e panfletos) da empresa seguem um alto padrão de sustentabilidade, em que são utilizadas tinta e chapa ecológicas e papel proveniente de reflorestamento. Além disso, tão importante quanto essas práticas é a destinação correta de resíduos, tanto para reciclagem (papel e

chapa), quanto para tratamento químico – se necessário.

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Di Rolê

Foto: Divulgação

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A cidade que cativa seus visitantes

tem opções para todos os gostos Pirenópolis é um dos locais mais procurados pelos brasilienses, em finais de semana e feriados Júlia Dalóia e Luiz Felipe Brandão 14

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A pequena e aconchegante vila foi fundada em 7 de outubro de 1727 e batizada inicialmente de Minas de Nossa Senhora do Rosário Meia Ponte, devido a uma enchente que derrubou parte da ponte sobre o Rio das Almas. Passou a chamar-se oficialmente Pirenópolis em 1890, por estar cercada pela serra dos Pireneus. Quem visita o local logo nota e exuberância da vegetação típica da região, o Cerrado, e encanta-se com as espécies nativas de flores e frutos. Nas antigas construções coloniais, as vendas de produtos artesanais destacam-se pela produção caseira dos nativos. Delícias como os sorvetes de Cagaita e Jatobá e o empadão goiano são marcas registradas de Pirenópolis, que está tomada por bares e restaurantes gourmet. Depois de desfrutar um almoço com comida caseira é hora de aproveitar o ecoturismo, repleto de atividades para os visitantes aventureiros. A correnteza do Rio das Almas torna o Boia Cross uma das opções de atividades ao livre mais interessante. O rappel também pode ser feito em alguns pontos da região, que apresenta diversas opções de cachoeiras e pontos altos.

Conhecer a cultura local e participar das festas folclóricas, conferir a feirinha de artesanato e andar pelas ruas de pedra da cidade, sem dúvida, são dicas que você deve seguir, ao visitar Pirenópolis.

Foto: Divulgação

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município histórico de Pirenópolis está localizado no Estado de Goiás e a 150 km de Brasília. Este é, certamente, um dos refúgios prediletos do candango e amantes da natureza.

! Dicas Di Rolê As cachoeiras do Lázaro e a de Santa Maria - também conhecida como Cachoeira do Inferno - são as indicadas para o leitor Di Rolê. Elas estão localizadas em uma mesma propriedade particular - a Reserva Ecológica Vargem Grande. Dentre as festas populares, a principal é a do Divino Espírito Santo, que acontece 45 dias após a Semana Santa. Praticamente o que a define são as cavalhadas, atividade considerada como uma das maiores atrações folclóricas da América do Sul. Há também a Romaria até a Serra dos Pireneus, na 1ª semana de julho. É fundamental conhecer alguns edifícios históricos, como a Igreja Matriz e a do Nosso Senhor do Bonfim, de 1750; o Teatro Pirenópolis, de 1899; a Casa da Rua Direita, de 1852, além da Fazenda Babilônia, com um belo casarão colonial. Aos interessados em aproveitar a noite de Pirenópolis, a rua do lazer é o melhor local para sentar em um dos diversos bares e restaurantes ali instalados e curtir um momento tranquilo, após um dia intenso de sol a muita cachoeira. Dezembro/2013 :: Revista Di Rolê ::

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Entrevistas

Nelson Piquet fala sobre o amor por Brasília à Di Rolê Em entrevista exclusiva, ex-piloto e tricampeão mundial de Fórmula 1 também homenageia segunda mãe e ex-babá

Foto: Clarice Gulyas

Clarice Gulyas

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ma das grandes personalidades da capital, Nelson Piquet conta à Di Rolê porque trocou o Rio de Janeiro por Brasília. O ex-piloto, que passou recentemente por uma cirurgia cardíaca em São Paulo, também avalia sua trajetória profissional após completar 61 anos.

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Filho do médico pernambucano e ex-ministro da Saúde, Estácio Gonçalves Souto Maior, e da dona de casa pernambucana Clotilde Piquet, Nelson Piquet nasceu no Rio em 1952. Mas foi na recém -inaugurada Brasília que Piquet passou grande parte da infância, fez amigos, cursou Engenharia Mecânica na Uni-

versidade de Brasília (UnB) e conheceu a “liberdade”. “Cheguei a Brasília com 7 para 8 anos de idade, comecei a estudar aqui e morava na superquadra da 107 sul. Nos primeiros três ou quatro anos que moramos aqui, a gente ia passar as férias no Rio de Janeiro, mas depois de alguns


! Investimento Depois que ingressou no automobilismo ainda adolescente, Nelson conquistou visibilidade muito rápido, o que fez com que ele se mudasse para São Paulo e posteriormente para a Europa, na década de 70. Consagrado na Fórmula 1, ele voltou a Brasília em 1991, com títulos de campeão do mundo em 1981, 1983 e 1987. “Com uns 15 anos fui para os EUA estudar durante um ano, quando voltei comecei a trabalhar aqui em mecânica e oficinas, comecei a correr de kart e saí daqui para as corridas. Já em 1974, fui morar em São Paulo e, em 1976, fui para a Europa e só voltei para morar definitivamente em Brasília no ano de 1991”, conta.

