REVISTA MEIO FILTRANTE - n 85 - Março/Abril 2017

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REVISTA

E

www.meiofiltrante.com.br

PORTAL

Esp e c i a l i za d a e m F i lt r a ç ã o - Se p a r a ç ã o - Tra t a me nt o d e Ág ua - M ei o Amb i e nt e

SEINECA APRESENTA ESTRATÉGIA

PARA CONQUISTAR O BRASIL

•Filtros sinterizados suportam altas pressões e temperaturas em ambientes muito corrosivos

•Filtro Prensa no tratamento de água e efluentes •Automec movimenta indústria de veículos leves e pesados


THIS IS FUEL EFFICIENCY Separadores de Água Parker Racor

Separa a água do diesel e proporciona a melhor eficiência e a mais avançada tecnologia ao motor de seu veículo.

O E-Max quebra paradigmas relacionados ao uso de materiais plásticos para esta aplicação, com viabilidade técnica comprovada e redução de peso total do veículo, proporcionando assim melhor desempenho energético. parker.com.br


EDIÇÃO

Nesta

85 Março/Abril 2017

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Filtro Prensa no tratamento de água e efluentes

Seineca apresenta estratégia para conquistar o Brasil

28 ESPECIAL No Coração da Mata Atlântica, empresa tratou mais de 630 milhões de litros de água contaminada com óleo 37 ESPECIAL AUTOMOTIVO Investimentos no Brasil somam R$ 40 bilhões

44 TRATAMENTO DE ÁGUA Processo de filtragem por osmose reversa é útil em diversos setores 46 FILTROS INDUSTRIAIS Filtros sinterizados suportam altas pressões e temperaturas em ambientes muito corrosivos SEÇÕES:

38 FILTRAÇÃO DO AR A parceria entre filtros e sistemas de climatização é essencial

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Características de consumo deve nortear escolha do filtro residencial

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06 FILTRADO 08 MERCADO

Automec movimenta indústria de veículos leves e pesados


Diretora - Editora Rogéria Sene Cortez Moura editora@meiofiltrante.com.br Redação/Reportagem Anderson V. da Silva, Carla Legner, Cristiane Rubim; Dayane Cristina da Cunha Fernandes e Suzana Sakai jornalismo@meiofiltrante.com.br Comunicação Loiana Cortez Moura comunicação@meiofiltrante.com.br Criação, Editoração e Web Anderson Vicente da Silva, Loiana Cortez Moura e Paula Zampoli Publicidade Yara Sangiacomo publicidade@meiofiltrante.com.br Assinaturas, Circulação e Atendimento ao Cliente: Tel.: +55 11 4475-5679 atendimento@meiofiltrante.com.br

Conselho Editorial: Adriano de Paula Bonazio; Alex Alencar; Alice Maria de Melo Ribeiro; André Luis Moura; Atsushi Gomi; Caio Guilherme Barbosa; Carlos Mourão; Cláudio Chaves; Francisco Gomes Neto; Genaro Pascale Neto; Geraldo Reple Sobrinho; Helmut Zschieschang; Hermann Queiser; Jeffrey John Hanson; João Moura; José Luis Tejon Megido; Julio Trujillo; Laíssa Cortez Moura; Leonardo Zanata; Lucas Cortez; Luciano Peske Ceron; Marcia Brunini Truite Hanson; Mauro Urbinati; Marco Antônio Simon; Paulo Roberto Antunes; Patrick Galvin; Pedro Verpa; Plínio Centoamore; Ricardo Saad; Robert Scarlett; Tárcia Rita Davoglio; Tarcisio Costa; Valter Medina; Valdir Montagnoli; Vinicius Stoco Patricio e Walter Luiz Polônio. Colaboraram nesta edição: Paulo Roberto (Parker); Simone M. Queiroz (Tecfil); Abrafiltros (Diretoria); Luciana Beneton e Fernando Brusadin Queiroz (Tecitec); Kelly Carvalho e Victor Chinaglia Simões (Fiorella); Juliano Frizzo (Filtros Planeta Água); Renato Bruno (Unifilter); David Siqueira de Andrade e Gabriela Oppermann (Supply Service); César Costa, Oscar Talmeli e Ricardo Tetsuo (Wega Motors); Eduardo Valenzuela e Priscila Brandão (Mas-Tinbras); André Luis Moura e Valdir Montagnoli (Laffi Filtration); Dirk Huber (Erwin Junker); Edgard Luiz Cortez e Lucas Cortez Moura (Iteb); Thiago Lima (Saati); Celymar Ventini Pinotti (Filtros Free); Sérgio Gazarini, Fang Cai, André Huang e Marcelo Mendes (Seineca); Alysson Padovani (Flexível); Claudia Montesso e Djalma Baúte (Poli-Filtro); Maurício Heinzle (Andritz Separation); Alberto A. Rodriguez (Bomax); Talita Peres (KSPG); Marcelo Silva (Fram/Sogefi); Marcela Cristina Branco Rodrigues Diniz (Freudenberg); Raquel F. B. Galli e Nelma Tinello (Filtros Brasil); Wili Colozza Hoffmann (Anthares); Luciano Figueiredo (Grupo Veco); Alex Galiotto (Reintech); Daniel Rodrigues (Brats); Sérgio Cintra (Metalsinter); Dirk Reiner Muller (GKNFiltros); Juan Arias (EG Filtros); Anderson Alves Oliveira (Pentair Water); Fabio de Oliveira Pinto (Asstefil) e Kelly Vieira Costa Santos. Assessoria Jurídica Candido, Rozatti e Spinussi Adv. Associados Tel.: +55 11 4438-8173 - www.crsaa.com.br A Revista MEIO FILTRANTE é uma publicação da L3ppm - L Três publicidade, propaganda e marketing Ltda. Trav. Gilda, 34 – Vila Gilda CEP 09190-520 - Santo André - SP Tel.: +55 11 4475-5679 www.meiofiltrante.com.br Impressão e Acabamento Gráfica IPSIS - www.ipsis.com.br

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EDITORIAL

15 anos de Meio Filtrante

O número 15 é repleto de simbolismos em nossa cultura e marca importantes situações de passagem e amadurecimento. Uma ocasião especial e muito aguardada na vida das mulheres, a festa de 15 anos foi se transformando ao longo do tempo e deixou de ser um rito das famílias abastadas, de apresentação da mulher para a sociedade visando um bom matrimônio, para se transformar numa cerimônia que marca uma fase de maturidade e conquista, que denota que a outrora criança, ao entrar na adolescência está pronta para novos voos e responsabilidades, rumo à vida adulta. No casamento, a data é normalmente associada às bodas de cristal, caracterizadas por sentimentos nobres, sólidos e a transparência que devem pautar o relacionamento entre pessoas que se amam. Também é o símbolo da vitalidade e da consolidação da pureza de intenções na busca de objetivos comuns e da união da família. E foi em abril de 2002 que nosso sonho começou a se cristalizar, com a publicação da primeira edição da Revista e do portal Meio Filtrante, que vieram com o propósito de promover o intercâmbio de informações técnicas sobre o mercado de filtros, unir as empresas e profissionais desse fascinante universo, tão necessário à manutenção da vida. Nesses 15 anos de muitas lutas e desafios, queremos agradecer a cada um dos nossos familiares, colaboradores, leitores, anunciantes, clientes, fornecedores e amigos, pela contribuição nessa conquista. A vocês, dividimos os parabéns e dizemos muito obrigado, com a certeza de que nossa jornada ainda é longa e que tudo o que fazemos tem uma grande dose de paixão e muita dedicação, para poder evoluir continuamente e entregar sempre o melhor resultado, expresso em nossas páginas e na internet. Nesta edição trazemos como matéria de capa, a história e a estratégia da Seineca, uma das principais fabricantes de filtros da China, para ampliar a operação e conquistar uma participação significativa no concorrido mercado de filtros automotivos no Brasil. E mais: o uso do filtro prensa no tratamento de água e efluentes; as expectativas para a Automec; uma análise sobre filtros sinterizados, que suportam altas pressões e temperaturas em ambientes corrosivos; HVAC e sistemas de filtragem; e muitos outros temas de interesse. Obrigada por partilharem do nosso sonho e que possamos estar juntos, por muitas e muitas edições. Boa leitura! Rogéria Sene Cortez Moura Editora


Todos juntos fazem um trânsito melhor.


FILTRADO Março/Abril Meio Filtrante

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Abrafiltros destaca ações realizadas em 2016 No ano em que celebrou dez anos de atividade, a Abrafiltros - Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas Automotivos e Industriais, realizou diversas ações em prol do desenvolvimento do setor de filtração. “Tivemos uma agenda intensa de trabalho, com o propósito de atender os associados e promover avanços para o mercado”, afirma João Moura, presidente da entidade. O Programa Descarte Consciente Abrafiltros de logística reversa de filtros usados do óleo lubrificante automotivo cumpriu as metas estabelecidas nos estados onde está implantado - São Paulo, Paraná e Espírito Santo, tendo ainda havido a renovação do Termo de Compromisso no Paraná, que tem vigência de quatro anos. No geral, em 2016 foram reciclados mais de 2,3 milhões de filtros e o resultado contribuiu para alcançar a expressiva marca de filtros reciclados desde o início do programa em 2012, vide box ao lado. Entre as atividades, a Abrafiltros, por meio da equipe e do corpo diretivo, promoveu no ano passado 26 reuniões das Câmaras Setoriais de Filtros Automotivos e Industriais, realizou a comemoração dos 10 anos da entidade, desenvolveu trabalhos jurídicos e tributários acerca da classificação fiscal de filtros de combustível, além de implementação da área comercial da entidade e apoio institucional ao IX Simpósio Internacional de Lubrificantes, Aditivos e Fluidos e à Pollutec Brasil - Feira Internacional de Tecnologias e Soluções Ambientais e participação em diversas feiras ligadas ao setor, incluindo a Filtech, na Alemanha, para acompanhar as tendências do setor de filtração, gerar novos contatos e informações aos associados. A entidade também realizou o primeiro workshop da área de filtros industriais e o

Ciclo de Palestras Abrafiltros, com temas de interesse como a crise política no Brasil e os reflexos na iniciativa privada; engajar e fidelizar clientes e colaboradores em tempos de crise; a produção de árvores para atender a indústria; e as perspectivas de crescimento para 2017, abordados por especialistas em cada setor. Iniciou ainda ações para desenvolvimento da pesquisa de desempenho do setor e realizou a eleição da nova diretoria para o biênio 2017/2018. “Registramos nosso agradecimento à Diretoria, associados, prestadores de serviço e a nossa equipe de trabalho. Em um ano difícil e turbulento, conseguimos com o empenho de todos superar as dificuldades e obter resultados significativos, o que demonstra que com união e perseverança, é sempre possível avançar”, finaliza Moura.

Programa Descarte Consciente Abrafiltros já reciclou mais de 7 milhões de filtros usados do óleo lubrificante automotivo O programa Descarte Consciente Abrafiltros de logística reversa dos filtros usados do óleo lubrificante automotivo, terminou o ano de 2016 com o recorde de 7.044.919 filtros reciclados, desde quando foi implantado em São Paulo em julho de 2012. A estimativa considera o peso médio de 390 gramas por filtro entre veículos leves e pesados, sendo que o volume total dos filtros reciclados chegou a 2.747.518 kg em dezembro de 2016. A previsão para 2017 é que sejam coletados 1.009.350 kg de filtros usados de óleo lubrificante automotivo em 123 municípios dos três estados, equivalente a reciclagem de 2.588.077 filtros usados do óleo lubrificante automotivo.


Poli-Filtro diversifica linha de produtos e expande mercado de atuação Como parte da expansão estratégica e diversificação de mercado implatado pela gestão da Poli-Filtro, a empresa iniciou o processo de distribuição de óleos lubrificantes para atender uma necessidade de nossos clientes, o mercado de autocenters e consumidores. A nova linha de produtos comercializado pela empresa é fabricado pela YPF, considerada a terceira maior pretolífera das Américas, e líder em exploração e produção de hidrocarbonetos na Argentina. Sendo a maior empresa na Argentina, com 40% de market share em lubrificantes, soma mais de 1500 postos de combustível e um faturamento de 17 bilhões de dólares ao ano. Sua planta de lubrificantes, em La Plata, é uma das mais modernas da América Latina, com excelência em qualidade e as certificações ISO 9001, 14001 e TS 16496.

A empresa começa disponibilizar para o mercado uma linha completa de lubrificantes para carros de passeio e veículos pesados e extra pesado, Djalma Baute, gerente geral da empresa, comenta “Fomos atrás de um dos maiores fabricantes do mundo, com produtos de qualidade e preço competitivo, e esta nova linha complementa significativamente nosso portfólio de produtos”, finaliza. A Poli-Filtro é atualmente a maior distribuidora de filtros automotivos para equipamentos pesados do Brasil e a nova linha de produtos e atuação complementa as ações e estratégias da empresa para chegar a outros mercados de atuação e fortalecer ainda mais a sua presença em áreas regionais, que possuí matriz em São Paulo e filiais em Cuiabá, Manaus e Porto Alegre. Saiba mais: www.polifiltro.com.br


MERCADO Março/Abril Meio Filtrante

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GM e Honda estabelecem primeira operação conjunta da indústria para a fabricação de um sistema de célula de combustível A General Motors (GM) e a Honda anunciaram o estabelecimento da primeira joint-venture da indústria automotiva para a produção em massa de um sistema avançado de células de combustível de hidrogênio que será utilizado nos futuros produtos das marcas. Denominada “Manufatura de Sistema de Células de Combustível, LLC” (Fuel Cell System Manufacturing, LLC), a nova empresa irá operar dentro da fábrica de baterias da GM em Brownstown, Michigan. A produção em massa está prevista para iniciar por volta de 2020 e gerar aproximadamente 100 novos empregos. As empresas estão realizando aportes igualitários, totalizando um investimento de $85 milhões na joint-venture. Honda e GM vêm trabalhando juntas por meio de um acordo de colaboração anunciado em julho de 2013, que estabelece um convênio de codesenvolvimento para a próxima geração de sistemas de células de combustível e tecnologias de armazenamento de hidrogênio. As empresas integraram as equipes de desenvolvimento e compartilharam conteúdo de propriedade intelectual para criar uma solução comercial mais acessível para a tecnologia, bem como para sistemas de célula de combustível e armazenamento de hidrogênio. “Nos últimos três anos, engenheiros da Honda e GM têm trabalhado como um time único, em que cada empresa fornece seu conhecimento específico para criar a próxima geração de sistema de célula de combustível compacto e de baixo custo”, afirma Toshiaki Mikoshiba, diretor de operações da Honda para a América do Norte e presidente e CEO da Honda América do Norte. “A base desse excelente trabalho em equipe agora nos levará ao estágio de produção em massa de um sistema de células de combustível que irá ajudar cada empresa a criar no futuro um novo valor para seus clientes em veículos movidos a células de combustível”. A joint-venture será operada por um conselho de administração composto por três executivos de cada empresa. Além disso, o posto da presidência será rotativo, intercalado entre as empresas. As duas marcas são líderes reconhecidas em tecno-

logias de célula de combustível com mais de 2.200 patentes, de acordo com o Índice de Crescimento de Patentes de Energia Limpa (Clean Energy Patent Growth Index). A GM e Honda aparecem no ranking como número 1 e número 3, respectivamente, em número de patentes de células de combustível registradas entre 2002 e 2015. “A junção de dois líderes em inovação de célula de combustível é um importante desenvolvimento no sentido de levar as células de combustível para as aplicações dominantes de propulsão”, diz Mark Reuss, Vice-presidente executivo de Desenvolvimento de Produto Global, Compras e Cadeia de Fornecedores da GM. “A eventual implantação desta tecnologia nos veículos de passageiros criará opções de mobilidade mais diferenciadas e ambientalmente amigáveis para os consumidores”, completa. A tecnologia de célula de combustível aborda muitos dos principais desafios enfrentados pelos automóveis na atualidade: dependência do petróleo, emissões, eficiência, autonomia e tempo de reabastecimento. Veículos movidos a célula de combustível podem operar com hidrogênio produzido a partir de fontes renováveis como eólica e biomassa. O vapor d’água é a única emissão de veículos desse tipo. Além de aprimorar o desempenho do sistema de células de combustível, GM e Honda estão trabalhando para reduzir o custo de desenvolvimento e fabricação por meio de economias de escala e fornecedores comuns. “Com o sistema de células de combustível de última geração, a GM e a Honda estão dando um importante passo em direção a custos menores e produção de maiores volumes de sistemas de células de combustível. Metais raros já foram drasticamente reduzidos e uma equipe multifuncional está desenvolvendo processos de fabricação avançados simultaneamente a melhorias em design”, disse Charlie Freese, diretor-executivo da GM na “Fuel Cell Manufacturing System”. “O resultado é um sistema com menor custo que tem uma fração do tamanho e massa”, finaliza.


