Meio filtrante N 86 de maio/junho de 2017

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Esp e c i a l i za d a e m F i lt r a ç ã o - Se p a r a ç ã o - Tra t a me nt o d e Ág ua - M ei o Amb i e nt e Ano XVI - N˚ 86 - Maio / Junho de 2017

eh o d o ra d esc e s r it a i r or io! e t n a tr l Fi o i e M do a t a s c i v er e m o AR d s a eir f 3 a t . lis ar t i s i sso cê v o v roce p a m o: u par ment a i r f es

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EDIÇÃO

Nesta

86 Maio/Junho 2017

Especial: Feiras e Eventos

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Novidades Expomafe 2017

18

Antecipando os lançamentos da Feimafe 2017

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Novidades no mercado Offshore

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Gestão de resíduos sólidos em navios de cruzeiro

32 DESTAQUE Freudenberg anuncia mais um ano de crescimento

38 ABRAFILTROS Abrafiltros apresenta resultados e metas do programa Descarte Consciente no Paraná

40 EQUIPAMENTOS Análise técnica para seleção de lavadores úmidos em fontes estacionárias

SEÇÕES: 06 FILTRADO 08 MERCADO 50 VISÃO EMPRESARIAL

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Sistemas de resfriamento: um processo essencial para a indústria


Diretora - Editora Rogéria Sene Cortez Moura editora@meiofiltrante.com.br Redação/Reportagem Anderson V. da Silva, Carla Legner e Suzana Sakai jornalismo@meiofiltrante.com.br Comunicação Loiana Cortez Moura comunicação@meiofiltrante.com.br Criação, Editoração e Web Anderson Vicente da Silva, Loiana Cortez Moura e Paula Zampoli Publicidade Yara Sangiacomo publicidade@meiofiltrante.com.br Assinaturas, Circulação e Atendimento ao Cliente: Tel.: +55 11 4475-5679 atendimento@meiofiltrante.com.br

Conselho Editorial: Adriano de Paula Bonazio; Alex Alencar; Alice Maria de Melo Ribeiro; André Luis Moura; Atsushi Gomi; Caio Guilherme Barbosa; Carlos Mourão; Cláudio Chaves; Francisco Gomes Neto; Genaro Pascale Neto; Geraldo Reple Sobrinho; Helmut Zschieschang; Hermann Queiser; Jeffrey John Hanson; João Moura; José Luis Tejon Megido; Julio Trujillo; Laíssa Cortez Moura; Leonardo Zanata; Lucas Cortez; Luciano Peske Ceron; Marcia Brunini Truite Hanson; Mauro Urbinati; Marco Antônio Simon; Paulo Roberto Antunes; Patrick Galvin; Pedro Verpa; Plínio Centoamore; Ricardo Saad; Robert Scarlett; Tárcia Rita Davoglio; Tarcisio Costa; Valter Medina; Valdir Montagnoli; Vinicius Stoco Patricio e Walter Luiz Polônio. Colaboraram nesta edição: Edgard Luiz Cortez e Lucas Cortez Moura (Iteb); Abrafiltros (Diretoria); Thiago Lima (Saati); Alysson Padovani (Flexível); André Luis Moura e Valdir Montagnoli (Laffi Filtration); Claudia Montesso e Djalma Baúte (Poli-Filtro); César Costa, Oscar Talmeli e Ricardo Tetsuo (Wega Motors); Digvijai Singh (A2Z Filtration); Dirk Huber (Erwin Junker); Paulo Roberto (Parker); David Siqueira de Andrade e Gabriela Oppermann (Supply Service); Luciana Beneton e Fernando Brusadin Queiroz (Tecitec); João Carlos Mucciacito e Taís Miyuki Tsuda (FAENG/CUFSA); Atilio Zottich (WMF Solutions); Leonardo Queiroz (Amiad); João Carlos Visetti (Trumpf); Dina Diamand (Tecflux/Swagelok); Sergio Roberto da Cruz (Teknofil); Sidney Coldibelli (Vibropac); José Antônio dos Reis da Cunha (Air Liquide); Valéria Marques Lopes (SMC); Fabio Narahara e Cristian Drewes (Ingersoll); Luciana Ornelas (Kaeser); Prof. Dr. Fábio Campos, Andressa de Oliveira Melo Maciel, Carolina Barreto Nascimento, Gustavo Ribeiro de Almeida, Herica Tiepolo Lee, Karina Boratino de Araújo e Larissa Lika Naruse (EACH da USP). Assessoria Jurídica Candido, Rozatti e Spinussi Adv. Associados Tel.: +55 11 4438-8173 - www.crsaa.com.br A Revista MEIO FILTRANTE é uma publicação da L3ppm - L Três publicidade, propaganda e marketing Ltda. Trav. Gilda, 34 – Vila Gilda CEP 09190-520 - Santo André - SP Tel.: +55 11 4475-5679 www.meiofiltrante.com.br Impressão e Acabamento Gráfica IPSIS - www.ipsis.com.br

Segundo o estudo “Panorama das Feiras de Negócios do Brasil” realizado pela UBRAFE - União Brasileira dos Promotores de Feiras - o Brasil realiza mais de 2.200 feiras de negócios por ano. No capítulo “O Perfil dos Expositores das Feiras Industriais”, elaborado em conjunto com o portal Feiras Industriais, o estudo apontou que entre o universo de 817 empresas entrevistadas, 30% vão às feiras de negócios como expositoras, 18% como fornecedoras de serviços e 48% como visitantes. E os principais motivos que as levam a participar das feiras são em 56% captar novos clientes, 15% para lançar produtos e serviços e 18% outros interesses. As feiras de negócio representam oportunidades diferenciadas de relacionamento e geração de negócios, uma vez que expositores e visitantes encontram ambientes especialmente preparados para essas finalidades, estando mais receptivos ao intercâmbio de ideias e à concretização de acordos comerciais. O contato durante as feiras também é mais próximo e pessoal, sendo que normalmente as empresas procuram destacar especialistas nos produtos e serviços apresentados para garantir o melhor resultado e favorecer o esclarecimento de dúvidas. Em épocas de crise, as feiras representam uma oportunidade ação de marketing com maior propensão à geração de negócios, pela própria segmentação de mercado e presença de público com interesse direcionado aos produtos e serviços em exposição. Por isso, é importante que as empresas considerem a participação em feiras em suas estratégias de negócios, dedicando o tempo adequado ao planejamento e definição da estratégia correta para obter os melhores resultados seja como expositor ou visitante, estabelecendo metas e objetivos comerciais. E falando em feiras, trazemos nesta edição as inovações da Feifame; as novidades e o ineditismo da Expomafe; e ainda, a participação da Abrafiltros na reunião do grupo R20 no Paraná, com a apresentação dos resultados de 2016 e metas para 2017; a análise técnica para seleção de lavadores úmidos em fontes estacionárias; sistemas de resfriamento, processo essencial para a indústria; as novidades no mercado offshore; e muito mais. Boa leitura!

Os artigos e matérias não refletem a opinião desta revista, assim como declarações emitidas por entrevistados e através de anúncios, sendo de única e exclusiva responsabilidade de seus autores e anunciantes. A reprodução total ou parcial das matérias só é permitida mediante autorização prévia da Revista Meio Filtrante, e desde que citada a fonte.

EDITORIAL

Feiras de negócios e oportunidades

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FILTRADO Maio/Junho Meio Filtrante

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FINTT 2017 traz novidades no mercado de tecidos técnicos e nãotecidos

A Feira Internacional da Indústria de Nãotecidos e Tecidos Técnicos - FINTT 2017 organizada e promovida pelo FCEM|Febratex Group em parceria com a ABINT – Associação Brasileira das Indústrias de Não tecidos e Tecidos Técnicos, trouxe no final do mês de Abril as novidades em tecnologia, máquinas, matérias-primas e produtos da indústria de nãotecidos e tecidos técnicos. Abaixo destacamos alguns fabricantes presentes no evento e que fornecem matérias-primas ou produtos para o mercado de filtração. Bidim - A Bidim está há mais de 40 anos no mercado, atendendo com excelência os setores de geotêxteis, geossintéticos, laminados sintéticos, filtração, automotivo e calçados, entre outros setores industriais. Na FINTT 2017, a Bidim apresenta aos visitantes mantas geossintéticas voltadas para construções de pequeno e grande porte, além da linha Bidim PP - linha de geotêxteis desenvolvida especialmente para atender as necessidades específicas de projetos de mineração e saneamento onde a resistência química extrema é um fator fundamental. A empresa levou ainda ao evento as linhas Bidim CC, criado especialmente para cura de concreto e o Geoweb, linha de geocélulas de Aloy (HDPE reforçado com fibras de nylon e poliéster), pode ser aplicada em fossos de drenagem e passagem, canais, estrada e, passarelas, entre outros. Duci - Empresa responsável pela produção de nãotecidos com a mais elevada tecnologia e aplicados nos mercados de calçados, limpeza,

higiene pessoal, gráfico, automotivo, construção civil, geotêxtil, hospitalar, filtração, cosmético e moveleiro. Atualmente, a DUCI utiliza os processos spunlaced (hidroentrelaçados) e agulhados na produção dos nãotecidos. Na FINTT, a empresa demostrou o modo como trabalha, como atende o mercado e divulga seus produtos, além de fortalecer sua imagem corporativa e relevância nos segmentos em que atua. Também permite estreitar laços e interagir com clientes atuais e se aproximar daqueles que buscam soluções mais customizadas. Fabril Scavone - A Fabril Scavone atua há mais de 65 anos no setor têxtil, produzindo cobertores, mantas, colchas, edredons e lençóis. Em 1993, a empresa entrou no setor de tecidos técnicos. Em seguida, a Fabril Scavone entrou no mercado de filtração, laminados e, por fim, expandiu sua linha de produtos ao entrar no mercado automobilístico, produzindo revestimentos para a parte interna dos veículos das maiores empresas do segmento. Apresenta na FINNT sua linha de produção para conforto acústico com a marca Fiberblock e a linha de geotêxteis com a marca Fabritech. Ober - Bastante diversificada, a Ober conta com uma ampla gama de produtos, atuando em vários segmentos de mercado. A empresa apresentou na FINTT os 12 seguimentos de mercado nos quais a empresa atua, dentre elas a fabricação de tecnodos técnicos para mercado de filtração, geossintéticos e elementos filtrantes tipo manga.

Hengst é fornecedor do ano de 2016 pela GM

Hengst é a escolha do fornecedor do ano de 2016 pela GM General Motors honra fornecedor pela segunda vez Uma grande honra para a Hengst Filtration: A empresa Hengst, com sede em Münster, é o fornecedor GM do ano pela segunda vez. A General Motors apresentou o fornecedor com sua maior honra para os fornecedores - um dos mais estabelecidos

na indústria automotiva global - em 31 de março em Orlando, Flórida. A gerência de GM foi unânime em sua decisão de distinguir a Hengst entre mais de 20.000 fornecedores. Ainda mais agradável para o fornecedor, este ano é o 25º aniversário do prêmio, que foi aceito por Olaf Ley, diretor do grupo vendas OE Passenger Cars, e Howard Boyer, CEO da Hengst da América do Norte, Inc.


Foto: Divulgação Wega

Wega Motors comemora 15 anos de Brasil

A Wega Motors Brasil está comemorando 15 anos, com forte presença no mercado de reposição da América Latina. A empresa, de origem argentina, é especializada na produção de filtros automotivos, e comercialização de velas de ignição e velas aquecedoras para as linhas leve, pesada, moto e agrícola, com aplicação em veículos nacionais e importados. Com área de 38.000 m² na cidade de Itajaí, Santa Catarina, a unidade agrega a diretoria, as áreas administrativas e de TI, os laboratórios de testes e desenvolvimento além do centro de distribuição e logística. Em São Paulo, o escritório comercial une as áreas comercial, marketing, assistência técnica, treinamento e serviços de suporte ao cliente. Com investimentos constantes em tecnologia de ponta e qualidade, a empresa possui certificação ISO 9001, garantindo que todos os produtos sejam desenvolvidos dentro dos mais rigorosos padrões exigidos.

A Wega destaca-se pela sua pró-atividade no mercado de reposição, acompanhando os lançamentos, disponibilizando rapidamente para o mercado o novo item. Atualmente a empresa possui mais de 1900 itens, com mais de 38 mil aplicações para veículos nacionais e importados. Engajada e afiliada ao programa Descarte Consciente da Abrafiltros, a empresa demonstra sua constante preocupação com o meio ambiente e saúde, produzindo filtros que protejam os motores automotivos e contribuam com a economia de combustível e na redução da emissão dos poluentes na atmosfera. Empenhada em passar informação para o consumidor de forma rápida e precisa, a empresa conta com catálogo on-line, disponível para consulta no www.wegamotors. com, catálogo eletrônico offline e ainda, o aplicativo gratuito para smartphones com sistemas Android e IOs. “Temos a mais completa linha de produtos da América Latina, resultado da nossa constante busca para oferecer ao reparador o que há de melhor em variedade e qualidade. Nosso empenho vai além, com equipes de representantes atuantes em todo território nacional, além de promovermos treinamentos técnicos para os aplicadores por todo o Brasil. Que venham muitos outros anos de sucesso! Estamos preparados!”, declara Cesar Costa, diretor comercial da empresa. alemã, a Wix Filters começou um trabalho de renovação de linha e identidade visual. “Todos os produtos passaram por uma reformulação visual em suas embalagens, adequando-as ao padrão mundial da marca Wix, destacando informações importantes do produto como aplicações e referências cruzadas”. As principais mudanças foram na atualização das cores, layout e identificação dos produtos. Estas foram adotadas com o intuito de transmitir com mais clareza o conceito de performance da nossa marca e facilitar a busca por informações sobre o produto. Foto: Divulgação Wix Filters

Wix Filters Brasil, uma das marcas do grupo Mann+Hummel, esteve presente na 13ª edição da Automec 2017, realizada em abril no São Paulo Expo Imigrantes. No evento, a multinacional levou o seu portfólio de produtos voltados a aplicações em veículos de linha leve, linha pesada e moto. De acordo com André Causs, desenvolvimento de produtos Wix Filters Brasil, a marca Wix teve seu portfólio reestruturado por completo e novos produtos foram agregados com finalidade de atender as mais diversas aplicações e segmentos. “Entre os destaques que integraram recentemente nossa linha de produto, estão os filtros do ar e óleo para motos e também filtros de cabine para as linhas leve e pesada. Com a expertise da Mann+Hummel no setor automotivo, vamos aumentar nossa participação de mercado e trazer ao consumidor os melhores produtos em solução de filtragem”, afirma. Causs ressalta que após a aquisição pela multinacional

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Maio/Junho Meio Filtrante

Wix Filters se consolida no mercado automotivo com a aquisição pela Mann+Hummel


Fundada em abril de 1990, a B&F Dias celebra esse ano 27 anos de operações no país de maneira muito especial com a inauguração da nova sede e centro de tecnologia. Com mais de 3000 plantas fornecidas, a empresa é líder absoluta na América Latina em sistemas de aeração por ar difuso e exportadora de tecnologia para países como EUA, Alemanha e Dubai. A construção da nova sede numa área de 29.000 m2 foi o melhor presente que poderíamos ganhar de aniversário, afirma Manuel Dias, fundador e presidente da empresa. O novo local, projetado e construído com soluções construtivas e tecnológicas de última geração, dispõe de centro de testes de

materiais e performance, complexo administrativo, fábrica, auditório, estação de tratamento de esgoto modelo com reúso e uma vista grandiosa para a área de preservação. Não imaginávamos no começo da década de 90 que teríamos tantas histórias boas para contar em 2017, completa Manuel Dias.

