Revista Leia

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FELIPE ARAÚJO / IMAGENS

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Editora Leia Edição 64 26 de Junho de 2010 R$3,00

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o cotidiano de cachoeiro Na semana em que a cidade comemora mais um aniversário, o registro da rotina e a constatação da mudança de hábitos do cachoeirense. Pág. 18-23


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índice

Da redação:

Dizem que cachoeirense é bairrista. Todo mundo pode falar mal da cidade, menos quem é de fora. Só tem esse direito quem é nascido e criado na Capital Secreta. De fato, existe algo encantado nessas terras entre as terras. Sempre que está próximo o aniversário de Cachoeiro, esse sentimento fica mais a flor da pele. É bonito de ver. A nostalgia vira companheira. O Centro Operário, a Casa do Estudante, Newton e Rubem Braga, Roberto Carlos, Luz Del Fuego, Sérgio Sampaio, entre tantos outros assuntos tomam conta das conversas nos barzinhos e de quem vive e respira a história municipal. Sim. O passado ainda é o maior motivo de orgulho para os cachoeirenses. Infelizmente, até hoje, sabe-se lá porque, a atualidade não consegue produzir algo que surpreenda e ganhe espaço no coração dos envolvidos na cultura da Atenas Capixaba. O passado tem valor inestimável. A questão nem é essa. Mas o grande lance é a atual juventude não ter o carisma, a união, o idealismo, dos que já passaram por Cachoeiro. A cidade cresceu. Uns dizem que foi rápido demais. Outros que demorou muito. A bem da verdade, a população está mudando os hábitos. Algumas coisas são naturais, outras, impostas pelos meios de comunicação no inconsciente de quem consome, sem intenção, uma série de produções manipuláveis da televisão e outros. Uma formatação e uniformização da sociedade, de ponta a ponta do país, inclusive, em Cachoeiro. Mas a esperança ainda faz parte do cotidiano. Todos acreditam em dias melhores. Não que esses estejam ruins. Mas é coisa de quem está acostumado com o melhor e se queixa muito quando a perfeição não é o foco. Cachoeiro de Itapemirim festeja. E tem motivos de sobra para isso. Mas a cidade também pára e reflete. Porque o desenvolvimento ordenado, agora, mais do que nunca, é pauta constante entre os poderes e a sociedade.

Filipe Rodrigues

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Entrevista

Prefeito de Cachoeiro, Carlos Casteglione, fala de festa, política e expectativas

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DIRETOR EXECUTIVO Jackson Júnior (jacksonjr@revistaleia.com) REPÓRTER Filipe Rodrigues (filipe@revistaleia.com) FOTÓGRAFO Pedro Junior (pedrojojunior@terra.com.br) COLUNISTAS Cristiane Feu, Bruno Reis Marcos Jacob, Pedro Junior e Wellington Santiago ARTICULISTAS Romário Vargas, Wilson Márcio Depes, Marcos Jacob e Izabel Lacerda

Chick’ES Festa Junina do Jaraguá atrai associados

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Economia A inauguração da mais nova agência do banco Sicoob

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GERENTE COMERCIAL Marcos Tristão (marcos@revistaleia.com) COMERCIAL Viviane Bize (viviane@revistaleia.com) DIAGRAMAÇÃO E ARTE Jackson Júnior IMPRESSÃO E FOTOLITO GrafBand - Gráfica e Editora 28 3526-2750

Coluna W Roberto Carlos é homenageado por escola de samba

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Show Veja a entrevista com o grupo Detonautas

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TIRAGEM 5.000 exemplares PERIODICIDADE SEMANAL Edição n°64, 26 de Junho de 2010

Revista Leia Cachoeiro de Itapemirim - ES Rua Ludário Fonseca, n°54 CEP 29 305-520 Tel.: 28 3521-1019 E-mail revistaleia@hotmail.com Site: www.leiatudo.com

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Paladar

A combinação entre a culinária brasileira e portuguesa

+ conteúdo em leiatudo.com

Escreva para nós: vale crítica, elogio, sugestão. Não deixe de enviar também seu nome completo e telefone cartas@revistaleia.com


Perfil PEDRO JUNIOR

Wilson Resende (Professor)

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igura querida por onde passa. Dono de uma simpatia e bom humor que contagiam. A história de Cachoeiro se confunde com a trajetória do professor Wilson

Lopes de Resende, que chega aos seus 92 anos cheio de saúde e vigor físico. É pai de dois filhos, tem sete netos e cinco bisnetos. Wilson estudou no Bernardino Monteiro e no então colégio particular

Pedro Palácios, hoje, Liceu Muniz Freire; é formado em Odontologia em faculdade no Rio de Janeiro; licenciado em história pela Faculdade de Filosofia de Cachoeiro; bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Cachoeiro de Itapemirim; tem curso de extensão universitária na Faculdade Nacional de Filosofia; curso na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa – Portugal. Entre suas diversas atividades ao longo de sua vida, certamente, a que mais marcou foi ser diretor do Liceu. Naquela época, escolas estaduais eram referências, por isso, aqueles jovens alunos que ficavam sob sua responsabilidade eram preparados para se tornarem grandes profissionais, já que em Cachoeiro e Vitória não existiam faculdades. E assim aconteceu. Em certo momento, Wilson foi responsável pela Rádio Cachoeiro, ao lado de Newton Braga, quando Roberto Carlos cantava aos domingos. Sua história de vida daria um livro, não só pelas experiências, mas por sua importância na sociedade, já que foi fundador de várias escolas na Região Sul do Estado. Essa semana, o município comemora seu aniversário. Já Wilson, conta nova idade em 10 de julho. Este perfil, portanto, tem mais sentido em homenagear quem ajuda a escrever a história e deixa para as atuais gerações um legado enorme, perfeito para ser imitado.

Leiatudo.com vuvuzelas

elas podem vir para o brasil Neil van Schalkwyk, sócio da principal fabricante de vuvuzelas, a Masincedane Sport, já está planejando trazer o produto para o Brasil na Copa de 2014, para a tristeza dos jogadores das Seleções, das emissoras que transmitem os jogos e também para alguns torcedores.

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cavalgada

rota dos imigrantes Com o intuito de reviver e refazer uma das rotas que os imigrantes italianos fizeram ao chegar às montanhas capixabas, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), com o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Turismo (Setur), divulgam a Expedição Tropeiro do Imigrante, que irá acontecer, neste mês, do dia 23 a 27. www.leiatudo.com

acervo digital

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Como Cachoeiro era na época de sua adolescência e juventude? “Era uma cidade pequena. A Ponte Municipal, por exemplo, era de ferro e só passava um carro por vez. Era comum encontrar carroça nas ruas. Não tinha fogão a gás também e precisávamos comprar lenha. O café, a gente comprava verde e torrava em casa. Não tinha café Campeão, na época (risos)”. Na opinião do senhor, Cachoeiro cresceu rápido demais? “Não. Demorou muito ainda. Durante muitos anos vivíamos nessa realidade. Até frango a gente tinha que correr e pegar na mão, depois matar e cozinhar. Hoje, compramos tudo prontinho”. O senhor acompanhou muito as mudanças no município. Sente saudade da época em que não era tão movimentado? “A gente aceita essas mudanças como evolução. Eu vou dizer que sinto falta de comprar lenha e correr atrás de frango?! As coisas mudaram e a gente se adapta a essas modificações da melhor maneira possível”. Como foi para o senhor ser diretor do Liceu Muniz Freire? “Foi uma época muito boa. Os alunos que por lá passaram, se tornaram grandes pro-

festa nova atração O cantor Daniel é a mais nova atração da Festa de Cachoeiro de Itapemirim. O artista vem à cidade no próximo dia 28, quando vai se apresentar no Parque de Exposições Carlos Caiado Barbosa. www. leiatudo. com

