Panamby Magazine Agosto 2016

Page 1

Ano 3 – Edição 29 – Agosto 2016

Uma embaixatriz da cozinha siciliana no Panamby Vila Andrade: o bairro que mais vai crescer

Mônica Tarragó, moradora do Panamby e diretora do Ballet Paraisópolis

TRANSFORMANDO PELA DANÇA

1



EDITORIAL

CARO MORADOR DO PANAMBY

P

anamby Magazine nasceu com o objetivo de conectar

te vizinhas mas haviam perdido contato.

moradores e levar aos leitores informação de qualidade

E se nossa intenção é integrar o bairro, nossa matéria de

sobre o que acontece no bairro. Dois depoimentos presentes

capa trata justamente de gente que faz a diferença. São his-

em reportagens desta edição provam que estamos conseguin-

tórias inspiradoras: Mônica, idealizadora e diretora do Ballet

do cumprir nosso propósito. Através de uma matéria da revista,

Paraisópolis, leva cultura para crianças que jamais teriam

Ricardo Ferracini, sócio-proprietário do Outback Jardim Sul, co-

acesso à dança; Kiki Maramaldo acolhe e orienta a popula-

nheceu a Casa Maria Helena Paulina de Apoio a Crianças com

ção do Real Parque; e Irene Reis Santos compartilha em um

Câncer, instituição para a qual será revertida a renda de um Ha-

congresso experiências bem sucedidas contra a pobreza in-

ppy Hour Beneficiente realizado no restaurante. Renata Spallic-

fantil. Quem sabe você também não ajuda a fazer diferente?

ci reencontrou Mônica Tarragó, sua antiga professora de ballet

Boa leitura!

e personagem de capa desta edição, por indicação de nossa equipe. Detalhe: as duas moram no Panamby, são praticamen-

Luiza oliva / editora www.panambymagazine.com.br

panambymagazine

SUMÁRIO 04 caPa

ANO 3 | Nº 29 | Agosto 2016

Transformando pela dança

07 educaÇÃo

Congresso mostra soluções para a pobreza infantil

Foto da capa: Fátima Orsi

22 ShoPPing JaRdiM SuL

Happy Hour Beneficente / Teatro Jardim Sul

08 VoLunTaRiado

Acolhimento e educação

10 baiRRo

Crescer como?

14 gaSTRonoMia

Uma embaixatriz da cozinha siciliana no Panamby

18 decoRaÇÃo

Fátima Orsi

Endereço irresistível

Fátima Orsi

noVidadeS 20 MORUMBI TOWN: záffari /Tok&Stok 24 Espaço para tudo

18

Novo modelo para ensino de inglês Confiança e autonomia nos estudos

diReToReS: Luiza Oliva (luiza@leituraprima.com.br) e Marcelo Santos (marcelo@leituraprima.com.br) cRiaÇÃo e aRTe: Adalton Martins e Vanessa Thomaz iMPReSSÃo: Laser Press PeRiodicidade: Mensal PubLicidade: Cilmara Ferreira JoRnaLiSTa ReSPonSáVeL: Luiza Oliva MTB 16.935 ciRcuLaÇÃo: Condomínios de alto padrão e comércio do Panamby PanaMbY MagaZine é uma publicação mensal da Editora Leitura Prima. PANAMBY MAGAzINE não se responsabiliza pelos serviços, informes publicitários e produtos de empresas que anunciam neste veículo. PANAMBY MAGAzINE não se responsabiliza pelos conceitos e opiniões emitidos em reportagens e artigos assinados. RedaÇÃo, PubLicidade e adMiniSTRaÇÃo: Al. dos Jurupis, 1005, conj. 94 – Moema – São Paulo – SP Tel. (11) 2157-4825, 2157-4826 e 98486-3000 – contato@leituraprima.com.br – www.leituraprima.com.br

3


CAPA

TRANSFORMANDO

PELA DANÇA

Tomas Kolisch Jr

Ballet Paraisópolis atende 200 crianças da comunidade. A bailarina Mônica Tarragó, idealizadora e diretora do Ballet, acredita na qualificação das pessoas para transformar uma comunidade. Tomas Kolisch Jr

c

omo ajudar a transformar uma comunidade carente vizinha a minha casa? Com essa pergunta na cabeça, Mônica Tarragó, moradora do Pa-

4

namby, procurou Gilson Rodrigues, presidente da União

e ensaios, representando o projeto como convidados em

dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis, e levou a

apresentações dentro e fora da comunidade.

