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A G E N T E VA I A N T E S PA R A V O C Ê I R M E L H O R
fim de
SEMANA R$ 19,99
0 2 0 0 7>
são paulo
9 771517 864003
72 cidades
Na serra, no campo e na praia
263 hotéis e
pousadas
+
As praias escondidas Os quartos românticos As melhores compras
210 300 atrações
restaurantes
ROTEIROS PARA VOCÊ CURTIR
estâncias hidrominerais • turismo aventura • cidades históricas • compras boa mesa • descanso • família • praia • romance • serra • vida noturna
Pela estrada afora T
alvez você nunca tenha parado para pensar nisso: uma das vantagens de morar em São Paulo é a facilidade de sair dela. Com tanta estrada boa na porta de casa, passar o fim de semana
na praia ou no campo não tem segredo algum. E dá até gosto dirigir: lideradas pela Bandeirantes, cinco rodovias que saem da capital estão entre as dez melhores do país na afinada avaliação do Guia Quatro
Rodas Rodoviário (você já tem o seu?). Foi o time do Guia, também, que apurou indicações de hotéis, restaurantes e atrações, textos sobre comida típica e idéias de passeio as mais variadas, de um vôo de balão à ainda selvagem Ilha do Cardoso. O repórter Eduardo Merli, sozinho, percorreu toda a região serrana de Monte Verde a Visconde de Mauá, desvendou os segredos de Campos do Jordão e arredores e ainda conferiu o que a serra da Bocaina tem de bom. Para facilitar sua consulta, a turma da arte bolou uma série de ícones que ajudam a identificar os tipos de cidade: se é boa para ir em família, para comer bem, se tem praia ou fica na serra, se dá para praticar esportes de aventura... Na elaboração das matérias que elegem o melhor do guia, duas ajudas foram preciosas. Tati Bernardi, escritora e publicitária, é autora de um texto super bem-humorado sobre uma viagem a dois. E Karina Sérgio Gomes mostrou sua infinita capacidade de trabalho no zelo com que pesquisou e escreveu sobre assuntos tão diversos como arquitetura, cerveja, cachaça, o Acquamundo e o picolé Chicabon. Com os mais de 70 destinos e idéias de passeio reunidos neste guia, você só passa o domingão na casa da sogra se quiser. A maioria fica a até 200 km da cidade – dá para sair na sexta à noite e voltar domingo de tardezinha, com o espírito renovado, para mais cinco dias trabalho e, quem sabe, de planejamento para um outro fim de semana longe do frenesi da capital.
Um beijo, GABRIElA ERBETTA EdITORA gerbetta@abril.com.br
8 estilos
isso é bArroco ou rococó? A gente quAse nuncA párA prA pensAr nAs vAntAgens de ter recebido tAnto colonizAdor e imigrAnte. uma delas fica clara em frente a igrejas e
wpc
construções históricas: o brasil exibe uma variedade de estilos arquitetônicos de fazer inveja a muito país europeu. um pequeno giro pelo estado de são paulo já é suficiente para encontrar mais de meia dúzia deles. ou seja: você passeia e ainda aprende ao visitar igrejas e museus – e até quando se hospeda num hotel histórico!
casario de parati: portas e janelas que dão direto para a rua
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cidades históricas
colonial séc. 17 - 19 casario de parati pág. 200 É assim chamado devido ao período em que surgiu – o Brasil Colônia. são casinhas geminadas, sem recuo frontal (portas e janelas dão direto para a rua), com esquadrias de madeira e cores primárias. o casario de Parati ainda tem portais de pedra, treliças de madeira (século 18) e sacadas de ferro batido (século 19).
