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Brasil Presbiteriano O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Ano 51 nº 656 – Junho de 2009

Manoel Zico

Chuvas: saiba como ajudar as famílias atingidas no Norte e Nordeste do Brasil Páginas 10 e 11

Calvino: 500 anos de história

Raquel Magalhães

Página 14

150 anos, em Vitória, reúne cerca de 10 mil pessoas Página 17


Brasil Presbiteriano

Junho de 2009

EDITORIAL

500 anos de João Calvino J

oão Calvino nasceu na cidade de Noyon, na França, a 10 de julho de 1509, segundo filho de Gérard Calvin e Jeanne Le Franc. Inteligente, estudioso e possuidor de notável memória, tirou o melhor proveito possível das oportunidades educacionais que encontrou. No latim que usaria para escrever as Institutas ele tornou-se fluente bem cedo e suas habilidades para o estudo e a leitura crítica tornaram-se parte importante de sua bagagem. É provável que Calvino tenha se convertido entre os 20 e 25 anos de idade, talvez por influência de seu primo Olivetanus. De qualquer modo, isso fez a grande diferença em sua vida. Calvino foi possuído de um intenso desejo de progredir e passou a ser imediatamente procurado por outros ávidos pela Palavra, ainda que ele mesmo não soubesse muito dela nessa altura. Onde estivesse, aí estava uma escola da Escritura.

A própria Reforma Protestante do século 16 passou à História como um claro resgate da Escritura, de seu estudo O fedor da sujeira e excremenetosdenosua aplicação à vida chão era inacreditável" diária. influência (pág.447).Por A filantropia e o do trabalho voluntário de caridade próprio Calvino, sob as foram respostas cristãs naquele Escrituras, o cristianismo contexto. Grupos se organizadeixou de ser beneficentes apresenta-e ram. Sociedades do comose algo estanque orfanatos multiplicaram. "O grupo Clapham foi um exemplo e limitado à religião. O excepcional ... e seu trabalho Deus Soberano revelado refletia o papel chave desempena Bíblia passou voluntáa ser nhado pelas sociedades rias nas atividades reconhecido e filantrópicas pregado como o Senhor de todas A IPB existe há 150 anos em as razão umesferas. contexto Por que essa significa um odesafio impacto da área Reforma perene na social, e muitas têm sido aas respostas dos sobre toda sociedade presbiterianos à carência reinanfoi decisivo, podendo-se te. Este jornal tem informado dizer quedessas Calvino, a respeito ações,como como estímulo ada que Palavra, mais se faça teve nesse mestre sentido e para que se glorifique poucos que o igualassema Deus por isso. É, por isso, com ao longoa da História como gratidão Deus que acompapersonagem moldador de nhamos e noticiamos a respeito das iniciativas uma cultura. de presbiterianos por ocasião da lamentável traVezes conta,sobre Calvino gédia queem se abateu Santa eCatarina o calvinismo são estados apree sobre outros brasileiros (págs. e 11).que É a sentados como10algo Jesus que estamos servindo (Mt cabe em cinco pontos, o que estádestaque longe de lhesedição fazeré Outro desta a matériaA sobre o ensino do nos criajustiça. herança que cionismo no Mackenzie e a legou o reformador reade ção da mídia secular. Não comeGenebra, que çamos nadaessa que mesma outras escolas moldou o Ocidente a partirjá evangélicas e confessionais

do século 16, é bem mais ampla e mais rica. Os estudiosos da cultura ocidental reconhecem isso. Em

recente pesquisa, publica- mais influenciou e ainda da pelo New York Times, influencia o mundo. o calvinismo foi apontado Precisamos conhecê-la como a terceira ideia que melhor.

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não estejam fazendo, mas o grito EXPE­DIEN­TE

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Órgão Oficial da

Ano 51, nº 656 – Junho de 2009 Rua Miguel Teles Junior, 394 – Cambuci, São Paulo – SP - CEP: 01540-040 www.ipb.org.br Conselho de Educação Cristã e Publicações: Mauro Meister – presidente André Luis Ramos - secretário Alexandre Henrique Moraes - tesoureiro

Telefones: (11) 3207-7099 Editora Cultura Cristã: Haveraldo Ferreira Vargas - superintendente Cláudio Antônio Batista Marra – editor

Uma publicação do Conselho de Educação Cristã e Publicações

E-mail: bp@ipb.org.br

Conselho Editorial: Alexandre Henrique Moraes Anízio Alves Borges Cláudio Marra (supervisão) Hermisten Maia Pereira da Costa

Jader Borges Filho Misael Nascimento Valdeci da Silva Santos

Edição e textos: Raquel Magalhães - ES - 01149/JP E-mail: bp@ipb.org.br  Diagramação: Aristides Neto Impressão: Folhagráfica


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DOCUMEN­TOS DA HISTÓRIA DA IPB

Modus Operandi (1917) Alderi Souza de Matos

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m 1917, a Igreja Presbiteriana do Brasil firmou um acordo de cooperação com as missões norte-americanas que atuavam no país. Esse acordo ficou conhecido como Modus Operandi ou Plano Brasileiro (“Brazil Plan”). O texto foi aprovado preliminarmente no dia 9 de dezembro de 1916, em São Paulo, por uma comissão especial que teve como relator o Rev. Matatias Gomes dos Santos. Os outros ministros que integraram a comissão eram os seguintes: da IPB, Belmiro de Araújo César; da Junta de Nova York (Igreja do Norte), William A. Waddell, Ashmun C. Salley, Roberto Frederico Lenington, Harold C. Anderson e Cassius E. Bixler; do Comitê de Nashville (Igreja do Sul), Samuel Gammon, Robert Daffin e William M. Thompson. Na parte introdutória, o texto afirma: O fim do trabalho missionário é estabelecer a Igreja Nacional autônoma e esse fim já está realizado no Brasil. Esse fato já tem sido várias vezes referido, tanto pelos concílios nacionais, como pelas missões. Há, porém, ainda vastas regiões intactas, multidões não alcançadas pela voz do evangelho puro, o que plenamente justifica o prosseguimento do trabalho missionário. Torna-se, pois, imprescindível o estabelecimento de um novo regime que harmonize os interesses e defina os limites do campo de atividade das duas forças, a das missões e a da igreja no Brasil. Foi inspirada nesses fatos que a Assembléia de 1916 tomou as deliberações já conhecidas e referentes a este novo regime. Para dar cumprimento ao que foi proposto por aquela Assembléia Geral em referência às

novas relações que devem existir entre a Igreja Presbiteriana e as missões que com ela cooperam, a Comissão mista, para esse fim, vem respeitosamente recomendar o seguinte Modus Operandi. Em seguida foi proposto um regulamento das relações entre as duas partes, composto de 6 capítulos e 21 artigos. O primeiro capítulo tratava do “Campo de trabalho” em um único artigo:

missionários cedidos para trabalhos especiais, como a docência no seminário presbiteriano, deviam manter-se vinculados aos seus presbitérios de origem. Deviam, porém, prestar aos concílios nacionais todas as informações e relatórios solicitados, ficando o seu trabalho sob a fiscalização direta desses concílios (Art. 5º). O terceiro capítulo, “Jurisdição”, dava aos missionários plena Arquivo

Esse vasto território fica sob a responsabilidade da Assembléia Geral e das Missões. Considera-se campo da Assembléia o atualmente ocupado pelos seus Presbitérios e campo das Missões o em que elas exerçam a sua atividade. O segundo capítulo, intitulado “Relações entre obreiros”, proibia que os missionários fizessem parte dos presbitérios nacionais, com algumas exceções: Nenhum dos obreiros da Igreja Presbiteriana no Brasil, ou das missões, poderá fazer parte de duas dessas corporações simultaneamente, salvo nos casos adiante referidos (Art. 2º). Os

autoridade eclesiástica em seus campos, mas reservava para os presbitérios a jurisdição sobre os candidatos ao ministério e os licenciados. Os missionários e pastores deviam respeitar os limites de seus respectivos campos, bem como as cartas de transferência e os atos disciplinares. O quarto capítulo, que tratava de “Subvenções”, dispunha que, nos casos em que um campo missionário estava em condições de ser transferido para a igreja nacional, mas não tinha meios para custear o sustento pastoral, as missões deviam continuar a subvencionar o trabalho.