Foton começa a vender caminhões feitos no Brasil em março A Foton planeja para março o início das vendas de seus primeiros caminhões feitos no Brasil, que estão sendo montados na fábrica da Agrale em Caxias do Sul (RS) a partir de um acordo entre as duas montadoras anunciado no ano passado. Em comunicado divulgado, a empresa reforça que segue com a montagem dos veículos na fábrica da Agrale até a conclusão de sua própria fábrica que deve funcionar na cidade de Guaíba (RS). A Foton Caminhões, importadora oficial e representante da Foton Motor Group da China, pretende com o início das vendas do modelo nacional lançar a linha MiniTruck, com os modelos 3.5 12DT, 3.5 14ST e 3.5 14DT, além do 10 – 16, que se-

gundo a empresa, já atende os requisitos exigidos pelo BNDES para financiamento via Finame. “Temos mais de 40 fornecedores nacionais que já estão nos atendendo. Estamos recebendo peças, aprovadas por nossa engenharia, desde o final do ano passado”, afirma o diretor de engenharia e desenvolvimento da Foton Caminhões, Leandro Gedanken. O CEO da empresa, Luiz Carlos Mendonça de Barros, aponta para um início de um cenário melhor em 2017: “Todos os sinais econômicos apontam para uma recuperação no setor, ainda que lenta, porém consistente e contínua. Por isso queremos ter nosso produto nacional já no início deste ano”, afirma em nota. Fonte: Automotive Business

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, apresentou os resultados da indústria automobilística no primeiro mês do ano. Os dados apontam uma retração de 5,2% no licenciamento de autoveículos: foram 147,2 mil unidades em janeiro contra 155,3 mil no mesmo período de 2016. Quando comparado com as 204,3 mil unidades comercializadas em dezembro de 2016, a queda é de 28%. Para Antonio Megale, presidente da Anfavea, o resultado ficou ligeiramente abaixo das expectativas: “Já esperávamos que o mês de janeiro e o primeiro trimestre como um todo fossem difíceis. Afinal, apesar de diversos indicadores já apontarem sinais positivos, o nível de desemprego ainda está alto. Nossa expectativa para o restante do ano é de uma melhora gradual”. A produção em janeiro chegou a 174,1 mil, um crescimento de 17,1% em relação a janeiro de 2016, com 148,7 mil. Na análise contra as 199,9 mil unidades fabricadas em dezembro do ano passado, recuou 12,9%. As exportações ficaram em 37,2 mil unidades, superior em 56% ante as 23,8 mil de igual período do ano passado, mas 40,8% menor do que as 62,8 mil unidades enviadas para outros países em dezembro passado. Caminhões e ônibus — O segmento de caminhões registrou 2,9 mil unidades negociadas, contração de 33,3% sobre as 4,4 mil de janeiro do ano passado e de 33,8% contra as 4,5 mil unidades de dezembro de 2016. A produção de caminhões cresceu 7,8%: foram 4,5 mil

produtos em janeiro de 2017 e 4,2 mil no mesmo mês de 2016. Contra as 4,1 mil unidades fabricadas em dezembro do ano passado, a alta foi de 9,3%. As exportações no setor ficaram 26,5% maiores em janeiro, com 1,0 mil unidades sobre as 0,8 mil do primeiro mês do ano passado, e apresentaram recuo de 56,2% frente as 2,4 mil unidades de dezembro. O licenciamento de ônibus declinou 51,2% ao se defrontar as 0,5 mil unidades de janeiro deste ano com as 1,0 mil do mesmo mês de 2016. Quando comparado com as 0,7 mil unidades de dezembro, o setor retraiu 24,3%. A produção de chassis para ônibus mostrou diminuição de 9,1% no resultado: foram 1,1 mil unidades em janeiro e 1,2 mil no primeiro mês do ano passado. Sobre as 0,9 mil de dezembro de 2016 houve acréscimo de 9,9%. Máquinas agrícolas e rodoviárias — As vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias em janeiro ficaram superiores em 74,9%, com 2,8 mil unidades contra as 1,6 mil do primeiro mês do ano passado. Na análise contra dezembro de 2016, quando 4,2 mil unidades foram negociadas, o resultado caiu 33,6%. A produção cresceu 82,2%: foram 3,0 mil unidades neste primeiro mês do ano e 1,7 mil em 2016. Contra dezembro, com 5,7 mil unidades, o balanço mostrou uma diminuição de 47,1% na fabricação de novos produtos. As exportações de 477 unidades no primeiro mês de 2017 subiram 42,4% contra as 335 do ano anterior, mas caíram 49,8% sobre as 950 unidades de dezembro.

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Março/Abril Meio Filtrante

Produção de veículos cresce 17,1% em janeiro de 2017 , diz Anfavea


Fotos : Divulgação Seineca

CAPA

Fachada da fábrica Seineca na China

Seineca apresenta estratégia para conquistar o Brasil

Março/Abril Meio Filtrante

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Unindo tradição, tecnologia, qualidade e nova área comercial, Seineca amplia operação com foco em filtros automotivos

osicionada entre as principais fabricantes de filtros da China, a Seineca está colocando em prática uma nova estratégia de negócio para se tornar a primeira fabricante chinesa de filtros automotivos a obter participação significativa de mercado em nosso país. Ciente do tamanho do desafio, a empresa preparou um planejamento estratégico específico para o Brasil, amparada no know-how de possuir uma marca consolidada que movimenta mais de US$ 22 milhões por ano e tem produtos de qualidade reconhecida em 48 países. O principal pilar dessa investida se baseia no fato que a Seineca, que iniciou operação no Brasil em 2007 com a linha de acessórios automotivos, vem conduzindo ao longo dos anos um estudo criterioso do mercado para obter as melhores condições visando à comercialização da linha de filtros automotivos, o carro-chefe e foco da empresa.

“Com esse objetivo, iniciamos no final de 2015 a otimização do ecossistema de produtos no Brasil para refletir o novo posicionamento da marca, que recebeu o slogan “É mais Filtro”, reforçando que os filtros automotivos são o foco da operação”, explica Fang Cai, diretor de marketing da Seineca. “Retiramos diversas linhas de produtos, principalmente acessórios, para evidenciar ao mercado a imagem de fabricante de filtros”. Em apoio à iniciativa, em 2016 a organização contratou Sergio Gazarini, profissional com profundo conhecimento do mercado de filtros automotivos brasileiro, como diretor comercial. “Também consolidamos investimentos e mudanças no Centro de Distribuição, para atender o aumento do portfólio”, continua Fang Cai. “Queremos demonstrar ao consumidor brasileiro e ao distribuidor autorizado, o respeito pela qualidade do produto e pelo atendimento. Não pouparemos esforços para conquistar o mercado


Sergio Gazarini diretor comercial

Foco em filtros

O slogan “É mais filtro” encontra amparo nos números e na posição de destaque que a empresa ocupa na China, onde detém 20% de market share especificamente no segmento de filtros automotivos. “É uma participação expressiva, considerando o tamanho da China, número de habitantes e a forte concorrência”, ressalta Fang Cai. A Divisão de Filtros, inaugurada em 2004, possui atualmente 5.500 modelos, sendo 25% de filtros

de combustível, 40% filtros do óleo, 25% filtros de ar e cabine e 10% outros filtros, deixando claro que não faltarão opções para o mercado brasileiro. O nível de especialização também é elevado, sendo que dos 200 colaboradores na Divisão de Filtros, 60 são engenheiros. “O sucesso também se explica graças ao compro-

Nome teve origem na França

Há quem associe Seineca ao filósofo Sêneca. Entretanto, a origem se deu quando os dois fundadores, Steven Xie e Alan Cai, foram a uma feira de negócios na França. Amigos desde a faculdade, se formaram em Gestão e Negócios, sendo ambos da província Zhejiang, centro industrial de peças automotivas na China. Steven se especializou em Negócios Internacionais e Alan em Finanças Públicas. Depois da feira resolveram caminhar sobre a ponte que atravessa o Rio Sena, para discutir oportunidades de negócios. E foi nessa ocasião que surgiu o nome Seineca, sendo “Seine” referente ao Rio Sena e “Ca” uma analogia a carro em inglês, devido a um veículo que atravessou a ponte em alta velocidade e chamou a atenção dos amigos, indicando o rumo para os negócios. Curiosamente, o nome Seineca também pode ser relacionado à trajetória da empresa no Brasil, dessa vez pela correlação do rio com a cidade do Rio de Janeiro, onde a organização se estabeleceu; e o nome Sena, que faz analogia a Ayrton Senna e sua busca pela superação de desafios através do automobilismo.

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com lançamentos constantes, equipe de profissionais de pós-vendas e materiais informativos, usando os mais modernos meios de comunicação e mídia digital”, explica Gazarini. “Iremos atuar em todo o território nacional com representantes comerciais, mantendo uma comunicação presente e atualizada através de uma equipe de apoio comercial, técnico e promocional, usando uma rede de distribuidores de autopeças e especialistas em filtragem automotiva para chegarmos até o consumidor final”. Sediada no Rio de Janeiro, a operação da Seineca acontece em duas frentes, através da H3 Trading, na Barra Tijuca, para operações comerciais e garantias; e da AMZ, centro de distribuição localizado no Jardim América, para armazenagem e toda a operação logística dos produtos. “O objetivo da Seineca é dar ênfase nas linhas de sua fabricação, que são os filtros automotivos, juntas homocinéticas, palhetas e sensores, novidade no portfólio que será trabalhado no Brasil”, diz Gazarini. “Nas linhas complementares teremos bombas de injeção, caixa de direção, amortecedores de porta-malas, correias, lâmpadas e buzinas automotivas”.


A trajetória da China ao Brasil

Linha de Filtros de Ar

misso da Seineca de oferecer produtos de qualidade com preços competitivos, investimentos contínuos na qualificação das pessoas, pesquisa e desenvolvimento, e maquinários de ponta, o que contribui para a otimização da produção”, comenta Fang Cai. A rede de distribuição é um dos principais pontos para o sucesso dos negócios, e a empresa tem atuado de maneira a garantir uma forte presença e a disponibilidade de produtos no país. “Realizamos diversos cruzamentos de dados e cálculos para estruturar o plano de produção, a fim de evitar rupturas e abastecer imediatamente os distribuidores. Estamos bem alinhados com a equipe e o calendário da China”, explica André Huang, Diretor Administrativo da Seineca no Brasil.

Fundada em Wenzhou, cidade da província de Zhejiang, com o nome de Zhejiang Seineca Automotive Ind., a empresa teve sua marca registrada em duas ocasiões, novembro de 2002 e fevereiro de 2003, com sede na zona industrial de Jingsan Road Wanquan. Os fundadores Steven Xie e Alan Cai queriam adquirir experiência de mercado e resolveram iniciar uma trade para atuar como intermediários para fornecedores de peças e acessórios automotivos. Assim, supriram a falta de know-how na área comercial que os fornecedores tinham e ao mesmo tempo, passaram a ser a solução aos importadores que não tinham facilidade de negociar por causa da barreira da linguagem.

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CAPA

Qualidade e diferenciais da marca

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Entre as características dos produtos, a Seineca procura utilizar a melhor tecnologia existente e um rígido controle das matérias-primas para manter a performance de qualidade assegurada, sendo detentora das certificações ISO/TS16949 e ISO 9001:2015. “Um importante diferencial que demonstra o compromisso com a qualidade, é que tanto os produtos da nossa fabricação quanto os complementares levam o nome Seineca, sendo a qualidade um dos principais fatores para a susten-

Steven Xie e Alan Cai

A Seineca trabalhava com diversos produtos automotivos e expandiu sua atuação para outros países, participando de feiras internacionais e, em paralelo, investindo no projeto Filtros que Steven Xie liderava por considerar uma oportunidade em um nicho que ainda era carente de fornecedores de qualidade. E com o tempo, o principal objetivo da empresa passou a ser fabricar e fornecer filtros.

