Brasil Presbiteriano O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Ano 51 nº 657 – Julho de 2009
Rosaly Gripp
IP de Alto Jequitibá comemora centenário de fundação do Colégio Evangélico Páginas 10 e 11
Missões: você sabe como é usado o dinheiro dos cofrinhos? Página 6
IBEL completa 76 anos Página 15
150 ANOS: CONFIRA A AGENDA DA PROGRAMAÇÃO DOS CULTOS Página 19
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Julho de 2009
EDITORIAL
Salgando e celebrando E
sta edição do BP destaca a celebração dos 100 anos de fundação do Colégio Evangélico de Alto Jequitibá, Minas Gerais, programada para 5 e 6 de setembro, na chamada Festa Centenária naquela cidade do leste de Minas. O evento reunirá ex-alunos de diferentes partes do país, gente que ainda hoje tem ali as suas raízes históricas e muita ligação afetiva. A programação será intensa e todos os ligados ao Colégio Evangélico farão questão de participar. Este jornal apresentará uma reportagem sobre o evento na edição de outubro. A informação vem nesta edição acompanhada de um relato histórico redigido por Ulisses Horta Simões, professor do Seminário Presbiteriano Rev. Denoel Nicodemos Eller, coordenador do seu departamento de Teologia Sistemática e sobrinhoneto do Rev. Anibal Nora, fundador do Colégio.
Jequitibá, bem como as atividades e conquistas de todas as instituições educacionais presbiterianas, são um componente muito O fedor da sujeira e excremenapropriado nas comemoratos no chão era inacreditável" ções do sesquicentenário (pág.447). A filantropia e o trada IPB.voluntário Quem somos nós? balho de caridade Apenas mais uma foram respostas cristãsminoria naquele contexto. Grupos se organizanuma sociedade pluralista? ram. Sociedades beneficentes Os cristãos dos primeirose orfanatos se multiplicaram. "O séculos eram uns esquisitos grupo Clapham foi um exemplo que acreditavam numtrabalho Jesus excepcional ... e seu refletia oSomos papel chave desempemorto. nós hoje uns nhado pelas sociedades voluntáxiitas desprezíveis que acrerias nas atividades filantrópicas ditam numa verdade absoluta?A Um número enorme IPB existe há 150 anos de em um contexto que significa um igrejas nos alegados 30% desafio perene na do área país social,sóe de evangélicos muitas têm sido as respostas dos contribui com notícias para presbiterianos à carência reinanas páginas com te. Este jornalpolicias, tem informado escândalos. Está ações, certo, como não a respeito dessas estímulo a que mais se faça nesse são todos. Os outros estão sentido e para que glorifique preocupados emseser felizesa Deus por isso. É, por isso, com egratidão se sentir bem,queem proa Deus acompagredir e demonstrar pelas nhamos e noticiamos a respeito das iniciativas presbiterianos cilindradas dedeseu carro que por ocasião da lamentável tra“Deus é fiel”. Se deixassem gédia que se abateu sobre Santa de existire sobre a sociedade nada Catarina outros estados perderia, porque brasileiros (págs. 10 enão 11). são É a Jesus estamos servindo luz (Mt sal daque terra e tampouco do mundo. Outro destaque desta edição é A propósito, qual é a nossa a matéria sobre o ensino do criacontribuição? No século cionismo no Mackenzie e a 16, reaPor que esse destaque? os aderiram à ção países da mídiaque secular. Não começamos nada que outras escolas Os 100 anos do Colégio Reforma saíram na frente na evangélicas Evangélico de Alto corrida peloe confessionais desenvolvim-já
ento. Os presbiterianos, com essa herança, sempre estiveram associados ao estudo e à pesquisa científica, à
educação e ao progresso. Sua contribuição à sociedade foi notável. No Brasil aconteceu a mesma coisa
e somos desafiados hoje a continuar escrevendo uma história que se desenrolará até o retorno de Cristo.
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não estejam fazendo, mas o grito
EXPEDIENTE
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Órgão Oficial da
Ano 51, nº 657 – Julho de 2009 Rua Miguel Teles Junior, 394 – Cambuci, São Paulo – SP - CEP: 01540-040 www.ipb.org.br Conselho de Educação Cristã e Publicações: Mauro Meister – presidente André Luis Ramos - secretário Alexandre Henrique Moraes - tesoureiro
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DOCUMENTOS DA HISTÓRIA DA IPB
O pioneiro escreve sobre o seu trabalho Arquivo
Alderi Souza de Matos
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ma categoria de documentos muitos valiosos para a história do presbiterianismo brasileiro são as cartas e relatórios deixados pelos primeiros missionários, a começar de Ashbel Green Simonton. Muitos desses escritos foram enviados para o periódico de missões da igreja norte-americana, The Foreign Missionary (O missionário estrangeiro). Em 7 de outubro de 1861, o pioneiro enviou o seguinte relato, que incluía um tema controvertido: Estamos com nossa saúde usual, dando continuidade aos nossos deveres usuais. Tenho a esperança de que três daqueles que têm sido instruídos por mim estejam convencidos da verdade e importância da doutrina da salvação pela fé em Cristo. Um deles dá evidências mui satisfatórias de que o Espírito de Deus iluminou a sua mente. Confio que teremos a segurança de recebê-lo dentro de pouco tempo mediante uma profissão explícita de fé. Qual é, em sua opinião, o caminho correto a ser seguido com respeito ao batismo romanista? Essa é uma questão que tem sido debatida de modo acalorado e suponho que não estamos perto de um consenso. Eu hesito em formar uma opinião e me inclino a deixá-la ao alvitre do candidato a admissão na igreja. Que posição foi tomada em Bogotá? Dr. Kalley é um forte defensor da administração do batismo a todos os conversos romanistas e há algum tempo falou comigo sobre o assunto dizendo que era importante estarmos de acordo nesse ponto. No primeiro semestre de 1863, quando estava em gozo de férias nos Estados Unidos, Simonton
Numa de suas últimas cartas ao periódico norte-americano de missões, publicada apenas um mês antes de sua morte, Simonton falou sobre os planos de criar uma escola e sobre novos convertido
escreveu o seguinte sobre os primeiros frutos no Brasil: Para que se avalie o relatório que agora lhes enviamos, deve ser lembrado que foi somente na primavera de 1861 que foram inicia-
Tenho a esperança de que três daqueles que têm sido instruídos por mim estejam convencidos da verdade e importância da doutrina da salvação pela fé em Cristo" dos os cultos públicos em língua portuguesa no Brasil. Naquela época não se sabia com certeza se as autoridades públicas iriam tolerar um esforço tão direto de propagar uma religião diferente daquela do Estado. Portanto,
nosso presente relatório cobre o segundo ano de trabalho ativo e direto no sentido de levar o evangelho aos nacionais do Brasil. Sentimo-nos impelidos a falar com alegria dos nossos prospectos e a registrar com gratidão a fidelidade e bondade de Deus em permitir-nos ver, durante o ano passado, muitas provas de que não fomos enviados em vão. Em 7 de fevereiro de 1865, Simonton enviou seu relatório referente a 1864, um ano de dolorosas provações: Recordando o que ocorreu nesta estação missionária [Rio de Janeiro] durante o ano passado, dor e gratidão estão estranhamente mescladas. Deus me fez sentar e chorar debaixo da sombra de uma grande perda. Na morte de minha querida esposa, que ocorreu em 27 de junho, eu fui de um só golpe privado da luz do meu coração e do meu lar, e de minha única auxiliadora neste campo. Somente aquele que foi afligido conhece a
severidade do golpe ou a medida de graça e força para o exercício da verdadeira submissão debaixo dele... A fim de ampliar a nossa influência, e alcançar muitos que não freqüentam a pregação da Palavra, foi lançado em novembro um jornal religioso bimensal chamado Imprensa Evangélica. Seu êxito está além das expectativas. Se for adequadamente sustentado e publicado semanalmente, irá revelar-se um poderoso auxiliar. Numa de suas últimas cartas ao periódico norte-americano de missões, publicada apenas um mês antes de sua morte, Simonton falou sobre os planos de criar uma escola e sobre novos convertidos: Estou prestes a apresentar uma petição à Junta de Instrução Pública pedindo permissão para abrir uma escola. Esse é um passo de grande importância, pois diversas crianças estão prontas para se matricularem de imediato. Um dos membros da Junta, ao qual conheço muito bem, me assegura que minha petição será atendida sem dificuldade. Se for feita alguma objeção, pode-se recorrer à Câmara dos Deputados... Desde que escrevi pela última vez, três pessoas foram recebidas à nossa comunhão, mediante a profissão de sua fé. Os fatos que vieram à luz quando foram examinadas, junto com suas respostas às perguntas doutrinárias, foram suficientes para demonstrar a origem divina e o poder da religião de Cristo. Um desses convertidos é um jovem de uma boa família, do qual eu sabia há algum tempo que estava lendo a Imprensa Evangélica em segredo. O Rev. Alderi Souza de Matos é pastor presbiteriano e historiador oficial da IPB. asdm@mackenzie.com.br
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Divulgação
EDUCAÇÃO RELIGIOSA
Calvino e o catecismo Wilson do Amaral Filho
O
ano de 2009 é singular. Nele, os naturalistas comemoram 150 anos da publicação da obra A origem das espécies, de Charles Darwin; os presbiterianos comemoram 150 anos da chegada do primeiro missionário presbiteriano da história brasileira, Ashbel Green Simonton; a comunidade reformada mundial comemora 500 anos do nascimento de João Calvino. Três símbolos de mudanças. João Calvino, o principal reformador para os presbiterianos, foi aquela célula do Corpo de Cristo empregada, segundo Timothy George, para “tomar os conceitos clássicos da Reforma (sola gratia, sola fide, sola scriptura) e dar-lhes uma exposição clara e sistemática [...] adaptando-os ao contexto civil de Genebra” (Teologia dos Reformadores, Vida Nova, 1993, p. 166). Muitos autores reconhecem que a formação desse homem foi providencialmente preparada para que, na época própria, resultasse na contribuição que deu à fé cristã. Vindo de uma boa educação básica em Noyon, sua cidade natal, estudou em Paris com Cordier, mestre e pedagogo renomado, reconhecido por adotar métodos modernos de aprendizagem do francês e do latim. Essa pequena estada com Cordier marcou Calvino. A mando do pai foi logo transferido para Montaigu, escola teológica católica, de orientação escolástica e disciplina rígida, onde