O quinto capítulo versava sobre “Transferência de campos de trabalho”. Seu caput declarava o seguinte: Sendo transitória a autoridade dos elementos missionários e permanente o serviço da Igreja Nacional, deve haver facilidade no modo de transferir campos das missões para os presbitérios. A seguir, eram apontados os critérios para tais transferências. Finalmente, o capítulo 7 dispunha sobre a criação de uma “Comissão Permanente Executiva”, para promover a maior eficiência possível na execução do Modus Operandi. A comissão, que deveria reunir-se anualmente, seria composta de três representantes de cada missão e seis representantes da IPB. Para evitar o isolamento entre as partes, o acordo incentivava atitudes de aproximação. Por exemplo, o artigo 6º dizia: Os missionários... farão o possível para desenvolver um espírito de solidariedade entre as suas congregações e as igrejas dos presbitérios. O artigo 11 dispunha: É altamente conveniente que os presbitérios e as missões troquem anualmente informações minuciosas do movimento geral do seu trabalho. O texto do acordo foi discutido, votado e aprovado pela Assembléia Geral de 1917. Manteve-se em vigor até 1954, quando foi adotado um novo plano de cooperação entre a IPB e as missões, gerido pelo Conselho Inter-Presbiteriano (CIP). Estudiosos como Erasmo Braga e Paul E. Pierson concluíram que o Modus Operandi teve conseqüências positivas e negativas para o trabalho evangelístico presbiteriano no Brasil. O Rev. Alderi Souza de Matos é pastor presbiteriano e historiador oficial da IPB. asdm@mackenzie.com.br

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EDUCAÇÃO

A aprendizagem da Wilson do Amaral Filho

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ntre os atributos que caracterizam a espécie humana está a fé. O ser humano é crédulo. Faz parte de sua constituição o acreditar/desacreditar, o confiar/desconfiar. A fé se desenvolve no ser do mesmo modo como ocorre com o corpo, a mente, o raciocínio, o sentimento, a lógica, o conhecimento, o amor e tudo mais. A fé é parte do fenômeno da experiência humana. Analisada sob a evolução do significado lingüístico, a palavra “fé” (pistis) significava inicialmente uma confiança nas pessoas ou na divindade. Manter a confiança exigia fidelidade às promessas e aos tratos feitos. Especialmente em relação à divindade, a confiança e a fidelidade do crente eram percebidas por sua obediência e assentimento à revelação divina. A prática obediente da revelação pressupunha a convicção da existência divina e de sua atuação na vida cotidiana. O estoicismo incorporou o conceito de fidelidade moral em relação a Deus e ao próximo, enquanto que as religiões místicas incorporaram o significado de abandono de si mesmo à divindade. Todos os elementos citados acima são conhecidos

da fé cristã: confiança, fidelidade, obediência e assentimento à revelação, convicção da existência de Deus e de sua ação na vida pessoal e no mundo, e assim por diante. Entretanto, vários estudiosos do desenvolvimento humano, inclusive cristãos, tratam da questão da fé no indivíduo e como ela se desenvolve. Alguns deles, como James Fowler, procuram estabelecer estágios de desenvolvimento da fé na pessoa, sem que isto signifique o desenvolvimento de uma fé cristã. A importância de seus estudos é vista por estudiosos cristãos, entre eles Robert W. Pazmiño (CEP, 2008), lhar com a fé de crianças, adolescentes, jovens e adultos, no âmbito da comunidade cristã.

A fé é concedida de maneira irrecusável e, cada um dos que a manifesta, é responsável por desenvolvêla, pelo conhecimento de Deus em Cristo, por meio de seu Espírito e por sua Palavra

como uma ferramenta importante para se traba-

a fazê-lo crescer. Mas a manifestação da fé na vida pode ser vista progressivamente. No estágio em que se encontrava, o apóstolo reafirmou sua fé, dizendo: “... não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé” (Rm 1.16-17).

verdade de uma promessa gratuita, em Cristo, e revelada a nossa mente, selada em nosso coração pelo Santo Espírito’” (LPC, Sob as luzes da Escri1985). Diante do texto de tura, a fé é “a certeza de Romanos 1.17, o próprio coisas que se esperam, a Calvino comenta: “Quanto convicção de fatos que se mais nosso conhecimennão vêem” (Hb 11.1). Não to da verdadeira religião é uma faculdade apreenaumenta, vemos a graça dida pelos cinco sentidos de Deus com maior clarie, portanto, pode-se quesdade e mais familiaridade, tionar se pode ser aprencomo se ele se aproximasdida pela instrução cristã. se de nós. [...] Paulo não A verdadeira fé provém está aqui comparando os da graça de Deus, “porpais [do AT], que viveram que pela graça sois salvos, sob a Lei, conosco, mas mediante a fé; e isto não Citando Calvino, o Rev. assinala o progresso diávem de vós; é dom de Wilson Castro Ferreira rio de cada crente” (traduDeus; não de obras, para escreveu: “Calvino julga ção livre). Enfim, viver que ninguém se glorie” (Ef bom dar uma definição por fé exige o próprio 2.8-9) e, portanto, pode-se de fé e, assim, diz: ‘Fé é desenvolvimento da fé, à questionar se é possível o firme e seguro conhe- medida que outras partes manipular esse dom divi- cimento do favor divino do ser humano também no na pessoa, de modo para conosco, fundado na se desenvolvem.


Brasil Presbiteriano Sob as luzes da Escritura, a fé é “a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem” (Hb 11.1)

A experiência de mais de trinta anos de ministério pastoral mostra, entretanto, que o cristão pode se desenvolver física, moral, intelectual, profissional, afetiva e religiosamente, sem que isto signifique que cresceu na fé. Por exemplo, ser cristão idoso não é o mesmo que ser cristão maduro na fé. Ser psicologicamente resolvido não significa, igualmente, ter uma fé resoluta. O conhecimento teológico não garante a fé. Entretanto, uma vez dada por Deus ao salvo e apropriada pelo salvo em sua vida, a fé se desenvolve pelo uso, e aí entra a tarefa da educação cristã. Pazmiño (2008) propõe um modelo cristão de

desenvolvimento da fé. A) Como alicerce e guarda-chuva desse modelo estão a soberania e a graça de Deus. Ele criou todas as coisas e delas cuida em sua providência. Para todas as situações da vida, boas ou más, os alunos de todas as faixas etárias precisam ser conduzidos ao entendimento de fé na providência divina.

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vra, de modo que a graça divina capacite os salvos a crescer nessas experiências de fé, que fortalecerão sua maturidade cristã no meio em que vivem.

D) O ambiente da comunidade educacional cristã deve ser propício ao desenvolvimento da fé, nutrindo em cada faixa etária o espírito cúltico reverente, a adoração sincera, a conB) Igualmente, o conhe- fiança na providência, o cimento da origem huma- amor a Deus e aos semena segundo a imagem de lhantes, o exercício da fé Deus, a queda e seus efei- na vida diária e o descantos, a hereditariedade dos so em relação à promessa traços dos antepassados, futura de redenção. a oferta de Cristo na cruz e a oferta de completa Obviamente, há muito o transformação oferecida que se dizer a respeito do ao ser humano, devem ser assunto e uma proposta partes indispensáveis de simplesmente não o esgoqualquer currículo. ta. O importante é recordar que a fé, legado de Deus C) A atenção e cuida- aos salvos, é concedida de dos tanto do crescimento maneira irrecusável e cada biológico quanto da matu- um dos que a manifesta é responsável por desenvolvê-la, pelo conhecimento de Deus em Cristo, por meio de seu Espírito e por Ser cristão sua Palavra. Aos pais e aos idoso não é o educadores cristãos commesmo que ser pete proporcionar meios cristão maduro pelos quais a fé floresça nos filhos e alunos. O prina fé. Ser psimeiro passo é o próprio cologicamente exemplo de fé em sujeição ao Senhor. O outro passo é resolvido não conduzi-los amigavelmensignifica, igual- te ao reconhecimento da mente, ter uma existência e providência de Deus, de modo que confé resoluta fiem inteiramente sua vida a ele e a suas promessas. Em assim vivendo e fazendo, não haverá limites para ridade dos alunos devem o aprendizado da fé. ser complementados pelo reforço do ensino do amor O Rev. Wilson do Amaral Filho, da 2ª IP de Jundiaí, é pedagofraternal, da vida diária em go,pastor Mestre em Educação Cristã e professor de TS na EST do Mackenzie. e por Deus e por sua Pala-

COMEMORAÇÃO

UMP celebra 73 anos em Florianópolis Quelita da Silva

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culto oficial em comemoração aos 73 anos da União da Mocidade Presbiteriana (UMP) foi realizado no dia 16 de maio, na Igreja Presbiteriana de Florianópolis (SC). O pregador foi o rev. Elizeu Eduardo de Souza, pastor da IP Hauer, localizada em Curitiba (PR), e também Presidente do Sínodo Curitiba. O momento de louvor foi dirigido pela UMP da igreja local. Na programação, reencontraram-se jovens dos anos atuais e também jovens dos anos 70 e 80. Participaram, aproximadamente, cem pessoas. Do estado do Paraná, registramos a presença de jovens e líderes da cidade de Curitiba (Igrejas: Tingui, Tarumã, Capão da Imbuia, Vila Americana, Barreirinha, Fazenda Rio Grande e Guabirotuba) e do Rio Grande do Sul (jovens da IP Tristeza, localizada em Porto Alegre).

A CNM se fez representada pelo seu presidente, presbítero Júlio César Mendes Pereira; e pela vice-presidente Sul, Quelita da Silva. Agradecemos a Deus pela vida dos jovens presbiterianos e pelas oportunidades de trabalhos que vêm sendo realizados, a fim de cumprirmos as metas estabelecidas pela CNM para esta gestão: "Investir na formação do jovem e incentivar atitudes de compromisso, serviço e fidelidade para com o Reino de Deus". Registramos aqui nossa eterna gratidão ao conselho da IP de Florianópolis, por ceder suas dependências para realizarmos este culto, e às irmãs da Sociedade Auxiliadora Feminina (SAF), pelo delicioso lanche. Agradecemos também à IP do Estreito, por hospedar os jovens vindos de outros estados.

