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Brasil Presbiteriano Natal

O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Ano 55 nº 709 – Dezembro de 2013

Revitalização da Educação Cristã

O DEUS QUE NUNCA SE AUSENTA O CECEP promoveu e a CEP realizou um Congresso Regional em Campina Grande/ PB, de 14 a 17 de novembro sob o tema Revitalização da Educação Cristã na Igreja Local. Roberto Brasileiro e Haveraldo Vargas Jr pregaram na abertura e no encerramento. Leia referência no Editorial. Página 2

II Seminário Medicina para a alma

O Natal é uma época que provoca muitos tipos de sentimentos, emoções e reações. Para o cristão é tempo de relembrar do nascimento de Jesus, o Salvador, o Emanuel, Deus conosco. Por outro lado, muitos celebram esta data como uma festividade que faz parte da cultura, apenas. Nesta época do Natal, a realidade da ausência assume uma dimensão ainda mais profunda, visto que muitos procuram esconder-se deliberadamente da presença de Cristo. Confira o artigo do Rev. Carlos del Pino. Página 3

No dia 30 de outubro, foi realizado o “II Seminário MEDICINA PARA A ALMA – Cuidando da Ansiedade”, no Hospital do Servidor Público em São Paulo, SP. Confira como foi o evento. Página 6


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EDITORIAL

A lição do púlpito de madeira

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Congresso Regional de Educação Cristã do Nordeste, realizado de 14 a 17 de novembro em Campina Grande, Paraíba, encerrou de modo muito positivo as atividades de treinamento promovidas ao longo de 2013 pela Casa Editora Presbiteriana, sob a orientação do Conselho de Educação Cristã e Publicações (CECEP). Sob o tema geral “Revitalização da Educação Cristã na Igreja Local”, com o apoio e participação entusiasmada da liderança de sínodos e presbitérios da região, bem como de obreiros educadores de igrejas de diversos estados do Nordeste, o Congresso foi avaliado como muito edificante e de elevado nível. Várias oficinas contribuíram para o aperfeiçoamento dos professores da Escola Dominical, bem como para

a dinamização do ensino nos lares, com o entendimento de que Educação Cristã não pode ser confinada em um edifício e horário. O povo de Deus, ao longo da História, passou por muitos e demorados processos de afastamento do Senhor. Somos o povo da aliança, mas bem podemos, infelizmente, ser chamados de o povo que viola a aliança. Graças a Deus – porque ele é fiel à aliança – nossa história foi também marcada por experiências de retorno aos termos do pacto, momentos de revitalização. Um desses momentos se deu por ocasião da reconstrução dos muros de Jerusalém, após o retorno dos exilados na Babilônia. Neemias 8 nos conta que o povo se reuniu e pediu ao sacerdote e escriba Esdras que lhe lesse a lei de Deus. Seguiu-se um tempo

prolongado de cuidadosa instrução na Palavra de Deus, cujo efeito no povo deve ser bem observado. Houve contrição, arrependimento verdadeiro pelo afastamento da lei do Senhor. A simples abertura do livro já fez o povo se levantar, tocado pela presença da Escritura e pelo privilégio de ouvila. Houve lembrança dos necessitados, sugerindo que o retorno a Deus motiva o igual retorno ao próximo. E houve grande regozijo, não porque algum animador de cultos e de auditórios tivesse dito ao povo que deveriam alegrar-se, mas, segundo o relato da Escritura, “porque tinham entendido as palavras que lhes foram explicadas” (8.12). O evento registrado em Neemias 8 foi um histórico congresso de educação

com evidente revitalização de Israel. O povo não apenas saiu sabendo, mas saiu para por em prática a lei de Deus. A festa dos Tabernáculos, esquecida durante muitos anos, foi celebrada com alegria; a aliança foi recordada e o compromisso com ela reafirmado. O Senhor é o responsável pelo retorno de Israel à aliança, mas isso não elimina o nosso cuidado com o planejamento dos meios dispostos por Deus para se alcançar os crentes. Esdras levantouse a pedido do povo para ler a lei, mas usou um “púlpito de madeira, que fizeram para aquele fim” (8.4). A transmissão e o ensino da Palavra de Deus, fundamento para a necessária revitalização, merecem cuidadoso planejamento por parte de todos nós.

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ARTIGO

Natal: o Deus que nunca se ausenta Carlos Del Pino

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qui na Europa as pessoas vivem uma realidade de “ausência” que marca e define suas vidas desde a infância. Uma ausência repleta do individualismo mais egoísta e acirrado que se pode viver. Nesta época do Natal, a realidade da ausência assume uma dimensão ainda mais profunda, visto que procuram esconder-se deliberadamente da presença de Cristo. No texto que narra o nascimento de Cristo, as palavras do profeta definem muito bem uma das principais intenções de Deus ao nos enviar seu Filho, o “Deus conosco”. Por seu nascimento Cristo apresenta sua obra como de “presença”, nunca de “ausência”. Cristo em nossa vida é sempre o Deus que nunca se ausenta, e como tal devemos celebrá-lo no Natal. Sua presença tem características muito especiais, como vemos no texto: 1. Cristo está presente na história humana: “foi assim o nascimento de Jesus Cristo” (v.18). Mateus está, decididamente, contando-nos a história do nascimento de Jesus. O Deus conosco é uma realidade dinamicamente

histórica, pois dá continuidade ao processo histórico da salvação de Deus. Trata-se de Deus que atua dentro da esfera humana da História e nessa dimensão tornou possível e concreta a salvação. Nesse sentido, a encarnação de Jesus, claramente mencionada ao longo do texto, nos ajuda a compreender o caráter divino de sua presença. 2. Cristo está presente por sua revelação: “apareceu-lhe um anjo do Senhor em sonho e disse” (v.20). A presença de Cristo foi devidamente anunciada pelo anjo a José como cumprimento da palavra já anteriormente dada por Deus aos profetas. Cristo está presente porque essa foi a vontade revelada de Deus ao longo de toda a Escritura. O Deus presente é o Deus que continua a se comunicar e se revelar aos seres humanos por meio de Cristo e sua palavra. E é por termos um Deus que, ao se revelar, está sempre conosco que devemos atentar seriamente para uma aproximação humilde, séria e transformadora das palavras de Bíblia. 3. Cristo está presente em missão: “e você deverá dar-lhe o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus peca-

dos” (v.21). A presença de Cristo conosco se dá mediante o exercício de sua missão. Não se trata de uma presença quieta e passiva; antes, ele está ativa e transformadoramente presente conosco. Ele veio com a missão de estar redentoramente conosco. A missão de Cristo é uma missão salvadora! Seu próprio nome apresenta sua missão de transformar nossa realidade de ausência de Deus em uma abençoada realidade da presença de Deus salvando-nos e aproximandonos de si. 4. Cristo está presente para nossa obediência em missão: “José fez...”

(v.24). O que significa o fato de José haver desistido de sua decisão de deixar Maria? De haver mudado de opinião acerca da sua futura relação com a criança que se formava? Que significa para nós o fato de José passar a verse pelo prisma da palavra de Deus e não mais por seus antigos conceitos humanos? Que significa o fato de José haver assumido uma nova atitude para com sua posição na sociedade, na história e na missão de Deus no mundo? José deixou de fazer o que todos esperavam e o incentivavam a fazer e assumiu uma atitude que refletiu a vontade de Deus

Mateus 1.18-21

para sua vida e para toda a humanidade. Ele seguiu os caminhos de Deus e do seu reino em uma atitude de humilde obediência. A presença de Cristo conosco é uma presença tão completa que não nos permite mais seguir nossos próprios caminhos da forma como o fazíamos. É uma presença que nos move ao arrependimento, à fé, à novidade de vida e ao compromisso vocacional com a missão de Deus. O Natal se aproxima e, diante do Deus que nunca se ausenta das nossas vidas, temos a oportunidade de segui-lo com uma atitude de profunda obediência e compromisso missionário. Aqui na Europa, onde pregamos o evangelho de Cristo juntamente com outros pastores da nossa igreja, as pessoas vivem desesperadamente em busca de alguma “presença” que traga algum sentido para sua vida. Nossa mensagem é que somente em Jesus Cristo podemos encontrar o Deus que nunca se ausenta e que nos enche com sua graça salvadora. Ao comemorar o Natal lembremo-nos do nosso compromisso missionário com o “Deus conosco”. Feliz Natal! O Rev. Carlos Del Pino é missionário da APMT/IPB na base da Europa.


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ARTIGO

Jesus Cristo, o Justo justificador Hermisten Costa

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justiça é inerente ao conceito de Deus no Antigo Testamento bem como ocupa um lugar central em todas as relações humanas. Deus é justo em si mesmo; é absolutamente justo e, por isso mesmo, em suas relações. Não há nenhum desvio no caráter de Deus. A justiça é a manifestação do caráter essencialmente santo de Deus. Podemos, portanto, dizer que a justiça é a exteriorização da santidade de Deus em suas relações com as suas criaturas conforme revelada nas Escrituras. A prática da justiça, que pode ser chamada de retidão, consiste em agir em harmonia com a Palavra de Deus, aplicando os princípios e preceitos revelados por Deus em cada relação e circunstância. O ponto de partida será sempre o Deus soberano que se revela. O conceito bíblico de justiça, portanto, é de proceder conforme um padrão, uma lei. Neste caso, o padrão é o próprio Deus (Dt 32.4; Sl 145.17). 1. Justo é o Senhor O AT refere-se ao Messias que viria como aquele que agiria com justiça (Is 9.7; Zc 9.9). O NT atesta a realidade do cumprimento histórico do que fora predito. Ilustremos: na iminência da condenação de Jesus, a mulher de

