MEIO FILTRANTE - n 82 setembro/outubro de 2016 by L3ppm

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Esp e c i a l i za d a e m F i lt r a ç ã o - Se p a r a ç ã o - Tra t a me nt o d e Ág ua - M ei o Amb i e nt e Ano XV - N˚ 82 - Setembro/Outubro de 2016

ABRAFILTROS

Em 10 anos de história, associação amplia representatividade e apresenta novos projetos

Filtros residenciais são mais fáceis e práticos de usar do que se imagina

Manutenção de filtros de combustível é imprescindível para a saúde do motor

EDIÇÃO

Nesta

82 Setembro/Outubro 2016

8 18

Filtros residenciais são mais fáceis e práticos de usar do que se imagina

Abrafiltros - Uma década de conquistas

14 APLICAÇÃO Colas e adesivos garantem qualidade aos filtros

40 FILTROS INDUSTRIAIS Filtros para linha pneumática SEÇÕES:

Filtros para salas limpas

26 ESPECIAL Soluções para limpeza do diesel

06 FILTRADO - O que acontece no mercado de filtros

28 APLICAÇÃO Indústria de tintas exige produtos de alta qualidade e performance elevada

50 VISÃO EMPRESARIAL Sua empresa está preparada para a transformação digital?

Manutenção de filtros de combustível é imprescindível para a saúde do motor

Diretora - Editora Rogéria Sene Cortez Moura editora@meiofiltrante.com.br Redação/Reportagem Anderson V. da Silva, Cristiane Rubim, Dayane Cristina da Cunha Fernandes e Suzana Sakai jornalismo@meiofiltrante.com.br Comunicação Loiana Cortez Moura comunicação@meiofiltrante.com.br Criação, Editoração e Web Anderson Vicente da Silva, Loiana Cortez Moura e Paula Zampoli Publicidade Yara Sangiacomo publicidade@meiofiltrante.com.br Assinaturas, Circulação e Atendimento ao Cliente: Tel.: +55 11 4475-5679 atendimento@meiofiltrante.com.br

Conselho Editorial: Adriano de Paula Bonazio; Alex Alencar; Alice Maria de Melo Ribeiro; André Luis Moura; Atsushi Gomi; Caio Guilherme Barbosa; Carlos Mourão; Cláudio Chaves; Francisco Gomes Neto; Genaro Pascale Neto; Geraldo Reple Sobrinho; Helmut Zschieschang; Hermann Queiser; Jeffrey John Hanson; João Moura; José Luis Tejon Megido; Julio Trujillo; Laíssa Cortez Moura; Leonardo Zanata; Lucas Cortez; Luciano Peske Ceron; Marcia Brunini Truite Hanson; Mauro Urbinati; Marco Antônio Simon; Paulo Roberto Antunes; Patrick Galvin; Pedro Verpa; Plínio Centoamore; Ricardo Saad; Robert Scarlett; Tárcia Rita Davoglio; Tarcisio Costa; Valter Medina; Valdir Montagnoli; Vinicius Stoco Patricio e Walter Luiz Polônio. Colaboraram nesta edição: Thiago Prestes (Cummins); André Luis Moura e Valdir Montagnoli (Laffi Filtration); Luciana Beneton (Tecitec); David Siqueira de Andrade e Gabriela Oppermann (Supply Service); Antonio Carlos Camargo, Sueli Curti, Manuella Curti de Souza e Luiz Francisco Corrêa Toloza (Grupo Europa); Juliano Frizzo (Filtros Planeta Água); Edgard Luiz Cortez e Lucas Cortez Moura (Iteb); (All for Filters); Eduardo Gomes Ferreira e Natã Teodoro de Lima (Sigma Lean); Paul Gaston Cleveland e Sergio Sato (Camfil); Renato Bruno (Unifilter); Willian Beneducci (Slan); Paulo Roberto Nascimento (Parker); Abrafiltros (Diretoria); Marcelo Felix, Fábio Oliveira de Castro, Fábio Coutinho de Sousa e Roberto Rualonga (Tecfil); Claudia Montesso e Djalma Baúte (Poli-Filtro); César Costa e Oscar Talmeli (Wega Motors); Thiago Lima (Saati); Eduardo Valenzuela e Priscila Brandão (Mas-Tinbras); Lígia Pugliesi (3M Purification); Anderson Alves Oliveira (Pentair Water); Everton Mateus de Souza (Hoken); Marcelo F. Prado (3M – Divisão Cuno); Paulo Antonio Donádio (Anjo Tintas); (Russell Finex); J. Fernando B. Britto (Adriferco); Luciano Figueiredo (Grupo Veco); Silvana Jacó (Linter Filtros); Myrian Reis (Festo Brasil); Gilberto Lopes da Silva (IMI Norgren); Marcio Sanchiro (EMC); André Gonçalves (Mann-Filter); Carlos Canova e Ronilso Toledo (Sogefi); Fábio Juliato (Robert Bosch). Assessoria Jurídica Candido, Rozatti e Spinussi Adv. Associados Tel.: +55 11 4438-8173 - www.crsaa.com.br A Revista MEIO FILTRANTE é uma publicação da L3ppm - L Três publicidade, propaganda e marketing Ltda. Rua Aracanga, 330 – Pq. Jaçatuba CEP 09290-480 - Santo André - SP Tel.: +55 11 4475-5679 www.meiofiltrante.com.br Impressão e Acabamento Gráfica IPSIS - www.ipsis.com.br

Em tempos de jogos olímpicos, muito podemos aprender com esse evento idealizado para homenagear os deuses da Grécia através do esporte, tão especial que durante sua realização na antiguidade eram decretadas tréguas e interrompidas as guerras. O esporte sempre esteve intimamente ligado à superação de limites, o que ganha ainda mais relevância nos dias atuais, nos quais somos submetidos aos inúmeros desafios do mundo moderno e do próprio contexto econômico, político e social do país, com forte impacto nas relações trabalhistas, pessoais e familiares. Assim como no esporte, nem sempre temos os melhores recursos, condições de treino e equipamentos. Podemos ser surpreendidos pelas mudanças dos ventos e do clima, diferenças de performance ou alteração dos membros da equipe. Em uma empresa, na família ou em grupos sociais, há trabalhos específicos tanto para talentos individuais quanto em equipe, mas o importante é que todos busquem atuar com determinação e foco para atingir os resultados pretendidos. E não raro, os êxitos são premiados por lugares de destaque no pódio e medalhas de mérito, buscando estabelecer um modelo saudável de competição e inspiração pelo exemplo dos campeões. A cada olimpíada somos lembrados que sempre é possível ir além e conquistar melhores resultados. Mesmo recordes “inalcançáveis” são superados pela perseverança e novas marcas estabelecidas até uma próxima edição, quando despontará um novo esportista a maravilhar o mundo, com mais talento, técnica e habilidade, fazendo o impossível parecer fácil. Exemplos de superação ainda maiores podem ser vistos nas paralimpíadas, nas quais pessoas com deficiências físicas severas – não só de nascença, mas muitas vezes ocasionadas por eventos trágicos – encontram no esporte motivos para dar a volta por cima e celebrar a vida, demonstrando que o primeiro limite a ser vencido é a nossa própria vontade em superar os obstáculos e seguir adiante. Que entre as lições deixadas pelo esporte, possamos ter inspiração para desenvolver nossos melhores potenciais como seres humanos, capazes de realizar feitos incríveis - mais rápido, mais alto, mais forte – significado do lema olímpico em latim, título desse editorial. Como matéria de capa trazemos os 10 anos da Abrafiltros, que tem realizado um trabalho contínuo em prol da união e fortalecimento dos segmentos filtros automotivos e industriais. Boa leitura e até a próxima edição.

Os artigos e matérias não refletem a opinião desta revista, assim como declarações emitidas por entrevistados e através de anúncios, sendo de única e exclusiva responsabilidade de seus autores e anunciantes. A reprodução total ou parcial das matérias só é permitida mediante autorização prévia da Revista Meio Filtrante, e desde que citada a fonte.

EDITORIAL

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A maior distribuidora de filtros automotivos para equipamentos pesados do Brasil a Poli-Filtro escolheu a cidade de Manaus no estado do Amazonas, para instalar sua nova unidade de distribuição para linha de filtros automotivos leves e pesados. Um dos principais polos produtores do país, Manaus é a capital da Floresta Amazônica, com cerca de 2,2 milhões de habitantes acaba de receber mais uma potencia em distribuição de Filtros no Brasil. “A Poli-Filtro vem crescendo a cada ano e Manaus cresce a cada dia, devido a isto resolvemos investir em um mercado que não esta de mãos dadas com a crise nacional. As oportunidades de negócios no campo da filtragem absoluta e o consumo por filtros de melhor qualidade não estão de freio puxado, mas sim com toda força”, comenta Fábio Oliveira, gerente de vendas da filial Manaus. A região conta com um Distrito Industrial que contribui para a logística ser um dos pontos fortes no consumo de filtros e sistemas de filtragem. Além deste segmento Manaus possui empresas de transportes fluvial e terrestre, construção civil, embarcações, geradoras de energia, transporte coletivo, indústrias de diversos segmentos onde se destacam as fábricas: Honda, Samsung,

Piooner, Dafra, Ambev, Petrobras, entre outras. “O mercado é diversificado e será um passo importante levar filtros de qualidade para esta região e a filial Polifiltro Manaus irá expandir seus atendimentos nos estados de Roraima, Pará e Amapá, onde há grandes oportunidades de negócios no campo da agricultura, mineração e siderurgia, que são inexistentes no Estado do Amazonas”, comenta Fábio Oliveira. “Com essa nova unidade estaremos presente em mais uma região do pais que é o Norte dando sequência na nossa estratégia de cobertura nacional. Nosso missão é ser a melhor opção em fornecimento e soluções de filtragem no Brasil. Queremos estar onde o cliente está”, afirma Djalma Baúte, gerente geral da empresa. Foto: Divulgação Poli-Filtro

FILTRADO

Mercado de filtros automotivos ganha força em Manaus

Setembro/Outubro Meio Filtrante

Affinia Automotiva mudará de nome para Nakata Automotiva

A escolha do nome da empresa é fruto do sucesso da marca nestes mais de 60 anos de história. A operação da Affinia Group no Brasil terá um novo nome: Nakata Automotiva, empresa que nasce com mais de 60 anos de história no mercado graças à reputação de sua marca, que acompanha a evolução do setor automotivo. “O que muda é somente o nome. O espírito e o jeito de fazer negócios são os mesmos. É importante ressaltar que nada será alterado nas operações e a empresa reafirma o seu compromisso de dedicação com clientes, colaboradores, fornecedores e o mercado em geral, preservando os valores e a maneira que fazemos negócio. Modelo baseado em qualidade, respeito e confiança que

está em nosso DNA e é base para a trajetória de sucesso da Nakata Automotiva”, afirma Jorge Schertel, presidente da Nakata Automotiva. Uma trajetória que tem seus próximos passos já definidos: consolidação da marca Nakata como líder do segmento e ampla cobertura de aplicações, de acordo com o crescimento e a diversidade da frota, sempre priorizando a qualidade e o melhor atendimento. “A equipe está comprometida em oferecer soluções competitivas e tornar a marca Nakata uma das mais desejadas do aftermarket brasileiro. Com respeito, determinação e responsabilidade, trabalhamos para solidificar a liderança da Nakata Automotiva”, finaliza Schertel.

A Cummins Filtration, fabricante de produtos Fleetguard, foi reconhecida pela The American Filtration & Separation Society (Associação dos Fabricantes de Tecnologia de Filtração - AFS) com o Prêmio Novo Produto do Ano 2015, durante a conferência da entidade realizada nos Estados Unidos no mês passado. O filtro de óleo Fleetguard LF14000NN foi indicado por ser um produto de alta eficiência para sua finalidade e utilizar a tecnologia NanoNet®. Desenvolvido e patenteado pela Cummins Filtration, a Nanonet®, produzido em material sintético,

oferece durabilidade por ser muito mais resistente que a celulose e ter degradação inferior durante a vida do filtro, mantendo sua eficiência por muito mais tempo. O resultado é o aumento da vida útil de todo o sistema e o atendimento aos requisitos de sistemas de injeção que trabalham com requerimentos extremos. A deposição de fibra sintética faz com que o elemento filtrante ofereça uma proteção inigualável e seja capaz de reter 98,7% de partículas de até 4 micra.

Foto: Divulgação Cummins

Cummins Filtration é reconhecida com Prêmio “Novo Produto do Ano 2015”

Mahle aperfeiçoa sistema separador de água para maiores índices de biodiesel no diesel de 2019 combustível, tendo como consequência o aumento da quantidade de sedimentos de origem biológica. Estes sedimentos em maior quantidade podem reduzir o intervalo de troca da filtro separador de água pelo aumento da obstrução na linha de combustível. Para superação destes desafios, a Mahle desenvolveu o filtro Blindagua, um separador de água e de impurezas de duplo estágio montado no chassi dos caminhões que foi intensivamente testado para atendimento das condições de mercado indicadas já para a legislação de 2019, ou seja, o combustível com a adição de 10% de biodiesel. Com conceito único no mercado brasileiro o novo sistema desenvolvido pela empresa consegue uma eficiência muito acima da média dos modelos atuais à disposição do consumidor, mesmo com o nível de biodiesel existente hoje no diesel do país (7%). O Blindagua resguarda o sistema de alimentação dos motores, reduz os intervalos de trocas de filtros e os gastos com manutenção. Em consonância com a tendência da adição de maiores índices de biodiesel ao diesel, o Centro Tecnológico Mahle está trabalhando no aprimoramento do filtro Blindagua para estágios superiores de atuação. Sua engenharia pretende se antecipar e desenvolver um produto capaz de trabalhar em condição de adição de até 20% de biodiesel, o B20, antecipando-se a eventuais novas orientações determinadas pelo governo.

Setembro/Outubro Meio Filtrante

Foto: Divulgação Mahle

A previsão governamental é o aumento dos percentuais de biodiesel acrescentados ao diesel nos próximos três anos - B8 em 2017, B9 em 2018 e B10 em 2019. Deste modo, as empresas ligadas à produção de veículos, motores e componentes foram chamadas pelo governo para avaliação dos impactos destas novas composições de diesel nos motores já presentes no mercado e também nas novas tecnologias em desenvolvimento. O Centro Tecnológico Mahle está trabalhando em um plano para avaliar o impacto destes percentuais maiores de biodiesel nas tecnologias de filtração. O desafio está relacionado à necessidade de filtração de maior quantidade de contaminantes e maior dificuldade de separação de água nestas condições. Esse cuidado é devido principalmente às características específicas do biodiesel, que tem uma maior taxa de absorção de água (higroscopia). Deste modo, a quantidade intrínseca de água no diesel aumentá e a dificuldade da sua separação será maior. Isto é prejudicial para os motores dos veículos porque uma maior presença de água gera corrosão nas bombas de combustível, bicos injetores, válvulas e componentes em geral do sistema de injeção de combustível do motor, aumentando à necessidade de reparo e custo de manutenção. A presença de água em maior quantidade também gera um crescimento microbiológico mais intenso no

CAPA Setembro/Outubro Meio Filtrante

Cristiane Rubim

Uma década de conquistas Em 10 anos de história, Abrafiltros registra avanços, amplia representatividade e atividades em benefício das empresas de filtros automotivos e industriais

Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais (Abrafiltros) - comemorou em 26 de junho uma década de atividades. Desde sua criação em 2006, o objetivo principal da associação é promover a integração entre os fabricantes, sistemistas, distribuidores e importadores de filtros automotivos, industriais e destinados para aplicações em estações de tratamento de água e efluentes. Entre os principais precursores da iniciativa, o presidente da entidade, João Moura revela o motivo da ideia que muitos julgavam improvável, ter evoluído para uma associação que tem se fortalecido a cada dia e conquistado apoio entre as empresas: “Estamos sempre buscando oportunidades não só para oferecer novos serviços aos associados, mas também desenvolvendo ações para estimular o desenvolvimento do mercado. O segredo é manter o foco em compreender as necessidades, buscar atendê-las e superar as expectativas de cada setor. É um processo trabalhoso, complexo e necessário. Felizmente, muitas pessoas têm compreendido e colaborado nesse processo de crescimento”. 8

Trajetória

Até 2006, os segmentos de filtros automotivos e industriais não tinham uma entidade que atendesse às necessidades de interesse de grupo de maneira independente. Moura, então, reuniu empresários e profissionais desses dois setores para desenhar o esboço da Abrafiltros, tendo como modelo a Associação Brasileira das Empresas de Filtros, Purificadores, Bebedouros e Equipamentos para Tratamento de Água (Abrafipa). “Formamos um grupo de fundadores, muitos dos quais ainda atuantes,

Diretoria Abrafiltros Gestão 2015-2016

plantando o conceito de união das empresas, algo difícil de colocar em prática por questão da formação do próprio mercado. Mas fomos vencendo as resistências e cada vez mais pessoas passaram a perceber que a união era fundamental para o desenvolvimento e futuro do setor.” Essa aproximação foi muito bem-vinda pelos diretores da Abrafipa, que deram todo o suporte para a criação da associação, cedendo o estatuto como base e a sala para a primeira reunião. Nesse início, houve também o apoio da Associação Comercial e Industrial de Santo André (Acisa), que disponibilizou as instalações para as reuniões seguintes. A revista e o portal Meio Filtrante têm desempenhado um papel importante desde a concepção da Abrafiltros disponibilizando e organizando informações, com suporte operacional, logístico e de infraestrutura. A cada reunião, conta Moura, era claro o interesse de todos por assuntos que envolviam o mercado em geral: tendências nacionais e globais; aspectos ambientais; capacitação e formação de profissionais; a importância da prática em filtração nas escolas técnicas e de engenharia; questões fiscais e tributárias; evolução tecnológica dos filtros; desenvolvimento de palestras e eventos; mensuração de mercado; entre outros. Muitos desses temas têm sido trabalhados ao longo desses 10 anos e, segundo ele, outros

da nossa visão de futuro e união, visando sempre aos interesses de grupo, um mercado cada vez mais aberto ao diálogo e intercâmbio de experiências, o que é benéfico para todos”, analisa.

