o casal gente boa do pato fu
ano 1 / 15 de novembro / 2007
garagem Garagem
os dez bigodes mais bonitos do mundo pop
leitor criativo dĂĄ dica de como se tornar um emo
$10,00$10,00$10,00$
Renato Russo 10 depois e uma LegiĂŁo de admiradores
matéria da capa/perfil
Renato Russo era Renato Russo era um Poeta Dez um Poeta Dez anos depois, uma anos depois, uma verdadeira legião de verdadeira legião de admiradores sentem a admiradores sentem a falta do grande poeta falta do grande poeta
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espaço do leitor (criativo)
INSTANTÂNEO 3X4
o assunto é [rock]
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Excluíram Excluíramoosamba samba da MPB. O samba da MPB. O samba não mais não fazfaz mais parte parte da MPB e na da MPB e na verdade verdade é a é a origem de tudo origem de tudo
matérias Os bigodões mais bonitos
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Léia Dias Saboia
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Trabalho apresentado à disciplina 5NIC076 Planejamento Gráfico em Jornalismo A do curso de Comunicação Social Jornalismo/Noturno da Universidade Estadual de Londrina Professor: Mario Benedito Salles
10 a princesa 10 Pop 10 10 10 10 Voltou!!! 10 10 10 10
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Edição e Diagramação:
2° Ano Jornalismo Noturno
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Lançamentos
o de Sempre
entrevista
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editorial
Para os que vivem de música bom, você nem acordou direito e já notou que o mp3 passou a noite toda na sua orelha? é. você deve ser fã de música. de música boa. afinal, quem não gosta. no carro, em casa, na orelha. não importa de onde vem, o importante é ouvir!!! você já sabe, né? o ministério da saúde afirma “ouvir música faz bem para a saúde”. e essa edição tem muita coisa legal, sobre os músicos, as músicas, as bandas, enfim, tudo que rola no mundo musical. Garagem apresenta Renato Russo como você nunca viu. E ainda o casal Fernanda e Jonh, da banda Pato fu. Nos dez mais, você vai conhecer os dez bigodes mais bonitos do mundo pop. Hilário. Já percebeu? a revista foi muito bem preparada. por gente que entende do assunto e só para você que curte muita música. E é isso. Música 24 horas por dia. Porque nós merecemos.
Léia Dias Saboia espaço leitor que luxo essa revista...
encantada, sim
pouco tempo poucas palavras. como tudo que nasce, cambaleia, depois de alguns tombos ajusta-se por si só ao equilibrio. é assim que vejo essa questão levantada sobre os chat’s. o uso do reservado será mais sano e o do aberto também, porque seremos obrigados por nós mesmos a impor sanidade. Guilherme Cruz, por e-mail
olha, parabéns. mas foi a pessoa que conseguiu colocar em letras a realidade de forma mais clara que já vi.realmente são bem asin que as coisas acontecem, e tb concordo com tudo, amei tudo que aqui foi dito sobre relacionamentos virtuais... como em um replay... obrigada. mais uma vez... Parabéns!!!!! Amanda Silva, por e-mail
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próxima edição nas bancas a partir de 30 de novembro
) S.A.L
Serviço de atendimento ao leitor site: www.garagem.com.br e-mail:garagem@garagem. com redação: rua francisco alves n 253 - londrina cep: 396458123 telefone: (43)3325-5658
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Lançamentos Lançamentos novembro
O jeito inconfundível de cantar, compor e tocar de Djavan pode ser apreciado mais uma vez através do CD “Matizes”, lançado em setembro. “Matizes”, décimo oitavo disco do cantor, é composto por 12 músicas inéditas e autorais. O álbum foi gravado no próprio estúdio de Djavan e lançado por sua gravadora, a Luanda Records. De forma contemporânea, Djavan fala do amor, do cotidiano e de questões sociais, mantendo o frescor e a originalidade de seus primeiros trabalhos. A qualidade musical impecável já era prevista, além do repertório versátil, com ritmos que passam por samba, jazz, pop, funk, blues e balada. “Pedra”, música de trabalho do disco, tem todo o “jeitão” Djavan e conta com uma empolgante levada de blues na bateria, somada ao belíssimo arranjo dos metais e guitarra. “Imposto”, uma bossa-nova sofisticada, vem em forma de protesto explícito contra os abusos da classe política. “Joaninha” possui uma sonoridade bem diferente com guitarra distorcida e cheia de variações rítmicas. “Matizes” também tem características musicais variadas, incluindo elementos de jazz aliados ao samba. 2007 vem sendo até aqui, o ano da ressureição, do renascimento para Melissa Etheridge. Nada mais justo para quem vence a difícil batalha contra o câncer de mama, diagnosticado em 2004, batalha essa que invariavelmente gera um terrível desgaste físico, mental e emocional. A volta por cima inclui sua premiação no Oscar deste ano, pela música “I Need To Wake Up”, além deste novo e bom trabalho. “The Awakening” é um típico álbum de Melissa Etheridge. Musicalmente, o que se ouve são canções de Rock simples e eficientes, sempre com forte influência Folk e Blues. Nas letras é onde encontramos algumas mudanças, embora todas elas muito sutis.
O novo trabalho traz uma mistura de Pop, Dance e Rock, onde o Pop dançante predomina e mostra também as meninas experimentando ritmos diferentes, flertando com o Reggae, o Funk e especialmente o R&B. Destaques para “About You Now”, enérgica, a faixa do primeiro ‘single’ conta com sintetizadores, guitarras , “Back Down”.
Após 17 anos de estrada, os queridinhos do Brasil se despedem da carreira em dupla. É claro que essa não é uma despedida qualquer: conscientes da responsabilidade com os fãs, gravaram o “Acústico MTV Sandy e Junior”, em CD e DVD, produzidos com capricho e requinte, em celebração a uma trajetória bem sucedida. Nesse “Acústico MTV”, os irmãos deixam um gostinho de “quero mais”, mas também mostram que estão bastante amadurecidos e preparados para novos caminhos, que podem ou não se cruzar novamente, com a certeza de novos sucessos e, quem sabe, novos grupos de fãs.
As meninas do Sugababes nos presenteiam com “Change”, seu quinto álbum de estúdio. O grupo que tem nove anos de estrada, já vendeu mais de 2 milhões de singles e 5 milhões de álbuns, despontando no topo das paradas por 5 vezes. No primeiro álbum de estúdio, “One Touch”, ”.
