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Esp e c i a l i za d a e m F i lt r a ç ã o - Se p a r a ç ã o - Tra t a me nt o d e Ág ua - M ei o Amb i e nt e Ano XVI - N˚ 87 - Julho / Agosto de 2017
Filtros ecológicos para mercado automotivo
• Membranas Filtrantes • Filtros Hidráulicos
• Filtros de Cabine • Nanofibras
EDIÇÃO
Nesta
87 Julho/Agosto 2017
Filtro capa: E-max Parker
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Portfólio de filtros ecológicos automotivos aumenta
Como funcionam os filtros hidráulicos
Membranas filtrantes: alta eficiência na separação de resíduos
16 DESTAQUE Análises laboratoriais e os sistemas de filtragem
44 EVENTOS Mercado de Filtros movimenta Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços
22 MEIO FILTRANTE Mercado de filtros é aplicação líder das nanofibras
SEÇÕES: 06 FILTRADO 08 MERCADO
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Filtros de cabine preservam a eficiência do veículo e a saúde do condutor
Diretora - Editora Rogéria Sene Cortez Moura editora@meiofiltrante.com.br Redação/Reportagem Anderson V. da Silva, Carla Legner, Cristiane Rubim, Dayane Cristina da Cunha Fernandes e Suzana Sakai jornalismo@meiofiltrante.com.br Comunicação Loiana Cortez Moura Loiana@L3ppm.com.br Criação, Editoração e Web Anderson Vicente da Silva, Loiana Cortez Moura e Paula Zampoli Publicidade Yara Sangiacomo publicidade@meiofiltrante.com.br Assinaturas, Circulação e Atendimento ao Cliente: Tel.: +55 11 4475-5679 atendimento@meiofiltrante.com.br
Conselho Editorial: Adriano de Paula Bonazio; Alex Alencar; Alice Maria de Melo Ribeiro; André Luis Moura; Atsushi Gomi; Caio Guilherme Barbosa; Carlos Mourão; Cláudio Chaves; Francisco Gomes Neto; Genaro Pascale Neto; Geraldo Reple Sobrinho; Helmut Zschieschang; Hermann Queiser; Jeffrey John Hanson; João Moura; José Luis Tejon Megido; Julio Trujillo; Laíssa Cortez Moura; Leonardo Zanata; Lucas Cortez; Luciano Peske Ceron; Marcia Brunini Truite Hanson; Mauro Urbinati; Marco Antônio Simon; Paulo Roberto Antunes; Patrick Galvin; Pedro Verpa; Plínio Centoamore; Ricardo Saad; Robert Scarlett; Tárcia Rita Davoglio; Tarcisio Costa; Valter Medina; Valdir Montagnoli; Vinicius Stoco Patricio e Walter Luiz Polônio. Colaboraram nesta edição: Abrafiltros (Diretoria); Sérgio Gazarini e Fang Cai (Seineca); Juliano Frizzo (Filtros Planeta Água); César Costa, Oscar Talmeli e Rafael Junior (Wega Motors); Dirk Huber (Erwin Junker); André Luis Moura e Valdir Montagnoli (Laffi); Thiago Lima (Saati); Edgard Luiz Cortez e Lucas Cortez Moura (Iteb); Luciana Beneton e Fernando Brusadin Queiroz (Tecitec); Digvijai Singh (A2Z Filtration); Alysson Padovani (Flexível); David Siqueira de Andrade e Gabriela Oppermann (Supply Service); Paulo Roberto, Celso Stupiglia e Marcio Cirino (Parker); Claudia Montesso e Djalma Baúte (Poli-Filtro); (Filtech); Ronilso Toledo e Marcelo Silva (Sogefi); Rodolfo Cafer (Mahle); André Gonçalves e Luciana Steffen (Mann+Hummel); Roberto Rualonga (Tecfil); Maria Helena Ambrosio Zanin (IPT); Crawford Arrington (Ahlstrom Munksjo); Hudson Zanin (Unicamp); Daniel P. Pavan (Kubota); Henia Yacubowicz e Taylour Johnson (Koch Membrane); Emerson Rodrigues (Pentair); Gabriel Lemos de Souza (Hydac); Alexandra Camargo (Pall); Luiz Fontes (Merck); Helio Primo Cavarzan (Sartorius); Paulo O. Pereira de Almeida e Leandro Lara (Reed Exhibitions); Sergio Montagnoli (Nakata); Delfim Calixto (Robert Bosch); Paulo Nielsen (Cummins); Nelma Timello (Filtros Brasil); João Bernardo Leal Ayroso (Hengst); Simone Minhoto e Roberto Rualonga (Tecfil); Francisco De La Tôrre (Sincopeças); José Roberto Alves (Federal-Mogul); Fernanda Giacon (ZF); Carlos Dourado (Dana); Rafaelle Ventieri Neto (Alfatest); Luis Abilio Marques (Gedore); Luis Lipay (Motorservice); Jurandir Defani (Taranto Brasil); Erica Di Giovancarlo (ITA); Rodrigo Carneiro (Andap); Antonio Fiola e Pedro Luiz Scopino (Sindirepa Nacional) e Alex Peixoto de Alencar. Assessoria Jurídica Candido, Rozatti e Spinussi Adv. Associados Tel.: +55 11 4438-8173 - www.crsaa.com.br A Revista MEIO FILTRANTE é uma publicação da L3ppm - L Três publicidade, propaganda e marketing Ltda. Trav. Gilda, 34 – Vila Gilda CEP 09190-520 - Santo André - SP Tel.: +55 11 4475-5679 www.meiofiltrante.com.br Impressão e Acabamento Gráfica IPSIS - www.ipsis.com.br
Os artigos e matérias não refletem a opinião desta revista, assim como declarações emitidas por entrevistados e através de anúncios, sendo de única e exclusiva responsabilidade de seus autores e anunciantes. A reprodução total ou parcial das matérias só é permitida mediante autorização prévia da Revista Meio Filtrante, e desde que citada a fonte.
EDITORIAL
Postura e Atitude!
Estamos adentrando no segundo semestre do exercício fiscal de 2017 e o que será que nos espera diante de turbulências e mais turbulências? A resposta exige praticidade e simplicidade, postura e atitude, foque no seu mercado e em seus negócios, invista sempre! Diante deste cenário desafiador, você deve ter se questionado uma porção de vezes: como diz o dito popular, se nós vivemos em um país “abençoado por Deus e rico por natureza”, com uma invejável extensão de terras, com tantas riqueza naturais, um país com um clima maravilhoso ensolarado, alegre, um país sem guerras, um país que tem um povo acolhedor, altamente adaptável, solidário, inteligente, trabalhador, um país repleto de oportunidades, um país reconhecido pela sua agricultura, seu parque industrial, futebol, música, folclore e por tantos outros méritos, por que não são propagados na mesma proporção que são divulgados uma enxurrada de assuntos e temas que denigrem a imagem do nosso país? Se temos tudo isso e muito mais coisas boas do que ruins, então por que o nosso país está passando por tantas dificuldades? Sim, com certeza você também já deve ter respondido e esclarecido essa pergunta. Nosso país têm uma economia forte, colocada em 9° lugar no ranking das maiores economias do mundo e segundo estudos, estaremos em 5° lugar deste mesmo ranking até 2050. É por este motivo, que ela é tão cobiçada e assediada por investidores do mundo inteiro. Pois então, se o nosso problema não é econômico, qual é o nosso problema? Se você respondeu que é político, tenha certeza que esse é um ponto fundamental. O argumento, apesar de ser apartidário, e não que política não seja de nosso interesse, mas, como já é do conhecimento nacional e internacional, política brasileira é um assunto que está sendo muito bem conduzido e trabalhado pelas autoridades competentes que estão impondo e exigindo uma nova postura e atitude para os políticos brasileiros, por uma política mais ética dentro da lei, com justiça de igualdade para todos os cidadãos brasileiros. Diante dos fatos, a história registrou e vem registrando que independente do tempo e época, sempre é tempo de fazer, seja qual for o cenário, planeje. O planejamento é mandatório, persista por resultados, faça como a maioria das empresas bem sucedidas, seja realista, foque, estude e avalie seu mercado e negócios, ouça especialistas, troque idéias com profissionais e executivos do seu segmento, some, busque profissionais com o perfil dentro de suas exigências e necessidades, valorize através de resultados sua equipe de trabalho, prepare-se, envolva-se, comprometa-se, valorize seu mercado, clientes, fornecedores, faça como uma porção de empresas nacionais que criaram estratégias e modelos de gestão e que estão usufruindo da globalização, conquistando mercados, transformando-se em empresas transnacionais. Nas matérias dessa edição trazemos análises laboratoriais e os sistemas de filtragem; a importância dos filtros de cabine na preservação da saúde; filtros ecológicos para o mercado automotivo; como funcionam os filtros hidráulicos; membranas filtrantes, alta eficiência na separação de resíduos; o mercado de filtros como líder na aplicação das nanofibras; e a cobertura da Automec. Lembre-se, só você pode tomar a decisão de fazer a diferença, afinal, estamos falando de postura e atitude! Nos vemos em nossa próxima edição. Boa leitura! Rogéria Sene Cortez Moura Editora
ArteplenA
ONDE TEM ESTE SELO, TEM TROCA DE FILTRO E AMBIENTE LIMPO.
Os fabricantes, importadores e distribuidores de Filtros do Óleo Lubrificante Automotivo estão promovendo o descarte dos filtros usados, de forma
correta e consciente.
Em sintonia com todos os avanços em busca da sustentabilidade, a Abrafiltros, associação que reúne os fabricantes, importadores e distribuidores de filtros automotivos, está coordenando a implantação de um eficiente programa-piloto de Logística Reversa em pontos de coleta nos estados de São Paulo, Paraná e Espírito Santo, onde os filtros do óleo usados são periodicamente retirados por empresa credenciada que faz a destinação correta do descarte.
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FILTRADO
Poli-Filtro inaugura nova unidade em Rio Verde, Goiás
A Poli-Filtro é atualmente a maior distribuidora de filtros automotivos para equipamentos pesados do Brasil e como parte das estratégias de crescimento traçadas para 2016/2017 inaugura nova unidade na cidade de Rio Verde no estado de Goiás. “A Poli-Filtro é atualmente a maior e mais inovadora distribuidora de filtros do Brasil e nossa estratégia pode ser entendida como o processo de dinamização e intensificação das trocas entre nossos clientes. Poli-Filtro com o objetivo de alcançar a satisfação recíproca de toda cadeia de suprimentos dando ênfase nos consumidores em geral como: fazendas, agronegócio, transportadoras, indústria, troca de óleo, entre outros” comenta Djalma Baúte, gerente geral da empresa. “Como parte de nossas estratégias de segmentação de mercado e detectar oportunidades para melhorar a atuação da Poli-Filtro, empresa em seus mercados, escolhemos através de pesquisa de mercado e solicitações constantes da nossa rede de clientes
que a cidade de Rio Verde GO deveria hospedar nossa nova casa”, complementa Djalma. Por quê Rio Verde GO? Rio Verde está rankeada como a quarta cidade do Estado em PIB, e segundo Djalma dispõe de consumidores exigentes devido ao mercado crescente agrícola. Está sempre em busca das últimas tecnologias e dos produtos mais revolucionários no que diz respeito a equipamentos; e nós da Poli-Filtro estamos prontos a atendê-los. “Queremos estar onde nossos clientes estão, desenvolvendo nossa marca e dos nossos parceiros; para que esse posicionamento nos permita ocupar uma posição competitiva, significativa e única nas mentes de nossos clientes, finaliza Djalma. Esta nova unidade instalada, complementa a rede de atendimento da companhia, que possui matriz em São Paulo e filiais em Cuiabá, Manaus e Porto Alegre. Saiba mais: www.polifiltro.com.br
Julho/Agosto Meio Filtrante
Mato Grosso do Sul discute Programa Descarte Consciente Abrafiltros, de reciclagem de filtros do óleo lubrificante automotivo
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A Secretaria do Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul – (Semagro) e o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul – IMASUL pretendem inserir, no Estado, a logística reversa dos filtros usados do óleo lubrificante automotivo por meio do Programa Descarte Consciente Abrafiltros, promovido pela Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais, entidade nacional representativa do setor. A proposta foi discutida durante reunião realizada na Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul – FIEMS. Durante o encontro, a Abrafiltros apresentou os detalhes do programa e esclareceu sobre a necessidade de elaboração de Edital de Chamamento específico ou alteração da Resolução Semade nº 33/2016, pois não relaciona os filtros do óleo lubrificante automotivo entre os produtos alvo de implantação do sistema. Por isso, é necessário a publicação de Edital de Chamamento ou Resolução específica, condição essencial prevista em lei para que o setor possa se mobilizar para
a elaboração do projeto a ser aprovado pelo governo. O programa deverá ser implantado em caráter piloto, com metas gradativas de reciclagem e abrangência geográfica, devido aos custos envolvidos e necessidade de avaliação das questões logísticas e operacionais. Isso porque todas as despesas geradas pelo programa são totalmente pagas pelas empresas participantes e não há retorno para a cadeia produtiva de filtros do óleo lubrificante automotivo. O programa Descarte Consciente Abrafiltros, que atualmente está implantado nos Estados de São Paulo, Paraná e Espírito Santo, já reciclou cerca de 8 milhões de filtros desde julho de 2012. “O programa de logística reversa de filtros usados de óleo lubrificante da entidade é não só essencial para o meio ambiente, mas também necessário para cumprir à legislação. Por isso, é importante que toda a cadeia se envolva – fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e consumidores – com a logística reversa, pois cada um deve fazer a sua parte devido aos custos elevados para as empresas participantes”, afirma João Moura, presidente da Abrafiltros.
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SOLUÇÕES EM ARTEFATOS DE BORRACHA PARA O MERCADO DE SANEAMENTO, TRATAMENTO DE ÁGUA E EFLUENTES
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Tampa para Ralo Sifonado, Boías, AVTF, AJTI, AJGI, Junta C-CQUI, Anel B-rau, A-rau, VBW, Junta Bipartida, peças para aeração.
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SBR, Nitrílica, Cloroprene, EPDM, Natural, Viton, Silicone, Poliuretano, Hypalon, Butílica.
AJE VBF
Julho/Agosto Meio Filtrante
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ISO 9001:2008
Desde 1973 fornecendo qualidade em borracha.
