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Esp e c i a l i za d a e m F i lt r a ç ã o - Se p a r a ç ã o - Tra t a mee nt o d e Ág ua - M ei o Amb Ambiieent ntee Ano XII - Nº 77 - Novembro/Dezembro de 2015
EDIÇÃO ESPECIAL: ITEB INOVAÇÃO EM TEMPOS DE CRISE
Juntos, nós podemos separar a água do diesel e proporcionar a melhor eficiência e a mais avançada tecnologia ao motor de seu veículo. Não há limites para a Parker quando se trata de proporcionar resultados surpreendentes através de sua tecnologia para os mercados em que atua. Um exemplo é a linha de separadores de água Parker Racor, originais de fábrica e presentes nos melhores veículos do mundo. Eles são submetidos aos mais rigorosos testes de qualidade e têm sua eficiência confirmada pelo imbatível sistema separação Aquabloc®, uma solução exclusiva desenvolvida pela Parker, que garante a separação da água e assegura maior proteção para o motor de seu veículo, envolvendo tecnologia e precisão. Uma combinação insuperável, que gera mais segurança e benefícios para o meio ambiente.
EDIÇÃO
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Filtros para ar são versáteis e garantem a qualidade do ar ambiente
Fornecedor de borracha para o mercado de filtros e saneamento inova desenvolvendo Encontro de clientes e parceiros
34 FILTROS AUTOMOTIVOS Filtros ecológicos: entenda seus benefícios 38 FILTRAÇÃO DO AR Poeiras e gases respiráveis sem filtração adequada 42 MEIO AMBIENTE De olho na lei
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SEÇÕES 06 FILTRADO - O que acontece no mercado de filtros 08 MERCADO - Confira as novidades no mercado industrial
Filtros para sistema de resfriamento na indústria
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Auxiliares filtrantes: além da purificação
Diretora - Editora Rogéria Sene Cortez Moura editora@meiofiltrante.com.br Redação/Reportagem Anderson V. da Silva, Carla Legner, Cristiane Rubim e Suzana Sakai jornalismo@meiofiltrante.com.br Comunicação Loiana Cortez Moura comunicação@meiofiltrante.com.br Criação, Editoração e Web Anderson Vicente da Silva, Loiana Cortez Moura e Paula Zampoli Publicidade Yara Sangiacomo publicidade@meiofiltrante.com.br Assinaturas, Circulação e Atendimento ao Cliente: Tel.: +55 11 4475-5679 atendimento@meiofiltrante.com.br Conselho Editorial: Adriano de Paula Bonazio; Alex Alencar; Alice Maria de Melo Ribeiro; André Luis Moura; Atsushi Gomi; Caio Guilherme Barbosa; Carlos Mourão; Cláudio Chaves; Francisco Gomes Neto; Genaro Pascale Neto; Geraldo Reple Sobrinho; Helmut Zschieschang; Hermann Queiser; Jeffrey John Hanson; João Moura; José Luis Tejon Megido; Julio Trujillo; Laíssa Cortez Moura; Lucas Cortez; Luciano Peske Ceron; Marcia Brunini Truite Hanson; Mauro Urbinati; Marco Antônio Simon; Paulo Roberto Antunes; Patrick Galvin; Paula Rorato; Pedro Verpa; Plínio Centoamore; Ricardo Saad; Robert Scarlett; Tárcia Rita Davoglio; Tarcisio Costa; Valter Medina; Valdir Montagnoli; Vinicius Stoco Patricio e Walter Luiz Polônio. Colaboraram nesta edição: Paulo Roberto Nascimento (Parker); Antonio Carlos Camargo, Sueli Curti e Manuella Curti de Souza (Grupo Europa); Abrafiltros (Diretoria); Juliano Frizzo (Filtros Planeta Água); Renata Pirolo e Daniel G. de la Fuente (InbraTextil); Renato Bruno (Unifilter); Digvijai Singh (A2Z Filtration); David Siqueira de Andrade, Gabriela Oppermann e José Jurandir Pereira da Silva (Supply Service); Robinson Zuntini, Patrícia Gozzi e Andreas Scheurell (Calgon Carbon); André Luis Moura e Valdir Montagnoli (Laffi Filtration); Claudio Chaves, Anderson Alves Oliveira e Thais Mazzucatto (Pentair); Edgard Luiz Cortez e Lucas Cortez Moura (Iteb); Paul Gaston Cleveland, Sergio Sato e Samir Costa (Camfil); Patrick Mendes (Yanpai Do Brasil); Eduardo Gomes Ferreira e Natã Teodoro de Lima (Sigma Lean); Edison Ricco Jr (Apexfil); Rodolfo Cafer (Mahle Metal Leve); Ronilso Toledo (Sogefi); André Gonçalves (Mann+Hummel); João Carlos Mucciacito (Cetesb); João Carlos Alberti (Direct Line); Mauricio Zanini (Cross Filter); Celymar Ventini Pinotti (Filtros Free); J. Rai do Nascimento (Linter Filtros); João Carlos Machado (Filtrax Brasil); Jerson Alves de Oliveira (Filtracom); Vinicius Lima e Victoria Santos (Unotech); Cesar Leão Santana (Trox do Brasil) e (All for Filters). Assessoria Jurídica Candido, Rozatti e Spinussi Adv. Associados Tel.: +55 11 4438-8173 - www.crsaa.com.br A Revista MEIO FILTRANTE é uma publicação da L3ppm - L Três publicidade, propaganda e marketing Ltda. Rua Aracanga, 330 – Pq. Jaçatuba CEP 09290-480 - Santo André - SP Tel.: +55 11 4475-5679 www.meiofiltrante.com.br Impressão e Acabamento Gráfica IPSIS - www.ipsis.com.br
Estamos na última edição de um ano que ficará marcado como um período difícil do ponto de vista econômico e político – fruto principalmente, das nossas próprias questões internas como país e situações envolvendo os erros e acertos do governo federal. Esse cenário instável tem demandado novas situações de ajuste e as empresas tendem a aprimorar os controles buscando maior aproveitamento efetivo dos recursos e redução de custos. A versatilidade e capacidade de adaptação ganham relevância e as empresas com essas características aumentam as chances de colher resultados positivos, sendo ocasião ideal para estreitar relacionamentos internos, ajustar negociações, rever situações comerciais e forjar alianças, de maneira que todos os elos da cadeia se fortaleçam e possam contribuir para que o resultado final seja favorável para os envolvidos. É um momento de união pelo bem comum. Nesses dois últimos meses do ano, os ânimos políticos deverão seguir acirrados e as empresas ainda terão os tradicionais períodos de férias. Mas o fato é que independente desses fatores, todos devemos seguir em frente, afinal não é a primeira e não será a última turbulência que atravessamos – basta rever na memória. As situações se ajustam e as empresas devem seguir seus caminhos, planejamentos e objetivos. Nas matérias desta edição trazemos como capa, para fechar o ano inovando, ITEB tradicional empresa do mercado de elastômeros; a versatilidade dos filtros para ar ambiente; uma visão sobre novos tipos de poeiras e gases que demandam atenção; os benefícios dos filtros ecológicos; as novas exigências da ANP - Agência Nacional do Petróleo, para postos de combustíveis; o importante papel dos auxiliares filtrantes; filtros industriais para sistemas de resfriamento; e muito mais. E que em 2016, possamos realizar muito mais. Como diz Carlos Drummond de Andrade: “Para sonhar um ano novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo. Eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o ano novo cochila e espera desde sempre.” A todos os nossos colaboradores, leitores, fornecedores, clientes e amigos, boas festas e que a chegada de 2016 represente um novo período de harmonia, paz e conquistas. Boa leitura!
Os artigos e matérias não refletem a opinião desta revista, assim como declarações emitidas por entrevistados e através de anúncios, sendo de única e exclusiva responsabilidade de seus autores e anunciantes. A reprodução total ou parcial das matérias só é permitida mediante autorização prévia da Revista Meio Filtrante, e desde que citada a fonte.
EDITORIAL
A união pelo bem maior
Rogéria Sene Cortez Moura Editora
para ligar na rede hidráulica. O produto possui grande vazão e bica articulável, que permite abastecer rapidamente recipientes de tamanhos variados, como copos, jarras, travessas e panelas. Com nanotecnologia nas partes plásticas que entram em contato com a água, M!O garante o combate a microrganismos. Seu filtro bacteriostático controla a proliferação de bactérias e possui três etapas de filtragem que eliminam partículas, cloro, odores e sabores. Além disso, após 6 meses de uso ou filtrar 2 mil litros de água, quando chega a hora de substituir o refil, o exclusivo sistema “Girou, Trocou” permite uma troca fácil e rápida, sem necessidade de chamar a assistência técnica ou ter que desligar o registro. O purificador de água M!O está disponível em todo o Brasil por meio dos principais sites de comércio eletrônico (e-commerce), e também no site da IBBL.
Pensando em quem precisa de soluções práticas e que ocupem pouco espaço, a IBBL, um dos maiores fabricantes de purificadores de água e bebedouros do país, lança em outubro o Purificador M!O. Super compacto, fácil de instalar e de usar, o M!O oferece água filtrada em temperatura natural sem complicação. “Principalmente nas grandes cidades, vemos que apartamentos pequenos com cozinhas cada vez menores, integradas à sala, estão ficando mais comuns. Os proprietários destes imóveis buscam soluções práticas, que atendam às suas necessidades básicas e ao mesmo tempo economizem espaço e combinem com a decoração. Foi pensando neles que desenvolvemos o M!O”, afirma Priscila Pinha, gerente de marketing e produto da IBBL. A instalação do M!O é super prática; em poucos minutos, com parafusos ou fita adesiva, o aparelho está fixado na parede e pronto Foto: Divulgação IBBL
FILTRADO
IBBL apresenta M!O, seu novo purificador de água super compacto
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A Tecfil inaugurou seu novo centro de distribuição no bairro de Bonsucesso em Guarulhos, onde fica também a sede da indústria. Com 23 mil m2 de área total, sendo 15,6 mil m2 de área construída, o novo centro armazenará não somente os filtros da marca Tecfil, mas também Vox e os produtos da recém incorporada Tecbril. O novo endereço uniu dois centros de distribuição anteriores em um único espaço, facilitando a logística da empresa e agilizando todo o processo de separação e entrega de produtos para todo o Brasil. O espaço conta com um pé direito de 14m de altura, 16 docas para carregamento e fica há pouco mais de 1 km da fábrica Unidade II. Com o novo CD a empresa espera agilizar ainda mais todas as entregas de produtos,
levando a todas as regiões do país os melhores filtros automotivos do mercado. “O novo CD é muito mais espaçoso, moderno, organizado e facilitará todo o processo de logística que envolve o estoque, separação de pedidos e entrega. É uma casa nova para nossos produtos.”, declara Ricardo Marreiro, supervisor do CD. A empresa conta ainda com mais duas unidades fabris, também na cidade de Guarulhos, onde produz filtros para as linhas leve, pesada, agrícola e moto.
Foto: Divulgação Tecfil
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Tecfil com novo centro de distribuição
10ª participação da empresa na PEI at the Nacs Show foi sucesso entre visitantes, com lançamentos e consolidação internacional A Zeppini Ecoflex, empresa brasileira líder no desenvolvimento de equipamentos de proteção ambiental para postos de combustíveis, participou, entre os dias 11 e 14 de outubro, da PEI at the Nacs Show, um dos mais importantes eventos internacionais do setor de postos de serviços e lojas de conveniência. A empresa, que atua neste segmento há mais de 35 anos e oferece ao mercado uma das mais completas linhas de produtos, apresentou durante o evento mais de 60 componentes. De acordo com a gerente de marketing da Zeppini Ecoflex, Solange Zeppini, a participação no evento foi importante para ampliar a presença internacional da empresa, que já atua em mais de 80 países: “Durante o evento recebemos grandes parceiros e tivemos novas oportunidades de negócios em novos países. Esse é um passo importante para consolidarmos nossa par-
ticipação e atendermos ao objetivo de expansão global da empresa”. Entre os equipamentos em exposição estiveram diversos produtos dos sistemas de contenção, como reservatórios de contenção para tanque, bomba e ponto de descarga, além de componentes como válvulas, equipamentos para instalação elétrica, entre muitos outros. Outra linha em destaque foi o sistema de tubulação, responsável por transportar o combustível na área do posto. A empresa já ultrapassa a marca de 8 milhões de metros de tubo em uso ao redor do mundo, e este ano passa a disponibilizar este produto com a certificação internacional EN. Além desses equipamentos, a empresa apresentou sua linha de soluções de consumo racional de água. Como o sistema Ampere, para reúso de água em ambientes de lavagem automotiva, o sistema Pluvi, para aproveitamento de águas pluviais, e o sistema separador de água e óleo, solução popular da empresa, que já ultrapassa a marca de 16.000 unidades em uso.