Foto: Divulgação B&F Dias

MERCADO

B&F Dias comemora 27 anos

Maio/Junho Meio Filtrante

Motos reagem em março com 82,9 mil unidades

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Média diária de vendas teria subido com chegada da linha 2017/2017 à rede O mercado de motos costuma ter bom desempenho em março e este ano não foi diferente. Com 82,9 mil unidades, o segmento registrou alta de 37% sobre fevereiro. O crescimento sobre o mês anterior não ocorreu somente pelo maior número de dias úteis. A média diária de emplacamentos subiu 7,4% e passou a 3,6 mil unidades. “É um período favorecido pela chegada à rede dos modelos 2017/2017. Muitos consorciados usaram suas cartas em março para pegar uma moto com ano-modelo atualizado”, afirma o diretor comercial da Honda, Alexandre Cury. No acumulado do ano, porém, as 211 mil motos licenciadas em todo o país resultam no pior primeiro trimestre desde 2004. A queda em relação ao mesmo período de 2016 é de 26,3%. Os números foram divulgados pela Fenabrave, federação que reúne as associações de concessionárias. Embora com retração de 13% em suas vendas, a Honda ainda é a líder com folga e

detém 78,2% do mercado. A participação da Yamaha subiu de 2016 para cá e está em quase 13%. Além das boas vendas dos modelos urbanos de 125 e 150 cc (Factor e Fazer), a fabricante conta também com dois scooters de baixa cilindrada (125 e 160 cc) que responderam juntos por cerca de 40% do segmento neste primeiro trimestre. Os destaques negativos ficam por conta da Dafra e da Suzuki. A primeira teve 2,1 mil unidades emplacadas no período, recuando 49,5% ante o primeiro trimestre de 2016. Da Suzuki foram registradas 2,2 mil unidades, queda de 34,2%. A retração também foi grande para a BMW. Ela permanece na ponta entre as marcas com tradição em alta cilindrada, mas teve menos de 1,4 mil licenciamentos no trimestre e anotou queda de 27,2%. A Harley-Davidson registrou 1,2 mil unidades, cresceu 31,8% sobre o primeiro trimestre de 2016 e voltou ao segundo lugar entre as fabricantes com tradição em motos grandes. Fonte: www.automotivebusiness.com.br


A ABB adquiriu a B&R, maior fornecedor independente de software e soluções de arquitetura aberta para automação fabril e de máquinas em todo o mundo. A B&R, fundada em 1979 por Erwin Bernecker e Josef Rainer, está sediada em Eggelsberg, Áustria, e emprega mais de 3.000 pessoas, incluindo cerca de 1.000 em P&D e engenheiros de aplicativos. Atua em 70 países, gerando vendas de mais de US$ 600 milhões (2015/16) no segmento de mercado de US$ 20 bilhões de automação fabril e de máquinas. A combinação resultará em uma oferta incomparável para clientes de automação industrial, conciliando os produtos inovadores, softwares e soluções de automação fabril e de máquinas da B&R com a oferta da ABB como líder mundial em robótica, automação de processos, digitalização e eletrificação. Por meio dessa aquisição, a ABB expande sua liderança em automação industrial e posiciona-se, de forma exclusiva, para aproveitar as oportunidades de crescimento resultantes da Quarta Revolução Industrial. Além disso, a ABB dá um passo importante na expansão de sua oferta digital, combinando seu portfólio do setor, o ABB Ability, com as sólidas plataformas de software e aplicativos da B&R, além de sua grande base instalada, acesso ao cliente e soluções exclusivas de automação. “A B&R é um diferencial no mundo da automação fabril e de máquinas e esta combinação é uma oportunidade única. Esta transação é um verdadeiro marco para a ABB, uma vez que a B&R complementará o portfólio de soluções em automação da ABB. Esta é uma combinação perfeita e nos torna o único provedor de automação industrial a oferecer aos clientes a completa gama de soluções de software e tecnologia em torno de medição, controle, acionamento, robótica, digitalização e eletrificação”, disse CEO da ABB Ulrich Spiesshofer. “Esta aquisição encaixa de forma perfeita em nossa estratégia Next Level. Com nossa oferta digital exclusiva e nossa base instalada de mais de 70 milhões de dispositivos conectados, 70.000 sistemas de controle e, agora, mais de três milhões de máquinas automatizadas e 27.000 instalações fabris em todo o mundo, nós tornamos nossa base global de clientes apta a aproveitar as enormes oportunidades da Quarta Revolução Industrial.” “Esta combinação oferece oportunidades fantásticas para a B&R, seus clientes e funcionários. Estamos convictos de que a ABB oferece a melhor plataforma

para o próximo capítulo da nossa história. A presença global da ABB com a oferta digital e portfólio complementar será a chave para acelerarmos ainda mais nosso ritmo de inovação e crescimento,”, disse Josef Rainer, cofundador da B&R. “Este é um sinal sólido para nossos funcionários já que nossas operações em Eggelsberg irão se tornar o centro global da ABB para automação fabril e de máquinas”, disse Erwin Bernecker, co-fundador da B&R. “O mais importante para mim é que as empresas e seu pessoal se encaixem tão bem que nosso local de fundação desempenhe esse papel-chave”. Forças complementares: Com a aquisição, a ABB irá expandir sua oferta de automação industrial, integrando os produtos inovadores da B&R em PLC, PCs industriais e de controle de movimento, bem como a sua série de software e soluções. A ABB vai oferecer a seus clientes um portfólio excepcionalmente abrangente de automação e arquitetura aberta. A B&R tem crescido com sucesso com uma receita CAGR de 11% nas últimas duas décadas. As receitas mais do que quintuplicaram desde 2000, superando US$ 600 milhões (2015/16). A empresa possui um rápido crescimento global da clientela de mais de 4.000 fabricantes de máquinas, um histórico comprovado em software de automação e soluções, e experiência inigualável em aplicativos para clientes do segmento de automação de máquinas e fábricas. As carteiras de ambas as empresas são complementares. A ABB é a principal provedora de soluções, atendendo a clientes em concessionárias de serviços, indústria, transporte e infraestrutura. A B&R é a principal fornecedora de soluções para automação de máquinas e fábricas em indústrias de plásticos, embalagens, alimentos e bebidas. O compromisso comum de arquitetura aberta aumenta a flexibilidade e a escolha do cliente, facilitando a conectividade em setores cada vez mais digitalizados. Investimentos substanciais em inovação: A inovação é o coração de ambas as empresas. A B&R investe mais de 10% de suas vendas em P&D e emprega mais de 1.000 pessoas nesta área e na engenharia de aplicativos. A ABB gasta US$ 1,5 bilhão por ano em P&D e emprega cerca de 30.000 tecnólogos e especialistas em engenharia. No futuro, a ABB e a B&R continuarão a investir consideravelmente em P&D.

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Maio/Junho Meio Filtrante

ABB adquire B&R e consolida sua liderança em automação industrial


MERCADO Maio/Junho Meio Filtrante

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Volkswagen do Brasil é movida a energia elétrica 100% limpa Preocupados contantemente com a sustentabilidade a Volkswagen do Brasil é movida com o uso de energia elétrica 100% renovável em suas plantas. Ao renegociar seus contratos de compra de energia elétrica, a empresa incluiu uma cláusula que faz toda diferença: 100% da energia fornecida à Volkswagen do Brasil deve ser limpa, de fontes renováveis, neste caso, provenientes de hidrelétricas. “A decisão de abastecer as fábricas da Volkswagen do Brasil com energia elétrica 100% limpa é uma iniciativa inovadora e que demonstra o compromisso da empresa com a sustentabilidade ambiental. Com essa ação, já registramos um ganho ambiental significativo”, afirmou o diretor de Engenharia de Manufatura da Volkswagen do Brasil, Celso Placeres. Só para imaginar o impacto positivo dos contratos - que acabam de completar seu primeiro aniversário -, é como se a empresa plantasse 166.118 árvores de 2016 a 2018. E o que é energia elétrica limpa? Um exemplo é quando a produção dessa energia não envolve queima de combustíveis (entre os quais carvão e gás), o que causaria a emissão de gás carbônico (CO2), um dos “responsáveis” pelo Efeito Estufa. Com as hidrelétricas, é assim: a energia é gerada pela pressão da água, que move suas turbinas. Além de comprar energia elétrica 100% limpa, a Volkswagen do Brasil tem sua própria PCH Anhanguera (Pequena Central Hidrelétrica), localizada no Estado de São Paulo, com capacidade para gerar cerca de 18% da energia consumida pela empresa. A Volkswagen do Brasil é pioneira a investir na geração de energia limpa, entre as montadoras instaladas no país. Boas ideias em prol da sustentabilidade A Volkswagen do Brasil também aposta em diversas ações criativas de uso de energia renovável em suas fábricas. Conheça alguns exemplos: Elevadores que geram energia: Imagine elevadores capazes de gerar energia elétrica. Sim, eles existem na Volkswagen do Brasil, em áreas produtivas das fábricas Anchieta (em São Bernardo

do Campo - SP), Taubaté (SP) e São José dos Pinhais (PR). Para explicar seu funcionamento, vamos pegar um exemplo da Armação (onde é feita a montagem das carrocerias) da Anchieta; nesta área, os elevadores “transportam” a carroceria. Quando o elevador sobe, gasta energia elétrica normalmente; mas quando desce, o sistema transforma essa energia mecânica em energia elétrica, a qual é lançada na rede da fábrica para uso em outros processos. Rodagem também produz energia: Antes de sair da Montagem Final, os veículos passam pelo teste de rodagem: são acelerados sobre rolos. Nas fábricas Anchieta e de São José dos Pinhais, esse teste é capaz de produzir energia. Como funciona? Os rolos têm um eixo ligado a um motor, que converte a energia mecânica em elétrica, a qual é devolvida à rede da fábrica para uso em outros processos. Restaurante com aquecimento solar: na fábrica de motores da Volkswagen do Brasil, em São Carlos, o restaurante recebeu painéis solares que geram energia para o boiler (equipamento que ajuda a aquecer a água para ser usada na lavagem de louças). Esse sistema, como um todo, é híbrido, pois usa energia solar junto com aquecimento a gás. Volkswagen do Brasil é pioneira do setor a investir em energia limpa Pioneira a investir na geração de energia limpa entre as montadoras instaladas no País, a Volkswagen do Brasil tem sua própria PCH Anhanguera (Pequena Central Hidrelétrica), exemplo de preservação ambiental, desde sua contrução com ações no entorno da obra que contribuíram com a preservação dos animais (principalmente os ameaçados de extinção) e recuperaram a mata nativa, permitindo o perfeito equilíbrio ecológico da região. Cerca de 450 mil árvores foram plantadas para proteger e sombrear o lago que alimenta a usina; dessa forma, foi criado um cinturão verde. O monitoramento da qualidade da água é outra atividade constante.


Máquina movida a energia solar produz água potável • Dispositivo aproveita temperatura elevada de regiões desérticas para funcionar. • Durante testes, o protótipo captou 2,8 litros de água em um período de 12 horas. Falta de água e clima árido é uma combinação comum no sertão do país que prejudica milhares de pessoas. Agora imagine que a temperatura elevada de tais regiões possa ser usada a favor da população. É o que promete um dispositivo criado por pesquisadores do MIT e da Universidade da Califórnia em Berkeley, ambas nos Estados Unidos. A máquina usa a umidade do ar para produzir água, podendo ser aplicada em lugares de clima

desértico ou seco. Para isso, utiliza um material chamado MOF (Sigla em inglês para estrutura metal-orgânica), que foi criado pela própria Universidade da Califórnia há muitos anos. Tanto a criação deste material quanto seu uso para a máquina vem de estudos liderados pelo pesquisador Omar Yaghi, que chama a invenção de “água personalizada”. Segundo ele, “este é um grande avanço no antigo desafio de colher água do ar mesmo com baixa umidade”. Durante testes, realizado no telhado no MIT, o protótipo captou 2,8 litros de água em um período de 12 horas, usando somente um quilograma de MOF. Fonte: Ciclo Vivo

Fábrica de Pindamonhangaba passou por ampliação de capacidade A Total Lubrificantes do Brasil finalizou investimentos de cerca de R$ 10 milhões em melhorias na sua fábrica de Pindamonhangaba, no interior de São Paulo. O valor aplicado desde o ano passado foi destinado à modernização de parte dos equipamentos e da infraestrutura da empresa, para ampliar a capacidade de produção da unidade. “Sempre investimos no país e vamos continuar investindo, pois acreditamos no Brasil e não poupamos esforços para alinhar o nosso parque industrial com as mais recentes tecnologias e com as necessidades do mercado. É em momentos de crise que precisamos aproveitar as oportunidades para crescer”, garante o diretor-geral da Total Lubrificantes, Olivier Bellion. Desde 2015, a companhia investiu na substituição dos tanques compartimentados utilizados na fabricação de óleos lubrificantes, que armazenam 140 mil litros cada. Foi incorporado aos equipamentos um sistema integrado de dosagem automática, que possibilita a produção diretamente na mistura, com maior agilidade. A fábrica conta

hoje com 34 tanques que têm capacidade total de 3,5 milhões de litros – antes disso eram 23 que, somados, comportavam 2,9 milhões de litros. O setor de envase ganhou uma nova máquina rotativa de 12 bicos para embalagens de 1 litro de óleo, com capacidade de produção de 12 mil frascos por hora. O equipamento tem sistema automático de controle de peso, por célula de carga individual para cada bico, e de rejeito para frascos fora do peso e sem tampa, além de outras funcionalidades como rotulagem, selagem das tampas, montagem de caixas e encaixotamento automático. Após os investimentos, a Total tem agora cinco máquinas na planta, somando capacidade anual para envasar 65 milhões de litros, ante 45 milhões de litros antes. As impressoras também foram trocadas por novas que utilizam tecnologia laser e não necessitam de insumos, como tinta e solvente. “Desta forma os custos de manutenção da Total serão menores. Mas a medida também garante maior segurança em relação aos dados impressos em nossas embalagens, evitando eventuais adulterações”, destaca o executivo. Fonte: Automotive Business

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Maio/Junho Meio Filtrante

Total Lubrificantes investe R$ 10 milhões no país


ESPECIAL Maio/Junho Meio Filtrante

Carla Legner

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Novidades Expomafe 2017

setor de máquinas-ferramenta e automação industrial tem um novo ponto de encontro para a fomentação de negócios e divulgação de lançamentos e tendências, a Expomafe. A feira, iniciativa da ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) e entidades apoiadoras, surge como evento oficial do segmento, desde sua primeira edição, já passou a fazer parte do calendário mundial do setor de máquinas-ferramenta. O intuito do encontro é reunir as principais marcas de máquinas-ferramenta e apresentar as mais recentes novidades tecnológicas em centros de usinagem, tornos, retificadoras, prensas, serras, mandrilhadoras e outros equipamentos, além de oferecer um ambiente propulsor de negócios, parcerias e relacionamentos. A Expomafe será realizada de 9 a 13 de maio de 2017 no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center e terá uma ampla programação de conteúdo avançado com palestras e eventos paralelos sobre interação de produção, Indústria 4.0 e muitas informações técnicas sobre o setor para a atualização dos visitantes: profissionais, representantes comerciais e estudantes das áreas de Engenharia, Industrial, Manutenção, Produção, Qualidade, Manufatura e outras. “As feiras de negócios ganharam grande peso no mercado brasileiro e estar presente não significa apenas expor nossos produtos, mas também conhecer a concorrência, acompanhar as novidades e tendências do setor, além de relacionar a nossa marca com o tipo de tecnologia que está sendo exposta”, destaca Valéria Marques Lopes, representante

da SMC Pneumáticos do Brasil. O evento também contará com um estande temático com o objetivo de mostrar aos visitantes da feira, sejam eles especialistas ou não da área da manufatura, a importância das máquinas-ferramenta. Quase todos os produtos que fazem parte do cotidiano das pessoas, como canetas e lápis, veículos, equipamentos médicos, aparelhos etc, tiveram em sua produção o uso de pelo menos uma máquinas-ferramenta, o que faz desse setor peça fundamental da indústria. Tradicional nos eventos coordenados pela Câmara Setorial de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura (CSMF) da ABIMAQ o estande passa a integrar também a Expomafe. Uma das principais características do espaço é a escolha de um segmento da indústria a cada edição. Em anos anteriores, por exemplo, os temas foram meios de transporte, aeronáutica, qualidade de vida, educação profissional, entre outros.