“paz” que a cidade nova tinha a oferecer. Atualmente, o expiloto possui na capital a empresa Autotrac, pioneira em monitoramento de caminhões de carga. Ele também conta que um dos seus passatempos favoritos é trabalhar durante a manhã em sua coleção de carros importados. "Tudo me conquistou aqui. O clima é muito bacana. A cidade inteira era uma pista de corrida porque não tinha sinal, não tinha cruzamento. E quando voltei para o Brasil, foi para morar em Brasília. Não quis morar no Rio nem em São Paulo, quis morar aqui. Montei minha empresa, onde faz 20 anos que trabalho, e fui bem sucedido. Eu e Geraldo (irmão de Piquet) compramos isto há 30 anos, uma fazenda dentro da cidade, que é um lugar maravilhoso. Adoro Brasília”, diz o empresário, que hoje emprega mais de 1.500 funcionários.

! Amor de mãe Outra paixão na vida de Nelson é a paraibana Ignácia

Claudiana da Silva, de 91 anos. A ex-babá e segunda mãe do eterno campeão continua cuidando e fazendo orações pela família Piquet. Com apenas 16 anos, ela passou a trabalhar como babá para a família, onde também ajudava nos afazeres domésticos. Cozinheira de mão cheia, Ignácia revela que sempre mimou Nelsinho (como gosta de chamar Piquet) e seus três irmãos: Alex, de 70 anos, Geraldo, de 69 e Gerusa, de 66. “A Ignacinha é tudo para a gente. É nossa mãe junto da outra mãe (Clotilde, que morreu em 2007, aos 84 anos). Nós temos um carinho enorme por ela, é uma pessoa fantástica e está aqui até hoje, morando do nosso lado. A gente cuidando dela e ela da gente”, comenta Nelson, que não deixa faltar nada à mãezona. Acesse e confira a entrevista na íntegra, em vídeo, com Nelson Piquet e Ignácia, no site da revista Di Rolê: www.arevistadirole.com.br

Foto: Divulgação

anos, quando eu tinha 12 ou 13 anos, eu já não queria mais ir embora. Queria passar as férias aqui. A gente tinha uma vida de amigos, de aventuras, tínhamos um sítio na 23 (Lago Sul) e em 1968 viemos morar aqui (Lago Sul). Acho que Brasília é um paraíso para a gente, foi uma liberdade muito grande e na minha época mais ainda porque minha mãe tinha uma granja e meu pai era deputado, então minha adolescência foi solto, sem pedir permissão para fazer nada”, comenta o ex-piloto e empresário.

Sobre a paixão pela cidade, Nelson afirma que foi conquistado pelo extenso espaço e Dezembro/2013 :: Revista Di Rolê ::

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Quero Comer

Fotos: Juan Torassa

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O artista gastronômico e os pães artesanais O chef argentino Juan Torassa apresenta técnicas variadas e revela que cozinhar é uma arte Danilo Monteiro

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á cerca de dois anos, um argentino desembarcava no Brasil com a vontade de desbravar terras brasileiras e descobrir novas especiarias. Formado no Instituto Argentino de Gastronomia (IAG), Juan Torassa já foi chef de grandes restaurantes do nosso país vizinho, mas queria mais do que ficar na cozinha e comandar uma equipe. O objetivo era sair do comum, buscar experiências prazerosas e receitas inéditas. E foi na panificação que Torassa encontrou um caminho alternativo para aquilo que fazia. E não são simples pães artesanais, mas todo um processo de técnicas variadas, aliadas ao preparo cuidadoso e feitas com esmero. Torassa carrega na bagagem as especialidades oriundas das terras argentinas, mas também apresenta toda a ascendência italiana. Ao lado de seu companheiro e assistente, Leno Veras, o gastrônomo segue com três linhas de trabalhos, mas o principal é o “Benedetto Pane – Especiarias Forneadas”. As outras duas atividades são o “La Mancha Voraz” e “Mestre D’Ofício”. O Benedetto Pane é um projeto focado na panificação. O nome parte de um conceito antigo na Itália, quando o último pão era guardado no açúcar para caso de necessidade. Até hoje esse ritual acontece no país da bota. “A ideia é trabalhar com o conceito de pães artesanais, mas com o resgate de uma panificação manufaturada, de utilizar técnicas antigas”, explica Veras. A confecção dos pães é totalmente caseira e a demanda é de acordo com os pedidos realizados

pelos clientes. Estes foram conquistados através do boca a boca. O começo foi como o habitual: primeiro para os amigos, depois os amigos dos amigos e chegou aos familiares deles. Desta forma, o talento de Torassa foi transmitido de forma natural. A pessoa que degusta os pães artesanais vai poder provar de duas linhas: a tradicional e a autoral, que tem as invenções do chef. “Às vezes tinha umas misturas bem loucas. Uma delas foi com arroz e feijão no pão. Outra bem diferente foi de chorizo com mate”, lembra o assistente de Torassa. O argentino tem todo cuidado com a preparação dos produtos, em especial com a qualidade da matéria prima. Ele utiliza alimentos orgânicos, alguns do próprio quintal da casa, onde tudo é preparado, e uma farinha mais refinada – triplo A (AAA). “O Juan trabalha com dupla fermentação, cujos fermentos são biológicos e frescos, além de trabalhar com masa madre (massa mãe), que é uma forma de produzir diferentes pães a partir de uma só feitura”. Segundo Veras, as colorações encontradas nos produtos são naturais. A cor rosada, por exemplo, vem da beterraba. As douraduras são resultados de técnicas tradicionais da manufatura de pães artesanais. Para Torassa, o diferencial no seu negócio é a experimentação e pesquisa em panificação étnica, “associando as formas de fazer pães de diferentes culturas à ingredientes regionais”. Na cozinha, o chef argentino não tem esquecido aqueles que possuem restrições alimentares. São trabalhos especiais para hipertensos, diabéticos, into-