aprendeu a teologia dos pais da igreja e de grandes nomes como Agostinho e outros. Em obediência ao pai, estudou Direito em Orleans, a capital intelectual da França na época. Ali aprendeu a língua grega. Depois da morte do pai, voltou para Paris, estudou as obras clássicas da Antigüidade, se desenvolveu na filosofia humanística e aprendeu hebraico. Começou a escrever aos 22 anos de idade e o fez até morrer. Ninguém sabe ao certo como Calvino veio a Cristo, mas ele disse que Deus mudou seu coração e foi a Palavra que fez tudo. Também disse que Deus sujeitou seu coração à docilidade, o que pode ser interpretado como o desejo de ser um
Ao mesmo tempo, tímido e retraído, Calvino foi forçado pela Providência, mediante as circunstâncias da vida, a tornar-se um líder reformador
aprendiz de Jesus Cristo. Ao mesmo tempo, tímido e retraído, Calvino foi forçado pela Providência, mediante as circunstâncias, a tornar-se um líder reformador. Sua educação prévia serviu
João Calvino considerava as crianças como parte da Igreja e a doutrina como um legado da aliança de Deus para com os santos
como instrumento de Deus para sua missão. Calvino se firmou como pastor, professor, escritor e estadista da igreja nos três anos que viveu em Estrasburgo. Casou-se com a viúva Idelette de Bure e ela lhe deu um filho que faleceu ainda bebê. Anos depois, já em Genebra, a própria Idelette faleceu, deixando dois filhos do primeiro casamento aos cuidados do reformador. Além das graves enfermidades que sofria, João Calvino experimentou a dor da separação de sua esposa e de seu filho. Sua pequena casa vivia cheia de parentes e amigos. Além dos dois filhos de Idelette, o reformador abrigou em casa seu irmão Antoine e família, com oito filhos de dois casamentos. Foi um homem atribulado que aprendeu a confiar na soberania de Deus e a enfrentar grandes obstáculos, embora de vasta cultura e muita influência, num estilo de vida simples, com erros e acer-
tos próprios da humanidade , todavia voltado tenazmente para a busca da educabilidade diante de Deus. Como teólogo produziu as Institutas e comentários bíblicos de muitos livros da Escritura; pregou o Novo Testamento aos domingos e o Antigo Testamento durante a semana; metrificou salmos para que a igreja os cantasse no culto; escreveu folhetos doutrinários, tratados contra oponentes, muitas cartas aos amigos e autoridades, e, também, uma confissão de fé e um catecismo, este último direcionado à educação das crianças e novos convertidos. A respeito desse catecismo, Calvino adotou o sistema de perguntas e respostas, o mesmo formato dos atuais Catecismos Maior e Breve, com quatro grandes seções, a saber: a) a fé cristã; b) a lei de Deus; c) a oração; d) a Palavra e os sacramentos. Dividiu-o em vinte e cinco lições que, no conjunto, dão à criança uma visão da
importância central da fé em Cristo; de como a lei serve de guia moral para a vida cristã; a oração como parte da vida de piedade; a suprema importância da Escritura e a prática dos sacramentos. Conquanto a memorização fosse muito empregada naquela época, uma versão moderna do Catecismo de Calvino mostra aquele espírito pedagógico aprendido com Cordier. Suas perguntas e respostas parecem fazer parte de uma conversa entre o mestre e o aluno. Não há nenhuma ligação com a educação de Montaigu que lhe deu aversão pelo escolasticismo, mas há precisão exegética e hermenêutica, porém em linguagem suficientemente simples para que a criança aprenda e cresça no conhecimento de Deus e de si mesma. Ainda que a pedagogia moderna aponte os fracassos da memorização e a desaconselhe como forma de conhecimento, no que está parcialmente correta, é pre-
Brasil Presbiteriano ciso recordar que o conhecimento do cristão parece ter o formato de um catecismo mental, ou seja, há um conjunto de respostas armazenadas em sua mente, que dão as razões de sua fé em Cristo a quem queira saber.
Calvino cria e sabia que os cristãos precisavam ser inteirados da fé cristã em seu todo, desde a tenra infância, para serem capazes de conhecer a Deus e a si mesmos, identificar os ensinos verdadeiros e os falsos Pedro exorta: “... santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder (apologia) a todo aquele que vos pedir razão (logos) da esperança que há em vós...” (1Pe 3.15). Mesmo que a preciosa instrução do Espírito do Senhor esteja sempre à disposição dos discípulos nas horas de afirmação da fé (Lc 12.12), a tarefa da educação cristã é preparar o cristão para responder, e esse preparo vem do “exercício” de responder. A resposta (apologia) a qualquer pessoa precisa ser uma resposta catequética, afirmadora dos mistérios da fé, pela qual o cristão testemunhe a razão pela qual espera em Jesus Cristo, seu Salvador.
As respostas do catecismo facilitam essa tarefa. Calvino cria e sabia que os cristãos precisavam ser inteirados da fé cristã em seu todo, desde a tenra infância, para serem capazes de conhecer a Deus e a si mesmos, identificar os ensinos verdadeiros e os falsos. Considerava as crianças como parte da Igreja e a doutrina como um legado da aliança de Deus para com os santos. Enquanto via a Escritura como “a escola do Espírito”, o estudo exegético e hermenêutico como ferramentas imprescindíveis para a boa interpretação bíblica, a vida piedosa como meta – a despeito de sua imensa cultura, o catecismo era uma de suas ferramentas educacionais para alcançar os simples e lhes dar estrutura teológica. A história passou, mas a necessidade não mudou. Mesmo com o ensino por meio de aulas, pregações e estudos profundos da Escritura, o catecismo continua sendo importante ferramenta de ensino reformado, especialmente se revisitado do ponto de vista dialógico e contemporâneo, com o objetivo de que suas respostas ultrapassem a memória e alcancem significância na mente e na convicção pessoal. As palavras do catecismo podem não fazer muito sentido ao leitor simples, inicialmente, mas quando Deus muda o coração humano em favor de Jesus Cristo, tornando-o dócil ao Senhor, elas se tornam vívidas e até insuficientes para expressar o conhecimento e a fé daqueles que crêem no Senhor e em sua Palavra. O Rev. Wilson do Amaral Filho, pastor da ª IP de Jundiaí, é pedagogo, Mestre em Educação Cristã e professor de TS na EST do Mackenzie.
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Igreja Presbiteriana Canaã 8 Anos de Bênçãos
90 anos IP de Pachecos Organizada em de setembro de 1919, a IP de Pachecos, localizada em São Gonçalo, Rio de janeiro, completa 90 anos este ano. Uma grande comemoração, agendada para acontecer no dia de setembro deste ano, a partir das 19h, irá marcar a passagem do aniversário! Que Deus abençoe ricamente os irmãos que fazem parte da história daquela igreja!
Nos dias 0 e 1 de Junho foi comemorado o oitavo aniversário da IP Canaã, em Goiânia (GO), numa festa de louvor e adoração ao Senhor da Igreja. Tendo como pregador o Rev. Israel Silva, pastor da IP União, as comemorações contaram com a participação do Coral da Igreja, da Orquestra Infantil de Flauta Doce e do Coral Jovem Canaã. A Igreja Presbiteriana Canaã é jurisdicionada pelo Presbitério Sudoeste de Goiânia, tendo sido organizada em de junho de 001. O Reverendo Aurino Cezar Lima Filho pastoreou a igreja do período de sua organização até o ano de 005, assumindo a partir de então o Reverendo Belmiro de Oliveira Campos, de 00 até a presente data, tendo como auxiliar o Rev. Salomão Alves Brandão, que é o responsável pela Congregação de Aragoiânia. A igreja conta hoje com todas as sociedades internas trabalhando ativamen-
te, e ainda um forte ministério de casais. Na área da música, além da Equipe de Cânticos, tem ainda o Coral, o Coral Jovem e iniciando as atividades a Orquestra Infantil de Flauta Doce. O testemunho do Rev. Belmiro, que também é Presidente do Presbitério Sudoeste de Goiânia, é que “há uma alegria genuína dos irmãos em fazerem parte desta igreja. Ela é diferente, mais acolhedora, feliz em Jesus, alegre na adoração, solidária, amiga, séria e cuidadosa para com a Palavra de Deus”. Localizada na região sudoeste da cidade, a Igreja Presbiteriana Canaã, uma das dezenas de igrejas dos cinco presbitérios de Goiânia, completa oito anos de organização com a disposição de continuar servindo intensamente ao Senhor da Seara até a volta daquele que é a razão da igreja existir, o Senhor e Salvador Jesus Cristo. A Deus toda a glória.
Participe!
Este espaço é dedic ado à publicação dos aniversá rios das nossas igrejas. Pedimos aos leitores que participem envia ndo carta e/ou email para nós, nos informando de que forma comemorar am ou irão comemorar mais um ano de vida de suas respectivas igreja s!
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MISSÕES
Cofrinho Missionário: qual o destino da oferta? Saiba de que forma o dinheiro é utilizado
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odos os anos, a Agência Presbiteriana de Missões Transculturais (APMT) promove duas campanhas: a Campanha de Oração pelas Famílias Missionárias e a Campanha da Oferta Missionária. Para esta, sempre é encomendada a uma fábrica uma grande quantidade de cofrinhos, que são confeccionados com o tema da APMT. Durante o ano inteiro, igrejas escrevem e telefonam para a APMT solicitando o envio de cofrinhos para serem distribuídos, geralmente, entre as crianças, mas há casos em que a SAF solicita e, às vezes a campanha é deflagrada em toda a igreja. “No decorrer dos meses, despachamos os cofrinhos e a despesa de correio é por nós custeada. Algumas vezes, as igrejas querem caixas com 100 ou 200 cofres. O único inves-
timento que o solicitante do cofrinho faz é o de um real por unidade, que é o valor de custo do fabricante”, esclarece Mônica Mesquita, missionária da Agência. A missionária conta que, ao longo do ano, os cofrinhos chegam ao escritório da Missão, em São Paulo. “Na grande maioria das vezes, eles já vêm com o nome do missionário a quem se destina a oferta. Nesse caso, o valor integral da oferta é depositado na conta do referido missionário e nós o avisamos sobre a procedência daquela oferta”, explica ela. Nos casos em que o cofrinho chega sem especificação de destino da oferta, o valor é depositado na conta geral da APMT e é aplicado nos projetos da Missão. Algumas remessas de cofrinho, no entanto, vêm de forma diferente. “Recentemente, o departamento
Divulgação
Os cofrinhos são distribuídos pela Agência Presbiteriana de Missões Transculturais
infantil de uma igreja de Goiás recolheu os cofres, abriu, contou, relacionou os valores e fez um único depósito no banco. Em seguida, nos enviou um e-mail, destinando ofertas para diferentes missionários, conta Mônica.
