Ano 1 - Edição 04 - Julho 2014
ROTEIRO CULTURAL pelo Morumbi
AUMENTA A MOBILIZAÇÃO EM DEFESA DO PARQUE BURLE MARX
1
2
eDITOrIAl
Caro morador do
PANAMBY
P
anamby Magazine continua acompanhando a
manifestou, enquanto a Cyrela afirmou que não inter-
mobilização dos moradores em defesa do Parque
virá em Áreas de Proteção Permanente ou nascentes.
Burle Marx, contra projetos imobiliários que ame-
Nesta edição, preparamos um roteiro cultural pelo
açam a mata nativa da região. A matéria de capa desta
Morumbi, mostrando que arte também combina com
edição traz informações de um novo laudo, preparado
o bairro. Conheça ainda a história da vira-lata loira,
pelo botânico ricardo Henrique Cardim, e que analisa a
na reportagem que começa na página 18, uma sim-
área localizada em frente à portaria principal do parque e
pática moradora do Panamby. Aproveite ao máximo
para onde está previsto projeto da Camargo Corrêa.
a revista deste mês.
O estudo de ricardo revelou que há no terreno 30 exemplares de canela, árvore quase extinta na cidade. A
um abraço,
preservação deve ser o único destino da área, atesta o botânico. Procuramos também ouvir as construtoras envol-
luiza Oliva
vidas com projetos no Panamby. A Camargo Corrêa não se
editora
ANO 1 | Nº 04 | Jun 2014
SuMÁrIO
FOTO DA CAPA: Isabelle Vallantin
04 caPa
Aumenta a mobilização em defesa do Burle Marx
18 22 23
Foto: Everto Ballardin
04
24 12 roteIro Cultura no Morumbi
Exposição Poente, de Felipe Cohen, na Capela do Morumbi.
anIMaIS Atitudes responsáveis contra o abandono de animais
crIançaS Teatro de bonecos no Shopping
novIdadeS loja infantil de casa nova
veÍculoS Serviços e produtos diferenciados para seu carro
26 orIentação ProFISSIonal
estratégia clínica: forma consciente de escolher a profissão
dIretoreS: luiza Oliva (luiza@leituraprima.com.br) e Marcelo Santos (marcelo@leituraprima.com.br) PuBlIcIdade: Silvia Perutti crIação e arte: Adalton Martins e Vanessa Thomaz atendIMento ao leItor: Catia Gomes IMPreSSão: laser Press PerIodIcIdade: Mensal cIrculação: Condomínios de alto padrão e comércio do Panamby JornalISta reSPonSável: luiza Oliva MTB 16.935 PanaMBY MaGaZIne é uma publicação mensal da editora leitura Prima. PANAMBY MAGAZINe não se responsabiliza pelos serviços, informes publicitários e produtos de empresas que anunciam neste veículo.
M Tecnologia e Comunicação ltda.
redação, PuBlIcIdade e adMInIStração: Al. dos Jurupis, 1005, conj. 94 – Moema – São Paulo – SP Tel. (11) 2157-4825, 2157-4826 e 98486-3000 – contato@leituraprima.com.br – www.leituraprima.com.br www.panambymagazine.com.br – www.facebook.com/panambymagazine
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CAPA
Aumenta a mobilização em defesa do Burle Marx Moradores intensificam mobilização contra empreendimentos imobiliários que ameaçam o meio ambiente. Vereador e deputado apoiam o movimento. Participe, assinando a petição que será encaminhada ao prefeito Fernando Haddad. Por Luiza Oliva Fotos: Isabelle Vallantin
o
movimento em defesa do Parque Burle Marx
os projetos imobiliários e a favor do meio ambiente. Ou-
está tomando conta do Panamby. Aumentou
tra ação que o movimento dos moradores realizará será a
a mobilização dos moradores contra dois pro-
distribuição de cartazes e folhetos pelo bairro, informan-
jetos de empreendimentos imobiliários que, caso rea-
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do a respeito do risco que paira sobre o Burle Marx.
lizados, trarão enormes prejuízos ao meio ambiente e à
A insatisfação dos moradores é grande. A advogada
população, entre eles o corte de 5.500 árvores de mata
Rachel Tucunduva vê os projetos imobiliários como ab-
nativa, o sombreamento do parque pelos prédios, a eli-
surdos, “um desfavor para o bairro”. “Quem frequenta o
minação de nascentes e cursos d’água, a impermeabili-
parque sabe que o terreno vizinho à Marginal Pinheiros,
zação do solo e o aumento do trânsito.
onde a Cyrela pretende construir um empreendimen-
Até o fechamento desta edição, petição que será en-
to, tem cursos d’água e uma mata bastante fechada.
viada ao Prefeito Fernando Haddad contava com mais de
Além de cortar milhares de árvores, o parque ficaria com
6.500 assinaturas de cidadãos apoiando a causa, contra
sua insolação totalmente comprometida. Felizmente
os moradores estão se mobilizando e já existe junto ao Condephaat um pedido para que a área ameaçada seja considerada uma extensão da área tombada do Parque”, diz Rachel, que se mudou para o Panamby há dois anos, justamente para contar com os benefícios de ter um parque como vizinho. “A própria Cyrela construiu empreendimentos no Panamby prometendo uma vista para o Parque Burle Marx. Agora, ela mesma está ameaçando o verde. Não deixa de ser uma forma de enganar o consumidor”, constata a advogada, que também reforça o risco dos usuários ficarem sem estacionamento. Roberto Delmanto Jr., advogado, acrescenta que os moradores atualmente arcam com o custo do estacionamento: “Por ser um parque municipal, o Burle Marx deveria ter estacionamento gratuito ou com zona azul, o que não acontece, obrigando os moradores a pagar pelo estacionamento privado no terreno da Cyrela/Fundo Panamby, cuja parte dos valores é destinada ao Parque.” Para Roberto, que criou uma página no Facebook, a SOS Árvores do Panamby, há um conflito entre a posição dos
favorável às construções mediante contrapartidas para
moradores em defesa do Parque e a da Fundação Aron
a manutenção do Burle Marx, apesar delas ameaçarem
Birmann. “Há um afastamento dos vizinhos e usuários
cortar milhares de árvores, emparedar, sufocar e até tirar
diante do choque entre a opinião dos moradores que
o sol da praça principal do próprio Parque, além de preju-
compõem as mais de 6.500 assinaturas do abaixo assi-
dicar todo o ecossistema, secar as várzeas e ainda trazer
nado SOS PANAMBY, que entendem inaceitáveis para a
mais caos ao trânsito”, pondera.
