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2013 assistiu a um recorde de contratações do crédito imobiliário: 134 bilhões de reais foram negociados, segundo a Caixa Econômica Federal. Os recémproprietários festejam as taxas de juros menores e os prazos maiores, enquanto os bancos comemoram a baixa taxa de inadimplência no pagamento dessa dívida.
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É hora de comprar? Especialista em mercado imobiliário, o empresário Rubem Vasconcelos responde a essa e outras questões sobre investimento e moradia nas capitais brasileiras Natural de Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, Rubem Vasconcelos nasceu como corretor no início dos anos 1970. Uma década depois, ele se tornaria sócio da empresa onde trabalhava, em suas praças de Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre. Foi na capital mineira que ele provocou um crescimento vertiginoso e se consagrou como um dos maiores empresários do ramo no país. Mas era pouco. Já com sua própria imobiliária em Belo Horizonte, aberta em 1988, Rubem recebe, em 1992, um convite para assumir o departamento de vendas de uma grande construtora no Rio de Janeiro. Hoje ele é proprietário da companhia, que conta com cinco sedes no Rio de Janeiro e mais de 700 corretores.
Divulgação
Indicado ao Guinness Book 2007 pela comercialização de 1.100 imóveis em um dia, na Vila PanAmericana, Rubem fala, na entrevista a seguir, sua opinião sobre a suposta bolha imobiliária brasileira e dá dicas para o investidor de imóveis. A primeira e principal pergunta a ser feita é: existe bolha imobiliária no Brasil? RV: Bolha imobiliária é uma expressão que representa a supervalorização de um imóvel, isto é, significa que ele ultrapassou seu valor e perdeu sua liquidez. Não se pode dizer que esse fenômeno represente a situação atual do mercado imobiliário brasileiro. Não existe bolha. A moeda se estabilizou, houve um crescimento exponencial das chances de crédito e um boom na oferta de imóveis. O percentual de crédito imobiliário em relação ao PIB cresceu muito, com inadimplência irrisória, entre 0,5 e 1,5%. E ainda podemos ir além! Como se pode falar em bolha? O que existe é um mercado em crescimento, e isso assusta. Mas essa mudança é fruto de um trabalho integrado de desenvolvimento do país como um todo, mas
CONTINUA
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principalmente nas áreas urbanas. O nosso
Quando as ruas e a rede de transportes
mercado imobiliário era muito reduzido em
melhoram, o comércio começa a crescer e
relação aos Estados Unidos e Europa.
o bairro se desenvolve como um todo. É natural que as pessoas queiram morar ali e
Todo mundo quer ter uma casa mas tem
então o mercado imobiliário vem para pro-
medo de sair perdendo...
mover essa oferta.
RV: Claro! O brasileiro foi patrimonialista a vida inteira. Fomos colonizados e segui-
Quem compra imóveis hoje?
mos sonhando com a casa própria. Se você
RV: Cerca de 70% dos compradores é de
olhar hoje, quantos ainda não conseguiram
classe média, que compra para morar. O
ter seu sonho realizado? Temos um merca-
resto é de investidores, que estão acertan-
do enorme ainda para crescer. Vemos outras
do e acreditando no mercado imobiliário.
camadas da população podendo investir em imóveis e vamos trabalhar para um cres-
Como acontece esse tipo de investimento?
cimento ainda maior.
RV: Está muito fácil comprar, a oferta é grande. Em vez de aplicar, muitos estão prefe-
E os elevados preços em mercados como o
rindo comprar para revenda, o que sempre
Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte?
vale a pena. Não há juros no imóvel durante
RV: O Rio de Janeiro sofria do mal da segu-
a construção, isso protege o investidor, que
rança pública, principalmente. A atual ad-
paga apenas o ajuste da inflação (hoje entre
ministração foi um marco nesta questão, li-
5 e 6%). O que se faz normalmente é reven-
bertando a imagem do Rio como um lugar
der logo na entrega das chaves. Quem pa-
perigoso. Brasileiros e estrangeiros que ti-
gou uma entrada de 40% consegue dobrar
nham desistido de ter apartamento aqui
esse rendimento na revenda. Basta escolher
voltaram atrás e houve enorme busca em
bem o negócio.
CONTINUA
bairros mais nobres (Ipanema e Leblon são pontos fora da curva, por conta da escassez de ofertas; não existe muito mais terreno para construir lá e a região foi muito valorizada). O mercado continua crescendo para dentro da Barra da Tijuca e para alguns bairros da zona Norte, como Méier, Cachambi e Nova Penha. Isso sem contar fora da cidade.