Vitoriano séc. 19 big ben, paranapiacaba pág. 195 simetria, regularidade, tijolinhos aparentes e uso de ferro, com curvas em ângulo agudo, agulhas e capitéis. É muito comum nas estações de trem construídas pelos ingleses no Brasil, como a de Paranapiacaba e seu famoso Big Ben.
eclético cerca de 1920 arMando catunda
Museu do café, santos pág. 213 É a mistura do que parece melhor em cada época: o museu do Café tem elementos barrocos (torre do relógio), góticos (cúpula de uma das entradas) e clássico (ornamentos na parte superior das colunas).
art déco cerca de 1930 bolsa de café: exemplo eclético em santos
Jesuítico séc. 16 Museu do eMbu, eMbu pág. 145 fachada simples, uso das cores azul e branco, telhado triangular, paredes de taipa de pilão e influências locais dos jesuítas – no museu do embu, elas aparecem em elementos da tribo tupi, que habitava o local, e em ornamentos chineses, influência das missões realizadas na China por religiosos que depois vieram trabalhar no Brasil.
grande hotel são pedro, águas de são pedro pág. 100 definido por linhas muito precisas e ornamentos geométricos – ou seja, um aspecto mais limpo e puro. no grande Hotel são Pedro, até o piso preto-e-branco da recepção reflete essa característica.
Modernista cerca de 1950 balneário Municipal, águas de lindóia pág. 99 surgido depois da ii guerra. Predominam as formas cúbicas, cores primárias e, no Brasil, o uso de concreto armado – oscar niemeyer é seu maior expoente.
bandeirista séc. 17 casa do anhangüera, santana de parnaíba pág. 209 os bandeirantes construíam casas de taipa de pilão, com planta retangular, varanda e capela interna. exemplo desse estilo, um pouco modificado, a Casa do anhangüera não tem varanda nem capela. mesmo assim, é tido pelo Condephaat como a única casa bandeirista urbana de que se tem notícia.
santuário santo antônio do Valongo, santos pág. 213 a exemplo de vários outros estilos, o barroco chegou ao Brasil 100 anos depois de surgir na europa. Como forte apelo religioso, exibia riqueza de formas: rebuscamento nas talhas, uma multidão de anjinhos e imagens que pareciam ter movimento – como dá para notar no santuário, fundado pela ordem dos franciscanos em 1640. em seguida ao barroco surgiu o rococó, mais leve e simples.
diVulgação
barroco séc. 17
grande hotel: art déco do começo ao fim fim de semana guia quatro rodas
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No túNel V ocê coNhece a cidade mais aNtiga do estado de são Pelo esforço dos escraVos? já pensou em se hospedar em
marcos Kim
armaNdo catuNda
muita história tenha se perdido, cidades como bananal, Parati e santana do imperador e transporte era feito em lombo de burro.
parati
são luís do paraitinga
1538
1546
1596 1606
fundação de iguape
fundação de santos
fundação de Parati
1600
1635
1695
o bandeirante a primeira a ordem dos o Caminho anhangüera casa de franciscanos do Ouro constrói sua funda, em (pág. 202), em fundição do casa (pág. 209) Brasil surge santos, o Parati, tornaSantuário em santana do se a primeira onde hoje Parnaíba Santo ligação entre está o Museu Antônio do são Paulo e o Histórico e Arqueológico Valongo (pág. rio de Janeiro (pág. 154)
de iguape
36
1640
213)
1773 fundação de são Luís do Paraitinga
cidades históricas
do tempo Paulo? sabe oNde Pode Ver uma igreja coNstruída
jaceK / KiNo
bia Parreiras
uma fazenda que recebeu d. Pedro i e juscelino Kubitschek? mesmo que de Parnaíba ainda guardam construções da época em que governo era o
paranapiacaba
prédio da bolsa de café, santos
1783
1813
1856
uma capela em homenagem ao senhor Bom Jesus do Livramento é erguida no lugar que depois seria ocupado pela cidade de Bananal
surge a Fazenda 3 Barras (pág. 108), em Bananal, onde já se hospedaram figuras como dom Pedro i, Juscelino Kubitschek e o duque de Caxias
