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anos

Brasil Presbiteriano Congresso Regional de Educação Cristã Após a realização de congressos nacionais o CECEP, Conselho de Educação Cristã e Publicações da IPB, organiza o Congresso Regional de Educação Cristã. PÁGINA 16

Acompanhe o planejamento da comemoração do sesquicentenário.

Cinquentenário

Nos dias 25 a 27 de julho a IP Chapada dos Guimarães realizou a primeira Escola Bíblica de Férias com a participação de 50 visitantes e mais de 20 voluntários.

BP Legal

150 anos do Presbiterianismo em São Paulo

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EBF

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O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Ano 55 nº 706 – Setembro de 2013

O Sínodo Rio Doce comemorou seu Cinquentenário nos dias 12 e 13 de julho. As comemorações oficiais aconteceram com um culto de gratidão realizado no templo da Primeira IP de Governador Valadares, MG. PÁGINA 17

Saiba mais sobre as relações de trabalho nas igrejas em relação à zeladoria. PÁGINA 15


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EDITORIAL

Brasil Presbiteriano

A palavra final

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Brasil Presbiteriano noticia a cada edição o passamento de irmãos e irmãs na fé. Em cada oportunidade, essas e outras, o crente é desafiado a meditar na realidade do caráter transitório de nossa existência aqui, em contraste com a eternidade de Deus e com o caráter permanente do relacionamento para o qual ele nos escolheu em Cristo e nos chamou por seu Espírito, a vida eterna. Lutamos nessas ocasiões – e tanto mais quanto mais próxima for a pessoa que parte – com duas perspectivas e dois sentimentos. De um lado, há a tristeza causada pela separação, algumas vezes antecedida de maior ou menor período de sofrimento, outras vezes potencializada pelo caráter inesperado da morte. De outro lado, há a alegria que resulta

da firmeza da esperança cristã, a certeza procedente da fé na Escritura, segundo a qual o nosso Redentor vive e nele a ressureição final então já começou. Nem a morte poderá afastar-nos do amor de Deus que está em Cristo Jesus. Lidar com essas duas perspectivas e com os sentimentos resultantes poderá ser uma experiência inspiradora e libertadora. O crente não reprimirá sua saudade e tristeza. O choro correrá sem constrangimento, mesmo alguns questionamentos resultantes da fragilidade humana serão encarados sem susto – por que assim, por que agora –, mas o que lavará mesmo a alma será a resposta do próprio Senhor. Não há uma explicação detalhada e específica para cada coração ferido, mas na Escritura temos a respos-

Ano 55, nº 706 Setembro de 2013

ta que fala da contingência humana após a queda e das providências redentoras tomadas por Deus. Esse pensamento nos leva a considerar como o próprio Deus vê a morte, segundo a sua Palavra. Ela a anunciou no princípio como o efeito punitivo sobre a transgressão. Desobediência trouxe a morte. Tudo fora criado muito bem, mas agora havia maldição no universo em geral e no ser humano particularmente. Criado à imagem de Deus, feito, portanto, para relacionar-se, o homem viu esse aspecto da imagem divina ser atingido pela maldição. Inimizade passou a marcar todos os relacionamentos. Deus, porém, anunciou logo o plano de salvar seu povo da morte e de restaurar com ele o relacionamento. Cobrir o

primeiro casal com vestes de peles prenunciava o sacrifício que cobriria o pecado humano. Ao comunicar a Abraão sua aliança o Senhor revelou que o custo da transgressão seria pago pelo próprio Deus. É por isso que o salmo 116 afirma que a morte dos santos é preciosa para o Senhor. A nota da Bíblia de Estudo de Genebra informa que “preciosa”, nesse caso, significa “custosa”. Isso confere como que aprendemos sobre havermos sido resgatados, isto é, redimidos por preço. Jesus morreu e ressuscitou para que tenham vida todos aqueles que nele creem. A morte não tem a palavra final. Por causa de Cristo, nossas lágrimas podem correr agora, mas serão todas enxugadas na sua volta. Dele é a palavra final.

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Alexandre Henrique Moraes de Almeida Anízio Alves Borges Clodoaldo Waldemar Furlan Hermistem Maia Pereira da Costa Leandro Antônio de Lima Edição e textos: Camila Crepaldi SP 51.929 E-mail: bp@ipb.org.br Diagramação: Aristides Neto Impressão Folhagráfica


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ARTIGO

Correção com vara Minka Lopes

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oje se diz que a criança não precisa, nem pode ser corrigida com vara. Ela só precisa ser guiada e se desenvolverá sem traumas. Isto é defendido pela psicologia da autoestima. E, muitos evangélicos, vendo as estatisticas de abuso infantil, preferem aceitar as “reformas modernas” a encarar a dura realidade do seu coração pecador e enganoso. Alguns rejeitam o uso da vara por completo explicando que esse tipo de disciplina fazia parte da antiga aliança. E que a passagem do Novo Testamento, “O Senhor ...açoita ao que recebe por filho...” (Hb12.5,6), deve ser entendida figuradamente, pois estamos debaixo da graça e Cristo já recebeu as varadas que eram nossas. E ainda, afirmam que já temos uma visão mais madura de mundo. A pergunta é: Será que as Palavras do Criador são passado? Será que sabemos melhor? Os evolucionistas e a psicologia moderna querem que acreditemos nisso. E muitos não percebem que foi isso mesmo que a serpente afirmou no jardim do Éden. O que esquecemos é que somos coroa da criação com o alvo de refletir a imagem de Deus e ser perfeito (Gn 17.1). No entanto, caímos e desde então fugimos de nossa respon-

sabilidade. É importante aceitar nossa condição de caídos e a forma de Deus nos disciplinar (Hb 3.12-13 e 12.5-8). Somente então aceitaremos sem hesitação disciplinar nosso filho, nos alegrando com o privilégio de, redimidos e em reforma, podermos ajudar esses pequeninos a se transformarem em perfeitos varões (Ef 4.13). Seguiremos o modelo do Criador (Fl 3.17) da cruz para a glória (2Co 4.17), da morte para a vida (1Jo 3.14), do imperfeito para o perfeito (1Co 15.10). Sabendo que, se até mesmo o Filho aprendeu a obedecer pelas coisas que sofreu (Hb 5.8), quem somos nós

É importante aceitar nossa condição de caídos e a forma de Deus nos disciplinar

para não aceitarmos disciplina e sofrimento? Somos nós melhores? A vara, portanto, será usada ou não de acordo com aquilo em que acreditamos. Se eu creio que o filho é meu eu o trato como eu quero. Se eu creio que ele precisa ser benção na

cultura eu o educo como a cultura prescreve. Mas, se eu creio que ele é do Senhor, o tratarei de conformidade com a Palavra (Hb 12.8). Focarei no seu livramento da morte (Pv 23.13-14) e imprimirei os mandamentos do Senhor no seu coração (Dt 6.4-7). É importante perceber que ao usar a vara duas pessoas estão sendo moldadas, porque a vara possui duas extremidades. Numa extremidade encontramos um pai (ou mãe) frustrado usando a vara como válvula de escape. Ou um pai (ou mãe) bem humorado desejoso de servir ao Senhor esperando a hora e a forma certa de imprimir no coração do filho as leis de Deus (Dt 6.7). Na outra extremidade da vara, encontramos um filho desobediente ou desorientado, que deseja ser respeitado, aceito e amado pelo pai (mãe), com uma necessidade intrínseca de aprender e entender que suas ações precisam de redenção e reorientação. Portanto, é de suma importância usar a vara com espírito de brandura (Gl 6.1), não com raiva (Pv 19.18) como Balaão (Nm 22.27). Seu filho pode estar com a razão. Não use a vara de forma egoísta, não bata só porque seu filho estragou algo. Use a vara depois de julgar a causa (Is 11.3,4). Não seja injusto (Lv 19.35). Explique, antes de disciplinar. Comece

cedo: “enquanto há esperança” (Pv 19.18). Observe, se seu filho está ficando irado, ouse rever estratégias. Crie seu filho “na disciplina e admoestação do Senhor” (Ef 6.4). E não esqueça que a vara só deve ser usada como um meio

O alvo da vara não é um escape para sua raiva, ou para evitar que seu filho o envergonhe

de sublinhar algo dito, mas não observado. O alvo da vara não é um escape para sua raiva, ou para evitar que seu filho o envergonhe. Também não é um meio de formar uma pessoa socialmente aceita. O alvo é o coração e a sua transformação (Ez 36.26). É evitar que, no futuro, precise ser disciplinado por outros. É ajudá-lo a ter o favor do Senhor (Sl 30:5). É ensiná-lo a entender que a tribulação momentânea (2Co 4.17-18) vale mais que a alegria momentânea (Jó 20.4-5). É seguir o exemplo do Filho. É imitar o Filho. É ser “perfeito varão” (Ef 6.1-4). É pensar no reino não na sua sobre-

vivência. Lembre-se ainda de que a luta não é contra seu filho (Ef 6.11-12; Tg 4.1,4) e que a vara usada é exemplo da disciplina na igreja (At 5; Gl 6.1). O recurso principal não é a vara e sim a Palavra. Relembre seu filho que há recompensa (1Pd 5.10; Ap 2.10). E não se esqueça de que seu filho tem uma consciência (Rm 2.15) que precisa ser aguçada (Jo 8.9). Ajude-o a se livrar da má consciência (Hb 10.22) e das mentiras que a cauterizam (1Tm 4.2); portanto, por exemplo, se você não pretende corrigi-lo fisicamente, não o ameace. Finalmente, a vara pode ser literal ou figurada. Porém, não pode significar falta de misericórdia, sabendo que: “Se os seus filhos desprezarem minha lei... punirei com vara... Mas jamais retirarei dele a minha bondade...” (2Sm 7.12-15; Sl 89.30-34). E, por último, não seja um pecador experiente guiando seu filho a aprender e usar seus truques para se livrar do castigo eterno. Aceite o aviso e a correção do Criador e ajude seu filho a aceitar o mesmo, usando para isto, se for preciso, a vara, para sublinhar a Palavra do seu Criador e Salvador e Senhor. Minka Lopes é esposa do Rev. Augustus Nicodemus e participa do “Conte Comigo”, grupo de apoio às esposas de seminaristas do JMC.