Recebam nosso abraço e nossas orações os jovens, familiares e líderes que estiveram presentes neste Do estado anfitrião, culto. Que Deus continue a Santa Catarina, contamos abençoá-los em sua camicom a presença dos jovens nhada, sempre "Alegres e líderes da Segunda IP na Esperança, Fortes na de Itajaí, Camboriú, Fé, Dedicados no Amor, Blumenau, São José e das Unidos no Trabalho". igrejas de Florianópolis Quelita da Silva é vice-presidente (Primeira IP, Canto dos da Confederação Nacional de Ganchos e Estreito). Mocidades (CNM) da IPB


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REUNIÃO

ANEP realiza encontro nacional Caroline Santana (Portal IPB)

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desafiou os presentes a enxergarem suas escolas e profissões como responsabilidades dadas por Deus, e não apenas como simples ofícios. Fez distinção entre aqueles que enxergam a crise numa visão pessimista, prevendo que a escola irá fechar, e numa visão otimista, que com fé em Deus, conseguem ver não apenas

educação para os próximos anos”. Partindo de reflexões sobre como a sociedade tem perdido certos valores, como os familiares, e a pequena busca por cursos de licenciatura em universidades, tratou essa questão como uma crise e como superá-la, com base no texto bíblico de Juízes 6. O rev. Roberto afirmou

Outros pontos que o pastor reforçou foram os do trabalho em equipe, vigilância, organização e comprometimento, de modo que dos seguranças até a direção, todos saibam qual é a filosofia da escola e prezem por ela. E concluiu: “Não tenha medo da desconstrução do mundo pós-moderno”. Também no período da

oi realizado no dias 21, 22 e 23 de maio o Oitavo Encontro da Associação Nacional de Escolas Presbiterianas (ANEP), no Colégio Presbiteriano Mackenzie de Brasília (DF). O evento contou com a participação de aproximadamente 150 pessoas Fotos: Carolina Santana de diversas partes do país. Sob a temática “Educando para Cidadania”, os presentes puderam ouvir palestras, trocar suas experiências e idéias, participar de cursos específicos, das devocionais diárias e da assembléia da ANEP. Na noite do dia 21, o rev. Dídimo de Freitas, presidente da ANEP e capelão do Colégio Presbiteriano Mackenzie Tamboré, saudou os participantes destacando o papel e a responsabilidade que a escola confessional possui na sociedade. Em seguida foi apresentado o primeiro palestrante, rev. Cilas Menezes, vice-presidente do Supremo Concílio (E) Rev. Ricardo, Márcia Barbutti, Neli de Freitas, Rev. Dídimo, Rev. Marcos Izidoro, da IPB. O pastor abordou a depto Izalci Lucas e rev. Geomário Carneiro questão da “Crise mundial e seus reflexos na educa- o risco, mas a oportunidade que para uma batalha de manhã foi apresentada a contexto escolar, Deus questão da “Confessionalição”, particularmente nas de se tornar conhecida. levanta e capacita pesso- dade e a Filosofia da Eduescolas privadas. Além de as, e procura dirigentes de cação na IPB” através do estimular os representantes SEGUNDO DIA escola que a ele temem, rev. Augustus Nicodemus, das escolas a enfrentarem No sábado, dia 22, o cone não carregam apenas o chanceler da Universidade os momentos difíceis como oportunidades de supera- gresso recebeu pela manhã nome presbiteriano, já que Presbiteriana Mackenzie ção, ele compartilhou um a palavra do rev. Rober- rótulos não fazem pessoa. (UPM). Relatando a hispouco sobre sua experiência to Brasileiro, presidente do Ressaltou também o valor tórica trajetória da UPM a frente dos colégios 2001 e Supremo Concílio da IPB. da fé e da coragem, já que de afirmar e reafirmar seu O pastor esteve incumbido “quem não acredita naquilo caráter cristão, e também 15 de Novembro. Além disso, o rev. Cilas de falar sobre “Pensando que faz não pode fazê-lo”. resgatar o ideal de que o

professor não poderia ir contra a ciência de Deus, o pastor estimulou os presentes a não terem vergonha de ser confessionais. O Mackenzie se apresenta como uma universidade cristã, evangélica, reformada e presbiteriana, e adota uma confissão explícita como referencial teórico no desempenho de suas atividades, tudo isso com amparo da lei, graças ao estatuto aprovado pelo Ministério da Educação. A prof. Débora Kempa, após a preleção do rev. Augustus, concluiu que é preciso não esmorecer diante do cenário onde muitos procuram o ensino nas escolas, e não o seu caráter confessional. Logo em seguida, foi apresentado o Sistema Mackenzie de Ensino. Após a programação matinal, os participantes foram divididos em dois grandes grupos, e cada um pode participar de dois seminários, cujos temas e palestrantes foram: Sistema de Ensino Religioso e Ética, por Márcia Barbutti, Planejamento e Gestão Pedagógica, por Neli de Freitas, Planejamento e Gestão Financeira, por presb. Solano Portela e A formação de Associações Regionais, por rev. Marcos Izidoro. No fim da tarde, os alunos do Colégio Mackenzie, dos ensinos fundamental e médio, puderam apresentar alguns de seus talentos musicais, com destaque para


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PROGRAME-SE!

É tempo de festa! O mês de agosto será marcado por cultos especiais pelos 150 anos da IPB em vários estados. Confira as datas e organize a sua caravana!

01.08 - Belo Horizonte

O culto será realizado a partir das 19h, na IP Central de Contagem, localizada na Av. Prefeito Gil Deniz, 401, Centro. O pregador será o Rev. Roberto Brasileiro.

Participantes em uma das palestras do congresso

peça sobre a Páscoa. Além de ter sido um momento cultural, esse foi um exemplo de como a confessionalidade pode estar presente na vida de uma escola. Encerrando o segundo dia, foi realizada a Assembléia da ANEP, que além de destacar algumas de suas ações, iniciativas e também planos, registrou a criação da Associação Centro-Oeste de Escolas Presbiterianas, que irá reunir colégios do Distrito federal, Goiás e Tocantins. O objetivo da ANEP, através dessas associações regionais, é descentralizar suas atividades, dando mais espaço para integração entre os institutos localizados em áreas afins. TERCEIRO DIA Na manhã do terceiro dia, após o momento devocional conduzido pelo rev. Geomário Carneiro, secretário executivo da ANEP, foi realizada uma mesa redonda para resgatar pontos, dúvidas e observações dos participantes em relação ao que tinha sido exposto até então, e também sugestões sobre os trabalhos da ANEP e para os próximos encontros.

Em seguida o deputado Izalci Lucas, secretário de Ciência e Tecnologia do DF, apresentou algumas propostas para o melhor desempenho das escolas, como investir em bolsas de estudos, a importância de cursos técnicos, dentre outros. Ao final da manhã e do encontro, o rev. Dídimo agradeceu a presença de todos os participantes e ao apoio de todos aqueles que estiveram envolvidos na realização do evento, como a equipe do Mackenzie (louvor e infra-estrutura), o rev. Sandro Viana e demais voluntários (recepção) e da Rede Presbiteriana de Comunicação, na cobertura do evento. DEPOIMENTOS A diretora da Escola Evangélica El Shaday, Marilene Nascimento, disse que após o Oitavo Encontro da ANEP, encontrou mais coragem para assumir o caráter confessional. O presb. Paulo Terra Nova, diretor do Colégio Presbiteriano Augusto Galvão, participou pela terceira vez de um encontro da ANEP, e disse ter

colocado em prática muito do que já aprendeu. Thaís Pereira Coutinho, diretora do Colégio Presbiteriano de São José dos Campos, que participou do encontro pela primeira vez, disse ter saído do encontro renovada e mais feliz, levando consigo vários exemplos a serem seguidos. Afirmou também o desejo de que a confessionalidade seja explícita em sua escola e pediu a oração dos demais colegas. A diretora da Escola Presbiteriana de Bom Jesus da Lapa (BA) manifestou o desejo de se apegar mais aos irmãos participantes do encontro, a fim de trocar idéias e experiências para enfrentar os desafios que a escola tem superado. Ester Gomes, diretora do Colégio Erasmo Braga, se colocou a disposição para ajudar a quem fosse preciso e comentou sobre o processo de recuperação e superação de sua escola, que nesse ano completa 70 anos de existência. Para conhecer mais os trabalhos da ANEP e como se associar, visite o site http:// www.anep-ipb.org.br/

08.08 - São Paulo

Na capital paulista, a grande concentração acontecerá no ginásio do Ibirapuera. A expectativa, de acordo com o rev. Carlos Aranha, da IP Unida de São Paulo, é de que 10 mil pessoas compareçam ao culto que começará às 16h. Haverá um coral formado por cerca de 1000 vozes e uma orquestra com 200 instrumentistas. Divulgação

Ginásio do Ibirapuera

12 e 29.08 - Rio de Janeiro

No dia 12, no Rio, às 10h, acontecerá a inauguração do Monumento Escultórico do Casal Helen e Simonton, no Porto do Rio, junto à Praça Mauá. Às 19h30 deste dia também acontecerá um Ato Cívico-Religioso, Culto de Ações de Graças, na Divulgação Catedral Presbiteriana do Rio. O rev. Roberto Brasileiro levará a mensagem. No dia 29 será realizada uma Cruzada Evangelística. O evento acontecerá na Praça da Apoteose – Centro do Rio de Janeiro, a partir das 15h. O pregador, na ocasião, será rev. Hernandes Dias Lopes. IP do Rio de Janeiro


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UM AN­O MAIS DE VIDA

O jornal consagrou-se como importante ferramenta de comunicação do povo presbiteriano

