Brasil Presbiteriano O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Ano 56 nº 725 – Abril de 2015
Páscoa e a nova caminhada do Povo de Deus
Não existem coincidências na história de Deus com seu povo. Existem eventos que parecem se repetir, mas na verdade, seguem os eternos propósitos. Não se trata de histórias repetidas, mas de propósitos eternos postos em ação pelo Deus que faz todas as coisas conforme o beneplácito de sua vontade. E aqui estamos nós, ainda na mesma marcha. Uns começaram há pouco. Outros estão há muitos anos. Todos precisam deixar para trás o mundo sob maldição divina. Todos devem, com os céus abertos, em santidade e serviço, seguir aquele que saiu do túmulo. Em todos há a certeza: a morte perdeu! O destruidor perdeu! Ele vive! Nós também viveremos! PÁGINA 4
Curso de Aconselhamento Hospitalar no Mackenzie Vem aí: Congresso Apecom 2015
EDUCAÇÃO CRISTÃ
Congresso Regional da IPB O Conselho de Educação Cristã e Publicações (CECEP) realiza de 22 a 24 de maio o Congresso Regional de Educação Cristã de 2015, sob o tema “Desafios da educação cristã na igreja local”, abordando de maneira simples e prática as temáticas que envolvem os trabalhos na igreja. PÁGINA 8
Música: importância e limites
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Associação de Capelania Evangélica Hospitalar (ACEH), em parceria com o Instituto Presbiteriano Mackenzie, realiza nos dias 22 e 23 de maio de 2015 o Congresso de Aconselhamento Bíblico, com o tema “Cuidando das dores da alma”. A ACEH tem apoio, ainda, da Editora Cultura Cristã, da Associação Brasileira de Conselheiros Bíblicos (ABCB) e da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB). PÁGINA 17
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EDITORIAL
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Uma herança a ser honrada
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m seu prefácio do livro Reformado quer dizer missional (org. Samuel Logan), lançado no Brasil pela Cultura Cristã, Christopher J. H. Wright reconhece que somos inclinados a pensar em missões como coisas que fazemos para Deus, “para ajudá-lo a chegar a lugares que ele parece ter dificuldade de alcançar”. Acrescente-se que fazemos isso com o agravante de entender missão como algo isolado da vida. A partir da doutrina bíblica da soberania de Deus, porém, temos de admitir que a missão é de Deus, não é nossa, e tem de ser
compreendida em relação a toda a nossa existência. A obra divina redentora de seu povo e de toda a criação alcançará as nações quando a boa notícia de Cristo e suas implicações lhes forem anunciadas. Para termos uma vida integralmente impactada pela missão divina, propõe Wright que a Bíblia seja lida por nós “à luz do propósito de Deus para toda a criação (...), para a vida humana em geral no planeta”, incluindo o que ela ensina a respeito da cultura humana, das relações sociais, econômicas e políticas; da ética e do comportamento. Serão
igualmente consideradas a eleição divina do Israel do Antigo Testamento, bem como a centralidade de Jesus de Nazaré e o chamado de Deus para a igreja ser agente da bênção divina para as nações. Porque Deus é o Senhor de todas as esferas, nada fica de fora e esse entendimento é o que produz e dinamiza a cosmovisão cristã, que será missional por definição. Haveremos de nos perguntar sobre onde e como nos encaixamos no plano geral de Deus, como viver nossa vida pessoal e eclesiástica a partir da Escritura. Levaremos a mensa-
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gem do evangelho, de modo que ele seja conhecido por todas as etnias, mesmo enquanto convivemos com o sofrimento, a injustiça e todo tipo de desordem, uma vez que esse é o mundo que fomos chamados para iluminar. Nada de segregacionismo e de viver em guetos eclesiásticos. Uma igreja que atua de modo transformador na sociedade – não uma que apenas lhe comunica uma mensagem a partir de uma distância segura – sempre caracterizou os herdeiros da Reforma, certamente aqueles que honram essa herança.
Rua Miguel Teles Junior, 394 Cambuci, São Paulo – SP CEP: 01540-040 Telefone: (11) 3207-7099 E-mail: bp@ipb.org.br assinatura@cep.org.br Órgão Oficial da
www.ipb.org.br Uma publicação do Conselho de Educação Cristã e Publicações Conselho de Educação Cristã e Publicações (CECEP): Clodoaldo Waldemar Furlan (Presidente) Domingos da Silva Dias (Vice-presidente) Alexandre Henrique Moraes de Almeida (Secretário) André Luiz Ramos Anízio Alves Borges José Romeu da Silva Mauro Fernando Meister Misael Batista do Nascimento Conselho Editorial da CEP –
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Antônio Coine Augustus Nicodemus Gomes Lopes Cláudio Marra (Presidente) Heber Carlos de Campos Jr. Misael Batista do Nascimento Tarcízio José de Freitas Carvalho Ulisses Horta Simões Valdeci da Silva Santos Conselho Editorial do BP – fevereiro 2014 a fevereiro 2016:
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O Jornal
Brasil Pres biteriano da Igreja é Presbiter órgão oficial Ano 56 iana do nº 723 – Fevereiro Brasil de 2015
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fevereiro 2014 a fevereiro 2016:
Várias igrejas acampa presbit mentos eria e adolesc de carn nas realizam nhão foraentes. É um aval para jove espaço ns da sed par al, trei nament e, cresciment a comuo de lide ta de o eva rança e espirituvidas. Os ngelização ferr e restaur amende ado acampamen tos com ação de ração e bus moment tiveram início em ca da Palavra os de Deu meados s, de 180 0.
Alexandre Henrique Moraes de Almeida, Anízio Alves Borges, Clodoaldo Waldemar Furlan, Hermisten Maia Pereira da Costa, Márcio Roberto Alonso Edição e textos: Cibele Lima E-mail: bp@ipb.org.br
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LOUVOR A ADORAÇÃO
Música: importância e limites Hermisten Costa
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música, quer instrumental, quer vocal ou de ambas as formas sempre esteve presente em todas as expressões de cultura humana, estando associada, pelo menos em Israel, a todos os aspectos da vida. Por sua vez, a música sempre fez parte dos cultos pagãos (Dn 3.4-7). Entendia-se que os deuses gostavam de música, havendo, portanto, uma conexão entre ela e a adoração. A flauta era um dos instrumentos populares, inclusive nos cultos. Sendo facilmente confeccionada, a flauta estava associada, em geral, à alegria (Jó 21.12; 30.31; Sl 149.3; 150.4; Is 30.29; Mt 11.17; Lc 7.32; Ap 18.22), ainda que não especificamente (Mt 9.23-24. Quando Moisés e Josué estavam no monte Horebe, o povo de Israel se corrompeu, financiando a confecção de um bezerro de ouro que seria o seu deus; vemos aqui a tentativa humana, desesperada, de criar os seus próprios deuses, atribuindo-lhes virtudes e poder (Êx 32.1-4). Embora Arão tenha tentado impiamente associar a adoração pagã com a genuína adoração ao Senhor, havia elementos distintos (Êx 32.5-8). Quando Moisés e Josué descem do monte Horebe, ouvem cantos que ambos não souberam
identificar. Se Moisés não soube, muito menos Josué. Este até sugeriu tratar-se de alarido de guerra, certamente que algum elemento no ritmo parecia como de guerra. Moisés, porém, mais experiente, retrucou: não é cântico de vencedores nem de vencidos; é alarido dos que cantam. O
com muita alegria, leia-se: orgia (Êx 32.6,19, 25; At 7.41). Observemos que há uma diferença fundamental na forma como cantavam, pois Moisés poderia dizer: olhe, isso parece música de Igreja – cometendo aqui um anacronismo –, não dá para entender a letra por causa da distância, mas é
Recordo-me do testemunho do guitarrista Jimi Hendrix (1942-1970), na década de 60, na revista Life (03/10/69), falando sobre o efeito hipnotizante do rock. A batida era constante para que facultasse o sujeito ser hipnotizado por aquilo, e quando ele é dominado por aque-
“Todo recurso para fixar a mensagem deve obedecer a padrões bíblicos e estar adequadamente harmonizado ao culto”.
quê exatamente era, eles não sabiam, mas era algo diferente (Êx 32.17-20). Notemos que a música por eles entoada não era algo que se harmonizasse com o cântico religioso de Israel e mesmo com o cântico conhecido (Moisés certamente conhecia bem os ritmos egípcios e israelitas (At 7.22); havia algo de estranho naquilo tudo. E quando eles chegaram ao local, o povo estava adorando ao bezerro de ouro
um cântico de Igreja. O cântico sacro é facilmente identificável. No entanto, nada fora identificado por ambos. Josué até pensou tratar-se de canto de guerra. Suponho que deveria ser algo alegre, ritmado, pois para guerra canta-se algo que impulsione, estimule para uma batalha. Além disso, a descrição reflete uma reunião festiva com comida, bebida, danças, gritos e diversão (Êx 32.6,17-19).
la batida fica mais fácil assimilar a mensagem. No rock, a força está na batida. Notemos que, dentro da perspectiva Reformada, devem-se evitar elementos externos estranhos ao culto para supostamente aplicar a mensagem. É claro, podem ser usados recursos bíblicos que Deus dá, mas, é o Espírito quem age. Então, todo recurso para fixar a mensagem deve obedecer a padrões bíblicos e estar adequadamente harmonizado ao culto. Emoção que não é produzida pela Palavra, não se harmoniza com o culto porque na realidade, não é produzida por Deus. Interpretando de modo inspirado a história de seu
povo, Estevão diz que, durante os quarenta anos no deserto, Israel jamais aprendeu a adorar a Deus ainda que usasse o seu nome (At 7.39-43). Agostinho (354-430), comentando o salmo 148, diz: “Sabeis o que é hino? É um cântico com louvor a Deus. Se louvas a Deus sem canto, não é hino. Se cantas e não louvas a Deus, não é hino; se louvas outra coisa não pertencente ao louvor de Deus, apesar de cantares louvores, não é um hino. O hino, pois, consta de três coisas: de canto (canticum), de louvor (laudem), de Deus. Portanto, louvor a Deus com cântico chama-se hino”. No culto, a música deve ser entendida não simplesmente como meio de impressão – que age em nosso corpo, emoções e intelecto –, mas, também, e principalmente, de expressão, como veículo para o texto. Portanto, mais do que um agente de preparação para o culto, ela é também uma oferta que deve ser apresentada com fé. Cuidemos do que cantamos: com integridade bíblica, sinceridade e boa qualidade. Essas características não se excluem, antes, devem estar presentes em nossa adoração. Adoremos ao Senhor! O Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa integra a equipe de pastores da 1ª IP de São Bernardo do Campo, SP.