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Eu vou dizer que sinto falta de comprar lenha e correr atrás de frango?! As coisas mudaram fissionais. Hoje, temos advogados, médicos, engenheiros, e profissionais de diversas áreas em destaque no Rio de Janeiro, que tiveram sua base escolar no Liceu Muniz Freire”. O senhor acredita que a cidade se preparou para o crescimento e está se estruturando para crescer mais? “Acredito que não se preparou o suficiente. Foram feitas diversas avenidas, que hoje já não comportam mais o fluxo de veículos. É preciso ficar atento para não cometer os mesmos erros”.

MÚSICA faturando mesmo depois de morto O músico Michael Jackson gerou ganhos de mais de US$ 1 bilhão desde a sua morte, em 25 de junho do ano passado, segundo estimativa da revista Billboard. A publicação descreve quanto o espólio de Michael Jackson rendeu nos vários segmentos do mercado musical, totalizando US$ 1,017 bilhão. www.leiatudo.com

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Romário Vargas v e n d a s

Romário Vargas é palestrante e consultor, graduado em administração de empresas e em MBA Executivo e Marketing pela FGV.

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Como vender? Pergunte a alguém que compra!

omo é traumático verificar que a grande maioria das empresas, notadamente o comércio varejista, está fazendo vendas sem observar o que realmente o cliente quer comprar e, muito menos, porque o cliente está comprando. A grande maioria ainda vende coisas, ou seja, roupa, sapato, sandália, geladeira, fogão, carne, carro, refeição e outras coisas mais. Isso não faz nenhuma diferença e, ainda, não causa impacto em nenhum cliente. Você tem que vender excelente atendimento, estilo de vestir bem, liberdade e conforto para os pés, enfim, você tem que vender benefícios pessoais sempre. Hoje, o grande diferencial, em um mercado cada vez mais competitivo, com produtos e serviços cada vez mais iguais, e as pesquisas provam isso, está no atendimento, com profissionais bem treinados para atender excelentemente bem a quem quer comprar. É raro você entrar em um estabelecimento e ser bem atendido. Mais raro ainda ser atendido com excelência, onde o cliente vai com a decisão de compra de um determinado produto, o que chamamos de item principal, e sai da loja com outros produtos, o que chamamos de itens adicionais, graças àquele profissional que a empresa investiu para participar de um treinamento de atendimento ao cliente e vendas. Esta semana, estávamos dando um treinamento de Gestão e Liderança no IBGL, em Vitória, e uma profissional de vendas de uma empresa do Rio de Janeiro que está se instalando no Espírito Santo, fez uma observação inte-

ressante com relação ao atendimento da maioria dos profissionais. Ela disse que há um PAC na maioria das empresas que ela está prospectando e até mesmo nas empresas que ela fez compras particulares e para a empresa. Fiquei curioso em saber o significado do PAC, afinal de contas, essa é a sigla do Governo, que até tem uma mãe Dilma. Ela disse que aqui no Espírito Santo, o PAC significa: “Péssimo Atendimento Capixaba”. Lógico, há exceções eu diria, mas, infelizmente, como Capixaba que sou, fui obrigado a concordar com ela, até porque por experiência de ser um consumidor e também pelo fato de fazer “cliente oculto” em empresas que treinamos os funcionários, para verificar se aquilo que ensinamos foi absorvido ou até mesmo para detectar necessidade de um treinamento mais específico, de acordo com as anomalias verificadas. Em todos os Estados e Cidades Brasileiras em que trabalhei e morei, como no Nordeste, Rio de Janeiro, Paraná, Distrito Federal e Espírito Santo, observei uma variação muito grande com relação à investimentos na qualificação dos profissionais de atendimento ao cliente e vendas. Precisamos transformar esse “PAC – Péssimo Atendimento Capixaba” ou o Carioca, o Mineiro, o Paranaense, o Paulista, o Cearense, o Pernambucano e outros, em PEAC – Programa de Excelência no Atendimento ao Cliente. Enquanto isso não ocorre, se quer vender mais e melhor, pergunte a alguém que compra seus produtos e serviços e invista no treinamento dos seus colaboradores.

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Economia e Negócios

Ouvir os consumidores das outras empresas é a melhor maneira de ganhar participação no mercado, e, ouvir os visionários é a melhor maneira de criar novos mercados.

por Marcos Jacob economia@revistaleia.com

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Sicoob Sul – Agência Centro

Já está funcionando a agência do Sicoob Sul da Rua Capitão Deslandes, com uma estrutura moderna e adaptada para atender toda a demanda dos seus associados na região central de Cachoeiro. Rubens Moreira, Presidente da Cooperativa, na abertura da nova unidade de negócios, reafirmou o compromisso com seus associados, e informou que mais uma agência será inaugurada ainda esse ano no município de Mimoso do Sul.

Selita adquire novos equipamentos Dentro da política de continuar investindo em novos equipamentos, a Cooperativa Selita acaba de adquirir dois tanques de 10 mil litros cada e dois reboques (Julieta) com capacidade para 15 mil litros de leite. Hoje a Selita é uma das maiores cooperativas de alimentos do Brasil, recebendo cerca de 340 mil litros de leite por dia, com 1.850 associados. No registro, a visita do presidente do Banestes, Roberto Penedo, ao lado do presidente José Onofre Lopes e o vice Augusto Machado. Ele foi conhecer os atuais administradores da Cooperativa.

Tânia Alves é Show.

A esperança de um futuro melhor Foi realizado no dia 16 de junho, no Unimed Hall, a solenidade de formatura de mais uma turma do Proerd (Programa Educacional de Resistência as Drogas e à Violência), com a participação de 10 escolas, sendo oito públicas e duas particulares. Foram formados 700 alunos, que durante dois meses receberam aulas de como dizer não às drogas e a violência. É um trabalho da PM, onde os instrutores são voluntários. Um belo trabalho de cidadania, infelizmente pouco divulgado pela imprensa. Como patrocinadores dessa ação estão as empresas: CDL, Foz do Brasil, Selita, Café Campeão, Sicoob Sul, Acisci, Grupo Solução, Grafband, AP Letreiros, Grupo Itapemirim, Rosane Barreto, Acqua Reale, Unimed Sul, Shopping Sul e Briefing Publicidade.

Que Tânia Alves já se tornou uma referência para o mercado de roupas femininas isso é um fato. A inauguração de sua nova loja no Shopping Sul, agora com 3 lojas do Espírito Santo, mostra a força de sua marca. A loja foi concebida dentro de um espaço muito bem aproveitado e de grande impacto visual. Segmento de moda hoje é um dos setores da economia que mais cresce no Brasil e no Mundo. Por ser extremamente competitivo, pode parecer fácil ter uma loja, é um negócio para profissionais.