cidade as construções da Cyrela e da Camargo Corrêa,
O advogado completa que esse choque de posiciona-
e lutam pela ampliação do Parque (e que contam com o
mento entre moradores e a Fundação Aron Birmann di-
apoio da nota divulgada pelo Conselho Gestor no sentido
ficulta a busca de recursos para manutenção do Parque
de se preservarem as Áreas de Proteção Permanente –
junto à vizinhança. “Certamente será muito mais fácil a
APPs e o verde), e o posicionamento exposto pela direto-
Fundação Aron Birmann buscar recursos com as milio-
ria executiva da Fundação Aron Birmann, que afirmou ser
nárias Cyrela e Camargo Corrêa, bem como com o Fundo Imobiliário Panamby, do que com os moradores que lutam contra as construções por já estarem literalmente sufocados com a vergonhosa destruição do verde na cidade e no bairro, e que não aguentam mais a especulação imobiliária e o trânsito, que têm destruído a qualidade de vida de todos os moradores, e pior, o ar e a água dos nossos filhos e netos.” Questionada sobre a ameaça ao verde, a construtora Cyrela declarou que “o projeto não prevê intervenções em APPs ou nascentes”. “Vamos respeitar rigorosamente a legislação e o meio ambiente, como sempre fizemos em mais de 50 anos de história”, afirmou a empresa
Saiba mais sobre o Parque Burle Marx e a mobilização dos moradores em favor do meio ambiente em nosso site www.panambymagazine.com.br – e facebook – www.facebook.com/panambymagazine.
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CAPA
através de sua assessoria de imprensa à reportagem da Panamby Magazine. Sobre novos empreendimentos no bairro, a empresa não dá detalhes, mas afirma que há um projeto, “em fase de desenvolvimento, em que todas as aprovações exigidas serão submetidas aos órgãos competentes”. A Cyrela afirma, ainda, que irá “preservar e incrementar o entorno, inclusive destinando uma grande área do terreno ao parque”. “Temos exemplos bem sucedidos na própria cidade, como, por exemplo, o empreendimento Paulistania Bosque Residencial, no Brooklin. Além de revitalizarmos o bosque, ao lado do empreendimento, a manutenção do espaço é realizada pelo próprio condomínio. Não temos dúvidas de que, ao revitalizar uma área verde, o valor que é gerado à região só contribui para o desenvolvimento sustentável da cidade”, afirmou a construtora por meio de sua assessoria de imprensa. Também questionada, a Camargo Corrêa, que entrou com pedido para concessão de alvará de construção na área localizada logo após a Rua Dona Helena Pereira de Moraes, não respondeu à solicitação da Panamby Magazine. Iniciativas O movimento de moradores tem conseguido apoio de representantes junto à Câmara dos Vereadores e à AssemFlyers e cartazes criados pela Babel Propaganda & Digital começam a ser distribuídos pelo bairro. A equipe da agência – Larissa Almeida, Diogo Mono Ramos, Paula Geroldi e Leonardo Mangini – trabalhou voluntariamente no projeto, assim como a Gráfica Aquarela, que imprimiu os materiais. Caso você tenha como colaborar com o movimento de moradores do Panamby, envie uma mensagem via Facebook para o SOS Árvores do Panamby ou para Roberto Delmanto Jr., através do e-mail rdelmantojr@me.com.
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bleia Legislativa. Para o vereador Gilberto Natalini, o Par-
tes da Assembleia, também apoia a luta dos moradores do Panamby. “Após a Audiência, preparamos um requerimento de informação para a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da Prefeitura e acionamos o prefeito Fernando Haddad, pedindo providências contra os projetos de empreendimentos imobiliários na região. Eles são uma agressão explícita ao meio ambiente”, aponta Giannazi, que está estudando a possibilidade de apresentar um projeto de lei para tombar ambientalmente a área. “Estamos realizando estudos e consultas técnicas e acredito que em agosto poderemos apresentar o projeto. Como é que Burle Marx é uma área de interesse ambiental de toda
uma área com espécies remanescentes de Mata Atlânti-
a cidade, e não só dos moradores do entorno. “Não é mais
ca, com aves e plantas raras, temos um bom fundamento
possível sustentar a ação predatória das construtoras em
para conseguir o tombamento. Nesse caso, as construto-
São Paulo. O Burle Marx deve ser preservado.” Natalini já
ras continuam sendo proprietárias dos terrenos, porém
solicitou para a Secretaria Municipal de Habitação cópias
não poderão mais construir neles. Outra opção seria pe-
de todos os processos e projetos envolvidos com a área
dirmos a desapropriação dos terrenos, para a Prefeitu-
do Burle Marx. “Fiz essa solicitação há cerca de um mês e
ra ou o Governo do Estado, e a área toda se tornaria um
não tive retorno. Quero avaliar todo o material e caso não
parque público.” Para o deputado Giannazi, o desejo dos
seja entregue, entraremos com um pedido via judicial.”
moradores coincide com a pauta mundial, que é a ques-
O deputado estadual Carlos Giannazi, que convocou Audiência Pública no dia 29 de maio, no Plenário Tiraden-
tão ambiental. “São Paulo é uma cidade em colapso. As empresas também precisam rever suas posições.”
