1 A CRISE DO SISTEMA FEUDAL. O FEUDALISMO: 1. CONCEITO: “Sistema econômico, social, político e cultural vigente na Europa durante a Idade Média”. 2. Idade Média Ocidental é o período que vai da queda do Império Romano do Ocidente (com a capital em Roma), em 476, até a queda do Império Romano do Oriente ou Império Bizantino (com a capital em Constantinopla ) em 1453. 2.1. A primeira fase desse período, chamada Alta Idade Média (século V a X), foi marcado pela invasão da Europa por diversos povos, chamados barbaras (porque habitavam além das fronteiras do Império Romano e não falavam o latim, língua oficial do Império). Essas invasões bárbaras se deram em três etapas distintas: 1ª) Século V e VI – germanos, subdivididos em várias tribos,: visigodos, ostrogodos, anglo-saxões, francos, lombardos, etc.. 2ª) Século VIII – árabes. 3ª) Século IX – normandos (vikings) e magiares (húngaros). 2.2. Essas invasões irão colaborar de sobremaneira para o formação do Feudalismo. 3. ESTRUTURAS: 3.1. Por volta de fins do século IX ou princípio do X, as estruturas feudais já se encontravam montadas. (gênese). Era claramente uma sociedade agrícola pelo fato de essa atividade envolver a grande maioria da população e por quase todos, direta ou indiretamente, viverem em função dela. Mais ainda, o próprio comportamento dos indivíduos e os valores socialmente aceitos estavam intimamente ligados a esse caráter agrícola. 3.2. De qualquer forma não significa que outras atividades econômicas não fossem praticadas e não tivessem peso considerável. Havia artesão ambulantes que iam de região em região manufaturando a matéria-prima local em troca de casa, comida e umas poucas moedas, quase todo senhorio tinha sua própria produção artesanal. Os trabalhadores eram os camponeses, os mais hábeis eram utilizados nas tarefas que requeriam mais cuidados ( armas por exemplo). As matérias primas a serem transformadas eram quase sempre produzidas no local. (leite, carne, couro, lã, ossos, fibras têxteis, madeira, ferro, chumbo, carvão). 3.3. O comércio ao contrário do que pensavam alguns historiadores, mantinha um certo porte. Certas mercadorias imprescindíveis em todos os locais, mas encontráveis apenas em alguns ( caso do sal, por exemplo) eram objetos de troca. 3.4. As trocas locais desempenhavam papel de primeira ordem, com os camponeses levando à feira seu pequeno excedente produtivo e podendo, por sua vez, comprar algum artesanato urbano. Assim ainda que de início timidamente, desde meados do século XI a zona rural foi-se integrando nos circuitos comerciais. 3.5. Havia ainda o comércio a longa distância que ligava o ocidente ao oriente, de onde eram importadas mercadorias de luxo consumidas pela aristocracia laica e clerical. Portanto, uma economia agrária mas não exclusivamente.
2 3.6. Devemos abandonar a imagem, exagerada, de uma agricultura feudal fechada, isolada e autosuficiente. È verdade que a pequena produtividade fazia com que qualquer acidente natural (chuvas em excesso ou falta, pragas ) ou humanos (guerras, trabalho, inadequado ou insuficiente) provocasse período de escassez. 3.7. Dessa forma sempre assustado com a possibilidade da fome, cada senhorio procurava suprir suas necessidades produzindo para consumo tudo que ali fosse possível. Em suma era uma agricultura apenas tendente a subsistência. 4. MÃO DE OBRA FEUDAL. 4.1. Na antigüidade mão-de-obra escrava. A partir da crise do Império Romano o colon. No feudalismo o SERVO. 4.2. A típica unidade de produção feudal era o senhorio, que era o que havia de mais essencial no componente econômico do feudalismo. 4.3. Os senhorios estavam divididos em três partes, todas trabalhadas e exploradas (ainda que não exclusivamente) pelos servos. A primeira parte : a reserva senhorial, com 30 ou 40 % da área total do senhorio, era cultivada alguns dias por semana pelos servos em troca da obrigação conhecida por CORVÉIA. Todo resultado desse trabalho cabia ao senhor, sem qualquer tipo de pagamento ao produtor. A segunda parte : os lotes (mansi) camponeses ocupavam no conjunto de 40 a 50% do senhorio. Cada família cultivava o seu lote, tirando sua subsistência e pagando ao senhor pelo usufruto da terra uma taxa fixa conhecida por CENSO. 4.4. Outras obrigações dos servos: A TALHA: deveria pagar ao senhor uma parte do que produzia.: FORMARIAGE era uma taxa a ser paga ao senhor para se casar com pessoa de outra condição social ou submetida a outro feudo, isto é outro senhor. CHEVAGE: um pequeno valor anual para marcar sua condição de dependência. MÃO-MORTA: um presente ao senhor para poder transmitir o lote hereditariamente a seu filho. BANALIDADE: pagava pelo uso do moinho e do forno. 4.5. A terceira parte do senhorio 20 ou 30% dele, eram as terras comunais (pastos, bosques, baldios) explorados tanto pelo senhor (através dos servidores domésticos) quanto pelos camponeses. Área utilizada para pastos , para coleta de furtos, extração de madeiras, a caça era direito exclusivo do senhor. 