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coluna Economia e Negócios

leiatudo.com/economia

Para o Shopping Sul não existe crise

Depois da abertura das lojas Dress To, S.O.H.O, Barriga Bonita, Alladim, Quiosque Tudo de Bom e Tânia Alves, vêm aí mais lojas para solidificar de vez o Shopping Sul como o maior centro de compras e lazer do sul do estado. As próximas atrações serão o Quiosque da Brahma, Rádio Mais FM, Casa Lotérica, Camarim e Rip Chick. Segundo Marcelo Gottardi, o Shopping Sul emprega cerca de 600 pessoas diretamente e RELACIONAMENTO seu público mensal é de mais de 100 mil pessoas. Investir hoje no Shopping Sul é uma grande oportunidade de negócios. Mais um encontro aconteceu com os empresários de Cachoeiro, onde foi saboreada uma deliciosa feijoada. O grupo que compareceu pôde participar de uma reunião descontraída, onde rolou um gostoso bate papo, e todos colocaram em dia os assuntos. Esses encontros são importantes porque exercitam o relacionamento empresarial, que é muito importante para as empresas e seus negócios. O Sicoob Sul, Acisci, Unimed Sul Capixaba, Bom Gosto e a Revista Leia apóiam este evento.

Almoço com empresários

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Festa Junina no Jaraguá Tênis Clube

A Festa Junina no Jaraguá Tênis Clube já começa a se tornar tradição entre os associados. Em sua segunda edição, os associados puderam se confraternizar e se divertir em família. A Festa contou com cardápio típico dos festejos, além da criançada se deliciar com algodão doce, pescaria e outras guloseimas. A novidade deste ano foi o restaurante do JTC, administrado por Gustavo e Mirela Misse, que ofereceram o melhor em doces e guloseimas de festa junina.

Copa no Jaraguá

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Nos dias de jogos do Brasil, o restaurante panorâmico do Jaraguá Tênis Clube tem sido o local de encontro entre os associados. Diversidade no cardápio, entre petiscos e tira-gosto, sendo o mais pedido durante as partidas, além da cerveja gelada, é o galeto na brasa, preparado especialmente por Mirela Misse. Vale a pena conferir.

Administrando o que é nosso com amor e transparência


Parabéns pelo seu aniversário Roberto Guimarães É o que deseja;

Joaquim Carlette; Gercílio Cipriano, Luciano Grilo, Rene Aride, Renato Frederick, Luciano Nemer, José Tasso, Wilson Lesqueves, Gisela Sampaio, Anderson Zerbone e José Lucio Sampaio

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Wilson M. Depes

p o l í t i c a

Ficha Limpa Wilson Márcio Depes é Advogado e professor universitário, na cadeira de Direito Tributário, há mais de 20 anos. É também jornalista profissional e escritor, tendo publicado dois livros

A Lei da Ficha Limpa não é uma perfeição saída do ventre do nosso combalido Poder Legislativo.

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lei denominada de “Ficha Limpa”, embora possa parecer solução para todos os males, não é. Trata-se de uma tentativa de amenizar a presença de homens públicos sem condições legais de participar do pleito eleitoral. Sem condições porque infringiram normas previstas nas diferentes leis e na própria Constituição. Acredito que a corrupção é um problema cultural e, a partir dessas soluções pontuais (Ficha Limpa), por caminhos tímidos, ainda chegaremos a uma situação ideal. Que o homem falha sempre, não tenho qualquer dúvida, mas, pelo menos, que não erre tanto a ponto de ficar impedido de representar as nossas aspirações mais íntimas. Agora, por outro lado, a nova lei vai ser a “festa” dos advogados com especialidade em direito eleitoral. Vou a um Congresso, na próxima semana, em Campinas (SP), no qual a tema será alvo de debates intermináveis. Outro tema, também que vem transcendendo a temática diária, é o assédio moral e responsabilidade civil do mé-

dico. Aliás, pergunto: será que a medicina, sob o ponto de vista legal, passou a ser uma profissão de risco? Vários autores já defendem essa tese. São tantas indagações e o tempo é tão pouco que esta crônica vai acabar se complicando. Mas, caro leitor, vou voltar ao tema central – Ficha Limpa. Cada pretenso candidato, que for considerado inelegível pela Justiça Eleitoral, trilhará todos os caminhos onde a porta estiver aberta para um recurso. Diga-se, por oportuno, que a Lei da Ficha Limpa não é uma perfeição saída do ventre do nosso combalido Poder Legislativo. Para citar só um exemplo: o ministro Marco Aurélio já mostrou uma série de conflitos com os próprios princípios constitucionais. E o Ministro pertence ao Supremo Tribunal Federal. Quer dizer, trata-se de uma porta bem aberta para os advogados e candidatos. E tome recursos. Por isso é que disse anteriormente que lei alguma será solução para o grave problema da corrupção. É uma questão, sobretudo cultural e assim deve ser tratada, sem embargo das providências legais adequadas.

Outros artigos em > leiatudo.com/wilson

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Política e Bastidores

Entrevista Na próxima edição desta revista será publicada uma entrevista com o deputado federal Camilo Cola. Ele fala sobre projetos pessoais, a retirada do nome de Ricardo Ferraço da disputa ao Governo, da cassação dos direitos políticos de Roberto Valadão, da obra do viaduto no bairro Paraíso, entre outras coisas. Não vai dar para perder.

divulgação

politica@revistaleia.com

Bate-papo e almoço Aos sábados, agora, no Mourad’s Café, o cardápio do almoço será de comida árabe. O local é ponto de encontro, principalmente pela manhã, das pessoas que gostam de conversar e analisar a política local e regional. Mas, com a nova opção do almoço árabe no sábado, a oportunidade para quem tem a semana muito corrida e não pode participar dessas conversas, além, é claro, de se deliciar na culinária especializada, que é uma novidade para Cachoeiro.

Leia Mais

coluna Política e Bastidores

O vice-prefeito Pastor Braz conta com o apoio dos evangélicos

Direitos iguais na política

Se todo mundo tem o direito de concorrer a uma vaga no Executivo ou Legislativo, devidamente enquadrado no que orienta a lei, os pastores não estão de fora dessa. Alguns criticam os líderes religiosos por usarem as igrejas para pedir voto. Nada mais justo. Os professores fazem o mesmo, os jornalistas idem, presidentes de associação de bairro também, e por aí vai. Cada um utilizando o meio em que vive para agregar e conseguir se eleger. Todos os movimentos são legítimos e essa história que política e religião não se discute é balela. “Conversa para boi dormir”.

leiatudo.com/politica

Gratz quer voltar a AL O ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Carlos Gratz (PSL), está em ritmo de campanha e atacando de forma incisiva o governador Paulo Hartung (PMDB). Gratz, atualmente, responde a mais de uma centena de processos na Justiça comum. Ele fez rodar nos principais pontos de Vitória e também em Cachoeiro um panfleto mostrando uma reunião entre adversários políticos da região, segundo Gratz, coordenados por PH. Sua estratégia e aceitação só poderão ser constatadas nas urnas.