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Há casos em que a igreja (ou pessoa) quer destinar a oferta do cofrinho para um país específico, então a APMT age de acordo com o desejo mencionado. “Em cada país onde temos missionários há projetos em andamento que
necessitam muito de recursos”, frisa ela. Mônica diz que, às vezes, quando chegam, os cofrinhos parecem vazios. “Mas, ao abri-los, encontramos um cheque! Ou seja, alguém que não teve tempo de juntar as moedinhas, mas ainda sim, não abriu mão de ofertar a missões”. No final das contas, 100% das ofertas provenientes dos cofrinhos são destinados para missões transculturais. “Nós louvamos muito a Deus por todas as lideranças que têm despertado em suas igrejas, especialmente entre os pequeninos, o amor e a dedicação pela obra missionária,” finaliza Mônica Mesquita. SERVIÇO: Se você deseja adquirir alguns cofres, é só entrar em contato com a Base da APMT, em São Paulo: (11) 3207-2139 ou apmt@apmt.org.br
Igreja Presbiteriana RPC 090330 / AM
150 anos evangelizando o Brasil No Brasil há muitas igrejas cristãs. Mas poucas têm um século e meio de história. A IPB tem. São cento e cinquenta anos educando, promovendo ações sociais, transformando vidas com a palavra de Deus. Igreja Presbiteriana. 150 anos evangelizando o Brasil.
www.ipb.org.br/sesq
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FAMÍLIA
Sínodo Sudoeste Paulista em plena atividade O
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Sínodo Sudoeste Paulista (SDP) realizou nos dias 03, 04 e 05 de abril o seu III Encontro de Casais, no Hotel de Lazer Santa Cristina, Paranapanema, SP. As inscrições do evento eram inicialmente para sessenta casais, mas noventa casais participaram do encontro. O evento contou com a presença de 230 pes- O evento contou com a presença de 230 pessoas, incluindo os filhos dos casais soas, incluindo filhos dos Hernandes Dias Lopes, Reverendo Gildásio de Jesus pela Palavra de Deus. A casais, pois o trabalho tem pastor da 1ª. IP de Vitória Reis, pastor da IP Central de diversão das crianças ficou como objetivo alcançar toda e Vice-Presidente da CNE Osasco, São Paulo, e confe- por conta dos monitores e a família. ministrou palestras na rencista da CNE. das instalações de lazer do Foram dias de edificação sexta à noite, sábado de O propósito do encontro hotel. O evento contou com pela Palavra de nosso Deus manhã e noite. No domingo foi a ministração e exor- a organização da Comissão e Senhor. O Reverendo pela manhã, o preletor foi o tação para os casamentos Executiva do SDP e dire-
ção do Presidente do SDP, Presbítero Clodoaldo Furlan. Nas devocionais, os cânticos foram conduzidos pelo Presbítero Carlos Douglas Diniz, Secretário Executivo do SDP. O Vicepresidente do SDP, Rev. Daniel José Silva, participou com uma grande caravana da Igreja Presbiteriana de Boituva. Em outubro, nos dias dois, três e quatro, o SDP realizará o Encontro de Pastores, Presbíteros e Lideranças das Igrejas e Presbitério. O preletor, na ocasião, será o reverendo Ronaldo Lidório.
ENCONTRO
SPBC realiza encontro de casais Aurino Cezar Lima Filho
A
capelania do Seminário Presbiteriano Brasil Central (SPBC) realizou, no dia 04 de Junho, um encontro de seminaristas casados e suas respectivas esposas. O evento aconteceu na própria sede do seminário e contou com a presença de quase de trinta casais, sendo preletora a Profa. Neuza Tolentino Santana, trazendo uma palavra de instrução aos presentes. Enquanto isso, os filhos dos seminaristas tiveram uma atividade própria para as crianças, com histó-
Divulgação
foi uma das atividades da Capelania do SPBC, que tem recebido o apoio e a participação da Confederação Sinodal Brasil Central do Trabalho Feminino, e de todas as Federações de SAFs dos presbitérios: Goiânia, Oeste de Goiânia, Sudoeste de Goiânia, Leste de Goiânia, Metropolitano e de Anápolis. Além da Confederação Sinodal e O evento aconteceu na sede do seminário, em Goiânia suas Federações, o SPBC tem sido alvo do amor e rias, cânticos e diversão, de Carvalho. Na parte final Scarel, contando com a cuidado de diversas SAFs dirigidos pelo seminarista a SAF da Primeira IP de presença de uma equipe locais, às quais registramos Adérico de Almeida Silva Goiânia ofereceu um deli- daquela SAF e da presidennossa gratidão e louvor a e com um alegre trabalho cioso lanche para os pre- te da Federação de SAFs Deus por este trabalho. de pintura facial feito pela sentes, sendo este trabalho do Presbitério de Goiânia. Aurino Cezar Lima Filho é pastor e voluntária Priscila Pedreira liderado pela Sra. Ângela Esse encontro de casais capelão do SPBC
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AÇÃO
Acampamento Shekinah reúne 350 jovens O evento foi realizado pela UMP de Mogi-Guaçu Fotos: divulgação
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á um evento, organizado pela UPM da IP de Mogi-Guaçu, interior de São Paulo, que, há sete anos, dá o que falar! É o acampamento “Shekinah” que, este ano, aconteceu no feriado da Páscoa e reuniu cerca de 350 pessoas, a maioria jovens e adolescentes procedentes de 22 cidades dos estados de Minas Gerais e São Paulo. Na ocasião, falou aos jovens o reverendo Roberto Santos, pastor auxiliar da 8ª IP de Belo Horizonte, que aproveitou a oportunidade para orientar a juventude ali presente sobre sua efetiva participação no crescimento do Reino de Deus. Os cânticos estiveram sob a
Envolvimento: jovens e adolescentes participaram ativamente dos momentos de culto
direção do Ministério Ceifa composto de obreiros da JOCUM, que tem desenvolvido trabalhos de evangelização em diversos países do Oriente Médio e recentemente no continente asiático.
Descontração – Divididos em doze grupos, chamados de “tribos de Israel”, a turma participou de uma dinâmica sadia, marcada pela criatividade, interação e cooperação de todos os
envolvidos. Outro destaque do evento foi a efetiva participação nos cultos dos adolescentes e das crianças presentes. O acampamento “She-kinah” se torna a cada ano uma real
opção de crescimento espiritual para os jovens. Para quem não foi ao evento, neste ano, fica o convite para a próxima edição do acampamento, que será realizado em 2010.
NOVIDADE
Nasce a Igreja Presbiteriana Esperança Luiz Gustavo Martins de Castilho
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o dia 21 de março de 2009, o Presbitério de Nova Friburgo e região/ RJ (PNFR) teve a alegria de organizar mais uma Igreja Presbiteriana para honra e glória do Senhor! Localizada no Bairro de São Geraldo, a recém-nascida IPE, Igreja Presbiteriana Esperança, foi por mais de cinquenta anos congregação da Igreja Presbiteriana Central de Nova Friburgo, e realizou seus primeiros cultos embaixo de uma árvore, com homens valorosos, direcionados pelo Santo Espírito de Deus. Na década de 70, o irmão Fernando Motta foi usado por Deus para abençoar esta história, doando um terreno, onde foi
construído um simples templo para que ali, durante muitos anos o povo de Deus pudesse se reunir em cultos de adoração ao Senhor. E no dia 21 de março, a IPE não apenas teve sua organização como igreja concretizada, como também teve a honra de estar inaugurando seu novo templo, erguido com ajuda dos membros e por misericórdia do próprio Deus. Em todos esses anos, a atual IPE contou com inúmeros homens e mulheres de Deus, dirigindo e abençoando este trabalho, entre eles, o presbítero emérito Valdir da Silva, e o diácono emérito Trajano Machado, que continuam atuando com muita alegria, compondo o atual rol de membros da IPE, bem como sua liderança, podendo passar experiência aos novos membros
Fotos: divulgação
do Conselho, que é presidido pelo Rev. Luiz Gustavo M. de Castilho. O primeiro Conselho foi formado pelos presbíteros Antônio Campanati, Carlos Henrique Mugani, José Ronaldo Zavoli e José Ferreira Cler, e a Junta Diaconal O templo foi inaugurado no dia da organização da nova igreja pelos diáconos Aldo Bittencourt, Carlos Henrique Sínodo e Presbitério e de outras fértil que contempla o nascimento de novas filhas. Pereira, Jorge Sant’anna, denominações. O bairro em que se localiza Leomar Herdy, todos ordenados Endereço da nova igreja: no mesmo dia da inauguração e a nova Igreja está em grande Rua Dr. Feliciano Benedito da desenvolvimento e com certeza organização da igreja. Costa, nº 2921. Essa noite festiva, que encheu é um campo fértil e promissor São Geraldo, Nova Friburgo, RJ. não apenas o novo templo da para a propagação e crescimento Cep: 28630-000 IPE, mas também a rua, dando do evangelho. ipenf@hotmail.com Que a boa mão do Senhor um testemunho da glória e da (22) 2523 4672 / (22) 99162751 fidelidade do Senhor, contou continue abençoando a Igreja ainda com a presença expressiva Presbiteriana do Brasil, que Rev. Luiz Gustavo Martins de Castilho Pastor da IPE de pastores e representantes do comemora seus 150 anos, mãe
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REFLEXÃO
Onde planto meu Ipê? N
o meu último aniversário ganhei algo inusitado: algumas sementes de Ipê, mais especificamente de Ipê rosa (Tabebuia pentaphylla). Árvore comum nas regiões menos quentes do país, essa espécie é, geralmente, o primeiro dos ipês a florir no ano. Inicia a floração em junho e pode-se encontrar flores ainda em setembro. Uma espécie exótica, com provável origem argentina, bastante usada em paisagismo urbano, pois se desenvolve rápido.
O semeador, Deus, procura uma boa terra onde sua semente possa frutificar Acontece que, de acordo com as instruções de plantio, as sementes devem ser colocadas em terra de boa qualidade e regada moderadamente, então a germinação deve acontecer em até trinta dias. Antes de completar cento e cinquenta dias, ela deve ser transplantada para um local onde possa se desenvolver e atingir seus quatro metros de altura. Fiquei extremamente feliz, pois, uma vez que já tenho descendente, após plantar uma árvore, só vai me faltar escrever um livro!
