Revista Só Futebol #3

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ANO 1 • NÚMERO 3 • 2014 • R$10,00 Revista Só Futebol

ANO 1 • NÚMERO 3 • 2014 • R$10,00

Entre os melhores

do mundo Após os primeiros passos em times paranaenses, Rafinha brilha no Bayern ao lado de campeões mundiais

Traje de festa As camisetas comemorativas do trio de ferro

Futebol de botão O sucesso do esporte também na mesa




Agora tambĂŠm disponĂ­vel para download! facebook.com/revistasofutebol


EDITORIAL

N

ossa capa é um dos símbolos do sucesso do futebol paranaense. Rafinha deu seus primeiros passos no Londrina e no Coritiba e, hoje, joga ao lado de campeões mundiais no Bayern de Munique. No estado, o futebol vive um momento agitado, entre partidas de Brasileirão e eliminações na Copa do Brasil. É um período de novos treinadores, como é o caso de Marquinhos Santos, que retornou ao Coritiba – e conversou com a gente sobre sua volta –, e de Claudinei Oliveira, que sai do Paraná Clube para assumir o Atlético Paranaense. Apresentamos ainda as camisetas comemorativas do trio de ferro, lançadas para celebrar momentos históricos e grandes conquistas. Outros campeonatos também estão rolando, e temos notícias sobre eles: futsal, futebol 7, futebol americano, Copa Kaiser e outros tantos. Fomos em busca de mais informações sobre a formação de árbitros no Paraná e sobre o universo do futebol de botão. Conversamos com o chargista Thiago Recchia, que nos contou um pouco mais sobre Los Três Inimigos, e também com Domingos Moro, que opina sobre o sistema jurídico desportivo no Brasil. Boa leitura!

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Coordenação de Conteúdo Fernanda Brun fernanda@olikcomunicacao.com.br

Jornalista Responsável Thais Vaurof – Mtb: 8270/PR thais@olikcomunicacao.com.br contato@olikcomunicacao.com.br

Colaboradores Mahani Siqueira, Rafael Falavinha, Ricardo Galeb, Thaisa Meraki e Arieta Arruda

Revisão Thalita Uba (Lumos Traduções)

Projeto Gráfico e diagramação Lais Pancote

Para anunciar comercial@revistasofutebol.com comercial1@revistasofutebol.com (41) 3209.3389 Nenhuma empresa ou pessoa está autorizada a retirar produtos, comercializar espaços publicitários ou editoriais, a não ser com autorização por escrito da Olik Comunicação, situada na cidade de Curitiba.

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Sumário

revista só Futebol

ANO 1 • NÚMERO 3 • 2014 • R$10,00

28 ANO 1 • NÚMERO 3 • 2014 • R$10,00

ENtRE Os MElhOREs

dO MuNdO Após os primeiros passos em times paranaenses, Rafinha brilha no Bayern ao lado de campeões mundiais

traje de Festa

As camisetas comemorativas do trio de ferro

Futebol de botão O sucesso do esporte também na mesa

NOSSA CAPA foto: © Alexander Hassenstein/ Bongarts/Getty Images

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copa do brasil

A participação dos times paranaenses no campeonato

giro do futebol

O que está acontecendo pelos campos do Paraná

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Treinador

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brasileirão

Marquinhos Santos está de volta ao Coxa e fala sobre as expectativas do novo cargo

Imagens de jogos dos times paranaenses

CAPA

O paranaense Rafinha se destaca como lateral no Bayern de Munique

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UNIFORME

Os times paranaenses investem em camisas comemorativas

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papo cabeça

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por onde anda

Domingos Moro em uma conversa sobre as leis e os tribunais esportivos

Washington, ex-Atlético Paranaense, agora investe na carreira política


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Futebol de mesa

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saúde

Jogado com botões, o futebol de mesa busca novos adeptos

Os traumas neurológicos sofridos pelos jogadores

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formação

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imprensa

A formação dos árbitros paranaenses, que também conquistam os campos nacionais

Tiago Recchia, cartunista e criador do Los Tres Inimigos, fala sobre futebol

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Suburbana

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internet

Os clássicos da suburbana contam também a história de Curitiba

Perfis dos jogadores dos clubes paranaenses nas redes sociais

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Copa do brasil

Adeus em dose dupla Arbitragem polêmica marca eliminação de Atlético e Coritiba

Q

uando Cléber Machado, acompanhado de quatro modelos em curtos vestidos, sorteou os oito confrontos das oitavas de final da Copa do Brasil de 2014, Atlético e Coritiba vislumbraram uma chance inédita de fazer história. Os eternos rivais se depararam com América-RN e Flamengo, respectivamente, mas também viram no chaveamento anunciado pelo narrador global a excitante oportunidade de um inédito Atletiba na tradicional competição eliminatória. Eliminar os adversários e garantir um clássico eletrizante nas quartas de final era o script perfeito para as esquadras rubro-negra e alviverde. Duas histórias bem diferentes, contadas em 180 minutos – e mais alguns momentos extras de agonia no caso do Coritiba –, tiveram desfechos semelhantes, para desespero das torcidas paranaenses, que ficaram sem clássico nas quartas. O roteiro que eliminou Coxa e Furacão da Copa do Brasil teve reencontro com a torcida,

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três jogos com goleada, nenhum gol de visitantes, pênaltis mal marcados, disputa em pênaltis e dolorosas lembranças para ambos os lados.

DE VOLTA PARA O FUTURO A derrota por 3 a 0 no jogo de ida, na novíssima Arena das Dunas, em Natal, não foi suficiente para desanimar o torcedor atleticano. Afinal de contas, depois de mais de três anos, a massa rubro-negra voltaria a entrar em casa para assistir a um jogo do Furacão. Contra o América-RN, o Atlético teria a chance de reverter os três gols (um deles nascido de um pênalti bem inexistente, diga-se de passagem), avançar às quartas de final e fazer do reencontro a ocasião perfeita para celebrar uma classificação épica. A torcida compareceu, apoiou o elenco comandado por Leandro Ávila até o final e viu um time comprometido com a necessidade de devolver a goleada. Um gol aos sete minutos de jogo foi a faísca que a atmosfera precisava para acender a esperança de que a vaga


Placar agregado – Atlético 2x3 América-RN IDA

VOLTA

América-RN 3x0 Atlético Arena das Dunas, em Natal (RN) 27/08/2014 Gols: Rodrigo Pimpão, 39’1°T; Max, 47’1°T e Thiago Cristian, 35’2°T

Atlético 2x0 América-RN Arena da Baixada, em Curitiba (PR) 03/09/2014 Gols: Deivid, 7’1°T; Marcelo, 43’2°T

ATLÉTICO-PR Weverton, Sueliton, Cleberson, Léo Pereira e Natanael; Deivid, Otávio (Paulinho Dias), Nathan (Cléo) e Marcos Guilherme; Marcelo e Douglas Coutinho (João Paulo). Técnico: Leandro Ávila (interino)

AMÉRICA-RN Andrey, Marcelinho, Cléber, Lázaro e Arthur Henrique; Tiago Dutra (Jean Cléber), Val, Fabinho e Morais (Andrezinho); Rodrigo Pimpão (Thiago Cristian) e Max Técnico: Oliveira Canindé

© Geraldo Bubniak

AMÉRICA-RN Andrey, Marcelinho (Walber), Cléber, Lazaro e Arthur Henrique (Thaigo Cristian); Márcio Passos (Tiago Dutra), Val, Fabinho e Morais; Rodrigo Pimpão e Max Técnico: Oliveira Canindé

ATLÉTICO-PR Wéverton, Mário Sérgio (Paulinho Dias), Cleberson, Dráusio e Natanael; Deivid, João Paulo, Nathan (Dellatorre) e Marcos Guilherme; Marcelo e Cléo (Mosquito) Técnico: Leandro Ávila

BOLA NA REDE

Deivid comemora o gol e vibra com a torcida que volta ao estádio

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Copa do brasil

podia ser rubro-negra. Nos 81 minutos seguintes da partida, o domínio foi todo atleticano. O Atlético criou chances e fez por merecer o segundo gol, que acabou chegando tarde demais. Aos 43 da segunda etapa, Marcelo balançou as redes e deu um último sopro de ânimo. O apito final, no entanto, foi implacável e não deixou espaço para o gol que levaria a disputa aos pênaltis. Da desclassificação para o time potiguar, ficam as memórias da torcida aplaudindo o time após o duelo, a garra dos atletas em cada lance e, como não poderia ser diferente, o brilho nos olhos de cada atleticano ao sentir aquela conhecida sensação de voltar para casa depois de tanto tempo. Reformada e mais moderna do que nunca, a Arena da Baixada está pronta para ser o palco de que o Furacão precisa para o seu futuro.

DO ÊXTASE AO SOFRIMENTO A fase de oitavas de final da Copa do Brasil começou perfeita para o Coritiba. Na reestreia do técnico Marquinhos Santos no comando alviverde, o clima no Couto Pereira era diferente dos recentes tropeços pelo Brasileirão e a torcida se mostrava pronta para empurrar o time na direção de um novo momento no ano. Em campo, a equipe refletiu o

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bom ambiente e não tomou conhecimento do Flamengo de Vanderlei Luxemburgo. A festa alviverde terminou com um sonoro 3 a 0, fruto de gols de Leandro Almeida, Luis Antonio (contra) e Zé Love. No Maracanã, palco do jogo de volta, o Coritiba tinha a missão de segurar o desespero flamenguista e impedir uma pouco provável reviravolta no placar. No entanto, uma arbitragem periclitante, que marcou dois pênaltis inexistentes e deixou de ver faltas decisivas contra o time paranaense, complicou a situação alviverde e levou a partida à decisão por pênaltis. Sim. Com a ajuda do árbitro, o Flamengo conseguiu igualar o Coxa no placar agregado, com dois gols de Alecsandro e um de Eduardo da Silva e colocou o destino da vaga na marca de cal. Nas cobranças de pênaltis, os destaques foram Vanderlei e Paulo Victor. O goleiro coxa-branca defendeu três cobranças, enquanto o flamenguista salvou seu time duas vezes e viu outras duas bolas explodirem na trave. Com vários erros para cada lado, a disputa chegou às cobranças alternadas e terminou com a vitória carioca por 3x2. Após a desilusão, tão grande quanto a revolta pela má arbitragem, só restam olhos para as próximas partidas do Campeonato Brasileiro.