MERCADO
Volkswagen anuncia joint venture com a JAC na China
A Volkswagen anuncia a sua terceira joint venture na China, onde já possui parceria com as montadoras locais FAW e a SAIC. Desta vez, uma nova empresa surgirá a partir de um acordo assinado com a JAC Motors (Anhui Jianghuai Automobile) focada em desenvolver, produzir e vender veículos elétricos, além de oferecer serviços de mobilidade no mercado chinês. O novo acordo, firmado para 25 anos e participação de 50% de cada montadora, prevê a construção de uma fábrica, bem como um centro de P&D, além do desenvolvimento e fabricação de componentes para os veículos elétricos. Em comunicado, o Grupo Volkswagen informa que o primeiro veículo elétrico da nova joint venture com a JAC é previsto para chegar ao mercado em 2018. A assinatura do acordo foi realizada em 01/06, pelo CEO do Grupo Volkswagen, Matthias Müller, na ocasião da visita do primeiro ministro chinês em Berlim (Alemanha), Li Keqiang, e que contou com a presença da chanceler alemã, Angela Merkel. “A nova parceria é um marco adicional na nossa ofensiva elétrica na China”, afirmou Müller. “Assim como nós desempenhamos um papel fundamental na formação da mobilidade junto com os nossos parceiros na China ao longo dos
últimos 30 anos ou mais, queremos desempenhar nossa parte na formação da mobilidade do futuro: elétrica, totalmente em rede e em linha com as necessidades dos nossos clientes”, completou. Segundo a Volkswagen, a ofensiva elétrica na China deverá ser estendida com as demais joint ventures, conforme o plano estratégico global da montadora, que projeta entregar 400 mil veículos no mercado chinês em 2020 e 1,5 milhão de elétricos em 2025. “A nova joint venture é um passo fundamental na implementação da nossa ofensiva elétrica no mercado chinês no âmbito da estratégia do grupo Together – 2025”, disse o presidente e CEO do Grupo Volkswagen na China e membro do conselho, Jochem Heizmann, durante a cerimônia de assinatura do contrato em Berlim. “Estou confiante de que esta parceria desempenhará um papel fundamental na mobilidade elétrica na China.” O presidente do JAC, An Jin, disse: “Nossa empresa está muito confiante sobre as perspectivas desta joint venture com um dos principais grupos automotivos do mundo. Estamos ansiosos para uma cooperação futura com o Grupo Volkswagen para oferecer para mais pessoas em nosso país os benefícios da mobilidade sustentável”. Fonte: www.automotivebusiness.com.br
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Foto: Divulgação FCA
Julho/Agosto Meio Filtrante
FCA - Fiat Chrysler Automóveis nomeia novo diretor da Fiat na América Latina
Herlander Zola assume no lugar de Carlos Eugênio Dutra, que continua na empresa A FCA anuncia mudanças em sua diretoria para a América Latina: Herlander Zola assume o cargo de diretor da marca Fiat no lugar de Carlos Eugênio Dutra, que continua na empresa como responsável por portfólio, pesquisa e inteligência e competitividade do grupo. Há 17 anos atuando no setor automotivo, Zola é graduado em Administração de Empresas, possui MBA em Marketing pela FIA/USP e Herlander Zola especialização em Ino-
vação em Comunicação pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. “Meu foco será desenvolver estratégias para adicionar valor à marca, com soluções cada vez mais inovadoras e adequadas às necessidades do consumidor”, afirma Zola. A FCA também comunica a contratação de Nicholas Parkes para assumir a direção de operações comerciais para a América Latina, excluindo Brasil, Argentina e México. Ele sucede a Francesco Abbruzzesi, que continua como diretor da Mopar na região. Com 25 anos de trajetória no setor automotivo, Parkes acumula experiência nas áreas de vendas e marketing em mercados da América do Sul. Fonte: www.automotivebusiness.com.br
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Revista
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Apoio Especial
A
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demanda por filtros ecológicos automotivos aumentou de forma significativa nos últimos anos e a tendência é que continue crescendo. “Praticamente todas as grandes montadoras da linha pesada já migraram do filtro convencional para o ecológico, assim como os carros importados. Na linha leve nacional, ainda não há este reflexo tão significativo, mas, com certeza, irá acontecer gradativamente nos próximos anos”, prevê João Bernardo Leal Ayroso, supervisor de vendas da Hengst. De olho no leque de produtos, tanto nas montadoras de veículos leves quanto nas de veículos pesados, a linha de elementos ecológicos está em constante crescimento devido ao seu apelo ambiental (eco-friendly). “Acompanhando este crescimento, a Tecfil vem ampliando seu portfólio, tendo lançado cerca de 15 novos produtos destinados a esta linha entre 2016 e 2017”, destaca Roberto Rualonga, gerente de assistência técnica da Tecfil.
projetos das linhas de montagem. Os filtros ecológicos são desenvolvidos conforme exigências das montadoras, o cliente não pode optar, pois o modelo de filtro é definido pelas montadoras”, afirma Rualonga. O que o cliente pode escolher são as empresas que se preocupam com o meio ambiente. Nos novos desenvolvimentos, seja na linha leve ou pesada, as montadoras estão realmente aplicando cada vez mais estas tecnologias com diferenciais ecológicos. “As normas ambientais, desde o controle de emissões até a reciclagem de veículos e peças, vêm se tornando mais rígidas e muitos clientes também estão dando preferência às marcas que respeitam o planeta”, analisa Ronilso Toledo, supervisor de Assistência Técnica da Sogefi.
Foto: Divulgação Sogefi
CAPA Cristiane Rubim
Portfólio de filtros ecológicos automotivos aumenta
Uma necessidade 10
A tendência é sempre aumentar a quantidade de veículos que fazem uso deste conceito ecológico. “Mas tudo depende da montadora, que deve aplicar esta ideia desde a concepção do projeto”, afirma André Gonçalves, consultor técnico da Mann-Filter. A busca contínua da preservação do meio ambiente consolida cada vez mais esta tendência, visto que o número de veículos com este tipo de filtro tem aumentado. “Devido à conscientização ambiental, os filtros ecológicos serão tendência certa em futuros
Filtro cartucho da Sogefi
Segundo Rodolfo Cafer, inspetor técnico da Mahle Metal Leve, nos novos projetos realizados nos últimos 15 a 20 anos, o sistema convencional foi abolido totalmente. “Precisamos lembrar que no Brasil a frota anterior a este período é de quase 60%, tanto de projeto como de fabricação, o que impõe o uso de filtros convencionais”, enfatiza. A Mahle continua oferecendo produtos convencionais, para
Foto: Mahle Metal Leve, reprodução autorizada desde que citada a fonte
a reposição, assim como os ecológicos. A preocupação da empresa com a linha ecológica é constante. Cafer cita dois exemplos. Os elementos filtrantes internos dos filtros de combustível da Mahle desde o lançamento utilizam elementos ecológicos, ou seja, eles têm somente papel e plástico. E os filtros com carcaças plásticas não usam selantes químicos ou adesivos com o objetivo de reduzir os con-
A empresa oferece produtos ecológicos para os novos projetos tanto nas linhas leves quanto pesadas. Cafer cita como exemplo os motores da Família 9 (904/924/906/926) da linha Mercedes-Benz. Para estes motores, a Mahle fornece o conjunto completo de filtragem do combustível, montado com dois filtros ecológicos, que têm longa vida útil, desde que mantida a condição de manutenção orientada pela montadora, e o sistema de filtragem de lubrificação que também trabalha com o filtro ecológico.
Composição diferente
Observe, nas duas fotos, um filtro convencional aberto e um esquema de funcionamento deste filtro
Sua principal diferença é a composição, onde são utilizados materiais que facilitam o descarte e posterior processamento do filtro usado. Filtros ecológicos não têm partes metálicas e, para descarte, é mais fácil de ser processado. Nos filtros tradicionais, é preciso removê-las para descarte. “A principal diferença para os filtros selados é que este só tem o elemento interno, ficando somente a troca do refil, todos os demais componentes estão no veículo”, aponta Rualonga. Os filtros ecológicos têm duas características
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Julho/Agosto Meio Filtrante
taminantes no processo de reciclagem. “Os filtros ecológicos são uma necessidade, e nada impede que, daqui 10 ou 15 anos, seja necessário fabricar uma carcaça postiça para aplicar nos motores mais antigos para permitir o uso de elementos ecológicos e descartar definitivamente os convencionais”, antecipa Cafer. A Mahle é voltada para o produto motor e filtros. A empresa trabalha em parceria com as montadoras desde a sua origem, tanto nos projetos de filtros como nos de motores, na fabricação de componentes de motor. Na linha pesada, segundo Cafer, há muitos anos são aplicados elementos filtrantes no lugar de filtros. E com o início da produção de filtros no Brasil, muitos projetos existentes dos quais a Mahle não participou do lançamento passaram por uma atualização. “Foram convertidos elementos não ecológicos em produtos ecológicos que permitiram a entrada dos produtos brasileiros em mercados novos que procuravam filtros e soluções não fornecidas por outros fabricantes tradicionais”, conta.
Foto: Divulgação Hengst
A esquerda um filtro do óleo ecológico em papel e plástico sem adesivo, que foi desenvolvido para substituir os anteriores a direita não ecológicos, fabricados em processo convencionado de papel e metal colado
Dentro do sistema automotivo, o conceito e o processo dos filtros ecológicos é o mesmo dos filtros convencionais, reter as partículas indesejadas que podem danificar o motor dos veículos. O elemento filtrante do filtro ecológico funciona de forma semelhante ao de filtros de óleo convencionais. “Os sistemas que funcionam com elementos filtrantes ecológicos têm maior tecnologia e algumas funções adicionais ao sistema convencional”, diz Ayroso.
distintas dos filtros convencionais. “No caso dos filtros do óleo, o consumidor está acostumado a ver nas lojas os filtros blindados (spin-on), que são roscados diretamente no motor. Normalmente, os blocos de motor têm encaixes com roscas postiças que permitem esta instalação. Os filtros ecológicos têm um complicador, que é o alojamento para sua ins-
talação. Nos motores antigos, este alojamento não era planejado”, explica Cafer. A outra questão é que os filtros convencionais têm uma carcaça metálica em aço, com roscas, válvulas e vedadores, além de sistemas, incorporados internamente, e o elemento interno. “Quando utilizada a montagem com chapa de aço e papel, o elemento interno necessita
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Fotos : Divulgação Parker
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CAPA
Exemplo a ser seguido Um exemplo de filtro ecológico a ser seguido é o recente lançamento da Parker, o Emax, filtro de plástico que traz uma série de diferenciais em relação ao convencional, entre eles, o econômico. Com as mesmas funcionalidades do filtro convencional, seu peso é 50% menor que aquele. Além disso, é fabricado em plástico PA66 com 30% de fibra, que tem alta resistência e durabilidade. A Parker realizou testes em todas as aplicações com altos desempenhos, colhedoras, caminhões pesados, médios e leves, geradores, entre outras, já validou e está fornecendo o Emax para grandes montadoras de caminhões e ônibus. O Emax evita gastos com garantia, porque sua interface patenteada – o filtro tem uma válvula patente – impossibilita o uso de filtros de baixa qualidade que não atendam às especificações do fabricante e a não utilização de elementos filtrantes. Tudo isso pode causar sérios danos ao motor e, por consequência, aumento dos custos de garantia. Vale lembrar que, para a implementação dos filtros, é realizada uma série de testes e validações. Este filtro reduz também os custos de manutenção do cliente, que só precisa substituir o elemento filtrante. Diminui ainda custos e riscos de vazamentos Imagem do filtro completo entre o filtro e a conexão
fixada nele – as conexões do filtro são injetadas junto com o cabeçote plástico, ou seja, há economia também de duas conexões e do custo de montagem delas para o cliente. Outro destaque é a redução de custos com a logística reversa. Substitui-se apenas o elemento filtrante, que, após ser prensado para a retirada do óleo, pode ser incinerado. filtrante Ao contrário do convencio- Elemento utilizado no Filtro nal, que necessita da retirada Emax, de interface patenteada da carcaça e do clip metálico para ser realizada a prensagem para a retirada do óleo e seguir para a incineração. A engenharia da Parker tem grande conhecimento e experiência neste tipo de filtro ecológico e hoje pode levar esta tecnologia de filtros plásticos onde for preciso ser aplicada. Entre as aplicações, estão caminhões pesados, médios e leves, pick-ups e SUVs, máquinas agrícolas e de construção. “Hoje, já estamos homologados em grandes montadoras de caminhões e ônibus, bem como de pick-ups, e continuamos nossa expansão em outros mercados. Nossos filtros ecológicos têm tido grande desempenho e eficiência em todos os mercados”, conclui Marcio Cirino, gerente de desenvolvimento de mercado da divisão de filtração da Parker Hannifin.
Foto: Mahle Metal Leve, reprodução autorizada desde que citada a fonte
Filtro blindado de óleo
mente mídia filtrante (papel) e plástico, sem aplicação de nenhum adesivo ou produto químico, o que permite um descarte direto como combustível, sem necessidade de tratamento pós-queima. No momento do descarte, o único lubrificante existente é o impregnado no papel, o residual de óleo é descartado junto com o óleo existente no motor”, especifica Cafer.
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da aplicação de adesivos químicos que complicam o processo de descarte. Na substituição do filtro, estes sistemas são descartados junto com o filtro”, complementa Cafer. No descarte, há uma parcela significativa de lubrificante descartada que pode contaminar o ambiente. “O lubrificante é um contaminante Classe 1 e, quanto maior a quantidade de óleo no descarte, maior o problema. Além disso, o aço existente precisa ser lavado antes de ir para a reciclagem na siderúrgica para que a queima do lubrificante não contamine o processo, e o elemento interno, após separado da parte com adesivo, segue para destinação como combustível”, ressalta o inspetor técnico da Mahle. Os filtros ecológicos são conhecidos por elementos ecológicos, porque utilizam somente o meio filtrante parecido com o similar encontrado no interior dos filtros convencionais. “No seu processo de fabricação, a Mahle utiliza so-
Bom para repor e manter
A entrada dos filtros ecológicos no Brasil é de certa maneira nova, o que torna o custo maior, devido à demanda em construção e o processo de maturação. “Nesta etapa, o consumidor ainda não encontra diferenças em relação ao preço de filtros ecológicos e blindados”, analisa Rualonga. O supervisor da Sogefi destaca que o filtro ecológico tem menos etapas em seu processo produtivo. “É utilizada uma quantidade menor de insumos na produção de filtros ecológicos em comparação aos blindados e se tem a ausência do principal componente, o aço”, compara.
Foto: Divulgação Tecfil
Foto: Divulgação Mann Filter
O meio ambiente é preservado com este tipo de filtro porque se torna mais fácil a reciclagem e a destinação correta do produto após o uso. “O mercado em si não tem muita escolha, pois isso nasce com o projeto da montadora. Quanto ao meio ambiente, este sim tem vantagens, a destinação de filtros contaminados com óleo, combustível e outros, pois, nos filtros convencionais, o maior problema é retirar as partes metálicas, o que gera perda de tempo e energia”, relaciona Gonçalves.
Ganho visível
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CAPA
Linha de filtros da Mann+Hummel
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A maior vantagem do filtro ecológico está na reposição e manutenção. “Nele, temos uma carcaça para alojar o elemento projetada para durar a vida do motor, e posteriores retificações em função da vida útil do bloco do motor. Um elemento totalmente reciclado e de fácil reutilização como combustível para uso em outros processos industriais – fabricação de cimento ou geração de energia –, preservação de recursos naturais e do ambiente”, menciona Cafer. Em relação à preservação do meio ambiente, os ecológicos estão mesmo se tornando, para algumas indústrias, um produto solicitado como combustível e muito procurado pelo baixo índice de resíduo (fuligem). “Não se torna um contaminante Classe 1 e a fuligem de sua queima é leve e muito interessante para alguns processos industriais, diferentes dos filtros convencionais que são complicados para descartar e reciclar”, compara Cafer.