ele a ideia de montar um grupo de ballet em Paraisópo-

Para Gilson, projetos de cultura e esporte são impor-

lis. “Só transformamos uma comunidade qualificando as

tantes porque capacitam crianças e jovens. “Possibili-

pessoas. Aqui há crianças maravilhosas, talentosíssimas.

tam que os alunos possam muito mais que sonhar, mas

É preciso desenvolver o potencial delas oferecendo opor-

transformar seus sonhos em realidade, e até mesmo os

tunidades”, acredita Mônica.

de seus pais, que muitas vezes não tiveram oportunida-

Gilson aceitou o desafio e nasceu assim o Ballet Pa-

des. Levar cultura para a comunidade é poder apresentar

raisópolis, em maio de 2012. Hoje, participam do projeto

um mundo novo que só era permitido para pessoas que

200 crianças a partir dos oito anos. A partir de 2013 fo-

tinham condições de pagar. O Ballet Paraisópolis é uma

ram formados dois grupos especiais, Infantil (de 8 a 10

oportunidade única na vida dessas crianças e a cada dia

anos) e Juvenil (11 a 14 anos), compostos pelas crianças

tenho mais orgulho desse projeto.”

que mais se destacaram e evoluíram na dança. Os inte-

Mônica explica que a primeira turma de bailarinas do

grantes destes grupos possuem maior número de aulas

Ballet Paraisópolis se forma em 2020, quando poderão


aluna de Mônica na infância. Reencontrou a mestra e conheceu o projeto através da Panamby Magazine. Renata estudou ballet dos cinco aos 20 anos e hoje se tornou fã do Ballet Paraisópolis: “O projeto é espetacular, cuidadoso com todos os detalhes e faz a diferença na vida de meninas e meninos. Como bailarina, sei que não é fácil pegar diamantes brutos e lapidá-los como Mônica faz. E muito mais do que bailarinas e bailarinos maravilhosos, ela está Fátima Orsi

formando pessoas melhores para uma sociedade melhor, prontas para desafios e para a vida, com valores e crenças claros e sólidos.” Mônica comemora o reencontro com a antiga aluna: “Todo apoio e novos patrocinadores integrar companhias ou até mesmo atuar como coreó-

são bem vindos. Não temos no projeto gastos previstos

grafos ou professores. “Meu sonho é formar uma compa-

com maquiagem ou alimentação, por exemplo.”

nhia e absorver esses artistas. Mas até lá nossa grande preocupação, e uma luta árdua, é conseguir patrocínio

educaÇÃo PaRa a Vida

para manter o Ballet funcionando.”

A cada ano os alunos mostram suas conquistas em uma

O projeto é aprovado por leis de incentivo à cultura,

apresentação para as famílias e amigos. Este ano, as

como a Lei Rouanet e o Proac da Secretaria da Cultura

crianças se apresentaram no Auditório Ibirapuera com o

do Governo do Estado de São Paulo. Pela Lei Rouanet, o

tema Dançando com a Alma. Terminado um espetáculo,

Banco Itaú patrocina as aulas, incluindo uniformes e fi-

Mônica já começa a criar o próximo. Afinal, o show não

gurinos dos alunos, o salário de professores e da equipe

pode parar. Mônica sabe que o Ballet Paraisópolis já trans-

e algumas apresentações em São Paulo. Cada criança

formou a vida de várias famílias da comunidade. “O Ballet

recebe um uniforme de inverno e dois de verão, incluindo

é mais do que um projeto de dança, é também um projeto

meias e sapatilhas. “Quero muito levar o grupo para o fes-

de educação e saúde. As crianças mudam hábitos, sabem

tival de dança de Joinville, mas ainda não temos patrocí-

que para chegar a um nível alto precisam ter vida de atle-

nio para essa viagem”, diz.

ta profissional, dormir e acordar cedo, se alimentar corretamente. Oferecemos o melhor para eles: os melhores

nador, a Apsen Farmacêutica, da qual Renata Spallicci,

professores, os melhores uniformes, os melhores figurinos

também moradora do Panamby, é diretora. Renata foi

para as apresentações. Madalena Machado, a mesma fi-

Fátima Orsi

Recentemente, o Ballet recebeu um novo patroci-

Mônica e a professora Gabriela (à esquerda): sonhos realizados.