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DOMINGO DA RESSURREIÇÃO
A páscoa e a nova caminhada do povo de Deus Leandro Lima
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ão existem coincidências na história de Deus com seu povo. Existem eventos que parecem se repetir, mas na verdade, seguem os eternos propósitos. O Egito estava praticamente destruído. Nove pragas terríveis haviam se abatido sobre a terra de Faraó. Cada uma delas ferindo o orgulho e a altivez do povo que escravizava os hebreus. O rio Nilo ferido com sangue e o Sol encoberto por trevas foram uma demonstração de que os “deuses” do Egito eram impotentes. Piolhos, rãs e moscas feriram o orgulho daquela terra poderosa. Pestes nos rebanhos, granizo sobre as plantações, gafanhotos sobre toda erva verde arrasaram a economia da nação. Mesmo assim, o coração de Faraó estava endurecido. E havia dois motivos para esse endurecimento. O motivo de Faraó: sua pecamino-
sidade e intransigência; e o motivo soberano de Deus: seu plano de revelar sua glória. O povo não poderia sair antes que todo o propósito de Deus se cumprisse. Então, Moisés anunciou a décima praga. Apoliom (Ap 9.11) passaria pela terra do Egito. Mataria todos os primogênitos. Mas teria que respeitar uma marca (Ap 9.4). Um cordeiro em cada casa havia sido morto. Uma refeição compartilhada pela família de fiéis. O sangue passado nas ombreiras e vergas das portas fez o destruidor passar (páscoa), e Deus fez separação entre santos e perversos, e, finalmente, retirou seu povo do Egito, colocando-o na direção da terra há tanto tempo prometida. Quase mil e quinhentos anos depois. Uma nova refeição numa sala em Jerusalém. É uma quintafeira. Doze discípulos à volta do mestre. O destruidor presente outra vez. Um deles lhe pertence, pois
não tem a marca. O destruidor toma-o assim que ele come do “bocado” (Jo 13.27). Então, Cristo dá uma ordem ao traidor possuído. Cristo tem pressa. Chegou a hora do verdadeiro Cordeiro ser morto,
naquele dia em Jerusalém morreram em vão. Não eram mais necessários. Não havia mais dívida a ser paga pelo seu povo (Jo 19.30). Da cruz para o túmulo, do túmulo para o reino dos mortos, do reino
“Todos devem, com os céus abertos, em santidade e serviço, seguir aquele que saiu do túmulo. Em todos há a certeza: a morte perdeu!” para proteger seu povo do destruidor, para libertar seus amados e conduzi-los à verdadeira terra (Jo 14.13). A marca do sangue é novamente necessária para cumprir o pacto. Porém, essa será a marca definitiva. Assim, no dia em que os judeus ofereciam seus sacrifícios sem fé, Deus ofereceu o sacrifício definitivo pelos seus fiéis. Todos os cordeiros que morreram
dos mortos para a vida no primeiro dia da semana. Com o túmulo aberto se deu início a nova criação, outra vez no primeiro dia. De volta aos céus, invicto. Todo poder e autoridade em suas mãos (Mt 28.18). Inicia-se o novo êxodo do povo de Deus pela proclamação do evangelho em todas as nações (Mt 28.19-20). A multidão de redimidos cresce a cada
dia, libertados do “império das trevas” (Cl 1.13), e postos em marcha para a Jerusalém celestial (Hb 12.22, Ap 21.10). Não se trata de histórias repetidas, mas de propósitos eternos postos em ação pelo Deus que faz todas as coisas conforme o beneplácito de sua vontade (Ef 1.11). O Deus que fez convergir céus e terra na pessoa de seu Filho (Ef 1.10). Quase dois mil anos depois. E aqui estamos nós, ainda na mesma marcha. Uns começaram há pouco. Outros estão há muitos anos. Todos precisam deixar para trás o mundo sob maldição divina. Todos devem, com os céus abertos, em santidade e serviço, seguir aquele que saiu do túmulo. Em todos há a certeza: a morte perdeu! O destruidor perdeu! Ele vive! Nós também viveremos! O Rev. Leandro Antônio de Lima é Professor do CPAJ e do JMC, e Pastorauxiliar na IP Santo Amaro, na capital paulista.
Vem aí: Congresso Apecom 2015
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Agência Presbiteriana de Evangelização e Comunicação APECOM - realiza de 12 a 14 de Junho, a 4ª edição do Congresso Nacional Apecom. Estão confirmados prreletores como Rev. Hernandes Dias Lopes, apresentador do programa Verdade e Vida, Rev. Roberto
Brasileiro, presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, entre outros. Além das palestras abertas no plenário, o congressista participará de oficinas com temas específicos, baseadas no tema central, que este ano será “Família, o coração da Missão. Nesta edição, as crianças
terão uma oportunidade diferenciada durante o congresso, com culto ministrados a elas pelo Rev. José Roberto Coelho, secretário geral do Trabalho da Infância na IPB. Para saber mais, ligue para (11) 3255-7269, ou acesse: www.ipb.org.br/congresso e faça sua inscrição. Vagas limitadas.
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DOMINGO DA RESSURREIÇÃO
Um chocolate e uma dúvida O relativismo, a cultura do coelhinho e necessidade de pais e educadores cada vez mais firmes para as crianças. O que é a páscoa para uma criança?
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ocê já negou um ovo de chocolate para seu filho, ou alguma criança de sua família, na páscoa? Já aproveitou a dúvida de uma criança para falar sobre o sacrifício, a morte e a ressurreição de Cristo na cruz? Qual a maneira mais eficiente de ensinar às crianças de nossas igrejas, que o coelho e o chocolate nada têm a ver com a páscoa? Essas perguntas podem parecer sem sentido se pensarmos em filhos de crentes, que frequentam as igrejas que pregam e ensinam o que é a páscoa. Mas a surpresa, é que boa parte dessas crianças identificam rapidamente a páscoa com o coelhinho e com os ovos de chocolate. Sabemos que não é a regra, mas está cada vez mais fácil observar a confusão que é feita com o real sentido da páscoa, principalmente entre as crianças. Somado ao bombardeio massivo das propagandas, é possível perceber que pais e educadores evitam ser chamados de radicais e, embora ensinem o que as Sagradas Escrituras pregam, acabam por ceder ao ovo de chocolate na páscoa, acreditando que isso pouco influenciará na vida espiritual de uma criança.
De acordo com rev. Josué Ferreira, Capelão do Colégio Presbiteriano Mackenzie em São Paulo, muitas vezes, é o receio de frustrar a criança, ou de torná-la “diferente” das demais, que faz com que pais e responsáveis cedam ao modismo da data.
cos. Acredito que a morte de Jesus na cruz, pode ser abordada por crianças desde bem pequenas, apresentando o poder salvífico dessa morte, com a ressurreição”, explica o rev. Josué. O Rev. José Roberto Coelho, Secretário Geral
de enfraquecer a imagem do nosso Redentor, bem como da própria Igreja. A ferramenta mais eficaz é a instrução, a educação centrada na Bíblia, pois nela encontraremos o verdadeiro sentido da celebração da páscoa e de qualquer outra festa cristã. Dessa forma,
“A ferramenta mais eficaz é a instrução, a educação centrada na Bíblia, pois nela encontraremos o verdadeiro sentido da celebração da páscoa e de qualquer outra festa cristã”
“Eu aconselharia aos pais que nem mesmo comprassem os ovos de chocolate para entregar no domingo de páscoa. Mais do que uma forma de ensinar que o sacrifício da cruz de Cristo é o único motivo da celebração, é uma forma econômica de combater o consumismo. Não precisa ser na hora que todo mundo tem. Evitando as frustrações nas crianças, geramos adultos fra-
do Trabalho da Infância da Igreja Presbiteriana do Brasil (SGTI/IPB), acredita que o relativismo precisa ser encarado com seriedade por pais e educadores, intensificando o ensinamento das Escrituras, bem como vivendo de acordo com o que está escrito. “Na Páscoa é muito comum perceber a intenção do relativismo, tirando o foco de Jesus e do seu sacrifício, com a intenção
os pais e educadores têm uma enorme tarefa, pois se essa instrução for dada desde a tenra infância, creio que poderemos educar nossos filhos da maneira correta”, afirma. Algumas experiências apontam que os bons exemplos de adultos, aliados ao ensino bíblico e ao intenso trabalho com as crianças, auxiliam no fortalecimento da mensagem da cruz, deixando claro
para os pequeninos que os artifícios usados para seduzi-los na páscoa não têm fundamento e não são sequer engraçados. “Precisamos de pais e educadores que não só creiam, mas também vivam integralmente as verdades contidas na Bíblia. Falar sobre o assunto e depois se contaminar com as influências desse século, cedendo ao coelhinho da Páscoa e aos ovos de chocolate não é o que Deus espera de nós. Deus espera uma atitude diferente. Deus espera que lutemos contra tudo aquilo que contamine sua verdade. Precisamos viver o evangelho de forma integral”, defende Rev. José Roberto. Para o capelão Rev. Josué, que trabalha diretamente com as crianças no colégio, a grande questão não está em comer o deixar de comer o chocolate, mas de que forma estou fortalecendo a mensagem ensinada. “O mundo já está massacrando a imaginação das crianças com a idéia destorcida da Páscoa. Nosso papel é minimizar esses impactos e podemos fazer isso fortalecendo a mensagem verdadeira: o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”, explica.
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HISTÓRIA DA IGREJA
Segunda Igreja Presbiteriana no Brasil comemora 150 anos Alderi de Matos
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o último dia 5 de março transcorreu o 150º aniversário da 1ª Igreja Presbiteriana Independente de São Paulo, na Rua Nestor Pestana, também conhecida como Catedral Evangélica de São Paulo. Alguém poderia indagar o que isso tem a ver com a Igreja Presbiteriana do Brasil. O fato é que tem muito a ver. Durante quase quarenta anos essa igreja local esteve filiada à IPB, tendo sido a segunda a ser organizada no país. Em outubro de 1863, o Rev. Alexander Latimer Blackford chegou a São Paulo com sua esposa Elizabeth Simonton para iniciar o trabalho presbiteriano. Durante pouco mais de um ano, os cultos foram realizados em residências de cidadãos ingleses nas proximidades do Largo de São Bento. Em dezembro de 1864, os trabalhos foram transferidos para uma casa alugada pela Missão na Rua Nova de São José (atual Líbero Badaró). Ali se organizou, no dia 5 de março de 1865, a Igreja Presbiteriana de São Paulo, com apenas seis membros fundadores. Esse endereço histórico serviu como palco para alguns dos acontecimentos mais importantes da
1ª Igreja Presbiteriana Independente de São Paulo
história inicial do presbiterianismo no Brasil. Em dezembro de 1865, ali se organizou o Presbitério do Rio de Janeiro e foi ordenado o ex-sacerdote José
Manoel da Conceição. Dois anos depois, em dezembro de 1867, faleceu naquela casa o ilustre pioneiro Rev. Ashbel Green Simonton. Esse local tam-
bém serviu como primeira sede da Escola Americana, a partir de 1871. Em 1876, igreja e escola se transferiram para um amplo edifício próprio na
150 anos de Presbiterianismo em São Paulo Como parte das comemorações, no dia 6 de março aconteceu o simpósio “O Presbiterianismo em São Paulo: 150 anos 1865 – 2015”, organizado em parceria com o Centro de Educação, Filosofia e Teologia (CEFT). Segundo o reitor, Benedito Guimarães Aguiar Neto, essa participação tem um significado muito grande para o Mackenzie. “Considerando que a nossa universidade é presbiteriana e suas origens ocorreram cinco anos após a implantação do presbiterianismo em São Paulo, com as mesmas pessoas envolvidas no processo de criação, comemorarmos essa data é refletir sobre nossa origem e nos motiva a continuar nessa trajetória vitoriosa que tiveram nossos pioneiros”, analisou.