Acupuntura MÉDICA Acupuntura: a acupuntura é um dos tratamentos médicos mais antigos do mundo. Consiste na estimulação de locais anatômicos sobre ou na pele – os chamados pontos de acupuntura. Principais indicações: Insônia, ansiedade, depressão, estresse, enxaqueca, pânico, artrite, artrose, sinusite, rinite, dores na coluna, problemas digestivos, dores no nervo ciático, dificuldade de concentração, sonolência, baixa imunidade, dores musculares, DTM (dor temporomandibular) entre outras. Realizada por um médico especialista.
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CAPA principal do Burle Marx e para onde está previsto o projeto da Camargo Corrêa, constata que a área vem sendo lentamente dilapidada. Quase todas as árvores estão com plaqueamento e numeradas, prática comum em situações de manejo ou supressão de árvores. Também é nítido o bosqueamento, que consiste na remoção completa ou de parte significativa da vegetação de sub-bosque (ervas, epífitas, cipós, mudas e arbustos), que vive embaixo da sombra das árvores. Conforme o botânico Ricardo Cardim, “isso provoca desequilíbrios na floresta, como a perda das mudas de árvores e impedimento da sua renovação e ciclo natural, menor umidade e maior
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Patrimônio da cidade
chance de incêndios, erradicação de parte importante da
Roberto Delmanto Jr. acredita que todos devem se empe-
fauna e flora e perda de sustentação de grandes árvores”.
nhar contra a possibilidade do Panamby se transformar
Árvores nativas típicas paulistanas e hoje pratica-
em uma selva de prédios, como o Itaim Bibi ou outros bair-
mente desaparecidas são facilmente encontradas no
ros altamente adensados. “Tanto a área da Camargo Cor-
terreno, como pau-jacaré, tapiá, ipê-amarelo, canjera-
rêa quanto a da Cyrela possuem trechos de preservação
na, jacarandá paulista, aroeira, jacatirão, guaçatonga e
permanente, conforme laudos de especialistas”, aponta.
embiruçu. Há ainda árvores frutíferas nativas com mais
Segundo Delmanto, um novo laudo, preparado pelo
de 60 anos de idade, tais como jabuticabeiras, araçás,
botânico Ricardo Henrique Cardim, referente ao frag-
uvaias e palmito-jussara, e plantas ameaçadas de extin-
mento de Mata Atlântica localizado em frente à portaria
ção, como o xaxim, as pimentas-de-macaco e bromélias.
Mas, segundo Cardim, o grande destaque botânico do terreno é a sua importante população de caneleiras ou canelas, essência de madeira nobre quase extinta na metrópole paulistana. “Mais de 30 exemplares adultos, alguns de grande porte e aparentando idade avançada, se espalham pelo terreno. As canelas são árvores com forte ligação histórica e cultural com a cidade de São Paulo e seu povo. Na época colonial, entre os séculos XVII e XVIII principalmente, essas árvores eram as principais fornecedoras do madeiramento das pontes sobre os rios paulistanos e das casas bandeiristas”, explica o botânico no estudo. A conclusão de Cardim é que a única destinação para a área é a preservação. “Qualquer outra utiliza-
bi de bicicleta, através de uma picada aberta no mato.
ção significa um claro atentado ao patrimônio histórico,
Eram quase duas horas de viagem. O Morumbi era cheio
cultural e ambiental de todos os paulistanos”, adverte.
de gabiroba, frutinha silvestre que dá em arbustos, além
Quem se recorda do Morumbi antes do bairro se tor-
de goiabeiras e maracujá, e no Panamby corria um riacho”,
nar um dos campeões em lançamentos imobiliários da
lembra o jornalista Vital Battaglia, que se mudou para o
cidade percebe a nítida diferença entre as paisagens com
Panamby em 1996. “Pensei que viveria muitos anos com
riachos e árvores frutíferas do cenário atual, onde trânsi-
o verde como vizinho. Mas o progresso atropelou tudo e
to e construções povoam as ruas. “Presenciei em pouco
em menos de 20 anos o perfil do bairro mudou comple-
mais de meio século uma devastação indiscriminada no
tamente”, afirma.
Morumbi. Eu era garoto e vinha do Butantã para o Morum-
Battaglia comenta que não se trata de saudosismo,
CAPA
coMo PartIcIPar Moradores do Panamby e Morumbi e simpatizantes do Parque Burle Marx podem aderir à causa em defesa da fauna e da flora da região. mas de exigir o cumprimento da lei. “Temos uma legislação muito bem feita no que se refere à questão ambiental. Queremos apenas que não cortem árvores na calada da noite, que se mantenha o equilíbrio ecológico e não matem os cursos de rio. O que foi feito daquele riacho com árvores nativas de antigamente? A cidade precisa crescer, mas com o mínimo de respeito aos cidadãos e pensando no que deixaremos para nossos filhos e netos”, conclui. Mesmo moradores que chegaram mais recentemente ao Panamby estão abraçando a causa em defesa do verde. Hamilton Ferraz e a família têm um apego sentimen-
• Curta a página do Facebook: www.facebook.com/ SOSÁrvoresdoPanamby • Assine a petição, acessando https://secure.avaaz.org/po/ petition/Sr_Fernando_Haddad_ Prefeito_da_Cidade_de_Sao_Paulo_ Amplie_o_Parque_Burle_Marx_em_ SP_desapropriando_areas_verdes_ ao_redor/edit/
tal pelo Burle Marx. “Passeamos aqui desde que minha esposa estava grávida. Hoje, nossa filha tem oito anos e adoramos o Parque. São raros os locais como esse em São Paulo. Não podem destruir o pouco que nos resta da natureza”, finaliza.