lerantes à lactose e, também, para celíacos – pessoas geneticamente predispostas a doenças que afetam o intestino delgado pela ingestão de glúten. “É algo que o Juan tem a maior dedicação para que todos possam ter acesso a seus produtos. Então, ele busca alternativas gastronômicas para que isso aconteça”, revela o assistente. Hoje microempresários, Torassa e Veras têm sido figurinhas carimbadas em feiras de gastronomia. Recentemente, a dupla esteve no “Quitutes da Orla”, realizado no dia 9 de novembro, na Ermida Dom Bosco. O evento reuniu mais de 20 chefs de Brasília, com degustação de criações autorais a preços populares. Os dois não têm a pretensão de abrir um restaurante, querem seguir com o modelo atual de gastronomia caseira mais exclusiva, com clientes fiéis. E é muito simples fazer parte da clientela. Basta apenas enviar um email para benedettopane@ gmail.com e se cadastrar no mailing para encomendas. As festas de fim de ano estão muito próximas. O natal é uma data especial e pães artesanais é uma boa dica para fazer parte da mesa da ceia. Além de provar uma receita diferente, o comprador opta também pelo conceito do Benedetto Pane e o apego ao lado cristão da história. Mas se quiser que as especiarias de Juan Torassa estejam na mesa é melhor correr, a promessa é de que tudo acabe rápido. “As cestas de fim de ano serão vendidas a R$50 (cinqüenta reais) e na última versão não deu nem para quem quis”, alerta Veras. Dezembro/2013 :: Revista Di Rolê ::

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Capa

Entre eixos, asas e monumentos Guiado pelo jornalista Daniel Zukko, o papo vai longe a bordo do carro que marcou época – a Brasília amarela

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o ar desde abril de 2013, o programa virtual #MINHABRASÍLIA segue com tudo pelas retas modernas de Brasília, e hoje já colhe os frutos do reconhecimento. Disposto a homenagear e mostrar a identidade própria da região que Dom Bosco sonhou entre os paralelos 15 e 20 do hemisfério sul, o idealizador do projeto – o jornalista Daniel Zukko, 33 anos – conta que a ideia surgiu em 2010 quando ele percebeu que no horário eleitoral os candidatos tinham como valor

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Pedro Wolff político suscitar o orgulho de serem nordestinos e se questionou: “Cadê a galera batendo no peito que nasceu na capital? Já temos gerações de netos aqui”, reforça seu argumento. A ideia do carro veio no início de 2012, quando caiu a ficha que havia um clássico automóvel muito querido por todos. Daí veio a epopeia da história: como achar o veículo? Daniel Zukko conta que procurou bastante e se desapontava ao só encontrar modelos em locais distantes – como no Acre

– ou com preços estratosféricos, por serem exemplares de colecionador. Até que ganhou uma ajudinha e, após muito esforço, indicaram-lhe um exemplar na Cidade do Automóvel, em Brasília.

! A viatura amarela Volkswagen, modelo 1978, com banco, volante e calotas de fábrica. O carro é tão original que até o seu amarelo é um bege gasto pelo tempo. O programa #MINHABRASÍLIA estreou com três câmeras


acopladas no veículo, e hoje já são quatro. A primeira, acoplada no quebra-vento, pega o entrevistado em primeiro plano. “É uma vantagem ter nesses veículos antigos esta basculante, pois dá para abrir a janela”, pontua Zukko. No meio do veículo, e acoplado no para-brisa, a segunda câmera filma os dois tripulantes. Já do lado de fora, presa por uma ventosa, a terceira câmera pega os dois entrevistados através do vidro do para -brisa. Por fim, acoplada próximo à entrada do tanque do combustível, a quarta câmera registra a cidade em si.

Fotos: Wirton Araújo

A captação do áudio fica a cargo de dois microfones de lapela instalados no cinto de segurança. “Super prático. Basta afivelar e está pronto”, explica Zukko. Apesar disto,

o jornalista da brasília amarela teve que testar três microfones até achar o que melhor lhe servia. Outro empecilho foi o barulho do motor, localizado no interior do veículo. Zukko instalou várias camadas de isolantes sonoros para abafar o barulho do motor. “Mas ficou legal que o barulho do motor reforça a ideia do carro em movimento”, ressaltou. Já sentaram no banco de passageiros pessoas conhecidas ou com alguma relação com a cidade, como Ellen Oléria, Digão, Leila Barros, Marcelo Bonfá e Edson Duavy, entre vários outros que estão por vir. Em defesa do formato de entrevista, o jornalista diz saber que há vários outros programas semelhantes, mas o seu é altamente justificado porque tudo gira em torno de Brasília.