Sem espaço para palanque Este ano, a festa da Câmara vai homenagear vários candidatos. Todos eles, por sinal, contribuíram de alguma forma para Cachoeiro de Itapemirim, mas é preciso tomar cuidado para não deixar que o momento de comemoração se torne mais um ato político do que propriamente a motivação da festa. Não pode virar palanque.

PSB: Bastos e Cláudia O PSB de Cachoeiro definiu que para deputado estadual vai de Alexandre Bastos e para federal de Cláudia Lemos. Ele é vereador e ela já ocupou uma vaga na última legislatura. Os dois prometem, ainda, fortalecer o palanque do senador Renato Casagrande (PSB), que concorre a uma vaga de governador. Câmara, este ano, homenageou mais que o comum

+ conteúdo em leiatudo.com cei do hospital: esta semana, os vereadores responsáveis pela CEI devem encaminhar relatório ao MP 26 de Junho de 2010, Leia

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Economia

Cachoeiro ganha mais uma agência Sicoob O Sicoob inaugurou no último dia 18, a sua 83ª agência no Estado. O novo ponto de atendimento é o 6°em Cachoeiro

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Sicoob inaugurou no último dia 18, a sua 83ª agência no Estado. O novo ponto de atendimento é o 6°em Cachoeiro. Além da praticidade de uma agência no Centro, o Sicoob vai oferecer cinco novos terminais de auto-atendimento. Na inauguração estiveram presentes empresários e autoridades, muitos deles associados. Segundo o presidente do Sicoob Sul, Rubens Moreira, “em função da grande credibilidade que os nossos sócios depositaram no Sicoob, resolvemos fazer uma agência mais próxima do Centro da cidade, onde pessoas físicas e empresas de menor porte têm maior facilidade de transitar. Esse é um processo natural. Nós estamos inaugurando nossa terceira agência em Cachoeiro. A idéia não é criar grandes espaços, mas sim vários pontos, levando mais comodidade e conforto a toda a população de Cachoeiro.” Presença marcante no evento, o advogado Ubaldo Moreira Machado, presidente da OAB Cachoeiro deu seu depoimento: “O Sicoob, ao se instalar aqui na Capitão Des12 > Leia,26 de Junho de 2010

landes, engrandece o mercado dos bancos e o comércio de um modo geral. Ele veio favorecer os profissionais liberais e suas transações comerciais e bancárias.” Ricardo Santos Carvalheira é o gerente da Agência Centro. Segundo ele, “o Sicoob é uma cooperativa de crédito com todas as características de um banco. Quem já é cooperado vai ter a vantagem de ter uma agência no centro empresarial e comercial de Cachoeiro, na rua dos bancos, na Capitão Deslandes, com todos os benefícios que já possui”. Essa agência é a primeira do sistema com a nova logomarca. Com o slogan “Sicoob: Associado a Você”, demonstra, com essa filosofia, a nova fase do sistema, com foco em clientes urbanos, pessoas físicas e profissionais liberais. Claro que os clientes do meio rural e empresários de todos os setores continuarão contando com as vantagens que só o Sicoob oferece. Afinal de contas, muito mais que clientes, os associados ao Sicoob são donos.


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Quem já é cooperado vai ter a vantagem de ter uma agência no centro Ricardo Santos Carvalheira gerente da Agência Centro 26 de Junho de 2010, Leia

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Capa

A nem tão tranquila Cachoeiro de Itapemirim Revista Leia registrou a rotina de Cachoeiro durante um dia: caminhada na beira-rio, trânsito, comércio movimentado, corre-corre e novos hábitos

Filipe Rodrigues

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ão 7h. Depois de um dia chuvoso e frio, a quinta-feira, 24 de junho, esboça uma manhã com sol e sinaliza que a rotina poderá ser mantida dentro da normalidade, sem guarda-chuvas ou agasalhos. O Pico do Itabira parece estar acordando com preguiça, entre as nuvens que cobrem a parte mais abaixo da montanha que é cartão postal de Cachoeiro. Na avenida Beira-Rio, os caminhões de frete e praticantes de esporte já estão a postos, prontos para mais uma alvorada. Mais no Centro, estudantes atrasados se apressam para não encontrar as escolas com portões fechados. Alguns comerciantes e vendedores ambulantes também preparam seus produtos, com a expectativa de ser um bom dia de vendas. Cenários distintos compõem o cotidiano do cachoeirense, que vem se adaptando as novas realidades, como o trânsito e correria, mas sem perder as raízes tradicionais para comemorar mais um aniversário da cidade, no próximo dia 29. Em alguns pontos é notório o contraste entre o urbano e o rural; o tradicional e o moderno; o antigo e o novo, típicos de uma cidade do interior, em pleno gás de desenvolvimento. Cachoeiro de Itapemirim, agora, torna-se um município

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08:28:50 Acima, Barbosa servindo o tradicional café da manhã no Mourad’s. Na página ao lado, a caminhada para começar o dia; fila na porta do Ministério do Trabalho e carregamento de novas mercadorias chegando antes do comércio abrir


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10:20:11 de médio porte. Realidade recente para quem estava acostumado com a calmaria da “Capital Secreta”. O mármore e o granito ainda são responsáveis por grande parte da movimentação econômica, mas outros setores começam a ganhar destaque e dar mais oportunidade e diversidade às transações financeiras de Cachoeiro. O comércio, por exemplo, vende de tudo. E um fator nem tão novo assim, mas que retrata uma mudança de mentalidade é o horário de abertura das lojas. Desde que os shoppings se instalaram em Cachoeiro, até as lojas do Centro, do Guandú e outros bairros, que eram acostumadas a abrir antes das 8h, a maioria, agora, iniciam suas jornadas às 9h. Coisas da modernidade. Pontos tradicionais da cidade, no en-

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14:19:18 tanto, continuam a funcionar como antigamente, lógico, com algumas mudanças, principalmente de postura. No Mercado Municipal, por exemplo, ainda é possível encontrar aquelas pequenas bancas que vendem ervas medicinais, prometendo curar tudo, até a obesidade. Numa delas está Gilberto de Paula Alochio. Segundo ele, há mais de 30 anos mantém a mesma rotina: levantar bem cedo, abrir a banca por volta de 5h30 e só fechar depois das 18h. Aos domingos e feriados também tem serviço, mas até as 12h. Lá ao fundo da espremida banca, por trás de várias ervas e verduras penduradas, estava Gilberto, cortando e comendo um gengibre. Ao ser chamado para conversar com a reportagem, antes de qualquer pergunta, Gilberto já revelava, em tom de voz bem

baixinho, porque comia o gengibre: “Sabe para que isso serve? Para tirar a rouquidão. Faz bem para a garganta”, garantiu. Essa crença no natural, sem utilização de remédios, são coisas mais comuns no interior mesmo. Perceber que Cachoeiro ainda é majoritariamente interiorano, não é difícil. O fotógrafo Felipe Araújo, para produzir as imagens desta matéria, teve trabalho. Não o serviço natural, de buscar o melhor ângulo, luz e traços, mas a surpresa de encontrar pessoas que ainda parecem ter medo da fotografia. “Não vai tirar foto minha não, hein?!”, era frase corriqueira, fosse onde fosse. Mas os novos hábitos parecem sobrepor aos antigos na cidade que Roberto Carlos chama de “Meu pequeno Cachoeiro”. O aumento do número de