PoSSIBIlIdadeS de PatrocÍnIo
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O Parque Burle Marx busca formas de captar verbas
música”, diz Thiago Santos, gestor ambiental da Fun-
para ajudar na conservação e mantê-lo viável eco-
dação Aron Birmann.
nomicamente, à parte a discussão sobre os projetos
Os eventos são outra fonte de receita: é possível
imobiliários. Administrado pela Fundação Aron Bir-
organizar no Burle Marx de casamentos a ações pro-
mann, a partir de convênio firmado com a Prefeitura,
mocionais e eventos corporativos (como coletivas,
o Parque convida empresas a patrocinarem projetos
workshops, palestras e exposições, na área de 4 mil
em troca de publicidade. É possível participar de
metros quadrados do Jardim Burle Marx). Segundo
melhorias, como na sinalização do parque. “Temos
Thiago tudo deve seguir regras e procedimentos es-
um público de 15 mil pessoas visitando o parque
tabelecidos pela Fundação, evitando impacto aos
mensalmente. Temos projetos de custo acessível a
outros usuários do parque e especialmente ao meio
uma empresa, e estamos também abertos a outros,
ambiente. Para mais informações, utilize o e-mail
por exemplo que envolvam cultura, como cinema ou
comunica@fab.org.br.
rOTeIrO
Cultura no
MOruMBI
O Morumbi e o Panamby reservam a seus moradores algumas dicas interessantes de passeios culturais. Exposições e boa música acontecem em parques e espaços diferenciados, e o melhor: bem pertinho de casa.
O
Por Luiza Oliva
Morumbi é um bairro repleto de serviços, como
car Americano. Os seis anos seguintes foram dedicados
ótimos colégios e hospitais, e com muito verde.
à reformulação da antiga residência da família, visando
Será que um bairro em constante crescimen-
transformá-la na atual sede. A partir de 1980, acervo ar-
to, que a cada dia recebe novos moradores e mais em-
quitetônico, paisagístico e artístico tornaram-se acessí-
preendimentos imobiliários, tem lugar reservado para a
veis ao público, passando a constituir um dos espaços cul-
cultura? Preparamos um roteiro cultural, com endereços
turais e de lazer mais importantes da cidade de São Paulo.
imperdíveis na região, onde é possível aproveitar exposi-
Parque (com aproximadamente 25.000 árvores) e
ções e concertos, em lindos cenários.
casa são projetos representativos do movimento moderno de arquitetura. O primeiro, de autoria de Otávio Au-
Fundação MarIa luISa e oScar aMerIcano
gusto Teixeira Mendes, precedeu à construção da casa,
um parque com espécies nativas da flora brasileira, co-
concebida por Oswaldo Arthur Bratke.
leção de arte e objetos históricos, espaço para recitais e
A coleção de arte e objetos históricos foi iniciada com
concertos de música erudita e, de quebra, um Salão de
peças pertencentes à família Americano, tendo sido gra-
Chá, com serviço impecável, ambiente aconchegante e
dualmente ampliada. Hoje preserva e retrata grande par-
delícias variadas. Com esse mix de atrações, a Fundação
te da História do Brasil, compondo-se de três núcleos
Maria luisa e Oscar Americano é um dos endereços obri-
principais: Brasil Colônia, formado por pinturas do século
gatórios quando o assunto é cultura no Morumbi.
xVII – entre estas, obras do holandês Frans Post – e por
Fo to
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objetos e imagens do século xVIII; Brasil Império, que reú-
om
Foto: Cristiano Mascaro
A Fundação foi instituída em 1974 pelo engenheiro Os-
ne retratos a óleo e objetos da época imperial brasileira;
Palácio dos Bandeirantes
Mestres do Século XX, formado por obras de alguns dos
A Curadoria do Acervo do Palácio dos Bandeirantes apre-
mais destacados artistas brasileiros, entre eles Portinari,
senta um novo percurso expositivo até janeiro de 2015,
Brecheret, Lasar Segall e Di Cavalcanti.
com o objetivo de contar aspectos da história do estado
Na Fundação, arte e paisagem têm encontro marca-
de São Paulo e da sede do governo paulista por meio de
do com a música erudita. Os concertos acontecem aos
imagens. O novo percurso de visitação, que iniciou em
domingos, às 11h30, com venda antecipada de ingressos.
junho, ocupa parte do pavimento térreo e do primeiro
Foto: Katia Szkudlarek
andar do prédio, onde são exibidas, entre outras obras, pinturas, esculturas, gravuras, mobiliário e arte sacra. Esse percurso, criado para fruição do visitante no Palácio dos Bandeirantes, permite ao cidadão conhecer algumas das mais representativas obras da história da arte brasileira, preservadas pelo Governo do Estado de São Paulo. Todas as visitas são acompanhadas por educadores. No térreo, é apresentada uma breve história do estado de São Paulo, do Palácio dos Bandeirantes, desde sua aquisição até os dias de hoje, e da coleção de arte nele abrigada. Na entrada principal, há obras de Henrique Bernardelli, Candido Portinari e Giovanni Oppido que hoConfira a programação dos próximos concertos:
menageiam os bandeirantes.
10 de agosto: Del Claro, Fialkov e De Los Santos – violon-
O Hall Nobre trata da expansão de São Paulo, com o
celo, piano e violino
painel de Antonio Henrique Amaral, e aborda a origem
24 de agosto: Duo Witowski – piano 4 mãos
rural desse crescimento, com as obras de Djanira e Clóvis
14 de setembro: Fábio Godoi – piano
Graciano. A participação dos imigrantes também é des-
28 de setembro: Trio Brasileiro – piano, violino e violoncelo
tacada, assim como o ciclo do ouro e a devoção do povo
12 de outubro: Grupo Pau Brasil – piano, sax, violão, bai-
paulista com um núcleo temático de arte sacra. No Me-
xo e bateria
zanino estão expostos retratos de 30 ex-governantes de
26 de outubro: Linda Bustani – piano
São Paulo, reunidos para promover uma leitura histórica e
09 de novembro: Ensemble SP e Vera Astrachan – cor-
estética, presente na arte do retrato. No Salão dos Conse-
das e piano
lhos, é apresentada a série de 100 pinturas de José Cláu-
30 de novembro: Quinteto Schubert – piano, violino,
dio da Silva, que narra a viagem da comitiva científica de
viola, violoncelo e baixo
Paulo Vanzolini ao rio Madeira, na região amazônica.