Pilatos, Cláudia Prócula, manda um recado ao seu marido: “.... Não te envolvas com esse justo; porque hoje, em sonho, muito sofri por seu respeito” (Mt 27.19). Ao presenciar o modo como morreu nosso Senhor, um centurião, glorificando a Deus, exclamou: “Verdadeiramente, este homem era justo” (Lc 23.47). Após a morte, ressurreição e ascensão de Jesus, Pedro, no seu discurso diante dos judeus, demonstra que eles escolheram libertar um criminoso (Barrabás) em vez de Jesus Cristo, contra quem não havia acusação real passível de qualquer condenação judicial: “Vós...negastes o Santo e o Justo, e pedistes que vos concedessem um homicida” (At 3.14). Anos mais tarde, na sua primeira carta, Pedro escreveria: “.... Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos....” (1Pe 3.18). 2. Obediência até a morte para conceder vida As Escrituras nos ensinam que Jesus Cristo, a nossa justiça, é a própria justiça de Deus; e que o seu ministério consistiu em cumprir a obra que o Pai lhe confiara, em favor de todo o seu povo (Jo 17.4). A sua obra foi realizada retamente, em harmonia com o “Conselho da Trindade” (Ef 1.11). A

justiça de Cristo é a única, perfeita e completa que satisfaz perfeitamente as exigências de Deus em nos declarar justos. A santidade absoluta de Deus se revela na cruz, onde o seu amor e a sua justiça se evidenciam de forma eloquente e perfeita. A cruz enfatiza o Deus santo e majestoso, zeloso por sua glória. A cruz não fez Deus nos amar, antes, o seu amor por nós a produziu e se revelou ali. O pecado não tornou Deus misericordioso, santo ou justo; ele é eternamente misericordioso, santo e justo. No entanto, o pecado propiciou a Deus, por sua livre graça, revelar-se dessa maneira para conosco. Na cruz vemos a manifestação gloriosa dos atributos de Deus, especialmente o seu amor e justiça. 3. A justiça que justifica A justiça de Deus não nos condena porque Deus mesmo nos revestiu com a justiça de Cristo. Não haveria para nenhum de nós salvação de nossos pecados sem a justificação. Da mesma forma, existe a justificação porque Jesus Cristo é a nossa justiça; é ele mesmo quem nos redime (1Co 1.30). Na cruz temos a reconciliação do santo com o pecador, do perfeitamente justo com o totalmente injusto, do infinito com o finito; do Deus eterno com o homem tem-

poral. Isaías diz que “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele [Jesus Cristo] a iniquidade de nós todos” (Is 53.6). De acordo com as Escrituras, ou somos justificados por Cristo por meio da fé, ou estamos definitivamente condenados. A ilusão humana fruto do seu pecado é achar que não tem pecado ou que pode por seus próprios merecimentos apresentar-se diante de Deus. Na realidade, não há meio-termo; não há síntese entre nossas supostas obras e a fé em Cristo. Não há meia-justiça. Ou é tudo ou é nada. Segundo a Escritura, a justificação é totalmente pela graça, mediante a fé; ou seja: por Cristo Jesus. Jesus Cristo é o único que cumpriu perfeitamente a justiça divina. Portanto, somente nele podemos e de fato somos declarados justos. A graça nos justifica na justiça de Cristo. Desse modo, não é a fé que nos justifica, antes, é Deus quem nos justifica em Cristo nos comunicando essa bênção pela fé. Sem a graça não haveria fé. A fé é a boa obra do Espírito Santo em nós. A fé em Cristo é o esvaziamento de toda confiança em nossa capacidade e merecimento. A eficácia da fé não está em sua suposta perfeição

– aliás, nossa fé sempre é limitada e imperfeita –, mas, no seu repouso humilde e total na justiça perfeita de Cristo. “A justiça de Deus não nos condena, mas nos justifica. Somos revestidos da justiça de Cristo” (Herman Bavinck). Não existe justificação sem a pessoa e obra de Cristo (Rm 3.24; 1Co 1.30; 6.11; Tt 3.7). Conforme o propósito eterno de Deus, no tempo determinado o Espírito da graça aplica em nós a justiça de Cristo; por isso, somos declarados justos diante de Deus (Veja-se: Confissão de Westminster, XI.4). Alguns pontos 1. A doutrina da justificação não é uma fraude, como se Deus considerasse justo o que não é justo, fazendo vista grossa à condição humana de pecado e depravação. Contudo, se não somos justos, como Deus, então, nos declara justos? Nessa doutrina nos deparamos com o absoluto padrão de Deus e a realidade da aplicação de sua justiça. A justiça de Deus não nos condena porque Deus mesmo nos revestiu com a justiça de Cristo. 2. A justiça de Deus não é estéril; ela frutifica. Nós, justificados por Deus em Cristo (justiça legal ou forense), somos chamados a vivê-la diariamente (justiça ética e social), como reflexo da nossa nova natu-


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COMEMORAÇÃO

reza. Em outras palavras, o desejo de justiça se revela em nossa santificação. Ter fome e sede de justiça é o desejo por ser santo conforme o padrão absoluto que temos em Jesus Cristo. 4. Natal é tempo de celebrar a justiça de Deus. Jesus Cristo, o Deus eterno, se encarnou na história para redimir na história o seu povo, conforme o propósito eterno da Trindade nos conduzindo de volta à plenitude de sua comunhão, obtendo para nós a paz que emana de Deus. 3. Temos aqui um desafio amoroso à evangelização. O Senhor deseja que todos os povos sejam conquistados para o seu reino de amor e justiça; daí ele dizer: “Pede-me, e eu te darei as nações por herança e as extremidades da terra por tua possessão” (Sl 2.8). A Igreja é a herança do Senhor constituída por todos aqueles de todos os lugares e de todos os tempos que creram no seu nome (Rm 8.17; Ef 2.4-7). Compete à Igreja, portanto, anunciar o reinado de Cristo para que homens e mulheres de todas as classes sociais, idades, e raças possam se arrepender de seus pecados e, por graça, tornarem-se alegres súditos do reino recebendo a Cristo pela fé. O Rev. Hermisten Mais Pereira Costa é membro da equipe pastoral da IP de São bernardo do Cam-po, SP, e membro do Conselho Editorialdo BP.

Pioneira do trabalho presbiteriano no Norte do Paraná completa 95 anos de vida Wander de Lara Proença e Tércio de Sá Maynardes

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o último dia 27 de setembro, em companhia de uma centena de familiares, pastores e membros da igreja, celebrou 95 anos de vida Izaltina Carvalho Proença – última personagem viva pertencente ao grupo pioneiro responsável pela inserção e desenvolvimento do presbiterianismo no norte do Paraná. Nascida em Itapeva – SP, batizada na infância na Igreja Presbiteriana, migrou com seus pais no ano de 1922 para o interior do Paraná, município de São Jerônimo da Serra – um dos mais antigos do Estado. Izaltina fez parte do grupo de treze famílias de agricultores que deixaram o interior paulista rumo ao novo Estado. A travessia foi realizada a pé, contando apenas com o auxílio de animais de carga, que transportavam os utensílios e mantimentos necessários. Em determinados trechos, os caminhos precisavam ser abertos em forma de picadas no meio da mata ainda inexplorada. A ameaça de animais ferozes também era uma preocupação constante. Sob sol, chuva ou sereno, em cada parada que faziam para refeições e descanso reservavam também um momento para orações,

leituras bíblicas, cânticos de louvor e o compartilhar de novos sonhos que os movia naquela jornada. Para a nova terra aquelas famílias também levavam o seu testemunho de fé – sementes do evangelho que iria frutificar no nascimento da primeira igreja evangélica do município de São Jerônimo da Serra. Ao chegarem ao novo rincão, a ausência de auxílio pastoral não significou empecilho para que vivenciassem e anunciassem a fé que professavam em Jesus Cristo. Essas famílias iniciaram cultos semanais, reuniões de estudo bíblico e oração, utilizando para isso os seus lares. Do convite feito a vizinhos para comparecer nessas celebrações e ouvir a mensagem do evangelho, nasciam as primeiras conversões à fé evangélica na nova terra. Germinavam assim as sementes que dariam origem à Igreja Presbiteriana Independente no chamado Norte Pioneiro, com algumas características que lhe seriam marcantes: trabalho feito por leigos; igreja nos lares; comunidade com perfis tipicamente rurais porque composta basicamente de agricultores; liderança feminina no trabalho de evangelização, de assistência social e espiritual naquelas regiões de fronteira.

Izaltina Carvalho Proença

A primeira visita pastoral ocorreu somente uma década depois, realizada pelo Rev. Daniel Kowalski, do Presbitério de Castro – PR. Para essa e outras assistências que se seguiram, era necessária uma semana ou mais de viagem usando-se o meio de transporte disponível e mais viável para aquela região à época: o cavalo. Após o contato com a liderança pastoral, iniciaram a construção do primeiro templo protestante do município, localizado no distrito rural do Bairro Taquara, onde residiam as famílias pioneiras. Ao lado de seu esposo, José Rodrigues Proença, Izaltina auxiliava no trabalho de pregação, visitação, ensino na escola dominical,

aconselhamento, hospitalidade, auxílio a enfermos, enfim, o “pastoreio” leigo dos membros na ausência dos pastores que, dada a distância dos centros urbanos, visitavam a região apenas uma ou duas vezes ao ano. Daquelas famílias se originaram inúmeros líderes para o presbiterianismo na região, que hoje atuam como pastores, presbíteros, diáconos, músicos e educadores. Aquela igreja-mãe deu origem à impactante fé evangélica nessa grande região do Estado do Paraná, que hoje agrega dezenas de igrejas presbiterianas. O Rev. Wander de Lara Proença é ministro Presbiteriano e o Rev. Tércio de Sá Maynardes é Secretário Executivo do PRCP


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CAPELANIA HOSPITALAR

Medicina para a Alma – Cuidando da Ansiedade Eleny Vassão

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possível, hoje em dia, encontrar alguém que não sofra de uma certa dose de ansiedade? Esse não chega a ser um problema quando fica dentro de certos limites normais, pois nos ajuda a diminuir o desconforto, aumentar o grau de vigilância e a ampliar a capacidade de agir em situações de perigo. Mas, quando a ansiedade toma conta de nossa vida, passa a ser um comportamento doentio, gerando diversos males. O mal estar, a sensação constante de medo e preocupação podem comprometer o desempenho da pessoa no trabalho e em outras áreas de sua vida, tirando sua motivação e fazendo-a isolar-se socialmente. A síndrome de pânico e diversas fobias podem fazer parte desse quadro. As consequências abrangem as áreas física, emocional e espiritual, causando grandes prejuízos à saúde integral. Podemos tratar os sintomas, mas o mais importante é medicar biblicamente as causas que levam a pessoa a deixar-se contaminar pelo medo constante que tira sua paz e qualidade de vida. Aconselhei uma senhora que se sentia muito ansiosa quanto aos cuidados de seu filho, e por isso lhe telefonava pelo celular pelo menos a cada hora do dia. O “menino”, razão de sua ansiedade, estava com 30

354 pessoas estiveram presentes no anfiteatro do Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo, entre pacientes e seus familiares, profissionais da saúde, equipes de capelania de diversos hospitais, pastores, padres e membros de igrejas.

anos de idade e logo arranjou um apartamento para morar sozinho, tentando fugir da influência da mãe. Mas ela logo descobriu seu endereço, mandou fazer uma chave e quando ele chegou em casa, encontrou tudo bem arrumado... no estilo dela. O casal estava à beira de um divórcio, o filho quase odiando a mãe, mas a senhora não percebia o exagero de seus atos. Mesmo sendo uma cristã fiel há anos, membro de uma igreja evangélica, não conseguia acreditar que, também na prática da vida diária, Deus daria conta de cuidar dela e de seus queridos. No dia 30 de outubro, no encerramento às comemorações do Mês do Idoso, o Programa Integralidade da Superintendência do Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo, em parceria com a Capelania Evangélica deste Hospital, realizou o “II Seminário MEDICINA

PARA A ALMA – Cuidando da Ansiedade”. O tema do mês foi: “Mês do Idoso – Autonomia e Independência com Segurança”. O primeiro evento desse tipo aconteceu no ano de 2013 e contou com cerca de

, livro da Editora Cultura Cristã e doado para sorteio aos participantes do MEDICINA para a ALMA.