5


CAPA gurinista do Ballet da Cidade, criou os figurinos do último espetáculo. Não tem como não dar certo!”, comenta. No ballet, as crianças também são educadas para a vida: entendem desde cedo que é necessário comprometimento e que não basta apenas gostar de dançar. “Quem não chega com o penteado em ordem não faz aula. Dia a dia ensinamos a elas que esse é o compromisso necessário. Percebemos também que as crianças que participam do projeto têm famílias muito comprometidas, que buscam um futuro melhor para seus filhos.” Gilson, da União de Moradores, conta que é comum pais o pararem na rua para agradecer o Ballet Paraisópolis. “Percebo que o projeto tem realmente transformado a vida de muitas crianças. E não falo somente da oportunidade de poder dançar, de introduzir a cultura da dança na vida delas, mas também da transformação no dia a dia. É um Mas, ainda há preconceito em relação à dança, percebe

Animação na entrada e saída das aulas.

Divulgação

a diretora. “Os meninos sofrem muito preconceito, é cultural. E até alguns pais de meninas não aprovam. Para eles,

E é o que continua fazendo no Ballet Paraisópolis. “Algumas

ser bailarina não é uma carreira de futuro.” Para Mônica,

crianças se destacam mais, porque já nascem com um

mais do que carreira, o ballet faz parte da sua vida desde os

talento para a dança. Interferem também aspectos como

quatro anos de idade. “Comecei por ordem médica, porque

coordenação motora e o físico. E nas aulas apuramos a téc-

tinha pé chato.” Aos 18 anos, Mônica foi para a Itália, onde

nica. Ensinamos a eles que um bailarino não para nunca de

dançou no Teatro de Torino. Estudou também na Rússia e

se aperfeiçoar”, diz Mônica.

na França. Dois anos depois, de volta ao Brasil, começou a

A alegria motivada pela dança é evidente entre as

dar aulas. Casada e com filhos, diminuiu a carga de viagens

crianças do projeto. O impacto positivo aparece já na

e apresentações e passou a se dedicar totalmente às aulas.

entrada do prédio do Ballet: contra a vizinhança árida, desprovida de serviços fundamentais para o bem estar

Kobra (de chapéu), finalizando o painel no muro do Ballet Paraisópolis.

de seus moradores, as cores da arte de Eduardo Kobra no muro do projeto retratam a jovem Maria Daniela, uma das promissoras alunas do Ballet Paraisópolis. Kobra, que levou sete dias para concluir o painel, doou a pintura para o Ballet Paraisópolis. Muralista com diversas obras pelo mundo, Kobra se identificou com as crianças do Ballet – afinal, ele também foi uma criança de periferia sem perspectivas positivas de vida, e que mudou seu destino pela arte. Sem dúvida, Daniela e seus amigos do Ballet Paraisópolis também terão a chance de um futuro melhor.

baLLeT PaRaiSÓPoLiS Rua Major José Marioto Ferreira, 12 – Paraisópolis Tel: 3744-6126 contato@balletparaisopolis.com.br www.balletparaisopolis.com.br Ballet Paraisópolis 6

Fátima Orsi

sonho da família realizado através das crianças”, conta.


EDUCAÇÃO

CONGRESSO MOSTRA SOLUÇÕES PARA A

POBREzA INFANTIL

Moradora do Morumbi dirige congresso itinerante.

Q

uando morou na Espanha, a professora Irene Reis

sas redondas com a partici-

Santos trabalhou com crianças refugiadas atra-

pação de especialistas, entre

vés do Consejo Independiente de Protección de

eles a filósofa Viviane Mosé,

la Infancia (CIPI). De volta ao Brasil, e moradora do Mo-

o educador português José

rumbi, Irene tornou-se conselheira do CIPI-Brasil e é di-

Pacheco, idealizador da Es-

retora do Congresso Internacional e Interuniversitário

cola da Ponte, o médico Roberto Lent, um dos maiores

contra a Pobreza Infantil no mundo.

especialistas brasileiros em neurociência, e a cineasta

O Congressso nasceu na Espanha e, desde novembro

Mara Mourão, diretora do documentário Quem se Impor-

de 2015 está percorrendo o mundo, conhecendo inicia-

ta? sobre empreendedores sociais. É possível participar

tivas pessoais, de ONGs, escolas particulares e públicas

do Congresso presencialmente, na própria Unifesp, ou

que atuam contra a pobreza infantil no mundo. “É um

inscrevendo-se digitalmente.

congresso itinerante, uma iniciativa única no mundo, que acontecerá em São Paulo na Unifesp, dias 13 e 14 de outubro”, conta Irene. No evento terão voz educadores de projetos não formais de educação, que irão relatar suas experiências bem sucedidas. Acontecerão também palestras e me-

Saiba MaiS Sobre o Consejo Independiente de Protección de la Infancia: www.cipinfancia.org/gira/congreso/congreso-online-cipi Para inscrições no Congresso: www.cipinfancia-brasil.org

7


Fotos: Juliana Arruda

VOLUNTARIADO

ACOLHIMENTO E EDUCAÇÃO

Centro Comunitário no Real Parque atende crianças no contraturno escolar.