14 de dezembro: Concerto de Natal
A visita continua no Salão dos Pratos, com obras de
Fundação Maria Luisa e Oscar Americano Acervo – visitas monitoradas, Parque, Concertos, Salão de Chá, Eventos. Horário de funcionamento: de terça a domingo
Foto: Divulgação
arte moderna brasileira de artistas imigrantes que aqui
das 10h às 17h30, entrada para acervo até 17h Av. Morumbi, 4.077 (em frente ao Palácio dos Bandeirantes) Informações: 3742-0077 info@fundacaooscaramericano.org.br www.fundacaooscaramericano.org.br Ingresso: R$ 10,00 (acesso a Fundação), R$ 5,00 (estudantes e acima de 60 anos)
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ROTEIRO Foto: Divulgação
ras, móveis e objetos da Fundação Crespi Prado e da Pinacoteca do Estado de São Paulo, atualmente em comodato com o Acervo Artístico-Cultural dos Palácios. Inaugurado oficialmente em 1970, o Palácio dos Bandeirantes está localizado em uma área de 125 mil metros quadrados. O jardim corresponde a 70% do terreno, contendo mais de duas mil árvores, como o pau-brasil e o ipê-amarelo. Há também espécies exóticas, como cerejeiras e cedros-do-líbano. Aproximadamente 40 espécies de aves têm nessa área verde seu habitat, entre elas, pica-paus, amarelo e negro, quero-quero, joão-de-barro, tico-tico, alma-de-gato e sabiá-laranjeira. Palácio dos Bandeirantes se naturalizaram, nos corredores e no átrio esquerdo de
Av. Morumbi, 4.500 – Portão 2
acesso à escada, com peças importantes do movimen-
Horário: de terça-feira a domingo, das 10h às 17h
to de renovação das artes do século XX e com gravuras,
Entrada: gratuita e acessível a pessoas
e no átrio direito, que destaca o programa Patrimônio
com deficiência
em Rede, da Secretaria de Estado da Casa Civil, res-
Informações: 2193-8282 monitoria@sp.gov.br
ponsável pelo inventário do acervo artístico-cultural
Grupos acima de 10 pessoas: agendamento em
pertencente a todas as unidades administrativas do
www.acervo.sp.gov.br
estado. A visita é finalizada com a exposição de pintu-
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Foto: Divulgação Hospital Albert Einstein
Orquestra dos Médicos do Albert Einstein A Orquestra Filarmônica dos Médicos do Hospital Israelita Albert Einstein completou 21 anos em 2010. Os ensaios são abertos aos pacientes internados, pacientes ambulatoriais, familiares, acompanhantes, visitantes, público em trânsito no hospital e funcionários em geral. Os interessados podem assistir e interagir com os integrantes após os ensaios. A Orquestra começou suas atividades após alguns encontros de médicos que, independentemente de compromissos formais, reuniam-se, uma ou duas vezes ao ano e apresentavam-se no Auditório do Hospital, tocando seus instrumentos, individualmente, em duos ou em pequenos grupos. Foi então que o cirurgião Professor Doutor Jaques Pinus, flautista, teve a ideia de pesquisar e conversar com todos aqueles médicos, com o objetivo de formar uma Orquestra. Com a orientação da pianista internacional Maria José Carrasqueira, contatou o Maestro Nasari Campos, que aceitou o desafio.
Ensaios Orquestra Filarmônica dos Médicos do Hospital Israelita Albert Einstein Quando: quartas-feiras às 20h Onde: Hospital Israelita Albert Einstein – Unidade Morumbi – Auditório Kleinberger Entrada Livre Para confirmação dos ensaios: Vera Macedo (11) 2151-0309 ou (11) 2151-2463
rOTeIrO caPela do MoruMBI um dos endereços mais conhecidos do bairro, a Capela do Morumbi foi erguida em 1949 por Gregori Warchavchik sobre paredes de taipa de pilão do século 19. A Capela Documento de 1825 aponta que a propriedade pertencia ao inglês John rudge, que ali cultivava chá. A fazenda passou por vários proprietários – na década de 1940, a Cia. Imobiliária Morumby efetivou o loteamento de suas últimas glebas e dele fazia parte a antiga casa-sede da fazenda e a edificação em ruínas de taipa de pilão.
Foto: Panamby Magazine
situa-se em um terreno da antiga Fazenda do Morumbi.
São várias as interpretações históricas atribuídas a
Desde 1991 o local é destinado a exposições de arte
estas ruínas: ora como sendo uma capela consagrada a
contemporânea. entre os artistas que já criaram pe-
São Sebastião dos escravos, ora como capela acompa-
ças para a Capela estão Guto lacaz, laura Vinci e José
nhada de sepulturas destinada aos proprietários da fa-
Spaniol. A instalação Poente, desenvolvida pelo artista Feli-
zenda. Outros estudiosos acreditam ainda que tenham
pe Cohen, pode ser visitada na Capela até o dia 31 de julho.
sido apenas ruínas de um paiol. Contratado pela Cia. Imobiliária Morumby, o arquiteto Gregori Warchavchik interpretou as ruínas como remanescentes de uma antiga capela e completou a edificação com alvenaria de tijolos. Convidou a pintora lúcia Suanê que, em afresco, representou a cena do batismo de Cristo e os anjos com fisionomias de índios, nas paredes do batistério.