600 participantes, o que fez a Superintendência do Hospital promover esse segundo seminário com o mesmo tema. Neste ano contamos com 354 inscritos

de diversos credos, origens e profissões, para uma programação com a duração de meio período. Todos os participantes receberam certificados do CEDEP, Comitê de Educação e Pesquisa do Hospital. Esse evento teve como público-alvo os profissionais da saúde e também os beneficiários de hospitais, principalmente os idosos e seus cuidadores. Seus preletores foram o Prof. Dr. Francisco Lotufo Neto, psiquiatra cristão e professor da Faculdade de Medicina da USP que falou sobre os aspectos clínicos, psicológicos e psiquiátricos da ansiedade e Eleny Vassão de Paula Aitken, capelã evangélica do hospital, que falou sobre como lidar da ansiedade sob a direção e o cuidado de Deus, através da Bíblia. A receptividade por parte de todos foi excelente, o que fez a Superintendência e a Diretoria do Hospital

declararem a continuidade do MEDICINA PARA A ALMA, para que o evento aconteça anualmente nesse local, ampliando a duração para dois ou três dias de evento. Tudo isso sob

Eleny Vassão, Capelã do Hospital, com Magda Cruz, Diretora do Programa IntegralIdade, do Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo.

o patrocínio do Governo do Estado de São Paulo por meio do Programa Integralidade, coordenado pela enfermeira Magda


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AÇÃO SOCIAL

Mackenzie Voluntário completa 10 anos Cruz, da Superintendência do Hospital. A música foi uma parte importante do evento, contando com um quarteto de violinistas e violoncelistas profissionais dirigido por Elisa Graciela Ribeiro e também com o casal Priscila e Oziel Sabino, que tocaram a harpa e o violão e cantaram o hino “Deus cuidará de você”. Graças à doação de Bíblias com letra gigante pela Sociedade Bíblica do Brasil e de diversos livros sobre o tema como Abaixo a Ansiedade, da Editora Cultura Cristã e Certeza de Paz em tempos Incertos, da United Press, foi realizado um sorteio em que muitos foram contemplados. Após a segunda palestra, foi feita uma oração pelo Coronel Renato Aldarvis, um dos Diretores do Hospital Cruz Azul, que atende os familiares dos policiais militares. Recentemente foi oficializada a Capelania hospitalar dirigida pela ACEH – Associação de Capelania Evangélica Hospitalar nesse hospital. Com esse evento, mais uma vez a Capelania Hospitalar demonstrou o seu cuidado em levar o conforto e a esperança da Palavra de Deus aos pacientes, seus familiares e também aos profissionais da saúde nos hospitais. Eleny Vassão de Paula Aitken é Capelã-Missionária da IPB e Presidente da ACEH – Associação de Capelania Evangélica Hospitalar

Com o tema “O bem faz bem”, ação solidária beneficiou 160 mil pessoas em quase todos os Estados do País João Luís Corrêa Batista

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Instituto Presbiteriano Mackenzie e a Universidade Presbiteriana Mackenzie realizaram ações voluntárias em todo o Brasil, nos dias 5, 12 e de 19 de outubro último, por meio do Projeto Mackenzie Voluntário (MV), que completa 10 anos de desenvolvimento. Com o tema “O bem faz bem – Multiplique essa ideia”, as ações solidárias foram realizadas por mais de 37 mil voluntários de todas as regiões do País, em benefício de pessoas, organizações sociais e polos de ação comunitária, atingindo cerca de 160 mil beneficiados diretos em todo território nacional. O projeto de responsabilidade social do Mackenzie

tem como objetivo principal sensibilizar, mobilizar e integrar toda a comunidade mackenzista, juntamente com parceiros, amigos e familiares, num movimento de aproximação das comunidades e de promoção da participação social como forma de aprendizagem e exercício de cidadania, de incentivo à geração de conhecimento específico e de contribuição qualificada para o desenvolvimento social. Nesta edição, foram realizadas mais de 1.200 ações em 243 projetos que ofereceram uma série de atividades socioculturais e educativas em áreas como saúde, educação, cultura, esporte e recreação, meio ambiente, desenvolvimento humano, projetos estrutu-

rais, como recuperação de praças públicas, pinturas de escolas, creches e consertos em geral, entre outros. Segundo o Rev. Jôer Corrêa Batista, Gerente de Responsabilidade Social e Filantropia do IPM, departamento responsável pela realização do Mackenzie Voluntário, as principais metas neste ano foram “desenvolver o voluntariado como cultura de cidadania e fé cristã e difundir esse movimento em território nacional”. Conforme regulamento do Projeto MV, todas as ações desenvolvidas foram baseadas nos “Oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio” propostos pela ONU, que analisa os maiores problemas mundiais. Conforme balanço final do Projeto MV 2013, ao todo foram 1.457 projetos e ações voluntárias, com cerca de 160 mil benefi-

ciados diretos, envolvendo 37.445 voluntários e desenvolvidas em 20 Unidades da Federação, sendo elas: Amazonas, Pará, Rondônia, Tocantins, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Para participar do MV em 2014 acesse o site www. mackenzievoluntario.com. br, fique atento à abertura das inscrições, conheça os projetos das edições anteriores e esteja por dentro de tudo sobre essa ação em prol do “Bem que faz bem”. Informações também pelo Facebook, “Mackenzie Voluntário”; ou no Twitter, @mack_voluntario. João Luís Corrêa Batista é jornalista e líder de Projeto do Mackenzie Voluntário

“Fazendo o Bem” em Caxambu, MG


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PLANTAÇÃO DE IGREJAS

Orientações sobre plantação de igrejas (parte final) Valdeci Santos

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niciamos na edição anterior do BP este artigo que os Conselhos das igrejas e a liderança em geral fariam bem em discutir. Na primeira parte, o articulista iniciou afirmando que “a alegria de contribuir para o avanço do reino, participar no processo de transformação de vidas, colaborar com o efeito colateral da revitalização de outras igrejas que se comprometem com esse ministério é, certamente, compensadora”. Mas tratou logo de alertar para dificuldades, razão por que “o plantador de igrejas sempre necessita de toda informação e apoio que puder obter”, seguindo-se então as primeiras orientações desta série: 1. O missionário necessita estar convicto da sua vocação e comissionamento para esse ministério. 2. O plantador necessita separar cotidianamente um tempo para sua comunhão com o Senhor. 3. Tanto o plantador quanto o núcleo de pessoas comprometidas em plantar uma nova igreja (quando houver esse núcleo) devem se lembrar de que as orações precedem as estratégias. 4. O trabalho de plantar uma nova igreja exige que a família do plantador esteja, no mínimo, consciente do trabalho a ser

realizado, mas o ideal é que todos estejam comprometidos com ele. 5. No trabalho de plantação de uma igreja a batalha espiritual pode se apresentar mais aguerrida do que se imagina. 6. Plantadores de igreja devem labutar sob a convicção de que o Espírito opera em harmonia e mediante a Palavra de Deus. Inserimos nesta edição as sugestões finais: 7. O processo mais eficaz no discipulado sempre ocorre por meio do relacionamento individual. Assim, o obreiro deve se concentrar em uma pessoa ou uma família de cada vez ao invés de se contentar em apenas instruir o grupo. Além do mais, esse ministério requer comprometimento pessoal e não meros contatos virtuais. Por mais benéficos que o Facebook, Twiter ou o e-mail sejam, eles são desprovidos das expressões de compaixão e solidariedade características do contato presencial e individual. 8. Crescimento integral é, geralmente, lento, constante e progressivo. Na verdade, o crescimento explosivo pode ser frágil e superficial, sendo até mesmo nocivo à saúde do corpo. Embora o livro de Atos registre alguns acréscimos explosivos à igreja do primeiro século, aqueles eventos foram

ocasionais e específicos conforme o próprio livro demonstra (cf. At 2.41 e 4.4). A velocidade do crescimento da igreja não deveria ser o parâmetro determinante para o obreiro, mas sim a fonte, a natureza e os frutos do crescimento. 9. A igreja plantada geralmente é motivada pelo exemplo, paixão e empolgação do plantador e sua família. Dificilmente uma nova igreja se eleva

“O plantador de igrejas sempre necessita de toda informação e apoio que puder obter.”

acima do comprometimento que ela observa em seus líderes, especialmente na família do obreiro. No entanto, não é saudável que o casal à frente do projeto assuma todas as atividades, pois impede que outros exercitem os dons recebidos. Dessa forma, é necessário que haja sempre equilíbrio e prudência. 10. A prática da hospitalidade é um fator essencial no ministério do plantador de igrejas. Essa exigência bíblica para presbíteros (cf. 1Tm 3.2) é especial-

mente observada no início de uma igreja. Logo, abrir as portas da casa para um lanche, um almoço ou mesmo uma reunião de pequenos grupos possui valor inestimável e se torna uma excelente ocasião para ministrar a outras pessoas. 11. Programações especiais são extremamente importantes, especialmente para famílias com crianças pequenas. Os pais geralmente procuram uma comunidade na qual os seus filhos sejam bem recebidos e encontrem programações de seu interesse. A igreja não é só para adultos e os próprios adultos querem saber quão interessados e motivados os seus filhos estão em relação à igreja que frequentam. 12. O plantador de igrejas deve buscar manter reuniões periódicas com outros plantadores de sua região. Na verdade, há alguns assuntos e dificuldades que são facilmente compreendidos por outros plantadores. Essas questões não são dimensionadas corretamente quando apresentadas a outros cristãos. Dessa forma, reuniões periódicas e relacionamento estreito com outros plantadores pode ser uma fonte de incentivo mútuo. Todavia, esse mesmo relacionamento pode se transformar em fonte de tensão e atrito quando, em vez de

incentivo, ele for marcado por competição entre os evangelistas. 13. O fracasso em um projeto de plantação de igrejas não é, de fato, fracasso ministerial. A infidelidade, sim, é fracasso ministerial, pois “o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel” (1Co 4.2). Por isso é necessário que o plantador de igrejas zele pela doutrina, mas também de seu comportamento moral, do seu testemunho na sociedade, do controle de suas finanças, do domínio de sua língua, etc. Fazendo isso ele não será motivo de escândalo e vergonha no contexto onde ministra. Certamente essa lista de sugestões poderia ser ampliada, mas os tópicos apresentados certamente podem motivar os interessados em plantação de igrejas a uma reflexão séria e salutar. Contudo, essa reflexão somente será completamente benéfica se acompanhada por oração e meditação na Palavra de Deus, pois nenhuma obra do Reino foi levada a bom termo sem a intimidade com o Senhor. O próprio Jesus, sabendo disso, sempre se retirava para lugares solitários a fim de ficar a sós com o Pai (cf. Lc 5.16). O Rev. Valdeci Santos é Professor de Aconselhamento Bíblico e Missões Urbanas no CPAJ e membro do Conselho Editorial da CEP.