FILIPE ARAÚJO / IMAGENS

À esquerda, o pintor Vedran produzia e expunha seus quadros. Acima, saída da escola. Em baixo, setor de produção de produtos UHT da Selita. Ao lado, o comerciante Gilberto, descascando e comendo gengibre: sua banca vende ervas medicinais e verduras, no Mercado da Pedra

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19:18:02 fast-foods e restaurantes que servem Pratos Feitos demonstram que o cachoeirense não tem mais tanto tempo para ir em casa, almoçar e tirar aquela pestana depois da refeição. O lugar mais próximo e mais barato é o escolhido para matar a fome e voltar ao trabalho. O crescimento no número de carros e motos também é reflexo da nova realidade. Sem tempo para ficar em ponto de ônibus, quem tem condição prefere ter o seu meio de locomoção, para não perder

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um minuto sequer do dia. A hora do almoço Era pouco mais de 11h e o Centro da cidade já parecia estar mais movimentado. Na Praça Jerônimo Monteiro, alguns hippies protestavam contra um órgão do Governo que, segundo eles, havia lhes impedido de expor seus trabalhos artesanais em praça pública. Ao lado do chafariz, o artista plástico Vedran expunha seus quadros, enquan-

to confeccionava outros, chamando a atenção de quem passava na praça e dando um charme especial ao ambiente. Tempo fechado, mas dia quente Depois de “dar as caras” pela manhã, o sol, por volta de meio dia, ainda na quinta-feira, ficou tímido, escondido entre as nuvens carregadas, que ameaçavam desabar água a qualquer instante. Mesmo assim, não dava para descansar. O dia foi quente para a maioria dos cachoeirenses,


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que apesar da possibilidade de chuva, não podem parar de produzir e trabalhar, faça chuva ou faça sol. Por volta de 12h30, trabalhadores da construção civil estavam a todo vapor, levantando um prédio que já estava em seu nono andar, no bairro Gilberto Machado. Apesar do serviço pesado, o visual dava um clima diferente: ao fundo, estavam o Itabira e o Frade e a Freira. “Quem morar aqui será uma pessoa de sorte”, disse um dos trabalhadores. Novos hábitos, velhos amigos Os hábitos do cachoeirense são novos. No século passado, as carroças ainda passavam pelas ruas; as pontes eram estreitas; o fogão era a lenha; tinha escola do comércio no Centro da cidade; e ir à rua era a garantia de encontrar pelo menos umas cinco pessoas conhecidas. Hoje, esse cenário fica apenas na memória de quem viveu essa época. A nova geração, às vezes, nem acredita nas histórias, como a de o Rio Itapemirim ter sido navegável. Mera ignorância, talvez. Enquanto isso, a juventude tenta construir seu próprio destino, escorados naquilo que os antepassados deixaram: ruas, avenidas, hospitais, escolas, entre tantas outras coisas. Cachoeiro de Itapemirim é a Jerusalém do Sul do Estado. A diversidade e a convivência com o diferente fazem parte de sua rotina. Que, a cada dia, muda para melhor.

Ponto de ônibus lotado e trânsito na ponte municipal fazem parte da rotina do cachoeirense. O setor da construção civil continua empregando centenas de pessoas e movimentando a economia da cidade.

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Detonautas vai mesclar acústico e elétrico O sexteto avisa que o repertório pode mudar durante o show no Parque de Exposições, de acordo com o público

O

rock dos anos 80 foi um dos mais marcantes da música brasileira e ainda é referência para muitas

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bandas. Uma delas é o Detonautas Roque Clube, que sobe ao palco da Festa de Cachoeiro na noite deste sábado (26), no Parque de Exposições Carlos

Divulgação / PMCI

Festa de Cachoeiro


Caiado Barbosa, no bairro Aeroporto. Apesar de ter começado a carreira no final dos anos 90, o sexteto carioca faz menção constante aos ícones da década anterior, como Barão Vermelho e Legião Urbana. É o que deixa claro em entrevista o violonista e pianista do Detonautas, Renato Rocha, 34 anos. Segundo ele, o show em Cachoeiro de Itapemirim não vai se prender ao repertório do último disco, o ao vivo “Detonautas acústico”, que saiu também em DVD, no ano passado. “Como a nossa expectativa é de um grande público, vamos manter a energia da versão elétrica, mas o Tico (Santa Cruz, vocalista) sempre pega o violão durante o show e fazemos trechos do disco acústico”, anuncia. Marcado para às 23h50, o show do Detonautas Roque Clube encerra a programação do sábado no Parque de Exposições, que recebe ainda, a partir das 19h, as bandas D14 e Os Lopas, além das atrações do rodeio. A entrada é franca. Confira a entrevista de Renato Rocha abaixo.

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Os shows atuais do Detonautas têm variado em relação ao formato – elétrico e acústico – e às oportunidades de subir ao palco com a banda Raimundos. O que o público em Cachoeiro pode esperar da apresentação deste sábado? Apesar da gravação do acústico ter contato com a participação de mais dois músicos – entre eles o Marcelo Sussekind, que produziu o disco –, temos nos apresentando com os atuais seis integrantes da banda. Como a nossa expectativa é de um grande público, vamos manter a energia da versão elétrica, mas o Tico (Santa Cruz, vocalista) sempre pega o violão durante o show e fazemos trechos do disco acústico. Temos também uma versão mais voltada para o acústico, mas preferimos sempre deixar para lugares que permitem um clima mais intimista. O Tico tem excursionado com

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o Raimundos e, sempre que possível, juntamos as duas bandas. Não vai ser o caso do show em Cachoeiro, mas isso não impede a gente de tocar a música “Eu quero é ver o oco” (clássico do Raimundos), por exemplo, que rola na maioria das vezes, com ótima resposta do público. Mas a gente não se prende a set list (repertório). Depende de como está o show, do movimento, mas é claro que existe certa sequência pré-definida, um esqueleto básico. Na gravação do acústico tem a canção “Até quando esperar”, da banda Plebe Rude. Como é a relação da banda com o som feito nos anos 80 no país? Crescemos ouvindo o rock dos anos 80 e já tocamos muitas músicas dessa época em nossos shows. Boa parte do público sequer conhece a Plebe Rude e acha que a música é nossa (risos). A Ple-

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Festa de Cachoeiro


be foi uma pedrada pra gente na época, com letras de forte veia política, que o Detonautas também mostra nas composições. Já tocamos muito Raul Seixas também, mais ali dos anos 70. A trinca Raul, Barão e Legião está sempre presente no palco, de alguma forma. A banda defende algum lado hoje na questão da distribuição de música pela internet? Queremos que a música chegue às pessoas. É uma questão profunda, porque tem muita gente que não tem renda suficiente pra adquirir um disco original. Só de impostos, o valor tem cerca de 60% incluso. Procuramos usar a net como aliada, onde a galera pode ouvir e passar para os amigos, mas sobrevivemos mesmo é dos shows. Somos de uma geração que não vive mais de venda de discos e o palco passa a ser ainda mais importante. É onde o artista passa a verdade do que ele faz. É no ao vivo que a mágica ocorre.

