Colecione julho

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sobre a obra

coleção em cartaz

Julio Plaza [Julio Plaza González – Madri/Espanha, 1º/2/1938 - São Paulo/Brasil, 17/6/2003]

Foi curador do Núcleo de Arte Postal da 16ª Bienal de São Paulo, em 1981, que teve curadoria geral de Walter Zanini. Em 1982, organizou as mostras Arte pelo Telefone - videotexto, no MIS, São Paulo, e Arte e Videotexto, na 17ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1983. Recebeu o Prêmio Pesquisa da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), pelo conjunto de trabalhos desenvolvidos no ano de 1982. Participou de cinco edições da Bienal Internacional de São Paulo – 9ª, 10ª, 16ª, 17ª e 18ª – e de inúmeras exposições no Brasil e no exterior, como Prospectiva 74 (MACUSP, São Paulo, 1974), La(o)s menina(o)s, (Galeria Arte Global, 1977), Sky Art Conference, (ECA/ USP, 1986), Idehologia: hologramas (Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1987), Triluz holografias (Museu da Imagem e do Som, São Paulo, 1988), Fiat lux (Caja de Ahorros de Astúrias, Espanha, 1991), Hologramas e videopoemas (Galeria Municipal de Vila Franca de Xira, Lisboa, 1994), Arte no século XXI: a humanização das tecnologias (Memorial da América Latina e MAC-USP, São Paulo, 1995), Ao cubo (Paço das Artes, São Paulo, 1997), Situações, anos 70 (Casa França-Brasil, Rio de Janeiro, 2000), Marginália 70: o experimentalismo no super-8 brasileiro (Itaú Cultural, São Paulo, 2001), Livro de artista (Galeria de Alverca, Lisboa, 2001), entre tantas outras. Grande conhecedor da área de artes gráficas, Julio Plaza integrou também a equipe de pesquisadores em artes gráficas do antigo IDART (Departamento de Informação e Documentação Artística). Uma de suas pesquisas, em parceria com Sonia Fontanezi, chama-se Análise visual gráfica comparativa de 12 jornais de São Paulo, de 1977/1978.

artistas em ação

COleção de arte da cidade A aquisição de obras de arte pela municipalidade teve seu início durante a gestão do prefeito Antonio da Silva Prado (1899-1910), quando foram obtidas com o propósito de decorar gabinetes de administradores, dentro da temática paulista e de motivos históricos.

legenda Sem título, 1973 Palito de fósforo e fita crepe sobre papel sulfite 21,5X29,5

Na década de 1920, marcada pela ruptura nos padrões estéticos vingentes na época, doações e aquisições de obras foram realizadas, incluindo as premiadas nos Salões Paulistas de Belas Artes, cuja primeira mostra foi em 1934, formando um eclético acervo de arte. Com a criação do Departamento de Cultura, em 1935, projeto de Mário de Andrade, Paulo Duarte e Paulo Barbosa de Campos, a Divisão de Bibliotecas, por meio da Seção de Estampas e Mapas, passou também a adquirir obras de arte, iniciando com a compra da biblioteca brasiliana de Félix Pacheco com importantes gravuras. Várias propostas foram pensadas pelos administradores municipais no sentido de se construir um local apropriado para a armazenagem e a apresentação dessa coleção, que se avolumava e foi se intensificando com a força de Sérgio Milliet na direção da Biblioteca até 1959. Em 1975, com a criação da Secretaria de Cultura, desvinculada da Educação, criou-se o Departamento de Informação e Documentação Artística (IDART), tendo Maria Eugênia Franco como diretora. Foi então que a coleção começou a fazer parte da Divisão de Artes Plásticas daquele organismo, chamada de Pinacoteca Municipal. Em 1982, o Centro Cultural São Paulo foi inaugurado e passou a abrigar a Pinacoteca Municipal, que, a partir de maio de 2008, recebeu o nome de Coleção de Arte da Cidade de São Paulo, adequando-se à variedade de suportes e técnicas da arte contemporânea.

