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O Jornal Brasil Presbiteriano é um órgão oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Ano 50 nº 645 – Julho de 2008

Saiba mais sobre o trabalho de evangelização da IPB no Japão

Páginas 10 e 11 Fotos: divulgação

Igreja de Governador Valadares é eleita 7ª Maravilha da região

Alunos do JMC saem às ruas de São Paulo para evangelizar

II Encontro da Mulher Presbiteriana acontece no Sesc, em Aracruz

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Brasil Presbiteriano

Julho de 2008

Editorial

O conhecimento que satisfaz I

nformação e edificação são dois ingredientes indispensáveis em uma publicação cristã. E, mais uma vez, esse é o conteúdo que o leitor encontrará nas páginas deste jornal. De fato nascemos para aprender. Deus criou o ser humano com a capacidade de pensar, interagir, conhecer e ninguém se sente verdadeiramente feliz se não aprender algo a cada momento. Essa necessidade psicológica é básica, além de ser uma das características que diferem o ser humano das bestas do campo. Os animais não nutrem anseio pela educação e o processo de aprendizado, para eles, é sempre conectado ao adestramento (eles resistem à educação). Quanto aos seres humanos, todos querem aprender. No mundo contemporâneo a ignorância é considerada como um entrave à felicidade. Há aqueles que buscam uma educação primorosa e preparos sólidos por questões econômicas

e financeiras, almejando uma vida mais agradável, melhores empregos, etc. Outros vêem no conhecimento obtido uma chave para a liberdade e uma fonte de poder. Más há ainda aqueles que buscam o saber com o objetivo de ajudar outros. Embora esse grupo esteja cada vez mais reduzido, sua existência não pode ser ignorada. Assim, de uma forma ou de outra, a obtenção do conhecimento está geralmente ligada ao ideal de uma vida mais feliz. Em toda essa busca pelo saber há sempre uma pergunta que nos inquieta: “Haverá algum conhecimento que satisfaça o coração humano?” Sobre isso a Bíblia ensina que não depende apenas do nível ou grau de conhecimento, mas da própria natureza do mesmo. Ou seja, se o conhecimento estiver fundamentado sobre a falsidade e o engano, ele certamente resultará em frustração e até desgraça.

Contudo, se o que conhecemos for a verdade, ela nos libertará (João 8.32). O interessante é saber que a verdade é, de fato, uma pessoa, ou seja, Jesus, pois ele disse: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8.36). Dessa forma o verdadeiro conhecimento provém de um relacionamento pessoal com o Salvador. De acordo com o ensino bíblico, ninguém tem nem mesmo o começo da sabedoria sem comunhão com Deus, pois “o temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Sl 111.10). A comunhão com Deus é garantia de um contínuo aprendizado, pois ele nos ensina e nos instrui no caminho que devemos escolher (Sl 32.8). Além do mais, em Cristo “todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos” (Cl 2.3). Somente um relacionamento com Cristo proporciona o conhecimento que satisfaz.

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Órgão Oficial da

Ano 50, nº 645 – Julho de 2008

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Documentos da História da IPB

II. O pioneiro inicia sua missão Alderi Souza de Matos

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iagem ao campo missionário No dia 18 de junho de 1859, partindo de Baltimore a bordo do veleiro Banshee, Ashbel Green Simonton iniciou a longa viagem para o Brasil. O jovem missionário registrou em seu Diário, com grande riqueza de detalhes, as experiências da viagem: o desconforto inicial e a familiaridade crescente com a vida no mar, a beleza dos dias ensolarados, dos poresdo-sol e do maravilhoso céu estrelado, a primeira visão do Cruzeiro do Sul (“é o símbolo de minha missão”), os estudos bíblicos com os marinheiros, a passagem pela linha do Equador e pela ilha de Fernando de Noronha e as extensas leituras para preencher o tempo (“li metade da obra de Shakespeare”). Ele informa sobre o local inusitado que escolheu para seus momentos devocionais: “Subi pelas cordas do mastro, uns vinte e cinco pés de altura, meu lugar favorito quando quero ficar só para meditar e comunicar-me com Deus”. Faltando menos de dez dias para Simonton chegar ao destino, ocorreu um incidente aterrador que quase o levou à morte – surgindo repentinamente da escuridão, outro navio por pouco não colidiu com o Banshee, passando a poucos metros da popa. O missionário comentou: “Desde o princípio entreguei meus caminhos a Deus e dei-lhe a direção da minha vida, e desde então o sentimento de segurança jamais me abandonou. O Deus que ouve e responde as orações arrebatou-me do caminho do perigo e da provável destruição” (04/08).

No dia 9 de agosto, depois de avistar à distância o Pão de Açúcar e o Corcovado, o pioneiro escreveu: “Sentiria dificuldade em descrever a emoção que tomou conta de mim ao ver aqueles picos altaneiros dos quais tenho ouvido falar e lido tantas vezes, os quais me dizem que a viagem terminou e cheguei ao meu novo lar e campo de trabalho. Minhas emoções eram tão conflitantes que não seria possível descrevêlas com fidelidade. Os sentimentos predominantes eram o contentamento pelo final feliz de uma longa viagem e o temor pela grande responsabilidade e pelas dificuldades do trabalho que esperava por mim”.

me debatia sobre o chamado para sair do país como missionário. Agradeço a Deus todos os caminhos por onde me levou e gostaria de estar exatamente onde estou, e em nenhum outro lugar, pois este é, creio, meu campo de trabalho” (31/12). Ao se defrontar com os novos desafios no Brasil, Simonton sente profunda necessidade de consagração a Cristo.

Primeiras experiências no Brasil Chegando ao Rio de Janeiro, Simonton anotou em seu Diário as novas experiências: pregações em navios ancorados na baía, dificuldade em aprender o idioma, um desentendimento Rev. Ashbel Green Simonton com o Rev. Robert Kalley e a bonita reconcilia- Seu Diário contém passagens ção entre ambos, os sentimen- tocantes a esse respeito. tos de solidão. Em meio a tudo isso, ele tem certeza acerca 3 de outubro de 1859 de seu chamado: “Sinto-me Tive novas experiências de encorajado pelo aspecto das minha própria fraqueza e coisas e esperançoso quanto impotência, e necessidade da ao futuro. Existem indicações graça divina. Estou buscando de que um caminho está sendo experiências mais profundas aberto aqui para o evange- das coisas divinas. Preciso lho” (31/08). Ao findar o ano, cultivar minha própria pieSimonton afirma: “Tenho dade, ou nada poderei fazer gozado mais paz, mais calma pelos outros. Sou tão vazio mental e certeza de estar no de amor a Cristo e ódio ao caminho do dever e, portanto, pecado que temo haver algo felicidade mais verdadeira, do errado comigo – e que pouco que em 1858 quando hesitante poderei fazer aqui. Deus é

santo e eu não sou. Irá ele usar tal instrumento?

ter conseguido. Sinto profundamente a necessidade de fé.

2 de dezembro de 1859 Sinto fortemente que preciso ter um conhecimento mais claro de Cristo e um senso perceptível de sua presença e amor. Ser missionário sem ter amor fervoroso por Cristo e zelo pelas almas é mau negócio. Devo renovar a minha consagração.

13 de agosto de 1860 Ontem foi o aniversário de minha chegada ao Brasil. Faz apenas um ano que sou missionário... O requisito mais importante e mais difícil para o missionário é manter sua própria alma em sintonia com o trabalho do Mestre. Sinto que não progredi muito e que esse pecado deve humilhar-me profundamente na presença de Deus. Entro, pois, no meu segundo ano com meu alvo definido – ter maior cuidado com minha vida interior, procurar a santidade e a inteira consagração a Cristo.

Divulgação

31 de dezembro de 1859 Minha religião é muito morta, minhas orações caem por terra, faltando-lhes o impulso do sentimento jubiloso e vivo. Por isso vou implorar a Deus. Vou buscar a renovação de minha vocação e a consciência de amar Aquele cuja palavra prego. Senhor, fala comigo como fizeste com Pedro, convencendo-me da necessidade do amor e produzindo no meu íntimo, por teu poderoso comando, a graça celeste que me capacite a alimentar teus cordeiros e tuas

ovelhas. 11 de abril de 1860 Quando olho para mim mesmo, a fim de ver quais progressos fiz em direção ao céu, no cultivo das graças espirituais, na mortificação dos pecados e na competência para o trabalho missionário, tenho muitas razões para vergonha e perplexidade. Sei o que deveria ser, que a graça de Deus é suficiente para ajudar-me a ser, mas exceto por algumas aspirações, resoluções e orações, pouco pareço

20 de janeiro de 1861 Em meu próprio progresso pouco existe a assinalar... Mais do que qualquer coisa, preciso do batismo do Espírito Santo. Se agora enquanto espero, na iminência de iniciar o trabalho ativo de pregação do evangelho de Cristo, pudesse receber o dom do Espírito para habilitar-me para o trabalho, como ficaria feliz. Desejo pregar Cristo mais em termos de experiência, ser capaz de falar do que sei porque Cristo o mostrou a mim. Não posso conceber chamado mais alegre e exaltado que o daquele que, cheio de Cristo pela comunhão íntima e diária com ele, trabalha diariamente para trazer uma nação à mesma felicidade. O Rev. Alderi Souza de Matos é professor no Centro Presbiteriano de PósGraduação Andrew Jumper e historiador oficial da IPB. Email: asdm@mackenzie.com. br O Rev. Alderi Souza de Matos é pastor presbiteriano e historiador oficial da IPB. E-mail: asdm@mackenzie. com.br