1

84 crianças de 4 a 15 anos, moradoras das comunidades do Real Parque e Jardim Panorama, são atendidas

no Centro Comunitário Ludovico Pavoni, localizado no Real Parque. As crianças ficam na instituição no contraturno escolar e são divididas em seis salas, conforme a faixa etária. O Centro conta com o trabalho de funcionários, entre eles

luntária e há cerca de cinco anos dirige a entidade.

pessoal da limpeza, cozinha e monitores que atuam com as

O Centro Comunitário aceita ajuda de diversas formas:

crianças, e também com professores voluntários, que dão

contribuições em dinheiro, doações de roupas, brinque-

aulas de inglês, reforço de português e matemática, infor-

dos, móveis, eletrodomésticos e também de alimentos

mática e até gastronomia, música e yoga.

para as refeições das crianças atendidas. O Centro retira

O foco é acolher a criança, conhecer sua história para

as doações. É possível também atuar como voluntário da

poder ajudá-la. Kiki Maramaldo, diretora da entidade e

instituição, seja com aulas ou preparando os bazares. Ob-

moradora do Panamby, comenta que o trabalho envolve

jetos doados são vendidos nos bazares por preços baixos

também as famílias. “Fazemos reuniões com os pais e pro-

e toda a renda obtida é revertida para a manutenção e

curamos também passar a eles valores necessários para

funcionamento do Centro. As doações são a única forma

a educação das crianças. As famílias precisam muito de

do Centro Comunitário se manter, já que não há qualquer

orientação”, diz Kiki, que começou na instituição como vo-

suporte governamental. A instituição também necessita de transporte para levar as crianças a atividades externas e busca empresas interessadas em parcerias para o projeto Jovem Aprendiz, que possam receber adolescentes a

Divulgação

partir dos 14 anos para o primeiro trabalho.

8

Equipe de funcionários do Ludovico Pavoni.

cenTRo coMuniTáRio LudoVico PaVoni Rua Barão de Castro Lima, 478 – Real Parque Tel: 3758-9060 www.cclp.com.br


9


BAIRRO

Av. Hebe Camargo com Vila Andrade do lado direito.

Crescer

COMO?

U

Parte da Subprefeitura do Campo Limpo, a Vila Andrade, com uma área de 10,30 km2 reúne os bairros do Panamby, Vila Andrade, Jardim Ampliação, Fontes do Morumbi, Paraíso do Morumbi, Paraisópolis, entre outros.

Em 25 anos, número de habitantes da Vila Andrade irá triplicar. A questão é: como crescer ordenadamente? ma importante notícia causou pouca reper-

car, enquanto que, em toda a cidade, o crescimento de-

cussão na mídia: a Vila Andrade será o distrito

mográfico será de 10% até 2040, subindo de 11,5 milhões

da capital que mais moradores irá ganhar nos

para 12,7 milhões de habitantes.

próximos 25 anos. Em 2008 o bairro reunia 114.030 mo-

Os números constam do Infocidade, endereço para

radores, número que passou para 163.624 em 2015 e deve

consulta de dados sobre a cidade de São Paulo. É pos-

chegar a mais de 550 mil em 2040.

sível acessá-lo pelo link infocidade.prefeitura.sp.gov.br.