um relógio parecido com o Big Ben (pág. 195) é construído em Paranapiacaba
1860
1862
1897
1901
1922
os a primeira a maior casa a Light É inaugurado, funcionários locomotiva da Vila de constrói, em em santos, o Prédio da ingleses da percorre a Paranapiacaba santana do Parnaíba, a Bolsa de Café são Paulo estrada de é erguida para (pág. 213) barragem railway ferro santosacomodar o Company Jundiaí, em edgar souza, engenheiro(sPr) chegam Paranapiacaba chefe da são primeira usina para construir hidrelétrica Paulo railway a estrada de da américa – hoje, ali ferro santosdo sul funciona Jundiaí. É o Museu o marco de Castelinho (pág. 195) fundação de Paranapiacaba
fim de semana guia quatro rodas
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RosicleR RiegeR/FeRRoFotos
jaiR magRi
jaiR magRi
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RosicleR RiegeR/FeRRoFotos
heudes Regis
RosicleR RiegeR/FeRRoFotos
RosicleR RiegeR/FeRRoFotos
6 cidades
Sem medo de gastar TuriSmo de conSumo é um Termo que pode aTé não exiSTir – maS ele acontece, e muito, em várias cidades. Você vai conhecer o lugar, às vezes só passar o dia, mas o objetivo principal é mesmo fazer compras vantajosas. alguns detalhes devem ser observados para que você não perca o passeio. celina ramalho, vice-presidente da ordem dos economistas do Brasil, diz que o ideal é fazer um levantamento de preços para ver se a economia compensa os custos da viagem (gasolina, pedágios, lanchinhos). não parcele com juros e não leve nada que você talvez precise trocar – ter de pegar a estrada outra vez é garantia de mais gastos.
cunha pág. 140 Foi um português que, em 1975, levou a técnica da cerâmica japonesa a Cunha. Hoje, cerca de 15 ateliês, a maioria no bairro de Vila Rica, produzem peças utilitárias e decorativas. Procure saber quando acontece a abertura dos fornos, melhor época para fazer compras.
emBu pág. 143 A feira de artesanato do centro histórico já não é a melhor pedida – tem até camelô vendendo quinquilharias. Procure as lojas que ficam entre as ruas N. S. do Rosário, Joaquim Santana e o Largo dos Jesuítas. Na avenida Elias Yazbek há mobília rústica e em estilo colonial. Fique atento: há quem venda como originais réplicas feitas em madeira de demolição.
iTu pág. 171 Tem antiquários um ao lado do outro, com móveis, louças, relógios, peças sacras e... réplicas de mobiliário antigo, geralmente pela metade do preço das peças originais. As lojas ficam
nas ruas Paula Souza, dos Andradas e na praça Padre Miguel. Vá preparado: poucos estabelecimentos aceitam cartão de crédito.
monTe Sião pág. 186 Cerca de 90% dos 20 mil habitantes vivem do tricô. Nas ruas do Centro Pequeno, como a rua do Mercado, estão as melhores lojas. Para renovar o guarda-roupa de inverno, vá entre junho e julho, quando a cidade inteira faz promoções.
pedreira (jaguariúna) pág. 175 Há de tudo: peças decorativas e utilitárias de cerâmica, vidro, cobre, pátina e até objetos made in China. Os pólos comerciais são o shopping Center Louças e a praça Coronel João Pedro.
Serra negra pág. 238 Nem tudo o que a cidade vende é feito lá – sim, muitas malhas vêm de Monte Sião e Águas de Lindóia, por exemplo. O forte são as peças de couro, vendidas na primeira quadra da rua Coronel Pedro Penteado. fim de semana guia quatro rodas
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8 spas
DESCANSO PARA o coRPo e PARA A AlmA
antiga? esses lugares destinavam-se ao sanus per aquam – saúde pela água –, tratamentos termais para cuidar do corpo e relaxar. Por anos, a sigla spa foi usada apenas como sinônimo de locais onde você se hospedava para emagrecer. Hoje, a prática se modernizou e retomou a idéia romana: muitos hotéis incorporaram e alguns se especializaram em atividades de relaxamento, como massagens, banhos de ofurô, acupuntura e meditação.