Cenário atual

A Economia, e consequentemente o mercado industrial, continua bastante instável, porém já é possível notar uma retomada de investimento em alguns setores. Em 2016 a produção industrial começou a dar sinais de recuperação, de acordo com o IBGE, em dezembro houve um crescimento de 2,3%. Dez estados, dos 14 pesquisados tiveram aumento, com destaque para o Ceará com crescimento de 12,4%, em seguida Rio Grande do Sul com 6,3%. Espirito Santo cresceu 5,1%, região nordeste 4,9% e Santa Catarina com 3,6%. Para Fabio Narahara, diretor de marketing para a América Latina de Tecnologias


Foto: Divulgação SMC

das as indústrias é aumento da produtividade e diminuição dos custos, o que levaremos para a feira, vai muito de encontro a esta demanda, alinhada a situação atual da economia, pois vamos mostrar na prática as soluções SMC voltadas para economia de energia”, completa. Diante de um cenário positivo e embora essa melhora não deva ser momentânea, as empresas precisam ter um cuidado especial para recuperar o folego estrutural e financeiro, pensando no que pode ainda acontecer no decorrer do ano, principalmente o aumento da demanda de ser-

Série ID - Secador Adsorção

Foto: Divulgação SMC

e Serviços de Compressão da Ingersoll Rand, o ano de 2016 foi desafiador e serviu para prepararmos a empresa para acompanhar a retomada. Segundo a CNI – Confederação Nacional da Indústria, o índice de confiança do empresariado industrial alcançou o maior nível desde janeiro de 2014. Os indicadores da indústria deixaram de cair, mas para ele isso ainda não significa uma recuperação sustentada. A empresa está trabalhando em metas para crescer de forma significativa nesse ano e estar devidamente estruturados para que isso aconteça. “Acreditamos que a Expomafe é a feira mais relevante para o setor industrial e não poderíamos deixar de aproveitar essa oportunidade para promovermos nossa marca, lançarmos novos produtos e criar oportunidades de negócios. Esse é um evento que utilizamos para reforçar a presença da Ingersoll Rand no Brasil e de estreitar relacionamento com todos os clientes que nos visitam ao longo desses cinco dias de evento”, ressalta Fabio. Valéria destaca ainda que o mercado está em constante crescimento e a empresa acredita que a busca por inovações e tecnologia se mantem, mesmo em meio à situação econômica, que não está favorável. “Hoje a busca de to-

Série IDG - Secador Membrana


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Atenta à necessidade de cada vez se fazer mais com menos, a SMC apresentará na feira as Soluções Energy Saving, que visam à eliminação de desperdícios e redução do custo com energia elétrica. Esses processos são de cunho global, e contribuem também para o aumento da vida útil dos equipamentos, redução dos índices de manutenção corretiva e, consequentemente, maior disponibilidade dos equipamentos, ampliando a produtividade com menor investimento. De acordo com Valéria, as soluções Energy Saving permeiam todas as atividades da SMC. É a base, por exemplo, do desenvolvimento de novos produtos, cada vez mais eficientes e econômicos. A empresa também conta com uma equipe de especialistas para avaliar o sistema de ar comprimido dos clientes, incluindo geração, distribuição e ponto de uso, para garantir a máxima eficiência do sistema. Foto: Divulgação SMC

Maio/Junho Meio Filtrante

ESPECIAL

Novidades

Série PF2 - Medidor de Vazão

A SMC leva este conceito também para as instituições de ensino, como uma iniciativa para colaborar com a mudança de cultura e trazer aos futuros profissionais, antes que ingresse no mercado, a preocupação com desperdícios e eficiência. “Todos os nossos profissionais estão comprometidos em utilizar as soluções Energy Saving no dia a dia, junto aos clientes, reforçando, dessa forma, a parceria da SMC em contribuir para que alcancem os melhores resultados, ao mesmo tempo em que preservamos o meio ambiente”, explica Valéria. Fabio da Ingersoll Rand conta que para essa edição da Expomafe, a empresa fará o pré-lançamento para a América Latina do novo compressor Série RS 200-250kW Nova Geração, o produto já foi lançado oficialmente na Feira de Hannover, na Alemanha no mês passado e trouxe bons resultados. O diferencial do novo compressor é maior eficiência e melhor qualidade no desempenho. Foto: Divulgação Ingersoll Rand/ARO

viço, mas sempre lembrando que o processo será feito de forma gradativa. “Mesmo com a atual situação política/econômica do país, as vendas este ano estão melhores se comparadas ao ano passado, mesmo período, e acreditamos que faremos mais uma vez uma boa feira e grandes expectativas após a mesma. Apesar da instabilidade do mercado, estamos acreditando que no segundo semestre teremos uma melhora expressiva, como um todo”, completa Luciana Ornelas, representante da Kaeser.

Controlador ARO

“Acreditamos que a Expomafe é a feira mais relevante para o setor industrial e não poderíamos deixar de aproveitar essa oportunidade para promovermos nossa marca, lançarmos novos produtos e criar oportunidades de negócios. Esse é um evento que utilizamos para reforçar a presença da Ingersoll Rand no Brasil e de estreitar relacionamento com todos os clientes que nos visitam ao longo desses cinco dias de evento”, destaca o diretor. Responsável pela divisão de bombas da Ingersoll Rand para a América Latina, a ARO irá


Foto: Divulgação Ingersoll Rand/ARO

apresentar na feira um veículo elétrico, uma espécie de controlador equipado com algumas bombas da linha de produtos já existentes. O mesmo pode ser utilizado como uma unidade móvel de lubrificação e/ou transferência de fluidos em grandes plantas. Na Bomba de diafragma de 2’’ é utilizado para transferência de sólidos. Cristian Drewes, diretor de vendas da ARO, explica que para a Bomba sanitária ‘FDA’ é utilizado como acionamento eletrônico. Isso permite conexão da bomba ao controlador ARO ou a um PLC, gerando o controle e a eficiência em plantas alimentícias, farmacêuticas ou cosméticas. Nos Diafragmas ‘one piece’, diafragmas de teflon e back up unidos numa peça só, acabou a necessidade do prato, parafusos e vedações do lado do fluido, com isso foram eliminados vários pontos que exigiam limpeza- MF66.pdf frequente, portanto aumentado o tempo LAFFI - SYNDER 1 18/12/2013 17:23:43

Bomba FDA ARO

entre as limpezas. Neste caso, o novo produto foi especialmente projetado para reduzir o tempo e facilitar a limpeza da bomba, principalmente em aplicações sanitárias. Por fim, no Diafragma de teflon de longa vida, permite praticamente o dobro de vida em relação ao diafragma de teflon convencional. As bombas de diafragma e de pistão têm uma enorme flexibilidade e podem ser utilizadas

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em inúmeros segmentos industriais e em diversas aplicações tais como: transferência, pintura, extrusão, dosagem, lubrificação, entre outros. Vale ressaltar ainda que o novo controlador pode ser acionando, simultaneamente, em duas bombas eletrônicas. Além de expor ao mercado as principais novidades e lançamentos de bombas e componentes de automação pneumática. A ARO fará a exposição de produtos e serviços no stand da Ingersoll Rand e apresentações diárias, em uma área reservada do pavilhão, com diversos temas relacionados à tecnologia de bombeamento e automação industrial. De acordo com Cristian essa é uma maneira de atrair bastante o interesse do público. “Devido a nossa possibilidade de atuar em diversos setores industriais, temos a possibilidade de equilibrar melhor a sazonalidade desses diferentes setores e, por esse motivo, seguimos acreditando em um crescimento moderado para a nossa linha de produtos”, completa o diretor. A Kaeser, empresa especializada no segmento de fornecimento de ar, seja ele de alta ou baixa pressão, fornece produtos e serviços para todos os segmentos que se beneficiam do ar comprimido, como indústrias, estações de tratamento de água e esgoto, locadores de equipamentos para a construção civil, etc. Para essa edição da feira, além de divulgar a marca da empresa, pretende levar ao público visitante a tecnologia e a qualidade de seus produtos.

Foto: Divulgação Kaeser

Foto: Divulgação Ingersoll Rand

Maio/Junho Meio Filtrante

ESPECIAL

Compressor Ingersoll

Uma das novidades apresentada pela empresa será um produto para controle inteligente. O Sigma Air Manager 4.0 (SAM 4.0) oferece monitoramento e controle eficiente de todos os componentes do sistema de sopradores. O novo equipamento forma o núcleo de um sistema de sopradores, sendo a tecnologia chave para acessar os serviços que a Indústria 4.0 tem a oferecer. Por ser o cérebro central, ele controla várias máquinas com a máxima eficiência e corresponde precisamente com o perfil de vazão de ar necessário. Em poucos segundos o controle analisa os dados operacionais, simula as respostas possíveis e seleciona a alternativa mais eficiente, resultando em um novo nível de eficiência energética.

Controlador Inteligente SAM 4.0 Kaeser

O SAM 4.0 pode se comunicar em 30 idiomas, sua tela tátil de 12 polegadas mostra se o sistema está operando dentro da perspectiva de gerenciamento de energia. Com ele é possível exibir e analisar dados de pressão, vazão de ar, desempenho, mensagens de manutenção e quaisquer mensagens de falha, passadas ou presentes com a maior facilidade e não apenas no sistema de sopradores. A rede de Internet oferece a comodidade de trabalhar com os dados num PC em seu escritório ou onde você desejar. Contato das empresas: Ingersoll Rand: www.ingersollrand.com.br Kaeser: www.kaeser.com.br SMC Pneumáticos: www.smcbr.com.br


ONDE TEM ESTE SELO, TEM TROCA DE FILTRO E AMBIENTE LIMPO. DO DO A T S E O N AGORA ANTO

ArteplenA

OS ESPÍRIT

Os fabricantes, importadores e distribuidores de Filtros do Óleo Lubrificante Automotivo estão promovendo o descarte dos filtros usados, de forma

correta e consciente.

Em sintonia com todos os avanços em busca da sustentabilidade, a Abrafiltros, associação que reúne os fabricantes, importadores e distribuidores de filtros automotivos, está coordenando a implantação de um eficiente programa-piloto de Logística Reversa em pontos de coleta nos estados de São Paulo, Paraná e Espírito Santo, onde os filtros do óleo usados são periodicamente retirados por empresa credenciada que faz a destinação correta do descarte.


ESPECIAL Maio/Junho Meio Filtrante

S

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Linha LTA da Erwin Junker

erá realizado de 20 a 24 de junho de 2017 em São Paulo na Expo Center Norte, a 16° edição da Feimafe 2017. O evento é uma das principais feiras com foco em Máquinas-Ferramenta e Controle de Qualidade na América Latina. Para esse ano, a exposição contará 1.400 marcas nacionais e internacionais, a previsão é que 70 mil visitantes e compradores passem pelos 75.000 m² disponibilizados para a feira. Considerada referência no segmento, os expositores podem apresentar produtos, serviços e soluções para atender as necessidades dos visitantes, fornecedores e clientes. Será uma ótima oportunidade de networking, troca de ideias, apresentação de novas tecnologias e inovações, além de gerar oportunidade de novos negócios. De acordo com o diretor-presidente da Trumpf do Brasil, João Carlos Visetti, é um prestígio atuar como key partner do evento, graças à sua tradição e influência no setor industrial. “Somos expositores da Feimafe desde as primeiras edições e acreditamos na sua atratividade e potencial para a reali-

zação de negócios”, comenta Visetti. O evento reúne as principais empresas do setor e proporciona um ambiente adequado para o relacionamento comercial, demonstrações e lançamentos de produtos. São expositores de diversos segmentos expondo e garantindo inovação e qualidade do evento através de tendências e novas tecnologias ao mercado. Dirk Huber, diretor da Erwin Junker Máquinas destaca que a Feimafe é a feira mais importante na América Latina, e a importância da participação da empresa é muito grande, temos visitas de toda América Latina e também porque a economia brasileira esta voltando. “Com o evento, pretendemos aumentar o faturamento em torno de 20 a 25 % em relação a 2016”, enfatiza Dirk. Como parte da programação de conteúdo e inovação do evento, a feira também terá a reedição da Ilha da Soldagem, uma área dedicada ao que há de mais moderno em tecnologia de soldagem e de corte. Neste ano, além de contar com a participação dos grandes players da indústria de máquinas e produtos consumíveis para soldagem, terá também a parceria do Instituto Mauá de Tecnologia.