BP completa 51 anos

Brasil Presbiteriano completa, este mês, 51 anos. O jornal, órgão de comunicação oficial da IPB, têm sido pautado ao longo destes anos pela divulgação dos grandes momentos da vida da igreja, em especial as reuniões do Supremo Concílio e da sua Comissão Executiva, com a publicação oficial das resoluções. O jornal também tem documentado as conquistas da denominação em áreas como ação social, evangelização e plantação de igrejas, missões nacionais e estrangeiras, educação teológica, bem como iniciativas bem-sucedidas das diversas igrejas presbiteria-

nas espalhadas pelo Brasil. O Brasil Presbiteriano foi lançado em setembro de 1958, como parte das comemorações do centenário da IPB. José Borges dos Santos Júnior era presidente do Supremo Concílio. O jornal resultou da união do antigo O Puritano (1899) com o Norte Evangélico (1909). A redação inicialmente estava sediada em Recife, sendo Maurício Wanderley o diretor e redator responsável; Josibias Fialho Marinho o redator chefe; Davi Alves de Mendonça o redator secretário. Os redatores correspondentes eram Domício Pereira de Mattos, Galdino Moreira, Eudaldo Silva Lima, Sabatini Lalli e Oswaldo Soeiro Emrich. Desde o início, o jornal se tornou a caixa de ressonância das grandes questões que agitavam a igreja. O jornal foi se tornando cada vez mais importante e influente nos rumos da igreja. Ao longo dos anos, além dos nomes já mencionados, o órgão oficial da IPB foi dirigido por dedicados servos de Deus, como Boanerges Ribeiro, Paulo Viana, Ephraim de Figueredo Beda e Reinaldo Correa da Silva, entre outros. Nas próximas edições publi-

Articulistas como Jonas Neves Resende e Rubem Alves publicaram seus últimos textos no órgão oficial da igreja. Começaram a ser publicadas as curiosas crônicas e reportagens do presbítero Olímpio Adorno Vassão, irmão do Rev. Amantino Vassão.

Por razões de saúde, o Rev. Galdino Moreira suspendeu no início de 1976 o Consultório Bíblico que vinha escrevendo no jornal da igreja há várias décadas, tendo respondido mais de 7.300 perguntas. Foi convidado para substituí-lo o Rev. Odayr Olivetti.

O 1962

O Rev. Domício Pereira de Mattos, escreveu em um de seus editoriais: “Temos a responsabilidade de refletir, aqui, o pensamento da igreja, em referência aos mais sérios problemas da hora presente”.

1966

O Rev. Boanerges Ribeiro assumiu as funções de diretor e redator responsável e lançou uma nova fase do Brasil Presbiteriano, levantando a bandeira da “renovação construtiva”.

1970

1976

caremos mais informações sobre esses obreiros. O BP é atualmente editado, administrado e distribuído pela Editora Cultura Cristã (nome fantasia da Casa Editora Presbiteriana).

Saiba mais: A assinatura anual do BP custa apenas R$20,00, possibilitando a cada presbiteriano acompanhar de perto o desenvolvimento de sua denominação.

1987

1998

O jornal da igreja foi inteiramente reformulado, passando a ser publicado em formato de tablóide, com papel de melhor qualidade.

Alguns dos temas abordados nas páginas jornal foram teologia da prosperidade, avivamento, dons espirituais, cidadania, liturgia, ecumenismo, reforma da CI-IPB, maçonaria, terceira idade, predestinação, homossexualidade, clonagem, evolução e doação de órgãos.

Colaboraram com nesta matéria o rev. Alderi de Souza Matos e Flávia Cardia, do Museu Presbiteriano Rev. Júlio Andrade Ferreira


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IP de Mutum completa 95 anos Rodrigo G. da Silva

21 anos da IP de Petrolina da 1ª IP A festa de aniversário dos 1 anos por muita Petrolina, Pernambuco, foi marcada gratidão a alegria, emoção e manifestações de igreja esteDeus por tudo que ele tem feito. A dias 3 e ve reunida com seus convidados nos eçou na de maio. A programação oficial com . Paulo quinta-feira com a participação do Rev as de ram Cezar junto com Rev. Darlan, nos prog s, e no rádio da Petrolina FM, Edenevaldo Alve o na zeir Jua Mensagem da Cruz, da rádio Am rolina FM, sexta. N­o sábado mais uma vez na Pet depois na no programa Gente que Crê e logo Rev. Paulo rádio Jornal do Comércio, em que o Cezar foi entrevistado. s de 00 N­o sábado à noite, um público de mai os participessoas esteve presente. O Grupo Log m “Portas pou e emocionou as pessoas ao cantare ingo de Abertas” e “Autor da Minha Fé”. N­o dom ença pres a manhã foi realizado um culto com da igreja, a de, praticamente, todos os membros comemoramaioria deles vestidos com a camisa tiva dos 1 anos da 1ª IP Petrolina.

A história da Igreja Presbiteriana de Mutum (MG) remonta aos primeiros anos do século 0, com a expansão missionária da Igreja Presbiteriana de Alto Jequitibá (MG) através do ministério do rev. Aníbal dos Santos N­ora e suas inúmeras viagens pelo Leste de Minas Gerais. O rev. Aníbal visitou Mutum em diversas oportunidades, dando início ao trabalho presbiteriano no município, mais precisamente em Lajinha de Mutum em 1909. Com o crescimento da obra, no dia de maio de 191 , o então Presbitério Espírito Santo-Minas, sob a presidência do mesmo rev. Aníbal, organizou a Igreja Cristã Presbyteriana de Lajinha de Mutum, pertencente à Igreja

52 anos da IP de Os asco

A Igreja Presbiteriana de Osasco (SP) comemorou, no dia de junho, às 19h30, anos de organização. O pregador convidado foi o rev. Roberto Bras ileiro. Também participar am da celebração o Coral Shalom e

a Orquestra Criar e Tocar, da Associação Ev angélica Beneficente (AEB) e fruto de um projeto apoiado pe lo Instituto Presbiteriano Mackenz ie. A IP de Osasco é pastore ada pelo rev. Gildásio Reis.

Presbiteriana de Alto Jequitibá. Portanto, o Rev. Aníbal é o plantador, fundador e também o primeiro pastor da nossa igreja (191 19 0), além de ser o pioneiro da pregação evangélica em terras mutuenses. Desde 191 são 9 anos de história dessa igreja, que é a pioneira do evangelho em Mutum. Contamos hoje com 31 membros comungantes e 91 membros não comungantes, e somando os da sede e das quatro congregações, resultam num total de 03 membros, além de 13 sociedades internas ativas, cinco Escolas Dominicais, cinco presbíteros, nove diáconos, um missionário em campo transcultural, um evangelista e um candidato ao Sagrado Ministério. A Igreja coope-

ra com a Junta de Missões N­acionais (JMN­) e com a Agência Presbiteriana de Missões Transculturais (APMT), além da Missão Portas Abertas e demais obras sociais e missionárias locais. A Igreja está jurisdicionada pelo Presbitério de Resplendor (PRSP) e Sínodo Minas-Espírito Santo (SME). Em comemoração aos seus 9 anos de história a Igreja esteve em festa nos dias 3, e maio, contando com a presença do cantor Josimar Bianchi, de Belo Horizonte (MG) e do rev. Roberto Brasileiro Silva, presidente do Supremo Concílio da IPB, que trouxe uma mensagem de despertamento e grande impacto a todos. O rev. Rodrigo G. da Silva é pastor da IP de Mutum

Participe! Este espaço é dedicado à publicação dos aniversários das nossas igrejas. Pedimos aos leitores que participem enviando carta e/ou email para nós, nos informando de que forma comemoraram ou irão comemorar mais um ano de vida de suas respectivas igrejas!


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Fotos: Manoel Zico

SOLIDARIEDADE Raquel Magalhães

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anhada pelo rio Mearim, a cidade de Vitória do Mearim, localizada no Maranhão, a 195 km da capital São Luís, foi uma das cidades castigadas pelas fortes chuvas ocorridas no último mês. “A nossa igreja está situada numa das áreas mais atingidas. Apesar das chuvas terem dado uma trégua, ainda há muitas famílias desabrigadas. A ajuda que tem chegado até aqui não tem sido suficiente. As pessoas estão tristes, pois é um povo que já passa por necessidade e que, por causa dessa situação, tem passado ainda mais”, desabafa o reverendo Manoel Zico. De acordo com ele, várias igrejas, não só a presbiteriana, foram atingidas pela água das chuvas. “Na nossa não chegou a entrar água no templo, mas ao seu redor ficou tudo alagado. Ficamos impedidos de realizar os cultos, pois não tinha como ter acesso à igreja”, contou Zico. Dados da Secretaria de Ação Social de Vitória do Mearim informavam que, até o final de maio, eram 1000 casas danificadas. “Mas,

visivelmente, foram muito mais que isso. Há muitas famílias em abrigos e elas não fazem nem ideia de para onde irão quando tiverem que sair de lá, pois o pouco que tinham, foi destruído”, lamenta o pastor. O cenário nesses abrigos, conforme relatou Zico, é de muita tristeza. “A vida emocional dessas pessoas está abalada, a maioria só chora”, conta ele. No momento desta reportagem, Manoel Zico comemorava a estiagem e a chegada de uma pequena ajuda enviada pelas igrejas de São Luís. “A ajuda veio em boa hora”, comemora o pastor. Mas, apesar do breve consolo, ele fez questão de frisar que o povo de Vitória de Mearim, bem como de todas as cidades do Norte e do Nordeste atingidas pelas chuvas, continua precisando de ajuda. “Falta água potável, leite, roupas, remédios, produtos de higiene pessoal, alimento... Toda e qualquer ajuda é bem-vinda! Essas pessoas atingidas pelas chuvas já não tinham quase nada... E agora, elas têm absolutamente nada”, reforçou.