Credibilidade e expansão Linha de Filtros de Óleo

Em junho de 2004 foi fundada uma nova divisão, a fábrica de filtros com 8.000 m 2


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Produção Seineca

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para atender o mercado chinês, com a marca Kenlee. A Seineca passou a ter duas divisões: Trade e Filtros. Reafirmando a importância da qualidade, em 2005 a fábrica foi certificada com a ISO 9001. Steven e Alan passaram a ter forte influência no mercado devido ao relacionamento construído com tempo. Foram a muitos jantares de negócios, que são extremamente importantes e bastante significativos na China, pois culturalmente é assim que passam a conhecer as pessoas e como levam a vida fora dos negócios, aspecto muito valorizado na cultura local, principalmente quando se trata de família. O resultado trouxe parcerias mais sólidas, qualidade das matérias-primas e melhores preços. Em 2007, a fábrica de filtros já fornecia para outros países e surgiu a oportunidade de levar a marca para o Brasil, mas os filtros ficaram em segundo plano porque ainda era necessário entender a demanda do mercado brasileiro e a estrutura necessária para garantir um bom atendimento. Assim, optaram pela linha de acessórios automotivos por meio de representação, não deixando de estudar o mercado de filtros. Em poucos anos, os resultados superaram as expectativas e criaram melhores condições para a futura implantação da linha de filtros. Em 2008, a Seineca recebeu a certificação TS16949 e criou duas novas divisões, a

fábrica de sensores e a fábrica de palhetas. Com os bons resultados, a Divisão de Trade foi alocada para um novo escritório de 300 m2. Em 2010, a Seineca assumiu o controle de uma nova fábrica e criou a Divisão de Juntas Homocinéticas. Nesse mesmo ano, iniciou a participação na AAPEX, em Las Vegas. O ano de 2011 foi de grandes decisões e marcado pelo início da construção da nova sede de 40.000 m 2, para reunir todas as fábricas e os mais de 310 funcionários. “Era o momento de desenvolver uma nova marca que pudesse refletir o tamanho da empresa”, lembra Fang Cai. “Decidimos adotar uma nova identidade de marca e reposicioná-la no mercado, mostrando a capacidade fabril com foco nos filtros automotivos”. O novo posicionamento já começava a refletir no Brasil e a marca passou a ter um símbolo inspirado nos arcos da ponte do Rio Sena, nas pessoas que dirigem e no filtro visto de cima. A mudança fortaleceu a imagem da Seineca como fabricante e montadora, e não apenas uma trade, característica ligada ao início da organização. Em 2014, a construção foi concluída e todas as divisões foram reunidas no mesmo local, mantendo o espaço de 8.000 m 2 dedicado à fabricação dos filtros. Em 2015, era chegado o momento de iniciar o processo de implantação da linha de filtros Seineca no Brasil.


CAPA Março/Abril Meio Filtrante

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tação da marca”, diz Gazarini. “Monitoramos cada etapa da produção e também realizamos a inspeção das matérias-primas, e nosso laboratório de testes está sendo totalmente renovado com novos maquinários”, complementa Fang Cai. “Uma das missões da Seineca tanto aqui no Brasil quanto lá fora é de acabar com o estereótipo negativo dos produtos chineses. Por um bom tempo as pessoas criaram repulsa aos conhecidos ‘Xing-Lings’, produtos de péssima qualidade e que até hoje existem devido a um grande número de clientes/marcas irem à China em busca do menor preço. Porém, ao olhar os produtos das grandes marcas líderes do setor eletrônico, automotivo ou vestuário, comprova-se o verdadeiro nível de qualidade e produtividade ‘Made in China’, determinada pelo cliente/marca, não pelo fabricante. A Seineca como marca e fabricante quer melhorar a imagem dos produtos chineses. Por isso, determina a qualidade das matérias-primas, produz e acompanha cada etapa até chegar ao consumidor final, fazendo o que as grandes marcas chinesas estão fazendo no mercado internacional: apresentando produtos de qualidade e com preços competitivos”, comenta Fang. O sistema de garantia também ganhou atenção especial. “Nosso processo de garantia funciona de forma prática. Quando há casos que são de simples análise visual da peça em prazo de garantia, autorizamos o distribuidor a realizar a troca imediata. Quando há casos com danos e ressarcimento, realizamos uma avaliação técnica por abranger aspectos mais complexos. Buscamos investir ainda mais nesse departamento, para que o cliente tenha a segurança de que terá todo apoio ao comprar nossos produtos”, diz Fang Cai.

Oportunidade de crescimento

Devido as dimensões continentais e importância na América Latina, o Brasil é visto como um centro de negócios com potencial pela Seineca, mesmo diante do conturbado momento econômico do país. “Projetar o futuro, em um país imediatista como o Brasil, e uma visão mercadológica de mundo, tendo como parâmetro o atual governo de Donald Trump, é algo complexo no mundo de hoje, cada vez mais dinâmico e interligado econômica, tecnológica e politicamente”, diz Marcelo Mendes, gerente de planejamento. “Escolher uma boa rota, aproveitar oportunidades e precaver-se de escolhas erradas é essencial”.

Showroom

No geral, Mendes tem uma visão positiva para este ano. “A expectativa para alguns nichos é no mínimo salutar, mas do ponto de vista técnico, com o recuo nas estimativas da inflação acompanhada por uma melhora nas projeções para o mercado, e um leve incremento dos indicadores, dentre eles o dólar, tem-se a possibilidade de uma pequena melhora para 2017. Portanto, as expectativas podem sim, ser consideradas positivas”, analisa. “Assim, vamos continuar investindo, porém com planejamento e cautela. Nesse cenário, os empresários devem enxergar o limiar do mercado, que normalmente se resume na conjuntura econômica. Porém, existe o antagonismo entre a crise e a oportunidade, e acredito que com bom senso e coerência, a Seineca possa se consolidar e ganhar mercado gradativamente”, finaliza Mendes. Seineca

Linha de Filtros de Cabine

Site.: www.seineca.com.br Tel.: (21) 3590-7878



Foto: Divulgação Tecitec

EQUIPAMENTOS Carla Legner

Filtro Prensa no tratamento de água e efluentes

Março/Abril Meio Filtrante

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Filtro Prensa da Tecitec

s Filtros Prensa são equipamentos amplamente utilizados no tratamento de águas e efluentes, pois são uma opção vantajosa para quem quer baixo custo de manutenção, menor consumo de energia, pouco gasto no descarte de resíduo, possibilidade do reaproveitamento do material retido e concentra elevada área de filtragem em pequeno espaço físico de instalação. Trata-se de um processo de separação sólido e líquido, com a função de remover as partículas sólidas indesejáveis encontradas nestas soluções. Nessa separação, o usuário pode recuperar, aproveitar e limpar uma solução, atendendo assim a legislação de meio ambiente e/ou dar características novas para produtos obtidos por soluções aquosas em que se quer industrializar o líquido ou o sólido obtido no processo.

São utilizados tanto pelas indústrias como no tratamento de esgotos de grandes metrópoles. De acordo com Maurício Heinzle, diretor comercial da Andritz Separation, esses filtros são definidos nestes projetos quando se busca um maior teor de sólidos secos com um baixo consumo de energia elétrica, depositando o material num aterro sanitário, evitando o transporte e depósito de água. Também podem ser empregados em Estações de Tratamento de Efluentes para desidratação do efluente reduzindo o volume de lodo gerado, e assim diminuir os custos de destinação de lodo. Em processos de mineração, fertilizantes e químicos na separação final do produto final sólido do líquido, pois permite se obter uma torta bem seca com possibilidade de se obter concentrações de sólidos na torta acima dos 90%, dependendo do tipo de sólidos que se está filtrando.


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Março/Abril Meio Filtrante

Foto: Divulgação Bomax

Na mineração são empregados em processos partícula a ser removida”, ressalta. que vão desde a filtração de concentrados pasA remoção dos sólidos em suspensão se dá sando pelos processos metalúrgicos/refinarias em função de existir uma série de placas com culminando com o tratamento destes rejeitos, recesso alinhado em sequência observando a onde a principal função é subscolocação de um elemento de tituir as barragens. “Com o Filfiltração entre elas. Quando tro Prensa podemos realizar os bombeado o produto a ser filempilhamentos a seco dos rejeitrado, através do elemento de tos, trazendo segurança a todos. filtração que geralmente é de Na indústria de alimentos e betecido, por sua vez dá passagem bidas também encontrarmos a ao líquido retendo o sólido. LONAS E PLACAS PARA utilização do Filtro Prensa com “Os filtros Prensa são composFILTROS PRENSA grandes destaques, como por tos de um conjunto de placas exemplo, na fabricação de gefiltrantes, revestidas pelo elelatinas, cervejas etc”, completa. mento filtrante. Este pacote de Tel.: 11 2198 2200 - www.tecitec.com.br placas é fechado por um cilinComo funcionam dro hidráulico com pressão de Alberto A. Rodriguez, representante da Bomax 190 a 350 bar. Depois que pacote de placas é explica que o Filtro Prensa é uma máquina mefechado inicia-se o processo de filtração (bomcânica acoplada a uma bomba que através da bear a suspensão para o filtro). A suspensão a sucção do líquido a ser filtrado recalca o mesmo ser filtrada é bombeada para dentro do filtro, no elemento filtrante. O elemento filtrante está por bombas de alta pressão tipo: Pneumáticas projetado para reter as partículas, desta forma de Duplo Diafragma, Peristáltica, Helicoidal, ele vai reter, sob pressão, o tamanho de sólidos Centrífuga”, completa Fernando Brusadin desejados no processo. Para ele, a maior e prinQueiroz, representante da Tecitec. cipal tecnologia está no elemento filtrante. Enquanto a suspensão é bombeada para dentro “Os filtros funcionam no princípio mecânico de do filtro, os sólidos ficam retidos nas lonas filfiltragem de sólidos, por tamanho. Essa combitrantes que revestem as placas, a parte líquida nação de tamanho X elemento filtrante (Tecido (filtrado) permeia pela lona filtrante se escoa fabricado com fios de polipropileno, polyester, através de orifícios e dutos existentes nas etc) vai da necessidade de cada processo e objeplacas e são encaminhados para fora do filtro, tivo industrial. O material do elemento depende enquanto que os sólidos vão se acumulando da compatibilidade do produto a ser filtrado e nas câmaras das placas filtrantes. a escolha do filamento depende do tamanho da Durante o bombeamento da suspensão, que os sólidos se acumulam no interior do filtro (formação de torta), a pressão interna se eleva, fazendo com que a pressão de bombeamento aumente à medida que a pressão da bomba de alimentação da suspensão aumenta, ela vai compactando e espremendo a torta que está sendo formada entre as placas do filtro, e tirando mais unidade, ou seja, concentra ainda mais sólidos na torta. Filtro prensa Prensamax


Março/Abril Meio Filtrante

EQUIPAMENTOS

Foto: Divulgação Andritz

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Filtro prensa da Andritz

Principais sistemas

A tecnologia filtro prensa é a mais conhecida, pois acompanha a humanidade desde a fabricação nos primórdios de vinho e cerâmica. Hoje esta tecnologia avançou ao ponto de ser utilizada em processos onde se busca uma maior concentração de sólidos na torta. Mauricio define os filtros prensa em três categorias técnicas: - Filtros Prensa tipo quadro e placa, neste projeto o material ficará retido no interior do quadro dando passagem ao líquido pelo elemento filtrante tecido ou papel filtrante. Este sistema foi o primeiro a ser utilizado e difundido internacionalmente, mas de pouca tecnologia e não facilitando a descarga do equipamento, portanto muito manual. - Filtros Prensa tipo câmara, num segundo momento o projeto passou por uma evolução muito grande, onde possibilitou o automa-

Foto: Divulgação Andritz

Ao longo deste processo, Fernando explica que à medida que se acumulam sólidos no interior do filtro, a pressão interna se eleva aumentando perda de carga, desta forma reduzindo a vazão de filtrado, até o momento em que o sistema atinja sua capacidade máxima de retenção de sólidos. Iniciam-se então os processos de lavagem das tortas (opcional, com injeção de água, por exemplo) e de secagem das tortas (injeção de ar comprimido), que tem por finalidade expulsar da torta residuais de umidade. Em seguida inicia-se o processo de descarga das tortas, este processo pode ser automático ou manual.

Princípio de funcionamento tipo câmara

tismo completo do equipamento, chegando a excelência de dispensar o operador quando o produto facilitasse a filtração. - Filtros Prensa tipo membrana, chegaram ao melhor projeto, capaz de filtrar produtos de baixos rendimentos de filtração, ou seja, reduzir os tempos de ciclos e atingir os maiores teores de sólidos na torta. Este projeto consiste em preencher o recesso das placas com produto através da bomba de alimentação (enchimento) e na continuidade é possível fazer uma pressurização da membrana (após desligamento da bomba). A pressurização da membrana se dá por intermédio de ar comprimido e ou água. A velocidade de sucção do fluido a ser filtrado proporciona o efeito de arraste dos sólidos. Desta forma quanto maior for a velocidade de sucção, maior será o arraste de particulado e melhor será o processo de filtração. A velocidade de passagem do fluido a ser filtrado pelo meio filtrante ou elemento filtrante influencia na capacidade de retenção dos sólidos por parte do elemento filtrante, assim quanto maior for a velocidade de passagem menor será a retenção de partículas sólidas. A área filtrante interfere diretamente em dois fatores: pressão e velocidade. Quanto maior for a área filtrante menor será a velocidade de passagem e menor a pressão do sistema. “Desta forma concluímos que quanto maior for a área de passagem melhor será o processo de filtração”, destaca Alberto. De acordo com Fernando, os filtros prensa são dimensionados e projetados para atender às necessidades específicas de cada aplicação. O tamanho do filtro varia em função da quantidade e tamanho das placas filtrantes.


podem ter saída de filtrado tipo “saída aberta”, quando as saídas de filtrado são individuais em cada placa, ou ter “saída fechada”, quando as saídas de todas as placas são unidas internamente no conjunto e saem através de um ou mais tubos no cabeçote do Filtro Prensa. As placas também podem ser fabricadas com diferentes materiais, dependendo da aplicação e características do processo. O mais utilizado é o Polipropileno, porém também é possível fabricar placas metálicas: Alumínio, Ferro Fundido e Aço Inox. Os Filtros tipo Prensa também se difere por diferentes níveis de automação: Manual, Semi Automático e Automático. Os modelos semi-automáticos, contam com apenas o sistema de abertura e fechamento do pistão hidráulico motorizado, já os filtros automáticos, contam

Existem diversos tamanhos de placas padrão de filtro prensa e as principais dimensões são: 400x400mm, 500x500mm, 630x630mm, 800x800mm, 1000x1000mm, 1200x1200mm, 1500x1500mm, 2000x2000mm. “O tamanho e quantidade de placas a serem utilizadas serão definidas levando em consideração o volume de suspensão que será filtrado por dia ou ciclo, a porcentagem de sólidos na suspensão, etc. Com estes parâmetros se determina qual volume e área filtrante necessários para atender os requisitos do processo. Assim define-se qual tamanho e quantidade de placas terá o filtro”, completa o representante da Tecitec. Além do tamanho, as placas também se diferem pelo tipo de material construtivo, os principais tipos de placas são: - Quadro e Placa: normalmente utilizados em aplicações onde são utilizados papel como elemento filtrante; - Câmara de Recesso: versão mais utilizada, onde se utiliza elementos filtrantes em tecido (polipropileno, poliéster, poliamida, algodão); - Câmara de Recesso com Membrana de Insulflamento: versão mais moderna, permite a injeção de água ou ar comprimido no centro de cada placa, comprimindo uma membrana termoplástica e assim espremendo ainda mais a torta a fim de retirar mais umidade da mesma Fernando explica ainda que todos modelos

MÍDIA FILTRANTE

Placa membrana removivel, placa recesso e quadro e placa

Mídias Filtrantes de alta resistência com capacidade de retenção de impurezas e odores, proporcionando alta produtividade quando usado em plissadeiras. Gramaturas variadas de 30 a 150g/m² e largura até 2500mm. Mantém a permeabilidade regular e homogênea, com espessura e rigidez que podem ser adequadas a aplicação desejada.