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IGREJA EM AÇÃO

IP 12 de Agosto, proclamando o evangelho Stephanie Macêdo

2013 foi um ano de farta colheita para a Igreja Presbiteriana 12 de Agosto, em Aracaju, Estado de Sergipe. As orações do povo presbiteriano obtiveram resultados edificantes na terra sergipana. Somente esse ano a igreja inaugurou quatro templos de igrejas filhas. Sob a orientação do Rev. Neemias Carvalho de Araújo (pastor emérito, com a profunda sensibilidade e dom de construir templos no Estado), com aval do atual pastor, Rev. Emanuel Menezes Costa, e do Conselho, a Igreja Presbiteriana 12 de Agosto tem experimentado ser uma chama viva no altar de Deus e edificar templos tem sido a revelação do amor de Deus. Plantar igrejas segue o exemplo do que fez o apóstolo Paulo, com a convicção de que, cada igreja plantada representa um cenário físico para a proclamação da reconciliação do homem com Deus, do tocante reencontro entre o pastor e a ovelha perdida. “... Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões; e nos encarregou da palavra da reconciliação” (2Co 5.18-20). Igrejas O primeiro edifício levantado esse ano sobre o barro

vermelho de São Cristóvão foi a capela do “Aprisco do Carneirinho”– pertencente ao Acampamento da 12 de Agosto, com capacidade para mais de 500 pessoas. Em seguida, nasceram as igrejas filhas pelo interior do Estado (Alto Sertão Sergipano, município de Nossa Senhora de Glória), litoral (Barra dos Coqueiros) e região do Agreste (Capela). Essa última teve o templo recentemente inaugurado em 29 de setembro. A 12 de Agosto também conta com mais uma igreja-filha, no Parque São José. Esse templo foi o primeiro a ser administrado pela 12 de Agosto. SEMINÁRIOS A 12 de Agosto também vem realizando importantes cursos, seminário, congressos e palestras que corroboram com o cres-

IP 12 de Agosto trabalhando com as crianças

cimento espiritual da sua igreja, hoje com mais de 700 membros. Os eventos (em alguns casos só para as crianças) têm trazido pastores renomados ao púlpito da igreja, a exemplo de Russel Shedd, Messias Anacleto Rosa, Amauri Oliveira, Josué Ferreira, capelão do Ensino Básico do Colégio Mackenzie, entre outros. Recentemente, de 13 a 15 de setembro, a igreja

12 de Agosto promoveu o IV Seminário sobre Escola Bíblica: “Qualificando professores, edificando vidas”. Segundo o Rev. Emanuel Costa, a edificação da igreja é a razão principal do ensino na EBD. “É inegável a importância dessa instituição para instrução, fortalecimento e crescimento na graça e conhecimento do Senhor”, revela o pastor, enfatizando que

Equipe de apoio e organizadores do IV Seminário sobre Escola Bíblica

os dons de cada um são destinados ao crescimento do reino: “... ele mesmo concedeu uns para apóstolo, outros para profetas, outros para evangelistas e outros pastores e mestres. Com vistas ao aperfeiçoamento do seu serviço, para o desempenho do seu serviço, para edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.11,12). O seminário contou com a participação especial do Rev. Cláudio Marra, editor da CEP, e da sua esposa, Profa. Sandra Salum Marra. Os eventos da IP 12 de agosto são uma constância, e buscam atender aos variados ministérios e áreas da igreja. O próximo evento que irá ocorrer na igreja é o Seminário de Louvor e Adoração, acontecerá no período de 23 a 25 de outubro, com a participação do Rev. Itamar Bezerra, da IP da Bahia. Stephanie Macêdo é Jornalista e responsável pela Assessoria de Comunicação da Igreja Presbiteriana 12 de Agosto.


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MÊS DE DEZEMBRO N

Rev. Alderi Souza de Matos, historiador da IPB

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● Falecimento do Rev. João Ribeiro de Carvalho Braga, em Campinas; foi pastor em Botucatu e Sorocaba; pai do Rev. Erasmo Braga (1934).

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● Falecimento do Rev. José Martins de Almeida Leitão, em Campos (RJ); dedicado pastor na Amazônia e na Região Sudeste (1935).

● D. Henriqueta Isaura do Paraíso e Silva, esposa do aspirante ao ministério Zacarias de Miranda, é a primeira pessoa a ser recebida por profissão de fé na “Sala Grande” da Escola Americana, em São Paulo (1876).

● Inauguração do templo da IP de Castro (PR), com a presença dos Revs. George Landes, John Kyle, George Bickerstaph e Roberto Lenington (1897).

● Organização da IP de Aracaju (SE), pelos Revs. George W. Chamberlain e Woodward E. Finley (1901).

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● Organização da IP de Barra Alegre (Bom Jardim-RJ), pelos Revs. John M. Kyle e Álvaro Reis (1901).

● Rev. George Anderson Landes fixa residência em Curitiba para iniciar o trabalho presbiteriano (1885).

6 ● Instalação do Presbitério de Minas, em Campinas, resultante do desdobramento do Presbitério de Campinas e Oeste de Minas (1888).

7 ● Chega ao Rio de Janeiro o Rev. Francis Joseph Christopher Schneider, terceiro missionário presbiteriano a vir para o Brasil (1861). ● Organização da IP de Tibagi, a segunda do Paraná, pelo Rev. Robert Lenington (1884), e da IP de Taquaritinga-SP (1905).

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● Organização da IP de Embaú (CruzeiroSP), pelos Revs. Modesto Carvalhosa e Emanuel Vanorden (1874).

● Falecimento do Rev. George Nash Morton, nos Estados Unidos; pioneiro presbiteriano em Campinas e fundador do Colégio Internacional (1925).

● O Presbitério Espírito Santo-Minas é desdobrado em Presbitério de Minas e Presbitério do Espírito Santo (1925).

● Falecimento da missionária Kate Eliza Bias Cowan, que trabalhou em várias regiões de Minas Gerais (1939).

23 ● Falecimento do Rev. Antônio Bandeira Trajano, no Rio de Janeiro, último sobrevivente da primeira geração de obreiros presbiterianos do Brasil (1921).

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● Eleição de William Dreaton Pitt como o primeiro presbítero da IP de São Paulo; a ordenação se deu no dia 22 (1867).

● Organização do Presbitério do Rio de Janeiro, em São Paulo; constituído de três ministros (Simonton, Blackford e Schneider) e três igrejas (Rio, São Paulo e Brotas) (1865)

● Organização da IP de Lençóis (SP), pelo Rev. George Whitehill Chamberlain (1880).

● Rev. James Theodore Houston chega à Bahia; foi pastor em Cachoeira, Salvador, Rio de Janeiro e Florianópolis (1874).

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25 ● Rev. Alexander Blackford se transfere para o Rio de Janeiro, depois de quatro anos de trabalho em São Paulo, a fim de substituir o finado colega Ashbel G. Simonton (1867). ● Falecimento do Rev. José Manoel da Conceição, na enfermaria militar de Campinho, subúrbio do Rio de Janeiro (1873).

● Rev. Natanael Cortez inicia seu longo pastorado na IP de Fortaleza-CE (1915). ● Inauguração da parte interna do templo da IP do Rio de Janeiro, pelo Rev. Matatias Gomes dos Santos (1942). ● Rev. Galdino Moreira recebe o título de pastor emérito da IP do Riachuelo, no Rio de Janeiro, após quase 40 anos de pastorado (1959).

● Organização da “South Brazil Mission”, da Igreja do Norte (PCUSA); a primeira reunião só ocorreu em 13 de dezembro do ano seguinte (1896). ● Falecimento do Rev. Robert Lenington, nos Estados Unidos; trabalhou em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia; pioneiro da evangelização do Paraná (1903). ● Organização da IP do Caju, no Rio de Janeiro, pelos Revs. Álvaro Reis e Constâncio Homero Omegna (1908).


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N A HISTÓRIA DA IPB ● Falecimento do Rev. Juventino Marinho, com quase cem anos, em João Pessoa (PB); um dos primeiros pastores presbiterianos do Nordeste (1959).

● Falecimento do Rev. Adam John Martin, em Duarte, na Califórnia, aos 84 anos; foi missionário em Mato Grosso e no oeste de Santa Catarina; um dos fundadores da Escola de Buriti (1970).

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● Organização da IP de Taquari (Itaju-SP), pelo Rev. Francisco Lotufo e o Pb. Manoel dos Santos (1896), e da IP de Conchas-SP (1906).

● Falecimento do Rev. Miguel Rizzo Júnior, expastor da IP Unida de São Paulo, príncipe do púlpito presbiteriano (1975).

● Ordenação do Rev. José Manoel da Conceição, em São Paulo, pelo recémorganizado Presbitério do Rio de Janeiro (1865).

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● Organização da IP de São Francisco do Sul, a primeira de Santa Catarina, pelo Rev. Roberto Frederico Lenington (1900).

● Falecimento do coronel Augusto Fausto de Souza, biógrafo do Rev. José Manoel da Conceição, no Rio de Janeiro (1890).