Chuvas deixam mais de 1000 famílias sem casa em Vitória do Mearim

O Conselho de Ação Social (CAS) da IPB, diante da situação de calamidade pública em que se encontram algumas cidades nos Estados do Maranhão, Piauí, Ceará e Bahia, conclama todas as igrejas que tiverem condições – principalmente as que se situam próximas a essas regiões - a se solidarizarem com nossos irmãos, levantando doações e ofertas. Os donativos podem ser leite, alimentos não perecíveis, roupas e sapatos em bom estado, colchões e roupas de cama, mesa e banho. No dia 8 de junho, saiu de Guaranhuns (PE) um caminhão com cerca de seis toneladas de donativos. De acordo com o reverendo Eudes Oliveira, responsável pela coleta na cidade pernambucana, o caminhão atenderia a Bacabal e Lima Campos, cidades do Maranhão. “Falei com pastor de Bacabal, rev. Luciano Sobral, e ele me disse que estava com água nos joelhos e que muitas famílias, sem ter para onde ir, estariam montando barracas em frente à IP de Bacabal”, informou Oliveira.

Você pode ajudar COLETAS PARA O MARANHÃO INSTITUTO BÍBLICO DO NORTE (GARANHUNS-PE) REV. EDSON DANTAS E REV. MARIANO JÚNIOR (87) 3762-1678 E 3762-1931 IBN@BLUENET.COM.BR COLÉGIO PRESBITERIANO 15 DE NOVEMBRO (GARANHUNS-PE) REV. EUDES OLIVEIRA (87) 3761-1161

COLETAS PARA O PIAUÍ REV. MAELI FERREIRA E REV. JOSÉ ALEX BARRETO (CAPELÃO) SEMINÁRIO TEOLÓGICO PRESBITERIANO DO NORDESTE (86) 3232-1370 OU 9944-3852 STNEMIPC@IG.COM.BR

COLETAS PARA O CEARÁ REV. RICARDO RÉGIS (85) 3487-8057, 3091-6571 E 8757-8080 IP DE FORTALEZA: (85) 3052-2525 REVRICARDOREGIS@HOTMAIL.COM OU REVRICARDOREGIS@IPB.ORG.BR

Vitória do Mearim é o município mais antigo de toda a região do Maranhão banhada pelo Rio Mearim. Com as chuvas, o rio encheu e invadiu ruas e casas, deixando a cidade em situação de calamidade Rev. Manoel Zico, a esposa Ana Paula e a filha Rebeca

CONTATO COM O CONSELHO DE AÇÃO SOCIAL DA IPB: CLINEU.FRANCISCO@UOL.COM.BR 11 9148-3044


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ALEGRIA DE VIVER

Evento contou com a participação de crianças de todo Presbitério Extremo Leste Paulistano

IP de Guaianazes reúne 200 crianças Raquel Magalhães

Fotos: divulgação

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rianças da região leste de São Paulo se reuniram, no penúltimo sábado de maio para desfrutar de momentos de comunhão, brincadeiras e estudo da Palavra. A programação, organizada pela UCP do Presbitério Extremo Leste Paulistano, reuniu, aproximadamente, 200 crianças. Com o sugestivo nome de “Dia Feliz”, a programação contou com a participação dos pequenos de todas as igrejas do presbitério, bem como representantes das congregações localizadas nos bairros Armênia Shalom, Cidade Tiradentes, Inácio Monteiro e Lajeado. “Todas congregações de IP de Guaianases”, informa o reverendo Alcides Sarkisel, um dos idealizadores da iniciativa. O “Dia Feliz” teve início às 12h com um grande almoço. Depois, veio a hora de alimentar o espírito. Com a participação do reverendo Josué e seu fiel escudeiro, o boneco Barnabé, as crianças foram estimuladas a pensar em como é maravilhoso andar na companhia de Jesus! Esta foi a primeira vez que o evento foi organizado, mas, de acordo com Sarkisel, a ideia da secretaria da UCP é de incluir o “Dia Feliz” na programação oficial do presbitério. As crianças agradecerão, com certeza!

As crianças foram abençoadas com um dia inteiro de atividades

Sara Andrade Geradt e Rober ta Oliveira, ambas de seis anos, são da IP de Ferraz de Vasconcelos e adoraram passar o dia com as outras crianças durante a programação da UCP


Brasil Presbiteriano LAN­ÇAMEN­TO

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N­ovo material é voltado para os alunos no ensino fundamental e visa atender às expectativas dos educadores

chega em sua segunda etapa Raquel Magalhães

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ue tipo de aluno uma escola cristã quer formar no tempo em que este aluno estiver na escola? E que tipo de material é necessário para promover essa formação? Essas são as premissas que nortearam a criação da coleção Crer e Ser, elaborada pela Anep em parceria com a Editora Cultura Cristã. “O material Para saber mais sobre os livros e adquiri-los, basta entrar no site da Anep que desenvolvemos visa atender as expectativas A primeira fase do proje- gicamente na nossa doutri- cia esse de outros matedos educadores que que- to, voltada para alunos da na presbiteriana, nos parâ- riais disponíveis no merrem contribuir para o cres- Educação Infantil e Ensino metros curriculares da Lei cado, segundo Dídimo, é cimento moral e espiritual Fundamental – 1º ao 5º de Diretrizes e Bases da que ele foi pensado para de seus alunos”, explica ano (anos) –, foi lançada Educação Nacional (Lei nº provocar no aluno a refleDídimo de Freitas, presi- há três anos. 9.394, de 20 de dezem- xão. “Partimos de assuntos dente da Anep. Diferencial – A Coleção bro de 1996) e nos pilares comuns como o amor, a A coleção chega, neste Crer e Ser foi especial- da Unesco para a educa- justiça e a violência, para primeiro semestre, à sua mente criada para ser- ção que são: aprender a uma argumentação com segunda etapa com o vir de Material Didático fazer, aprender a conhecer, base bíblica”, esclarece. material para os alunos para a disciplina Ensino aprender a ser e aprender a De acordo com o predo 6º ao 9º ano (anos) Religioso e Ética. “Nosso conviver”, ressalta Freitas. sidente da Anep, diversas do Ensino Fundamental. material é embasado teolo- 3/30/09 Outro12:12 pontoPMque diferenescolas presbiterianas, Anuncio_SESQ_RODAPE_19_5:selo_tarja_Slogan_A4.qxp Page 1

de outras denominações, escolas da rede pública e até mesmo por igrejas já adotaram o material. Para saber mais a respeito e como fazer para adquirilo, basta entrar no site da Anep (www.anep-ipb.org. br). “É uma material único, de qualidade avançadíssima e que atende às escolas para as aulas de Ensino Religioso e Ética”, reitera.

Igreja Presbiteriana RPC 090330 / AM

150 anos evangelizando o Brasil No Brasil há muitas igrejas cristãs. Mas poucas têm um século e meio de história. A IPB tem. São cento e cinquenta anos educando, promovendo ações sociais, transformando vidas com a palavra de Deus. Igreja Presbiteriana. 150 anos evangelizando o Brasil.

www.ipb.org.br/sesq


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Wilson Carmargo/CRT

IDEIAS QUE INFLUENCIAM

Quem foi e que ensinamentos deixou um dos homens que mais influenciou a história da humanidade

CALVINO Uma referência duradoura Raquel Magalhães

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ste ano comemoram-se os 500 anos do nascimento de João Calvino (1509-2009), um dos principais líderes da Reforma Protestante do século 16 e, certamente, o seu maior expoente e termos de exegese, teologia e educação. Este ano, também, marca o aniversário de 450 anos da publicação da última edição latina de sua obra magna, As Institutas. Para comemorar essas datas, a Universidade Presbiteriana realizou, entre os dias 26 e 28 de maio o Encontro Brasileiro de Estudos em João Calvino. O principal conferencista do evento foi o Prof. Dr. John Hesselink, uma das maiores autoridades mundiais na área dos estudos em João Calvino, tendo publicado muitas obras a respeito, como Calvin’s Concept of the Law; Calvin’s First Catechism. A Commentary; Calvin on Prayer, dentre outras. Em sua palestra de abertura, Hesselink destacou a preocupação com o ensino que sempre nortearam as teorias de Calvino. “Para ele, pregar e ensinar eram sinônimos”, disse o palestrante. “O ensino do catecismo, a instrução na fé, sempre foram defendidos por Calvino. Ele não

era um ditador, ao contrário do que muitos pensam; mas Calvino tinha, claramente, uma preocupação em não deixar para as futuras gerações uma igreja vazia”, continuou Hesselink. Questionado pelo Brasil Presbiteriano sobre quais impressões Calvino teria sobre a educação teológica hoje, Hesselink foi enfático: “Calvino ficaria,

no mínimo, desapontado, pois ele veria lacunas, tais como poucos anos de estudo do Evangelho, deixadas pelas escolas de formação teológica”. Ainda sobre educação, Hesselink destaca dois pontos defendidos por Calvino e que, em algumas situações, têm sido deixados de lado. O primeiro é que a sabedoria vem do conhecimento

Prof. Dr. John Hesselink é uma das maiores autoridades mundiais na área dos estudos em João Calvino

combinado com a experiência. “Calvino sempre defendeu que todos deveriam ter conhecimento da Bíblia e experiências com a fé cristã”, comentou. E o segundo, dá conta da importância de nos mantermos sempre curiosos e humildes. “Essa é a nossa sabedoria: sermos

aprendizes até o final!”, concluiu o professor. Além do palestrante internacional Dr. Hesselink, outros convidados também contribuíram para o estudo desse tema. São eles: Dr. Alderi Souza de Matos, Dr. Ricardo Willy Rieth e o Dr. Hermisten M. P. da Costa.