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ARTIGO

Maria é mãe de Deus? Leandro Antônio de Lima

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oração mais popular do catolicismo diz: “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores”. Muitos protestantes discordam desse título concedido à Maria. Entendem que ela não pode ser a Mãe de Deus, uma vez que Deus existia antes dela. Para o catolicismo, pelo fato de Maria ter dado a luz a Jesus, e sendo Jesus Deus, então, ela é também a Mãe de Deus. Essa discussão levanta outra que diz respeito à pessoa de Jesus, sobre como se relacionam as duas naturezas (humana e divina) na pessoa de Cristo. Só podemos responder à pergunta se Deus tem mãe, após entendermos se Jesus é uma pessoa única, ou se há nele duas pessoas. Desde o início, a igreja se preocupou em tomar as decisões importantes através de Concílios. A origem dessa prática é Atos 15. O Concílio de Calcedônia foi convocado para solucionar o impasse cristológico, ou seja, a questão do entendimento a respeito das duas naturezas de Cristo. Nesse Concílio, em 451, foi formulada a principal declaração feita até hoje sobre a pessoa de Cristo. Naquela época, a igreja lutava com dois problemas internos: O “nestorianismo” e o “eutiquianismo”. O primeiro, o “nestorianismo”, era a concepção de que em Cristo havia duas naturezas separadas, a divi-

na e a humana. Assim, o Deus Cristo e o Homem Cristo eram aspectos separados em Jesus. Certas coisas ele experimentava como homem e certas coisas como Deus. Já o “eutiquianismo” defendia o “monofisismo”, ou seja, que Jesus tinha apenas uma natureza a partir da mistura entre o homem e o Deus. O Credo formulado no Concílio de Calcedônia rejeitava ambas as posições. O credo confirmou que Jesus é “verdadeiro Deus e verdadeiro homem”. Também declarou que ele tem “alma racional e corpo”. Quanto à sua pessoa, foi enfático em dizer que é “uma só pessoa”, porém “duas naturezas sem confusão, sem mudança, sem divisão, sem separação”. De acordo com o Credo, em Jesus não há duas pessoas, a humana e a divina, há uma só pessoa, mas há duas naturezas que, se por um lado não estão separadas, também não estão misturadas. A expressão mais polêmica do credo é a que chama Maria de “Mãe de Deus”. No entendimento dos participantes daquele Concílio (Calcedônia), pelo fato de que em Jesus não há duas pessoas, mas uma só, Maria pode ser chamada de Mãe de Deus. Ela é a mãe da Pessoa única e indivisível de Jesus Cristo. Por mais que as decisões dos Concílios sejam importantes, somente a Bíblia pode ser a palavra final em

assuntos teológicos. A Bíblia não faz distinções entre a humanidade e a divindade de Jesus, como se fossem pessoas distintas. Para a Bíblia há só uma pessoa. Há muitos textos que comprovam isso. Paulo falando da promessa de Deus com relação ao evangelho (Rm 1.34) se refere a Jesus como o Filho de Deus, e ao mesmo tempo, como o descendente humano de Davi. Homem e Deus estão unidos na pessoa do Redentor. O mesmo pode ser visto em Gálatas 4.4. O Filho de Deus foi enviado e nasceu da mulher, tanto sua divindade quanto humanidade fazem parte da pessoa única de Jesus de Nazaré. Paulo fala que nossa salvação foi possível porque Deus enviou “o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa” (Rm 8.3). E a mesma ênfase pode ser vista nas palavras de Paulo sobre a descendência de Cristo em relação aos Patriarcas (Rm 9.5). Um dos textos que deixam mais explícita a ideia de que Jesus é visto como uma só pessoa é Hebreus 2.14. Jesus, que é Deus, participou da carne e do sangue como todos os demais homens, portanto é inegável, ele é uma só pessoa, porém, tem duas naturezas, até porque esses textos demonstram que ele é Deus e também é homem. Em muitos textos acontece uma aparente inversão de atributos. Às vezes Jesus é tratado como homem, mas

lhe são atribuídas coisas da divindade e vice-versa. Isso nos mostra como a divindade e a humanidade não são aspectos que devem ser vistos separadamente. Elas estão unidas, formando uma única pessoa, mas não devemos pensar que sejam misturadas (At 20.28, 1Co 2.8, Jo 3.13). Em geral ouvimos as pessoas dizerem que Jesus é cem por cento Deus e cem por cento homem. Parece uma boa explicação a princípio, mas no fundo, é um tanto quanto confusa, pois pode sugerir que ele é, ao mesmo tempo, duas pessoas, o que não é verdadeiro, ou uma pessoa duzentos por cento, o que soa estranho. Ao afirmarmos que Jesus é uma única pessoa com duas naturezas estamos dizendo que a pessoa de Jesus possui atributos das duas naturezas. Assim, não há perigo em dizer que Jesus era uma pessoa onipotente, onisciente e onipresente, mas que também era sujeita a limitações, sendo um varão de dores, sujeito a fraquezas e deficiências de conhecimento. Ele podia ser tentado, sofrer e até morrer. Além disso, não sabia a data de sua segunda vinda. Ao mesmo tempo, conhecia até os pensamentos dos homens. Não devemos pensar que de alguma maneira as duas naturezas se misturaram e qualidades da divina foram atribuídas à humana e da humana à divina, como se o homem

fosse divinizado e o Deus humanizado. As duas naturezas permanecem distintas, porém, se unem para formar a pessoa completa de Jesus que sofre, cansa e é ao mesmo tempo imortal e onipotente. Pela união sem confusão das duas naturezas Jesus realizou a obra redentora como um todo. Ele resistiu ao pecado, morreu e ressuscitou, e isso foi possível, somente porque era homem e era Deus. Mas a obra não é nem do homem nem do Deus, e sim da Pessoa de Jesus, o DeusHomem. Como vimos no Credo formulado pelo Concílio de Calcedônia, Maria foi chamada de “Mãe de Deus” (Theotoko). A concepção, entretanto, da frase naquela época era muito diferente do que se entende hoje no catolicismo. Ao chamar Maria de “Mãe de Deus” pretendia-se apenas evitar a divisão da pessoa de Cristo, como queria a heresia nestoriana. Nestorio queria chamar Maria simplesmente de “Mãe de Cristo” (Christotoko). Caldedônia se posicionou a favor da unipersonalidade de Cristo. Cristo é uma única pessoa composta da natureza humana e divina, e essa pessoa nasceu de Maria. Mas com isso não se pretendia dizer que Maria gerou a divindade. A posição que Maria ocupa na teologia católica atual é resultado de sécu-


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RESENHA

A igreja em ação los de desenvolvimento. É verdade que Calcedônia contribuiu para isso, pois, se não tinha a intenção de exaltar Maria, pelo menos abriu as portas. Hoje, no catolicismo, Maria é considerada Mediatriz da Graça e Co-Redentora. Ela não é mãe apenas no sentido humano de Jesus, mas no sentido pleno de ser assistente na obra da redenção. Certamente isto é ir muito além de Calcedônia, e da Bíblia. Mais longe ainda foi o catolicismo em sua crença de que Maria nasceu sem pecado, que sua virgindade foi perpétua, e que ela teve uma ascensão aos céus sem passar pela morte. Todos esses conceitos, evidentemente, são extra-bíblicos. Concluímos, portanto, que na Pessoa indivisa do Redentor há duas naturezas, a divina e a humana. Ele não se esvaziou de nenhuma delas. Essas naturezas não se misturaram, pois mantiveram as qualidades inerentes de cada uma, estando em completa unidade. Essa união aponta para o sucesso da obra redentora de Cristo. Em sua própria pessoa, o Redentor transpôs o abismo entre Deus e os homens, entre o eterno e o temporal, entre a justiça e os pecadores. Graças ao verbo que se fez carne (Jo 1.14), podemos ter paz com Deus (Rm 5.1). O Rev. Leandro Antonio de Lima é membro do Conselho Editorial do BP

Marcelo Smeets

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ltimamente, palavras de ordem têm sido bradadas por todos os cantos e recantos desta nossa terra de palmeiras, onde canta o sabiá. As aves que aqui gorjeiam devem estar estranhando bastante essa grita toda. Mas os gritos têm sido tantos e por tantos e tantos outros motivos, que muitos já não sabem mais por que vão às ruas para bradar. Falta organização e união. Manifestações são legítimas para os cristãos, desde que feitas com ordem e respeito aos direitos dos outros, e confiados na soberania de Deus. Mas nosso assunto não é esse. Nosso foco é lembrar que, como cristãos, também pronunciamos palavras de ordem, e as ouvimos, e devemos obedecê-las. Avante, soldados de Cristo é uma palavra de ordem que dá título ao livro da Editora Cultura Cristã, que reúne textos de vários autores reformados de prestígio. Entre eles, estão R. C. Sproul, John MacArthur, Joel Beeke, John Armstrong e James White. Mas a que assunto esses autores se dedicaram? Qual seria o tema de um livro que convoca os soldados de Cristo? Seu subtítulo responde: “Uma reafirmação bíblica da Igreja”. A igreja parece viver tempos de dispersão. Cada um vai

para um lado e puxa para outro. O Senhor da igreja já havia advertido que “uma casa dividida contra si mesma não subsistirá” (Mt 12.25). Além disso, os soldados parecem ter se esquecido de que estão em batalha constante, de que foram chamados para a guerra, que não é contra carne e sangue, mas contra principados e potestades (cf. Ef 6.12). Os filhos de Deus devem estar reunidos, pois foram chamados a fazer parte da assembleia dos que creem, da igreja de Cristo. O livro nos faz recordar, ou aprender, pontos fundamentais da doutrina bíblica sobre a igreja. Cada autor se dedica a um tema específico e nos ajuda a encontrar resposta para perguntas como: “por que devo fazer parte da igreja?”, “Qual a importância da igreja?”, “Ela tem autoridade?”, “Quais são suas funções?”, “O que eu devo fazer como membro da igreja de Deus?”. No capítulo de autoria de John MacArthur, ele diz: “Muitos dos que professam fé em Cristo permanecem totalmente impassíveis com relação à igreja”. Ele parte desse quadro geral, que possivelmente conheçamos bem, para falar da importância da igreja para o cristão. Diante desse comportamento de “tanto faz quanto fez”, de muitos crentes, MacArthur relembra que é o próprio Deus quem edi-

fica a sua igreja e a sustenta: “edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18). A igreja é muito importante e sua relevância não pode ser esquecida. Abordando a doutrina da igreja, Joel Beeke faz uma exortação, citando João Calvino: “Se nós não preferimos a igreja a todos os outros propósitos de nosso interesse, não somos dignos de ser contados entre seus membros”. A doutrina é importante para o entendimento do papel da igreja porque é extraída da Palavra de Deus. Como filhos de Deus não nos guiamos por “achismos” ou experiências, mas pela Revelação que nosso Pai nos deu. A obra também aborda questões difíceis, como as das muitas denominações, por exemplo. Coube a Phil Johnson confrontar o ensino bíblico da unidade da igreja com a realidade da aparente fragmentação da cristandade. Dentro desse contexto, também é importante saber como posso reconhecer se a denominação à qual pertenço é bíblica, e se devo permanecer nela ou deixá-la. John H. Gerstner indica parâmetros para nos orientar biblica-

mente quanto a isso. O livro ainda apresenta as marcas da igreja, quem são e como devem agir seus membros, a questão da disciplina eclesiástica, o trabalho exercido pelo corpo de Cristo na terra e a relevância dos credos e das confissões para a igreja. Tudo isso apresentado em linguagem acessível, com muitas referências bíblicas e experiências dos autores da aplicação das verdades das Escrituras sobre a igreja à realidade de suas igrejas. Erguer o estandarte e lutar por sua cruz é papel do soldado de Cristo. Temos de atender a essa convocação, mas temos de estar preparados para a batalha. O inimigo é cruel, pois vem para matar, roubar e destruir (cf. Jo 10.10). Despreparados, somos vítimas fáceis. Temos de nos unir e nos organizar, segundo a Palavra daquele que nos arregimentou. Avante! Marcelo Smeets é presbítero da 1ª IP de Santo André, SP.