Associados

A importância da Abrafiltros para o mercado é significativa e agrega em seu quadro de associados empresas líderes de mercado e com grande relevância, como: 3M do Brasil, Apexfil, Asstefil, Baldwin Filters, Biopetro Ambiental, Bosch Rexroth, Camfil Latinoamerica, Cummins Filtration, DBD Filtros/Laffi Filtration, Delphi Automotive, Donaldson do Brasil, Eaton Filtration, Filtermaq, Ford Motor Company, Freudenberg Filtration, Geoquimica, General Motors do Brasil, Hengst Filtros, Hydac Tecnologia, Inforlub, KSPG Automotive, Kuss Filtration, L3ppm, Magneti Marelli Cofap, Mahle Metal Leve, Mann+Hummel Brasil, MasTin Bras, Mazola Ambiental, MCFil Tecnologia, Pall do Brasil, Parker Hannifin, Pentair Hidro, Poli Filtro, Robert Bosch, Scania Latin América, Seineca, Sigma Lean, Sogefi/Fram, Solixx Reciclagem, Supply Service, Sofape/Tecfil e Wega Motors.

I Workshop da Câmara Setorial de Filtros Industriais

Setembro/Outubro Meio Filtrante

Nesta década, a Abrafiltros atuou com diversas atividades que foram construindo sua trajetória e sendo a base de trabalho efetiva que vem gerando novas perspectivas para o setor. Na Câmara Setorial de Filtros Automotivos (CSFA) e a Câmara Setorial de Filtros Industriais (CSFI), com reuniões mensais. E em março deste ano, realizou o I Workshop da Câmara Setorial de Filtros Industriais, que abordou o tema “Construindo juntos: identificando tendências e perspectivas de ações para desenvolvimento do mercado”. Nele, os associados puderam indicar novas linhas de trabalho: questões fiscais e tributárias, exportação, congressos e seminários, câmaras de comércio, estudos e mapeamento do mercado de filtros. Desde 2015 promove também com sucesso o Ciclo de Palestras Abrafiltros. São convidados especialistas que contribuem com seu conhecimento para falar sobre temas relevantes, como corrupção, logística reversa pós-consumo, perspectivas econômicas e de desenvolvimento, entre outros. A associação cria ainda ações em busca de parcerias com organizações nacionais e internacionais e participa de eventos com o objetivo de ampliar a visibilidade e gerar sinergia em benefício dos associados. Na área educacional, mantém contato com instituições de ensino para estabelecer parcerias, ministrar treinamentos específicos na área de filtros e futuramente lançar um curso de pós-graduação.

Fotos: Divulgação

têm surgido pelo próprio interesse dos associados. “Esse intercâmbio é o que motiva as empresas em estar conosco. Temos a intenção desde a fundação, de trabalhar o segmento de filtros para estações de tratamento de água e efluentes, além de seguir no relacionamento com a Abrafipa, identificando pontos de sinergia”, comenta Moura. O empenho das diretorias, associados e colaboradores foi fundamental para que a Abrafiltros crescesse e realizasse ações de grande importância para o mercado. “Hoje podemos dizer que nossos segmentos de atuação têm uma entidade legal, com representatividade e reconhecida pelas demais entidades de classe no Brasil e no exterior, câmaras de comércio e órgãos governamentais, um grande avanço em relação ao início”, comemora Moura. Motivado, diz que ainda há muito a trabalhar no fortalecimento do mercado. “Temos a disposição de seguir adiante e obter novas realizações pela soma de esforços da Diretoria e associados, buscando sempre agregar novas empresas e organizações que compartilhem

Crescimento contínuo

Pesquisa e informações segmentadas

Atualmente, a Abrafiltros vem trabalhando com os associados no desenvolvimento de futura pesquisa de desempenho econômico-financeiro do setor de filtros automotivos e industriais. O objetivo é poder identificar e mensurar índices que ampliem a visibilidade acerca do mercado, estimulem o alcance de metas organizacionais e até gerem ações de aperfeiçoamento no setor, principalmente nas esferas governamentais. “É muito importante fazer um levantamento com informações consolidadas do mercado de filtros, pois os dados auxiliarão as empresas em seus planejamentos e no próprio desenvolvimento global”, comenta Helmut Zschieschang, vice-presidente do setor industrial da entidade.

Setembro/Outubro Meio Filtrante

CAPA

Descarte Consciente Abrafiltros

Em vigor desde 2012, o Programa Descarte Consciente Abrafiltros, de logística reversa pós-consumo de filtros usados do óleo lubrificante automotivo, está entre as principais iniciativas da associação e já reciclou mais de 6 milhões de filtros até julho/2016. Implantado para que os associados do segmento automotivo possam atender as leis ambientais em São Paulo, Paraná e Espírito Santo, o programa tem pleno cumprimento das metas estabelecidas com as Secretarias de Meio Ambiente estaduais e autarquias, tendo sido renovado em São Paulo em dezembro do ano passado, e recentemente no Paraná em julho, ambos pelo período de quatro anos, em função dos bons resultados alcançados. No Espírito Santo está implantado desde julho de 2015 e o Termo de Compromisso segue em tramitação nos órgãos ambientais para assinatura, que deve acontecer no segundo semestre. “A preocupação com o meio ambiente sempre foi pauta na Abrafiltros desde a fundação”, lembra Moura. Dessa forma, a associação estabeleceu inicialmente diálogo com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e os associados, buscou informações em entidades como a Federa-

Assinatura do Termo de Compromisso em São Paulo

ção das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), e desenvolveu o amplo trabalho de logística reversa do Programa Descarte Consciente Abrafiltros. Foram estabelecidas metas gradativas, visando à coleta e ao processamento dos filtros usados do óleo lubrificante automotivo, para avaliar as questões logísticas, operacionais e financeiras, com especial atenção sobre o impacto econômico para o setor e o consumidor final. A mesma estratégia, com base em amplo diálogo com os órgãos governamentais, foi adotada com sucesso no Paraná e Espírito Santo. O maior desafio da entidade foi estabelecer um projeto viável de implantação. “Para isso, tivemos o importante auxílio do Grupo Supply Service, pois há várias questões financeiras e logísticas envolvidas. Por ser um resíduo perigoso Classe I, o processamento dos filtros é complexo e representa um novo e alto custo para as empresas, em especial fabricantes e importadores”, complementa Marco Antônio Simon, gestor de projetos da Abrafiltros. “Não há retorno direto para a própria cadeia e os custos são diretamente proporcionais ao que é coletado. Por isso, o avanço deve ser gradativo para não comprometer a sustentabilidade do setor, ao mesmo tempo em que atende à legislação e traz benefícios ao meio ambiente, sendo fundamental o apoio e aporte recebidos das empresas associadas participantes”, avalia. As leis devem ser cumpridas principalmente porque estabelecem proteção ao meio ambiente para o bem de toda a população. “É essencial que fabricantes e importadores se conscientizem da im-

Assinatura do Termo de Compromisso no Paraná

Selo comemorativo e novo site

Para comemorar os 10 anos da associação, a L3PPM – Publicidade, Propaganda e Marketing, agência de publicidade da Abrafiltros, realizou mudanças e ações para marcar o momento. Começando pela remodelagem completa do site da entidade – www.abrafiltros.org.br –, desenvolvida seguindo uma proposta atualizada e mais dinâmica para acesso aos conteúdos. O novo site já está no ar com tecnologias modernas e o conceito responsive, adequado para qualquer tipo de dispositivo, quer sejam computadores, celulares ou tablets, além de ferramenta de tradução automática para os idiomas inglês e espanhol. Foi criado ainda o selo comemorativo em alusão aos 10 anos, utilizado

Novo Website e selo comemorativo

nos materiais de comunicação da Abrafiltros e em campanhas elaboradas pela agência.

Informações online

No site da Abrafiltros ainda, a área restrita aos associados conta com ferramentas importantes para auxiliar as empresas no desenvolvimento do mercado e facilitar a divulgação das ações internas da associação. O sistema de mapeamento de filtros criado pela L3PPM tem como objetivo indicar quem faz o que no mercado, contando com mais de 80 macrotipos de filtros e está disponível para consulta e interação por qualquer associado. Além desta ferramenta, as palestras realizadas estão disponíveis na íntegra para revisitação a qualquer momento, assim como informações, manuais e documentos gerados e fornecidos pelo Programa Descarte Consciente Abrafiltros, o qual somente é acessado pelas empresas participantes do programa. “Todos os sistemas e ferramentas desenvolvidos para a associação possuem inteligência e restrições por nível de usuário, facilitando, desta forma, o acesso e trazendo somente os conteúdos relevantes para cada mercado atendido”, comenta Anderson Silva, gerente de Criação e Desenvolvimento da L3PPM.

Impulso na comunicação

Outra ação desenvolvida e em constante crescimento é o trabalho de divulgação de informações, que ganhou reforço desde 2014 com a contratação da Verso Comunicação e Assessoria de Imprensa. O que vem sendo ampliado é a frequência de contatos com mídias impressas, online e sociais, sempre com temas relevantes ao mercado de filtros e usuários de sistemas de filtragem, como a manutenção de filtros automotivos e de ar-condicionado, reciclagem de filtros de óleo lubrificante usados, acordos governamentais, novidades de mercado, informações de empresas associadas, entre outros. Todas as matérias podem ser acessadas na área de imprensa do site e outros temas estão em desenvolvimento para aumentar a relevância e conhecimento do mercado de filtros junto a consumidores, órgãos governamentais e os vários tipos de mídias existentes.

Setembro/Outubro Meio Filtrante

portância do atendimento à legislação, tanto pelo aspecto positivo para o meio ambiente, como para evitar futuras multas pelo descumprimento das leis ambientais”, complementa Moura.

Tempo de mudanças

Desde a fundação, o crescimento da Abrafiltros tem ocorrido de maneira gradativa e planejada. Na história recente, um dos marcos na gestão foi a mudança para a nova sede em junho de 2015, situada no Centro Empresarial Pereira Barreto, em Santo André (SP). “Foi um passo importante, que tem possibilitado ampliar as ações e o desenvolvimento de novas atividades”, explica Moura. “Passamos a disponibilizar aos associados uma infraestrutura moderna com auditório para 150 pessoas, diferentes opções para refeições, estacionamento, salas de apoio e internet, além dos investimentos realizados nas próprias instalações da Abrafiltros, o que representa maior conforto e facilidade para as empresas, prestadores de serviços e visitantes”, complementa Marcos Carneiro, administrador da associação.

Setembro/Outubro Meio Filtrante

CAPA

Visão de futuro

A Abrafiltros tem buscado cada vez mais ouvir seus associados e acompanhar as mudanças de mercado e do país, alinhando e modernizando as estratégias para continuidade do crescimento e desenvolvimento de serviços em benefício dos associados. Prova deste engajamento e preocupação foi a criação recente da área comercial, com o objetivo principal de alavancar negócios no mercado nacional e internacional, e identificar oportunidades de interesse para os associados, além de expandir a participação ativa em feiras e eventos. “Estamos trabalhando constantemente para estabelecer parcerias tanto no Brasil como no exterior. Mantemos diálogo com associações internacionais similares e universidades, além de câmaras de comércio e consulados que nos procuram para obter informações sobre a área de filtros e buscar novos negócios no Brasil”, comenta Luiz Fudóli, gerente comercial da Abrafiltros. Como incentivo ao crescimento, Moura costuma dizer que as empresas não são concorrentes, pois compartilham de um mesmo segmento de mercado. “Cada uma tem sua identidade e DNA. É o sistema de trabalho, fazer a lição de

Fundadores

Participaram na fundação da Abrafiltros as seguintes empresas: Apexfil Ind. e Com. Ltda. – Edison Ricco e Edison Ricco Júnior; Cummins Filtration do Brasil. – Marina Savelli; DBD Filtros e Serviços Ltda./ Laffi Filtration – André Luis Moura; Hidro Filtros do Brasil. – Luis Fernando Ponciano; Hydac Tecnologia Ltda. – Helmut Zschieschang e Claudia Nitzsche; L3PPM – L Três – Publicidade, Propaganda e Marketing Ltda. Revista e portal Meio Filtrante - João Moura, Rogéria Sene Cortez Moura, Anderson Vicente da Silva e Timóteo Batista da Luz; Mahle Metal Leve S.A. – Daniele Ferrari e Alessandra Bertolotto; Mann+Hummel do Brasil Ltda. – Francisco Gomes Neto; Parker Hannifin Indústria e Comércio Ltda. – Div. de Filtros – Edevaldo Bomfim Junior; Poli Filtro Com. e Rep. de Peças Ltda. – Aldenir Ceguarino Montesso; e Sogefi Filtration do Brasil Ltda./Fram - Luiz Antônio Ferreira Neto.

Reunião de fundação da Abrafiltros (2006)

casa que impacta no resultado individual. Por isso, é possível desenvolver ações conjuntas em benefício comum, e nesse momento importante da história, agradecemos a todos – fundadores, associados, colaboradores, órgãos governamentais, fornecedores, parceiros e demais entidades setoriais – pela contribuição nessa trajetória, na certeza de que desafios são superados com união, vontade, compreensão e diálogo, porque ainda temos muito a realizar.”

Setembro/Outubro Meio Filtrante

APLICAÇÃO

Foto: Divulgação Mas-Tin

Colas e adesivos garantem qualidade aos filtros

Cristiane Rubim

Setembro/Outubro Meio Filtrante

Diversos tipos de filtros usam produtos da Mas-Tin

s dois termos, cola e adesivo, são sinônimos. “Cola é mais usado em fabricação; e adesivo é mais técnico e utilizado nas literaturas quando se refere à união entre dois componentes”, esclarece Eduardo R. Valenzuela, supervisor de Suporte Técnico Brasil e Região Andina da Mas-Tinbras. A linha de produtos para filtros da empresa, que atende os maiores fabricantes mundiais de filtros, é composta por plastisóis e poliuretanos. De acordo com ele, existem dois tipos de plastisóis e poliuretanos: um deles funciona como adesivo, promovendo a colagem entre o meio filtrante e o substrato (metal, plástico etc.), e o outro forma um volume que atua como vedação entre o elemento filtrante e a carcaça onde ele é montado. Os adesivos unem duas ou mais partes. “E no caso dos elementos filtrantes, a sua função de vedação garante a não contaminação do lado ‘limpo’ do elemento pelo lado ‘sujo’. Por isso, são de extrema importância na fabricação de filtros ou elementos filtrantes, pois atestam a qualidade e o funcionamento do produto”, explica Fábio Coutinho de Sousa, supervisor de engenharia do produto da Tecfil. Ele diz que, no processo de filtração, os adesivos garantem que o fluido a ser filtrado passe apenas através do meio filtran-

te, vedando os pontos de “vazamento” dele, por exemplo: colagem do meio filtrante em tampas e fundos e fechamentos dos meios filtrantes.