5. A SOCIEDADE: 5.1. Socialmente o feudalismo era uma sociedade de ordens divididas em: ORATORES (clero), responsáveis pelas orações para afastar as forças do mal e trazer os favores divinos para o homem. BELLATORES (os cavaleiros/nobres), lutavam para proteger a sociedade cristã dos infiéis (muçulmanos) e dos pagãos(vikings, húngaros, eslavos). LABORATORES : (trabalhadores), que produziam para o sustento de todos. O termo significa não só o trabalho em si mas também o esforço, a fadiga, o sofrimento como forma de penitência, a dor corporal trocada pelo pecado. 5.2. O clero por estar perto de Deus tinha o monopólio do sagrado. Só através dele o homem se aproximava de Deus. Exerciam um profundo e poderoso controle sobre a sociedade, controlando a conduta do homem, elaborando o código de comportamento moral, de ação social e de valores culturais. Esmolas e doações recebidas pela Igreja faziam do clero um grupo possuidor de extensos domínios fundiários e portanto de poder econômico e muito próximo da aristocracia laica também detentora de terras. Nela o clero requisitava seus elementos.
3 5.3. Os guerreiros (bellatores), detentores de terras e do monopólio da violência, isto é, da força militar, tinham dupla origem: antigas linhagens; elementos de origem humilde sustentados por um poderoso senhor, que geralmente lhes cedia uma certa extensão de terra com os correspondentes trabalhadores. Assim surgiam os cavaleiros. Acompanhando a tendência da época, os cavaleiros acabaram, nas terras recebidas, por se apossar de poderes políticos e por ter domínio sobre os camponeses. Assim seu estilo de vida tendia a imitar o da velha nobreza a quem servia. 5.4. Os trabalhadores apresentavam grande diversidade de condições, desde camponeses livres até escravos. Trabalhador livre (vilão) : trabalhador que recebera um lote de terra de um senhor, mas em troca de obrigações e limitações relativamente leves, podendo deixar a terra quando quisesse. Os escravos : ainda numericamente importantes até o século VIII, passaram desde então a se fundir, sob modalidades diversas, sobretudo como servos, na massa de trabalhadores dependentes detentores de um lote de terra . Os escravos jamais desapareceram na época feudal, mantendo mesmo certa importância nas regiões meridionais. 5.5. Os Servos : sem dúvida, o principal tipo de trabalhador durante o Feudalismo. Estava ligado a uma terra que não podiam abandonar. A condição servil era transmitida hereditariamente. 5.6. A rigidez social fica bem definida nas palavras de um bispo do século XI, Aldaberon de Laon, “ p domínio da fé é uno, mas há um triplo estatuto na Ordem. A lei humana impões duas condições: o nobre e o servo não estão submetidos ao mesmo regime. Os guerreiros são protetores das igrejas. Eles defendem os poderosos e os fracos, protegem todo mundo, inclusive a si próprios. Os servos por sua vez têm outra condição. Esta raça de infelizes não tem nada sem sofrimento. Quem poderia reconstituir o esforço dos servos, o curso de sua vida e seus inumeráveis trabalhos? Fornecer a todos alimento e vestimenta: eis a função do servo. Nenhum homem livre pode viver sem eles. Quando um trabalho se apresenta e é preciso encher a despensa, o rei e os bispos parecem se colocar sob a dependência de seus servos. O senhor é alimentado pelo servo que ele diz alimentar. Não há fim ao lamento e às lágrimas dos servos. A casa de Deus que parece una é portanto tripla: uns rezam, outros combatem e outros trabalham. Todos os três formam um conjunto e não se separam: a obra de uns permite o trabalho dos outros dois e cada qual por sua vez presta seu apoio aos outros.” 6. POLÍTICA: 6.1. O poder político descentralizado (grandes principados, ducados, condados, cujos titulares deixavam de representar cada vez mais o poder monárquico e passavam a agir de forma independente.) das mãos do rei. O poder era local: cada domínio feudal era independente, ou seja, cada feudo era governado pelo seu senhor. As relações entre a nobreza feudal eram baseadas nos laços de suserania e vassalagem: tornava-se suserano o nobre que doava um feudo a outro; e vassalo, o nobre que recebia o feudo. 6.2. Das relações existentes a mais importante a se destacar foi a relação feudo-vassálico. Constituía-se por três atos, realizado diante de testemunhas mas poucas vezes colocados por escrito. 6.3. Primeiro ato: HOMENAGEM : o futuro vassalo ajoelhava-se diante d outro (que se tornava senhor feudal), colocava suas mãos nas dele e se reconhecia como “seu Homem” 6.4. Segundo Ato; JURAMENTO DE FIDELIDADE : depois de por-se de pé, o vassalo jurava sobre a Bíblia ou relíquias de santos. Muitas vezes, especialmente na França, a fidelidade era selada pelo osculum, beijos trocados entre ambos (na boca).