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Artigo

A adoção como fundamento de nossas orações Hermisten M. P. da Costa

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Apóstolo Paulo, tratando de nossa eleição eterna e da execução desse ato divino na história, diz que o propósito eterno de Deus é nos tornar Seus filhos. Deus não apenas nos redime e restaura à Sua comunhão, o que por si só é extraordinário, mas, Ele nos quer como filhos. O Seu amor eterno e paternal se plenifica na concretização de uma nova relação na qual Ele Se declara nosso pai e, nós, como que aprendendo a falar espiritualmente, possamos pelo Espírito, dizer, “Aba Pai” (“Papai”): “Nos predestinou para Ele, para adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de Sua vontade” (Ef 1.5). Enquanto que pela justificação somos declarados justos perante Deus, visto que Cristo, o Justo, levou sobre Si os nossos pecados, a adoção consiste na declaração legal de que agora, um inimigo de Deus foi reconciliado com Ele, nascendo de novo e, portanto, foi adotado como Seu filho, ingressando na família de Deus, passando a ter todos os privilégios e responsabilidades como tal. A regeneração e a justificação se constituem no fundamento de nossa adoção. Tornamo-nos filhos porque Deus, pelo Espírito, nos gerou para Ele e por meio de Cristo

fomos declarados justos: não há mais condenação para nós (Rm 8.1). Aqui encontramos uma das maiores expressões de nossa eleição. Deus nos torna Seus filhos por meio de Seu Filho, Jesus Cristo. A adoção é o clímax da predestinação, constituindo-se no fundamento de nossas orações. Temos ousadia em Cristo para nos dirigir a Deus suplicandoLhe perdão em nome de Cristo, o nosso Mediador (Veja-se: Catecismo Maior de Westminster, perg. 39).

A regeneração e a justificação se constituem no fundamento de nossa adoção"

O Espírito que em nós habita e nos leva à oração, testemunha em nós a nossa filiação (Rm 8.16). “Porque não recebestes o espírito de escravidão para viverdes outra vez atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai” (Rm 8.15). Somente pelo Espírito poderemos nos dirigir a Deus dessa forma, como uma criança que se lança

sem reservas nos braços do seu Pai amoroso. Paulo, discorrendo sobre a fraqueza humana, a exemplifica na vida cristã no fato de nem ao menos sabermos orar como convém (Rm 8.26-27). Por isso o Espírito que nos auxilia em nossas orações, fazendo-nos pedir o que convém, capacitando-nos a rogar de acordo com a vontade de Deus. A oração eficaz é aquela que tem o Espírito como seu autor. Sem o auxílio do Espírito jamais oraríamos com discernimento. A oração genuína é sempre precedida do senso de necessidade e de uma fé autêntica nas promessas de Deus, conforme registradas nas Escrituras. Orar como convém é orar segundo a vontade de Deus, colocando os nossos desejos em harmonia com o santo propósito de Deus; isso só é possível pelo Espírito de Deus que Se conhece perfeitamente (1Co 2.10-12). Assim, toda oração genuína é sob a orientação e direção do Espírito (Ef 6.18; Jd 20). (Veja-se: Catecismo Maior de Westminster, Perg. 182). O Espírito ora conosco e por nós; Ele, juntamente com Cristo, em esferas diferentes, intercede por nós: A intercessão de Cristo respalda-se nos Seus merecimentos, obtendo para os Seus eleitos, os frutos da Sua obra expiatória (Rm 8.34; Hb 7.25; 1Jo 2.1).

O Espírito, amparado na obra de Cristo, intercede por nós considerando as nossas necessidades vitais e costumeiramente imperceptíveis aos nossos próprios olhos.

Orar é exercitar a nossa confiança no Deus da Providência, sabendo que nada nos faltará, porque Ele é o nosso Pai"

Quando oramos sabemos que estamos falando com o nosso Pai. Dessa forma, a oração é uma prerrogativa dos que estão em Cristo. Somente os que estão em Cristo pela fé, têm a Deus como o seu legítimo Pai (Jo 1.12; Rm 8.14-17; Gl 3.26; 4.6; 1Jo 3.1-2). De onde se segue que na oração do Pai Nosso, apesar de não mencionar explicitamente o nome de Cristo, é feita no Seu nome, visto que somos filhos de Deus – e é nessa condição que nos dirigimos a Deus –, através de Cristo Jesus (Gl 3.26). Portanto, quando oramos o Pai Nosso sinceramente, na realidade estamos orando no nome de Jesus Cristo, pois, foi Ele mesmo quem nos ensinou a fazê-lo. Assim, devemos,

pelo Espírito – nosso intercessor –, no nome de Jesus – nosso Mediador –, orar: “Pai nosso que estás nos céus....”. Orar é exercitar a nossa confiança no Deus da Providência, sabendo que nada nos faltará, porque Ele é o nosso Pai. A oração tem sempre uma conotação de submissão confiante. Portanto, orar ao Pai, significa sintonizar a nossa vontade com a dEle; sabendo que Ele é santo e a Sua vontade também o é (Mt 6.9,10). A presença e direção do Espírito na vida do povo de Deus é uma realidade. Desconsiderar este fato significa desprezar o registro bíblico e o testemunho do Espírito em nós (Rm 8.16). A vida cristã é caracterizada pelo nosso relacionamento íntimo e pessoal com o Pai e com o Filho por meio do Espírito Santo. O Espírito em nós é uma fonte de consolo e estímulo à perseverança e obediência devida a Deus. Consideremos este fato – à luz da Palavra e da nossa experiência – em todos os nossos caminhos, e o Espírito mesmo nos iluminará. Oremos ao Pai, em nome do Filho e assim, estaremos sendo dirigidos pelo Espírito em harmonia com Sua Palavra. Amém. O Rev. Hermisten M. P. da Costa integra a Equipe de Pastores da I.P. em São Bernardo do Campo. SP e é Professor de Teologia Sistemática no Seminário Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição, São Paulo, SP.


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Artigo

Por que se comprometer com a igreja local? Valdeci da Silva Santos

A

Qualquer pessoa que esteja, há mais de dez anos, no exercício da liderança eclesiástica provavelmente concordaria que a falta de compromisso com a igreja local é um dos principais problemas do protestantismo contemporâneo. Esse contratempo é mais generalizado do que se imagina, atingindo tanto a área financeira e doutrinária como até mesmo a participação assídua na igreja. Além do mais, esse fenômeno não faz acepção de pessoas, mas atinge homens e mulheres, jovens e idosos, ricos e pobres, etc. Diante desse quadro a liderança nem sempre sabe o que fazer nem mesmo como contraargumentar. Afinal, por que o compromisso com a igreja local é importante? Encontrar uma única explicação sobre a causa da falta de compromisso do indivíduo com a igreja local é uma tarefa sobre-humana. No entanto, não é difícil diagnosticar algumas prováveis razões para este fenômeno. Por exemplo, há a influência do “espírito da época”, ou seja, o fato de que cada indivíduo reflete as características de sua própria geração. A época atual é marcada pelo individualismo e muitos cristãos, influenciados por isto, acabam por individualizar seu relacionamento com Deus. Com isto, o cristianismo, que deveria evidenciar o caráter solidário entre os discípulos de Cristo, acaba por se tornar uma “religião soli-

tária” na qual o mais importante passa a ser a relação entre “eu e Deus”. A geração contemporânea também é caracterizada pela busca de privilégios desvinculada de responsabilidades. Essa atitude muito presente na mídia evidencia-se claramente nos relacionamentos humanos. Conseqüentemente, é comum encontrar pessoas freqüentando a igreja motivadas pela mera conveniência. Há aqueles que procuram a igreja apenas para conseguir alguma graça, outros que a buscam apenas para que seus filhos cresçam em um ambiente que lhes sirva

A época atual é marcada pelo individualismo e muitos cristãos, influenciados por isso, acabam por individualizar o seu relacionamento com Deus" de boa influência e assim por diante. O fato é que muitos cristãos espelham somente o que é comum à sua geração. A falta de compromisso com a igreja local pode ainda ser originada nas concepções errôneas sobre a natureza da igreja. Há muitos que pensam que a igreja não passa de “clube religioso” e ainda que não o admitam, esta é a mensagem que transmitem na prática. Para esses, uma

vez que se “paga a mensalidade” (o dízimo), a associação deve sempre atender as expectativas dos associados. Alguns até preferem descrever a igreja meramente como uma “comunidade”, o que, se por um lado soa mais contextual, por outro pode comunicar a idéia de uma mera sociedade. Quando o último acontece, a igreja é reduzida a um ambiente de interesses sociais para os que desfrutam de algo em comum. Porém, o ensino bíblico sobre a igreja é mais rico do que isto. Biblicamente falando, a igreja é a noiva do Cordeiro, o corpo vivo de Cristo e por isso mesmo deve caminhar em contínua submissão ao seu Cabeça. Quando as Escrituras se referem à igreja como uma comunidade ela sempre a qualifica como uma comunidade pactual, em contínua necessidade da união com o Redentor e com aqueles que foram por ele redimidos. Dessa forma, a falta de compromisso pode ter raízes oriundas de uma formação doutrinária deficiente. A despeito das prováveis causas apresentadas, o mais importante é atentar para as motivações bíblicas e doutrinárias para o comprometimento do cristão com sua igreja local. Embora nenhuma argumentação seja válida para o coração rebelde, o verdadeiro discípulo sempre estará disposto a corrigir os seus erros. Em primeiro lugar, o cristão deve se comprometer com a igreja local porque Cristo demonstrou o seu cuidado pela mesma. Os primeiros

capítulos de Apocalipse descrevem Jesus andando por entre os candeeiros, que são as igrejas locais, e enviando mensagens diretas a cada uma delas. O leitor, dessa forma, não pode ignorar o fato de que o Redentor aten-