Foto: Divulgação Erwin Junker

Foto: Divulgação Erwin Junker

Carla Legner

Antecipando os lançamentos da Feimafe 2017

AC 3001 Eletrost da Erwin Junker


Lançamentos e novidades

O Grupo Junker vai apresentar em seu stand, uma máquina especialmente confeccionada para produzir peças de pequenas e médias dimensões, em média ou longa escala, a Zema Numerika G800 Plus, uma retificadora cilíndrica externa CNC, ideal para aplicação de novos conceitos de usinagem do eixo turbo compressor. O novo modelo, assim como outros itens da Série Numerika G, podem ser equipados com manipulador de peças de alta produção “HP” (que são personalizados conforme tipo da peça), destinados à carga e descarga automáticas, e sistema de pallets que garantem autonomia à produção sem necessidade permanente de um operador. Possui unidade de comando CNC FANUC 0i, 30i ou Siemens 840 DI. A retificadora fornece alto nível de automação com integração em célula de produção, monitoramento em processo e pós-processo, flexibilidade para atender inúmeras peças, rápido set-up e elevado MTBF (Mean Time Between Failures) e registro histórico de falhas e anomalias através de alarmes. A tecnologia aplicada a partir de carros longitudinal e transversal com guias hidrostáticas fornece alta

precisão de posicionamento, cabeçotes porta-rebolo com movimentos X e Z, obtidos através de guias hidrostáticas pré-carregadas, movimentos por fusos de esferas recirculantes de alta precisão, servo comandadas através de motores BrushLess com Sistema de Medição Absoluto e interpolação Linear e Circular dos eixos possibilitando a execução de qualquer perfil. A Trumpf, outra expositora confirmada na feira, trará várias novidades. A TruMatic 1000 fiber, destaque principal da empresa, vem com um novo conceito de adaptação a partir da puncionadeira TruPunch 1000. O produto é ideal para componentes que exigem formas geométricas como roscas, furos escareados ou venezianas, além de contornos complexos em que a qualidade do corte laser é solicitada. A velocidade de corte do laser de 3kW combinado à capacidade de puncionamento de diversas geometrias é capaz de eliminar possíveis processos secundários. As máquinas trabalhando juntas ainda oferecem sistema de automação similar às puncionadeiras, como carregamento de chapas, separação de peças pequenas e descarregamento de peças com microjuntas. Outro item em exposição será a nova TruLaser 3030 fiber de 6kW, que garante uma

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ESPECIAL

Foto: Divulgação Trumpf

Tru laser da Trumpf

20 Foto: Divulgação Trumpf

Maio/Junho Meio Filtrante

ótima qualidade de corte e fácil remoção de peças com espessuras de até 25mm para aço carbono, aço inoxidável e alumínio, utilizando as funções BrightLine fiber e CoolLine. Além disso, o laser de estado sólido TruDisk permite o corte de metais não ferrosos como cobre e latão. Outros opcionais são o smart colision prevention, que calcula e evita possíveis colisões com o levantamento de peças, e o automatic nozzle changer ou “troca de bico automática”. Será apresentando também ao mercado, TruBend 5130, com 130t, 3m de comprimento de dobra e 4 eixos (R, X, Z1/Z2, além do quinto eixo “I” com deslocamento da mesa para amassamento). A máquina inclui um painel multi-touch para programação e acompanhamento de produção e monitor adicional para visualização de desenhos. O conceito de operação é simples e intuitivo. O operador da máquina pode programar peças com o auxílio da visualização 2D e 3D. Uma grande variedade de peças pode ser dobrada devido à estrutura em C da máquina, que garante um ótimo espaço para dobra e boa estabilidade. Além disso, a tecnologia de 4 cilindros, junto com o sistema CNC de cunhas, acionado por um servo-motor, minimizam a flecha de peças grandes. A empresa também irá apresentar o sistema de automação LiftMaster Compact para o carregamento e descarregamento de chapas.

Lift Master da Trumpf

Por fim, pensando em garantir ainda mais a alta produtividade e com ângulos de dobra exatos desde a primeira peça, a Trumpf disponibiliza na TruBend série 5000 o controle de ângulo automático (Automatically Controlled Bending, ACB), com medição óptica – ACB laser ou medição através de sensores e transmissão wireless, essa máquina atende todos os requisitos de ergonomia e segurança do operador. A Erwin, representante da Junker no Brasil, apresentará novos processos, como usinagem de eixo de caminho traseiro, cilindro de laminação, novos conceitos de programação e novos modelos de filtros e exaustores de nevoas. De acordo com Dirk, essas novidades podem ser aplicadas em diversos segmentos, entre eles, montadoras, fornecedores, ferramentas, ferramentarias, etc. Para ele existe bastante movimentação de mercado e grande procura por novos equipamentos e serviços. No ano passado, mesmo com a economia ainda instável, a produção industrial começou a dar sinais de recuperação em alguns setores, em dezembro do ano passado houve um crescimento de 2,3%. De acordo com a pesquisa feita pelo IBGE, o Ceará (12,4%), Rio Grande do Sul (6,3%), Espirito Santo (5,15%), região Nordeste (4,9%) e Santa Catarina (3,6) tiveram crescimento acima da média da indústria. Contato das empresas: Erwin Junker: www.junker-group.com Trumpf do Brasil: www.trumpf.com

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JULHO/AGOSTO

Membranas Filtrantes Filtros ecologicos para mercado automotivo Nanofibras para o mercado de filtros Filtros hidráulicos Análises laboratoriais e os sistemas de filtragem Filtros de cabine e benefícios para saúde Feiras em destaque:

MECSHOW - 13 a 16 de Julho, FENASUCRO - 22 a 25 de Agosto

NOV/DEZ

SETEMBRO/OUT

Pautas 2017

A Revista MEIO FILTRANTE possui uma pauta diversificada focando sua linha editorial nas novidades e acontecimentos atuais do mercado, atencipando as informações mais relevantes aos usuários e “players” do segmento de filtração, separação, tratamento de água e meio ambiente.

Antecipando as novidades da Fenasan Correta manutenção dos veículos de passeio – Filtros Adsorção por carvão ativado Desmineralizadores de água Filtros na industria alimentícia e de bebidas Feiras em destaque:

FEBRAVA – 12 a 15 de Setembro, FEITINTAS – 12 a 15 de Setembro, AUTONOR - 13 a 16 de Setembro, FENASAN – 02 a 06 de Outubro

O que há de novo em filtração residencial Filtros de banda e suas aplicações Filtros tipo leito Análise do ano e perspectivas para 2018 no mercado de filtro

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Nota: As pautas acima poderão sofrer alterações, serem postergadas ou canceladas sem prévio aviso


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D

e acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a produção total de petróleo e gás no país em fevereiro foi de 3,346 milhões de barris de óleo por dia (boe/d). No caso do petróleo, sua produção atingiu 2,676 milhões de barris por dia (bbl/d), gerando um crescimento de 14,6% em relação ao mesmo período em 2016, mas a comparação com o mês de janeiro houve queda de 0,4%. Já a produção de gás natural foi de 106,6 milhões de metros cúbicos por dia, alta de 9,2% em relação ao mesmo mês do ano passado e queda de 3% em relação ao mês anterior. Paralelo a esse cenário, a nona edição da Brasil Offshore, feira que é referência no setor de petróleo e gás, visa aquecer ainda mais esse mercado. Este ano, o evento será realizado na Bacia de Campos, em Macaé, de 20 a 23 de junho. Segundo a organização, a expectativa é que 550 empresas, de áreas como manutenção, automação, produção e exploração, façam negócios durante a feira, com participação de 52 mil compradores e visitantes. A edição de 2017 terá um pavilhão de 40.000m², e contará com a presença de diversas empresas do mercado nacional e internacional oferecendo soluções, tecnologias e equipamentos para toda a cadeia offshore. Em um momento de mudanças econômicas, a feira é uma excelente oportunidade para estar em contato com empresas e compradores dos diversos segmentos do setor, possibilitando planejar as estratégias de investimentos. “A feira em Macaé tem sido uma ótima oportunidade para divulgação de novos

produtos e serviços, bem como aumentar networking com os clientes, o cliente tem a chance de ver de perto nossos produtos, analisar a qualidade e tirar dúvidas pessoalmente. Além da participação das empresas, há uma grande participação de estudantes que se mostram bastante interessados em saber como as coisas funcionam”, ressalta Dina Diamand, representante Tecflux, distribuidora da Swagelok no Brasil. Foto: Divulgação Swagelok/Tecflux

ESPECIAL Maio/Junho Meio Filtrante

Carla Legner

Novidades no mercado Offshore

Unidade portátil para pressurização de líquidos

Com a recuperação do preço do petróleo no país, para 2017, diversas multinacionais já anunciaram que irão retomar os programas de investimentos na perfuração de poços marítimos na costa brasileira, desta forma além do networking e o contato direto com fornecedores e produtos, para essa edição, outros fatores serão decisivos para que expositores e compradores fechem negócios. Entre eles, estão a Lei 13.365/2016 – que amplia a participação das operadoras na exploração das áreas do pré-sal - e o retorno de empresas estrangeiras ao Brasil.

Principais novidades

O objetivo da Teknofil está em auxiliar os clientes em relação à necessidade de tratamento de fluidos. Nesta missão incluem


Brasil Offshore

Data: 20 a 23 de junho Local: Bacia de Campos - Macaé - RJ Setores: Automação e instrumentação industrial; Companhia de petróleo; Construtoras e engenharias; Drilling; Fabricação de equipamentos e ferramentas; Geologia de petróleo; Manutenção industrial; Operadoras; Petroquímica, química e refino; Serviços, consultorias, instituições e associações; SMS; Subsea; Tecnologia da Informação; Transporte, distribuição e logística offshore e onshore.

é muito importante. Ai circulam players de diferentes partes do mundo e de diferentes interesses, por exemplo, troca de informações, novas tecnologias, oportunidades de negócios, etc”, destaca Sergio Roberto da Cruz, engenheiro da Teknofil. De acordo com Dina, a Tecflux vem expondo seus produtos e serviços há mais de 8 edições da feira Offshore, em 2017 será apresentado dois novos produtos: Unidade Móvel e Unidade Portátil para pressurização de líquidos. São utilizadas no acionamento de dispositivos hidráulicos, execução de testes hidrostáticos e de ruptura em tubulações, válvulas, conexões, mangueiras, vasos de pressão, entre outros. Composto, principalmente, por uma bomba hidropneumática, um tanque para armazenar o fluido de trabalho, uma válvula de alívio e manômetro, o sistema pode atingir até 50.000 psig e vazão de 0,50 litros por minuto no caso da unidade móvel e 15.000 psig e vazão de 0,30 litros por minuto na unidade portátil. Possuem duas saídas de pressão para trabalhos de até 50.000 psig, bloqueadas individualmente, possibilitando operações simultâneas. O acionamento da bomba é realizado em ambos os produtos por meio de ar comprimido com pressão de 1 a 8 bar, dispensando desta forma a alimentação elétrica. A montagem, em ambas as peças, é feita através de conexões e tubos de alta pressão (60.000 psig na unidade móvel e 20.000 psig na portátil) e sistema de cone e rosca, proporcionam maior segurança e confiabilidade às operações. A Vibropac, uma das empresas pioneiras neste evento, esteve presente desde a sua primeira edição, trará como novidade as Bombas de Fusos e Multifásicas Leitztritz. Um produto utilizado globalmente na indústria de petróleo e gás e para o tratamento de petróleo bruto, emulsões, fluidos com alto conteúdo de gás, bem como produtos líquidos intermediários e finais. “Esta série de bombas, desenvolvida pela

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Maio/Junho Meio Filtrante

equipamentos de filtração, filtros e elementos filtrantes, além de óleos e aditivos. Para este ano a empresa apresentará alguns novos produtos, destacando o Extra Power. Trata-se de um otimizador para combustível diesel e biodiesel de alta tecnologia, o qual foi especialmente desenvolvido para solucionar os problemas de contaminação por umidade e proliferação de microrganismos nos tanques de armazenamento. A aplicação contínua de Extra Power no óleo diesel e uma boa gestão de armazenagem, evita a contaminação e degradação do combustível em tanques fixos e móveis, melhorando a estabilidade do óleo diesel armazenado e empregado. Pode ser aplicado em diferentes segmentos como motores a combustão diesel, geradores, motores, etc. A água presente nos tanques de armazenamento de óleo diesel leva ao desenvolvimento e a multiplicação de microrganismos (bactérias, fungos e leveduras) que se alimentam do diesel gerando um material com o aspecto de lama. O produto age diretamente nas partículas de água que se formam nas paredes dos tanques, provenientes do processo de condensação da umidade, onde se inicia a contaminação. Um litro do Extra Power trata até 4000 litros de combustível. “Estar presente num evento desta relevância


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Leistritz, foi incluída dentro do portfólio de produtos da empresa pela sua versatilidade em aplicações notadamente em Refinarias de Óleo, Construção Naval, Indústria Química, Geração de Energia e Sistemas de Óleo. Conforme o tipo de produto a ser bombeado, a Leistritz oferece soluções personalizadas para quase todos os tipo de aplicações na indústria de petróleo e gás.” explica Sidney Coldibelli, representante da Vibropac. Para este ano, a Air Liquide também lançará duas novidades: a Unidade Geradora de Nitrogênio – Membrana (UGN); e um equipamento de produção de gelo seco embarcada para serviços de Cleanblast. No caso das Membranas, são para serviços em plataformas e paradas de manutenção, bem como inertização de linhas. O Cleanblast, por sua vez, tem seu principal uso em serviços de manutenção embarcados. Pensando no potencial do evento, a empresa também pretende enfatizar ainda mais sua linha de produtos diferenciados, como ALTOP, Smartop, quadros e ISOs DNV, produtos certificados, entre outros.

Mercado e expectativas

A expectativa do mercado de óleo e gás é de reaquecimento da indústria, desta forma, o setor vê como uma questão estratégica a retomada dos negócios e investimentos, e eventos como a feira podem alavancar ainda mais esses

Foto: Divulgação Swagelok/Tecflux

Foto: Divulgação Vibropac

Maio/Junho Meio Filtrante

ESPECIAL

Bomba da Vibropac

processos. Com uma realidade macroeconômica de retomada, existe uma movimentação bastante otimista e favorável para que haja o investimento certo e certeiro no segmento. Existem diversos movimentos que podem geram novas oportunidades para o setor, algumas mudanças como a recente sanção da Lei 13.365/2016, permite a exploração nas áreas de pré-sal por outras operadoras além da Petrobras, assim como a provável adesão do regime de concessão são fatos que vão trazer novas perspectivas desde a exploração ao preço do barril do petróleo. O Brasil é um dos países mais cobiçados do mundo para investimento em petróleo com uma produção diária de 30 mil barris e de maneira geral, as empresas visam expectativas de crescimento e, aos poucos, volta do mercado como um todo. Para Dina levará algum tempo, mas estão se mantendo positivos, aumentando o leque de serviços para atender ao máximo as necessidades dos clientes. “Apesar do momento difícil que a economia do país atravessa, notadamente no setor de óleo e gás, a Vibropac está bastante otimista sobre o futuro do país e acredita que a economia já está se recuperando e deva melhorar ainda no ano de 2018”, destaca Sidney. Para ele o mercado está dando sinais de recuperação. As notícias

Unidade móvel para pressurização de líquidos


Foto: Divulgação Air Liquide

são alvissareiras e a movimentação nos leva a crer que o pior já passou. Apesar do mercado ainda recessivo em função do preço do barril e da Lava Jato, para José Antônio dos Reis da Cunha, gerente BU Naval e Offshore da Air Liquide, a empresa tem focado no apoio aos usuários de gases, levando produtos e serviços que agreguem valor, gerando redução de custos e otimização dos processos. Visa um cenário mais otimista que ano passado e com algumas expectativas que devem se materializar ao longo deste ano e em 2018. “Não podemos negar que estamos sofrendo, como todos, os impactos da crise econômica e política que o Brasil vive. Somos parte desse todo. Acreditamos, no entanto, na máxima de que crise é igual a problemas mais oportunidades. Trabalhamos para minimizar os impactos dos problemas, naturalmente, mas com um olhar atento às oportunidades. Estamos

Unidade Geradora de Nitrogênio da Air Liquide

otimistas e acreditamos que ainda haverá uma boa reação do mercado como um todo”, completa Sergio Roberto da Cruz. Contato das empresas: Air Liquide: www.airliquide.com Swagelok/Tecflux: www.swagelok.com.br Teknofil: www.teknofil.com.br Vibropac: www.vibropac.com.br


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Foto: www.pixabay.com

MEIO AMBIENTE Maio/Junho Meio Filtrante

Andressa de Oliveira Melo Maciel; Carolina Barreto Nascimento; Gustavo Ribeiro de Almeida; Herica Tiepolo Lee; Karina Boratino de Araújo; Larissa Lika Naruse e Prof. Dr. Fábio Campos

I

Gestão de resíduos sólidos em navios de cruzeiro

dentifica-se o crescente desenvolvimento do turismo marítimo no Brasil que, visando a atender às demandas, aumenta o número de navios de cruzeiro em circulação e a frequência de viagens. Consequentemente, as ameaças devido à geração de resíduos dos navios se tornam mais agravantes nos aspectos ambientais, como a poluição das águas oceânicas, caso decorra ao mau gerenciamento dos mesmos. Dessa forma, este estudo possuiu como principal finalidade compreender como é realizada a logística para o gerenciamento de resíduos sólidos em navios de cruzeiro, com foco na análise dos resíduos secos.