4 6.5. Terceiro Ato: A INVESTIDURA; pelo qual o senhor entregava ao vassalo um objeto (ramo, punhado de terra, etc.) simbolizando o feudo então concedido. 6.6. A cerimônia Feudo-Vassálica possuía forte carga simbólica, expressava a relação vassalo-senhor feudal, baseada na desigualdade – igualdade – reciprocidade. 6.7. As relações feudo-vassálica, implica em algumas obrigações, tanto da parte do vassalo quanto da parte do senhor. Ao vassalo cabia prestar AUXILIUM : era o serviço militar prestado sempre que requisitado pelo senhor, desde que não ultrapassasse certo número de dias anuais, geralmente quarenta. Caso fosse preciso ir além desse limite, o senhor deveria remunerar complementarmente seus vassalos. Ao lado do aspecto militar, implicava ajuda econômica em quatro casos: pagamento de resgate do senhor se ele fosse aprisionado, da cerimonia em que se armava cavaleiro o primogênito do senhor, do casamento da filha mais velha do senhor, da partida do senhor para uma cruzada. CONSILIUM ; significava dar conselhos, opinar sobre assuntos propostos pelo senhor, sobretudo participar algumas vezes por ano no tribunal presidido por ele. 6.8. Por parte do senhor havia as mesmas obrigações negativas, (não prejudicar seu vassalo de maneira alguma). Positivas, proteger o vassalo e sustenta-lo. Proteger significava defendê-lo dos seus inimigos, fosse militarmente, fosse judicialmente. Sustentar significava ou aloja-lo e alimenta-lo no castelo senhorial, ou conceder-lhe um feudo do qual ele tiraria sua subsistência. 6.9. O Feudo era quase sempre uma extensão de terra, englobando um ou mais senhorios, Era portanto, terra com camponeses, pois sendo o vassalo um homem livre pertencente à camada dos guerreiro, não se dedicava a tarefas produtivas. Vivia, assim, das prestações em serviço, em dinheiro devidas pelos camponeses daquela terra recebida como feudo. 6.10.Militarmente, o feudalismo baseava-se na superioridade de um guerreiro altamente especializado, o cavaleiro. Para utilizar a tecnologia militar era preciso recursos econômicos abundantes. Para adquirir as valiosas armas e o caro cavalo e para o constante treinamento que o uso daquele equipamento requeria. O custo desse equipamento eqüivalia a 22 bois, animais de que cada família camponesa não contava com mias de dois, para ajudar nos serviço agrícolas. O s bens mobiliários de um cavaleiro correspondia aos de onze camponeses reunidos. 6.11.A sagração do Cavaleiro: iniciava-se com uma cerimônia conhecida por adubamento, quando o cavaleiro passava toda noite na Igreja, a rezar, em vigília das armas colocadas no altar. De manhã, após comungar, ocorria a benção das armas, e depois, seguindo um rito muito antigo, seu padrinho batia-lhe com a espada na nuca, ato rico e discutido simbolismo, tornando-o seu igual . 7. ESTRUTURA CLERICAL: 7.1. Na verdade, a sociedade feudal (agrária, militarista, localista, estratificada ) era ao mesmo tempo uma sociedade clerical (controle eclesiástico sobre o tempo, as relações sociais, os valores culturais e mentais). De fato, a Igreja, ao determinar rigorosamente o uso do tempo, interferia no mais profundo e cotidiano da ação dos homens. 7.2. TEMPO HISTÓRCO: intervalo entre a Criação e o Juízo Final, tendo como grande linha divisória a encarnação de Cristo, a partir da qual se passa contar os anos. 7.3. TEMPO NATURAL : Os ciclos das estações e os fenômenos meteorológico, tão importantes numa sociedade agrária, lembrava a onipotência de Deus e deixavam aos homens uma única possibilidade de intervenção, realizada através do clero: as orações.