SOFRIMENTO

No Maracanã, o Coritiba sofreu com a arbitragem e se viu eliminado do campeonato


© divulgação

Placar agregado – Coritiba 3x3 Flamengo* IDA Coritiba 3x0 Flamengo Couto Pereira, em Curitiba (PR) 27/08/2014 Gols: Leandro Almeida, 15’1°T; Luiz Antônio (contra), 28’,2°T e Zé Love, 44’2°T

© divulgação

CORITIBA Vanderlei; Norberto (Reginaldo), Leandro Almeida (Bonfim), Luccas Claro e Carlinhos; Gil, Hélder, Robinho e Dudu; Martinuccio (Élber) e Zé Love Técnico: Marquinhos Santos FLAMENGO Paulo Victor; Luiz Antônio, Chicão, Marcelo e Samir; Amaral, Márcio Araújo (Canteros), Lucas Mugni (Paulinho) e Everton; Nixon (Gabriel) e Eduardo da Silva Técnico: Vanderlei Luxemburgo

VOLTA Flamengo 3x0 Coritiba Maracanã, no Rio de Janeir (RJ) 03/09/2014 Gols: Alecsandro, 48’1°T e 11’2°T; Eduardo da Silva, 35’2°T FLAMENGO Paulo Victor; Luiz Antônio (Leo Mora), Chicão, Samir e João Paulo; Recife, Márcio Araújo, Canteros e Gabriel (Eduardo da Silva); Paulinho (Everton) e Alecsandro Técnico: Vanderlei Luxemburgo CORITIBA Vanderlei; Norberto, Luccas Claro, Leandro Almeida e Carlinhos; Gil (Robinho), Helder, Rosinei (Baraka) e Dudu; Martinuccio (Alex) e Zé Love Técnico: Marquinhos Santos *O time carioca venceu por 3x2 na disputa de pênaltis

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Giro do Futebol

O que está

rolando pelos campos

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ão © D iv u lg aç

© Divulgaç ão

© Divulgaç ão

© Sabrina Godarth

aç © D iv u lg

ão

Saiba como estão as disputas de diversos campeonatos pelo estado


© Geraldo Bubniak

Onze vezes

CAJA

Após 34 dias de competição, 12 times na disputa e 49 partidas, o Clube Atlético Jardim das Américas, o CAJA, manteve o favoritismo e venceu mais uma vez o campeonato. O adversário na final, realizada no dia 3 de agosto, em Curitiba, foi o Joga 10. Muito disputado, o jogo estava empatado em 3 a 3, mas nos minutos finais o CAJA marcou duas vezes e garantiu a conquista da XV Copa Kaiser. Autor de um dos gols, Jonatas

Time do Jardim das Américas vence Copa Kaiser pela 11ª vez

Alves, 30 anos, conhecido como Batata, citou a amizade dos jogadores do CAJA para o sucesso dentro de campo. “Somos todos amigos. Tem gente que se conhece há mais de dez anos e isso faz com que o time seja ainda mais unido”, disse o jogador, que está há seis anos no time. Ele destacou também a manutenção da base ao longo dos anos. “A gente troca pouco os jogadores do elenco. Assim, todo mundo sabe como o colega joga e isso nos dá mais força.”

Esse é o mesmo pensamento de Castorzinho, 36 anos. Ex-profissional, ele acredita no entrosamento do grupo para a hegemonia do CAJA na competição: são 11 títulos de um total de 15 disputados. “O grupo muda pouco e isso faz com que a amizade cresça a cada ano”, declarou o pivô, que está no time desde 2003. Além de campeão, o CAJA também teve o artilheiro da competição. Edmilson Ferreira balançou as redes 16 vezes.

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© Sabrina Godarth

Giro do Futebol

Taça Pinhais Atlético goleia Paraná e conquista o prêmio Duas das grandes forças do futebol 7 do estado entraram em campo no dia 17 de agosto, na Arena Ceschin, para disputar o título da Taça Pinhais. O jogo começou muito disputado, com boas chances para as duas equipes, mas foi o Paraná que abriu o placar. Após o primeiro tempo equilibrado, na etapa final o Atlético dominou o jogo, marcou cinco vezes e garantiu a conquista. Apesar do placar elástico, 5 x 1, o treinador do Furacão, Marlon Campos, destacou o equilíbrio dentro da

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quadra. “O primeiro tempo foi pegado, os dois times estavam muito iguais. Mas depois nós conseguimos melhorar e marcar os gols que garantiram a vitória”, detalha. Edgar Schurtz foi eleito o craque do campeonato e fez questão de dividir o prêmio individual com os companheiros. “Fico muito feliz pelo título e agradeço todo grupo atleticano. Nós fizemos nosso melhor jogo no campeonato, principalmente no segundo tempo, e conseguimos a taça”, comemora o jogador.

O técnico do Atlético acredita que a conquista da Taça fortalece ainda mais o fut7. “O torcedor gosta de ver o clube do coração jogando, seja no campo, sintético ou salão. É muito bacana ver o envolvimento do torcedor.” Na disputa pelo terceiro lugar, quem levou a melhor foi o Rio Branco, de Paranaguá, que venceu o Pinhais por 5 a 1. A Taça Pinhais foi a segunda etapa do Circuito Paranaense de Futebol 7. A próxima será realizada em São José dos Pinhais, em setembro.


Futsal

Muffatão/Sol do Oriente/Cascavel, com 11 pontos. O Umuarama Futsal ocupa a segunda posição, com 10. Pela primeira fase da Série Prata, após 13 rodadas a Associação Caramuru Esportes lidera com 36 pontos, seguida por Concrevalle/Dois Vizinhos e São José dos Pinhais/SMEL, com 28.

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Pela 1ª fase do Campeonato Feminino de Futsal, a Associação Cianortense lidera a competição com 24 pontos. O C.E.R. Aquárius vem na 2º colocação, com 15, seguido pelo Londrina Futsal,

que soma 13 pontos. No masculino, a Divisão Especial Série Ouro do Campeonato Paranaense de Futsal está na segunda fase. O Cresol/Marreco é o líder do grupo A, com 13 pontos, seguido de perto pelo Copagril/ Sempre Vida/M. C. Rondon, com 12. No grupo B, a liderança é do

Futebol americano Após um jogo muito equilibrado e com placar apertado – 7 x 6 – o Crocodiles venceu o Paraná HP e conquistou o Campeonato Paranaense de Futebol Americano de forma invicta, com sete

Crocodiles conquista o Paraná Bowl VI vitórias. Foi apenas um touchdown para cada lado, e a diferença no placar foi pela conversão do ponto extra pelo Crocodiles. Na disputa pelo terceiro lugar, o Brown Spiders venceu o Opção Pyros.

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Giro do Futebol

Série D Campeonato Londrina tem novos jogadores e Maringá sofre com derrota Brasileiro Série D

O Londrina segue realizando uma ótima campanha na Série D do Brasileirão. O Tubarão é o líder do Grupo A8, com 14 pontos, e já está classificado para a segunda fase. São quatro vitórias e dois empates. Na última rodada, o time empatou com a Penapolense-SP, em 0 a 0, no interior de São Paulo.

O Londrina confirmou a contratação de três reforços para a sequência da Série D do Campeonato Brasileiro. O lateral-direito Cristovam, de 24 anos, veio do FK Senica, da Eslováquia. O meia Guilherme, de 21 anos, pertence aos Grêmio-RS e o atacante Matheus, de 27, estava na Chapecoense e já teve passagem pelo Coritiba. Já o Maringá sofreu a terceira derrota consecutiva na competição. Após perder em casa, por 2 a 1, para o Ituano, o time saiu da zona de classificação para a segunda fase. O Brasil de Pelotas lidera o Grupo A7 com 12 pontos. O Ituano vem na sequência com dez. O Maringá é o terceiro, com sete pontos. Os dois primeiros de cada grupo avançam para a fase seguinte.

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Claudinei Oliveira saiu do comando do Paraná Clube para assumir o posto de treinador do Atlético Paranaense. Anunciado no dia 3 de setembro, o treinador, de 44 anos, se mostrou empolgado com o novo desafio. O profissional esteve na Arena para assistir à partida do time contra o América (RN) – e o retorno da torcida ao estádio em jogos oficiais. Em entrevista ao site do time, afirmou que achou positiva a sinergia entre a equipe e o torcedor, e gostou do que viu em campo. Sua intenção é que a equipe evolua no segundo turno do Brasileirão. O treinador afirmou que pretende colocar seu estilo de jogo na equipe: bola no chão, passes e a busca pela linha de fundo. No Paraná Clube, quem assume o posto de treinador é Ricardinho. O pentacampeão mundial retorna ao time depois de dois anos, quando iniciou sua carreira como treinador de futebol. Na ocasião, comandou a equipe no acesso à primeira divisão do Campeonato Paranaense, na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro da Série B. Junto com o novo treinador, quem também integra a comissão técnica é o auxiliar Rodrigo Pozzi e o preparador físico George Castilhos.

© Mauricio Mano

Novos técnicos


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Campeonato

Paranaense

de Futebol A bola rolou para jogos da divisão de acesso do Campeonato Paranaense de Futebol. Pela 2ª divisão, após nove rodadas, o Cascavel lidera com 16 pontos, seguido pelo Nacional, com 13, e o Foz do Iguaçu, também com 13. Oito clubes disputam duas vagas na elite do futebol do estado em 2015. Pela 3ª divisão, após a primeira rodada, Cascavel, Pato Branco e Campo Mourão dividem

a liderança com três pontos. Sete clubes disputam a competição: Cascavel CR, Pato Branco, Campo Mourão, Grecal, Portuguesa Londrinense, Andraus e AA Batel.

Brasileiro de futebol 7 Enquanto o CAJA segue na disputa pelo tetracampeonato, o Coritiba está eliminado. A campanha do Alviverde no Brasileiro de Clubes não foi a esperada pelos jogadores e membros da comissão técnica. O clube somou apenas um ponto e não passou da primeira fase. Na estreia, empatou em 2 a 2 com o Real Sete-ES, mas na disputa de shoot-outs, a equipe capixaba levou a melhor e ficou com o ponto extra.

Depois, o alviverde perdeu para o Acadêmicos da Bola-RS, por 2 a 0, e para o Fluminense-RJ, por 6 a 1. O outro representante paranaense na competição é o Clube Atlético Jardim das Américas, CAJA, de Curitiba. Tricampeão, o time teve a quarta melhor campanha entre todas as equipes na primeira fase. Venceu na estreia o Vila Nova-GO, por 4 a 2, e depois bateu o São CristovãoRJ, por 3 a 2. Na última rodada,

empatou em 1 a 1 com o Vila Nova-RS, mas perdeu o ponto extra na disputa de shoot-outs. Nas oitavas de final, o time paranaense vai enfrentar novamente o Vila Nova-GO, agora em partidas de ida e volta. Os jogos ocorrem nos dias 12 e 13 de setembro em Camaquã (RS). Por conta do calendário apertado, o Atlético decidiu não participar do brasileiro. O clube irá focar na Liga Fut 7.