Filtros ecológicos da Tecfil
Os custos de fabricação, em termos de material, segundo Ayroso, tendem a ser menores nos elementos do que nos filtros convencionais devido a todos os materiais que deixam de ser utilizados nos filtros e ficam direto no módulo de filtração que está no próprio veículo. “Porém, como a tecnologia de produção e de materiais é nova, não se pode afirmar que o custo do elemento sempre será menor que o filtro convencional”, afirma. Com a utilização de certos tipos de materiais, o custo deste tipo de produto acaba sendo mesmo um pouco mais elevado se comparado aos convencionais. “Mas dependendo do tipo do filtro, de óleo lubrificante ou diesel, e de como foi desenvolvido todo o sistema para a aplicação do elemento, pode haver certa economia para o consumidor devido a um pro-
Entre as características dos filtros ecológicos, a Sogefi citou algumas:
Fotos: Divulgação Sogefi
• Downsizing – Integração com a bomba de água e integração compacta do cooler (radiador de óleo), dosagem exata da taxa de fluxo de óleo e design específico para cada aplicação. • Integrações – Desde componentes básicos, como a válvula antirretorno, que retém quantidade de óleo no interior do filtro quando o motor está desligado para lubrificação instantânea na hora da partida, até sistemas de manutenção limpa que limitam o vazamento de óleo durante a troca. • Redução de peso – Corpo do módulo em poliamida para maior eficiência da refrigeração em tamanho compacto. • Soluções de aplicação – Podem ser usadas em diversos motores com fácil acessibilidade ao filtro e diferentes posicionamentos do sistema de refrigeração. • Informações – Integração do módulo com sensores de pressão, de temperatura etc. • Fácil reciclagem – Nenhuma peça metálica entra na cadeia produtiva de resíduos.
Filtro de óleo ecológico da Sogefi
luíram muito nos últimos 30 anos, obrigando a instalação de elementos auxiliares, como trocadores de calor, reguladores hidráulicos, bombas auxiliares etc. Os filtros ecológicos nestas condições são incorporados no projeto, o que permite uma redução de custo dos projetos finais”, aponta Cafer. Alguns motores atualmente produzidos que usavam filtros convencionais passaram por atualizações e receberam alojamentos e elementos auxiliares. “E isso se reflete em uma redução de valores de produção e diminuição de custo de novos projetos com a reciclagem de linhas de produção. Com isso, substituímos o projeto de um motor novo, em novos ferramentais de produção, por uma atualização e otimização de um produto existente conhecido e confiável, reduzindo custo de produção final do veículo”, destaca Cafer. Quanto ao elemento, o custo de fabricação de um elemento ecológico se comparado a um convencional é significativo, visto que um convencional tem um elemento interno parecido. Cafer elenca alguns motivos para isso. “O custo do elemento ecológico é maior que o elemento convencional, pois não utiliza adesivos. E, para isso, o custo de energia aplicada se torna maior, mas, por outro lado, não é preciso descartar após o uso a carcaça, válvulas e elementos auxiliares nem ter a preocupação para o reúso do produto”, ressalta. O ganho se torna realmente visível durante a manutenção do veículo e na preservação do ambiente. “E este é um valor que não há como mensurar financeiramente, esta preservação é de um valor infinito”, pondera Cafer. Contato das empresas: Hengst: www.hengst.com.br Mahle: www.br.mahle.com Mann-Filter: www.mann-hummel.com Parker: www.parker.com.br Sogefi: www.fram.com.br Tecfil: www.tecfil.com.br
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longamento do uso, sendo possível fazer as manutenções em quilometragens mais altas que em filtros convencionais”, aponta Toledo. Quando um motor é projetado para receber um filtro ecológico ou convencional, o custo de projeto e da produção final não tem uma diferença significativa. Enquanto aplicar um filtro ecológico em um motor antigo implica custo, inviabilizando o uso deste item nos motores sem este planejamento. “Os motores evo-
Foto: Divulgação Satorius
DESTAQUE Carla Legner
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Análises laboratoriais e os sistemas de filtragem
água por ser um solvente universal, reage com tudo que ela entra em contato: suspende as partículas de areia, absorve os minerais das rochas, arrasta e dissolve os resíduos animais e os pesticidas da lavoura de vegetais, e tudo isso vira um caldo de nutrientes que pode causar o crescimento de vários microrganismos, que por sua vez também podem liberar compostos na água. Luiz Fontes, especialista de aplicação da Merck explica que existem cinco grupos principais de contaminantes presentes na água: Partículas - rígidas ou moles (colóides) em suspensão; Compostos inorgânicos – todos os sais e íons dissolvidos na água, tais como cloro, flúor, ferro, etc;
Compostos orgânicos, que são geralmente provenientes de decomposição de seres vivos em geral, resíduos domésticos, industriais e agrícolas, detergentes e óleos, etc; Gases - na forma de bolhas e microbolhas que podem reagir com os demais compostos e gerar outros, e Microrganismos - como vírus, fungos e bactérias e seus subprodutos liberados na água. Desta forma, a água que é utilizada diariamente do sistema de abastecimento não é apropriada para ser utilizada em aplicações que exigem grau de maior pureza como, por exemplo, na produção de medicamentos e produtos químicos específicos, alguns componentes eletrônicos, sistemas de refrigeração, em laboratórios e clínicas para
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Foto: Divulgação Pall
A água RO de passagem dupla pode ser usada realização de testes e exames, entre outras. para aplicações semi-críticas, como lavadoras As análises e testes realizados em nível labode vidro, autoclaves, humidificações, banhos ratorial em sua grande maioria necessitam da de água, etc. A água final ultrapura pode ser água para execução destes procedimentos, usada nas aplicações mais sensíveis e exio que requer altas tecnologias de filtragem e gentes: ICP-Mass Specification, retirada de compostos indeseHPLC, PLC, AA, Invitro-Fertilijáveis. A água que utilizamos zação etc”, completa Alexandra. no dia-a-dia de nossas casas, Água purificada é necessária e por mais bem tratada que seja, utilizada em diversos segmentos: não pode ser utilizada em labofarmacêutico, meio ambiente, ratórios. Devido a presença de análise de resíduos, produtos alguns contaminantes químicos L ONAS E P LACAS PARA químicos, apenas para citar ale/ou microbiológicos seu uso FILTROS PRENSA guns. As aplicações incluem, pode danificar ou apresentar entre outras, a preparação de resultados imprecisos e incoereagentes e tampões, lavagem rentes a análise realizada. Tel.: 11 2198 2200 - www.tecitec.com.br de vidraria, análises instrumenPara cada aplicação em que a tais (HPLC, IC, AA, ICP, etc.), água pura for utilizada, há eximeios de cultura de tecidos e preparação de gências a serem cumpridas e é importante usar géis de eletroforese. A água potável contem a qualidade de água correta. Para escolher vários contaminantes, tais como bactérias, o sistema de água pura de forma acertada metais pesados, íons e compostos orgânicos, para um laboratório ou clínica, por exemplo, que podem causar problemas e distorções deve-se analisar a qualidade e volume da nos resultados das análises e procedimentos. água, o nível de certificação, entre outros itens. As clínicas ou laboratórios precisam contar com uma água confiável que esteja de acordo com as normas para produzir testes de diagnóstico com exatidão. De acordo com Alexandra Camargo, diretora de vendas da Pall do Brasil, no sistema de purificação de água para análise laboratorial a água da torneira entra em uma unidade de pré-filtração separada por um cartucho de partículas (1, 5 ou 10µ) e um Cartucho de Carbono. Prepara a água para a Unidade Principal que Sistema Casacada Pall trata a água com osmose reversa de Passagem Tecnologias e sistemas Dupla seguida de 4 litros completos de resina Muitos laboratórios respondem a necessidade de desionização de semicondutor UV de comde maior pureza da água, instalando sistemas primento de onda dupla para desinfecção e deionizadores de água baseados em resinas de redução de TOC para 1 ppb. troca iônica regeneráveis, mas o nível de conta“Os filtros finais de grau orgânico de 0,2µ são minação ainda é muito alto, para procedimentos utilizados em até três pistolas dispensadoras.
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analíticos e microbiológicos sensíveis. É necessário então utilizar sistemas de purificação de água, que permitam a remoção dos contaminantes críticos, para um determinado procedimento de forma eficaz, econômica e confiável. De acordo com Luiz a tecnologia mais antiga e tradicional para análises laboratoriais é a destilação, que simula o ciclo da água na natureza: aquece, vira vapor, e precipita em líquido novamente ao ser resfriada. Durante séculos era a única disponível, mas surgiram a troca iônica, osmose reversa, eletrodeionização, etc, mas para a remoção adequada dos grupos de contaminantes, não há uma única tecnologia 100% eficiente. O ideal é combinar etapas que sejam eficientes naquilo que se propõem, por exemplo: um filtro para reter as partículas, carvão ativado para os orgânicos, resinas iônicas para os minerais e lâmpada UV para matar bactérias. Ele explica ainda que essa combinação deve prover não só a eficiência de cada etapa, mas também para proteger o passo seguinte e se complementar em sinergia. O uso de carvão ativado antes da membrana de osmose reversa retém o cloro, que poderia corroer a fibra da membrana, e o resíduo que sobrar de cloro é também eliminado pela osmose. “As tecnologias mais tradicionais, como des-
Foto: Divulgação Merck
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tilação e deionização clássica, vem sendo gradativamente substituídas por outras mais modernas como osmose reversa e eletrodeionização. Além disso, existem tecnologias complementares, tais como radiação UV, ultrafiltros, resinas de polimento de desempenho (ultrapurificação). O sistema deve ser composto de forma de medição interna para aperfeiçoar a produtividade e a eficiência, como medidores de vazão, pressão, temperatura, condutividade e até TOC, sendo que estes 3 últimos interferem diretamente na qualidade da água e, por isso, são de interesse do usuário para que sejam apresentados diretamente no display”, ressalta Luiz. Os sistemas podem contar ainda com diversos acessórios como pré-filtros, reservatórios herméticos, módulos de sanificação UV, múltiplos dispensadores remotos, software de gestão remota. Existe também a possibilidade de filtros finais exclusivos e específicos para as aplicações que exigem sensibilidade a nível de ultra-traços: LC-Pak ® (sílica C-18) – para fornecer água para metodologias de UHPLC e LC-MS; VOC-Pak ® e EDS-Pak ® (carvão ativado) – para aplicações em GC-MS, para análise de orgânicos voláteis e pesquisa de desruptores endócrinos, respectivamente; e, Q-Pod Element – para obtenção de água para análise de ultra-traços (ppt e sub-ppt) elementares para ICP-MS.
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De acordo com Helio Primo Cavarzan, gerente de purificação de água para laboratório da Sartorius do Brasil para a purificação de água pode ser utilizado mais de um método, porém os mais comuns são com a utilização de cartuchos filtrantes. O sistema de cartuchos utiliza a tecnologia de carvão ativo, osmose reversa, troca iônica que retém grande parte de íons e microfiltração que retém partículas ao final do processo, antes da dispensação de água. O cartucho de pré-filtração, utiliza carvão ativo que faz a remoção efetiva de uma ampla gama de substâncias orgânicas (mesmo de baixo peso molecular) por ligação não específica (forças de Van der Waals). Já a osmose reversa é o método mais econômico de remover até 99% dos contaminantes da água de alimentação (íons,orgânicos, pirógenos, vírus, bactérias, partículas, colóides) com baixos custos de operação devido a pouca utilização de ener-
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gia elétrica além de manutenção mínima e um bom controle dos parâmetros operacionais. Uma membrana de osmose reversa tem uma superfície microporosa fina que rejeita impurezas, mas permite a passagem de água. A membrana rejeita bactérias, endotoxinas e 90-95% de sólidos inorgânicos. Helio explica que os íons polivalentes são rejeitados mais facilmente do que os íons monovalen-
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tes. Sólidos orgânicos com um peso molecular superior a 200 Daltons são rejeitados pela membrana, mas os gases dissolvidos não são removidos efetivamente. A eletrodeinonização utiliza filtros com membranas sintéticas. Por fim, a Ultrafiltração reduz a concentração de microrganismos, endotoxinas (pirogênios) e nucleases como DNase e RNase. Menu Merck
Normas e aplicações
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A água sem purificação adequada possui alto nível de íons o que aumenta a sua condutividade elétrica sendo um interferente em equipamentos analíticos. Alexandra explica que, além disso, para análises microbiológicas a água também não pode conter bactérias e endotoxinas. O uso de uma água sem as devida purificação, interfere nos resultados analíticos como, por exemplo, em cromatografia líquida ou absorção atômica onde contaminantes presentes na água como metais podem gerar falsas leituras.
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De acordo com Luiz, cada aplicação tem suas exigências. A água purificada pode ser usada para abastecer diversos equipamentos, como autoclaves, banhos, lavadoras, câmaras, dissolutores, analisadores clínicos, mas cada um desses tem suas próprias especificações. O mesmo vale para os preparos de soluções químicas, meios de cultura microbiológicos, diluição de padrões analíticos, e ainda a água usada em metodologias de química elementar, biologia molecular, cromatografia, entre
outros. A aplicação é que determina qual norma deve ser seguida e o tipo de água que deve ser utilizado. As normas mais comuns são: - Farmacopéias (brasileira, americana, europeia e outras ao redor do mundo) – que definem principalmente as especificações para águas de uso farmacêutico; - ASTM (American Society for Testing Materials) D1193 e D5196 – norma internacional que determina parâmetros para laboratórios de controle de qualidade. Essa que é a norma referenciada para definir os tipos de qualidade de água classificadas em III, II e I, em ordem crescente de qualidade. - ISO (International Organization for Standardization) 3696 – norma internacional que determina parâmetros para água de uso laboratorial; - CLSI (Clinical and Laboratory Standards Institute) – norma internacional que determina parâmetros para laboratórios do mercado clínico. “Todos os laboratórios que necessitem de qualquer tipo de água purificada para alimentação de instrumentos, enxaguamento ou formulação de reagente devem adotar esse tipo de procedimento. A norma ASTM Tipo I, II e III são os padrões mais comuns e abrangem todas as numerosas aplicações de purificação de água para laboratório”, completa Alexandra. Contato das empresas: Merck: www.merckgroup.com Pall do Brasil: www.pall.com Sartorius do Brasil: www.sartorius.com
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entro das aplicações não biológicas, o mercado de filtros é uma aplicação líder das nanofibras eletrofiadas e se destaca por ter produtos já disponíveis no mercado, geralmente fabricados nos EUA e em escala laboratorial no Brasil, que utilizam a tecnologia de eletrofiação. “As nanofibras têm maior impacto porque possuem maior eficiência na captura de partículas de filtro de ar devido à redução do diâmetro da fibra nos filtros para ar ou gás”, salienta Maria Helena Ambrosio Zanin, pesquisadora no Núcleo de Bionanomanufatura do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) e dona de duas patentes sobre tecnologia de produção de nanofibras. Segundo ela, patentes e artigos referentes à técnica de eletrofiação na produção de nanofibras para aplicação em filtração são frequentes. “Há uma tendência recente, principalmente ao se observar depósitos de patentes, do uso de nanofibras conjugadas com materiais convencionais para utilização em materiais filtrantes, buscando oferecer mais resistência mecânica às nanofibras poliméricas usadas nesta aplicação”, revela a pesquisadora do IPT. Dentro desse mercado, Maria Helena cita a Donaldson Inc., localizada em Minneapolis, Minnesota, nos Estados Unidos, que se destaca por ter investido na tecnologia de nanofibras aplicada à filtração há pelo menos mais de duas décadas. Nos Estados Unidos também, outra tendência atual e futura é o desenvolvimento de filtros do tipo grau Hepa (High Efficiency Parti-
culate Arrestance) para proteção/segurança e para usos em área militar. A nanofibra tem sido usada nos mercados de turbinas a gás, algumas aplicações de filtragem de ar de transporte e no Controle de Poluição do Ar (APC), em particular onde a pulsação de retorno é necessária na aplicação. “A camada de nanofibra retém contaminantes na superfície da mídia, quando a mídia é pulsada de volta, os contaminantes são liberados do filtro. Isso prolonga muito a vida útil do filtro”, analisa Crawford Arrington, gerente de produto da Ahlstrom Munksjo. Ele comenta que, às vezes, a nanofibra é usada simplesmente para alcançar uma maior eficiência do que se pode conseguir usando celulose sozinha. “Nossos materiais são hidrofóbicos e oleofílicos, isso significa que a água é repelida na superfície enquanto o óleo atravessa e penetra nos materiais”, explica Hudson Zanin, professor PhD do Carbon Sci-Tech Labs da Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação da Unicamp. Ele diz que é muito útil para os filtros, com um nanofio, pode-se fazer uma trama, um tecido, no qual a água é repelida e o óleo atravessa.