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Festa de Cachoeiro

Um nome carregado de valor histórico A história do nome do município vem carregada de sentido e valor cultural

O

Governador Francisco Alberto Rubim, que pode ser considerado como fundador da cidade, escreveu

Em tempos áureos, quando havia trânsito intenso de trens, e não de carros e motos

num ofício datado de julho de 1819, ao referir-se à medição de uma estrada que ele mandou abrir: “...Principia próximo do Quartel da Barca que fiz levantar na

margem Sul do Rio Itapemirim defronte a primeira caxoeira seis léguas para o sertão da vila que faço menção...” O mesmo Rubim, em ofício endereçado

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Festa ao Conde da Barca, em junho de 1816, grafou conforme se pode ler no original: “... O primeiro caxoeiro dista dela (Vila do Itapemirim) seis léguas...” Um outro governador da Província, Machado de Oliveira, ao transcrever esse documento, em 1856, na Revista do Instituto Histórico, modificou o texto e a grafia: “... O primeiro cachoeiro deste rio dista da vila seis léguas...” José Fernandes da Costa Pereira Júnior, a cujo encargo também esteve confiado o governo capixaba, oficiava, em 1863, Ao Assembléia Legislativa Provincial: “Ponte sobre as Caxoeiras de Itapemirim: orçada em dois contos de réis”. Num livro de notas, pertencente a um cartório campista, estava registrada, em 1736, referência a um pioneiro na fundação da Aldeia de São Fidelis, no Paraíba, lendo-se: “... chegando por bem duas vezes a acudir com quase toda a família humanas três léguas ou mais desta Aldeya para cima por Cachoeiros quase

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inavegáveis”. Quando na Freguesia de São Pedro do Cachoeiro, se editou o seu primeiro jornal: “O Itabira”, isto é, em 1866, ainda não estava firmada a grafia do nome do lugar. No corpo de redatores do jornal, destacava-se a colaboração de Basílio Daemon, autor de uma História Cronológica da Província e em cujas páginas foi grafado Cachoeiro acertadamente, com ch e no masculino. Quatro anos antes, o Padre Antunes de Sequeira, no seu poemeto descritivo da

Província, fazia uso da grafia antiquada, do tempo do Governador Rubim. Em 1885 se escrevia o nome certo e por extenso. Alfredo Mário Pinto, nos “Apontamentos para o Dicionário Geográfico do Brasil”, registrou: “... Da Câmara Municipal dessa cidades recebemos, em 1884, a seguinte informação: A sede do município é a cidade do Cachoeiro de Itapemirim, que tem recente data, pois que a primeira casa construída foi no ano de 1846”.


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Cristiane Feu

Notícias sobre Moda, Beleza, Decoração e Saúde

Contato: 28 9274 0899 leiatudo.com/olharfashion twitter @olharfashion

Vestidos para qualquer ocasião

É só aparecer convite para casamento, formatura, enfim, festa que requer glamour, logo bate aquela dúvida sobre a escolha apropriada para cada ocasião. O vestido exerce grande influência no comportamento da mulher, na postura, nos gestos e no andar, como maior atração, com aparente e incrível sensação de estar deslizando numa passarela na condição única de super star. As pessoas estão aprisionadas a conceitos conservadores da moda. No pós-mordenismo, a versatilidade tem de se adequar à persolinalidade de quem se impõe no universo feminino. É um estilo de vida. Os vestidos são mutantes ao longo do tempo, pois os corpos adornados são cada vez mais exigentes. Exala o perfume suave de proteção ao conteúdo. Daremos sugestões para sua avaliação de luxo, charme, beleza e estilo:

Vestido de casamento Para as convidadas nos casamentos pela

manhã, o traje deve ser totalmente informal e poderá utilizar um vestido longuete, tailleur e tonalidades claras. As estampas podem ser florais, os brilhos devem ser totalmente evitados e os vestidos longos devem ser deixados de lado. Para um casamento formal durante o período da noite, os vestidos longos são os mais indicados e o brilho pode ser incluído sem grandes preocupações. Neste horário, a roupa para madrinha deve ser um pouco mais sofisticada, além de poder receber pedrarias e bordados com lantejoulas.

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Vestido de formatura

Na noite do baile, o sofisticado é bem-vindo, mas devemos ter em mente, que a roupa deve ficar em plena harmonia com os acessórios. As formandas certamente poderão fazer uso do brilho, desde que não seja algo muito carregado. Não esqueça que como a festa de formatura é um evento social muito importante, o vestido longo é indispensável para a ocasião. Eu sugiro a loja Rosa Pitanga como referência desde os vestidos até os taillers, para as mulheres modernas, que sabem o que querem.

Rua Dona Joana, n°03 - Centro - Cachoeiro de Itapemirim - ES

Tel: 3522 3353 26 de Junho de 2010, Leia > 33


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wellington.santiago@gmail.com / 28 9935 6138 Divulgação

A simplicidade de um Rei Roberto Carlos receberá uma das mais belas homenagens de sua vida. No Carnaval do próximo ano, a escola de samba Beija-Flor de Nilópolis desfilará na Marquês de Sapucaí a história da vida e carreira de nosso mais importante cidadão. Não dá pra ficar imune a emoção de imaginar Roberto sendo ovacionado na avenida ao som de repiques e tamborins. E só de imaginar o grito de guerra do intérprete Neguinho da Beija-Flor, me sobe um arrepio daqueles. Cachoeiro que já possui as cores azul e branco na sua bandeira, tem motivos mais do que especiais, para vestir a camisa da escola. É certo que eu vou ver esta homenagem bem de pertinho.

mais importantes escolas O nosso rei Roberto Carlos será homenageado na Marques de Sapucaí, por uma das a história da vida e avenida na desfilará Rei” um de de simplicida “A enredo O Janeiro. de de samba do Rio de Nilópolis e Beija-Flor da camisa a veste coluna A carreira deste importante artista e nossa estrela maior. da escola carnaval de comissão a estão registro No em. homenag desta detalhe cada perto acompanhará de . LOUZADA RE ALEXAND e CARLOS ROBERTO LAÍLA, SÉRGIO, junto com o artista. São eles UBIRITAN SILVA, FRAN

Emoções

Festa de Cachoeiro

Baile de Gala

Casamento Badalado

Roberto está tão empolgado que quer participar de perto da construção do enredo. Estará na quadra da escola para a escolha do samba enredo e até o final do ano fará um show por lá. Precisamos pensar na possibilidade de uma ala de Cachoeiro no desfile.

A cidade vive as alegrias de mais uma edição da festa da cidade. Hoje tem Baile de Gala, amanhã festa da Rua Ana Machado, terça Desfile e homenagens a Newton Braga. O melhor disso tudo e rever tanta gente de fora que vem só pra curtir este clima de nostalgia.

Na próxima semana a gente promete uma coluna especial e totalmente dedicada ao Baile de Gala Oficial da Festa de Cachoeiro. Hoje estaremos rodando o salão, de olho em tudo o que estiver acontecendo. Sem contar nas lindas fotos.