Na prática

A escolha errada dos adesivos causa a passagem de impurezas para o sistema e o fluido a ser filtrado, ou seja, o filtro ou elemento filtrante perde sua função principal. Por isso, de acordo com Sousa, antes de definir pelo adesivo correto a ser aplicado, é preciso verificar as características do produto e o processo de fabricação. Exemplo: Características do produto: fluido a ser filtrado; material do componente que recebe o adesivo; condições de trabalho, como temperatura; fatores externos que podem reagir com os adesivos etc. Características do processo de fabricação: tempo de cura e aplicação; temperatura de cura e aplicação; forma de aplicação etc; Para garantir o uso correto dos adesivos, são realizados testes de desempenho no produto e verificação no processo produtivo.

Aplicações

“No segmento automotivo, praticamente 100% dos elementos utilizam algum tipo de adesivo”, conta Sousa. Ele diz também que é

Plastisóis

Os plastisóis são como dispersões de resinas de PVC (Policloreto de Vinila) em ésteres plastificantes – compostos orgânicos derivados da reação de ácido com álcool (esterificação) – mais o agregado de diversos aditivos que conferem propriedades específicas para seu uso: duras, moles, espumadas, tixotrópicas, adesivas etc. É um líquido estável que se solidifica pela ação do calor a temperaturas de 180°C a 220°C de 3 min a 30 min. Podem ser aplicados manualmente ou com dispositivos dosadores dentro de um molde ou tampa, metálica ou plástica. Eles são submetidos a um processo de cura por ação do calor. “O ciclo de cura dependerá do tamanho da peça e do sistema de aplicação de calor, como estufa de ar circulante, infravermelho, placa quente, entre outros. Não necessitam de condições específicas de armazenamento desde que a temperatura não ultrapasse os 35°C”, explica Valenzuela. Dois grandes grupos de plastisóis usados na indústria de filtros: Plastisóis aderentes – Compactos, após a cura por calor, se transformam num sólido rígido com propriedades que aderem bem aos substratos usados, como metais com e sem revestimento superficial, plásticos etc., e colagem dos meios filtrantes de papel, feltro, tecido, não tecido, entre outros. Este tipo é usado na fabricação de qualquer tipo de filtro – ar, óleo, combustível e outros – que requeira um alto grau de adesão entre o meio filtrante e o substrato. Principais características: ter boa aderência entre os substratos e o meio filtrante; ter estabilidade dimensional após a cura; manter alta resistência ao desplacamento durante toda a vida útil do filtro; ser resistente a álcool e hidrocarburos e seus derivados nas condições

de trabalho do filtro; garantir a estanqueidade entre o substrato e o meio filtrante. Plastisóis flexíveis não aderentes – Este tipo se divide em dois subgrupos: Os não expansivos, que têm falta de aderência ao substrato onde são moldados, sua dureza varia de 40 a 60 Shore A e são usados na fabricação de filtros de ar para serviço leve. E os expansivos, cuja aplicação é similar aos não expansivos, a diferença está em que se produz um espumado dentro da estrutura do plastisol para diminuir a densidade (maior rendimento) e dureza (melhor vedação entre filtro e carcaça). Pode-se obter valores de dureza que variam de 20 a 40 Shore A. O espumado é gerado de duas formas: 1 – Por ação de uma substância química incorporada no plastisol, quando este atinge a temperatura de cura gera um gás que produz a espumação do plastisol. 2 – Por ação mecânica usando uma batedeira de paleta que provoca a espumação do plastisol antes de ser dosado na forma. Segundo Valenzuela, o segundo método permite

Um mundo de soluções

PLASTISOIS E SISTEMAS DE POLIURETANO PARA FABRICAÇÃO DE FILTROS POLIURETANOS: Sistemas flexiveis desmoldaveis Sist. semi-rígidos e rígidos desmoldaveis Sistemas adesivos e selantes PLASTISOIS: Desmoldaveis flexiveis compactos Desmoldaveis flexiveis espumados Adesivos e selantes

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usado um tipo de adesivo para cada aplicação ou produto e cita exemplos: - Filtros blindados, conhecidos como “spin on”, utilizam plastisol na colagem do meio filtrante em suas tampas metálicas; - Elementos planos de ar do motor usam hot-melt entre as dobras para vedar o meio filtrante; - Elementos de cabine também utilizam hot-melt para colar o meio filtrante à sua borda; - Alguns elementos usam adesivos de cianocrilato para fixar a junta de vedação.

um melhor acabamento superficial, igual densidade e gera menos sucata, mas necessita de um pré-processo mecânico.

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APLICAÇÃO

Poliuretanos

O poliuretano (PU) é a resultante da combinação de polióis e isocianatos mais a adição de aditivos que permitem obter uma diversidade de características finais. Este processo é feito sem aporte externo de calor. “Para transformar os componentes líquidos no sólido poliuretano, é necessário misturá-los manualmente ou por meio de uma máquina injetora de PU e dosá-los num molde com formato do produto final que se deseja. Depois de alguns minutos, será obtido um sólido com as características próprias da formulação usada”, ressalta Valenzuela. Segundo ele, as propriedades finais do PU são determinadas pela ação dos diferentes aditivos que se incorporam aos polióis durante seu processo de fabricação. Três grupos de PU utilizados na fabricação de filtros: Aderentes – Compactos que, após a reação química, se transformam num sólido rígido altamente adesivo e adquirem cerca de 95 pontos de dureza na escala Shore A. Suas principais características são: excelente aderência entre o substrato – metais com e sem revestimento superficial, plásticos etc. – e o meio filtrante; ter estabilidade dimensional após a reação química; ter resistência aos requerimentos físico-químicos a que será submetido o filtro; manter alta resistência ao desplacamento durante toda a vida útil do elemento; ter boa resistência aos óleos lubrificantes e combustíveis; garantir a estanqueidade entre o substrato e o meio filtrante. Normalmente, os PUs aderentes não têm boa resistência a álcool, por isso, não são usados na fabricação de filtros de combustível. Percebendo a necessidade do mercado, a Mas-Tin desenvolveu um PU aderente para filtros de motores ciclo diesel que usam como combustível o biodiesel. Este novo PU aderente suporta o álcool contido no biodiesel e derivados de hidrocarburos, sendo a mistura típica de biodiesel composta por 10% de etanol, 10% de tolueno e 80% de biodiesel. Flexíveis – Divide-se em dois subgrupos: Não expansivos – Aqueles que não apresentam

variação no seu volume depois de terminada a injeção. São usados em filtro onde a vedação entre o bocal da carcaça e o elemento filtrante é feita fixando o pescoço de PU com uma abraçadeira ou elemento similar. A dureza deste tipo de PU pode variar entre 40 e 70 Shore A. Expansivos: Radial Seal - Neste tipo de construção, a vedação do elemento filtrante na carcaça se produz devido à interferência do diâmetro interno da tampa do elemento contra o bocal da carcaça. É fundamental que o PU consiga vedar o bocal da carcaça e assegurar a correta estanqueidade do elemento filtrante. Sua dureza varia de 10 a 35 Shore A. A escolha do valor de dureza depende do critério de desenvolvimento utilizado. A aplicação pode ser também por métodos manuais, mas é recomendado usar máquinas injetoras com bombas de engrenagens e misturadores dinâmicos que asseguram ótima homogeneização da mescla. Planos - Desenvolvidos quando surgiram os sistemas de injeção de combustível para veículos movidos por motores ciclo Otto, devido ao tamanho do compartimento do motor, o filtro precisou ser deslocado da sua antiga posição acima do carburador para outra região, normalmente pequena, onde pudesse ser alocado (filtro remoto). Para fabricá-lo, se fez necessário usar um produto que não necessitasse aporte de calor externo para gerar o perfil de vedação, o que impossibilitou o uso do plastisol, substituído, então, pelo poliuretano. Este PU tem características e quesitos similares ao PU usado em filtro de tipo Radial Seal. Ecológico – Hoje com a tendência de usar filtros que permitam um descarte consciente que não agrida a natureza, a Mas-Tin criou um PU ecológico, que substitui as tampas metálicas dos elementos filtrantes. Este novo tipo trabalha igual a um PU flexível, com o mesmo tipo de injetora, já que ambos componentes (poliol e isocianato) são compatíveis. A vantagem de usar a tampa ecológica é que o PU pode ser incinerado sem gerar resíduos contaminantes. Sua dureza Shore A gira em torno de 80 a 90 pontos. Contato das empresas: Mas-Tinbras: www.mas-tin.com Tecfil: www.tecfil.com.br

FILTROS RESIDENCIAIS E PURIFICADORES Setembro/Outubro Meio Filtrante

Cristiane Rubim

Filtros residenciais são mais fáceis e práticos de usar do que se imagina

ara filtrar a água da casa toda não é tão complicado assim como parece, pelo contrário, é muito fácil e prático. É o que as empresas fabricantes de filtros em geral estão querendo provar aos consumidores, que por enquanto ainda não se familiarizaram com a nova geração de Filtros de Ponto de Entrada (POE) – para cavalete e caixa d´água – e de Ponto de Uso (POU) – para chuveiros e máquinas de lavar etc. Para atrai-los, é preciso trabalhar a comunicação e mostrar os benefícios e atrativos, um deles é justamente que estes filtros são acessíveis e simples de usar. Além desses, os filtros e purificadores de água entram também nessa jogada porque ainda há muito público a ser conquistado e as pessoas precisam entender melhor sua importância apesar de já haver maior consciência. Os filtros POE filtram a água tratada pela concessionária e são instalados após o relógio (hidrômetro) do cavalete, que registra a entrada da água do imóvel, cuja aplicação pode ser comercial ou residencial; antes da caixa d’água; ou antes dos pontos de equipamentos abastecidos pela rede pública. Os filtros POU são usados diretamente no ponto onde são instalados, como máquinas de lavar, chuveiros, purificadores e filtros de água para consumo, entre outros.

Classificação

Há um esclarecimento quanto à classificação dos filtros e purificadores de água potável em relação aos filtros POE e POU. “Consideramos que todos os equipamentos

de POE e POU são filtros ou purificadores para tratar água pré-tratada, ou seja, potável”, analisa Luiz Francisco Corrêa Toloza, gerente de marketing e trade marketing do Grupo Europa. A água pré-tratada ou potável vem da concessionária e tanto os Filtros POE e POU, nos quais se encaixam também os purificadores, tratam esta mesma água que circula na casa, mas cada um deles age de forma específica de acordo com o ponto em que está instalado e sua aplicação. Até hoje o consumidor está acostumado somente com os filtros e purificadores de água para beber que filtram diretamente a água da concessionária. Agora ele conta com toda uma linha de Filtros de Entrada e de Ponto de Uso, que agregam maior qualidade à sua água, para conhecer e optar pelo que precisa para sua residência. “Os filtros de entrada funcionam como um pré-filtro, aumentando a durabilidade dos equipamentos e dos filtros instalados posteriormente”, diz Lígia Pugliesi, marketing potable water da 3M Purification – IBG. “Os purificadores são filtros POU, porém, são sistemas mais completos, ou seja, sua aplicação não demanda componentes adicionais, como torneiras”, comenta Anderson Alves Oliveira, gerente de marketing de produtos sênior da Pentair Water Quality Systems. Os produtos da Hoken são classificados como purificadores. “Eles têm como foco eliminar química, sais ou partículas”, elenca Everton Mateus de Souza, engenheiro de produtos da Hoken. Para Juliano F. Frizzo, gerente de marke-

Água filtrada: sinônimo de preservação

retêm partículas, cloro e odor da água antes do consumo humano e são fornecidos para diversas aplicações: abaixo e sobre a pia, parede, com refrigeração da água e gravidade. Os filtros da Pentair POE e POU são certificados pela norma, mas para chuveiro e máquina de lavar não são certificados, apesar disso, a empresa mantém o mesmo rigoroso critério de qualidade para a fabricação deles. Os filtros para chuveiro possuem o filtro interno KDF, que retém cloro, partículas e metais pesados, garantindo um banho sem cloro, que prejudica os cabelos e é absorvido pela pele e vias respiratórias, podendo trazer irritação. Os filtros para máquinas de lavar retêm partículas muito finas (5um), melhorando a qualidade da água na hora da lavagem das roupas.

A Pentair dispõe do abrandador desenvolvido para o mercado norte-americano que é bem aplicável no mercado brasileiro. Ele retira a dureza da água, ou seja, os sólidos totais disDerivados da água em um único produto solvidos. Através de uma resina ligada de A Hoken mantém parceria com várias empresas forma iônica às moléculas de ferro, cálcio e no mundo voltadas para a melhoria da qualidade magnésio, as retém, permitindo somente a pasda água. A empresa desenvolve alguns produtos sagem da água para a residência. que agregam Nano Filtração, Troca Iônica e O sistema ainda possui uma válvula de controle Ultrafiltração a modelos de utilidade que ofeautomático que faz a limpeza e regeneração da reçam benefícios aos consumidores. “Nosso resina quando saturada para garantir ainda mais objetivo é associar em um único a qualidade da água, sem necesproduto elementos derivados da sidade de intervenção do usuágua, como gelo, água gaseifiário. “O ferro presente na água cada e água quente, a tecnolooxida as tubulações e o cálcio as gias de filtragem que realmente entope, diminuindo a vazão e autragam segurança aos consumimentando o risco de vazamentos. dores”, ressalta Everton Mateus Além disso, o cálcio ‘mancha’ LONAS E PLACAS PARA de Souza, engenheiro de produtos copos de cristais e prejudica a fiFILTROS PRENSA da empresa. Produtos da Hoken bra das roupas”, explica Andernas linhas POE e POU: son Alves Oliveira, gerente de POE – Para aplicação residenmarketing de produtos sênior da Tel.: 11 2198 2200 - www.tecitec.com.br cial/comercial, antes do reserPentair Water Quality Systems. vatório, reduz partículas sólidas, Os filtros POE, instalados após mas não tem eficiência na redução do cloro, o cavalete ou antes da caixa d´água, são para porque a água, após o processamento, será arretenção de sedimentos, como barro e areia, mazenada e necessita de agentes de controle. presentes em tubulações até a chegada da reÁgua Natural (POU) – Multi 1500/Smart/ sidência. Eles detêm a sujeira em seu elemenSuper 1500/HK 1000: para residências e to filtrante, melhoram a qualidade da água que comércios, possuem dois estágios de filtraentra na casa e evitam a necessidade de limpegem, cuja área de filtração é diferente em cada zas sucessivas da caixa d’água. Os filtros POU

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ting da Filtros Planeta Água, os filtros POE e POU podem ser aplicados em água potável (previamente tratada) ou não, mas, como foi dito, há diferença entre estes produtos (FIT POE e FIT LAV) e os purificadores de água. “Os purificadores de água levam em seu interior refil com carvão ativado, por isso, reduzem o cloro, proporcionando uma água mais saudável para o consumo humano, enquanto os filtros possuem refil de polipropileno, que retém apenas impurezas”, identifica.

A Filtros Planeta Água, como outras empresas, também pensou em diversos locais de aplicações para seus filtros. Juliano F. Frizzo, gerente de marketing da empresa, destaca uma nova aplicação que vem ganhando mercado, o Purificador Multifilter. “De forma muito prática, é usado em banheiros, lavabos, tanques e diversas outras aplicações que exigem redução de cloro”, diz. Segundo ele, os filtros para máquinas de lavar roupas e lava-louças ainda são as novidades no Refil de Polipropileno mercado. “O refil que a Melt Blown antes do uso e depois do uso Planeta Água utiliza é de

Foto: Divulgação Planeta Água

polipropileno feito em Melt Blown, processo de alta tecnologia que retém partículas através de fibras entrelaçadas de plástico”, ressalta. O FIT 9.3/4” é um filtro POE da Planeta Água aplicado em caixas d’água e cavalete que possui elemento filtrante de polipropileno e retém todas as partículas sólidas 15 vezes menores que um grão de areia. Os exemplos de filtros POU da empresa são: o FIT LAV, usado em máquinas de lavar roupas e lava-louças; o Purificador Ideale Premium, conhecido como torneira-filtro; os Purificadores FIT 200 e FIT 230, aplicáveis em bebedouros industriais nas escolas, academias, aeroportos ou embaixo da pia de restaurantes e residências; e os Purificadores 200 Premium, instalados sobre bancadas móveis ou fixas em restaurantes, residências e escritórios.