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LEMBRANÇA

Nobreza de caráter e gentileza no trato Alderi Souza de Matos

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as primeiras horas do sábado 17 de agosto de 2013, faleceu em São João da Boa Vista (SP), aos 85 anos, esse conhecido ministro e servo do Senhor, um dos personagens mais dignos e estimados da Igreja Presbiteriana do Brasil. Odayr nasceu no dia 29 de maio de 1928, na cidade de Rio Claro, no interior paulista, sendo seus pais o italiano Aldo Olivetti e Verônica Gastaldi Olivetti. Teve sete irmãos e irmãs. Foi batizado no dia 20 de março de 1929, na IP de Rio Claro, pelo Rev. Renato Ribeiro dos Santos. Fez os estudos primários no Grupo Escolar Irineu Toledo Pisa, em sua cidade natal. Foi recebido por profissão de fé em 7 de janeiro de 1945, pelo Rev. Pascoal Luiz Pitta. Cursou o secundário no Instituto José Manoel da Conceição, em Jandira (1946-47); no Colégio Estadual Joaquim Ribeiro, em Rio Claro (1948-49), e no Colégio Culto à Ciência, em Campinas (1950). Tornou-se aspirante ao ministério em janeiro de 1946, pela Junta de Missões Nacionais, e candidato ao ministério em janeiro de 1951, pelo Presbitério de Rio Claro. Estudou teologia no Seminário Presbiteriano do Sul, onde se formou em 28 de novembro de 1953. Sua licenciatura deu-se em 17 de janeiro de 1954, na 2ª

IP de Rio Claro. Em 31 de dezembro do mesmo ano, na IP Central de Campinas, casou-se com a jovem Azená Valim, nascida em 18 de setembro de 1933 em São João da Boa Vista, de uma conhecida família presbiteriana. Foi ordenado ao ministério no dia 23 de janeiro de 1955, na IP de Jaú, pelo Presbitério de Rio Claro. Sua experiência pastoral foi vasta. De 1954 a 1958, trabalhou como obreiro da Junta de Missões Nacionais em Teófilo Otoni e Nanuque (MG) e em Porto Alegre (RS); iniciou os trabalhos em Canoas e Sapucaia do Sul. Nos dois anos seguintes, pastoreou a IP de São João da Boa Vista, no Presbitério de Ribeirão Preto. De 1961 a 1965, foi missionário da Junta de Missões Estrangeiras no Chile, tendo trabalhado em Concepción e Santiago. Regressando ao Brasil, pastoreou a IP Central de Campinas (196667), as congregações de Araras (1969) e Sumaré (1970-71) e a IP do Jardim Licínia (1972-74). Mais tarde, também serviu a IP de Vila Marieta (1985), a Congregação de Santo Antônio do Jardim (1987), a IP Central de Campinas (1991-93) e, por breve tempo, a IP de Itapira (1996) e a IP Ebenézer de Campinas (1997). Por último, serviu a Congregação Presbiterial de Águas da Prata, iniciada em 1994 e organizada em 26 de

Rev. Odayr Olivetti e D. Azená

setembro de 1999. O Rev. Odayr ocupou muitos cargos relevantes na Igreja Presbiteriana do Brasil: secretário de atas da Junta de Missões Nacionais (1957-58); secretário executivo da Junta de Missões Estrangeiras (1966-1974); professor de Teologia Sistemática e outras disciplinas no Seminário Presbiteriano do Sul (19671974); administrador do SPS (1968-72); organizador, diretor e professor do Curso Intensivo de Teologia (197274); capelão do Instituto e da Universidade Mackenzie (1975-80); superintendente do Departamento de Literatura da Junta de Educação Religiosa (19811986); diretor geral do Instituto Cristão de Castro (1988-1990); membro e presidente da JURET/ SPS. Exerceu funções em todos os concílios de que

participou: Presbitérios de Rio Claro, Ribeirão Preto e Campinas, Sínodos Oeste do Brasil e de Campinas. Organizou as igrejas de Vila Marieta, Jardim Paranapanema e Jardim Garcia, em Campinas. Outras realizações suas foram as seguintes: fundador do Instituto de Amparo Social, em Teófilo Otoni– MG (1955); proponente da criação do Sínodo da Igreja Presbiteriana do Chile, do qual foi o primeiro secretário (1964-65); fundador do trabalho da IPB no Paraguai, com culto inaugural em 14 de julho de 1969. Fez os cursos de licenciatura em Filosofia na Faculdade de Mogi das Cruzes (19691970) e de pós-graduação em Ciências Sociais na Escola de Sociologia e Política de São Paulo (197172). Foi autor de numerosas

publicações: O Batismo Cristão (opúsculo, 1955); Manual do Culto da Igreja Presbiteriana do Chile (1964); Estudos e Mensagens (coautor, década de 1970); Evangelização e Predestinação (1976); Aprimorando a Escola Dominical (CEP, 1985, 1992); Consultório Bíblico (CEP, 1985, 2008); Dente de Ouro ou a Cidade de Ouro (CEP, 1993); Na Esteira dos Passos de Deus – livro do centenário da IP Unida de São Paulo (2000); Chico “Vira Brasa” – texto autobiográfico (2012); Júlio Andrade Ferreira – Caleidoscópio de uma Vida (2013). Outras contribuições: fundador e redator do jornal El Sur Presbiteriano (Chile, 1964); responsável pela coluna “Consultório Bíblico”, do Brasil Presbiteriano, desde maio de 1977, em substituição ao Rev. Galdino Moreira; presidente da Comissão de Tradução da Nova Versão Internacional da Bíblia – NVI (19902001); tradutor de mais de 100 obras, entre as quais Teologia Sistemática, de Louis Berkhof, as Institutas de João Calvino (edição francesa de 1541) e foi um dos tradutores do Novo Testamento Interlinear da Cultura Cristã. Foi ainda autor de numerosos poemas, como “Preito ao incomparável” (1978). Foi jubilado por tempo de serviço, pelo Presbitério de


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FALECIMENTOS Campinas, em 8 de novembro de 1996, tendo recebido o diploma de ministro jubilado em 20 de março de 1997. Residiu por muitos anos no aprazível bairro de Fonte Platina, perto de Águas da Prata. Deixa a esposa, professora Azená Valim Olivetti, que foi valorosa companheira por quase 60 anos e grande cooperadora do seu ministério. O casal teve três filhos: Simei Valim Olivetti, nascido em Porto Alegre em 24 de julho de 1956, pai de Marcela, Diogo e Mariana; Miriam Valim Olivetti, nascida em Rio Claro em 27 de outubro de 1958, mãe de Tiago e Lucas, e Társis Valim Olivetti, nascido em Concepción, Chile, em 1º de outubro de 1961, pai de Caroline. Azená tem duas irmãs que foram casadas com pastores: Alzira com o Rev. Júlio Andrade Ferreira e Natividade com o Rev. Marcelino Pires Carvalho. Uma irmã de Odayr, Leonilda, foi esposa do Rev. Walder Steffen. O Rev. Odayr Olivetti será sempre lembrado pela nobreza de caráter, profunda integridade, gentileza no trato, consagração a Cristo e extraordinária folha de serviços ao reino de Deus. Era um homem de princípios, como estes dois que gostava de acentuar: não realizar nenhum trabalho secular remunerado fora do ministério; prestigiar sempre as autoridades da igreja, sem servilismo. Nos últimos anos, manteve-se tranquilo e confiante enquanto lutava contra o câncer, continuando a dedicar seus talentos à causa do evangelho. O tocante culto de despedida, na IP de São João da Boa Vista, teve a presença de 30 pastores e de muitos irmãos na fé e amigos da família. Falaram, entre outros, os Revs. Adão Carlos Nascimento e Wilson Emerick de Souza. O corpo foi sepultado ao lado do cunhado e colega Marcelino Pires Carvalho. Por meio da fé, mesmo depois de morto, esse amado irmão ainda nos fala (Hb 11.4). O Rev. Alderi é o historiador da IPB.

Maria Joana Brasileiro Faleceu no dia 15 de agosto, aos 90 anos de idade, dona Maria Joana. Dona Lica, como era carinhosamente chamada, deixa filhos, netos e bisnetos, além de numerosos amigos e irmãos em Cristo. Entre os seus filhos, o atual presidente do Supremo Concílio da IPB, Rev. Roberto Brasileiro Silva. Esposa, mãe e avó agregadora e amorosa, Dona Lica buscou sempre o bem-estar da família. Ela era conhecida por sua fé fervorosa e incansável dedicação na obra de Cristo. Era uma cristã pronta para evangelizar e anunciar a graça do Salvador Jesus. Sua maior satisfação era estar na Igreja do Senhor e compartilhar da comunhão com os irmãos. Todos que a conheceram podem testemunhar o seu empenho para estar presente, sobretudo nas reuniões de oração. Seu testemunho tornou-se parte da vida de seus familiares e da IP do Bairro Constantino em Patrocínio, MG. Dona Lica seguiu a sua vida tendo Cristo como sua esperança inequívoca. Esse foi o legado que deixou para todos que muito a amaram e estimaram. O carinho e a saudade de centenas de pessoas ficaram evidentes na emocionada cerimônia que reuniu mais de 800 pessoas, dentre as quais cerca de 50 pastores e oficiais. Dona Lica deixa os filhos: Lindinalva, Silas, Marlene, Alberto, Roberto, Marcos, Paulo, Mário Lúcio e Maria. Rev. José Carlos Piacente Júnior, pastor-auxiliar da IP do Bairro Constantino James Richard Denham Júnior No dia 31 de julho o Senhor chamou à sua presença o Rev. James Richard Denham Júnior. O Rev. Denham tinha 86 anos, serviu como pastor e missionário no Brasil por 61 anos, desde 1952, e foi o fundador do Ministério Fiel. Ele deixou a esposa, Pearl Armen Denham (85) e sete filhos. Sua obra ministerial realizada por meio da Editora Fiel e das conferências anuais inspiraram