Comecei, então, a procura por um local para minha incursão ao mundo agrícola! Passei a notar mais as árvores na cidade onde vivo. Percebi mais os ipês nas ruas, praças e canteiros. Obviamente que, como a criação exulta o poder de Deus, lembrei-me do meu Criador e fiquei orgulhoso em saber que as mesmas mãos que fizeram tantas maravilhas naturais também O Ipê rosa é uma árvore comum nas regiões menos quentes do país me criaram, que honra. e crescimento da vida par- achá-la, é voltar a preparar Percebi que não é tão fácil terra ideal para Seu plantio. Mas o fato de só achar con- ticular, das responsabilida- a terra de minha vida para assim achar um local seguro, onde possa plantar meu ipê creto e terras ruins para meu des e das adversidades pelas receber as sementes que o sem que algum aventureiro ipê tem me feito pensar: será quais todos nós passamos Maior Agricultor quer semequeira transplantá-lo antes que concretei minha própria atuam como o solo rochoso ar, e deixar produzir os frutos que eu. Isso porque, viven- vida e Deus não tem encon- ou o solo cheio de espinhos que ele espera. A minha mão já está no do numa metrópole, terra trado espaço para semear e da parábola? Ainda não achei a terrinha arado, e a sua? é artigo de luxo. Tem bas- me fazer frutífero? Será que a correria do dia que preciso pro meu Ipê, mas tante, mas todas sempre em Enos Moura Filho é diácono locais públicos, onde não há a dia, do desenvolvimento sei que, mais urgente que da 1° IP Guarulhos segurança para plantá-lo e camiseta_adesivo:anuncio BP camisetas 5/5/09 5:41 PM Page 1 esperar crescer. s A parábola de semeador eta e* tis. s i á me veio à mente. Nela Jesus am retrete gr c descreve alguns locais onde o f f çã + isetas, o a semente havia sido plan, om 0 cam tada, e que, no lugar certo, Pr $ 2de 11 a semente frutifica e produz R partir Sesquicentenário IPB A * muito bem. A RPC está oferecendo a Num primeiro momento toda família presbiteriana, coloquei-me no lugar do camisetas e adesivos com semeador. Como tenho o selo oficial do poucas sementes, não posso Sesquicentenário da IPB. Peça já a sua camiseta sair espalhando a esmo, ou adesivo ligando para: mesmo porque gostaria de 0800-141963 ou 11 3207-7099 ou acompanhar o crescimento, escreva para vendas@ipb.org.br. registrando meu futuro Ipê em fotos. Preciso achar a terra ideal. Depois, pensei melhor, e me coloquei como sendo a terra. O semeador, Deus, procura uma boa terra onde Sua semente possa frutificar. Rede Presbiteriana de Comunicação A minha melhor intenção é, www.ipb.org.br/rpc então, oferecer-me como uma
Camisetas e adesivos
RPC 090505 • AM
Enos Moura Filho
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HISTÓRIA
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Festa centenária no presbiterianismo mineiro Colégio Evangélico de Alto Jequitibá, localizado em Minas Gerais, completa 100 anos de fundação
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o ano de 1909, portanto um século atrás, a Igreja Presbiteriana do Brasil ainda era uma “jovem senhora”, com apenas 50 anos desde a chegada de Simonton ao Brasil. A emancipação da igreja nacional somava apenas 21 anos (1888). Centenário O ano de 2009 é singular e significativo para a IPB. Além dos 150 anos da igreja no Brasil, o ano também marca o aniversário 100 anos de fundação do Colégio Evangélico de Alto Jequitibá, Minas Gerais. O aniversário será celebrado nos dias 5 e 6 de setembro, na Festa Centenária, junto com a cidade. São esperados ex-alunos de todas as partes do país. Familiares de gente que ainda hoje tem ali as suas raízes históricas deverão comparecer. O museu histórico funcionará para atendimento ao público. Feira de quitandas e artes manuais, eventos e apresentações culturais, fausto almoço no “colégio”, culto cívico e culto de adoração e muito mais vão enriquecer o evento e encher a cidade. Na sequência, para que os leitores saibam um pouco mais sobre a bonita história desta instituição de ensino, um relato histórico produzido por Ulisses Horta Simões, professor do Seminário Presbiteriano Rev. Denoel Nicodemos Eller, coordenador do seu departamento de Teologia Sistemática e sobrinho-neto do Rev. Anibal Nora, fundador do Colégio.
Fase do Rev. Annibal Nora O leste do estado de Minas Gerais foi região pioneira na expansão do presbiterianismo brasileiro. Naquela região, os colonos europeus se fixaram, vindos do estado do Rio de Janeiro. Depois de 1896, quando o breve pastorado local de Salomão Luiz Gisburg deu lugar à assistência inicial de John Merryl Kyle, organizou-se em 1902 a igreja, sob a bandeira presbiteriana. Começava o ministério de cinco anos de Mathathias Gomes dos Santos. Seus sucessores – Franklin do Nascimento e Manoel Alves de Brito – tiveram pastorados efêmeros. Em 1908 chegou um novo pastor para ficar – ficou de 1908 a 1927; Annibal dos Santos Nora era o seu nome. Annibal Nora fora enviado pelo Presbitério do Rio de Janeiro em 1908, sob a orientação do Rev. Álvaro Reis. Sua missão era fixarse e expandir a obra presbiteriana na região. No primeiro ano do seu ministério, Annibal Nora e sua esposa, Constância Lemos Nora, idealizaram a criação de uma escola primária para educar as crianças de Alto Jequitibá e de toda a região. Foi dessa forma que, em 1909, no pavimento superior da casa pastoral, Constância e Annibal iniciaram uma obra educativa atendendo já setenta crianças no primeiro ano. Surgia o embrião do histórico Colégio Evangélico, naquela bela região aos pés do Pico da Bandeira, no Parque Nacional do Caparaó. Para dar sustentação à nova insti-
tuição, o casal idealizou uma celebração festiva na cidade, sob os auspícios da igreja. Associando a imagem da missão sócio-educativa da igreja com o genuíno espírito cívico dos crentes, a escolha para a data da “festa” recaiu sobre o “sete de setembro”. E a escola progrediu. Em 1923, transformou-se no “Gymnásio Evangélico de Alto Jequitibá”, mais do que duplicando o número de alunos. Para tanto, contou com a direção técnica do Mackenzie College, de São Paulo. E a cada ocasião da festa nacional pela independência do país, a Igreja Presbiteriana de Alto Jequitibá foi transformando em sólida tradição regional a “Festa do Sete de Setembro”, cujos benefícios eram catalisados em favor da obra educacional. Exibições de rua, barraquinhas, esportes, concentração pública e cultos sempre têm sido parte da programação. Foi assim que a primeira “festa” se deu exatamente há um século, marcando de modo atraente a presença do presbiterianismo no leste mineiro. Como outra marca importante do ministério de Annibal Nora era o seu incansável trabalho expansionista, tomando como seu pólo
de partida a Igreja Presbiteriana de Alto Jequitibá, todo o leste mineiro, bem como boas porções do restante do estado, do estado de Espírito Santo e até do norte do Rio de Janeiro receberam os influxos benéficos daquela abençoada empreitada. Mais do que uma celebração, e do que uma campanha para sustentação da obra, a festa passou a ser ocasião propícia para reencontro das famílias. O lema do ginásio era – “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria”! Fase do Rev. Cícero Siqueira Depois da saída de Annibal Nora, e depois de curto pastorado de Julio Camargo Nogueira, assume o pastorado da igreja outro gigante: o pernambucano “mineiro” Cíce-
ro Siqueira. Os anos 30 trouxeram em 1959, mas já desativado. da APCE-Associação Presbiteriana consigo a Grande Depressão. A Atualmente a obra educacional Cultural e Educacional. base da economia local, lavouras do “Colégio Evangélico” foi sucede café, sofreu grande declínio. dida por uma escola pública dirigi- Informações e contatos: A crise econômica colocava em da pela Secretaria de Educação do IPAJ, Rev. Paulo Martins Silva: risco a continuidade do ginásio. Estado de Minas Gerais. As insta- prpaulosilva@ig.com.br Mas, para Cícero Siqueira a crise lações que ainda pertencem à IPAJ era apenas mais um desafio. Asincluem facilidades notáveis, como Acomodações para hospedagem: sumindo com denodo a tarefa de o moderno alojamento para eventos, APCE, Pbo. José Guilherme Fraga: continuar a obra do seu antecessor, como a própria festa, sob a gestão jguifraga@hotmail.com Cícero Siqueira não só superou a crise, mercê da preciosa graça do Rev. Annibal Nora, Altíssimo, como ainda logrou êxifundador do ginásio Rosaly Gripp to em ampliar a obra, transformando o ginásio em colégio. Tão extensa quanto a duração do ministério do Rev. Cícero na igreja (1930 a 1963, quando foi transferido para a glória do Redentor), foi também a repercussão positiva, tanto do ministério quanto da condução do colégio nas mãos daquele homem de Deus. Figuras expressivas do cenário não apenas mineiro como também nacional constam como ex-alunos do “Colégio Evangélico”. A obra inspirou escolas evangélicas em várias outras partes do país, principalmente depois do Supremo Concílio do Centenário da IPB, que se realizou em Alto Jequitibá em 1950. E desde 1909 a “festa” continua sendo um referencial da agenda celebrativa, não só da igreja local, mas de toda a região e, por que não dizer, do presbiterianismo pátrio. Foi tão forte a presença do presbiterianismo de Alto Jequitibá no contexto nacional, que chegou a abrigar o terceiro seminário da denominação – Seminário Presbiteriano do Centenário – iniciado Fachada do antigo colégio, hoje Associação Presbiteriana Cultural e Educacional
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MÚSICA
IP de BH realiza congresso de música “A centralidade de Cristo na vida da igreja” será tema principal do evento Raquel Magalhães
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Quarta Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte realizará nos dias 4, 5 e 6 de setembro um congresso de louvor e adoração com a participação especial do grupo Logos. O Tema do Congresso será “A Centralidade de Cristo na Vida da Igreja”.