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caPela do MoruMBI Av. Morumbi, 5387 – Tel. 3772-4301 Horário de funcionamento: de 3a a domingo, das 9 às 17h entrada gratuita e livre Informações: www.museudacidade.sp.gov.br
Foto: Sylvia Masini
Parque Burle MarX A obra de arte “O Descanso da Sala”, de José Spaniol, desde setembro de 2011 pode ser visitada no Parque Burle Marx e este ano foi doada oficialmente ao Parque. A obra, construída em aço e ferro, mostra uma sala de estar suspensa de ponta cabeça sobre o lago do Parque Burle Marx. Segundo José, o projeto previa a instalação sobre um espelho d´água. “Tive dificuldades para viabilizá-lo em outros parques da cidade. Mas o Conselho do Parque Burle Marx foi muito favorável à instalação da obra no local. Fiz alguns ajustes na peça em relação à clareira disponível no espaço e ao tamanho do lago, e também em como posicionar o trabalho
Parque Burle MarX
para que houvesse um ângulo de visão fa-
O Descanso da sala, de José Spaniol
vorável ao visitante”, explica o artista plás-
Av. Dona Helena Pereira de Morais, 200
tico. O público pode caminhar em torno da peça e primeiro vê o reflexo da obra na água, aponta Spaniol, já que os objetos estão instalados a oito metros de altura.
Horário: das 7h às 19h Tel. 3746-7631 www.parqueburlemarx.com.br
ANIMAIS
Loira é o que se chama de cão comunitário: vive no Panamby, cheia de carinho e cuidados. Mas nem todos os animais de rua têm a mesma sorte. Saiba como ajudar.
Atitudes responsáveis contra o
ABANDONO De ANIMAIS
Q
uem passa pela rua Forte William, no entroncamento com a rua Maria Antonio ladalardo, se surpreende
com uma casinha de cachorro, cuidadosamente instalada no local. A moradora da casinha é loira, uma meiga vira-lata, já conhecida de muitos moradores da região. Maria Helena Cipolla Gabriolli, moradora da Forte William, lembra que loira vinha à tarde para a rua, em busca de comida. Foi ficando, fazendo amigos, atraindo atenção e cuidados. Helena conta que alguns amigos se cotizaram para comprar a casinha, que foi chumbada no piso da pequena área verde. Cobertores e tapetes garantem conforto para a moradora especial. Helena alimenta loira e cuida para que não fique ração no comedouro. “Algumas pessoas querem ajudar e colocam ração, mas não podemos deixar a comida exposta ao tempo, atraindo formigas e insetos.” Já aconteceu de, em noites frias e chuvosas, loira ganhar abrigo em algum apartamento. Mas loira é uma cachorra de hábitos livres e não se acostuma em uma residência. ela adora caminhar: todos os dias pela manhã vai até o VIP Pet Shop, na rua José ramon urtiza. lá, recebe afagos da proprietária Marcella Azevedo, dos funcionários e da veterinária Camila Masotti. Toma banho frequen-
Loira em sua casinha: dócil e querida.
temente no pet shop, se alimenta e recebe as vacinas. No final do dia, Camila a leva de volta
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para sua “casa” na Forte William. loira é o que se chama
toneladas e meia de ração por mês. “recebemos muitos
de cão comunitário. “um cão precisa de carinho e conta-
cães vítimas de maus tratos e de torturas. É inacreditá-
to humano. e loira é muito dócil, todos a adoram”, comen-
vel a que ponto chega a maldade humana. Aqui todos
ta lígia Freitas de Azevedo, ex-vizinha de Helena, que se
são tratados, recuperados e vacinados e vivem felizes na
mudou do Panamby mas continua indo frequentemente
MaxMello, à disposição para adoção. Temos cães de raça,
ao bairro para visitar a cachorrinha.
como pit bulls, rottweillers, dogue de Bordeaux e poodles,
loira não é a primeira SrD (sem raça definida) que
que foram largados pelos donos. Muita gente compra um
ganhou cuidados das amigas Helena e lígia. “Infeliz-
cachorro e simplesmente o abandona, quando percebe
mente existem pessoas que consideram animais como
que ele dá despesas e fica doente”, constata Sandra.
lixo e os despejam no bairro. Não somos colecionadoras
Muitos também são deixados na porta da instituição,
de animais, mas o mínimo que podemos fazer é alimen-
hoje instalada em Ibiúna e de mudança para um novo
tar e cuidar de qualquer ser vivo que esteja necessita-
espaço em Piedade. Sandra defende ações de cidadãos
do”, afirmam as amigas, que já promoveram a castra-
como Helena e lígia, do Panamby: “Gente como elas faz o
ção de 32 gatos e resgataram e enviaram 14 cães para a
que o estado deveria fazer. Até porque os animais, por lei,
Associação MaxMello de Amparo à Vida Animal. “lolita
pertencem ao estado. Se cada um de nós tomasse atitu-
e Brad Pitt foram os primeiros que aqui chegaram, em
des semelhantes, certamente teríamos menos cães nas
2009, pelas mãos de Helena e lígia. elas fazem um trabalho muito importante de acolhimento de animais abandonados”, diz
“Muita gente compra um cachorro e
Sandra Maria Guilarducci, diretora da Max-
simplesmente o
Mello, que há 10 anos se dedica aos cuida-
abandona, quando
dos de animais. Hoje, a entidade abriga mais de 350 cães, além de gatos, que consomem três
ruas. Há poucas ações de castração, fazendo com que os filhotes fiquem pelas ruas, e ainda há os animais abandonados pelos proprietários.” A diretora da MaxMello também reforça
percebe que ele
a importância dos cães receberem carinho.
dá despesas e fica
este ano um vídeo sobre o trabalho da enti-
doente.”
dade fez sucesso na internet, com mais de
Sandra, da MaxMello: cuidados e carinho para os animais.