Foto: Divulgação Unicamp
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Cristiane Rubim
Mercado de filtros é aplicação líder das nanofibras
Imagens de nanofibras da Unicamp
Segundo estes especialistas, o mercado brasileiro de nanofibras ainda engatinha e as aplicações ainda são muito restritas. Não há nada consolidado, nenhuma técnica consolidada. “Pode haver algumas aplicações menores em alguns centros de geradores de energia de turbina a gás”, cita Arrington. “Até onde eu sei, aqui no Brasil não há produtos disponíveis nas prateleiras produzidos via processo de eletrofiação. Existem muitos pesquisadores conduzindo pesquisas e produzindo nanofibras para diferentes aplicações, mas em escala laboratorial e um número pequeno de pequenas empresas oferecendo projeto tecnológico voltado para esta tecnologia”, aponta Maria Helena. Segundo ela, o IPT, junto ao núcleo de Bionanomanufatura, oferece parceria para desenvolvimento tecnológico de nanofibras para diferentes aplicações, incluindo filtração.
Imagens de nanofibras produzidas no IPT
Futuras aplicações
As maiores possibilidades de uso e aplicação ou aprimoramento no futuro das nanofibras, conforme Maria Helena, seriam para filtração em tratamento de água, ar e processos de filtração médica, envolvendo materiais biológicos e processos farmacêuticos devido a sua alta performance para filtração. “No futuro, porque ainda se encontram em desenvolvimento, estamos procurando potenciais aplicações de filtração de líquidos”, revela Arrington. Além disso, há um trabalho sendo feito para novas aplicações, mas o processo de propriedade intelectual (patentes etc.) ainda não está completo. “Até onde eu sei nenhum filtro de nanotubo está no mercado. Essas aplicações que comentei são aplicações que devem acontecer num futuro não tão distante”, salienta o prof. Zanin. Ele revela que estão montando uma startup dentro da Unicamp para a produção desses materiais e aplicações diversas, mas não neste ano, só no ano que vem.
Eletrofiação
A eletrofiação é uma técnica de produção de fibras com diâmetros em escala nanométrica (nanofibras). “O processo em si é tipicamente chamado, em inglês, de eletrospinning, que tem sido um conceito usado por longo tempo, mas apenas recentemente está decolando comercialmente”, aponta Arrington. As fibras dividem-se em fibras tecidas e não
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Mercado brasileiro
Foto: Divulgação IPT
Existem alguns grupos de pesquisa sobre nanofibras e, principalmente, no setor petrolífero, área que dispõe de muitos recursos. “A criação de fios de fibras de tecidos com nanotubos é muito desejada, porque, além da resistência mecânica muito forte que esses materiais têm, se consegue utilizar esses tecidos para casos de acidentes com petróleo”, ressalta o prof. Zanin. Segundo o prof. Zanin, as propriedades dos nanotubos são mais ou menos as mesmas, a diferença é que os nanotubos são ainda mais leves que as nanofibras, apesar de ambos serem superleves. Além disso, um tubo é oco e uma fibra não é oca. Devido às suas excelentes propriedades de condução térmica, mecânica e elétrica, os nanotubos de carbono proporcionam diversas melhorias nas estruturas dos materiais, podendo ser usados em inúmeras aplicações. Os cientistas vêm se debruçando em estudos sobre os nanotubos de carbono, que apresentam diferenciais não vistos antes em outros materiais.
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Foto: Divulgação Ahlstrom
tecidas. “As nanofibras são fibras não tecidas produzidas pelo processo de eletrofiação, que, apesar de parecer ser uma técnica recente, é uma tecnologia antiga que foi redescoberta”, explica a pesquisadora do IPT. Versátil, tem a vantagem de fazer uma combinação de materiais, segundo ela, como, por exemplo, compósitos de polímero e elemento inorgânico, com possibilidade de controle de processo e potencial para escalonamento de processo. “Este último tem crescido muito a cada dia por meio de ofertas de empresas fabricantes de máquinas com aumento da capacidade de processamento, o que contribuirá no futuro com o crescimento das nanofibras no mercado”, prevê Maria Helena. Existem atualmente diferentes configurações para o processo de eletrofiação. Diversos polímeros são usados para a produção de nanofibras, dependendo da aplicação e processo, podendo ser sintéticos e naturais. Para a produção de nanofibras filtrantes, não biológicas, podem ser utilizados poliuretano, PVDF, náilon, poliamidas, poliacrilonitrilas, acetato de celulose etc. “O processo básico é que o polímero é dissolvido em um solvente, em seguida, flui através de pequenos orifícios. Esta solução de polímero e solvente é carregada eletricamente, então, o meio de aplicação passou pelos pequenos orifícios. Atrás da mídia, há uma placa aterrada que atrai o material de carga eletricamente e a fibra é depositada na mídia filtrante”, descreve Arrington. O processo de eletrofiação consiste de uma fonte de alta tensão, uma seringa com capilar metálico e um coletor metálico, podendo ser cilíndrico ou plano, mas aterrado. Maria Helena explica todo esse fluxo. “A fonte de alta tensão carrega a solução polimérica através do contato com o capilar metálico, o qual foi alimentado anteriormente por uma solução polimérica solubilizada em um determinado solvente, normalmente, solvente orgânico”, diz. A solução, então, é ejetada para o coletor de
Microglass fiber e Nanofibers from Forcespinning
polaridade oposta. “Inicialmente, a gota da solução ao ser ejetada do capilar muda a sua forma geométrica até atingir a forma de um cone, conhecido como cone de Taylor, o qual é ejetado quando o campo elétrico atinge um valor crítico e as forças elétricas vencem a tensão superficial e o jato é depositado na superfície do coletor, formando uma micro ou nanofibra não tecida”, complementa a pesquisadora do IPT. O processo de fabricação é o mesmo há algum tempo. O prof. Zanin explica sobre o nanotubo de carbono. “É preciso uma partícula catalisadora obtida do ferro ou do níquel com uma fonte de carbono em condições ideais, por exemplo, 700 graus, quando se jogam todos esses vapores dentro de um forno. Com isso, forma-se um nanotubo de carbono, que pode ser um emaranhado como se fosse um espaguete, vários fios enrolados e emaranhados, ou ser todo retinho, alinhado como o fio de cabelo humano comprido”, diz. Pode-se usar técnicas de eletrofiação ou rotofiação para transformar esses fiozinhos num fio e depois criar uma roupa ou tecido.
Tipos e tamanhos
Existem vários tipos e tamanhos de nanofibras. “Podem variar o polímero utilizado, a geometria/morfologia e a porosidade”, explica Maria Helena. O prof. Zanin cita alguns exemplos: “Pode ser feita de fibra de algodão, fibra de carbono, como as fibras dos nanotubos de carbono, pode ser feito ainda
um fio metálico de cobre, de tungstênio, são diversos tipos de fibras”, diz. Os tamanhos das fibras variam da escala micrométrica à nanométrica, o que depende do tipo de filtração ao qual se destina. “As fibras normalmente são de cerca de 250 nanômetros e formam uma fibra redonda contínua”, afirma Arrington. Segundo Zanin, as nanofibras vão de alguns nanômetros de diâmetro até 200 nanômetros, de 0 a 200 nanômetros, e alguns milímetros de comprimento. “A razão-aspecto, que é a relação entre o diâmetro e o cumprimento, é muito grande para esses materiais”, avalia o prof. Zanin. E ele faz a conta: “O diâmetro de 30 nm e o comprimento de 1 mm dá uma razão-aspecto – comprimento dividido pelo diâmetro – de aproximadamente 33 mil vezes. O comprimento é 33 mil vezes maior do que o diâmetro”, calcula.
Custo-benefício
Segundo Maria Helena, as nanofibras oferecem propriedades únicas e características superiores às das membranas convencionais utilizando o processo relativamente simples de eletrofiação. “Uma grande área superficial, razão área-volume, boa interconectividade dos poros e um grande potencial para incorporar ativos químicos ou promover
a funcionalidade nas nanofibras”, conta. O prof. Zanin diz que o material e a produção das nanofibras são baratos. “A questão é produzir em grandes quantidades. Hoje, fazemos a escala laboratorial, onde o custo é bem reduzido. Seria possível fazer filtros bem interessantes”, projeta. Na opinião de Arrington, o custo é definitivamente maior. E ele explica por quê. “O custo da matéria-prima é quase nada, pois nem se consegue ver a pequena quantidade de nanofibra na superfície da mídia. No entanto, os custos fixos são elevados devido à natureza lenta da produção deste produto. Portanto, o custo do produto é maior”, esclarece. Entretanto, ele cita um exemplo que, na aplicação da turbina de gás, onde se evita o desligamento do equipamento devido a uma vida mais longa, começa-se a obter rapidamente seu retorno sobre o investimento. “No Controle de Poluição do Ar (APC), onde se está protegendo a vida das pessoas com meios de maior eficiência, é claro que o retorno é incalculável”, conclui. Contatos: Ahlstrom: www.ahlstrom.com Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT): www.ipt.br Unicamp: www.unicamp.br
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Foto: Divulgação Parker
FILTROS HIDRÁULICOS Julho/Agosto Meio Filtrante
Carla Legner
Como funcionam os filtros hidráulicos
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Linha de filtros hidráulicos da Parker
e maneira geral, os filtros são equipamentos de extrema importância para o resultado final do processo de filtração. A linha hidráulica também conta com sistemas de filtração, são utilizados para capturar partículas geradas pelo desgaste dos componentes que trabalham nos sistemas hidráulicos podendo ter duas aplicações distintas: manter o nível de contaminação por particulado sólido equilibrado ou efetuar a proteção localizada em uma linha específica do circuito hidráulico ou de lubrificação a óleo. Possuem a função de remover contaminantes e por consequência manter estável o nível de contaminação do sistema hidráulico. São projetados de acordo com cada aplicação e para tal é necessário conhecer o funcionamento do sistema em detalhes. Gabriel Lemos de Souza, engenheiro da Hydac Tecnologia, explica que o dimensionamento incorreto ou até mesmo o uso de um meio filtrante inadequado pode causar resultados insatisfatórios no que diz respeito ao controle de contaminação ou na operação do equipamento. “Os filtros hidráulicos não são aplicados tipicamente para executar grande remoção de partículas em uma única passagem, mas sim manter o nível de limpeza exigido pelo sistema, isto é, se considerarmos que existem
agentes geradores de contaminação internos e externos ao circuito, os filtros devem ser considerados como sendo os agentes responsáveis por capturar esta contaminação”, completa Alex Peixoto de Alencar, engenheiro mecânico e especialista em filtração hidráulica. O objetivo de um correto dimensionamento é selecionar filtros que consigam retirar partículas sólidas de tamanhos críticos para o circuito numa velocidade maior que a velocidade de geração. Agentes internos de contaminação são os próprios componentes do circuito como as válvulas, bombas e motores hidráulicos, mancais, guias e atuadores enquanto que o agente externo é o ambiente no qual o circuito opera. Para contribuir com a eficácia dos filtros hidráulicos, o correto dimensionamento dos respiros é um fator importante de segurança e economia.
Como funcionam
Os filtros hidráulicos servem para manter o fluido em um nível de limpeza controlado e que garanta o perfeito funcionamento do equipamento. São projetados no intuito de proteger componentes como válvulas direcionais, bombas e cilindros de contaminantes que são gerados pelo próprio sistema ou que são inseridos no mesmo através de ações externas, tais como abastecimento do sistema de forma errada, ou simplesmente pela contaminação do ambiente onde se encontra o equipamento. De acordo com Alex, um filtro hidráulico típico possui uma carcaça dimensionada como qualquer outro componente hidráulico a ser aplicado numa posição do circuito, mas o trabalho principal é executado pelo elemento filtrante. Um elemento filtrante hidráulico pode ter diferentes arranjos físicos, mas os mais comuns possuem um cartucho avulso ou selado em um invólucro de troca rápida
Linha de filtros hidráulicos da Hydac
em conta informações operacionais do sistema, como vazão, pressão, tipo de fluido e temperatura de trabalho. Porém, importante ressaltar que além de dados operacionais é de suma importância que seja observado os componentes aplicados no equipamento de forma a definir o nível de limpeza para um perfeito funcionamento do sistema”, explica Gabriel.