Em contraste com um momento de excessiva centralidade do homem nos momentos de cânticos na igreja, a Palavra de Deus nos deixa claro que esses momentos devem girar em torno de Cristo e de seu propósito. Participarão como preletores do evento os reverendos Cássio Campos (Quarta IPBH), Charles Melo de Oliveira (Sexta IPBH), Rubens dos Anjos (Quarta IPBH) e o
músico cristão Paulo César (Grupo Logos). “Precisamos estar atentos e sensíveis à voz do Espírito na Escritura para que a condução do momento de louvor venha centralizar a Cristo na igreja”, alerta Glênio Vilas Boas da Silva, coordenador de música e líder da UMP da Quarta Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte. Em entrevista concedida ao BP, o músico fala mais a respeito do cântico nas igrejas.
Brasil Presbiteriano – Como devemos chamar aqueles que são responsáveis pela música nas igrejas? Equipe de louvor? Ministério de adoração? Ministério de louvor? Grupo de adoração? Grupo de cânticos? Glênio Vilas Boas da Silva – A Palavra de Deus não nos traz claramente uma resposta precisa sobre o nome dado a esse grupo, tanto que, equipes de lou-
vor, ou ministérios de louvor (seja o que for) como conhecemos hoje,são uma formação recente na história da igreja. No início de século passado a figura do ministro de louvor não era conhecida. Os próprios ministros, pastores eram responsáveis pela composição e até mesmo pela execução dos hinos e cânticos na igreja. Isso ajudava a igreja a prezar por um cuidado teológico muito maior pelas letras dos hinos e cânticos cantados. Independente do nome que essas equipes venham a ter, o mais importante é que elas estejam conscientes de que o conteúdo é muito mais importante do que a "embalagem".
As equipes de cânticos precisam centralizar a Cristo e sua Palavra e não a si mesmos ou interesses musicais particulares. BP – Que cuidados devem ter aqueles que estão à frente da ministração dos cânticos nas igrejas? Glênio – Em primei-
ro lugar, estar consciente de que somos servos e não estamos na frente da igreja para ser servidos. Precisamos estar atentos e sensíveis à Escritura para que a condução do momento de louvor venha centralizar a Cristo na igreja. E para que isso aconteça, é imprescindível vivermos em santidade, não nos conformando com este mundo. BP – Que conselhos você daria para aqueles que querem formar um bom grupo musical em suas igrejas? Glênio – O primeiro conselho é que a liderança da igreja esteja diretamente envolvida na escolha dos integrantes, orientando os lideres. É necessário que cada integrante não apenas participe do grupo, mas de fato, esteja envolvido com
a igreja em todas as outras programações, como escola dominical, que cumpra a escala de louvor e que participe de todos os cultos. Outro conselho é que seja feito também um teste na área musical com algum músico profissional, para avaliar a aptidão musical dos candidatos. Às vezes o
candidato tem muita admiração pelo ministério de cânticos, porém isso não significa que tenha vocação para cantar. BP – Qual a orientação bíblica para os irmãos que estão ligados à música nas igrejas? Glênio – Em Romanos 11.36 diz: "... dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém." Esse deve ser o lema de cada músico na igreja. Não estamos ali para tocar, em primeiro lugar. É possível que, como músicos, nos sintamos limitados nos estilos musicais que atendem à igreja. Porém, podemos nos satisfazer musicalmente de outras formas, participando de festivais e de outras programações musicais. Temos que estar cientes que o centro da ministração de louvor é Cristo e sua ação na igreja e não a nossa satisfação musical. Que Deus abençoe a todos! Glênio Vilas Boas da Silva é coordenador de música e líder da UMP da Quarta Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte. É licenciado em Música com habilitação em piano, Universidade do Estado de Minas Gerais. Mais informações no site www.quarta.org.br/conlad ou pelo telefone (31) 34853866
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EDUCAÇÃO
Mackenzie recebe nota máxima do MEC E
m avaliação do Ministério da Educação, por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), realizada em dezembro de 2008, a Universidade Presbiteriana Mackenzie, como Síntese da Avaliação, recebeu o excelente Conceito 5. Segundo o reitor do Mackenzie, Dr. Manassés Claudino Fonteles, "essa vitória é o resultado de um esforço coletivo pelo qual parabenizo a toda comunidade Mackenzista." Para essa avaliação, o MEC utiliza como dimensões e indicadores os seguintes parâmetros:
1. Missão e Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI). 2. Política de ensino de graduação e pós-graduação (pesquisa e extensão) com as respectivas normas de operacionalização, incluídos o estímulo à produção acadêmica, bolsas de pesquisa monitoria e demais modalidades. 3. Responsabilidade Social da Instituição. 4. Comunicação com a Sociedade. 5. Políticas de Pessoal, incluindo a de carreira do corpo docente e de corpo técnico administrativo. 6. Organização e Gestão da Instituição, especialmente o
funcionamento e representatividade dos colegiados – sua independência e autonomia em relação à mantenedora. 7. Infra-estrutura física, especialmente a de ensino e pesquisa, biblioteca e sistemas de informação. 8. Planejamento e avaliação – especialmente em relação aos processos, resultados e eficácia da auto-avaliação institucional. 9. Políticas de atendimento aos discentes. 10. Sustentabilidade financeira, tendo em vista o significado social da continuidade dos compromissos na ofertas da educação superior. Sobre esse resultado, o
chanceler da Universidade, Rev. Augustus Nicodemus, deu o seguinte depoimento: Este excelente resultado se deve, sem qualquer sombra de dúvida, à eficiência da Universidade como um todo. O que não se pode esquecer é que por detrás dos esforços bem-sucedidos da Universidade está a sua Mantenedora, o Instituto Presbiteriano Mackenzie, e a Associada Vitalícia do Mackenzie, a Igreja Presbiteriana do Brasil. O Instituto, representando os interesses da Igreja Presbiteriana do Brasil, vem desenvolvendo há vários anos o Planejamento Estratégico
do Mackenzie, que toca nas áreas de qualidade, extensão, eficiência administrativa e confessionalidade da Universidade. É graças ao entendimento claro da visão, missão e valores estabelecidos neste Planejamento, bem como as suas macropolíticas que direcionam a Universidade, que as condições necessárias para que ela se erga academicamente são providas. Por detrás desta Universidade eficiente está uma organização mais que centenária, séria, que vê a educação confessional de qualidade como missão e serviço ao Deus das Escrituras.
ESPORTE
Melhor paraatleta do mundo é Mackenzista E
m 2009, o Mackenzie traz novidades no marketing esportivo: o patrocínio dos paraatletas da natação Daniel Dias, Gabriela Cantagallo e Lucas Ito. O presbiteriano Daniel Dias, membro da Igreja Presbiteriana de Bragança Paulista, que recentemente recebeu o Laureus Sports Awards 2009, o oscar do esporte como melhor pararatleta do mundo, se anima com o patrocínio. “Espero que seja uma boa parceria e que dure anos. Estou muito feliz pela história e pela tradição da Instituição,” fala. Entusiasmado com a
nova parceria, o Diretor de Ensino e Desenvolvimento, Cleverson Pereira de Almeida afirma que, para a instituição, é importante que os atletas honrem os princípios do Mackenzie: “esperamos que nossos atletas entendam o espírito Mackenzista e que sejam coerentes com nossos valores institucionais” declara. Já nesse ritmo, por onde passa Daniel dedica suas vitórias a Deus, dando graças pelas bênçãos alcançadas; ele é exemplo de força, dedicação, superação, mais uma semelhança com seu novo patrocinador.
Fotos reproduzidas do programa "Mais Você", exibido pela Rede Globo, no último dia 19/06/2009, ocasião em que o atleta Daniel Dias apareceu, pela primeira vez, em rede nacional, com o uniforme do novo patrocinador, o Mackenzie
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AQUISIÇÃO
História preservada Túmulos de pioneiros presbiterianos são adquiridos
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Instituto Presbiteriano Mackenzie acaba de adquirir os túmulos de dois pioneiros presbiterianos, os reverendos Zacarias de Miranda e William Alfred Waddell, localizados no Cemitério dos Protestantes, em São Paulo, e que corriam o risco de ser vendidos para outras pessoas por falta de pagamento das taxas de manutenção. De acordo com o reverendo Alderi Matos, historiador da IPB e uma das pessoas que intermediou a compra, tal negociação tem importante valor histórico. Com esta medida, preservamos uma parte da história da IPB. Se não fosse essa aquisição, os túmulos desses importantes personagens poderiam desaparecer para sempre, como já aconteceu em outros casos. Não é uma questão meramente sentimental, mas de preservação histórica, frisou ele. Quem foram Miranda e Waddell ? O Rev. José Zacarias de Miranda e Silva (18511926), mais conhecido como Zacarias de Miranda, foi um dos primeiros pastores da IPB, ordenado em 1881. Foi pastor da Igreja Presbiteriana de Sorocaba, um dos fundadores da Igreja Presbiteriana Unida de São Paulo e redator por alguns anos da Revista das Missões Nacionais. Já o Rev. William Alfred
Túmulos dos pioneiros presbiterianos Revs. Zacarias de Miranda e William Alfred Waddell
Waddell (1862-1939) foi um pastor e engenheiro norte-americano que chegou ao Brasil em 1890 e se tornou um dos fundadores do Mackenzie College e da sua Faculdade de Engenharia, uma das primeiras do Brasil. Além de presidir o Mackenzie por dois mandatos, ele foi um dinâmico missionário no interior da Bahia, onde fundou o Instituto Ponte Nova (1906). Também foi o fundador do antigo Instituto José Manoel da Conceição (1928). Mais informações sobre esses personagens podem ser encontradas no livro de Alderi Matos, Os Pioneiros Presbiterianos do Brasil, da Cultura Cristã. Segundo o reverendo Alderi, a aquisição representa uma vitória para os presbiterianos. Dessa forma garantimos a valorização e a preservação da memória dos nossos pioneiros, dos
homens que ajudaram a construir a IPB, defende. Serviço: O Cemitério dos Protestantes está localizado na Rua Sergipe, 177, no Higienópolis, São Paulo. Telefone (011) 3256-5844.