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heudes regis
RelaxaR e emagReceR, ou só RelaxaR. sabe aquelas casas de banho que sempre aparecem em filmes sobre a Roma
descanso
Casa Grande Hotel resort & spa
Guarujá, páG. 148 na agitada praia da enseada, é para quem não abre mão de cinema, shopping e badalação. Para perder uns quilinhos, você tem à disposição um time de endocrinologistas, nutricionistas, esteticistas e até cirurgiões. Para relaxar, experimente as atividades de recreação, como aulas de surfe e partidas de golfe.
Viktoria Garten itapeCeriCa da serra, páG. 169 Baseado na filosofia aiurvédica, o spa usa medicina ortomolecular, reeducação alimentar, dietas de desintoxicação e técnicas de massagens, como unterwassermassagen (dores musculares são combatidas com um poderoso esguicho de água). tudo no intuito de prolongar a vida e restabelecer o equilíbrio bioenergético – ou seja, para você repor as energias.
ponto de luz
pousada 4 luas atibaia, páG. 104 se você sonha com um lugar onde possa ficar do tamanho da paz, como dizia a antiga canção, seu desejo pode se tornar realidade, nem que só por um fim de semana. os aconchegantes chalés da 4 Luas têm vista para a mata nativa e trilhas repletas de macacos, esquilos e preás. dentre os tratamentos terapêuticos, você pode pôr os ossos no lugar numa sessão de quiropraxia.
sant’anna amparo, páG. 101 o clichê “os pequenos detalhes fazem a diferença” é a fórmula do sucesso do hotel: quartos com decoração individual, tapetinho com cheiro de lavanda... tudo para você relaxar e perder uns quilinhos em dietas de 500 a 1000 calorias.
7 Voltas itatiba, páG. 169 É para quem quer emagrecer sem se privar dos prazeres da boa mesa: o cardápio variado de cozinha francesa e japonesa foge das receitas insossas servidas em dietas tradicionais. a decoração, colorida e meio rústica, dá um ar de hotel de selva ao spa.
spa rosita Garden serra neGra, páG. 238 ideal para quem quer tranqüilidade, já que o silêncio impera no ambiente. fica em meio a uma grande área arborizada com plantas ciprestes e jardim, bela paisagem para fazer caminhadas.
disposição, equilíbrio e relax
e
ncontre um cantinho no jardim, à beiramar ou no quarto do hotel para cuidar de você. essas práticas ajudam a relaxar e aumentam a disposição. Lave o rosto Com água fria e bata a pele levemente com os dedos – assim, você ativa a circulação sanguínea e ganha disposição. no Banho: ensaboe-se inteiro, dos pés à cabeça, para estimular o fluxo do sangue e o ânimo. reLaxe: sente-se, foque os olhos num ponto da paisagem e concentre-se em você mesmo. Bastam 15 minutos. uma Postura fácil da ioga ajuda a ter – e manter – o equilíbrio. de pé, com os pés juntos e o corpo alinhado, feche os olhos e junte as mãos na altura do peito, como se fosse rezar. fique imóvel por cinco inspirações e cinco expirações. esPreguiCe. tente primeiro encher o pulmão de ar para depois se esticar e só então expirar. faça quantas vezes quiser, a qualquer hora do dia. esfregue as mãos até aquecê-las e deslizeas pelo corpo. isso limpa, desperta e tira as tensões. Para reLaxar, respire fundo: a prática é capaz de oxigenar as células cerebrais e reduzir a ansiedade. inspire devagar pelo nariz e encha de ar primeiro o abdome, depois o tórax. em seguida, tente expirar primeiro o ar do tórax e depois o do abdome. Heudes reGis
joanópolis, páG. 178 Clima zen, favorecido pelo isolamento (os quartos não têm telefone e não há sinal para celular) e pelas práticas alternativas (há leitura de tarô e banhos de ervas contra energias ruins). de acordo com o pacote, você pode ver aulas sobre plantas medicinais e participar de ofinas de panificação.
unique Garden mairiporã, páG. 184 relaxar e emagrecer com muito luxo. Para atender a todos, o spa divide-se em três áreas: bem-estar, prazer gastronômico e estética e saúde. entre os tratamentos, massagem a seis mãos com óleos quentes e banho de flutuação em água com sal do mar morto.