inúmeros cristãos e continuarão a ser referência no meio evangélico. Geralda Aparecida de Paula e Jefté Andrade A IP Unida de Suzano comunica o falecimento de nossos queridos irmãos: Geralda Aparecida de Paula (1937–2013), ocorrido no último dia 29 de julho, com 75 anos. Uma serva fiel que, por onde passou, deixou um vívido testemunho de fé no Senhor Jesus, sendo sua vida marcada pela dedicação à família e ao próximo; Jefté Andrade (1933–2013), ocorrido no último dia 2 de agosto, com 79 anos. Homem que testemunhou de Cristo em sua vida enquanto aprouve ao Senhor mantê-lo conosco. A IP Unida de Suzano une-se às famílias no consolo verdadeiro de que ambos estão nos braços do Pai Eterno aguardando nosso encontro para juntos com os santos vivermos a eternidade recebida gratuitamente pela obra gloriosa de Cristo Jesus. Rev. Nelson Luiz Taibo Avidago Jr, pastor da IP Unida de Suzano Roseli Pereira Correa Lima e Moura Após uma longa e terrível enfermidade, faleceu em São Paulo, SP, no dia 05 de agosto, a querida irmã Roseli Pereira Correa Lima e Moura, nascida em São Paulo, no dia 22 de maio de 1951, filha de Plínio Domingos Corrêa e Deise Augusto Pereira Corrêa. Tinha apenas uma irmã, Greice Pereira Corrêa, e deixou viúvo o Rev. Hugo Aníbal Costa de Lima e Moura, membro do Presbitério Unido. Serva fiel a Jesus, Roseli foi professora da Escola Dominical, escritora, participou da elaboração de Revistas para ED na Casa Editora Presbiteriana, palestrante, conselheira, dedicada e competente esposa de pastor. Foi uma vida abençoada e abençoadora nas mãos do Senhor Jesus Cristo. Que o conforto do Espírito Santo revista os corações enlutados dos familiares. “Muito bem, serva boa e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colo-

carei; entra no gozo do teu Senhor” (Mt 25.21). Rev Carlos Aranha Neto, pastor titular da IP Unida de São Paulo Rev. Oswaldo Ramos No dia 18 de junho de 2013, a IP Monte Sião despediu-se de seu pastor emérito, Rev. Oswaldo Ramos, com um culto de ação de graças, que contou com a presença de diversos pastores, presbíteros e diáconos de diversas igrejas de São Paulo, além de familiares, membros da igreja Monte Sião e de outras onde ele pastoreou. Nasceu em 15/10/1931. Era casado com a sra. Eny Ramos há 59 anos com quem teve duas filhas: Drucilla e Rachel. Deixou genros, netos e bisnetos. Formouse em teologia pelo Seminário Metodista livre, pastoreou diversas igrejas presbiterianas, tendo sido ordenado em 04/10/1970. Fundou a IP Monte Sião, em 24/06/1979, na região do Jabaquara--SP, onde foi pastor efetivo até 2001, ocasião em que foi jubilado. Além da teologia, formou-se em propaganda e marketing, foi professor de português e inglês, teologia, hermenêutica, homilética, nos seminários JMC e Metodista Livre. Traduziu dezenas de obras pela Editora Vida, Mundo Cristão e Cultura Cristã. Deixou duas obras publicadas: Maneja bem a Palavra e Dízimo e bênçãos, pela Editora Vida, tendo colaborado em diversas revistas evangélicas. Nos anos 80 exerceu cargos de direção no Mackenzie. Foi diretor em diversas empresas de grande porte em São Paulo: Swift, General Motors, Adams, Orniex e Bayer. O Rev. Oswaldo deixa um legado muito importante na formação de muitos pastores, presbíteros, diáconos e professores que hoje atuam em diversas denominações evangélicas. Louvamos a Deus pelo seu frutífero ministério que ainda produzirá muitos frutos para a Glória de Deus. Rev. Davi Dumas Neves, pastor da IP Monte Sião (Presbitério Sudeste Paulistano).


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COMEMORAÇÃO

150 anos do Presbiterianismo em São Paulo Alderi Souza de Matos

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m março deste ano, o Rev. Alderi Souza de Matos, historiador da IPB, convidou os presidentes dos seis sínodos da cidade de São Paulo para planejarem as comemorações do sesquicentenário do presbiterianismo paulistano. Foi no dia 9 de outubro de 1863 que o Rev. Alexander Latimer Blackford e sua esposa chegaram à capital paulista para iniciar o trabalho presbiteriano. São membros da comissão de planejamento o Rev. Ageu Cirilo de Magalhães Júnior (Sínodo Piratininga), Pb. Damocles Perroni Carvalho (Sínodo Norte Paulistano), Rev. José Maurício Passos Nepomuceno (Sínodo Paulistano), Rev. Marco Antônio Rodrigues (Sínodo Unido), Rev. Marcos Tadeu Torres (Sínodo de São Paulo) e Pb. Paulo Mastro Pietro (Sínodo Leste de São Paulo). Também foram convidados para integrar a comissão os Revs. Carlos Aranha Neto (IP Unida de São Paulo) e Fernando Hamilton Costa (IP do Calvário). A comissão aprovou duas atividades para comemorar esse evento tão significativo. Em primeiro lugar, a realização de um culto de ação de graças, que deverá ocorrer na Igreja Presbiteriana Unida de São Paulo, na Rua Helvetia, no sábado dia 19 de outubro,

Rev. José Maurício, prefeito Fernando Haddad e Rev. Alderi Matos

às 19 horas, tendo como pregador o Rev. Roberto Brasileiro Silva, presidente do Supremo Concílio. Para esse culto, estão sendo convidadas todas as igrejas presbiterianas da cidade de São Paulo. A segunda iniciativa no sentido de comemorar o sesquicentenário será a inauguração de um pequeno monumento no centro da cidade, nas proximidades da primeira sede da igreja presbiteriana (Rua Nova de São José, atual Líbero Badaró). Com esse objetivo, no dia 6 de agosto os Revs. José Maurício Nepomuceno e

Alderi Matos tiveram uma audiência com o prefeito Fernando Haddad na sede da Prefeitura Municipal, no Viaduto do Chá. O prefeito os recebeu com muita cordialidade e solicitou a dois de seus assessores que tomem as medidas necessárias para que tal plano seja concretizado. O projeto do monumento está sendo elaborado pelo arquiteto André Vieira, membro da IP de Vila Formosa. Se tudo ocorrer conforme se espera, esse monumento, que constará de um pedestal e uma placa comemorativa, será inaugurado no mesmo dia

do culto, 19 de outubro de 2013. Por sugestão do prefeito, também está sendo preparado um projeto de lei a ser aprovado pela Câmara

Projeto do monumento

Municipal instituindo o Dia do Presbiterianismo em São Paulo. Na ocasião será realizada uma Sessão Solene na sede do legislativo municipal.


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CAPELANIA

Com as lentes do amor de Deus Uns convivem com o HIV, outros, portam uma cadeira de rodas, uma criança luta contra o câncer, outra ainda, com condições de especialidade, e outros mais, com cicatrizes de queimadura. Esta é a minha experiência, que vivo queimado há 33 anos! Isso mesmo, queimado! Fernando Ferreira

A

palavra poderá parecer chocante, mas não mais do que o choque de enfrentar o despreparo de pessoas para lidar com condições e sequelas de enfermidades ou acidentes. A maioria das pessoas, sem saber como agir, finge que a enfermidade ou a aparência dos outros seja coisa “normal”. Às vezes, tentam “comprar” a consciência do portador da necessidade, pretendendo não notar qualquer diferença. Para realmente ajudar, precisamos preparar tanto o enfermo quanto a sociedade para lidar emocionalmente com questões que envolvem o corpo e a alma. Veja meu caso: eu tenho uma queimadura. Não foi coisa simples retornar à vida comum depois da alta hospitalar. Mesmo tendo passado por tratamentos doloridos e prolongados, maior foi a dor íntima da volta à vida comum. Olhares estranhos, curiosos, temerosos do encontro, comentários aparentemente sem sentido, rejeição disfarçada ou aberta... tudo isso mina o senso de valor pessoal. Tive de usar, 24

horas por dia, uma máscara (como meia Kendall, opaca e bem ajustada, deixando à mostra apenas olhos, nariz e boca), retirando-a apenas para o banho. É possível imaginar a estranheza causada nas ruas, nos metrôs, na escola, nos parques e shoppings? Qualquer que porte deficiência ou sequela sente que passa de “normal” a “anormal”. Como lidar com a curiosidade, com o desentendimento ou com a maldade de adultos e crianças? Ou seria melhor perguntar: Como ajudar o

paciente após a alta hospitalar? Como ajudar a família e a sociedade a curar medos e preconceitos? Sequer sabendo como, acabei criando dispositivos de defesa. Quando encontrava com alguém pela primeira vez, focalizava nos olhos e procurava dar continuação à conversa a fim de provocar igual reação. Passados não mais que cinco minutos, eu conseguia minimizar os traços exteriores da queimadura e revelar meu interior. Era como se tudo voltasse ao normal, como se não houvesse me queimado. Essa forma passiva de defesa foi desenvolvida nos quinze anos após o acidente, depois de muita humilhação e brigas. É surpreendente como as pessoas podem ser cruéis com as de-

Ainda criança, após o acidente, utilizando a máscara

mais que parecem “diferentes” de um padrão conceituado como “ideal”: mais gordas ou magras, mais altas ou baixas. Quanto a mim, era chamado de torresmo, churrasquinho, torradinho e, depois, em função da máscara, de fantasma e coisas tais. Com tudo isso, como ajudar um adolescente acometido de queimaduras deformantes no rosto, no peito, nos braços, na mão? Como ajudá-lo a deixar de lado a vitimização natural e adquirir defesas adequadas – especialmente nessa idade de transformações no corpo e mente fervente de emoções? Como ajudar qualquer pessoa portadora de condição ou enfermidade a superar as dificuldades e voltar a viver? Hoje, recém-convertido, tendo aceitado a Jesus Cristo como meu Salvador e Senhor, tenho uma paz interior que supera em efeito e eficácia a todas as defesas humanas. Fortalecido com o estudo da Palavra de Deus, lido melhor com as coisas externas. Nos momentos mais íntimos, que somente Deus e eu conhecemos, ainda fraquejo e me apanho olhando no espelho, e perguntando: Por que comigo? Mas na mesma hora também pergunto a Deus: Para quê? Já me irei contra Deus, já briguei contra o mundo, até contra meus pais que fizeram tudo o que era possível na época – e já provei a

Formatura do filho Arthur

paz de Cristo que excede a todo entendimento. A Bíblia diz que Jesus, tendo sofrido o que todos nós sofremos, habilitou-se a ser o nosso Redentor. Assim, redimido, posso também cumprir o chamado de Cristo para alentar os que sofrem e instar com a igreja para que promova esse mesmo amor. De um modo bem prático, ajamos com naturalidade nas relações com as pessoas “especiais”, sem fingir que elas não apresentam as condições de sua especialidade; olhemos para a realidade do que elas enfrentam, considerando o coração mais do que a aparência. Permitamos que o amor de Deus nos leve a olhar para todas as pessoas com as lentes do seu amor. Fernando F. Ferreira é empresário e membro da Igreja Presbiteriana Paulistana.