Classificação dos filtros hidráulicos
Alex explica que existem diferentes formas de classificação e separação de filtros hidráulicos: modo, forma construtiva da carcaça, faixa de pressão, arranjo dos elementos filtrantes e sentido do fluxo. Quanto ao modo: podem ser tipo corpo simples que exigem que o circuito seja despressurizado para substituição do elemento filtrante e tipo duplex que permitem a manobra do vaso A para o B sem que a necessidade de despressurização do circuito no qual estão instalados. Alguns fabricantes possuem uma versão denominada “falso duplex” que consiste numa construção especial com uma válvula no cabeçote que isola o copo permitindo a substituição do elemento filtrante sem a interrupção do fluxo, porém durante esta operação, o fluido hidráulico passa livre sem ser filtrado; Quanto à forma construtiva da carcaça: as duas construções mais populares são os filtros de linha com entrada e saída distintas de modo que o filtro seja intercalado numa linha do circuito e as versões tipo top tank tipicamente usadas em linhas de retorno e que possuem um flange para fixação na tampa do reservatório. Este formato também é encontrado nas carcaças de filtro para linha de sucção que trazem o mesmo conceito de fixação, porém o fluxo é invertido entrando pelo copo e saindo pelo cabeçote. Os filtros de linha podem ainda ser subdivididos em função do tipo de conexão, mas isso já depende da particularidade de cada fabricante podendo ter conexões tipo rosca, flange, sub-base ou mesmo múltiplas conexões; Quanto à faixa de pressão: mais uma vez, esta divisão segue a decisão do fabricante e pode trazer desde os filtros para aplicação em linhas de sucção com pressão manométrica negativa até
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Foto: Divulgação Hydac
conhecido pelo termo em inglês spin-on. Os filtros hidráulicos têm a missão de manter o nível de contaminação sólida equilibrada, seu correto dimensionamento resulta em uma vida útil longa. Isso se deve ao fato de oferecerem uma boa retenção de partículas permitindo que uma quantidade diminuta de sólidos nocivos consiga ser liberada pelo elemento filtrante e consequentemente ocorra o menor desgaste possível dos componentes. Alex explica ainda que uma vez que o sistema hidráulico é recirculante, com menor desgaste de componentes, uma menor quantidade de partículas será gerada e menor será a carga de contaminantes que desafiará o filtro, ou seja, é interdependente. No momento da passagem pelo filtro, o fluido hidráulico passa pela área filtrante que precisa ser centenas de vezes maior que a área de passagem da tubulação hidráulica num dimensionamento adequado. Isso faz com que a velocidade de passagem do fluido pelo elemento filtrante caia na proporção inversa ao aumento da área de passagem, diminuindo assim a densidade de fluxo que passa a ser da ordem de mililitros por minuto por cm² de área. Os meios filtrantes hidráulicos são tipicamente muito delgados, porém também existem meios filtrantes de maior espessura com o objetivo de ampliar seu poder de retenção. “Para um perfeito funcionamento é necessário que o filtro seja dimensionado de forma correta levando
Foto: Divulgação Parker
FILTROS HIDRÁULICOS Julho/Agosto Meio Filtrante
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CS Series Cut Out da Parker
sentido, porém a carcaça de filtro pode estar aplicada em uma linha que permite fluxo em ambos os sentidos. Para esta situação, caso o fabricante não tenha o elemento filtrante especial que suporta fluxo nos dois sentidos, existem as carcaças de filtro construídas com válvulas e retenção que permitem o fluxo reverso, porém sem danificar o elemento filtrante padrão. Foto: Divulgação Alex Peixoto
as versões disponíveis para hidráulica de super alta pressão com resistência superior a 1.000 bar; Quanto ao arranjo de elementos filtrantes: a grande maioria das opções disponíveis utiliza apenas um único elemento filtrante, mas existem formas construtivas com múltiplos elementos filtrantes, mesmo que sejam apenas dois empilhados ou mais de dez dispostos no interior do vaso, semelhante ao que encontramos em certas aplicações de filtração de fluidos de processos; Quanto à resistência à pressão de colapso: carcaças de filtros hidráulicos devem ser dimensionadas respeitando a pressão máxima no ponto de aplicação, porém seu elemento filtrante não depende desta pressão, mas sim da diferença de pressão à montante e à jusante. Para aplicações gerais, o filtro é equipado com uma válvula retenção que abre ao ser atingido o limite de pressão diferencial recomendado pelo fabricante. Porém, há casos em que o filtro deve ser aplicado sem esta válvula de segurança. Esta característica é determinada pelo projetista do circuito quando se exige que o filtro esteja ativo por 100% do tempo em que estiver em operação, mesmo que o usuário não atenda a sinalização de saturação. Neste caso, o elemento filtrante deve oferecer uma resistência superior ao colapso podendo atingir até mais de 200 bar de pressão diferencial, pois caso não ofereça esta alta resistência ao colapso, o elemento filtrante pode sofrer deformação permanente e desprender além do contaminante retido, sua própria estrutura. Quanto ao sentido de fluxo: a maioria dos elementos filtrantes permite o fluxo em um único
Filtros e elementos filtrantes
Celso Stupiglia, gerente de desenvolvimento de negócios da divisão filtração da Parker explica que para linha hidráulica existem filtros de sucção, retorno, pressão, recirculação e por último, mas não menos importante, os filtros de ar. Os filtros de sucção servem para proteger a bomba da contaminação. Eles são localizados antes da conexão de entrada da bomba. Alguns podem ser de tela, submersos no fluido, outros podem ser montados externamente. Em ambos os casos eles usam elementos muito abertos, devido ao limite de cavitação das bombas, por este motivo não são usados como proteção primaria contra a contaminação. Alguns fabricantes de bombas não recomendam o uso do filtro de sucção. Localizados após a bomba, os filtros de pressão são projetados para proteger o sistema de pressão e dimensionados para uma faixa específica de fluxo na linha de pressão, são adequados especialmente para proteger os componentes sensíveis do lado filtrado do filtro, tais como servo válvulas protegendo o sistema todo da contaminação gerada pela bomba. “Possuem um papel fundamental na proteção de componentes que requerem uma atenção especial quando falamos sobre contaminação, como por exemplo, válvulas direcionais, proporcionais e servo válvulas”, completa Gabriel.
Foto: Divulgação Parker
Intelli Cart front da Parker
trante. De acordo com Alex, os filtros instalados em pontos sujeitos à alta pulsação ou sob o risco de ingresso de água ou ainda em casos em que não é desejada a presença de válvula de by-pass são exemplos de casos em que o elemento filtrante exige construção diferenciada. Algumas opções de elementos filtrantes disponibilizadas pelos fabricantes de filtro encontradas hoje são: • Meio filtrante plissado e com malha metálica de arranjo matricial: promove remoção grosseira de contaminantes com graus de filtração típicos entre 15 e 500 µm nominais; • Meio filtrante plissado e com fibras metálicas: apesar de utilizar um material metálico, seu arranjo oferece grau de retenção inferior a 20 µm absoluto; • Meio filtrante plissado feito de fibra de celulose: praticamente todos os fabricantes de filtro têm esta opção que oferece graus de retenção inferior a 20 µm nominal; • Meio filtrante plissado composto de fibras de vidro impregnadas ou não com resinas de ligação: apesar de ter a mesma matriz, esta construção oferece ampla variedade de graus de retenção absoluta e capacidades de absorção de massa. Os fabricantes de filtro que têm as opções de maior desempenho sempre estão desenvolvendo opções mais avançadas neste tipo de construção, uma vez que é esta a construção encontrada nos sistemas que exigem maiores níveis de confiabilidade; • Meio filtrante plissado com fibras longas de celulose: esta construção tem como objetivo a absorção de água livre presente em fluidos hidráulicos de base mineral. Entretanto, a fibra
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Quando a bomba é um componente sensível no sistema, o filtro de retorno pode ser a melhor escolha. Na maioria dos sistemas, o filtro de retorno é o ultimo componente pelo qual passa o fluido antes de entrar no reservatório. A captura do desgaste dos componentes do sistema e partículas entram através das vedações do cilindro, antes que tais contaminantes possam entrar no reservatório. Uma vez que este filtro é localizado imediatamente acima do reservatório, sua faixa de pressão e custo são relativamente baixa. Gabriel explica ainda que são instalados em linha ou acima do tanque para reduzir espaço. Geralmente possuem by pass para evitar danos na linha de retorno e fazem uso de elementos absolutos. São projetados para serem os primeiros a atuar retendo a contaminação proveniente da linha de retorno. Os Filtros off-line, também referida como recirculagem ou filtragem auxiliar, é totalmente independente de um sistema hidráulico principal de uma máquina. Consiste em uma bomba, filtro, motor elétrico e os sistemas de conexões. Estes componentes são instalados fora da linha como um pequeno subsistema separado das linhas de trabalho ou incluindo em um sistema de resfriamento. Geralmente está localizado ao lado do reservatório e podem trabalhar independente do funcionamento da unidade hidráulica. Pela facilidade de instalação e pela independência do sistema principal, é um bom recurso para equipamento que requerem um cuidado especial com a contaminação. Por fim, os filtros de ar, são um dos mais importantes, pois possuem a função de bloquear a entrada de contaminantes provenientes do ambiente onde está instalado o sistema hidráulico. Vale ressaltar que filtros de ar especificados de forma errada podem causar problemas de cavitação em bombas, por isso, a necessidade de conhecer a real vazão de ar na entrada e saída do reservatório. Atualmente os fabricantes de filtros hidráulicos disponibilizam diferentes arranjos de meios filtrantes para ajustar a aplicação às particularidades de cada circuito ou do fluido hidráulico. Estas derivações envolvem a construção mecânica dos elementos filtrantes e/ou o material do meio fil-
Foto: Divulgação Alex Peixoto
FILTROS HIDRÁULICOS Julho/Agosto Meio Filtrante
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de celulose não é eficaz para a retirada da água dissolvida no óleo mineral. Para isso é necessário um processo físico de desidratação através de um reator de vácuo; • Meio filtrante fibroso e de grande profundidade: o arranjo plissado é o mais comum encontrado em aplicações hidráulicas, mas também é possível encontrarmos aplicações em que o meio filtrante apresenta uma profundidade de 5 a 30 vezes mais espessa que aquela encontrada nos elementos chamados convencionais. Os elementos filtrantes que apresentam este arranjo têm como maior vantagem a alta capacidade de retenção em massa aliada à grande remoção de partículas em uma única passagem, porém exigem carcaças de filtro de grande tamanho para a mesma densidade de fluxo.
Cuidados e principais problemas
Cerca de 70% de todas as falhas de sistemas hidráulicos são causados pela contaminação do fluido. Existem fontes de contaminação interna e externa ao sistema hidráulico, ou seja, a todo momento o mesmo está vulnerável, por isso a necessidade da utilização de filtros que terão a função de controlar o nível de limpeza. De acordo com Gabriel, fazer uso de filtros é sempre importante, pois significa reduzir custos desnecessários com substituição ou reparo de componentes hidráulicos, aém disso, o valor gasto com filtros é irrisório perto dos problemas que a falta do mesmo pode ocasionar para o sistema. “Muitas das vezes a necessidade de intervenção mecânica em um equipamento gera
custos altíssimos pela troca ou substituição dos componentes, além ainda dos custos pela indisponibilidade de produção por parte do equipamento que poderiam ser evitados pela existência de filtros”, destaca o engenheiro. Para ele, a não utilização de filtros ou até mesmo a utilização de filtros dimensionados de forma errada podem gerar vários problemas, porém, se destaca a redução da vida útil de componentes hidráulicos essenciais para a operação do sistema, como bombas, válvulas direcionais, proporcionais e outros. A troca prematura desses componentes eleva o custo de manutenção, que cada vez mais está sendo gerenciado de forma rigorosa pelas empresas. Outro ponto que vale mencionar é que geralmente a troca ou o reparo dos componentes podem causar indisponibilidade de produção que poderia ser evitada fazendo uso de filtros corretamente. O projeto adequado, a instalação e a filtragem hidráulica tem um papel chave no planejamento de manutenção preventiva. Celso explica que o fluido novo não é necessariamente um fluido limpo. Tipicamente um fluido novo tirado do tambor não é próprio para ser usado em sistemas hidráulicos ou lubrificantes. Aditivos em fluidos hidráulicos são geralmente menores que 1 micron e são insensíveis aos métodos de filtragem padrão. A maioria das inserções de contaminantes entra no sistema através das tampas antigas de respiros do reservatório e das vedações da haste do cilindro. Um simples “teste de estalo” pode indicar se há água livre em seu fluido. Os fluidos hidráulicos tem a capacidade de reter mais água à medida que a temperatura aumenta. “Os elementos de filtros de absorção tem um ótimo desempenho em aplicações de baixo fluxo e baixa viscosidade. Saber o nível de limpeza do fluido é a base para as medidas de controle de contaminação. Os números do índice ISO nunca podem aumentar conforme aumenta o tamanho das partículas. Muitos fabricantes de máquinas e componentes hidráulicos especificam um objetivo de nível de limpeza ISO para o equipamento, a fim de alcançar ótimos padrões de desempenho”, ressalta o representante da Parker.