Sant’Anna, em Amparo
fim de semana guia quatro rodas
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ESTAMOS INDO
DE VOLTA PRA CASA... "TER PARA ONDE VOLTAR" – ESSE TAMBÉM É UM DOS MOTIVOS PELOS QUAIS AS PESSOAS ADORAM VIAJAR. Mas que tal dar uma estendida no passeio (nem que seja só para aumentar a saudade de casa) e aproveitar até o finzinho do domingo? Várias estradas escondem lugarzinhos que podem não valer a viagem, mas valem a parada!
DUTRA O PATURI Via Dutra, km 59,8, (12) 3132-1975, Guaratinguetá. Há quase 50 anos é conhecido dos motoristas que trafegam pela Dutra. Aos domingos, só vale para o almoço, com cardápio clássico da cozinha francesa: pato com laranja, steak au poivre, truta com alcaparras ou amêndoas.
CASTELO BRANCO RANCHO 53 Rodovia Castelo Branco, km 53, (11) 4136-1381, São Roque. É bem mais incrementado que os beira-de-estrada comuns: misto de empório com artigos portugueses e restaurante que serve pratos fartos. O bacalhau ao Narciso (postas na brasa com cebola, pimentão e alho, servido com batata ao murro) é um dos mais pedidos.
DOM PEDRO ZOOPARQUE Acesso pelo km 95,5 da rod. D. Pedro I p/ Atibaia, 15 km, (11) 4495-8299, Itatiba. Leve a garotada para ver os 1400 animais, entre aves, mamíferos e répteis. Um dos programas mais legais é caminhar entre os mais de 500 pássaros do aviário.
TAMOIOS RECANTO SANTA BÁRBARA Rodovia dos Tamoios, km 22,5, (12) 3978-2200, Jambeiro. Bom lugar para tomar um cafezinho ou comer um "apfelküchle" (fatias de maçã com canela e açúcar). E para abastecer a despensa da semana com os produtos orgânicos vendidos na delicatessen.
SP-055 KEIKO SUSHI BAR SP-055 para Guarujá, km 229,5, (13) 9713-0114, Bertioga. O restaurante combina a leve comida japonesa a uma... sessão de massagem. Isso mesmo. Por R$ 10, dá para sentar por 15 minutos numa cadeira de massagem eletrônica e aliviar as últimas tensões antes da segunda-feira. Esse restaurante familiar serve sushis e sashimis sempre com peixe fresco e apresentação caprichada.
RIO-SANTOS PONTA DE GUAECÁ Rio-Santos, km 141, São Sebastião. De um mirante improvisado, no alto da Ponta de Guaecá, à esquerda você avista a praia de Barequeçaba e o canal de São Sebastião; à direita, a praia de Guaecá e o horizonte.
ROD. FLORIANO RODRIGUES PINHEIRO LEITE NA PISTA Rod. Floriano Rodrigues Pinheiro, km 10, (12) 3686-1880, Taubaté. Na volta de Campos do Jordão, se você não parar para tomar leite com baunilha ou comer ovos caipiras mexidos, você não foi para Campos. Aproveite para comprar queijos, doces, pães e bolos. MIRANTE Rod. Floriano Rodrigues Pinheiro, km 43,4, Campos do Jordão. O trânsito começa a parar quando você se aproxima de um dos mirantes mais procurados por quem quer ver o pôr-do-sol na serra. A cerca de 1600 m do nível do mar, a vista inclui o entardecer e as verdes montanhas.
VOCÊ CONHECE
O ROCHINHA?