Filtro FIT (POE) aplicado em caixa d´água e hidrômetro

Foto: Divulgação Planeta Água

Aplicação em diversos locais

Foto: Divulgação Planeta Água

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FILTROS RESIDENCIAIS E PURIFICADORES

um deles. Estes modelos contam com a tecnologia Carbomax, que reúne alta performance e vida útil de acordo com a realidade econômica do Brasil e América do Sul. Água Gelada (POU) – HK 4007/Sankai CX: usados em residências e comércios de pequeno porte, a água gelada e natural já saem purificadas. A filtragem é de dois estágios de redução: o primeiro, de partículas sólidas; e o segundo, de cloro livre. Ambos vêm com a tecnologia Carbomax, que potencializa a eficiência na redução do cloro e compostos. As principais diferenças entre eles são o design, cor e tamanho. Água Gelada/Quente (POU) – Os dois modelos atendem comércios e residências em três condições: HK 4003 – 3,5 litros de água gelada, 1,4 litro de água quente (92 graus) e 6,5 litros de água natural. HK 4004 - 5 litros de água gelada, 3,4 litros de água quente (92 graus) e 11 litros de água natural. Ambos têm quatro filtros: o primeiro reduz partículas sólidas; o segundo e o quarto trabalham o cloro e seus compostos; e no terceiro, está a membrana de ultrafiltração, que reduz microrganismos.

Filtro FIT LAV (POU) para máquina de lavar roupas

Lançando moda

O Grupo Europa busca sempre novidades que superem as expectativas e surpreendam seus consumidores. “Por isso, lançamos neste mês edição limitada para a linha Palladium, nas cores Preto e Prata foscos, perfil que está na moda e vem ganhando cada vez mais adeptos”, destaca Luiz Francisco Corrêa Toloza, gerente

de marketing e trade marketing da empresa. Na linha POE, o filtro FE está entre os produtos que a empresa disponibiliza no mercado constituídos somente por elementos naturais, como a dolomita e o quartzo, que filtram as impurezas sólidas e retêm partículas e sedimentos. Funções: • Filtrar a água na entrada de residências, bares, restaurantes, escolas etc. • Reter sedimentos, como lodo, limo, grãos de areia e resíduos de encanamentos e outros sólidos em suspensão. • Liberar cálcio e magnésio (combinados ou separados). • Reduzir a formação de incrustações, proporcionando maior durabilidade de componentes de máquinas de lavar roupa, lava-louças, torneiras e chuveiros elétricos, sistemas de aquecimento de água e tubulações. • Deixar passar o cloro para a proteção da

água que permanecerá nas caixas, reservatórios e encanamentos. Na linha POU, o Grupo Europa possui o Palladium, Da Vinci, Noblesse e Summer, produtos que filtram e purificam a água vinda da concessionária. Em sua composição, são utilizados elementos naturais, como a dolomita e o quartzo, que filtram as impurezas sólidas, e o carvão ativado impregnado com prata coloidal, que possui efeito bacteriostático. Este último inibe a proliferação de microrganismos, adsorve o cloro, remove odores e sabores desagradáveis causados pelo cloro, reduz substâncias químicas e orgânicas e diminui também a turbidez.

Não dá trabalho

A 3M também quer mostrar ao consumidor a facilidade e praticidade de uso dos filtros de entrada por meio do 3M Aqualar Aquatotal,

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A linha de purificadores EUROPA garante água pura de verdade para você e para a sua família: livre de cloro e de odores e sabores desagradáveis.

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Foto: Divulgação 3M Purification

Opção de instalação no cavalete de entrada, invertido e com dois filtros dobrando a vazão (2.720 litros/hora)

Comunicação a ser trabalhada

Foto: Divulgação 3M Purification

FILTROS RESIDENCIAIS E PURIFICADORES

Aquatotal instalado antes da entrada da caixa d´água e instalado na máquina de lavar 22 Foto: Divulgação 3M Purification

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que melhora a qualidade da água em todos os pontos da residência sem dar muito trabalho. Com certificação do Inmetro, sua instalação é feita no ponto de entrada da água junto ao cavalete ou antes da entrada da caixa d’água. Sua vazão é de 1.360 litros/hora e pode dobrar se forem colocados dois filtros (ver ilustração). Este filtro retém partículas de areia, barro, ferrugem e outros sedimentos, reduz incrustações dos encanamentos e diminui a quantidade de limpezas na caixa d’água. A manutenção também é fácil e econômica. A troca do refil é a cada três meses e não precisa de assistência técnica. Além disso, deve ser utilizado o refil do próprio Aquatotal, que tem encaixe perfeito com o corpo do filtro, evitando a passagem da água sem ser filtrada. Disponível somente em branco porque a exposição à radiação solar em modelo transparente pode elevar a proliferação de algas na parte interna do filtro, o que não ocorre com o corpo na cor branca.

Aquatotal instalado no cavalete de entrada

O consumidor já conhece os benefícios de ter água filtrada por filtro em casa, apesar de metade das casas que recebem água tratada ainda não ter este filtro ou purificador, mercado ainda a ser explorado. Mas e quanto aos outros filtros POU e POE? Ele ainda não está familiarizado e é preciso trabalhar propaganda e informações sobre estes filtros. “Ainda é necessário trabalhar a comunicação”, afirma Lígia, da 3M. Para Frizzo, o consumidor já está mais habituado e tem buscado se inteirar mais sobre o assunto, mas diz que ainda é preciso muita divulgação. “A Planeta Água busca proporcionar conhecimento através de todos os canais de comunicação com o cliente e consumidor final”, enfatiza. Segundo Oliveira, as mídias estão informando melhor os consumidores, porém, ainda há muita resistência. “Por exemplo, muitos consumidores preferem o uso da água mineral em vez da água purificada por não ‘acreditarem’ no filtro”, aponta. Ele argumenta que a água mineral pode conter excesso de sais, o que é prejudicial ao organismo se consumidos em excesso. “Além disso, o processo logístico com garrafas plásticas não garante 100% a qualidade da água e o descarte ao meio ambiente

e redes de franquias, que têm como fundamento fazer testes residenciais e conscientizar a população. “Antes do cliente comprar nosso produto, nós enviamos um especialista até a casa dele, onde serão feitos muitos testes para entender que tipo de água chega até sua casa, para, então, indicar o produto mais adequado à sua necessidade”, explica.

Por que usá-los?

Até então, para o consumidor não havia preocupação em filtrar a água da caixa d´água ou chuveiro, por exemplo. Mas hoje vemos que estes tipos de filtragem traz vantagens. No caso da caixa d´água, diminui-se a necessidade de fazer várias limpezas nela; e no do chuveiro, os cabelos e a pele ficam mais macios e livres de químicos. Mas tem muitas outras. O que o consumidor vai estar melhorando ao comprar um produto destes para a filtragem da água da Essencial para sua vida purificadores

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porque as garrafas plásticas levam mais de 400 anos para se deteriorarem”, enfatiza. A Pentair investe muito em informação ao consumidor para atraí-lo por meio de suas mídias sociais no Facebook, Youtube e Twitter, comunicação para o ponto de venda em suas revendas autorizadas e treinamentos para revendedores, instaladores etc. “Há uma grande oportunidade para o mercado de POE e POU crescer no Brasil. A penetração da categoria é baixa, o que significa que ainda há desconhecimento de grande parte da população sobre a importância de se consumir água de qualidade e os benefícios que essas categorias de filtros proporcionam”, enfatiza Toloza. O gerente diz que a empresa se dedica para atrair os consumidores nos meios online e off-line. No online, pelo e-commerce, lançado em janeiro deste ano, atuação em mídias sociais e presença em alguns canais de varejo na web; e no offline, conta com mais de 500 pontos de venda e assistência técnica espalhados por todo o país, exclusivos para os consumidores Europa. Investem também em mídia televisiva e eventos específicos que possam agregar valor à marca. “Atualmente estamos com uma campanha no ar em TV e rádio que reforça o nosso compromisso em comunicar à população sobre a necessidade de se hidratar regularmente, alertando sobre os riscos do consumo de água de qualidade duvidosa, e também nosso propósito de marca que almeja contribuir por um mundo com mais pureza”, ressalta. “Existem muitas diferenças entre os filtros disponíveis no mercado, especialmente com relação à qualidade da água que entra na residência das pessoas. Mesmo com a Portaria 2.914 de 12 de dezembro de 2011, há muita variação pelas redes”, alerta Souza. A par disso, a Hoken não comercializa estes produtos nos grandes centros de distribuição, mas é feito um trabalho com vendedor porta a porta

- Cabelos e pele ficam macios e livres de químicos; - Roupas mais macias, limpas e brancas; - Louças mais limpas e cristalinas; - Pias, louças, azulejos, chuveiros e vasos sanitários sem manchas e sujeiras; - Redução da dureza, ferro e calcário na máquina de lavar e tubulações.

Foto: Divulgação Pentair Water

Consumidor desconfiado

A dureza da água, causada pelo acúmulo de cálcio e magnésio, agride as fibras das toalhas Foto: Divulgação Pentair Water

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sua casa é a pergunta que deve ser feita. Segundo Frizzo, a falta desses tipos de filtros faz com que toda a sujeira que está impregnada (ver foto do refil antes e depois), como barro, ferrugem e outros sedimentos, seja acumulada nos equipamentos e prejudique o funcionamento deles. “Portanto, eles aumentam a vida útil dos equipamentos e, no caso de máquinas de lavar, proporciona roupas mais limpas”, salienta. “Tendo em vista a idade da tubulação de água em nosso país, que possibilita o desprendimento de materiais e partículas, os filtros POE auxiliam na retenção destas partículas e impurezas”, avalia Toloza. De acordo com ele, estes filtros impedem que materiais cheguem até equipamentos, como máquinas de utilidade doméstica, industrial ou hospitalar, minimizando os impactos, como saturação de filtros, entupimento de mangueiras e deterioração de sistemas hidráulicos e mecânicos. Oliveira, da Pentair, lista os problemas que a falta de uso destes filtros provocam:

O ferro acumulado nas tubulações causa ferrugem e deterioração e quando presente na água deixa manchas marrons nas pias

Agora ele cita alguns exemplos dos benefícios de uso destes tipos de filtros: - Economia e aumento da vida útil dos detergentes e sabonetes;

Para Souza, o mercado de filtros de água no Brasil cresceu e os consumidores estão mais conscientes sobre a importância de consumir um produto com qualidade. “A estimativa é de que, no Brasil, apenas 48% das residências que recebem água pré-tratada possuem um filtro de água. Sendo assim, em relação a 2015, a Hoken prevê um crescimento em vendas de 12%”, afirma. A maior procura, segundo ele, é pelos produtos POU, que oferecem filtração e refrigeração de água. Também há a opção da produção de gelo e água gaseificada em um único produto residencial. Oliveira complementa: “Com base nos dados do IBGE, um pouco mais de 50% das residências possuem algum tipo de filtro e este número aumenta a cada ano. É um mercado em amplo crescimento”, diz. Na opinião de Frizzo, este mercado cresceu sim, mas, mesmo assim, para ele, o consumidor ainda é muito desconfiado sobre a necessidade destes produtos. “Como vemos, eles proporcionam melhorias quanto à manutenção preventiva, uma vez que aumentam a vida útil dos equipamentos, e melhoram ainda mais a eficiência dos purificadores de água instalados na residência, já que cumprem, no caso dos aparelhos para ponto de entrada, o papel de pré-filtro”, argumenta. Contato das empresas: 3M Purification: www.3m.com.br Filtros Planeta Água: www.planetaagua.ind.br Grupo Europa: www.europa.com.br Hoken: www.hoken.com.br Pentair Water: www.pentair.com

ESPECIAL

Soluções para limpeza do diesel Foto: Divulgação Parker

Anderson V. da Silva

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Skid de filtragem da Parker

diesel é um dos combustíveis mais poluentes que existe. Nos meios de transporte sua utilização tem prós e contras. Contra temos a alta concentração de dióxido de enxofre, e a favor temos uma maior autonomia. Esta autonomia é um dos motivos que faz do diesel o combustível mais utilizado em veículos pesados como caminhões e ônibus. Desde 1970, o diesel não é permitido para veículos leves, por sua potencialidade como poluente. Mudanças foram feitas pelas legislações ambientais como: a Euro 5 ou Proconve P7, a obrigatoriedade de utilização do Arla 32 e opções de combustíveis mais ecológicos como o Biodiesel. Em março deste ano foi sancionada a lei que obriga nos próximos três anos a adição de um ponto percentual de biodiesel ao óleo diesel, passando de 7% para 8% a partir de março de 2017. Este índice deverá aumentar 1% a cada ano até atingir em 2019 os 10%. Com estas medidas conseguirão reduzir e assim popularizar mais a utilização do combustível em diversos meios de transporte.

Desde sua idealização, por Rudolf Diesel em 1892, os motores a diesel têm o objetivo de proporcionar uma alta eficiência energética, mas é constantemente ameaçado pelas más condições dos fluidos envolvidos em seu funcionamento; da pureza do ar para a queima, passando pelo óleo do motor e chegando até ao óleo combustível. Estas más condições já levariam por si só ao desgaste prematuro das bombas e bicos injetores, além do acúmulo de resíduos ao longo de todo o motor e locais de armazenamento como tanques e sistemas de transporte. Estas más condições também podem proporcionar ao sistema de injeção, oxidação prematura, corrosão, perda de potência, formação de algas, afetar a lubricidade do diesel e também afetar diretamente a pressão do sistema. Consequentemente a manutenção aumentará e os custos também. Os combustíveis diesel e biodiesel podem sair de uma refinaria limpos e isentos de contaminantes como; contaminação biológica, particulado ou água, mas a qualidade do combustível pode variar no momento em que é entregue às distribuidoras e principalmente ao usuário final, devido a contaminação acumulada durante o transporte e armazenamento. As montadoras e fabricantes de motores apontam que a maioria dos problemas dos motores são ocasionados devido à sujidade ou água presente no combustível. Como os motores diesel são adaptados com sistema mais eficientes (HPCR) Alta Pressão Common Rail, que exige uma remoção de partículas abrasivas menores que 6 micra, manter estes combustíveis limpos e isentos de contaminantes é um papel importante na redução de custos de manutenção operacional. Por mais de 60 anos, a Velcon tem fornecido os sistemas de filtros Clean Diesel

Foto: Divulgação Parker

Teste de contaminação

tragem de Diesel Podium, marca da Petrobras, e já temos diversas aplicações no Brasil e estamos em desenvolvimento e aprovação de nossa tecnologia para o Paraguai, junto a um de nossos distribuidores”, comenta Rogério Rocha. “Além dos sistemas Clean Diesel a Parker fornece os filtros separadores de água Racor, aplicados nos motores dos veículos, que utilizam uma combinação dos elementos coalescentes/ separadores e micrônicos, obtendo um alto grau de remoção de contaminantes sólidos e água do combustível”, afirma Rogério Rocha.