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Março/Abril Meio Filtrante

Foto: Divulgação Tecitec

A Fiorella possui uma ampla linha de produtos especialmente desenvolvidos para indústria de filtros, fabricados em poliéster ou viscose.


Foto: Divulgação Andritz

com sistemas automatizados controlados por CLP, onde todas as operações do filtro são automatizadas. Desde o controle e comando de bombas, tempos e pressões de filtração, até a abertura automatizada das placas, descarga das tortas, podendo contar inclusive com sistema automático para limpeza das telas filtrantes.

Manutenção e principais cuidados

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Foto: Divulgação Tecitec

Março/Abril Meio Filtrante

EQUIPAMENTOS

A legislação ambiental tem exigido cada vez mais soluções para tratamento de resíduos, recuperação de água (não potável) e pré-tratamento de esgotos, com isso a perspectiva de utilização é de melhora. Alberto enfatiza que em processos industriais e tratamento de efluentes dependendo das vazões e tipo de partícula (sólido) é o melhor custo benefício, além de ser um equipamento robusto sua manutenção é simples e barata “Com o aumento da consciência ambiental das empresas e a aplicação das leis ambientais existe uma demanda constante por Filtros Prensa principalmente para aplicações ligadas ao meio ambiente, ou seja, deságue de lodos e rejeitos. Em termos tecnológicos o conceito básico operacional ainda é o mesmo, porém com o passar dos anos existe cada vez mais demandas por equipamentos automáticos”, ressalta Fernando. De acordo com Mauricio, a principal manutenção desses filtros é a substituição dos elementos de filtração, destacando que nos dias de hoje podemos prolongar a vida útil destes através de lavagem periódicas, que é realizada por um

Automático com lavagem de telas

Princípio de funcionamento tipo diafragma

sistema automático que identifica o melhor momento para a recuperação das mesmas. O filtro prensa é um equipamento relativamente simples e robusto, o qual não requer manutenção complexa. De acordo com Fernando os principais cuidados estão relacionados com a limpeza e substituição dos elementos filtrantes. A frequência de limpeza das telas varia de acordo com cada processo e frequência de utilização, porém é recomendada uma limpeza a cada 15 dias. A troca das lonas filtrantes também varia de aplicação para aplicação, mas em média ocorre a cada 06 meses. Também requer cuidados simples como limpeza geral do equipamento, lubrificação, troca de óleo da unidade hidráulica. “Encontramos muitos fabricantes internacionais buscando o mercado brasileiro e da América do sul. Como a tecnologia nos filtros prensa difundiu muito nos últimos anos é bastante solicitada. A Andritz, busca o diferencial com equipamentos de alta tecnologia e segurança, destacando que atende as normas brasileiras como a NR 12. Atualmente focamos a excelência na substituição dos elementos filtrantes, apresentando itens do equipamento que atendam o acesso com segurança e a agilidades na intervenções”, completa Mauricio. Contato das empresas: Andritz Separation: www.andritz.com Bomax: www.bomax.com.br Tecitec: www.tecitec.com.br


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Foto: Divulgação Filtros Planeta Água

FILTROS RESIDENCIAIS E PURIFICADORES Março/Abril Meio Filtrante

Dayane Cristina da Cunha Fernandes

Características de consumo deve nortear escolha do filtro residencial

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Filtro FIT (POE) aplicado em caixa d´água e hidrômetro

cada dia, mais pessoas se preocupam com a qualidade da água que consomem. Falar de água filtrada, portanto, é assunto de interesse geral, uma vez que sua utilização é essencial para praticamente tudo no dia-a-dia. Diariamente, a água consumida pela população passa por transformações que exigem tratamento químico para conseguir remover as impurezas presentes na água bruta, retirada dos rios. O princípio dos tratamentos químicos é fazer com que as partículas de “sujeira” se desprendam das partículas da água. Para exemplificar, isto pode ser observado durante a limpeza de uma piscina. Durante este processo, o fundo do local acumula a sujeira

devido aos produtos inseridos na água que fazem com que aconteça a decantação. Outro exemplo é a água armazenada em caixas d’água, que também passam por este processo: devido à água ficar um tempo parada, as partículas de “sujeira” acabam se concentrando no fundo devido a um processo chamado decantação. Mas além deste processo feito pelas companhias de abastecimento e a simples decantação nas caixas d’água, os consumidores buscam cada dia investir em novos equipamentos, capazes de assegurar mais qualidade à água que consomem. E para atender a esta demanda, existe uma grande quantidade de opções, desde os mais economicamente viáveis até equipamentos de última geração.


O conceito de água purificada começou a aparecer quando os filtros à base de carvão ativado foram criados. Por meio deste novo conceito, foi possível diferenciar filtros com carvão e filtro sem carvão. A principal diferença entre um e outro é que filtros com carvão vão propiciar à água estar livre de gosto, cheiro e residuais de cloro. As propriedades físicas do carvão ativado permitem a remoção dessas características da água através da adsorção. Já a água filtrada em filtros que não possuem o carvão conseguem remover os particulados sólidos da água, como os grãos de areia, terra e qualquer outro sólido contido na água, por exemplo.

Cloro: mocinho ou vilão?

Mas com o excesso de cloro, logo surgiu seus efeitos colaterais. Ao longo do tempo e exposição a água clorada tem sido associada à causa e ao agravamento de doenças respiratórias como a asma, entre outras doenças da pele. Além disso, o cloro vaporiza-se muito mais rápido que a água, ou seja, água clorada apresenta uma ameaça significativa para o sistema respiratório, quando utilizada no banho quente e absorvida pelos poros. Em alguns países na Europa não se usa mais o cloro nos abastecimentos de água nos dias atuais. Existem tecnologias desenvolvidas e já utilizadas como: infravermelho longo, magnetismo, filtros com o processo de filtragem mais longo e energia ultravioleta (UV). A nova tecnologia UV já é usada em alguns reservatórios para o tratamento de água nos países de primeiro mundo, substituindo de vez o cloro. No Brasil, o uso do cloro para tratamento de água ainda é muito utilizado, o que aumenta a necessidade pela filtração da água recebida.

Filtração: necessidade crescente entre a classe C Com a necessidade de eliminar impurezas na água e o excesso de cloro, o avanço dos filtros e purificadores de água vem crescendo cada vez mais com muita qualidade e tecnologia. Atualmente, os mercados brasileiro e mundial contam com equipamentos eficientes, que diminuem em até 90% o cloro e as diversas substâncias encontradas na água. E o consumo pela classe C tem ganhado destaque entre os produtos da Pentair Water, segundo o gerente de marketing, Anderson Alves Oliveira. Oliveira ressalta que nos últimos anos, a classe C tem investido na compra pela preocupação com o bem estar, melhor nível de informação através de mídias sociais, jornais, revistas e outros meios, além da questão econômica. Ele compara. “Normalmente um filtro de uso simples, pode equivaler em

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Entendendo o processo


Março/Abril Meio Filtrante

FILTROS RESIDENCIAIS E PURIFICADORES

até 20 galões de água, sendo que seu custo de aquisição é até 5x menor”. Ele conta que o investimento em divulgação tem sido forte na empresa. “Investimos fortemente em mídias sociais”. E ressalta também a busca por produtos econômicos e sustentáveis. Na hora de escolher o melhor produto, no entanto, é preciso ficar atento à vários detalhes, como explica o gerente: “Sempre observar o tipo de consumo, a quantidade da água consumida e os problemas encontrados na água”. Por exemplo, se o cliente deseja evitar limpezas sucessivas na caixa d’água devido à

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sujeira que vem da rede de fornecimento, pode utilizar um filtro para caixa d’água. Caso ele tenha problemas com irritação de cloro durante o banho, pode usar um filtro para chuveiros e duchas, ou ainda, caso o cliente tenha muita dureza na água (sólidos dissolvidos na água, como cálcio, ferro e magnésio), ele pode usar o abrandador, que diminui os efeitos causados como manchas marrons em pias, incrustação de cálcio nas louças de cristal, e que também agridem as fibras dos tecidos. Anderson também comenta sobre a importância de utilizar uma série de produtos dife-

Um pouco de história Estudos históricos apontam que há 2 mil a.C, experiências já eram desenvolvidas para deixar a água mais limpa e com boa degustação. As pessoas até então não associavam que a água que bebiam era responsável por muitas doenças da época. Alguns métodos foram iniciados pelo egípcio Imhotep (a.C 2655 – 2600 a.C), o primeiro homem na história humana que estudou a medicina. Várias formas foram desenvolvidas, desde a fervura da água, ou a própria água colocada em recipientes de metal quente, até a filtragem na areia e carvão bruto. Séculos mais tarde Hipócrates (460 a.C – 370 a.C), o famoso “pai da medicina”, iniciou seus estudos na purificação da água e criou seu próprio purificador para tratar seus pacientes com água mais limpa. Sua criação foi conhecida como “luva de Hipócrates”. Este filtro era um saco de pano que através dele a água era filtrada, retendo qualquer sedimento na água que estava causando mau gosto ou cheiro. Alguns séculos depois, com o surgimento do telescópio, em 1.608, pelo fabricante de lentes, Hans Lippershey, foi possível aprofundar os estudos sobre a água, assim descobrindo molé-

culas e substâncias que o homem desconhecia. A primeira estação de tratamento de água municipal foi projetada por Robert Thom, construído na Escócia. O tratamento de água foi baseada em filtração lenta, distribuídas em casas por cavalos e carroças. Cerca de três anos depois, os primeiros canos de água foram instalados, para que a maioria das pessoas dentro dos limites da cidade tivesse acesso à água potável, o que levaria mais tarde esta prática para a maioria dos países. Em 1972 surgiu a lei da água limpa, com o grande crescimento de abastecimentos, houve uma grande descoberta: o cloro. O cloro é o germicida padrão para o tratamento da água, que resultou na forte queda das mortes por febres como a tifóide, entre outras doenças como cólera, disenteria que se proliferavam na água dos encanamentos públicos. O Cloro foi preparado e estudado pelo químico sueco Carl Wilhelm Scheele, e portanto, ele é o cientista creditado por essa excelente descoberta. Após o tremendo sucesso da cloração da água potável na Inglaterra, o projeto começou em Nova Jersey e logo se espalhou pelos Estados Unidos e demais países.


Foto: Divulgação Pentair

gada ao mercado teve aceitação imediata, uma vez que os elementos existentes até então eram importados e de custo alto. Os produtos em melt blown (linha Filter Flux) passaram por rigorosos testes em empresas de diferentes necessidades e estruturas de filtração e tornaram-se sinônimo de qualidade de confiança por essas empresas e pelos consumidores de filtros e purificadores. Além disto, o gerente destaca o abrandador, que faz a redução da dureza presente na água. Este produto foi desenvolvido pela matriz norte-americana mas está disponível no Brasil. Mas o que tem feito sucesso na empresa, segundo o gerente, é o purificador tipo jarra, que Jarra da Pentair além de reduzir a sujei-

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Foto: Divulgação Pentair

renciados para atender às necessidades de cada ponto de água e aumentar a eficiência de cada um deles. “Devemos lembrar que o filtro tem a finalidade de melhorar a qualidade da água consumida, mas também de preservar equipamentos e tubulações e o conjunto dos filtros, um para cada aplicação, melhora a qualidade como um todo”. Ele explica que instalando um filtro para caixa d’água, por exemplo, o consumidor terá menos partículas na água, o que causará também menos entupimento nos filtros para ponto de uso, que utilizam carvão ativado. Anderson destaca ainda que a procura por filtros para caixas d’água tem ganhado destaque na empresa. “O modelo mais comum é o filtro para caixa d’água, pois normalmente o cliente vê mais o acúmulo da sujeira neste local. Porém, com o maior conhecimento, filtros para torneira também tem ganhado mais espaço nas residências”. E para continuar ganhando novos clientes, a empresa investe em pesquisa tecnologia, Oliveira destaca a tecnologia Melt Blown. O processo melt blown consiste no aquecimento do polipropileno e sua extrusão em pequenos filamentos que formam um cilindro microporoso. Este cilindro é chamado elemento filtrante e é ele que faz todo o trabalho de retenção de sólidos do fluido. Além desse sistema, existem outras tecnologias para a elaboração deste tipo de produto. A Pentair Hidro Filtros foi a primeira empresa no Brasil a desenvolver e patentear seu processo de produção em melt blown. Uma fórmula completa que permite a produção de filtros de alta eficiência durante toda a vida útil. Abrandador da Pentair Segundo a empresa, sua che-


filtro não atender à vazão necessária, o que acaba implicando diretamente na troca mais frequente do elemento filtrante”. Fabio explica a diferença entre os filtros colocados fora da residência, e os purificadores e a importância de usar cada um de forma adequada, para evitar que a água perca o cloro muito antes do necessário e indicado. “Os filtros Ponto de Entrada (POE) são na sua essência, utilizados apenas para retenção de sólidos em suspensão não devendo ser utilizado nenhum tipo de meio filtrante que retenha o cloro. Já os chamados ‘purificadores’ somente devem ser utilizados em pontos de consumo ou uso (POU), pois é apenas no momento de consumo é que podemos retirar eventuais traços do cloro presente”. Juliano F. Frizzo, gerente de marketing da Planeta Água, também comenta sobre os filtros POE. “Eles não substituem os filtros para ponto de uso (POU) quando o assunto é consumo humano. O único uso que exime essa necessidade de purificadores é quando se precisa de filtro apenas para uso em máquinas e equipamentos. Os filtros POE não vão retirar o cloro ou quaisquer químicas existentes no tratamento de água, mas irão assegurar que a água utilizada estará livre de impurezas como barro e ferrugem. O consumidor pode avaliar se o filtro é para ponto de uso ou ponto de entrada nas embalagens dos produtos”. Foto: Divulgação Filtros Planeta Água

Foto: Divulgação Pentair

FILTROS RESIDENCIAIS E PURIFICADORES Março/Abril Meio Filtrante

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ra presente na água e o cloro, também elimina em mais de 99% as bactérias. “É um filtro de gravidade prático, com um ótimo design, que pode ser facilmente transportado a qual quer local e ainda pode ser colocado na geladeira, para além de filtrar a água, já refrigerar”. Mas não basta escolher o POE Eco II da Pentair melhor filtro. É preciso respeitar o tempo de manutenção, como alerta o gerente. “Todos nossos elementos filtrantes possuem vida útil especificada em manual, e são comprovados em rigorosos testes requeridos pelo INMETRO. A vida útil pode variar conforme a qualidade da água, porém um bom indicador é a redução da vazão da água. Quando a vazão diminui, significa que o elemento está saturado, ou seja, já existe um acumulo de elementos retidos por ele, e requer a sua troca”. Anderson ainda lembra sobre a importância de verificar se o produto possui selo Inmetro. “O Selo do INMETRO é a garantia que o consumidor está adquirindo um produto de qualidade, que foi elaborado, testado e aprovado conforme normas rigorosas, garantindo o melhor funcionamento dos equipamentos para melhoria da água”. Ele lembra que a norma para filtros domésticos é compulsória no Brasil, o que traz maior garantia para os consumidores e estabelece rigorosos processos de qualidade aos fabricantes.