O mais importante é atentar para as motivações biblícas e doutrinárias para o comprometimento do cristão com a sua igreja local"

tou para cada comunidade local naquela ocasião e não apenas para a igreja universal. Em segundo lugar, o comprometimento do cristão com a igreja local deve ser incentivado pelo exemplo dos primeiros cristãos. Ao escrever para as igrejas locais Paulo se dirigia àqueles que estavam tão familiarizados com as mesmas a ponto de ele não precisar oferecer explicações minuciosas sobre suas exortações. A impressão é que cada cristão estava ciente dos problemas e virtudes de sua igreja local. Uma terceira razão para o comprometimento cristão com a comunidade local se deve ao fato de isto ser uma exortação bíblica. Certamente o texto mais explícito neste sentido é Hebreus

10.25 que diz: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima”. Como a exortação traz uma referência ao Dia escatológico aguardado pelos cristãos, a mesma possui relevância até o cumprimento daquele Dia. Contudo, uma última razão para o cristão se comprometer com sua igreja local é que, ao deixar de fazê-lo, ele manifesta sua desconsideração pela providência de Deus para consigo. O fato é que em sua providência e bondade, Deus dispôs cada um de seus filhos em comunidades onde eles podem servi-lo e ser aperfeiçoados pelo convívio com os demais santos. Deixar de participar efetivamente dessas comunidades é ignorar o plano de Deus em relação ao processo de santificação, bem como desprezar o cuidado providencial de Deus para com os seus filhos. Concluindo, a Bíblia ensina que Jesus veio ao mundo para estabelecer sua igreja e esta se manifesta por meio de igrejas locais (At 20.17; 1Co 1.2; Gl 1.2, etc.). Por esta razão, o cristão deve sempre buscar compreender o valor que a igreja local possui no plano redentor de Deus e uma vez compreendendo esta verdade, colocála em prática na vida através do comprometimento contínuo com a igreja onde Deus mesmo o colocou. O Rev. Valdeci da Silva Santos (PhD.) é pastor presbiteriano e Coordenador do D.Min./RTS/CPAJ.


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Tradição

Tataraneto de um dos primeiros presbiterianos do estado de São Paulo é ordenado pastor

De geração em geração O

Fotos: divulgação

Presbitério de São Bernardo do Campo ordenou, no último dia cinco de abril, um pastor cujas ligações com a história da Igreja Presbiteriana do Brasil são muito interessantes. Tratase do Rev. Felipe de Oliveira Camargo. Nascido e criado dentro dos ensinamentos da Igreja Presbiteriana do Brasil, ele é tataraneto de Antonio Francisco de Gouvêa, um dos primeiros presbiterianos do estado de São Paulo. Não a Da direita para a esquerda: Avô P. Antônio, Rev. Felipe, Avós paternos do Rev. Felipe de Oliveira Camargo, toa, ao término de seus estu- Maria Honória Camargo e Francisco Antônio de Oliveira pai Dc. Jarbas, mãe Sandra e prima Vera Lúcia Gouvêa dos de teologia, no seminário Camargo (neta do Rev. Herculano Gouvêa) José Manuel da Conceição, Camargo optou por escre- sas e das pesquisas de outros nasceu 1ª Igreja Presbiteriana história de Camargo sempre o São Bernardo do Campo, São ver sobre a História da Igreja pastores, como Julio Andrade do interior do Estado de São influenciou e desde os tempos Paulo, o Rev. Felipe de Oliveira Presbiteriana do Brasil e, ine- Ferreira, foi possível recordar, Paulo (Brotas) e a 3ª Igreja do em que ainda era um garo- Camargo, espera influenciar vitavelmente, sobre a história por exemplo, que foi na casa de Brasil. to, já sabia que seria pastor. positivamente outras famílias de sua própria família. Antônio Francisco de Gouvêa, O exemplo familiar deixa- Agora, ordenado e à frente da também. Que Deus abençoe Por meio de suas pesqui- o tetravô de Camargo, que do como herança ao longo da igreja do bairro do Estoril em seu ministério!

Reconhecimento

IPB mineira é uma das sete maravilhas! A

Primeira Igreja Presbiteriana de Governador Valadares foi eleita uma das Sete Maravilhas da região. O resultado é fruto de um concurso promovido pelos alunos do quinto período do Curso de Turismo da Universidade Vale do Rio Doce, com o apoio da coordenação e professores do Curso. Entre os sete lugares eleitos, está também a Praça Serra Lima. O nome dessa praça é uma homenagem a José Serra Lima, que foi o projetista da cidade de Governador Valadares e um dos primeiros presbíteros da Primeira IPB da cidade.

A votação foi feita pela Internet e o resultado foi divulgado no último dia 26 de junho, em solenidade realizada no Centro de Informações Turísticas, localizado na Praça dos Pioneiros. Participaram do momento o Prefeito Municipal, Dr. José Bonifácio Mourão; a Reitora da Univale, Professora. Ana Angélica Gonçalves Leão Coelho; o Presidente da Câmara Municipal, Vereador. Paulinho Costa; além de várias outras autoridades, alunos e professores do Curso de Turismo da Univale e diversos convidados.

A Igreja Presbiteriana de Governador Valadares foi organizada em 13 de maio de 1917


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Evento propôs soluções para as dificuldades existentes, hoje, nas Escolas Dominicais das IPB´s

Educação Cristã é tema de encontro A

Escola Dominical é um dos departamentos mais importantes para a edificação dos membros das igrejas. Por isso, é sempre muito importante que aqueles que ministram as aulas o façam com esmero, como instrui o apóstolo Paulo. Pensando nisso, a Secretaria Presbiterial de Educação Religiosa do Presbitério Central do Espírito Santo (PCES), realizou, em junho, um treinamento para seus professores. Para falar a eles e a alguns pastores que estiveram presentes, o PCES levou o Pb. Marcelo Smeets, editor assistente da Editora Cultura Cristã (CEP). Na ocasião, o grupo discutiu a respeito das principais dificuldades existentes, hoje, nas Escolas Dominicais do país: alunos não discipulados, professores despreparados e falta de perspectiva adequada de ensino na igreja. “Com um direcionamento correto, acreditamos que a Educação Cristã será devidamente compreendida como algo que envolve toda a vida cristã e toda a vida da igreja”, defendeu Smeets com base no que é apresentado no livro Igreja Discipuladora, de Cláudio Marra. Com intuito de ajudar os professores na missão de educar os alunos das ED´s, foram propostas medidas simples, mas eficazes, como atenção - por parte de quem educa -, às relações familiares daqueles que estão recebendo as ministrações. Outra medida sugerida durante o evento foi recrutar aqueles

que manifestam desejo de contribuir com a educação cristã nas escolas dominicais para serem assistentes. “Nesses casos, elege-se um tutor para esse assistente que, ao final de um período pré-determinado, irá dizer ao conselho da igreja se ele está apto para assumir uma classe sozinho”, explica Marcelo Smeets. Além disso, o editor assistente da CEP, recomendou, ainda, que sejam organizadas, nas igrejas, mais eventos de capacitação. De acordo com o Secretário Presbiterial de Educação Religiosa da região, Rev. Milton C. J. Junior, cerca

de 50 pessoas participaram do evento. “Acho que este primeiro evento foi muito salutar pois mostrou que a tarefa de educação cristã não está restrita somente à Escola Dominical e às programações da igreja, antes, é uma responsabilidade primeiramente da família que deve crescer junto no conhecimento do Senhor por meio das Escrituras. Os professores do Espírito Santo são parte importante nesse aprendizado que deve começar no lar”, comentou o Secretário que afirmou que já está planejado outro encontro semelhante ainda neste semestre. Divulgação

Foi extremamente produtiva a participação no evento promovido pelo PCES, cujo tema foi “Escola Dominical’, tendo como palestrante o Pb. Marcelo Smeets, da IPB Santo André/SP. Pudemos, como professores e superintendentes, compartilhar experiências e, assim, aprender práticas que serão de grande valia para o aprimoramento da ED nas respectivas igrejas. Vimos, por exemplo., que é essencial uma estruturação do Conselho de Ensino da igreja, a fim de serem mais bem avaliadas e aproveitadas as competências do material humano que se encontra em nossas congregações. Na oportunidade, gostaria de registrar congratulações à Editora Cultura Cristã, pela excelência do material produzido, mormente as revistas para ED, que contêm estudos substanciosos para a edificação da igreja”. (Pb. Lander Fontes de Paula, Igreja Presbiteriana de Nova Carapina, ES

Leia, no quadro abaixo, mais sobre as medidas propostas durante o evento.

Medidas práticas para treinamento dos professores

1. Os presbíteros estarão atentos às relações familiares daqueles que pastoreia

2. Também desenvolverão sua sensibilidade para fazer o melhor uso pedagógico possível de situações formais e informais

3. O Conselho de Educação Cristã poderá recrutar candidatos a professor e designá-los como assistentes

4. Após encerrar-se o período de preparação, o tutor apresentará um relatório a respeito do treinamento de seu discípulo ao Conselho de Educação

5. O pastor-mestre, professores da igreja e preletores convidados ministrarão durante o ano treinamento formal para reciclar os professores e treinar novos

6. O Conselho da igreja poderá abrir espaço para o treinamento de professores melhorando o uso do horário das manhãs de domingo Fonte: Igreja Discipuladora, de Cláudio Marra.