NOTA DE FALECIMENTO
Rev. Aníbal Pereira Filho No último dia 21 de fevereiro, o Rev. Aníbal Pereira Filho foi chamado à presença do Senhor. Iria completar 93 anos no próximo dia 31 de agosto, dos quais 56 anos foram dedicados ao ministério pastoral. Ele nasceu na cidade de Campanha, MG. Seus pais: Aníbal Pereira e D. Adelaide Paulina Pereira. O rev. Aníbal viveu a sua infância em Soledade, sul de Minas, onde, com 16 anos de idade fez a sua pública profissão de fé. Com 17 anos foi estudar no Instituto Bíblico Eduardo
Lane, em Patrocínio (MG), tornandose evangelista da Igreja Presbiteriana do Brasil em 1942, aos 26 anos. Em 1948, iniciou seus estudos teológicos no Seminário Presbiteriano do Sul onde foi bacharelado. Sua consagração ao ministério pastoral se deu em janeiro de 1953 e em 17 de julho de 1954 casou-se Ruth Côrtes Pereira. O Rev. Aníbal e dona Ruth tiveram três filhos: Juraci Alberto, Rosângela e Aníbal Luís. Este, seguindo os passos do pai, é pastor da IP de Cambé, PR.
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ANIVERSÁRIO
IBEL completa 76 anos O
IBEL comemorou no dia 2 de junho de 2009 o seu 76º aniversário. Todos os anos, por conta da data, a instituição realiza a Semana Frances Hesser, quando são abordados temas teológicos de interesse dos alunos. As comemorações deste ano constaram de palestras sobre os seguintes temas: Discipulado e Literatura com o Rev. Cláudio Antônio Batista Marra, Editor da Cultura Cristã e do BP, que pregou também no Culto de Gratidão; Missões Nacionais com o Rev. Lourival Luiz do Prado e Missões Transculturais com o Rev. Marcos Agripino. Durante o evento as mensagens devocionais foram ministradas pelo missionário Rev. Luciano Breder e esposa. Sob a direção do Rev. Roberto Brasileiro, também presidente do Supremo Concílio da IPB e pastor da IP Vila Constantino, o IBEL é uma associação civil com sede em Patrocínio, MG, fundado em 1933 pela Missão Oeste do Brasil, jurisdicionado pela Igreja Presbiteriana do Brasil. O objetivo do IBEL, sob a orientação da IPB, é preparar obreiros para serviço das Igrejas Evangélicas do Brasil, tendo como base o ensino das Sagradas Escrituras, tal como exposto em nossos símbolos de fé. O IBEL se destaca no cenário teológico, por ser uma escola de natureza
Fotos: divulgação
ímpar na preparação de evangelistas para atender aos campos missionários no Brasil e também no exterior. Desde 1933, a instituição entrega uma média de 30 a 40 evangelistas por ano para a seara do Mestre e procura continuamente melhorar a qualidade do ensino e capacitação do aluno.
Foto principal - Missionária Léa Siqueira, Rev. Roberto Brasileiro, Rev. Luciano Breder e sua esposa Dorcas (JMN) e Missionária Cristina Teresa Amaral Demais fotos de cima pra baixo: Rev. Cláudio Marra, Coral do Ibel, Culto de abertura e, por último, Rev. Roberto Brasileiro e sua esposa, Solange Tambelini Brasileiro
IBEL realiza seminário de música sacra
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contece entre os dias 27 de julho a 1 de agosto o Seminário de Música Sacra, no Instituto Bíblico Eduardo Lane (IBEL), localizado em Patrocínio (MG). Os interessados poderão participar de diversas oficinas temáticas. Inscrições abertas até o dia 20 de julho. Os professores Parcival Módolo, Júnia Chagas, Jonas Nogueira, Suzel Cabral, Miriã Brasileiro Silva, Jaques Silva e Ric Arruda serão os responsáveis por conduzir o seminário. O curso completo, incluindo hospedagem e alimentação, custa R$280,00. O pacote de cinco oficinas, sem os benefícios citados, custa R$180,00. Cada oficina custa, de forma avulsa, R$60,00. As inscrições estão abertas até o dia 20 de julho de 2009.
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CONSULTÓRIO BÍBLICO
Ética X Moralidade Odayr Olivetti
“Que dizer sobre a questão da legalização ou não da prostituição?” (2ª Parte)
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ompletando a resposta publicada anteriormente, vou tratar aqui do aspecto ético do problema da legalização ou não da prostituição. Primeiramente é bom distinguir ou definir termos. Num sentido geral, não técnico, ética e moral ou moralidade são sinônimos. Mais precisamente, porém, a moral trata dos costumes, hábitos e práticas; a ética os considera e estabelece princípios de conduta. Infelizmente, na sociedade moderna, fala-se em ética mais no sentido do corporativismo: formas de relação e tratamento das pessoas que pertencem a uma instituição, ou que trabalham juntas ou que pertencem a um dado grupo social, a uma classe social, a um partido político, a uma corrente educacional ou filosófica, a uma profissão. Fala-se até em ética de quadrilhas de andoleiros. O que interessa a essa ética é a proteção mútua dos interessados. Esse tipo de ética nem merece o nome. A ética, como ciência dos princípios de conduta, tem forte ligação com a filosofia e com a teologia. Cada filosofia determina sua ética; cada sistema teológico determina também sua própria ética. Por isso sempre defendi que nos seminários teológicos a teologia sistemática e a ética tenham o mesmo professor. Durante alguns anos tive o responsabilizante privilégio de lecionar teologia sistemática e ética no SPS. No caso das filosofias, são numerosas e multifacetadas.
Tomemos uns poucos exemplos: a metafísica, o estoicismo, o cinismo, o pragmatismo (utilitarismo) e o existencialismo. A metafísica é a filosofia que lida com o transcendental. Dependendo de seus mestres e adeptos, essa filosofia tende a invadir o terreno da teologia, e pode incluir aplicações práticas ou não. Mas ela é por natureza o trato das realidades ou elucubrações transcendentais. O estoicismo, que teve presença forte em Tarso, terra natal do apóstolo Paulo, é a filosofia que mais se aproxima dos ideais éticos da disciplina cristã – mas somente nesse aspecto. O cinismo (palavra que vem do grego kyon, cão) é caracterizado pelo desprezo pelos valores ético-sociais vigentes. Um seu representante muito conhecido é Diógenes (cerca de 460-390 a.C.). Contam-se casos sobre eles como os seguintes: (1) Dizem que um dia ele saiu com uma lanterna acesa em pleno meiodia em procura de um homem de verdade; (2) Dizem que um dia ele visitou o rico Demóstenes, orador e estadista ateniense, que vivia numa casa excelente, mantida pulcra e bela. Quando Demóstenes recebeu Diógenes, este lhe cuspiu no rosto, e disse: “É o único lugar em que não está escrito ‘Não cuspa, não suje’”! (3) Dizem que Diógenes estava junto do seu tonel-residência, tomando sol. Chegou Alexandre, o Grande, que o admirava e lhe disse: “Pede o que quiseres, e te darei”. O cínico respondeu:
“Que se afaste, para não fazer sombra sobre mim”! O pragmatismo utilitarista, que Caldas Aulete liga ao deontologismo, filosofia do dever, evidenciou-se uma filosofia destruidora do anseio pelo saber profundo e por tudo que não dê proveito concreto e imediato. Utilidade é o que visa acima de tudo o pragmático. Um resultado disso, principalmente entre os homens, é que temos no Brasil muitas mulheres dedicadas às letras e à educação, e muitos homens que se tornam hábeis profissionais (da mecânica à alta medicina), mas que, salvo exceções, escrevem mal e pouco têm da verdadeira cultura. O existencialismo e o pragmatismo são as filosofias dominantes na sociedade moderna. A preocupação do existencialista é com “o aqui e o agora”. O passado é passado; o futuro, que importa? O chamado existencialismo cristão abranda isso, mas não deixou de influir também na ética situacional ou contextual. Essa forma de pensar leva ao conceito de relatividade ética, de relatividade da própria verdade. Absolutos não existem. Teólogos e pastores se deixaram levar por esse conceito, o que explica sua nenhuma ou pouca ênfase à disciplina das igrejas. É certo que os missionários e os evangelistas têm que levar em conta as diferentes culturas com seus diferentes costumes. Mas que o façam sem deixar de viver e apregoar os padrões absolutos funda-
mentais da verdade, da honestidade, da pureza. O objetivo do cristianismo é transformar a vida e o caráter das pessoas, não acomodar-se a seus pensamentos e costumes. O próprio Charles Darwin, a quem atribuem muita coisa que ele não disse, mostrou a tremenda diferença entre tribos indígenas atrasadíssimas e convertidas pelo evangelho, e outras não atingidas pelos missionários. Das muitas formas de ética que estudei, só encontrei uma com posição correta nesta questão. Faz muitos anos, não lembro o nome, mas lembro o conteúdo essencial: A verdade não é relativa; os valores éticos fundamentais não são relativos; o homem é que é “relativo”, o homem é que flutua de acordo com as circunstâncias, os lugares e as épocas. Esse homem precisa da transformação produzida pelo Espírito Santo, e sua mente precisa deixar-se levar cativa da mente de Cristo (2Co 10.5 e Fp 2.5). Importante distinção: a ética secular e a ética religiosa, em particular, a ética cristã. A ética cristã é de essência religiosa, de modo que deve fundamentar seus conceitos, princípios, normas e propósitos aos padrões da Escritura Sagrada. Corolário importantíssimo: A igreja não pode querer impor ao mundo sua ética. Toda vez que tentou fazer isso o resultado foi péssimo. Exemplo: a lei seca imposta ao povo dos Estados Unidos gerou imensa clandestinidade na produção de bebidas alcoólicas e seu
comércio fortaleceu os criminosos, propiciando o desenvolvimento da famosa máfia de Al Capone e outros. Conclusão As igrejas evangélicas brasileiras podem e devem ajudar as autoridades na busca de soluções razoáveis para o problema da prostituição, mas não devem ter a pretensão de impor a uma sociedade corrupta, pagã, hipócrita (maioria cristã?!) a pura, maravilhosa e divina ética cristã. E que cada um de nós, no meio da terrível poluição moral que entra em nossas casas pela janela da TV, procure desenvolver o que o apóstolo Paulo, inspirado, nos exorta a fazer, em Filipenses 4.8,9: “... irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso que ocupe o vosso pensamento. O que também aprendestes, e recebestes e ouvistes e vistes em mim, isso praticai, e o Deus da paz será convosco”.