5 7.4. TEMPO SOCIAL : festas litúrgicas, determinando para certos momentos certas formas de agir e de pensar, de trabalhar ou repousar, de se alimentar ou de jejuar. 7.5. TEMPO POLÍTICO : A Paz de Deus fixando onde e quando se poderia combater. 7.6. TEMPO PESSOAL : o cristão nascia com o batismo, reproduzia no casamento ( desde que fora dos momentos de abstinência), morria após a extrema-unção e era enterrado no espaço sagrado do cemitério da igreja de sua localidade . 7.7. No que diz respeito às relações sociais, o papel da Igreja não era menos decisivo. O caráter do casamento ocidental, diferenciado do de outras sociedades, foi fixado por ela: monogâmico, indissolúvel, exogâmico (isto é, entre não-familiares, estando proibido até o 7º grau de parentesco), público ( a relação homem-mulher deixava de ter caráter pessoal e privado, passando a ter normas controladas pela sociedade). 7.8. Consequentemente, todas as relações familiares (adoço, deserção, herança, divórcio, adultério, incesto, etc.) passavam para a alçada da Igreja. Entre os clérigos as relações baseavam-se num parentesco espiritual, pois todos eram vistos como “irmãos em Cristo”. 7.9. Da mesma forma, a Igreja procurava transferir esse pseudoparentesco para as relações entre clérigos e leigos, extraindo delas certa posição de domínio: o clérigo é padre, “pai” dos cristãos. Entre os laicos, incentivava-se o parentesco artificial para se criar uma rede de relações que nada deixasse escapara à Igreja, daí os muitos padrinhos e madrinhas em todos os atos considerados importantes na vida do cristão. 7.10.Por fim, o contrato feudo-vassálico não deixava de ser uma forma de parentesco não biológico referendada por um ato religioso, o juramento de fidelidade sobre os Evangelhos ou relíquias. 7.11.O controle eclesiástico sobre os valores culturais e mentais era exercido através de vários canais. O sistema de ensino, monopolizado pela Igreja até o século XIII, permitia a reprodução do corpo de idéias que ia sendo selecionado e formulado por ela. Assim, foi primeiro nos mosteiros, depois nas universidades, que a herança cultural greco-romana foi devidamente cortada, emendada, desenvolvida; enfim, cristianizada, ou melhor, clericalizada numa época em que poucas pessoas tinham acesso a essa cultura escrita, as pinturas e esculturas das igrejas e os sermões dominicais dos clérigos funcionavam como os meios de comunicação de massa da época, transmitindo naturalmente a visão de mundo da Igreja. 7.12.A prática da confissão individual, cada vez mais adotada a partir do século VIII, permitia ao clero penetrar profundamente na consciência de seus paroquianos e assim orientar se pensamento e comportamento. Pouca coisa escapava à Igreja. Antes de fazer parte de qualquer grupo familiar, social ou político, o indivíduo pertencia à comunidade cristã, à eclesia, isto é, à Igreja no seu sentido mais amplo. 7.13.A compreensão dos objetos e dos fenômenos deveria se dar através da fé e da sensibilidade mais do que da inteligência. Identificar as forças sobrenaturais, benéficas, responsáveis por determinados acontecimentos, o homem poderia tentar intervir através de preces, jejuns, peregrinações, exorcismos, amuletos, etc. 7.14.O mundo terrestre era visto como o palco entre forças do bem e do mal, hordas de anjos e demônios. Disso decorria o grande traço mental da época: belicosidade. Na sua manifestação mais concreta, tratava-se de enfrentar as forças demoníacas dos muçulmanos, vikings e húngaros.
6 7.15.Mais perigosas e difíceis de serem vencidas, contudo, eram as forças maléficas que não se encarnaram. Para isso era preciso outro tipo de guerreiros especializados: os clérigos, com sua armaduras simbólicas (batinas) e suas armas espirituais (sacramentos, preces, exorcismos). Sob seu comando, todos os homens enfrentavam o Diabo, vassalo de Deus que praticara felonia (rebelião de vassalo contra seu senhor; traição, deslealdade) ao quebrar sua fidelidade. 7.16.Deus era visto como senhor e o homem como vassalo. Assim não é de se estranhar que desde o século X se tenha generalizado o hábito de fazer uma prece com as mãos juntas, reproduzindo o gesto do vassalo ao prestar homenagem ao seu senhor. A religião feudal tornava-se um feudalismo religioso. 8. A DINÂMICA: 8.1. Gestação, nascimento, crescimento, reprodução, morte, também as sociedades passam por este ciclo vital. Com o Feudalismo não poderia ser diferente. Mal estava completada sua estruturação, o Feudalismo já começava a sofrer transformações, Era a dinâmica feudal. Após centenas de anos de gestação o feudalismo conheceu seu período de mais intenso crescimento de meados do século XI a meados do XIII. 8.2. A revitalização da sociedade cristã ocidental expressou-se num triplo crescimento: demográfico, econômico e territorial. Sendo parte de um mesmo fenômeno, esses crescimentos ocorreram paralelamente e interligadamente, com cada um agindo sobre o outro. 