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Treinador

De volta ao Coxa 18

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Marquinhos Santos retorna ao time no qual começou sua carreira profissional


E

le está de volta. O Coritiba tem Marquinhos Santos como novo treinador para a reta final da temporada 2014. Depois de uma temporada na Bahia, o técnico está de volta em um momento difícil e decisivo para o Coritiba, com a bola rolando no Brasileirão e a eliminação na Copa do Brasil.

Marquinhos começou a se destacar nas categorias de base do Coritiba, prestígio que o levou a assumir as seleções de base do Brasil. Em 2012, voltou ao Coxa como treinador da equipe oficial. Assim como agora, sua estreia foi contra o Flamengo e o placar foi idêntico: 3 x 0 para o Verdão. A revista Só Futebol teve com o treinador uma conversa sobre sua volta, a situação do Coritiba e as expectativas para as próximas partidas.

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Não tinha a ideia de assumir nada até a próxima temporada, e inclusive havia recusado alguns convites para outros clubes, mas no caso do Coritiba, entendi como uma convocação, afinal, foi o clube que me abriu as portas para o futebol profissional e eu não podia recusar.

RETORNO

Marquinhos de volta aos trabalhos com os jogadores do Coxa

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Treinador

Revista Só Futebol: Como foi o convite para a sua volta ao Coritiba? O anúncio foi rápido, vocês já estavam conversando antes? Marcos Santos: Tudo aconteceu muito rápido, sim. Conversei com o presidente Vilson Ribeiro e logo em seguida com o Anderson Barros. Não tinha a ideia de assumir nada até a próxima temporada, e inclusive havia recusado alguns convites para outros clubes, mas no caso do Coritiba, entendi como uma convocação, afinal, foi o clube que me abriu as portas para o futebol profissional e eu não podia recusar.

Revista Só Futebol: Como foi o seu período com o Bahia? O que você aprendeu com essa fase? Marcos Santos: Muito positivo e, como em todas as ocasiões de um profissional, amadureci muito, tanto no aspecto profissional quanto pessoal. Assumi o time com uma proposta bem clara na época, que era vencer o estadual e manter uma posição intermediária no brasileiro. A primeira meta foi alcançada, e com pouco tempo de carreira, tenho a satisfação de ostentar dois títulos de regionais fortes e tradicionais. No período da Copa do Mundo, por razões particulares e em comum acordo, rescindi com o Bahia, mas sei que

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a equipe está preparada para alcançar o outro objetivo.

Revista Só Futebol: O Celso Roth tem um vasto currículo, já é um treinador experiente. Você volta ao Coxa com que novidades em busca de uma mudança do time? Marcos Santos: Acredito que posso contribuir em vários aspectos de minha filosofia tática, mas não vale abrir de forma tão explícita por aspectos de estratégia e por respeito ao treinador que aqui estava. Mas há aspectos importantes que devem ser vistos nessa etapa em que assumimos o comando: o primeiro passo é a entrega do grupo, trazer a autoestima de volta, fazer os adversários nos respeitarem dentro do Couto Pereira. Também precisamos recuperar a torcida, fazer com que ela tenha alegria de estar no Couto.

sabedoria neste momento para poder tirar de cada um o seu melhor e ajudar o Coritiba a sair dessa situação.

Revista Só Futebol: Você tem história e teve um bom desempenho com os jogadores mais jovens. Você pretende reavaliar os times de base e esses jogadores em busca de oportunidades para o clube dentro do próprio clube? Marcos Santos: Sem dúvida. O Coritiba é um clube formador, que, por suas necessidades, precisa saber aproveitar jogadores da casa. Temos um grupo sub-23 sob o comando do Alan All que conta com alguns pratas da casa do clube. Vamos monitorar esses atletas pensando não só no momento, mas também no futuro, até onde cada um deles pode chegar.

Revista Só Futebol: Você coRevista Só Futebol: Um dos principais problemas do Coxa é o ataque. Você tem alguma estratégia específica para isso, tendo em vista que o mercado para contratações de atacantes não anda em seus melhores momentos? Marcos Santos: Acredito muito no grupo que temos, são atletas vencedores em suas carreiras, artilheiros de campeonatos importantes, com títulos importantes. Temos que ter

nhece grande parte da equipe do Coritiba, inclusive alguns jogadores do Bahia. Você acha que isso torna essa transição, a sua chegada, mais fácil? O torcedor pode esperar uma resposta mais rápida? Marcos Santos: Isso ajuda, mas o que vale são os resultados. O torcedor pode esperar muita entrega. É através dessa mobilização dos atletas que podemos resgatar o torcedor, trazê-lo


© Divulgação

O torcedor pode esperar muita entrega. É através dessa mobilização dos atletas que podemos resgatar o torcedor, trazê-lo novamente ao nosso lado e, principalmente, fazer do Couto Pereira o nosso aliado.

novamente ao nosso lado e, principalmente, fazer do Couto Pereira o nosso aliado. É muito importante a gente ter novamente a torcida do Coritiba unida, pois sabemos que nossa missão não será fácil, mas sabemos que somos capazes.

Revista Só Futebol: Vimos no

Marcos Santos: Penso em con-

jogo contra o Flamengo (no dia 27 de agosto) que você já começou seu trabalho escalando um time mais ofensivo. De imediato, quais são as mudanças que você pretende fazer no time?

tar com esse grupo, conheço alguns atletas e outros ainda vou conhecer trabalhando diariamente. Vamos procurar subir um degrau por vez, com as opções que temos à disposição.

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Brasileirão em imagens Alguns registros marcantes das partidas do trio de ferro no campeonato 22

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© VALQUIR AURELIANO

CAMPEONATO BRASILEIRO


© VALQUIR AURELIANO

Coritiba 2 X 0 Vitória Estádio Couto Pereira 20/08/2014

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CAMPEONATO BRASILEIRO

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Paraná Clube 1 X 0 Bragantino Estádio Durival Britto 23/08/2014

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CAMPEONATO BRASILEIRO

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Atlético Paranaense 2 X 0 Criciúma Arena da Baixada 20/07/2014

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© Arquivo pessoal/Nadine Rupp

CAPA

Marcio Rafael Ferreira de Souza, 29 anos, lateral-direito no Bayern de Munique

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Do Paraná

para o melhor time do mundo

Lateral-direito Rafinha nasceu em Londrina, destacou-se no Coritiba e hoje atua no Bayern de Munique, time base da Seleção Alemã, o futebol do momento

O

O lateral-direito Rafinha, atualmente no Bayern de Munique, é um dos grandes atletas que levam o nome do estado do Paraná para o mundo. O futebolista nasceu em Londrina, destacou-se no futebol em sua cidade, mas estourou mesmo no Coritiba, time no qual marcou época e é ídolo até os dias de hoje. Marcio Rafael Ferreira de Souza, 29 anos recém-completados no dia 7 de setembro, é um dos últimos remanescentes de uma posição extremamente carente no futebol brasileiro: lateral-direito. Jogador de boa técnica, boa marcação e de apoio com qualidade ao ataque, é um legítimo atleta da posição. O esportista atua no principal clube do momento, o poderoso Bayern, dono de um futebol vistoso. Mas seu

nome na Alemanha não se resume ao maior time do momento: Rafinha foi destaque no Schalke 04, onde atuou durante cinco anos, de 2005 até 2010, e teve a marca impressionante de 198 jogos, com 11 gols marcados. Sua base começou cedo, aos sete anos, na cidade de Londrina, onde ficou até os 16 anos, quando chamou a atenção de um dos grandes da capital, o Coritiba. No Coxa,

“ E u t e n h o u m a g ra n d e felicidade de ser paranaense. Te n h o m u i to o r g u l h o da s m i n h a s o r i g e n s e u m g ra n d e c a r i n h o p e l a m i n h a c i da d e n ata l e p o r C u r i t i b a .”

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© Arquivo pessoal/Boris Streubel

CAPA

VITÓRIA Rafinha comemora a Champions League, em 2013

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“Ac h o q u e o f u te bo l b rasi le i ro prec i sa e vo lu i r tati c am e nte . E sse é u m d o s m oti vo s pe lo s q uai s o f u te bo l eu ro peu, e m ge ral, te m c re sc i d o no s ú lti m o s ano s.”

a passagem foi curta – dois anos e 37 jogos –, mas com conquistas importantes: os campeonatos estaduais de 2003 e 2004. No ano seguinte, seu bom futebol o levou à Alemanha. “O fato de ter muitos brasileiros e latinos no Schalke facilitou minha adaptação. Uma coisa que eu quis logo foi aprender a língua o mais rápido possível para poder entender o que queriam de mim e para me comunicar com o treinador e meus companheiros”, relembrou o atleta. Há quase dez anos na Europa, antes de iniciar a carreira no Bayern o lateral ainda teve uma passagem de um ano pelo futebol italiano, no Genoa, mas pretende retornar ao Brasil para se aposentar. Aos 29 anos, Rafinha ainda acha possível sonhar com uma convocação à Seleção Brasileira e,


© Arquivo pessoal

Passatempo preferido: Tocar música no meu banjo ou no cavaquinho

© Divulgação

Bate-pronto

HISTÓRICO Rafinha e sua participação na seleção brasileira

Melhor jogador de todos os tempos: Pelé Clube de futebol da infância: São Paulo

© Revista Só Futebol / © Arquivo Pessoal

Melhor treinador com que trabalhou: Guardiola Gol mais bonito: O que fiz no Derby della Lanterna, o gol da vitória do Genoa sobre a Sampdoria Melhor lembrança que o futebol deu: Campeão da Champions e do Mundial de Clubes Comida preferida: Churrasco Lugar preferido: Londrina

quem sabe, à Copa de 2018. “Acho que ainda dá para sonhar, sim. Mas tudo depende de como eu vou estar no meu clube”, destacou. O jogador já vestiu a amarelinha nas categorias Sub-20 e Sub23, e também teve duas convocações para a Seleção Principal, em 2008 e em 2014, às vésperas da Copa do Mundo, quando Luis Felipe Scolari o testou em uma partida – optando, porém, por Maicon para o Mundial. Apesar de não ir à Copa, Rafinha conhece o sentimento do melhor futebol do mundo, o alemão: o Bayern de Munique é a base da seleção que conquistou a Copa no Brasil e os brasileiros. “Eu fico muito feliz em poder ter a oportunidade de jogar no Bayern. É um grande clube, que dá todas as condições para o jogador poder trabalhar com tranquilidade. Além disso, a mentalidade do time é incrível, todos trabalham para o melhor do grupo”, comentou o atleta. Chegar a uma equipe da qualidade e do porte do Bayern de Munique é um sonho de infância, mas

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Exposição Até o dia 30 de setembro, o Schwarzwald Bar do Alemão apresenta a exposição "História de Jogadores Brasileiros na Alemanha", uma mostra sobre a atuação dos brazucas no Campeonato Alemão de Futebol. O trabalho foi idealizado pelo jornalista germânico Carsten Bruder falecido no último dia 20 de agosto. A exposição é composta por 35 painéis que contam a trajetória de astros brasileiros que jogaram em clubes alemães a partir de 1964. Dentre os atletas, estão Dunga, o lateral Rafinha, os zagueiros Dante e Júnior Baiano, além do atacante Alex Alves. A mostra pode ser conferida gratuitamente de segunda a sexta-feira, das 17h30 às 21h30, no salão Casa Vermelha do Bar do Alemão. O endereço do bar é Rua Claudino dos Santos, 63 - Largo da Ordem.