! A cidade agradece Aos poucos, meio que sem querer ou por merecimento, Daniel Zukko vem conhecendo e se articulando com os “militantes pró-Brasília”. Ele diz que não existe um grupo uniforme e assíduo, mas são pessoas que dividem essa paixão comum e a desejam promover o sonho de JK. “São geralmente pessoas na faixa dos 30 anos, que promovem movimentos do gênero como o Ocupe Brasília”, ele conta. Por fim, questionado sobre o que o internauta pode esperar pela edição de comemoração de um ano do programa, Daniel se resguarda: “Já pensei em coisa grande. Que quem nasceu na cidade vai chorar”, promete.


Esporte

Foto: Divulgação

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Go Go Angels O esporte sobre quatro rodas, também conhecido como roller derby, está em ascensão mundial e ganha adeptas na capital

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Pedro Wolff

rajando patins, o roller derby é um esporte que está tomando forma no país. Quem assistiu o clipe "Winner", da dupla britânica Pet Shop, teve uma breve noção do que se trata. É tão novo que a primeira equipe formada aqui em Brasília foi em 2012 e, este ano teve sua segunda competição nacional. Criado nos Estados Unidos, o esporte caracterizase por ser de alto contato.

uma disputa em pista de formato oval, onde duas equipes – compostas por quatro bloqueadoras e uma atacante – disputam uma corrida “diferente”. Na largada, as duas atacantes vão à frente e, durante a partida, as quatro bloqueadoras têm como objetivo atrasar a competidora da ponta adversária. Quanto mais a atacante ultrapassar as bloqueadoras rivais, mais vantagens e pontos a equipe conquista.

Praticado majoritariamente por meninas, o roller derby é

Para evitar lesões, os bloqueios só podem ser realizados pelos

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ombros, quadril e bumbum. Os patins são os tradicionais – aqueles de rodas paralelas, que privilegiam as manobras por dar rotatividade ao tornozelo. Durante a partida rola muito drible, fintas, tombos e roxos pelo corpo. Dá gosto de ver as meninas na pista. Muito corre-corre somado ao espetáculo visual das cores dos patins, capacetes e demais protetores. As partidas são dividas em dois tempos de 30 minutos e cada uma dessas etapas é subdivida


em rodadas de dois minutos. O jogo é marcado pela forte rotatividade, pois enquanto cinco delas estão na disputa, outras nove aguardam no banco sua vez de intercalar-se em cada rodada.

tas de várias localidades. Não foi dessa vez que nossa equipe, carinhosamente chamada de Frankenstein, levou o caneco. Agora torcer pelas meninas na próxima edição do evento, que será em Vitória (ES).

! Brasileirão

! O time roller derby de Brasília

Foto: Divulgação

Recém-chegada do torneio nacional, ocorrido no feriado de 15 de novembro, Karla Machado, 36 anos, do time Wing City Angel, hoje respira o esporte. Assim como na primeira edição, vieram árbitros e atletas estrangeiros ministrar clínicas para dar maturidade ao esporte em terras tupiniquins. O torneio foi em São Paulo e contou com quatro ligas: duas de São Paulo, uma do Rio, e outra formada por atle-

"É um esporte onde continuamos sendo femininas, mas também podemos ser agressivas e brutas”, define Karla. Ela o considera muito divertido, além de trabalhar resistência e força. Mas, ressalta que antes de ser atleta, tem que ser boa patinadora. O esporte atende a todos os perfis: “As mais magrinhas preferem ser atacantes, enquanto as mais parrudinhas ficam no bloqueio.

Até transexuais são aceitas”, resumiu. Hoje os treinos de roller derby ocorrem no ginásio do Cave, no Guará II, ou no concretão do Museu da República, no centro da cidade. Karla diz que as pessoas estão começando a conhecer e reconhecer a modalidade, “mas ainda é hobby e espero agora poder trabalhar mais por sua divulgação”, afirma. Interessadas em fazer parte deste time ou em conhecer melhor sobre o esporte devem procurar pelas meninas do Wing City Angel", nos treinos às quartas (16h) ou aos domingos (19h), que acontecem no Ginásio do Cave – Guará II – e próximo ao Museu da República.


Na Balada

Foto: Divulgação

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Festa atinge a maioridade e leva cultura hip hop para todos DaBomb completa 18 anos e já é uma das mais aguardadas da cidade

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riada em 1995, a festa DaBomb é uma boa alternativa de balada para os brasilienses que querem fugir das mesmas opções apresentadas aos finais de semana. A noite da cidade agora também pulsa ao som da caixa e do bumbo: o rap pede passagem. Há quase duas décadas o evento é destino certo dos amantes da música negra. O idealizador do projeto DaBomb é o DJ Ocimar, figura conhecida na capital quando o assunto é a cultura hip hop. A festa surgiu da necessidade de levar o rap e a black music para todos, sem distinção de classe social, além de difundir esta cultura e acabar com a lenda de que apenas a periferia consome tal estilo musical. Depois de 18 anos de existência, pode-se dizer que a Da-

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Bomb é um dos eventos mais aguardados por aqueles que curtem a black music. Nomes como o do rapper norte americano Lil Jon, da rapper brasileira Karol Conká e do paulista Thaíde já marcaram algumas edições da festa. A marca ficou tão forte que, em 2009, Ocimar fundou uma loja com o mesmo nome, onde são vendidos acessórios e roupas ligados à cultura hip hop. Além disso, o DJ ainda montou no mesmo local um espaço onde ministra cursos para quem quiser começar a discotecar. Ocimar não pensava em ser dono de sua própria marca: “As coisas foram acontecendo e, hoje, posso oferecer um curso profissionalizante de DJ para as pessoas, em um espaço que é meu. Já formei mais de mil DJs”.