8.3. O crescimento demográfico: não encontrava obstáculos à tendência natural que toda espécie tem de se multiplicar. Na época feudal dois importantes fatores de mortalidade foram pouco ativos: as epidemias e a guerra. 8.4. A natalidade por sua vez era favorecida pela abundância de recursos naturais, pela suavização do clima, pela transformação jurídica do campesinato e pelas novas técnicas agrícolas. 8.5. Entre os século VIII e XIII a população na Europa dobrou. Motivos: ausência de epidemias, guerras constantes mas pouco destruidoras. (as guerras objetivavam capturas). 8.6. Um outro elemento a ser considerado é a abundância de recursos naturais existentes na época feudal. No período compreendido entre os séculos III e VIII, houve um recuo demográfico, este fato fez com que extensas terras (áreas) anteriormente cultivadas fossem abandonadas e ocupadas por bosques florestas. Isto fez com que o homem pudesse ali obter frutos silvestres, caça para sua alimentação, madeira, o principal material de construção e combustível. 8.7. As mudanças climáticas são difíceis de serem acompanhadas, porém tudo indica que desde meados do século VIII o clima na Europa Ocidental tornou-se mais seco e temperado que antes a produtividade agrícola foi beneficiada por essa suavização do clima. Outro fator positivo no incremento da população foi a passagem da escravidão para servidão. 8.8. Algumas inovações tecnológicas exerceram ação direta sobre o desenvolvimento agrícola: 1º ) A Charrua: tipo de arado mais eficiente por penetrar profundamente no solo, revolvendo-o e aumentando sua fertilidade. 2º) Novo sistema de atrelar os animais (coalheira): arreio em forma de coleira para os cavalos, o velho arreio tipo canga era usado com vantagem nos bois, mas costumava sufocar os cavalos. Como estes se movimentavam mais depressa e têm mais energia do que os bois, são mais valiosos para o trabalho agrícola.
7 3º) A adoção de ferraduras : para proteger os cascos mais macios dos cavalos aumentou-lhes a capacidade de trabalhar em terreno difícil. 4º) O sistema de rodízio das terras: sistema pelo qual ocorria alternância de cultivos (cereais, leguminosas) sobre uma mesma área, impedindo que ela se esgotasse. Desta forma, não só produtividade cresceu, como também os hábitos alimentares se modificaram, com um dieta mais rica em proteínas (ervilhas, lentilhas, leite, carne) e assim uma menor mortalidade. 5º) O aparecimento do moinho de d’água e de vento: contribuíram para uma maior produção agrícola. 8.9. O CRESCIMENTO ECONÔMICO : manifestou-se através de três fenômenos: maior produção ; progresso do setor urbano ; acentuada monetarização. 8.10.Os excedentes gerados pela agricultura forneceram as matérias primas básicas para a indústria artesanal e assim permitiram a intensificação do comércio. 8.11.O incremento da produção agrícola teve como ponto de partida as inovações técnicas e a melhoria climática que falamos acima, proporcionaram dessa forma a possibilidade de alimentar um maior número possível de cabeças de gado, havia maior disponibilidade de adubo, o que também influenciou positivamente a agricultura. 8.12.A expansão da produção agrícola, o fim dos ataques bárbaros, maior estabilidade da política e uma população em crescimento, produziram um renascimento do comércio. 8.13.O revigoramento do comércio e do artesanato, implicava é claro, uma ativação da economia monetária. 8.14.O aumento da produção, tornou necessário vender o excesso e criando oportunidades de compras, levou a se recolocar em circulação moedas e metais preciosos. Além disso, o progresso da mineração e os metais trazidos do oriente pelo comércio permitiam a cunhagem de mais moedas. 8.15.Essa monetarização da economia feudal, ao mesmo tempo que expressava o vigor do feudalismo, contribuía para que nele ocorressem importantes transformações: por exemplo, a comutação das obrigações servis em pagamento em moedas. Como a maior produtividade permita aos camponeses ficarem com o excedente, eles vendiam na feira local e obtinham assim uma certa renda monetária. Ora desejando o senhor comprar os produtos orientais oferecidos pelos mercadores, precisava cada vez de mais moedas, e passava a recebê-las dos seus servos ao invés dos produtos ou serviços que eles lhe deviam. 8.16.O senhor podia contratar para certas tarefas mão-de-obra assalariada, geralmente mais eficiente e bastante barata devido ao crescimento populacional. Portanto, desta forma ia se descaracterizando um do elementos centrais do feudalismo. 8.17.No plano institucional a monetarização da economia provocava mudanças. Já em fins do século XI era conhecido em algumas regiões o feudo bolsa ou feudo de renda, pelo qual o senhor comprometia-se a remunerar o vassalo não com terras, mas com uma quantia, geralmente em moeda, paga periodicamente. 8.18.Em princípios do século XI a economia européia revelava sinais inequívocos de recuperação das desordens de século anteriores. Nos dois séculos seguintes, o comércio local, regional e de longo curso, ganhou tal impulso que alguns historiadores descrevem o período como uma revolução comercial.