O Rev. Odayr Olivetti é pastor presbiteriano, ex-professor de Teologia Sistemática do Seminário Presbiteriano de Campinas, escritor e tradutor. odayrolivetti@uol.com.br
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RESENHA
Mulheres notáveis no plano de Deus Bruna Perrella Brito
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á 40 anos (1968), nos Estados Unidos, quatrocentas mulheres do Woman’s Liberation Movement (Movimento de Libertação Feminina) se reuniram para protestar contra o Miss América daquele ano. Escolher um padrão de beleza – a americana mais bela – era visto como uma imposição arbitrária a ser seguida pelas demais mulheres, considerando a exposição comercial que tal evento tinha então e o alcance dele dentro das famílias. O protesto foi um marco do período de transformação da postura da mulher em relação ao seu papel na sociedade. A mulher alcançou uma considerável parte da “liberdade” que queria. Muitas reivindicações eram justas e necessárias, como salários iguais aos dos empregados do sexo masculino. Na busca da igualdade feminina, qualquer personagem que demonstrasse submissão a uma figura masculina era menosprezada. Dentro desse contexto, o papel bíblico da mulher como auxiliadora do homem foi considerado, por muitas feministas, como uma imposição machista que deveria ser desconsiderada, ignorada e até ridicularizada. Embora o movimento feminista tenha perdido força com o passar do tempo (conforme as reivindicações foram sendo alcançadas), essa visão antibíblica do papel feminino deixou as suas marcas entre nós. Apesar do que as feministas
afirmaram, Deus concedeu à mulher um papel importante e extraordinário. Quem diz o contrário, certamente
O papel bíblico da mulher como auxiliadora do homem foi considerado, por muitas feministas, como uma imposição machista que deveria ser desconsiderada, ignorada e até ridicularizada
não entendeu corretamente as implicações desse papel designado por Deus à mulher. John MacArthur em seu livro Doze mulheres notáveis mostra justamente o valor das mulheres da Bíblia como peças fundamentais no plano divino, desempenhando funções de grande prestígio. Aqueles que leram Doze homens comuns estarão familiarizados com o formato escolhido pelo autor para esse livro – um capítulo para cada personagem abordada, com aplicações práticas para a vida do leitor. As mulheres que MacArthur escolheu para examinar se encontram tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. São elas: Eva,
Sara, Raabe, Rute, Ana (mãe de Samuel), Maria (mãe de Jesus), Ana (de Lucas 2.3638), a Mulher Samaritana, Marta e Maria (que dividem um mesmo capítulo), Maria Madalena e Lígia. Ao todo são 11 capítulos mais a Introdução. Nela, MacArthur começa falando da elevada posição que a mulher ocupa dentro das Escrituras. Mostrando que as mulheres nunca foram rebaixadas a uma posição secundária ou consideradas menos importantes que os homens, o autor nos leva em uma viagem pela vida dessas várias mulheres, exemplos de hospitalidade, bondade, disposição para o trabalho, fé, integridade e virtude. De forma agradável e com linguagem simples e direta, MacArthur nos permite ver de perto por que essas mulheres podem ser chamadas de notáveis, bem como quais características as fazem notáveis não só como mulhe-
De forma agradável e com linguagem simples e direta, MacArthur nos permite ver de perto por que essas mulheres podem ser chamadas de “notáveis”
res, mas – e principalmente – como seres humanos que dedicaram a vida inteiramente a Deus, entregando o seu caminho a ele e confiando nele mesmo quando isso parecia impossível. São notáveis não pelo que acrescentaram à obra de Deus, e sim pelo que Deus mostrou e trabalhou por meio delas. Não é um livro só para o público feminino – é um livro para todos os cristãos que desejam se aprofundar no conhecimento do que de Deus pode realizar por meio da vida de cada indivíduo que escolhe para si. Doze mulheres notáveis expõe como a simplicidade e a entrega de vida para Deus é valiosa aos olhos dele. O nosso Salvador não
estava só cercado de doze homens comuns, escolhidos como discípulos, ele tinha em sua companhia mulheres notáveis, que consagraram a vida para servi-lo. Muito contrário à visão de subserviência que apresentam da mulher da Bíblia, esse livro deixa claro a alta consideração que a mulher encontra dentro do plano de Deus. Doze mulheres notáveis: como Deus formou mulheres da Bíblia e o que ele quer fazer com você – John MacArthur, Editora Cultura Cristã, 176 págs.
Bruna Perrella Brito é autora e revisora da Editora Cultura Cristã
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Brasil Presbiteriano
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GALERIA PRESBITERIANA
Rev. Ephraim de Figueredo Beda (19.06.1932 – 01.07.2008)
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o último dia 1o de julho completou-se um ano do falecimento desse destacado e ilustre pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, que foi responsável pelo BP nos anos 80. Nascido aos 19 de junho de 1932, em Santa Maria da Vitória, BA (campo da missão Presbiteriana do Brasil Central), Ephraim era filho do Sr. Cândido Figueredo Beda e Dona Ambrosina de Figueredo Beda. Foi batizado na igreja local pelo Rev. Richard Lord Waddell. A semente do evangelho que o velho pai Cândido Beda plantou em seu coração caiu em boa terra e produziu frutos. Em virtude de dificuldades financeiras, a família mudou-se para o estado de São Paulo, em 1936 e, passando por Campinas, acabou fixando residência em Santa Bárbara D’Oeste. Em 1938, mudou-se para a cidade de São Paulo. Por comum acordo entre as famílias o menino Ephraim e sua irmã Eunice foram adotados e educados pelo Rev. Avelino Boamorte e sua esposa Ruth. Ephraim professou sua fé a 31 de dezembro de 1946 em cerimônia realizada na IP Betânia. A influência do Rev. Avelino e de dona Ruth em sua vida foi decisiva para seu crescimento na fé. Nesse período passou a estudar no Instituto
Mackenzie, e após oito anos concluiu o primário, ginásio e colegial. O Rev. Avelino costumava levar a família a Campinas anualmente para as comemorações do aniversário do Seminário Presbiteriano do Sul. Numa dessas visitas, o adolescente Ephraim conversou bastante com o então seminarista Paulo Lício Rizzo (filho do Rev. Miguel Rizzo Jr.) que lhe fez o seguinte convite: “Agora vamos conhecer a escola em que você vai estudar algum dia...”. Não sabemos o que eles conversaram, mas aquele foi o primeiro “toque de Deus” no coração de Ephraim, chamando-o para o pastorado (essa experiência foi contada por ele mesmo no dia da sua ordenação). Sua irmã, Eunice de Figueredo Luz, afirma que o Rev. Ephraim sempre dizia: “Eu sei o que Deus quer de mim”. Ela também declara: “Eu só entendi quando, anos mais tarde, ele nos contou que havia se matriculado no Seminário”. No dia 28 de abril de 1956, Ephraim casou-se com Isolde Cecília Pfaff. Ele a conheceu quando a mesma tinha 9 anos e juntos freqüentavam a IP Betânia, bem como estudaram juntos no Mackenzie. Tiveram dois filhos, Gerson Eduardo e Paulo Sérgio, e uma neta, Paula Cristina.
Ephraim formou-se em Comunicação Social na USP e em Jornalismo na Cásper Líbero, tendo obtido na USP o doutorado em comunicação, na área de Jornalismo e Editoração, onde militou como professor por doze anos. Manteve uma coluna evangélica na Folha da Tarde por cinco anos. Foi um dos cinco presbiterianos que fundaram o Comitê Pró-Restauração do Mackenzie, que muito lutou para que aquela instituição voltasse a ser propriedade da IPB. Em 1967, ingressou no Seminário Presbiteriano Independente de São Paulo, tendo terminado o seu curso teológico no Seminário Metodista Livre. Foi ordenado em 26 de março de 1972, pelo Presbitério Bandeirantes. O culto da sua ordenação ocorreu no templo da IP Unida de São Paulo, e o versículo que ele escolheu para sua pregação foi: “... eu recebi do Senhor o que também vos entreguei...” (1Co 11.23). O Rev. Ephraim pastoreou as igrejas: Granja Viana, Brasilândia, Jardim Regina, Monte Santo, Betânia, Rio Pequeno e Alto da Lapa, todas na capital paulista. Ocupou todos os cargos no presbitério e foi seu presidente por um mandato. Representou seu presbitério em várias reuniões do Sínodo de São Paulo, ocupando ali
vários cargos, inclusive por duas vezes sua presidência. Representou o Presbitério no Supremo Concílio por oito vezes, ocupando ali várias funções, uma delas na Comissão de Projeto de Reforma do Código de Disciplina da IPB. Foi diretor do Brasil Presbiteriano por duas vezes, e professor do Seminário Presbiteriano do Sul, em Campinas. No final da década de 70, fundou e dirigiu por cinco anos o Instituto Presbiteriano de São Paulo, que funcionou nas dependências da IP Unida de São Paulo. Na palavra de alguns irmãos, membros de igrejas que pastoreou, ele “vivia o que pregava”. Exortava seus ouvintes com as seguintes palavras: “Orem sem desanimar, na certeza de que Deus está ouvindo suas súplicas. No momento certo, sua benção virá”. O Rev. Ephraim transmitia aos seus ouvintes lições de humildade, a importância da verdade, paciência, fidelidade, desprendimento e pontualidade, sendo homem de caráter justo, digno e íntegro. Nas igrejas por onde passou procurou desenvolver a música, sempre segundo a Palavra de Deus. O Rev. Ephraim possui, ainda hoje, um lugar de destaque no coração daqueles que tiveram o privilégio de aprender com seu
exemplo. “Como é bom”, dizia sempre, “estar ao lado de Jesus!”. Alguns membros da atual Congregação Presbiteriana do Rio Pequeno afirmaram que o Rev. Ephraim destacou-se como um conselheiro que atendia tanto a um adolescente como um adulto, e as perguntas que se lhe apresentavam, ele respondia sempre com a Bíblia. Dentre as igrejas pastoreadas pelo Rev. Ephraim, destaca-se a IP de Brasilândia, onde permaneceu por quase 24 anos. Seus filhos espirituais até hoje lembramse com muita saudade dos vários momentos que passaram juntos. O Rev. Ephraim foi jubilado na Reunião Ordinária da Comissão Executiva do Supremo Concílio da IPB, realizada na cidade de Vitória – ES, em março de 2003. O Rev. Ephraim faleceu no dia 01 de julho de 2008. Com gratidão em nossos corações prestamos essa homenagem a um servo Deus que, com certeza “combateu o bom combate, completou a carreira, guardou a fé”. Eunice de Figueredo Luz, Rev. Gilberto da Costa Barbosa, Maria Cristina de Matos Leite e Palmyro Jorge de Souza.