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o assunto é [rock] Brega Metal Nome: Falcão Profissão: Compositor, cantor e poeta Começou a gostar de rock... “Desde de que me entendo por gente! Comecei com a Jovem Guarda e os Rolling Stones. Daí comprei meu primeiro disco em 1971, que foi um do Jimi Hendrix. Tive até uma banda com meus irmãos.” Influência roqueira no brega “Gosto de Iron Maiden, Led Zeppelin, The Who, Black Sabbath, Frank Zappa, Rita Lee. Tenho muita influência deles em minha obra Falconética.” Rock Engraçadinho “O Raul Seixas tem aquela coisa da molecagem nordestina misturada com o rock. Foi depois de ouvir o Raul que encasquetei de virar compositor.” Fã de Massacration “Gosto de algumas bandas de hoje em dia. Só sinto falta de mais ironia, está tudo muito romântico. O rock também tem que ser sarcástico e contestador.O Massacration é legal, inclusive gravei com eles. A banda tira sarro do próprio estilo!”
Apresentador Pop Rock Nome: Augusto Xavier Profissão: Apresentador da Rede TV! Começou a gostar de rock... “Aos 14 anos, ouvindo o disco Dark Side of the Moon, do Pink Floyd. Eram os anos 70, tinha toda aquela história de rock progressivo e tal. Morava em Brasília, fui produtor e depois integrei uma banda chamada Pôr do Sol. Todo mundo gostava de Genesis. Inclusive acabei de voltar de Los Angeles e vi dois shows da volta do Genesis. Foi emocionante.” Entre o jornalismo e a música “Sempre achei que poderia ser um músico ou produtor. Mas como comecei cedo no jornalismo, isso se tornou a minha principal profissão e a música virou um hobby.” U2 Cover “Lá na TV todo mundo sabe que sou roqueiro, inclusive eu fui integrante do U2 Cover e do Pink Floyd Cover. Meu forte é a guitarra, mas também canto, toco teclado, baixo e faço umas programações. Trabalho de manhã e depois gravo as minhas músicas em casa. Meu estilo é pop rock. Ainda tenho vontade de lançar um disco.”
Vendendo a Alma para o Rock Nome: Ciro Bottini Profissão: O mai-or vendedor do canal Shoptime Começou a gostar de rock... “Aos 15 anos, quando meu primo me apresentou Creedence Clearwater Revival, Ted Nugent e outros.” Kiss “Com o tempo fui gostando de Van Halen, Deep Purple, Aerosmith, Queen. Mas o Kiss... Em 1981, descobri o Kiss e fiquei louco! Fui até aprender guitarra.” Batom “Nos anos 80 tive uma banda chamada Proteus. Era uma coisa meio Kiss, com um visual colorido, todo poser. Queria imitar o Paul Stanley (vocal do Kiss), usava batom... Puta mico! (risos) Mas era divertido e a mulherada se ligava.” Vendas “Tentei cantar e tocar guitarra, mas era, digamos assim, desafinado (risos). E também não dava muita grana. Fui trabalhar em uma rádio de rock e na TV. Hoje eu vendo coisas na TV, mas não deixei de curtir rock.”
Mano do Rock Nome: Helião Profissão: Rapper Começou a gostar de rock... “Com meu tio, em 1981. Ouvi muito AC/DC, Iron Maiden, Uriah Heep, Kiss, blues. Tocava baixo na banda do meu tio, os Prisioneiros do Apocalipse. O primeiro disco que tive foi do Led Zeppelin.” Os favoritos “Não fico um dia sem ouvir Alice in Chains. Também sou fã do rock nacional, como Pitty, Cachorro Grande, Charlie Bron Jr., Sepultura. Adoro rock!” Visual de Roqueiro “É legal andar no visual, eu mesmo ando no visual do rap. Mas não é o visual que vai determinar se você gosta de verdade de rock ou de rap.” Rap X Rock “Em 1984, comecei a gostar de rap, mesmo assim nunca deixei de curtir rock. Vou na Galeria do centro de São Paulo e passo no andar do rap e depois no do rock. No Brasil, são poucos rappers que têm a cabeça aberta para entender esse lance de guitarra, de rock e tal. Quem entende isso são os rappers mais evoluídos.”
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O maior evento de música do Brasil
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LUCAS E TAVARES, DO FRESNO
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OS TRUTA DO SANDRÃO
TODD, DOS LICKS, JÁ ERA BROTHER DE DERRICK GREEN DOS TEMPOS DE NOVA YORK...
QUEM É?
RESPOSTA: DANIELLA CICARELLI
... E DE SUPLA TAMBÉM
Vídeo Music Brazil
O VMB é o espaço onde os artistas mais diferentes se encontram. Garagem colocou uma cabine de fotos INSTANTÂNEO 3X4 na área VIP do evento e jogamos todos lá dentro. Veja só no que deu!
matĂŠria pato fu
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A influência da maternidade é ouvida na pop “Mamã Papá”, mostrando que a corujice do casal Fernanda-John com a filhinha Nina está em alta
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Feliz da Vida Só por ter produzido “Let It Bed”, de Arnaldo Baptista, John Ulhoa já mereceria atenção dos envolvidos com música neste país, mas ele é incansável e de “férias” desde o nascimento da pequena Nina - filha única do casal principal da banda mineira Pato Fu - ele se ocupou da tarefa de compor para a gravação do mais recente disco da banda “Toda Cura Para Todo Mal” (Sony-BMG). Desde “Ruído Rosa” de 2001, sem lançar nada inédito a banda
aparece com novo disco e nova formação. O tecladista Lulu Camargo, ex-Karnak, está com a banda desde o disco ao vivo de 2002, o belíssimo “Ao Vivo Mtv”, talvez o melhor que carrega o nome do projeto. Mais uma vez a banda vem com experimentações, músicas românticas, alegres e engraçadas e uma provocação ácida a geração internet.