Consumo de água também faz diferença na escolha Uma outra dica para escolher o produto é observar a média de consumo mensal de água, segundo Fabio de Oliveira Pinto, do setor de administração e projetos da Asstefil. “Ao não se atentarem ao real consumo de água de sua residência existe a grande possibilidade do

Aplicação do FIT230 da Filtros Planeta Água


qualidade, às vezes, duvidosa. Ele ajuda a padronização do produto, o que dá garantia ao consumidor”. E destaca: “Além do Inmetro, que é um órgão brasileiro, o consumidor também pode contar com o selo NSF/ANSI que é um certificador americano ainda mais rigoroso”. Frizzo também fala sobre a importância da certificação. “O Inmetro certifica o produto que vai fazer parte da vida saudável do consumidor”. E destaca. “O importante também é o consumidor estar ligado não apenas na certificação, mas nas características complementares do produto e da empresa que o fabrica. Essas informações irão ajudar na decisão da escolha pelo produto”. Contato das empresas: Asstefil: www.asstefil.com.br Filtros Planeta Água: www.planetaagua.ind.br Pentair Water: www.pentair.com.br

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Março/Abril Meio Filtrante

O gerente destaca dois produtos da empresa. “Neste caso, temos dois filtros campeões de vendas: Filtro FIT 9,3/4” POE é um filtro de sedimentos que retém barro e ferrugem da água, aumentando a vida útil dos equipamentos hidráulicos instalados na residência e o Purificador Ideale Eco, produto que reduz o cloro presente na água e também os sedimentos, vem como um design de um produto anterior da Planeta Água, visando a economia do consumidor e a redução de resíduos no meio-ambiente”. Além disto, Juliano comenta sobre o FIT LAV, um filtro para máquinas de lavar. “Ele possui uma cor azul com transparência, característica que mostra o estado do refil do produto. Pode ser utilizado tanto em máquinas de lavar roupas quanto lava-louças e é do tamanho ideal para quem deseja ter maior vida útil em seus equipamentos sem gastar muito por essa segurança”. A empresa conta com uma gama variada de produtos, e isto tem feito com que produtos antes usados pela indústria, comecem a ganhar as residências, como o caso das tecnologias de ultrafitração e osmose reversa. “Em nosso seguimento existem diversas tecnologias inovadoras que podem atender a todo o tipo de consumidor, desde os processos mais simples de filtração (retenção de sedimentos no ponto de entrada) até ultrafiltração e osmose reversa para residências, comércios em geral e indústrias. O desenvolvimento destes equipamentos aconteceu naturalmente em função das necessidades dos consumidores”. Na linha residencial, a empresa tem em seu portfólio, filtros para retenção de sedimentos, redução de gosto, odor e cloro, abrandadores, ultrafiltração e osmose reversa. Fabio também é categórico sobre a importância de observar o selo Inmetro e de órgãos internacionais. “O selo é uma segurança a mais. Atualmente existem produtos de diversos países e com


Fotos: Divulgação Supply Service

ESPECIAL

Caminhão de coleta de materiais contaminados com óleo para MG e MS

Março/Abril Meio Filtrante

No Coração da Mata Atlântica, empresa tratou mais de 630 milhões de litros de água contaminada com óleo

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á tempos a preservação do meio ambiente - desde a manutenção dos recursos naturais até a não-poluição do planeta - são pautas de extrema importância em todas as esferas governamentais e empresariais, principalmente quando se fala em água ou em petróleo e seus derivados. Focando a relação de consumo e preservação entre água e óleo, sabe-se que um litro de óleo lubrificante pode contaminar um milhão de litros de água. Isso significa que 1.000 litros desse óleo podem destruir uma estação de tratamento de água para 50 mil habitantes. Diante desse cenário, quando a vertente sócioambiental ainda não era pauta dos assuntos corporativos, o químico David Siqueira de Andrade decidiu empreender de forma inovadora e sustentável criando a Supply Service, em-

presa de coleta, tratamento e descarte de água e resíduos contaminados com óleo. Há 25 anos tendo sua sede principal instalada no coração da Mata Atlântica, na cidade de Tapiraí/SP, a Supply Service é pioneira no segmento e uma das principais empresas responsáveis por contribuir positivamente com a logística reversa prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos, tendo como principais clientes Indústrias e Postos de Combustíveis. Os números impressionam e ilustram bem o trabalho realizado. Até final de 2016, 634 milhões de litros de efluentes (água mais óleo) tratados, cerca de 89 milhões de quilos de resíduos sólidos classe I destinados ao coprocessamento em cimenteiras, 40 milhões de litros de óleo lubrificante destinados à reciclagem, mais de 7.200 toneladas de plásticos e metais reciclados.


Mercado: Leis e Ocorrências

Para regulamentar essa questão, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) criou, em 2005, a Resolução 362 que determina como deve ser feito o armazenamento, o recolhimento e o destino do óleo lubrificante usado. De acordo com a norma, todos os estabelecimentos que vendem o produto são obrigados a fazer a troca e encaminhar o óleo usado para rerrefino. Além do benefício ambiental, esse processo também oferece vantagens econômicas, pois quando coletados e corretamente encaminhados à reciclagem, os chamados produtos são transformados novamente em óleo lubrificante, numa proporção de 75% a 80% de aproveitamento. Já a reciclagem do óleo usado é definida pela Resolução 9 do Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente), de 1993. Quanto aos filtros de óleo, estopas e panos utilizados nas trocas, que também estão contaminados com óleo, a resolução CONAMA 273/2000 proíbe que o descarte seja feito de forma indiscriminada, seja simplesmente jogando em lixo comum, seja vendendo a sucateiros ou para empresas não autorizadas. O Presidente da Supply Service alerta que o óleo contido nas embalagens plásticas e a água para sua lavagem são poluentes que precisam ser destinados às empresas que tratam de resíduos oleosos para não haver contaminação dos rios e do solo. Nos postos de gasolina, por exemplo, já existe a obrigatoriedade de terem uma caixa separadora, onde são dissociados óleo e água. Com isso, toda água proveniente da lavagem dos tanques, de veículos, 29

Tanques de armazenamento de efluentes e tanques de tratamento de resíduos líquidos

Março/Abril Meio Filtrante

Com relação a água, para ter uma comparação, se cada metro cúbico tratado pela Supply Service fosse empilhado um em cima do outro poderiam ser erguidas cinco pilhas do tamanho do monte Everest a maior montanha do mundo. Fato que passa despercebido pela população diz respeito ao óleo do motor dos automóveis. Embora seja imprescindível para o bom funcionamento do veículo, o óleo lubrificante pode se tornar um grande vilão para o meio ambiente se não for corretamente destinado após a troca. Considerando que somente a frota da cidade de São Paulo está estimada em mais de 8 milhões de veículos segundo o DETRAN, são cerca de 24 milhões de litros de óleo utilizados, o que daria para encher, praticamente, nove piscinas olímpicas. Por isso, é importante destacar que a coleta e correta destinação das embalagens plásticas usadas e contaminadas com óleo é prevista em legislação específica e deve ser obedecida por postos de combustíveis, concessionárias, transportadoras, oficinas mecânicas e empresas afins. Afinal, o descarte de óleo diretamente no solo, além de impactar no meio ambiente, pode seguir para o lençol freático e, em seguida, para os lençóis de água, causando o comprometimento desses recursos. Essa é uma situação de alto risco e que, se não for rápida e largamente disseminada, pode nos conduzir a uma situação caótica e alta vulnerabilidade. Segundo Andrade, “mesmo antes de todas as leis já existentes em torno desse tema, a Supply já realizava o trabalho de reciclagem. Desde 1992 nos tornamos especialistas no tratamento final de materiais contaminados com óleo e no rerrefino de óleo lubrificante. O trabalho é garantir que um dos principais resíduos de postos de combustíveis - o óleo lubrificante - tenha uma destinação compatível com a necessidade de preservação do meio ambiente. Além disso, ainda existe a destinação correta dos filtros usados, embalagens de óleo, terra contaminada com óleo, panos e estopas usadas contaminadas com o produto, a responsabilidade também recai sobre outro tipo de estabelecimento, como concessionárias e oficinas mecânicas”.


ESPECIAL Março/Abril Meio Filtrante

dos resíduos e das caixas separadoras é tratada por empresas como a Supply Service e enviada à Sabesp como água de reúso. “Portanto, a reciclagem e o reúso destes itens são imprescindíveis para a proteção do meio ambiente, pois nenhum deles será incorretamente descartado em lixos comuns ou aterros sanitários”, esclarece Andrade. O não cumprimento das normas pode acarretar multa, reclusões ou encerramento das atividades dos postos e empresas que não realizam a correta destinação do material oleoso. A reclusão pode ser de um até cinco anos e a multa pode chegar a R$ 50 milhões. David Andrade destaca: “a redução do descarte incorreto e o incentivo à coleta seletiva e reciclagem das embalagens plásticas usadas trazem uma série de benefícios à sociedade: preservação do meio ambiente, aumento da vida útil dos aterros, geração de empregos, economia de energia e de recursos naturais, entre outros”. No caso das embalagens plásticas, é possível observar que boa parte é descartada no lixo comum ou, até mesmo, vendida para sucateiros e catadores de lixo. Para esse tipo de coleta, a Supply Service disponibiliza o Kit-Posto, que foi desenvolvido para dar mais comodidade e organização para os locais que necessitam separar os objetos que tiveram contato com o óleo, evitando o derramamento de óleo em vias públicas e solo, além de fazer cumprir a lei. Para atender essa demanda, a Supply Service conta com uma frota especializada com apro-

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Veículo para cargas líquidas, com capacidade para 45.000 litros

ximadamente, 85 caminhões, tendo motoristas e ajudantes treinados e credenciados na ANP (Associação Nacional do Petróleo), oferecendo capacitação, segurança e qualidade ao serviço. Garantindo a destinação de 100% dos resíduos coletados, a Supply Service está devidamente certificada com as ISO 9001 e ISO 14001, e também conta com unidades estratégicas em Campo Grande (MS), Cuiabá (MT) e São José dos Pinhais (PR). Além dos tanques para armazenamento, separação tratamento de óleo e água, as unidades possuem equipamentos como trituradores de plásticos e estação de tratamento de efluentes industriais. David Andrade reforça a questão da sustentabilidade: “É preciso que as pessoas ajudem a fiscalizar. Ao trocar o óleo em posto, concessionária ou oficina mecânica, é necessário verificar se existe o descarte correto e, dessa forma, ajudar a diminuir as estatísticas prejudiciais à natureza. É um papel de responsabilidade social e ambiental com o qual todo cidadão deve se comprometer”, completa. E, para não cairmos na cobrança de Dante Alighieri - “as leis existem, mas quem as aplica?” - é necessário que todo cidadão exerça seu papel fiscalizador, deixando a passividade de lado e mantendo a iniciativa de cobrar e exigir das marcas, produtos e serviços que consome uma postura transparente, ética e principalmente responsabilidade social e ambiental. Supply Service

Tanques de armazenamento de efluentes e tanques de tratamento de resíduos líquidos

Site.: www.supplyservice.com.br Tel.: (15) 3277-4700



Foto: Divulgação Automec

EVENTOS Suzana Sakai

Lançamento da Automec 2017

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Automec movimenta indústria de veículos leves e pesados

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Evento é um dos mais importantes do setor

indústria automotiva passa por um período de rupturas e transformações. Os clientes estão mudando e buscando cada vez mais pela qualidade dos serviços e pelas manutenções preventivas. Esse cenário é extremamente favorável para o setor. Dados de mercado apontam que o valor gasto pelo consumidor em reposição pode chegar até R$ 124 bilhões até 2020. Além disso, a expectativa é que a reposição para veículos leves cresça 4,8% ao ano e a de veículos pesados tenha um crescimento de 4,4% ao ano. Neste contexto, a 13ª edição da Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviço – Automec - promete movimentar ainda mais o setor, apresentando novidades e estreitando o relacionamento entre as empresas e consu-

midores. A feira, que acontecerá em São Paulo, de 25 a 29 abril de 2017, é considerada como o maior evento de equipamentos de reposição da América Latina. A perspectiva para a 13ª Automec é que estejam presentes na feira mais de 1.500 marcas nacionais e internacionais e cerca de 70 mil visitantes. Diversas empresas renomadas no setor já confirmaram presença, reforçando ainda mais a importância do evento. A revista Meio Filtrante conversou com alguns dos expositores confirmados e adianta com exclusividade algumas novidades do evento. Nesta edição, a feira, que é realizada há mais de duas décadas, voltará ao seu formato original e reunirá os setores da indústria de veículos pesados, leves e comerciais – as feiras eram realizadas separadamente desde 2007.