Brasil Presbiteriano Para os teens
125 anos da SAF Feminina A Sociedade Auxiliadora 11 de dia no completa 125 anos lá, as é At o. novembro deste an o reaerã dev l SAFs de todos Brasi nas aça Gr de lizar Cultos de Ações ção bên a pel us igrejas e louvar a De ifem io tér nis mi desse importante , bro vem no de nino. No dia sete ais ici Of s lto Cu serão realizados os cional, na pela Confederação Na nas. Na azo Am IP de Manaus, no Reunião a erá ocasião, também hav Que os Fs. SA da Diretoria da CN já, por de des m, irmãos e irmãs ore esses eventos.
Duas notícias que interessam muito os adolescentes! A primeira é que no próx imo dia 25 de julho será realizado o Dia Nac ional do Adolesecente (DNA), na Igreja Pres biteriana do Rio de Janeiro. A programação começará às 10h e o pregador será o Rev. Hav eraldo F. Vargas Jr. Já a segunda, é sobre o Naupa 2010. O evento acontecerá no Sesc de Gua rapari, no Espírito Santo, entre os dias 1º e cinco de fevereiro do ano que vem. As inscriçõ es estão abertas e custam R$ 295,00. Os preg adores do Naupa 2010 serão: Roberto Brasileiro, Marcelo Gualberto, Hernandes Dia s Lopes, Leninha Maia e Haveraldo F. Varg as Jr
Sesc de Guarapari, no Espírito Santo
Congregação Presbiteriana da Praça Seca comemora 3 anos Seca. Na reunião do Conselho da A Congregação Presbiteriana da Praça da Praça de Honório Gurgel do dia 01 de abril Seca, RJ, comemorou, no último dia 16 de IP 2006, o Rev. Josias apresentou e viu maio o seu 3º ano de organização. Com a de ada a proposta de abertura do trabalho participação da igreja mãe (IP de Honório aprov onário na Praça Seca. Gurgel), das Congregações Presbiterianas missi do Mendanha e da Fazenda Botafogo e Iniciou-se a organização do trabalho miss fomo ntes, visita também de muitos outros sionário com um culto no dia 05 de abril. de a imad aprox agraciados com a presença A princípio as reuniões eram no pátio do tual. cem pessoas nessa festa espiri Instituto às 4ª feiras. Mas Deus nos ajudou e após uma reforma na casa do mesmo ção rega Cong Resumo histórico da Instituto, passamos nossas atividades em 2007 para esta casa”, relembra o reverendo s Josia Rev. o , 2006 No início de janeiro de Josias Vieira Sistons, atual pastor da conde IP da iar auxil Vieira Sistons, pastor gregação.. Honório Gurgel, foi residir com sua famíO pastor afirma que a congregação está lia no bairro da Praça Seca. Neste período na evangelização, nas visitações ele conheceu a dimensão do bairro, visitou empenhada discipulado dos novos convertidos. igrejas e percebeu a carência de um trabalho e no Temos muitos sonhos e serão realizados presbiteriano. lhadores desta Seara com a graça O Rev. Josias entrou em contato com o pelos traba tação do Senhor que nos mostrou o seminarista Uziel Rodrigues e o diretor do e orien fértil da Praça Seca. Que a nossa oraInstituto Eu Sou (antigo AEPAM), Sr. Paulo campo sempre essa: Cumpra-se ó Deus, o Corrêa, iniciando assim os contatos para a ção seja r em nossas vidas, espera Sistons. abertura da plantação da Igreja Presbiteriana teu quere
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AGENDE-SE
Saiba onde acontecerão os próximos cultos pelos 150 anos da IPB Pregador: rev. Hernandes Dias Lopes Dia 25 - Salvador (BA) Grande cruzada nacional de Rev. Roberto Brasileiro ações de graças pelos 150 Culto no Teatro Castro Alves anos da IPB e pela chegada (local aguardando confirma- de Simonton ao Brasil ção) Local: Praça da Apoteose, Horário: 19 horas Rio de Janeiro Horário: 15 horas AGOSTO 2009 O Rio de Janeiro criou um site para divulgar as Dia 1 - Contagem (MG) celebrações que irão aconCulto na Igreja Presbiteriana tecer em agosto na capital Central de Contagem. fluminense. Acesse: www. Pregador: rev. Roberto ipb150anos.com.br Brasileiro Horário: 19h30 OUTUBRO JULHO 2009
Dia 8 - São Paulo (SP) Culto no Ginásio do Ibirapuera. Pregador: rev. Roberto Brasileiro Horário: 16 horas
Dia 3 - Belém (PA) Aguardando detalhes
Dia 22 - Brasília (DF) Pregador: Rev. Roberto Brasileiro. Culto no Ginásio Nilson Nélson (aguardando confirmação) às 18 horas.
Dia 16 de agosto: Culto no Espaço Cassiano Ricardo, em São José dos Campos (SP). Pregador: rev. Arival Dias Casimiro. Iniciativa das igrejas do Presbitério Vale do Paraíba. Horário: 18 hrs. Informações: ivam@ipb. org.br
CELEBRAÇÕES SINODAIS E LOCAIS (INICIATIVAS Dia 12 - Rio de Janeiro (RJ) REGIONAIS): - Inauguração do Monumento Escultórico Dia 9 de agosto: Interativo do Casal Culto na IP do Glória, Missionário Ashbel e Helen Belo Horizonte (MG). Simonton, no Porto do Pregador: Rev. Jeremias RJ (local da chegada de Pereira da Silva. Iniciativa Simontom ao Brasil). do Presbitério Norte de Horário: 10 horas Belo Horizonte. Na oca- Culto solene na Igreja sião participará o conjunto Presbiteriana do Rio de musical Vencedores por Janeiro. Pregador: rev. Cristo. Horário: 18 hrs. Roberto Brasileiro Informações: pastoradair@ Horário: 19h30 hotmail.com
Dia 29 - Rio de Janeiro (Grande concentração nacional).
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Brasil Presbiteriano
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COMO TUDO COMEÇOU
O início do presbiterianismo em Sergipe Gilmar Araujo Gomes
A
inserção do presbiterianismo em Sergipe deveu muito ao ímpeto desbravador dos vendedores de Bíblias e livros de religião, chamados de colportores. Pedro Nolasco de Andrade é reconhecido como o primeiro a lançar a semente do protestantismo em terras sergipanas, quando passou pela cidade de Laranjeiras em 1863, vendendo Bíblias e enfrentando perseguições. Em 1868, aqui passou Torquato Martins Cardoso, colportor da Sociedade Bíblica Britânica. Em nome da Sociedade Bíblica Americana aqui estiveram, em 1878, os colportores Pedro Degiovanni, Cristiano Peixoto e Camillo Tito Rossi. Em momento posterior também aqui estiveram desbravando o campo sergipano o Rev. Hugh C. Tucker, da Igreja Metodista, Frederick Glass, Filadelfo Pontes, Thomas Gallart, Antão Pessoa e Adonias Amparo. Preparado o terreno, vieram os pastores ordenados, e os presbiterianos foram os primeiros a chegar, vindos da Bahia e ligados à Missão de Nova York. Pastoreando em Salvador, o Rev. Francis Schneider notificou haver cidades ao norte que gostariam de receber um Ministro
Protestante para lhes pregar o evangelho. Em 1878, indo para Recife, o Rev. Alexander Blackford esteve pela primeira vez em Sergipe, pernoitando e pregando em Aracaju e
e comércio fortalecido, germinavam idéias livres de um discurso progressista, republicano e abolicionista, combinações adequadas para a aceitação da mensagem protestante.
Rev. Alexander Blackford
Laranjeiras, onde sua mensagem foi bem-recebida. Retornando em 1881, o cunhado de Simonton demorou-se mais três semanas, fortalecendo o trabalho iniciado pelos colportores. A volta de Blackford a Sergipe ocorreu em 1884, quando foi organizada em Laranjeiras a Primeira Igreja Evangélica Presbiteriana, no dia 28 de dezembro. Nesta próspera cidade, com seus casarões
Reconhecido como o primeiro converso da Missão Presbiteriana em Sergipe, o comerciante Manuel dos Santos David tornouse cooperador incansável, hospedando os pregadores e denunciando nos jornais e tribunais os abusos do clero romanista. Pastoreando em Salvador, Blackford fazia visitas esparsas a Sergipe até retirar-se completamente em 1866. Neste ano, o Rev. John Benjamin
Kolb veio para Laranjeiras e tornou-se o primeiro pastor protestante a residir em Sergipe, sendo enviado pelo Presbitério do Rio em atendimento a um grande abaixo-assinado de fiéis pedindo um obreiro residente. Ele realizou um intenso ministério itinerante pelo estado, a exemplo das 720 km que percorreu em evangelização, durante 1888. Pelo seu esforço, muitos pontos de pregação foram estabelecidos em todo o estado. Com Kolb nasce em Sergipe a Escola Americana, depois transferida para Aracaju e mais uma vez para o sertão baiano, anexando-lhe um hospital e internato para tornarse o Instituto Ponte Nova. Em fins de 1892, Kolb foi transferido para a Bahia, sendo substituído pelo Rev. W. E. Finley. A expansão continuou, principalmente nos sítios e povoados. Em 1896, o Rev. Cassius Bixler chegou para apoiar os trabalhos, residindo em Estância e tornando-se o desbravador do sul sergipano: Riachão do Dantas, Simão Dias, Urubutinga, Lagarto, Buquim, Itabaianinha, entre as principais. A próxima conquista foi a organização da Igreja Evangélica Presbiteriana de Aracaju, ocorrida em 13 de dezembro de 1901. A Igreja Presbiteriana em Estância organizou-se em 1905 com
o empenho do Rev. Bixler e apoio dos evangelistas Manuel David e José Maria. Junto com Laranjeiras e Aracaju, Estância formou o tripé em que se sustentou a evangelização sergipana.
Rev. Francis Schneider
Em 2009 completam-se 125 anos desde a organização da Primeira Igreja Presbiteriana em Sergipe. Essa herança de fé foi sustentada e transmitida no esforço dos obreiros das igrejas locais, presbíteros, diáconos, professoras e evangelistas. Fiéis que não podemos esquecer: Manuel David, Pedro Sotero Machado, Manoel Machado Araujo, Honorino Araújo, Manoel da Fraga Alves, Penélope Magalhães dos Santos, Jovina Moreira, Domingos José Ferreira, João Teles de Souza, entre tantos. Hoje o dever de continuar a obra é nosso. Rev. Gilmar Araujo Gomes Presbitério Sul de Sergipe