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Zeppini Ecoflex participa de evento internacional para postos de serviços
MERCADO
Como parte da consolidação dos investimentos no Brasil e para atender às necessidades de seus clientes com eficiência, a John Deere inaugurou a expansão do Centro de Distribuição de Peças para a América do Sul, em Campinas (SP). Com esse investimento, o Centro de Distribuição de Peças praticamente dobrou de tamanho: passou de 40.000m² para 74.500m². A expansão contou com participação da Bresco Investimentos. Com a expansão, o espaço ganhou uma novidade: um Centro de Treinamento destinado à capacitação de concessionários, distribuidores, funcionários e clientes. Os investimentos fazem parte de um plano de médio e longo prazo da John Deere no Brasil, com valores que ultrapassaram US$ 200 milhões nos últimos cinco anos, em todas as divisões em que a companhia atua. “A expansão reforça o objetivo da John Deere em oferecer soluções integradas ao mercado por meio do melhor desempenho, garantindo disponibilidade e produtividade dos equipamentos, que contam com tecnologias de última geração. É mais uma demonstração de como a John Deere acredita no potencial do país. Neste caso, apostamos na eficiência logística e na alta capacidade de entrega de peças como diferenciais que impactam em nosso
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Foto: Divulgação John Deere
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John Deere expande Centro de Distribuição de Peças e inaugura Centro de Treinamento atendimento pós-venda. Desta forma estreitamos cada vez mais o relacionamento com nossos clientes, valorizando a marca”, ressaltou Ilson Eckert, diretor de Operações de Peças, América do Sul. Inaugurado em 2008, o CDP está localizado em uma região estratégica, com facilidade de acesso aos modais rodoviário e ferroviário, aos aeroportos de Viracopos e Guarulhos e aos portos como o de Santos. Além disso, está próximo do Escritório Regional da John Deere, em Indaiatuba (SP). Centro de treinamento Focado no ensino e aprendizagem, o Centro de Treinamento da John Deere é um espaço preparado para capacitar os participantes a conhecer a fundo as novas fronteiras tecnológicas disponibilizadas pela empresa. Com capacidade para até 64 pessoas, o local possui área de escritório, sete salas de aula, sala de reunião, salas voltadas aos treinamentos à distância, sete oficinas, além de oficinas e painéis de ferramentas e máquinas da companhia. “Nos últimos anos, uma crescente procura pela melhoria da formação e atualização de conhecimento levou a John Deere a tomar a decisão deste investimento. Vimos oportunidade de aperfeiçoar os nossos serviços de capacitação para novas tecnologias, bem como aumentar o número de cursos oferecidos. Tal preocupação demonstra a busca contínua pela excelência que temos na John Deere, de forma a garantir sempre produtividade e eficiência dos equipamentos”, disse Ariosto Moraes, gerente de Treinamento para América Latina. Este é a segunda grande inauguração da John Deere em 2015. Em agosto, a empresa inaugurou a expansão da fábrica de Montenegro e nacionalizou a Série 8R de tratores de alta potência, cujo aporte foi de US$ 40 milhões.
Carvão Ativado
Aqui A Calgon Carbon oferece dentre seus produtos uma ampla seleção de carvões ativados, serviços e equipamentos especializados. Somos o lider mundial em tecnologias de carvão ativado e estamos aqui para atender as suas necessidades em purificação de água e ar, incluindo: • Carvões ativados granulados e pulverizados • Serviços de reativação • Serviços de suporte técnico e de campo • Venda e locação de equipamentos de adsorção
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Soluções para você
CAPA Fotos: Divulgação
Cristiane Rubim
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Fornecedor de borracha para o mercado de filtros e saneamento inova desenvolvendo Encontro de clientes e parceiros Em suas futuras instalações, a empresa promove encontro sobre borracha para clientes e parceiros, e intensifica projetos de novos negócios
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ITEB - Indústria Técnica de Borrachas, com mais de 40 anos de mercado, fornecendo soluções e artefatos de borracha não se rendeu à crise econômica e política do país, e mantém o projeto de ampliação de novos negócios em suas futuras instalações em um terreno de dezesseis mil e quinhentos metros quadrados, na mesma rua, a cem metros do atual endereço, sede
da empresa desde sua fundação em abril de 1973, além de inovar no seu relacionamento com clientes e parceiros. O projeto gratuito aos participantes, tirado do papel na contramão do corte de investimentos e despesas das empresas, chamado de Encontro de Clientes ITEB, pretende aprofundar o assunto borracha, de forma didática, simples de fácil entendimento.
O encontro
A ITEB é uma empresa de consultoria e soluO 1˚ Encontro de Clientes ITEB aborda a hisções em borracha. Há 42 anos no mercado tória da borracha, seus tipos e características, tem como foco a alta qualidade, perforos processos de mistura, transformação, vulmance, versatilidade, tecnologia, inovação, canização e o controle de qualidade. Este ano, criatividade, envolvimento em cada proaté o momento, foram três datas do evento, nos jeto, através do relacionamento de parceria dias 21 de agosto 6 e 16 de outubro. O curso é estabelecido com clientes, fornecedores e ministrado por um parceiro de longa data da colaboradores. O compromisso e responsaITEB, o Prof. Luiz Emiliani Junior, diretorbilidade em atender mais de dezessete mer-presidente da empresa Modulus Consulcados ativos como: alimentício, automotivo, toria e Treinamentos em Borracha, formado aviação, eletrônicos, energia, em Filosofia e Bacharel em ferroviário, filtração, hidráuQuímica com Atribuições lico, irrigação, manutenção, Tecnológicas; atua há 38 anos máquinas, equipamentos, como Palestrante e Consultor mecânico, mineração, naval, Técnico no Brasil e Exterior. petróleo e gás, saneamento e A revista Meio Filtrante paratualmente o mercado PET. ticipou do evento do dia 6 A empresa conta com uma de outubro, uma data extra, fábrica de massas, ferramenpara empresas participantes taria e laboratórios próprios, do Comitê da ABNT com o o que assegura controle total objetivo de atualizar normas sobre o processo produtivo, diante da prática de mercado, qualidade e alta performance segurança, e outros. “PartiEdgard Luiz Cortez, frente a desenvolvimentos. cipando de um encontro da diretor-presidente da ITEB Um dos novos projetos da Comissão da ABNT, senempresa, é a aposta no setor PET, onde timos que havia carência de conhecimento se prepara para lançar oficialmente a sua sobre borracha, foi onde propusemos esse linha de brinquedos Toys4Dog. encontro voltado ao segmento de saneNo mercado de filtração, a empresa fornece amento. A borracha, em saneamento, é peças de borracha para: filtros automoaplicada para vedação e limitação de vazão tivos, ar, tratamento de água e efluentes de água e efluentes. O composto, para essa e soluções customizadas de acordo com vedação, deve ser formulado visando sua projetos e especificações dos clientes. aplicação. Utilizar o elastômero correto e A ITEB tem compromisso com a responbalancear a formula, é o básico para atender sabilidade empresarial, com base em seus os requisitos da norma, fazendo assim, que valores e no tripé da sustentabilidade, a vida útil do artefato seja prolongada.”, que visa assegurar através de gestão proexplica Gabriel Formagio Cortez, coordefissional e austera a perpetuidade e o nador técnico comercial da ITEB. sucesso do negócio para contribuir com No início do curso, Edgard Luiz Cortez, o desenvolvimento econômico, social e diretor-presidente da ITEB, deu boas vindas meio ambiente saudável. aos convidados, “É motivo de muito alegria
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A empresa
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Lucas Cortez Moura e Gabriel Formagio Cortez
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a presença e confiança de todos em nos prestigiar para falarmos desse assunto que estou começando a aprender um pouquinho agora”, brincou Edgard que nesse momento arrancou algumas risadas dos participantes. Seu Edgard, como é chamado pelos funcionários, antes de fundar a ITEB com sua esposa e sócia, Neide Maria Sene Cortez, construiu uma carreira de muito respeito nos anos cinquenta, por quase vinte anos, nas maiores empresas de borracha da época, como Firestone, Pirelli, Rubrasil (atual Freudenberg), Duplex e Parabor. “Todo aprendizado, experiência e planejamento foram a base para a criação da ITEB, com objetivo de que fosse técnica inclusive no nome e atender diversos segmentos”, lembra orgulhoso Edgard. Lucas Cortez Moura, gerente geral da companhia, expôs em seguida o objetivo do encontro e falou sobre a história da empresa, objetivos e novos desafios. “O projeto dos Encontros começou a ser desenvolvido há um ano e meio porque sentíamos a necessidade de, além da formação interna para os colaboradores, a extensão dos conhecimentos para
clientes e parceiros. A questão da valorização da formação e parte técnica é um dos pilares da empresa desde sua fundação. As pessoas têm uma visão muito simplista da borracha, como se fosse uma commodity qualquer. O que propomos é tratar a borracha como solução e qualidade para cada aplicação em específico, afirma Lucas. Antes dos encontros, a empresa sempre se desdobrou em dar informações corretas aos clientes no dia a dia. No site, agendas e materiais de divulgação da empresa, existem planilhas técnicas sobre os tipos de elastômetro, estrutura das normas e até mesmo a história da borracha “Existem vários aspectos que devem ser alinhados antes de indicar um tipo de borracha. Na correria do dia a dia, o cliente muitas vezes não está a par disso, porque ele tem uma solicitação via sistema, ou muitas vezes feitas diretamente pelo usuário de manutenção, qualidade, engenharia, que, apesar de ser um pessoal técnico, infelizmente tiveram e tem pouco acesso a informação, até mesmo academicamente falando”, salienta Gabriel. O curso realizado em agosto e no meio de outubro atendeu empresas do setor automobilístico, filtração, irrigação, máquinas e equipamentos; o saldo segundo a empresa foi muito positivo. “Tivemos relatos de empresas que são compradoras há 30 anos e não tinham noção nenhuma sobre porque compravam determinado tipo de borracha”, afirma Célia Procópio, do departamento de vendas da empresa. Os clientes estão ligados à ITEB por meio de produtos ou serviços em borracha, mas entende que hoje as empresas precisam trocar a maior quantidade possível de informações e ser adaptáveis ao meio para inovar e seguir de maneira sustentável. “O conceito disso que estamos vivendo hoje (evento) é levar uma solução através de uma troca de conhe-
cimento. A prática mostra que essa sintonia com nossos parceiros gera soluções eficazes, com valor agregado através de um comprometimento mútuo, muito mais simples do que se imagina, afirma Lucas. De forma didática, o palestrante explica desde o início no descobrimento do Brasil em 1500 a extração do latéx, da Seringueira (Hevea brasiliensis) pelos índios. Os índios manipulavam aquele material e isso despertou curiosidade dos estudiosos e pesquisadores que levaram para a Europa para ser estudado um modo de utilização. Haviam limitações. Como criar um produto com aquele material se no inverno endurece e no verão amolece? Foi, então, que, em 1839 depois de muitas tentativas, Charles Goodyear, misturou enxofre ao material descobrindo assim a vulcanização nascia assim a borracha com as propriedades
LAFFI - SYNDER - MF66.pdf 1 18/12/2013 17:23:43
que conhecemos hoje. Os clientes da ITEB compram e usam o artefato de borracha, mas não têm noção do processo e tecnologia que há por trás. As empresas conhecem bem a área da aplicação do seu material, porém, não conhecem sobre a borracha em si. “A ideia é falar sobre a complexidade que é a borracha, mostrando o que a ITEB faz, como se fabrica uma borracha, como ela funciona, por que do uso de um tipo e não outro, quais suas diferenças e como controlamos a qualidade. Por exemplo, usamos pneus, mas as pessoas não têm ideia de como é feito o pneu. No curso, temos um filme a esse respeito, além dos clientes aprenderem como diferenciar os tipos de borrachas para cada tipo de situação, destaca Luiz. Os participantes são provocados durante o curso a expor suas dúvidas e realmente eles
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acabam citando que desconheciam a origem de problemas que tinham com seus produtos.“Nosso objetivo é servir o cliente e levar para ele não uma peça de borracha, mas uma solução. E atrás dessa solução, há toda uma equipe de trabalho e know-how técnico da ITEB, ou seja, nós estudamos o problema como uma oportunidade, e não simplesmente vendemos uma peça” ressalta Gabriel. Quanto às normas, o consultor técnico diz que o correto é a borracha ter especificação para as aplicações, mas, muitas vezes, não existe norma. “Aí temos que procurar junto ao cliente e descobrir como a borracha vai trabalhar, a que temperatura, o que vai passar, se é esgoto ou água, ou outro produto, tem que ser feito todo o mapeamento para atender a expectativa do cliente”, adverte. O consultor cita que o tra-
balho com borracha segue as normas ABNT NBR (brasileira), ASTM (norte-americana), e específicas, como a DIN (alemã) e a JIS K (japonesa), entre outras. A importância das empresas aprenderem sobre a utilização da borracha em seus negócios envolve tecnologia, economia e menos desperdício. Em saneamento por exemplo, com a crise hídrica sem precedentes nos últimos oitenta anos, uma borracha mal dimensionada, falta de manutenção preventiva, pode significar interrupções e desperdícios.
Pesquisas para recuperar a borracha A borracha é difícil de se decompor, sua vida é muito longa. “O pneu é o vilão por ser um volume muito grande de borracha. Depois que o pneu não serve mais, o que fazer com ele?
