PIP catarina silva

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03-06-2018

PSICOSOMA

TÉCNICAS CRIATIVAS

Criatividade | Catarina Garcia Silva


Curso: Criatividade e Processos de Criação Publicitaria - TÉCNICAS CRIATIVAS

Modalidade de Formação: Curso de Formação profissional inicial

Organização da Formação: Curso em formato B - Learning

Destinatários: Profissionais ligados à área de Marketing, Publicidade, Comunicação,

Empreendedores,

Formadores,

Desempregados

que

tencionam desenvolver competências no âmbito da criatividade

Duração do Curso: 8 h

ENQUADRAMENTO/INTRODUÇÃO

-

A

Criatividade

é,

muito,

fundamental ao desenvolvimento do Mercado. Tem técnicas específicas que ajudam a desenvolver, a ter ideias geniais, novas e inovadoras. Um dia David Ogilvy disse: “As boas ideias vêm do inconsciente. Para que uma ideia seja relevante, o inconsciente precisa estar bem informado”. Significa isto que o publicitário é uma pessoa culta, conhecedora não apenas de uma realidade mas de muitas realidades, do mundo que o rodeia, das tendências e necessidades. Só assim é possível ter ideias, criar. Igualmente indispensável é saber o que os outros já fizeram, através de observação e análise crítica de anúncios publicitários, fundamentadas na teoria que expõe as regras e consequentemente a qualidade e eficácia de uma campanha. Perceber o que é bom, o que é mau, o que funciona ou não, considerando sempre o produto e o público-alvo, é o ponto de partida para se fazer melhor.

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OBJECTIVOS GERAIS - No final da formação os formandos deverão ser capazes de identificar, enumerar e utilizar as diferentes técnicas criativas, em 30 minutos, construindo argumentos de comunicação em função do tipo de personalidade do alvo a quem se dirige a marca.

ESTRUTURA DO CURSO Mod. 1 – Introdução e Enquadramento (2 hora sessão sincrónica + 1 hora sessão presencial) 1.1 Um conto, uma visão, um estímulo criativo 1.2 Criatividade, imaginação, fantasia e invenção 1.3 Criatividade, os seres humanos e o hemisfério direito 1.4

Estimulo Criativo – Entrar no caminho da Criatividade

Mod. 2 – Processos de Criação/ Criativos (3 horas sessão sincrónica + 1 hora sessão presencial) 2.1 Definição do Conceito de Criatividade 2.2 Definição de Conceito de Técnicas Criativas 2.3 Brainstorming 2.4 Caixa Morfológica 2.4.1 Exemplo Pratico 2.5 Chapéus de Pensamento 2.5.1 Exemplo Pratico Mod. 3 – Julgar/ Avaliar o trabalho criativo (1 hora sessão presencial) 3.1 Árvore de selecção (R. Joannis) 3.2 Avaliador de Opção (Bem Franklin) 3.3 Modelo de Schultz 3.4 Modelo da BBDO

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IDENTIFICAÇÃO MÓDULO - Mod2 – Processos de Criação/ Criativos

OBJETIVOS ESPECIFICOS

No final da sessão os formandos deverão ser capazes de: •

Identificar e enumerar as diferentes linhas de pensamento, com recurso aos 6 chapéus em 3 minutos.

Saber aplicar esta técnica no local de trabalho, em casos práticos de acordo com o manual.

Analisar todas as alternativas, escolhendo e aplicando a que melhor se adequa ao problema, sem erros.

CONTEÚDOS DE APRENDIZAGEM

Processos de Criação/ Criativos Processos Criativos dividem-se em 4 etapas: Preparação; Incubação; Iluminação ou Surgimento da Ideia; Verificação e aperfeiçoamento.