John assina todas as músicas (exceto “Sorte e Azar”, onde divide com Ricardo Koctus a autoria), sendo no total treze. O disco abre com “Anormal”, onde os instrumentos parecem estar todos em comunhão - impressão que permeia todo o disco -, talvez isso se deva ao fato dos instrumentos terem sido todos
gravados ao mesmo tempo. Não muito comum nas gravações habituais, o fato pôde acontecer por a banda não ter a pressão de uma gravadora cobrando-lhes material pronto. O disco todo gravado em Minas, no estúdio de John, talvez não traga a inventividade do começo de carreira, pode ser o amadurecimento da banda, mas antes de qualquer crítica uma coisa é certa: “Toda Cura Para Todo Mal”, é sem dúvida um dos melhores discos lançados este ano. Prova da afirmação acima é perceptível na pop “UH UH UH, LA LA LA, IÉ IÉ!”, com clipe feito pelo cartunista Angeli, a letra que na canção recebe tom engraçado e refrão gostoso de se acompanhar traz mensagem interessante nesses tempos de desencantos: “As pessoas tem que acreditar/ Em forças invisíveis pra fazer o bem”, a bateria e o baixo fazem a trilha sonora, a guitarra quase furiosa também marca presença no começo da canção, uma pena depois sumir. “Sorte e Azar” calma e bela, mostra na letra o recado “Tudo está/ Fora de seu lugar/ Já notei/ O mundo não foi/ Feito pra mim”, mas antes que a tristeza ganhe o jogo no refrão Fernanda pede “O que está fora/ De seu lugar/ Que você venha pra modificar”, e traz
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A filha do casal: Nina
de volta a esperança, uma marca registrada nas melhores canções da banda. Graças a pequena Nina temos canções como a alegre “Amendoim” onde Fernanda canta a vida de um cachorrinho e na letra cita o nascimento de bebês “Acho que sou um cachorro sim/ Acho que sou um cachorrim/ (...) Todo dia nasce um bebê/ Pra dividir a vida com você”. Não fugindo a regra, a porção laboratório de John e banda está presente na estranha - não poderia deixar de ser - “Simplicidade”, cantada por um robô (P. Pitch),
que traz a voz de John distorcida. Em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”, Fernanda explica a canção “É uma forma até de fugir do óbvio. Temos músicas mais experimentais, que dão um toque mais diferente.” Na redação, virtual claro, do Poppycorn, discutia-se outro dia o que é pop? Em certos momentos ocorreu de alguém, talvez o nosso editor, dizer que pop não pode ser definido, porque está incluído no mesmo balaio bandas como Jota Quest e Pato Fu, e que o conceito abordado por Andy Worhal.
matĂŠria capa/perfil
10 anos sem o
trovador ´ solitario
Renato Russo era um Poeta e um Renato Russo era um Poeta e um colecionador de fãs. Dez anos depois, uma colecionador de fãs. Dez anos depois, uma verdadeira legião de admiradores sentem verdadeira legião de admiradores sentem a falta do grande poeta a falta do grande poeta
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“Ouvioopsiquiatra psiquiatra “Ouvi dizerque quemeu meufilho filho dizer nãoera erarealmente realmente não homossexual,ele ele homossexual, queriaquebrar quebrar queria barreiras.”(Dona (Dona barreiras.” CarminhaManfredini, Manfredini, Carminha mãede deRenato Renato mãe Russo) Russo)
...Renato Russo - Não entendo as letras deste grupo. Tem algum sentido, por exemplo, Meu filho vai ter nome de santo? / Quero o nome mais bonito A adolescente responde: - Todo mundo é coberto de boas intenções quando tem filhos, mãe. Desejam sua felicidade. Tentam escolher os melhores nomes. A letra fala justamente disso. De como as pessoas depois se perdem, cometem erros que não queriam. E pais e filhos se tornam tristes e sozinhos. Sem que ninguém tenha culpa. Ou que todo mundo a tenha.
Renato Manfredini Junior nasceu no dia 27 de março de 1960, às 4 horas, no Humaitá, Zona Sul do Rio de Janeiro. Teve uma infância comum. Soltava pipa, brincava de pique, andava de carrinho de rolimã onde morava, na Ilha do Governador, bairro da Leopoldina.
Certa vez, perguntado por uma repórter do Jornal do Brasil se era uma criança introspectiva, respondeu em tom maroto: “eu aproveitava os dias de chuva”. Filho de pai economista do Banco do Brasil e de mãe professora de inglês, Renato teve uma infância tranqüila, em uma família de classe média alta, onde pôde adquirir uma boa amplitude cultural. Principalmente, depois da estada fora do Brasil. Aos sete anos de idade, ’Juninho’, como era chamado na época, mudou-se para Nova Iorque, porque o Renato pai iria fazer um curso,
logo sendo matriculado em uma escola local. Juninho e Carmem Teresa, sua irmã caçula, puderam então ampliar seus conhecimentos na língua de Shakespeare. Depois de retornar para o Rio, a família foi morar em Brasília. Ali começaria a fase mais traumática até então. Em 1975, com 15 anos, Renato ficou impossibilitado de andar. Sofria de epifisiólise, uma doença rara que ataca os ossos. Passou por diversos tratamentos e operações. Voltaria a caminhar já aos 17 anos. Nome artístico Apesar da complicação natural da situação, Renato acabou aproveitando o tempo para ler. Ele chegou a criar uma banda fictícia, na qual o cantor/alter ego se chamava Eric Russel. O sobrenome artístico era uma homenagem coletiva ao filósofo Jean-Jacques Rousseau, ao pintor naîf Henri Rousseau e ao filósofo Bertrand Russell. Esta mistura filosófica e artística daria origem também ao ’Russo’ do Renato. Antes de realizar o sonho, porém, o futuro músico ainda seria professor de inglês, programador de rádio e jornalista. Lecionando na Cultura Inglesa, foi escolhido pela entidade para recepcionar o Príncipe Charles quando o monarca inaugurou uma das filiais do grupo. E lá estava Juninho com seu inglês perfeito. Andava com uma certa ’Turma da Colina’.
Rapazes que se reuniam em um conjunto de prédios construídos para abrigar professores e funcionários da UnB. Um enclave de liberdade em uma Brasília sombria. Embaladas por maconha e garrafões de vinho. alguns movimentos das mãos. Não poderia tocar baixo durante algum tempo. O músico também estava querendo ter mais liberdade para cantar e cuidar dos interesses da Legião. Foi assim que o baixista Renato Rocha entrou em cena. A banda começou a se apresentar fora de Brasília. Nessa época, os Paralamas do Sucesso já haviam gravado e faziam sucesso. Com o exemplo dos amigos da Capital Federal, “os legionários” acreditavam que era uma questão de tempo para que estourassem também.