A KSPG, que participa da Automec desde as primeiras edições, avalia esse formato de forma positiva. “Desde o início estamos presentes na Automec porque reconhecemos a relevância deste evento para o mercado de reposição não só Brasil, mas mundialmente. As expectativas são positivas, pois a feira voltou ao modelo original com a integração das linhas leve e pesada. Isso não acontecia desde 2008, portanto esta edição estará bem completa, o que agrada visitantes e expositores. Além disso, o novo local (Expo São Paulo) também reúne uma série de benefícios, como climatização, estrutura moderna e estacionamento amplo, oferecendo melhores condições para a realização do evento”, afirma a gerente de marketing da KSPG, Talita Peres. A Fram/Sogefi é outra empresa que participa da Automec desde o início da feira e que tem boas perspectivas para essa edição. “A Automec é um dos principais eventos do setor e temos como essencial a nossa participação. Temos a oportunidade de mostrar ao público visitante (formadores de opiniões, montadoras, distribuidores, representantes, varejistas, aplicadores e consumidores) as mais novas tecnologias e os últimos lançamentos, sem contar com a troca de experiência e relacionamento, essenciais para a evolução das parceiras de sucesso”, ressalta Marcelo Silva,

diretor de vendas IAM Brasil e exportação da Fram/Sogefi. Desde 2001 a Wega Motors apoia e participa da Automec. O diretor de vendas e marketing da empresa, César Costa, acredita no potencial do evento e promete apresentar os principais lançamentos da Wega Motors durante a Automec. “Por se tratar da maior feira de autopeças da América Latina, é muito importante participar e apresentar as novidades da Wega. Nossa expectativa é muito grande, esperamos fazer muitos negócios durante a feira”, comenta César. Já a Freudenberg participa da feira desde 2009. A empresa sempre opta por participar da Automec pelo fato do evento ser uma ótima oportunidade de negócios e de relacionamentos para toda a cadeia de reposição automotiva e acredita no potencial dessa edição. “A nossa expectativa para esta edição é que ela seja positiva para os nossos negócios e que contribua, de forma geral, para dar um novo ânimo para os próximos meses, levando em consideração o contexto atual do mercado”, diz Marcela Cristina Branco Rodrigues Diniz, executiva de vendas aftermarket Brasil da Freudenberg. A Seineca participa junto com os fabricantes chineses desde 2011 e com estande próprio desde 2013. A empresa reconhece a importância do evento e tem boas expectativas para a


13ª edição da Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviço – Automec Data: 25 a 29 abril de 2017 Local: São Paulo Expo Exhibition & Convention Center Endereço: Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5, Água Funda - São Paulo Site: www.automecfeira.com.br nova edição. “A Automec permite uma atualização de informações sobre as linhas de produtos com novidades tecnológicas e lançamentos. Contribui com a movimentação do setor com novos clientes que vem em busca de oportunidades de novos fornecedores, permitindo construir novas parcerias e ter melhores condições de fidelização”, destaca Sergio Gazarini, diretor comercial da Seineca.

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EVENTOS

Novidades

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A Automec é considerada como uma vitrine do mercado de reposição da indústria de veículos leves e pesados. Com tamanha importância, as empresas encontram na feira o momento ideal para apresentar os lançamentos e reforçar o posicionamento de seus produtos. A Filtros Brasil, que irá participar da Automec pela primeira vez, apresentará na feira os lançamentos da empresa. “A Filtros Brasil é a maior fabricante exclusiva de filtro de cabine da América Latina, o nosso produto é o filtro de cabine e vamos apresentar seu portfólio de aplicação em linhas e modelos de produtos, como também as duas variações de matéria-prima: meio filtrante e carvão ativado, nossa linha de lançamento de 2017. Iremos nos apresentar ao distribuidor como uma oportunidade de negócio, já que o mercado de reposição ganhou destaque neste período de crise nas montadoras, onde a venda de veículos zero teve uma significativa queda e a manutenção da frota de veículos circulantes necessita de revisão”, contam Raquel F. B. Galli, diretora comercial, e Nelma Tinello, supervisora de marketing da Filtros Brasil.

Foto: Divulgação KSPG

Serviço

Já a Wega Motors irá apresentar a linha de filtros de Carvão Ativado e todos os lançamentos que efetuados nos últimos 12 meses. “Vamos reforçar o conceito de troca do filtro do Ar Condicionado, o mais importante para a saúde. O público pode esperar um atendimento personalizado a todos os visitantes, nosso conceito é ter um stand aberto ao público. Vamos apresentar nossos lançamentos e novidades no nosso catálogo de produtos. A Wega quer ficar mais próxima do aplicador, levar mais informações a todos”, ressalta César. Na Automec, a KSPG seguirá uma linha mundial de exposições em feiras, buscando fortalecer cada vez mais a identidade corporativa da empresa em qualquer parte do mundo. “Procuramos sempre apresentar as mais novas tecnologias em peças de motor e, claro, com a preocupação de alinhar tecnologia com sustentabilidade do motor, maior potência e conforto. Através da nossa divisão de aftermarket, a Motorservice, que pertence ao grupo Rheimentall Automotive participaremos da Automec apresentando a nossa linha de componentes de motor que incluem anéis, pistões, válvulas, camisas, kits de motor, bielas, bronzinas, filtros, bombas de água e bombas de óleo. Esses itens são essenciais na reparação do motor de veículos das linhas leve e pesada”, explica Talita.

A KSPG apresentará na Automec itens essenciais na reparação do motor de veículos das linhas leve e pesada

A Seineca busca ser a mais nova opção do mercado, sendo a primeira empresa chinesa com investimentos em solo brasileiro, possui no estado do Rio de Janeiro ampla infraestrutura para atender seus distribuidores, com Centro de Distribuição próprio e estrutura administrativa completa.


Foto: Divulgação Freudenberg

Como parte da estratégia de expansão e investimentos previstos para os próximos anos, ela estará presente na Automec apresentando suas linhas de filtros automotivos. “A Seineca vem dar ao mercado mais uma opção de consumo, com uma linha completa para atender a frotas de veículos de menor tamanho, além dos modelos tradicionais fabricados no Brasil”, explica Sérgio. A Freudenberg e a micronAir irão apresentar, durante a Automec 2017, o que se chama de a ‘evolução’ dos Filtros de Cabine, tendo como linhas principais, os Filtros de Partículas, os Filtros de Carvão Ativado e Filtros Anti-Alérgenos. “O Filtro de Partícula micronAir® fornece uma das melhores filtragens atualmente disponíveis para partículas respiráveis, como fuligem e pó industrial, por exemplo, e está de acordo com os principais requisitos exigidos pela indústria automotiva. O Filtro de Carvão Ativado micronAir®, por sua vez, fornece um benefício duplo em termos de qualidade do ar, com a máxima proteção e conforto dentro do veículo. E, por último, o Filtro Anti-Alérgeno é três vezes mais potente contra o

A Freudenberg levará para a Automec: filtros de partículas, filtros de carvão ativado e filtros anti-alérgenos

Mercado

A 13ª edição da Automec acontece em um momento propício para a indústria de veículos leves e pesados. O Brasil é hoje o sétimo maior mercado e o sexto maior produto de veículos. O mercado total

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Março/Abril Meio Filtrante

Foto: Divulgação Seineca

Filtros de ar e cabine da Seineca

ar de má qualidade, garantindo a neutralização de alergênicos de forma mais duradoura e mais confiável”, indica Marcela Cristina. A Fram/Sogefi levará para a Automec 2017 os últimos lançamentos para o mercado do Aftermarket. “Por sermos fornecedores de produtos originais para as principais montadoras do país, temos em linha os últimos lançamentos para o mercado de reposição; e nosso departamento de R&D está sempre buscando inovações para melhor atender ao mercado da indústria automotiva e suas necessidades. Somos reconhecidos em todo o mundo pela alta qualidade e tecnologia, tanto que nossa marca está presente em fabricantes como Aston Martin, Ferrari e Maserati”, destaca Marcelo.


Números da Automec

Março/Abril Meio Filtrante

EVENTOS

• Mais de 2 décadas de existência; • Mais de 1500 marcas participantes; • Aproximadamente 70 mil visitantes; • 90 mil m² de exposição; • 62 países presentes; • Mais de 12 milhões de impactos de mídia.

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de reposição foi estimado em R$23,1 bilhões em 2014, incluindo peças e fluidos. Ele deve crescer 4,6% ao ano, podendo chegar a R$ 104 bilhões até 2020. Além disso, estima-se que a frota brasileira de veículos leves e pesados crescerá 3,1% ao ano até 2020 e o valor gasto pelo consumidor em reposição pode chegar até R$ 124 bilhões até 2020. “As condições são favoráveis porque o mercado de reposição atende a frota em circulação que cresceu nos últimos anos. São 42,5 milhões de veículos. Além disso, as pessoas estão optando em fazer manutenção do usado a trocar pelo novo”, analisa Talita. Acredita-se que 2017 será o ano do Aftermarket, para o qual estima-se um crescimento de 22,1%, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas Automotivos e Industriais (Abrafiltros). Esta previsão traz um pouco mais de otimismo e pode gerar grandes oportunidades. “O maior desafio no momento está na grande competitividade, de produtos similares, por preços e qualidades tão desiguais. É por isso que mantemos o foco na qualidade e confiabilidade dos produtos originais Freudenberg”, afirma Marcela Cristina. Diante desse cenário favorável, a Automec promete movimentar ainda mais o setor. “Essa feira permite uma atualização de informações sobre as linhas de produtos com novidades tecnológicas e lançamentos. Contribui com a movimentação do setor com novos clientes que vem em busca de oportunidades de novos fornecedores, permitindo construir novas parcerias e ter melhores condições de fidelização”, ressalta Sergio. Na visão de grande parte dos expositores, as dificuldades econômicas do Brasil não representam grandes barreiras para o segmento e a Automec

será o momento ideal para fomentar novos negócios. “Para o mercado num contexto geral é uma grande oportunidade de novos negócios, criar possibilidades de investimentos em novos produtos e novas parceiras. E a Filtros Brasil segue nesta proposta, com a política comercial firmada em atuar em duas frentes de negócio, Rede de Distribuição para o mercado de reposição e Private Label atendendo as principais industrias do mercado automotivo, temos como objetivo oferecer um produto de qualidade de forma atrativa e rentável, já que para o mercado de filtro de cabine a crise econômica foi superada, trabalhamos com números positivos de crescimento que nos fazem acreditar e investir neste produto, por tudo isso, estaremos presentes na Automec”, explicam Raquel e Nelma. “Apesar do momento que vivemos no mercado brasileiro, acreditamos no sucesso, uma vez que a frota circulante nos últimos anos vem evoluindo significantemente, nos trazendo oportunidades diárias de novos negócios. Temos a recente mudança da planta da Sogefi da cidade de São Bernardo do Campo para a região de Atibaia. E, este grande investimento do grupo no Brasil, nos garante acreditar em resultados positivos e na confiança que a companhia possui em nosso mercado”, complementa Marcelo. Para César, as perspectivas para 2017 são boas, uma vez que em 2016 o setor já driblou a crise e conseguiu crescer. “Em 2017 com a volta da confiança na economia esperamos um ótimo ano para o setor. Uma feira tão grande e com grandes fábricas como a Automec mostra o quanto o mercado está confiante no crescimento do setor. Distribuidores do Brasil inteiro vão visitar a feira, então é uma grande oportunidade de fortalecer a nossa marca”, afirma. Contato das empresas: Filtros Brasil: www.filtrosbrasil.com.br Fram/Sogefi: www.fram.com.br Freudenberg: www.freudenberg.com.br KSPG: www.ms-motor-service.com.br Seineca: www.seineca.com.br Wega Motors: www.wegamotors.com.br


Automotive Business em estudo exclusivo aponta que os investimentos das montadoras no país somam o equivalente a R$ 40 bilhões. Este total está dividido entre 14 empresas tanto as de veículos leves como de pesados. Só nos últimos quatro meses do ano passado um total de R$ 2,6 bilhões foram anunciados por fabricantes já instaladas no país. Este valor inclui três diferentes aportes: US$ 155 milhões (equivalentes a R$ 500 milhões) divulgados em setembro passado pelo presidente da Hyundai no Brasil, William Lee. Por sua vez, a Volkswagen Truck & Bus, holding de veículos comerciais pesados do Grupo Volkswagen, também anunciou em dezembro passado R$ 1,5 bilhão até 2021, o maior já realizado pela companhia no país: os quatro anteriores foram cada um de R$ 1 bilhão. A empresa prevê em seu novo plano a ampliação de portfólio, a inserção de mais tecnologias e o aumento da internacionalização da VWCO. Além disso, também está no radar da montadora a elevação do porcentual de componentes comuns entre os veículos das marcas MAN, Volkswagen e Scania, dos atuais 7% para 9%. Além disso, a Scania revelou em janeiro de 2017 outros R$ 2,6 bilhões até 2020 no Brasil, mas não detalhou os projetos. Já a Toyota declarou em novembro de 2016 novos R$ 600 milhões para finalmente produzir no Brasil o motor do Corolla. A fábrica de Porto Feliz (SP), também responsável pela fabricação dos motores 1.3 e 1.5 do Etios, prevê uma nova linha de montagem a partir do segundo semestre de 2019. Embora não se trate de um novo investimento, a Volkswagen atualizou seus planos em curso no país: o CEO e presidente da operação no Brasil, América

do Sul e Caribe, David Powels, aproveitou o Salão do Automóvel de São Paulo, realizado em novembro passado, para confirmar R$ 7 bilhões até 2020, principalmente para uma nova família de veículos a partir da plataforma MQB. O Grupo Volvo também reforçará suas operações com o investimento de R$ 1 bilhão entre 2017 e 2019 na América Latina, sendo 90% deste montante no Brasil, principalmente na fábrica de caminhões e ônibus de Curitiba (PR). Enquanto alguns investimentos começaram em 2016, outros encerraram seu ciclo, caso dos R$ 15 bilhões da FCA Fiat Chrysler, que teve início em 2011 e que empregou R$ 7 bilhões na atualização da fábrica mineira de Betim e outros R$ 7 bilhões na planta pernambucana em Goiana, além de outros projetos ao longo deste período, como lançamentos dos modelos Fiat Mobi e Toro e Jeep Compass. Também encerrou no ano passado os R$ 650 milhões da Iveco, que ainda não tem os valores passíveis de divulgação para este ano em diante. Por sua vez, a Volare, fabricante de ônibus e que pertence à Marcopolo, tinha previsto R$ 100 milhões entre 2015 e 2016 para ampliar a fábrica de São Mateus (ES) e localizar componentes, mas suspendeu o aporte alegando a baixa demanda do mercado nacional. Segue nos planos da Foton erguer sua fábrica de caminhões no Brasil e os investimenos previstos de R$ 160 milhões. De acordo com o diretor comercial, Ricardo Mendonça de Barros, a filial da montadora chinesa está analisando o cenário para definir como será a planta e quando sobre sua conclusão. Ele garante que já estão finalizadas as etapas de fundação, terraplanagem e os projetos da construção predial. Fonte: Automotive Business

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Março/Abril Meio Filtrante

ESPECIAL AUTOMOTIVO

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Investimentos no Brasil somam R$ 40 bilhões


Foto: Dreamstime

FILTRAÇÃO DO AR Cristiane Rubim

A parceria entre filtros e sistemas de climatização é essencial Março/Abril Meio Filtrante

Fazer a manutenção periódica destes sistemas evita problemas e reclamações

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Q

uem nunca reclamou que o ar condicionado não está funcionando direito ou que sente cheiro de pó saindo dele? Pois é, tudo isso tem uma explicação bem simples dada pelos especialistas. A falta de manutenção. Não precisa nem ser especialista para pelo menos desconfiar que se o sistema de climatização não vai bem, algo está errado e a manutenção deve ser feita. Mas as pessoas preferem reclamar do que agir. E essa falta de consciência pode acarretar

problemas no ambiente, seja em edifício ou em um carro, e também à saúde delas. Por que em pleno século 21 não damos a atenção devida ao problema, se sai mais barato manter do que arrumar os sistemas de filtragem e de HVAC? A tecnologia HVAC ou AVAC são siglas que se referem às funções de aquecimento, ventilação e ar condicionado de um ambiente, em inglês heating, ventilating and air conditioning. Quando a refrigeração faz parte do conjunto, são utilizadas as siglas HVACR ou AVACR.