Independente do momento econômico pelo qual passa o Brasil nos dias de hoje, o desenvolvimento tecnológico continua acontecendo e a exigência de menores custos de operação é essencial para a competitividade e sobrevivência das empresas. Alex explica que tendo como exemplo um equipamento hidráulico ou de lubrificação a óleo que deve operar 24 horas por dia ou que faça parte de um sistema de alta exigência de confiabilidade e/ ou disponibilidade, a seleção do melhor filtro disponível para aquele equipamento deve ser pautado pelo seu custo global, ou seja, o filtro deve apresentar o resultado de nível de limpeza desejado, pelo maior tempo de operação mesmo que sob condições severas de aplicação, e pelo menor custo. Naturalmente, um mercado desaquecido afeta muitos segmentos, mas o elemento filtrante é um item consumível pela indústria e não estamos isolados do mundo. Mesmo num momento crítico, as exigências técnicas cada vez mais elevadas contribuem para a manutenção do mercado de filtros hidráulicos. “O mercado esta em evolução constante e necessitando sempre de filtros mais eficientes e projetos adequados para manter o desempenho das máquinas que sempre estão mais evoluídas com controles eletrônicos e as folgas entre as partes móveis mais justas para se obter uma maior precisão e mais produtividade”, ressalta Celso. Para Gabriel o mercado de filtros de forma geral está crescendo nos últimos anos. Isso se deve a uma série de fatores, mas para ele o principal é o fato das empresas estarem cada vez mais atentas à necessidade de fazer uso de filtros de alta qualidade, ou seja, estão verificando que os custos da filtração são pequenos se comparados aos danos que a falta da mesma pode gerar. Ele destaca que a crise econômica no Brasil contribuiu para um crescimento mais brando desse mercado, porém, de acordo com o retorno da economia esse segmento tende a se desenvolver de forma expressiva. Mediante ao potencial desse mercado, atualmente existem vários fabricantes de filtros hidráulicos. Assim, o cliente possui uma gama enorme de escolha,
porém, é necessário ficar atento a utilização de produtos que sejam capazes de atender aos mais severos níveis de limpeza exigidos. “Vale ressaltar que o dimensionamento de filtros deve ser feito por empresas capacitadas para tal, pois além de terem know-how para especificarem, é necessário atentar para a escolha de uma marca que faça uso de um meio filtrante com alta tecnologia. Nem sempre possuir filtros em um sistema hidráulico significa a certeza de um controle da contaminação, pois existem no mercado produtos de baixa qualidade que não atendem aos mais severos requisitos de limpeza. Por isso, é necessário que os clientes fiquem atentos aos filtros existentes e procurem sempre contar com ajuda de empresas que possuem experiência nesse segmento”, completa Gabriel. Contatos: Alex Peixoto de Alencar: alencar292@gmail.com Hydac Tecnologia: www.hydac.com.br Parker: www.parker.com.br
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Mercado
TECNOLOGIA
Membranas filtrantes: alta eficiência na separação de resíduos
C
om a crise hídrica e os riscos da escassez de água, se torna cada vez mais crescente a opção pelo reúso de água e aumentam as preocupações com a qualidade dessa substância tão vital para a existência humana. Neste contexto, as membranas filtrantes se destacam como uma das melhores opções para o tratamento de água e efluentes. Basicamente, as membranas filtrantes são barreiras seletivas que removem ou separam duas substâncias entre duas fases. Elas se destacam das tecnologias convencionais pela alta capacidade de proporcionar uma separação de resíduos de qualidade. “As membranas filtrantes são equipamentos cada vez mais utilizados em estações de tratamento de efluentes, por apresentarem desempenho muito melhor que métodos de tratamento convencionais e que tem
Foto: Divulgação Kubota
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Tecnologia possui melhor desempenho do que outros métodos e, a longo prazo, custos minimizados
A tecnologia de membranas da Kubota caracteriza-se pela grande facilidade de instalação, simplicidade de operação
seu custo sendo minimizado ao longo do tempo. São uma barreira física, e por isso possuem um nível de retenção muito alto de sólidos e impurezas que se deseja retirar da água tratada. Com a necessidade cada vez maior do reúso de água, as membranas assumem um papel essencial, pois geram água de boa qualidade a partir do efluente industrial ou doméstico”, afirma Daniel Paiva Pavan, sales manager da Kubota. Existem vários materiais de fabricação utilizados, mas as membranas são predominantemente de natureza polimérica. “Para filtrar ou separar uma determinada corrente de alimentação, as membranas são instaladas em linha em um sistema de processamento de fluido ou submersas em um tanque de processo onde uma pressão é aplicada em um lado da membrana para conduzir ou extrair o fluido”, explicam Henia Yacubowicz, vice-presidente de tecnologia e engenharia de processo e Taylour Johnson, gerente de produto para água e efluente da Koch Membrane. As aplicações das membranas são abrangentes, mas tipicamente podem ser categorizadas em dois grupos: tratamento de efluente ou em processos de separação. “Para as aplicações de água e efluente, o principal objetivo é remover contaminantes na água para que possa ser recuperada e reutilizada, segura para consumo humano ou descarga ambiental, ou seja, adequada para uso na indústria. Para aplicações em
processo, as membranas são usadas para realizar diferentes separações, recuperação de produtos, clarificações, purificações, fracionamento e concentração em diferentes indústrias, como automotiva, de alimentos, de produtos lácteos, de bebidas, têxteis e petróleo e gás”, explicam os especialistas da Koch Membrane. O grande diferencial das membranas filtrantes em relação às demais tecnologias é sua alta eficiência de remoção de componentes existentes no líquido a ser tratado. “A filtração é absoluta e independe da variação do líquido que alimenta a membrana, o permeado sempre apresentará alta qualidade. Os demais elementos filtrantes são eficientes, porém a porosidade é maior e na maioria das vezes as manutenções são complexas além do custo operacional ser bem mais elevado se comparado a membranas filtrantes”, diz Emerson Rodrigues, gerente de vendas da Pentair. LAFFI - SYNDER - MF66.pdf 1 18/12/2013 17:23:43
Tipos de membranas
As membranas filtrantes foram desenvolvidas em uma variedade de configurações e em diferentes classes de tamanho de poro e escala de separação para atender a exigências de desempenho de aplicações específicas. As configurações mais comuns são: Hollow Fiber (ou Fibra Oca), Tubular, Cerâmica, Espiral. Já entre as classes de tamanho de poro se destacam as membranas de osmose inversa, as de nanofiltração, ultrafiltração e microfiltração. As Membranas de Osmose Inversa (OI) retêm praticamente todas as moléculas solúveis na água, deixando a água passar pela membrana livremente. Elas são utilizadas principalmente no tratamento de água para uso potável. “Milhões de metros quadrados de membranas são usados para dessalinização de água do mar e salobra, para remover sal e outros contaminantes da água de alimentação e fornecer água
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Foto: Divulgação Koch Membrane
A maioria das membranas NF e OI utilizam a Configuração Espiral. Esta configuração fornece uma solução de filtração econômica em um espaço físico pequeno. “Além das membranas de NF e OI, a configuração espiral é usada para UF e MF. Praticamente todas as membranas UF e MF utilizadas para separações em laticínios, concentração de gelatina e muitas outras concentrações e purificação de produtos no mercado de alimentos utilizam a configuração espiral”, destacam Henia e Taylour. A Configuração de Fibra Oca também permite uma solução de filtração econômica em um espaço físico pequeno. Devido à forma como as membranas de fibra oca são feitas, elas podem ser retrolavadas para manutenção efetiva do fluxo e controle de incrustação. As membranas de fibra oca são geralmente feitas com tamanho de poro maior, na faixa de separação UF e MF. “As hollow fiber são as mais utilizadas para tratamento de água superficiais e polimento de efluentes que já possuem tratamento secundário. Sua aplicação para potabilizar água é uma das mais utilizadas no mundo”, afirma Emerson.
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potável de alta qualidade para a população global. Uma quantidade menor, porém, significativa de membranas de OI são usadas para usos industriais, para remover sais e outros contaminantes da água de alimentação, para fornecer à indústria água com a qualidade requerida”, destacam os especialistas da Koch Membrane. Já as Membranas de Nanofiltração (NF) têm poros ligeiramente maiores do que as de OI, permitindo que passem íons pequenos, e operem com menor pressão e consumo de energia. “Elas são usadas para abrandar a água de alimentação para usos industriais e potáveis, e para a concentração de produtos, bem como aplicações únicas, como a recuperação ácida e cáustica”, indicam Henia e Taylour. As Membranas de Ultrafiltração (UF) e Microfiltração (MF) são usadas em uma variedade de aplicações nos mercados de Separação em Processos, nas quais são utilizadas para a concentração e fracionamento, clarificação e purificação do produto. “No mercado de água e efluente, a UF e a MF são utilizadas para a remoção de sólidos e bactérias em suspensão, óleo emulsionado, metais precipitados e outros contaminantes, onde as membranas de UF também podem remover vírus, tornando as membranas de UF o principal produto usado para tratamento de águas superficiais para consumo potável”, afirmam os representantes da Koch Membrane.
Foto: Divulgação Pentair
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TECNOLOGIA
A Koch Membrane investe em tecnologia com foco na melhoria de formulações de membrana, construção de elementos e aplicações de processos
A Pentair sempre foca em inovações tecnológicas
Uma subcategoria das membranas de fibra oca é a direção da vazão. “Nos produtos de fibra oca com filtração de dentro para fora, a alimentação flui dentro da fibra e, para os produtos de fibra oca de fora para dentro, a
O mercado de membranas filtrantes no Brasil é promissor e tem se desenvolvido em ritmo acelerado. “O mercado de tratamento de efluentes com membranas está evoluindo no Brasil, pois há grande demanda destas novas tecnologias de tratamento que permitem gerar uma água que será reutilizada, minimizando a extração de águas de represas já intensamente aproveitadas. Pensamos que o mercado, no entanto, precisa de mais incentivo do governo no sentido de redução de impostos e encargos para estas tecnologias que permitem o reúso da água”, avalia Daniel. As regulamentações ambientais requerem cada vez mais o tratamento do efluente, o alto custo e a escassez de água geram mais projetos de reúso e as vantagens da tecnologia de membrana impulsionam a indústria a expandir o uso de filtração de
membrana fora do uso atual. “Acreditamos que com a exigência dos Órgãos que monitoram os lançamentos de efluentes e com a nova Portaria de Potabilização (2914-MS), os sistemas de membranas estarão cada vez mais sendo aplicado como um recurso seguro e inovador”, analisa Emerson. Os principais desafios são reduzir o custo de investimento, melhorar o desempenho, reduzir os resíduos (rejeito dos sistemas de OI, por exemplo) e encontrar um máximo de ZLD (descarga
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Mercado
Foto: Divulgação Koch Membrane
alimentação flui ao redor da fibra, permitindo que esta configuração tolere alto nível de sólidos em operação pressurizada e submersa”, dizem Henia e Taylour. A Configuração de Membrana Tubular é utilizada para filtração de líquidos contendo sólidos em suspensão. “A configuração tubular consome maior energia e mais espaço, no entanto, é a única configuração que pode filtrar correntes com alta concentração de sólidos, como o suco e o vinho para a remoção de polpas, efluente de lavanderias e indústria de papel e celulose para remoção de óleo, sólidos e fibras etc.”, explicam os especialistas da Koch Membrane. De acordo com Daniel, as membranas de Osmose Inversa têm ótima performance, porém são mais caras e exigem mais manutenção que os demais tamanhos de poro. Já as membranas de Ultrafiltração e Microfiltração têm a maior faixa de trabalho e aplicações do mercado. “Por possibilitarem uma excelente qualidade da água tratada a um custo mais baixo que os outros tamanhos de poro. São também, os modelos mais utilizados nas plantas com tecnologia MBR”, afirma o representante da Kubota.
Foto: Divulgação Kubota
A tecnologia de membranas da Kubota caracteriza-se pela grande facilidade de instalação, simplicidade de operação
Foto: Divulgação Koch Membrane
TECNOLOGIA Julho/Agosto Meio Filtrante
um Módulo de Ultrafiltração com a Tecnologia Helix. “A Pentair é uma das únicas empresas que possui mais de 14 módulos de Ultrafiltração. Destacamos a HFW , na qual a sua aplicação é exclusiva para remoção de matéria orgânica e cor. Além da membrana HFW possuímos Módulos de HFS desenvolvida para remoção de sílica coloidal”, diz Emerson. A tecnologia de membranas da Kubota caracteriza-se pela grande facilidade de instalação, simplicidade de operação e, consequentemente,
de líquido zero). “Para as aplicações de água potável, os principais desafios envolvem o desenvolvimento de produtos para remover de forma eficiente e consistente espécies prejudiciais da água, especialmente quando os projetos de reúso estão em questão, para garantir água potável para a população global”, afirmam Henia e Taylour. Existe um esforço contínuo no mercado de membranas para desenvolver soluções de que proporcionem produtos de maior eficiência, maior rentabilidade e melhores propriedades de separação, para melhorar o desempenho e reduzir o custo de investimento para a indústria e os municípios. “Em nossa unidade de fabricação e desenvolvimento de última geração em Wilmington, Massachusetts, EUA, investimos em tecnologia com foco na melhoria de formulações de membrana, construção de elementos e aplicações de processos. O resultado é uma ampla gama de produtos de membrana de Osmose Inversa (OI), Nanofiltração (NF), Ultrafiltração (UF) e Microfiltração (MF) disponíveis para o mercado. Além de mais de 400 ofertas de produtos e 45 tipos de material de membrana, oferecemos alcance global, atendimento ao cliente e suporte para manter nossos clientes funcionando com a máxima eficiência”, afirmam os especialistas da Koch Membrane.
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Sistema de vinho da Koch Membrane
A Pentair sempre foca em inovações tecnológicas e atualmente lançou no mercado mundial
grande durabilidade. “Existem plantas domésticas municipais onde as mesmas membranas estão em operação por mais de 15 anos, o que comprova esta robustez dos equipamentos da Kubota. Ainda, a tecnologia de placas planas auxilia neste aspecto, pois as membranas ficam estáticas, sem se tocarem e sem haver cisalhamento entre elas. Por esta razão, a Kubota é o fabricante com o maior número de referências em plantas de tratamento de efluentes industriais, com mais de 6.000 plantas instaladas em todo o mundo”, ressalta Daniel. Contato das empresas: Koch Membrane: www.kochmembrane.com Kubota: www.kubota.com Pentair: www.pentair.com.br
Equipamento retém partículas e gases tóxicos
Foto: Divulgação Seineca
FILTROS AUTOMOTIVOS
Filtros de cabine preservam a eficiência do veículo e a saúde do condutor
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Suzana Sakai
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Filtros de cabine da Seineca
as últimas décadas, os veículos evoluíram tanto em desempenho, quanto em conforto para condutores e passageiros. Hoje, o ar-condicionado, por exemplo, não é mais um item limitado apenas a carros de luxo, mas sim um opcional presente em diversos veículos populares. Neste contexto de evolução, os filtros de cabine ganham um papel de destaque. Os filtros de cabine são produzidos com fibras carregadas eletrostaticamente. De um lado, suas camadas contam com um pré-filtro, capaz de reter as partículas maiores. Do lado oposto, possui uma camada de proteção que evita qualquer dano ao filtro. Essa união proporciona à estrutura do filtro
um aumento da densidade do lado limpo da peça. “Combinando a filtragem mecânica com a força magnética, um filtro de cabine é capaz de reter quase 100% das partículas nocivas ao ser humano. Com o auxílio do carvão ativado, também impede a passagem de gases poluentes e odores, melhorando a qualidade do ar dentro do veículo e, consequentemente, o conforto dos ocupantes”, explica Ronilso Toledo, supervisor de Assistência Técnica da Sogefi. Também conhecido como filtro de ar-condicionado, o equipamento tem como principal função reter partículas e até mesmo gases tóxicos, preservando a saúde dos passageiros e garantindo a eficiência do veículo. “O ar possui diversos poluentes
Filtros de cabine da Mahle
Benefícios para a saúde
Os filtros de cabine são importantes não apenas para as pessoas que possuem alergia ao pólen, mas também para os portadores de doenças respiratórias como rinite, bronquite, asma, entre outras. Além disso, o equipamento ajuda a prevenir inflamações das vias aéreas. “O funcionamento do filtro de cabine é
Foto: Divulgação Wega
essencial para o conforto e a saúde do condutor e dos passageiros que são os principais beneficiários já que este produto não é para saúde do veículo e sim dos ocupantes do mesmo. De uns 12 anos para cá tem se notado um aumento de doenças respiratórias o que levou as fabricantes de filtros a olharem esta ineficiência e batalhamos em cima para trazer melhor conforto, e isso faz da Wega Motors hoje uma das maiores linhas de filtros de cabine da América Latina, são mais de 300 códigos entre filtro anti-polen e com carvão ativado para serem aplicados em veículos leves, pesados, equipamentos agrícolas”, diz Rafael Junior, supervisor de Assistência Técnica da Wega Motors.
A Wega investe constantemente em inovações para o mercado
André Gonçalves, consultor técnico da Mann-Filter resalta, “O filtro de cabine é destinado para o conforto dos passageiros. O item tem uma vida útil e deve ser respeitada conforme a recomendação do fabricante. O uso deste filtro saturado ou a remoção deste irá causar além de problemas respiratórios e alergia nos ocupantes, danos ao sistema de refrigeração que também é protegido pelo mesmo filtro. Podem ocorrer diversos problemas respiratórios tais como infecção de vias aéreas superiores, rinite alérgica, hiperreatividade brônquica, crise asmática, pneumonia e diversos outros tipos de inflamações das vias aéreas inferiores”.