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MÊS DE SETEMBRO N

Rev. Alderi Souza de Matos, historiador da IPB

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● Organização da IP de Sorocaba-SP, com cinco membros, pelo Rev. Alexander Latimer Blackford (1869). ● Ordenação dos Revs. Bento Ferraz, Herculano de Gouvêa e João Vieira Bizarro, em Mogi Mirim, pelo Presbitério de Minas (1891).

● Ordenação do Rev. Eduardo Carlos Pereira, em São Paulo, pelo Presbitério do Rio de Janeiro (1881). ● Ordenação do Rev. João Ribeiro de Carvalho Braga, em Sorocaba, pelo Presbitério do Rio de Janeiro (1885). ● Ordenação do Rev. Álvaro Emídio Gonçalves dos Reis, em São João da Boa Vista, pelo Presbitério de Minas (1889).

● Dr. Donald Gordon e sua esposa Helen fundam o Hospital Evangélico de Rio Verde, em Goiás (1937).

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● Ordenação do Rev. José Zacarias de Miranda e Silva, em Brotas, pelo Presbitério do Rio de Janeiro (1881). Inauguração do edifício do Seminário Presbiteriano na Avenida Brasil, em Campinas (1949).

19 ● Rev. Matatias Gomes dos Santos prega pela primeira vez em São José do Calçado, onde surgiu a primeira igreja presbiteriana do Estado do Espírito Santo (1903).

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● Organização da IP de Ribeirão Claro (Iacanga-SP), pelo Rev. João Vieira Bizarro (1895).

● Organização da Junta Mista de Missões Nacionais, formada pela IPB e as missões norte-americanas, na IP Unida de São Paulo (1940).

21 ● Rev. João Fernandes Dagama e família fixam residência em Brotas, iniciando um longo e frutífero ministério no interior de São Paulo (1872). ● Organização da IP de Nova Friburgo (RJ) pelos Revs. John M. Kyle e Álvaro Reis (1898). ● Chega ao Brasil o missionário Rev. Ashmun Clark Salley, que trabalhou em Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso e Goiás (1910). ● Organização da IP de Copacabana, no Rio de Janeiro, pelo Rev. Álvaro Reis (1913).

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● Rev. John B. Howell celebra a Santa Ceia pela primeira vez no novo edifício da Escola Americana, na Rua de São João, em São Paulo (1876). ● Ordenação do Rev. Caetano Nogueira Júnior, no Rio de Janeiro, pelo presbitério do mesmo nome (1886).

11 ● Criação da Igreja Evangélica Brasileira por um grupo que deixou a IP do Rio de Janeiro, liderado pelo Dr. Miguel Vieira Ferreira (1879).

● Organização da IP de Ribeirão do Veado (PederneirasSP), pelo Rev. João Vieira Bizarro (1895). ● Ordenação do Rev. Erasmo de Carvalho Braga, na antiga capital federal, pelo Presbitério do Rio de Janeiro (1898).

12 ● Organização da IP de Cachoeira, na Bahia, pelos Revs. James T. Houston e Francis Schneider (1874).

● Organização inicial da IP de Maceió, pelos Revs. John Rockwell Smith e José Francisco Primênio da Silva (1887).

22 ● Organização da IP de Caxias, no Maranhão, pelos Revs. William M. Thompson e Belmiro César (1895). ● Organização da IP Filadelfa, em São Paulo, pelos Revs. Zacarias de Miranda, Francisco Lotufo e Pb. Eduardo Duarte (1899).

23 ● Rev. Eduardo Carlos Pereira é investido no pastorado da IP de São Paulo, onde haveria de permanecer por 35 anos (1888).


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NA HISTÓRIA DA IPB 6

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● Instalação do Sínodo Presbiteriano, presidida pelo Rev. George Chamberlain, na IP do Rio de Janeiro (1888). ● Ordenação do Rev. Aníbal José dos Santos Nora, no Rio de Janeiro, pelo presbitério de igual nome; grande plantador de igrejas no leste de Minas (1908).

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● Constâncio Homero Omegna, futuro pastor, publica sua abjuração do catolicismo romano (1899).

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● Chega a São Paulo o Rev. Emanuel N. Pires, que trabalhou por alguns anos na capital e no interior da província (1866).

● Transferência do Seminário Presbiteriano para a Rua Maranhão, em São Paulo (1899).

● Rev. Zacarias de Miranda é instalado como pastor da IP de Sorocaba (1892).

● Inauguração do templo da IP Unida de São Paulo no centenário da independência do Brasil (1922).

● Inauguração do edifício do Seminário Presbiteriano na Avenida Brasil, em Campinas (1949).

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● Rev. José Manoel da Conceição envia interessante carta pastoral aos moradores do bairro Cabaçaizinhos, perto de Itapetininga-SP (1868).

● Em sua primeira reunião, o Sínodo da IPB decide criar o Seminário Presbiteriano (1888).

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● Ordenação dos Revs. Jerônimo de Carvalho Silva Gueiros e Lourenço Alves de Barros, em Garanhuns, pelo Presbitério de Pernambuco (1901).

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● Criação da Sociedade Brasileira de Tratados Evangélicos, uma iniciativa do Rev. Eduardo Carlos Pereira (1883). ● Chegam ao Brasil os consagrados missionários Franklin Floyd Graham e Harold Charles Anderson (1910).

● Ordenação do Rev. Flamínio Augusto Rodrigues pelo Presbitério de Minas; foi diretor do Colégio Internacional e pastor na região da Mogiana (1893).

● Rev. Eduardo Carlos Pereira preside a instalação do Presbitério de São Paulo, cujo primeiro moderador foi o Rev. George W. Chamberlain (1888).

24 ● Organização da IP de São João da Cristina, no sul de Minas, pelo Rev. Manoel Antônio de Menezes (1900).

26 ● Ordenação dos Revs. William Calvin Porter e Juventino Marinho da Silva, na capital da Paraíba, pelo Presbitério de Pernambuco (1889).

27 ● Organização da IP de Machado, no sul de Minas, pelo Rev. Modesto Carvalhosa (1874).

29 ● Profissão de fé de Bartolomeu Reviglio, primeiro crente italiano a ingressar na IP de São Paulo e futuro colportor (1867).

30 ● Instalação do Seminário Presbiteriano Rev. Denoel Nicodemos Eller, em Belo Horizonte (1986).


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ORIENTAÇÃO

Pastoral da “Marcha do Vinagre” T

endo em vista as recentes manifestações populares em passeatas por todo o país em junho de 2013 (nas quais o vinagre foi usado para neutralizar os efeitos incômodos do gás lacrimogêneo, lançado pela polícia em alguns manifestantes), os pastores da IPN – Igreja Presbiteriana Nacional em Brasília, DF, vem a público trazer esta pastoral de orientação aos membros da sua Igreja, na esperança de que ela seja de proveito geral.

Princípios a serem observados por discípulos cristãos, Diante da “Marcha do Vinagre” em curso no Brasil I. O PRINCÍPIO DA AUTORIDADE DA BÍBLIA SAGRADA Para a igreja protestante, a Bíblia Sagrada é a única e suprema regra de fé e de prática norteadora para o discípulo de Cristo. Sendo assim, suas crenças e decisões devem se manifestar sob a autoridade do ensino das Escrituras (Sl 119.9,11). II. O PRINCÍPIO DA AUTORIDADE CONSTITUÍDA A Confissão de Fé de Westminster, adotada pela Igreja Presbiteriana do Brasil, trata com propriedade do tema da autoridade na sociedade humana (Cap. XXIII:1 – Do Magistrado Civil). Deus detém todo o poder e toda autoridade como Criador e Senhor do Universo. Ele estabelece autoridades humanas em sua Providência, delegando-lhes poder para o bem daqueles sob sua jurisdição, sendo que oportunamente prestarão contas a Deus pelo uso que fizeram deste poder. Decorre então, que os que estão debaixo de autoridades constituídas devem honrá-las, por causa da natureza sagrada de sua posição.

III. O PRINCÍPIO DA INTERCESSÃO PELAS AUTORIDADES Cremos, à luz do ensino bíblico (1Tm 2.1-3), que: 1. Os que estão investidos de autoridade devem ser objetos frequentes de nossas orações, como Igreja de Deus que somos; 2. Ao fazermos isso, agradaremos a Deus atendendo a sua vontade nesse particular e, como resposta divina, receberemos dias de tranquilidade nacional e mundial, conforme forem os propósitos soberanos de Deus. 3. Como crentes deveríamos intensificar essas orações em dias que manifestações públicas e violentas se multiplicam, num despertar misto de esperança e intranquilidade em nosso país. IV. O PRINCÍPIO DA DESOBEDIÊNCIA CIVIL NECESSÁRIA Há situações em que se torna imperativo obedecer a Deus e desobedecer às autoridades por ele mesmo constituídas (At 5.29): 1. Esse ensino bíblico não pode servir de desculpa para a rebelião gratuita contra o poder constituído, ao

mesmo tempo em que alerta para o fato de que a autoridade não deve abusar do poder que lhe foi conferido por Deus; 2. Sendo assim, o questionamento, protestos e mesmo a desobediência pela população contra a conduta injusta das autoridades é um dever cristão, segundo a Teologia dos Reformadores (especialmente João Calvino); 3. Por outro lado, como cristãos devemos nos posicionar contrários às ideias e táticas anarquistas e criminosas observadas nas atuais manifestações, rejeitando assim a promoção e o apoio ao zeitgeist (espírito da época) de nossa sociedade cada vez mais antiverdade, anti-autoridade e anti-instituições. V. O PRINCÍPIO DA QUEDA E AS MASSAS Por sermos uma humanidade caída no pecado, temos de prever que toda manifestação humana pode estar sujeita aos efeitos nocivos do pecado. Por isso, um movimento que começa bem e com boas motivações pode se perder facilmente no meio do caminho por falta de foco ou por apresentar contradições internas (Pv 29.8). Que não sejamos ingênuos, portanto, em exaltar sem reflexão e análise a qualquer manifestação que aconteça e se apresente como democrática. Deveremos saber a hora de nos retirarmos das ruas, conforme o andamento das coisas, nos guiando por nossos princípios e não pela

conveniência das circunstâncias. VI. O PRINCÍPIO DA JUSTIÇA PESSOAL Se há tanta insatisfação na sociedade brasileira contra injustiças, abusos e corrupção, especialmente por parte das autoridades, e, se nos achamos no direito e no dever de protestar contra a corrupção, devemos ser os primeiros a mostrar que somos diferentes deles, desde já, nas pequenas coisas exibindo um caráter íntegro e incorruptível. Aqui fica evidente a necessidade que todos temos de um novo nascimento, que nos liberte da natureza corrupta do ser humano natural e nos permita viver um padrão ético verdadeiramente superior, como o é a ética proposta por Cristo, possível apenas aos que ele regenera (2Co 5.17). E que não nos detenhamos nessa experiência inicial da fé, mas que avancemos para um caráter transformado gradativamente à semelhança do caráter de Cristo. O PRINCÍPIO DO REINO ESCATOLÓGICO Seja no Brasil, Países Árabes ou Europeus, as manifestações populares recorrentes acusam uma grave crise e um vácuo de lideranças fortes e sábias para promover o bem comum. Essa reflexão reforça a

necessidade de o cristão se preparar, orar e atuar para que o Reino Visível de Jesus Cristo sobre o nosso mundo seja finalmente estabelecido, como a Casa da Justiça (2 Pe 3.13) para todos os seus seguidores.