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Dicas sobre borracha
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1. Tanto os Elastômeros como seus derivados devem ser isentos de umidade, pois isto pode gerar bolhas no artefato final. 2. As borrachas são comercializadas em sua grande maioria em fardos, estes chegam desta forma aos transformadores para fabricação dos artefatos, como é o caso da ITEB. 3. Cada borracha tem suas características e aplicações específicas. Portanto a melhor borracha vai ser aquela que atende a especificação em questão. Na área de saneamento não é diferente. Dependendo dos tipos de fluidos que entrarão em contato com o artefato (esgoto, óleo, água, entre outros), e da temperatura de trabalho, fazemos o estudo de qual Elastômero melhor atende a cada solicitação. 4. Normalmente o custo de um composto de borracha e consequentemente de seu artefato, é diretamente proporcional ao custo do Elastômero utilizado. 5. Em alguns mercados os termoplásticos
concorrem com a borracha, a qual é termofixa e por este motivo mais difícil de ser reciclada. A borracha por sua vez tem características físico-químicas únicas, por esta razão continua insubstituível na maioria das aplicações. 6. Duas das mais importantes e mais utilizadas borrachas, são a borracha Natural (proveniente da seringueira) e o SBR (borracha sintética). Apesar de serem quimicamente diferentes, suas características e aplicações são similares. Portanto na eventual falta de uma delas, a outra passa a ser a mais recomendada. 7. Normalmente quanto maior o peso específico de um artefato de borracha, piores serão suas propriedades físicas. 8. A Borracha Natural é uma das borrachas que tem menor resistência ao calor. Seus artefatos quando em uso não são recomendados para temperatura acima de 70˚ C. Isto também vale para o SBR e o BR.
A opinião dos participantes
Estavam presentes no Encontro do dia 6 de outubro representantes da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), Saint-Gobain Canalização, empresa de soluções para sistemas de água, e o Cientec, uma fun-
dação pública, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado do Rio Grande do Sul, estas participantes do Comitê da ABNT. Para Raimunda Maria Pires, da Sanepar, o Encontro realizado pela ITEB é um primeiro passo para entender mais sobre o que é a borracha, como percebê-la e avaliá-la, qual seu tempo de duração, Raimunda Maria Pires, da Sanepar o motivo de usar um tipo de elastômero e não o outro. “Nós não conhecemos praticamente nada sobre tecnologia da borracha, é como se estivéssemos na cartilha do bê-á-bá, e neste Encontro queremos ir a fundo sobre o tema.”, explica. O objetivo, segundo ela, é junto ao Comitê da ABNT, fazer uma norma que consiga abranger diversas aplicações. “As normas serão feitas com uma base técnica muito boa. Nós vamos utilizar o anexo que fizemos sobre a borracha, e adequar os conhecimentos adquiridos e desenvolver uma norma para todos os materiais. Hoje elas estão muito simplistas e a única que está melhor é a que fizemos para PVC”, conta Raimunda. Flávio Barth, engenheiro de projetos, da Corsan, empresa que trabalha há muito tempo com vedações. “Revisamos a norma e a ideia de vir ao Encontro é para nivelar os conhecimentos das empresas para que possamos exigir a qualidade dos fornecedores. A ITEB, por exemplo, fornece anel para um cliente dela que é nosso também”, explica. Segundo ele, Flávio Barth, engenheiro de projetos, da Corsan um anel está na cadeia
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São realizadas pesquisas sobre como recuperar o pneu e eu faço parte delas”, diz Emiliani Júnior. Segundo ele, boa parte dos pneus usados tem como destino empresas mineradoras, onde simplesmente, é queimado nos fornos de mineração. “Uma parte é recuperada e usada em próprio artefato de borracha, por exemplo em pisos de borracha e cones que não têm uma especificação muito técnica, chamamos de regenerado de borracha. Mas ainda é muito pouco. A ideia hoje é tentar fazer a desvulcanização, que é a borracha voltar ao que era, para o material ser reutilizável”. A maioria dos grandes fabricantes de borracha geram e fazem descarte seletivo encaminhando para uma empresa que tem licença para fazer a destinação correta. A ITEB é parceira da Modulus em desenvolvimento de soluções para uso de regenerado, recuperação da borracha e desvulcanização. “Fazemos uso de regenerado do nosso processo produtivo, onde temos total controle e garantimos a qualidade para determinadas aplicações, que não dispõem de norma, ou exigências técnicas. Outro compromisso é uma formulação adequada para que o item perdure por mais tempo e não haja necessidade de constantes reposições. Quando a formulação é bem dimensionada com matérias-primas, insumos, mistura e processo produtivo de qualidade a durabilidade é muito maior”, ressalta Lucas.
dos materiais porque é um acessório muito importante que nos tubos permite a vedação e garante a estanqueidade do projeto para não ter vazamento O objetivo de Marcelo Moreira de Mesquita e Claudio Henrique Ayres, da Saint-Gobain, é utilizar a borracha nas vedações nos tubos da empresa. “Essa iniciativa foi muito importante porque com o que o palestrante disse é possível fazer uma avaliação fantástica da borracha”, destacam.
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Marcelo Moreira de Mesquita e Claudio Henrique Ayres, da Saint-Gobain
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Na opinião de Paulo Afonso Marques, da divisão de suprimentos da engenharia de materiais da Copasa, este encontro foi muito importante porque ocorreu exatamente no momento que as companhias de saneamento começam a revisar uma norma sobre anéis de borracha. “Estamos discutindo aplicação, se é para água ou esgoto, tipos de borrachas, resistência quanto à aplicação e outros ensaios. Para a Copasa, soma aos ensaios que já realizamos, maior garantia do produto e reforça que, ao trabalharmos dentro das Paulo Afonso Marques, da divisão de suprimennormas da ABNT, tetos da engenharia de materiais da Copasa remos maior controle
sobre os vários fabricantes existentes no território nacional”, conta. Marques destaca, de tudo que foi informado no Encontro, os tipos de borrachas, aplicação, resistência e principalmente que existem ensaios que podem ser realizados tanto na matéria - prima, quanto após a misturas do composto formulado, e que a borracha tem vida e prazo de validade. “O aprendizado que fica é que devemos cada vez mais trabalhar obedecendo às normas técnicas e principalmente homologando tanto os fabricantes que utilizam a borracha em seus produtos, quanto os fabricantes delas. Desta forma, as companhias de saneamento e consumidores em geral terão maior garantia de aplicação dos materiais nas redes, centrais de operação e fatalmente menores índices de retrabalho. O diferencial foi saber que há empresas que estão sempre em busca do aperfeiçoamento, desenvolvendo novas tecnologias, preocupadas com os consumidores e procurando atendê-los cada vez melhor. Isso é parceria, pois consumidores e fabricantes têm que trabalhar juntos, principalmente neste momento de crise que o nosso país atravessa”, enfatiza. A revista Meio Filtrante levantou algumas questões ao consultor Emiliani Júnior sobre elastômeros, o qual respondeu prontamente: É possível mesclar tipos de borrachas diferentes ? Sim, é possível desde que elas sejam compatíveis entre si . Normalmente fazemos estas blendas com o objetivo de atribuir alguma propriedade específica para um elastômero através da presença do outro. Por exemplo: misturar o Neoprene em uma Nitrílica com o objetivo de melhorar a resistência ao Ozônio, característica que a Nitrílica não atende.
Dados de mercado
Segundo a Pesquisa Industrial Anual (Pia) do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística o mercado de borrachas obteve um faturamento de cerca de 6,8 bilhões de reais em 2012.
Qual a função do Negro de Fumo na borracha ? Após determinarmos o melhor Elastômero a ser utilizado, passamos então para os insumos que farão parte da mistura, dentre eles estão ativadores e agentes de cura, aceleradores, antidegradantes, plastificantes, cargas e outros. Dentre as cargas, destacamos o Negro de Fumo que é classificado como carga reforçante, ou seja, ele atribui para a borracha propriedades físicas que ela não alcançaria sem ele. Existe um conceito equivocado de que o Negro de Fumo entra na borracha só com objetivo de deixa-la negra. Na verdade isto é só uma consequência de sua cor, pois o objetivo principal é o reforço para o artefato final. No caso de peças coloridas (não negras), utilizamos outros tipos de cargas brancas como a sílica , caulim , carbonato de cálcio e entre outros. Como é feito o controle de qualidade em um composto de borracha? Um dos equipamentos mais importantes para o controle de qualidade de um composto de borracha é o Reômetro. Ao mesmo tempo que ele vulcaniza o composto de borracha ele determina a variação de força em um intervalo de tempo de forma
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Novembro/Dezembro Meio Filtrante
Prof. Luiz Emiliani Junior, diretor-presidente da empresa Modulus Consultoria e Treinamentos em Borracha
que podemos prever o comportamento deste composto na produção. Por ser um teste rápido, os compostos são 100% ensaiados, dando garantia que os processos anteriores mantem repetibilidade, atribuindo assim garantia no processo. Visite o site da ITEB: www.ITEB.com.br para mais informações, dados técnicos e downloads de tabelas e normas. Deixe uma mensagem no fale conosco com o Título – ITEB na Meio Filtrante; Concorra a uma das 4 vagas disponíveis para nossos leitores no próximo Encontro.
Foto: Divulgação Camfil
FILTRAÇÃO DO AR Cristiane Rubin
Filtros para ar são versáteis e garantem a qualidade do ar ambiente
O
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
Filtro Opakfil da Camfil
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s filtros painel ou planos agem na saúde do ar interno de edificações, que se não for filtrado, pode causar a Síndrome dos Edifícios Doentes ou SED. O SED ocorre quando as condições interiores do ar estão abaixo do desejável, provocando desde sintomas comuns, como dor de cabeça, cansaço, irritação de olhos, nariz e garganta, tosse e coceira, até mais graves, rinite, sinusite, conjuntivite, pneumonia, asma, dermatites de contato, entre outras. Além disso, cai a produtividade e os equipamentos deterioram. Quando não há operação nem manutenção adequadas nos sistemas de ventilação ou ar-condicionado, eles acabam tornando-se geradores de poluentes. Existem várias normas em vigor hoje no Brasil que exigem e dão as diretrizes para o uso correto dos filtros de ar para cada tipo de construção e objetivo. O problema é que falta conscientização e fiscalização porque a maioria ainda compra movida pela ânsia de um custo-benefício mais baixo. Para
economizar, a decisão recai sobre um filtro de custo menor com classe de filtragem abaixo da estipulada pelas normas ou por adquirir um pré-filtro apenas que atenda às suas necessidades de um modo geral, o que acaba não filtrando direito, porque, respectivamente, não é o indicado para seu objetivo e construção ou pela falta de outro filtro de maior eficiência. De acordo com Jerson Alves de Oliveira, diretor comercial da Filtracom, há uma pequena confusão e erro no mercado quanto à nomenclatura técnica dos filtros painel em relação à forma e classes. Inclusive ele diz que, na norma 16.101:2012, o termo tipo painel não é usado e que precisa ser esclarecido o termo técnico correto. Segundo ele, esta expressão é utilizada para diferenciar os filtros de superfície quadrada ou retangular dos filtros cilíndricos, conhecidos como filtros tipo cartucho. Outro erro comum é chamar os filtros tipo painel somente de grossos, já que os finos e absolutos também podem ser tipo painel. “Quando usamos a expressão filtro tipo painel para diferenciarmos a forma é aceitável tecnicamente, mas quando usamos para diferenciação de classe ou eficiência é errado tecnicamente”, esclarece. Para ficar mais claro, já que existem vários tipos de filtros, Oliveira cita alguns tecnicamente usados: - Filtro tipo multibolsa (grossos e finos); - Filtro plano (grossos); - Filtro bolsa rígida com células filtrantes
Aplicações
Foto: Divulgação Filtros Free
Os filtros para ar retêm impurezas e purificam o ar, protegendo pessoas, processos e equipamentos. “Eles retiram tanto a poeira mais fina como também a partícula maior ou simplesmente impedem a passagem de moscas, mosquitos, plantas secas, entre outros”, diz Celymar Ventini Pinotti, proprietária da Fil-
Filtro tipo painel classificação G3G4 da Filtros Free
Filtro painel da Filtrax
da serpentina, dos dutos e todo o sistema nas tomadas de ar externo. “Apesar de não ser o certo, é melhor ter um pré-filtro do que nada”, brinca, alertando que deveria ter maior fiscalização pelos órgãos competentes, pois a maioria das instalações se quer atende ao grau exigido pela Portaria/Norma NBR 16.401. Os filtros planos são constituídos de uma moldura junto com uma tela de proteção, estando o meio filtrante no centro. “Eles são uma opção econômica para filtragem de ar por ter baixo valor de aquisição”, apontam Vinicius Lima, coordenador do centro de atendimento ao cliente (CRA), e Victoria Santos, estagiária em engenharia química, ambos da Unotech. Segundo eles, sua eficiência gravimétrica vai de 75% até 85% e a perda de carga inicial com a velocidade
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Novembro/Dezembro Meio Filtrante
montadas em V (finos); - Filtros com células filtrantes montadas em V (finos e absolutos); - Filtro plano plissado (grossos, finos e absolutos); - Filtros cilíndricos (tipo cartucho) (grossos, finos e absolutos); - Filtros planos (tipo manta) – (grossos). Considerando a forma do filtro, o diretor comercial da Filtracom diz que existem filtros planos simples, em que a área de face é igual à filtrante; e filtros planos plissados, no qual a área filtrante é muito maior que a de face. “Este recurso é usado para aumentar a área filtrante e reduzir o delta P”, ressalta.