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NOTAS FÉRIAS ABENÇOADAS

O evento contou ainda com um saboroso jantar e música ao vivo, com participação especial do Pb. Walter Dias. Outros encontros como esse estão previstos! Aqueles que quiserem participar, devem ficar atentos à programação!

AÇÃO DE GRAÇAS

Novo Testamento do Centro Presbiteriano de Pós Graduação Andrew Jumper e Chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie. O evento é destinado pastores, pastoras, seminaristas, diáconos, obreiros, líderes de todos os ministérios, professores de EBD e demais interessados. O valor do investimento é de R$ 10,00. Mais informações pelos telefones (011) 6443-0313 ou 7182-2553 (Pr. Sérgio Wesley) ou (011) 2087-0141 ou 9916-6753 (Pr. Adalberto Mariano).

HOMENAGEM

Fotos: divulgação

Entre os dias 13 e 19 de julho a Igreja Presbiteriana da Vila Mariana, em São Paulo, realiza o “Curtir sem Destruir”. Uma programação especial de férias, voltada, especialmente para as crianças. Será uma semana inteira com muitas novidades, esportes radicais, camping, pescaria, boa comida etc. Dos dias 14 a 19 de julho, as crianças da IPB de Curitiba também participam de uma animada colônia de férias!

FUTEBOL Dica para os jogadores de futebol: sem programa para o sábado a tarde? Se você mora pelas redondezas do bairro Barcelona, no município da Serra, Espírito Santo, pode colocar as chuteiras e jogar uma bola com os irmãos da IPB daquele bairro. Eles se reúnem a partir das 16h, no campo do Posto Policial Militar de Barcelona.

FORTALECENDO A UNIÃO Cerca de 30 casais participaram do Encontro de Casais, realizado pela Segunda Igreja Presbiteriana de Goiânia, no último dia 14 de junho. Na ocasião, o grupo teve a oportunidade de participar de uma palestra ministrada pelo Dr. Walter Silva, sobre “Harmonia Conjugal”.

IPB de Curitiba

No último dia primeiro de julho, a Igreja Presbiteriana de Curitiba realizou Culto de Ações de Graças pelos 120 anos da Igreja. Quem levou a palavra para os amados foi Rev. Roberto Brasileiro.

CONFERÊNCIA PARA PASTORES E LÍDERES Será realizado, no próximo dia 12 de julho, na sede da Secretaria Municipal de Educação de Guarulhos, em São Paulo, a conferência “Liderança de Servo: Desafio para um novo tempo”. Na ocasião, quem ministra é o Rev. Augustus Nicodemus. Ele é Mestre em Novo Testamento, Doutor em Hermenêutica e pastor da Igreja Presbiteriana em Santo Amaro, São Paulo. Além disso, Nicodemus também é professor de Hermenêutica e

Irmãs Rhor Scherrer e Leila Fontes de Paula

Os trabalhos prestados pelas irmãs Rhor Scherrer e Leila Fontes de Paula à SAF da Igreja Presbiteriana em Praia do Canto, em Vitória, no Espírito Santo, foram reconhecidos e imortalizados por meio do título de “Sócia Emérita”. As irmãos atuam ativamente na SAF por mais de 60 e 46 anos respectivamente.

ENCONTRO GOSPEL O Pb. Antônio Carlos, da Igreja Presbiteriana de Contagem, Minas Gerais, é um dos pregadores do 1º Encontro Gospel de Perdizes. O evento acontece nos próximos dias 18 e 19, a partir das 20 horas, na Praça Governador Valadares.


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Memória e saudade

REV. ELLIS GRAVES Fotos: divulgação

cinzas fossem trazidas pelo Rev. Adail e D. Clara para serem lançadas no centro geográfico do Brasil. Além da esposa Emília, deixou três filhos – Arlene, Robert Lee e Phyllis – bem como seis netos e duas bisnetas.

REV. MANUEL SILVA ESTRELA

No dia 25 de março deste ano faleceu, em Bradenton, na Flórida, o Rev. Ellis Graves, que trabalhou por 20 anos como missionário no Brasil. Dr. Ellis foi pastor em Montes Claros, no norte de Minas Gerais. Depois atuou como diretor do Instituto Ponte Nova, no interior da Bahia e, em seguida, do Colégio 2 de Julho, em Salvador, por dez anos. Foi o pai americano do Rev. Adail Carvalho Sandoval, pastor efetivo da Igreja Presbiteriana de Brasília. Regressando à pátria, o Rev. Ellis trabalhou como executivo da Igreja Presbiteriana, em Chicago, e pastoreou duas grandes igrejas na Flórida. Dr. Ellis faleceu aos 94 anos. Como gostaria de ser sepultado no Brasil e não foi possível, pediu que a terça parte de suas

jovem Sileima Vieira, que trabalhava com a Missão Oeste de Minas. Viveram juntos em família, durante 56 anos.

MANOEL ALEXANDRE O Presbítero Manoel Alexandre Araújo faleceu no último mês de maio, aos 87 anos. Ele, que nasceu no dia 06/09/1920 na cidade de Rodeador – Paraíba, município de Salgado de São Felix, converteuse aos 23 anos. Foi durante anos membro da Igreja Presbiteriana em Rodeador, onde foi eleito Presbítero. Casou-se com Maria Barbosa de Araújo em 28/11/1949, dessa feliz união Deus concedeu cinco filhos. Todos criados nos caminhos do Senhor.

Recebeu o bendito chamado para entrar nas mansões celestiais e receber a coroa da glória, no dia 03 de maio de 2008, na cidade de Timóteo- MG, o Rev. Manuel Silva Estrela. Ele encerrou a sua história de servo fiel, e dedicado ao ministério durante 56 anos. Nascido em Portugal, em 1925, ele veio para o Brasil com 21 anos, onde naturalizou-se brasileiro. Morou alguns anos com seus pais, no Rio de Janeiro, e lá se converteu. Em 1952, foi trabalhar na cidade de Formiga, MG, onde conheceu e casou-se com a

ORA QUE MELHORA! 1. Por um crescente relacionamento com Deus. 2. Por relações melhores com membros de minha família. 3. Por energia e entusiasmo para o meu trabalho e carreira. 4. Por sabedoria para tomar decisões sábias e corretas. 5. Por meu trabalho na igreja e na comunidade. 6. Por necessidades específicas de familiares e amigos. 7. Pela vida espiritual dos líderes da igreja. 8. Por sabedoria para os nossos governantes. 9. Por integridade moral para os jovens da igreja. 10. Por uma oportunidade de ser uma benção na vida de alguém hoje.


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Missões Transculturais

Evangelização na Terra do Sol Nascente é árduo, mas recompensador

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JAPÃO: TERRA ABENÇOADA POR DEUS

em só de sushi e sashimi vivem os japoneses. Muito mais do que uma dieta reconhecida, mundialmente, como sendo uma das mais saudáveis do planeta, esse povo de olhos puxados é rico em tradições e culturas muitos fortes e que, de certa forma, constituem barreiras para os missionários que se propõem a trabalhar no Japão. Por isso, é importante que os vocacionados para realizar missões por lá tenham um bom preparo espiritual, físico e acadêmico. Para Elisa Midori Kyan, missionária enviada pela APMT para o Japão, com esse tripé e disposição para servir ao Senhor, é possível alcançar muitas vidas japonesas. Ela, que está no Japão desde 1990, levou seis meses para se adaptar à cultura, mesmo sendo descendente de japoneses. As dificuldades, no entanto,

Fotos: divulgação

VOCÊ SABIA? •

não a desanimaram e, agora, ela, começa a ver os frutos de seu ministério. Um deles é a nova congregação na cidade de Hamamatsu, cerca de 40 km de Toyohashi, onde ela vive, inaugurada em fevereiro, deste ano. “O grupo ainda é pequeno, mas a animação deles é grande”, comemora a missionária. Em Toyohashi, Elisa mantém um trabalho de atendimento à comunidade. Por meio de aconselhamentos, ela e sua equipe têm tido a oportunidade de encontrar muitas pessoas necessitadas a quem podem falar do amor de Deus. Os trabalhos na Igreja em

Toyohashi (plantada em 1991), continuam a todo vapor. “Alguns irmãos saíram para formar a congregação na cidade Hamamatsu, mas, surpreendentemente, em poucos meses, Deus foi acrescentando e o trabalho já conta com o mesmo número de membros de antes”, conta Elisa. Além do ministério extenso e trabalhoso, Elisa cuida do pai que está muito enfermo e acamado há bastante tempo. Por meio de carta, ela contou: “Outro dia, estava conversando com uma japonesa e lhe falei de uma palavra que eu apreciava muito no Japonês

que é “akiramenai” que significa “não desisto”. Deus não desiste de mim, então não posso fazer isso também. Ele providencia o socorro na hora certa”. Certamente. De acordo com o Rev. Marcos Agripino, a APMT quer ampliar a equipe de missionários no Japão. “Os vocacionados para esse campo devem observar os “Pré-requisitos” listados no site www.apmt.org.br para tornarem-se missionários dessa autarquia da IPB”, informa. Portanto, se você sente o chamado de Deus para pregar sobre o amor de Jesus aos irmãos japoneses, a hora é essa.

Tudo no Japão é fácil e prático. Menos duas coisas: o alfabeto e os endereços. Alfabeto, eles têm três. Um mais simples, para crianças. Outro só para nomes estrangeiros. E existe ainda um terceiro, o principal deles, com mais de dois mil caracteres. Esse último é complicadíssimo. Tanto que muitos japoneses só vão aprendê-lo com mais ou menos 15 anos de idade. Agora, pouco inteligente mesmo é o sistema de endereços. Lá no Japão, não existe numeração por metros, como no Ocidente. Os prédios são classificados por quadras e pela ordem de edificação. Até os carteiros e os motoristas de táxi japoneses se confundem.