CONCLUSÃO Que sob princípios assim exerçamos nossa cidadania como brasileiros, regidos por nossa cidadania maior no Reino dos Céus, e marchemos então com sabedoria nos acontecimentos que ainda estão por vir e que por ora são bastante imprevisíveis, fazendo nossa parte para que Deus seja honrado por meio da nossa conduta como cristãos. Brasília, DF – 30 de junho de 2013 Rev. Obedes Ferreira da Cunha Jr. e Equipe de Pastores da IPN.


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EVANGELIZAÇÃO

Primeira EBF na IP Chapada dos Guimarães Djaik Souza Neves

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eus foi muito generoso”, foi o testemunho de uma das irmãs que colaboraram com a primeira Escola Bíblica de Férias de nossa igreja, a IP de Chapada dos Guimarães, MT. E entendemos que tal opinião é um excelente resumo do que pudemos ver nos dias 25 a 27 de julho, além da entrega dos certificados para as crianças que aconteceu no dia 28, no culto vespertino na igreja, com a participação dos pais. Como em boa parte do país, a semana em quem ocorreu a EBF começou com um frio cortante e uma densa neblina (como é comum por aqui). Mas no dia em que deveria começar a EBF, Deus nos presenteou com um bonito céu azul e sol forte (que

perdurou todos os dias), o que facilitou em muito a locomoção e participação das crianças na programação. Para a ocasião, foi convidado o seminarista Pedro Henrique Silva, que nos surpreendeu com sua pronta disposição para divulgar o evento pela cidade e alegria de servir no que foi necessário, além, é claro, da alegria na ministração para as crianças e, mesmo assim, muita seriedade e clareza na apresentação do genuíno e precioso evangelho do Senhor Jesus. As crianças foram muito edificadas com o tema: “Jesus, o campeão”, cujo conteúdo, baseado nas Escrituras, foi elaborado pelo próprio seminarista que, além de cursar o segundo ano no Seminário Presbiteriano Brasil Central, é voluntário

no Núcleo Esperança, um ministério que acompanha crianças em tratamento de câncer no Hospital Araújo Jorge de Goiânia, e apoia as famílias de diversos modos. A EBF contou com a presença de 70 crianças, em média, sendo que cerca de 50 delas não pertencem à igreja. Todo o trabalho só foi possível por conta da participação de vários irmãos. Entre 20 e 25 voluntários se empenharam desde o primeiro dia até ao último para receber e servir às crianças, facilitando o acesso delas ao evangelho que foi pregado todos os dias, com palavras e atitudes. As irmãs da SAF e outras, mais uma vez auxiliaram de um modo decisivo no fornecimento de um lanche todos os dias do evento. Como pastor, não posso

A EBF contou com a presença de 70 crianças, em média, sendo que cerca de 50 delas não pertencem à igreja

deixar de testemunhar a alegria de ver crianças sendo convidadas para o reino de Deus, como Jesus ordenou, além de perceber a igreja se dispondo a servir de um modo surpreendente. Logo no primeiro dia, foram ajudadas crianças pobres que compareceram, mas não tinham agasalhos para se proteger do

Materiais para EBF preparados pela Cultura Cristã (www.editoraculturacrista.com.br)

A fórmula secreta

Diário de aventuras

Descobrindo os tesouros da Bíblia

frio que ainda perdurava; um outro irmão, além de ir buscar crianças em suas casas para a programação, percebendo a carência da família, logo tomou medidas para que a igreja providenciasse ajuda, o que aconteceu também por meio de voluntários. Muitos outros irmãos, não podendo estar presentes, ofertaram dinheiro para as necessidades em geral e alimentos para os lanches. Outros abriram suas casas para receber pessoas. Mesmo já reconhecendo os equívocos e as falhas do evento, não consegui perceber murmuração ou má vontade em nenhum dos voluntários. Deus também foi generoso em usá-los e as crianças para contagiar a todos e, especialmente, nos ensinar a servir ao Senhor com alegria.

Máquina do tempo O Rev. Djaik Souza Neves é pastor da IP de Chapada dos Guimarães, MT.


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EDUCAÇÃO CRISTÃ

Rondônia dinamizando a educação integral Priscila Santarelli

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oi realizado em 27 de julho último o III Congresso de Educação Cristã na 1ª IP de Ouro Preto do Oeste, Rondônia, sob a liderança do Rev. Alessandro Santarelli, pastor da igreja, e sua dinâmica equipe, com participação do Presbitério Central de Rondônia, apoio do Sínodo Noroeste do Brasil (SNB) e do Seminário Presbiteriano Brasil Central–Extensão em Rondônia (SPBC-RO). Participaram ativamente os presbíteros e outros educadores da igreja local e das igrejas do Presbitério,

demonstrando a seriedade com que aqueles irmãos e irmãs encaram a educação cristã e sua disposição de mantê-la revitalizada. Compareceram 117 líderes das seguintes igrejas: 1ª, 2ª e 3ª IP de Ouro Preto do Oeste, IP de Jarú, IP de Nova União, IP de Mirante da Serra, IP de Urupá, IP de Texeirópolis, 4ª IP de

Treinamento de professores

Ji-Paraná, IP de Buritis, IP de Machadino d´Oeste. As oficinas foram ministradas pela equipe da Casa Editora Presbiteriana que tem viajado pelo país contribuindo para o treinamento de professores da ED [Veja matéria sobre evento em Governador Valadares]. Antes do encontro, na

sexta feira à noite, o Rev. Cláudio Marra, líder do grupo e Editor da CEP, falou a alunos e professores do Seminário Presbiteriano Brasil Central–Extensão em Rondônia (SPBC-RO) (Ji-Paraná), encorajandoos a praticar a educação integral. Integrando o grupo, o presbítero Alexandre 1

Henrique Moraes de Almeida, Secre-tário Nacional do Trabalho da Mocidade da IPB, agendou e conduziu na noite de sábado um proveitoso encontro com os jovens do Presbitério. Priscila Santarelli é a dinâmica e participativa esposa do Rev. Alessandro.

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Florinda Maia

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Igreja Presbiteriana Jardim das Oliveiras, de Governador Valadares/MG, pastoreada pelo Rev. Laércio Rodrigues Guimarães, promoveu no mês de abril passado um Encontro de Treinamento de Professores de Escola Dominical. O Rev. Laércio (laercioguimaraes1948@hotmail.com) montou e liderou uma excelente equipe para a organização e realização do evento, que contou com a participação da equipe de treinadores enviada pela Casa Editora Presbiteriana, composta pelos editores Cláudio Marra, Eduardo Assis, Márcia Barreto e a Profa. Sandra Marra. Esses treinadores foram responsáveis por oficinas cujos temas haviam sido escolhidos em comum acordo com a liderança do evento. As fotos ao lado apresentam alguns participantes das várias igrejas representadas no encontro. O Rev. Laércio, bom mineiro, aproveita a carona para comunicar aos seus colegas da turma de 1975 do SPS que deseja fazer contato com eles pelo e-mail acima. lorinda Leles S. Maia é jornalista e membro da IP Jardim das Oliveiras.

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1- IP Aprisco das Ovelhas; 2- IP Betel; 3- IP Jardim Pérola; 4- A editora Márcia Barreto e a repórter Florinda Maia; 5- IP Memorial; 6- 7ª IP de GV; 7- Professores do Jardim das Oliveiras – igreja organizadora do evento – e seu pastor Rev. Laércio Guimarães; 8- IP Filadélfia


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BP LEGAL

Relações de Trabalho nas Igrejas Ricardo Barbosa

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onsideremos o caso de uma família da igreja local que se propõe a assumir as atividades de zeladoria, sem depender de salário, bastando que lhe seja liberada a casa do zelador. A questão, que transparece simples, pode esconder riscos jurídicos, com reflexos negativos às finanças e à imagem da igreja, a não ser que cuidados sejam tomados para que o “combinado” não configure, a despeito da nobre intenção, uma indesejada relação de emprego. Não se quer dizer que tal família, necessariamente, recorra ao Judiciário para postular o reconhecimento de direitos trabalhistas, o que para a maioria, representaria ato reprovável e de má-fé. Contudo, adverte-se que se a família assim proceder, poderá vir a ter o respaldo jurídico necessário para que a igreja seja condenada judicialmente a pagar verbas não contratadas, mas decorrentes do comportamento objetivo das partes. Isso ocorre tendo em vista o disposto no art. 442 da CLT, que diz: “Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego”. O preceito legal adota uma posição mista que (a) enaltece a autonomia da vontade das partes (quando se refere a