Renato sonhava acordado. Chegou a dizer para os pais que seria o líder da maior banda do país.
Uma fita demo da Legião Urbana tocava na Rádio Fluminense do Rio, mãe da renascença do rock brasileiro nos anos 80. Qaundo começaram a ficar badalados em Brasília, as propostas de gravadoras apareceram. O primeiro convite foi feito, porém, pelo trabalho errado. Chegara a gravadora EMI Odeon uma demo de Renato quando este ainda assinava ’Trovador Solitário’. Gostaram do estilo Bob Dylan e do vozerão Elvis Presley. Mas não iriam ter interesse em outro trio de
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LEGIO OMNIA VINCIT A Legião Urbana tudo vence Brasília cujo cantor usava óculos. No entanto, o grupo não sabia dessas histórias. Chegou a ir ao Rio para gravar outro demo no final de 1983, que não foi aproveitado. No início de 1984, novamente vieram à cidade carioca, desta vez para um compacto. Os produtores queriam Geração CocaCola como um rock country. Quando os meninos descobriram a intenção, saíram pela escada abaixo. Na saída, trombaram com outro produtor da casa, Mayrton Bahia. Foi a salvação. Um tal de deixa disso que fez com que os ânimos se acalmassem. Fama inesperada No quarto de hotel locado pela gravadora em Copacabana, em 1984, houve um encontro lendário, inédito e muito louco entre Raul Seixas e Renato Russo. “Falavam em um dialeto que não era português, inglês ou nada s no quarto”, jura Bonfá. Rauzito tinha encontrado Marcelo, Dado e Renato no corredor. “Vocês têm aquele disco marrom lá?” Era a senha para a maconha. Passaram a noite fumando, distraídos por papos para lá de psicodélicos. Após dois meses em Brasília, tiveram a notícia de que o produtor do disco seria o jornalista José Emílio
Rondeau. Com ele, chegaram a um acordo entre o que a gravadora desejava e o que os meninos aceitavam fazer. Pouco tempo depois seria lançado o disco Legião Urbana. Havia quem dissesse na EMI que o objetivo era vender Paralamas e empurrar Legião. Mas o vinil estrapolou as espectativas, vendeu de início 50 mil cópias.
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“Não existem “Não existem heróis, pode heróis, pode ter pessoas ter pessoas espetaculares, espetaculares, mas, na verdade, mas, na verdade, todo mundo é todo mundo é igual” igual”
1960 - Renato Manfredini Inicial. Após algumas apreJúnior nasce em 27 de mar- sentações como o “Troço, no Rio de Janeiro vador Solitário”, abrindo shows de outras bandas 1967 a 1968 - Renato e sua (“Faroeste Caboclo” é família vivem temporariadessa época), Renato formente em Nova York, de ma a Legião Urbana. No onde vão para o Rio de mesmo ano, faz a primeira Janeiro apresentação com a banda, junto com a Plebe Rude. 1973 - Renato e sua família mudam-se para Brasília 1984 - Renato Russo corta os pulsos e Renato Rocha, 1978 - Formação do Aborto o “Negrete”, é convidado Elétrico, primeira banda para tocar baixo na Legião punk de Brasília, junto com Urbana. Fê Lemos (futuro baterista do Capital Inicial), na bate- 1985 - Sai o primeiro disco ria, e André Pretorius (filho da Legião Urbana, “Legião de diplomata sul-africano), Urbana”, com as músicas na guitarra. Na primeira “Ainda É Cedo”, “Será”, formação, a banda era ins- “Por Enquanto”, “Soldatrumental e Renato tocava dos” e “Teorema”, entre baixo. Mais tarde, com a outras. Os integrantes da saída de Pretorius, Renabanda mudam-se para o to passa a tocar guitarra e Rio de Janeiro. Morre AnFlávio Lemos (irmão de Fê) dré Pretorius, primeiro assume o baixo guitarrista do Aborto Elétrico, de overdose, em Nova 1980 - Primeiro show do York. Aborto Elétrico 1986 - É lançado “Dois”, 1982 - Fim do Aborto Elésegundo disco da Legião trico causado por desenUrbana, que traz os sucestendimento entre Renato sos “Eduardo e Mônica”, e Fê por causa da música “Tempo Perdido” e “Ín“Química”, que viria a dios”. ser um sucesso do Legião Urbana, anos depois. 1987 - Sai “Que País É Este “Achei ‘Química’ horrível. - 1978/1987”, terceiro disco Não tinha nada a ver com da Legião, que traz “Quío que a gente era. O Renamica”, “Angra dos Reis”, to era ótimo em química, “Faroeste Caboclo” e “Que eu também. Achei que ele País É Este”. tava forçando a barra. Que bobagem minha! Hoje a 1989 - Sai “As Quatro Esmúsica é um clássico”, tações”, quarto disco da lembra Fê. No mesmo ano, Legião Urbana, que traz Fê e Flávio foram chamaos sucessos “Quando o dos para entrar no Capital Sol Bater na Janela do Seu
Quarto”, “Monte Castelo”, “Há Tempos” e “Meninos e Meninas”, em cuja letra Renato Russo fala pela primeira vez em público de sua orientação sexual. 1990 - Renato Russo descobre que é portador do vírus HIV. 1991 - Sai o álbum “V”, quinto disco da Legião, que inclui as músicas “A Ordem dos Templários”, “O Teatro dos Vampiros” e “Love Song”. 1992 - Renato Russo, Marcelo Bonfá e Dado VillaLobos gravam o programa “Acústico MTV”. No mesmo ano sai a coletânea “Música para Acampamentos”, com músicas gravadas entre 1984 e 1992. 1993 - Sai “O Descobrimento do Brasil”, sétimo disco da Legião. 1994 - Renato Russo lança seu primeiro disco solo, “The Stonewall Celebration Concert”, apenas com regravações de canções em inglês. 1995 - Legião Urbana faz seu último show. Sai a caixa “Por Enquanto”, composta pelos seis primeiros CDs de estúdio da Legião Urbana. Renato Russo lança “Equilíbrio Distante”, seu segundo disco solo, todo em italiano. O disco traz uma regravação do sucesso “La Solitudine”.