É preciso conhecer mais, antes de comemorar

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para quem tem dúvidas acerca da importância das contribuições calvinistas para o mundo, basta saber que, em recente pesquisa, publicada no mês passado pelo jornal New York Times, o calvinismo foi apontado como a terceira ideia que mais influenciou e influencia o mundo. O BP conversou sobre esta e outras questões que norteiam o pensamento de Calvino com o professor Ulisses Horta Simões. Brasil Presbiteriano Diante do que publicou o NYT, como nós, presbiterianos, devemos encarar esses 500 anos de Calvino? Ulisses Horta Simões - O autor da matéria no NYT

é insuspeito (David Ban Biema), sob meu julgamento. Sua confissão religiosa é o Judaísmo, e não existe razão plausível para que um judeu promova de graça o calvinismo, ou que o faça para lucrar. Além disto, sua reputação entre seus pares é a de um jornalista sério. Logo, a matéria, que só pelo veículo que a dissemina já se credencia, é digna de atenção. Assim sendo, presbiterianos que somos, herdeiros da Reforma calvinista que passou de Genebra aos Países Baixos e à GrãBretanha, e dali à América do Norte, vindo então para o Brasil, temos razões para certa e comedida comemoração. Mas é preciso cuida-

do, zelo e humildade. Não somos donos da verdade. E, pior, temos que ser honestos: a despeito do aparente orgulho que a matéria motiva, as escaramuças de calvinismo são mais numerosas que o verdadeiro, passados esses 500 anos. Como Igreja Presbiteriana do Brasil, uma matéria como essa realça o nosso dever de conhecer mais profunda e extensamente a teologia, a ética, a missiologia do reformador franco-genebrino, para fazer mais plena justiça ao reconhecimento que se torna público. Estamos melhorando, e precisamos melhorar muito mais. As publicações que chegam ao alcance do público de língua portugue-

sa têm contribuído, e muito. BP - Entre as principais contribuições de Calvino, quais o senhor considera mais importantes? Ulisses - No campo teológico-religioso, não há a menor dúvida de que a contribuição de Calvino foi uma alternativa vital e providencial, ante os outros expoentes da reforma. Não é sábio transformar a celebração de cinco centenários em pretexto para criticar as demais vertentes: luterana, zuingliana, e mesmo a anabatista. Não obstante, a hermenêutica de Calvino, a sua visão de revelação e da Escritura, sua visão de Deus, da criação,


Brasil Presbiteriano do pacto, do propósito de Deus para com a criação e o homem, igreja, etc., mostrou-se o que há de melhor na sistematização do conteúdo bíblico. Nesse contexto, é importante realçar que a marca distintiva do calvinismo não é a “doutrina da predestinação”, mas a concepção dominante da indiscutível soberania divina. Mas a sua contribuição não se limita à doutrina bíblica. Basta dar uma lida atenciosa na Carta de Princípios de 2009 da Universidade Presbiteriana Mackenzie (http://tempora-mores.blogspot.com/2009/02/lancada-carta-de-principios2009-do.html), para que qualquer leitor seja lembrado da importante contribuição de Calvino na vida social da província de Genebra (e, quiçá, em todos os lugares aonde chegou o calvinismo), na ética individual e coletiva, na conscientização do genuíno papel da classe política, na obra educacional, e daí segue adiante. Não admira que o calvinismo tenha alcançado o terceiro lugar na classificação veiculada pelo New York Times. Depois de 500 anos, a sociedade do século 21 pode descobrir que os ensinamentos bíblicos pela cosmovisão do luminar de Genebra é tão atual quanto tem sido em qualquer tempo. BP - Que características da obra calvinista podemos mencionar que justifiquem o fato dela estar tão viva e tão presente até hoje? Ulisses - É preciso dizer a verdade: o calvinismo genuíno tem sido muito descaracterizado em várias nações. Basta ver o que aconteceu

aos Países Baixos, que no século 17 se tornaram um grande pólo reformado, junto com parte de Alemanha; também a própria Suíça, a França, e a Grã-Bretanha. O que se viu depois foi degradação. A maioria das denominações de origem calvinista nesses países vai claudicando tropegamente, é lamentável. Na América do Norte, a maior denominação de origem calvinista já foi bem maior, e não faz jus, hoje, às suas matrizes. Ainda assim, Deus tem preservado homens com consciência autêntica para resguardar uma fé genuína. Pois é o que acontece dentro dos arraiais calvinistas (que não se limitam a presbiterianos). A nossa IPB não tem sido livre das ameaças de descaracterização. Mas Deus é bom! Há um renascimento que parece sadio, dessa convicção, no meio de nossos oficiais e seminários. Talvez, a maior das razões já tenha sido mencionada, e possa ser reiterada nos seguintes termos: Deus se agrada muito mais da forma de doutrina que enaltece sua infinita superioridade e soberania em detrimento de todas as supostas capacida-

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des do homem. Isso é calvinismo, mas antes de ser calvinismo, é princípio bíblico. Então, em última análise, o mérito não de Calvino, nem de qualquer homem - é de Deus mesmo! Soli Deo Gloria! BP - Se Calvino estivesse vivo, hoje, ele teria orgulho da Igreja? Ulisses - Pergunta difícil. Ela pressupõe duas capacidades: que eu consiga olhar pelos olhos dele, e que seja apto a julgar a igreja de hoje. Sou incapaz em ambos os casos. Limito-me a dizer que, assim como no seu próprio tempo, em que Calvino enfrentou grandes dificuldades de ver prevalecer o que pregava e ensinava, assim ocorre também hoje, como tem ocorrido nos cinco séculos. Mas, penso que ele certamente ficaria satisfeito em ver que a entrega total ao trabalho que desenvolveu, e que lhe ceifou a vida (também mercê da soberania inescrutável dos propósitos divinos) aos 55 anos de idade apenas, não foi em vão; frutificou, e tornase perceptível a renovação dos brotos.

Breve biografia

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Jean Cauvin, conhecido por nós como João Calvino, nasceu em Noyon, França, a 10 de Julho de 1509. Aos 14 anos foi estudar em Paris preparando-se para entrar na universidade. Estudou gramática, retórica, lógica, aritmética, geometria, astronomia e música. Em 1523 foi estudar no famoso Colégio Montaigu. Em 1528, com 19 anos, iniciou seus estudos em Direito e, depois, em Literatura. Em 1532 escreveu seu primeiro livro, um comentário à obra De Clementia de Sêneca. Em 1533, na reabertura da Universidade de Paris, escreveu um discurso atacando a teologia dos escolásticos e foi perseguido. Possivelmente foi neste período 1533-34 que Calvino foi convertido pelo Senhor, por influência de seu primo Robert Olivétan. Em 1536, a caminho de Estrasburgo, encontrou uma estrada obstruída, o que o fez passar a noite em Genebra. Como sua fama já o precedia, Farel o encontrou e o convenceu a permanecer em Genebra para implantarem a Reforma Protestante naquela cidade. Começou a escrever a obra magna da Reforma – As Institutas. Em 1538, foi expulso de Genebra e viajou para Estrasburgo, onde trabalhou como pastor e professor. Casou-se com uma viúva anabatista chamada Idelette de Bure. Em 1541, foi convidado a voltar a Genebra. Em 1559, escreveu a edição final das Institutas e, no decorrer de seus poucos anos de vida, escreveu tratados, centenas de cartas, e comentários sobre quase todos os livros da Bíblia. Em 27 de maio de 1564, com 55 anos de idade, foi ao encontro do Senhor. O grande Teológo da Reforma, usado por Deus, influenciou o mundo com seus escritos. Sua piedade e dedicação ao estudo da Palavra são inspiradores. (Fonte: www.seminariojmc.br)

A Institutio christianae religionis (Instituição da Religião Cristã) é um manual de instrução cristã, ou, como dirá Calvino, um resumo, uma “suma”, do ensino doutrinário próprio para a formação de um cristão. Esse livro de João Calvino é a obra mais influente da Reforma Protestante e, depois das Escrituras Sagradas, não há nada que se lhe compare. As Institutas começaram com Deus, concluíram com Deus e encontraram todas as coisas em Deus. Escreveu eloqüentemente, brilhantemente, apaixonadamente, com um coração devotado inteiramente ao seu Senhor. E, acima de tudo, escreveu humildemente, porquanto sua vida tinha sido resgatada do lamaçal do pecado unicamente pela graça de Deus. Ninguém havia escrito assim anteriormente. E, posteriormente, ninguém conseguiu escrever de maneira a aproximar a magnificência com que Calvino expôs as “verdades da religião cristã”. Adquira as Institutas na Editora Cultura Cristã. (Fonte: www.teuministerio.com.br)


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CONSULTÓRIO BÍBLICO

Prostituição: legalização ou o quê? (Parte 1) Odayr Olivetti

Que dizer sobre a questão da legalização ou não da prostituição?