Atualmente, o curso pode ser encontrado na faculdade de teatro Dulcina, no CONIC. A loja passará por uma reformulação e até ficar pronta vai funcionar somente pelo site: www.dabomb.com.br. O plano piloto agradece a iniciativa e espera que a DaBomb continue fomentando a cena do hip hop em toda a cidade. O DJ enfatiza a importância em se espalhar esta cultura: “Hoje a capital aprendeu a gostar do nosso estilo, é bem legal perceber que festas como a que eu faço crescem a cada dia.” Se você curte a cultura black, o hip hop e o rap, esta é uma excelente opção para se divertir. A próxima edição da festa está marcada para o início de 2014, ainda sem local e data definidos.


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Hits

20 de 40

Rapper da cidade completa 20 anos de carreira e já pensa nos próximos 20

Foto: Flora Egécia

Lucas Nasser

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Hoje é um dos mais respeitados MCS do rap nacional. Há 20 anos denunciando as mazelas de seu povo e aos 43 anos, o rapper continua incansável na batalha que, por meio de suas letras, melhora a vida de muita gente: “O rap transforma”, diz ele. Começou a transformá-lo na década de 80 e, em 1989, fundou seu primeiro projeto, o Esquadrão Mcs. Anos depois começou a cantar com GOG – referência do rap brasileiro – e cada vez mais foi ganhando espaço e notoriedade no cenário nacional. Em 2000 sentiu a necessidade em expressar de forma mais autoral suas ideias e então surgiu o Viela 17. As 24 horas do dia parecem não ser suficientes para esse rapper-produtor-ativista-pai. Japão está empenhado em terminar de produzir seu novo álbum. Além disso, coordena uma ONG chamada Função Comunidade, que tem como objetivo alertar e conscientizar os jovens da periferia. De vez em quando atua em documentários, faz palestras e é pai de três filhos, Carlos Gabriel (13) Bruno

Vinicius (13) e Lauany Fernanda (15). Japão está cansado? Que nada. O morador da Ceilândia faz tudo isso como se estivesse começando agora. São vinte anos incomodando muita gente e como ele mesmo disse, em entrevista à Di Rolê: “Batendo de frente com o sistema 24 horas por dia”. Conversando com o rapper tenho a certeza de que estou frente a frente com um dos artistas mais articulados da cena do rap brasileiro. Suas palavras pesam, incomodam muita gente. Ao ser perguntado sobre a recente onda de manifestações pelo país, Japão é claro e direto:

“Não me venham com revolução de mansão. Revolucionário é aquele que pega ônibus às 5 da manhã para trabalhar. Estou na rua há mais de 20 anos, não preciso vender minha rebeldia.” Foto: Flora Egécia

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s olhos puxados o fizeram ganhar o apelido de Japão, mas Marcos Vinicios é brasiliense e tem o maior orgulho em falar que é nascido e criado em Ceilândia, mais precisamente na Expansão do Setor O. Seu grande sonho era ser Office Boy, porém o cotidiano da cidade que tanto ama o transformou em músico.

A revolução para ele começou faz tempo. A luta por melhores condições para os negros, para os pobres, para os excluídos é antiga. Japão continua com sua metralhadora verbal engatilhada: “Já fui convidado para ser candidato a deputado distrital, mas esse meio é sujo, não quero”. Ele confessa que hoje está mais doce, mais calmo... Parafraseando Guevara, Japão continua duro, mas sem perder a ternura jamais. O artista analisa que aquela fúria do rap permanecerá para sempre, entretanto, está mais aberto a novas referências musicais, novos diálogos e novas ideias. Fãs e admiradores do rapper poderão conferir em março do ano que vem o lançamento do novo CD, que irá se chamar 20 de 40. Japão tem muito o que dizer e confessa estar em momento de comemorar seu aniversário de vinte anos de carreira, mas quer mesmo olhar para o futuro e vislumbrar mais 20 anos de rap, ativismo e luta.