Ao contrário do que se pensa, “arigatô” não tem origem na expressão portuguesa obrigado. Na realidade, “arigatô” é uma flexão do verbo arigatai que significa “ter dificuldades”. Em conjunto com “gozaimasu”, constitui a fórmula de agradecimento em japonês “D_mo arigatô gozaimasu” (pronúncia aproximada) que é muitas vezes “abreviado” para um simples “arigatô”.

O Monte Fuji é um dos símbolos nacionais do Japão e a sua montanha mais alta tem 3776 metros de altitude. Este monte é um vulcão activo que, segundo a história registada, já entrou 18 vezes em erupção. A última vez foi em 1707. Em dias de boa visibilidade pode ser avistado de uma distância de 150 quilômetros!

• Na moeda japonesa exis-

tem 3 tipos de cédulas? O 10,000 yenes, 5,000 yenes e 1,000 yenes, e 1 yene. No Japão há um imposto chamado “shoohizei” (imposto consumo) incluído no pagamento de cada compra, como uma taxa de 3% sobre o valor total da compra.

O número quatro é uma das superstições japonesas mais populares. Devido a sua pronúncia (SHI) ser a mesma da palavra morte (SHI) é muito comum encontrar edificações que não possuem o quarto andar. Outro costume muito comum é o de não dar lembrancinhas ou presentinhos (OMIYAGE) compostos por quatro unidades ou quatro peças.


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Encontro

O evento reuniu cerca de quarenta casais na cidade do Rio de Janeiro

Sinodal carioca realiza encontro de casais U

m momento de puro deleite e confraternização. Foi nesse clima abençoado que cerca de quarenta casais da Confederação Sinodal do Rio de Janeiro realizaram o 1º Encontro de Pastores e Esposas, no último mês de junho. Durante o evento, coordenado pelo projeto Lares Abençoados e Reconstruídos por Deus, os casais participaram de palestras específicas para pastores e esposas. Como é de praxe, após o alimento espiritual, os convidados também puderam se deliciar com os quitutes preparados, com muito carinho, pela turma do Lard. A bênção, durante o evento, ficou por conta do Presidente do Sínodo carioca, Rev. Carlos Antemberg, pastor da 1ª Igreja Presbiteriana do Brasil em Anchieta. O

encontro, de acordo com os participantes, foi tão bom, mais tão bom, que já tem gente perguntando quando é que vai rolar o próximo!

Fotos: divulgação

Sobre o LARD – O Lares Abençoados e Reconstruídos por Deus, Lard, é um projeto que reúne irmãos voluntários de diversas igrejas genuinamente evangélicas. Segundo o Jesué e Maria José, o casal presidente, são realizados cinco eventos por anos, sendo dois para jovens, dois para casais e um chamado “Você não está só”, para viúvos e solteiros. O trabalho é muito requisitado e tem um custo Durante o evento, os casais participaram de palestras específicas para pastores e esposas de noventa reais por pessoa. todo, trabalham em prol tos colhidos através desse casal, fica responsável por O LARD oferece pales- desse ministério, um grupo trabalho. encaminha-los a uma igretras de acordo com o públi- de 150 irmãos voluntários. Após cada palestra, são ja ou discipulá-los. Esse co alvo. De acordo com os Para ajudar na manutenção realizadas três reuniões trabalho nasceu nas Igreja organizadores, cada evento do trabalho, cada membro com a finalidade de manter Presbiteriana em Parque é único, pois sempre ocor- paga, mensalmente, vinte aceso o vínculo e o irmão Araruama, em São João de rem surpresas especiais. Ao e cinco. São inúmeros fru- que convidou ou indicou o Meriti.

O banquete foi preparado pelas mulheres do projeto Lares Abençoados e Reconstruídos por Deus, o Lard


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Grupo de alunos do Seminário Teológico Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição abençoam moradores do bairro paulista Vila Laís

Seminaristas saem às ruas de São Paulo S

eminarista que é seminarista precisa fazer mais do que estudar e se aprofundar nos conhecimentos da Palavra. Tem que arregaçar as mangas e colocar para fora todo conhecimento adquirido durante o tempo de seminário. E, com base nesse propósito, um grupo de setenta homens, estudantes do Seminário Teológico Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição (JMC), saíram pelas ruas do bairro Vila Laís, em São Paulo. Nas mãos, Bíblias e folhetos. No coração, o desejo de impactar, de forma positiva e transformadora, a vida de cada uma das pessoas que cruzassem pelo caminho. À frente do grupo, o diretor do JMC, Rev. Ageu Cirilo de Magalhães Jr. e Rev. Onezio Figueiredo, capelão do Seminário. A chuva bem que tentou desanimar o grupo, mas o que os motivava era mais forte. Foram algumas horas evangelizando o bairro. Divididos em pequenos grupos, os seminaristas saíram de casa em casa, conversaram com os

Divulgação

moradores e os convidaram para o culto que se realizou no início da noite. Alguns moradores foram bastante receptivos, cordatos, outros nem tanto... Mas isso não desanimou os seminaristas que, bem preparados e conscientes do seu dever, continuaram a pregar, com toda a simpatia. Ao final do dia começaram a voltar os grupos que foram divididos para atingir o bairro. Apesar do cansaço físico e das roupas molhadas pela chuva, os jovens não escondiam a alegria por terem pregado a Palavra. A igreja que recebeu o Seminário preparou uma surpresa. No lugar de um simples lanche, foi oferecido um saboroso jantar. Felicidade geral que transbordou e encheu o ambiente de comunhão e alegria. No início da noite, o culto começou com a entoação de hinos. Em seguida, a Palavra de Deus foi pregada e a semente lançada mais uma vez. É o Senhor quem a fará brotar e dará o crescimento. De acordo com o diretor do

Divididos em pequenos grupos, os seminaristas saíram pelas ruas do bairro para falar do Evangelho.

JMC, essa é a quinta vez que esse tipo trabalho de evangelização é realizado pelos estudantes do seminário. No ano passado, quatro regiões diferentes foram alcançadas por este esforço evangelístico. "Nosso Seminário tem vocação evangelística. José Manoel da Conceição foi um pastor incansável na pregação do Evangelho. Esse homem percorria distâncias enormes, a pé, para pregar o Evangelho. Sempre me perguntei o que ele faria se tivesse à sua disposição dezenas de jovens

fortes, bem preparados e dispostos a evangelizar. Foi aí que nasceu o Evangelismo JMC," explica. Para o pastor Rev. Daniel Fogaça, o trabalho é abençoador. "Alegra-nos muito ver o entusiasmo e a alegria dos jovens com esse trabalho. Enche nosso coração de satisfação vê-los nas ruas levando a mensagem das boas-novas do Evangelho. Foi especialmente gratificante ver os seminaristas em grupos de três, quatro jovens, andando pelas ruas de Vila Lais, e indo

de porta em porta conversando com pessoas, expondo a elas a mensagem do Evangelho e deixando, em cada casa, um folheto bíblico. É relevante constatar que o Seminário JMC começou a ensinar de maneira prática os princípios da evangelização aos seminaristas e futuros pastores,” avalia Fogaça. Rev. George Canelhas, Presidente da Comissão Nacional de Evangelização da IPB, professor e Coordenador do Departamento de Teologia Pastoral do JMC, também estava no trabalho e comentou: "É muito bom ver um grande grupo de seminaristas aprendendo, na prática, como compartilhar o Evangelho com as pessoas em suas casas, porque não sabemos onde estão os eleitos de Deus, e também tendo a experiência, extremamente marcante, de saírem juntos, como colegas e irmãos em Cristo, para fazerem evangelização e, desta forma, ter comunhão também no serviço. Que bom que o JMC cada dia mais agrega teoria e prática, intelectualidade e piedade.”

Trabalho é pré-requisito para a formação dos jovens P ara o Rev. Onezio Figueiredo, capelão do JMC a teoria sem prática é pensamento sem expressão; a prática sem teoria é batalha de despreparados. “Eis a causa pedagógica das frutíferas campanhas de evangeli-

zação do JMC. Além do aspecto propedêutico, as ações evangelísticas externas têm dado tantos resultados”, comemora. Com os trabalhos realizados, os alunos do seminário têm conhecido a realidade das igrejas da perife-

ria de São Paulo e têm se tornado conhecidos entre os irmãos. “Algumas IPB´s desconheciam a existência do JMC e seu papel no contexto da Igreja regional e nacional. Quando têm a oportunidade de saber um pouco mais sobre

nós, ficam “encantados” e “admirados” com a disposição missionária de nossos alunos”, conta o Ver. Onézio que reforça que em tudo, porém, estão a glória de Deus e a propagação do Evangelho de Cristo.

O Evangelismo JMC ocorre quatro vezes ao ano e a participação dos alunos é exigida pelo Seminário. Um bom caminho na preparação daqueles que passarão toda a vida anunciando a Palavra de Deus.