Para o Rev. Valdinei Ferreira, pastor da 1ª IPI de São Paulo e um dos organizadores do evento, foi um dia muito importante de reflexão, que uniu pessoas de diversas áreas do conhecimento. “É um evento muito significativo porque diz respeito à presença do presbiterianismo em São Paulo, que além de religiosa é também uma presença cultural, representando a modernização da cidade, no que diz respeito à educação e costumes. O simpósio hoje teve esse propósito, avaliar essa contribuição cultural do presbiterianismo em São Paulo e a partir de São Paulo, porque foi levada a outros estados e regiões”, concluiu. *Informações da assessoria Mackenzie São Paulo.
esquina das ruas São João e Ipiranga, na chamada Cidade Nova. Oito anos depois, em janeiro de 1884, foi inaugurado na mesma quadra o bonito templo, com frente para a Rua 24 de Maio. A essa altura, a igreja estava sendo pastoreada pelo Rev. George Whitehill Chamberlain, que havia chegado a São Paulo com sua esposa em 1869. No final de 1867 foi eleito o primeiro presbítero da igreja, o comerciante inglês William D. Pitt, que só exerceu suas funções até meados de 1869, quando foi ordenado pastor, vindo a falecer poucos meses mais tarde. A igreja só teria um novo presbítero muito tempo depois, em 1880, com a eleição de Manoel da Costa. O pastorado do Rev. Chamberlain terminou em 1887, quando tinha como auxiliar o Rev. Modesto Carvalhosa. No ano seguinte, foi eleito o primeiro pastor nacional, Rev. Eduardo Carlos Pereira, que teria um longo ministério de 35 anos à frente dessa igreja histórica. Com o cisma de 31 de julho de 1903 e a criação da Igreja Presbiteriana Independente, a então 1ª Igreja Presbiteriana de São Paulo passou a fazer parte da nova denominação, 40
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EDIFICAÇÃO anos após a chegada do pioneiro Blackford. Em agosto de 1941 houve o culto de despedida do antigo templo da Rua 24 de Maio e em 1949 foi lançada a pedra fundamental do imponente edifício em estilo neogótico na Rua Nestor Pestana, inaugurado solenemente em 25 de janeiro de 1955. Ao longo dos anos, a 1ª Igreja tem ocupado um lugar destacado na IPI e no cenário evangélico da capital paulista. As solenidades comemorativas tiveram início no dia 5 de março de 2015 com a audição “Sons da nossa história”, entrega de Bíblias a autoridades e inauguração da cruz celta e do memorial do sesquicentenário. No dia 6, foi realizado na Universidade Presbiteriana Mackezie o simpósio “Presbiterianismo em São Paulo – 150 anos”, com diversos palestrantes. No sábado, dia 7, ocorreu o culto solene de ação de graças, com a participação da Orquestra Educacional Emec e do coral dos 150 anos. Foi pregador o Rev. Áureo Rodrigues Oliveira, presidente da Assembleia Geral da IPI. Por fim, no domingo, dia 8, pela manhã, em novo culto de gratidão, pregou o pastor titular da igreja, Rev. Valdinei Aparecido Ferreira. Cumprimentamos a igreja irmã por essa data auspiciosa, de cuja história também fazemos parte. O Rev. Alderi Souza de Matos é o historiador da IPB.
A palavra de Deus é um espelho “Se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha-se ao homem que contempla num espelho o seu rosto natural,... se retira, e para logo se esquece de como era sua aparência” (Tg 1.23,24). Francisco Leonardo
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e não houvesse espelho, ninguém conheceria seu próprio rosto. Só outros poderiam reconhecer as nossas feições. Muitas pessoas se acham boas. Um dia encontrei alguém que afirmou: “Não tenho pecado!” Respondi: “Parabéns, amigo; vamos falar com sua esposa”. Então ele riu... Há muitos que não reconhecem que são pecadores, ou escondem as falhas no mais íntimo do seu ser para que ninguém veja
como estão imundos (1Jo 1.8). Outros enxergam melhor os nossos problemas, porém são pecadores também, acostumados a imperfeições. Mas para o nosso bem, Deus quer que cada um conheça a si mesmo. Por isso ergueu um espelho nesta terra, a Palavra de Deus. Quem olhar nesse espelho reconhecerá como está sujo, e necessitado da purificação que só Jesus pode operar. Mas se não houver conversão, não adiantou olhar nesse espelho celestial.
Uma vez, Mamãe nos levou a um parque onde havia alguns espelhos curvos. Olhando num deles, ficávamos mais gordos, no outro, magricelas. Um terceiro nos transformava em anões e um quarto em gigantes. Mas nunca refletiam a verdade! Ora, o diabo é o imitador de Deus. Deus deu um espelho para nosso conhecimento próprio, mas o diabo coloca outros justapostos, moldados por filosofias humanistas. Deus diz: “Estais mortos em vossos pecados” (Ef 2.1).
O diabo diz: “Você não é tão ruim; é até bonzinho”. Mas ele é “mentiroso e pai da mentira” (Jo 8.44). Não creiamos no que vemos nos seus espelhos, porque, sendo “homicida desde o princípio”, ele procura nos enganar e levar-nos para a destruição eterna (1Pe 5.8). Senhor, só quero acreditar no que Tu nos dizes, porque Tu és Deus e queres o nosso bem! Extraído de Meditações de um peregrino, de Frans Leonard Schalkwijk, Cultura Cristã, 2014
IGREJA EM AÇÃO
Bênção para as famílias em Portugal F
Cibelli Pinheiro de Almeida
oi realizado no período de 02 de janeiro a 13 de março de 2015 o Encontro das Mulheres da Igreja Evangélica de Taipas em Portugal, cujo pastor é o brasileiro Eliézer Honorato, que se encontra neste país desenvolvendo um trabalho missionário. Os estudos tiveram como base o livro A Bíblia e sua Família – exposições bíblicas sobre casamento, família e filhos – de Augustus Nicodemus Lopes e Minka
Schalkwijk Lopes, da Editora Cultura Cristã. As últimas estatísticas de divórcios em Portugal nos assustam (o número de divórcios em Portugal a cada 100 casamentos é de 70,4 – Fontes/Entidades: INE, INE | DGPJ/MJ, PORDATA última atualização: 2014-07-30). Como bem disseram os autores do livro, isso não é diferente no meio evangélico. Temos cada vez mais igrejas fracas, pois há famílias sem nenhum vigor espiritual e conhecimento básico
das Escrituras, e certamente do que a Bíblia fala sobre a família. Pensando, então, em contribuir para as famílias da igreja neste país, a nossa família ministrou esses estudos (estudei com as mulheres, e o meu marido, Heraldo Almeida, estudou com os homens os capítulos relacionados ao papel do marido). Houve uma participação efetiva de cerca de trinta mulheres que por muitas vezes disseram que “Esse assunto deve ser tratado
desde cedo, com os jovens e famílias da igreja… não tivemos o privilégio de conhecer sobre isso antes de casar, ter filhos ou divorciar…”. Há muita carência do evangelho em Portugal e de apoio as igrejas nesse país. Os europeus, como em Portugal, têm conduzido suas vidas sem a noção de que existe um Deus, Dono e Senhor de todas as coisas, da família e da Igreja. Que Deus continue a nos abençoar!
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8 EDUCAÇÃO CRISTÃ
Congresso Regional de Educação Cristã da IPB apresenta propostas e novas estratégias de ensino na igreja local O Conselho de Educação Cristã e Publicações (CECEP) realiza de 22 a 24 de maio o Congresso Regional de Educação Cristã de 2015, sob o tema “Desafios da educação cristã na igreja local”, abordando de maneira simples e prática as temáticas que envolvem os trabalhos na igreja. Visando aproximar congressistas e preletores, subtemas serão discutidos nas oitos oficinas seguintes: O ensino na classe de jovens – Alexandre Henrique Moraes de Almeida O professor discipulador – Cláudio Marra Organização do Departamento Infantil – Edaci Camargo As aplicações e a prática cristã – Neli Maria de Freitas Ensino nas classes de adolescentes – Haveraldo Vargas Jr. Didática para o ensino de crianças – Márcia Barbutti Barreto Ensino de pré-adolescentes e juniores – Roberta Fonseca Didática de aulas para jovens e adultos – Sandra Salum Marra
O Congresso acontecerá no hotel Di Roma, na cidade de Caldas Novas (GO). De acordo com a organização, o objetivo é proporcionar mais conhecimento, contando com o apoio de líderes que estão há muitos anos envolvidos na educação dentro de suas igrejas e são altamente qualificados para avaliar com os participantes novas estratégias para as diferentes idades dentro da igreja local. Além dos oficineiros mencionados acima, serão preletores o presidente do SC da IPB, Rev. Roberto Brasileiro, e o Rev. Haveraldo Vargas Jr, pastor da IP das Américas no Rio de Janeiro. Para mais informações e inscrições, acesse www.editoraculturacrista.com.br, ou ligue para 0800-0141963.
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IGREJA EM AÇÃO
Música na igreja, música para a Igreja Igreja Presbiteriana no interior de São Paulo lança segundo CD com letras e harmonias desenvolvidas para edificar adolescentes envolvidos com a música, e abençoar outras igrejas.
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Igreja Presbiteriana Nova Canaã, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, tem investido em iniciação musical, com um projeto voltado aos adolescentes e pré-adolescentes, Os alunos do projeto “Esperança e Louvor” são incentivados a criar letras de músicas, aplicando os ensinamentos bíblicos que receberam ao longo de sua vida. O projeto, que teve início em 2003, tem o objetivo de usar as músicas compostas pelos alunos como material de aula. As letras são analisadas, observando as poesias e redações que os alunos criaram, fazendo adaptações necessárias para harmonizar a letra da futura música. Além disso, tanto a música quanto os arranjos são preparados para que todos os instrumentos toquem e, assim, todos aprendam. De acordo com André Luiz Bin, coordenador geral do projeto, todo o trabalho desenvolvido visa ir além de mera musicalidade. “Eles são orientados de forma que cada um tenha condições de entender o
propósito de louvar, adorar e exaltar a Deus através de seus dons e talentos”, afirma. A equipe do projeto Esperança e Louvor gravou CDs com as músicas que a turma criou, e disponibiliza a venda de forma acessível. O primeiro CD “Esperança e Louvor” foi lançado em setembro de 2007, formando assim a primeira turma. “Essa turma já foi inserida nos programas dos cultos e hoje participa dos momentos de cânticos na IP Nova Canaã”. Em fevereiro de 2015 foi formada a segunda turma do projeto, com o lançamento do CD “Esperança e Louvor II”. Agora, a equipe está engajada na divulgação e apresentação desse novo trabalho. A musicalidade nas igre-
jas presbiterianas de todo o Brasil têm sido assunto para congressos, workshops e estudos, principalmente em relação à fidelidade das letras às Sagradas Escrituras. Para a liderança da IP Nova Canaã, esse é o foco a ser adotado. “O lançamento do segundo CD foi uma grande benção para nós, com momentos de muita alegria e emoção porque, além de formar nossos músicos, o projeto também tem a intenção de semear em nossas Igrejas Presbiterianas músicas cuidadosamente analisadas à luz da Palavra de Deus, que realmente possam edificar o povo de Deus,” explica André. Para mais informações sobre este trabalho, acesse www.esperancaelouvor. com.br
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SEMINÁRIOS IPB
O ensino mais próximo Seminário presbiteriano investe no método EAD para atender público-alvo em diferentes regiões do país, com cursos específicos para desenvolvimento de liderança cristã.