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DESCONTRAÇÃO Em momentos de descanso, o jogador aproveita um caneco de Paulaner, famosa cerveja de Munique

com vários obstáculos no caminho. “Claro que quando você é criança, tem um sonho de conquistar títulos importantes e jogar pelos maiores times do planeta. Mas a realidade é que existe muito trabalho por trás disso e um pouco de sorte. O atleta precisa encarar cada etapa com a maior seriedade e saber que chegar no topo não é fácil e é preciso muito comprometimento e sacrifício também”, afirmou. Com uma grande história no futebol da Alemanha, o lateral acredita que o Brasil tem muito a melhorar para aproximar-se de como joga o atual campeão do mundo. “Acho que o futebol brasileiro precisa evoluir taticamente. Esse é um dos motivos pelos quais o futebol europeu,

em geral, tem crescido nos últimos anos”, avaliou o jogador. Um dos maiores orgulhos do jogador é levar o nome de seu país e de sua cidade para o mundo. “Eu tenho uma grande felicidade de ser paranaense. Tenho muito orgulho das minhas origens e tenho um grande carinho pela minha cidade natal e por Curitiba. Nas minhas férias, sempre vou às duas cidades e tento matar as saudades dos lugares de que eu gosto”, comentou o atleta. E essa saudade é grande durante o ano. “Sinto saudades da minha família e de meus amigos. Mas no futebol é assim, saímos de casa cedo e só voltamos no fim da carreira. Quando me aposentar, pretendo voltar para Londrina”, concluiu Rafinha.

© Arquivo pessoal/Thomas Niedermueller

CAPA


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UNIFORME

Traje de

festa

Em 2014, os times paranaenses investiram em camisas comemorativas para celebrar momentos históricos e conquistas inesquecíveis

C

amisas comemorativas sempre foram uma boa escolha para times de futebol homenagearem feitos do passado, títulos inesquecíveis ou importantes marcas históricas na trajetória do clube. Em 2014, os três grandes times da capital paranaense recorreram aos seus arquivos para criar novos modelos de uniforme e reverenciar o passado. Enquanto o Atlético e o Paraná Clube revisitaram as origens, o Coritiba preferiu resgatar a conquista mais importante dos seus 105 anos. Conheça melhor os significados de cada camisa neste especial da revista Só Futebol.

HOMENAGEM EM DOSE TRIPLA No primeiro ano da parceria com a Erreà, fornecedora italiana de material esportivo, o Paraná Clube resolveu criar uniformes para homenagear várias passagens importantes da história tricolor.

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A camisa número um – que, segundo o estatuto do clube, deve sempre ser metade vermelha e metade azul – ganhou detalhes em alusão à comemoração dos 25 anos de fundação da equipe. As outras duas camisas de jogo foram desenhadas com referências à Copa do Mundo de 1950 e à atual casa paranista. Naquele Mundial, a Vila Capanema foi palco da partida entre Espanha e Estados Unidos, equipes que utilizavam, coincidentemente, as mesmas cores do Paraná. Aproveitando a oportunidade, o segundo uniforme do Tricolor, predominantemente branco, homenageou os norte-americanos. Já a terceira camisa, toda vermelha, fez referência à seleção espanhola. Para completar o ano de homenagens, o Paraná Clube e a Erreà criaram dois modelos de camisas de goleiro que celebraram os 100 anos de história da equipe (originada da fusão entre o Colorado Esporte Clube e o Esporte Clube Pinheiros). Nessas camisas, foram aplicados os símbolos de todas as instituições


o Paraná Clube criou uniformes para homenagear passagens importantes da história tricolor.

Nos mínimos detalhes Todas as camisas paranistas de 2014 receberam um selo de comemoração aos 25 anos do clube, com uma flâmula e a frase “És o fruto de luta e união”, parte do hino tricolor. Na segunda e na terceira camisas, foram aplicados selos com o placar do jogo entre Estados Unidos e Espanha pela Copa do Mundo de 1950, realizado no Estádio Durival Britto e Silva. Nas duas camisas de goleiro do Paraná deste ano, estão todos os brasões que deram origem ao Colorado Esporte Clube e também os escudos das equipes que mudaram de nome antes de se transformarem em Esporte Clube Pinheiros.

© Divulgação

que, unidas, resultaram no Tricolor que conhecemos hoje. Segundo Robson Mafra, responsável pela área de licenciamento e desenvolvimento de produtos do clube, as camisas foram um sucesso em todos os sentidos. “A repercussão após o lançamento foi imensa. Além de deixarem satisfeitos todos os envolvidos no processo de criação, as novas camisas também agradaram a grande maioria dos torcedores, tanto com relação à modelagem da Erreà quanto ao layout das peças, às cores, aos detalhes de acabamento e também aos detalhes que fazem referência à comemoração dos 25 anos e à homenagem à Vila Capanema”, comemora Mafra, responsável pelo design das duas camisas de goleiro de 2014.

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© Divulgação

UNIFORME O RESGATE DA JOGADEIRA

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o objetivo de resgatar a tradição e a história do futebol coxa-branca com o manto comemorativo foi cumprido. © Divulgação

O título brasileiro de 1985 foi resgatado no uniforme número dois do Coritiba em 2014. No ano da conquista nacional, o time alviverde geralmente vestia uma camisa com listras verticais, batizada de “jogadeira”. Para relembrar a vitoriosa campanha, o departamento de marketing do Coxa, em parceria com a Nike, desenvolveu um design com referências àquela camisa. Segundo José Rodolfo Leite, superintendente executivo do clube, o objetivo de resgatar a tradição e a história do futebol coxa-branca com o manto comemorativo foi cumprido. “Nosso departamento de marketing tinha como meta o associado e o torcedor. Procuramos aquilo que eles mais amam no clube e com o resultado de algumas pesquisas direcionadas comprovamos o que para nós já era claro, que o torcedor coxa-branca respeita e tem orgulho de sua história e tradição. Então, solicitamos à Nike colocar em prática uma homenagem à jogadeira. O resultado é o que esperávamos e a repercussão foi muito positiva. Conseguimos levar ao mercado algo muito próximo do ideal para os torcedores e associados”, analisa Leite.


© Gustavo Oliveira/CAP

a intenção foi homenagear as grandes conquistas rubro-negras ao longo do tempo. BRINDE COM VINHO Para comemorar o 90º aniversário de sua história, o Atlético-PR, em parceria com a Umbro – empresa que também celebra 90 anos em 2014 –, desenvolveu sua terceira camisa da temporada na cor vinho, uma mistura entre os tradicionais preto e vermelho, cores que acompanham o Furacão desde 1924. Com detalhes em dourado e apenas 3

mil unidades produzidas, o modelo foi apresentado no início da Copa Libertadores e vinha acompanhada de uma embalagem que se transforma em um porta-retrato com a imagem da primeira equipe atleticana. Segundo Dante Grassi, gerente de marketing da Umbro, a intenção foi homenagear as grandes conquistas rubro-negras ao longo do tempo. “A nossa preocupação foi

resgatar e transmitir toda a história do clube para a peça. A camisa possui uma modelagem inspirada na alfaiataria das camisarias inglesas e uma elegante gola polo diferenciada, com detalhes de acabamento na cor preta e botões personalizados. Nas costas, há um recorte contrastante na cor preta estrategicamente desenhado para dar um melhor caimento e a assinatura ‘Tailored By Umbro’ bordada para enfatizar toda sofisticação e todos os cuidados na elaboração de uma camisa tão emblemática”, comenta Grassi.

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Disputa em

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UNIFORME

família

Duas das maiores fornecedoras de materiais esportivos, Puma e Adidas, têm, em sua origem, um DNA bem parecido FAMOSAS TRÊS LISTRAS Na década de 1920, Adolf Dassler começou a fabricar calçados esportivos ao lado do irmão, Rudolf, em um quarto da casa da mãe. Hoje, quase 100 anos depois, ele é reconhecido como o fundador de uma das maiores marcas de materiais para a prática dos mais variados esportes, nas mais diversas condições climáticas e nos mais diferentes terrenos, da grama ao saibro. O nome da marca – fundada em 1947, após a separação dos irmãos – vem da união de Adi (como era conhecido Adolf) e Dassler, sobrenome da família. A trajetória da Adidas a envolve passagens como as quatro medalhas de ouro de Jesse Owens nos Jogos Olímpicos de 1936. O norte-americano calçava tênis fabricados por Adi quando surpreendeu o mundo. Na Copa do Mundo de 1954, a marca também foi protagonista, graças às chuteiras com travas

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mais altas, que permitiram aos alemães mais firmeza no chão encharcado da final e tiveram papel fundamental no título germânico. Hoje, a marca das três listras é referência nos mais variados esportes e também se destaca com peças voltadas para a moda casual e urbana, tendo, inclusive, firmado parcerias exclusivas com estilistas como a badalada Stella McCartney.

PUMA INDOMÁVEL Rudolf Dassler poderia ficar entristecido após se separar do irmão e deixar de ser um dos sócios da empresa que viria a ser a Adidas. No entanto, ele preferiu dar início a uma nova jornada e, em 1948, lançou a Puma, sediada inicialmente na cidade alemã de Herzogenarauch. Após alguns anos de adaptação, a marca explodiu entre as décadas de 1960 e 1970, graças principalmente a Pelé, que usava chuteiras

desenvolvidas pela empresa. A forte concorrência com Nike e Adidas chegou a ameaçar a Puma, que só conseguiu se recuperar na metade da década de 1990, quando reviu sua política financeira e passou a apostar no futebol americano e no basquete dos Estados Unidos, o que rendeu bons frutos à marca. A partir de 2004, a empresa encontrou nas seleções africanas de futebol um novo foco de investimento e hoje domina o continente. Além disso, a marca tem contratos com equipes de fórmula 1 e é presença constante em vários outros esportes, sendo, inclusive, a fornecedora de materiais do fenômeno Usain Bolt. Assim como a Adidas, a Puma não se limita a quadras, campos e pistas. Com linhas casuais assinadas por renomados estilistas, a marca faz questão de extrapolar seus produtos dos ambientes esportivos para as ruas.