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Artigo

O Diácono Presbiteriano Alderi Souza de Matos

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m 1541, o reformador João Calvino redigiu um documento intitulado Ordenanças Eclesiásticas, um livro de ordem para a Igreja Reformada de Genebra. Nesse texto, ele defendeu a necessidade de quatro ofícios ministeriais na igreja: (a) pastores: para proclamar a Palavra de Deus; (b) doutores ou mestres: para ensinar as Escrituras; (c) presbíteros: para manter a disciplina cristã; (d) diáconos: para cuidar dos pobres. Mais tarde, houve algumas modificações dessa estrutura na tradição reformada. Os pastores passaram a acumular as funções dos mestres, que deixaram de existir como um ofício separado. Por sua vez, os presbíteros deixaram de exercer funções exclusivamente disciplinares, para dedicar-se ao governo da igreja no sentido amplo. Todavia, no caso dos diáconos não houve nenhuma modificação substancial. 1. O ensino bíblico O diaconato é parte do tema mais amplo da ação social cristã ou da responsabilidade social da igreja, que pode ser definida como toda atividade de cristãos individuais ou da igreja como um todo no sentido de suprir necessidades materiais das pessoas, aliviar o sofrimento humano, bem como atenuar ou eliminar males sociais que afligem indivíduos, famílias, comunidades e até mesmo a sociedade em geral. A temática social está presente em todas as partes do Antigo Testamento. A base da ética social bíblica é o caráter de

Deus no relacionamento com seu povo. Israel é exortado continuamente a praticar a justiça, a misericórdia e o amor (Jr 22.3; Os 6.6; Mq 6.8; Lv 19.18). Deus demonstra um interesse especial pelos elementos mais frágeis da sociedade, como o órfão, a viúva, o pobre, o enfermo, o deficiente e o estrangeiro (Lv 19.10, 13-15). A ética do Antigo Testamento está centrada na generosidade e na solidariedade. Sua mensagem social mais enfática está contida nos profetas do século 8º a.C. – Isaías, Oséias, Amós e Miquéias. Jesus e os apóstolos mantiveram implicitamente a mensagem social do Antigo Testamento. A ética de Jesus preserva e intensifica os requisitos da lei, revelando sua intenção mais profunda (Mt 5.17,20). Ele não só proferiu muitos ensinos sobre a prática da justiça, misericórdia e amor (Mt 5.6-7; 19.21; 23.23; 25.34-40), mas praticou ativamente essas virtudes (Mt 4.23; 9.2,6,36; 12.9-13; 14.14,19; 15.30). O livro de Atos mostra que a vida da igreja primitiva era marcada pelo companheirismo e solidariedade (2.42-47; 4.32-35; 11.29). O apóstolo Paulo demonstrou grande interesse pela beneficência cristã, um tema que ele aborda em quase todas as suas cartas. Devido às circunstâncias difíceis em que viviam os primeiros cristãos, o Novo Testamento dá maior ênfase ao serviço cristão voltado para os irmãos na fé, mas fica implícito que a prática da beneficência também devia se aplicar aos de fora. A história da igreja revela que foi exatamente isto o que

os cristãos fizeram desde o início. O Novo Testamento também mostra que desde cedo a igreja sentiu a necessidade de estruturar suas atividades caritativas por meio da eleição de homens especialmente voltados para esse mister. Surgiu assim um novo ofício que não tinha precedente no Antigo Testamento (At 6.1-6). A instituição do diaconato foi um eloqüente testemunho sobre a preocupação da igreja com o socorro aos necessitados.

muitas igrejas em cada cidade, aliviando a pobreza dos necessitados e ministrando aos cristãos nas minas” (Eusébio, História eclesiástica 4.23.10).

2. O diaconato reformado A importância atribuída por Calvino à responsabilidade social da igreja – como igreja – pode ser vista em sua ênfase no ofício diaconal. Calvino tinha o ofício do diácono em alta consideração: os diáconos eram os oficiais públicos da igreja responsáveis pela assistência aos pobres. O reformador insistiu que eles fossem versados na fé cristã, pois muitas vezes, no exercício do seu ministério, teriam de oferecer conselhos e orientação espiritual.

A igreja antiga continuou a praticar insistentemente a caridade e a beneficência. Inácio de Antioquia, escrevendo no início do 2º século, criticou certos hereges dizendo que eles “não se preocupam com o amor, nem com a viúva, nem com o órfão, nem com o sofredor, nem com o aflito, nem com o prisioneiro, ou com aquele que foi liberto da prisão, nem com o faminto ou sedento” (Aos esmirnenses 6.2). As igrejas mais prósperas, como a de Roma, tornaram-se conhecidas por sua generosidade. No 2º século, Dionísio de Corinto enalteceu a congregação romana por enviar “contribuições às

A primeira edição das Institutas (1536) já fala nos diáconos. Calvino viu no episódio de Atos 6.1-6 a instituição desse ofício. Ele conclui: “Aqui, portanto, está o tipo de diáconos que tinha a igreja apostólica e que nós, seguindo o seu exemplo, devemos ter”. Nas Ordenanças Eclesiásticas ele fala em dois tipos de diáconos: os que administram os recursos destinados aos pobres (procuradores) e os que cuidam dos doentes e necessitados. Sua principal base bíblica para esse duplo diaconato são duas expressões de Romanos 12.8 – o que contribui com liberalidade e o que exerce misericórdia com alegria. Dizem as Ordenanças Eclesiásticas: “Sempre houve dois tipos de diáconos na igreja primitiva. Alguns foram encarregados de receber, distribuir e preservar o patrimônio dos pobres... Outros deviam cuidar dos enfermos, tratar de suas feridas e distri-

O diaconato é parte do tema mais amplo da ação social cristã ou da responsabilidade social da igreja"

buir as rações alimentares dos pobres”. Calvino e os demais reformadores criam que o cristão é um mordomo das dádivas de Deus e que a boa mordomia leva o crente a ter um espírito aberto e generoso para com os menos afortunados. Assim, o diaconato é o ministério de compaixão da igreja, especialmente em favor dos pobres e enfermos. Ele expressa a responsabilidade da igreja no campo da justiça social e do serviço cristão, e tem uma função espiritual relacionada com a essência do evangelho. O grande desafio para a igreja atual é preservar a antiga ênfase calvinista no diaconato como um ofício voltado para o exercício da beneficência cristã motivada pelo amor. Alguns textos para nossa reflexão são os seguintes: Is 58:5-10; Mt 20:28; Lc 22:26-27; At 10:38; Rm 16:1; Gl 5:13; 6:10; Hb 6:10; 1 Pe 4:10-11. Conclusão A Constituição da Igreja Presbiteriana do Brasil afirma em seu Artigo 53: “O diácono é o oficial eleito pela igreja e ordenado pelo Conselho para, sob a supervisão deste, dedicar-se especialmente: a) à arrecadação de ofertas para fins piedosos; b) ao cuidado dos pobres, doentes e inválidos; c) à manutenção da ordem e reverência nos lugares reservados ao serviço divino; d) exercer a fiscalização para que haja boa ordem na Casa de Deus e suas dependências”. Que Deus abençoe os diáconos presbiterianos para que compreendam o imenso valor do seu nobre ofício e o exerçam com zelo, eficiência e amor.


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Leitura abençoada

Vida, você só tem uma! Marcelo Smeets

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uitas pessoas têm se contentado com vidas medíocres, às vezes paupérrimas em todos os sentidos. Muitos, inclusive cristãos, têm se entregado a prazeres momentâneos, deixando de desfrutar do verdadeiro prazer que podemos ter somente em Deus. John Piper trata dessa questão no livro Não jogue sua vida fora, publicado pela Editora Cultura Cristã. O autor nos motiva a viver uma vida de alegria em Deus e a não jogá-la fora, não desperdiçá-la. Devemos viver intensamente, mas em Cristo. A obra inicia com o relato da história da conversão de um homem ocorrida na velhice, que foi contada pelo pai do autor. A igreja havia orado por décadas pela conversão daquele homem, até que, durante uma pregação feita pelo pai de John Piper, aquele senhor foi tocado. As pessoas saíam do templo e aquele homem segurava as mãos do pastor e não parava de soluçar e chorar, dizendo: “Eu a joguei fora! Eu a desperdicei!”. Relatando essa história, o autor quer deixar bem claro o quão terrível é jogar a vida fora. Ele fala também de sua própria experiência de busca nos conflituosos anos 1960, quando o existencialismo era propagado aos quatro ventos, e de

como encontrou a resposta por meio da leitura de C. S. Lewis, da música de Bob Dylan e do compromisso de noivado assumido com aquela que seria sua esposa. Em seguida, ele passa a tratar da alegria em Cristo que ele descobriu. Piper demonstra como descobriu a chave para sua vida: deleitar-se em Cristo, alegrar-se na glória do Senhor Jesus. A razão de viver ficou clara como cristal para ele. Os escritos de Jonathan Edwards, pastor americano do século 18, o influenciaram grandemente. Piper diz ser grato a Deus por Edwards não ter desperdiçado sua vida. Eis uma das resoluções que Edwards formulou para si com seus 20 e poucos anos: “Resolvi nunca perder um momento de tempo; mas aproveitá-lo da maneira mais proveitosa que me for possível”. O capítulo 3 inicia com a seguinte frase: “O oposto de jogar a vida fora é vivê-la com uma única paixão que exalte a Deus e satisfaça a alma”. Isso significa se gloriar na cruz de Cristo. Toda nossa alegria em Cristo não significa ausência de sofrimento, mas que podemos nos gloriar até mesmo pelo sofrimento, ainda que isso pareça loucura completa para nossa sociedade hedonista. O capítulo 4 enfatizará o fato de que se gloriar na cruz pode significar entregar nossa vida: “para

mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Fp 1.21). Também é preciso correr riscos. “É melhor perder a vida do que jogá-la fora”, diz Piper no capítulo 5. Os capítulos seguintes (6,7 e 8) apresentam a importância de buscarmos tornar outros alegres em Deus, de viver para provar que Jesus é mais importante que a vida para nós e como isso pode ser manifestado mesmo em nosso horário de trabalho. O capítulo 9 trata da

Divulgação

majestade de Cristo em missões, em que há a apresentação da vida sofrida, mas com regozijo, do missionário americano na Birmânia na primeira metade do século 19, Adoniran Judson. O capítulo ainda traz uma breve declaração de fé sobre missões. John Piper finaliza seu livro com uma oração: “que ninguém possa dizer no final: ‘Joguei minha vida fora’”. Sua exortação é muito pertinente para

todos, cristãos e não cristãos. Contentar-se com a mediocridade não deve fazer parte da vida de ninguém, muito menos daqueles que conhecem Jesus como Salvador e Senhor. Sigamos todos essa exposição bíblica de Piper que apresenta o real sentido da vida e a alegria que podemos desfrutar com abundância em Jesus. Marcelo Smeets é presbítero da IP de Santo André, SP, e editor-assistente da CEP.