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Seminário Presbiteriano Brasil Central (SPBC) lançou uma nova ferramenta de ensino, utilizando o método de Educação a Distância (EAD), visando atender alunos do próprio seminário, além de pastores, seminarista e líderes de igrejas, que busquem bons conteúdos na internet, sobre temas variados, com certificação. A Educação à Distância é uma modalidade de educação mediada por tecnologias em que professores e alunos estão separados, mas podem ainda assim, vivenciar um ambiente de ensino-aprendizagem. De acordo com o Rev. Natsan Matias, professor no SPBC na coordenação do departamento de EAD e do Studio Class (laboratório de áudio e vídeo da instituição), a iniciativa, pioneira entre seminários presbiterianos, proporciona boas oportunidades advindas do uso de tecnologias para ampliar o alcance do evangelho, especialmente na área do ensino e treinamento de liderança cristã. “Trata-se de uma área da educação em franca expansão, uma vez que consegue atender aqueles que desejam e necessitam de treinamento cristão, mas não tem condições de inserir na sua agenda o deslocamen-
to para a aula presencial. Isso ocorre pelos motivos de custos, por conta da distância em muitas ocasiões”, explica. Utilizada em diversas universidades no mundo, a educação à distância é ferramenta já aceita por alunos e instituições, e vem ganhando ainda mais espaço. Para o seminário Brasil Central, o desafio de instalar a modalidade é grande, mas se apresenta como uma valiosa e importante iniciativa, tanto para auxiliar os alunos, como para romper barreiras de alguma dúvida sobre o método. “Nós já conseguimos vencer as dificuldades que envolviam a implantação da estrutura e da viabilização técnica, mas a maior dificuldade é, ainda, fazer com as pessoas deixem de lado o estigma de que EAD não tem qualidade”, afima o reverendo. O EAD aplicado no seminário apresenta inúmeros benefícios, podendo-se listar por exemplo a possibilidade de ter acesso a temas diversos, redução de custo de deslocamento e viagens, professores de qualidade com conteúdo completo, formação teórica e prática e, ainda, a possibilidade de usar o sistema para treinamento de pessoas em campos missionários. Um ponto relevante no
ensino é a forma como cada aluno será avaliado. No sistema desenvolvido pelo SPBC, a proposta é que haja uma avaliação imediata, logo que o aluno assista às aulas. “Eles somente serão habilitados para avançar para a aula seguinte quando conseguirem atingir no mínimo 80% de respostas certas. Além disso, cada curso elabora um sistema de avaliação final, quando necessário, explica Matias. Dentro da proposta inicial, o curso é focado para formação de membros de equipes de louvor, com treinamento na área da teologia, do culto e de questões práticas relacionadas com ensaio, escolha de músicas, sintonia com a liturgia, etc. “Outro curso ativo, é o de apresentações multimídia, que capacita o aluno na criação e apresentação de slides proativos e eficazes, dando dicas e recursos para que os professores, pastores ou palestrantes em geral, saibam como usar os programas de computador “PowerPoint” e “Prezi”, de forma comunicativa”. Ainda de acordo com a coordenação do seminário, há outros módulos que estão em fase de finalização: Introdução à teologia reformada; Aconselhamento bíblico básico; Pregação;
Professores do SPBC no estúdio, durante gravação para aulas EAD
Discipulados e outros temas em estudo. Todos os cursos são abertos para todo o público em geral. Todo o investimento foi pensado para atrair o maior número de pessoas, tornando viável o estudo. Matias explica que o departamento de EAD do SPBC usa um sistema desenvolvido especialmente para ele, colocando tudo o que o aluno precisa em sua plataforma de aprendizado. “Procuramos
oferecer o máximo de qualidade sem pesar nos custos ou visar lucro. Os professores, quando não são voluntários, recebem uma pequena ajuda de custo para auxílio para suas horas de treinamento e preparação de aulas. Isso porque o nosso desejo é possibilitar oportunidades de treinamento para todos os interessados, independente de sua condição financeira”, conlui Matias.
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HISTÓRIA DA IGREJA
Série Presbiterianismo na América do Sul
Paraguai Marcone Bezerra Carvalho
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obra presbiteriana no Paraguai tem um significado especial para a nossa denominação. Organizada em 2007, a Igreja Presbiteriana do Paraguai (IPP) é filha da Igreja Presbiteriana do Brasil. Antes de enviar obreiros a esse país, a IPB teve algumas experiências no campo transcultural. Entre 1910 e os anos 50, os Revs. Mota Sobrinho, Paschoal Pitta, Natanael Emerique, Aureliano Pires, Natanael Beuttenmuller e Teófilo Carnier haviam estado em Portugal. Nas décadas de 50 e 60, missionários nossos desembarcaram na Argentina, Chile e Venezuela. Em todos esses lugares, os brasileiros colaboraram com a igreja presbiteriana local. No Paraguai, por sua vez, a ação foi missionária propriamente dita, voltada para evangelização dos nativos. Foi quando, no contexto transcultural, nossa igreja enfrentou seu primeiro grande desafio: iniciar, consolidar e entregar a missão aos crentes por ela alcançados. Esse processo de-
mandou quatro décadas. A escolha do Paraguai aconteceu por sugestão do Rev. Odayr Olivetti, ex-missionário no Chile (1961-1965) e então secretário executivo da Junta de Missões Estrangeiras – JME. Em 1966, ele propôs ao presidente do Supremo Concílio, Rev. Boanerges Ribeiro, que (1) a IPB canalizasse seus recursos financeiros somente para obras novas, pioneiras; (2) que o primeiro campo de trabalho fosse o Paraguai; (3) que, por cautela, devido à inexperiência da denominação nesse tipo de ação, a obra fosse iniciada em Concepción, cidade próxima da fronteira com o Brasil (Mato Grosso do Sul); e (4) que a colaboração com países onde existisse igreja presbiteriana continuasse nestes termos: a IPB forneceria obreiros, mas não recursos financeiros. A proposta foi acolhida. Em 14 de julho de 1968, uma comitiva da JME visitou a cidade. Concepcioneros foram evangelizados e foi realizado o primeiro culto em nome da JME/IPB, ocorrido na casa de Teófilo Dominguez. O
Rev. Odayr pregou a mensagem “Deus quer falar com você”, baseada em Apocalipse 3.20. Quanto ao primeiro missionário, foi escolhido o seminarista Evandro Luiz da Silva. Ao longo do último ano de estudos (1969), Evandro levantou recursos visitando nossas igrejas e foi algumas vezes a Concepción para se familiarizar com o campo.
Rev. Evandro Luiz da Silva, pioneiro brasileiro no Paraguai
Em janeiro de 1970, já ordenado, Evandro (35 anos) e sua esposa Maria de Lourdes (32) se instalaram na cidade. Sua atuação foi caracterizada pelo pioneirismo. Ao longo dos quatro anos de residência no país, ele plantou a igreja de Concepción e deu início as congregações de Belén
Usina binacional de Itaipu Brasil e Paraguai
e Kilómetro 15. Em Kilómetro 15 houve a conversão de um curandeiro e toda sua casa. Dessa família sairiam os dois primeiros pastores paraguaios. Como estratégia de evangelização, o Rev. Evandro usou o futebol e se envolveu grandemente com o escotismo, fato que lhe abriu portas na sociedade. Sua esposa desenvolveu trabalho de artesanato com as mulheres da região, e também se utilizou da música. Para substituir o Rev. Evandro, a JME enviou o Rev. Silas Augusto Tscherne (1974-1978). Com ele a obra em Concepción foi consolidada, as congregações de Belén e Kilómetro 15 foram atendidas, foi aberta mais uma congregação (Hugua Ribas) e houve assistência a uma colônia brasileira em Yby Yaú. Após o Rev. Silas, assumiu o campo o Rev. Sebastião
Silvestre (1979-1980). Em seu ministério, foram ordenados os primeiros presbíteros (Abedias Pedroso de Oliveira, Juan Andrés Erben, Apolonio Quintana e Santiago Yrigoyen) e diáconos (Benito Lopez, Blas Sanabria e Marcos Giménez Niz). De 1981 a 1983, a igreja não contou com qualquer missionário residente, período durante o qual o Presb. Juan Andrés Erben cuidou dos trabalhos na sede e nas congregações. O Rev. Esdras Eller, pastor em Ponta Porã (MS), deu assistência pastoral. A partir de 1984, foi iniciada uma nova fase: a participação dos paraguaios na liderança da missão. Em janeiro desse ano, foi ordenado ao sagrado ministério, pelo Presbitério de Dourados (MS), após cursar o bacharelado em teologia no SPS, Buenaventura Giménez López. Até 1987,
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o Rev. Buenaventura pastoreou a igreja e as congregações de Concepción. Em 1984 e 1985, ele foi auxiliado pelo Rev. Daniel dos Santos. No segundo semestre de 1987, o Rev. Buenaventura se mudou para San Lorenzo, nas imediações da capital, iniciando em seguida (1988) a obra presbiteriana. Nesse mesmo ano, com a ordenação do segundo pastor paraguaio (1987), Rev. Eulogio Giménez López, irmão do Rev. Buenaventura, que também fez seu curso teológico no SPS, um significativo reforço foi agregado à missão. Ele passou a cooperar com Buenaventura em San Lorenzo. No final do ano seguinte (1989), ele assumiu a liderança nessa localidade, uma vez que Buenaventura iniciou a plantação de uma igreja na capital Asunción. No transcurso dos anos, diversos obreiros atuaram no Paraguai. Em Concepción, trabalharam: Rev. Evandro (1969-1973); Rev. Silas (1974-1978); Rev. Sebastião (1979-1980); Presb. Juan e Rev. Esdras Eller (1981-1983); Rev. Buenaventura (1984-1987); Rev. Jose Eliachim Barro Tapias (1987-1989); Rev. Dario Pereira e o evangelista Gilberto José Lins Botelho (1990-1992); Rev. Everton Pitta Tavares (1992 a 1999), fundador do Centro Educacio-
nal Presbiteriano (CEP); Rev. Francisco Moura da Silva (1996); Rev. Cornélio Caldeira Castro (20002006); Rev. Francisco Villalba (2007-2010; 2011-2013); Rev. Flávio Figueiredo (2005-2010); e Rev. Marcelo Bologna (2014-2015); Santa Rita: Rev. Dario (1993-1994); Rev. Cornélio (1995); Rev. Eulogio Giménez López (1996-2005); Rev. Jorge Luiz (2006-2007); Rev. Gilberto – evangelista que foi ordenado em 2008 (2012); Rev. Flávio (2011-2013); Rev. Sandro Mota (20142015); San Lorenzo: Rev. Buenaventura (1988-1989); Rev. Eulogio (1987-1995); Rev. Cornélio (1996-1999), fundador do Instituto Presbiteriano ParaguaiBrasil; evangelista Gilberto (2000-2005); Rev. Eulogio (2006-2015); Asunción: Rev. Buenaventura (1989-2013); Rev. Francisco M. da Silva (1997-2003), fundador do Centro Educacional Ebenezer; Rev. Marcos Vieira (2014-2015). Também atuaram no país as missionárias Darlete Gomes Nascimento, Maria Noemia Viana, Rosenil Machado e Eliane Breder. Em 2007, a missão no Paraguai ganhou autonomia. A semente lançada em 1968 pela JME cresceu e resultou na Iglesia Presbiteriana en el Paraguay (IPP), organizada pela Agência Presbiteria-
na de Missões Transculturais (APMT). Deus usou os presbiterianos brasileiros para que o evangelho alcançasse os paraguaios e permitiu que o referido campo fosse uma escola para IPB e vários de seus missionários. Atualmente a IPP conta com 5 igrejas (Concepción, San Lorenzo, Colonia 25 de Abril, Asunción e Santa Rita), 3 congregações (Belén, Hugua Ribas e Pedro Juan Caballero) e cerca de 250 membros maiores. Outro ramo presbiteriano no país é a Iglesia Presbiteriana y Reformada en el Paraguay (IPRP), que está ligada à Korean Presbyterian Church of America (EUA). A IPRP, iniciada em 1975 e sediada em Asunción, tem cerca de 2500 membros (coreanos e paraguaios), possui seu seminário e tem boa relação com a IPP. A história do trabalho presbiteriano no Paraguai ainda não foi escrita. Aliás, diga-se de passagem, a atuação missionária da IPB, em âmbito nacional e transcultural, também está por ser contada. Que Deus desperte pessoas que se apresentem para essa tarefa. Agradecemos ao Rev. Buenaventura Giménez López e à missionária Emma Erben de Castro pelas informações dadas. O Rev. Marcone Bezerra Carvalho é historiador e colaborador regular do Brasil Presbiteriano.