Monitoramento e condicionamento para combustível

Segundo Rogério Rocha a Parker Velcon oferece além da filtração os processos e tecnologia de monitoramento do combustível, composto de várias ferramentas que permitem o monitoramento da qualidade dos combustíveis à base de hidrocarboneto, em todo processo e distribuição que mede além das partículas presentes a contaminação de água simultaneamente. - Analizador de contaminantes para diesel (VCA®-D): sensor de fluxo total de sistema em linha, que simultaneamente detecta e diferencia entre partículas e água contaminantes em tempo real. Detecta partículas e água em tubulações. - Icount ACM20, icount BSplus, icountFS e IPM™ : contadores de partículas portátil e on-line com comprovada tecnologia de detecção a laser; - Hydrokit ® Diesel (HKD): kit de teste portátil para ajudar a determinar a concentração de água em combustível, para motores diesel. Saiba mais: www.parker.com

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Foto: Divulgação Parker

de alta performance e vazão atendendo aplicações de 5 gpm (galões por minuto) até 5000 gpm, aplicados nos combustíveis e sistemas de armazenamento. “O sistema Clean Diesel é uma tecnologia já consolidada no mercado americano e um dos seus grandes diferenciais é a alta capacidade de filtragem (altas vazões), reduzindo desta forma o tempo de transferência do combustível e consequentemente o custo de operação. Os sistemas Clean Diesel são de alta eficiência de separação de sólidos e de separação de água em diesel, o que já se difere em muito dos sistemas tipo prensa comumente utilizados para esta finalidade, ou para aplicações mais críticas como querosene de aviação (QAV ou JET) ou gasolina (GAV), que é uma das especialidades e aplicações desta tecnologia”, comenta Rogério Rocha, gerente de desenvolvimento de negócios - divisão de filtração América Latina. Segundo Rogério Rocha atualmente no mercado brasileiro os filtros utilizados para abastecimento nos postos e pontos de uso (empresas de ônibus, ferrovias e transportadoras) e aplicações industriais, são construídos com placas sobrepostas, denominados de filtros prensa. Estes filtros apresentam baixa eficiência na separação de contaminantes sólidos e não possuem a capacidade de separação de água do fluido. “Nossa experiência com combustíveis a granel é comprovada no mundo inteiro, nosso laboratório nos permitiram desenvolver uma gama de produtos de alta qualidade para atender as mais rigorosas exigências do mercado de combustíveis diesel e biodiesel, garantindo assim o desempenho do motor, compatível com a Norma de Limpeza ISO 4406”, comenta Rogério Rocha. “Atualmente a tecnologia e os sistemas Clean Sistema de monitoraDiesel é o único homolomento de contaminação de fluidos (ACM20) gado e aprovado para fil-

APLICAÇÃO

Indústria de tintas exige produtos de alta qualidade e performance elevada Maior eficiência dos processos é o grande desafio do setor

Foto: Divulgação Parker

Suzana Sakai

E Setembro/Outubro Meio Filtrante

Os filtros Parker fornecem qualidade de pintura de forma consistente e máxima vida de serviço

mbora seja um dos segmentos industriais mais antigos do mundo, a indústria de tintas e vernizes tem a necessidade de se desenvolver constantemente tanto em função da competitividade do mercado, quanto das exigências dos consumidores. Neste segmento, o Brasil se encontra em um patamar de destaque, sendo um dos seis maiores mercados mundiais para tintas. Fabricam-se no país tintas destinadas a todas as aplicações, com tecnologia de ponta e grau de competência técnica comparável a dos mais avançados centros mundiais de produção. Os grandes fornecedores mundiais de matérias-primas e insumos para tintas estão presentes no país, de modo direto ou por meio de seus representantes, juntamente com empresas nacionais, muitas delas detentoras de alta tecnologia. Apesar de estar em evidência no cenário mundial, a indústria de tintas brasileira tem sido impactada

negativamente pela crise econômica e política do país. “Um dos grandes pilares para este mercado é a indústria automotiva, que acumula uma das piores vendas dos últimos 10 anos, projetando para 2016, uma queda de 19% em relação a 2015. Isto posto, entendemos que este mercado encontrou seu patamar de estabilização e estamos confiantes no aquecimento para o último quartil de 2016 e todo o ano de 2017”, afirma o gerente de produtos da 3M – Divisão Cuno, Marcelo F. Prado. Para driblar a crise econômica, um dos grandes desafios da indústria de tintas e vernizes é produzir produtos de alta qualidade e com baixos custos para os clientes e, neste contexto, os

O setor de tinta no Brasil

- O Brasil é um dos seis maiores mercados mundiais para tintas; - Fabricam-se no país tintas destinadas a todas as aplicações, com tecnologia de ponta e grau de competência técnica comparável à dos mais avançados centros mundiais de produção; - Há centenas de fabricantes, de grande, médio e pequeno porte, espalhados por todo o país. Os dez maiores fabricantes respondem por 75% do total das vendas; - Os grandes fornecedores mundiais de matérias-primas e insumos para tintas estão presentes no país, de modo direto ou através de seus representantes, juntamente com empresas nacionais, muitas delas detentoras de alta tecnologia.

Mais do que a importância estética, as tintas são responsáveis por proteger as superfícies contra a corrosão. Um sistema de filtração adequado remove os contaminantes, melhorando as propriedades e os problemas mais comuns por excesso de partículas sólidas (grandes ou pequenas aglomeradas), presença de contaminantes deformáveis (óleo, géis, silicones) e fibras, evitando problemas como crateras, olhos de peixe e bactérias, além de melhorar aplicação, aumentar a qualidade estética e

Paulo Antonio Donádio, gerente de pesquisa e inovação da Anjo Tintas

No Brasil, a indústria de tintas é divida em quatro segmentos: Tinta Imobiliária, Tinta Automotiva, Tinta para repintura automotiva e Tinta para indústria em geral (eletrodomésticos, móveis, autopeças, naval, aeronáutica, tintas de manutenção, etc.). O segmento imobiliário é o maior responsável pelo volume de produção e pelo faturamento do setor. Entretanto, as tintas automotivas são as

mais exigentes com a qualidade do produto final. “A exigência do consumidor com a qualidade do produto final dita a diferença de filtração entre esses mercados. Na indústria automotiva o padrão de pintura é muito elevado, defeitos na pintura dos veículos geram retrabalhos e retoques, isto faz com que os fabricantes de tintas e vernizes e as próprias montadoras utilizem sistemas de filtração mais eficientes”, conta Marcelo. A linha automotiva é a mais criteriosa e exigente, como também a linha industrial. Já a linha imobiliária é a menos exigente do segmento. “Isso significa que as mais exigentes requerem filtrações mais finas e de maiores qualidades”, complementa a gerente de marketing e vendas da Parker Hannifin. O acabamento externo do automóvel requer a eliminação de contaminantes para melhorar a aparência do veículo e para proteger a carroceria. Um sistema otimizado de filtração adequado é a chave para melhorar o acabamento e também reduzir os custos de manufatura e, por isso, o segmento é tão exigente com os produtos destinados à filtração. 29

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Filtros e segmentos

reduzir os custos de manufatura. No final, são os filtros que respondem pela qualidade do acabamento, protegendo a superfície das impurezas em suspensão. “Sem dúvida os filtros garantem que o produto final fique isento de qualquer resíduo ou sujidade proveniente do processo produtivo, proporcionando uma pintura limpa e perfeita na sua aplicação”, garante Paulo Antonio. Foto: Divulgação Anjo Tintas

sistemas de filtração se tornam elementos fundamentais para o processo de produção de tintas. “O sistema de filtração garante uma qualidade do produto final e precisamos que todo o processo fique isento de toda e qualquer sujidade”, indica o gerente de pesquisa e inovação da Anjo Tintas, Paulo Antonio Donádio. As tintas e vernizes são projetadas em sua grande maioria para assegurar uma superfície lustrosa e proteção contra a corrosão e, para obter esse resultado, a filtração é importante por remover sujidades e outros particulados que possam comprometer essas características. “O processo de filtração é de suma importância na indústria de tintas, principalmente no segmento automobilístico, no qual tem garantido uma pintura contra a corrosão de até cinco anos”, explica Paulo Nascimento, gerente de marketing e vendas da Parker Hannifin.

Segmentos da indústria de tintas

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APLICAÇÃO

- Tinta imobiliária: representa cerca de 80% do volume total e 63% do faturamento; - Tinta automotiva (montadoras): 2,5% do volume e 5% do faturamento; - Tinta para repintura automotiva: 4,5% do volume e 10% do faturamento; - Tinta para indústria em geral (eletrodomésticos, móveis, autopeças, naval, aeronáutica, tintas de manutenção, etc.): 12,5% do volume e 21,8% do faturamento.

A seleção dos filtros na linha de automóveis deve estar baseada em critérios como: Condições do sistema (fluxo, viscosidade, temperatura, solventes, concentração de contaminantes, etc.); Nível desejado de filtração; Construção do elemento filtrante e natureza dos contaminantes; Vida útil; Índice de rejeição de produtos, entre outros. Além disso, a temperatura e o tipo de solvente determinarão os materiais de construção da carcaça e do elemento filtrante. O mercado imobiliário não é tão exigente, pois as superfícies onde serão aplicados os produtos já possuem imperfeições e sujidades. “Os retrabalhos e retoques são mais fáceis e de baixo custo”, comenta Marcelo. Várias tecnologias de filtração são utilizadas na produção de tintas e vernizes como os filtros tipo sparkler, auto limpantes, cesto, bolsa e cartuchos. As matérias-primas mais utilizadas nesses filtros são as telas, feltros ou cartuchos de fibra sintética como polipropileno, poliéster, nylon, aço inox, celulose e outros materiais resistentes como aço inoxidável. Os filtros auto limpantes, cesto e bolsa possuem uma baixa perda de carga (alta taxa de vazão por unidade), permitindo trabalhar com sistemas mais compactos principalmente com fluidos viscosos. “São eficientes na remoção de grandes cargas de particulado rígido; por serem filtros de superfícies não desempenham um bom papel na remoção de partículas deformáveis (géis)”, afirma Marcelo. Os filtros tipo cartucho ao contrário possuem alta perda de carga (Baixa taxa de vazão por unidade), exigindo sistemas de filtração maiores. “Com relação à qualidade do filtrado, os cartuchos são os

mais indicados na remoção de contaminantes defornáveis (géis) que geram defeitos como crateras e célula de convecção”, indica o gerente de Produtos da 3M – Divisão Cuno. A aplicação de cada tipo de filtro dependerá das necessidades do segmento de produção de tintas. “As bolsas são mais econômicas e fáceis de operar, em aplicações que requerem a filtração/ retenção de grandes quantidades de sólidos, os cartuchos são necessários para melhor qualidade nas tintas e vernizes; onde requer qualidade de acabamento”, explica Paulo Nascimento.

Mercado

Diante da crise econômica, um dos grandes desafios para o setor é a busca constante pela qualidade e redução dos custos operacionais. “Em linha a esta demanda de mercado, a 3M do Brasil oferece produtos que atendam a esta demanda e ainda diminuem a exposição dos operadores a agentes prejudiciais à saúde, o que vêm melhorando nossas parcerias de negócios e trazendo grandes benefícios para os nossos clientes”, comenta Marcelo. O alto nível de qualidade do produto final é uma exigência que acompanha uma tendência da indústria automotiva: oferecer uma garantia maior contra a ferrugem. “Outra tendência são os equipamentos cada vez menores e de manuseio fácil”, indica Paulo Nascimento. Seguindo essas tendências, a 3M do Brasil oferece soluções como o sistema CTG-Klean®. Trata-se de uma alternativa para reduzir custos de produção e perigos ambientais e laborais nas trocas de filtro. “É um sistema de filtração totalmente selado, que elimina o tempo de limpeza da carcaça associado à troca dos elementos e o risco do manuseio dos cartuchos usados e solventes de limpeza. Uma vez que o sistema CTG-Klean® é fechado, todas as vedações e anéis podem ser eliminados”, afirma Marcelo. A solução oferece benefícios como: fácil manuseio, redução de custos, eliminação de manuseio de elementos filtrantes usados e limpeza de carcaças, redução do tempo de parada, entre outros. Já a Russell Finex oferece soluções como o filtro Self-Cleaning Russell Eco Filter®, que deve ser instalado

Foto: Divulgação Russell Finex

O filtro Self-Cleaning Russell Eco Filter® é uma das soluções da Russell Finex

antes das linhas de embalagem final para remoção de impurezas como películas, coagulantes e pigmentos não dispersos do produto final. Diferentemente de sistemas convencionais de filtração que utilizam filtros do tipo bolsa ou cesto, o filtro Self-Cleaning Russell Eco Filter® utiliza um elemento filtrante reutilizável em aço inoxidável, eliminando assim os custos associados ao descarte e minimizando a perda de produto. Além disso, seu exclusivo sistema auto limpante

maximiza a produtividade ao eliminar interrupções e paradas desnecessárias da produção. Os filtros Parker fornecem qualidade de pintura de forma consistente e máxima vida de serviço. Os elementos filtrantes de classificação removem as fibras, géis e partículas grandes indesejáveis, deixando passar os pigmentos e escamas metálicas. “As linhas de montagem têm reduzido o retrabalho em até 40% substituindo seus antigos sistemas de filtração por filtros de alta eficiência”, revela Paulo Nascimento. Entre as soluções da Parker, destaca-se o filtro DuraBond, que possui uma estrutura de alta resistência com poros uniformes e oferece benefícios como aumento da vida útil, eliminação do by-pass, ampla compatibilidade química, facilidade de descarte, eficiente retenção de géis e fibras, entre outros. Contato das empresas: 3M: www.3m.com.br Anjo Tintas: www.anjo.com.br Parker Hannifin: www.parker.com.br Russell Finex: www.russellfinex.com

A origem das tintas remonta nos tempos pré-históricos, quando os antigos habitantes da terra registravam suas atividades em figuras coloridas nas paredes das cavernas com tintas grosseiras, que eram provavelmente constituídas por florais ou argilas suspensas em água. Os egípcios, desde muito cedo, desenvolveram a arte de pintar por volta de 1500 a. C. , dispunham de um grande número e ampla variedade de cores. Em 1000 a. C. , descobriram os antecessores dos vernizes atuais, usando resinas naturais ou cera de abelha como o ingrediente formador de película. Nos séculos mais recentes, devido ao grande avanço tecnológico, houve o aprimoramento das técnicas de obtenção dos materiais de recobrimento superficial, uma vez que eram utilizados recursos naturais ou técnicas mais complexas para a obtenção destes.

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Curiosidade

FILTRAÇÃO DO AR Setembro/Outubro Meio Filtrante

Carla Legner

Filtros para salas limpas

ma sala limpa é uma sala cuja concentração de contaminantes é controlada dentro de limites específicos. De acordo com a definição dada pela norma NBR 13413, trata-se de uma sala na qual o suprimento e a distribuição do ar, sua filtragem, materiais de construção e procedimentos de operação que visam controlar as concentrações de partículas em suspensão no ar, atendendo aos níveis apropriados de limpeza conforme definido pelo usuário e de acordo com normas técnicas vigentes. De acordo com J. Fernando B. Britto, engenheiro mecânico da Adriferco - Engenharia e Consultoria, o principal objetivo de uma sala limpa é o controle da contaminação do produto acabado por partículas viáveis (que se reproduzem) e não-viáveis (inertes) existentes no ar ambiental. Suas principais aplicações ocorrem em produções ligadas a ciências da vida (fármacos, alimentos, bebidas, cosméticos, veterinária, hospitais, clínicas, laboratórios, sementes, etc), microeletrônica, micromecânica e óptica e também em pesquisas avançadas (aeroespacial, nuclear, etc). “No passado foi utilizada basicamente na indústria eletrônica, micro eletrônica e farmacêutica, hoje tem cada vez mais sua utilização difundida nos mais diversos mercados. Sua utilização vai desde áreas farmacêuticas, eletrônica, semi condutores, biotecnologia, na clonagem de plantas, reprodução humana e animal até áreas como petróleo e gás e pintura”, completa Luciano Figueiredo, gerente comercial do Grupo Veco. Sala Limpa é aquela que contém sistema de manutenção da qualidade do ar interior,

apresentando os níveis de contaminantes e partículas dentro dos limites estabelecidos por Norma para a atividade exercida. A aplicação correta das normas e também da manutenção em salas limpas é de fundamental importância para obter a qualidade do ar interior desejável, de maneira a atender os padrões requeridos para cada tipo de atividade exercida para o ambiente. A implantação de uma Sala Limpa evita contaminação em processos produtivos, salas de cirurgia, manipulação de alimentos, etc., mantendo os requisitos de normas vigentes de qualidade do ar, número de partículas no ambiente, fluxo de ar, promovendo a estabilidade em processos produtivos. Em caso de processos produtivos, agrega valor ao produto. Na área médica, reduzem substancialmente as infecções hospitalares. Silvana Jacó, engenheira de aplicação da Linter Filtros explica que a correta utilização dos filtros é importante para o controle do material particulado no ambiente, garantindo a classificação da Sala Limpa dentro das normas.