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ANIMAIS 450 mil visualizações. O vídeo foi idealizado pelos publicitários Gregory Kickow e Thiago Bocatto e conta a história de Pat, cachorrinha resgatada pela entidade depois de viver anos acorrentada. O convite era claro: “Pat já conheceu o lado mau do ser humano. Mostre pra ela o lado bom: faça um carinho.” Assista ao vídeo no link http:// www.youtube.com/watch?v=QwkmkHoBBjk. Através do vídeo, o cantor luan Santana conheceu a história de Sandra e da MaxMello e gravou um videoclipe na instituição. A repercussão rendeu reportagens nos telejornais do SBT e da record e participação de Sandra e de Pat com luan no programa de Ana Maria Braga. Apesar das participações, as dificuldades para manter a entidade continuam: “Nossas despesas são elevadíssimas, não podemos continuar sem o apoio de empresas, já que não temos ajuda de nenhum órgão público, não obstante nosso trabalho ser de utilidade pública”, aponta Sandra. Para saber mais sobre a Associação MaxMello de Amparo à Vida Animal acesse www.facebook.com/AssociaçãoMaxMello. A entidade precisa de doações e também convida os interessados a apadrinharem cães. Mais informações pelo e-mail associacaomaxmello@gmail.com.
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coMo coMBater o aBandono Abandono de animais é crime e deve ser registrada queixa na delegacia mais próxima. A informação é da médica veterinária do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de São Paulo, Tamara leite Cortez. “O registro de crimes de abandono é baixíssimo, o que acarreta inclusive uma maior dificuldade em definir políticas públicas na cidade para a questão”, diz a veterinária, reforçando que o CCZ é um órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde e não atua frente ao abandono de animais. “recolhemos apenas animais que representam um risco à saúde da população.” Se qualquer cidadão presenciar um abandono e conseguir anotar a placa do carro, deve fazer Boletim de Ocorrência na delegacia. Vídeos de câmeras de sistemas de segurança, de residências ou condomínios, também podem ser utilizados para identificar quem abandonou um animal na rua. “Apenas a presença do animal na via pública não pressupõe abandono. ele
pode ter fugido de casa, estar acostumado a passear por um tempo fora, ter nascido na rua ou realmente ter sido deixado pelo proprietário. Nesse caso, configura um crime.” Maus tratos ou crueldades contra animais também devem ser registrados através de BO na delegacia (lei Municipal 13.131/01 e lei Federal 9.605/98). Para prevenir o abandono de animais, a veterinária acredita que só há um caminho: a posse responsável. “Quando se escolhe ter um animal, é importante saber que ele não é de pelúcia. ele vai comer, beber, fazer cocô e xixi. Precisa de cuidados, ser vacinado, vermifugado, necessita no mínimo de uma consulta veterinária anual. e, quando envelhece, assim como os humanos, os animais também darão mais trabalho. Precisam de rações específicas e mais atenção à saúde. e nem por isso devemos jogá-los fora”, aponta. Cães especialmente precisam passear, ter contato com outros cães e com as pessoas da família. “Quanto melhor a relação do cão Loira recebe cuidados de pet shop e moradores.
com a família menor a chance de ele ser abandonado”, resume a veterinária Tamara.
CrIANçAS Fotos: Divulgação
Teatro de bonecos no SHOPPING Tradicional evento do Jardim Sul chega à 14a edição.
A
té o dia 3 de agosto, o Shopping Jardim Sul realiza a 14a edição do Festival Teatro de Bonecos, consagrada ação que o empreendimento realiza desde 2001, sempre
com apresentações gratuitas para crianças de dois a 12 anos. Neste ano, o projeto aposta na diversidade de linguagem e, por isso, contará com nove diferentes espetáculos, dos grupos Navega Jangada, Núcleo de Trecos e Cacarecos, Caleidoscópio, Cia de Bonecos urbanos e Companhia-Companhia. As peças serão apresentadas as sextas, sábados e domingos. Às sextas-feiras as apresentações serão às 16h e aos sábados e domingos às 16h e 18h, no palco montado na praça de eventos. O evento tem como objetivo reunir um panorama cultural por meio de apresentações de espetáculos com linguagens e técnicas variadas. Segundo Vilmar Verdade, Superintendente do Shopping Jardim Sul, o empreendimento está sempre preocupado em oferecer as melhores opções para toda a família e fomentar a cultura na região. “Além de oferecer um mix completo de lojas e serviços buscamos realizar eventos que proporcionem lazer, entretenimento e cultura para nossos clientes, como o Festival Teatro de Bonecos”, finaliza.
XIv FeStIval de teatro de BonecoS data: De 18 de julho a 03 de agosto, de sexta a domingo. Horário: Sextas às 16h e sábados e domingos às 16h e às 18h. entrada Gratuita Shopping Jardim Sul Av. Giovanni Gronchi, 5.819, Morumbi – SP. www.jardimsul.com.br
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NOVIDADeS
Loja infantil
De CASA NOVA Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 1477 (ao lado da Padaria letícia) Tel. 3507-7319 e 3507-5823 www.facebook.com/ BugudumBabiesAndKids
Em novo endereço, Bugudum oferece moda, acessórios e linha para ballet e danças em geral.
A
Bugudum está de casa nova. Há quatro anos
contrar uniformes para as pequenas bailarinas, com
no Morumbi, a loja é apaixonada pelo uni-
sapatilhas, collant, sainhas, bolsas e meias, inclusive
verso infantil e inaugurou um novo espaço,
com numeração de adulto. A linha de papelaria en-
onde as crianças têm um cantinho exclusivo, sofisti-
canta especialmente as meninas e são ideias para
cado, aconchegante e divertido só para elas.
lembrancinhas de aniversário. No andar superior, a
A Bugudum dispõe de moda a acessórios, desde a maternidade até o tamanho 14, proporcionando
Bugudum tem um outlet com peças lindas e excelentes preços.
aos bebês, crianças e teens o que há de melhor em conforto, beleza, elegância e criatividade. A loja oferece produtos de marcas como Tyrol, luluzinha, Oliver, Sônia, Anuska e Trânsito (com peças diferenciadas e numeração até 16, atendendo a fase da pré-adolescência e teens). O Pijama Divertido é um dos destaques da Bugudum e excelente opção para presentear: o pijama vem com um boneco de pano feito com o mesmo tecido do pijama. Há também opções de pijamas para o papai e a mamãe (com numeração até GG), iguais aos das crianças. Acessórios, como bandanas, lenços, fivelas para cabelo, bolsas, além de moda praia, podem ser encontrados na Bugudum. Outro diferencial da loja é a parceria com diversas escolas de ballet do Morumbi. Na loja é possível en-
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VeíCulOS
Serviços e produtos
DIFereNCIADOS para seu carro
ATS Pneus une experiência em competições a produtos de primeira para oferecer serviços de qualidade.