Unindo forças no Paraguai Com realização marcada para agosto, estão abertas as inscrições para a viagem missionária voluntária no Paraguai
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Igreja Presbiteriana de Ribeirão Pires, está coordenando uma viagem missionária voluntária de 31 de julho a 10 de agosto de 2015 para as cidades de Santa Rita, Concepción, Assunção e San Lorenzo, no Paraguai. Lídia de Oliveira Dutra, coordenadora da ação, que recebe apoio do Presbitério Santo André (PRSA) e da “Conexão Voluntários em Campo”, explica que o objetivo da viagem é servir às comunidades locais com atividades voluntárias nas áreas de artes, esportes, evangelização, ministério infantil e ação social. Para ser um missionário voluntário nesse projeto, algumas recomendações precisam ser seguidas e prérequisitos preenchidos, relacionados ao perfil do voluntário: ser crente em Jesus Cristo, comprometido com Deus e com a Igreja; membro atuante de uma igreja genuinamente evangélica, por pelo menos um ano; ter vida cristã exemplar, firmeza doutrinária e aptidão comprovada para evangelização e submissão à liderança; ter o ensino fundamental completo, ou estar cursando; ter boa saúde física, mental e psicológica; ter ao menos 16 anos na data da viagem (com aprovação dos pais para menores, em documento oficial). O perfil do voluntário tem a importante função de manter a unidade nas atividades a ser desenvolvidas no Paraguai pela equipe. Todos os voluntários inscritos serão submetidos a uma prévia avaliação com rev. Zedequias Alves, pastor da igreja organizadora. De acordo com ele, a avaliação é essencial para manter o grupo todo dentro das expectativas do projeto. “Estabelecemos que só inscrição não é garantia de participação. Faremos uma avaliação em que observaremos se o candidato está dentro do perfil recomendado para fazer parte da equipe, dentro do que foi proposto pela organização da viagem missionária”, explica o Rev. Zedequias. Além dos custos de passagem e hospedagem, haverá uma taxa de inscrição, que será utilizada em despesas administrativas e no pagamento do uniforme do Projeto. Foram disponibilizadas quarenta vagas, e para obter mais informações é preciso escrever para lidinhadutra@gmail.com. O grupo sairá do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, no dia 31 de julho de 2015, com destino a Assunção, capital do Paraguai.
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ACÃO SOCIAL
Casa de Hospedagem Betesda O papel da igreja que ora, envia, investe e mantém os trabalhos, recebendo em Deus a alegria e a recompensa
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m novembro de 1995 foi organizada a “Casa de Hospedagem Betesda”, um trabalho que surgiu a partir do contato da Dra. Vânia Olivetti Steffen Abdallah, membro da IP Central de Uberlândia, com a realidade de desamparo e carência das mães de bebês prematuros. Seus filhinhos precisavam permanecer em tratamento Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e elas dormiam nos bancos dos hospitais, pois moravam em regiões distantes e não podiam arcar com o custo de hospedagem na cidade. Diante do desafio social, a IP Central de Uberlândia aprovou e apoiou o projeto, organizado então como uma entidade filantrópica que recebe os pacientes e seus acompanhantes, a partir do encaminhamento realizado pelas assistentes sociais do Hospital de Clínicas e do Câncer da UFU. O perfil do público beneficiado se verifica nas características socioeconômicas, étnicas, etárias, nível educacional e outros dados relevantes analisados pelo setor de serviço social do HC-UFU para se conceder a hospedagem. São servidas cinco refeições diárias, é fornecido um kit de hospedagem
contendo roupa de cama, toalha de banho e produtos de higiene pessoal. Há também espaço para higienização de roupas, com funcionamento 24 horas por dia. Em dezenove anos de existência a Casa nunca esteve fechada, contando com o trabalho de voluntários em vários segmentos, como jardinagem, oficinas de artesanato, trabalhos manuais, apoio psicológico, capelania hospitalar e o conforto espiritual com devocionais diariamente. Além disso, a Casa realiza palestras na área da saúde, que visa a melhoria na qualidade de vida das hóspedes, e são ministradas pelos alunos do curso de enfermagem da UFU, uma parceria bastante positiva. Cerca de 52 mil pessoas passaram pela Casa de Hospedagem Betesda nesses dezenove anos. Com
Artesanato com voluntárias
capacidade diária para 52 leitos, ela é subvencionada pela IP Central de Uberlândia e pela Prefeitura Municipal de Uberlândia. Recebe também doações diretas de pessoas da comunidade e/ou através de parceria com a empresa CTBC e CEMIG, que possibilitam doações através de sua conta telefônica e energia. De acordo com Flávia Ribeiro Carvalho Dias Garcia, coordenadora da Casa, o atual prédio é próprio, e foi doado. “O terreno foi doado à igreja em 1947 pela irmã Sra. Blanche Galassi e em 2008 a igreja o doou para a Casa. Os projetos estruturais e arquitetônicos foram elaborados gratuitamente por membros da igreja, e a mão de obra de edificação foi custeada por empresários de Uberlândia, que se sensibilizaram com o projeto da Casa, demonstran-
do altruísmo e amor para com os menos favorecidos e carentes. Além disso, há ainda, a contribuição de membros de nossa e de outras igrejas”, explica Flávia. Recentemente a Casa recebeu da Vigilância Sanitária um alerta sobre a necessidade de adequação nas áreas de limpeza de alimentos e de pré-higienização dos utensílios (utilizados pelos hóspedes no refeitoria). Há, também, a necessidade de construção de um depósito na área externa da Casa, para armazenamento de cadeiras de rodas, muletas, cadeiras de banho, carrinhos de bebê, dentre outros materiais que são utilizados pelos hóspedes durante sua permanência na Casa. Embora as exigências sejam legítimas, atualmente os recursos da entidade são totalmente revertidos
Fachada em reforma
para alimentação, limpeza e folha de pagamento. “Para a realização das adequações, serão necessários R$ 7.500,00 para a construção da área de limpeza de alimentos e de R$ 2.500,00 para área de pré-higienização, além de R$ 5.000,00 para o depósito, totalizando um valor de R$ 15.000,00”, contabiliza Flávia. O apoio à Casa de hospedagem Betesda vem de ajudadores como a IP Central de Uberlândia (apoio também financeiro), a Sociedade Bíblica do Brasil e os Gideões Internacionais, com doações de materiais para evangelização e devocionais. Para saber mais sobre a história de mais essa iniciativa dentro da Igreja Presbiteriana do Brasil, e colaborar, acesse: www. facebook.com/secretaria. betesda.
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MISSÕES
Dez anos de Mobilização Missionária F oi iniciada em 2003 uma pesquisa, realizada pela missionária Simone Alvarez, coordenadora do projeto Ensino, Capacitação e Mobilização Missionária, e colaboradora na Base da APMT. Nessa pesquisa, foi possível observar a baixa participação das igrejas locais com missões transculturais. “A ideia foi fornecer uma ferramenta que fizesse a ponte entre a igreja, os seus vocacionados, os campos de atuação e a Agência. O primeiro passo foi estabelecer o que seria básico nessa ação para qualquer igreja presbiteriana e a seguir pesquisa, mapeamento e contato com igrejas em palestras avulsas, e então, em 2010 foi implantado o Curso de Ensino, Capacitação e Mobilização Missionária que é o carro chefe”, explica a missionária. O curso é aplicado em dez horas, distribuído conforme a organização local do evento, e aborda: Base Bíblica da Missão (Ensino), Igreja Local e Missões e Delimitações da obra missionária contemporânea (Capacitação), Conhecendo a IPB/APMT e formação de Rede de Mobilizadores (Mobilização). Ele proporciona ferramentas para a Igreja local
quanto ao envolvimento, organização de grupo local. Também, traz outras linhas de trabalho (alguns em início e outros a serem implantados) para ampliação dessa inicial, bem como manutenção delas juntos às igrejas, que são: Rede de Mobilizadores Regionais, Rede de Profissionais para missões, Cursos em formato EAD e avançado desse de mobilização, elaboração de materiais para mobilização missionária, viagens missionária de curto prazo. Por meio delas serão captados vocacionados aos campos, voluntários de ações periódicas, participação dos membros e lideranças e pastores em prol dos campos em atuações periódicas, atualização e capacitação dos mobilizadores locais e departamentos missionários locais. Todo o trabalho resulta na aproximação das Agências e campos, o que contribuirá para o aprimoramento e avanço missionários como um todo. Assim, o nome de Deus será louvado, pois o trabalho tem se ampliado, com mobilizadores regionais: Mobilizador Local – Fará mobilização em sua igreja local nos departamentos e atividades. Tivemos quatrocentos irmãos que participaram do curso, aos quais prestamos assessoria.