Tipos de sistemas e como funcionam Diferentemente do conceito geral de que filtros operam como “peneiras” selecionando as partículas que “passam” ou “não-passam” por suas malhas, a filtragem de gases ocorre de maneira um pouco diferente. Fernando explica que, sem dúvida, parte do fenômeno realmente é de peneiramento, mas isso só ocorre com as partículas maiores. Como a densidade dos gases é muito pequena em relação à dos líquidos (a água é 800 vezes mais densa que o ar), não conseguem fornecer energia suficiente

Classificação das Salas limpas

De acordo com Luciano, existem basicamente três tipos de salas limpas: Sala Limpa de Fluxo Unidirecional (Laminar), no qual temos um teto filtrante e toda a área, sala limpa tradicional ou de fluxo turbulento, na qual existem pontos de insuflamento e pontos de retorno/exaustão localizados próximos ao piso e salas limpas de fluxo misto que mesclam os dois tipos anteriores.

Tabela: Divulgação Camfil

Níveis de partícula permitidos em diferentes classes de salas limpas e zonas limpas

O primeiro cuidado com uma sala limpa é em relação ao projeto da sala, esta é à base do sucesso, nele é preciso prever todas as interferências do processo, as limitações estruturais e os resultados que são desejados. O maior erro nas salas limpas é fazer um projeto subdimensionado, ou se trabalhar com o resultado muito próximo do limite superior de controle, todo o sistema de filtragem, insuflamento e retorno/exaustão é dinâmico e sofre oscilações com o passar do tempo, com isso em pouco tempo é perdida a condição de projeto ou o resultado esperado. “Todo o projeto de uma sala deve ser pensado para um regime de trabalho de longo prazo, as certificações devem ocorrer no mínimo uma vez ao ano e o sistema deve estar preparado para manter suas características pelo menos por este período”, explica Luciano. A classificação de salas limpas contida na parte 1 da ISO 14644 é a classificação mundialmente mais utilizada atualmente, nela as Salas Limpas estão classificadas em nove classes. Silvana completa ainda que é possível comparar essa nova norma técnica com as antigas normas US. FED STD 209D e US. FED STD 209E (que estão caindo em desuso mas que ainda são muito conhecidas dos especialistas):

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para remover partículas que tenham aderido às fibras do filtro. Ainda de acordo com o engenheiro da Adriferco existem duas situações principais com relação às configurações das salas limpas e dizem respeito principalmente ao que será processado em seu interior. No primeiro caso, os produtos processados precisam ser protegidos do meio-ambiente e não oferecem risco para este. Este é o caso mais comum e promove-se a contenção por meio de barreiras físicas e cascata de pressões positiva em relação à atmosfera. A classe de limpeza do ar é obtida por filtragem de múltiplos estágios, podendo ser adotado o método de diluição (classes 8 a 6) ou por varredura (classes 5 a 1). No segundo caso, os produtos podem ser ou atingir algum grau de toxidade e a proteção do meio-ambiente é requisito primordial. Nestes casos, além dessas necessidades, efetua-se a contenção das partículas por meio de cascatas de pressões negativas com relação à atmosfera ou com contenções ainda mais positivas em torno das instalações (um prédio dentro de outro mais pressurizado). “Nem sempre as salas limpas requerem ser classificadas de acordo com as classes normalizadas, embora sigam todos os preceitos e cuidados recomendados para as limpas. Nestes casos, as chamamos de ambientes controlados”, ressalta Fernando.

Tabela: Divulgação Linter Filtros

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FILTRAÇÃO DO AR

Comparativo entre normas

As Salas Limpas Classe 1 a Classe 5 funcionam sob regime de fluxo de ar laminar e tem as seguintes características principais: o ar flui uniformemente a partir do forro a uma taxa de 0,45m/s; há filtros por todo o forro; não há correntes de ar dentro do ambiente controlado; há um fluxo de ar uniforme pelo ambiente sem dispersão transversal de partículas; o ar é retirado do ambiente somente por exaustão pelo piso. Salas Limpas Classe 6 a Classe 9 funcionam sob regime de fluxo de ar turbulento e tem as seguintes principais características: o ar flui a partir de difusores no forro a uma taxa de 0,45m/s; há correntes de ar dentro do ambiente controlado; permite-se a existência de dispersão transversal de partículas dentro do ambiente controlado; o ar é retirado do ambiente por exaustão pelo piso ou pelo forro.

Os filtros

A Sala Limpa é dotada de um sistema de climatização, em que está incluso o sistema de filtragem. Os filtros podem estar localizados no sistema de diferentes formas, dependendo da concepção adotada no projeto. Silvana explica que o sistema mais indicado para cada ambiente normalmente é pré-estabelecido por empresas especializadas em projetos e engenharia de ar condicionado, normas nacionais e internacionais que estabelecem a classe de filtragem que cada tipo de filtro utilizado, a máxima concen-

tração de partículas/m³ para definir a classe ISO (variando de 1 a 9) onde quanto menor a classe, maior é a eficiência de filtragem do ar. A engenheira destaca alguns filtros: - Air Handling Unit ou condicionador de ar: sistema dotado de caixa de filtragem com os três estágios (Filtro Grosso, Filtro Fino e Filtro Absoluto). Nessa configuração o ar sai da caixa já filtrado e percorre a rede de dutos até o ponto de insuflamento na sala. - Caixa terminal com Filtro Absoluto ou Forro Filtrante: são utilizados filtros grossos na admissão de ar externo, bateria com filtros grossos e finos em uma caixa de filtragem no ramal principal da rede de dutos, e por fim, no final de cada duto instalam-se difusores de ar com filtro absoluto terminal. Essa configuração garante que qualquer contaminação existente na rede de dutos de insuflamento seja filtrada no final do percurso. - Capelas de Fluxo Laminar: Para sistemas que necessitam de pequenas áreas de filtragem, podemos utilizar as Capelas de Fluxo Laminar, que são compactas e de fácil instalação. Esses sistemas compactos são versáteis, eficazes e muito utilizados para adequação de ambientes com estrutura física existente, limitada e com poucas possibilidades de modificações estruturais. São equipamentos que podem ficar dentro do ambiente reciclando o ar e melhorando o seu grau de limpeza, ou ainda, podem ficar instalados num ambiente externo captando o ar de outro ambiente e insuflando ar filtrado para a sala limpa ou controlada gerando pressão positiva no ambiente. Esses equipamentos normalmente são fornecidos com filtragem grossa combinado com carvão ativado e filtro HEPA. Como a concentração de partículas totais (viáveis + não-viáveis) no meio ambiente é muito grande (da ordem de milhões, para d>=0,5 micrómetros), não seria razoável submeter filtros de eficiência muito elevada diretamente ao ar “contaminado”. Então, adotam-se estágios

de filtragem, reduzindo-se gradativamente a concentração, até se obterem as concentrações adequadas para tratar os ambientes e remover-lhes suas próprias emissões de partículas. “Começamos a filtragem (adota-se filtragem para gases e filtração para líquidos) com pré-filtros grossos (usualmente classe G3 ou G4, conforme NBR 16101), para remoção de particulado grande (poeira atmosférica, geralmente visível a olho nu), seguida de pré-filtragem fina (usualmente classe F8 ou F9, conforme NBR 16101), destinados à remoção das partículas ultrafinas (d>=0,4 micrómetros) que os filtros grossos não conseguem remover. Adotamos pré-filtros grossos antes dos finos, pois os custos destes primeiros são muito reduzidos e assim ampliamos a vida dos filtros finos (dezenas de vezes mais caros), explica Fernando. Em alguns casos, já se consegue obter a classe ISO 8 apenas com filtragem fina. Porém, como não podemos ensaiar de forma adequada os filtros finos instalados em campo (danificaria o instrumento), a classificação pode não ser reprodutível e recomenda-se a instalação de filtragem HEPA mesmo nestes casos. Luciano explica os três estágios que compõem o sistema de filtragem: 1º Estágio: Pré-filtros (Filtros grossos), normalmente classe G4 ou M5, são responsáveis pela captação e retenção de partículas maiores que 10 micra. Este filtros podem ser planos, plissados ou bolsa, a escolha do tipo de pré

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Foto: Divulgação Camfil

Opakfil ENERGY da Camfil fornece filtragem de alta eficiência e baixo consumo de energia para pré filtragem em salas limpas.

filtro está muito ligada com as condições ambientais do local da instalação. 2º Estágio: Filtros intermediários (filtros finos), normalmente classe F7, F8 ou F9, são responsáveis pela captação e retenção de partículas maiores que 1 mícron. Estes filtros podem ser plissados planos ou cunha e bolsa, a escolha do tipo de filtro está muito ligada com as condições da instalação às necessidades do processo. 3º Estágio: Filtros HEPA (Filtro Absolutos), são responsáveis pela captação e retenção de partículas submicrônica. Estes filtros podem ser planos plissados ou cunha, a escolha do tipo de filtro esta diretamente ligado a vazão de ar do sistema e a localização do mesmo na instalação. Filtros cunha são mais utilizados em instalações em que todo o sistema de filtragem fica na máquina ou em uma caixa de filtragem no duto, este tipo de instalação pode ser utilizada em salas limpas de menor grau de exigências, normalmente ISO Classe 8 ou ISO

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Como funcionam os filtros

O sistema de filtragem é determinante para satisfazer o QAI (Qualidade do Ar Interno) em locais com concentrações elevadas de contaminantes químicos ou por partículas. Embora os filtros grossos, médios, finos, EPA, HEPA e ULPA se destinem exclusivamente à retenção do particulado em suspensão no ar e não tratem as contaminações químicas, eles promovem a retenção das partículas viáveis, constituídas por microrganismos, responsáveis por grande parte das “doenças ocupacionais” relacionadas aos sistemas de tratamento de ar das edificações. Silvana explica que após definição do conceito do sistema por um projetista, são estabelecidos os tipos de filtros, (grossos, médios, finos e absolutos) que serão utilizados para denominar a classificação de filtragem do AA seguindo as três etapas do estágio. Dentro dos métodos de filtragem de ar deve-se considerar alguns

Foto: Divulgação Camfil

Interceptação: ocorre quando uma partícula grande, devido ao seu tamanho, colide com uma fibra no filtro em que o fluxo de ar está passando. Foto: Divulgação Camfil

FILTRAÇÃO DO AR

classe 9. Filtros planos são mais comuns em instalações em que o filtro HEPA é terminal; é a última barreira antes do ar entrar na sala. “A importância dos estágios de filtragem é escalonar a filtragem, removendo as partículas maiores e com isso aumentando a vida útil dos filtros HEPA e de todo o sistema. Um sistema sem um bom sistema de pré-filtragem e filtragem intermediária ou com um sistema subdimensionado será responsável por um alto custo de manutenção, troca frequente de sistema e muitas vezes perda de classificação desejada para a sala”, completa Luciano.

Difusão: ocorre quando o movimento aleatório (Browniano) de uma partícula faz com que a partícula entre em contato com uma fibra. Conforme uma partícula desocupa uma área dentro do meio filtrante, por atração e captura, ela cria uma área de menor concentração dentro do meio para que outra partícula se difunda e seja capturada em si. Foto: Divulgação Camfil

Foto: Divulgação Grupo Veco

Filtros para Sala Limpa do Grupo Veco

efeitos dos métodos de filtragem de partículas mais comuns em uso atualmente que segundo a empresa Camfil são cinco diferentes mecanismos de coleta regem o desempenho do filtro de ar de partículas: peneiramento, interceptação, difusão, separação inercial e atração eletrostática. Peneiramento: ocorre quando o espaço entre os componentes do meio filtrante (fibras, tela, metal corrugado, etc.) é menor do que o diâmetro da partícula que o filtro é projetado para capturar. Este princípio se estende na maior parte dos projetos de filtragem, e é inteiramente relacionado com o tamanho da partícula, espaçamento do meio filtrante e densidade do mesmo.

Atração eletrostática: desempenha um papel menor na filtragem mecânica, até mesmo não sendo considerada mecanismo por muitos espe-

Foto: Divulgação Camfil

Separação inercial: utiliza uma mudança rápida na direção do ar e os princípios de inércia para separar a massa (partículas) do fluxo de ar, semelhante a chicanas. As partículas em uma determinada velocidade tendem a permanecer nesta velocidade e viajam em uma direção contínua.

“O sistema de filtração é que vai determinar a qualidade do ar interno, evitando a insalubridade, que pode ser associada à baixa qualidade do ar insuflado nestes locais, assim como a formação, movimentação e dispersão de contaminantes, sejam contaminantes internos infiltrados ou gerados no sistema de climatização e dutos como vapores, gases, poeiras, fungos, bactérias”, destaca Silvana.

Cuidados e manutenção dos filtros

É muito difícil enumerar os cuidados que se devem ter com as salas limpas, pois dependem da aplicação e do enfoque dado. Eles se iniciam durante a fase de conceituação do projeto, onde se definem os requisitos do usuário, se estendem durante todo o projeto e a construção, durante as quais deve ser comissionado por times muito experientes, e segue durante toda a vida útil da instalação,

até seu descomissionamento final. Fernando explica que do ponto de vista da arquitetura, a escolha de materiais e acabamentos que facilitem sua limpeza e resistam bem aos químicos empregados será crucial no projeto e na execução. Durante a vida útil, deve-se ater aos químicos previstos no projeto e, antes de utilizar outros, efetuar testes controlados para determinar sua segurança e eficácia, para se evitarem danos. “Avaliando pelo lado do sistema de tratamento de ar, equipamentos modulares e robustos, para suportar os vários estágios de filtragem, utilizando adequadamente cada um, é o mínimo requerido. E a reposição adequada por componentes de mesmo tipo e classificação, feita por profissionais devidamente habilitados é mandatória”, completa. Os filtros de ar são utilizados para reduzir a concentração de partículas para atender a uma determinada necessidade dos usuários (classe de limpeza). Mas, como a proporção dos custos dos filtros grossos, finos e HEPA variam na ordem de 1 para 10~20 entre grossos e finos e de 1 para 5~10 entre finos e HEPA, sendo que estes últimos precisam ser testados periodicamente e após cada troca, expor os filtros de alta eficiência diretamente à grande concentração de partículas do ar atmosférico, tornaria os custos de reposição e parada de fábrica muito elevados. “Um dos cuidados está relacionado ao manuseio no momento da substituição dos filtros, principalmente nos filtros fabricados com papel de microfibra de vidro, pois qualquer movimentação brusca pode resultar em rupturas e futuros vazamentos. Também devem ser respeitadas as instruções do fabricante com relação a estocagem (posição, quantidade de filtros na altura), evitando deformação nos mesmos”, ressalta Silvana. Embora existam filtros laváveis de diversas classes, a esmagadora maioria dos elementos

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Foto: Divulgação Camfil

cialistas. Após o contato com a fibra ser feito, as menores partículas são retidas nas fibras por uma pequena força eletroestática. A força pode ser criada através de um processo de fabricação, ou ser dependente da passagem do fluxo de ar através das fibras do meio filtrante.

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Foto: Divulgação Grupo Veco

FILTRAÇÃO DO AR

Filtro para Sala Limpa do Grupo Veco

A engenheira da Linter explica que para termos o ambiente de uma Sala Limpa constantemente regularizado nos padrões das normas técnicas vigentes, há que se providenciar um bom plano de manutenção (PMOC) de todo o sistema instalado; por exemplo, troca dos filtros regularmente, com balanceamento de ar e balanceamento frigorífico executados conforme o plano determinado de manutenção.

Foto: Divulgação Linter Filtros

filtrantes é descartável, requerendo trocas periódicas. Usualmente, adota-se o diferencial de pressão do filtro como único indicador para sua troca. Porém, uma vez que a perda de carga em quaisquer elementos é resultado de uma função quadrática da vazão que efetivamente passa através deles, verificar o diferencial de pressão sem conhecer a vazão circulante juntamente com o diferencial de pressão é obrigatório para determinar o momento adequado para troca dos filtros. “Manter os filtros em boas condições, trocando com regularidade, sempre respeitando as condições de perda de pressão recomendadas para troca e na troca se tomar muito cuidado na instalação de forma a não termos frestas ou passagens de ar. Outro cuidado é utilizar filtros de boa qualidade e boa procedência. Para os leigos os filtros podem até parecer iguais, mas características como eficiência, capacidade de acumulação de pó e área filtrante são fundamentais para o sucesso da instalação”, completa Luciano.