Foto: Divulgação Filtrax
Foto: Divulgação Filtracom
Filtro fino tipo multibolsa termo soldado da Filtracom
tros Free. Podem ser instalados em aparelhos de ar condicionado, ventilação industrial, comercial ou residencial, turbinas para geração de eletricidade, dutos, alvenarias, em empresas ou locais que necessitem de uma pureza melhor do ar. “Os tipo painel são filtros de primeiro impacto utilizados para conforto e como pré-filtro para filtros finos em sistemas complementares”, salienta J. Rai do Nascimento, gerente de vendas da Linter Filtros Industriais. João Carlos Machado, diretor técnico e comercial da Filtrax Brasil saliente, “O curioso é que, por uma questão de economia, este tipo de filtro também é o único usado em shopping centers e escritórios porque depois dele deveria vir um filtro de maior eficiência”, adverte. Além de atender às normas, ele previne a sujidade
Foto: Divulgação Trox do Brasil
nominal a 2,5 m/s. São indicados também para sistemas de exaustão e cabines de pintura. Os tamanhos das partículas em suspensão no ar filtradas têm entre 0,18 e 10µm. “Um fio de cabelo, por exemplo, tem, em média, 70µm. Partículas acima de 10µm decantam sem corrente de ar e não chegam ao filtro. Mas há exceções, como regiões com ruas de terra e tráfego de veículos, lixamento de alvenarias, queimadas de cana, vapores da indústria, queima de combustíveis fósseis, entre outras, que geram grande concentração de partículas maiores do que 10µm”, explica o engenheiro Cesar Leão Santana, gerente de vendas internas da Trox do Brasil.
No mercado, existem filtros painel de ar grossos, médios, finos e absolutos. A versatilidade destes filtros possibilita que eles atuem em várias posições porque o que os diferencia é o tipo de meio filtrante usado para cada aplicação. Além desta, as outras características têm relação com sua eficiência, especificação da aplicação, atendimento à norma e também os materiais usados na sua fabricação: Filtros grossos: Pré-filtros – Utilizados nas tomadas de ar externo, retêm as partículas mais grossas. Filtros médios ou finos – Retêm a maior parte das partículas, incluindo algumas grossas que passam pelos pré-filtros e, na maioria das vezes, com o objetivo de proteger os filtros Hepa. Filtros absolutos: Hepa (High Efficiency Particulate Arrestance) ou Ulpa (Ultra Low Penetration Air Filter) – Retêm as partículas críticas para as salas limpas, a maioria delas menor ou igual a 0,5 micrometro. Fontes: Camfil Latinoamerica e Trox do Brasil. Foto: Divulgação Trox do Brasil
Na sala limpa, os filtros painéis são importantes para manter o fluxo unidirecional do ar. “Eles são compactos e trabalham com baixas vazões de ar, podendo atuar tanto como pré-filtros ou intermediários (médios ou finos) em sistemas HVAC ou como filtros terminais (Hepa) em salas limpas”, ressalta Samir Costa, gerente de operações da Camfil Latinoamerica. Filtro HEPA da Trox do Brasil
20 Foto: Divulgação Camfil
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
FILTRAÇÃO DO AR
Filtro Nanowave da Trox do Brasil
Tipos
Filtro Farr 3030 da Camfil
No Brasil, é usada a norma da ABNT com as classes G para filtros grossos, F para filtros finos e A para filtros absolutos, entre outras, diferente da Eurovent, classe europeia. As classes de filtragem trabalham conforme o tamanho das partículas de impureza. Exemplos: G3: Para eficiência de até 80% para partículas de 1 mícron, F1: 88% para a mesma partícula e assim por diante. Fonte: Filtros Free.
Foto: Divulgação Filtros Free
gem, G4, F8 e H13; enquanto em um escritório acima de 5 TRs é requerido filtro médio M5 de acordo com as normas para cada setor”, salienta o gerente de vendas internas da Trox do Brasil.
Variedade de meios filtrantes
“A vantagem dos filtros planos é a diversidade de meios filtrantes que podem ser utilizados para várias aplicações”, indica Lima. Podem ser Painel com moldura de galvanizado e meio filtrante de tela da Filtros Free Foto: Divulgação Unotech
Segundo Santana, é comum especificar vários estágios de filtragem em uma única máquina, por exemplo, com três estágios de filtragem: 1º estágio: pré-filtro eficiência em fibra sintética, G4; 2º estágio: filtro fino bolsa, eficiência F9 e 3º estágio: filtro absoluto Hepa, eficiência de 99,97% para 0,3 micrometro. “Numa sala cirúrgica de um hospital, por exemplo, são estabelecidos três 1estágios de 16:50:26 filtra#462C_Anúncio Meio Filtrante_Outubro.pdf 09/10/2015
Filtro plano meio filtrante poliéster com moldura em papelão da Unotech
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Julho/Agosto Meio Filtrante
Energia
Normas descumpridas Foto: Divulgação Unotech
Atualmente existem muitas normas que regem o mercado de filtragem para ar no país, mas a maioria dos estabelecimentos, para fazer economia e por falta de fiscalização, não cumpre o que as normas pedem. “Apesar da preocupação com a qualidade do ar nas instalações ter aumentado e as normas se tornado bem exigentes, ainda faltam no Brasil fiscalização e melhora na consciência dos consumidores quanto à exigência técnica na compra de filtros de ar”, adverte Santana. Ele enfatiza que não se pode adquirir filtros só levando em conta o preço. “É preciso exigir certificados dos fabricantes de laboratórios de ensaios reconhecidos que atestem a qualidade dos filtros e comprovem sua eficiência”, alerta. Outro grande desafio no Brasil ainda é ter um laboratório independente para testes dos filtros conforme as normas.
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Foto: Divulgação Camfil
construídos com meios filtrantes de poliéster, fibra de vidro, carvão ativado ou columbus. Além disso, possuem telas de alumínio, atendendo às classificações de filtragem grossa, e as molduras são de papelão ou metálicas. “A diferença entre eles é que, dependendo do tipo de partícula e velocidade nominal de passagem do ar pelo filtro que envolve também a possibilidade de odor ou não, existe um material mais apropriado”, ressaltam Lima e Victoria. Hoje os sistemas de porta-mantas substituem os encartonados. “Isso porque têm suporte fixo onde somente a manta é trocada, o que reduz custo ao longo do tempo e também custo com reciclagem e diminui o tempo de troca dos elementos em mais de um terço no mínimo”, explica Machado, da Filtrax Brasil.
Filtro Megalam da Camfil
Foto: Divulgação Filtracom
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
FILTRAÇÃO DO AR
Acima filtro plano meio filtrante fibra de vidro plissado e abaixo meio filtrante poliéster plissado com moldura de papelão da Unotech
Caixa de filtragem com suportes tipo painel para filtros da Filtracom
A manutenção do filtro depende do grau de saturação em função do local de instalação, número de pessoas no local e de horas usadas. “Apesar da preocupação com o meio ambiente hoje em dia estar em alta, muitos estabelecimentos recebem alvará de funcionamento, mas a maioria deles está fora das normas. Para fazer economia, eles acabam usando filtros com classificações que não estão de acordo com as normas para seu tipo de construção, não trocam os filtros e fazem pouca manutenção. Sempre orientamos o cliente, mas o maior problema é que falta fiscalização”, alerta Machado. Cada norma tem um objetivo e escopo, a
determina a eficiência de filtragem no estado inicial do processo assim como os efeitos da perda eventual de carga eletrostática, que podem impactar significativamente a eficiência ao longo da vida útil, além de sugerir ainda em seu anexo F uma proposta de aplicação de classificação energética dos filtros,
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
FILTRAÇÃO DO AR
qual citamos as principais. Normas que ditam regras para se determinar a eficiência dos filtros. ABNT NBR 16101:2012 – Atualmente é a norma mais moderna encontrada no mercado brasileiro, que além de determinar as eficiências e as classes de filtragem, a norma
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Tabelas de classificação de filtros e comparativo entre normas
Troca adiada
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Novembro/Dezembro Meio Filtrante
de forma a informar ao usuário o quanto impactam no consumo de energia. Rica em detalhes, a norma abrange as formas construtivas dos elementos filtrantes, métodos de ensaios, determinação de vazão, perda de pressão, poder de acumulação, economia de energia, entre outros. ABNT NBR ISO 29463:2014 – Filtros de alta eficiência (Hepa) em meios filtrantes para remoção de partículas no ar. As normas acima são baseadas, respectivamente, nas normas europeias EN 779:2012 e EN 1822:2009. A norma americana ANSI/ASHRAE 52.2.2012 também é utilizada. Fonte: Camfil Latinoamerica e Trox do Brasil. Normas que recomendam utilização de filtro em função da aplicação. NBR ISO 14.644 - que trata de ensaios em salas limpas, usada em indústrias farmacêuticas, microeletrônica, biotecnologia etc. NBR 7256 - que trata de aplicações em hospitais. Fonte: Trox do Brasil. No Brasil, a ABNT está trabalhando na normatização de filtros absolutos tipo Hepa. Oliveira convida os interessados a participar todas as primeiras terças-feiras do mês das reuniões realizadas na Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) para decidir sobre o assunto.
O mercado de filtros de ar sofreu mudanças nos últimos anos e também foi afetado pela atual crise econômica. “Alguns clientes têm postergado a troca dos filtros, estendendo ao máximo a vida útil dos elementos”, relata Santana. “O cliente está se segurando para não fazer a troca porque como a produção caiu, usa menos, e no escritório troca menos também. O problema é que o custo de trocar o filtro é mais barato do que não trocá-lo porque o risco de contaminação e de levar uma autuação e multa são muito mais custosos”, diz o diretor técnico e comercial da Filtrax Brasil. “Existe e sempre existiu uma grande procura, pois, além de eficientes, os filtros tipo painel são de fácil instalação e o preço é bem acessível, mas, infelizmente, com a crise, os clientes, por economia, demoram em fazer suas trocas periódicas”, compartilha da opinião, Celymar. Quanto
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
FILTRAÇÃO DO AR
Recomendação de aplicação conforme norma NBR 16.401 parte 3 qualidade do ar interior Nota: De acordo com a norma NBR 16.101:2012 as classes F5 e F6 passaram para M5 e M6 respectivamente
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às aplicações que mais procuram estes filtros, ele diz que depende muito de cada uma. “Existem salas com muita poeira, salas que necessitam de um ar limpo e locais que são proibidos de ter qualquer tipo de impureza”, explica. “A reposição dos filtros ocorre quando da sua saturação com o uso da máquina ou sistema onde ele está instalado. Portanto, com a redução da produção industrial automaticamente diminui a necessidade de trocas com maior frequência dos elementos filtrantes”, corrobora Oliveira. Segundo ele, os filtros de ar planos, plissados, montados em V, tipo multibolsa, mangas, cartuchos e outros são usados em diversas aplicações na filtragem do ar industrial, tanto no controle da contaminação ambiental (ar que entra) como no controle da poluição ambiental (ar que sai). “A demanda por filtros tipo painel vem aumentando com o passar dos meses, principalmente para os fabricantes de equipamentos (AHUs), que visam fornecer uma máquina mais compacta. Ao comparar como o mercado era antes com o atual, a principal justificativa é a frequente exigência do mercado, em ser flexível e competitivo, alterando as especificações de
equipamentos e instalações”, relaciona Wilson Ferreira, coordenador de vendas C&O e APC da Camfil Latinoamerica. Segundo Lima, na Unotech há mais procura para aplicações em cabine de pintura, filtros de ar condicionado, automotiva e indústria com grandes processos de pintura. “Quanto ao mercado nos últimos anos, as vendas caíram em média 40% devido aos recursos das empresas estarem cada vez menores e aos processos de fabricação na linha automotiva”, avalia. Para a Linter Filtros, a demanda para esta linha de produtos é grande em vários segmentos industriais. “Apesar das dificuldades que o país atravessa, estamos cada vez mais atuantes neste nicho de filtros”, afirma Nascimento. Contatos das empresas: Camfil Latinoamerica: www.camfil.com Filtracom: www.filtracom.com.br Filtrax Brasil: www.filtraxbrasil.com.br Filtros Free: www.filtrosfree.com.br Linter Filtros: www.linterfiltros.com.br Trox do Brasil: www.troxbrasil.com.br Unotech: www.unotech.com.br
ONDE TEM ESTE SELO, TEM TROCA DE FILTRO E AMBIENTE LIMPO. O TADO D S E O N AGORA SANTO
ArteplenA
O ESPÍRIT
Os fabricantes, importadores e distribuidores de Filtros do Óleo Lubrificante Automotivo estão promovendo o descarte dos filtros usados, de forma
correta e consciente.