HÁ UM QUARTO DE SÉCULO, UMA PEQUENA FÁBRICA NO CENTRO DE SÃO SEBASTIÃO CRIA SOZINHA A LENDA MAIS GELADA DO LITORAL PAULISTA. Quando o assunto é praia, os sorvetes Rochinha são quase indissociáveis do imaginário coletivo. De um começo artesanal, com pouca variedade, o cardápio passou para 60 sabores– 36 de massa e 24 de picolé.
de massa por dia. Deu água na boca? É possível marcar uma visita à fábrica (r. Caraguatatuba, 161, tel. (12) 3892-1152; grupos de no máximo 10 pessoas) e ver bem de perto a linha de produção. O preço de cada sorvete depende do lugar. Em Maresias, uma bola pode custar R$ 3,50, contra R$ 2,50 em São Sebastião. No geral, o picolé sai por R$ 2 a R$ 2,50 e a bola varia de R$ 2,50 a R$ 4. E o melhor: na volta da viagem, quando bater aquela saudade de um Rochinha, acesse o site www.sorvetesrochinha.com.br e confira os pontos de venda do sorvete em São Paulo.
VELHINHO, MAS EM ÓTIMA FORMA Faça as contas: é capaz de três gerações da sua família já terem tomado um Chicabon, que em 2007 completa 65 anos. Foi o primeiro picolé da Kibon, empresa americana estabelecida no Rio de Janeiro em 1941. A fórmula leva chocolate, malte, leite e, bem, um outro ingrediente secreto e muito bem guardado. O nome é brasileiríssimo: deriva de Francisca, muito comum na época do lançamento, e pretende prestar homenagem à mulher carioca, da pele morena de sol.
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ALFREDO FRANCO
A
s últimas novidades, no palito, surgiram no verão 2006/2007: manga, cupuaçu e o eskimonata (sorvete de nata com casca de chocolate por fora). Tem também limão, abacaxi, banana, abacate, tangerina, milho verde... E o blue ice, de tutti-frutti. Mas os campeões de venda mesmo são o picolé de coco branco (imbatível) e o sorvete sabor amarena, uma espécie de cereja italiana (quem pede uma provinha dele não resiste!). Tudo é feito por 18 funcionários que ralam e picam as frutas para produzir 30 a 40 mil picolés e 1 000 a 1 500 litros de sorvete
PRAIAS
OS PICOLÉS CAMPEÕES
MARCELO BARABANI / AE
Coco branco Coco queimado Milho verde Banana Açaí com guaraná
FIM DE SEMANA GUIA QUATRO RODAS
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6 dicas
Não sofra com o termômetro baixo QuaNdo Você peNsa em iNVerNo Na serra, é apeNas o lado româNtico Que Vêm à cabeça? pois saiba que para aproveitar melhor os abraços em frente à lareira, o chocolate quente, o gorro e o cachecol, é melhor tomar alguns cuidados. por causa da altitude, é normal ficarmos cansados, demorar para fazer a digestão e sentir mais rápido os efeitos do álcool. o segredo é arrumar a mala direito e tomar pequenas providências que ajudam a afastar os problemas, como ensina marcelo regazzini, diretor de medicina do esporte da associação paulista de medicina.
Na mala
em trâNsito
Leve óculos escuros e filtro solar (a incidência de raios ultra-violetas é maior na serra), creme hidratante e manteiga de cacau para os lábios. Assim você evita o ressecamento do rosto, que sempre fica mais exposto ao frio.
Para evitar o choque térmico, só saia de um lugar fechado quando estiver agasalhado. Ao chegar no hotel, tire as roupas mais pesadas primeiro, até sentir-se bem na temperatura do ambiente.
Vista-se
comer e beber
De preferência com roupas escuras, que retêm o calor. Casacos de couro ajudam, pois são impermeáveis ao vento e à umidade. Calce sapatos fechados, como botas, e não se esqueça de luvas e dos gorros para proteger a cabeça e as orelhas.