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á dias assisti a uma excelente aula de um médico crente, parte da exposição de Hebreus 11 que vem sendo feita na escola dominical de sua igreja. Falando sobre “Raabe, a meretriz” (Hb 11.31), o referido irmão estendeu-se sobre o problema da prostituição no Brasil e no mundo. Informou que vários países têm tomado diferentes posições – proibição pura e simples; punição dos que compram prostituição; legalização com plenos direitos trabalhistas; legalização com direitos parciais; nenhuma interferência jurídica significativa. A prostituição, prática antiquíssisma, é grave problema educacional-ético-socialreligioso de difícil solução; talvez de impossível solução cabal e completa. O professor lembrou que mais cedo ou mais tarde o Brasil vai ter que enfrentar o desafio e tomar posição clara e definida – e declarou que não gostaria que o país tomasse posição sem que a sua (nossa) denominação tomasse parte na discussão do assunto, e que é importante procurar os meios pelos quais a denominação seja movida a tomar posição oficial. Não superficialmente, mas aproveitando estudos e sugestões de pessoas capacitadas, “que a nossa igreja (IPB) tem em

grande número”. O professor me autorizou a inserir na coluna Consultório Bíblico a pergunta que encabeça este texto. Consideremos alguns aspectos. Primeiro, o aspecto educacional. Que os líderes educacionais e os âncoras de rádio e televisão, os jornalistas em geral e muitos professores acabem com a mania de dizer que a educação resolveria tudo. Desde milênios a educação, nesta ou naquela forma, não tem conseguido produzir em massa bons cidadãos e cidadãs. Os poucos frutos que aparecem aqui e ali são excepcionais e as exceções confirmam a regra. É evidente que a educação

é sumamente importante, necessária, indispensável. E, por pouco que faça, deve ser valorizada, incentivada, e também vigiada. Mas, se formos esperar resultados da lenta, muitas vezes distorcida, em alguns aspectos confusa e, na melhor das hipóteses mal compreendida educação no Brasil, iremos de frustração em frustração. Os políticos corruptos, numerosíssimos no Brasil, a maioria ostentando títulos de alto grau educacional, são prova mais que suficiente dessa minha tese. Quanto ao aspecto ético, nenhuma filosofia moral, mesmo secular (exceto nalguma forma niilista), aceita

passivamente a questão da prostituição. Este é um aspecto positivo, e os pensadores que se dedicam a pesquisas, discussões, docência e produções literárias relacionadas com a ética teórica e prática, ou seja, com a moralidade, devem ser consultados sobre o tema da prostituição. Quanto à ética, um ponto importantíssimo, do qual espero tratar na segunda parte desta resposta é o relacionado com a chamada ética situacional (também chamada contextual e relativa, dependendo da ênfase em cada caso). Para concluir esta parte, um lembrete bíblico (Rm 1.1822, 24 NVI):

“...a ira de Deus é revelada dos céus contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça, pois o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis; porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, Mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e o coração insensato deles obscureceu-se. Dizendo-se sábios tornaram-se loucos... Por isso Deus os entregou à impureza sexual...”

Quando o homem, em sua luxúria, excede os limites da tolerância divina, Deus os entrega a si mesmos – e o pior castigo que o pecador pode sofrer, nesta existência e na próxima, é ser abandonado por Deus. É o homem ser entregue à sua pretensa autonomia. – Tem misericórdia de nós, Senhor!

Nenhuma filosofia moral, mesmo secular (exceto nalguma forma niilista), aceita passivamente a questão da prostituição

O Rev. Odayr Olivetti é pastor presbiteriano, ex-professor de Teologia Sistemática do Seminário Presbiteriano de Campinas, escritor e tradutor. odayrolivetti@uol.com.br


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GRANDE AJUNTAMENTO

Festa pelos 150 anos da IPB no Espírito Santo reúne cerca de 10 mil pessoas Fotos: Raquel Magalhães

Raquel Magalhães

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erca de 10 mil pessoas participaram do culto, em ações de graça, promovido no Espírito Santo, em comemoração aos 150 anos da IPB, no último dia 16 de maio. A festa, que mobilizou todo o Sínodo da região, foi marcada pela organização, alegria e participação ativa dos presbiterianos locais. Realizado na Praça da Paz, o culto teve início às 17 horas. Um grande coral, formado por vozes de todos os cantos do estado, abriu a reunião cantando hinos de louvores e gratidão a Deus. O público acompanhou em uníssono. A noite seguiu com a participação do Rev. Hernandes Dias Lopes, pastor titular da Primeira IP de Vitória que aproveitou o momento para levar uma Palavra evangelística ao grande público presente. Ao final do culto, diante do apelo feito pelo pregador, centenas de pessoas foram à frente, em sinal de compreensão e recebimento do que havia sido anunciado naquela noite. Além do culto, aconteceram ainda outras manifestações de gratidão a Deus pelos 150 anos da IPB. Uma carreata na cidade e uma passeata da juventude presbiteriana, bem como

farta distribuição de folhetos e Novos Testamentos na cidade e local do evento foram algumas delas. “Foi um momento marcante para a IPB em nosso Estado e um impacto em nossa sociedade”, garantiu o rev. Hernandes. Como mostra do reconhecimento da importância da data, foram realizadas sessões solenes em algumas Câmaras Municipais do Espírito Santo e na Assembléia Legislativa, durante a semana em que antecedeu o culto especial.

A celebração, em Vitória, foi realizada na Praça da Paz


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HOMENAGEM

IPB é condecorada em Minas Gerais A

Praça Tiradentes, um dos principais pontos turísticos de Ouro Preto, em Minas Gerais, mais uma vez foi palco de uma emocionante festa cívica, celebrada no último dia 21 de Abril, com a entrega da Medalha da Inconfidência, a maior comenda do Governo de Minas Gerais. Ela é entregue a pessoas e/ou instituições que contribuíram para o desenvolvimento de Minas Gerais. Este ano, a Igreja Presbiteriana do Brasil esteve entre os condecorados e foi representada na oca-

Divulgação

sião pelo presidente do SC. O rev. Roberto Brasileiro recebeu uma das medalhas das mãos de Aécio Neves, governador de Minas. Presidindo a solenidade, Neves ressaltou a importância da valorização que Minas concede a esta data histórica. Este ano, a solenidade marcou também os 220 anos da Revolução Francesa e da Inconfidência Mineira, dois movimentos revolucionários que promoveram grandes transformações na história do Brasil e da Europa. Rev. Roberto Brasileiro recebe a medalha das mãos do governador de Minas, Aécio Neves

PLANTAÇÃO DE IGREJAS

Conferência de Plantação de Igrejas Rodrigo Leitão

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ara ajudar pastores e líderes a olharem para o mundo e descobrirem modos de sua igreja ter maior eficácia na evangelização, o Centro de Treinamento para Plantadores de Igrejas, realizou entre os dias 19 e 21 de março na Igreja Presbiteriana Chácara Primavera em Campinas/SP, a Conferência de Plantação de Igrejas. Entre os preletores estavam pastores conhecidos no Brasil e no exterior. Nomes como Ricardo Agreste,

plantador e pastor da Igreja Presbiteriana Chácara Primavera; Hilder Stuts, da Igreja Presbiteriana em Alphaville; Josué Rodrigues, da Igreja Presbiteriana Betânia em Niterói; Leonardo Sahium, da Igreja Presbiteriana da Gávea, Arival Casimiro, da Igreja Presbiteriana de Pinheiros; Fabrini Viguier, da Igreja Plena de Icaraí, e ainda outros pastores diretamente comprometidos com a plantação de novas igrejas. Entre os palestrantes estava também Tommy Kieds, pastor líder da Spanish

River Presbiteryan Church em Boca Raton na Flórida, igreja que têm sido parceira financeira de diversos projetos de plantação no Brasil e que nos últimos anos esteve diretamente ligada à plantação de mais de duzentas igrejas no mundo. Os participantes tiveram acesso a novas idéias, vários exemplos e também a ferramentas que possam auxiliar no processo de plantação. Nos seminários ouviram sobre Formação de Grupo Base; Desenvolvimento de Ministérios Chave; Estabelecimento de Parcerias; Uso da Imagem;

Liturgia Inclusiva; estratégias de evangelização como o Café com Deus, etc. Entre os participantes estavam cerca de duzentos

pastores e líderes de catorze denominações diferentes, representando doze estados brasileiros, além de uma comitiva do Chile.