Em sintonia com todos os avanços em busca da sustentabilidade, a Abrafiltros, associação que reúne os fabricantes, importadores e distribuidores de filtros automotivos, está coordenando a implantação de um eficiente programa-piloto de Logística Reversa em pontos de coleta nos estados de São Paulo, Paraná e Espírito Santo, onde os filtros do óleo usados são periodicamente retirados por empresa credenciada que faz a destinação correta do descarte.
APLICAÇÃO
Filtros para sistema de resfriamento na indústria Foto: Depositphotos
Carla Legner
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
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raticamente todos os processos industriais, independente do segmento de mercado, geram calor em suas atividades e estes precisam ser controlados. A forma mais econômica, até hoje encontrada, é a de controlar a geração de calor através da utilização de água para resfriamento com o auxílio de sistemas chamados de torres de resfriamento (evaporative cooling tower) que podem ser aplicados em conjunto com sitemas trocadores de calor ou chillers. As torres de resfriamento são equipamentos desenvolvidos para transferir o calor residual contido em um fluido, proveniente de um processo produtivo, para a atmosfera, cujo o objetivo principal é resfriar os fluidos para que o mesmo retorne ao processo ou seja adequadamente descartado. Normalmente são encontradas e fabricadas em fibra de vidro, porém, também são encontradas em
concreto, madeira, aço carbono, aço inox e outros materiais. São compostas principalmente por carcaça, enchimentos de contato, eliminadores de gotas e ventiladores. Valdir Montagnoli, representante da Laffi Filtration explica que atualmente, o uso em torres de resfriamento representa um dos maiores pontos para reúso da água em aplicações industriais e comerciais. “Como já sabemos, as torres de resfriamento têm como finalidade remover calor de sistemas de uma enorme variedade de processos industriais que geram calor excessivo. Embora toda torre de resfriamento reutilize continuamente a água, elas ainda podem consumir de 20% a 30% do volume total de água do sistema devido a evaporação e ao dreno de fundo. Uma operação otimizada e uma manutenção adequada dos sistemas de torre de resfriamento podem proporcionar significante economia no consumo de água”, completa.
O fluido é resfriado pela troca térmica entre ele e o ar que passa por dentro da torre de resfriamento. Para auxiliar essa troca térmica há um enchimento de contato chamado popularmente de “recheio”, esse enchimento tem a função de fazer com que a água fique por mais tempo em contato com o ar de forma a resfria-la. O ar que passa por dentro da torre é devido a um ventilador instalado no topo do equipamento de forma a sugar o ar para dentro da torre. As torres de resfriamento podem ter formato quadrado, retangular ou redondo, além dos ventiladores no topo para aspirar o ar os sistemas possuem aberturas laterais por onde entra o ar aspirado e um reservatório (bacia) na base, onde a água resfriada é armazenada. A água aquecida entra pela parte superior da torre onde se encontram os distribuidores (colmeia ou recheio). O ventilador atua como exaustor, aspirando o ar existente ao redor da torre, que entra no sentido ascendente, ou seja, em contrafluxo da água que está no sentindo descendente dentro da torre. Quando a água aquecida encontra o ar que tem temperatura inferior, ocorre a troca térmica entre a água e o ar – neste momento o calor da água é removido por evaporação, reduzindo sua temperatura. A água resfriada é enviada para o equipamento que necessita ser resfriado ou de volta para o processo. Dentro da torre existe uma rede de pulverizadores, que são responsáveis por espalhar homogeneamente a água quente no interior da torre
Funcionamento da torre de resfriamento
sobre o enchimento de contato, garantindo assim a máxima eficiência de resfriamento.
Evaporação
A evaporação parcial da água que passa pela torre é o que causa a maior parte do resfriamento, apenas uma pequena parte deste resfriamento é consequência da troca de calor (sensível) com o ar. Sendo assim, é possível perceber um leve aquecimento do ar. Segundo Valdir Montagnoli da Laffi Filtration o resfriamento ocorre em uma torre pelos mecanismos de resfriamento evaporativo e por sensível troca térmica. A perda de calor por evaporação (cerca de 2000 BTU por Quilograma de água) reduz a temperatura da água remanescente na torre. Uma menor quantia de resfriamento ocorre também, quando a água remanescente transfere calor para o ar. A taxa de evaporação é aproximadamente 1% do fluxo de água passando através da torre para
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Novembro/Dezembro Meio Filtrante
O processo de funcionamento
cada 5,5 oC reduzidos na temperatura da água. A redução na temperatura da água irá variar de acordo com o ponto de orvalho do ambiente. Quanto mais baixo for o ponto de orvalho, maior será a diferença de temperatura (rT) entre a água que está entrando na torre (água aquecida) e a água de saída da torre (água resfriada). Outra regra simples para estimar a taxa de evaporação de uma torre de resfriamento é a seguinte: taxa de evaporação é igual a 12 L/min por 100 ton de carga trocada na torre. Quando a temperatura do ponto de orvalho está baixa, a velocidade dos ventiladores de indução da torre pode ser reduzida através da utilização de controladores de velocidade. Ou também, os ventiladores podem operar intermitentes (on – off), economizando energia e também água através da perda por evaporação.
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
APLICAÇÃO
Blow down (Drenagem)
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Blow down é um termo utilizado para identificar a água que é drenada da bacia da torre de resfriamento visando reduzir o acúmulo de contaminantes na água circulante. Com a evaporação ocorre a concentração dos contaminantes da água, como os sólidos dissolvidos. “Promovendo o dreno (blow down) e adicionando água nova (make-up), o nível de sólidos dissolvidos na água pode ser mantido, reduzindo assim a formação de incrustação mineral e de outros contaminantes na torre, nos condensadores resfriadores e nos trocadores de calor do processo”, comenta Valdir Montagnoli. Outros pontos salientados por Valdir são: eficiência térmica, perfeita operação e vida da torre de resfriamento, são itens diretamente relacionados com a qualidade da água circulante na torre. A qualidade da água na torre depende da qualidade da água de make-up, do tratamento químico da água e da taxa de blow down. A otimização do blow down em conjunto com um tratamento de água adequado, representa a maior oportunidade para o aumento da eficiência
da água. O blow down pode ser controlado manualmente ou automaticamente por válvulas atuadas por temporizadores (timers) ou por medidores de condutividade (condutivímetro).
Perda por respingo
O termo “respingo” é usado para qualificar a perda da água, na forma de névoa, que é carregada pelo vento para fora da torre. Uma taxa típica de respingo é de 0,05% a 0,2% da vazão da torre. A redução no respingo através da instalação de venezianas ou eliminadores de gotas conserva água, retém químicos do tratamento de água no sistema e melhora a eficiência de operação.
Make-up (água de reposição)
Make-up é a água adicionada na torre de resfriamento destinada a repor a água perdida por evaporação, blow down e respingo. O volume de água de make-up adicionado afeta diretamente a qualidade da água no sistema. A relação entre a qualidade da água de blow down e a qualidade da água de make-up pode ser expressa como “ciclo de concentração”.
Sistemas de filtragem
Uma das maneiras de manter uma torre de resfriamento em bom estado é retirando partículas presentes no meio líquido ou resultantes do processo. Essa separação de sólidos pode ser realizada por meio de filtros e sistemas de filtragem especializados. Com a utilização de filtros na torre, o teor de contaminantes é controlado e com isso reduz-se o consumo de água limpa (make-up), água de descarte (blow down) e de químicos, além de diminuir ou eliminar as paradas para manutenção. “O problema é que, com a evaporação, aumenta a concentração de sólidos dissolvidos e a água que circula permanentemente na torre pode ser contaminada por contaminantes advindos do processo ou obtidos pela sucção do ar ambiente para dentro da torre de resfriamento. Para retirar esses sólidos, que geralmente se decantam
Instalação na vazão parcial (Side Stream) da Laffi Filtration
na bacia das torres de resfriamento é preciso fazer um blow down (drenagem) e um make-up (adição de água nova e limpa), o que acaba gerando um custo alto para o processo”, destaca o representante da – Laffi Filtration que complementa “Para manter a qualidade da torre de resfriamento, também é importante implantar um programa de tratamento de água, para manter sempre limpa as superfícies dos trocadores de calor. Esses tratamentos regulam o pH, a condutividade, a dureza, a alcalinidade, além de controlarem a proliferação de microrganismos. Muitos utilizam substâncias químicas, como bactericidas, que são inseridos nas torres por meio de dosadores automáticos, e quando se realiza o blow down e o make-up está se jogando fora além dos contaminantes parte
Tipos de filtros e aplicações
Os filtros autolimpantes, como o próprio nome já diz, realizam uma limpeza no sistema, ou por diferença de perda de pressão, ou por tempo. Quando o sistema atinge uma perda de carga, o filtro autolimpante realiza um ciclo de limpeza interna, seja por sucção ou por escovamento, quando a regulagem é por tempo, significa que
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Novembro/Dezembro Meio Filtrante
Foto: Divulgação Laffi Filtration Foto: Divulgação Laffi Filtration
Instalação na vazão total (Full Stream)da Laffi Filtration
deste tratamento e produtos químicos empregados para o controle da torre”, finaliza. De acordo com Edison Ricco Jr, engenheiro da Apexfil, existem muitos filtros para a aplicação nas torres de resfriamento, como os filtros autolimpantes, filtros cestos, filtros bag, filtros hidrociclones, entre outros. A instalação do melhor equipamento depende da aplicação, quantidade de particulado em suspensão, tipo de manutenção a ser empregada e valor a ser investido. “Toda a água que sofreu uma troca térmica é considerada água industrial, e esta água pode ser utilizada para outras finalidades menos nobres, como banheiros, água de lavagem etc. Com o aumento da crise hídrica no Brasil, a utilização de água industrial para outra finalidade é muito bem aplicada”, completa Edison. Segundo Valdir a filtração em uma torre de resfriamento é de suma importância e pode ser feita na vazão total da torre (Full Stream) ou apenas em uma parcela da vazão, a filtração parcial ou lateral (Side Stream). Os sistemas de filtragem indicados nas filtrações parciais geralmente são aplicados a uma taxa de 5% da vazão total da torre como sendo um número “ideal” para o dimensionamento de um sistema de filtração lateral. Isso se deve ao tamanho, custo de manutenção e principalmente custo inicial de instalação destes filtros para grandes vazões. Porém Valdir comenta que não existe um número “exato” para determinar a taxa de filtração de uma torre, porém sabemos que quanto maior for este número, melhor será a qualidade da água da torre de resfriamento.
Foto: Divulgação Apexfil
a cada tempo pré-determinado o filtro realiza um ciclo de limpeza. No caso dos filtros cestos são filtros aplicados nesta situação, porém depende de uma parada no sistema para a realização de limpeza nos elementos filtrantes, que quase na sua totalidade, são elementos metálicos, sendo possível a sua limpeza.
de centrifugação utilizando a velocidade da água. Os sólidos separados podem ser drenados de forma automática. Sua principal vantagem é o alto nível de automação e o baixo custo quando comparado com outras opções. Os filtros de areia ou filtro leito é outra opção para a filtração de torres de resfriamento, contituído por um vaso de pressão contendo internamente um leito de areia ou outro meio filtrate por onde a água tem que atravessar. Os sólidos são retidos entre os grãos de areia. Periodicamente ocorre a inversão de fluxo (retrolavagem), para limpeza do leito de areia. Boa eficiência para remoção de orgânicos, porém necessita de grandes volumes durante processo de retrolavagem.
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Foto: Divulgação Laffi Filtration
Os filtros bag são muito parecidos com os filtros cestos, porém o seu elemento filtrante são bolsas filtrantes, contruídas em material sintético que devem ser substituídos com o aumento da perda de carga, sua grande vantagem é permitir níveis de retenção de partículas mais finas comparado aos filtros tipo cestos metálicos.
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Filtro tipo leito da Laffi Filtration Foto: Divulgação Laffi Filtration
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
APLICAÇÃO
Filtro cesto da Axpefil
Bolsa Filtrante da Laffi Filtration
Os filtros separadores centrífugos ou hidrociclones são muito utilizados para esta aplicação, pois realizam a filtragem pelo processo
E por último os filtros tipo cartucho que têm guias internas do vaso para melhor posicionamento de seus cartuchos, assim a água entra pela lateral do filtro e é distribuída uniformemente ao redor da superfície externa, garantindo a retenção das partículas sólidas e eficiência na filtragem durante sua passagem. A principal vantagem desse sistema é a qualidade do fluido filtrado e uma grande variação da linha para diversas aplicações. Contato das empresas: Apexfil: www.apexfil.com.br Laffi Filtration: www.laffi.com.br
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O grupo DBD Filtros, fabricante dos produtos LAFFI FILTRATION, possui 25 anos de experiência e atuação em todo território nacional e América do Sul. É especializado em projeto, desenvolvimento e fornecimento de filtros e sistemas de filtração industrial de alta qualidade, sistemas para tratamento de água e separação de sólidos e líquidos.