Prefeitura de São Paulo Fernando Haddad Secretaria de Cultura Juca Ferreira Centro Cultural São Paulo | Direção Geral Ricardo Resende Divisão Administrativa Gilberto Labor e equipe Divisão de Curadoria e Programação Giuliano Tierno de Siqueira e equipe Divisão de Acervo, Documentação e Conservação Heloisa M. P. de Abreu Meirelles e equipe Divisão de Bibliotecas Waltemir Jango Belli Nalles e equipe Divisão de Produção e Apoio a Eventos Luciana Mantovani e equipe Divisão de Informação e Comunicação Gustavo Wanderley e equipe Divisão de Ação Cultural e Educativa Giuliano Tierno de Siqueira e equipe Coordenação Técnica de Projetos Priscilla Maranhão e equipe

Coleção em cartaz: artistas em circulação é um projeto criado em parceria entre as divisões de Informação e Comunicação e de Acervo, Documentação e Conservação e a Curadoria de Artes Visuais do CCSP Adriane Bertini, Camila Bortolo Romano, Camile Rodrigues Aragão Costa, Eduardo Navarro Niero Filho, Emi Sakai, Gustavo Wanderley, Heloisa M. P. de Abreu Meirelles, Márcio Harum, Maria Adelaide Pontes e Solange de Azevedo Revisão Paulo Vinício de Brito Projeto Gráfico Solange de Azevedo Impressão Gráfica do CCSP Assessoria de Imprensa do Centro Cultural São Paulo Juliana Lazarim, Nelson de Souza Lima, Zaira Hayek e Alvaro Olyntho (estagiário) (imprensaccsp@prefeitura.sp.gov.br) julho/2013

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Autor de uma obra que perpassa processos intermediais e que, além da prática, também teorizou acerca desses processos. Produziu vários livros de artista e em parceria com poetas concretistas: Livro-Objeto (1969), Poemobiles (1974) e Caixa Preta (1975), com Augusto de Campos. Criador do ensaio O livro como forma de arte, no qual estabeleceu parâmetros e categorias de classificação do livro de artista, publicado na revista Arte em São Paulo, em 1982. Plaza trabalhou também com videotexto, slow-scan TV, holografia, fax e computação digital, partilhando e influenciando artistas de várias gerações, como Paulo Laurentiz, Carlos Fadon Vicente, Gilbertto Prado, Milton Sogabe, Mario Ramiro, Anna Barros, Inês Raphaelian, Ana Maria Tavares, Omar Khouri, Sonia Fontanezi entre tantos outros. Publicou Tradução intersemiótica, São Paulo, Editora Perspectiva, 1987; Videografia em videotexto, São Paulo, Editora Hucitec, 1986; Processos criativos com os meios eletrônicos: poéticas digitais, São Paulo, Editora Hucitec, 1998.

O trabalho compõe o livro de artista ON/OFF 1, 1973, publicação organizada por Julio Plaza e Regina Silveira, do qual participam Amélia Toledo, Claudio Ferlauto, Claudio Tozzi, Donato Chiarella, Evandro Carlos Jardim, Guta, Julio Plaza, Mario Ishikawa, Regina Silveira e Ubirajara Ribeiro. A série de publicações ON/OFF, obras avulsas dentro de um envelope distribuido de mão em mão e pelo correio, teve três edições, de 1973 a 1974.

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Artista espanhol, chegou ao Brasil em 1967 para participar da 9ª Bienal Internacional de São Paulo e radicou-se em São Paulo em 1973. Artista, poeta, curador, teórico e professor do Departamento de Artes Plásticas da ECA-USP. Além da USP, foi também professor na FAAP, PUC-SP e UNICAMP.

Hoje a Coleção de Arte é composta de 3144 obras com as mais diversas técnicas e artistas. Possui ainda uma importante Coleção de Arte Postal, que, no momento, encontra-se em processo de catalogação e tombamento. Com a instituição do Prêmio Aquisição do Programa de Exposições pelo Centro Cultural São Paulo, em 2004, a Coleção passou a ser atualizada, aliada ao incentivo à produção de jovens artistas. COLEÇÃO EM CARTAZ O projeto Coleção em cartaz é uma proposta curatorial cujo formato expositivo traz uma série de cartazes com reproduções de obras do acervo do CCSP para serem colecionados pelo público ao longo de 12 meses, de maio/2013 a abril/2014. O projeto visa a extroverter o acervo e discutir o espaço da arte, numa alusão ao museu imaginário de André Malraux. Esta primeira edição do projeto Coleção em cartaz: artistas em circulação privilegia a Coleção de Arte da Cidade, destacando obras de artistas que trabalharam no CCSP e no IDART. Esta será a sequência das reproduções de obras dos artistas: Sérgio Milliet, Fernando Lemos, Julio Plaza, Lenora de Barros, Gabriel Borba, Fabio Miguez, Paulo Monteiro, Célia Euvaldo, Mario Ramiro, Carla Zaccagnini, Débora Bolsoni e Decio Pignatari.

julio plaza

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