Tribos

Foto: Divulgação

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CUSTOMIZAÇÃO Um jeito personalizado de fazer a diferença e inovar Bianca Ramos

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uem nunca enjoou de uma peça do seu acervo pessoal, após algum tempo de uso, e pensou em modificá -la, de alguma forma, para que ela voltasse a “fazer a sua cabeça” e ainda atrair os olhares mais exigentes? Ou será que você se livrou do drama que é comprar uma peça de rou-

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pa, um calçado ou até mesmo um acessório, guardá-los por tempos, e, do nada, um belo dia, quando os acha, tentou adequá-los, de um jeito ou de outro, para usá-los após tanto tempo? Se você já viveu as duas situações ou uma delas, bem vindo ao clube: você faz parte de um grupo que pensa na customização como forma

de atender as suas necessidades ou vontades. Em pleno século XXI, onde tudo se transforma e se renova, para ganhar espaço e visibilidade em um cenário cada vez mais competitivo, a moda não poderia ficar para trás. E é por isso que cada vez mais termos como exclusivo, personalizado


e é facilmente definido como adaptação, alteração ou personalização. Customizar é modificar algo para que assuma um aspecto novo, com o intuito de torná-lo único e exclusivo, para agradar o seu dono.

várias opções de cores vibrantes e formas modernas, bonés sendo bordados para ocasiões específicas, calças jeans sendo cortadas e desfiadas para virarem belos shorts, etc. É uma infinidade de possibilidades!

Há customização de todos os estilos e para atender todos os gostos: t-shirts ganhando imagens de famosos e dizeres sugestivos, tênis sendo decorados com estampas super exclusivas, conjuntos de louça em porcelana sendo pintadas à mão de acordo com a ocasião em que serão usadas, carros e eletrodomésticos com

Segundo Bruno Eustáquio, um dos sócios da marca Clichê Urban Wear – uma empresa que, entre outros, customiza t-shirts supertransadas – “os clientes procuram produtos diferenciados, mas sem abrir mão da tradição e da qualidade. Confeccionamos muitas camisetas nas cores branca e preta, mas com estampas esFotos: Divulgação

e único ganham força em um mercado cíclico e eclético, que inventa e se reinventa com o passar dos anos para atender às necessidades de um público cada vez mais afoito por novidades. Em tempos de consumo em larga escala e produção em série, encontrar formas de se diferenciar e ganhar destaque é o que boa parte da pessoas deseja. E quando falamos de moda, a customização ganha cada vez mais espaço, em um contexto que sempre surpreende. O termo customização vem da palavra custom, do inglês, que significa personalizado ou feito sob encomenda


Tribos

tilizadas de imagens antigas, de artistas, personalidades do rock e dizeres em outros idiomas, por exemplo”. E vale quase tudo para customizar uma peça e deixá-la com o estilo do freguês: aplicar, bordar, colar, cortar, costurar, desfiar, lixar, pintar, queimar, “silkar” e até rasgar. Hoje a customização vem crescendo em uma proporção exponencial, “principalmente entre o público jovem, em uma faixa etária que compreende dos 15 aos 30 anos”, afirma Clarissa Santiago, também sócia da Clichê Urban Wear. Por outro lado, empresas como a Muv Shoes, de Brasília, que é especializada em customizar tênis dos mais variados estilos e modelos, trabalha cada vez mais com a idéia de atingir o gosto de todas as idades ao respeitar a identidade de cada cliente. Vinicius Matteo – um dos sócios, e também diretor, da Muv Shoes – afirma que “hoje em dia, brincamos que queremos pessoas jovens interagindo com a marca, mas jovens de espírito. Acreditamos que a idade presente no RG não nos dá o verdadeiro valor que buscamos em nossos clientes”. Na capital do país, as pessoas parecem ter um senso estético bem aguçado, ao ponto de vermos várias empresas fazendo e refazendo bonito neste segmento. Ainda segundo Vinicius Matteo, “as pessoas querem participar da criação de seus produtos. A partir daí, passam a estabelecer uma nova 30 :: Revista Di Rolê :: Dezembro/2013

relação de afeto com aqueles produtos criados por elas. Isso é um "drive" (caminho) intangível que ganhamos.” Ficou inspirado a customizar uma peça, um acessório ou algo em sua casa também? Não perca tempo: deixe a sua imaginação fluir e saia por aí causando com o que mais tiver a ver com o seu estilo e personalidade!

! Dicas Cliche Urban Wear: Oferecem customização de camisetas alternativas e modernas, shorts jeans e ainda um diFoto: Divulgação

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versificado brechó para seus clientes. Confira o trabalho da marca por meio da fan page no Facebook (https:// www.facebook.com/clicheurbanwear) ou pelo Instagram (#clicheurbanwear). Muv Tenis: Customização de tênis para todos os gostos. Eles até estilizam os tênis com uma estampa criada pelo próprio cliente, se for o caso. Interessados podem entrar em contato pelo site (www.muvtenis.com. br), segui-los no Instagram (#muvshoes) ou ainda acompanhar as novidades pelo Facebook (/muvcustomshoes).


Exposição

Foto: Divulgação

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CCBB apresenta mostra sobre os mestres do Renascimento O público fã de arte moderna poderá conferir até o dia 5 de janeiro uma exposição inédita de artistas consagrados

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Luiz Felipe Brandão e Júlia Dalóia

! Peças interativas

Renascimento surgiu na história da Europa entre o fim do século XIV e XVI. O nome deste período se dá em virtude da redescoberta e revalorização das referências culturais da antiguidade clássica, que nortearam algumas mudanças em direção ao ideais humanista e naturalista.

em outubro ao Centro Cultural Banco do Brasil e permanecem até o dia 5 de janeiro de 2014 para visitação.