De acordo com o IPEA (2012), a situação do gerenciamento dos resíduos sólidos ainda não está totalmente regulamentada, estando em elaboração desde 2011 um Programa de Conformidade do Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos nos Portos Marítimos Brasileiros, sob a responsabilidade do órgão IVIG (Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais), cujo principal objetivo é a criação de um sistema de coleta seletiva, a ser implantado em todos os portos brasileiros de maneira eficiente. Os navios de cruzeiro, devido suas opções de lazer, porte, qualidade e conforto, podem ser considerado, segundo Amaral (2006),


Estudos apresentados pelo Caderno Virtual de Turismos em 2004 mostraram o crescimento da demanda por lazer nos últimos anos, entre eles o aumento das viagens de cruzeiro, com 223 cruzeiros realizando o transporte de 6 milhões de pessoas no período estudado. A circulação de cruzeiros também gera uma grande movimentação na economia do país, sendo essa uma das razões para esse crescimento (SAAB e RIBEIRO, 2004). A definição para cruzeiro marítimo, também chamado de navio de passageiro, como citado por Brito (2006), não se refere somente ao navio para transporte, mas à própria viagem, oferecendo uma diversidade de atrações (culturais, históricas e paisagísticas) para o passageiro de forma a entretê-lo durante determinado período de tempo. Para uma viagem de navio ser considerada um cruzeiro marítimo, a mesma deve ter pelo menos

Gerenciamento dos resíduos nos navios de cruzeiro Armadoras do Porto de Santos

O terminal CONCAIS, no porto de Santos, São Paulo, recebe diferentes armadoras ao decorrer da temporada de cruzeiros, a qual se inicia no começo de novembro e vai até meados de abril do ano seguinte. Dentre as armadoras que operam no porto, destacamos: MSC, PULMANTUR, COSTA e ROYAL CARIBBEAN (esta última encerrando na temporada de 2015/2016 suas operações no porto de Santos). De acordo com os dados fornecidos pelo terminal CONCAIS, apresentados na Figura 1, é possível observar que houve um aumento exponencial de navios de cruzeiro que partiram do porto de Santos desde os anos 2000 até 2011, tendo uma queda nos anos posteriores, devido à diminuição da oferta de transatlân27

Figura 1 – Fluxo de Navios no Porto de Santos

Maio/Junho Meio Filtrante

Navios de cruzeiro

uma pernoite a bordo, caso contrário é considerado apenas um passeio de barco. Atualmente os cruzeiros marítimos são realizados a partir de 4 dias e 3 noites (BRITO, 2006), podendo ter duração total de aproximadamente 15 dias. Os navios de cruzeiros mais modernos são equipados com uma grande e luxuosa estrutura como piscina, teatro, espaço para shows e esportes, opções de restaurante, entre outros, oferecendo a seus passageiros opções de lazer e conforto durante toda sua estadia.

Fonte: CONCAIS, 2016

um resort flutuante. Abordo desses navios os hóspedes podem desfrutar de diversas atividades, como shows, bares, restaurantes, cinema, dentre muitas outras. Além do aspecto do transporte, pois assim como um avião, por exemplo, os navios transportam os passageiros e geralmente fazem paradas ao longo da viagem, o que proporciona ainda mais lazer aos mesmos, que podem desembarcar e desfrutar mais de perto da cidade em que se encontra. A capacidade de um navio de cruzeiro pode variar entre 2000 e 5000 passageiros. A grande procura por esse tipo de passeio turístico atualmente tem demandado das indústrias marítimas maiores aperfeiçoamentos de suas embarcações, o que torna os navios de cruzeiros cada vez mais luxuosos e, do ponto de vista ambiental, com uma consequentemente maior produção de resíduos, se tornando uma preocupação ambiental.


MEIO AMBIENTE Maio/Junho Meio Filtrante

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ticos no Brasil por conta do alto custo de operefrigerantes são levadas para o devido esmagaração, ressaltando que a queda não foi devido mento e compactação, aglomerados em fardos; à diminuição da demanda por Cruzeiros, já materiais como garrafas de vidro são separados que o interesse por parte dos passageiros por em lixeiras e posteriormente triturados por uma viagens desse tipo vem aumentando em todo o máquina de corte de vidros; resíduos perigosos Brasil (ABREMAR, 2014). como pilhas e lâmpadas são armazenados em Segundo dados do Estudo de recipientes anti-contaminação Perfil e Impactos Econômicos e hermeticamente fechados; de Cruzeiros Marítimos no Braalguns materiais processados sil produzido pela CLIA ABREatravés da incineração são desMAR BRASIL (Associação truídos em avançados incineraBrasileira de Cruzeiros Marídores e filtrados no mar. timos) em parceria com a FunUm meio de se constatar o rigor LONAS E PLACAS PARA dação Getúlio Vargas (FGV), no gerenciamento dos resíduFILTROS PRENSA foram 10 navios de cruzeiros que os por parte das embarcações fizeram a temporada 2014/2015. é a posse de certificações amO número de cruzeiristas dessa bientais que demonstram seu Tel.: 11 2198 2200 - www.tecitec.com.br temporada foi de 549.619 e o enquadramento em determinanúmero médio de pessoas por das ações de sustentabilidade. cruzeiro foi de 54.962. As quatro armadoras As certificações ambientais ainda representam que prestaram serviços no Brasil foram a MSC um diferencial competitivo e a legitimidade Cruzeiros, Costa Cruzeiros, Royal Caribbean das ações sustentáveis das instituições, sendo International e Pullmantur, totalizando os 10 que nesse caso estas seriam referentes às navios que juntos ofereceram desde o início até armadoras. Para o mercado, as certificações o final da temporada 614.681 leitos. são investimentos valorizados pelos clientes e acionistas, além de proporcionarem economia Processo de gerenciamento de resífinanceira, já que visa a eliminação de desperduos dentro do navio dícios de recursos. Especificamente, tratando-se de resíduos sóliÉ aconselhável que as empresas busquem dos secos, dentro dos navios de cruzeiros há pelas certificações que mais se adequem ao um espaço no qual se faz a pré-triagem do resíseu modelo de negócio. Em geral, as armaduo. Dessa maneira há a separação dos tipos doras preferem aderir a NBR ISO 14001:2004, de resíduos de acordo com suas características que auxilia na identificação, priorização, físico-químicas em lixeiras específicas. Após prevenção e no gerenciamento dos riscos identificar a particularidade de cada resíduo, ambientais, a partir da implantação de um para saber se esse é adequado para reciclagem, Sistema de Gestão Ambiental. os materiais são processados para que haja total A armadora MSC Cruzeiros, que já possui certicompactação, de modo a ocupar menos espaço, ficação ISO 14001, com o objetivo de alcançar facilitando o armazenamento à bordo e seu desmelhorias contínuas na área ambiental, desencarregamento devidamente no porto. volveu sistemas de reciclagem e de tratamento Resíduos como papéis e derivados são prode resíduos de alta tecnologia e de reaproveipriamente amassados; os metais como latas de tamento de água. Também recebeu o prêmio


busca certificações ambientais. Por isso, após alguns anos de preparação para a auditoria, se tornou o primeiro terminal de passageiros no país certificado pela NBR ISO 14001:2004.

Processo de Transbordo dos Resíduos do Navio para o Porto de Santos

Figura 2 – Retirada de resíduos do navio para o caminhão

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Figura 3 - Transbordo

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Dentre as empresas que fornecem os serviços de retirada de resíduos sólidos secos/ líquidos de navios cruzeiros no Porto de Santo, foi observado que a RF Maluf é a empresa mais contratada pelas principais armadoras (MSC, ROYAL, PULMANTUR, COSTA). A seguir, as Figuras abaixo ilustram os principais processos de transbordo que ocorre do navio para o porto. Nas Figura 2 e 3, é possível observar funcionários da RF Maluf, utilizando luvas e máscara, e com auxílio de uma talha manual realizando o transbordo do resíduo do navio para o porto. Verifica-se que há uma rede entre o navio e o porto evitando, assim, que alguns resíduos que se desprendam no trans-

Fotos: www.rfmaluf.com.br/servicos.php

7 Golden Pearls, que é concedido aos transatlânticos em reconhecimento a diversos segmentos de funcionamento de uma armadora, sendo esta a premiada pelo melhor navio em cuidados ambientais. A armadora Costa Cruzeiros é uma empresa de origem italiana, que atestou sua preocupação com o meio ambiente pelos padrões estabelecidos nas normas da ISO 14001. Sua frota é certificada pela RINA (Registro Naval Italiano) com o selo Green Star, que certifica que todos os navios da empresa cumprem as normas de prevenção da poluição marítima e atmosférica. Já a Royal Caribbean International possui em sua frota global 12 navios com reutilização completa de dejetos operacionais não perigosos. E em 2013, a armadora constatou um aumento de 116% no volume de dejetos reciclados a bordo, sendo que a empresa atende aos padrões ambientais internacionais voluntários, por meio do sistema de gerenciamento da ISO 14001. Essa armadora optou pelo direcionamento de responsabilidades para os agentes ambientais, que atuam em determinado segmento ambiental dento do navio, sendo eles responsáveis pela supervisão do programa ambiental; os treinamentos ambientais para a tripulação; o gerenciamento do descarte de detritos sólidos e líquidos, perigosos ou não; e o gerenciamento dos resíduos químicos e da segurança do ambiente de trabalho. Nos últimos anos, as principais premiações com temas ambientais da Royal Caribbean International foram pelos navios com impactos ambientais positivos, pelo desenvolvimento de projetos de conversação ambiental, pelas inovações ambientais de seus navios, pelo turismo responsável e pelos negócios sustentáveis. Além das armadoras, o Terminal Marítimo de Passageiros Giusfredo Santini - CONCAIS, localizado no Porto de Santos, no litoral de São Paulo, também é uma das instituições que


bordo atinjam a água; nota-se também que o resíduo já sai compactado do navio. Já na Figura 4, observam-se caminhões utilizados no processo de transbordo de resíduo do navio para o porto que, logo após o transporte, seguem para a destinação final do resíduo. Verifica-se que há um devido cuidado com queda de resíduos no porto. Na segunda imagem há uma lona embaixo do caminhão e uma rede entre o navio e o porto, evitando assim que, caso haja algum desprendimento de resíduo durante o transbordo, atinja a água.

Figura 4 – Caminhões de transbordo

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MEIO AMBIENTE

Após o transbordo do resíduo do navio para os caminhões há um acondicionamento manual, como pode ser observado na Figura 5.

Figura 5 – Acondicionamento no caminhão

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Uma vez realizado o transbordo do navio para os caminhões, é realizado a disposição final deste resíduo. Dentre as técnicas de disposições finais realizadas operadas peal RF Maluf, estão: • Aterros particulares – Local para disposição de resíduos não perigosos, com sistema de proteção e monitoramento garantindo segurança e confiabilidade. • Co-processamento – Tratamento térmico onde o resíduo é aproveitado como fonte de energia ou matéria prima no processo de fabri-

cação de cimento. • Reciclagem – Processo de reaproveitamento de materiais descartados de forma a reduzir a quantidade de resíduo produzido. • Tratamento de efluentes – Consiste na remoção da contaminação presente em efluentes líquidos.

Considerações finais

A questão ambiental no Brasil tem sido tratada de forma ostensiva nos últimos anos, ações de educação básica, de fiscalização, de incentivo e promoção de benefícios ao meio ambiente, tornaram-se objetos de busca não só pela sociedade civil, mas pelas pessoas jurídicas, que, muitas vezes, veem nessas práticas a possibilidade de colaborarem com a preservação da natureza e agregarem valor ao seu produto. Nesse sentido, foi possível constatar que tal fato é plenamente observado no segmento de embarcações de cruzeiros. Dado sua dimensão e capacidade de transportar pessoas, existe a necessidade premente da gestão de seus resíduos, sob pena de se tornarem um polo gerador de poluição. No caso específico das empresas que atuam no Porto de Santos em São Paulo, no geral, atendem as exigências legais, buscando constantes melhorias em suas práticas sustentáveis; demonstrando o valor da Gestão Ambiental e de suas ferramentas na implementação e condução dos processos de coleta, armazenamento e disposição final de seus resíduos sólidos. Ver referências bibliográficas em nosso site: www.meiofiltrante.com.br Prof. Dr. Fábio Campos

Prof. Dr. da Escola de Artes e Ciências Humanas (EACH) da USP

Andressa de Oliveira Melo Maciel; Carolina Barreto Nascimento; Gustavo Ribeiro de Almeida; Herica Tiepolo Lee; Karina Boratino de Araújo e Larissa Lika Naruse Graduandos do curso de Gestão Ambiental da Escola de Artes e Ciências Humanas (EACH) da USP



DESTAQUE

Freudenberg anuncia mais um ano de crescimento

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O 32

Inovação e aquisições desempenharam papéis importantes

Grupo Freudenberg continuou crescendo de forma lucrativa em 2016 apesar das condições desafiadoras em vários segmentos de mercado e regiões do mundo. O grupo global de tecnologia alcançou vendas de € 8,6 bilhões ou R$ 32,6 bilhões, com base na consolidação pró-rata de joint ventures. Esses números representam um aumento de 13,5% em relação a 2015. “Estamos no caminho para nos tornarmos um dos mais inovadores e amplamente diversificados grupos globais de tecnologia”, disse o Dr. Mohsen Sohi, CEO do Grupo Freudenberg. “Continuamos a crescer de forma rentável e sustentável e a implementação de nossos projetos estratégicos está ocorrendo totalmente de acordo com nossos planos. Esse sucesso é resultado do trabalho árduo e do excelente desempenho dos nossos mais de 48.000 colaboradores em todo o mundo”. Na América do Sul, 9 empresas do Grupo Freudenberg geraram vendas de R$ 1 bilhão, sendo R$ 717,8 milhões no Brasil - um aumento de 7,5% em relação ao ano anterior. “Nossa estratégia de diversificação e orientação para o longo prazo têm sido fatores chave para continuarmos crescendo durante a atual crise econômica no Brasil. Além disso,

o Grupo implementou com sucesso projetos de melhoria contínua, ampliou a atuação em relação a responsabilidade social e fortaleceu sua posição no mercado. Tenho que ressaltar que nada poderia ter sido realizado sem os nossos colaboradores. Eles são verdadeiramente únicos”, disse Alexandre Bicalho, Representante Regional da Freudenberg na América do Sul. O número de colaboradores no Brasil cresceu 14,6%, atingindo 1.411 empregados. O aumento nas vendas e no número de colaboradores pode ser atribuído em grande parte à aquisição dos 50% da participação na Vibracoustic no início de julho. O Grupo Vibracoustic é o líder mundial de mercado e tecnologia de componentes de controle de vibração e módulos para a indústria automotiva global. Como único acionista, a Freudenberg tem maior flexibilidade para desenvolver a empresa estrategicamente. No Brasil, a Vibracoustic tem um site em Guarulhos. Em 2016, a Freudenberg investiu R$ 22,7 milhões na América do Sul, sendo R$ 18,2 milhões no Brasil. Foram realizados investimentos em instalações, maquinário e pesquisa em todas as empresas do Grupo Freudenberg. Um projeto importante foi o novo site con-


Foto: Divulgação

Juntos pela sociedade

Para Freudenberg, como um grupo de tecnologia com valores orientados na propriedade familiar, definimos como sucesso total, o sucesso financeiro mais a nossa responsabilidade pela sociedade. Para Freudenberg, o compromisso com a responsabilidade social vai além da cadeia de valor. O objetivo do programa global “e²” (educação e meio ambiente) é dar às pessoas acesso à educação e ao trabalho e incentivar a proteção ambiental. A Freudenberg está disponibilizando um total de € 12 milhões ao longo de 6 anos. Na América do Sul, seis organizações não governamentais, Dr. Mohsen Sohi, CEO do Grupo Freudenberg localizadas próxi-

mas às nossas empresas, foram selecionadas e estão sendo apoiadas pelo e² com o valor de € 665 mil durante três anos. Quatro dos projetos são no Brasil e receberão aproximadamente R$ 2 milhões. O apoio às instituições vai muito além do financeiro, os colaboradores já estão engajados no trabalho voluntário e estão vivenciando o tema “juntos, fazendo a diferença”. Muitas ações já foram desenvolvidas, todas visando proporcionar uma educação de qualidade aos jovens, maior acesso ao mercado de trabalho e a proteção do meio ambiente.