Evite gorduras e coma várias vezes ao dia, em pequenas porções – assim você facilita a digestão. A melhor bebida é o chocolate quente. Não se esqueça: em grandes altitudes, o efeito do álcool é mais rápido do que o normal.
mais eNergia, xô preguiça!
Relaxe! Faça caminhadas e aprecie as belezas naturais do lugar em que está. Essa atividade é prazerosa e ajuda a repor as energias.
No frio, e em altitudes elevadas, é normal sentir preguiça – principalmente para sair do quarto quentinho. Espante o desânimo com um banho de água morna e exercícios de alongamento.
abuse da Natureza
mauro nakata
serra
7 bares
Os intOcáveis A cAdA verãO, dezenAs de bAres e dAnceteriAs nOvOs ApArecem em cidades
eduardo albarello
litorâneas como Santos, Guarujá e São Sebastião. A cada inverno, o mesmo fenômeno acontece em Campos do Jordão. Sua intenção é simples: funcionar apenas durante a temporada, lucrar com o excesso de movimento e fechar as portas assim que o último cliente sobe (ou desce) a serra de volta para casa. Nesse volátil mercado da vida noturna, raridade mesmo é quem permanece aberto por anos a fio.
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vida noturna
Baden-Baden 1985
o galeão 1995
Rua djalma FoRjaz, 93, Vila CapiVaRi, (12) 3663-3659, Campos do joRdão É o marco zero da cidade, ponto de encontro de jovens que vêm para paquerar, ver e serem vistos na temporada de inverno. Para acompanhar os nove tipos de cerveja e quatro de chope, todos de fabricação própria, uma boa pedida é o salsichão.
estRada de CamBuRi, 79, (12) 3865-1515, são seBastião ambientado como um barco pirata cheio de mastros, velas, redes de pesca, tonéis de bebidas. os dJs bombardeiam as pistas com rock, funk, soul e hip hop, enquanto são servidos caipirinhas e drinques como o el diabo (licor de café e tequila flambados).
paRaty CaFé 1985 Rua do ComéRCio, 253, CentRo HistóRiCo, (24) 3371-1464, paRati fica na rua principal do Centro Histórico. segundo os donos, em 21 anos o café já alcançou a marca de 1 milhão de clientes, que vêm para shows de blues, jazz e mPB – danilo Caymmi e mônica salmaso já cantaram ali. do cardápio, faz sucesso o bacalhau à gomes de sá (assado com batatas).
deCk 1982 aV. alm. tamandaRé, 805, itaguassu, (12) 3896-1489, ilHaBela a mesma família está no comando há 25 anos, o que ajuda a justificar o sucesso desse misto de bar e restaurante. o cardápio vai da comida alemã à japonesa, e você pode comer na praia, olhando as ondas do mar. o deck é famoso pelas festas que promove – como a de Halloween, em outubro.
gioVannetti 1937 Rua geneRal osóRio, 1059, (19) 3231-2820, Campinas Há 70 anos preserva o mesmo ar de “feito em casa” do primeiro empreendimento de dona Helena e enrico giovannetti. Para acompanhar o chope artesanal, escolha a marta rocha (coxinha) ou o milionário (quibe).
siRena 1993 Rua siRena, maResias, (12) 3077 0020, são seBastião só abre aos sábados e sofre de um fenômeno mutante: a cada ano, troca a decoração. nesse reduto da música eletrônica não falta nem piscina: sinta-se à vontade para se refrescar quando o calor apertar.
toRto mpBaR 1984 aV. siqueiRa Campos,800, (13) 3288-3919, santos o nome não foi dado à toa: o bar fica embaixo de um dos prédios mais tortos de santos. o forte é a música ao vivo de bandas que tocam mPB e, às vezes, um rock para variar.