8 8.19.Nos séculos XII e XIII o renascimento do comércio possibilitou, por sua vez, o reaparecimento da moeda, dos bancos e instrumentos de crédito, assim como a intensificação das trocas através de FEIRAS E MERCADOS. O comércio a longa distância voltou a ser realizado através de várias rotas internacionais. Destas, a mais importante era a rota de Veneza – Oriente, que transformou o Mediterrâneo em eixo econômico do comércio entre a Europa e o Oriente. 8.20.As especiarias produzidas no Extremo Oriente eram transportados pelo muçulmanos, por mar ou por terra, até os portos do Mediterrâneo Oriental e ali adquiridas pelos mercadores italianos que, dessa forma, detinham o monopólio de sua comercialização no mercado europeu. 8.21.Pela rota Mar Báltico – Mar do Norte as mercadoria eram transportadas da Escandinávia e da Alemanha até a Flandres e a Inglaterra. O incremento do comércio europeu setentrional levou ao surgimento de grandes associações comerciais, conhecidas como HANSAS. A mais famosa delas foi a LIGA HANSEÁTICA ou LIGA TEUTÔNICA, que agrupava 160 cidades e dominou o comércio no Leste europeu. A ROTA DA CHAMPANHE, ao norte, com o da Itália, ao sul. Nela surgiram as mais famosas feiras medievais – as feiras da Champanhe – que foram posteriormente destruídas pela Guerra dos Cem Anos (1337 – 1453), travadas entre a França e a Inglaterra. Durante essa guerra o comércio entre a Itália e a Flandres deslocou-se para o Ocidente, passando a ser realizado através da rota do mar Mediterrâneo – oceano Atlântico – mar do Norte. 8.22.Essa nova rota marítima ocidental promoveu a valorização econômica da península Ibérica, o incremento das atividades náuticas e a prosperidade das cidades litorânea portuguesas. Em Lisboa e no Porto surgiu uma próspera burguesia que iria aliar-se à realiza e impulsionar a expansão marítima, comercial e colonial do século XV. 9. A ASCENSÃO DAS CIDADES. 9.1. No século XI as cidades ressurgiram por toda Europa, e no século seguinte tornaram-se centros ativos de vida comercial e intelectual. 9.2. Social, econômica e culturalmente, as cidades contribuíram para o declínio do Regime Senhorial, porque, além de produzirem alimentos, criaram novas oportunidades para o homem do povo. Começou a surgir uma nova classe de mercadores e artesão. Essa nova Classe – a classe média era constituída de pessoas que, ao contrário dos senhores e servos não estavam ligados à terra. 9.3. O citadino era um homem novo, com um sistema de valores diferentes do senhor, do servo ou do clérigo. 9.4. As cidades surgiram na rota do comércio – litoral, margens de rios, encruzilhadas e mercados – e juntos dos castelo fortificados, dos mosteiros e das cidades romanas sobreviventes. As cidades medievais, que, por terem renascido em torno dos muros dos antigos castelos feudais, eram também chamadas de BURGOS, formou-se uma rica classe de comerciante, que pelo fato de residir nos burgos, ficou conhecida como burguesia. 9.5. As cidades eram circundadas por muralhas que lhes serviam de proteção. À medida que a população crescia e que novas casas eram construídas, ultrapassando os limites da velha muralha, uma nova era construída. A sucessão de várias dessas muralhas, formando anéis concêntricos, era uma característica comum às cidades medievais. 9.6. A organização das cidades, variavam conforme os direitos ou liberdade adquiridos pelos burgueses. Chamados franquias, esses direitos eram conseguidos mediante pagamento em dinheiro ao senhor
9 feudal ou, às vezes mediante o uso da força. As franquias eram garantidas numa carta, e a cidade que a possuía, chamava Cidade Franca. 9.7. O planejamento urbano e as condições de higiene dessas cidades eram precários. As construções eram de madeira, amontoadas umas sobre as outras; as ruas eram estreitas e sem calçamento; inexistiam sistemas de esgotos. 9.8. A média das populações das aglomerações mais importantes raras vezes chegava, no começo do século XIV, ao máximo de 50 a 100 mil almas, e uma cidade de 20 mil poderia passar por considerável uma vez que, na grande maioria dos casos, o número de habitantes flutuava entre 5 e 10 mil. 9.9. Nos burgos medievais as atividades econômicas eram controladas pelos GRÊMIOS ou CORPORAÇÕES DE ARTES E OFÍCIOS, que agrupavam os comerciantes e artesãos de acordo com sua profissão ou ramo de negócio. 9.10.As corporações monopolizavam o mercado urbano, protegendo as atividades locais contra a concorrência de outras cidades, caracterizando o protecionismo. Regulamentavam o acesso à profissão, a jornada de trabalho, o preço das mercadorias, a margem de lucros e prestavam assistência a seus membros. 9.11.A corporação dos negociantes de uma cidade impedia que os estrangeiros fizessem ali muitos negócios. O artesão recém-chegado à cidade tinha que ser admitido à corporação de seu ofício antes que pudesse iniciar sua atividade. 