Perspectivas para 2017

O Grupo Freudenberg iniciou o ano financeiro de 2017 com um número de pedidos ligeiramente maior, alinhado com o cenário de mercado. No entanto, a situação macroeconômica continua desafiadora - especialmente na América do Sul. Ao mesmo tempo, os novos desenvolvimentos tecnológicos exigem novas soluções de veículos elétricos a direção autônoma no setor automotivo até conceitos viáveis para as energias renováveis e a implementação da Indústria 4.0. Com base em análise recente, apesar de todos os desafios existentes, o Grupo Freudenberg espera um crescimento orgânico nas vendas entre 1 e 3% e o lucro operacional ligeiramente superior ao do ano anterior. Quase todas as empresas deverão contribuir para este desempenho. Com base nessa previsão, a Freudenberg espera um desenvolvimento estável no retorno sobre as vendas. Para obter mais informações, visite www. freudenberg.com.

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junto entre a Chem-Trend e SurTec em Valinhos, que foi oficialmente inaugurado em abril de 2016. O valor total investido na nova planta foi de R$ 60 milhões, e um dos objetivos é aumentar a proximidade com os clientes. Para 2017, os investimentos na América do Sul serão em torno de R$ 27 milhões. Mesmo com o cenário desafiador de 2016, o Grupo Freudenberg manteve o foco na inovação e realizou um projeto chamado “Innovating Together Brasil”, em parceria com a IBM e a Fundação Dom Cabral. Várias empresas da região participaram da iniciativa desenvolvendo soluções integradas com o intuito de agregar valor aos clientes.


APLICAÇÃO Maio/Junho Meio Filtrante

Suzana Sakai

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Sistemas de resfriamento: um processo essencial para a indústria Torres de resfriamento e chillers são opções de sistemas de troca térmica

O

controle da temperatura é uma prática essencial para a indústria. Isso porque, grande parte dos processos industriais, independente do segmento de mercado, gera calor em suas atividades, sendo necessário realizar a gestão da temperatura tanto para evitar danos aos processos, como para reduzir custos. Nesse contexto, os sistemas de resfriamento possuem um papel crucial para a indústria. “Ainda que pouco reconhecidos, os sistemas de resfriamento estão presentes em toda a indústria. Quase todos os processos na indústria de transformação são, ou geradores de calor, ou requerem a injeção de calor. Posteriormente, este calor deve ser retirado e daí a necessidade de um sistema de resfriamento.”, explica o gerente de vendas da WMF Solutions, Atilio Zottich. Mais do que uma etapa do processo industrial, os sistemas de resfriamento oferecem benefícios importantes para o funcionamento das indústrias. “Muitos dos processos industriais em si requerem um controle estrito de temperatura em uma determinada parte do processo (reações exotérmicas ou lácteas, por exemplo). Além disto, um sistema de troca térmica, quando bem operado e controlado, aproveita ao máximo a transformação da energia térmica em outros tipos de energia. Por consequência, melhora (indiretamente)

a produtividade além de reduzir custos operacionais (manutenções não programadas, por exemplo)”, afirma o diretor comercial da América Latina da Amiad, Leonardo Queiroz. Para realizar esse controle de temperatura, o mercado conta com sistemas de troca térmica como as torres de resfriamento e os chillers.

Torres de resfriamento

Utilizadas em todo o mundo, as torres de resfriamento são equipamentos desenvolvidos para resfriar uma quantidade de água que já foi utilizada como meio de remover energia térmica em processos ou sistemas industriais. Estes circuitos para resfriamento da água são usados nos casos onde é impossível utilizar água fresca para refrigeração. “Torres de resfriamento são circuitos fechados no quais buscam resfriar a água pelos fenômenos de convecção natural e forçada”, explica Leonardo. As torres de resfriamento funcionam da seguinte forma: o fluido é resfriado pela troca térmica entre o líquido e o ar que passa dentro da torre de resfriamento. No topo da torre há uma sucessão de placas metálicas com caminhos uniformes e sinuosos, que é conhecida como “recheio”. Esse “recheio” permite que a energia calorífica da água seja transferida para as placas, proporcionando o resfriamento do fluido. “A água quente (em geral 35 – 40°C) ingressa em um leito no


Os chillers são basicamente resfriadores de água. “Os chillers são concebidos como radiadores, que são refrigerados a ar refrigerado a água. Chillers refrigerados a ar precisam menos manutenção do que os chillers refrigerados a água, enquanto o último consome menos energia do que o anterior”, diz Leonardo. A eficiência de uma troca térmica é proporcional à diferença de temperatura entre os dois fluidos (o quente e o frio). Na utilização de torres de resfriamento, o fluido frio é o ar ambiente. “Isto limita bastante a quantidade de calor removido, o que leva as torres de resfriamento a terem grandes dimensões e trabalharem com grandes volumes de água”, indica Atilio.

Diferenciais

A principal diferença entre as torres de resfriamento e os chillers está na quantidade de energia consumida para gerar a refrigeração. “Para pequenas quantidades de calor a remover, torres de resfriamento representam um custo de instalação e operação muito alto. Chillers, pelo outro lado, são de fácil instalação e um razoavelmente baixo consumo de energia. Se, entretanto, caminhamos para volumes maiores de calor, é possível verificar-se que a equação inverte-se; chillers são menos eficientes e mais custosos para instalar e operar”, garante Atilio.

Filtração em torres de resfriamento

Nas torres de resfriamento existem dois tipos de processo de filtração. Um deles é a filtração

Os filtros de telas são capazes de trabalhar com altas vazões em áreas limitadas para instalação

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Chillers

Os chillers por outro lado, utilizam um fluido intermediário entre aquele que irá ser resfriado e o ar ambiente. “Este fluido refrigerante pode ser qualquer fluido capaz de suportar grandes variações de temperatura quando comprimido ou expandido. Estas grandes diferenças de temperatura fazem com que os chillers sejam de menor tamanho e ainda consigam trabalhar com grandes reduções de temperaturas”, conta o gerente de vendas da WMF Solutions.

Foto: Divulgação Amiad

topo da torre, denominado ‘recheio’. A resistência que a água sofre durante a percolação do ‘recheio’ no leito gera uma perda de carga reduzindo a velocidade de ingresso da água. Esta percolação permite que a energia calorífica seja transferida para as placas metálicas (convecção natural). Além disto, as torres de resfriamento possuem ventiladores no topo para gerar uma pressão negativa no sistema e por consequência evaporar a água (convecção forçada). Em geral a água é resfriada para 22 até 25°C, sendo bombeada novamente ao processo. As perdas por evaporação são repostas pela água de make-up”, conta Leonardo. Dentre as principais vantagens, das torres de resfriamento pode-se destacar o fato de que elas são sistemas modulares, capazes de trabalhar com qualquer tipo de vazão, além de serem relativamente econômicos (custo de investimento) quando comparado com outros sistemas de troca térmica. Já em relação às desvantagens, está o fato de que as torres estão expostas a contaminantes (particulados presentes no ar), e em geral requer constante dosagem de químicos (dispersantes, anti-incrustrantes, etc.), o que por consequência gera um custo operacional.


Foto: Divulgação Amiad

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APLICAÇÃO

Os filtros de discos possuem como principal vantagem o fato de gerar uma filtração de profundidade

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lateral, na qual 5 a 15% da vazão do sistema é desviada para recirculação na bacia, fazendo o controle dos sólidos em suspensão. “A vazão é determinada pela curva da bomba que retorna a água para o processo”, indica Leonardo. O outro processo é a filtração total da corrente, que é muito comumente utilizado nos processos siderúrgicos no qual deve-se proteger selos de bombas, trocadores de calor e bocais de aspersão. Em geral utilizam-se filtros bag ou autolimpantes para as torres de resfriamento. “Ambos tecnicamente atendem o requisito recomendado de filtrar as partículas em suspensão do sistema. Deve-se mencionar que 85 a 90% dos problemas ocasionados nos circuitos das torres são especificamente atrelados aos sólidos em suspensão”, destaca Leonardo. Os filtros autolimpantes, como o próprio nome já diz, realizam uma limpeza no sistema. No filtro autolimpante, o fluido que será filtrado e transportado por meio de um elemento filtrante. Assim, todas as partículas presentes nesse fluido ficam retidas no elemento filtrante, de maneira que o fluido em questão é liberado já totalmente filtrado. As partículas no elemento filtrante acumulam-se no interior do filtro, dificultando a passagem do fluido. Nesse momento, é acionado o mecanismo de autolimpeza do filtro. “Os graus de filtração recomendados para uma torre variam de 80 a 130 micra. A principal

vantagem do filtro autolimpante é que o mesmo trabalha de maneira independente reduzindo a ação do operador em campo (custos de manutenção)”, diz Leonardo. Já o filtro bag é formado por três componentes principais: o vaso de pressão, o cesto suporte e a bolsa. No filtro bag o fluido é introduzido de forma pressurizada na parte superior da bolsa suportada pelo cesto, assegurado uma distribuição completa e uniforme do líquido pela superfície interna da bolsa. Os resíduos sólidos ficam retidos na bolsa filtrante e o líquido limpo flui pela saída da carcaça. O processo de filtração é fundamental para os sistemas de troca térmica. “São aplicados filtros simples, para água, porém se não utilizados, haverá deterioração da qualidade da água, levando a redução de desempenho do sistema de refrigeração”, alerta Atilio. Além dos filtros autolimpantes e bag, os sistemas de resfriamento utilizam outros filtros que são amplamente utilizados no tratamento de água como o filtro separador centrífugo (que realiza a filtragem pelo processo de centrifugação utilizando a velocidade da água), filtro de areia (na qual os sólidos são retidos entre os grãos de areia) e filtro cesto (constituído por um tubo com conexões alinhadas e um filtro em forma de cesto para retenção de sólidos diversos).

Mercado

Apesar de ser muito importante, o mercado de sistemas de resfriamento no Brasil ainda não explorou todo o seu potencial. De acordo com os entrevistados da revista Meio Filtrante, o setor precisa analisar os estudos de viabilidade econômica e investir em conhecimento técnico sobre os sistemas de troca térmica. “O mercado de sistema de resfriamento vem tratando das soluções convencionais. A utilização de sistemas que geram refrigeração a partir de calor ainda é incipiente no Brasil. Existem diversos estudos sobre a viabilidade econômica de geração de aquecimento e resfriamento a partir


de redes de gás natural ou GLP, onde o excedente de energia é transformado em energia elétrica. Quando olhamos o mercado de alimentos, por exemplo, onde é possível gerar a refrigeração necessária a partir dos resíduos gerados pelas granjas, identificamos um potencial enorme para o mercado de sistemas de resfriamento por absorção”, afirma Atilio. Leonardo chama atenção para a necessidade de capacitar os técnicos de manutenção desses sistemas. “É um mercado que necessita de muita educação, visto que praticamente toda indústria utiliza torres de resfriamento, porém poucos técnicos de manutenção entendem a real necessidade de realizar um controle da água da torre, muitas das vezes por ser um mercado viciado em tratamento químico”. Para atender às demandas desse mercado, a WMF Solutions oferece sistemas integrados de geração de aquecimento e refrigeração a

partir de linhas disponíveis de GLP ou GLN. “Também oferecemos soluções para a geração de biogás e/ou syngas. Estes sistemas mostram-se mais viáveis quanto maior for à necessidade do cliente de sistemas de refrigeração ou aquecimento”, indica Atilio. Já a Amiad disponibiliza filtros autolimpantes de disco e telas, que são fundamentais para os sistemas de resfriamento. Ambos os sistemas são modulares. Os filtros de disco (série Spin Klin, Arkal) são amplamente aplicados e possuem como principal vantagem o fato de gerar uma filtração de profundidade, promovendo uma retenção maior de partículas. Já os filtros de tela (série EBS) são capazes de trabalhar com altas vazões em áreas limitadas para instalação. Contato das empresas: Amiad: www.amiad.com WMF Solutions: www.wmfsolutions.com


ABRAFILTROS

Abrafiltros apresenta resultados e metas do programa Descarte Consciente no Paraná

Foto: Divulgação Abrafiltros

Somente no Paraná, o programa reciclou 1.707.571 filtros usados do óleo lubrificante automotivo de 2013 a 2016, com investimento de mais de R$ 2 milhões no Estado

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Carlos Alberto Sarubbi, Vinício Bruni e Marco Antônio Simon

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Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais, por meio do gestor de projetos da entidade, Marco Antônio Simon, apresentou os resultados do programa Descarte Consciente Abrafiltros de 2013 a 2016 no Paraná, bem como as metas até 2019 na reunião do R20, grupo que trabalha na gestão associada dos municípios paranaenses na implementação da política nacional e estadual de resíduos. A reunião teve a participação recorde de 175 pessoas, com a presença do secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Antonio Carlos Bonetti; a deputada estadual Maria Victória; o vice-presidente da Fecomércio/PR, Paulo César Naulack;

Vinício Bruni, coordenador de resíduos sólidos da Secretaria do Meio Ambiente; e Carlos Alberto Sarubbi, diretor da Geoquímica, empresa do grupo Supply Service responsável pela operação logística do programa Descarte Consciente Abrafiltros no Paraná, entre outras personalidades. Desde a implantação no Paraná em fevereiro de 2013 até o término de 2016, foram recolhidos pelo programa 665.952,60 kg de filtros usados de óleo lubrificante automotivo, equivalentes a 1.707.571 filtros reciclados (peso médio 0,390 kg), com investimento de mais de R$ 2 milhões no Estado. “O programa Descarte Consciente Abrafiltros sempre superou as metas estabelecidas, foi renovado no ano passado e teve aprovação dos resultados de 2014 e 2015, conforme ofício recebido em dezembro da SEMA-PR”, comenta Simon. “Isso demonstra o comprometimento da Abrafiltros e empresas associadas com a logística reversa e o meio ambiente, sendo importante ressaltar que o crescimento do programa deve ocorrer gradativamente em bases sustentáveis de viabilidade logística e econômica, uma vez que o processo de reciclagem é de alto custo e não há retorno direto para a cadeia de filtros”, explica. Na reciclagem, o metal é encaminhado