Mobilizador Regional (Presbitério) – Fará mobilização em seu Presbitério: Rev. Reni Pacheco (DF – Presbitério V. Paranã). Mobilizador Regional (Estado) – Fará mobilização em seu Estado, podendo ou não multiplicar o Curso ECMM: Pb. Maurício Pitorri (SP) / Prof.ª. Dirleni Castro (RJ) /Pb. Cristiano Nunes – (MG) / Evang. Jefferson Almeida – (MG, atuando em MT). Mobilizador Nacional (Brasil) – Rev. Patrick Scherrer (em campo transcultural, mas quando estiver no Brasil continuará a ação) e Ms. Simone Alvarez que, além dessa mobilização, coordena o Projeto. Há alguns requisitos para ser um mobilizador: participar do Curso ECMM, enviar documentação, participar da Semana de Orientação da APMT e passar em entrevista pela Diretoria da APMT. A APMT conta, ainda com divulgadores: Pb. Azor Ferreira, Rev. José João de Paula – atuantes desde a JME (Junta de Missões Estrangeiras) e o Rev. Osvaldo Magalhães – a partir de 2015. Para mais informações, escreva para mobilizacao@apmt.org.br, ou acesse www.apmt.org.br.
Igreja Perseguida Cristãos na Síria No início de março, foram libertados 19 cristãos assírios que vivem nos vilarejos de Tal Shamiran e Tal Hermuz (Síria), e que haviam sido sequestrados em fevereiro com outras 81 pessoas. De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, um comandante citou um parágrafo da Sharia (lei islâmica) que garantiria a libertação de 29 reféns. Porém, o primeiro grupo de prisioneiros libertados que conseguiu chegar em segurança na cidade de Hassaka, em 2 de março, era de apenas 19 pessoas. Na faixa de 50 anos ou mais, os reféns libertados eram todos homens civis de uma mesma aldeia e apenas duas eram mulheres. Supostamente, líderes árabes sunitas locais auxiliaram na negociação para a libertação dos reféns. “Nós não acreditávamos que sairíamos vivos”, afirmou um dos cristãos em entrevista à Agência Internacional de Notícias da Síria. “Estávamos em constante medo”, conta. Na madrugada de 23 de fevereiro, a aldeia foi acordada por membros fortemente armados do Estado Islâmico e, após o sequestro dessas pessoas, ficaram por mais de cinco dias sendo pressionados a se converter ao islamismo. “Não fomos agredidos fisicamente, mas pressionados constantemente a nos converter ou pagar o ‘jizya’ (imposto para não se tornar muçulmano)”, explicou um dos sequestrados.
Pela Cruz Três cristãos chineses, que foram presos injustamente após proteger a cruz em um ataque à sua igreja, foram libertados da prisão. O incidente ocorreu durante uma onda de destruição ilegal de igrejas, realizada pelo governo Chinês. Os três cristãos, da província de Wenzhou, foram libertados da prisão no dia 6 de março. Eles foram detidos durante a campanha de perseguição contra igrejas protestantes e católicas de toda a província, em que mais de 425 igrejas receberam notificações de demolição e, em muitos casos, tiveram suas cruzes removidas ou os templos destruídos. Quando perguntado se os três cristãos planejavam processar o governo, Lin disse que eles ainda estão considerando a questão, mas que devem manter a situação como está se o governo não tomar quaisquer outras ações. Ele acrescentou, ainda, que de qualquer forma, o governo não conseguiu remover a cruz.
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FAMÍLIA MISSIONÁRIA
Família missionária no Oriente Médio O
sni Ferreira é missionário da APMT (Agência Presbiteriana de Missões Transculturais) no Oriente Médio desde o ano de 2000. Trabalhando em diversos países da região, nos últimos sete anos tem servido na região do Golfo Pérsico. Por ser uma região muito próspera, o Golfo possui algumas particularidades. Por exemplo, a riqueza do petróleo é dividida entre a população, o que faz com que muitos deixem de trabalhar para apenas curtirem a vida gastando o que recebem. Essa realidade pode mudar, se
a mina do petróleo cessar ou se a dependência desses combustível não for tão prioritária. Outra particularidade do Golfo são as vestimentas típicas. A roupa dos homens (dishdash) e os vestidos pretos que cobrem toda a mulher (abaya) fazem parte da tradição da região. A maneira como o turbante é colocado na cabeça e a cor dele representam o país da pessoa e qual sua posição social. A região do Golfo Pérsico está entre os maiores desafios do mundo no que concerne à evangelização. O pequeno número
Missionário Osni e sua família
de obreiros trabalhando nessa região e os escassos resultados são grandes obstáculos enfrentados ali. Contudo, Deus, que é soberano a todas as coisas, tem
agido e aos poucos essa realidade está mudando. O alvo dessa família missionária é plantar igrejas secretas através de grupos pequenos. Nesses últimos
anos eles têm focalizado os pequenos vilarejos no meio do deserto, onde residem árabes quase esquecidos pelo mundo. Pela graça de Deus, alguns vêm recebendo Jesus e sendo batizados, expandindo assim o Reino de Deus até a volta do Messias. Ore por essa família missionária. O Rev. Osni é casado com a Cláudia e eles têm dois filhos: Tiago com 10 anos e Débora com 8 anos. “Que Deus seja glorificado na região do Golfo e em todo o mundo pela pregação do evangelho”, conclui o missionário.
PROJETO SARA
As sete palavras de Jesus na cruz Projeto Sara - Igreja Presbiteriana de Praia Grande
U
m momento precioso da família cristã é a união na ocasião da celebração da ressurreição de Jesus. É a lembrança da passagem da morte para a vida, de todo o que crê em Jesus. Mesmo em meio à tortura e sofrimento, Jesus nos deixou palavras de bênçãos: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34); “... pelos transgressores intercedeu” (Is 53.12). Ele nos deixou o exemplo de perdão. “Mulher, eis aí
teu filho”. Depois, disse ao discípulo: “Eis aí tua mãe” (Jo 19.26-27). “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si.” (Is. 53.4). Jesus demonstrou seu cuidado. Não abandonou sua família e amigos, mesmo em situação de tanto sofrimento. “Hoje mesmo estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43). “Foi condenado com os transgressores” (Is 53.12). Uma palavra de salvação: que esta celebração da ressurreição seja uma grande oportunidade de salvação
em nossos lares. “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mt 27.46). “Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca, como cordeiro foi levado ao matadouro” (Is 53.7). Jesus deu o grito de abandono cumprindo o salmo 22.1, suportando a angústia de estar separado do Pai. “Tenho sede” (Jo 19.28, Sl 69.21; 22.15). “Homem de dores e que sabe o que é padecer” (Is 53.3). Jesus estava obedecendo as Escrituras, expressando sua dor em sua palavra de ago-
nia. O exemplo de Jesus é essencial para entendermos que a nossa obediência é incondicional e em qualquer circunstância. “Está consumado”(Jo 19.30). “Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma, e ficará satisfeito” (Is 53.11). O resultado da obediência à Palavra de Deus é sempre a vitória. Essa palavra é um consolo às nossas almas e podemos testemunhá-la aos nossos maridos e filhos, pois a vitória está baseada na ação de Deus em nossas vidas, que abençoa a obra de nossas mãos. Jesus
nos deu este grande modelo. “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23.46). “Todavia, ao Senhor agradou moê-lo” (Is 53.10). Por fim, uma palavra de rendição. Nós também precisamos nos render aos pés da cruz de Jesus. Desejamos a toda Família Presbiteriana um feliz domingo da ressurreição, usufruindo da paz, baseada em sua obra redentora, com as palavras abençoadas do momento mais importante da História Cristã. “O castigo que nos traz a paz estava sobre ele” (Is 53.5).
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MISSÕES
Evangelização transcultural Com três anos de trabalho em Caldas Novas (GO), missionário da APMT ministra batismo entre ciganos Emma Castro e Mônica Mesquita
E
m dezembro de 2014, foi celebrada a primeira cerimônia coletiva de batismo dos crentes ciganos da etnia Calón, fruto do ministério dos missionários da APMT, Rev. Reginaldo Goulart e sua esposa Leonor. A cerimônia foi realizada em Caldas Novas-GO, após vários meses de estudos bíblicos sobre o significado do batismo. Na ocasião, 21 adultos e adolescentes foram batizados e fizeram a pública profissão de fé, e 4 crianças foram batizadas e recebidas como membros menores da igreja que está
sendo plantada na comunidade. “Seis famílias completas foram batizadas. É o maior grupo de ciganos recebidos de uma só vez, no Brasil”, revelou o Rev. Reginaldo. O Rev. Marcos Agripino, Executivo da APMT, sua esposa Mônica e a filha Isabela, participaram da cerimônia e ficaram muito emocionados com a ação de Deus no meio desse povo, pois faz somente três anos que o missionário Rev. Reginaldo e sua esposa iniciaram a evangelização dos ciganos. Hoje, aproximadamente 70 pessoas se reúnem para os cultos realizados na comunidade.
Paralelamente às atividades evangelísticas, também são realizados projetos de alfabetização, tradução de filmes para a língua Calón, cursos profissionalizantes de costura para as mulheres, atividades com as crianças e outros programas sociais. O trabalho principal é o discipulado, estudos bíblicos individuais e em grupo. Outros 15 convertidos ainda serão preparados para o batismo. De acordo com o missionário, os grandes desafios desses nossos novos irmãos na fé, são: 1) O crescimento em santidade; 2) Encontrar uma alternativa digna de fonte de renda familiar.
Testemunho da missionária Leonor “Alguns irmãos nossos visitaram certa vez outros ciganos e me alegrei porque despertaram para a evangelização dos seus. Algum tempo depois, retornaram ao acampamento dos outros ciganos, levando alguns mantimentos de cesta básica, o que foi distribuído para as famílias, e lá cantaram louvores a Deus e receberam a palavra da salvação. O missionário Reginaldo pregou sobre os dez leprosos. Muitos oraram, compartilharam o que Deus estava fazendo, e quando houve o convite para a conversão, Dona Júlia e Sr. Jeová creram no Senhor Jesus e
ele disse: ‘estou muito feliz porque agora eu creio de coração que o Senhor morreu por mim!’. Durante um momento de comunhão em uma pizzaria, alguém comentou: ‘Dá pra gente se divertir sem pinga e sem piada suja’. Eu creio que Deus os está usando para alcançar seu próprio povo. E agora, com imensa alegria compartilhamos que nasceu ali, na comunidade de Morrinhos, uma nova Igreja autóctone. Que continuem orando por esse ministério, para que mais ciganos conheçam o Senhor Jesus”, pede Leonor.