Manutenção preventiva
A falta de manutenção dos filtros de cabine pode causar acúmulo de microrganismos e partículas que podem atrapalhar o fluxo de ar
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Foto: Divulgação Mahle
como ácaros, gases, fuligem, pólen, sujeira, odores e etc. que podem causar problemas a saúde como alergia, sinusite, rinite entre outras. A função do filtro de cabine é filtrar o ar externo, que é aspirado pelo sistema de ar do veículo, purificando o ar interno que circula no interior do veículo. Os filtros de cabine são utilizados praticamente em todos os veículos fabricados a partir do ano 2000. São exemplos de utilização veículos de passeio, utilitários, caminhões, colheitadeiras, tratores e ônibus”, explica Sergio Gazarini, diretor comercial da Seineca. No passado, o filtro de cabine era conhecido como filtro de pólen, pois muitas pessoas, principalmente no hemisfério norte têm alergia a esse elemento. Hoje, além do filtro de cabine comum, também há no mercado o filtro de cabine de carvão ativado. “Atualmente, a maioria dos veículos por apresentarem sistemas de ar-condicionado passaram a receber o filtro dentro do sistema por este motivo. Além de preservar o sistema do ar-condicionado, manter a eficiência do evaporador, esse filtro também retém o pólen e outros contaminantes do contacto com os usuários do veiculo”, afirma Rodolfo Cafer, inspetor técnico sênior da Mahle.
Foto: Divulgação Mann-Filter
A Mann-Filter atualiza seu portfólio de acordo com as tendências e demandas do mercado
40 Foto: Divulgação Sogefi
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FILTROS AUTOMOTIVOS
no interior do veículo e potencializar doenças respiratórias aos seus ocupantes. “É necessário realizar a manutenção para melhorar seu desempenho, uma vez que o filtro de cabine saturado pode obstruir o fluxo da passagem do ar para dentro do veículo e causar o embaçamento dos vidros internos, além de danos ao sistema de refrigeração do veículo”, indica André. Basicamente não há um prazo determinado para a troca do filtro, pois dependerá de fatores como utilização, local, clima etc. “Nossa sugestão para uma manutenção preventiva é que se troque o filtro juntamente com a manutenção de outros filtros veiculares, entretanto deve se ficar atento a sinais como odores fortes, diminuição na velocidade de ventilação e coloração do papel, pois são indicativos de que o filtro pode estar saturado, necessitando assim realizar a sua troca”, recomenda Sérgio.
Filtro de cabine da Sogefi
Com a manutenção adequada dos filtros de cabine, é possível obter ar mais puro no interior do veículo e redução das doenças respiratórias. “Costumo dizer que realmente nós brasileiros somos apaixonados por carros e nos desdobramos para mantê-lo em perfeita condições, mas será que somos apaixonados por nós mesmo? Afinal, muita das vezes quando pensamos em cuidar de nossa saúde parece que vamos deixando para um segundo momento ou quando encaixar um horário, quando na verdade devemos nos preocupar com nossa saúde em primeiro lugar, haja vista, que com saúde temos força para lutar e força depende de ar puro nos pulmões. Para isso lembre-se: troque o filtro de ar cabine do seu veículo regularmente e mantenha ar limpo no seu pulmão e de toda sua família”, aconselha Rafael.
Fique ligado!
Além da troca periódica, existem os seguintes sintomas que indicam a saturação e necessidade de troca dos filtros de cabine: - Odor desagradável no interior do veículo; - Diminuição do fluxo de ar; - Falta de força do ar condicionado ou do ar forçado quando ligado. Os principais danos que serão evitados com a manutenção adequada estão principalmente ligados à saúde, bem-estar e conforto do motorista. Entretanto outros problemas também podem ser gerados, como desgaste do sistema de aquecimento e ar-condicionado. “Quanto maior a saturação do filtro menor será o fluxo de ar, o que fará com que todo o sistema trabalhe mais, podendo haver superaquecimento e/ou queima do sistema. Há também o aumento do trabalho do compressor de ar-condicionado o que poderá ocasionar um aumento no consumo de combustível”, ressalta Sergio. Vale destacar que o uso do filtro de cabine não está relacionado ao fato de o veículo ter ar- con-
Tipos de filtros de cabine
Atualmente, existem dois tipos de filtros de cabine: os comuns, também conhecidos como filtro de partículas, e os de carvão ativado. Os filtros comuns impedem a entrada das partículas alergênicas minúsculas nos pulmões, que podem causar asma ou alergias. “As partículas muito pequenas nem sempre são retidas pelo muco do aparelho respiratório ou pelos do nariz, o que utilizando um filtro de cabine reduz essa causa que pode trazer doenças respiratórias”, explica Rafael. Já o filtro de cabine com carvão ativado impede a entrada de quaisquer partículas e também de odores. O material de filtragem utilizado é composto por três camadas: uma camada de carvão ativo colocada entre duas camadas de fibras não tecidas. “A Mann-Filter disponibiliza dois tipos de filtros de cabine: os comuns de partículas e os com carvão ativado. São estes últimos que, além de impedirem a passagem de resíduos, absorvem os gases e reduzem o crescimento de bactérias, o que aumenta sua capacidade de reter odores indesejáveis. No caso do filtro de cabine com carvão ativado, além das partículas em suspensão, como a poeira e outras impurezas do ar, ele também atua contra odores e gases
tóxicos oriundos do exterior”, afirma André. Além de filtrar odores, outra vantagem do filtro de cabine de carvão ativado é a maior vida útil do equipamento. “O período de troca é maior, podendo chegar a ser duas vezes mais que o de partícula, mas vale lembrar que isso dependerá de fatores como utilização, local, clima e etc. Entretanto os custos deste tipo de filtro também podem ser maiores”, diz Sergio.
Mercado
As perspectivas para o mercado de filtros de cabine são positivas e preveem um período de crescimento e de lançamentos de novas tecnologias. “É um mercado crescente. Hoje quase toda a produção automotiva vem equipada com sistemas de ventilação forçada e sistemas de ar-condicionado e os cuidados com a saúde são necessários, pois uma parcela significativa da população passa horas ou o dia de
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dicionado, como muitos imaginam. O simples acionamento do sistema de ventilação faz com que o ar passe pelo elemento filtrante. Ao contrário dos demais filtros, o de cabine não tem prazo ou quilometragens preestabelecidas para que sua troca seja realizada. “A vida-útil de um filtro de cabine depende do ambiente onde o motorista trafega. Se ele rodar sempre em vias urbanas, com alto tráfego de caminhões, ou em estradas de terra, o filtro chega a se desgastar em poucos meses. Para circulação em condições normais, a Mann-Filter recomenda que sua troca seja realizada no máximo uma vez ao ano ou a cada 15 mil km”, orienta André.
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Os filtros de cabine da Tecfil são desenvolvidos conforme as exigências das principais montadoras e fabricados com matérias-primas de alta qualidade
Neste contexto, é preciso estar atento às variantes de filtros lançados no mercado, para saber se ele é indicado pela fabricante do veículo e se suas especificações são adequadas para o seu funcionamento. “Temos uma expectativa positiva de mercado, já que a manutenção de veículos é contínua. Assim, vamos acompanhando as tendências do setor e atualizando nosso portfólio de produtos para conseguir atender a demanda do mercado e cobrir todos os veículos do território nacional”, comenta André. Apesar do filtro de cabine não ser considerado um item de segurança, podendo até não ser fornecido pelas concessionárias durante as revisões, sua utilização é de grande importância para o motorista e seus passageiros. “Assim como o ar-condicionado torna se cada vez mais uma exigência para os motoristas e passageiros a utilização e ma-
Períodos de troca
A troca dos filtros de cabine devem seguir as recomendações do manual do fabricante do filtro, pois cada carro possui suas particularidades de instalação. Entretanto, de modo geral, recomenda-se a substituição nos seguintes períodos: Filtro de cabines de partículas Condições normais: a cada 6 meses Condições severas (trafego em regiões muito poluídas ou áreas rurais): a cada 3 meses. Filtro de cabine de carvão ativado Condições normais: a cada 12 meses Condições severas (trafego em regiões muito poluídas ou áreas rurais): a cada 6 meses. nutenção do filtro também será uma necessidade. As principais novidades da Seineca é a incorporação de novos itens na linha leve e pesada, totalizando 122 modelos de filtros, o que abrangerá uma gama significativa da frota circulante. A expectativa é termos novos lançamentos até o final de 2017 e nos colocarmos no mercado como uma referência nesta linha de filtros”, afirma Sergio. Recentemente, a Mahle detectou que existe um aumento nas alergias e irritações respiratórias pela mudança dos contaminantes presentes no ar, e lançou um novo filtro multi camadas (5 camadas) com carvão ativado.
Foto: Divulgação Mahle
Julho/Agosto Meio Filtrante
FILTROS AUTOMOTIVOS
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trabalho dentro de um veículo. Por este motivo o ambiente veicular é o local de vivencia diária de uma parcela significativa de habitantes”, diz Rodolfo. “A cultura da troca dos filtros de cabine e ar-condicionado está em franca expansão no Brasil, devido ao processo de conscientização realizado junto aos aplicadores, na importância da saúde dos ocupantes dos veículos. Ainda existe um longo caminho a percorrer, quando comparamos o tamanho da frota circulante com a quantidade de troca destes filtros”, complementa Roberto Rualonga, gerente de Assistência Técnica da Tecfil.
A Mahle detectou que existe um aumento nas alergias e irritações respiratórias pela mudança dos contaminantes presentes no ar, e lançou um novo filtro multi camadas de carvão ativado
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Filtro de cabine da Mahle
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“Esta é uma evolução dos filtros LAK e em breve estará disponível para as montadoras no Brasil e para a reposição”, garante Rodolfo. Ciente das necessidades desse setor, a Sogefi é outra empresa que está investindo nos filtros de cabine. “O mercado de filtros de cabine é bem dinâmico e está em alta. Atualmente, chega a ser impensável lançar um
Filtro de cabine de carvão ativado da Sogefi
novo veículo sem esse componente, o que nos gera uma demanda frequente por novos produtos e pesquisas avançadas. Por sinal, a linha de filtros de cabine foi uma das prioridades de investimento, em capacidade de produção e inovação tecnológica, da nova fábrica da Sogefi em Jarinu (SP), inaugurada em 2015”, conta Ronilso. A Wega também traz inova-
ções para o mercado. “Algumas novidades estão vindo aí a todo vapor como o filtro de cabine com Polyfenol, uma tecnologia avançada que estamos trabalhando incansavelmente para mensurar e desenvolver este segmento para que continuemos a ser a linha mais completa. Sabemos que alguns concorrentes já lançaram para alguns veículos especifico, porém faremos com cautela para que o maior interessado que são os passageiros possam entender a mensagem e ser usuário e desfrutar desta nova tecnologia buscando cada vez mais a preservação da saúde”, afirma Rafael. Os filtros de cabine da Tecfil são desenvolvidos conforme as exigências das principais montadoras e fabricados com matérias-primas e processos da mais alta qualidade e tecnologia. “Sempre buscando a melhor eficiência na filtragem do ar que respiramos quando conduzimos o veículo independente do local”, ressalta Roberto. Contato das empresas: Mahle: www.br.mahle.com Mann-Filter: www.mann-hummel.com Seineca: www.seineca.com.br Sogefi: www.fram.com.br Tecfil: www.tecfil.com.br Wega Motors: www.wegamotors.com
EVENTOS Julho/Agosto Meio Filtrante
Dayane Cristina da Cunha Fernandes
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Mercado de Filtros movimenta Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços
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om o consumidor apertando o cinto e deixando de comprar carros novos, o mercado de autopeças tem ganhado cada vez mais espaço, como mostrou a 13ª Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviço, que teve a participação de diversas empresas do setor de filtração. A Automec é a principal plataforma de negócios da América Latina voltada à indústria da reposição e reparação automotiva para veículos leves, pesados e comerciais. Segundo organizadores, 74 mil visitantes viram as novidades, comprovando o reaquecimento do mercado. De acordo com Paulo Octavio Pereira de Almeida, vice-presidente da Reed Exhibitions, organizadora do evento, as marcas que apostaram na feira comemoraram os números positivos no balanço final. A exposição, que foi dividida em setores como acessórios e customização, reparação e manutenção, serviços e TI, contou com marcas que fizeram negócios com compradores de muitos países e estão movimentando o mercado até agora. Durante o evento, foram realizadas reuniões com a participação de expositores e compradores. “A Automec 2017 promoveu um excelente ambiente de negócios com público qualificado. Está muito profissional e é possível sentir o otimismo”, afirmou Sergio Montagnoli, diretor de marketing e vendas da Nakata. Na mesma linha, o vice-presidente da divisão Automotive Aftermarket da Robert Bosch para a América Latina, Delfim Calixto, afirmou que o clima positivo favoreceu as perspectivas de cres-
cimento dos negócios de reposição automotiva para este ano. “Desde o primeiro dia da Feira foi possível concretizar negócios”, revelou. Leandro Lara, diretor de eventos da Reed Exhibitions Alcantara Machado, avaliou o otimismo dos participantes. “A conjuntura do país, que apesar de atravessar um período de baixo desempenho econômico, têm tido importante crescimento no segmento de reposição e reparação automotiva. De um modo geral, as pessoas não podem comprar um zero quilômetro, mas precisam cuidar da manutenção e do reparo do seu veículo atual, e isso impulsiona as vendas no segmento”. Os números confirmam a avaliação de Lara. O mercado de reposição, que abrange uma cadeia composta por fabricantes, distribuidores, varejo e oficinas, cresce em média 4,8% ao ano. Segundo dados do Grupo de Manutenção Automotiva (GMA), o mercado deve movimentar R$ 121 bilhões este ano, podendo chegar a R$ 142 bilhões até 2020. O GMA é composto por diversos sindicatos e associações.