Linha de produtos da Linter Filtros

Devido aos custos crescentes das classes de filtragem mais eficientes, além dos necessários ensaios das filtragens HEPA e ULPA, que lhes acrescentam ainda mais custos diretos (mídias e ensaios) e indiretos (maior tempo de parada de fábrica), a implantação e correta manutenção dos estágios de pré-filtragem (grossos e finos) afetam diretamente os custos totais de propriedade da instalação. “O plano de manutenção é de extrema importância, pois a degradação e a falta de manutenção do sistema de ventilação podem tornar a qualidade do ar imprópria devido à contaminação por agentes biológicos, taxas de troca e filtragem do ar inadequada e perda do controle dos parâmetros térmicos. As inspeções dos órgãos locais verificam a adequação das condições de limpeza, manutenção, operação e controle dos sistemas de climatização a partir de procedimentos pré-definidos e registrados no chamado Plano de Manutenção, Operação e Controle – PMOC, cuja elaboração e implantação são de responsabilidade de um profissional com competência técnica comprovada”, enfatiza Silvana. No caso dos filtros descartáveis, deve-se tomar cuidado de se substituir os elementos filtrantes por outros equivalentes tanto com relação à classificação, quanto em relação à vazão perdas de carga inicial e final, para não afetar a capacidade do ventilador. Por outro lado, a troca dos filtros secundários deve

ser efetuada após a limpeza interna do gabinete e do(s) trocador(es) de calor à montante, seguida da limpeza e inspeção das molduras e vedações do gabinete e dos filtros antes da montagem dos novos elementos filtrantes. No caso de filtros HEPA e ULPA, além da substituição é necessário o ensaio de vazamento no(s) conjunto(s) de filtragem, de acordo com as normas vigentes. Para Fernando, cabe indicar que, conforme a norma NBR 16101 e sua fonte a EN-779, a eficiência inicial dos sistemas de filtragem fina será significativamente menor que a sua eficiência média após o carregamento parcial. Isso se deve ao fato de que ao reter partículas entre as fibras dos elementos filtrantes, estas passam a auxiliar na própria filtragem do ar, uma vez que oferecem ainda mais área para a deposição de novas partículas. Isso significa que, por exemplo, um filtro fino classe F9 novo,

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pode permitir uma penetração de até 30% para partículas >= 0,4 micrómetros e, somente após seu carregamento inicial, atingirá sua eficiência máxima de 95%. “Isto constituirá um sério problema para instalações de sala limpas ISO classe 8 que não possuam filtragem HEPA, pois a cada substituição dos filtros finos, a classificação dos ambientes poderá ser comprometida. Desta forma, a substituição prematura dos filtros para promover economia de energia preconizada por alguns fabricantes, pode impor riscos ao processo pela não obtenção do nível de filtragem requerido”, completa o engenheiro. Contato das empresas: Adriferco: www.adriferco.com.br Camfil: www.camfil.com.br Grupo Veco: www.veco.com.br Linter Filtros: www.linterfiltros.com.br

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FILTROS INDUSTRIAIS

Filtros para linha pneumática

s ferramentas pneumáticas são todas as ferramentas que utilizam o ar comprimido como força motriz. Semelhante ao sistema hidráulico, usa ar ao invés de fluido e a compressão do mesmo faz a força do movimento dos pistões ou eixos. O ar é puxado para dentro de um compressor e, então, forçado através de tubulações e direcionado para diferentes ferramentas que cumprirão as suas funções. A energia é transformada em movimentos e força através dos elementos de trabalho como, por exemplo, os atuadores pneumáticos. É bastante utilizado em equipamentos de uso manual e maquinários que apresentam movimentos repetitivos. Sua principal característica é a saída forçada do ar durante o uso, onde o mesmo não é reutilizado, como acontece no caso do fluido no sistema hidráulico. O processo é simples e para que se realize mais trabalho, basta injetar mais ar. De acordo com a engenheira e gestora de produtos da Festo Brasil, Myrian Reis, entre as vantagens do uso de ferramenta pneumática é possível destacar: funcionamento seguro mesmo em situações

40 Foto: Divulgação Festo

Setembro/Outubro Meio Filtrante

Carla Legner

Unidade de tratamento de ar da série MS da Festo

térmicas extremas; limpeza: vazamentos eventuais não poluem o ambiente; sistema seguro, pois não há riscos de explosão ou incêndio; construção simples dos elementos; altas velocidades de trabalho; seguro contra sobrecarga; quantidade ilimitada; fácil armazenamento; fácil transporte e fácil regulagem. Assim como a maioria das ferramentas, a linha pneumática também necessita de algum tipo de filtro para melhor resultado. Para essas aplicações existem cinco tipos diferentes de filtros, onde eles têm a função de reter as partículas de impurezas, água, odor e bactérias do ar comprimido e cada um desses filtros possui uma capacidade diferente de filtração.

Os filtros

O filtro de ar comprimido retém as impurezas que fluem através de si, principalmente de água condensada. O ar comprimido é conduzido através de uma chapa guia para dentro da câmara do filtro e colocado em rápido movimento giratório. Assim as partículas de sujeira mais pesadas e gotas de água são impulsionadas para a parede da câmara pela força centrífuga, onde se fixam. O produto de condensação acumula-se na parte inferior da câmara e deve ser retirado através do parafuso de esgotamento, quando a marca superior for alcançada. Partículas menores são retiradas pelo elemento filtrante, pelo qual o ar é forçado passar. Gilberto Lopes da Silva, gerente de desenvolvimento de negócios e automação da IMI Norgren explica que existem filtros de uso geral que removem partículas e con-

Filtros coalescentes da IMI Norgren

densados. Filtros coalescentes removedores de óleo e filtros removedores de vapor de óleo. - Filtro de uso geral: remove partículas em geral de 40 ou 5 micra através de elementos filtrantes e os condensados (água) através de princípio de centrifugação e drenagem. - Filtros coalescentes: são removedores de óleo utilizam um elemento filtrante feito com fibras de borosilicato e removem até 99,99% do óleo da linha e também fazem a drenagem do óleo removido. - Filtros removedores de vapor de óleo: utilizam elemento de carvão ativado e retiram os vapores de óleo e hidrocarbonetos eliminando até o odor do óleo. A filtragem é parte essencial do condicionamento em sistemas de ar comprimido. Se não protegidas de água, partículas e óleos liberados por compressores, máquinas irão quebrar rapidamente. “Para manter a queda de pressão menor possível é necessário ver o tamanho certo do filtro, a tubulação, se o filtro for muito pequeno para a vazão requerida irá dar uma queda de pressão maior. Quando novo, um filtro de aplicações gerais deverá dar não mais que 0,1 bar de queda de pressão. Adaptando um filtro menor

Cuidados e manutenção

Dependendo da natureza do ar comprimido disponível, do consumo de ar dos componentes e do tamanho, os filtros de ar comprimido necessitam de uma quantidade maior ou menor de manutenção. De acordo com Myrian essa manutenção significa a substituição ou limpeza do elemento filtrante, e a drenagem do condensado. “Quando atingem sua vida útil podem causar queda de pressão acima do indicado e devem ter seus elementos filtrantes substituídos. Existem indicadores de vida disponíveis na linha IMI Norgren que mostram o momento

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Foto: Divulgação IMI Norgren

é uma falsa economia, irá dar uma queda de pressão maior e também bloquear mais rapidamente porque a superfície da área do elemento é menor”, destaca Gilberto.

em que deve ser feita a troca dos elementos filtrantes”, completa Gilberto. Para ele, todas as ferramentas pneumáticas necessitam de filtros para terem sua vida útil prolongada, portanto é um mercado sempre em atividade. O ar atmosférico contém contaminantes como poeira, vapor de água, óleo queimado, microrganismos e outros. Myrian explica que estas impurezas são aspiradas pelo compressor quando da produção do ar comprimido. Tipo e quantidade dependem do local, pois a esta mistura se juntam o óleo de lubrificação, resíduos metálicos do desgaste do compressor e dos tubos da rede de distribuição. No desenvolvimento contínuo das tecnologias de automação Pneumática, Hidráulica, Elétrica e Eletrônica e de seus elementos, um dos resultados é também a exigência referente à qualidade de energia necessária para a alimentação dos sistemas e produtos, a fim de permitir um bom funcionamento, obter durabilidade e atender especificações técnicas para garantia do produto. Em geral o ar comprimido produzido somente poderá ser usado diretamente em poucos casos. Precisará ser

42 Foto: Divulgação Festo

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FILTROS INDUSTRIAIS

Mercado e principais novidades

Unidade de tratamento de ar da série MS da Festo

tratado por meios adequados, conforme as necessidades das aplicações. “As aplicações e seus elementos, também apresentam diferentes necessidades de graus de qualidade de ar comprimido. O ar para pintura deve ser seco, isento de óleo e isento de partículas; já na indústria alimentícia a pureza do ar deve ser ainda maior. De forma geral, a indústria busca continuamente elementos com avançada tecnologia de concepção, construção, miniaturização e suas diferentes funções, assim como exigem especificações de alto padrão de qualidade para evitar os aumentos dos custos, queda de produtividade, serviços de manutenção, redução da vida útil, desgastes prematuros e quebras”, destaca a representante da Festo. Atualmente o mercado tem buscado soluções com foco na eficiência energética, para assim economizar energia em sistemas alimentados por ar comprimido. Para isso a Festo lançou um módulo de controle inteligente do consumo de ar comprimido bloqueando sua alimentação nos momentos de parada das máquinas. As novidades são as linhas cada vez mais modulares e fáceis de fazer manutenção e substituição de componentes Myrian explica ainda que a outra funcionalidade deste produto é a detecção de vazamentos na linha e o envio de uma notificação para o painel de controle. Além disso, o módulo de eficiência energética faz o monitoramento dos parâmetros mais relevantes (taxa de vazão, pressão e consumo de ar comprimido) e os exporta para o painel de controle para serem visualizados e operados. Contato das empresas: Festo Brasil: www.festo.com IMI Norgren: www.imi-precision.com

ssim como em qualquer tipo de veículo da categoria leve, os filtros funcionam de forma a reter os contaminantes presentes no combustível. O sistema de alimentação do combustível tem a finalidade de conduzir o combustível, do tanque até a câmara de combustão, seja com alimentação direta ou indireta, produzindo a pressão necessária no sistema e mantendo-a constante. Vale ressaltar que nos veículos que contam com a injeção direta o filtro de combustível é mais reforçado oferecendo uma maior resistência ao estouro (hidrostático) em virtude da pressão. Através da bomba alimentadora, o combustível é succionado do tanque para o tubo distribuidor, passando pela linha do combustível. Veículos com injeção eletrônica, a pressão no sistema é controlada por uma válvula reguladora de pressão. Neste percurso, o combustível passa por um filtro, onde grande parte de suas impurezas são retidas. A filtração é a mesma para qualquer tipo de motor podendo apenas mudar algumas especificações, como micragem do papel ou sentido de fluxo de filtragem, por exemplo, no entanto, isso dependerá do tipo de motor que o filtro será aplicado, afirma Roberto Rualonga, responsável pela assistência técnica da Tecfil.

Foto: Divulgação Tecfil

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Dayane Cristina da Cunha Fernandes

Filtros de combustível da Tecfil

Segundo Oscar Talmeli, da Wega Motors, a composição dos filtros do combustível varia de acordo com o combustível utilizado, e o elemento filtrante pode ser de lã ou de papel (existem tipos diferentes de papel) ou blindados. Assim, o filtro de combustível atua com o objetivo de proteger o sistema de injeção e o motor contra partículas, água e outros resíduos que se encontram no tanque e/ou no combustível. Para cada tipo de motor existe um filtro adequado. Foto: Divulgação Wega Motors

FILTROS AUTOMOTIVOS

Manutenção de filtros de combustível é imprescindível para a saúde do motor

Filtros de combustível da Wega Motors

Os sistemas eletrônicos e de injeção direta na câmara de combustão trabalham com maiores pressões e demandam mais precisão do sistema de filtragem. Por isso, estes filtros possuem elemento filtrante com menor micragem (porosidade) para retenção de partículas menores. Além disto, os motores mais modernos utilizam pressões de trabalho acima de 20.000 PSI, o que exige uma eficiência muito alta de separação de partículas, chegando até 99% para partículas de 2 micra, segundo Paulo Nascimento, da Parker. Segundo Roberto Rualonga da Tecfil, para cada carro recomenda-se um tipo de filtro, por isso, é importante a consulta do catálogo antes da aplicação do filtro. “As especificações de fabricação são feitas conforme recomendação e exigências das principais montadoras”. Rualonga explica que os filtros são aplicados diretamente nas manguei-

Manutenção

Carlos Canova, diretor de R&D da Sogefi, explica sobre a falta de manutenção e suas consequências. Segundo ele, as condições atuais dos combustíveis

Filtro de combustível da Bosch

O gerente também fala em outras consequências. “Prejuízo ao desempenho da bomba de combustível - podendo ocasionar a queima da mesma - e falha dos bicos injetores, que geram uma manutenção corretiva de alto custo”, e defende. “A troca do filtro de combustível é uma manutenção acessível e preventiva, que deve ocorrer conforme es-

Setembro/Outubro Meio Filtrante

são críticas, contendo uma grande quantidade de contaminantes, provenientes do transporte, da armazenagem e do próprio tanque do combustível. “Estas impurezas, como ferrugem, poeira, água, resíduos do tanque e outros contaminantes dos combustíveis são retidas pelo filtro do combustível, evitando que venham a obstruir as pequenas passagens e orifícios do carburador e do sistema de injeção eletrônica”. Apesar de apresentarem intervalos especificados no Manual do Proprietário, uma análise deste componente pode identificar possíveis irregularidades no motor, como falhas e oscilações em marchas lentas ou vazamentos na linha de pressão do combustível. Um filtro do combustível saturado pode vir a causar falhas no sistema de alimentação, desgastes prematuros dos componentes, mau funcionamento do motor, podendo inclusive bloquear a passagem do combustível ocasionando a parada do motor por falta do mesmo, além da restrição no filtro, causar danos à bomba de alimentação. Fábio Juliato, gerente de marketing da divisão automotive aftermarket da Robert Bosch, também fala sobre a falta de manutenção. “A falta de manutenção do filtro de combustível pode ocasionar instabilidade no desempenho do motor, causando falhas perceptíveis ao motorista, aumento no consumo de combustível, além de ineficiência na filtragem, o que gera cortes de combustível, falhas no motor, vazamentos e até incêndios”. Foto: Divulgação Bosch

ras entre a bomba de combustível e o motor, sua importância é garantir um combustível filtrado para o bom funcionamento do motor. André Gonçalves, consultor técnico da Mann-Filter, explica que os filtros do combustível ficam localizados entre o tanque e o sistema de injeção para evitar que partículas acumuladas no tanque provenientes do transporte e armazenamento, como pó, ferrugem, água e sujeira no tanque do veículo cheguem no fim do circuito. Caso essas “sujeiras” não sejam filtradas, pode ocorrer falhas que afetam o rendimento do motor. Atendendo as especificações da montadora, eles protegem carburadores, bicos de injeção e agregados extremamente sensíveis do sistema de alimentação do combustível. Carlos Canova, diretor de R&D e Ronilso Toledo, supervisor de Assistência Técnica da Sogefi, que comercializa a marca Fram, completam que o importante sobre a diferenciação dos filtros e na sua consequente aplicação é a cilindrada do motor, tipo de combustível, mercado para onde o veículo é destinado. “Toda esta variedade de tipos acaba implicando em uma maior complexidade e variedade de processos na linha de produção dos filtros”. Fábio Juliato, gerente de marketing da divisão automotive aftermarket da Robert Bosch, lembra também sobre outras características que devem ser levadas em conta na fabricação do filtro, como por exemplo: dimensão, pressão, vazão de trabalho além da capacidade e eficiência do meio filtrante. Esta variedade gera oportunidades, como afirma Paulo Nascimento da Parker. “Precisamos levar em consideração o combustível a ser filtrado, o tipo de sistema de injeção e a vida esperada pelo fabricante para a troca do elemento filtrante. Com estas informações, é definido o design e o meio filtrante a ser utilizado no filtro. Para a Parker estas diferentes necessidades de cada aplicação é uma oportunidade para desenvolvimento de novas tecnologias e cada dia aprimorar nossos produtos”.

pecificação do manual do fabricante do veículo e a substituição deve ser realizada em uma oficina especializada e de confiança, pois requer equipamentos adequados e profissionais qualificados”. André Gonçalves, da Mann-Filter, também fala sobre a manutenção adequada. “A recomendação para troca do filtro do combustível é que seja feita de acordo com as instruções do fabricante do veículo, e se isto não for respeitado pelo motorista, pode ocasionar problemas como a queima da bomba de combustível por exemplo. Em média, as montadoras recomendam a troca entre 10 mil e 15 mil quilômetros dependendo do combustível, mas é recomendado verificar o manual de manutenção”.