Com uma exposição cujas obras são de grande valor para a história da arte mundial, o CCBB apresenta, em Brasília, 57 obras-primas vindas de importantes coleções italianas, que representam a extraordinária riqueza do renascimento. Elas chegaram

! Visitações orientadas

Em consonância com a iniciativa, o visitante poderá encontrar no CCBB espaços destinados a experimentações do campo cênico, onde artistas atuarão e se deslocarão pelo Centro Cultural, ao longo dos finais de semana. Os protagonistas deste ato são universitários graduados e profissionais de cênicas, dança e música.

O CCBB também abriu espaço para visitas orientadas, que estão acontecendo de terçafeira a domingo, das 9h às 21h. A ideia foi direcionada a três públicos: escolas, grupos especiais e público espontâneo.

Para marcar uma visita orientada ou saber mais informações sobre esta e outras exposições oferecidas pelo Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) – Brasília, acesse o site bb.com.br/cultura.

O público poderá conferir desenhos, esculturas e pinturas de artistas consagrados como Leonardo da Vinci, Rafael Sanzio, Sandro Botticelli, Donatello e Michelangelo.

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Próxima Parada Foto: Divulgação

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Delícias do mar à beira do Lago Paranoá

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omum é ouvir aquela do restaurante ou da franquia que começa no Plano Piloto e depois abre unidades nas demais cidades do Distrito Federal. Mas o Recanto do Camarão fez o caminho inverso. Da famosa Praça do DI, em Taguatinga, uma nova unidade foi aberta ao público no Setor de Clubes Sul, às margens do Lago Paranoá, no espaço que abrigou o antigo Pampulha.

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Redação A cozinha está sob comando do chef Rodrigo Viana, que reformulou o cardápio em relação à unidade de Taguatinga. A proposta é fazer receitas leves que possam agregar sabor, fartura e um preço justo. O consumidor pode encontrar tudo isso dentro de um ambiente sóbrio, amplo e elegante. Nada de exageros ou elementos exóticos na decoração, o que torna o restaurante agradável para encontros entre amigos e família.

! Serviço: Recanto do Restaurante Unidade Asa Sul Local: Setor de Clubes Esportivos Sul, Trecho 2, Conjunto 72 – Brasília Contato: (61) 3035-7303 Segunda a quinta, das 11h às 0h. Sexta e sábado, das 11h à 1h. Domingo, das 11h às 16h. http://recantodocamarao. com.br/site


Lanche tradicional ou vegetariano?

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la's é uma lanchonete criada por jovens brasilienses para atender às demandas de sanduíches, sucos e outras comidas, visando qualidade e alimentação saudável, aliado às melhores técnicas de preparo.

Foto: Divulgação

A cozinha-vitrine é convidativa, onde os clientes po-

dem acompanhar de perto a preparação dos seus lanches, mostrando qualidade, higiene e organização do estabelecimento. O cardápio é variado e montado por profissionais com formação em gastronomia, com opções de lanches tradicionais, vegetarianos e opções saudáveis feitas com produtos lights. Não deixe de

conferir a combinação de frutas da estação nos sucos naturais oferecidos pela casa!

! Serviço: Endereço: CLN 406, Bl. D/ Loja 38. Asa Norte - Brasília Contato: (61) 3879-3430 http://www.blaslanches.com


Foto: Divulgação

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Literatura

Politicamente incorreto O autor Leandro Narloch desconstrói a história e te convida a rever alguns fatos

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ara sentir-se ofendido por Leandro Narloch não é preciso muito. Não é necessário ser brasileiro, ou latino americano, de etnia, sexo ou religião alguma. Para tal, basta saber ler.

Desde 2009, quando foi lançado o primeiro volume da trilogia, o “Guia politicamente incorreto da história do Brasil”, o nome do escritor e jornalista vem dividindo opiniões. De especialistas historiadores a entusiastas de fatos históricos, e até curiosos ávidos leitores, os fatos relatados nos livros de Narloch vem chateando alguns, mas educando muitos outros. Segundo o próprio autor, “o objetivo era irritar o maior número de pessoas”. Mas, muito além disso, os três títulos – que figuraram por meses nas listas dos mais vendidos em todo o país – abriram espaço para uma nova discussão sobre fatos e personagens consagrados da história, jogando sobre eles nova luz e permitindo ao leitor, por meio de extensa pesquisa bibliográfica, a possibilidade de rever antigos conceitos e,

Ana Luiza Medeiros quem sabe até, formar novas opiniões. Afinal, informação é poder. Santos Dumont não inventou o avião, a origem da feijoada é europeia, e Zumbi dos Palmares tinha escravos. Esses são alguns dos fatos comprovados por pesquisa histórica detalhada, que fizeram aquele pedacinho nacionalista patriota em você dar um pulo de inquietação agora mesmo.

entre os mais vendidos por todo o país, não decepcionou. Quem se tornou fã do autor e de seu estilo particular para debater fatos históricos, encontrou na obra vários outros pequenos segredinhos passados de geração a geração, que nunca foram desafiados.

O segundo livro, o “Guia politicamente incorreto da américa latina”, lançado em 2011, veio com a mesma proposta de colocar em pauta personagens e passagens da história moldados ao longo dos anos pelo entendimento coletivo. A figura de Che Guevara chamou atenção! Tido como herói para os militantes da esquerda, é fato que os dados encobertos pela história sobre a vida do “revolucionário” transformam seu legado de inspiração em revolta, com poucas linhas.