9.12.A concorrência entre membros da mesma corporação era desencorajada. Para evitar que qualquer dos membros ganhasse muito mais do que os outros, a corporação exigia que trabalhassem todos os mesmos números de horas, pagassem o mesmo salário aos seus empregados, produzissem mercadoria da mesma qualidade e cobrassem preço justo. 9.13.A corporação também tinha função social e religiosa. Seus membros freqüentavam reuniões na sede comemoravam juntos os feriados e desfilavam em paradas. As corporações cuidavam dos membros enfermos ou em dificuldades, e assistiam as viúvas e filhos dos membros que faleciam. 9.14.Foram várias as maneiras pelas quais as cidades afrouxaram os laços de controle dos senhores sobre os servos. Buscando liberdade e fortuna, estes fugiam para as cidades novas onde, de acordo com os costumes, os senhores já não podiam reclamá-los depois de transcorrido um ano e um dia. 9.15.Servos com espírito de iniciativa ganhavam dinheiro vendendo alimentos aos citadinos. Quando conseguiam uma soma suficiente, compravam sua liberdade aos senhores, que precisavam de dinheiro para pagar os bens adquiridos aos mercadores. 9.16.Os senhores começaram a aceitar, cada vez mais, um pagamento fixo em dinheiro dos servos, em lugar da prestação de serviços ou do fornecimento de alimentos. 9.17.Como os servos se eximiam de sua obrigação com os senhores por meio de pagamento em dinheiro, foram aos poucos passando a serem arrendatários com compromissos financeiros, já não estando presos à terra dos senhor. O sistema de relações pessoais e de obrigações mutuas desmoronava. 10. A CRISE.
10 10.1.A segunda fase da Idade Média, chamada de Baixa Idade Média (séculos XI a XV) foi o período em que a Europa passou por uma série de modificações econômicas, políticas, sociais e culturais, com as quais se iniciou o processo de desintegração do sistema feudal, possibilitando o desenvolvimento do capitalismo comercial e da centralização política, fatores que caraterizam a Idade Moderna. 10.2.A crise resultava das características do próprio Feudalismo. Assim ao longo dos séculos XII e XIII vinham ocorrendo profundas transformações que se revelam com toda a força a partir do século XIV. 10.3.A exploração agrícola predatória e extensiva fora típica do Feudalismo. De fato, na época de expansão, o aumento da produção fora conseguido mais com ampliação da área cultivável do que com a utilização de tecnologia mais avançada. 10.4.A busca desordenada de terras para a agricultura, parece mesmo ter provocado importantes alterações ecológicas. O desmatamento – em 1300 as florestas da França cobriam um milhão de hectares ( um hectare eqüivale a 10.000 metros quadrados ) a menos que atualmente. Talvez tenha sido o responsável pelas mudanças no regime pluvial e pelo resfriamento do clima ocorrido. 10.5.A Grande Fome: (1315 – 1317 ) as violentas e constantes chuvas que atingiram a maior parte da Europa em 1314 - 1315 provocaram colheitas desastrosas: de fins de 1315 a meados de 1316 os preços de trigo mais que triplicaram. A fome abriu caminho a várias epidemias, a mortalidade cresceu. Como cada indivíduo gastava mais com alimentação, consumia menos bens artesanais, o que levou à retração desse setor e consequentemente também do comércio.( A fome foi tão trágica, que os esfomeados desenterravam os cadáveres dos cemitérios para comer. Os pais comiam seus próprio filhos. Viajantes eram raptados por homens mais robustos que eles, tinham seus membros cortados, cozidos e devorados. Muitos mostrando fruto ou um ovo às crianças, atraíam-nas a lugares afastados, massacravam-nas e devoravam-nas.) 10.6.A PESTE : um ditado medieval dizia: “ depois da fome, a peste come”. Entre 1346 e 1352, a peste negra (bubônica), arrastou pelo menos um terço da população da Europa. A maior onda de mortalidade que jamais varreu o mundo. ( A peste vai propiciar o surgimento das irmandades dos flagelantes, pois a peste era considerada como castigo divino) 10.7.A peste provocou um profundo golpe no sistema de servidão, ao diminuir significativamente a quantidade de mão-de-obra dos senhorios. A peste foi responsável pela morte de um terço da população européia. A desorganização social que seguiu a peste e a crescente procura por mão-deobra facilitavam e incentivavam a fuga de servos. 10.8.OUTROS ASPECTOS PARA A CRISE DO SISTEMA FEUDAL; 10.8.1. As Revoltas Camponesas: a superexploração feudal agudizou a luta de classes no interior da sociedade feudal. Esta questão torna-se particularmente explosiva na segunda metade do século XIV agravaram as contradições. É dentro deste quadro mais amplo que se insere a Revolta dos Camponeses, a mais famosa foi a grande revolta acontecida em Paris em 1358, conhecida como Jacquerie. (Os homens do campo usavam costumeiramente uma roupa curta chamada, na França de jacque: por isso ganharam o apelido de jacque, daí Jacquerie). 10.8.2. As revoltas Urbanas: a revolta de Gand (1381), a revolta de Paris (1382).