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Papo cabeça

Advogado da bola Domingos Moro é referência na defesa dos clubes da capital nos tribunais desportivos

O

s clubes, hoje em dia, não dependem mais apenas de um bom técnico e de jogadores com talento, precisam também de um bom advogado. Na esfera desportiva, Domingos Moro, de 53 anos, é figura de reconhecimento notório no cenário nacional. A revista Só Futebol bateu um papo exclusivo com o advogado, que opina sobre o sistema jurídico desportivo do Brasil e fala um pouco sobre futebol. Revista Só Futebol: Você se considera o principal nome do direito desportivo paranaense? Domingos Moro: Acho que faço um bom trabalho por conhecer futebol. A parte desportiva é parecida com a administrativa, então a maioria dos advogados trabalha em outras áreas também. Eu só atuo na de esporte. Como conheço futebol, não só a parte tática e técnica, porque fui dirigente do Coritiba, eu falo a linguagem do boleiro. Isso ajuda na hora de representá-los.

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Revista Só Futebol: Suas teses de defesa são famosas por conterem um pouco de teatralidade. É um bom recurso? Domingos Moro: O Neymar joga de uma forma; o Willian, de outra. Cada um trabalha de um jeito. Eu teatralizo, às vezes, mas só me permito esse recurso em alguns julgamentos, em que cabe essa dose de teatralidade. No Rio de Janeiro, é comum estudantes de Direito irem ao julgamento para me ver atuar e esperam por isso. O Brasil tem grandes juristas, não posso ir lá com a mesmice de todos. O advogado é um ator, ele representa alguém. Revista Só Futebol: Você foi presidente do Coritiba e defende o Atlético-PR nos tribunais, como é isso? Domingos Moro: O Coxa é paixão, história de vida e família. O Atlético é minha profissão. Em alguns casos, paixão e profissão convivem bem. Hoje, vivo bem com isso e sou respeitado pela torcida do Atlético. Faço da minha profissão a minha paixão.


Revista Só Futebol: Hoje, os departamentos jurídicos dos clubes parecem mais fortes dos que os de futebol? Domingos Moro: O futebol é um grande negócio e tem que ter resultado. Então, você precisa ficar atento à parte de legislação. Futebol já foi simples, hoje tem direito de imagem e contratos altos. Ele se profissionalizou e não tem mais lugar para bobo. A parte jurídica acompanhou isso. São muitos interesses – financeiros, marcas, patentes, patrimônio –, é preciso ter apoio jurídico.

© Revista Só Futebol

“O futebol se profissionalizou e não tem mais espaço para bobo. O departamento jurídico acompanhou isso.”

Revista Só Futebol: Os regulamentos apresentam muitas falhas que aumentam as situações extracampo? Domingos Moro: Muitas vezes vencemos buscando as imperfeições dos regulamentos. Quanto mais você escreve, mais abre brecha para escrever errado. E os regulamentos querem prever tudo que vai acontecer. Impossível. Pelo imprevisto surgem as brechas, dúvidas e interpretações diferentes.

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Papo cabeça

“Cada um trabalha de uma forma. Eu teatralizo, às vezes.” pode melhorar e vai evoluir ainda mais com o tempo. Revista Só Futebol: Muitos criticam o fato de o STJD ser no Rio de Janeiro, pois poderia ajudar os times cariocas... Domingos Moro: O STJD só é no Rio de Janeiro porque a CBF é no Rio. O tribunal tem que ter sede onde fica localizada a federação. Só por isso. E hoje os tribunais não são como antigamente. Temos auditores do Rio Grande do Sul; do Ceará – que é o presidente atual –; de São Paulo, que são maioria; do Rio de Janeiro; de Goiás; e a procuradoria, que é do Paraná. Já é realmente nacional.

Revista Só Futebol: Como você avalia o tribunal desportivo do Paraná e o Superior Tribunal de Justiça Desportiva? Domingos Moro: O nacional é muito bem estruturado, mas o regional não é tanto. Existe

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muita influência política e administrativa das federações. Não há independência. Mas a justiça desportiva brasileira é muito boa, melhor que a da FIFA, que não permite o contraditório. Acho que o cenário

Revista Só Futebol: Qual sua opinião sobre a CBF? Domingos Moro: Acho muito bem estruturada. E teve dois presidentes geniais, que são o João Havelange e o Ricardo Teixeira. Eles a organizaram como um relógio suíço, ela funciona bem e tem poucos departamentos. Talvez peque, uma opinião pessoal, em preocupar-se demais com a Seleção e de menos com o futebol brasileiro.



“Ainda não sei quando e nem tenho ideia em qual função, mas pretendo voltar a me envolver com o futebol profissional um dia.”

PRESENTE

Três anos depois de deixar o futebol, Washington tem o terno e a gravata como uniforme oficial

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© Arquivo pessoal

POR ONDE ANDA


Coração valente e

democrático

Q

uando era jogador de futebol, ele tinha a responsabilidade de resolver os jogos para os seus times. Paraná Clube, Ponte Preta, Fenerbahçe, Atlético-PR, Verdy Tokyo, Fluminense e São Paulo foram alguns dos clubes nos quais a tarefa foi cobrada – e cumprida com louvor. Hoje, mais de três anos após encerrar a carreira profissional, Washington não deixou de ter responsabilidades muito sérias quanto ao seu trabalho. Vereador na cidade gaúcha de Caxias do Sul, eleito em 2012 com 8.500 votos – o maior número do município –, o Coração Valente continua com a sensação de que tem uma participação imprescindível em uma engrenagem maior. “Na minha carreira de jogador, eu tinha que fazer os gols e ajudar o time a conquistar as vitórias. Essa sempre foi a minha responsabilidade e eu fazia de tudo para responder da melhor forma possível. Hoje, como vereador, sigo com uma responsabilidade muito grande de fazer

Acostumado à vida de atleta, Washington tenta se habituar aos compromissos de vereador enquanto espera a hora certa de voltar a se envolver com o futebol profissional

algo pelas pessoas, embora seja uma função muito diferente. De qualquer forma, é possível comparar, sim. Em ambos os casos, eu tenho que resolver o que vem pela frente”, comenta o artilheiro, acostumado a grandes desafios desde a conturbada trajetória como jogador, que envolveu os conhecidos problemas no coração e uma incansável batalha para se manter entre os melhores atacantes do Brasil durante toda a carreira. Perguntado sobre como é a rotina de envolvimento com a política dois anos após assumir seu primeiro cargo público, Washington suspira e toma fôlego antes de responder. Depois de mais de 20 anos convivendo com concentrações, treinos e funções bem diferentes das que possui hoje em dia, o Coração Valente não nega que o curto período de adaptação ainda não foi suficiente para se acostumar ao mundo longe da bola. “A vida de político é difícil, viu? Fico com ainda mais saudade dos tempos de jogador. Estou descobrindo e aprendendo muitas coisas nessa nova fase da minha vida, que tem sido muito prazerosa, mas extremamente trabalhosa. Tenho que lidar

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© Arquivo pessoal

POR ONDE ANDA

TRABALHO

com muitas pessoas e vivo sob uma constante responsabilidade. Apesar de estar me acostumando, sou muito feliz de poder fazer isso pelas pessoas”, afirma o ex-jogador. Depois de se despedir do Fluminense no começo de 2011 e pendurar as chuteiras oficialmente, Washington se propôs a tirar um tempo para descansar e refletir sobre o que faria no futuro. Alguns convites e a possibilidade de ingressar na vida pública foram suficientes, no entanto, para lançá-lo à vitoriosa candidatura ao cargo de vereador, em 2012. Hoje político, ele se dedica a projetos relacionados à inclusão social de crianças e adolescentes através do esporte e se prepara

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© Arquivo pessoal

Ao lado de Felipão, Coração Valente cumpre uma de suas tarefas como vereador de Caxias do Sul

ESPORTE

A exemplo do ídolo olímpico Gustavo Borges, Washington continua ligado ao esporte


O ex-atleticano atuou em nove oportunidades com a camisa da seleção brasileira

para concorrer a deputado federal nas próximas eleições. O futebol, no momento, não é uma prioridade, mas continua sendo parte importante da vida do ex-jogador. Além de participar frequentemente de jogos amistosos e peladas entre amigos, Washington pode ser visto frequentemente em torneios de futebol 7, já tendo defendido a camisa do Fluminense e do AtléticoPR em competições da modalidade. A saudade do tempo em que o esporte era prioridade, contudo, segue firme no experiente coração do craque. “Sinto muita falta, principalmente dos jogos, da ansiedade, do envolvimento e de tudo que faz parte de um jogo. A adrenalina antes de uma partida é algo muito legal. Posso matar um pouco das saudades nesses jogos beneficentes ou em encontros com amigos, já que

© Arquivo pessoal

BRASIL

o prazer de jogar está no sangue, mas não é completo. Ainda não sei quando e nem tenho ideia em qual função, mas pretendo voltar a me envolver com o futebol profissional um dia”, revela o vereador, saudoso da bola e da adrenalina com a qual conviveu por tanto tempo. Com uma imagem muito vinculada ao Furacão, clube pelo qual se tornou o maior artilheiro da história de uma única edição do Campeonato Brasileiro, com 34 gols em 2004, o Coração Valente assegura ter muitas memórias vestindo a camisa rubro-negra, mas elege duas como as mais marcantes com o time da Arena. “Sem dúvida, um dos momentos mais importantes foi a minha volta ao futebol, depois de mais de um ano sem jogar. Foi um jogo contra o Paraná, time pelo qual eu já havia jogado entre 1999 e 2000. O outro eu digo que

“A vida de político é difícil, viu? Fico com ainda mais saudade dos tempos de jogador.” foi a temporada dos 34 gols, em que infelizmente não conquistamos o título, mas tive a oportunidade de ser o artilheiro depois de todos os problemas que tinha vivido nos últimos tempos”, relembra. E se o Atlético teve muita importância na vida de Washington no passado, atualmente o ex-jogador continua prestando muita atenção no que o Furacão faz dentro de campo. Mesmo distante e com atividades fora do futebol, ele garante que acompanha os jogos do time rubro-negro sempre que possível e se mostra otimista para a reta final do Brasileirão. “Eu tenho visto alguns jogos do Atlético e estou bastante satisfeito com o time. Apesar de algumas tropeçadas no começo do campeonato, agora está com uma pegada forte e vem conquistando bons resultados. A equipe é rápida, jovem e tem muito potencial. Tenho certeza de que tem totais condições de brigar pelo menos por uma vaga na Libertadores do ano que vem”, prevê Washington. A torcida atleticana espera que seus palpites sejam tão certeiros quanto suas finalizações.