Camila Barata e Pablo Volpini casaram com cerimônia religiosa emocionante e festão arrasa quarteirão. Para descrever o que foi a festa, só posso falar que foi uma noite cheia de bossa. Há muito tempo que não ia a um casamento tão animado e bonito.

José Carlos Oliveira

Há muito tempo que não via um casamento tão bem elaborado e produzido. Não bastassem todos os detalhes que fazem a diferença, o casamento de CAMILA BARATA E PABLO VOLPINI, ainda contou com um diferencial que a gente chamou de “um casamento cheio de bossa”. O segredo foi a presença de tanta gente alegre e feliz. Neste registro lindo os noivos estão ladeados por ROSÂNGELA e ALCIDES BARATA.

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Wallace Hull / HG2

TÂNIA ALVES inaugurou sua nova loja no Shopping Sul com um coquetel intimista e bem bacana. A super loja que é um escândalo de linda e grande foi obra de Marília Hadad. O compromisso social foi prestigiado por nomes importantes como REGINA e JOAQUIM CARLETTE, que são amigos especiais e queridos. Como disse REGINA, o sucesso de TÂNIA é o nosso sucesso.


Wallace Hull / HG2

Arraial do Mosquini Na terça subo as montanhas para uma festa junina badalada e concorrida. O Mosquini, com sua gastronomia peculiar e maravilhosa, receberá clientes e amigos para uma festança. Começa cedo e não tem hora para acabar. Figurino de inverno, pois o frio aperta por lá.

Joalheria Elegante

Provando que a inauguração da nova loja de TÂNIA ALVES foi um sucesso absoluto, não poderia deixar de mostrar aqui este casal que tanto gosto e admiro. Foram prestigiar a amiga e rever outras figuras bacanas que estavam por lá. Na foto bonita e elegante os meus queridões MÁRCIA BREZINSKI e JOSÉ TASSO ANDRADE.

Paris sempre Paris Lílian e Ricardo Rabinovitch retornaram de viagem que fizeram à Grécia, Turquia e Paris. Ligaram todos os dias descrevendo o que viam nas vitrines da Champs-Élysées e da Avenue Montaigne. Logo irei ao Rio para matar a saudade e buscar alguns presentinhos grifados.

Aniversário de Isabelle Outro compromisso social que promete sacudir a cidade é o aniversário de 15 anos de Isabelle, filha de Simone e Luiz Bandeira da Grafband. O convite é um espetáculo de tão lindo e criativo e nos bastidores comenta-se que será uma festa suntuosa e moderna. Receberão em sua linda casa.

Varanda panorâmica Falando no Shopping Sul, há tempos venho percebendo que um dos melhores locais do centro empresarial ainda não foi explorado como deveria. A varanda panorâmica é um investimento que sendo bem utilizado se transformará no point da cidade.

Juarez Marquetti Meu querido amigo Juarez completa 30 anos de dedicação ao seu ofício de radialista. É um dos grandes profissionais da área de comunicação. Comemora com festa animada e intimista. Será prestigiado por um grande número de amigos.

Fabrício Araújo da Gravo Graph inaugura em bre seu novo empreendimento, que desta vez está focado em artigos de luxo. Sua joalheria tem projeto assinado por Valter Prado, que fez a restauração da casa de Camilo Cola. Inauguração com festa badalada. Logo começam a circular os convites.

Maison Tânia Alves O Shopping Sul não pára de receber bons nomes comerciais em sua cartela de lojistas. Minha amiga Tânia Alves inaugurou sua super loja de vestidos de gala com um coquetel intimista e sofisticado, com presença de importantes nomes sociais. Foi uma noite extremamente agradável.

Divulgação

O meu amigo de tantos anos JUAREZ MARQUETTI comemora na próxima semana 30 anos de rádio. Ele que é um dos pioneiros na área de comunicação merece todo o sucesso que conquistou. Comemora com festa intimista. A coluna estará presente para levar um abraço especial. No registro está cercado pelos filhos, torcendo pelo Brasil no Shopping Sul.

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Entrevista Prefeito de Cachoeiro

Carlos Casteglione

Em 2010, Cachoeiro será show”

D

Filipe Rodrigues

epois de um ano difícil, com queda na arrecadação e um tempo para “colocar ordem na casa”, a prefeitura começa a sentir os reflexos de uma administração, até então, considerada com poucas ações externas. O sucesso da III Bienal Rubem Braga e a Festa de Cachoeiro sinalizam que, a partir de agora, os investimentos começam a surgir e toda contenção de despesa já apresenta resultados positivos para o município. Quem garante é o prefeito Carlos Casteglione (PT), que concedeu entrevista exclusiva à Revista Leia, na tarde da última segunda-feira e falou sobre os festejos da cidade, seu mandato, política, Câmara Municipal e projetos para o futuro. Em seu gabinete, no Palácio Bernardino Monteiro, Casteglione se mostrou bem tranqüilo e otimista em relação aos investimentos previstos para a cidade. Apesar de ser alvo de críticas, principalmente de alguns vereadores, o prefeito se mantém na defensiva, preferindo não rebater e deixar que os números falem por ele. E para esse ano, Casteglione não tem dúvidas ao afirmar que “Cachoeiro será um show de administração”.

Prefeito Carlos Casteglione, em seu gabinete, durante entrevista exclusiva à Revista Leia, disse que a programação da festa de Cachoeiro é um sinal dos investimentos que estão por vir ainda este ano e até o fim de seu mandato

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fotos pedro junior


Revista Leia – Este ano, a programação da festa está mais intensa e eclética, com atrações de renome nacional. Seria um recado da prefeitura para a população, que a partir de agora os investimentos também serão em maior escala? Prefeito Carlos Casteglione: “Exatamente. Depois de trabalharmos um ano inteiro para acertar as dívidas que herdamos e ajustar as contas da prefeitura e conter despesas internas, tenho a certeza que 2010 será show, como diz no slogan da Festa de Cachoeiro. Vamos dar show de administração, de obras, cultura, esporte e lazer”. Revista Leia – Qual a expectativa do senhor em relação a festa de Cachoeiro e qual o balanço após o término da III Bienal Rubem Braga? Prefeito: “A III Bienal me surpreendeu. As escolas, os professores e a população em geral saíram bastante satisfeitos. Foi um evento que superou minhas expectativas. Sobre a Festa de Cachoeiro, a expectativa é a melhor possível. Esperamos que ela retome o clima de ser um local de encontro da família. O meu desejo é que seja a celebração da paz. A programação está em alto nível e queremos que as famílias de Cachoeiro possam se encontrar para ter momento de entretenimento e lazer, em um clima de paz”. Revista Leia – Alguns vereadores da oposição criticaram os recursos aplicados na Bienal e, agora, na Festa de Cachoeiro. O que senhor tem a dizer? Prefeito: “Só tenho a lamentar. A população tem aprovado nossas iniciativas. Mas temos aproveitado todas as críticas para melhorar nas próximas edições. É importante investir em obras e outras áreas, mas também é importante recuperar a efervescência cultural de Cachoeiro, e a Bienal trouxe isso de volta. Essa edição da Bienal saiu até barato”.

Críticas “Lamento as críticas feitas a Bienal e Festa de Cachoeiro. Acho que gastamos pouco. É importante investir em obras, mas em cultura também”.