● Organização da IP da Paraíba (João Pessoa), pelo Rev. John Rockwell Smith (1884).

● Organização da IP de Jordão (Governador Celso Ramos-SC), pelo Rev. Roberto Frederico Lenington e o Pb. Romão Martins Barbosa (1907).

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● Falecimento do Rev. Thomas Jackson Porter, nos Estados Unidos; pastor no Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro; professor do Seminário de Campinas (1936). ● Falecimento do Rev. Herculano de Gouvêa Júnior, em Campinas; professor por muitos anos do Seminário Presbiteriano do Sul (1964).

● Ordenação do Rev. Basílio Braga de Oliveira, em Araguari, pelo Presbitério de Minas; pastoreou por muitos anos a IP de São João da Boa Vista-SP (1911).

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● Rev. Dr. George William Butler defende tese na Faculdade de Medicina e Farmácia da Bahia para poder exercer a medicina no Brasil (1896).

● Organização da IP de Vitória, Espírito Santo, pelo Rev. Mário Neves e outros (1928).

● Jornal O Estandarte publica o primeiro artigo do Dr. Nicolau Soares do Couto Esher sobre a incompatibilidade entre a maçonaria e a fé cristã (1898).

● Reúne-se no Rio de Janeiro, sob a presidência do Rev. Galdino Moreira, uma Assembleia Constituinte para elaborar a constituição da IPB, posteriormente impugnada (1937).

17 ● Ordenação do Rev. Cícero Barbosa, em Recife, pelo Presbitério de Pernambuco; foi pastor em Goiana, Palmares, Gameleira e Manaus (1902).

10

● Falecimento do Rev. Ashbel Green Simonton, na residência do seu cunhado, Rev. Alexander L. Blackford, em São Paulo (1867).

● Inauguração da Escola Evangélica Ruth B. See, em Nepomuceno-MG (1931).

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● Organização da IP de Laranjeiras, a primeira de Sergipe, pelo Rev. Alexander L. Blackford (1884).

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● Organização da IP de Itaqui (PR), pelo Rev. Modesto Carvalhosa (1889).

● Ordenação dos Revs. José Ozias Gonçalves e Alfredo Borges Teixeira, em Campinas, pelo Presbitério de Minas (1900).

● Rev. Ashbel Green Simonton faz as últimas anotações em seu Diário, quase um ano antes de sua morte (1866).

● Falecimento do Rev. George Anderson Landes, nos Estados Unidos; trabalhou em São Paulo, Paraná e Mato Grosso (1938).


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ANIVERSÁRIO

IP de Paraguaçu Paulista comemora 83 anos João Batista e Ary Diniz da Silveira

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o dia 23 de setembro completamos o 68° ano de organização da Igreja Presbiteriana nesta cidade. No dia 22 de setembro, com muita alegria, celebramos um culto de louvor e gratidão a Deus pelo aniversário de organização dessa amada igreja. Pregou o Rev. Eduardo Emerick da IP de Ourinhos/SP. Recebemos o coral da IP de Assis e no término do culto tivemos confraternização no salão social. O inicio da igreja em Paraguaçu Paulista se deu com a celebração de um culto dirigido pelo seminarista licenciado Celso Assumpção, no mês de março de 1930, na casa do cartorário Sr. Hermenegildo Pinto Guimarães, na Rua Pedro de Toledo esquina com a Santos Dumont. Em seguida, pela visão e cooperação de tantas pessoas, decidiu-se alugar um salão na Rua 7 de setembro onde hoje é o Bradesco. Nesse local deu-se início a Congregação Presbiteriana sob o pastorado do Rev. Celso Assumpção com umas 40 pessoas. O trabalho árduo, mas persistente, frutificou. Então, decidiuse adquirir um terreno e edificar o templo. A pequena semente se tornou em uma bela construção, tudo porque o humilde começo

Rev João Batista e Presbíteros na confraternização na IP de Paraguaçu Paulista

foi assistido com perseverança e visão de que Deus é Deus das pequenas coisas e ele quem as faz crescer. Paralelamente à construção do templo, crescia a membresia com várias conversões e chegada de irmãos presbiterianos, metodistas, batistas, e presbiterianos independentes que para cá se mudavam. Nesse início não havia espírito denominacional, todos juntos, num só espírito cristão, trabalhavam para expansão do Reino de Deus. O Rev. Celso Assumpção pastoreou a Congregação até o fim do ano de 1936 quando, para cá chegou o Rev.

Moisés Martins Aguiar. Estima-se que ele pastoreou a Congregação uns três anos, mas, seu trabalho resultou em muitas conversões. Com a saída do Rev. Moisés, acredita-se que o Rev. Celso Assumpção, agora, pastor da IP de Presidente Prudente, passou a ministrar os atos pastorais até o Presbitério de Botucatu designar o Rev. Rodolfo Garcia Nogueira como pastor evangelista na Congregação de Paraguaçu Paulista. No tempo do seu pastorado, o Instituto Gammon, de Lavras, Minas Gerais, instalou uma extensão nessa

cidade, isso foi fundamental para fortalecer a membresia da Congregação local, visto que os professores do Gammon, quase todos presbiterianos, vieram de fora. Isso contribuiu para que a partir do dia 23 de setembro de 1945, a Congregação se tornasse igreja organizada. Podemos assim nos fundamentar em Paulo quando disse: “Eu plantei, Apolo regou, mas o crescimento vem de Deus”. É dele e para ele toda glória; nós somos apenas servos muitas vezes com pequenas ideias, pequenas iniciativas, mas que sem perder

o ânimo há de contribuir para a história da Igreja do Senhor na Estância Turística de Paraguaçu Paulista. A história dessa igreja continua, pois, os personagens de outrora fizeram história, os de hoje são outros que fazem história; os de amanhã quem serão? Mas, sabemos que aquele que começou a boa obra em Paraguaçu Paulista, há de completá-la para a sua glória, aquele que dá o crescimento, o Senhor da nossa História. Deus seja louvado! O Rev. João Batista é pastor da igreja e Ary Diniz da Silveira é presbítero em disponibilidade.


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ANIVERSÁRIO

Culto da Reforma ao ar livre Iniciativa reuniu membros e convidados na 1a Igreja Presbiteriana, numa das avenidas mais movimentadas da capital do Pará Roberto Quirino

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o último dia 31 de outubro, a Igreja Reformada comemorou os 496 anos da Reforma. Em Belém, a data foi celebrada pelo Presbitério Metropolitano, que reúne cinco igrejas, num grande culto ao ar livre em frente à Primeira Igreja Presbiteriana. Mais de cento e trinta pessoas, entre membros e convidados de todas as igrejas compareceram em plena avenida Magalhães Barata, uma das principais da capital paraense, na quinta-feira à noite. Esse foi o terceiro ano em

que a Reforma Protestante foi comemorada em Belém exatamente no dia que marca seu início, mas pela primeira vez num culto ao ar livre. Os preparativos começaram bem antes, já que os órgãos oficiais da cidade precisaram dar autorizações para que a programação pudesse acontecer e para que parte da avenida fosse fechada pela Secretaria de Trânsito. Na véspera, a fachada de vidro da Igreja foi inteiramente grafitada com desenhos e textos que remetem à Reforma, num trabalho que chamou a atenção pela qualidade visual e

inovação. No dia do Culto, a montagem começou ainda nas primeiras horas da tarde. Um tablado ocupou a calçada em frente ao portão principal e o som foi instalado, assim como instrumentos musicais e o púlpito. No início da noite, as cadeiras foram distribuídas na avenida para que o público pudesse acompanhar a celebração, aberta pelo Secretário Executivo do Presbitério Metropolitano de Belém, Presb. Heriberto Rodrigues. O presidente do Presbitério, Rev. Sérgio Paulo Carvalho Barbas, pastor da Igreja Presbiteriana do Guamá, o Rev. Carlos Alberto Garcia, vice-presidente do Presbitério e pastor titular da Primeira Igreja de Belém e o Rev. Ronald Lameira, pastor auxiliar da

Culto da Reforma celebrado ao Ar Livre - 1ª IP Belém

Primeira Igreja de Belém participaram do Culto em Ações de Graças. A Palavra foi ministrada pelo Rev. João Eiró, da Igreja Presbiteriana da Cidade Nova VI, em Ananindeua, cidade da região metropolitana de Belém. Ele destacou a importância da data e os cinco “solas”, que norteiam a doutrina reformada. Hinos e cânticos espirituais também foram entoados durante a celebração, que terminou por volta das dez da noite. Dois órgãos de imprensa da capital paraense estiveram presentes registrando a

comemoração. O jornal “O Liberal”, um dos mais tradicionais de Belém, dedicou um espaço importante para o culto. Já a TV Cultura produziu uma reportagem que foi exibida em seu telejornal noturno, mostrando a celebração e destacando a importância da Reforma. A iniciativa desse ano serviu como referência para o Presbitério, que pretende intensificar as comemorações da data nos próximos anos para que nos 500 anos um grande evento seja realizado em Belém. Roberto Quirino é Jornalista e membro da 1ª IP de Belém

DO BRASIL E DO MUNDO

O Conselho Mundial das SBU elege novo Presidente

N

a reunião do órgão realizada nos dias 14 a 18 de outubro passado, em Lydiard Park, Swindon, Reino Unido, foi eleito Rudi Zimmer, presidente do recém-constituído Conselho Mundial das Sociedades Bíblicas Unidas (SBU), aliança que congrega 146 Sociedades Bíblicas no mundo. Para ocupar a vice-presidência, foi eleita Efua Ghartey, da República de Gana.

As SBU foram criadas em 1946, com o objetivo de criar estratégias de cooperação mútua entre todas as Sociedades Bíblicas, que facilitem o processo de tradução, produção e distribuição das Escrituras Sagradas. Atuando há 22 anos na Sociedade Bíblica do Brasil e, desde 2005, ocupando o cargo de diretor executivo da entidade, Zimmer é doutor em Teologia (Th.D.) e

por mais de vinte anos foi professor de seminário teológico. Com MBA em Administração pela FIA-USP (Fundação Instituto de Administração, da Universidade de São Paulo) e com título honorário de Doutor em Letras (Litt.D.), fala fluentemente inglês, espanhol e alemão, além do português. Pastor luterano, Zimmer continua ensinando e orientando estudos bíblicos em

sua igreja local. As 146 Sociedades Bíblicas existentes são orientadas pela missão de promover a maior distribuição possível de Bíblias, numa linguagem que as pessoas possam compreender e a um preço que possam pagar. Esse movimento pela difusão do Livro Sagrado teve início em 1804, com a fundação da Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, na Inglaterra.