“contrato”) e, ao mesmo tempo, (b) reconhece que as partes podem se inserir no labor, não pela vontade, mas pela necessidade, e daí falar-se em mera “relação de emprego”, referindo-se à ideia de que o emprego também se constitui pelo mero engajamento do trabalho dentro de uma estrutura produtiva, com permanência no tempo e no espaço, sem que se tenha necessariamente firmado um “contrato”. A razão para essa relativização dos contratos está no pressuposto, adotado pelas leis trabalhistas, de desnivelamento entre as partes, a reclamar proteção legal ao que presta o serviço, considerado um “hipossuficiente”, em face daquele que se beneficia do labor prestado. Assim, a partir da identificação dos elementos que formam os conceitos de empregado e de empregador – a pessoalidade, a não eventualidade, a onerosidade e a subordinação – reconhece-se, mesmo com a ausência de vontade deliberada dos envolvidos, a natureza empregatícia de uma relação estabelecida entre partes. 1) Pessoalidade – significa que quem presta o serviço não se pode fazer substituir por outra pessoa. Tratase se um pressuposto para a formação, tanto do contrato como da relação de trabalho. Impessoal seria a ter-

ceirização de serviços, pela qual limpeza ou manutenção predial seriam prestadas por uma empresa, que colocaria seus profissionais para execução do trabalho, sem que a igreja esteja a eles vinculada. Percebe-se que a pessoalidade é característica quase sempre presente nas atividades de zeladoria das igrejas, quando confiadas a pessoas específicas e que não são substituíveis, a não ser por circunstâncias transitórias (férias, licenças, doença, etc.). 2) Não eventualidade – contém a ideia de expectativa de permanência. A relação perdura no tempo, indeterminadamente e em solução de continuidade. Eventual seria o trabalhador que não sabe quando vai prestar os serviços. Por outro lado, mesmo quem trabalha apenas às terçasfeiras (mas em todas as terças feiras) por 3 anos consecutivos, não é trabalhador eventual, estando presente o requisito da relação de emprego. Veja-se que as atividades de zeladoria não são pontuais, mas envolvem expectativa de continuidade e relacionamento entre as partes. 3) Onerosidade – implica presença de remuneração ao trabalhador em virtude do serviço prestado. Não significa apenas que o trabalhador precise ganhar dinheiro para ser considerado empregado, bastando que a

relação traga alguma vantagem econômica para ele. Isso porque o salário pode ser pago em dinheiro ou em utilidades (alimentação, moradia, educação, vestuário, etc.), esse último também denominado “salário in natura”. Logo, o fato da igreja prover moradia à família, em razão dos serviços de zeladoria, configura a onerosidade, mesmo que, no plano formal, se tenha celebrado um comodato (empréstimo) do imóvel utilizado para residência. 4) Subordinação – significa que quem labora se sujeita ao modo de realização do serviço, dirigido pelo empregador. É certo que todas as pessoas, de algum modo, se submetem a comandos e diretrizes um dos outros (pais e filhos; professor e aluno; igrejas e seus membros; Estado e seus jurisdicionados). Contudo, a subordinação possui gradação, sendo de grau médio, por exemplo, a que se encontra no trabalho autônomo, e de grau máximo a subordinação presente nas relações de emprego. Nesse último caso, ela se manifesta pelos conjuntos de ordens e instruções emitidas pelo empregador (que digam respeito ao modo de organização do trabalho, métodos empregados, e procedimentos adotados) e que devem ser respeitadas pelo empregado. É curial que numa igreja, as ativida-

des de zeladoria sejam supervisionadas e dirigidas, via de regra, pela Junta Diaconal. Sendo assim, é nítida a presença de subordinação em seu grau máximo. Estando presentes os requisitos da relação de emprego, o seu reconhecimento judicial significará que, para cada um dos zeladores, será atribuído valor de remuneração, correspondente à fração da moradia concedida à família sob a forma de “salário in natura”, e que sobre tal valor serão reconhecidos direitos como férias, 13º salário, DSR, FGTS, Aviso Prévio e adicionais de horas extras e noturno (se for o caso). Para tanto, pode o juiz ainda valer-se do disposto no artigo 460, da CLT: “Na falta de estipulação de salário ou não havendo prova sobre a importância ajustada, o empregado terá direito a perceber salário igual ao daquele que, na mesma empresa, fizer serviço equivalente, ou do que for habitualmente pago para serviço semelhante”. Como se vê, qualquer que seja a decisão do Conselho da Igreja sobre o funcionamento de sua zeladoria, o exame cuidadoso da questão sob o crivo justrabalhista, deverá ser sempre considerado. O presbítero Ricardo de Abreu Barbosa é advogado, mestre e professor de Administração de Empresas da Universidade Presbiteriana Mackenzie e tesoureiro da 1ª IP de São Bernardo do Campo.


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FAMÍLIA

Testemunho de oração no lar Raquel de Paula

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icamos perplexos diante da notícia: um garoto de apenas 13 anos mata seus pais e parentes e tira a própria vida – que coragem! De onde ele tirou tanta força e vontade para fazer algo tão difícil? Como ter condições de machucar pessoas tão importantes para nós, como nossos próprios pais e familiares? “Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os preceitos que o Senhor teu Deus mandou ensinar-te, a fim de que os cumprisses na terra a que estás passando: para a possuíres;

para que temas ao Senhor teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos, que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida, e para que se prolonguem os teus dias” (Dt 6.1-2). Deus dá ordens claras em sua Palavra, com propósito definido e resultado garantido. A questão que nos incomoda é: nosso compromisso é constante ou só quando estamos em crise? Oramos somente pelos nossos filhos quando eles estão doentes ou vão mal na escola? Oramos pelos nossos maridos só quando

eles estão com problemas no emprego ou de ordem pessoal?! Não podemos perder a hora de entrar em nosso trabalho – o que vão pensar de nós – este funcionário não tem responsabilidade, não serve, não cumpre o horário estabelecido. Não podemos perder o horário de levar o filho no pediatra – ele não vai ser atendido, teremos que marcar outro dia para a consulta. Mas, e o nosso encontro com Deus, tem dia e hora marcada? Deus quer nosso coração todos os dias de nossa vida. Estabeleça a primeira hora

do dia. Acorde mais cedo. É uma ordem divina! “... o Senhor teu Deus mandou ensinar-te”. Para quê? “... para que se prolonguem os teus dias.” Vamos voltar ao caso da catástrofe mencionada acima: o que esses pais ensinaram a esse menino? Quanto amor ele sentia dos pais? Será que esse menino presenciou sua mãe orando por ele? Orando com ele? Orando com seu pai? Ele presenciava o pai e a mãe se dando bem? Qual era o clima deste lar? Não deixe seu filho se divertir com jogos que matam, atiram, destroem –

você está permitindo que isso se torne um hábito, algo natural em sua mente, e o pior – ele se diverte mantando, destruindo, atirando no mundo virtual. Será que isso um dia vem para o mundo real? Se seus filhos e seu marido presenciam você orando, lendo a Bíblia todos os dias, Deus vai constrangendo-os a fazer o mesmo e mais, fazendo-os entender sua preocupação e amor por eles – sua preciosa família. Sejamos firmes e constantes. Ore agora mesmo. Deus está esperando...

ENCONTRO

Congresso Regional de Educação Cristã da IPB

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pós a realização de congressos nacionais bemsucedidos, e na esteira dos encontros locais de treinamento realizados por lideranças locais com a participação da equipe da Cultura Cristã, o CECEP, Conselho de Educação Cristã e Publicações da IPB, está organizando o Congresso Regional de Educação Cristã da IPB, agendado para Campina Grande, Paraíba, de 14 a 17 de novembro de 2013. O tema escolhido foi

Revitalização da Educação Cristã na Igreja Local, devendo ser preletores o Rev. Roberto Brasileiro (presidente do SC da IPB e pastor da IP Bairro Constantino, em Patrocínio, MG), e o Rev. Haveraldo Vargas Jr. (pastor da IP das Américas no Rio de Janeiro). É preocupação do CECEP que o encontro seja nitidamente prático, por isso foram planejadas oficinas relevantes para o desenvolvimento do ensino em cada igreja. As oficinas serão condu-

zidas por experientes educadores presbiterianos do Nordeste e de outras regiões do país, visando maior integração e aproveitamento dos melhores recursos da IPB na área da educação. Será concedido desconto de 40% para pastores, superintendentes e professores de ED (membros da IPB).Mais informações poderão ser obtidas no site www.editoraculturacrista. com.br, pelo telefone 08000141963 ou e-mail congresso@ cep.org.br.


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ANIVERSÁRIO

Sínodo Rio Doce comemora cinquentenário Agnaldo Silva Mariano

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Sínodo Rio Doce (SRD) comemorou seu Cinquentenário nos dias 12 e 13 de julho, por ocasião da XXV Reunião Ordinária do concílio. As comemorações oficiais aconteceram com um culto de gratidão realizado no templo da Primeira Igreja Presbiteriana de Governador Valadares/MG.

O templo recebeu boa presença de membros de diversas igrejas presbiterianas de Governador Valadares e região, além de pastores e outras lideranças. O mensageiro do culto foi o presidente do Supremo Concílio da IPB, Rev. Roberto Brasileiro Silva. Em sua mensagem, baseada em Mateus 19, o Rev. Roberto Brasileiro destacou a importância do posiNa ocasião, o Sínodo Rio Doce realizou sua XXV Reunião Ordinária

Atenção Concílios e Candidatos ao Sagrado Ministério:

Vestibular

unificado bacharel em

teologia

2014 período de inscrições

De 1 a 30 de Setembro de 2013

a Faça su no o inscriçã B P site da I

p r o va s

Dia 19 de Outubro de 2013

r e s u lta d o s

ideiadoisdesign

Dia 30 de Novembro de 2013

JET

Junta de educação teológica

Mais informações no site da IPB

www.ipb.org.br

cionamento da igreja diante dos grandes desafios dos nossos dias. “A igreja precisa ter coragem de reafirmar os seus valores absolutos, sem medo. A igreja deve ter a ousadia de manter a sua posição, de defender as suas teses à luz dos ensinos da Palavra de Deus”, exortou o pregador. Ao final do culto de gratidão, foi descerrada uma placa alusiva ao cinquentenário do Sínodo. Na ocasião, o Sínodo Rio Doce realizou sua XXV Reunião Ordinária. Estiveram presentes à reunião pastores e presbíteros representando os quatro presbitérios que compõem o SRD: Presbitério Rio Doce (PRDC), Presbitério de Governador Valadares (PRGV), Presbitério Norte de Valadares (PRNV) e Presbitério Médio Rio Doce (PMRD). Na reunião foi aprovado o desdobramento do PRGV, que dará origem ao Presbitério Centenário Leste de Minas (PCLM). O SRD elegeu sua nova Comissão Executiva, ficando assim composta: Presidente: Presbítero Jaeder Rodrigues (10ª IPB de Governador Valadares; vice-presidente: Rev. Eneziel Peixoto de Andrade (1ª IPB de Governador Valadares);

secretário executivo: Rev. Agnaldo Silva Mariano (IPB Altinópolis/ Governador Valadares); 1º secretário: Rev. Márcio de Souza Lima (7ª IPB de Governador Valadares); 2º secretário: Rev. Paulo Henrique Gomes (IPB Betel de Governador Valadares); tesoureiro: Presbítero Agnaldo Rodrigues de Oliveira (IPB Vila dos Montes/Governador Valadares). O diretor do Seminário Presbiteriano de Campinas, Rev. Adão Carlos do Nascimento, presente ao culto de gratidão, destacou a importância do SRD para a IPB: “O Sínodo Rio Doce é um dos mais importantes sínodos da Igreja Presbiteriana do Brasil. Estes cinquenta anos do Sínodo são cinquenta anos de relevantes serviços prestados à IPB”. O Sínodo Rio Doce foi organizado no dia 17 de julho de 1963, na Igreja Presbiteriana de Alto Jequitibá. Atualmente possui 51 igrejas, distribuídas por quatro presbitérios, mais de 7.600 membros comungantes e cerca de 2.300 membros nãocomungantes e 62 pastores. O Rev. Agnaldo Silva Mariano é pastor da Igreja Presbiteriana de Altinópolis (Governador Valadares), do Presbitério de Governador Valadares (PRGV).