Pequenas noções que temos sobre a história do mundo – comprovadas em documentos muito bem datados – provam ser mais complexas do que os professores no colégio defendiam ser. Cintos de castidade na idade média? Documentos médicos da época mostram que isso não só é um mito – criado pelos que romantizam a figura da esposa que jurava ser fiel enquanto o nobre cavaleiro tomava seu cavalo, rumo a conquistas em nome da pátria – como comprovam a existência de manuais médicos afirmando que o prazer sexual era necessário para a saúde da mulher.

O último título de Narloch, o “Guia politicamente incorreto da história do mundo”, que chegou às prateleiras em agosto deste ano e continua

De curiosidades a fatos marcantes que vão mudar a sua noção de mundo, as obras de Narloch são leituras mais que obrigatórias. Dezembro/2013 :: Revista Di Rolê ::

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Palavras ao Vento

Até logo? Até logo? É

possível viver uma vida inteira de adeus, e nunca aprender a dar um? É fato consumado que no curso do tempo temos que nos despeadir de muitas coisas, e na grande maioria das vezes não há escolha. Guimarães Rosa disse que despedir dá febre. Dá febre porque ninguém escolhe se despedir, a vida é assim mesmo. Por maior que sejam as

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Letícia Tôrres nossas crenças, por mais fortes que sejamos, ou por mais que você tente se preparar... Nunca estamos prontos pra dizer adeus. Cada pessoa se despede no tempo de Deus. Despedir-se dá febre, mas febre dá e passa. Só fica doente da saudade, quem deixar o amor calar. É como quando a gente viaja pra algum lugar que é como um lar: na hora de despedir a

gente tenta se convencer que é um até logo, mas sente como se fosse um adeus. De tanto vir, sabemos que um dia não haverá para onde voltar, senão só para as lembranças do nosso coração. O percurso do tempo é mutante: a gente dá as boas vindas, compartilha, se despede, e espera voltar um dia de novo. Porque pra aprender a vida é infinita.


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Hits

Fotos: Graciete Brito

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Os "magnatas" e o rock itinerante

Banda brasiliense Trio Magnata procura alternativas para destacar-se no meio musical Danilo Monteiro

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morador de Brasília já está careca de saber que a cidade é um dos principais centros do país quando o assunto é rock. Celeiro de grandes talentos como Renato Russo, Dinho Ouro Preto, Rodolfo Abrantes, Cássia Eller, Philippe Seabra, entre outros, a capital continua a oferecer uma diversidade de bandas que procuram um lugar ao sol no mercado saturado da indústria fonográfica. A falta de espaço, a alta concorrência e o pouco investimento fazem com que novos artistas procurem alternativas para se destacarem. É o caso da banda Trio Magnata, que nos dias de hoje é mais um quinteto. O grupo levou adiante a ideia de fazer shows itinerantes, cada hora num ponto de Brasília. Os integrantes Velho Chico (Guitarra e Vocal), Samuel Carvalho (Violão e Vocal), Paulo Laércio (Bateria e Vocal), Gustavo Corrêa (Violão e Vocal) e Breno Ghiorzi (Baixo

e Vocal) buscam levar o rock para todos. Os "magnatas" circulam com seus instrumentos e equipamentos pela cidade, tocam em becos, comerciais, jardins e até em cachoeiras. "Vivemos em Brasília e temos o privilégio de ter muitos espaços de circulação e convivência", afirma Laércio. Eles alegam que falta interação social e essa aproximação é um dos objetivos da banda. "Tentamos, com nossa arte, mudar essa visão", complementa. No começo das apresentações, é possível observar muitos curiosos. Logo depois, o estranho dá lugar à diversão. Crianças, idosos, jovens e familiares se aglomeram, cantam e dançam ao ritmo do rock. "Junta todo tipo de gente, isso é muito legal. Temos recebido uma resposta ótima do público", conta o baterista. No dia 25 de novembro, o Trio Magnata se apresentou no Hemocentro, na Asa Norte, na semana da campanha da do-

ação de sangue do Ministério da Saúde. Segundo Samuel Carvalho, uma das características da banda é a consciência sobre as causas e situações sociais que os cercam. "A música influencia os sentimentos, nesse caso é o da caridade e do amor ao próximo, iniciativa de fazer o bem sem olhar pra quem. Nossa música será apenas a trilha sonora para esse momento dessas pessoas doadoras", orgulha-se. Neste mês de dezembro, eles prometem reunir artistas da cidade para uma grande apresentação, desta vez com ingressos. O valor arrecadado será revertido para a caridade. As ruas de Brasília há muitos anos viraram um enorme palco para os aspirantes. Por isso, se você procura uma ideia diferente do comum e som de qualidade, sem ter que gastar um centavo, fique atento às ruas. Em qualquer lugar você poderá encontrar cinco "magnatas" que têm o rock como fonte de vida.

Brito aciete Dezembro/2013 :: Revista :: 39 Fotos:DiGrRolê


ZERO 61 CLOTHING

zero61.tumblr.com @zero61clothing facebook.com/zero61clothing 9937-6776 zero61clothing@gmail.com 40

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