“Sempre tivemos o sonho da casa própria, mas quantos não
Que fatores determinam o crescimento do
conseguiram ter o sonho
mercado imobiliário?
realizado? Temos um
RV: Além das melhorias em segurança, tem a questão da infraestrutura, que é es-
mercado enorme ainda
sencial para o desenvolvimento da região.
para crescer”
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das características que valorizam o imóvel: localização, vizinhança, comércio e infraestrutura ao redor, divisão do imóvel, vista, iluminação e qualidade do condomínio. O que representam a Copa do Mundo 2014 e a Olimpíada 2016 para o mercado imobiliário brasileiro? RV: São eventos especiais por conta do enorme legado que deixam. Provocam avanços importantíssimos em mobilidade, estratégias de transportes e equipamentos urbanos em geral. E essas mudanças acabam acontecendo em tempo recorde. São melhorias que demorariam pelo menos o dobro do tempo para serem planejadas e implemenQuais dicas você poderia dar para o inves-
tadas, mas que acabam acontecendo rapi-
tidor de imóveis hoje? Como é possível es-
damente para atender à demanda dos even-
colher um bom negócio?
tos, que têm data marcada e não podem ser
RV: Diante desse contexto de grande cres-
adiados. E depois ficam como uma herança
cimento do número de lançamentos e das
preciosa que melhora a vida da população e
facilidades no parcelamento em 300 me-
impulsiona o desenvolvimento das regiões,
ses, os investidores buscam imóveis ainda
abrindo para outros investimentos. E aí vem
na planta e pagam a entrada parcelada du-
o mercado imobiliário. Posso dizer que esta
rante o processo da construção. Além dos
é uma década de ouro para o Brasil e para a
preços atraentes, a lei do Patrimônio de
compra e venda de imóveis. Estamos viven-
Afetação, de agosto de 2004, passou a pro-
do o ciclo olímpico imobiliário e a tendência
teger o comprador de uma possível queda
é só crescer até 2016.
da construtora ou desvio de investimentos para outro empreendimento. Quando da en-
E depois?
trega das chaves, basta anunciar a revenda.
RV: Depois esse progresso talvez não consi-
O investidor fisgará o comprador descon-
ga manter a mesma força, pois não terá o fô-
fiado, que prefere testar a descarga de sua
lego desses eventos. Mas isso não significa
casa nova e que pagará outro valor por não
que a população não continuará crescendo.
ter abraçado o risco do imóvel. E é assim
As cidades estarão transformadas e prontas
que o comércio se faz.
para absorver a população em busca do de-
A dica para a escolha do empreendimen-
senvolvimento e os turistas, que passarão
to é a mesma que se dá para quem vai com-
cada vez mais a apostar nelas como desti-
prar para morar. É preciso sempre lembrar
nos maravilhosos.
FIM
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O mercado depois do Mundial
Portal da Copa/Outubro de 2013/Hugo Cordeiro
Obras para melhorar acessibilidade à região do Estádio Mineirão são um dos fatores de desenvolvimento e atratividade para moradores e investidores
Em 12 de junho na Arena Corinthians, o
A preparação para sediar a competição
Itaquerão, em São Paulo, será dado o ponta-
exigiu investimento, sobretudo, na cons-
pé inicial para a tão esperada Copa do Mundo
trução de arenas esportivas e em obras de
2014. Os preparativos para o evento mobili-
mobilidade urbana nas 12 cidades que rece-
zam setores da economia e agentes públicos
berão os jogos. O Minas Arena, mais conhe-
desde a confirmação do Brasil como sede da
cido como Mineirão, abrigará quatro parti-
competição, há sete anos. Com uma expecta-
das da primeira fase, uma das oitavas de
tiva de injetar 30 bilhões de reais no Produto
final e uma da semifinal do torneiro.
Interno Bruto (PIB) do país, o torneio deve ge-
Para
garantir
acesso
à
região
da
rar três vezes mais renda do que a Copa das
Pampulha, onde fica o estádio, os governos
Confederações, que registrou ganho de 9,7
municipal e estadual promoveram obras
bilhões de reais. Os dados são de estudo da
como a construção do viaduto José Alencar,
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas
no cruzamento das avenidas Antônio Carlos
(Fipe), divulgado em abril e realizado a pedi-
e Abraão Caram, e investimentos no siste-
do do Ministério do Turismo.