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Futebol de mesa

Renovação na ponta dos dedos

U

ma bola de lá para cá e o gol como foco. Por um lado, você precisa saber chutar com vigor físico; por outro, precisa ter habilidade motora fina para controlar os movimentos das mãos. No futebol de campo, 11 jogadores e a equipe de arbitragem são envolvidas; já no futebol de mesa, dois

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jogadores competem entre si sem árbitros. Mas uma questão une as duas modalidades: a paixão nacional pelo esporte. O futebol de mesa busca ganhar campo para se popularizar novamente entre tantos jovens e adultos que, hoje, optaram por praticar o esporte através de videogames. “Estamos, por exemplo, fazendo um trabalho de divulgação para que professores de Educação Física sejam multiplicadores


© Sabrina Godarth © Divulgação/FC Cascavel

O futebol jogado com botões busca novos adeptos para sobreviver à era do videogame

da modalidade. Precisamos renovar os atletas. Os videogames são grandes concorrentes”, afirma Gabriel Giordano Lima, presidente da Federação Paranaense de Futebol de Mesa. O esporte foi criado em 1983 pelo brasileiro Geraldo Cardoso Décourt, que trabalhou muito pela popularização da modalidade. “Há vários grupos que jogam em casa, com amigos, ou em empresas, mas precisamos divulgar mais”, observa Lima.

No Paraná, são pouco mais de 100 federados, concentrados em três polos: Curitiba, Londrina e Cascavel • Revista Só Futebol •

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Futebol de mesa

O esporte foi criado em 1983 pelo brasileiro Geraldo Cardoso Décourt

Cenário paranaense De acordo com o presidente, no Paraná são pouco mais de 100 federados, espalhados, principalmente, em três polos: Curitiba, Londrina e Cascavel. O estado conta com grandes destaques de botonistas, como são chamados os jogadores dessa modalidade. Rogério Edison Nascimento é um deles. Começou quando criança, influenciado por seu primo, conhecido como Robertinho – atual campeão mundial e um dos maiores jogadores da história do esporte no país. Foi assim, pelas mãos de quem entende do riscado, que Nascimento conquistou o título de campeão mundial individual em 2012, na modalidade 12 toques. “Jogo desde criança, como brincadeira. Fui

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atraído primeiro pela paixão pelo futebol, como todo brasileiro, e também pelo divertimento. Mas a prática me levou a melhorar a concentração, a esportividade e a fazer amigos”, conta o botonista, que também é diretor técnico da Federação Paranaense. Diferentemente do futebol de campo, o esporte em torno da mesa não conta com a figura do árbitro. “Há muita confiança, gentileza e cordialidade”, afirma Nascimento, que é engenheiro civil. Segundo o jogador, cada um busca se diferenciar de alguma forma durante os 12 toques, modalidade à qual se dedica. “Vai da habilidade e do estilo de jogo de cada um. Tenho um estilo mais tático e cadenciado.” Outro destaque no Paraná é o

jogador Almo de Paula, que marcou o recorde ao ser o único brasileiro a ser campeão nas modalidades dadinho e 12 toques.

Botonistas célebres Antes de os videogames se popularizarem, quem era a estrela entre os meninos por todo o Brasil era o futebol de botão. No entanto, atualmente, as federações e outros grupos tentam resgatar o sucesso da modalidade, que antes conquistava muitos adeptos famosos. Nomes da Música Popular Brasileira (MPB) como Chico Buarque de Holanda e Vinícius de Moraes eram praticantes. Jô Soares, Chico Anysio, Oscar Schmidt, Delfim Netto e Osmar Prado completam a lista de


© Sabrina Godarth

© Sabrina Godarth

© Sabrina Godarth CAMPEÃO

© Sabrina Godarth

Rogério é um dos expoentes no futebol de botão, já conquistou o mundial, o campeonato brasileiro, o paranaense e de clubes

Futebol de mesa Exige concentração e tática nas diferentes modalidades possíveis

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Futebol de mesa de Futebol de Mesa, com treinos nas terças e quintas, ou adquirir os equipamentos necessários com custo inicial de R$ 270 por uma mesa e mais R$ 180 entre cavaletes,

© Sabrina Godarth

famosos que já se divertiram com o esporte na ponta dos dedos. Para quem se animar e quiser praticar, em Curitiba é possível aprender na Federação Paranaense

traves e jogos de botões – apesar de, segundo o presidente, existirem equipamentos que podem chegar até R$ 1 mil. Assim, o bolso pode acompanhar o tamanho da paixão.

Entre toques e tipos Bola 1 toque Jogado com uma pastilha em vez de bola. É uma modalidade parecida com o famoso jogo de futebol de mesa da marca de brinquedos Estrela. Fez a alegria de muitas crianças e jovens nas décadas de 1980 e 1990. Mais comumente jogado no Rio Grande do Sul.

Bola 12 toques Jogado com uma bolinha redonda e com dois jogadores traçando estratégias em 12 toques de cada lado. No Paraná, existem grandes destaques dessa modalidade. Possui, também, uma liga nacional mais estruturada.

Dadinho Em vez de bolinha, é utilizado o dadinho, que, por seu formato e material (acrílico), possui mais resistência para rolar pela mesa e exige estratégias diferentes para jogar. “É muito jogado no Rio de Janeiro e foi destaque em um dos episódios do seriado Tapas e Beijos, da Rede Globo”, afirma o presidente da Federação Paranaense de Futebol de mesa.

Subbuteo Nessa modalidade, os jogadores não são botões, mas sim uma simulação real dos jogadores. Exige do botonista mais destreza e habilidade para chegar ao gol mais rápido e mais vezes que seu adversário.

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NOVOS NOVOSUNIFORMES UNIFORMES PARANÁ PARANÁCLUBE CLUBE++ERREÀ ERREÀ


Saúde

Papo

Neurologista explica os perigos que os choques de cabeça representam para jogadores de futebol e comenta os cuidados que precisam ser tomados

CHOQUE

Álvaro Pereira, depois da joelhada na cabeça

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© Richard Heathcote/GettyImage.com

cabeça


Revista Só Futebol: Quais os maiores riscos que os choques de cabeça no futebol representam para os atletas? André Possamai: Dentre os maiores riscos destacamos os riscos imediatos, como concussões, fraturas, contusões cerebrais e hemorragias intracranianas. As fraturas, contusões e hemorragias são situações associadas a traumas de maior energia, como jogador cabeceando o crânio de outro atleta ou a trave (embora eu mesmo já tenha operado dois pacientes que receberam boladas no crânio).

Revista Só Futebol: É possível que uma sequência de choques não muito graves isoladamente cause problemas mais graves no futuro? André Possamai: Há o risco tardio de perda neuronal progressiva em jogadores submetidos constantemente a traumas menores. São as chamadas concussões, que muitas vezes passam despercebidas, mas podem levar a alterações cerebrais ao longo do tempo, gerando um processo de atrofia cerebral parecido com o que ocorre em doenças como o Alzheimer.

Revista Só Futebol: Na Copa do Mundo, o jogador Álvaro Pereira, da seleção uruguaia, voltou a campo depois de ficar alguns segundos desacordado por causa de uma pancada na cabeça. Quais os perigos desse retorno? André Possamai: As concussões são alterações do estado mental induzidas por trauma que podem ou não se apresentar com a perda da consciência. A síndrome do segundo impacto pode ocorrer quando, após uma concussão, o paciente recebe um novo

© arquivo pessoal

A

cena sempre rende preocupação, tanto dentro de campo quanto para quem acompanha a partida nas arquibancadas ou pela televisão. Em subidas para cabecear ou trombadas no meio campo, choques de cabeça são assustadores e não é para menos. Os acidentes podem representar um grande risco para os jogadores e exigem máxima atenção dos médicos quando acontecem. O neurocirurgião André Possamai, do Hospital das Nações, comenta sobre os perigos e os cuidados necessários em situações como a vivida pelo uruguaio Álvaro Pereira durante a Copa do Mundo.

“Na Copa do Mundo, o Álvaro sofreu uma concussão grave, com perda de consciência. Portanto, ele foi inadequadamente exposto a grande risco por seu retorno precoce ao jogo.” • Revista Só Futebol •

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Saúde trauma no crânio. Acredita-se que, após o primeiro trauma, o cérebro permanece sensibilizado e mais suscetível a danos em caso de novos impactos. Na Copa do Mundo, o Álvaro sofreu uma concussão grave, com perda de consciência. Portanto, ele foi inadequadamente exposto a grande risco por seu retorno precoce ao jogo.

Revista Só Futebol: Qual é

criteriosa e afastamento do esporte por até uma semana após a recuperação completa do atleta.

Revista Só Futebol: O que poderia ser feito para minimizar os riscos dos choques de cabeça? André Possamai: Com a evolução do esporte, a tecnologia mantém o peso da bola mesmo em jogo “molhado”, além de permitir uma deformidade maior da bola, reduzindo a pressão na área de impacto. Não existem evidências que suportem a necessidade ou o benefício do uso de capacetes para proteção durante o jogo.

© Alexandre Lops/fotospublicas.com

o procedimento correto nesse tipo de ocorrência? André Possamai: Para concussões leves, sem perda de consciência, o atleta deve ser avaliado

de cinco em cinco minutos por 15 minutos quanto à presença de alterações como cefaleia, náuseas, vômitos, tonturas, alterações da visão, comportamento e estado mental. Caso os sintomas desapareçam, o jogador pode retornar à atividade. Isso ficou demonstrado na final do Mundial, no choque ocorrido entre o atacante Higuaín e o goleiro Neuer. O primeiro ficou visivelmente comprometido após o choque, necessitando de substituição. Concussões que venham com confusão mental com duração superior a uma hora já demandam avaliação médica

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formação

Os donos

do apito

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A Federação Paranaense de Futebol busca novos talentos da arbitragem. Confira como funciona a formação na Escola de Arbitragem da FPF


N

ormalmente, eles são os mais criticados em uma partida de futebol; suas mães, nem se fala. Trabalham pela tranquilidade, fogem da bola, mas estão sempre de olho nela. Precisam atuar com firmeza e de forma disciplinar. “Árbitro bom é árbitro que não aparece”, sentencia José Carlos Dias Passos, diretor da Escola Estadual de Arbitragem “Victor Marcassa” (EEA-FPF). Mas para isso, a boa formação é essencial.

Ao todo, são 280 árbitros na Federação Paranaense de Futebol. Desses, 60 são da categoria especial – que reúne quem é credenciado para apitar o Paranaense da 1ª divisão e campeonatos nacionais. Segundo dados da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), atualmente o Paraná tem apenas um árbitro na categoria FIFA – Bruno Boschilia–, e mais um aspirante, Felipe Gomes da Silva. No mundo dos árbitros, existem ainda as categorias 1ª divisão e básico 1, 2 e 3, grupos que apitam os jogos amadores e o estadual.