11 10.8.3. A Guerra dos Cem Anos : (1337 – 1453 ) conflito entre a França e a Inglaterra, devastou a agricultura, assim como desarticulou as feiras e o comércio centro-europeu com a destruição da rota da Champanhe. 10.8.4. A crise do comércio europeu, motivada pela falta de mercados, foi agravada nessa época pelo esgotamento das minas de ouro de prata, o que reduziu drasticamente a cunhagem de moedas e o volume de dinheiro disponível para as operações de compra e venda assim como para os empréstimos e financiamentos. 11. C O N C L U S Ã O : 11.1.As crises de fome, peste e guerras demonstraram a fragilidade da organização política descentralizada, incapaz de superar o caos econômico que se instalou no ocidente. 11.2.Ao mesmo tempo, as transformações econômicas determinaram uma modificação social. As guerras contínuas empobreceram os senhores feudais, que tinham gastos excessivos com material bélico e com o pagamento de resgates para reaver prisioneiros. Por outro lado, o modo de produção desordenado e a morte maciça de camponeses diminuíram as rendas provenientes da exploração das terras, agravando a situação da nobreza. Os nobres se viam obrigados a contrair empréstimos, a vender as propriedades aos burgueses enriquecidos, ou ainda a cobrar taxas adicionais dos camponeses sobreviventes, elevando o valor das obrigações feudais e intensificando os laços servis. 11.3.Nas cidades, apenas os burgueses mais ricos conseguiram sobreviver à crise econômica. Por possuírem reservas em dinheiro, compravam antigas propriedades feudais ou reforçavam seus lucros concedendo empréstimos a juros. Isso lhes permitiu adquirir prestígio. 11.4.Faltava, à Europa uma instituição que coordenasse as camadas sociais no sentido de reconstruí-la economicamente. Isso foi alcançado pelo gradativo fortalecimento da autoridade real que, com o apoio e o financiamento da burguesia, formou exércitos poderosos e permanentes, que fizeram frente à enfraquecida nobreza e às tentativas de rebeliões camponesas, submetendo-as. 12. RESUMO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSITICAS DO FEUDALISMO: 12.1.ECONÔMICAS : • • •
Economia baseada na agricultura de subsistência. Trabalho baseado no sistema de servidão. Economia estática.
12.2.SOCIEDADE: • • •
sociedade rigidamente dividia e marcada por privilégios de nascimento; laços de dependência pessoal (suserano e vassalos) trabalho baseado no sistema de servidão ( o servo que era o produtor transferia grande parte do produto para os senhores feudais.)
12.3.POLÍTICA: • • •
monarquia descentralizada; predominância do poder local exercido pela nobreza feudal; ausência do espírito nacional;
12 •
classe de guerreiros ocupando os altos cargos públicos.
12.4.CULTURAIS: • • •
cultura teocêntrica, ou seja, todo o poder político girava em trono da autoridade religiosa, da fé; predomínio da Igreja, que determinava o modo de pensar e de viver da sociedade; fenômenos naturais explicados pela fé. A sociedade medieval era profundamente religiosa. Era comum a celebração de ritos para fazer as plantas crescerem, para conseguir boa colheita, para pedir a chuva, etc.
AS CRUZADAS 1. A GUERRA SANTA DOS CRISTÃOS; 1.1. Atendendo ao apelo do papa Urbano II, em 1095, foram organizadas nas Europa expedições militares conhecidas como cruzadas , cujo objetivo oficial era conquistar os lugares sagrados do cristianismo (Jerusalém, por exemplo) que estavam em poder dos muçulmanos. 1.2. Entretanto, além da questão religiosa, outras causas motivaram as cruzadas: a mentalidade guerreira da nobreza feudal, canalizada pela Igreja contra inimigos externos do cristianismo (os muçulmanos); e o interesse econômico de dominar importantes cidades comerciais do Oriente. 1.3. De 1096 a 1270, a cristandade européia organizou oito cruzadas, tendo como bandeira promover guerra santa contra os infiéis muçulmanos. 2. AS CONSEQÜÊNCIAS 2.1. As principais conseqüências do período das cruzadas foram: • • • •
empobrecimento dos senhores feudais, que tiveram suas economias arrasadas com os esforços despendidos nas guerras; fortalecimento do poder real, à medida que os senhores feudais perdiam suas forças; reabertura do Mediterrâneo e conseqüente desenvolvimento do intercâmbio comercial entre Europa e Oriente; ampliação do universo cultural europeu, promovido pelo contato com os povos orientais.
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO POR SÉRGIO BARBOSA.