Atuação dos filtros em HVAC

Os filtros de um sistema de HVAC de um edifício e de um carro funcionam de forma muito semelhante. Em ambos, a filtragem retêm as partículas suspensas no ar. Os sistemas de climatização fazem a movimentação do ar nos ambientes internos de edifícios e carros para controlar a temperatura e umidade e remover contaminantes gasosos e material particulado. “Estes contaminantes vêm da geração interna dos ocupantes, das mobílias e revestimentos e dos equipamentos que penetram por infiltração indevida”, ressalta o engenheiro Wili Colozza Hoffmann, consultor da Anthares Soluções em Climatização e Refrigeração. Segundo ele, no caso específico para controle da concentração do material particulado (PM), o sistema de climatização deve ser dotado de filtros de ar, que removem o material particulado gerado internamente e impedem que o material particulado do ar externo utilizado para renovação chegue ao ambiente interno. A eficiência dos filtros usados nestes sistemas depende da natureza e da faixa de tamanho do material particulado. “O material particulado PM 2,5 é o mais utilizado como referência por ser a parcela que

mais afeta os ocupantes”, frisa Hoffmann. O sistema instalado em um edifício tem mais recursos. “De acordo com o projeto, pode apresentar melhor qualidade na filtragem, além de contar com mais estágios de filtragem. Com isso, é obtida melhor qualidade do ar e se tem melhor controle da contaminação ambiental”, aponta Luciano Figueiredo, gerente comercial do Grupo Veco. Já em um carro, o sistema instalado é mais reduzido. “Isso porque ele não proporciona a possibilidade de se melhorar ou aumentar o grau de filtragem instalado. O sistema de filtragem em um carro é composto apenas de um pré-filtro. Em alguns modelos de luxo, pode se ter um filtro de carvão ativado combinado”, explica Figueiredo. A Reintech atua no controle da contaminação em salas limpas e outros ambientes controlados associados. O engenheiro Alex Galiotto, gerente de Engenharia da empresa, diz que para este segmento os filtros são parte essencial dos equipamentos e dos sistemas de tratamento de ar. “Eles atendem ao controle das classes de limpeza requeridas pelo usuário, por retenção de contaminação ambiental e de processo, de partículas viáveis e não viáveis”, especifica.

Em nossa edição anterior, nº 84 de Janeiro/ Fevereiro de 2017, da revista Meio Filtrante, trouxemos matéria especial sobre a ISO 16890, que é considerada como um marco na normatização de filtros de ar, pois ela harmoniza duas das principais normas utilizadas no mercado EN779:2012 e a ASHRAE 52.2. A ISO 16890 além de ser uma norma mundial, foi desenvolvida para evitar confusões comparativas e teve como uma das premissas o impacto comprovado da qualidade do ar na saúde humana, pois enfatiza a importância de se testar e classi-

ficar filtros com maiores eficiências e partículas mais nocivas ao organismo humano. A nova norma define em seus quesitos os métodos de ensaio, descarga eletrostática, ensaio gravimétrico e classes de eficiência. Em diversos aspectos, o novo procedimento de testes se mostra mais exigente, o que garantirá filtros com melhor desempenho, mais qualidade do ar interior (IAQ) e consequentemente mais proteção para a saúde humana. Quer saber mais? Acesse: www.meiofiltrante.com.br/iso16890

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Março/Abril Meio Filtrante

Você sabia que existe uma nova norma para filtros de ar?


Além disso, os equipamentos para controle da contaminação e projetos de sistemas de tratamento de ar da empresa controlam também as variáveis temperatura, umidade, pressão e regime de fluxo de ar.

Março/Abril Meio Filtrante

FILTRAÇÃO DO AR

Falta de manutenção e reclamações

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A decisão sobre quais filtros serão utilizados no sistema HVAC em geral é do cliente e do profissional que desenvolve o projeto, segundo especialistas. As empresas de filtros seguem o que está no projeto, podendo ser usados todos os ranges de filtros de ar, de grossos até absolutos (Hepa), dependendo das especificações e requisitos do usuário (ERU). A seleção e a manutenção inadequadas de filtros podem interferir no controle das classes de limpeza de uma área atendida por um equipamento ou sistema de tratamento de ar. “O que pode causar riscos ambientais e de processo e afetar diretamente os valores de investimento e de operação”, afirma Galiotto, da Reintech. Além de gerar problemas de saúde aos usuários. Por isso, é preciso ter consciência que o HVAC é um sistema dinâmico e deve passar por uma manutenção preventiva periódica. Estas ações a seguir fazem parte desta manutenção, por exemplo, o sistema de filtragem sofre saturação, que deve ser acompanhada e medida. Os filtros precisam ser trocados. Com o passar do tempo e acúmulo de partículas e microrganismos, a serpentina deve ser lavada e higienizada. Os ventiladores precisam ser verificados. Todos os controles e sensores necessitam ser checados. Um sistema de HVAC que não passa por manutenção periódica é motivo de reclamação dos usuários. “Em um escritório, é normal escutarmos ‘o ar não está refrigerando’ ou, em um carro, ‘quando eu ligo o ar, vem um cheiro de mofo, o que é isso?’ É exatamente

a falta de manutenção”, exemplifica Figueiredo, de forma até humorada, mas simples, o que está por trás desta reclamação tão comum dos usuários. Em outras palavras, o que o gerente comercial do Grupo Veco quer dizer é que o sistema de filtragem está saturado e não permite a passagem do ar, o que reduz a vazão do sistema. Ou é uma serpentina suja, que diminui a capacidade de refrigeração; ou ainda é a proliferação de microrganismos e assim por diante. Para Hoffmann, desde que sejam bem dimensionados, instalados e comissionados, os sistemas de climatização funcionam a partir de um comando do usuário. “Como qualquer outro sistema, o de HVAC necessita de manutenção, limpeza e substituição dos filtros, pois, ao longo do tempo de uso, seus componentes vão sujando e se desgastando. Os filtros são os primeiros a apresentar saturação, uma vez que estão lá exatamente para ‘se sujarem’, removendo material particulado do fluxo de ar”, salienta. Na opinião dele, o usuário se torna ‘vítima’ do sistema HVAC quando este não é mantido de forma correta. “O que existe não é o mau uso e sim uma manutenção ruim ou inexistente”, avalia Hoffmann. Ele conta que já ouviu de um usuário que os filtros que tinham comprado do último fornecedor eram muito melhores que os do fornecedor anterior, que, por não “se sujarem”, não precisavam ser substituídos com frequência, o que representava uma economia. “Filtro que não suja está falhando na sua tarefa e isso é uma desvantagem e não uma vantagem. Não devemos confundir a capacidade de acumulação que os filtros têm, que é a capacidade de acumular pó atmosférico, em função do aumento da perda de pressão”, compara. A falta de manutenção adequada em todos os componentes destes sistemas podem provocar


diversos problemas, desde desconforto aos ocupantes até problemas de saúde. “A filtração é mais um elemento importante a ser mantido para proporcionar ambientes confortáveis, saudáveis e seguros”, ressalta o consultor da Anthares. Quanto aos problemas de saúde que a falta de manutenção provoca, no estudo da síndrome dos edifícios doentes, Figueiredo cita que há grande ênfase às doenças respiratórias e explica por quê. “No passado, vivíamos mais livres em ambientes abertos com grande circulação de ar. Hoje, cada vez mais estamos sujeitos a locais fechados, com grande troca térmica, mas com baixíssima taxa de renovação de ar”, relaciona. O gerente comercial do Grupo Veco dá o exemplo do que ocorre em um carro e como isso pode nos afetar. “Quando se coloca na posição reciclar, apenas resfriamos o ar e retornamos para o interior do veículo, em um sistema de Split, fazemos a mesma coisa. Estamos cada vez mais concentrando os contaminantes e os microrganismos. Com isso, eles ficam mais resistentes e nós cada vez mais suscetíveis a estes microrganismos”, alerta.

Plano de controle e manutenção As novas leis exigem um plano de controle e de manutenção de todo o sistema HVAC. “Hoje já se fala em utilização de mais de um estágio de filtragem, no mínimo, se exige um sistema de filtragem com uma pré-filtragem classe G e uma filtragem intermediária classe M. Esses recursos proporcionam melhora considerável na qualidade do ar que respiramos em ambientes fechados”, explica Figueiredo. Outra exigência das normas é a taxa de renovação de ar. “Esta taxa garante uma certa quantidade de ar novo – ar externo – que deve ser admitida pelo sistema de HVAC de acordo com o local, a quantidade de pessoas e o trabalho realizado”, salienta. Atualmente, um grupo de trabalho da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) está estabelecendo normas para uso correto de filtros em sistemas de HVAC/conforto em prédios comerciais. Para prédios de produção, já é definido diretamente pelo usuário devido às necessidades dos processos. De acordo com Hoffmann, da Anthares, o Brasil está bem contextualizado e atualizado sobre as normas nesta área,

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FILTRAÇÃO DO AR Março/Abril Meio Filtrante

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uma vez que tem assento votante na ISO/TC 142 por intermédio de seus especialistas. Segundo ele, existem dois comitês técnicos da ABNT trabalhando sobre normas para regulamentação de filtros em sistemas HVAC dos quais ele faz parte. Um deles é o Comitê de Estudos Especiais (CEE) 138 – espelho da ISO/TC 142 –, que já publicou recentemente a norma NBR 16.101/2012 para filtros grossos e finos e está atuando em duas frentes: uma para a preparação da norma para filtros absolutos NBR ISO 24.963-1 e outra para a preparação da NBR ISO 16.890-1, voltada para classificação de eficiência de filtros para material particulado (PM 1; PM 2,5 e PM 10). O outro é o Comitê Brasileiro (CB) 55, no qual a norma NBR 16.401 está em fase final de revisão e deve incluir um algoritmo completo para o cálculo estimativa da concentração do PM2,5 em um ambiente climatizado a partir da combinação de filtros e suas eficiências. Além das recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e normas técnicas da ABNT, são seguidas guias, recomendações e normas técnicas internacionais destinadas a diferentes aplicações de equipamentos, de sistemas de tratamento de ar e de filtros que devem ser discutidas entre o usuário e o projetista para a aplicação adequada ao caso. “A Reintech adota a divisão dos projetos de equipamentos e de sistemas como método de trabalho em fases conceitual, básica e executiva para que esta discussão ocorra na fase conceitual até a definição, antes do avanço às demais”, enfatiza Galiotto.

Busca por melhores eficiências

As tecnologias de filtragem avançam dia a dia. “Hoje o desafio é a busca por melhores eficiências de filtragem e energética. Precisamos ter um filtro com melhor qualidade, melhor capacidade de acumulação de partículas, menor

perda de pressão e maior vida útil”, indica Figueiredo. Segundo ele, no passado, elevar a eficiência e o poder de acumulação de pó era sinônimo de aumentar a perda de pressão e, consequentemente, o consumo energético. Por outro lado, reduzir a perda de pressão e o consumo energético era equivalente a um sistema de filtragem de pior qualidade. Para o gerente comercial do Grupo Veco, atualmente, com os estudos em nanofibras, os meios filtrantes desenvolvidos são mais eficientes com uma perda de pressão menor. “Os estudos ainda precisam avançar e aliar a tudo isso um maior poder de acumulação de partículas e maior vida útil. O caminho é longo, não existe fórmula mágica, todo o desenvolvimento é fruto de muito estudo, muito trabalho, muita transpiração. Está sendo criada uma grande demanda que irá viabilizar economicamente todo este trabalho”, avalia. Os fabricantes de filtros têm buscado estar em dia com as informações sobre o desempenho de seus filtros para oferecer filtros cada vez mais eficientes que proporcionem uma perda de pressão menor e melhor capacidade de acumulação. “Estes parâmetros devem ser avaliados para comparação de um fabricante com outro”, analisa Hoffmann. A busca por novas tecnologias para atingir melhores eficiências é incessante. “Os avanços constantes dos materiais e métodos de fabricação de filtros e demais componentes dos equipamentos para o controle da contaminação, dos sistemas de tratamento de ar e das tecnologias de acionamento e automação proporcionam maior eficiência energética e confiabilidade no uso”, conclui Galiotto. Contato das empresas: Anthares: www.anthares.com.br Grupo Veco: www.veco.com.br Reintech: www.reintech.com.br


Pautas 2017

MAIO/JUNHO

A Revista MEIO FILTRANTE possui uma pauta diversificada focando sua linha editorial nas novidades e acontecimentos atuais do mercado, atencipando as informações mais relevantes aos usuários e “players” do segmento de filtração, separação, tratamento de água e meio ambiente. Simuladores de processos de filtragem Antecipando as novidades da Feimafe Antecipando as novidades da Expomafe Antecipando as novidades da Brasil Offshore Cobertura Automec 2017 Filtros para sistemas de resfriamento Feiras em destaque:

JULHO/AGOSTO

AGRISHOW - 01 a 05 de Maio, EXPOMAFE - 09 a 13 de Maio, FCE Pharma – 23 a 25 de Maio, FEIMAFE - 05 a 01 Junho, Brasil Offshore - 20 a 23 de Junho

Membranas Filtrantes Filtros ecologicos para mercado automotivo Nanofibras para o mercado de filtros Filtros hidráulicos Análises laboratoriais e os sistemas de filtragem Filtros de cabine e benefícios para saúde Feiras em destaque:

NOV/DEZ

SETEMBRO/OUT

MECSHOW - 13 a 16 de Julho, FENASUCRO - 22 a 25 de Agosto

Antecipando as novidades da Fenasan Correta manutenção dos veículos de passeio – Filtros Adsorção por carvão ativado Desmineralizadores de água Filtros na industria alimentícia e de bebidas Feiras em destaque:

FEBRAVA – 12 a 15 de Setembro, FEITINTAS – 12 a 15 de Setembro, AUTONOR - 13 a 16 de Setembro, FENASAN – 02 a 06 de Outubro

O que há de novo em filtração residencial Filtros de banda e suas aplicações Filtros tipo leito Análise do ano e perspectivas para 2018 no mercado de filtro

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Nota: As pautas acima poderão sofrer alterações, serem postergadas ou canceladas sem prévio aviso


TRATAMENTO DE ÁGUA Março/Abril Meio Filtrante

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Processo de filtragem por osmose reversa é útil em diversos setores Para o emprego na área da saúde, indústria de remédios, química e cosméticos, é necessário que a água apresente um alto nível de pureza. Este resultado é possível através do tratamento por osmose reversa

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tilizamos água diariamente em nossas rotinas, seja para o consumo, limpeza, para tomar banho, no preparo de alimentos, entre outras funções. Porém são poucas as pessoas que param para refletir a composição do líquido que está ingerindo, diferente do que aprendemos na escola a água potável não é composta apenas por hidrogênio e oxigênio. Minerais diversos, metais pesados, partículas orgânicas, bactérias e outras substâncias contaminantes, estão presentes na água que usamos em casa e isso não faz com que ela esteja fora dos padrões para este fim. Contudo, para o emprego na área da saúde, indústria de remédios, química e cosméticos, é necessário que este composto apresente, um alto nível de pureza. De acordo com a CEA do Brasil , empresa especializada em tratamento de água , um dos processos mais utilizados para fazer a purificação da água é a osmose reversa , que elimina até 99,98% dos sais minerais, metais pesados e microrganismos que possam estar presentes na água sem a utilização de produtos químicos. O resultado desse processo é a água deionizada, totalmente livre de substâncias que não hidrogênio e oxigênio e apta para diversas finalidades, dado que as substâncias encontradas na água natural podem comprometer processo de fabricação das mais diversas áreas e até mesmo a saúde humana.