A
ATS Pneus oferece diversos serviços automotivos, com atendimento e equipamentos diferenciados a preços competitivos. Os sócios,
Amílcar Suehasu e elthon Akinaga, colocaram sua experiência no setor de competições de carros esportivos no projeto da ATS. “Até 2013 atuei junto a Yokohama Pneus no departamento de motor esporte, em categorias como a Porsche Cup do Brasil. Hoje, 90% dos pneus comercializados na loja são Yokohama, que tem produtos de categoria superior, mas também somos multimarcas”, conta elthon. Conhecendo o público de proprietários de marcas esportivas, como Porsche e Subaru, a dupla investiu
bem mais precisa do carro. “Temos o
na ATS para esse nicho de mercado. “Preparamos carros
software mais atualizado do merca-
esportivos para competições, como a Porsche Cup e a
do e nosso balanceamento é com-
lancer Cup, nas provas do rally Mitsubishi. Mas também
putadorizado”, diz elthon. Para manter
atendemos carros convencionais, apostando em servi-
a suspensão em ordem, o alinhamento
ços de qualidade, na área de pneus, suspensão, freios, ro-
da direção e o balanceamento das rodas
das, alinhamento e balanceamento, montagem de pneus
são indicados a cada 7 mil quilômetros. Os procedimentos
blindados, troca de óleo e baterias”, explica.
garantem melhor dirigibilidade, maior economia de pneus e combustível, estabilidade e segurança. “Mas conforme
equIPaMentoS de ÚltIMa Geração
o tipo de pneu utilizado, como os de uso misto ou fora de
um dos diferenciais da loja são os equipamentos.
estrada, recomendamos antecipar o alinhamento e o balanceamento para 5 mil quilômetros.”
Há quatro elevadores pantográficos, preparados para levantar qualquer carro, desde
BlIndaGeM de PneuS
os extremamente pesados, como picapes blindadas, até modelos esportivos,
A ATS também faz blindagem de pneus.
mais baixos. O alinhamento 3D é de
elthon explica que a roda é envolvida
última geração e permite uma leitura
com uma cinta de aço, de poliureta-
Av. Morumbi, 7826 Tel. 5521-3996 / 2366-2962 www.atspneus.com.br
no ou de borracha, que impede que o pneu solte da roda em caso de furo. “Se o pneu escapar da roda, torna-se inviável guiar o veículo. Com a cinta, o carro mantém certa estabilidade mes-
mo com o pneu furado. Carros não blindados também podem contar com a segurança dos pneus blindados”, acrescenta. A ATS dispõe ainda dos pneus run flat da Yokohama, que rodam até 80 quilômetros sem ar. 24
Orientação Profissional
Estratégia clínica: forma consciente de escolher a profissão Por Cleire L. Molinari Bosio
a
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escolha por uma profissão na adolescência
bilidade da escolha, como se essa definisse seu futuro e
representa muito mais do que uma seleção
lugar na sociedade.
por uma atividade de trabalho, implica refletir
O jovem de hoje é fruto de uma geração que nasceu
quem se deseja ser, significa a busca por uma identidade
conhecendo o computador, os jogos eletrônicos, pluga-
pessoal e profissional. É justamente nesta fase que o jo-
do no mundo das informações rápidas e globais. Porém,
vem experimenta importantes transformações hormo-
a grande questão é: com que profundidade compreende
nais, emocionais e intelectuais tornando-o suscetível a
ou utiliza as informações obtidas? Observa-se que nos
conflitos internos e externos. Sentimentos como medo,
momentos de optarem por seus projetos de vida, os jo-
dúvida, angústia, confusão, incerteza, receio e insegu-
vens tendem a deparar-se com uma certa “fragilidade de
rança são claramente evidenciados nesta fase, pelo fato
conhecimento”, ou seja, não se sentem emocionalmente
de os adolescentes atribuírem a si mesmos a responsa-
preparados para tomarem decisões.
isso aconteça, é preciso conhecer e não apenas “zapear” as características das inúmeras opções disponíveis de profissões e atuações no mercado. É neste contexto que o trabalho de orientação profissional deve ser pautado, promovendo o autoconhecimento nos jovens e, sobretudo, a reflexão conjunta na escolha da profissão, traçando um caminho no qual o adolescente possa transitar em busca de um objetivo, estimulando-o a fazer escolhas de maneira mais consciente e madura. É imprescindível criar condições para que os jovens possam ter acesso à maior quantidade possível de informações em relação as suas escolhas. O orientador profissional atuará como um facilitador neste processo, desenvolvendo estratégias para que o próprio jovem identifique suas aptidões, interesses, valores e características de personaFoto: Fotolia
Atualmente, o vínculo que o adolescente estabelece com a profissão é um dilema. Isso ocorre porque o processo de escolha da profissão requer que o jovem possa selecionar, discriminar, diferenciar, descartar e, para que
lidade, favorecendo dessa forma a elaboração de um projeto de vida de maneira responsável e consciente. cleire l. Molinari Bosio é psicóloga e orientadora profissional, Coach certificada pela Sociedade Brasileira de Coaching – SBC cleirebosio@hotmail.com