Revista Leia - Estamos em ano de Copa do Mundo, ano de eleições estaduais e também ano de eleição na Câmara Municipal. Como o senhor vai se posicionar em relação ao processo de sucessão ou reeleição no Legislativo? Prefeito: “Vou me posicionar da mesma maneira de dezembro de 2008: sem interferir. O meu posicionamento é de manutenção da democracia e acredito que o Executivo não deve interferir em nenhuma dessas movimentações, tanto da Câmara, como de Sindicatos e outras entidades da população civil organizada. Temos que dar autonomia para os movimentos”. Revista Leia - Após esse processo de renovação, como o senhor avalia esse primeiro ano e

Expectativa “Este ano é a festa para a família cachoeirense. É tempo de voltar a se divertir com a família em um clima onde reina a paz”.

seis meses de mandato? Prefeito: “Tem sido muito positivo. As ações que desenvolvemos em nosso Governo têm diferencial, de fato, para cumprir tudo aquilo que pregamos durante o período eleitoral. E depois de muito trabalho, a população começa a sentir o ânimo e a esperança renovados, que serão coroados com essa enorme festa da cidade. As pessoas estão confiantes em nosso trabalho”. Revista Leia – O que o senhor deixaria de recado para a população cachoeirense? Prefeito: “Que este ano a Festa de Cachoeiro seja das famílias e da paz. Eu, minha esposa e meus filhos também vamos participar e o apelo é esse: que as famílias possam se divertir e reine a paz. Além disso, que o povo tenha certeza que este ano Cachoeiro será show”.

Democracia “Não vou interferir na eleição da Câmara, assim como não interfiro nos Sindicatos e outros movimentos. Eles têm que ter autonomia”. 26 de Junho de 2010, Leia

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Geral

A festa dos mecânicos A festa que começou como uma confraternização já se tornou conhecida em todo ES

P

elo 17° ano consecutivo, o Grupo Antônio Auto Peças realizará a Confraternização para Mecânicos, Donos de Oficinas e Retificas do Sul do Estado do ES. O objetivo é promover o relacionamento de amizade que mantém com seus clientes e parceiros comerciais. A festa também é uma forma de agradecer

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No registro, o presidente do grupo, Antônio dando as boas vindas na festa do ano passado

a preferência dos clientes e fortalecer essa fidelização, retribuindo sempre com um evento cada vez maior. No último, a grande atração foi o humorista Pedro Bismark (Nerso da Capitinga) que arrancou belas gargalhadas dos convidados. Este ano grandes surpresas estão sendo preparadas para animar ainda mais este evento que cresce a cada ano.

O grupo Antônio Auto Peças sempreconta com empresas nível Brasil que patrocinam o evento, demonstrando a mostra a força que tem a união em parceria.


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Paladar divulgação

dicas

Receita

Portugal no prato

Arroz de Pato

Roberta Malta

U

ma brincadeira que eu amava quando era “obrigada” a assistir a Copa do Mundo era a de montar o cardápio, em dias de jogo do Brasil, de acordo com nosso adversário. Se a partida fosse contra a França, por exemplo, o prato do dia podia ser um cassoulet, boeuf bourgignon ou qualquer outro -- desde que típico do país que, em seguida, devoraríamos em campo. Quando enfrentávamos a República dos Camarões, o menu era es-

colhido de outra maneira. Como o nome do país é muito mais sugestivo do que qualquer receita tradicional, fazíamos uma farra com cascatas de camarões e tudo! Semana passada comprei para comer em casa (que nostalgia das comidas para viagem...) um arroz de pato incrível na Adega Santiago. Assim que lembrei que o jogo do Brasil desta semana era contra Portugal, liguei para o restaurante e pedi a receita. Este final de semana é dia de devorar nossos patrícios, pá!

+ vinhos recomendados A Quinta do Crasto é uma propriedade com vinhos em vários níveis. Este é o básico, provavelmente o mais simples. Cor não muito concentrada. Feito com algumas das melhores uvas do Alto Douro, Tinta Roriz, Tinta Barroca, Touriga Franca e Touriga Nacional. A safra de 2002 não foi das melhores em Portugal e este vinho não é dos mais concentrados, no aroma e na boca. Aroma pouco intenso, mas gostoso, sem sinais evidentes de madeira. Mais para frutas. Ligeiro, com pouco corpo (não dá a impressão de peso na boca). Mas começa sedoso, fácil de gostar. Falta um pouco de acidez. Passa meio rapidamente pela boca. Taninos delicados, que não amargam e somente deixam a boca um pouco rugosa. Deve ser provado já, não deve ganhar com o tempo. Um vinho de denominação de origem Douro. 12,5% de álcool. 42 > Leia,26 de Junho de 2010

Quinta do Crasto Douro 2002

País: Portugal Região: Alto Douro Preço: R$ 53,10 Uva: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Barroca e Tinto Cão Tipo: Tinto Cotação: 85

Deixe no fogo, mexendo de em quand vez o até que os gr estejam c ãos ozi (o arroz dos dev ficar úmid e o).

INGREDIENTES 50 g de pato de panela (receita abaixo) desfiado 2 xícaras de caldo do cozimento do pato 1 xícara de arroz cozido ½ xícara de batata palha ¼ de xícara de repolho 2 colheres de sopa de azeite Virgem 1 colher de chá de alho picado 1 colher de sopa de cebola picada 1 colher de sopa de tomate sem pele e sem semente 1 colher de sopa de favas e feijão branco 1 coxa de pato confitada Chouriço português fatiado e salsinha à gosto MODO DE PREPARO 1 Em uma frigideira aqueça o azeite e refogue o alho e a cebola. 2 Acrescente o tomate, as favas, o pato, o repolho, o caldo e arroz. 3 Retifique o sal. 4 Deixe no fogo, mexendo de vez em quando até que os grãos estejam cozidos (o arroz deve ficar úmido). 5 Arrume o arroz numa panelinha, coloque sobre ele a batata palha e a coxa de pato. 6 Salpique salsinha e regue com um fio de azeite.

Pato de Panela INGREDIENTES 2 patos inteiros e limpos 2 xícaras de suco de laranja 2 xícara de cebola em cubos 1 xícara de cenoura em cubos ½ xícara de salsão ½ xícara de alho poró ½ xícara de azeite ½ xícara de vinagre 1 cabeça de alho MODO DE PREPARO 1 Marine o pato com todos os ingredientes acima por 12 horas. 2 No outro dia, retire da marinada, coloque em uma assadeira e leve ao forno à 200º C até dourar, mais ou menos 40 minutos. 3 Retire do forno e coloque em uma panela junto com os legumes e o caldo da marinada. 4 Cubra com água e leve ao fogo. 5 Abaixe depois que ferver e reire quando os patos esiverem cozidos. 6 Reserve o caldo do cozimento. 7 Deixe o pato esfriar e limpe, reservando a carne.


samarco.com

Pal谩cio Bernardino Monteiro

Na festa de CaChoeiro de itapemirim, a samarCo Comemora juNto Com a Cidade.

Desenvolvimento econ么mico e envolvimento social que se prolongam por todo o estado. A Samarco se orgulha de fazer parte da hist贸ria do Esp铆rito Santo.

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