Na Indústria farmacêutica, a água pura é utilizada na produção de medicamentos, já que livre de contaminantes e minerais, ela não influenciará na reação das substâncias. Outra forma de aproveitamento é para a higienização de equipamentos e instrumentos que precisam também de altos níveis de esterilização. Na fabricação de cosméticos, a preocupação é semelhante, visto que a filtração da água garante melhores resultados e a segurança dos consumidores. Os processos de diálise e hemodiálise, também exigem a utilização de água deionizada, pois o contato do sangue do paciente com substâncias estranhas pode causar agravamento do estado de saúde, surgimento de novas doenças e até mesmo a morte. Por esse motivo é necessário que em todas as sessões, seja utilizada a água tratada por osmose reversa para que o paciente não tenha contato com nada que possa prejudicá-lo. A água purificada evita a criação de crostas de resíduos em caldeiras e radiadores que podem corroer os mesmos e causar sérios problemas. O líquido também é utilizado no aquariofilismo, pois algumas substâncias presentes na água natural facilitam a proliferação de algas e desequilibra o ecossistema dos aquários. Ao utilizar a água pura, a manutenção do aquário limpo e saudável é mais prática, porém deve ser feita a reposição de nutrientes para os peixes.


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tilizados em vários segmentos, os filtros sinterizados podem ajudar no desempenho e na melhora de um processo. “Procuramos cada vez mais implantar este tipo de filtro em áreas nas quais ainda não são usados para inovarmos o mercado”, revela Celymar Ventini Pinotti, proprietária e responsável pela área Industrial e comercial da Filtros Free. O principal avanço para este produto é a manufatura aditiva ou impressão 3D, que consiste na impressão de objetos a partir da deposição de diversos materiais em camadas. Segundo o engenheiro Daniel Rodrigues, da Brats Filtros Sinterizados e Pós Metálicos, a empresa tem um projeto em andamento a este respeito com o ISI-Senai de Joinville. Mesmo assim, para Sérgio Cintra, Chief Innovation Officer (CIO) e presidente do Grupo MS: Metalsinter, AmbientalMS e FiltrosMS, a tecnologia não avançou apenas melhorou a forma. “A tecnologia de sinteri-

zação não evoluiu muito nos últimos tempos, houve uma melhoria no desenvolvimento de moldes, prensas e fornos”, aponta. De acordo com o Dr. Dirk Reiner Muller, de vendas América do Sul da GKN-Filtros, as formas tradicionais dos elementos filtrantes de metal sinterizado são tubos, velas e discos, mas outras formas podem ser realizadas sob medida. As novidades são velas de até 1,5 m de comprimento e 30 cm de diâmetro sem nenhuma soldagem de alta resistência contra corrosão e pressão e longa vida útil. Velas de camadas mais finas para reduzir os custos do produto e ampliar as possibilidades de aplicações na indústria. E uma terceira novidade são velas com camadas de outros metais e materiais para usar como catalisador e elemento filtrante ao mesmo tempo.

Base

A tecnologia se baseia na fusão de particulados em alta temperatura misturados a outros componentes e à atmosfera. De origem alemã, a sinterização é um pro-

Foto: Divulgação EG Filtros

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Foto: Divulgação Filtros Free

FILTROS INDUSTRIAIS Março/Abril Meio Filtrante

Cristiane Rubim

Filtros sinterizados suportam altas pressões e temperaturas em ambientes muito corrosivos

Filtros sinterizados e coalescentes


Exemplos de elementos filtrantes altamente porosos, fabricados por metalurgia do pó

cesso que envolve a microfusão entre os grãos de um material em pó, o que ocorre numa atmosfera controlada e em alta temperatura um pouco abaixo da temperatura de fusão do material que se está sinterizando. Conforme o engenheiro Rodrigues, da Brats, os filtros sinterizados são de preponderância metálica e produzidos por metalurgia do pó, compactação e sinterização. Na compactação, estabelecem-se formas e dimensões. E na sinterização há uma consolidação metalúrgica, o que define resistência mecânica. Segundo ele, são várias as ligas metálicas que podem ser usadas, mas a principal é o aço inoxidável (Fe-Cr-Ni). Os filtros sinterizados metálicos são feitos de pó metálico colocado em um molde, aplicando-se uma certa pressão e temperatura, dependendo do material. Através da variação dos parâmetros pressão e temperatura, conforme Dr. Muller, pode-se fazer filtros de várias retenções, por exemplo, de 0,1 mícron até 100 micra (retenção em líquido).

Durante a sinterização, ocorrem várias reações no estado sólido do elemento que são ativadas termicamente. Então, para cada modelo de elemento filtrante, uma compactação e temperatura são adequadas. Os filtros sinterizados de resina plástica passam pelo processo de moldagem e sinterização. “A resina, uma vez compactada no molde, é submetida a temperaturas elevadas, criando uma alteração microscópica do elemento base, onde suas moléculas se fundem, obtendo um elemento plástico microporoso sólido com boa resistência mecânica”, explica Juan Arias, diretor técnico e proprietário da EG Filtros. Segundo ele, o plástico-microporoso obtido

Aplicações e segmentos

“Os filtros sinterizados são usados principalmente em aplicações que requeiram alto desempenho mecânico (estrutural), excelente resistência à temperatura e elevada resistência à corrosão”, indica Rodrigues, da Brats. Existem muitos tipos e modelos de filtros sinterizados, variando conforme a necessidade e tipo de aplicação. Segundo Celymar, vão desde a filtração de uma simples bolha de ar até grandes sistemas, e aqueles que passam por uma imersão em um produto para ficarem da cor de inox. São segmentos bem diversificados e cada dia se expandem mais: iluminação, químico, cervejeiro, hospitalar, telefonia, calçados, alimentício, naval, ferroviário, automação pneumática, odontológico, pintura 47

Março/Abril Meio Filtrante

Foto: Divulgação GKN

pela sinterização permite um controle preciso da porosidade e do tamanho médio do poro, garantindo a qualidade das peças fabricadas.


48 Foto: Divulgação Brats

Março/Abril Meio Filtrante

FILTROS INDUSTRIAIS

eletrostática a pó, equipamentos de estética, instrumentos de medição (analisadores de gases), pesca e aquicultura, entre outros. Como foi dito acima, a maioria dos elementos filtrantes de metal sinterizado é de ligas de aço inox. “Aplicações típicas estão na indústria química e petroquímica, para qualquer processo de filtração de partículas finas de líquidos e de gás, e na indústria alimentícia e de bebidas, onde outros materiais, como plástico e PPE, não servem”, diz Dr. Muller, da GKN-Filtros. Outra aplicação especial é o reaproveitamento de catalisadores. A classificação destes filtros pode ser pela composição química (liga) e por questões físicas, como porosidade, capacidade de retenção e permeabilidade. Podem ainda ser utilizados como filtros, retendo partículas; como espargeadores, gerando bolhas gasosas em meios líquidos; como “corta-chamas” em dispositivos de segurança; abafadores de ruídos (silenciadores); redutores; borbulhadores; buchas autolubrificantes com grande uso na indústria automobilística; limitadores de fluxo; detectores de vazamento; equalizadores de pressão; respiros ou drenos; placas ou mantas porosas; cartuchos e filtros em geral; filtros coalescentes etc.

Aspersores, carbonatadores, aeradores, plugs porosos, discos para projetos especiais

Perfil

Entre as vantagens dos filtros sinterizados, está poder fazer a aplicação com altas pressões (até 10 bar) e temperaturas (até 900 Graus Celsius) em ambientes muito corrosivos. “Desta forma, os clientes podem economizar muitos custos, porque eles não precisam mais resfriar/esquentar um gás ou um líquido para uma temperatura adequada para um filtro de plástico, por exemplo, que aguenta, no máximo, 80-150 Graus Celsius. Com os elementos sinterizados, eles podem usar o processo existente deles e colocar o filtro diretamente neste processo, com altas temperaturas e pressões”, explica Dr. Muller. Outra vantagem é a filtração superficial e não profunda. “As partículas não entram no elemento, mas ficam em cima da superfície. Pode-se limpar os elementos por pulsos inversos de gás ou líquido e não precisa descartá-los”, conta. Para Dr. Muller, a desvantagem são os custos, que ficam mais altos que os de filtros comuns. Na opinião de Celymar, o custo-benefício é bem evidente em relação aos outros tipos de filtros e existem inúmeras vantagens, como: vida útil, eficiência, custo e facilidade na instalação. “O que difere é que os particulados fazem uma filtração mais minuciosa e podem ser aplicados a uma temperatura maior”, este último item também apontado acima. A EG Filtros traz um exemplo prático mostrando algumas vantagens e desvantagens de seus filtros sinterizados em resina plástica microporosa PE-UHMW e PE-AD. Vantagens: resistência química contra ácidos, álcalis, bases e vapores agressivos; autolubrificação com baixo coeficiente de atrito; resistência ao impacto e à abrasão, o que garante longa vida útil ao elemento filtrante; produto


com os elementos sinterizados e reaproveitado depois. Com os elementos comuns, se descartam os elementos junto com o material perigoso e/ou tóxico”, especifica Dr. Muller, da GKN-Filtros.

Foto: Divulgação GKN

atóxico; temperaturas de -269ºC a + 90ºC; várias formas de conformação; e capacidade de retenção de partículas, poros de 1 mícron a 100 micra. Desvantagens: não suporta mecanismos com alta pressão, porque há riscos de quebra; difícil de ser reutilizado, não é recomendada a retrolavagem; respeito às temperaturas, caso contrário, há deteriorização do elemento filtrante.

Recicláveis

Segundo Rodrigues, da Brats, os filtros sinterizados são totalmente recicláveis. “Podem inclusive voltar à cadeia de produção deles mesmos por meio de fusão e atomização para obtenção de pós metálicos, matéria-prima para a produção do filtro sinterizado”, esclarece. Os filtros sinterizados metálicos não precisam ser descartados. “O material perigoso e/ ou tóxico pode ser tirado de um líquido e gás LAFFI - SYNDER - MF66.pdf 1 18/12/2013 17:23:43

Instalação típica de um filtro assimétrico com membrana metálica

“Os filtros já colaboram com o meio ambiente por si sós. Seja na redução da poluição do ar ou sonora, seja na economia gerada por sua aplicação ou no conjunto de sua utilização, tempo/ aproveitamento/manutenção etc.”, avalia Cin-

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Foto: Divulgação Metalsinter

Sinterizados

Foto: Divulgação Filtros Free

FILTROS INDUSTRIAIS

tra, do Grupo MS. Ele explica que vários deles são laváveis e possuem uma durabilidade maior que alguns concorrentes de papel, por exemplo, e no seu descarte são materiais mais nobres, normalmente vendidos. Arias, da EG Filtros, diz que os elementos filtrantes sinterizados da empresa não oferecem grandes riscos ao meio ambiente, porque são atóxicos e de fácil descarte, se comparados com filtros de metais e outras matérias-primas. Dependendo de sua utilização, podem ser reciclados. Celymar recomenda que todo descarte deve ser feito com muita prudência para não comprometer o planeta. Para fazer o encaminhamento, a proprietária da Filtros Free cita um contato para verificação sobre o envio das peças de bronze sinterizado usadas, descartedefiltros@gmail.com.

Filtro de bronze sinterizado

Avaliação do mercado

Dr. Muller, da GKN-Filtros, vê com otimismo este mercado. “Como a questão da sustentabilidade e do aumento da eficiência aumenta cada vez mais, as perspectivas destes elementos sinterizados são ótimas e têm crescimento de 20% a 25% por ano”, analisa. Rodrigues observa de outra forma, para ele, o mercado local para filtros sinterizados cresce, mas pouco. “A Brats, produtora local de filtros sinterizados em aço inoxidável, vem fomentando este mercado e espera-se chegar a uma taxa de crescimento anual de 10%”, revela. Cintra, do Grupo MS, avalia o mercado em retração, com utilização de outros elementos

descartáveis e qualidade mais baixa. Celymar diz que, como em todos os segmentos, o mercado é sazonal. “Mas quem utiliza esse tipo de material sempre procura para trocas e se mantém fiel ao produto”, afirma. Segundo a empresária, a Filtros Free procura sempre fazer divulgação na mídia e atualizar os maquinários necessários para uma boa qualidade de peças. A EG Filtros acredita em um melhor cenário econômico em 2017 e reativação da indústria para retomada de seu crescimento, o que possibilita investimentos em novas linhas de produtos e novos negócios. A empresa produz filtros especiais, nacionalizando e fabricando peças sob encomenda, em formas, tamanhos e requisitos solicitados pelos clientes. “Atualmente, nos encontramos em um ambiente estável e de recuperação pós-crise, buscando novos caminhos e alternativas para nos superarmos diante dos concorrentes externos. A empresa está sendo favorecida pela nacionalização de produtos importados devido às dificuldades do processo de importação, principalmente para as médias e pequenas empresas, fator importante para a valorização do mercado nacional”, explica Arias. Contato das empresas: Brats Filtros: www.brats.com.br EG Filtros: www.egfiltros.com.br Filtros Free: www.filtrosfree.com.br GKN-Filtros: www.gkn-filters.com.br Metalsinter: www.metalsinter.com.br


ONDE TEM ESTE SELO, TEM TROCA DE FILTRO E AMBIENTE LIMPO. O TADO D S E O N AGORA SANTO

ArteplenA

O ESPÍRIT

Os fabricantes, importadores e distribuidores de Filtros do Óleo Lubrificante Automotivo estão promovendo o descarte dos filtros usados, de forma

correta e consciente.

Em sintonia com todos os avanços em busca da sustentabilidade, a Abrafiltros, associação que reúne os fabricantes, importadores e distribuidores de filtros automotivos, está coordenando a implantação de um eficiente programa-piloto de Logística Reversa em pontos de coleta nos estados de São Paulo, Paraná e Espírito Santo, onde os filtros do óleo usados são periodicamente retirados por empresa credenciada que faz a destinação correta do descarte.



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