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CEIR A D O M EIO
EMPRESA
SOCIALMENTE RESPONSÁVEL
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s filtros comercialmente chamados de ecológicos, foram desenvolvidos para reduzir a quantidade de produtos a serem destinados no descarte, permitindo uma substituição destes componentes com uma perda menor de materiais empregados. O nome ecológico é designado pelo processo de fabricação, normalmente não tem carcaça incorporada como os filtros de rosquear (Spin-On), e dentro de um processo correto de produção não há utilização de colas e adesivos, somente são utilizados o meio filtrante de papel e uma armadura em plástico onde o papel é fundido eliminando colas e adesivos. Produtos estes que durante o processo de reciclagem são extremamente agressivos ao ambiente. De acordo com Rodolfo Cafer, representante da Mahle Metal Leve, os filtros ecológicos fazem as mesmas funções dos filtros tradicionais, porém, como estão no processo de fabricação isentos de adesivos e colas e o funcionamento deles depende de carcaças externas normalmente fixas nos motores ou sistemas, sem elas não é possivel exercer as funções de filtragem. Ele explica ainda que normalmente os filtros ecológicos são elementos filtrantes, que devem ser montados em carcaças fixas, da mesma forma que são montados os filtros do ar do motor, sem a carcaça estes filtros não conseguem fazer a filtração e no processo de manutenção estas caraças não são descartadas como em filtros convencionais de rosquear. “Hoje além da redução de material empre-
gado na fabricação, temos a necessidade do uso destes filtros com o objetivo de reduzir o nível de material que retornará pelo processo de logística reversa para a reciclagem, pois o material que retorna tem um custo calculado por peso para ser reciclado” completa Rodolfo.
Como funcionam e tipos de filtros
O funcionamento do filtro ecológico é muito semelhante ao de um filtro que não possui este tipo de tecnologia, onde a retenção dos contaminantes realiza-se através de um meio poroso para remover ou separar partículas contaminantes através de um processo mecânico ou físico, por intermédio de um meio filtrante de tela, algodão, lã, poliéster, feltro, fibras e principalmente papel. “De forma resumida pode-se dizer que são filtros que não possuem metal em sua composição e que utilizam materiais que podem ser mais facilmente processados após o descarte. Sua função é a mesma que dos filtros ditos convencionais, que pos-
Foto: Divulgação Mahle Metal Leve
FILTROS AUTOMOTIVOS Novembro/Dezembro Meio Filtrante
Carla Legner
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Filtros ecológicos: entenda seus benefícios
Filtros ecológicos de combustível (papel branco) e filtros do óleo do motor (papel amarelo)da Mahle Metal Leve
Benefícios e meio ambiente
Com o conceito de sustentabilidade cada vez mais presente e com o aumento da tecnologia
nos motores é provavel que gradativamente todos os novos projetos sejam concebidos agregando sistemas e módulos que possuam filtros ecológicos. Pensando em meio ambiente, podemos dizer que a forma de descarte e processamento dos resíduos gerados de filtros ecológicos é menos prejudicial, pois são passiveis de incineração e também há o fato de que em alguns casos a troca do filtro possui intervalos menores, desta forma gerando menos resíduos. Os filtros não possuem carcaça metálica ou partes metálicas, que para o descarte este pode ser processado mais facilmente, sem a necessidade de remover as partes metálicas. André Gonçalves, engenheiro mecânico e consultor técnico da Mann+Hummel explica que geralmente as partes metálicas são substituídas por plásticas, mas no conceito deste tipo de produto, a ideia é sempre Multifiltro HU12140x reduzir ao máximo a quanti- Óleo - Linha dades de componentes, o con- Pesada da Mann+Hummel ceito chamado de Metal free. “Normalmente os filtros tem carcaças, válvulas de segurança e alívio, e demais componentes descartáveis. Utilizam internamente papel e chapa metálica o que obriga o uso de adesivos, que são agressivos ao ambiente durante a reciclagem, os ecológicos tem carcaças fixas no motor ou sistema, com válvulas integradas na carcaça e de longa vida útil, e no processo de fabricação utilizam somente papel e plástico”, ressalta Rodolfo. Para ele o principal benefício em relação ao mercado é a redução de custo, peso no transporte, facilidade de fabricação, e outras que se tornam convenientes conforme o uso. Pensando em meio ambiente o beneficio é enorme visto que no processo de logística reversa, não será necessário retalhar o filtro usado para desmontá-lo.
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Foto: Divulgação Mann+Hummel
suem metal em sua composição: ação de um meio que impossibilita a passagem de uma substância indesejada, por exemplo, o filtro de ar que retém a poeira impedindo esta de chegar ao motor do veículo”, Ronilso Toledo, supervisor da assistência Técnica Sogefi Filtration. O representante da Sogefi explica ainda que atualmente praticamente todos os tipos de filtros (ar, óleo, combustível, etc.) podem possuir esta tecnologia. Alguns já podem sair diretamente da montadora outros podem ser fornecidos no mercado de reposição com esta atribuição ecológica. No caso dos filtros de ar, alguns projetos originais já são concebidos sem a utilização de metal. Já os que originalmente possuem metal, podem ser desenvolvidos para o mercado de reposição opcionais onde são utilizadas telas e tampas plásticas. Para os filtros de óleo, os mais comuns são os do tipo cartucho (refil), onde basicamente existe apenas o meio filtrante (papel) sem clip metálico de fechamento e as tampas plásticas do fechamento do elemento. Já para os filtros de combustível, na linha leve são desenvolvidos filtros com formato convencional (in line), porém internamente no fechamento do elemento não são utilizadas tampas metálicas e sim tampas plásticas. Na linha pesada, são utilizados filtros do tipo cartucho (refil), semelhantes aos de óleo do motor e mais recentemente também estão surgindo alguns que atuam como filtros blindados, porém com a carcaça plástica. “Os filtros do óleo e combustível são muito semelhantes tanto em dimensão como em aparência, os filtros do ar tem o tamanho muito maior se comparado com os citados acima, e podem incorporar elementos metálicos estruturais como tubos centrais internos ou externos”, completa o representante da Mahle.
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FILTROS AUTOMOTIVOS
Mercado e inovações
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De acordo com Rodolfo, os filtros ecológicos se tornaram uma necessidade, alguns motores mais antigos que ainda estavam em produção, para se manter na linha passaram por uma reengenharia e nestas, foi substituído o cabeçote normal do filtro de rosquear para uma versão de cabeçote com carcaça que pode receber o filtro ecológico. “Há mais de 10 anos que não ouço nenhum fabricante de veículos falar ou citar filtros de rosquear em projetos novos”, destaca. Uma inovação que a Mahle trouxe junto com os ecológicos foi o sistema de tubo e telas, interno e externo, feito com material espiralado, onde uma chapa com a metade da espessura e peso de uma chapa normal em área, suporta um esforço até 10 vezes maior que os sistemas convencionais. A mesma tem uma perda consideravelmente menor por não jogar fora nenhum material além do material removido na perfuração da chapa. Os filtros ecológicos Mahle recebem as denominações KX para combustível, OX para óleo do motor ou hidráulico, e para os de ar
Foto: Divulgação Sogefi
Não existe necessidade de lavar o material metálico para reciclagem, e não existe adesivos que comprometem o processo de incineração pelo qual o material orgânico irá passar, além de ter carcaça para reter lubrificante, o material possível de ser retido ficam preso na carcaça, também não terá o consumo de materiais metálicos durante a manutenção normal dos veículos. “O mercado em si, não tem muita escolha, pois sua utilização nasce com o projeto da montadora, quanto ao meio ambiente, este sim tem vantagens com a destinação de filtros contaminados com óleo, combustível e outros, pois, nos filtros convencionais o maior problema é retirar as partes metálicas, o que gera perda de tempo e energia” enfatiza André.
Filtro ecológico da Sogefi
não existem codificações específicas, mas muitos produtos desta linha passaram a receber as melhorias dos demais filtros, e alguns modelos receberam papeis autoportantes permitindo a retirada do tubo interno ou externo metálico, ou nos casos onde a Mahle participa do projeto sugerindo um tubo interno fixo na carcaça para receber um elemento sem tubo, e o mais ecológico possível. “Hoje em dia o conceito de filtro ecológico está presente em praticamente todos os fabricantes de filtros e montadoras. Pode ser encontrado facilmente, seja em distribuidores, autopeças, postos, trocas de óleo, centros automotivos, etc. Em se tratando de filtros de óleo, em alguns casos também há uma facilidade maior na troca para o aplicador final, pois alguns conjuntos ficam em posições que permitem um acesso mais espaçoso ao trocador, além do fato de ser uma troca mais limpa, onde não existe óleo”, completa Ronilso da Sogefi. Para André, engenheiro da Mann+Hummel a tendência do mercado é sempre aumentar a quantidade de veículos com este conceito, mas tudo depende da montadora que deve aplicar esta ideia desde a concepção do projeto. Contato das empresas: Mahle Metal Leve: www.mahle.com.br Mann+Hummel: www.mann-hummel.com Sogefi Filtration: www.sogefi.com.br
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FILTRAÇÃO DO AR Novembro/Dezembro Meio Filtrante
João Carlos Mucciacito
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Poeiras e gases respiráveis sem filtração adequada
gentes químicos são substâncias ou produtos que podem penetrar no organismo pela via respiratória, ou pela natureza da atividade de exposição possam ter contato através da pele ou serem absorvidos pelo organismo por ingestão; poeiras, fumos, névoas, neblina, gases e vapores. São os agentes ambientais causadores em potencial de doenças profissionais devido à sua ação química sobre o organismo dos trabalhadores. Podem ser encontrados tanto na forma sólida, líquida ou gasosa. Além do grande número de materiais e substâncias tradicionalmente utilizadas ou manufaturadas no meio industrial, uma variedade enorme de novos agentes químicos em potencial vão sendo encontrados, devido à quantidade sempre crescente de novos
processos e compostos desenvolvidos. Eles podem ser classificados de diversas formas, segundo suas características tóxicas, estado físico, etc. Conforme foi observado, os agentes químicos são encontrados em forma sólida, líquida e gasosa. Os agentes químicos, quando se encontram em suspensão ou dispersão no ar atmosférico, são chamados de contaminantes atmosféricos. Estes podem ser classificados em: aerodispersóides - gases - vapores. As principais vias de penetração destas substâncias no organismo humano são: - O aparelho respiratório (inalação); - A pele (cutânea); - O aparelho digestivo (ingestão). O sistema respiratório é a via de contaminação mais importante, pois permite que as substâncias passem para a corrente
Aerodispersóides
São dispersões de partículas sólidas ou líquidas de tamanho bastante reduzido (abaixo de 100m), que podem se manter por longo tempo em suspensão no ar. Exemplos: Poeiras - são partículas sólidas, produzidas mecanicamente por ruptura de partículas maiores. São formadas quando um material sólido é quebrado, moído ou triturado. Quanto menor a partícula, mais tempo ela ficará suspensa no ar, sendo maior a chance de ser inalada. Ex: minério, madeira, poeiras de grãos, amianto, sílica, etc. Apresentam-se geralmente com diâmetro superior a 1m. Fumos - ocorrem quando um metal ou plástico é fundido (aquecido), vaporizado e resfriado rapidamente, formando partículas muito finas que ficam suspensas no ar. Ex: soldagem, fundição, extrusão de plásticos, etc. Apresenta diâmetro que varia de 0,01 a 0,1m, sendo assim penetram facilmente no sistema respiratório Fumaça - sistemas de partículas combinadas com gases que se originam em combustões incompletas de materiais orgânicos. São de diâmetro inferiores a 1m. Névoas - partículas líquidas produzidas mecanicamente, como por processo “spray”. Ex: pintura, atividades com ácidos.
Neblinas - são partículas líquidas produzidas por condensações de vapores. O tempo que os aerodispersóides podem permanecer no ar depende do seu tamanho, peso específico (quanto maior o peso específico, menor o tempo de permanência) e velocidade de movimentação do ar. Evidentemente, quanto mais tempo o aerodispersóides permanece no ar, maior é a chance de ser inalado e produzir intoxicações no trabalhador. As partículas mais perigosas são as que se situam abaixo de 10m, visíveis apenas com microscópio. Estas constituem a chamada fração respirável, pois podem ser absorvidas pelo organismo através do sistema respiratório. As partículas maiores, normalmente ficam retidas nas mucosas da parte superior do aparelho respiratório, de onde são expelidas através de tosse, expectoração, ou pela ação dos cílios.
Partículas perigosas
Sílica – produz silicose, a primeira doença pulmonar a ser reportada. Amianto – o amianto ou asbesto é o termo comercial adotado para um conjunto de materiais fibrosos, constituídos de silicato de magnésio. O termo (amianto) associa-se a uma ampla faixa de materiais minerais que possuem a propriedade de se converter em determinados produtos fibrosos. São minerais compostos dos mesmos elementos químicos presentes nas rochas comuns, às vezes possuindo aditivos de ferro, o níquel e o cromo. Mica – é um mineral, encontra-se na forma de placas ou de pó. É utilizado como isolante elétrico e térmico. Causa pneumoconiose. Lã de vidro – minúsculas partículas deste material carregadas pelo ar podem chegar ao sistema respiratório, causando irritação, da mesma forma que quando entra em contato com a pele. Metais e óxidos metálicos – qualquer tipo de metal fundido sob elevadas temperaturas desprende fumos constituídos de óxidos metálicos. Carvão – a mineração do carvão é causadora
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sanguínea, com mais rapidez, atingindo todo o sistema celular de outros órgãos vitais. É seguro estimar que pelo menos 90 % de todo envenenamento industrial (excluindo dermatites) pode ser atribuído à absorção através dos pulmões. Substâncias perigosas podem estar suspensas no ar na forma de pós, fumos, névoa ou vapor, e podem estar misturados com o ar respirável no caso de verdadeiros gases. Desde que um indivíduo, sob condições de exercício moderado irá respirar cerca de 10 metros cúbicos de ar no curso normal de 8 horas de trabalho diário, é prontamente entendido que qualquer material venenoso presente no ar respirável oferece uma séria ameaça.
de grande número de problemas de saúde aos mineiros, afetando seus pulmões, produzindo pneumoconiose.