Rudi Zimmer, Presidente e Efua Ghartey, vice presidente da SBU


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MISSÕES

Encontro de Obreiros Mariano Alves

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Junta de Missões Nacionais – JMN têm por finalidade a plantação de novas igrejas em todo território brasileiro, por meio de parcerias com presbitérios e igrejas ela vem prestando esse importante serviço á IPB há mais de 73 anos. Há campos espalhados em todas as regiões do Brasil. A abertura de novas igrejas exige o recrutamento de novos obreiros

como também a sua constante atualização. “Plantar igrejas sem investir na vida e ministério do plantador é planejar a falha na execução.” Além do acompanhamento das atividades de cada projeto missionário por meio de relatórios e visitas aos campos, a JMN realiza durante o ano vários encontros regionais de obreiros e parceiros com o objetivo de avaliar, treinar, motivar e aproximar os obreiros por

Encontro de Obreiros em Cuiabá, MT.

A

IPB não pode tampar os ouvidos ao sofrimento de uma nação que experimenta as consequências da guerra civil iniciada em março de 2011. Mais de 100.000 pessoas já morreram. Mais de dois milhões de refugiados se encontram nos países vizinhos como no Líbano, Jordânia, Iraque e Turquia. Alguns, com a ajuda de parentes e amigos

Encontro de obreiros no Rio de Janeiro

meio de diversas oficinas com temas voltados para o ministério específico de quem se dedica à evangelização, pastoreio e plantação de igreja. Neste ano foram realizados os seguintes encontros regionais: Aracaju/SE, Recife/PE, Feira de Santana/BA e Teresina/ PI no Nordeste; e Cuiabá/ MT no Centro Oeste; Palmas/TO no Norte e Rio de Janeiro/RJ no Sudeste. Várias parcerias foram firmadas para a logística desses encontros e destacamos algumas delas: Encontros de Aracaju/SE (Sínodo Alago-

as–Sergipe), Recife/PE (1ª IP do Recife), Teresina/PI (Seminário – STNE), Feira de Santana/BA (Presbitério Central da Bahia), Cuiabá/ MT (IP Central de Cuiabá), Palmas/TO (Junta Sinodal de Missões e Igrejas de Palmas), Rio de Janeiro/RJ (IP de Copacabana). Destacamos também as parcerias com a APMT (Agência Presbiteriana de Missões Transculturais), APECOM (Agência Presbiteriana de Evangelização e Comunicação), Secretaria Geral de UPAs, Instituto Bíblico do Norte (IBN – Garanhuns),

Instituto Bíblico de Cuiabá (IBA). Nossa gratidão primeiramente a Deus, o Senhor da seara, à diretoria da JMN, na pessoa do presidente, Presb. Vicente Lúcio, ao Secretário Executivo, Rev. Éber Pinheiro, que não pouparam esforços e recursos para a realização desses eventos. Aos dedicados preletores e por fim aos nossos obreiros que venceram distâncias para participarem dos encontros de sua região. Deus seja louvado. O Rev. Mariano Alves é Supervisor da JMN

O grito de um povo

Campanha Nacional em favor dos sírios

buscam refúgio em outros países, inclusive no Brasil. De acordo com os dados das Nações Unidas, cerca de sete milhões de sírios precisam de ajuda humanitária de emergência. A APMT possui uma boa relação com o Sínodo Evangélico Nacional da Síria e do Líbano. No momento duas famílias de missionários da APMT estão atuan-

uma Campanha Nacional em favor dos sírios. Trata-se de prover alimentação básica às famílias que perderam suas casas, fontes de renda e seus familiares, e àqueles que se encontram em campos de refugiados, onde há grande escassez de alimentos e água potável. O Rev. Agripino se envolve na situação: “Como APMT/IPB, nossa oração é

do na região. “Institucionalmente, recebemos um apelo da liderança da Igreja Presbiteriana, no sentido de minimizarmos o sofrimento das centenas de famílias cristãs que se encontram numa situação lastimável”, revelou o Rev. Marcos Agripino, executivo da APMT. Em resposta a esse apelo, a APMT está organizando

que o Senhor nos use para sermos canal das bênçãos dele em favor do povo sírio, a quem tanto Deus ama”. Quem deseja cooperar com essa campanha e obter maiores informações, pode mandar um e-mail para apmt@apmt.org.br ou ligar para (11) 3207-2139.


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EVENTOS

Lançado Protestantismo e História N

a tarde do dia 28 de outubro, na Galeria Cultura Bíblica de São Paulo, SP, aconteceu o lançamento do livro Protestantismo e História: Brasil e França na visão de Émile Léonard. O livro reúne dezesseis textos do historiador francês Émile Léonard (1891-1961) sobre o protestantismo no Brasil e na França, um artigo de Roger Bastide sobre Émile Léonard e o uma introdução biobibliográfica preparada pelo organizador da obra, Marcone Bezerra Carvalho. A ideia da coletânea Protestantismo e História surgiu por ocasião da pesquisa de mestrado do Rev. Marcone, que é pastor da 1ª IP de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. Durante o ano de 2012, ao manter contato com as filhas e o filho de Léonard, foram enviados ao pesquisador oito artigos inéditos em língua portuguesa e quatro inéditos tanto no Brasil como na França, artigos relacionados ao protestantismo brasileiro/francês ou temas afins. Diante da riqueza do material, o Rev. Marcone propôs à Editora Mackenzie a sua publicação. A Editora aceitou o desafio e ainda incluiu outros cinco textos que tinham aparecido em nosso país na década de 40. A relevância da obra está ligada à importância do autor dos textos. Léonard era descendente dos huguenotes france-

ses dos séculos 17 e 18 e alcançou, como estudioso do movimento protestante, os postos acadêmicos mais altos dentro e fora da França. Graduou-se pela École des Chartes e fez seu doutorado na Faculté des Lettres de Paris, ambas ligadas à Sorbonne. Como membro da École

Aix-en-Provence (19401948), na Faculté Libre de Théologiede Aix-enProvence (1940-1948), na Universidade de São Paulo (1948-1950) e na École Pratique des Hautes Études (1948-1961). Nessa última instituição, serviu também como Diretor da Seção de Ciências

Livre de Amsterdã (1955) e pela Faculdade de Teologia Protestante de Montpellier (1959). Na expressão de sua piedade, o historiador foi membro das Igrejas Reformadas da França (ERF) e Evangélica Independente (EREI), tendo frequentado em nosso país a 1ª Igreja Presbiteriana

Dra. Helena Bonito, Dr. Mauricio Meneses, Rev. Marcone B. Carvalho, Dr. Benedito Aguiar Neto e Rev. Dr. Davi Gomes.

Française de Roma, viveu na capital italiana de 1919 a 1922. Serviu como bibliotecário na Bibliothèque Nationale de Paris (1922-1927) e ensinou no Institut Français em Nápoles, Itália, a serviço da Université de Grenoble (1927-1934), na Università di Napoli (1933-1934), na Faculté des Lettres de Caen (1934-1940), na Faculté des Lettres de

Religiosas. Autor de vasta obra, da qual se destaca a Histoire Générale du Protestantisme (3 volumes, 1961-1964), seus livros foram traduzidos para o inglês, espanhol, italiano, servo-croata, japonês e português. Léonard teve sua obra reconhecida em vida, tendo recebido, dentre outras premiações e honrarias, o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade

Conservadora e a extinta Igreja Cristã de São Paulo. Como foi lembrado pelo organizador no evento do dia 28 de outubro, o lançamento da obra pela Universidade Mackenzie é digna de apreciação não somente pela oferta de textos – alguns inéditos – do respeitado acadêmico, mas também por ser a primeira vez que uma editora presbiteriana publica no Brasil algo de

Léonard – que era presbiteriano. Os pronunciamentos da Dra. Helena Bonito (do Conselho Editorial do Mackenzie), do Rev. Davi Charles (Chanceler), do Dr. Benedito Aguiar Neto (Reitor) e do Dr. Maurício Menezes (Presidente do Instituto Mackenzie) reforçaram a contribuição do Mackenzie em oferecer essa coletânea ao público do nosso país. Além das autoridades da instituição, estiveram presentes no lançamento vários membros da Igreja de Itapecerica da Serra e pastores da denominação. A obra pode ser adquirida pelo site da Editora (www. editora.mackenzie.br) ou na livraria Mackenzie (livraria@mackenzie.br ou [11] 2766-7027). Ainda nesse mês o livro será lançado na Igreja Presbiteriana do Renascença (São Luís / MA). Os presbiterianos da capital maranhense estão todos convidados (informações: rev.mbc@gmail.com).


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AÇÃO SOCIAL

IP de Itatinga (SP) realiza ação social Andrei de Almeida Barros

o dia 19 de outubro a IP de Itatinga realizou a segunda edição da Rua do Recreio. Tratase de um evento social e evangelístico, que realizado em parceria com o Dia do Mackenzie Voluntário, da Universidade Presbiteriana Mackenzie e atingiu cerca de três mil pessoas. Para a execução do evento contamos com 142 voluntários que se dividiram em 25 equipes. Ao todo foram 142 aferições de pressão, 200 verificações de glicose, 880 pinturas no rosto, 100 cortes de cabelo, 4000 pacotes de pipoca, 2000 algodões doces, 780 litros de refrigerante, 4000 sorvetes, 2500 pacotes de doces e aproximadamente 6000 panfletos evangelísticos que envolviam também a divulgação

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Atividades realizadas na frente da igreja e na praça central da cidade

do Disque Paz de nossa igreja. Na área do evento, que ocupou a rua da frente da igreja e parte da praça central da cidade, tivemos a presença maciça de famílias com crianças de diversas idades. Especialmente para elas, organizamos no templo de hora em hora uma história evangelística com

a participação de fantoches. Foi uma rica oportunidade onde transmitimos o amor de Deus para a vida dessas pessoas Mas a alegria não se limitava aos participantes. Não há palavras para expressar a realização e contentamento de cada voluntário que trabalhava mesmo no sol quente. Foi o cumprimento

das palavras de Jesus registradas em Mateus 5.7: “Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia”. De fato, tristeza, depressão e outras angústias simplesmente desaparecem quando olhamos para o próximo e o amamos. No ano que vem desejamos alcançar ainda mais pessoas com a Rua do Re-

creio 3! Para isso contarmos com as bênçãos de Deus, o apoio da igreja e as orações dos irmãos! Realizado pela IP de Itatinga, o evento teve a direção e coordenação do Rev. Andrei de Almeida Barros e do Pb. Clodoaldo Furlan. O Rev. Andrei de Almeida Barros é pastor da IP de Itatinga, SP