Durante a preparação o criador define, o melhor possível, o problema e procura o maior número de recursos para a sua solução. Em certas ocasiões, o criativo toma decisões preliminares sobre a relativa importância de cada um deles. Visa “tornar familiar o estranho”. A ordem é absorver informações. Incubação: Desenvolvimento insconciente. É o período (nem sempre consciente) em que a pessoa, livre de restrições racionais ou lógicas, divaga e medita. A pessoa deve parar tudo e realizar outras actividades para que o processo de incubação possa ocorrer. Iluminação: Momento da criação. É quando se deve imaginar as ideias e a sua visualização por modelagens, comparando as suas características com os requisitos, de forma a seleccionar a melhor ideia. É definida pelo

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momento em que os recursos ou partes de um todo se “encaixam” e se chega a uma decisão ou solução. Verificação: Crítica sobre a ideia. É o processo de fazer pequenos ajustes para se chegar à forma final de apresentação. É preciso comprovar que a ideia adotada como solução seja realmente a melhor. Todas estas etapas fazem parte de um processo cansativo, mas eficiente, que deve ser aplicado no momento de surgimento de novos serviços.

1.5 Definição do Conceito de Criatividade

A criatividade é a característica humana que nos faz pensar, criar e produzir coisas novas. “Processo de mudança, de desenvolvimento, de evolução

na

organização

da vida

subjectiva” (Ghiselin 1952). “Manipulamos

símbolos

ou

objectos externos para produzir um evento incomum para nós ou para nosso meio” (Flieger 1978). “O termo pensamento

criativo

tem

duas

características fundamentais, a saber: é autónomo e é dirigido para a produção

de

uma

nova

forma”

(Suchman, 1981); “Criatividade é o processo que resulta em um produto novo, que é aceite como útil, e/ou satisfatório por um número significativo de pessoas em algum ponto no tempo” (Stein, 1974). “Criatividade representa a emergência de algo único e original” (Anderson, 1965);

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“Criatividade é o processo de tornar-se sensível a problemas, deficiências, lacunas no conhecimento, desarmonia; identificar a dificuldade, buscar soluções, formulando hipóteses a respeito das deficiências; testar e retestar estas hipóteses; e, finalmente, comunicar os resultados” (Torrance, 1965). “O homem cria, não só porque quer, mas também porque precisa, pois como ser humano “ele” só pode crescer coerentemente, ordenado, dando forma, criando, de forma consciente e sensível no seu contexto cultural” (Ostrower, 1987). “Todos nós somos criativos, em graus diferentes. Assim, criar é basicamente dar forma a algo novo, o que pode acontecer no campo das ideias, quando se busca compreender um fenómeno, fazer novas relações entre eles, compreende-los em termos novos. Esta compreensão, por sua vez, abrange a capacidade de relacionar, ordenar, configurar, significar.

Todo o ser humano possui criatividade em diferentes habilidades. Acredita-se que a habilidade criativa das pessoas esteja de certa forma ligada aos seus talentos.

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2.2 Definição de Conceito de Técnicas Criativas

As técnicas criativas são métodos que

podemos

utilizar

para

treinar

e

desenvolver o nosso pensamento criativo. Apesar de algumas pessoas serem mais criativas que outras a criatividade não é meramente um talento inato. E também uma competência que tal como outras, pode e deve ser treinada e desenvolvida.

3 Exemplos de técnicas criativas para desbloquearmos a nossa mente.

2.3 Brainstorming

O

brainstorming

(literalmente:

“tempestade de ideias”), mais que uma técnica de dinâmica de grupo, é uma actividade desenvolvida para explorar a potencialidade criativa de um indivíduo ou de um grupo – criatividade em equipa – colocando-a a serviço de objectivos pré-determinados. Dos diversos outros métodos, a técnica de brainstorming propõe que um grupo de pessoas, de duas até dez pessoas, se reúnam e se utilizem das

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diferenças nos seus pensamentos e ideias para que possam chegar a um denominador comum eficaz e com qualidade, gerando assim ideias inovadoras que levem o projecto adiante. É preferível que as pessoas que se envolvam nesse método sejam de sectores e competências diferentes, pois suas experiências diversas podem colaborar com a “tempestade de ideias” que se forma ao longo do processo de sugestões e discussões. Nenhuma ideia é descartada ou julgada como errada ou absurda. Todas as ideias são ouvidas e levadas até ao processo de brainwriting, que se constitui na compilação ou anotação de todas as ideias ocorridas no processo de brainstorming, numa reunião com alguns participantes da sessão de brainstorming, e assim evoluindo as ideias até à chegada da solução final. Quando se necessita de respostas rápidas a questões relativamente simples, o brainstorming é uma das técnicas mais populares e eficazes. Esta técnica vem a ser difundida e inserida ainda em diversas outras áreas, tais como educação, negócios, informática, internet e outras situações mais técnicas.