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FILTRAÇÃO DO AR
Gases e vapores
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São substâncias que têm a mesma forma do ar, por isso se misturam perfeitamente a ele, e passam pelos pulmões, atingindo a corrente sangüínea, através da qual chegam a todos os órgãos do corpo humano, como cérebro, rins, fígado, etc. Gases: gás é um estado físico da matéria. São dispersões de moléculas no ar, misturadas completamente com este (o próprio ar é uma mistura de gases). Não possuem formas e volumes próprios e tendem a se expandir indefinidamente. A temperatura ordinária, mesmo sujeitas à pressão fortes, não podem ser total ou parcialmente reduzidas ao estado líquido. Vapores: chama-se Vapor, a fração gasosa de um líquido ou sólido. São também dispersões de moléculas no ar, que ao contrário dos gases, podem condensar-se para formar líquidos ou sólidos em condições normais de temperatura e pressão. Uma outra diferença importante é que os vapores em recintos fechados podem alcançar uma concentração máxima no ar, que não é ultrapassada, chamada de saturação. Os vapores ocorrem através da evaporação de líquidos ou sólidos, geralmente são caracterizados pelos odores (cheiro), tais como gasolina, querosene, solvente de tintas, etc. Fisiologicamente, do ponto de vista sobre o organismo, os gases e vapores podem ser classificados em: irritantes, anestésicos e asfixiantes. Irritantes – São substâncias que produzem inflamação nos tecidos vivos, quando entram em contato direto. Ex.: ácido sulfúrico, amônia, soda cáustica, ozônio, cloro, dióxido de enxofre, chumbo tetra etila, fosgênio, óxidos de nitrogênio, sulfeto de hidrogênio, outros. Anestésicos – São aquelas substâncias que, devido a sua ação sobre o sistema nervoso
central, apresentam efeitos anestésicos. Ex.: butano, propano, eteno, benzeno, etileno, ácido sulfúrico, álcool etílico, álcool metílico, tolueno, xileno, outros. Asfixiantes – São aquelas substâncias que impossibilitam a respiração. Ex.: ácido clorídrico, nitrogênio, metano, monóxido de carbono, ácido cianídrico, dióxido de carbono, hidrogênio, outros. Os gases e vapores anestésicos são classificados em 5 grupos: Anestésicos primário – são aquelas substâncias que não produzem outro efeito além da anestesia, mesmo que o trabalhador seja submetido a repetidas exposições, em baixas concentrações. Ex.: aldeídos, ésteres e hidrocarbonetos alifáticos (butano, propano, eteno e outros) Anestésicos sobre as vísceras – são aquelas substâncias que podem acarretar danos ao fígado e aos rins dos trabalhadores expostos. Ex.: tricloretano, tetracloreto de carbono, percloroetileno. Anestésicos de ação sobre o sistema formador do sangue – são substâncias que se acumulam, preferencialmente nos tecidos graxos, medula óssea e sistema nervoso. Ex.: benzeno, tolueno e xileno (BTX). Vale ressaltar que o benzeno é a substância com maior ação nociva; sua exposição prolongada, mesmo a baixas concentrações, pode ocasionar anemia, leucemia e câncer. Anestésicos de ação sobre o sistema nervoso – são substâncias que, devido à sua alta solubilidade em água, apresentam eliminação lenta pelo organismo; daí a sua manifestação mais acentuada no sistema nervoso. Ex.: álcool etílico e metílico. Anestésicos de ação sobre o sangue e o sistema circulatório – substâncias em especial aquelas pertencentes ao grupo dos nitrocompostos de carbono, que em decorrência de sua utilização industrial podem alterar a hemoglobina do sangue. Ex.: nitrotolueno, nitrito de etila, nitrobenzeno e anilina. A Fundacentro – Fundação Jorge Duprat
importantes. Ex.: acetileno, argônio, hélio, hidrogênio, metano. Grupo 6 – Poeiras – Substâncias provenientes da desagregação mecânica de substâncias sólidas; podendo, dependendo da sua dimensão, causar pneumoconiose. A NR 15, em seu Anexo 12, prevê três agentes: asbestos (amianto), manganês e seus compostos e sílica livre. Grupo 7 – Substâncias cancerígenas – são aquelas cientificamente comprovadas de causar em seres humanos ou induzir câncer em animais sob determinadas condições experimentais. Ex.: cloreto de vinila, asbestos, benzidina, beta-naftalina, 4-nitrodifenil, 4-aminodifenil, benzeno. João Carlos Mucciacito
Químico, mestre em Tecnologia Ambiental pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo - IPT . Trabalha na CETESB. É professor nos cursos de Pós Graduação do SENAC, IPOG e de graduação na Fundação Santo André. Membro do conselho editorial das Revistas Neo Mundo e TAE - Tratamento de Água e Efluentes.
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Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho – criada oficialmente em 1966 - é a única entidade governamental do Brasil que atua em pesquisa científica e tecnológica relacionada à segurança e saúde dos trabalhadores, a entidade classifica as substâncias químicas em sete grupos, em função da ação nociva ao organismo do trabalhador. Grupo 1 – Substâncias de ação generalizada sobre o organismo – correspondem aos agentes cujos efeitos, no organismo dos trabalhadores, dependem da quantidade de substância absorvida, estando representados pela maioria das substâncias relacionadas no, quadro 1 - do anexo 11 da NR 15. Ex.: cloro, chumbo, dióxido de carbono, monóxido de carbono e nitroetano. Grupo 2 – Substâncias de ação generalizada sobre o organismo, podendo ser absorvida, também, por via cutânea – correspondem aos agentes químicos que além de exporem os trabalhadores, através das vias respiratórias, também exigem a proteção individual para os membros superiores e outras partes do corpo possíveis de propiciarem a absorção cutânea do agente químico. Ex.: anilina, benzeno, bromofórmico, fenol, percloretileno, tetracloreto de carbono e tolueno. Grupo 3 – Substâncias de efeito extremamente rápido – correspondem aos agentes químicos que têm indicados os limites valor teto, os quais não podem ser ultrapassados, em momento algum, durante a jornada de trabalho. Ex.: ácido clorídrico e formaldeído. Grupo 4 – Substâncias de efeito extremamente rápidos, podendo ser absorvidos, também, por via cutânea – correspondem a apenas quatro substâncias: álcool n-butílico, m-butilamona, monoetil hidrazina e sulfato de dimetila. Podem ser absorvidos pela pele, exigindo, necessariamente, a utilização de EPI. Grupo 5 – Asfixiantes Simples – representados por alguns gases em altas concentrações no ar, atuam no sentido de deslocar o oxigênio do ar, sem provocar efeitos fisiológicos
Foto: Depositphotos
MEIO AMBIENTE Suzana Sakai
De olho na lei Ausência de licença ambiental pode fechar até 40% dos postos de gasolina
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esde o dia 19 de outubro, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) passou a exigir dos postos de combustíveis dois documentos obrigatórios: a licença ambiental de operação e o laudo de vistoria do Corpo de Bombeiros. Apesar do caráter positivo da medida – afinal, postos são empreendimentos potencialmente poluidores e inflamáveis – a nova exigência aperta o cerco a 16 mil postos de combustíveis em todo o Brasil, que correm o risco de fechar. De acordo com estimativas da ANP e da Federação Nacional de Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), cerca de 30% a 40% dos 40 mil postos do país, não tinham conseguido, até o começo de outubro, as licenças ambientais nos órgãos estaduais ou municipais. A nova regulamentação exige itens como tanques de armazenamento com paredes duplas,
piso impermeabilizado e canaletas em volta das bombas para captar água ou combustível. O objetivo é evitar a contaminação do lençol freático ou de rios e nascentes, em casos de vazamento. Essas exigências têm um custo estimado em R$ 250 mil. Além do alto custo, a Fecombustíveis aponta que a lentidão dos órgãos ambientais para conceder as devidas licenças aumenta as dificuldades para que os estabelecimentos consigam o documento. Até o fechamento desta matéria, a ANP havia informado que não iria prorrogar o prazo para a emissão da licença, mas ressaltou que os postos que não conseguirem o licenciamento definitivo poderão apresentar um termo de compromisso ou de ajuste de conduta. Não é de hoje que os postos revendedores de combustíveis convivem com a necessidade de licenciamento ambiental. Desde a edição da Resolução 273 do Conselho Nacional de Meio
Mais do que o fechamento dos estabelecimentos comerciais, as irregularidades ambientais são consideradas como crime, sendo passíveis de multa e até mesmo pena de reclusão. O artigo 3º da Lei n.º 9.605, de 1998, que trata sobre crime ambiental, dispõe que as pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. Há também a pena de reclusão (um a quatro anos) e multa para quem manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta, reutiliza, recicla ou dá destinação final a resíduos perigosos de forma diversa da estabelecida em lei ou regulamento. Ambiente (Conama), em 2000, as regras para o licenciamento ambiental fazem parte do dia a dia da categoria. “O licenciamento ambiental aplicável à atividade de comércio varejista de combustíveis líquidos automotivos derivados de petróleo, álcool carburante e gás natural veicular, está prevista na Resolução Conama nº 273/2000. No Estado de São Paulo esta obrigação consta na Resolução SMA nº 05/01 e no Regulamento da Lei 997/76, aprovado pelo Decreto 8468/76 e alterado pelo Decreto 47397/2002. Sem prejuízo de outras exigências técnicas ou legais, antes do início de suas atividades, ou seja, para a abertura de um estabelecimento novo, seguirá todos os trâmites previstos nas legislações citadas, devendo o empreendedor requerer a Licença Prévia, Licença de Instalação e por fim a competente Licença de Operação”, explica o engenheiro e analista ambiental do Grupo Supply Service, José Jurandir Pereira da Silva. Uma das exigências técnicas atribuídas ao estabelecimento é a elaboração do Programa de Gerenciamento de Resíduos (PGR), que deve assegurar que todos os resíduos serão gerenciados de forma
apropriada e segura, desde a geração até a destinação final, e deve envolver as seguintes etapas: Mapeamento das fontes de geração; Caracterização; Manuseio; Acondicionamento; Armazenamento; Coleta; Transporte; Reúso/reciclagem; Tratamento; Destinação final. “Na implementação do que foi previsto no PGR é que aparece a atuação da Supply Service, uma vez que oferece a seus clientes a correta classificação, manuseio, acondicionamento, armazenamento, realiza ainda a coleta, transporte, tratamento e destinação ambientalmente adequada dos principais resíduos gerados pelo posto (estopas, panos, embalagens de óleo, filtros de óleo, filtros de ar, limpeza da CSAO)”, comenta José Jurandir.
Filtros
Por atuarem com resíduos altamente contaminantes, os filtros também são alvo da legislação. Basicamente, os postos de combustíveis possuem dois tipos de filtros: o filtro prensa e os filtros de linha. Os filtros prensa são destinados à filtração do diesel. De acordo com a definição que consta na Norma do Inmetro, trata-se de um equipamento composto basicamente de um conjunto moto-bomba, conjunto filtrante (placas, papel filtrante, válvula de segurança e manômetro), parte elétrica blindada e à prova de explosão com a finalidade de efetuar a filtragem e desidratação de óleos combustíveis, equipamento este indispensável após o advento do uso de Biodiesel. Já os filtros de linha são utilizados no tratamento de todos os tipos de combustível. Não possuem bombeamento próprio, por isso são as bombas abastecedoras que fazem a sucção dos tanques e passagem pelo meio filtrante, retirando os contaminantes sólidos e água. “Por suas características, o filtro usado do óleo lubrificante é um produto considerado como Resíduo Perigoso Classe I, conforme a norma ABNT – NBR 10.004. Portanto, pelo risco oferecido ao meio ambiente e danos à saúde da população, os mesmos devem ser segregados,
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Crime ambiental
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MEIO AMBIENTE
armazenados e destinados a empresas devidamente licenciadas e especializadas”, afirma o analista ambiental da Supply Service. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei n.º 12305/2010) institui, dentre outras, a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos: dos fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, o cidadão e titulares de serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos na Logística Reversa dos resíduos e embalagens pós-consumo. No Estado de São Paulo a SMA n.º 038/2011, estabelece que os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes deverão implantar programa de responsabilidade pós-consumo para fins de recolhimento, tratamento e destinação final de resíduos. “Lançado em julho de 2012, o programa Descarte Consciente Abrafiltros de logística reversa da Associação Brasileira das Empresas de Filtros, entidade representante dos principais fabricantes, firmado entre a Associação e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e a Supply Service
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Vilões em contaminação
Mesmo com tantas exigências, os postos de combustíveis figuram entre os grandes vilões da contaminação do meio ambiente. Um levantamento apresentado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) em 2014 apontou que no Estado de São Paulo, mais de 4 mil áreas estavam contaminadas por produtos tóxicos, como combustíveis, gases, metais e solventes. Os postos de combustíveis são os maiores responsáveis pela contaminação do solo, com 3.597 casos, número que representa 75% do total. A contaminação pode gerar problemas à saúde, comprometer recursos hídricos, restringir o uso do solo e causar danos ao patrimônio público e privado e ao meio ambiente. Com tantas consequências negativas, vale a pena se adequar à lei e evitar problemas legislativos e ambientais.
que figura como empresa parceira (Operador Logístico) que recolhe em pontos pré-determinados pelo Programa (postos, oficinas, concessionárias, garagens, transportadoras, etc.) os filtros usados de óleo lubrificante e dá a destinação ambientalmente adequada para esses resíduos”, ressalta José Jurandir.