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1996 - Renato morre no dia 11 de outubro, no Rio de Janeiro, vítima de complicações de saúde ocasionadas pela Aids. Seu corpo foi cremado. Sai “A Tempestade”, último disco do Legião Urbana gravado em estúdio com Renato Russo. 1997 - Saem os CDs póstumos “Último Solo”, com músicas gravadas por Renato Russo que não entraram nos discos solos anteriores, e “Uma Outra Estação”, com material de estúdio da Legião Urbana, ainda com Renato. 1998 - Sai a antologia “Mais do Mesmo”, com sucessos da Legião Urbana como “Geração Coca-Cola”, “Índios”, “Faroeste Cabloco” e outros. 1999 - Saem o CD e o vídeo do programa
“Acústico MTV”, gravado em 1992. 2000 - Sai a antologia solo “Renato Russo”, que traz parcerias com Erasmo Carlos (“A Carta”), Paulo Ricardo (“A Cruz e a Espada”) e Hélio Delmiro (“Gente Humilde”).Formação do Aborto Elétrico, primeira banda punk de Brasília, junto com Fê Lemos (futuro baterista do Capital Inicial), na bateria, e André Pretorius (filho de diplomata sul-africano), na guitarra. Na primeira formação, a banda era instrumental e Renato tocava baixo. Mais tarde, com a saída de Pretorius, Renato passa a tocar guitarra e Flávio Lemos (irmão de Fê) assume o baixo Formação do Aborto Elétrico, primeira banda punk de Brasília, junto com Fê Lemos (futuro baterista do Capital Inicial), na bateria africano).
espaço do leitor (criativo)
faça você mesmo •
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Nunca admita que você é emo, por que os emos que admitem ser emos são considerados posers de emo, que é pior que ser emo ( se é que existe coisa pior ). Use roupas de velhos e de crianças de cinco anos de idade, misture camisas polos, com listras, coletes, suéter. Essas coisas fora de moda. ( E olha que os emos falam que estão na moda ) Use óculos mesmo que você não precise deles, de preferência estilo soldador. Mesmo estando feliz, se mostre triste para todo mundo ficar com pena de você. Não olhe ninguém nos olhos, dê uma de cachorro com fome. Ao ver uma briga na rua, faça um escândalo e depois comece a chorar e falar sobre a violência no mundo ( isso fará você ganhar afagos e carícias ) Chore por uma mosca ter pousado no seu ombro. Pinte o cabelo de cores estranhas. Tire fotos com poses descontraídas, fotos sem sentido, e em preto e branco. As coloridas são tiradas pelos posers de emo. Se faça de coitado(a) e diga todos seus defeitos e problemas no seu profile. Use lacinhos. Use allstar rabiscado. ( se for quadriculado melhor ainda ) e cultue seu All Star. Tire fotos com a boca torta e cara de pensativo ou cara de triste. Em festas de 15 anos, vá de allstar, terno e maquiagem. ( vai ficar lindo e todos os emos vão querer você ) Dê uma de maníaco depressivo sem ter depressão. Use Franjas gigantes, cortes de cabelo emo e se ache com eles. Vá cortar cabelo no estagiário do Senac. Em tempos de aula, use seu uniforme como roupa normal. Tenha um mal gosto da porra. Faça um escândalo por qualquer coisa. Se revolte com tudo que você não gosta e chore por causa disso. Assista programas infatis como Barney e Telletubies com os amigos(as) e ria pra valer.
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Ae, tô enviando aqui, um guia de utilidade pública de como se tornar um Emo. Seguindo estes passos, não tem erro =) Felipe Souza, 18 anos Você sempre é a vítima. Infeste locais públicos e faça deles seu point. Faça tudo para aparecer ou para os outros notarem sua presença. ( isso inclui auto humilhação e choro. ) Compre roupas no brechó mais porco da sua cidade. Evite ter relações sexuais com pessoas do sexo oposto. Se humilhe por bobagens. ( como chicletes ou ainda por um beijo de um amigo). Beijar pessoas do mesmo sexo é fundamental e sadio. Não se assuste se você apanhar por qualquer motivo. Mesmo que ele não exista. Goste de bonecas mesmo que você seja homem e tenha dezoito anos. Nunca use violência contra ninguém, apanhe e agradeça por isso. Use ofensas como: bobo, feio, cara de mamão, etc... Tenha medo de palhaços. ( afinal, eles são felizes. ) Sinta-se incompreendido(a). Estamos carecas de saber o que você pensa e é. Relembrando o primeiro e o mais importante passo. NUNCA, NUNCA, NUNCA Admita que você é emo! Nunca!
entrevista
Ernesto Pires
o bom samba de volta à Lapa O cantor e compositor Ernesto Pires é assim, alquímico - talvez por sua formação em engenharia química – e consegue transitar com desenvoltura por todas as matizes, gerações e bairros do genuíno samba carioca. Ele vive cercado de bambas “da antiga” e dá espaço para novos talentos como Teresa Cristina, que teve o primeiro samba gravado em seu disco, Novos Quilombos. Como intérprete, é dono de divisão rítmica particular. Enfim, é “do ramo”, como já disse Tarik de Souza. De volta à Lapa, desta vez no Lapases, ele espera repetir às quintas-feiras o sucesso de 10 meses no Café Cultural Sacrilégio, onde levou mais de 40 sambistas, dos mais diferentes estilos. “Ao mesmo tempo que tivemos Monarco, Nelson Sargento, Walter Alfaiate, Luiz Carlos da Vila e Mauro Diniz, recebemos Bebeto São João, que está há
mais de 20 anos fora da mídia, Marquinho Diniz, Bandeira Brasil e Tia Surica, antes de gravar seu próprio disco. Levamos também Agenor de Oliveira, Ataulfo Alves Jr., que são de outra praia. Basicamente, não repetimos ninguém, somente no último mês de temporada, por exigência da casa”, orgulha-se, lembrando do elogio de Luiz Carlos da Vila, que classificou as noites Ernesto no Sacrilégio como “a melhor roda de samba da cidade”. Entusiasmado com o sucesso do samba entre as novas gerações, Ernesto critica o preconceito que ainda paira sobre a matriz da MPB. “O samba não é mais considerado parte da MPB, foi excluído, quando na verdade é a origem de tudo. Várias revistas que fazem pesquisa de lançamentos colocam MPB separada do samba. Mas põem o samba junto com o pagode”.