As projeções feitas pela Prefeitura de São Paulo

Nele, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urba-

apontam para os seguintes números de habitantes na

no (SMDU) coloca à disposição do público uma extensa

Vila Andrade nos próximos anos:

compilação de indicadores e informações que compõem o rico acervo de seu banco de dados. Além de dados de-

2040

550.514

2030

342.936

2025

268.941

2020

210.129

2019

199.927

2018

190.195

2017

180.913

2016

172.062

mográficos, há informações sobre meio ambiente, habitação, saúde, educação, entre outras. Segundo a assessoria de imprensa da SMDU, o crescimento populacional da cidade se explica cada vez mais pelo chamado crescimento vegetativo (número de pessoas que nascem – número de pessoas que morrem), já que desde os anos 1990 não há mais fluxos grandes de pessoas que migram para São Paulo. Dessa forma, as regiões da cidade que mais crescem são aquelas caracterizadas por uma população jovem, com crescente expectativa de vida, e por taxas de fecundidade mais altas. Nessas áreas, o número de nascimentos supera o de óbitos, levando a população a crescer. Para uma região que hoje já enfrenta problemas, é preciso buscar soluções para que esse imenso crescimento populacional não transforme o bairro no caos. A

Ou seja, comparando dados de 2016 com os de 2040, constata-se que a população da Vila Andrade irá tripli10

saída deve ser crescer de forma sustentável, atentando para alguns pontos fundamentais:


¡

Meio ambiente: o bairro reúne o Parque Burle Marx e inúmeras áreas verdes, alvo de construtoras. O Parque Linear Itapaiúna ainda não saiu do papel. O momento

Retirada de invasão nas proximidades das Ruas Clodomiro de Oliveira e Nelson Gama de Oliveira.

é de manter a mobilização, e apoiar movimentos em defesa do verde, como o SOS Panamby. ¡

Segurança: arrastões, assaltos em faróis, a condomínios e residências. Além das ocorrências usuais a outros bairros da cidade, as extensas áreas verdes e livres da Vila Andrade são alvo também de invasões. Recentemente, área pública foi invadida na Vila Andrade e mobilizou moradores do entorno. A retirada dos invasores foi feita no início de agosto. A região é vizinha à ocupação conhecida como Capadócia e fica

¡

ao lado de dutos de gás da Transpetro, colocando não

instalação de novos faróis e as obras no acesso ao

só os invasores mas toda a população do bairro em

Panamby pararam o bairro. Os cruzamentos da Rua

risco, já que constantemente os invasores colocam

Iubatinga com Giovanni e da Sussumu Hirata com a

fogo em lixo. O entorno da Rua Itapaiúna e da Avenida

Itapaiúna são apenas dois exemplos de intervenções

Hebe Camargo também tem áreas invadidas. Inva-

de tráfego que não deram certo. A Prefeitura prome-

sões envolvem também danos ambientais, com con-

teu ouvir os moradores. Houve reuniões entre repre-

taminação do solo e de nascentes, além do imenso

sentantes do bairro e a CET, porém sem respostas às

problema social.

principais queixas de quem enfrenta congestiona-

Trânsito: a faixa de ônibus da Giovanni Gronchi, a

mentos todos os dias.

11


12


13


GASTRONOMIA

Uma embaixatriz da

cozinha siciliana

Fotos: Fátima Orsi

no Panamby

Fernanda Longobardo, chef da Villabate, está entre os 22 chefs do mundo premiados pelo governo siciliano.

o

ravióli de limão siciliano com ricota e nozes e os deliciosos cannoli (canudo de massa frita com recheio de creme de ricota), são algumas

das especialidades da cozinha siciliana. Fernanda Morici Longobardo, chef e proprietária da rotisseria Villabate, prepara como poucos essas delícias e outras iguarias tí-

14

picas da região italiana da Sicília. Prova disso é o prêmio

gurada há quase três anos no Panamby, uma verdadeira

que Fernanda recebeu no ano passado: embaixatriz da

casa siciliana. O nome da rotisseria remete à cidade onde

gastronomia siciliana no mundo. “O Sprint Sicília, órgão

seu pai nasceu. Vale a pena a visita para se encantar com

oficial que visa a internacionalização da Sicília, premiou 22

a decoração com elementos típicos da ilha italiana e,

estabelecimentos que promovem a Sicília em diversos pa-

principalmente, se deliciar com pratos como a berinjela

íses. Do Brasil, foram premiados três chefs, entre eles eu e

a parmegiana e a caponata (antepasto a base de berin-

minha mãe, que é dona da cantina Taormina nos Jardins”,

jela). Os frutos do mar são um dos principais ingredien-

conta Fernanda, que foi com a mãe receber o prêmio em

tes dos pratos sicilianos e também estão presentes no

um evento na famosa exposição Expo Milano, em outubro.