FORÇA DE INTEGRAÇÃO

Presbitério de Caruaru, PE, realiza “Missiofeira”

A

Federação de SAFs do Presbitério de Caruaru, PE, realizou no dia 2 de novembro passado, das 9hs às 17hs, uma “Missiofeira”, féria de missões, com o tema: “Missões está no coração de Deus! Está no seu?”. O objetivo foi despertar a igreja para a obra missionária. O evento coordenado por Irani Passos contou com o apoio do presbitério e das sociedades internas UPH, UMP, UPA e UCP do presbitério e do Ministério Rumo

ao Sertão. A programação incluiu culto solene na abertura e no encerramento. Os cânticos foram dirigidos pela Banda “Rumo ao Sertão”. Foram montados stands dos trabalhos missionários das principais agências missionárias e dos ministérios da região e o encontro contou com a presença de missionários dos campos nacionais e transculturais. As palestras e oficinas abordaram temas como: Missões no Sertão; Como ser uma Igreja mis-

sionária; Missões com crianças e Como apresentar o plano da salvação. Houve uma sala de oração por missões, uma boutique missionária, atividades para crianças e muito mais. De acordo com o presbítero Jerônimo Gusmão, todo o dinheiro arrecadado foi direcionado para os campos missionários. A estimativa é que cerca de 1.000 pessoas tenham participado da Missiofeira. A TV Globo da região fez a cobertura do evento.

Irani Passos Coordenadora do evento

Stand transcultural


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ARTIGO

Memórias de um missionário Casamento na fronteira Mário Alves

O

avião militar levantou vôo, naquela fria manhã de junho de 1976, da base aérea de Waterkloof, África do Sul, em direção norte, para Namíbia, país na costa ocidental do continente africano. O avião fez uma escala no aeroporto de Grootfontein, e depois prosseguiu até Rundu, uma cidadezinha próxima à fronteira com Angola. Ao chegar sobre a cidade, principiou sua descida voando em círculos para evitar algum ataque terrorista, pousando a seguir. Ao descer do avião já me aguardava um pastor sul-africano, que me levou para o escritório do Capelão, onde ficaria hospedado. Era minha segunda viagem a Namíbia. Na primeira viagem em 1975, com Mary, minha esposa, que evangelizava as crianças, estivemos em Windhoek, capital da Namíbia, e ainda nas cidades de Grootfontein e Tsumeb, sempre com o objetivo de visitar e evangelizar refugiados angolanos. Uma terceira viagem seria realizada em 1977. Nos primeiros dias ali no Rundu, visitei algumas famílias portuguesas na cidade, e depois fui ao acampamento dos refugiados, cerca de 2.500 ango-

lanos morando em tendas e barracas de sapé. Preguei algumas vezes nos cultos realizados sob duas grandes árvores, local simples e rústico, com troncos servindo de bancos e púlpito feito com galhos, uma assistência nos cultos que variou de 150 a 300 pessoas, com várias conversões, batismo de crianças filhas de crentes e oração por vários jovens que decidiram se preparar para profissão de fé. Uma bênção, que nos trouxe muita alegria. Graças ao Senhor! Alguns dias após minha chegada, juntamente com um Capelão, Rev. Bezuidenhout, saí de viagem em um jipe do exército, levando comigo dois cobertores, saco de dormir, cama portátil, violão, Bíblias, Novos Testamentos e folhetos; atravessamos de balsa o Rio Okavango, prosseguimos por uma estrada de

terra ao longo da fronteira com Angola, num local chamado Faixa do Caprivi, a fim de visitar três acampamentos militares, “Papa Falls, Alpha e Bwabwata”, onde havia muitos refugiados angolanos morando em tendas, com os quais eu pretendia me encontrar para pregar a Palavra. No acampamento Alpha vim a conhecer um jovem casal, Henrique José Félix e Maria Conceição, refugiados da guerra em Angola; estavam noivos e iam se casar quando tive-

ram que deixar às pressas seu país, e agora estavam ali, naquele local, com esperanças de que passasse algum padre para realizar seu casamento. Pela providência do Senhor cheguei a esse acampamento, conversei com os dois e pude apresentar o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo a eles e, pela graça de Deus, ambos fizeram sua decisão por Cristo. Prossegui em minhas visitas, indo ao acampamento Bwabwata e, no regresso, conforme havíamos combinado, fiz o casamento deles juntamente com Rev. Bezuidenhout, que é quem tinha a autoridade de efetuar a cerimônia com validade civil. Certamente foi uma ocasião especial – ali, em um acampamento militar, entre árvores e em um barraco devidamente arrumado para a ocasião, soldados e alguns refugiados angolanos assistindo, a singela cerimônia foi rea-

lizada – enquanto alguns soldados preparavam uma barraca de lona no acampamento – lar provisório do novo casal! À noite, em um dos acampamentos, enquanto comia alguma coisa e tomava café em frente a uma fogueira ao lado de alguns soldados, reparando nos barracos, no mato ao redor, na solidão daquele posto – longe, bem longe de uma cidade, fiquei pensando comigo mesmo: “Meu Pai, o que é que eu vim fazer aqui? Isto parece o fim do mundo!” Mas, foi o Senhor que me enviara e ele certamente estava me usando ali, pois “...como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?” (Rm 10.14). Em paz, fui me deitar, conversando ainda por um pouco com um oficial, enquanto ouvia o barulho de um rato que resolvera “visitar” nossa barraca. Mais à noite a “visita” se retirou e, finalmente, adormeci. O Rev. Mário Manoel Alves, casado com Mary Alves, é pastor jubilado da IPB e serviu durante nove anos como pastor da Nederduitse Gereformeerde Kerk (Igreja Reformada Holandesa) entre imigrantes portugueses na África do Sul, onde também trabalharam a partir do início da década de 1970 outros ministros presbiterianos. O grupo participou intensamente da assistência aos refugiados de Moçambique e Angola por ocasião da independência daqueles países.


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ARTIGO

Jesus precisava mesmo morrer? Leandro Antônio de Lima

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esde os tempos do apóstolo Paulo muitos consideravam a pregação sobre a morte de Jesus uma loucura: “Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem” (1Co 1.18, 23). Não é apenas nos dias de hoje que as pessoas se recusam a aceitar que Jesus precisava morrer para salvar o mundo. A ideia de que Jesus se sacrificou para substituir o pecador é rejeitada por muitos como algo inconcebível, animalesco e desprovido de sentido. Argumentam: “Como poderia Deus matar seu próprio Filho inocente pelos pecados dos outros? Como poderia isso ser aceitável diante de Deus? Que Deus é esse que se propõe a aceitar tal troca?” Daí o esforço antigo e moderno por encontrar outras formas de salvação, e outros significados para a morte de Jesus. A tendência atual é dizer que Jesus morreu para dar um exemplo. Alguns vão mais longe dizendo que foi apenas o fracasso de um fracassado. A falta de compreensão da necessidade e do significado da morte de Cristo está associada a outro problema: uma compreensão errônea da justiça de Deus e da pecaminosidade humana. A Bíblia não tem ilusões românticas a respeito do homem. O ensino bíblico

é que apesar do homem ter sido criado em perfeita santidade, ele corrompeu-se completamente. A primeira descrição bíblica que o próprio Deus dá sobre o homem após a queda está registrada em Gênesis: “Viu o SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração” (Gn 6.5). Essa forte expressão “continuamente mau todo o desígnio do coração”, não deixa muita coisa positiva sobre o homem, pelo menos não aos olhos de Deus. Como diz o autor do

“Por que Deus não poderia simplesmente perdoar o pecador?”

Eclesiastes: “Deus criou o homem perfeito, mas ele se meteu em muitas astúcias” (Ec 7.29). Essa habilidade humana em ser astutamente falso e mentiroso recebe uma ênfase em Jeremias que diz: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto” (Jr 17.9). Olhando sem preconceitos para esse versículo, per-

cebe-se que está dizendo que nenhuma outra coisa do mundo consegue ser tão enganosa e desesperadamente corrupta, quanto o coração humano. Tão corrupto é o ser humano que consegue dizer de seu criador: ele não existe (Sl 14.1). O mesmo salmista diria: “Corrompem-se e praticam abominação; já não há quem faça o bem. Do céu olha o SENHOR para os filhos dos homens, para ver se há quem entenda, se há quem busque a Deus. Todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há nem um sequer” (Sl 14.1-4). A busca divina por alguém justo apresenta apenas resultados negativos, pois Deus vê algo comum em todos os seres humanos: o pecado. Como diz Schaeffer, “esta concepção da universalidade do pecado é o maior e mais genuíno ‘nivelador’ da humanidade”. Todos os homens possuem essa marca terrível em sua vida, estão todos no mesmo nível. Mesmo quando as pessoas ouvem o que foi exposto acima, muitas vezes, ainda não se conscientizam da necessidade da morte de Jesus. Elas pensam: “Por que Deus não poderia simplesmente perdoar o pecador?”. Em geral se pensa assim: Se nós devemos perdoar os outros sem exigir nada dessas pessoas, então, por que Deus não poderia

simplesmente perdoar os homens caso visse neles o arrependimento? Será que o seu amor não é suficiente para perdoar? Esta pergunta ignora o quanto o pecado é terrível e o quanto Deus é justo. Deus não tolera o pecado. Deus ama a justiça, mas odeia a iniquida-

“Apesar do homem ter sido criado em perfeita santidade, ele corrompeu-se completamente.”