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Juventude em ação

Reunidos por conta do projeto UMP São Paulo, 900 membros de UMP unem comemoração e Ação Social

Jovens arrecadam nove toneladas de alimentos Fotos: divulgação

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Projeto UMP São Paulo, que tem entre seus objetivos a união e o fortalecimento das UMPs do Estado de São Paulo, reuniu no último dia 08 de junho, no auditório Rui Barbosa, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, cerca de 900 jovens vindos de todos os cantos estado. O culto foi em comemoração e gratidão a Deus pelos 72 anos da Mocidade Presbiteriana. No dia, também houve a premiação da 8a. edição da Maratona de Ação Social, vencida pela Federação Santo André. Em segundo lugar ficou a Federação São Caetano e em terceiro lugar ficou a Federação Guarulhos. No total, foram arrecadados nove toneladas de alimentos que foram doados para a AEB e outras instituições beneficentes. A palavra, ministrada pelo Rev. Edésio Chequer, baseou-se no texto João 17. 21-26, e fez com que os presentes refletissem sobre a importância de amar verdadeiramente a Deus. Além disso, chamou a atenção dos

O evento aconteceu no Auditório Rui Rarbosa, na Universidade Presbiteriana Mackenzie

jovens para a unidade na Palavra e para que possam fazer diferença no contexto em que estão inseridos. O louvor foi dirigido por Tiago Viana e banda e também pela Mocidade de Santo André.

Resultado da 8ª Maratona de Ação Social: nove toneladas de alimentos


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Artigo

A preparação docente e a parceria com Deus Wilson do Amaral Filho

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m seu livro Elementos Básicos do Ensino para Cristãos (Editora Cultura Cristã, 2006) Robert W. Pazmiño reflete sobre a preparação, a instrução e a avaliação, como partes fundamentais do ensino cristão. Concordando com aquele autor, o ministério educacional da Igreja requer “parceria com Deus e atenção para características cristãs” (p.9). Diferentemente do ensino denominado “secular”, o ensino cristão visa desenvolver a fé e a prática cristã das pessoas, tanto no que diz respeito ao seu conhecimento bíblico como especialmente suas convicções pessoais, de modo que habitem no mundo em interação

com outros seres humanos, mas não compactuem com o mundanismo que há nele, pelo contrário, glorifiquem a Deus com sua conduta. Trata-se, portanto, de um ensino que ultrapassa a técnica pedagógica e o mero conhecimento científico da Bíblia, porque envolve transformação de caráter e da cosmovisão das pessoas. Conta, principalmente, com a instrução, assistência e supervisão do Senhor, o Espírito, em conexão com a Palavra inspirada. Professores e professoras da Escola Dominical estão entre os primeiros da igreja a quem o Espírito capacita para adquirir conhecimento bíblico e crescer em convicções pessoais, sob a orientação das Escrituras. São esses mestres e mestras

que precisam preparar-se adequadamente, porque são depositários da multiforme sabedoria de Deus para seus alunos.

O ensino cristão visa desenvolver a fé e a prática cristã das pessoas, tanto no que diz respeito ao seu conhecimento bíblico como suas convicções pessoais" A preparação prévia das aulas é imprescindível para qualquer docente interessado no progresso de seus alunos. No caso do ensino cristão essa preparação é concomitante com a preparação de si mesmo para com Deus. Pode-se perceber que qualquer personagem bíblico que teve a responsabilidade de conduzir outros a Deus preparou-se, não apenas quanto ao conhecimento, mas também com relação à sua “parceria com Deus”. As experiências vividas por Moisés, Josué, Samuel, Davi, Salomão, Jeremias, Neemias, Esdras, Jesus Cristo, Pedro, Paulo, João, Timóteo, Epafras, Epafrodito e tantos outros mestres bíblicos, contribuíram para seu conhecimento de Deus, mas se dirigiram

principalmente ao coração, à mente e à fé de todos eles. Desse modo, o conteúdo a repassar aos outros teve reflexos profundos, em primeiro lugar, na prática de vida dos professores. Uma magnífica descrição do que se tenta dizer aqui é narrada no livro de Esdras. A Escritura diz: “Porque Esdras tinha disposto o coração para buscar a Lei do SENHOR, e para a cumprir, e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos” (Ed 7.10). A parceria de Esdras com Deus se deu, do ponto de vista humano, pela disposição de seu coração (uma decisão deliberada e resoluta) em: a) buscar (praticar, estudar, seguir, buscar com aplicação) a lei divina; b) pô-la em prática (agir, cumprir, executar, efetuar) na própria vida; c) ensinar a Israel (treinar, exercitar o povo escolhido) os estatutos e juízos divinos. Uma Escola Dominical relevante precisa de irmãos e irmãs como Esdras, cuja parceria com Deus seja notória. Que se proponham a uma preparação pessoal, de forma deliberada e resoluta. Que se comprometam a estudar e buscar com aplicação a Palavra do Senhor, para seu próprio saber. Que se proponham a colocá-la em prática na própria vida. Que se proponham a treinar, exercitar, seus alunos e alunas na Palavra de Deus. Dessa forma, suas aulas terão fundamentos muito

bem estabelecidos. Foi assim que Jesus gravou para sempre nas mentes dos discípulos uma lição de humildade e serviço. Pouco antes de ser preso e julgado ele lavou os pés dos discípulos, comentando com eles: “Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque eu o sou. Ora, se eu, ... vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo ...” (Jo 13.13-15).

Uma escola dominical relevante precisa de irmãos e irmãs cuja parceria com Deus seja notória"

Ele sabia perfeitamente o que era humildade - era humilde de coração (Mt 11.29); o que era serviço - não veio para ser servido, mas servir (Mc 10.45). Compreendia bem essas palavras. Antes mesmo de ensiná-las, elas já habitavam seu coração e faziam parte de sua práxis de vida, revelando sua parceria com Deus. O Rev. Wilson do Amaral Filho é pastor presbiteriano.Professor de TS na Escola Superior de Teologia do Mackenzie.


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Artigo

João Calvino: 499 Anos Rev. Hélio de Oliveira Silva

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o próximo dia 10 de Julho João Calvino completaria 499 anos. Ele é o nosso mais ilustre desconhecido. Ouvimos falar dele e de sua obra, mas sempre em citações passageiras e que muitas vezes desconsideram-no como a pessoa que foi. Minha primeira impressão sobre ele era que fosse um homem brilhante, mas inflexível e rígido demais quanto a seus princípios; um professor muito inteligente, porém de difícil relacionamento. Contudo, ao vêlo mais de perto, descobri que foi tanto brilhante como piedoso. Calvino é um exemplo de fé cristã para nós. Ele nos dá um exemplo que precisamos aprender a seguir. O período que viveu como exilado em Estrasburgo (153841) retrata bem para nós quem foi João Calvino. Calvino foi um pastor: Pastoreou refugiados franceses

na pequena igreja de S. Nicolas, situada junto ao muro sul da cidade. Celebrava o sacramento da Ceia, dedicava-se à visitação pastoral e pregava quatro sermões semanais. Traduziu vários salmos para a métrica francesa para serem usados no canto congregacional. A igreja era pequena, mas cantava alegremente sob o seu pastorado. Calvino foi um professor. Tornou-se conferencista das Sagradas Escrituras na escola secundária local, onde dava palestras três vezes por semana. Além disso, dava aulas particulares e advogava nas horas vagas. Seu salário era de um florim semanal, que recebeu a primeira vez com seis meses de atraso, o que também o forçava a vender parte de seus livros para sobreviver. Calvino foi um escritor. Reeditou e ampliou as Institutas em agosto de 1539, e em 1541 editou a sua primeira tradução francesa. Publicou o Comentário aos Romanos (1539). Outros três trabalhos desse período são

muito importantes: A Resposta a Sadoleto, o primeiro tratado apologético da Reforma Protestante, que foi responsável por sua volta a Genebra em 1541. A Forma das Orações e Hinos Eclesiásticos (13 hinos), direcionados à liturgia, constava da metrificação de Salmos. Calvino acreditava que acima de tudo era importante cantar a Palavra. O Pequeno Tratado Sobre a Ceia, como o seu primeiro esforço por chegar a uma posição intermediária entre a posição memorial de Zuínglio e a consubstanciação de Lutero quanto à presença de Cristo na Ceia. Calvino foi um estadista da Igreja. Participou junto com Bucer e Capito, (reformadores contemporâneos) de várias tentativas para unificar os protestantes alemães e suíços, inclusive encontros entre católicos e protestantes, visando a unidade em Frankfurt, Hagenau e Worms. Desses encontros nasceram sua amizade com Filipe Melanchthon (luterano)