cardápio da Villabate, assim como o verdadeiro molho de

Orgulhosa do prêmio, Fernanda faz da Villabate, inau-

tomate para as diversas massas feitas com ingredientes


entrecote, contra filé, pernil suíno, pernil de vitela, além do insuperável frango assado com batatas. À noite, a boa pedida são as sopas e aos sábados, a saborosa feijoada. Em meio ao corrido dia a dia de chef de cozinha, Fernanda se prepara para outro momento especial de sua carreira. Foi convidada para ser a responsável pelo catering da Casa da Itália nas Paralimpíadas, no Rio, em setembro. Ela será acompanhada do chef Rubio, ou Gabriele Rubini, renomado chef italiano que visitará a Villabate no Panamby antes da viagem para o Rio, onde os dois irão preparar refeições diárias para 150 pessoas, entre atletas paralímpicos, autoridades, jornalistas e convidados. “Será uma experiência profissional e de vida inesquecível”, acredita Fernanda. naturais. “Faço o molho que aprendi com minha mãe, filha de italianos da região do Vêneto, mas que aprendeu a

ViLLabaTe R. Dr. José Gustavo Bush, 493 Tel: 3758-2190 www.villabate.com.br

verdadeira iguaria siciliana com minha avó paterna”, lembra Fernanda. Além da culinária italiana, a Villabate oferece nos finais de semana carnes assadas, como cupim,

uM noVo LiMonceLLo Entre as delícias da Sicília está o limoncello, bebida

A bebida pode ser encontrada na Villabate e em en-

usualmente saboreada pelos italianos como digestivo,

dereços da cidade como Casa Santa Luzia, Eataly, Empó-

após as refeições. Giuliano Longobardo, filho de Fer-

rio Santa Maria e Expand.

nanda, chef do Villabate, cresceu às voltas com receitas e panelas. Não foi surpresa para a mãe quando o jovem colocou em prática a fórmula do limoncello da família siciliana. “Era algo ainda bem caseiro, que eu fazia para presentear os clientes da Villabate, com base na receita que meus bisavós já desenvolviam na Itália”, lembra Giuliano, que transformou a diversão em negócio. Com o amigo de infância e sócio Dudu Pereira, sócioproprietário do restaurante zena Caffè e filho do restaurateur Juscelino Pereira, do renomado restaurante Piselli, Giuliano levou a produção do limoncello de família para escala industrial, porém com o mesmo carinho artesanal, lançando o Il Cello. “O produto é diferenciado, desde a receita, que usa limões rigorosamente selecionados, até a apresentação em garrafas importadas do Chile, com formato único e pintadas uma a uma”, conta.

iL ceLLo contato@ilcello.com.br www.ilcello.com.br

A bebida traz um novo conceito de consumo para o licor. Com 28% de teor alcoólico, é sugerido para ser servido não apenas como digestivo, mas também como ingrediente para diversos drinks, como o inédito Cello Spritz (feito com limoncello, espumante, água com gás, gelo e cello, espumante e sorvete de limão siciliano) e Caipicello (limoncello, limão cravo, limão siciliano, limão tahiti).

Divulgação

uma fatia de limão siciliano), Sgroppino (a base de limon-

15


16


17


DECORAÇÃO

IRRESISTÍVEL Novo ponto da Sussumu Hirata mescla cerâmica, móveis e decoração a um delicioso café com delícias.

Anna Wilma ao lado dos filhos, da nora Alessandra (em pé) e da neta Gabriella.

A

arte está enraizada na família Potye. A matriarca, Anna Wilma, começou há 40 anos trabalhando

zando materiais como madeira de demolição e ferro. “Te-

com um ateliê de corte e costura. Apaixonada

mos peças prontas na loja. Mas o cliente pode trazer sua

por decoração, migrou para as artes plásticas e a pintura.

ideia que executamos”, conta Edílson.

Sua filha, Elizethe, engenheira química, se tornou ceramis-

Entre as muitas opções de presentes, há artesanato de

ta. O filho Edílson, designer, enveredou pela marcenaria e

Minas Gerais, sul da Bahia e São Paulo, aromas e também

cria projetos de móveis.

peças importadas. Tudo tem o dedo de Anna Wilma, conta

A família já teve lojas no Morumbi, Embu e Ilha Bela e

o filho, “seja nas compras ou na decoração do espaço”. Além

hoje conduz a Anna Wilma Decorações em um charmo-

de encher os olhos, o endereço da Sussumu Hirata também

so endereço na Rua Dep. João Sussumu Hirata. As peças

faz bem ao paladar: anexo à loja funciona o Divino Café, capi-

de cerâmica são um dos destaques da loja, mesclando

taneado por Alessandra Raya Potye, esposa de Edílson.