Histórico e resultados

O programa Descarte Consciente Abrafiltros teve início em julho de 2012 no Estado de São Paulo em atendimento à Resolução SMA 038/2011, que estabeleceu a logística reversa pós-consumo dos filtros do óleo lubrificante automotivo no Estado, entre outros produtos. No Paraná, a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e o Instituto Ambiental do Paraná – IAP, publicaram em 2012 o Edital de Chamamento 01/2012, visando a implantação da logística reversa pós-consumo nos mesmos moldes, para início em 2013. Em julho de

2015 o programa chegou ao Espírito Santo em atendimento ao Edital de Chamamento Público no 002/2014 – SEAMA/ES. No total, o programa já reciclou mais de 7 milhões de filtros do óleo lubrificante automotivo e conta com a participação de 15 empresas: Cummins Filtration do Brasil; Donaldson do Brasil Equipamentos Industriais Ltda.; General Motors do Brasil Ltda.; Hengst Indústria de Filtros Ltda.; KSPG Automotive Brazil Ltda. – Divisão Motor Service Brazil; Magneti Marelli Cofap Fabricadora de Peças Ltda.; Mahle Metal Leve S.A.; Mann+Hummel do Brasil Ltda./ Filtros Wix; Parker Hannifin Indústria e Comércio Ltda. – Divisão Filtros; Poli Filtro Indústria e Comércio de Peças para Autos Ltda.; Robert Bosch Ltda.; Scania Latin America Ltda; Sofape Fabricante de Filtros Ltda./Tecfil; Sogefi Filtration

do Brasil Ltda./Filtros Fram; e Wega Motors Ltda. Segundo Simon, a expansão do programa está atrelada a alguns fatores, entre os quais a maior responsabilização de empresas pelo Estado e municípios, com o cumprimento da legislação e participação efetiva nos sistemas de logística reversa. Durante a reunião no Paraná, Simon defendeu que estados e municípios incluam a comprovação de participação em sistemas de logística reversa para que as empresas possam participar de licitações públicas. “Isto favoreceria a geração de recursos para a expansão das metas, já que o custo da logística reversa é elevado para as empresas participantes, uma vez que no caso dos filtros do óleo lubrificante automotivo, por exemplo, não há nenhum tipo de retorno direto ou reaproveitamento de resíduos para a própria cadeia produtiva”, ressalta. 39

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para siderúrgicas, o óleo lubrificante usado contaminado segue para o rerrefino e todo o restante – elementos filtrantes, vedações etc – é enviado para coprocessamento em cimenteiras para geração energética, processo que é custeado integralmente pelas empresas participantes. Para 2017, a previsão é que sejam reciclados 240.600 kg de filtros usados do óleo lubrificante automotivo no Paraná, sendo que o programa está implantado em 33 municípios, com a coleta dos filtros realizada principalmente em postos de combustível conforme os volumes gerados pelos estabelecimentos comerciais.


EQUIPAMENTOS Maio/Junho Meio Filtrante

João Carlos Mucciacito e Taís Miyuki Tsuda

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U

Análise técnica para seleção de lavadores úmidos em fontes estacionárias

m lavador úmido é um equipamento de controle de poluição do ar que remove o material particulado e gases ácidos provenientes do gás residual emitido por fontes estacionárias. Esta remoção ocorre por meio da impactação, difusão e/ou interceptação do poluente pela gotícula do líquido. Existem inúmeros tipos de lavadores úmidos que realizam o controle de MP10 e MP2,5. Os sistemas de lavadores úmidos possuem algumas vantagens sobre os precipitadores eletrostáticos e os filtros manga por serem mais compactos, terem dimensões menores, custo de investimento mais baixo e custos de operação e manutenção semelhantes. A principal desvantagem dos lavadores úmidos é que o aumento da eficiência de coleta vem com o custo do aumento da queda de pressão através do sistema de controle (DAVIS, 2000). Outra desvantagem é a limitação para taxas de fluxo do gás residual e temperatura mais baixas que precipitadores eletrostáticos ou filtros manga. Atualmente projetos de lavadores úmidos acomodam taxas de fluxo do ar maiores que 47 m³/s e temperaturas mais altas que 400ºC. Além disso, geram resíduos na forma de lodo o que requer tratamento e/ou disposição. O presente estudo visa identificar os tipos de lavadores úmidos disponíveis para o controle de material particulado, bem como suas respectivas eficiências de coleta.

1 - Lavadores úmidos

Os lavadores úmidos são dispositivos de controle do MP que dependem do contato direto e

irreversível de um líquido (gotículas, espuma ou bolhas) com o MP. O MP carreado pelo líquido é então facilmente coletado da corrente de gás residual. Estes dispositivos podem ser muito especializados e projetados em diversas configurações diferentes. São geralmente classificados pelo método utilizado para induzir o contato entre o líquido e o MP, por exemplo, spray, enchimento, pratos. Lavadores também são frequentemente caracterizados por baixa, média ou alta energia, onde a energia é muitas vezes expressa como a queda de pressão no lavador. Possuem vantagens importantes quando comparados com outros dispositivos de coleta de MP, por serem capazes de coletar partículas inflamáveis e explosivas com segurança, absorver poluentes gasosos, coletar vapores, além de resfriarem fluxos de gás com temperaturas elevadas. Entretanto, possuem algumas desvantagens: possui potencial de corrosão e congelamento, geração de efluentes e resíduos sólidos. (COOPER; ALLEY, 1994) Estas desvantagens podem ser minimizadas ou evitadas com a execução de um bom projeto.

1.1 – Mecanismos de coleta

O método de coleta do MP predominante na maioria dos lavadores úmidos industriais é a impactação inercial do MP com as gotículas líquidas. A difusão browniana também leva à coleta de partículas, mas seus efeitos são apenas significativos para partículas com diâmetro de aproximadamente 0,1 μm (micrômetro) ou menos. A interceptação direta é outro meca-


horizontais funcionam da mesma maneira, exceto pelo fato do gás escoar horizontalmente através do dispositivo. Uma torre spray típica é mostrada na Figura 1.2 e 1.3 (COOPER; ALLEY et al., 1994)

Foto: Divulgação

nismo de coleta utilizado pelos lavadores. Outros mecanismos de menor importância utilizam a gravitação, eletrostática e condensação para a coleta do particulado (MCILVAINE, 1995). Os tipos de mecanismos de coleta são apresentados na Figura 1.1.

1.2 – Tipos de lavadores úmidos

Há uma grande variedade de lavadores úmidos que estão comercialmente disponíveis ou podem ser personalizados. Embora todos os lavadores possuam certa semelhança, existem vários métodos distintos de utilização do líquido de lavagem para obter a coleta de partículas. Os lavadores úmidos são geralmente classificados de acordo com o método que é utilizado para unir o gás e o líquido.

1.2.1 – Torre tipo spray

As câmaras de pulverização, caracterizadas como lavadores úmidos de baixa energia, possuem um projeto muito simples. Nestes lavadores, a corrente de gás carregada de partículas é introduzida numa câmara onde entra em contato com gotículas de líquido geradas por bicos de pulverização. O tamanho das gotículas geradas pelos bicos de pulverização é controlado para maximizar o contato líquido-partícula e, consequentemente, a eficiência de coleta do lavador. Os tipos mais comuns de câmaras de pulverização são torre spray e câmaras ciclônicas. Um demister no topo da torre de pulverização remove gotículas de líquido e MP úmido da corrente de gás de saída. O líquido de lavagem e o MP úmido é drenado da parte inferior da torre na forma de lodo. As câmaras de pulverização

Figura 1.2 - Diagrama da Torre tipo Spray (Global spec) e Figura 1.3 - Torre tipo Spray (Macrotek, Canada)

Uma câmara de pulverização ciclônica é semelhante a uma torre spray exceto pela forma como a corrente de gás é introduzida para produzir movimento ciclônico dentro da câmara. Este movimento contribui para velocidades de gás mais elevadas, separação de partículas e gotículas mais eficazes e maior eficiência de coleta (COOPER; ALLEY, 1994). As aberturas tangenciais de entrada ou de giro são meios comuns de indução de movimento ciclônico (USEPA, 1982). A Figura 1.4 fornece um exemplo de uma câmara de pulverização ciclônica.

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Figura 1.4 - Diagrama da Câmara de Pulverização Ciclônica (Global spec)

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Figura 1.1 - Tipos de mecanismos de Coleta (BREATHE, 2011)


Figura 1.5 - Materiais de Enchimento para Lavadores (Adaptado de Buonicore & Davis 1992)

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EQUIPAMENTOS

1.2.2 – Torre de enchimento

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Os lavadores tipo torre de enchimento compõem-se de uma câmara contendo camadas de material de enchimento de várias formas, tais como anéis raschig, anéis espirais e selas berl, que proporcionam uma grande área de superfície para o contato de partículas líquidas. Estes e outros tipos de enchimento são ilustrados na Figura 1.5 (MCILVAINE et al., 1995). O enchimento é mantido no lugar por retentores de malha de arame e suportada por uma placa perto do fundo do lavador. Em torres de enchimento, a corrente de gás é forçada a seguir um caminho tortuoso através do material, no qual grande parte do MP impactam. O líquido que fica no material de enchimento, coleta o poluente e flui para parte inferior da câmara para o dreno no fundo da torre. Um eliminador de gotículas (também chamado de “demister”) é tipicamente posicionado após o enchimento e o fornecimento de líquido de lavagem. Qualquer líquido de lavagem e MP umedecido arrastado pela corrente de gás será removido pelo eliminador de gotículas e retornado para drenar no leito com enchimento (MCILVAINE et al., 1995). Um típico lavador

Figura 1.6 - Diagrama da Torre de Enchimento (ACTOM, África do Sul) e Figura 1.7 - Torre de Enchimento (Tri-Mer, Estados Unidos)

com enchimento é ilustrado na Figura 1.6 e 1.7. Em torres de enchimento, concentrações elevadas de MP podem obstruir o leito, portanto, há uma limitação destes dispositivos a correntes com cargas de poeira relativamente baixas (USEPA, 1982). Sua obstrução é um problema sério, pois o enchimento é de difícil acesso e limpeza quando comparados com outros lavadores (MCILVAINE, 1995). Em geral, os lavadores com enchimento são mais adequados para o tratamento de gases ao invés de partículas devido aos elevados requisitos de manutenção para o controle de MP (COOPER; ALLEY et al.,1994).


1.2.3 – Lavador tipo prato

O lavador tipo prato é uma câmara vertical com placas montadas verticalmente. O contato entre o líquido e o gás carregado de partículas ocorre nos pratos. Os pratos são equipados com aberturas que permitem que o gás percorra. Alguns pratos são perfurados, enquanto outros mais complexos têm aberturas tipo válvula. A Figura 1.8 e 1.9 mostra modelos de pratos comumente utilizados e o equipamento, respectivamente (MCILVAINE et al., 1995).

que MP tenha impactado com as gotas, é normalmente removido por movimento ciclônico. Estes lavadores são capazes de alcançar altas eficiências de coleta, mas apenas com um elevado consumo de energia proporcional (COOPER; ALLEY et al., 1994). Os diagramas dos tipos de lavador e o equipamento são apresentados na Figura 1.10 e 1.11.

Figura 1.10 - Diagrama do Lavador por indução mecânica (COOPER; ALLEY, 1994)

O modelo de prato mais simples é do tipo perfurado, neste tipo de lavador, o líquido de lavagem flui sobre as placas e o gás flui para a parte superior da câmara através dos furos. A velocidade do gás impede que o líquido flua para parte inferior através das perfurações. O contato gás-líquido-partícula é obtido dentro da espuma gerada pelo gás que passa através da camada líquida. São mais adequados para a coleta de MP do que lavadores de leito compactado. Partículas maiores que 1 μm de diâmetro podem ser coletadas efetivamente, enquanto que partículas menores que 1 μm penetrarão nesses dispositivos (USEPA, 1982).

1.2.4 – Lavadores por indução mecânica

Lavadores por indução mecânica possuem um ventilador motorizado ou impulsor para melhorar o contato gás-líquido. Geralmente, o líquido de lavagem é pulverizado sobre as pás do ventilador ou do impulsor. Os ventiladores e os impulsores são capazes de produzir gotículas líquidas muito finas com altas velocidades. Estas gotículas são eficazes no contato com partículas finas. Uma vez

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Figura 1.11 - Lavador por indução mecânica (Paxaa, Irã)

Como muitas partes móveis são expostas ao gás e ao líquido de lavagem, estes lavadores têm alta necessidade de manutenção. As peças mecânicas são suscetíveis à corrosão, acúmulo de MP e desgaste. Consequentemente, os lavadores mecânicos têm aplicações limitadas para o controle MP (MCILVAINE et al., 1995).

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Figura 1.8 - Diagrama do Lavador tipo Prato (Thapar University, India) e Figura 1.9 - Lavador tipo Prato (Macrotek, Canada)


1.2.5 – Lavador tipo Venturi

Os Lavadores tipo orifício, forçam a corrente de gás carregada de partículas a passar pela superfície de um reservatório de líquido de lavagem quando entra em um orifício. Com as velocidades de gás elevadas, típicas deste tipo de lavador, o líquido do tanque é carreado pela corrente de gás como gotículas. À medida que a velocidade do gás e a turbulência aumentam com a passagem pelo orifício estreito, a interação entre o MP e as gotículas líquidas também aumentam. As partículas e as gotículas são então removidas da corrente de gás por impacto sobre uma série de defletores que o gás encontra após o orifício. O líquido coletado e o MP são drenados pelos defletores que retornam para o tanque abaixo do orifício (MCILVAINE et al., 1995). Os lavadores de orifício podem efetivamente coletar partículas maiores que 2 μm de diâmetro (COOPER; ALLEY et al., 1994). Alguns destes dispositivos são projetados com orifícios ajustáveis para controlar a velocidade da corrente de gás. Um típico lavador de orifícios é mostrado na Figura 1.14 e 1.15.

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EQUIPAMENTOS

O lavador tipo Venturi, acelera a corrente de gás para atomizar o líquido de lavagem e melhorar o contato gás-líquido. Uma seção denominada de “garganta” é construída dentro do duto, que força o fluxo de gás a acelerar à medida que o canal estreita e expande. À medida que o gás entra na garganta do Venturi, tanto a velocidade do gás como a turbulência aumentam. O líquido de lavagem é pulverizado na corrente de gás antes de passar pela garganta. O líquido de lavagem é então atomizado em pequenas gotículas pela turbulência na garganta e a interação gota-partícula é aumentada. Após a seção na garganta o MP úmido e as gotículas do líquido em excesso são separados da corrente de gás por movimento ciclônico e/ou por um eliminador de gotículas. Dentre as suas vantagens, é possível destacar seu projeto simples, facilidade de instalação e com baixa necessidade de manutenção (COOPER; ALLEY, 1994). A figura 1.12 e 1.13 apresentam o diagrama e o dispositivo de controle.

1.2.6 – Lavador tipo orifício

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Figura 1.12 - Diagrama do Lavador tipo Venturi (USEPA, 1969) e Figura 1.13 - Lavador tipo Venturi (APMG, Reino Unido)

Figura 1.14 - Diagrama do Lavador tipo Orifício (Thapar University, India) e Figura 1.15 Lavador tipo Orifício (Cleanair, India)

O desempenho de um lavador Venturi é dependente da velocidade do gás através da garganta. Vários dispositivos foram projetados para permitir o controle da velocidade variando a largura da garganta (MCILVAINE et al., 1995). Devido à alta interação entre o MP e as gotículas, eles são capazes de obter altas eficiências de coleta para MP com tamanhos menores. Infelizmente, o aumento da eficiência do Venturi requer o aumento da queda de pressão que, por sua vez, aumenta o consumo de energia (COOPER; ALLEY, 1994).