e suas inúmeras correspondências com Bullinger (zuingliano). Desistiu de encontros com católicos após 1541 quando percebeu a inflexibilidade católica quanto a seus dogmas e doutrinas não fundamentados nas Escrituras. Calvino foi marido e hospitaleiro pai de família. Casou-se com Idelete de Bure, uma holandesa, viúva de um anabatista convertidos à fé reformada por intermédio do próprio Calvino. Ela tinha dois filhos de seu primeiro casamento. Era graciosa, porém de uma saúde muito precária, assim como Calvino também o era. Dessa união nasceu Jacques, nascido prematuro e morto ainda antes de completar um mês de vida. Idelete faleceu prematuramente em 1546. Calvino nunca se casou novamente. O que precisamos aprender com Calvino? 1. Fidelidade às Escrituras. Deixou claro que a teologia não pode e não deve ser especulativa, mas submissa ao texto bíblico. O

que o texto bíblico diz está acima de qualquer interesse pessoal. 2. Amor para com a Igreja. Dedicou-se à unidade da Igreja enquanto via que era possível. Era amigo íntimo e conselheiro de vários reformadores, reis, nobres e membros perseguidos de várias igrejas. 3. Teologia engajada. A teologia de Calvino não era uma teologia de gabinete, mas de um trabalho pastoral intenso. As Institutas não são apenas um manual de teologia, mas um manual para a igreja viver e de uma igreja viva que busca se expressar. A boa teologia é um guia para a vida! Glória só a Deus. Não se sabe com certeza onde foi sepultado, pois pediu sigilo, a fim de que o seu nome não fosse exaltado, mas o de Deus, que fizera toda a obra por seu intermédio. O Rev. Hélio de Oliveira Silva é presbiteriano, bacharel em teologia pelo SPBC - Goiânia e mestre em história da Igreja pelo CPPGAJ.

Artigo

A Reforma da Igreja Rev. Djaik Souza Neves

P

ode-se dizer que concluímos a tão esperada reforma de nossa igreja. Conquanto ainda falte a parte de fora, estar aqui dentro já nos traz uma sensação de obra concluída. E se Deus nos der a sua graça, não demoraremos a poder dizer que finalmente nossa igreja está pronta e, certamente, todos concordarão que ficou bem melhor. Aproveitando o ensejo, entendi que seria bom e edificante lembrarmos que os nossos pais reformadores nos legaram uma das convicções mais profundas sobre a nossa vida como igreja, ao dizerem que precisamos ser UMA IGREJA REFORMADA

SEMPRE SE REFORMANDO. Com isto eles nos mostraram que, conquanto naqueles dias tivessem resgatado verdades sobre a fé, as Escrituras Sagradas, a vida Cristã e sobre a própria igreja, dentre outras, que haviam sido esquecidas e, até desprezadas; e ainda que lutaram por tais verdades a ponto de se disporem a dar a própria vida por elas; e, por causa disso, realmente promoveram uma reforma significativa e histórica na igreja; eles também estavam conscientes de realidade inevitável do pecado mesmo no meio da igreja, o que faz com ela seja e precise ser uma instituição em constante transformação e crescimento. A igreja, em face da presença do pecado em nossa existência, pre-

cisa estar sempre se examinando para que o pecado que, conforme o autor de hebreus, “tenazmente nos assedia”, não prevaleça em seu meio e assim, através de uma constante auto-avaliação, identificar áreas que precisam ser trabalhadas, acertadas e melhoradas a fim se sermos cada vez mais uma comunidade que agrada e vive para a glória de Deus Seria bom que a reforma material ou física de nossa igreja se tornasse uma desafio para a reforma de nossa própria existência como o corpo de Cristo. Quanto a isso, a reforma de nosso templo nos dá boas analogias do que também acontece em nossa existência como indivíduos e comunidade. A princípio a reforma parece

mais uma destruição do que edificação, tudo fica aparentemente confuso e bagunçado. E Deus faz assim mesmo para que nos vejamos como, de fato, somos por dentro. Logo depois, acontece a edificação propriamente dita, mas ela exige cuidados e paciência pois acontece a partir de coisas pequenas (como pedras, tijolos, etc...) a fim de se chegar a coisas grandes como paredes, janelas, afins. E normalmente, como aconteceu em nossa reforma, podemos achar que está demorando demais e que parece até que já venceu o prazo ou que não vai dar para acabar ou, mesmo, que os recursos poderão não ser suficientes. O mais importante sobre a reforma da igreja propriamente dita

como Comunidade dos Santos é que o Mestre de Obras e, especialmente, dono e financiador do empreendimento é o próprio Jesus, que prometeu cuidar pessoalmente da edificação de SUA igreja. E que sendo quem é, o Deus-Filho, possui todos os recursos para, diferente do Pastor da igreja e Cia, cumprir a promessa de que Ele edificaria a sua a igreja e as portas do inferno não prevaleceriam contra ela. De fato, como nos diz Paulo, foi Ele mesmo quem começou a boa obra em nós e vai completá-la até o Dia marcado. Pode confiar. O Rev. Djaik Souza Neves é pastor da Segunda Igreja Presbiteriana de Barra do Garças, Mato Grosso.


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Brasil Presbiteriano

Julho de 2008

Programe-se

Agenda de cultos especiais pelos 150 anos O

s cultos oficiais pelos 150 anos da Igreja Presbiteriana no Brasil (IPB) já têm data para começar: dia 23 de agosto, em Roraima, norte do país. No mesmo fim de semana, no dia 24, também ocorre culto no Amazonas. A programação foi decidida na última reunião da Comissão Executiva do Supremo Concílio, realizada em maio, na IPB do Rio de Janeiro. Além dos estados da região Norte, também já entraram para o calendário dos festejos duas localidades do Nordeste: Paraíba e Rio Grande do Norte. Por lá, os cultos ocorrerão, respectivamente, nos dias 20 e 28 de agosto.

No Mato Grosso do Sul, a data definida pela comissão foi o dia 1º de novembro. A região sul também já está agendada. Em Santa Catarina a festa acontece no dia 22 de novembro; e no Rio Grande do Sul, dia 23. Para o ano de 2009, o primeiro culto agendado é o que acontecerá no estado do Maranhão, no dia 17 de janeiro. De acordo com a comissão, haverá cultos em outros estados, mas ainda estão trabalhando na agenda para que os irmãos, de todo Brasil, possam participar desse momento da igreja. Confira, abaixo, prévia do calendário de cultos.

2008 23 de agosto 24 de Agosto 20 de Setembro 28 de setembro Outubro 1º de novembro 22 de Novembro 23 de novembro Dezembro

- Roraima - Amazonas - Paraíba - Rio Grande do Norte - Mato Grosso e - Mato Grosso do Sul - Santa Catarina - Rio Grande do Sul - Goiás e Tocantins

Janeiro 17 de janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto

- Piauí - Maranhão - Pará e Amapá - Rondônia e Acre - Alagoas, Pernambuco, Fernando de Noronha - Espírito Santo e Minas Gerais - Paraná e Ceará - Bahia e Sergipe - São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília

2009

Encontro reúne Mulheres Presbiterianas O

Já estão abertas as inscrições para o II Encontro Nacional da Mulher Presbiteriana. O evento acontecerá em Aracruz, Espírito Santo, no espaço do Sesc de Praia Formosa, entre os dias 18 e 21 de setembro. As irmãs interessadas em participar, têm até o dia 10 de setembro para fazerem suas inscrições. Mas a organização avisa: o quanto antes, melhor, pois as vagas são limitadas. O culto de abertura será ministrado pelo Ver. Roberto Brasileiro Silva, presidente do Supremo Concílio. Na programação do evento, programação para todos os participantes. Entre os temas das palestras estão “Família já era? Não! É criação de Deus!”, com o Ver. Hernandes Dias Lopes, Vice-Presidente da Comissão Nacional de

Evangelização da IPB. Para aquelas que desejarem se aprofundar um pouco mais nos conhecimentos a cerca da IPB, haverá a palestra da Professora Eunice Souza da Silva, Secretária Geral do Trabalho Feminino da IPB e Mestre em Educação, cujo tema será “IPB: Conhecer para amar”. Além dessas duas, ainda haverá a palestra “De bem coma vida - Bemestar inter-pessoal”, com Rev. Gildásio Jesus Barbosa dos Reis, Pastor da IPB de Osasco, em São Paulo e Psicólogo; e “Aquecimento global? E eu com isso? Mulheres cristãs preservando a criação”, com a Professora Lídice Meyer Pinto Ribeiro, Mestre em Botânica, Doutora em Antropologia e Professora da Universidade Mackenzie. Ainda estão previstas muitas

Divulgação

SERVIÇO II Encontro Nacional da Mulher Presbiteriana. Entre os dias 18 e 21 de setembro, no SESC de Praia Formosa, em Aracruz, Espírito Santo. Investimento: 4 X R$98,00 2 X R$196,00 1 X R$392,00 (sujeita a vaga), todas até agosto. A partir de 1 de setembro a taxa será de R$470,00 ( também sujeita a vaga). Crianças de 0 - 4 anos não pagam. Crianças de 5 - 11 – R$ 237,00 até agosto 12 anos em diante valor igual adultos No valor está incluída a hospedagem, o material do evento e alimentação.

oficinas! Ou seja, uma grande oportunidade de aprendizado, aperfeiçoamento, crescimento, além, é claro de encontros e reencontros!

Mais informações: Eloísa Helena, Secretária Executiva, pelos telefones (21) 2712-4359 ou 2617-9262.


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