de (Sl 45.7). Adão e Eva sabiam muito bem disso, pois antes que transgredissem, ouviram de Deus que no dia em que comessem da árvore iriam morrer com certeza (Gn 2.17). O estabelecimento da lei no Sinai deixou claro que a transgressão acarretava a morte (Êx 21.12-29; Lv 20.2-15; Nm 35.16-30). O Novo Testamento é ainda mais explícito: “O salário do pecado é a morte” (Rm 6.23). Para que a justiça de Deus seja mantida, o homem precisa ser condenado por seus atos. Esta condenação não pode ser outra senão a morte, ou seja, sofrer a morte de um criminoso, como o homem de fato é. Ou o homem

morre a morte de um malfeitor e aguenta o fardo de ser separado de Deus, ou Deus deixa de ser justo. Só quando temos isso em mente, é que podemos entender a necessidade da morte de Jesus. No plano de Deus, Jesus é enviado ao mundo, nasce como homem, cumpre integralmente os requisitos da lei de Deus, e se oferece como um substituto para receber a condenação do homem. Como Mediador, ele sofre a morte do transgressor que a lei de Deus exige. Deus não pode passar por cima de sua lei sem ferir sua própria justiça, e consequentemente, sua divindade. Deus não pode perdoar como nós devemos perdoar. Nós perdoamos porque somos igualmente pecadores, e se deixarmos de perdoar estaremos em última instância negando o perdão a nós mesmos (Mt 6.14-15). Isso não ocorre com Deus. Ele é absolutamente justo e santo. Se ele tolerar o pecado, estará abrindo uma exceção que por fim o tornaria tão injusto quanto o homem. Os ímpios perderão seu tempo implorando pelo amor de Deus no Juízo Final, pois seu amor não pode anular sua justiça. O amor não pode levá-lo a transgredir sua própria lei. Mas foi justamente esse amor que levou Jesus a morrer na cruz para satisfazer a justiça divina (Jo 3.16). Só a morte de Jesus faz justiça


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FORÇA DE INTEGRAÇÃO

51 anos de presbiterato ao caráter amoroso e justo de Deus simultaneamente. Deus não quebra a Sua justiça por amor; antes, cumpre a justiça em amor. Talvez a melhor explicação bíblica desse assunto se encontre no capítulo 3 de Romanos. Há algo que Paulo deseja provar: Deus somente pode salvar o homem pecador através de Cristo Jesus, independentemente de obras da lei, e isso não desfaz sua justiça. Nesse capítulo, Paulo faz questão de enfatizar a realidade do pecado de todos os homens (Rm 3.9-12). Ele está citando o Salmo 14 demonstrando que todos os homens sem exceção são pecadores. A questão é: Pecadores devem ser julgados e como consequência receberão a ira de Deus sobre si. Deus precisa fazer isso, caso contrário estará deixando de ser justo. Especialmente os judeus, poderiam argumentar: E os que estão tentando obedecer a lei? Paulo diz: Caminho errado. A lei não foi feita para salvar, mas para apontar o pecado (Rm 3.19-20). Que opção resta então? De acordo com Paulo, a opção da morte de Cristo. Ele diz: “Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas” (Rm 3.21). A expressão “justiça” que Paulo usa, poderia sugerir que Deus iria punir os homens, mas Paulo está falando de um outro aspecto da justiça de

Deus. É a “justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que creem; porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3.22-23). Ele não está falando de uma justiça punitiva, mas de uma justiça que absolve, que inocenta. A justiça, porém, só pode inocentar alguém que seja realmente inocente, e não é esse o caso do ser humano. O argumento de Paulo é que a justiça de Deus em Cristo, somente é possível “mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3.24). A palavra chave aqui é “redenção”. Paulo explica como funciona esta redenção (Rm 3.25-26). Esses dois versos são o centro da argumentação de Paulo. Deus mesmo propôs a morte de seu filho, como uma forma de propiciação. A ideia de propiciação sugestiona algo que apazigua a ira de Deus. O pecado humano como quebra da lei despertou a ira de Deus, e o sacrifício de Jesus apazigua essa ira. Ao morrer na cruz, Jesus estava satisfazendo o caráter santo e justo de Deus, ao mesmo tempo em que estava dando vazão ao seu amor eterno. Nada demonstra de forma tão espetacular, e simultaneamente, estes dois atributos de Deus. A cruz demonstra de forma impressionante a justiça e o amor de Deus. O Rev. Leandro Antônio de Lima é membro do Conselho Editorial do BP

Gustavo Bacha

“N

ão recuse os cargos que Deus lhe oferece”, assim começou a conversa com o presbítero Daniel de Lima, baiano, nascido em Senhor do Bonfim no dia 03 de novembro de 1923. Completou recentemente 90 anos de idade e 51 anos consecutivos como presbítero na mesma igreja, a IP de Vila Mariana (IPVM), SP. Daniel de Lima, chegou em São Paulo em 1941, quando foi para IP Unida e lá ficou até 1959. Nesse tempo, foi presidente da mocidade, presidente da Federação e presidente da Mocidade Evangélica de São Paulo. No início década 60 transferiu-se para a IPVM, em 1962 foi eleito presbítero e continua até hoje exercendo esse cargo. Foram onze mandatos consecutivos. A vida do presbítero Daniel é marcada por muitas histórias, uma das mais marcantes foi sua passagem em julho de 1943, quando embarcou para a Itália na II Guerra Mundial, lutou na frente de batalha até setembro de 1945. Mesmo durante a guerra, jamais se afastou do Senhor, antes o tinha como sustentador de sua vida. A cada três meses ele retornava da frente de batalha para a base, chamada “rest camp”, um lugar de descanso e diversão. Lá ele

se encontrava com o Rev. Juvenal, que o recebia com alegria, o orientava com relação a sua fé e cultuavam a Deus. Nesse local, tinha oportunidade para tomar banho, dormir e se alimentar com um pouco mais de conforto, ficando ali por oito dias, para depois retornar a frente de batalha. Daniel passou por dois momentos delicados, ambos relacionados a ferimentos na guerra. O primeiro foi um estilhaço de canhão .88 alemão, que atingiu seu braço e o segundo o congelamento da perna, chamado “pé de trincheira”, devido ao contato contínuo com a neve, mesmo usando coturno, meias e calça. Esse ferimento o afastou por mais trinta dias, sendo que por pouco não teve de amputá-la. Mas a maior marca desse período foi o achado de um Novo Testamento e Salmos dos gideões na frente de batalha, já bem destruído, mas preservado o salmo 51, seu companheiro durante toda sua estada na II Guerra Mundial. Pela graça de Deus, Daniel retornou a salvo ao Brasil, casou-se, tem dois filhos e um neto e continua servindo a Deus de forma ativa na IPVM. É responsável pela reunião de oração de terça-feira e também é vice-presidente do Conselho da igreja e atuante no ministério de visitação. Perguntei ao Daniel:

Presbítero Daniel de Lima

“Você não tem vontade de descansar, aproveitar sua aposentadoria em Itanhaém, lugar onde passa as férias de janeiro e de julho?” Como se esperava a resposta foi: “Não, meu lugar é servindo a Deus aqui na IPVM”. O que mais marca a vida do presbítero Daniel de Lima é o seu amor a Jesus, seu compromisso com o reino de Deus e com sua igreja local. Um último conselho aos jovens foi: “Não use desculpas para rejeitar os cargos, falta de tempo ou incapacidade. Tempo a gente arruma e capacidade a gente adquire com os mais velhos e com o tempo. Eu nunca recusei nenhum cargo”. E assim já se foram 51 anos consecutivos como presbítero da IP de Vila Mariana. O Rev. Gustavo Bacha é Pastor Auxiliar da IP Vila Mariana em São Paulo.


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Boa Leitura Jesus o único caminho para Deus, de John Piper

Uma excelente opção para presentear alguém que você ama e que ainda não conhece o Senhor Jesus. O autor apresenta os dilemas que assolam o ser humano contemporâneo que diz: “A glória de Jesus está em jogo!”. Em nosso mundo pluralista globalizado, a crença de que Jesus é o único caminho para a salvação é considerada cada vez mais arrogante e até mesmo detestável. Em face dessas críticas, muitos recuam diante da afirmação da necessidade global de conhecer Jesus e crer nele. Confira as páginas, fortaleça sua fé em Jesus e compartilhe com outros. O livro contém 96 páginas. Fatos e números da Bíblia, de Tim Dowley

Está procurando um material prático para dar aula e para promover gincanas em acampamentos e programações juvenis? Confira esse material. Você sabia: O que você deve ler na Bíblia quando estiver precisando de paz? Quem foram os juízes de Israel e o que eles fizeram?

O que celebra a festa de Purim? O que é Apócrifo? Respostas a todas essas perguntas e muito mais podem ser encontradas nesse tesouro de informações bíblicas. Com tabelas das parábolas, dos milagres, do ministério de Jesus e da vida de Paulo – para mencionar apenas um pouco – esse livreto se mostrará muito útil como referência para palestras e sermões e um grande recurso de pesquisa para todos os estudiosos da Bíblia. Esse livro contém 32 páginas.

Graça que transforma, de Jerry Bridges

A graça de Deus é um dos temas mais importantes de toda a Escritura. Ao mesmo tempo, trata-se provavelmente um dos menos entendidos. Temos a tendência de basear o relacionamento pessoal com Deus no nosso desempenho em vez de na sua graça. Vivemos pelas obras e não pela graça. Somos salvos pela graça, mas vivemos pelo “suor” do nosso próprio esforço. Reconhecer que o meu relacionamento diário com Deus é baseado no mérito infinito de Cristo e não no meu próprio desempenho é uma experiência libertadora e cheia de alegria. Porém, isso não deve ser uma experiência de uma só vez; a verdade tem de ser afirmada diariamente. O livro tem 208 páginas

Sobre esses e outros títulos acesse www.editoraculturacrista.com.br ou www.facebook.com/editoraculturacrista ou ligue 0800-0141963

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Entretenimento e reflexão Filmes para curtir e pensar

Jesus A História do Nascimento

Amor sem Limites

Nada mais apropriado do que reunir a família nesse clima de Natal e apreciar a história que marcou a humanidade. Assista uma superprodução focada na emocionante saga de Maria e José, na qual eles enfrentam provações para o seu amor, para a sua esperança e principalmente para a sua fé. Siga a trajetória de Maria e José saindo de Nazaré rumo a Belém, onde nasce a criança que mudaria o mundo para sempre. Acompanhe a profecia descoberta pelos magos. Testemunhe a caçada do temível rei Herodes ao Messias anunciado. Você está convidado a vivenciar a mais eterna das histórias de uma forma como você nunca viu antes.

Jeff e Heather Baker eram “sortudos”. Melho-res amigos na infância, namorados na adolescência e casados aos 22 anos, eles eram almas gêmeas inseparáveis. Após o nascimento do filho deles, Heather cai em uma depressão profunda. Sem mais esperanças, ela desaparece. Dez anos depois do desaparecimento da esposa, o mundo de Jeff dramaticamente dá uma reviravolta quando Heather, espantosamente, reaparece em um lugar nada comum. Com um repertório composto e apresentado pela ganhadora de prêmios cristãos e artista Michelle Tumes, Amor sem Limites é uma história tocante sobre fé e perdão para a família.


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