Esta técnica geralmente possui baixa demanda de líquido, uma vez que utiliza o líquido de lavagem por prolongados períodos de tempo (COOPER; ALLEY, 1994). A principal preocupação de manutenção é a remoção do lodo que se coleta na parte inferior da câmara. Portanto, o lodo é normalmente removido com um ejetor de lodos que funciona como uma correia transportadora. À medida que o lodo sedimenta na parte inferior do lavador, é transportado para fora da câmara (MCILVAINE, 1995). A Figura 1.16 ilustra um ejetor de lodo.


Um eliminador de gotículas de alta eficiência também é utilizado (MCILVAINE et al., 1995). Estes lavadores são projetados especificamente para capturar MP fino que escapa dos dispositivos de controle de MP primário. Esse lavador utiliza um processo de vários estágios, incluindo o pré-tratamento e as câmaras de crescimento, no qual proporcionam um ambiente que estimula o MP fino a coagular e formar partículas maiores. Um diagrama esquemático deste depurador é mostrado na Figura 1.17. Figura 1.16 - Ejetor de Lodo em um Lavador de Orifícios (MCILVAINE, 1995)

1.2.7 - Lavador de condensação

A maioria dos lavadores convencionais dependem dos mecanismos de impactação e difusão para conseguir o contato entre o MP e as gotículas de líquido. Em um lavador de condensação, o MP atua como núcleos de condensação para a formação de gotículas. Geralmente, dependem primeiro do estabelecimento de condições de saturação na corrente do gás. Uma vez que a saturação é alcançada, o vapor é injetado na corrente. O vapor cria uma condição de supersaturação e leva à condensação de água no MP fino. As grandes gotículas condensadas podem ser removidas por vários dispositivos convencionais.

1.2.8 – Lavador de carga elétrica

Os lavadores com dispositivos eletrostáticos utilizam estes efeitos para melhorar a eficiência de coleta de partículas finas através da lavagem úmida. Uma vez que os lavadores úmidos convencionais dependem da impactação inercial entre MP e gotículas de líquido para a coleta de MP, são geralmente ineficazes para partículas com diâmetros inferiores a 1 μm. O pré-carregamento eletrostático do MP no fluxo de gás

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Figura 1.17 - Lavador de Condensação (Bionomic Ind., EUA)

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pode aumentar significativamente a eficiência de coleta do lavador para estas partículas submicrônicas. Quando ambas as partículas e gotículas são carregadas, as eficiências de coleta para as partículas submicrônicas são mais altas, aproximando-se da de um precipitador eletrostático (MCILVAINE, 1995). A Figura 1.18 mostra um esquema de um lavador eletrostático carregado e a Figura 1.19 apresenta a tecnologia de controle (MCILVAINE, 1995).

Figura 1.20 - Diagrama do Lavador com leito fixo (MECS, Estados Unidos) e Figura 1.21 Lavador com leito fixo (Air Clear, Estados Unidos)

2 - Eficiência de coleta

Figura 1.18 - Diagrama do Lavador de carga elétrica (Vito, Bélgica) e Figura 1.19 - Lavador de carga elétrica (Clean Gas Systems, Estados Unidos)

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EQUIPAMENTOS

1.2.9 – Lavador com leito fixo

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Em lavadores com leito fixo, a corrente de gás carregada de umidade percola através de leitos com material de enchimento de fibras, tais como “esponja” de fibra de vidro, fibra de vidro e aço. São também frequentemente umedecidos por pulverização pelo líquido de lavagem. Dependendo dos requisitos do lavador, pode haver vários leitos e um dispositivo de impacto para a remoção de MP, incluídos no projeto. O leito fixo final é tipicamente seco para a remoção de quaisquer gotículas que ainda estejam sendo carregadas pela corrente. Os lavadores com leito fixo são mais adequados para a coleta de MP solúvel, ou seja, MP que se dissolve no líquido de lavagem, uma vez que grandes quantidades de MP insolúvel irão obstruir os leitos com o tempo. Por esta razão, estes lavadores são frequentemente utilizados como eliminadores de gotícula, isto é, para a coleta de líquidos, ao invés de para o controle de MP (MCILVAINE, 1995). A Figura 1.20 e 1.21 apresentam o diagrama do lavador e o dispositivo, respectivamente.

A eficiência de coleta para lavadores úmidos são muito variáveis. A maior parte dos lavadores convencionais podem alcançar altas eficiências de coleta para partículas com um diâmetro superior a 1,0 μm, porém, geralmente são considerados dispositivos de coleta ineficientes para partículas submicrônicas (<1 μm). Alguns lavadores não convencionais, tais como os de condensação e os de carga, capazes de obter eficiências de coleta elevadas, mesmo para partículas submicrônicas. Eficiências de coleta para lavadores convencionais dependem de fatores operacionais como distribuição do tamanho da partícula, carga do particulado na entrada e energia de entrada. A Tabela 2.1 mostra as eficiências de coleta para MP10 e MP2,5. (USEPA, 1995)

Tabela 2.1 - Eficiências de Coleta Cumulativa de MP10 e MP2,5 para Lavadores Úmidos em Unidades de Combustão de Carvão, Óleo, Madeira e Casca, e de Produção de Coque (USEPA, 1995)


3 – Aplicações dos equipamentos

Lavadores úmidos possuem inúmeras aplicações industriais e poucas limitações. Eles são capazes de coletar basicamente qualquer tipo de particulado, incluindo particulados inflamáveis, explosivos, úmidos ou pastosos. Além disso, podem coletar líquidos suspensos, apenas gases ou com MP simultaneamente (COOPER; ALLEY, 1995). Entretanto, embora lavadores possuam várias aplicações potenciais, existem algumas características que limitam seu uso. A consideração mais importante é a eficiência de coleta relativamente baixa para MP fino, especialmente aqueles com diâmetro menor que 1,0 μm. Porém, lavadores convencionais não são adequados para processos que emitem muitas partículas submicrônicas. Como discutido anteriormente, lavadores Venturi, de condensação e de carga elétrica são capazes de coletar partículas submicrônicas com eficiências mais elevadas do que outros lavadores e, portanto, podem ser utilizados efetivamente em aplicações onde há uma grande porcentagem de MP fino na corrente gasosa (USEPA, 1995). A composição do fluxo de gás pode também ser um fator limitante na aplicação do lavador para indústrias específicas, uma vez que os lavadores úmidos são suscetíveis à corrosão (COOPER; ALLEY, 1995). A utilização de lavadores úmidos também não são aconselháveis quando se coleta particulados de valor que podem ser reciclados ou comercializados. Dado que os lavadores descarregam os particulados coletados na forma de lodo úmido, a recuperação do particulado seco e limpo deste lodo é muitas vezes inconveniente e custosa (COOPER; ALLEY, 1995). Devido às restrições de concepção, os lavadores de partículas não são geralmente utilizados em instalações muito grandes, tais como instalações onde as taxas de fluxo do gás excedam 118,00 m3/s, uma vez que é necessária a utilização de lavadores múltiplos quando as taxas de fluxo excedem 28,32 a 35,40 m3/s. A Tabela 3.1 lista algumas das aplicações dos lavadores úmidos (COOPER; ALLEY et al., 1995). Deve-se notar que o nível de controle do MP fornecido por cada um dos tipos de lavadores listados

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Os lavadores convencionais dependem quase que exclusivamente da impactação inercial para a coleta de MP. Conforme discutido anteriormente, a eficiência dos lavadores que dependem do mecanismo de coleta de impactação inercial aumentará à medida que o tamanho da partícula aumenta. Portanto, espera-se que a eficiência de coleta para partículas menores (<1 μm) seja baixa para estes lavadores. A eficiência dos lavadores que dependem da impactação inercial pode ser melhorada juntamente com o aumento da velocidade relativa entre o MP e as gotículas de líquido. O aumento da velocidade resultará na aceleração do MP, permitindo que partículas menores sejam coletadas por impactação. Isso pode ser efetuado na maioria dos lavadores através do aumento da velocidade da corrente do gás. Infelizmente, o aumento da velocidade do gás também aumentará a queda de pressão, demanda de energia e custos operacionais para os lavadores (COOPER; ALLEY et al., 1994). Outro fator que contribui na diminuição da eficiência de lavadores para partícula menores é o curto tempo de residência. Geralmente, uma partícula fica na zona de contato do lavador por apenas alguns segundos. Isso é tempo suficiente para coletar partículas maiores que são afetadas pelo mecanismo de impactação. No entanto, uma vez que as partículas submicrônicas são coletadas efetivamente pelo mecanismo de difusão, que depende da movimentação aleatória das partículas, é necessário tempo suficiente na zona de contato para que este mecanismo seja eficaz (MCILVAINE, 1995). Verificou-se que a eficiência de coleta para lavadores foi associado como sendo diretamente proporcional à concentração de particulado na entrada. Ou seja, a eficiência aumentará com o aumento da carga de material particulado. Isto sugere que a eficiência de remoção de lavadores não é constante para um determinado projeto a menos que seja referenciada a uma carga específica de particulado na entrada. Em contrapartida, tem se mostrado que a concentração de particulado na saída dos lavadores é uma constante, independente da concentração de entrada (LERNER, 1995).


na tabela irá variar de acordo com o nível de controle exigido por cada indústria e/ou instalação. A força motriz para o controle do MP em muitas indústrias e/ou instalações são as regulamentações federal, estadual e locais de poluição do ar.

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EQUIPAMENTOS

Tabela 3.2 - Potencial de Controle de MP10 e MP2,5 para Lavadores Úmidos (USEPA, 1998)

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Tabela 3.1 - Aplicações Industriais de Lavadores Úmidos (COOPER; ALLEY et al., 1995)

À medida que regulamentações de MP mais rigorosas são colocadas em prática, é natural que ocorra uma mudança para o uso de lavadores de maior eficiência. A Tabela 3.2 classifica os tipos de lavadores de acordo com seu potencial de controle de partículas finas.

4 – Considerações finais

O fator determinante na escolha da tecnologia mais adequada é o potencial que o dispositivo terá

no controle da emissão do material particulado, uma vez que para a operação de uma atividade, limites máximos de emissão estabelecidos pelo órgão ambiental, devem ser atendidos. Além disso, as especificações das atividades que necessitem do controle do material particulado também são importantes para a tomada de decisões. A energia utilizada na operação do lavador, tratamento de efluentes emitidos e destinação apropriada aos resíduos sólidos gerados são custos adicionais que também influenciam no custo final do equipamento. Os dispositivos podem também ser associados a fim de obter uma maior eficiência no tratamento do gás. Entretanto, deve-se ressaltar que medidas de caráter preventivo devem ser privilegiadas em relação àquelas de caráter corretivo. Assim deve-se buscar ações que objetivem a eliminação da geração dos poluentes, ou pelo menos sua redução, diluição, segregação ou afastamento. João Carlos Mucciacito

Orientador e Professor Mestre do Curso de Engenharia Ambiental FAENG/CUFSA

Taís Miyuki Tsuda

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Joe Tolezano

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Qualidade está na percepção do usuário

O

que é qualidade? O estatístico William Deming dizia que é tudo aquilo que melhora o produto do ponto de vista do cliente. Já o empresário Philip Crosby defendia que é a conformidade do produto com as suas especificações, enquanto o engenheiro químico Kaoru Ishikawa garantia que é desenvolver, projetar, produzir e comercializar um produto de qualidade que seja mais econômico, mais útil e sempre satisfatório para o consumidor. Sinceramente, a melhor definição encontrada é de um autor desconhecido: “Não sei o que é, mas reconheço quando a vejo”. Qualidade é um conceito bastante subjetivo, que depende muito de quem a percebe. Em termos de benefícios, por exemplo, um voo em uma companhia low cost é infinitamente inferior ao oferecido por uma companhia cinco estrelas, no entanto o custo de seu ticket também é consideravelmente menor. No final, as duas voam e ambas servirão ao mesmo propósito, que é levar e trazer pessoas aos seus destinos. O que muda, aqui, é a percepção de qualidade do usuário. A qualidade evoluiu muito ao longo dos tempos. Dizem até que a evolução começou antes da invenção do dinheiro. Teve início com a necessidade de selecionar os alimentos que eram trocados para que a qualidade do que seria ingerido fosse garantida. Mais recentemente, durante a Segunda Guerra Mundial, a aeronáutica já realizava o controle rigoroso das peças fabricadas. A qualidade, como é conhecida hoje, começou a evoluir lá atrás. Durante a Revolução Industrial, com a chegada de mestres e supervisores, surgia a Era da Inspeção, cujo foco era o produto. Mais adiante, durante a Primeira Guerra Mundial, instituiu-se o conceito do Controle Estatístico com foco no processo. Nascia aí o famoso Controle Estatístico de Processo, o CEP. Já o Controle Total da Qualidade foi criado depois, na Segunda Guerra Mundial. Ali o foco era o sistema. Em seguida, nos idos da Guerra Fria, surgia a Gestão da Garantia Total, a TQM, com foco no negócio. Até meados dos anos 1980, existiam somente normas militares como a Defense Standard (DEF.

STAN), norma das Forças Armadas sobre os sistemas da qualidade. Foi com o surgimento da ISO 9001 que a qualidade começou a ser normalizada. Vale abrir um parêntese. A sigla ISO se refere à International Organization for Standardization. ISO vem da palavra isonomia, sinônimo de igualdade. A entidade foi criada em 1946, com o fim da Segunda Guerra Mundial, quando representantes de 25 países se reuniram em Londres e decidiram criar nova organização para padronização com o objetivo de “facilitar a coordenação internacional e a unificação de padrões industriais”. A entidade não governamental iniciou suas atividades em 23 de fevereiro de 1947 na sede em Genebra, Suíça. Atualmente está presente em cerca de 160 países como Brasil, onde é representada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, a ABNT. Em 1987 surgiu a primeira norma, chamada ISO 9000:1987, que teve base na BS-5750 (British Standard), norma militar de origem britânica. No caso do Brasil, era a NBR ISO 9000:1987, que apresentava a tradução literal do texto original com seus 18 requisitos. Era a primeira de uma família de normas NBR ISO 9000:1987 (9001, 9002, 9003 e 9004) aprovadas. A evolução desta norma ocorreu com a NBR ISO 9001:1994, com foco em ações preventivas, projetos e serviços associados. Uma revisão com nova visão sobre a gestão do sistema de qualidade viria com a NBR ISO 9001:2000, com abordagem por processos e conceito PDCA (do inglês: Plan, Do, Check, Act) aplicado aos processos. Sua próxima versão, a NBR ISO 9001:2008, surgiu com mudanças sutis para melhoria do entendimento. Hoje, as organizações contam com o suporte do IQA (Instituto da Qualidade Automotiva), organismo de certificação acreditado pelo Inmetro, para implementar a nova versão da NBR ISO 9001:2015, que foi totalmente reformulada com enfoque no conceito de Qualidade Holística para uma gestão da qualidade com visão mais abrangente de todo o processo que a envolve. O prazo para realizar a transição é 18 de setembro de 2018. Melhor já começar! Joe Tolezano Coordenador técnico do IQA – Instituto da Qualidade Automotiva




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