Excluíram Excluíram o o samba samba da da MPB. MPB. O samba não O samba não faz mais parte faz mais parte da MPB e na da MPB e na verdade é a verdade a origem de é tudo origem de tudo
Você está sempre acompanhado de bambas da antiga e da nova geração. A que atribui esse prestígio? Tem a história de eu ir a todos os lugares. Nunca me privei de ir ao subúrbio. Acho que o subúrbio hoje está voltando, mas ficou um longo tempo sem ter permanentemente um lugar de bom samba. Tinha muita coisa misturada, mas havia alguns eventos específicos, que são muito importantes. Festa na casa de pessoas. Agora tem a reunião na Portela, há um ano apenas. Antes o que tinha? Um aniversário para ir na casa de Dona Nenén, viúva de Manacéa, sempre alguma coisa na vila da Surica. Carlinhos Doutor é um que sempre fez algumas coisas boas no Irajá, Cascadura. Tinha a birosca do Fininho, em Osvaldo Cruz, com uma comida e um samba. Nesses lugares ia todo mundo e foi assim que eu conheci as pessoas. Convivendo com elas, fazendo samba com elas. É por isso que há uma consi- dessa escolha deles, conversei com o Zé Paulo e definideração. Monarco foi meu padrinho no projeto Novo Canto, mos as 14 músicas do disco. Não pesou o nome, mas a do Sesc. Fui o primeiro sambista a aparecer no projeto, muito qualidade e o equilíbrio. direcionado à chamada MPB. Aí teve gente de todo lugar... Uma regravação do Heitor dos Prazeres, Ratinho, BarPor que “chamada” MPB? Excluíram o samba da MPB. O samba não faz mais parte beirinho, Serginho Meriti. Muitas pessoas me dizem que da MPB e na verdade é a origem de tudo. É a síntese de toda o disco não cansa até o final. Acho que é por causa da a MPB, hoje colocado de forma separada. Várias revistas diversidade de assuntos, de motes de cada um dos samque fazem pesquisas de lançamentos colocam MPB separa- bas, como também diversidade rítmica: tem samba-choro, da do samba e pagode. Mas põem o samba junto com o pa- partido alto, dolente, samba de terreiro. E também a divergode. Fora o Carnaval, que tem um samba como um de seus sidade de compositores. Luiz Grande e Marquinho Diniz, pilares, o samba é a única manifestação cultural que é feita Bandeira Brasil, Wilson Moreira, Zé Luiz do Império Serrado norte ao sul do país. No Amapá se encontra um conjunto no, Wanderlei Monteiro, o primeiro samba da Teresa Crisde samba ou alguém tocando samba. Em Pernambuco, cuja tina gravado, do Marceu Vieira, primeiro samba do Janjão, matriz da música é o frevo, o maracatu, encontra-se o sam- do Beto Fininho. Tem novidade. ba. Na Bahia temos Nelson Rufino, Tião Motorista, Batatinha, compositores fantásticos. E não estou falando do samba de Há um rótulo para o samba, como sendo “coisa de morro”. Como o samba entrou na vida roda e de coisas do século retrasado. de um engenheiro químico? Desde menino. Tenho algumas lembranças. LembroOutra prova de que você só anda bem acompanhado é o seu disco. Conte um pouco da histó- me de ensaios de um bloco, num bar, ainda em Brasília, onde, apesar de carioca, morei até os 13 anos. Eu tinha ria dele. Voltei para o Rio, em 1997, com o objetivo de priorizar um tarol ou caixa. Os adultos ficaram impressionados com a história da música. Tanto que perdi muitas oportunidades minha facilidade rítmica. Brincava de carrinho ouvindo os como engenheiro químico, inclusive o grande emprego que discos dos festivais da MPB, fazia questão de colocá-los eu tinha em São Paulo, por que me dediquei muito mais ao na vitrola. Uma das grandes safras da música brasileira, samba. E como eu ia a todos os lugares, as pessoas passa- depois da década de 30, foi a década de 70. Mas não tive ram a me respeitar. Elas gostavam da forma que eu cantava um berço de samba, não fui educado na escola de samba. e tocava, uma forma que agregava. Nessa época, em que Meu pai era um boêmio, gostava de Noel Rosa. É uma eu estudava cavaquinho com o Zé Paulo Miranda, o Mestre tradição assim, mas não tem nenhum músico, nenhuma Zé Paulo, conheci o Duarte (grande percussionista falecido origem musical. Minha mãe gostava de samba, era conrecentemente), que foi muito importante para mim. Os dois siderada a única que sabia sambar na família, que concomeçaram a insistir para que eu fizesse um disco. Aí resolvi seguia mexer o quadril, mas ao mesmo tempo tinha uma história de preconceito. fazer. E optei exclusivamente por músicas inéditas. Quantas músicas são suas no CD? Três. Como já tinha um prestígio nas rodas e as pessoas davam valor ao que eu estava fazendo, foi muito fácil reunir mais ou menos umas duzentas músicas. Fiz uma pré-seleção de 25 a 30 músicas e chamei três pessoas que eu achava que conheciam esse universo para escolherem 10. Didu Nogueira, Ari Miranda do Simpatia e o Lefê Almeida. A partir
Na sua adolescência, a classe média ia à discoteca. Como o samba chegou a você? Tive muita sorte. Com 14 anos entrei na Escola Técnica Federal de Química e lá tive como contemporâneos ninguém menos que Paulão 7 Cordas, Henrique Cazes e Mongol. Henrique não era ainda um sambista ou chorão. E nem tocava cavaquinho, mas violão.