A técnica de brainstorming tem várias aplicações e é frequentemente usada em: • Desenvolvimento de novos produtos – obter ideias para novos produtos e efectuar melhoramentos aos produtos existentes; • Desenvolver ideias para campanhas de publicidade; • Resolução de problemas – consequências, soluções alternativas, análise de impacto, avaliação; • Gestão de processos – encontrar formas de melhorar os processos comerciais e de produção; • Gestão de projectos – identificar objectivos dos clientes, riscos, entregas, pacotes de trabalho, recursos, tarefas e responsabilidades; • Formação de equipas – geração de partilha e discussão de ideias enquanto se estimulam os participantes a raciocinar e a criar: criatividade em equipa.

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Etapas de um brainstorming: • Definição do tema; • Escolha de uma equipa; • Definir o tipo de brainstorming; • Geração da ideia; • Seleção da ideia; • Encontrar a solução.

2.4 Caixa Morfológica /Listagem de Atributos Desenvolvida pelo físico suíço Fritz Zwicky ( 1898 – 1974) amplia as possibilidades que o trabalho criativo exige. Esta técnica obriga-nos a analisar aspectos que normalmente passam despercebidas. Pensem quais são os atributos de uma escova de dentes? É de plástico, tem uma escova numa das extremidades para lavar os dentes e um cabo para a segurar. É muito fácil identificar os elementos principais de um problema e depois de analisar cuidadosamente cada um deles, basta descobrir novas formas de os melhorar. No caso da escova de dentes, poderá considerar as seguintes hipóteses: fabricar num material diferente ou alterar o formato do cabo. Mas os atributos físicos não são os únicos que podemos listar. Basta que olhemos para a escova de perspetiva diferente, por exemplo, socias, processuais, psicológicas e financeiras.

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Através de uma tabela, na qual estabelecemos um problema, uma serie de fatores relacionados com ele e vários valores para cada um desses fatores.

2.4.1 Exemplo Pratico Problema: preparar as férias Factor 1 Factor 2 Companhia Duração Sozinho 1 Dia Companheiro Vários dias Filhos 1 Semana Com a Varias família semanas Irmãos Um mês

Amigos

Vários meses

Factor 3 Lugar Praia Campo Montanha Rio Parque de diversões Estrangeiro

Factor 4 Momento Verão Depois do verão Natal Feriado

Factor 5 meteorologia Sol Com chova

Factor 5 Hospedagem Carro Hotel

Neve Granizo

Hotel Pensão

Fim-desemana prolongado Horário de trabalho

Vento

Tenda de campismo

Tempestade

Ar livre

Resolução do problema: Vamos de ferias com a família durante um mês para o estrangeiro, no verão com sol e ficaremos hospedados numa pensão.

2.5 Chapéus de Pensamento A

teoria

“Seis

Chapéus

do

Pensamento” de Edward de Bono foi desenvolvida de forma a ilustrar os vários métodos de pensamento utilizados pelos indivíduos em processos de resolução de problemas.

Cada

um

dos

chapéus

representa um método de pensamento comummente utilizado pelos indivíduos neste tipo de processos. Com a aplicação desta técnica é esperado que os indivíduos tenham a capacidade de reconhecer os vários métodos de pensamento utilizados por si e que, por conseguinte, entendam melhor os seus processos de pensamento

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individuais. É também esperado que os indivíduos melhor entendam os processos de pensamento elaborados por outros e por isso venham até a incorporar alguns dessas características no seu próprio processo individual de pensamento. Os seis chapéus representam seis modos de pensamento e devem ser tidos em conta como direcções gerais de pensamento e não como directrizes padronizadas. Há seis chapéus com seis cores diferentes e cada um simboliza uma certa forma ou corrente de pensamento.

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2.5.1 Exemplo Pratico

Quando

usar

um

desses

chapéus,

está

a

escolher

pensar

exclusivamente na orientação de pensamento que a cor do chapéu representa. Os outros elementos do grupo também usarão um chapéu e quando trocar de chapéus com os seus colegas, mudará também a sua forma ou orientação de pensamento. Cada participante terá que usar os seis chapéus diferentes e reflectir sobre a orientação que cada um implica.