itens artesanais, criados por Elizethe, à linha industrial,

Entre as delícias do Divino Café estão quiches e o já fa-

com jogos de jantar, bowls, castiçais e travessas. Os mó-

moso bobó de camarão com purê de mandioquinha, além

veis também chamam a atenção. Edílson cria peças sob

de docees irresistíveis, caso do bolo de abóbora com co-

encomenda, sempre com foco na sustentabilidade, utili-

cada cremosa. No terraço, os clientes podem degustar as iguarias de Alessandra acompanhados de seus pets. “Aqui os clientes ficam à vontade”, finalizam, ao lado das filhas Isabella e Gabriella, que acompanham a tradição da família e trabalham na loja.

anna wiLMa decoRaÇÃo e diVino cafÉ coM deLÍciaS Rua Dep. João Sussumu Hirata, 802 Tel: 2776-6073 / Anna Wilma Decoração 18

Fotos: Fátima Orsi

Endereço


19


Novidades Desde 27 de julho, o shopping Morumbi Town recebe seus primeiros clientes. Duas lojas-âncora foram inauguradas: Tok & Stok e Záffari. Conheça aqui as novidades. Rede gaúcha chega ao Morumbi com exclusividade para o Záffari. Gaúchos e amantes da culinária do sul encontram ainda marcas e produtos regionais, caso dos deliciosos cuca e crostoli. Claudio Zaffari destaca o grande público consumidor Fotos Záffari: Rafael Renzo

do Morumbi: “São 300 mil pessoas em um raio de 10 minutos do shopping, o que não é fácil de encontrar.” A nova loja está gerando 360 empregos diretos. É a segunda unidade do Záffari em São Paulo – a primeira chegou em 2008, no Bourbon Shopping, na Pompéia. O hipermercado do Morumbi segue a nova identidade visual da rede: o projeto arquitetônico mescla elementos Variedade, qualidade, atendimento. Com essas

contemporâneos com referências aos antigos empórios.

características, o Záffari Morumbi Town planeja oferecer aos consumidores do Morumbi compras mais eficientes. Segundo Claudio Luiz Zaffari, diretor do Grupo Zaffari, a nova loja chega com 20 mil itens disponíveis aos clientes, podendo chegar a 26 mil itens com produtos sazonais, em uma área de vendas de 4.420m2. Entre os destaques do hipermercado, estão os quase mil rótulos de vinhos, os 300 rótulos de cervejas, as carnes, com mix diversificado de cortes premium, cafés especiais, artigos regionais, orgânicos e a boa qualidade dos hortifrutigranjeiros. Também são boas pedidas os produtos com a marca própria da rede, Capellini – são massas, azeites e molhos de tomate produzidos na Itália

Záffari Morumbi Town Av. Giovanni Gronchi, 5930 Tel: 3143-9500

TUDO PARA A CASA A Tok&Stok do Morumbi Town, com projeto assinado pelo arquiteto Felippe Crescenti, dispõe de mais de 3 mil m² divididos em dois pisos. São mais de 80 espaços entre displays e ambientes decorados. Destaque para o serviço de Lista de Casamento, através da qual a rede presenteia os noivos com um crédito de 10% do valor total dos presentes para comprar aquilo que Divulgação

escolherem, para a gama de brinquedos educativos, de quintal e de arte para entreter as crianças à moda Tok & Stok www.tokstok.com.br

20

antiga e para os serviços de projetos de decoração e sugestões para armários planejados.


21


SHOPPING JARDIM SUL

ouTback e feLLowS cLub PRoMoVeM haPPY houR beneficienTe

PaRTiciPe! Em parceria com o Fellows, grupo de marketing de relacionamento formado pelas moradoras do Morumbi Denise León, Denize Costa Pinto e Valéria Inati, o Outback Jardim Sul está promovendo um Happy Hour Beneficente, no próximo dia 23 de agosto. Toda a renda com a venda dos convites será revertida para a Casa Maria Helena Paulina, que oferece apoio para crianças e adolescentes carentes com câncer, provenientes de diversas partes do Brasil, que vêm a São Paulo para se tratar. A casa oferece toda a infraestrutura necessária, não só de transporte aos hospitais da cidade, mas também acomodação, alimentação e orientação para que pacientes (e seus acompanhantes), possam ter uma estadia digna e carinhosa neste momento difícil e doloroso. Ricardo Ferracini, sócio-proprietário do Outback Jardim Sul, conheceu a Casa Maria Helena Paulina de Apoio a Crianças com Câncer ao ler a edição 27, de junho/2016, de Panamby Magazine. Naquela edição, publicamos reportagem sobre o projeto A Moça dos Livros, que doou exemplares para a Casa Maria Helena. “Em todos os países, o Outback tem a cultura de fazer um marketing de vizinhança, ou seja, de trabalhar com o seu entorno. Chegamos ao Morumbi com esse mesmo objetivo e escolhemos a Casa Maria Helena para ser beneficiada com a renda dos convites do Happy Hour”, resume Ricardo.