Giovannetti, em Campinas
fim dede semana guia quatro rodas fim semana guia quatro rodas
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BeBo porque
é líquido! cerveja e cachaça combinam com qualquer tipo de clima ou de prato. e não é só isso. alguns estudos apontam que o álcool pode até fazer bem à saúde. mas esse é um assunto para ser discutido nas mesas da baden-baden, que produz as mais tradicionais cervejas da serra, em campos do jordão, ou num alambique da litorânea parati, pioneira na fabricação de cacha;a. karina sérgio gomes
bia parreiras
vida noturna
A brAsileiríssimA cervejA Alemã Em janeiro de 2007, a Schincariol comprou a tradicional Baden-baden pág. 130, de Campos do Jordão. Mas é o mesmo mestre cervejeiro que continua fabricando os cinco tipos de bebida da casa – há também produtos sazonais para o verão (weiss) e inverno (double bock). Prata da casa A Baden-baden faz cervejas que refrescam no verão e aquecem no inverno. Cilene Soarin, presidente da Associação dos Profissionais em Cerveja e Malte, ensina que pratos mais leves (peixes e saladas) pedem uma bebida com baixo teor alcoólico. Doces e carnes vermelhas vão bem com cervejas mais fortes, com mais álcool. Golden (3,2% de teor alcoólico) Com sabor mais adocicado, é a preferida entre as mulheres. Combina com massas e um strudel na sobremesa. Cristal (3,8% de teor alcoólico) Leve. A mais pedida, parceira ideal de pratos pouco gordurosos. BoCk (5,5% de teor alcoólico) Um pouco encorpada, vai bem com salsichões. stout (6,5% de teor alcoólico) Encorpada, espuma clara e cremosa. Vai bem com chocolate. red ale (7,5% de teor alcoólico) Tem amargor acentuado, próprio para receitas fortes. BeBa melhor Para Cilene Soarin, o copo deve ser transparente – assim você vê a cor e a formação da espuma. Copos de cristal favorecem a manutenção do gás e os de vidro conservam melhor a espuma. De plástico, nem pensar: a bebida pode assimilar características do material e ter o sabor alterado. estuPidamente gelada? A temperatura das pilsen (como a Cristal) deve ficar entre 4 °C e 7 °C – cerveja a zero grau anestesia as papilas gustativas. Para o tipo ale, sirva entre 9 °C e 15 °C.
vê Aí umA pArAti! Pois é. O nome dessa graciosa cidade é sinônimo também de cachaça – ao lado de infinitos outros, como pinga, branquinha, marvada... –, talvez porque tenha sido ali, no litoral fluminense, que a bebida surgiu nos idos de 1600. É o que garante Erwin Weimann, autor do livro Cachaça: bebida brasileira. “A cachaça de Parati é histórica”, diz. “Sai pura, direto do alambique”. Os seis produtores da cidade têm data no calendário para se exibir: é o Festival da Pinga, realizado desde 1983 na terceira semana de agosto, no Centro Histórico da cidade. Aproveite para comprar garrafas com desconto de até 20%.
Coqueiro rod. rio/sAntos (sentido sp), 8 km do centro, (24) 3371-0016.
CorisCo estrAdA corisco, 5 km, (24) 3371-0894. enGenho d’ouro estrAdA pArAti-cunhA, km 8, 9 km do centro, (24) 9905-8268.
MuryCana estrAdA pArAti-cunhA, 6 km, (24) 3371-1153.
Maria izaBel rod. rio-sAntos (sentido rio), A 7,4 km do trevo de pArAti, (24) 9999-9908.
Paratiana ruA. dr. sAmuel costA, 22, centro histórico, (24) 3371-0894. no inverno e no verão “A cachaça esfria no verão e aquece no inverno”, diz Erwin Weimann. No verão, ela dá origem à popularíssima caipirinha. No inverno, com frutas e especiarias, vira quentão. Pinga com... Comidinhas de boteco, como torresmo e bolinhos de bacalhau. Uma pinguinha pura também abre e fecha muito bem a refeição, enquanto a caipirinha vai bem com feijoada. amarga como jiló Alerta: cachaças adoçadas têm seu sabor descaracterizado. O açúcar esconde ácidos e compostos aromáticos de gosto ruim, que mascaram uma bebida de má qualidade. fim de semana guia quatro rodas
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