© Divulgação

Curso

Árbitros Paranaenses

No amistoso entre Atlético e Corinthians

A maioria das pessoas que procura pela formação de arbitragem é graduada em Educação Física, mas é possível que profissionais de outras áreas façam o curso. “O árbitro é, muitas vezes, um jogador ‘frustrado’”, brinca Passos, que é cirurgião dentista – e árbitro desde 1996. Para poder apitar um jogo como árbitro federado no Paraná, é necessário passar por diversas etapas. A primeira é buscar o curso da Escola de Arbitragem e passar pela pré-seleção, com avaliações físicas e teóricas. Em seguida, é preciso cursar 220 horas de conteúdo teórico e prático, com estágios supervisionados. As aulas são realizadas aos sábados. Adelmo Ferreira dos Santos e José Fernando Machado Junior são alguns dos alunos que fazem parte da turma aprovada em agosto. Se passarem pelas próximas provas, eles poderão ser chamados de “donos do apito” a partir de novembro. A escola está em sua quinta turma no modelo atual, mais alinhado às regras e aos parâmetros da CBF.

Critérios Segundo Passos, é preciso ter mais de 18 anos e, preferencialmente, menos de 26, para alcançar uma carreira profissional de destaque. Entre as categorias, é possível subir ou descer – conforme o desempenho durante

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formação na formação, são levadas em conta quatro competências: técnica, disciplina, social e mental (ver box).

Em campo Nem só de habilidade técnica é feita a profissão. Quem é dono do apito nas principais competições tem recebido uma ajudinha da tecnologia. Na Copa do Mundo da FIFA no Brasil, em 2014, foram observados alguns avanços auxiliando na avaliação dos árbitros. “A tecnologia veio para ajudar muito o nosso trabalho”, observa o diretor da Escola de Arbitragem. O ponto eletrônico e a tecnologia na linha do gol (TLG) são alguns dos avanços. No último Mundial, um momento histórico foi o gol validado pelo

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os jogos no ano. Por isso, os árbitros formados precisam estar atentos. São levados em conta: um teste físico, um teste escrito, análises dos relatórios dos assessores (que dão notas a cada partida), o percentual de gordura, escolaridade e a vida social. Quem se especializa também pode decidir ser árbitro ou bandeirinha. Euclides Garcia, jornalista, buscou a formação de árbitro ainda na faculdade e hoje é bandeirinha. “Quando os jogos são do profissional, fica mais tranquilo se concentrar somente na aplicação das regras e dar atenção à partida. No amador, ainda vemos problemas de segurança”, conta Garcia. Independentemente da categoria, é preciso saber e aplicar bem as 17 regras do futebol de campo. Para isso,

árbitro brasileiro Sandro Ricci, que apitava o jogo França e Honduras. “Esse episódio, marcante na história das Copas, veio para mostrar a importância da adoção de um recurso que só tem a contribuir para o esporte”, comenta Ricci em entrevista à Federação Pernambucana de Futebol (FPF). Para quem não se lembra, o gol do jogador francês Benzema foi questionado pelo time de Honduras, mas confirmado pela TLG. A bola bateu na trave e acabou esbarrando no goleiro Valladares, que tentou evitar, mas não conseguiu segurá-la antes que atravessasse a linha do gol.

Quatro fundamentos para uma boa arbitragem Técnica É preciso ter conhecimento técnico das 17 regras do futebol e das condutas dentro de campo. Disciplina É necessário ter uma conduta desportiva respeitável. Social Ter um comportamento adequado na vida social, fora de campo.

TREINO

José Carlos Dias Passos e o treinamento dos novos árbitros

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Mental Ter equilíbrio psicológico para conduzir jogos que exijam do árbitro uma maturidade psicológica.


Rodolpho Toski Marques apitando o amistoso entre Atlético e Corinthians

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Árbitro

Jogo rápido Bate-bola com o presidente da Comissão de Arbitragem da FPF, Afonso Vítor de Oliveira, que é recordista em apitar Atletibas. Como começou sua história na arbitragem? Minha formatura aconteceu em 1971 e minha última partida ocorreu em 1995. Quantos jogos Atletibas já apitou? É o recordista em apitar esse clássico? Tive a oportunidade de comandar por 27 vezes o maior clássico de futebol de nosso estado. Pelo menos até o momento, detenho a primazia nesse caso. Qual episódio que mais lhe marcou apitando jogos de futebol? Talvez o mais marcante teve como palco o Couto Pereira. E exatamente num Atletiba, em 1985. Vamos aos fatos: ainda no primeiro tempo de jogo, o goleiro Marola, do CAP, foi expulso de campo e rapidamente o reserva entrou em seu lugar. Até aí, tudo bem. Sem que ninguém percebesse, nenhum jogador deixou o gramado e como isso tudo foi muito rápido, o jogo foi reiniciado com o Atlético com 11 atletas em campo, sem que fosse por mim e por meus assistentes notado. Somente alguns minutos após é que um diretor do Coritiba, no banco de reservas, me alertou para o fato e, assim, a falha foi corrigida, com a retirada de um atleta rubro-negro. Quais foram as grandes vitórias conquistadas nesses anos à frente da Comissão de Arbitragem? Várias, entre elas a introdução das pré-temporadas para todas as categorias e as inclusões de árbitro e árbitro assistente ao quadro FIFA, além do aumento significativo do número de árbitros no quadro nacional da CBF.

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imprensa

Três por acaso

craques

Os amigos o levavam ao estádio e cobravam desenhos sobre futebol no jornal. Do pedido saíram reservas que logo se tornaram famosos titulares

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“Virei poligâmico no futebol quando comecei a fazer Los Três Inimigos. Não dava mais pra simpatizar, torcer ou gostar só de um time.”

O

futebol demorou quase duas décadas para entrelaçar de vez a vida do cartunista Tiago Recchia, que trocou algumas vezes de cidades e estados quando criança. Quando era menino, apesar de morar em Cascavel, gostava do Fluminense, achava a camisa bonita. Quando estava na quarta série do colégio, uns meninos da oitava batiam em quem não torcia pelo time deles, o Palmeiras. Depois de apanhar, virou palmeirense, mas por pouco tempo. Preferiu se dedicar aos traços artísticos e virou profissional aos 14 anos, desenhando tirinhas e caricaturas no diário O Paraná. Pouco tempo depois, se apaixonou por uma menina e ouviu da mãe dela algo que fez mudar seus planos: “Artista não tem futuro, minha filha, não perca seu tempo.” Já em Curitiba, resolveu cursar Economia para ganhar uma imagem mais comportada. Acabou ganhando amigos apaixonados por futebol. “Comecei a ir aos estádios por volta dos 17 anos, para me enturmar com o pessoal da faculdade. Acompanhava os amigos naqueles bons tempos em que a gente comia pão com bife e bebia cerveja com álcool enquanto assistia aos jogos na arquibancada”, conta, saudoso. Os amigos universitários se dividiam em muitos atleticanos e um ou outro coxa-branca e Recchia assistia a partidas nos dois estádios. Não terminou a

faculdade de Economia, mas a amizade lhe deixou uma herança: acabou simpatizando mais pelo rubro-negro. As matérias universitárias não permaneceram no gosto do adolescente. Tiago Recchia era, de fato, artista. E passou a desenhar para o Jornal do Estado, a Folha de S. Paulo e o Estado do Paraná. Foi em 1996, quando Recchia já contabilizava 35 anos de idade e 21 de carreira, que a relação entre amizades e futebol passou a aumentar. Já fazia um ano que ele desenhava charges sobre política para o jornal Tribuna do Paraná. Naquele ano, o futebol paranaense estava em euforia. A dupla Atletiba tinha subido pra Série A. Na ascensão, o Atlético havia sido campeão da Série B. “Os amigos insistiram e comecei a fazer a Caixinha de Surpresas, coluna em que retratava o dia a dia do esporte no Paraná”, conta. A turma ficou satisfeita – e Recchia também. Até que

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imprensa

em fevereiro do ano seguinte, ele se viu desfalcado de notícias. “Foi entressafra dos campeonatos. Com tudo parado, a saída foi criar personagens que torciam pelos times da capital e colocá-los em diversas situações”, revela. Nascia a categoria de base de Los Três Inimigos e acabava a simpatia do artista por apenas um dos clubes. “Virei poligâmico no futebol quando comecei a fazer Los Três Inimigos. Não dava mais pra simpatizar, torcer só pra um. Passei a gostar dos três”, conta. O nome foi inspirado nos ex-colegas de Folha de S. Paulo: Angeli,

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Glauco e Laerte, que faziam as tirinhas Los Três Amigos. Nas notícias que estava acostumado a ler, só via “arquirrivais” ou “os três da capital”, nunca “inimigos”. Era a palavra que faltava. Para fechar a homenagem, Recchia colocou cada um com sombreiros nas cabeças, chapéus mexicanos usados em Los Três Amigos. A entressafra terminou e ele voltou com as charges antigas. “Os leitores sentiram falta do trio e os pediram de volta”, diz, orgulhoso de seus meninos. Nunca mais parou de desenhá-los e, hoje, eles têm espaço no caderno de esportes da Gazeta do Povo.

Atualmente, os garotos do gramado não são motivo de muita alegria. “O futebol profissional está tão chato que eu vou voltar para as raízes, vou ver os jogos da Suburbana, onde posso comer pão com bife e beber cerveja com álcool durante as partidas”, desabafa. Aliás, com jogos aos sábados à tarde, o atual calendário da Suburbana é perfeito para ele acompanhar. Quando o cartunista tem folga, gosta de frequentar estádios. Nos outros dias, geralmente três vezes por semana, vai caminhar no Parque Barigui de manhã


(quando não encontra amigos no bar na noite anterior). Começa a trabalhar por volta das 15h, lendo jornal e notícias na internet para desenhar e só termina às 21h. De vez em quando, encontra por acaso conselheiros ou torcedores e ouve clamores para não pegar pesado na tiração de sarro. Alguns leitores escrevem pro jornal quando se sentem incomodados. “É normal, trabalhar com futebol é mexer com a paixão de muita gente”, diz. Além disso, ele conta que tem muita liberdade para desenhar e dar sua opinião. Recchia pesquisa diversos assuntos para ter inspirações diárias. Muito porque também faz charges sobre cotidiano e política. Mais ainda porque é extremamente curioso e culto. É daqueles que emenda um livro no outro. Os russos Tchekov e Dostoievski têm lugar cativo em sua biblioteca. Também não fica sem textos de Dalton Trevisan, Rubem Braga e da realidade fantástica de Edgar Allan Poe e de Guy de Maupassant. Como o trabalho diário requer também agilidade, tem preferência pela ficção mais curta desses autores: contos, novelas ou crônicas. A parte curiosa é preenchida lendo obras sobre história e assistindo a documentários, sejam eles sobre mecânica de automóveis ou sobre a vida íntima do bicho suricato. E se o bom humor é o último requisito para o sucesso de Los Três Inimigos, ele finaliza a conversa revelando

© Arquivo pessoal © Arquivo pessoal

Alguns leitores escrevem pro jornal quando se sentem incomodados. “É normal, trabalhar com futebol é mexer com a paixão de muita gente”.

o que está em suas mãos no momento: “Adoro Millôr Fernandes e estou lendo um livro muito engraçado que ainda não tinha dele: The Cow Went To The Swamp – A Vaca Foi Pro Brejo: O (Anti)manual Definitivo do Inglês Para Inglês Ver”, recomenda Recchia.