Mercado de Filtros traz novidades
A feira contou com a participação de diversas empresas da área de filtros, o que aumentou ainda mais a visibilidade do evento e das marcas diante de compradores, profissionais e fornecedores. Segundo Fang Cai, diretor de marketing da Seineca, a Automec sempre traz bons resultados de público, divulgação da marca e das estratégias adotadas. Reforçando a estratégia da empresa em seu foco de operação em filtros automotivos, a empresa trabalhou muito no evento com o posicionamento
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Estande da Hengst
Estande da Cummins
mentos filtrantes, possibilitando uma gama enorme de aplicações e reposição dos sistemas existentes. “Sentimos o evento muito positivo, nos trazendo muitos resultados positivos, atendimentos e aproximação de nossos clientes finais e prospects” A Wega Motors também participou da feira com a lançamento de novos produtos e a apresentação da nova equipe de vendas. “Estamos muito confiantes
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de sua marca e slogan, “Seineca é mais filtro”, além de demonstrar em seu stand a qualidade dos produtos e suporte técnico no atendimento. O diretor de vendas da américa latina da Cummins, Paulo Nielsen, comentou sobre o foco da empresa em apresentar e alavancar as vendas e aplicações dos produtos fleetguard no mercado brasileiro. “Os produtos fleetguard são produtos desenvolvidos em conjunto com os motores, pois além dos sistemas de filtros, somos um dos principais fornecedores de motores para o mercado, e nada melhor do que o próprio fabricante do motor para entender seu funcionamento e como os filtros podem explorar o melhor em questões de performance e redução de consumo, por exemplo”. Nielsen comentou que é preciso que o mercado entenda o custo x benefício dos filtros, analisando os custos totais de operações. “Temos uma área de P&D (pesquisa e desenvolvimento) espalhado em três localidades, em nossa unidades nos EUA, Korea e Europa, e este é um dos nossos grandes diferenciais. Cria-
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Estande da Seineca
mos e patenteamos cerca de 400 novos produtos todos os anos na área de filtração, e nossa intenção é sempre alinhar e trazer estes produtos e tecnologias ao mercado brasileiro”. Nelma Timello, gerente de marketing Filtros Brasil, falou sobre a primeira participação da empresa na feira. “Em nossa primeira participação na Automec estamos bem satisfeitos com os resultados apresentados e com as parcerias que estamos consolidando no evento, e este é um ano muito especial para nós, pois estamos completando dez anos de existência. E este evento é muito importante para apresentarmos nossas linhas de produtos no segmento de filtros de cabine e nossos lançamentos”. Timello citou os filtros com carvão ativado além da nova tecnologia de lateral flexível. Também destacou os vídeos de instalação para cada tipo de produto. “Eles são identificados em nossas embalagens através de QR code, facilitando assim a identificação do local de instalação e como instalar”. João Bernardo Leal Ayroso, coordenador de vendas da Hengst, destacou o filtro ecológico na linha de separadores de água/óleo. Segundo ele, o produto apresenta opcionais desde conexões, carcaças e ele-
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entrando em uma nova etapa para a empresa, que com certeza trará desenvolvimento e crescimento significativo para a marca no mercado de reposição”, comentou Cesar Costa, diretor comercial da empresa. Ele também destacou a reunificação das linhas Leve e Pesada na Automec”. “Percebemos que o público além de ter sido maior que na última edição, também estava mais focado em buscar novidades, lançamentos e negócios. Nosso estande se manteve movimentado todos os dias da feira e fizemos muitos contatos interessantes”, comentou. Para João Moura, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas (Abrafiltros) participar da feira foi uma grande oportunidade para conhecer novos produtos e lançamentos do setor de filtros automotivos, além de gerar contatos e estar próximo aos associados. Embora já tenha participado de outras feiras, é a primeira vez que a associação dá o apoio institucional à Automec. Segundo Moura, o objetivo é ampliar a divulgação institucional da associação, levar conhecimento aos associados e prospectar novas empresas que venham a contribuir com a entidade. “Independente do mundo virtual, a feira sempre é a melhor vitrine de vendas de produtos, onde o público visitante está interessado em realizar negócios e conhecer as últimas tendências do mercado”, afirma Moura. Segundo ele, apoiar institucionalmente uma feira deste porte, é sempre uma via de mão de dupla. “Ao mesmo tempo em que apoiamos o evento, também somos apoiados”, referindo-se ao estreitamento de relações profissionais e à troca de conhecimento e experiência
Linha completa de filtros da Sogefi
“Participamos da feira desde o início. Com a união de todos os segmentos, a Automec foi um sucesso. Apresentamos as nossas inovações e trocamos experiências para avançarmos ainda mais”, destacou Marcelo Silva, diretor comercial da Sogefi. A Tecfil apresentou mais de 20 produtos, dentre eles filtros de ar, filtros de óleo, filtros de combustível e filtros hidráulicos para diferentes núcleos de atuação da marca. “Queremos levar nossas novidades ao mercado, aos profissionais do setor e atrair clientes
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Foto: Divulgação Wega
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EVENTOS
Filtros para linha pesada da Wega
realizada entre o segmento durante o evento. Fornecedora das principais montadoras brasileiras, a Sogefi esteve presente na Automec e apresentou suas novas ferramentas virtuais para comunicação. Segundo a empresa, agora os clientes também terão contato por meio de um aplicativo disponível aos sistemas iOS, Android ou Windows Phone. Com ele, é possível ter acesso total ao catálogo. Além disto, os profissionais da reposição receberam informações para fazer a manutenção correta dos produtos.
Estande da Tecfil
Estande da Mann+Hummel
Quebra de Paradigmas e oportunidade de negócios para leves e pesados
Segundo organizadores, patrocinadores e visitantes, a feira quebrou paradigmas. Francisco De La Tôrre, presidente do Sincopeças, destacou a realização de caravanas de compradores, aumentando assim, a presença do varejista na Feira, que ocupou 25% do total de visitas. José Roberto Alves, diretor-geral da Federal-Mogul, afirmou que a edição 2017 da Automec supe-
rou as expectativas em todos os aspectos. Já para Fernanda Giacon, gerente de marketing América do Sul, da ZF, patrocinadora oficial da Automec, a feira foi “um divisor de águas” marcando efetivamente a retomada do crescimento do setor. “O clima positivo da Feira começou bem antes, já na comunicação com o mercado e nas redes sociais. Estamos surpresos com a quantidade de pessoas, mesmo no primeiro dia do evento. Nosso estande esteve cheio todos os dias”, afirmou. Ela também elogiou a qualificação do público e a reunificação das linhas leves e pesadas, pois, segundo Fernanda, permitiu que a ZF pudesse mostrar aos seus clientes todo o seu pacote de produtos e serviços. De acordo com o diretor de vendas da Dana, Carlos Dourado, a unificação da Feira proporcionou uma elevação significativa na qualificação do público. “Os próprios donos e diretores de empresas e lojas estiveram em nosso estande, permitindo o estreitamento nos relacionamentos”. Para a Alfatest, empresa de equipamentos e sistemas para diagnóstico e reparação de veículos, a volta no mesmo espaço das linhas de leves e pesados significou mais negócios fechados. “Estar na Automec representa, normalmente, 20% do faturamento de um mês”. Segundo o gerente comercial da empresa, Rafaelle Ventieri Neto, só durante a feira, cerca de R$ 250 mil foram faturados. “Nossa presença é institucional dentro da feira, mas acabamos fazendo negócios dentro do pavilhão, também”, ressaltou Luis Abilio Marques, coordenador de trade marketing da Gedore. O executivo também considera a reunificação uma “decisão positiva, pois os eventos isolados perdem força”.
De São Paulo para o mundo
A Automec recebeu visitantes de mais de 60 países, principalmente da América Latina. Foram cerca de nove mil estrangeiros vindos dos países latino-americanos. Cerca de 20% vieram da Europa, Ásia, Países Árabes e América do Norte. “Recebemos clientes de todas as partes do Brasil e também de outras localidades, incluindo Esta-
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de outros países, novas parcerias. A parceria com Lubrax dos Postos BR, por exemplo, foi iniciada na última edição da Automec”, revela Simone Minhoto, supervisora de marketing da Tecfil. Na linha automotiva, foram expostos filtros de ar, filtros de combustível para diversos modelos de automóveis, filtros de óleo e combustível, além da linha de filtros para máquinas e equipamentos agrícolas. Outra empresa de destaque no evento e que trouxe muitas novidades foi a Mann+Hummel segundo Luciana Steffen, analista de marketing da empresa, o maior destaque ficou por conta do vídeo com as principais aplicações e como funcionam os filtros por dentro, e esta mesma linha de ação foi apresentada no estande da empresa, “A Mann se destaca pela grande quantidade de patentes a nível mundial, e por isto queremos apresentar um pouco de nossos produtos e tecnologias aqui no evento da Automec, mostrando como funcionam e seus diferenciais aos nossos clientes finais”, comenta Luciana. Outro destaque da Mann este ano foi a aquisição e a apresentação da marca Wix como parte do portfólio de produtos da empresa.
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dos Unidos e Europa, o que mostra o alcance da feira”, confirmou o diretor comercial da Motorservice, Luis Lipay. Entre os expositores, a presença estrangeira também foi significativa. Um dos países que ocuparam maior espaço foi a Argentina, que participou da feira com mais de 40 empresas do setor. O Brasil é o maior mercado de autopeças para a Argentina, com 58,6% das exportações, segundo a Agência Argentina de Investimento e Comércio Internacional. Para Jurandir Defani, diretor geral da Taranto Brasil, estar na feira foi a opção ideal. “Como somos uma marca argentina, tivemos muitos visitantes de países da América Latina, da Europa e também de todo o Brasil, com interesse em nosso portfólio, que foi ampliado com novas linhas de produtos. O evento sempre gera oportunidades de negócios”. No pavilhão da Itália, organizado pela Italian Trade Agency (ITA) – agência do governo responsável pela internacionalização de empresas italianas – as empresas trouxeram tecnologias para automóveis, veículos comerciais, implementos rodoviários e caminhões. “O Brasil tem um excelente potencial de consumo e está entre os principais importadores da Itália”, informou Erica Di Giovancarlo, diretora do ITA para o Brasil. O aspecto internacional da Feira também chamou a atenção. Segundo o presidente interino da Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças (Andap), Rodrigo Carneiro, “a Automec retomou a posição como um evento de expressão internacional e com a devida importância em relação ao impacto econômico no mercado de reposição”. O presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (Sindirepa Nacional), Antonio Fiola, também avaliou que a feira “mostrou a grandeza do setor e da cidade de São Paulo, que sediou este evento de porte internacional, com uma programação intensa de atividades”.
Caravanas, B2B e Ala VIP
A cada dia, as feiras têm se firmado como mediadoras entre compradores e expositores, em um
processo chamado Business to Business (B2B). Para oportunizar este movimento, a feira contou com dez caravanas de compradores, em parceria com o Sincopeças e o Sindirepa, vindas das cidades de Campinas, Americana, Ribeirão Preto, Santos, Bauru e São José dos Campos, do estado de São Paulo e Ponta Grossa e Toledo, do Paraná. Outra iniciativa importante foi o Encontro de Negócios, onde ocorreram 130 reuniões com a participação de 60 expositores e 80 compradores. A feira também contou com o Premium Club Plus, um local reservado para receber compradores indicados pelos expositores convidados, a fim de facilitar a geração de negócios. Neste ano, houve a participação de mil compradores.
Capacitação e investimento nos jovens profissionais Os profissionais do setor tiveram a oportunidade de compartilhar experiências, conhecimentos e atualizarem seus conhecimentos na Arena do Conhecimento e Capacitação, responsável por 40 horas de conteúdo em palestras e exposições com temas técnicos. A Oficina Modelo Automec, liderada pelo restaurador e customizador Fernando Baptista – o Batistinha - fez um processo completo de customização de um Volkswagen Up! TSI prata Sirius, da desmontagem do carro, passando por pintura, trabalhos de solda, nova suspensão, sistema de som, remontagem e acabamento. As atividades também incluíram uma série de palestras gratuitas, abordando temas como “Produtividade em Gestão de Ferramentas”; “Aplicação das novas tecnologias na troca do óleo de motor”, “Como obter durabilidade e performance”; “Sustentabilidade na oficina: novos caminhos para evitar impacto ambiental”; entre outros. Alunos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) formados no 1º curso “Técnicas de Manutenção em Sistemas Mecânicos de Veículos Leves”, receberam seus certificados como parte do programa Mecânicos do Futuro. O curso é uma iniciativa pioneira dos organi-
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zadores da feira e do Senai, que capacitou 16 jovens profissionais a realizar manutenções preventivas e corretivas de sistemas mecânicos automotivos de veículos leves. O cálculo da hora de mão-de-obra na oficina também foi um tema abordado durante o evento. Apresentado por Pedro Luiz Scopino, vice-presidente do Sindirepa. “É preciso criar cultura nas oficinas de cobrança pela hora trabalhada e para isto é preciso superar algumas dificuldades do setor, como falta de mão-de-obra treinada e de profissionalização na empresa, administração de recursos humanos, retorno sobre investimento, controle administrativo, financeiro e gerencial, questões ambientais e solidão empresarial”, afirmou Scopino. Durante a apresentação, citou vários fatores para aumentar a produtividade na oficina, como realizar diagnóstico correto, ter ferramentas pneumáticas, carrinho individual, ferramentas organizadas e em bom estado, rampas de troca de pneus, elevador automotivo, peça certa no momento certo, limpeza, local demarcado para os serviços e ter informação técnica. Outro fator relevante, segundo o presidente, é criar uma meta mensal, oferecendo bônus caso ela seja cumprida. Ao final da palestra, Scopino ressaltou que o retorno de serviço é um fator que acaba com a produtividade. “É preciso tabelar os motivos do retorno e corrigi-los para que não ocorra novamente”, finalizou. 50
América Latina de olho no mercado de retíficas de motores
Durante a Automec aconteceu também o Primeiro Encontro Latino Americano de Retificação de Motores - Rectilatina, que reuniu empresários de diversos países como Uruguai, Argentina, Paraguai, Panamá, Colômbia, entre outros, para discussão do tema “A Integração da Retificação Latino-Americana Perante os Novos Paradigmas de Tecnologia Disruptiva no Mundo”. Para Omar Ricardo Chehayeb, diretor-executivo do Instituto Internacional de Estudos
da Mobilidade, as tecnologias disruptivas também chegarão ao mercado de retificação, e os profissionais devem buscar caminhos alternativos para manter suas atividades. “Há poucos anos, acreditava-se que o futuro pertencia aos automóveis híbridos, mas nos mais recentes Salões do Automóvel, as principais montadoras têm apresentado protótipos de carros exclusivamente elétricos. O novo modelo S da Tesla [carro 100% elétrico] vendeu 180 mil unidades em um fim de semana, diretamente no site da marca, o que representa uma mudança de paradigma também na hora de comprar os automóveis. As pessoas estão começando a visitar o carro na loja, mas a fechar o negócio online”, avaliou o especialista, que também é diretor de Relações Internacionais do Conselho Nacional de Retífica de Motores (Conarem). Contato das empresas: Abrafiltros: www.abrafiltros.org.br Alfatest: www.alfatest.com.br Andap: www.andap.org.br Conarem: www.conarem.com.br Cummins: www.cumminsfiltration.com Dana: www.dana.com.br Federal-Mogul: www.federalmogul.com Filtros Brasil: www.filtrosbrasil.com.br Gedore: www.gedore.com.br Hengst: www.hengst.com.br Italian Trade Agency: www.ice-sanpaolo.com.br Mann+Hummel: www.mann-hummel.com Motorservice: www.ms-motorservice.com Nakata: www.nakata.com.br Reed Exhibitions: www.reedalcantara.com.br Robert Bosch: www.bosch.com.br Seineca: www.seineca.com.br Sincopeças: www.portaldaautopeca.com.br Sindirepa Nacional: www.sindirepanacional.org.br Sogefi: www.fram.com.br Taranto Brasil: www.taranto.com.br Tecfil: www.tecfil.com.br Wega Motors: www.wegamotors.com ZF: www.zf.com
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