Sistemas de separação de óleo
A Resolução nº 273 do Conama também exige que toda e qualquer instalação e sistemas de armazenamento de derivados de petróleo e outros combustíveis, que podem gerar poluição parcial ou até mesmo causar acidentes ambientais, devem possuir em suas instalações o sistema de separador de óleo. Ao determinar que todos os postos de revenda de combustíveis estejam ambientalmente adequados, a lei obrigou também, por consequência, que esses reservatórios estejam em perfeitas condições de uso e que sua manutenção seja monitorada. “A Resolução estabelece que os proprietários dos estabelecimentos e dos equipamentos e sistemas deverão promover o treinamento, de seus respectivos funcionários, visando orientar as medidas de prevenção de acidentes e ações cabíveis imediatas para controle de situações de emergência e risco. Portanto, investir em treinamento, manutenção e limpeza periódica das caixas separadoras é fundamental para o correto funcionamento desta e atendimento à legislação ambiental. O corpo técnico da Supply Service recomenda, que em postos da área urbana, geralmente pavimentadas, a limpeza completa seja feita duas vezes ao ano, enquanto que em postos situados em área rural, a frequência seja maior, de acordo com a necessidade identificada pelos funcionários treinados do posto”, explica José Jurandir. Para a correta manutenção dos sistemas de separação de água e óleo, além de seguir o que consta no manual do fabricante do equipamento, é fundamental a contratação de empresa especializada, tanto para a correta limpeza da caixa separadora, quanto para o tratamento e destinação dos
Licença ambiental
Para obter a licença ambiental é preciso entrar em contato com o órgão responsável pelo meio ambiente do Estado. Em São Paulo, a instituição responsável é a Cetesb. No momento da solicitação da licença deve ser entregue a documentação necessária ao licenciamento ambiental e apresentado o check list específico para a situação existente (postos novos, reforma completa, condições mínimas ou condição intermediária). Para mais informações, acesse: www.licenciamentoambiental.cetesb.sp.gov.br. resíduos oriundos da caixa e da água utilizada na limpeza. “Deve-se, portanto, evitar as chamadas limpa fossas. O que num dado momento possa parecer barato, os transtornos resultantes por contratar empresa não licenciada pelo órgão
ambiental, não justifica a economia”, alerta o analista ambiental da Supply Service. Para isso é imprescindível solicitar à empresa que efetua a limpeza da caixa separadora de água e óleo o devido comprovante da limpeza e certificado de destinação dos resíduos gerados. “Lembrando que a destinação de todos os resíduos gerados nos estabelecimentos de comercialização de combustíveis devem ter o devido CADRI, que é a autorização ambiental para a retirada, transporte, processamento e destinação final destes”, indica o engenheiro. Contatos: Abrafiltros: www.abrafiltros.org.br ANP: www.anp.gov.br Cetesb: www.cetesb.sp.gov.br Conama: www.mma.gov.br/conama Fecombustíveis: www.fecombustiveis.org.br Supply Service: www.supplyservice.com.br
Substância impacta no sabor e na suavidade de alimentos e bebidas
Foto: Free Images
MEIO FILTRANTE
Auxiliares filtrantes: além da purificação
Novembro/Dezembro Meio Filtrante
Suzana Sakai
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tilizados no mundo inteiro, os auxiliares filtrantes possuem um dos papéis mais importantes nos processos de filtração de bebidas e alimentos. Sua função vai além da eliminação de impurezas e partículas turvadoras. Isso porque, a escolha, característica, origem, homogeneidade e forma de emprego dos auxiliares filtrantes impactam grandemente nos resultados de filtração, não somente em termos de qualidade do filtrado como em produtividade do processo, melhorando aspectos como viscosidade e brilho do produto. Os auxiliares filtrantes - também conhe-
cidos como meios filtrantes – são um grupo de substâncias em forma de pó classificadas de acordo com a sua origem. Eles podem ser de vários tipos, com finalidades similares e desempenhos específicos. “Os filtrantes são utilizados em todos os processos industriais na separação de sólidos de um líquido. Sua atuação é um processo físico”, explica o representante da Direct Line, João Carlos Alberti. No decorrer do processo de preparo dos filtros, os auxiliares filtrantes são depositados sobre o equipamento, durante o procedimento do preparo da pré-camada, bloqueando a passagem de substâncias insolúveis pelos efeitos de filtração por superfície e por profundidade. Um dos exemplos de auxiliares filtrantes mais utilizados são as diatomitas ou terras diatomáceas, que são esqueletos de algas e animais microscópicos fossilizados a milhões de anos com mais de 5000 formas, que pelo processo industrial de alta tecnologia, mantém-se intacta a forma geológica original tornando-se um dos produtos mais usados no mundo para processos filtrantes. A perlita é outro tipo de auxiliar filtrante bastante conhecido. Esta substância origina-se da lava vulcânica expandida, que após classificada, apresenta propriedades singulares para processos de filtração, em que se exige baixíssima densidade. Outro exemplo é a celulose filtrante, substância originaria da celulose vegetal purificada, que pelo aspecto fibroso e de comprimentos variados, apresenta alta capacidade no auxílio à filtração e muitas vezes quando usada
em regime de fluxo contínuo, conferindo assim a pré-camada, pré-capa, torta filtrante ou outros sinônimos comuns para a finalidade principal que é a retenção de partículas insolúveis”, afirma Mauricio Zanini, da Cross Filter. A escolha do auxiliar filtrante deve ser previamente analisada pelo histórico de sucesso nas outras empresas similares. Há vários tipos de auxiliares filtrantes que irão se diferenciar pela permeabilidade e distribuição granulométrica em uma relação direta entre fluxo e capacidade de retenção. “Deve-se observar o tipo de equipamento a ser utilizado com melhor custo/beneficio do filtrante, aqueles que realizam maior capacidade produtiva com menor tempo gasto”, diz João Carlos. Além disso, deve-se analisar questões como o material da membrana, de acordo com a compatibilidade química da amostra, o tamanho do filtro de acordo com o volume e fluidez da amostra a ser filtrada e o tamanho do poro do filtro para que sejam removidas corretamente as impurezas e organismos microbianos desejados.
Auxiliares filtrantes e a cerveja
Apesar de existirem vários tipos de auxiliares filtrantes, os mais utilizados ainda são a perlita, diatomita e a fibra de celulose. As três substâncias possuem suas vantagens e desvantagens que devem ser consideradas no momento da escolha do produto. A perlita é um produto relativamente
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Diatomita
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em consórcio com os exemplos anteriores, confere importantes vantagens processuais. “Em todos os exemplos, podemos dizer que os meios filtrantes possuem características especiais, que permitem os processos de filtração por pré-camada. Eles destacam-se como excelentes alternativas para a funcionalidade por meio da sobreposição de partícula sobre a tela do filtro
Diferenças
Foto: Divulgação Cross Filter
Não é nenhuma novidade que a cerveja é uma paixão nacional e o processo de filtração tem um papel importante no sabor dessa bebida tão querida pelos brasileiros. Em 2009, quando a AmBev lançou a Antarctica Sub Zero no mercado, o tema ganhou destaque já que, um dos grandes diferenciais do produto é a dupla filtração, que resulta em uma bebida mais suave e refrescante. A seleção dos diferentes tipos auxiliares filtrantes para a produção da cerveja em questão leva em consideração uma série de estudos avaliando, por exemplo: a característica da cerveja que será a base do processo de filtração, as especificações do produto que se deseja obter, o tipo de instalações disponíveis e sua condição de operação. Não existe uma receita fixa para todos os sistemas de filtração, já que processos bioquímicos são variáveis naturalmente, bem como características de matérias-primas da mesma forma, mesmo para um sistema de filtração comum, as composições de auxiliares filtrantes devem estar sempre sendo adequadas. A retirada das partículas turvadoras depende essencialmente das características de cada bebida, o que varia conforme sua composição, fabricação e matérias-primas utilizadas. No caso da cerveja, além de eliminar substâncias como levedura e resinas de lúpulo, a filtração atua como um mecanismo de esterilização antes do envase.
MEIO FILTRANTE
Aplicações
Os auxiliares filtrantes são utilizados principalmente em indústrias que realizam o processo de separação de sólidos e líquidos. Confira algumas das aplicações mais utilizadas: - Indústria de bebidas; - Indústrias alimentícias, em processos como produção de margarinas, lecitinas, caramelos, caldos de carne, etc; - Indústrias químicas; - Indústrias de óleos vegetais e minerais; - Indústrias farmacêuticas, na utilização da extração de antibióticos e xaropes.
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novo, que passou a ser utilizado por volta de 1950. Desde então, ele vem substituindo as diatomitas em filtração, por trazer um custo beneficio muito maior. Sua menor densidade proporciona menor quantidade de utilização. “É utilizado em vários segmentos e cada vez mais se abre o leque de sua utilização, não tem sílica livre e somente tem em sua desvantagem de ser abrasivo”, comenta João Carlos. Já a diatomita é um produto de formação fóssil muito utilizado em filtração. Tem a densidade maior que a perlita e é um produto de utilização mais antiga, que ainda detém credibilidade para ser usado. Não é utilizado em vários outros segmentos que a perlita é utilizada. Contém sílica livre, que aos ser manuseado pode atacar o sistema respiratório e trazer malefícios aos pulmões. A fibra de celulose faz parte de composição junto com Perlita e diatomita na confecção de placas filtrantes para ser utilizada normalmente como segunda filtração e dar brilho ao produto filtrado, como, por exemplo, a cerveja. Tem capacidade de reter partículas por sistema de carga (negativa/positiva). “É muito utilizado na confecção de filtros e atuam na separação das partículas do ar. Tem sua limitação de uso, não sendo possível filtrar qualquer produto, por ser solúvel”, explica o representante da Direct Line. “De forma resumida, podemos ressaltar propriedades interessantes para cada um deles; diato-
Fibra de celulose
mitas são bem usadas nas indústrias de cervejas pela excelente porosidade, fluxo e capacidade de retenção conferida. Perlitas são incríveis para processos de alto percentual de impurezas principalmente para filtros rotativos a vácuo pela baixíssima densidade e porosidade e as fibras de celulose, podem corrigir perfeitamente deficiências nas telas do filtro, incremento de claridade e brilho no filtrado. O uso de mesclas entre eles é muito comum e traz o benefício de realçar as vantagens de cada uma somadas em um único processo”, afirma Maurício. As aplicações mais usuais no mercado brasileiro e mundial são no segmento alimentício, tais como: as industriais de cerveja, refrigerantes, gelatinas, glucose e óleos minerais e vegetais entre outros. “Devemos destacar os processos petroquímicos, químicos e farmacêuticos entre outras aplicações, lembrando que pela singularidade das características deste produto; também são usados em vários processos como cargas funcionais e outros fins diferentes”, destaca o representante da Cross Filter.
Mercado
No mercado nacional e mundial estão disponíveis diversos tipos de auxiliares filtrantes, para aplicações diversificadas. A Direct Line é representante no Brasil de uma fábrica da Argentina, que produz filtrantes por meio do mineral perlítico a
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base de sílica. “A perlita contém em média 70% de sílica. Os produtos derivados de perlitas são mais leves do que as diatomitas, em média de 20% até 45%. Como os filtrantes são utilizados por volumes, a perlita ocupa o mesmo espaço com menor quantidade dentro do filtro e acaba por ter menor consumo, maior rapidez no fluxo filtrante, torta não compressível, limpeza de equipamentos mais rápidos”, explica João Carlos. A Cross Filter oferece há mais de 21 anos no Brasil, a linha completa de auxiliares filtrantes do tipo diatomitas Celite, Kenite e Diactiv com excelente custo benefício comprovado em todo o mundo. “Dispomos da linha de auxiliares filtrantes perlitas do tipo filtrantes Perlimax e Harborlite, apresentando alternativas logísticas importantes a todos os estados brasileiros e para finalizar as fibras de celulose, Fibra-Cel produzidos pela Celite nos Estados Unidos com grau de pureza 99% alfa celulose e rendimento A2Z - MF 77.pdf 1 13/10/2015 11:42:23
Perlitas
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