O que significa cada chapéu e a forma como tem de pensar.

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Problema: Os alunos falam enquanto a professora está a lecionar.

Segundo o Chapéu Branco – factual (descreve os factos) • Os alunos falam enquanto a professora está a lecionar • Isto provoca ruído e por isso os outros alunos distraem-se e não conseguem ouvir a professora • Os alunos não sabem o que fazer depois de terem sido dadas as instruções • Muitos alunos distraem-se o que impede que completem as tarefas pedidas

Chapéu Vermelho – emocional (descreve as emoções) • A professora sente-se ofendida •

Os

alunos

sentem-se

frustrados

por

não

conseguirem ouvir as instruções • Aqueles que falam gostam de contar piadas e de protagonismo • Representa o pensamento emocional28 Chapéu Preto – crítico (aspetos negativos) • É desperdiçado tempo • O processo de aprendizagem é comprometido • Aqueles que participam sentem que não são ouvidos nem respeitados.

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Chapéu Amarelo – positiva (aspetos positivos) • Toda a gente tem o direito de dizer o que pensa • Pode ser divertido • Não só os “alunos brilhantes” têm direito a falar • Não é necessário esperar para partilhar ideias, portanto não há o risco de uma ideia ser esquecida

Chapéu Verde – criativo (ideias criativas podem ser originadas pela observação da informação em perspetivas diferenciadas) • A professora tornar-se-á mais consciente do tempo que os seus alunos gastam a falar; • A professora tentará incorporar a interação de todos os estudantes, e não apenas dos “alunos iluminados”. • Os alunos resistirão à vontade de dizer tudo o que pensa. Irão pensar se a sua intervenção é relevante para o tópico em discussão. • Os alunos terão em consideração, se o seu comentário irá interferir negativamente com o processo de aprendizagem dos outros alunos.

Chapéu Azul – controlo do processo (assegura que cada chapéu visualiza efetivamente a questão na sua globalidade) • A professora torna-se consciente que terá que monitorizar a quantidade de tempo que passa a falar com a turma. • A professora precisa de envolver todos os alunos nas discussões. • A professora precisa de reconhecer que alguns alunos precisam de algum tempo para pensar antes de responder. Permitir a esses alunos mais tempo para pensar em soluções promove uma participação mais alargada e o aumento do nível de aprendizagem.

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• Os alunos apercebem-se que o facto de falarem nas aulas faz com que o seu professor/a se sinta pouco apreciado/a e desrespeitado/a • Os alunos apercebem-se que os seus comentários colocam em risco o processo de aprendizagem dos outros elementos • Os alunos apercebem-se que interromper a aula mostra uma falta de autodisciplina e que nem todos os pensamentos devem ser partilhados

Depois de analisarmos todos os dados, vamos então arranjar uma solução, para o Problema.

A professora tentará incorporar a interação de todos os estudantes, e não apenas dos “alunos iluminados”, arranjando formas criativas e jogos pedagógicos para cativar a atenção de todos.

METODOLOGIA Método expositivo: técnica de lição, apresentação em Prezi; Método interrogativo: técnica das perguntas; Método ativo: técnica de dinâmicas de grupo e discussão

RECURSOS DIDATICOS *Quadro Branco (registo das ideias Chaves apresentadas); *Plataforma Issuu (apoio ao modulo); *Computador e Projector (Apresentação de infografia e Imagens); *Paralelo Pedagógico (cada face com uma cor referente aos 6 chapéus de pensamento); *Cartolina com tabela; *6 Chapéus; *Canetas; *Post-it e fita-cola; *Plataforma Moodle

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AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS E DA FORMAÇÃO *Diagnóstico: Formulação de perguntas orais, no início do módulo;

*Formativa: Exercício de identificação das Técnicas Criativas; Exercício

de

preenchimento

de

uma

tabela

em

Grupo

e

depois

individualmente.

*Sumativa: Fixa sumativa com perguntas do tipo, ligar Colunas; Verdadeiro/ Falso; Preenchimento de espaços vazios.

DURAÇÃO: 4 horas (Sessão presencial 3 h e Sessão síncrona 1h)

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