Ciganos batizados em Caldas Novas
Eles reconhecem que algumas práticas comuns ao seu povo precisam ser completamente abandonadas, como o consumo de bebidas alcoólicas, leitura de mãos, costume de esmolar na rua, mentira, engano,
roubo, entre outras. Depois de uma vida inteira convivendo com essas práticas, buscam agora o poder do Espírito Santo para se manterem firmes em Cristo e em sua Palavra, crescendo no conhecimento de Deus.
Conheça o CAS O Conselho de Ação Social (CAS) nasceu da necessidade urgente de assistir Igrejas Presbiterianas e entidades ligadas à Igreja Presbiteriana do Brasil, socorrendo em momentos de dificuldades. Ações como auxílio em enchentes e alagamentos, como ocorrido em várias regiões do Brasil, e complemento de donativos para instituições da IPB, são exemplos de como o CAS, por meio de auxílio de voluntários e total apoio da Igreja, tem desenvolvido o trabalho. O Presb. Clineu Francisco é o presidente dessa autarquia e tem trabalhado para que o CAS alcance cada vez mais seu objetivo como braço auxiliador dentro da Igreja. Para saber mais sobre essa iniciativa da IPB e para colaborar, acesse www.casipb.com.br.
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CELEBRAÇÃO
Uma Igreja que serve Com quatro anos de organização, IP Água Viva teve sua origem no serviço e educação
M
arço foi mês de festa na Igreja Presbiteriana Água Viva, em Goiânia (GO), com cultos especiais de celebração pelos 4 anos de organização, com participação dos pastores Rui Barbosa, Edson Caetano e
Helio Miguel, todos expastores desta Igreja, e participação do grupo musical “The Bando Brothers”. Historicamente, as reuniões tiveram início em 1989, quando um grupo de jovens, sob a direção do evangelista Helinho se
reunia para prestar culto a Deus em uma pequena sala do Projeto Amar, que foi fundado em 1988 pela missionária da Mocidade Para Cristo (MPC), Maria Lúcia Rodrigues dos Santos. Atualmente o projeto atende 350 crianças de 0 a 17
anos, com creche, ensino profissional, oficina de artes, além de reforço escolar, em uma região carente da cidade. A pequena congregação, se tornou a IP Água Viva, filha da Igreja Presbiteriana Maranatha, também em Goiânia. De
acordo com pastor titular da IP Água Viva e capelão do projeto Amar, Rev. Wyclif Nobre, a comemoração do aniversário é uma festa de gratidão e louvor a Deus, pois “tem mostrado o cuidado e amor Dele ao longo dos anos”, conclui.
FALECIMENTO
Presbítero José Baptista
N
o dia 19 de março, Deus chamou para si o Presbítero Emérito José Baptista, aos 78 anos de idade. Membro da IP do Parque das Nações, em Santo André – SP, nosso amado irmão trabalhou até seus últimos dias na obra do Senhor. Nascido em família humilde na Bahia, o jovem José foi criado longe de seus pais, passou por diversas dificuldades
e desde cedo aprendeu a lutar pela sua sobrevivência. Como ele mesmo dizia, tinha tudo para ser um jovem amargo e revoltado. Deus, porém, o resgatou e pela sua graça o fez um servo exemplar e fiel. João Madruga, considerado seu pai na fé, o levou para a IP de Santo André, pastoreada na época pelo Rev. Oscar Chaves. Foi nessa época (21 anos) que
ocorreu sua conversão. Em 1958, passou a trabalhar na congregação do Parque das Nações e, com seu carisma, humildade e lealdade, tornouse o presidente da UMP em 1959. Casou-se com Eunice Martins Baptista em 14/12/63 formando uma família com os filhos Sandra, José Ricardo, Carlos Eduardo (hoje pastor da IP de Vila Paula, em São Caetano do Sul)
e Rodrigo; e os netos Carolina, Allan Victor, Lucas Henrique, Giuliana Matheus, Thiago e Davi. Na IP do Parque das Nações foi também Superintendente da ED e dedicou-se ao trabalho da UPH, na Sociedade, Federação e Confederação Sinodal, como Secretário Executivo. José Baptista participou da plantação da Congregação do Parque João Ramalho,
que hoje está em fase de organização como igreja e construção de um templo. Após alguns anos no diaconato, José Baptista tornou-se presbítero, vindo a receber a emerência nesse ofício. Com o pesar que tal separação produz, a família crente, porém, encontra consolo na certeza da ressurreição e da vida eterna. Cleide Gossi
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SERVOS NA IPB
Valoroso servidor, amigo e irmão em Cristo Conforme noticiado no BP de março, faleceu a 18 de fevereiro de 2015, em São Paulo, vitimado por enfermidade cardíaca, o Rev. Daniel Manoel, professor há trinta anos no Seminário Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição. Este jornal acrescenta agora as informações adicionais enviadas por nosso historiador, com uma palavra de gratidão do JMC, onde lecionou nosso falecido irmão Alderi Souza de Matos
O
culto de ação de graças por sua vida foi realizado na manhã seguinte ao falecimento, na IPI Paulo Silas, tendo o sepultamento ocorrido no início da tarde no Cemitério dos Protestantes, no Higienópolis. Daniel Manoel nasceu em São Paulo no dia 27 de maio de 1946. Bacharelou-se em teologia em 4 de dezembro de 1965, com apenas 19 anos, no Seminário Presbiteriano Conservador, em Riacho Grande, São Bernardo do Campo. Após cumprir um ano de licenciatura, foi ordenado ao ministé-
rio pela IP Conservadora em fevereiro de 1967. Pastoreou por 18 anos a 5ª IP Conservadora de São Paulo, no bairro de Cidade A. E. Carvalho. Transferindo-se para a IPI do Brasil (IPI), pastoreou as igrejas de Ermelino Matarazzo, Vila Cisper, Vila Formosa, Parque São Lucas e Parque Santa Madalena. Em 4 de janeiro de 2015, um mês e meio antes de falecer, tomou posse como pastor titular da 3ª IPI de São Paulo, na Rua Joli, no Brás. Desde a licenciatura, completou 49 anos de ministério. Ao longo dos anos fez os seguintes cursos: bacharelado em letras
(português e hebraico) pela Universidade de São Paulo; licenciatura em filosofia pela Universidade de Mogi das Cruzes; especialização em linguística pela Faculdade Oswaldo Cruz; especialização em literatura brasileira pela Faculdade Oswaldo Cruz; cursos de extensão universitária pela USP; cursos de linguística e de língua grega pela USP, curso de inglês no Instituto Roosevelt de São Paulo. Exerceu o magistério secular nas seguintes instituições da capital paulista: Colégio Saldanha Marinho, Colégio Rui Barbosa, Colégio Visconde de Cairu, Escola Americana e Colégio Mackenzie
(Alphaville), Escola Municipal de Ensino Fundamental Eduardo Prado. Foi professor no Seminário Presbiteriano Conservador (1961-1982), no Seminário Teológico Pentecostal (1972-1974) e no Seminário Rev. José Manoel da Conceição (1984-2015). Neste último lecionou grego, latim e língua portuguesa. Casou-se em 28 de janeiro de 1984 com Rita de Cássia Rodrigues, com quem teve cinco filhos: Viviane, Daniel, Aline, Priscila e Vinicius. Com a separação consensual do casal em junho de 1995, coube a ele a criação e educação dos filhos, auxiliado por sua
mãe, Geraldina Ferreira Manoel. Juntos cumpriram essa missão com dedicação e alegria, criando os filhos no temor do Senhor e encaminhando-os em sua formação espiritual, ética e intelectual. Segundo sua irmã, professora Cleusa Maria Manoel, de todas as virtudes que ele teve a que mais se destacou para os filhos, parentes, vizinhos, colegas e alunos foi a sua bondade. Seu lema de vida foi: “Dificuldades sim, impossibilidades nunca!” O Seminário JMC expressa a sua profunda gratidão a Deus pela vida desse valoroso servidor, amigo e irmão em Cristo.
FALECIMENTO
Um testemunho vibrante
J
andira Schimiela nasceu a 27 de dezembro de 1936 na cidade de Senhor do Bonfim, Bahia. Partiu para o seu lar eterno dia 4 de março de 2015, em Santo André, São Paulo. Era viúva do Presb. Milton Schimiela e mãe do Presb. Samuel Schimiela. Sua jornada foi marca-
da pelo dedicado serviço cristão. Foi professora da Escola Dominical, deu aula de religião na Escola Estadual de Santo André e no trabalho da SAF presidiu a Confederação Sinodal Borda do Campo. Foi a primeira regente do coral hoje denominado Rev. Oscar Chaves, da sua IP Maranata
(IPB). Ao longo de 33 anos, integrou o Coral Evangélico de São Paulo e, desde 1989, os Gideões Internacionais, juntamente com seu esposo, ambos com intensa e destacada participação. Dinâmica e sempre em boa forma física, emocional e espiritual, Jandira foi usada por Deus para
abençoar seu povo, não apenas conduzindo os cânticos e hinos congregacionais e do coral com seu largo sorriso e sua firmeza, mas principalmente vivendo entre todos de modo contagiante os princípios cristãos, para a glória de Deus. Deixou o filho Samuel, a nora Lilian Boni e as
netas Rebecca, Júlia e Jessica.