ASSOCIAÇÃO DO INSTITUTO CRISTÃO

EDITAL DE CONVOCAÇÃO Convidamos os senhores associados da ASSOCIAÇÃO DO INSTITUTO CRISTÃO a se reunirem em sua sede, na Rodovia Guataçara Borba Carneiro, Km 3, em Castro / PR, em Assembléia Geral Extraordinária, que será realizada no dia 25 de julho de 2009, às 9:30h. (nove horas e trinta minutos), para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: 1. Aprovação da Ata da Assembléia Geral Ordinária realizada no dia 14 de março de 2009; 2. Aprovação do Estatuto Social da Associação do Instituto Cristão, de acordo com o novo Código Civil Brasileiro; 3. Aprovação da Ata da As sembléia Geral Extraordinária em questão. Curitiba/PR, 18 de maio de 2009 . JOÃO JAIME NUNES FERREIRA SECRETÁRIO


Brasil Presbiteriano AGEN­DE-SE

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O evento será realizado no auditório Rui Barbosa, no Mackenzie

Seminário de capelania hospitalar é este mês N

o próximo dia 27 de junho será realizado o Seminário de Capelania Evangélica Hospitalar. Promovido pela ACEH-Associação de Capelania Evangélica Hospitalar e ABCEHAssociação Beneficente de Capelania Evangélica Hospitalar, o Seminário acontecerá no Auditório Rui Barbosa do Instituto Presbiteriano Mackenzie, em São Paulo. O objetivo, de acordo com Eleny Vassão, capelã-missionária da IPB e uma das organizadoras do evento, é divulgar o ministério de capelania nos hospitais, apresentando cada área de atividade através da equipe de capelania em diversos hospitais, teste-

munhos de pacientes e profissionais da saúde alcançados, vídeos com atendimento no leito a leito e atividades na Casa do Aconchego. “O seminário é o ponto de partida para o processo de seleção para o Curso e Treinamento de Capelania Hospitalar Nível I, que será ministrado de 3 a 7 de setembro, no Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo, para formação de visitadores de todo o Brasil”, avisa a capela. Entre os assuntos a serem discutidos durante o evento estão “Medicando a Alma com competência e coração” e “O Deus de toda a consolação”; e os novos temas “O efeito da Fé sobre a saúde”, apresentado por um psiquiatra cristão, e “A

Igreja no atendimento pósdesastre”. Este último terá como preletor o Ten. Cel. Marcelo Silva Costa, do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. O público alvo deste seminário, segundo informou Eleny, é formado por evangélicos das mais diversas denominações, que desejam servir ao Senhor nos hospitais e na Casa do Aconchego. “Mesmo para aqueles que não almejam atuar neste ministério, é um momento edificante, onde pacientes, médicos e equipe de capelania estarão relatando seus testemunhos de conversão em meio à dor”, comenta ela. Entre os testemunhos que o público que prestigiar o evento irá ouvir estão o de

“Branco Dinamite”, exchefe de quadrilha de assaltos e tráfico de drogas que conheceu a Cristo no hospital, depois de um tiro que o deixou paraplégico. Outro testemunho será o de Elisa,

que há 19 anos foi visitada por Eleny no ProntoSocorro do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Ela estava à morte e, hoje, com boa saúde, trabalha na Casa do Aconchego.

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Serviço: Seminário de Capelania Evangélica Hospitalar Data: de junho, das 9h às 1 h. Local: Instituto Presbiteriano Mackenzie – Auditório Ruy Barbosa. O valor da inscrição é de R$ ,00. Mais informações: (11) 0 -9 9 e/ou capelaniaevangelica@terra.com.br


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Brasil Presbiteriano

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HISTÓRIA

Primórdios do Presbiterianismo Fotos: arquivo

Alderi Souza de Matos

No Ceará

S

egundo Vicente Themudo Lessa, o primeiro pregador evangélico a visitar Fortaleza foi o Rev. John Rockwell Smith, em junho de 1875. Em setembro de 1882, chegou ao Ceará o Rev. DeLacey Wardlaw, que fundou a Igreja Presbiteriana de Fortaleza em 8 de julho de 1883, recebendo os treze primeiros membros. A organização formal ocorreu em 6 de agosto de 1890, com 64 membros. Wardlaw permaneceu na cidade por 18 anos, até 1900, embora nos últimos tempos tenha se dedicado a outras atividades. Em 1885 ou 1886, o Rev. Smith fez uma segunda viagem ao Ceará, na companhia do presbítero e futuro pastor William Calvin Porter. Acompanhados por Wardlaw, foram a Baturité e Conceição, onde sofreram perseguições. De janeiro de 1889 a março do ano seguinte, na ausência do missionário local em gozo de férias, a Igreja de Fortaleza esteve sob os cuidados do candidato Juventino Marinho, que foi ordenado em setembro com William Porter, na Paraíba. O sucessor de Wardlaw foi o Rev. Reginald Price Baird, nascido em São Paulo, filho de um pastor dos imigrantes norte-americanos de Santa Bárbara. Em seu pastorado foi lançada a pedra fundamental do templo de Fortaleza, em 12 de outubro de 1898. Com sua retirada em 1907 e morte subseqüente, a igreja foi servida pelos Revs. Antônio Almeida e Raimundo Bezerra Lima.

Outros dois missionários residiram no Ceará nos primeiros tempos. O Dr. James J. Harrell, pastor e médico como o Rev. Baird, chegou com a família no início de 1891, mas retirouse logo por razões de saúde. O escocês Rev. James Dick chegou no mesmo ano, mas no ano seguinte faleceu vitimado por uma epidemia de varíola, no dia em que completava 31 anos (21/04/1892). O Rev. Carlyle R. Womeldorf, que residiu no Maranhão de 1895 a 1903, certa ocasião fez uma viagem missionária ao Ceará, tendo visitado Camocim, Sobral e Ipu. O Rev. Jerônimo Gueiros, quando licenciado, residiu em Fortaleza em parte dos anos de 1901 e 1902. O líder que contribuiu para a expansão e interiorização do presbiterianismo no Ceará foi o Rev. Natanael Cortez (1889-1967), que assumiu em 1915 o pastorado da Igreja de Fortaleza, então a única do estado. Ele visitou o interior e os estados vizinhos, abrindo trabalhos em 36 localidades. Mais tarde foram organizadas diversas igrejas: Cedro (1929), Ebenézer de Lages (1929), Baturité (1932), Iguatu (1938) e Parambu (1939). Com o tempo, passaram a trabalhar no campo cearense os Revs. Antônio Teixeira Gueiros, Alcides Nogueira, Bolivar Bandeira, Benedito Aguiar, Antônio Montenegro, Sebastião Gomes, José Duarte e outros. Entre os missionários, estavam os casais Arehart e Moseley.

Rev. Reginald Price Baird

S

Rev. Natanael Cortez

No Paraná

egundo consta, o primeiro obreiro presbiteriano a pregar no Paraná foi o Rev. José Manoel da Conceição. O Rev. Alexander L. Blackford e o colportor João Antunes de Moura, da Igreja de Faxina (Itapeva), também estiveram naquela província. Todavia, a evangelização regular do Paraná foi iniciada pelo Rev. Robert Lenington, que, acompanhado do Sr. Moura, visitou Castro e Tibagi em junho de 1884. Numa segunda visita no final de 1884, Lenington organizou duas igrejas: Fundão (26/10) e Tibagi (07/12). O primeiro membro a ser recebido foi o Sr. José Rodrigues Lagos. Outra cidade visitada por Lenington foi Guarapuava, onde o primeiro converso foi o tenente Francisco de Paula Pletz. O missionário também pregou em Curitiba, Imbituva, Ivaí, Cerro Azul, Antonina e outros locais. No fim de setembro de 1885, após a reunião do Presbitério do Rio de Janeiro, ele e George A. Landes fizeram uma viagem ao Paraná, visitando Fundão, Castro, Tibagi,

Ponta Grossa, Palmeira, São Luís e Curitiba. Em dezembro, o Rev. Landes fixou-se com a família em Curitiba. George Chamberlain também se interessou pela evangelização do Paraná. As Igrejas de Curitiba e Castro foram organizadas em julho de 1888. A segunda recebeu os membros das igrejas pioneiras de Fundão e Tibagi, que foram dissolvidas. Em 1888, em suas férias, Landes, foi substituído pelo Rev. Modesto Perestrello Barros de Carvalhosa, que em 1889 organizou as Igrejas de Guarapuava e Itaqui. No início de 1890, Landes retornou ao Paraná, trazendo em sua companhia o Rev. Thomas Jackson Porter. Em 1892, as professoras Mary Parker Dascomb e Elmira Kuhl implantaram a Escola Americana de Curitiba, uma filial da escola de São Paulo. Elas permaneceram ali por 25 anos. Em 1895 foi inaugurado o templo da Igreja de Curitiba. Outro obreiro que trabalhou na Paraná foi Roberto Frederico Lenington, filho de Robert Lenington, que inicialmente

Rev. Robert Lenington

residiu em Guarapuava e então foi para Santa Catarina. Em 1898, George Landes deixou a igreja da capital, que ficou sob os cuidados do Rev. José Maurício Higgins, e foi residir no interior (Ponta Grossa e Castro). Em 1900, foi criado o Presbitério do Sul. Após alguns anos em Santa Catarina, Landes voltou a residir em Ponta Grossa de 1914 a 1917, época em que, acompanhado do Rev. Tancredo M. Costa, organizou a igreja daquela cidade (18/07/1915). Retornando ao Paraná, Roberto Frederico Lenington pastoreou as Igrejas de Curitiba e Ponta Grossa e organizou diversas igrejas no interior do estado. O Rev. George Bickerstaph pastoreou a Igreja de Castro e um vasto campo no interior. Recebeu por profissão de fé vários jovens que abraçaram o ministério. Foi sucedido pelo Rev. Harry P. Midkiff, fundador do Instituto Cristão de Castro (1915). Outro importante pioneiro no Paraná foi John Benjamin Kolb, que residiu em Guarapuava e Ponta Grossa. A primeira igreja do norte do Paraná foi a de Londrina, organizada em 19 de julho de 1936.


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