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O iPod não está mais sozinho Cada vez menores e repletos de recursos, os novos tocadores de música digital baixam programas de rádio, guardam todo tipo de arquivo e geram um lucrativo mercado deacessórios
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Visor colorido de 65K Memória flash interna de 1gb Função de gravador de voz Rádio FM Função de leitura de texto 7 modos de equalização Bateria recarregável de Li-on Adaptador incluso
Itens incluídos: Mp4 player 1gb Fone de ouvido Cabo USB CD de instalação Carregador de bateria Manual em português 230,00
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199,00
JÁ CHEGOU O MP3 Creative Zen Micro, com 5 gigabytes, tem rádio FM, gravador e agenda de telefones 1,500 reais CHEGA ESTE ANO O ShoqBox Philips cabe na palma da mão. Toca MP3 e WMA e sintoniza FM. Tem dois alto-falantes. A memória pode chegar a 512 megabytes 150 euros
JÁ CHEGOU O iPod Shuffle, de apenas 22 gramas, tem capacidade de armazenamento de 240 músicas 1 000 reais
OS NOVOS TOCADORES O que oferecem os MP3-players da próxima geração
Ouvir música digital a qualquer hora e em qualquer lugar virou mania mundial. Já são mais de 15 milhões de iPods, nome do dispositivo lançado pela Apple em 2001, espalhados pelo planeta. O sucesso do aparelho levou dezenas de empresas a apostar nesse segmento. O resultado é um crescimento explosivo das opções de portáteis que tocam MP3 e arquivos semelhantes em lojas de equipamentos eletrônicos. E não é só a variedade de produtos que vem aumentando. A capacidade de armazenamento também é cada vez maior. Já existem modelos de 100 gigabytes – o equivalente a cerca de 25 000 músicas, o suficiente para ouvir música durante dois meses sem repetição. Esse incremento nos aparelhos os torna úteis em outras funções. Muitos sintonizam estações FM, gravam voz, exibem fotografias e até vídeos. A empresa americana Archos lançou um portátil que grava filmes e programas diretamente da televisão ou do DVD e os exibe em uma tela LCD de 7 polegadas. Da mesma forma que os MP3players incorporaram outras funcionalidades, produtos de natureza diversa vêm ganhando funções antes exclusivas dos tocadores. Já é possível ouvir música em celulares, videogames portáteis, câmeras fotográficas, relógios e até óculos escuros.
Rap é música?
Nem música, nem nãomúsica, uma outra categoria de expressão
Convenhamos, a pergunta é antiga. Já faz 20 anos que o rap começou a ser ouvido por essas bandas, primeiro de forma subterrânea e periférica, e depois conquistando programas de rádio e TV, vendendo discos e levando milhares de pessoas aos shows dos DJs e MCs. Pioneiros como Thayde e DJ Hum abriram o caminho, em São Paulo. Hoje o rap conta com estrelas nacionais, e há vários exemplos de mestiçagem com os gêneros musicais brasileiros. Desde os explosivos experimentos de Chico Science e Nação Zumbi, mesclando maracatu, rock e rap, até citações de figuras reconhecidas da chamada MPB, como Caetano, Chico, Luiz Melodia, Gil, Raul Seixas... Surpresa? Mas o que é aquele discurso de Raul Seixas em Metrô Linha 743, surrealista canção de 1984? Parece muito mais influenciado pelo nascente rap americano do que pelo canto falado de Schoenberg e a Escola de Viena. No mesmo ano, Caetano disparava sua Língua, no disco Velô. O refrão melódico, esmerilhado por Elza Soares, contrastava com a longa letra, cheia de achado poéticos surpreendentes, enunciados sem melodia. Chico Buarque, em 1979, na música Hino de Duran, da peça Ópera do Malandro, se descola da melodia e despacha os versos finais num discurso que vai sendo encoberto pela guitarra endiabrada de Armandinho, com a Cor do Som. Esta voz que submerge é sintomática numa canção que também ficou conhecida como Hino da Repressão. Bem antes disso, os nossos repentistas já conheciam os segredos de contar longas histórias em versos,
Daniel Brazil
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acompanhados apenas pelo ritmo dos pandeiros ou de uma viola monocórdia. Não é à toa que a sentença “o repente é avô do rap” é definitiva, e está presente na obra de artistas tão distintos quanto Cordel do Fogo Encantado, Marcelo D2 e Caju & Castanha, além de alguns autênticos rappers. Mas o que é um autêntico rapper, na periferia brasileira? Um seguidor fiel dos ensinamentos de Afrika Bambaataa, ou apenas um jovem revoltado que tempera seu discurso candente com batidas pré-gravadas e scratches? Os estudiosos afirmam que a música de nossa era se compõe de três elementos fundamentais: Ritmo, melodia e harmonia. Se considerarmos esta definição clássica, realmente o rap não pode ser considerado música. Faltam pelo menos dois desses elementos no discurso dos manos! Mas rap é, na sua língua de origem, Rhythm and Poetry, ritmo e poesia. Ao invés de considerarmos o rap um empobrecimento da música, podemos considerar um enriquecimento do discurso, uma vez que a torrente de palavras passa a se estruturar em torno de uma métrica.
os dez mais
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Os bigodões mais bonitos do pop
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FREDDIE MERCURY Um dos maiores rockstars de todos os tempos, Mercury deu início a uma verdadeira febre de bigodudos no final dos anos 70 e início dos 80. O bigode ficou especialmente gritante quando, no clipe de “I Want You To Break Free”, o vocalista resolveu dar uma bica na hipocrisia de salto agulha. No videoclipe da música, um dos mais parodiados do YouTube, ele aparece “toda linda”, de minissaia de couro, peitinho postiço, brincos pink e... o bigodão mais preto do que a asa da graúna.
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GIORGIO MORODER Teria ele engolido uma andorinha? Talvez esteja aí o segredo do mago da música eletrônica Giorgio Moroder. Nascido na Itália em 1940, Moroder se mudou para a Alemanha e em meados dos anos 70 despontou para o mundo como modernizador da disco music. Sob sua batuta, Donna Summer lançou, em 1975, um dos álbuns mais revolucionários daquela era, Love to Love You, Baby, cuja faixa-título causou geral. Com quase 17 minutos de duração, programação eletrônica e Summer simulando um orgasmo, a faixa chegou a ser banida em alguns países.
FRANK ZAPPA Um dos artistas que mais lançaram discos em vida não podia mesmo ter tempo sobrando pra cuidar do visual. Não só o bigode era zoado, mas o cabelo, o figurino e, dizem integrantes de sua velha banda - a Mothers of Invention -, também sua alimentação, a relação com a família, o sono, o excesso de café e cigarro... Zappa vivia música 24 horas por dia e não tinha tempo pra nada que não fosse ensaios, gravações e shows. Dizem que, para vêlo, sua mulher e filha mais nova tinham que ir até o estúdio, montado em sua casa, em Los Angeles.