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FORÇAS DE INTEGRAÇÃO

Boas ideias para desenvolver a comunhão cristã Que tal um Chá das Cinco? Isabel Cristina Lopes

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uitas vezes ficamos nos perguntando o que fazer para reunir as mulheres da igreja, as de fora que estamos procurando alcançar para o evangelho, tornar uma tarde agradável e, sobretudo, aproximar as irmãs da igreja local, promover a fraternidade e a comunhão cristã. Além do esforço evangelístico de cada crente em seu dia a dia e além de outros trabalhos realizados, a SAF da IP Maranata, em Santo

André, São Paulo, promoveu um criativo Chá das cinco que relatamos aqui como sugestão para outras irmãs. Os homens talvez já estejam fazendo pescarias ou churrascos evangelísticos em suas UPHs... Partindo de uma sugestão amiga, começamos a pensar nos preparativos ingleses para um chá das cinco: o convite, as guloseimas, o chá, as lembrancinhas, a recepção e outros detalhes. O convite foi entregue nominalmente para tornar o evento mais social. A

partir do tema, preparamos porta-guardanapos, arranjos para as mesas, etc. Impreterivelmente às 17 horas começamos o evento com uma bem cuidada e inspiradora devocional que nos lembrou do grande banquete para o qual Deus nos convida. Após a devocional passamos ao chá. Preparamos anteriormente dois ambientes divertidos e charmosos para que as amigas tirassem fotos temáticas com chapéus, lenços, etc. que lembrassem as tardes inglesas e, claro, guloseimas e um delicioso chá de frutas

naturais. Utilizamos esse momento também para colaborar com a Junta Diaconal na montagem das cestas básicas, trazendo um quilo de alimento não perecível. O trabalho da Junta Diaconal em nossa igreja é regular e intenso. A participação é geral, um esforço de toda a comunidade. A foto ao lado, da irmã Lourdes Lobato de Oliveira num momento de Elizabeth II, nos dá uma ideia de quanto a festa foi animada. Melhor ainda foram os resultados em termos de edificação das irmãs, de estreitamento de laços com visitantes e

Uma tarde de rainha

contribuição para a assistência social. Fica a nossa sugestão: que tal um Chá das Cinco? Isabel Cristina Lopes é presidente da SAF da IP Maranata

O piquenique das bonecas “... assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te...” (Dt 6.7)

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osso entendimento de Educação Cristã precisa ser ampliado. De alguma maneira, ficamos com a impressão, primeiro, e depois a convicção, de que educação cristã ocorre exclusivamente em nossos horários pré-determinados e nos locais preparados para esse fim. Esse equívoco nos tira o privilégio de explorarmos diferentes e proveitosas modalidades de ensino. Situações não formais deixam de ser usadas. Momentos informais nem

são cogitados como oportunidade de ensino. São vistos condescendentemente como apenas recreativos. É que o ensino formal (quando local, horário e conteúdo são estabelecidos anterior e regularmente) é tido por nós como a única opção de ensino de verdade. Não é isso que aprendemos da Escritura, como se vê no texto acima, mas a perda é ainda maior: por não valorizarmos momentos de comunhão cristã, perdemos também a oportunidade de desenvolver relacionamen-

tos em nossas comunidades. Afinal, de nossos irmãos só vemos a nuca, em nossas reuniões formais. Por ser essa a nossa situação, decidi trazer aqui o sugestivo relato de Maria Martins, da IP Jardim da Glória, São Paulo, sobre o seu piquenique das bonecas com as meninas da UCP: “Parecia um passeio normal de um grupo da igreja, mas o que eu ainda não tinha visto, aconteceu: um piquenique de bonecas. Foi lindo ver um grupo de meninas que trocaram seus celulares, tablets e isolamento individual pelas ‘velhas’ bonecas já quase esquecidas.

Em torno de uma toalha estendida na grama elas desenvolveram brincadeiras, trocaram as roupinhas das bonecas, tomaram suco com salgados, conversando como se as bonecas fossem parte da família de cada uma, demonstrando a arte de

viver em comunhão, fazendo coisas simples importantes no crescimento das meninas.” O resgate dos relacionamentos numa experiência informal de ensino nunca será coisa sem importância. Quem tem ouvidos, ouça.


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EVENTOS

Workshop Mais IPB

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Workshop Mais IPB, organizado pelos Sínodos do Estado de São Paulo, tem a firme disposição de aproximar os trabalhos e ações das autarquias e comissões, além de estabelecer parcerias e ampliar a divulgação dessa força motriz da IPB. Contará com a participação da liderança da Igreja e os responsáveis pelos trabalhos que estão sendo desenvolvidos nas áreas de missões nacionais e transculturais, plantação de igrejas, ensino teológico, finan-

ceira e patrimonial, educação cristã e secular, evangelização e comunicação e ação social, entre outras. O valor, por participante, é de R$30,00. As inscrições podem ser realizadas pelo telefone (11) 3207-7099 ou diretamente na Editora Cultura Cristã, localizada na Rua Miguel Telles Júnior, 394, Cambuci, São Paulo. Fique atento às datas do workshop que acontecerá em três localidades diferentes:

Workshop Mais IPB – Bauru

Dias 6 e 7 de setembro Sínodos participantes: Bauru, Oeste de São Paulo e Sudoeste Paulista

Workshop Mais IPB – Campinas

Dias 4 e 5 de outubro Sínodos participantes: Campinas, Mojiana, Sorocaba e Leste de São Paulo

Workshop Mais IPB – São Paulo

Dias 29 e 30 de novembro Sínodos participantes: Grande ABC, Litoral, Norte Paulistano, Piratininga, São Paulo, Paulistano, Unido e Vale do Paraíba


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Consultório Bíblico Um bom parâmetro para avaliar políticos Odayr Olivetti

“As palavras de Neemias, filho de Hacalias. No mês de quisleu, no ano vigésimo, estando eu na cidade de Susã, veio Hanani, um de meus irmãos, com alguns de Judá; então lhes perguntei pelos judeus que escaparam e que não foram levados para o exílio, e acerca de Jerusalém. Disseram-me: Os restantes, que não foram levados para o exílio e se acham lá na província, estão em grande miséria e desprezo; os muros de Jerusalém estão derribados, e as suas portas, queimadas. Tendo eu ouvido tais palavras, assentei-me, e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus...” (Ne 1.1-4 – ler o livro todo) Pergunta múltipla: 1. “Conflito no governo causou desordem em Israel?” Resposta: a. Com Roboão foi assim: causou a divisão do reino (Israel e Judá). b. Em geral, a apatia do povo face aos desmandos políticos causa o fracasso nacional”; c. Pior ainda quando o governo e o povo são corruptos. Isaías 1 – “dos pés à cabeça”, uma chaga só”; d. Nem as autoridades, nem o povo deram ouvidos aos profetas de Deus. Neemias cita a Bíblia: 1.7-9 – não faltaram promessas de bênção pela obediência e advertências de castigo pela desobediência; e. A Bíblia ensina que o povo deve obediência e respeito às autoridades: Romanos 13; mas também ensina que o povo não deve fechar os olhos e calar-se quando as autoridades abusam do seu poder. Exemplos: (1) Deus ordenou a destruição dos povos de Canaã; (2) A tribo de Benjamim acobertou grave pecado. Deus autorizou as outras tribos a destruírem a

tribo de Benjamim, que quase desapareceu por completo; (3) Jesus declarou felizes os que têm fome e sede de justiça e os que sofrem perseguição por causa da justiça: Mateus 5.6, 10. 2. “Neemias foi um político inquiridor?” Resposta: Sim. Ele diz: “perguntei pelos judeus... e acerca de Jerusalém”. Vejamos: a. Neemias não foi político de carreira, nem líder na igreja; b. Copeiro do rei, procurou saber o que tinha acontecido com a parte do seu povo que não fora exilado, e perguntou sobre Jerusalém; c. Orou por seu povo e se dispôs a trabalhar pela reconstrução de Jerusalém; d. Nesse esforço, enfrentou adversários com argumentos e, depois, armando os que trabalhavam com ele. 3. “Neemias foi apático ou teve empatia pelo povo?” Resposta: A situação dele no palácio era excelente. Mas ele sentia o que o seu povo sentia. 4. “É certo que Neemias foi um político que compreendeu que só Deus pode definir as amplas e graves dificuldades do povo?” Resposta: a. ... e que só Deus pode resolvêlas. Sim, é certo. O livro todo o mostra em constante comunhão com Deus; b. Povo distanciado de Deus é como “ovelhas que não têm pastor”: Marcos 6.34; c. Neemias era servo do único Deus vivo e verdadeiro, e era homem de oração. 5. “Que benefícios Neemias fez a seu povo?” Resposta: a. Como político, Neemias teve visão e atuação. Não somente pensava e falava, mas agia; b. Neemias não se desviou nem teve medo dos oponentes. E não se rendeu a estes – nada de negociações! Manteve-se firme em sua posição fiel a Deus e persistiu em realizar o trabalho que se propusera; c. Neemias liber-

tou Jerusalém e sua nação da infâmia. Sozinho, subordinado a Deus, teve a visão e tomou a iniciativa. Depois foi líder dedicado e competente. 6. “Que aplicações podemos fazer à situação atual em nossa pátria?” Resposta: Nas democracias modernas: a. São válidas as manifestações públicas: destacando objetivos; denunciando desmandos; b. Arruaceiros devem ser barrados e punidos severamente. Os adversários de Neemias eram arruaceiros perigosos. Também guerrilhas que assaltam bancos e cometem outros abusos, como já aconteceu no Brasil, não merecem crédito nem apoio. – Os protestos cívicos devem permanecer até que haja uma resposta clara, concreta e satisfatória do Executivo e do Congresso Nacional; c. Neemias provou: Primeiro, que é possível restaurar cidades e nação; Segundo, que não é preciso ser líder militar, político ou religioso para promover transformação moral e social; d. Um governo sem corrupção produz maravilhas; e. No começo, no meio e no fim, devemos crer em Deus e buscar sua direção e seu socorro: “... de onde me virá o socorro?”, pergunta um salmista. E responde: “O meu socorro vem do SENHOR, que fez o céu e a terra”: Salmos 121.1-2. Em todas as circunstâncias, quem está em Cristo conta com sua presença e com a direção do seu Espírito. E aos cansados e oprimidos o Salvador do mundo convida: Vinde a mim... e achareis descanso para a vossa alma”: Mateus 11.28. – Venham a mim, diz o Senhor Jesus, e vocês acharão descanso para as suas almas. Vocês terão paz interior e paz eterna – pois Jesus Cristo é o Senhor e o Salvador de todo aquele que nele crê.

O reverendo Odayr Olivetti é pastor presbiteriano, ex-professor de Teologia Sistemática do Seminário Presbiteriano de Campinas, escritor e tradutor. - odayrolivetti@uol.com.br


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