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FORÇAS DE INTEGRAÇÃO
Treinamento de Jovens Líderes Bruno Dhaniel Spadoni
A
conteceu nos dia 20, 21 e 22 de março, o #QG2015 – Treinamento de Jovens Líderes, que reuniu mais de 130 jovens líderes e potenciais líderes de diversas regiões da cidade de São Paulo e do Grande ABC.
nova geração. Logo pela manhã do sábado (21), o Rev. Filipe Fontes palestrou com o tema “Liderança: Uma reflexão a partir do conceito reformado de Soberania”, partindo do princípio que Deus é o único Líder e nós somos líderes secundários que
Cerca de 130 jovens participaram do #QG 2015
Foi considerado o maior Treinamento de Mocidade dos últimos anos e contou com a organização da Confederação Sinodal Leste de São Paulo e o apoio da UMP São Paulo e da Confederação Nacional de Mocidades. O Sítio Mackenzie Cabuçu (Guarulhos – SP) foi sede desse Treinamento, com intensa programação que visava apresentar princípios de liderança, capacitação do jovem presbiteriano e edificação, através da Palavra, para a vida dessa
seguimos a sua Palavra/Lei. Essa palestra pautou a discussões em diversos outros momentos do QG. Durante a tarde foi o momento de capacitação, com seis oficinas enfocando a capacitação e o aprimoramento. Os temas das oficinas foram: Sendo jovem numa cidade transcultural, Laboratório de programações, Sendo missionário urbano, Passando o bastão, Cristianismo e música, Sendo missionário estudantil. Cada participante do Treinamento pode escolher
duas oficinas, sendo que o material de todas foi disponibilizado de forma impressa. À noite houve um Culto com a direção do momento dos cânticos pelo cantor Lucas Barbosa & Banda. A mensagem ficou a cargo do Rev. Maurício Nepomuceno que trouxe à tona as orações
vida que Cristo deu ao seu povo, ele não corre primeiro para marcar uma reunião de liderança, antes de qualquer coisa, ele busca refúgio em Deus”. No domingo (22) houve a segunda palestra, que foi ministrada pelo Presb. Da Hora Jr. (Presidente da
apresentando, também, suas experiências com o trabalho na Mocidade. Para encerrar a programação oficial do Treinamento, foi celebrada a Ceia do Senhor, como ato de comunhão dos jovens ali presentes. A Ceia foi ministrada pelo Rev. Enos Moura, que possuí o título
Celebração da Santa Ceia com rev. Enos Moura
de Daniel, afirmando que: “Quando um homem, líder do povo de Deus, enxerga o lado sujo do pecado e como ele está destruindo a
Confederação Nacional de Mocidades). Ele abordou as verdades bíblicas evidenciando que “O líder é servo – Filipenses 2.5-15”,
Worksops trataram de assuntos atuais e motivadores
de “`Amigo da Mocidade”, e é Secretário Sinodal Leste de São Paulo. O #QG2015 foi uma grande benção, para a glória de Deus. Cremos que nosso desafio é sonhar e agir, para que tenhamos na cidade de São Paulo jovens com a firme convicção do chamado de Cristo, e uma UMP com líderes cada vez mais conscientes de que precisamos ser fortes e corajosos, seguindo as ordem de Deus. Bruno Dhaniel Spadoni é secretário Executivo da Confederação Sinodal Leste de São Paulo.
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ACONSELHAMENTO
Congresso de Aconselhamento Bíblico A
Associação de Capelania Evangélica Hospitalar (ACEH), em parceria com o Instituto Presbiteriano Mackenzie, realiza nos dias 22 e 23 de maio de 2015 o Congresso de Aconselhamento Bíblico, com o tema “Cuidando das dores da alma”. A ACEH tem apoio, ainda, da Editora Cultura Cristã, da Associação Brasileira de Conselheiros Bíblicos (ABCB) e da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB). De acordo com a capelã, Eleny Vassão Aitken, presidente da ACEH e coordenadora do evento, o Congresso é de extrema importância no
cenário cristão, pois, vivemos em uma sociedade em que tudo é relativo, os valores são os que cada um escolhe, a vida tem sentido somente quando tem qualidade, independência e felicidade e tudo acaba com a morte. “O que Deus tem a ensinar aos seus filhos sobre como cuidar das dores da alma? Será que o “seu divino poder que nos deu tudo que necessitamos para a vida e a piedade, por meio daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude” (2Pe 1.3) ainda é relevante para os dias de hoje?, instiga a capelã.
Congresso de Aconselhamento Bíblico
Ainda de acordo com Eleny, a abordagem irá discutir como a liderança pode aconselhar a igreja para que, fortalecida na
PRELETORES • Rev. Davi Charles Gomes • Pr. Flávio Ezaledo • Pr. Jayro Moreira • Pr. Gavin Levi Aitken
• Capelã Eleny Vassão • Pr. Alexandre Mendes (Sasha) • Pr. Darcy Sborowski • Rev. Arival Dias Casimiro
• Lilian Shimizu • Capelã Elizabeth M. Assis Pavão • Rev. Tarcísio José de F. Carvalho
Dias 22 e 23 de maio, das 9h às 22h
(Auditório da Escola Americana - Rua Itambé, 45 - Higienópolis - SP) Inscrições: R$ 200,00 até 15/05 (depois dessa data R$240,00) www.capelaniahospitalar.org.br Depósito: Banco BRADESCO, ag. 0368-9, c/c 83.576-5 - ACEH - Associação de Capelania Evangélica Hospitalar Informações: ACEH: (11) 2507-9294 (falar com Jaqueline) - capelaniaevangelica@gmail.com MACKENZIE: (11) 2114-8430 (falar com Viviane) Promoção: Chancelaria do I. Presbiteriano Mackenzie e ACEH - Associação de Capelania Evangélica Hospitalar
Parceria: Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), Associação Brasileira de Conselheiros Bíblicos (ABCB) e Editora Cultura Cristã
as pessoas a conhecerem o Deus que perdoa, conforta, dirige, transforma e dá sentido para a vida e para a morte.
O Congresso de Aconselhamento Bíblico “Cuidando das Dores da Alma” abordará os seguintes temas: • O que é Aconselhamento Bíblico – Pr. Flávio Ezaledo • A Bíblia como fonte de direção e sentido para a vida – Rev. Davi Charles Gomes • Burnout Espiritual no Pastor e no Capelão – Pr. Jayro Moreira • Aconselhamento Bíblico em Tragédias – Elizabeth M. Assis Pavão • Aconselhando na Depressão – Gavin L. Aitken • Aconselhando Pacientes e Familiares no Câncer – Eleny Vassão P. Aitken • Aconselhando na Fadiga do Ministro Religioso – Flávio Ezaledo • Aconselhamento em Transtornos Alimentares – Lilian Shimizu • Aconselhando Pessoas na Ira – Rev. Tarcisio José de F. Carvalho • Aconselhamento Bíblico na Ansiedade – Gavin Aitken e Eleny Vassão Aitken • Aconselhamento Bíblico no Medo – Pr. Flávio Ezaledo • Aconselhamento Bíblico no Sofrimento – Pr. Gavin Aitken • Aconselhamento Bíblico a Adictos à Internet – Pr. Alexandre Mendes • Aconselhamento Bíblico a Pedófilos – Pr. Darcy Sborowsky • Mesa Redonda: As Dores da Alma na Bíblia • Aconselhamento Bíblico no Envelhecimento – Eleny Vassão • A Bíblia na Cura da Alma – Rev. Arival Casimiro O Congresso será realizado no Instituto Presbiteriano Mackenzie, no auditório da Escola Americana, com investimento de R$200,00 para
CUIDANDO DAS DORES DA ALMA
viva esperança do Cristo ressurreto, possa viver o seu amor nessa sociedade, transmitindo os valores da Palavra de Deus e levando
pagamentos realizados até o dia 15 de maio. Após essa data, o valor será de R$240,00. O Congresso é aberto para pastores, líderes e demais cristãos com
interesse na temática de aconselhamento bíblico. Para mais informações e inscrições, acesse o site www.capelaniahospitalar. org.br.
Viagem Missionária da CNSAFs à Amazônia
A
Confederação Nacional de SAF – Sociedade Auxiliadora Feminina – da Igreja Presbiteriana do Brasil, realizou de 1 a 7 de março de 2015 uma viagem missionária aos ribeirinhos da Amazônia, com visitas ao longo do Rio Solimões. Durante os preparativos para a viagem, uma campanha foi realizada pela CNSAFs, levantando ofertas de mantimentos e produtos de uso básico, para abençoar os ribeiri-
nhos. Ao todo, as irmãs da SAF visitaram cerca de 300 mulheres e 900 crianças, buscando servir as comunidades com os donativos e com trocas de experiências vividas cada uma em sua igreja e região. O Rev. José Eustáquio Fortunato, pastor da IP de Anamã (AM) participou ministrando a Palavra do Senhor durante culto no povoado de Vila Nova, no alto do Rio Solimões.
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Boa Leitura Quando não desejo Deus
Uma Igreja complicada Rev. Augustus Nicodemus Lopes Este livro é um comentário muito prático sobre os primeiros quatro capítulos da primeira carta do apóstolo Paulo aos Coríntios. Alguém poderia pensar: por que somente sobre quatro capítulos? A resposta é que o assunto desses quatro capítulos é primordialmente o apostolado de Paulo e atual-
Entretenimento e reflexão O Brasil Presbiteriano não necessariamente endossa as mensagens dos filmes aqui apresentados, mas os sugere para discussão e avaliação à luz da Escritura.
John Piper
Por mais de 30 anos, John Piper tem anunciado que “Deus é mais glorificado em nós quando estamos mais satisfeitos nele”. O que fazer, porém, se não nos alegramos no Senhor como devemos? Se abordasse apenas um detalhe do compromisso cristão, esse livro não teria tanta importância. No entanto, trata-se de algo essencial. Como lutar pela alegria em Deus? Com um coração pastoral e uma paixão radical pela glória de Cristo, John Piper nos ajuda a responder essa pergunta.
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salvar uma família. Após uma série de estranhos eventos, o mundo inteiro está um caos e Josh tem que encarar a gangue de motoqueiros, conhecidos como “Os Bárbaros”, para ter uma chance de voltar para casa.
mente surgiram vários líderes que se autodenominam “apóstolos”, colocando sobre si mesmos a capa de autoridade apostólica.
Lord Jim (1965)
A inspiração e autoridade da Bíblia
O Poder da Graça
Benjamin Warfield
Depois que o policial Mac McDonald perdeu seu filho num acidente, anos de amargura e dor destruíram seu amor por sua família e o deixaram revoltado com Deus... e com todo mundo! Com Mac, seu novo parceiro, ambos tentam unir forças para ajudar um ao outro. Todos os dias, temos a oportunidade de reconstruir relacionamentos e curar feridas dando e recebendo a graça de Deus.
Para Warfield a doutrina clássica da inspiração infalível da Escritura estava envolvida na doutrina da soberania divina. Deus não poderia ser soberano em sua disposição dos seres humanos racionais se não fosse também soberano na revelação de si mesmo a eles. Se Deus é soberano no domínio do ser, ele certamente também é soberano no domínio do conhecimento.
Sobre esses e outros títulos acesse www.editoraculturacrista.com.br ou www.facebook.com/editoraculturacrista ou ligue 0800-0141963
(Ano: 2011)
Deus, para seu povo. O triunfo de Ester vem de uma intervenção divina na vida dela, dando-lhe bravura, ousadia e libertação.
Estrada da Salvação: Começo do Fim (Ano: 2014)
Conquista de Reis (Ano: 2008) Conquista de Reis é um épico que revive a história de um povo através da vida de Ester, uma judia que foi uma das rainhas mais corajosas de todos os tempos, enfrentando o Rei Xerxes e a própria morte para cumprir a vontade de
Josh (David A.R. White) é um caixeiro viajante com um passado suspeito, que encontra-se em uma pequena cidade no interior do Texas e se envolve com uma gangue para
James Burke (Peter O’Toole) é marinheiro de um navio a vapor, da Marinha Mercante Inglesa na Era Vitoriana. Durante um furacão, Burke covardemente abandona o navio, deixando a tripulação e os passageiros para se afogarem. Quando o navio não afunda, e as pessoas são resgatadas por um navio francês, o ato de Burke é descoberto e a carreira dele arruinada. O marinheiro tenta se redimir. Ele, então, se junta a uma tribo no Oriente - que o chama de Lord Jim.
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