LEMMY KILMISTER Ícone entre os metaleiros da velha guarda, o vocalista do Motörhead é praticamente uma polaróide da tribo. O cabelo ensebado, compondo com um bigode que se une às costeletas, à la dom Pedro I, já seria suficiente para fazer dele uma das figuras mais, digamos, pouco atraentes da música. A cereja (eca!) do bolo é uma verruga gigante, bem na bochecha, que o cara nunca se dignou a arrancar.
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LATINO O sussurrado versinho “Oh baby, me leva/me leva que eu te quero/me leeeva” ficava ainda mais ridículo quando se via o cara segurando o microfone e fazendo passinhos, com pinta de Vanilla Ice e um bigodinho ralo de office-boy no auge da puberdade. Foi com esse visual que latino tomou de assalto dez entre dez programas de auditório, cantando seu charme bregaromântico, nos idos de 1994. Com uma base eletrônica chupada de Information Society, a música virou hino de bailinho, e o bigode, um must entre os aspirantes a latin lover.
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JD SAMSON CHRIS CORNELL Com traços delicados e um cabelão cacheado, grosso, fazendo a linha Cláudia Ohana na novela Vamp, Chris Cornell parecia um Dartagnan drag queen quando surgiu, à frente do Soundgarden, no começo dos anos 90. O grupo tinha entre os maiores trunfos o vocal de amplo alcance de Cornell, mas também seu jeitinho de menudo rebelde, cantando letras fortes, como a de “Jesus Christ Pose”. Hoje em carreira solo, mantém o bigode arrumadinho.
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Diz que quando era criança pequena lá no interior de Ohio, JD Samson era tão zoada por seu bigode que queria morrer. Anos mais tarde ela se mudou pra Nova York e, convidada por Kathleen Hanna (ex-Bikini Kill) e Johanna Fateman para se tornar integrante do grupo Le Tigre, acabou achando que o excesso de buço seria bem bacana no final das contas. Afinal, por que não uma garota de bigode num trio de rock feminista? Muita gente não sabe que se trata de uma moça, pois JD insiste em se vestir com roupas masculinas.
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PRINCE TOM SELLECK Antes de pinicar a beiça de Kevin Kline no filme Será Que Ele É? (1997), Selleck e seu bigode estilo Belchior eram mais associados ao carro esportivo do seriado Magnum. Típico caso de machão que começou causando suspiros nas moças para depois deixar as bibas passadas, o ator pagou por cultivar por décadas o artefato másculo no rosto.
BORAT O personagem de Sacha Baron Cohen é um trendsetter no Cazaquistão - país onde a moda parou na década de 60. Sua penugem é um sucesso inclusive com a irmã, que recebe um malho de desentupir pia (existe pia no Cazaquistão?) diariamente. Bigode e um aparelho de VHS de duas cabeças - Borat é o cara mais cool do grande exportador de potássio.
O bigodinho maroto foi apenas uma das invenções do baixinho de Minneapolis utilizando os pêlos do rosto. Aliás, se tem alguém com criatividade para se reinventar, ei-lo aqui. Ele já modelou o bigode e cavanhaque como se fosse tatuagem, fez e desfez chapinhas no cabelo. Bem, este é Prince, e o mais curioso é que a cada passo de excentricidade seu som tende a melhorar. Um caso a ser estudado pelas próximas gerações.
encarte
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a princesa Pop Voltou!!!
Ops...
o
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encarte do novo
CD de Bri 6Blackout
itney,
a
Princesa do pop estรก de volta
Blá Blá Blá Blá Blá Blá Blá Blá Blá Blá Blá Blá Blá Blá Blá Blá Blá Blá Blá Blá
O RETORNO
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L E Ã O Mais do que se inspirar em sons do passado, tem muita gente do passado que resolveu voltar à ativa. Pode ser um up na carreira, definitivamente. Exemplo é a volta do
The Police. Depois de uma
longa espera, os fãs puderam pirar ao som de Roxanne novamente, na cerimônia do Grammy em fevereiro. Outro que “voltaria à ativa” é o Prince. Coloco entre aspas porque, na realidade, os fãs de verdade sabem que ele nunca parou de trabalhar e
L O B O
Acho que o mundo da música está passando por um momento meio nostálgico. Nada de muito inovador acontece no cenário musical atual, então a gente acaba querendo reviver os bons e divertidos momentos do passado. É perceber, todos os artistas atuais bebem da fonte de algumas estrelas das últimas décadas. Em alguns casos, descaradamente, como Justin Timberlake enche a cara de Michael Jackson e Prince, e por causa disso…
lança cds quase que anualmente. Mas já faz tempo que deixou a mídia e as paradas de sucesso. Seu retorno triunfal veio com o show no intervalo do Superbowl americano, o mais assistido de toda a história do Superbowl,
diga-se de passagem. O Prince cantou antigos sucessos e levou a multidão à loucura com Purple Rain. Acho que a música dos anos 80 nunca esteve tão em alta desde a própria década de 80. E antes de haver Britney Spears, o ídolo das massas adolescentes era nada mais nada menos que…
Spice Girls! É,
eu me lembro, até pela minha pouca idade (haha), de como as defensoras do Girl Power espalharam suas plataformas imensas, seus figurinos de gosto duvidoso e sua música chiclete pelo mundo todo. Até pirulito das Spice Girls tinha. E, num momento à la Beatles, até filme teve. Farofa demais pra você agora?
Vinda de um passado mais recente, a princesinha do pop
Spears
Britney
virou a rainha da baixaria, casou-se, teve filhos, divorciou-se, embebedou-se (muito, aliás), raspou a cabeça e virou adepta das perucas. Agora ela também quer voltar aos palcos. Claro, por que não?! Afinal de contas, se tantos artistas estão voltando, por que a antiga realeza-farofa do pop não pode ter uma segunda chance também? Na pior das hipóteses, vai ser divertido, bom pra dar umas risadas…
Quase 15 anos se passaram, e eles já não são mais tão jovens. Os
Backstreet Boys
ainda existem, e acabaram de lançar um disco. O mais novo dos quatro integrantes, Nick Carter, entrou para o grupo aos 12 anos, e agora está fazendo 28. O sexto álbum deles, Unbreakable, está perto do topo das paradas Billboard 200.