Composição

46 Foto: Divulgação Sogefi-Fram

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FILTROS AUTOMOTIVOS

Geralmente, um filtro de combustível é composto de carcaça de nylon, meio filtrante, canudo interno, válvulas internas, dependendo do tipo motor, e junta de vedação. Atualmente, o país conta com empresas qualificadas para oferecer produtos ao mercado de veículos leves. Segundo Roberto Rualonga da Tecfil, “a qualidade é garantida desde a fabricação, utilizando sempre matéria-prima de qualidade até o acompanhamento do nosso laboratório interno, efetuando os mais rigorosos testes de qualidade”. Carlos Canova, da Sogefi, também fala sobre a composição dos filtros fabricados pela empresa. “O filtro de combustível é basicamente composto por uma carcaça, que pode ser metálica ou de algum tipo de polímero, e do elemento filtrante, que muda sua composição dependendo do tipo

Filtros de combustível da Sogefi-Fram

de combustível que será filtrado. Por exemplo, nos filtros Fram para os veículos Flex, o Papel Filtrante possui tratamento para suportar a mistura com etanol onde se encontra (4-6% água) o que em um papel filtrante comum (100% celulose) pode prejudicar a durabilidade, bem como materiais sensíveis ao etanol”. O diretor afirma que os filtros fabricados pela empresa são produzidos com equipamentos de última geração, totalmente automatizados e altamente sofisticados. “Além disso, cada fase e detalhe de produção, além dos testes em linha, são rigorosamente controlados por processo informatizado, garantindo maior produtividade e confiabilidade. Também é exigido que todos os fornecedores superem com sucesso as auditorias que efetuamos ao processo de produção de cada tipo de material”. Paulo Nascimento, da Parker, complementa. “O principal componente do filtro que é o meio filtrante, pode ser composto de fibras de celulose, sintética ou uma mistura das duas, sempre respeitando a distribuição das fibras para garantir a eficiência requerida. Além disso, o meio filtrante recebe uma resina para dar resistência mecânica e/ou propriedades como a de separação de água”. Fabio Juliato, da Bosh, explica que os filtros de combustível da empresa são produzidos com os melhores compostos, podendo variar de carcaça de nylon ou alumínio e elemento de papel filtrante celulose ou sintético, dependendo do sistema de alimentação do veículo. “Para assegurar a qualidade de um produto, é importante considerar a credibilidade do fabricante no mercado, além da tecnologia e diferenciais que o componente oferece. A Bosch destaca-se por ser pioneira, há mais de cem anos, no desenvolvimento e fabricação de sistemas de injeção que assegura todo o domínio das mais exigentes normas mundiais de qualidade. Por isso e por toda tradição em tecnologia, a empresa tem o know-how para produzir filtros de ar, óleo e combustível capazes de assegurar o perfeito funcionamento do motor”. Ele destaca que os filtros de combustível da empresa são produzidos para garantir eficiência, mais vida útil do produto e filtragem até mesmo das

menores partículas de sujeira/ impureza. “Os níveis de tamanho de poro também são ideais para uma completa filtragem e pleno abastecimento de combustível, absorção de sujeira e capacidade de separação”. Todos os filtros são desenvolvidos respeitando os projetos das montadoras, para garantir segurança e desempenho ao veículo. A composição básica de um filtro é meio filtrante e elementos plásticos alguns com fibras de vidro e grafite. O que garante a qualidade da filtragem, é a qualidade do papel e as resinas desenvolvidas para reter as impurezas, segundo André Gonçalves, da Mann-Filter.

Tendências

Buscar inovação e estar antenado às tendências é fundamental. Para a Tecfil, hoje a atenção do mercado está voltada à sustentabilidade, e a tendência da fabricação dos filtros é seguir o mesmo caminho. “Hoje já existem os ecológicos que evitam o impacto ambiental, e a Tecfil vem investindo muito nesta nova tecnologia”. Para Carlos Canova, diretor de R&D da Sogefi, a sustentabilidade também é o ponto forte nas tendências. “Não só para este segmento, mas em geral, uma tendência atual é a de produzir filtros com o conceito ecológico, onde não existe metal na composição, e desta forma o descarte dos filtros poderá ser feito de uma maneira menos agressiva ao ambiente”.

Fabio Juliato, da Bosh, afirma que “com a evolução dos fluidos de combustíveis, a exigência de rendimento dos motores e, principalmente, a preocupação com a preservação ambiental, a tendência é que os filtros de combustível sejam cada vez mais eficientes, compostos por materiais ecológicos e tenham mais durabilidade”. Ele explica que na Europa, a unidade produtiva da Bosch preocupa-se com a diminuição da presença de aço nos filtros para veículos e essa realidade já está chegando na América Latina. “Sendo assim, a produção de filtros no Brasil também deve se modernizar para que os produtos sejam fabricados com maior precisão, para atender as exigências dos carros cada vez mais modernos, e sempre em conformidade com as regulamentações ambientais”. Paulo Nascimento, da Parker, compartilha da mesma ideia. A tendência para a produção de filtros é a substituição de matéria-prima metálica por polímeros reduzindo a massa do filtro e possibilitando a troca somente do elemento filtrante composto de papel e plástico facilitando a sua coleta e destino após seu uso. “Além disso, como os motores estão exigindo eficiência cada vez maior e vida mais prolongada, a tendência é de desenvolvimento de meios filtrantes com fibras sintéticas e nanofibras”. A Mann-Filter acompanha a tendência do mercado em entre-

www.wegamotors.com

Foto: Divulgação Mann+Hummel

FILTROS AUTOMOTIVOS Setembro/Outubro Meio Filtrante

gar mais desempenho com baixo consumo de combustível, garantindo assim veículos limpos e seguros ao consumidor. Esse resultado é conquistado quando o filtro do combustível corresponde ao projeto da montadora e trabalha em conjunto com o motor para ser mais limpo e eficiente. Para os veículos flex, a atenção está para o incentivo ao uso do etanol, comFiltro de combustível mais limpo e que entrega bustível da Mann+Hummel mais potência ao motor. “Destacamos o uso de componentes plásticos que não oxidam dentro do filtro e evitam problemas durante a filtragem Trabalhamos para atender essas demandas de mercado, visando ter uma companhia sustentável e sempre na vanguarda do setor automotivo”, afirma Gonçalves. Gonçalves ainda comenta sobre o uso do etanol e sua importância para o mercado de filtros. “O futuro é o uso cada dia maior do etanol, sendo misturado na gasolina ou puro, e a Mann-Filter respeita esta nossa realidade e atende estes padrões não usando componentes metálicos na fabricação dos filtros, fato muito comum no mercado de reposição”. Outro ponto fica por conta da composição da carcaça plástica dos nossos filtros inline de combustível, pois devido aos sistemas de injeção eletrônica usarem uma bomba elétrica de combustível, estes filtros sofrem uma pressão constante e para evitar problemas como ruptura da carcaça plástica e aumento do diâmetro do bico de entrada de combustível no filtro, fato muito comum, por isso, usamos fibra de vidro na composição destes. Para a Wega Motors, a eletrônica aplicada aos filtros de combustível é a grande tendência, pois através da eletrônica já é possível detectar a qualidade do combustível e a vida útil do filtro. Também existem filtros que trabalham dentro do tanque de combustível, o que é um diferencial.

Como driblar a crise no Brasil

Com a queda na venda de veículos, muitas empresas tem enfrentado dificuldade. No entanto, as

empresas de filtro têm encontrado soluções para driblar a crise, e comentam sobre o assunto. Roberto Rualonga, da Tecfil, comenta que o mercado de modo geral está em processo de restruturação. “O setor automobilístico foi um dos que mais foi afetado, porém, a fabricação dos filtros não sofreu tanto impacto, pois o mercado de reposição vem se mantendo independentemente da venda ou de novos lançamentos de veículos”. Para Canova, da Sogefi, houve uma queda geral no segmento automotivo, não só no segmento de filtros. Em cenários como este de crise deve-se buscar oportunidades de melhorar e otimizar todos os setores da empresa, para que desta fora seja possível afetar o mínimo possível ou até incrementar a lucratividade. Para a Bosch, os filtros de combustível são produzidos e enviados para diferentes mercados conforme as demandas locais. No Brasil, de qualquer maneira, a queda nas vendas de veículos novos impactou de forma geral a produção do setor automotivo e não apenas de um ou outro item. Porém, o mercado de reposição nacional se beneficia ainda do crescimento da frota em reparação, que é proveniente da venda dos veículos novos há mais de três anos, e do aumento da comercialização dos carros usados que necessitam manter em dia a revisão, seja ela preventiva ou corretiva. Vale ressaltar ainda que, independentemente do momento pelo qual o país vem passando, o segmento de reposição automotiva, em específico, é estratégico para a Bosch. Estamos sempre focados no potencial que temos, avaliamos o mercado e as oportunidades para seguirmos firmes no segmento. Buscamos sempre identificar as tendências e assim definir a estratégia de médio e longo prazo, investindo todos os nossos recursos apropriadamente para atender as demandas do mercado e de nossos clientes. Para Juliato, a Bosch é uma empresa com visão a longo prazo e filosofia de antecipar o futuro, por isso há tempos vem investindo na produção local com foco na nacionalização de produtos e tecnologias para todo o portfólio de ofertas Bosch, além de novas frentes de negócios e também na expor-

Foto: Divulgação Parker

tação, que está favorável diante do câmbio atual. Paulo Nascimento, da Parker, afirma que a produção de filtros foi diretamente afetada e a saída para minimizar o impacto da crise foi focar no mercado de reposição desenvolvendo novos produtos e principalmente focar na excelência no atendimento ao cliente para assim aumentar a fidelização e a participação de mercado.

Exemplos de filtros de combustível para a linha diesel modelo 1000FH e Inovação e-max da Parker

Para André Gonçalves, da Mann-Filter, o mercado de reposição de peças não tem sentido o impacto da queda de venda de veículos novo, já que a circulação de carros usados, bem como suas vendas, tem crescido. Ou seja, o consumidor tem cuidado mais do automóvel, já que ele tem rodado mais. “A Mann-Filter sempre alerta o motorista a ter a manutenção em dia e verificar o estado de todos os filtros do seu carro, pois isso garante segurança e aumenta a vida útil do veículo, além de, consequentemente, aumentar o número de pessoas procurando por peças novas para deixar a manutenção em dia”. Contato das empresas: Mann+Hummel: www.mann-hummel.com Parker: www.parker.com Robert Bosch: www.bosch.com.br Sogefi-Fram: www.fram.com.br Tecfil: www.tecfil.com.br Wega Motors: www.wegamotors.com

VISÃO EMPRESARIAL Setembro/Outubro Meio Filtrante

Marcio Sanchiro

Sua empresa está preparada para a transformação digital?

ual a diferença entre empresas tradicionais e startups? Muitas, mas por definição as startups naturalmente se revelam mais ágeis e inovadoras. Por exemplo: se olharmos pelo lado da tecnologia da informação, você acharia possível que uma startup seguisse o modelo de desenvolvimento e pesquisa da década de 1960, por exemplo? Não, né? Em um mundo disruptivo e de mobilidade, as empresas tradicionais são devoradas por modelos de negócios baseados em apenas uma aplicação nativa (programas ou aplicativos desenvolvidos para computação em cloud que “rodam” neste mesmo ambiente). Empresas como o “Uber” são um exemplo clássico de transformação digital por meio do uso de tecnologia para oferecer uma experiência incrível para seus clientes. Contudo, a instrumentação via tecnologia para a entrega de serviços ainda melhores está se expandindo para além das startups. A velocidade da inovação, possível com os recursos nativos à nuvem, colocou os departamentos de TI sob muita pressão. Frente ao desafio de responder mais rápido às demandas de negócios, a TI busca maneiras de modernizar os processos, as competências e a própria tecnologia. As aplicações nativas em nuvem são o motor por de trás da necessidade de transformação. Os requisitos de tecnologia para as aplicações nativas em nuvem são bastante diferentes das aplicações tradicionais. As organizações que desejam manter o controle de seus dados com uma infraestrutura “on-premises” para aplicações nativas em nuvem se deparam com a escolha entre um modelo “faça você mesmo” ou compre uma estrutura “pronta para uso”. O modelo “faça você mesmo” lança alguns desafios substanciais. A maioria das organizações não tem uma equipe experiente que possa projetar, implementar e manter a estrutura que os desenvolvedores precisam para aplicações nativas em nuvem, como OpenStack, VMware Photon Platform ou Apache

Hadoop. Sem essa expertise, oferecer serviços e produtos melhores a seus clientes ou ultrapassar a concorrência acaba ficando em segundo plano. Se funções isoladas ainda são regra na organização, usando a implementação do OpenStack, por exemplo, seria necessário um grande número de funcionários para manter a infraestrutura física e o ambiente dinâmico de software nativo à nuvem, o que poderia resultar em altos custos. O modelo de infraestrutura “pronta para uso” deve ser projetado já com uma mentalidade de desenvolvimento nativo em mente. Isso é possível, por exemplo, combinando os benefícios dos sistemas hiperconvergentes, projetados para escala em rack, com gerenciamento, provisionamento e software de geração de relatórios específicos. Ao utilizarem esses modelos, as organizações serão capazes de implementar um ambiente de OpenStack em poucos dias, em vez de meses, sabendo que, ao final, seu ambiente estará pronto para uso corporativo com uma solução completa e testada. Este tipo de manutenção também é mais fácil. Adicionar, remover e atualizar os “nós” pode ser feito com a mínima interrupção, em apenas alguns cliques. Seu monitoramento fica mais fácil com a visibilidade pelo painel de controle de serviços, além de contar com relatórios integrados. Esse modelo foi desenvolvido para ser a chave do sucesso das equipes de DevOps ao redor do mundo e, também, permite que as empresas adicionem novos serviços e novas plataformas de desenvolvimento no mesmo hardware para manter o investimento (CAPEX) sob controle. Portanto, seja qual for o tamanho da sua empresa, a transformação digital também vai chegar para você. Estar preparado para essa realidade significa aceitar que, independentemente da sua vontade ou da visão de sua companhia, o futuro chega cada vez mais depressa. Marcio Sanchiro Gerente sênior de Tecnologia na EMC

ONDE TEM ESTE SELO, TEM TROCA DE FILTRO E AMBIENTE LIMPO. O TADO D S E O N AGORA SANTO

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Os fabricantes, importadores e distribuidores de Filtros do Óleo Lubrificante Automotivo estão promovendo o descarte dos ﬁltros usados, de forma

correta e consciente.

Em sintonia com todos os avanços em busca da sustentabilidade, a Abrafiltros, associação que reúne os fabricantes, importadores e distribuidores de filtros automotivos, está coordenando a implantação de um eficiente programa-piloto de Logística Reversa em pontos de coleta nos estados de São Paulo, Paraná e Espírito Santo, onde os filtros do óleo usados são periodicamente retirados por empresa credenciada que faz a destinação correta do descarte.

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Se o filtro de ar não for trocado no período correto, a sujeira pode ocasionar o desgaste interno das peças, gerando aumento de consumo de combustível, perda de potência, aquecimento e aumento nas emissões de poluentes.

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O filtro de combustível saturado pode danificar a bomba de combustível, provocando assim a falha no sistema de injeção causando a parada repentina do veículo.

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A troca dos filtros de ar condicionado é fundamental, evitando proliferação de bactérias e fungos que agridem a saúde dos ocupantes do veículo.