ma de Transporte Rápido
CONTINUA
A região da Pampulha ganhou em obras viárias e transporte coletivo, que facilitam o acesso ao Minas Arena
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por Ônibus, o BRT. Três linhas de BRT circulam desde março na capital, transportando 30 mil passageiros por dia útil. Com a opera-
“A Copa trouxe um
ção completa, incluindo a Avenida Antônio
senso de urgência para
Carlos, serão 700 mil beneficiados. Peça fundamental do desenvolvimento
as obras de mobilidade
econômico nacional, o mercado imobiliário
na zona Norte. É como
acompanha essa dinâmica. A começar pelo
se o evento tivesse
ramo hoteleiro, como explica o engenheiro Otimar Bicalho, presidente da Câmara
feito Belo Horizonte
do Mercado Imobiliário de Minas Gerais
redescobrir a região”,
(CMI/MG) e do Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário do estado (Secovi-MG). “Belo Horizonte tinha uma rede de hotéis
Otimar Bicalho, presidente do Secovi-MG
modesta, o que tornava difícil a cidade receber grandes eventos. O nível de ocupação dos leitos na cidade era superior a 85%. A Prefeitura concedeu incentivos para a construção e operação de empreendimentos hoteleiros, e hoje a oferta atende à demanda. A cidade está preparada para receber os tu-
na zona Norte. Hoje, essa região passou a
ristas durante a Copa”, diz o especialista.
ser uma alternativa viável. É possível fazer o trajeto de lá até o Centro de automóvel em
Pensando em 2015
30 minutos”, defende Otimar. Segundo ele,
Além do Mineirão, que vai sediar os jogos da
o olhar dos compradores e das empresas
Copa do Mundo, outros investimentos têm
começa a se voltar para a região.
conduzido a expansão da cidade rumo à
Mas, e passada a Copa? “Teremos um
zona Norte, como o Aeroporto de Confins e a
mercado de vendas em nível igual ou melhor
Cidade Administrativa Presidente Tancredo
que o de 2014”, afirma o engenheiro. “Não
Neves, inaugurada em 2010. E, como não
há como reter os imóveis que já estão com
poderia deixar de ser, vias de acesso a es-
lançamento previsto, o que refletiria em alta
ses locais têm sido construídas ou reforma-
de preços. O valor médio dos imóveis em
das nos últimos anos. “A Copa trouxe um
Belo Horizonte atualmente é de 407 mil reais,
senso de urgência para as obras de mobi-
que já é um valor suficientemente alto. Outro
lidade nessa região. É como se o evento
fator relevante é o comportamento do com-
tivesse feito Belo Horizonte redescobrir a
prador. Com um contexto de incertezas eco-
zona Norte. À medida que a acessibilidade
nômicas, ele sente-se mais disposto a apli-
é melhorada, quem antes só cogitava viver
car suas economias em algo seguro e sólido,
na zona Sul passa a ter condições de morar
como a compra de um imóvel.”
FIM
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Casa assinada
Nas capitais do Sudeste, edifícios projetados por expoentes da arquitetura embelezam as cidades; fila de espera para morar em um deles não é pequena
COM VISTA PARA O MAR
ANOS DOURADOS
MODERNISMO CARIOCA
OSCAR EM BH
Com blocos residenciais e
Com 18 andares e 173
Projetado por Lúcio Costa,
Na praça da Liberdade
áreas comuns, o Conjunto
apartamentos, o Edifício
o conjunto residencial
encontra-se mais uma
Residencial Pedregulho
Bretagne (em Higienópolis,
dentro do Parque Guinle
contribuição de Niemeyer
enche o bairro carioca de
em São Paulo) conta com
é composto por seis
para a capital mineira. O
São Cristóvão com suas
salão de chá, piano-bar
edifícios, de arquitetura
edifício de 1954 possui
linhas curvas e coberturas
e jardim na cobertura.
moderna e repleta de
curvas sinuosas, seguindo
abobadadas. Durante o
Seu desenho, de clara
traços brasileiros. A
o estilo do arquiteto. Com
projeto, Affonso Eduardo
inspiração no glamour dos
fachada é composta
12 pavimentos, o prédio
Reidy priorizou o suporte
anos 1950, é de autoria de
por brises de madeira
ocupa um quarteirão
da construção em pilotis,
João Artacho Jurado. Até
e cobogós de cerâmica.
inteiro do bairro da
que possibilitariam que
hoje na lista de desejo dos
Localizados na zona sul
Savassi. Sua fachada
todas as 328 unidades
amantes da arquitetura, o
do Rio, os edifícios foram
é composta por placas
tivessem vista para a
Bretagne foi tombado pelo
estruturados em volta de
horizontais, intercaladas
baía de Guanabara.
Condephaat em 1995.
um grande jardim.
por espaços vazados.