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Suburbana

O Clássico

dos Italianos Assistir às partidas de Iguaçu e Trieste na Suburbana é ver parte da história da colonização em Curitiba sendo reescrita em campo

N

ascido nos recantos de Butiatuvinha, em 6 de junho de 1919, com o primeiro nome de Ouro Verde, a atual Sociedade Beneficente (S.O.B.E.) Iguaçu foi fundada por imigrantes italianos que residiam no quadrilátero do número 8.172 da Avenida Manoel Ribas. A 1,7 km de distância, na parte de Santa Felicidade onde se encontra a Rua Professor Francisco Zardo, um grupo de também imigrantes italianos formou, em 8 de junho de 1937, o Trieste Futebol Clube. Tantas semelhanças transformaram os dois em eternos rivais. Os embates futebolísticos entre eles começaram em 1954 e são até hoje conhecidos por três nomes: Clássico dos Italianos, Clássico da Polenta ou ainda Clássico da Colônia. Atualmente, o sobrenome Stival é o fator comum entre eles. O ex-goleiro Romeu Stival, 71 anos, já fechou a meta de ambos. Mas o coração é tão alvinegro que hoje ele preside o Iguaçu. Ele conta que, antigamente, era comum os arquirrivais emprestarem jogadores. Romeu

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já jogou algumas vezes pelo Trieste, inclusive durante o tricampeonato da Taça Paraná (principal competição do futebol amador do estado). Já Hélio Cury, atual presidente da Federação de Futebol Paranaense, fez o caminho inverso quando jogava no tricolor italiano. Em meados dos anos 70, as brigas em campo ultrapassaram os limites e um jogo teve de ser encerrado ainda no primeiro tempo regulamentar, sob protestos da torcida. O impasse foi resolvido minutos depois com uma punição severa: os dois lados foram pra casa mais cedo e só voltaram ao estádio na manhã seguinte, com portões fechados. Somente jogadores, comissão técnica e o silêncio nas arquibancadas. “Foi dureza, era segunda-feira e tivemos que decretar feriado das outras atividades pra jogar. E a torcida faz muita falta”, relembra Romeu. Naquela partida, 21 cartões amarelos foram sacados do bolso do juiz e, apesar de a confusão ter sido absurdamente enorme, o ex-goleiro saiu ileso – inclusive de ter o nome citado em súmula. O bom comportamento do futebolista lhe rendeu


© Denis Barbosa/Quatro Linhas Trieste x Iguaçu

O Clássico dos Italianos, considerado o Atletiba da suburbana

a medalha de ouro Belfort Duarte. O prêmio é destinado a jogadores de futebol, amadores ou profissionais, que têm em sua carreira mais de 200 partidas oficiais sem

expulsões ao longo de, no mínimo, dez anos. Quem consegue manter a calma e a disciplina recebe um diploma, uma medalha e uma carteirinha que permite entrada gratuita

nos estádios brasileiros. Quem relata outras brigas é Agenor Stival. Aos 65 anos, o ex-atacante conta que meio século atrás foi atingido por pedras

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© Denis Barbosa/Quatro Linhas

Suburbana

Santa Quitéria e Urano

Mais um clássico da Suburbana, o jogo é certeza de espetáculo no campo e na arquibancada

vindas da torcida triestina, além de ter trocado provocações e pontapés com os jogadores no vestiário. Se a polícia já conteve muito o sangue quente italiano, a decisão da Federação Paranaense de Futebol teve de ser dura novamente, principalmente quando as duas equipes chegavam à final. “Já fomos obrigados a disputar

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título em campo neutro, como o Couto Pereira”, conta Agenor. Foi nessa época também que os clubes ganharam apelidos. Quem torcia pro Trieste virou bacalhau; quem era do Iguaçu acabou sendo peixe podre. Torcedores do tricolor passavam pela Avenida Manoel Ribas e tacavam peixe podre na esquina do estádio rival quando o time

ganhava. Se era o alvinegro que se dava bem, era a vez dos torcedores do Iguaçu arremessarem bacalhau na Francisco Zardo. Foi no Iguaçu que um famoso afilhado de Romeu começou. Alexi Stival, o Cuca, é filho de Dirceu Stival, goleiro que foi titular do Iguaçu até 1967, quando foi expulso de campo pelo temperamento apimentado. Foi


Torcedores do tricolor tacavam peixe poDre na esquina do estádio rival quando o time ganhava. Se era o alvinegro que se dava bem, os torcedores do Iguaçu arremessarem bacalhau na Francisco Zardo. Paranaense, e Luccas Claro, do Coritiba, começaram lá. Os ânimos italianos se acalmaram e o que se ouve pelas sedes dos dois clubes é que a rivalidade não vai mais além das quatro linhas. É o que afirma o ex-presidente do Trieste, Jaziel Baioni, que fez questão de cumprimentar Romeu no último clássico, no dia 9 de agosto, quando o Iguaçu ganhou de virada por 3 x 2 no Trieste Stadium. Na ocasião, foi possível ver crianças, jovens e adultos dos dois times sentados lado a lado na arquibancada. O Clássico dos Italianos aconteceu cinco vezes na decisão de título da

© Thaisa Meraki

a primeira chance do primo Romeu, seu reserva, ir pra debaixo da trave. “Apesar da minha baixa estatura, virei titular quando o Dirceu saiu daquele jogo”, conta Romeu. Atual treinador do Shandong Luneng, na China, Cuca foi centroavante do clube de Butiatuvinha até ir pro Santa Cruz-RS, passar pelo Juventude e ser revelado pelo Grêmio. Encerrada a carreira de jogador, Cuca se tornou treinador. Seu maior feito foi a conquista da Libertadores de 2013 pelo Atlético Mineiro. Já o Trieste vem criando promessas do futebol profissional atual. Marcos Guilherme e Léo Pereira, revelações do Atlético

Suburbana. O Iguaçu se consagrou três vezes; o Trieste, duas. Enquanto os dois times das famílias italianas existirem, duas disputas vão acirrar a tradicional rivalidade. Além de serem clubes de começo de carreira de ótimos futebolistas, são também os de encerramento de profissionais como Perdigão, eterno ídolo do Paraná Clube, que se despediu da bola no Trieste, e de Laércio Ramos e Marcelo Tamandaré, ex-Coritiba, que pretendem ficar no plantel do Iguaçu até pendurarem as chuteiras. Um triestino ficará mal se não jogar a final, mas ficará ainda pior se não se tornar campeão em cima do Iguaçu. A recíproca sempre é verdadeira. Por enquanto, gostamos de constatar que ela é saudável e até necessária para o bom andamento da história do futebol.

Também são clássicos da Suburbana Vila Hauer x Vila Fanny Santa Quitéria x Urano Capão Raso x Novo Mundo

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internet

Curte aí! Siga os seus ídolos do futebol nas redes sociais Alisson Brand @alissonbrand O dia a dia nos gramados é o tema principal das fotos do zagueiro do Paraná Clube. Os companheiros de time também estão sempre presentes nas imagens da página do Instagram, assim como os jogos e treinos.

Nathan Allan

@nathanallan10

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Cleberson

@cleberson17 O zagueiro do CAP compartilha um pouco do seu dia a dia nos campos com os seus seguidores. Principalmente com fotos de jogos e com os companheiros de time, Cleberson não é tão assíduo nas postagens como seus colegas de campo, mas vez ou outra ele aparece com uma foto nova no Instagram.

© Divulgação

Das categorias de base do Atlético Paranaense, o meio-campo Nathan se destacou também no time profissional do clube e na Seleção Brasileira Sub-20. No Instagram, o jogador tem mais de 7 mil seguidores e atualiza com frequência seu perfil com fotos dos jogos e frases de agradecimento por todas as conquistas.


Weverton

@weverton010

O goleiro ídolo do Atlético Paranaense é assíduo nas redes sociais. Na sua conta do Instagram, ele compartilha treinos, jogos, vitórias e viagens com o CAP. De vez em quando, aparece por lá a sua namorada famosa, a Panicat Babi Muniz. São 24 mil seguidores que dão apoio ao goleiro na sua página pessoal.

Lucas Otavio

@lucasotavioo Alex

© Divulgação

@alexcfc10 Em ritmo de despedida dos campos, o ídolo do Coritiba já está saudoso nas redes sociais. No Instagram, grande parte de suas últimas postagens é em forma de agradecimento a todos que passaram pela sua carreira de jogador e que fizeram a diferença em sua formação. Alex também mostra um pouco da sua rotina no Coxa e conversa com os fãs da Turquia, então não se assuste se algumas legendas das fotos forem praticamente incompreensíveis!

O jovem volante do Paraná é bem ativo na sua página pessoal no Instagram. Como não poderia faltar, fotos dos jogos e das vitórias do time estão sempre presentes por lá, além de momentos com a família, os amigos e os companheiros de equipe. A irmã também é presença constante nas imagens, sempre com declarações de agradecimento.

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Cruzadinha PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br Campo (?): impede a Terra de "cair"

Intento dos movimentos de vanguarda

© Revistas COQUETEL

Matériaprima da indústria ervateira

São o hábitat de emas, Dispositivo tamanduás e lobos-guarás de segurança con- O movimento da cor- Erva tra roubo rente elétrica alternada aromática

Cantora principal da ópera Examinam com minúcia

Conselho de psicólogos (sigla) Metal leve

Elege

Engraçado O meio-fio das ruas (p. ext.)

(?) Forman, cineasta de "Hair" Fruto rubro Basta; chega (interj.) Recusa coletiva ao trabalho (pl.)

Tingir; colorir

Em presença de

Pão de milho Richard (?), político Gás dos anúncios luminosos Carro (?), veículo das escolas de samba

Sílaba de "guri"

Oferta, em inglês Acha engraçado

(?) da Silva, cortesã brasileira

A menor unidade da Informática

(?) e xiitas: rivalidade religiosa do mundo islâmico que se iniciou no ano de 632 BANCO

3/bid — crp. 5/jambo — milos — nardo — nixon. 7/sunitas — titânio.

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Solução G R E V E S I N O V A R

M A D A L I T A E R T M I J E T A A M E N B I O N I O X G O R U N I

C O N A S A M C R P I D O L O S A C N T E T A R E R X A B I D I C O T A S

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G P R A V D I T S A C P I A O N A A L

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