haPPY houR beneficenTe no ouTback JaRdiM SuL (ShoPPing JaRdiM SuL – 2o PiSo) Dia 23 de agosto (3a feira), das 15:30h às 17:30h. Convites: R$ 80,00 (dão direito a uma deliciosa degustação dos principais aperitivos da casa e a bebidas não alcoólicas à vontade. Para quem desejar, as bebidas alcoólicas terão um desconto especial de 50%). infoRMaÇÕeS e ReSeRVaS: Grupo Fellows Club: fellowsclub@hotmail.com Outback Jardim Sul: Kelly ou Fagner 3743-1059 Casa Maria Paulina: Marina ou Renata 3744-7492 e 3772-5661 Para conhecer um pouco mais sobre a ONG Casa Maria Helena Paulina acesse o site: www.casamariahelenapaulina.org.br

TeaTRo JaRdiM SuL, enTReTeniMenTo PaRa Toda a faMÍLia O Teatro Jardim Sul tem atrações para os adultos e as crianças ainda em agosto. Aproveite! Dias 26, 27 e 28 (sexta e sábado 21h, domingo 19h): Risoterapia. Síndrome do pânico, bipolaridade, depressão, negação, compulsão e outros transtornos são questionados por cinco personagens que narram Fotos: Divulgação

suas experiências de vida e contam como evoluíram com o método da sessão de Riso Terapia, como forma de tratamento! Dias 13, 20 e 27, sábados, às 16h: TeaTRo JaRdiM SuL Piso 2 do Shopping Jardim Sul Tel: 2122-4087 www.teatrojardimsul.com.br Bilheteria: terça a sábado, das 14h às 21h; domingo das 14h às 19h. Venda on-line: www.compreingressos.com.br 22

A Bela e a Fera, um clássico que encanta gerações com a história de uma amizade tão comovente, apaixonante e transformadora, que é capaz de quebrar um feitiço e trazer de volta um príncipe generoso e amável. Dias 21 e 28, domingos, às 16h: Os Três Porquinhos.


23


Novidades eSPaÇo PaRa Tudo Especializada em soluções para armazenamento em grandes centros urbanos, a GoodStorage chega ao Morumbi. Estão sendo disponibilizados boxes de 1 m² a 80m². O espaço oferece segurança 24 horas em toda a sua extensão, além de seguro para os objetos armazenados. Os boxes de tamanhos flexíveis podem ser alugados Fotos: Divulgação

conforme a necessidade de cada cliente, pelo tempo que for necessário.

good SToRage Av. Giovanni Gronchi, 5.400 www.goodstorage.com.br

noVo ModeLo PaRa enSino de ingLÊS A Red Balloon, especializada no ensino de inglês para crianças e adolescentes, inaugurou uma unidade inovadora no Shopping Cidade Jardim. Red Balloon Concept School é um projeto inspirado em escolas internacionais de ponta e nos melhores learning centers do mundo e funcionará como uma unidade-conceito para toda a rede do grupo. “A metodologia será a mesma, mas a grade horária conta com cursos adicionais, como empreendedorismo e raciocínio lógico, que visam desenvolver outras habilidades usando o inglês como meio de comunicação”, explica Ruymara Almeida, diretora pedagógica da rede. Os alunos poderão,

Red baLLoon concePT SchooL Shopping Cidade Jardim – 4o piso Tel: 2503-6202 www.redballoon.com.br

por exemplo, praticar inglês por meio de técnicas teatrais ou em aulas de culinária. Há ainda aulas de coral, violão e projeto de musicalização, entre outros cursos.

confianÇa e auTonoMia noS eSTudoS A Focus Apoio Escolar, das sócias Vanessa e Neuza Maria Artea, é um novo espaço no Panamby para orientar alunos que precisam de um suporte escolar. Neuza é educadora e responsável pela orientação pedagógica da Focus: “Entrevisto a criança, verifico suas provas e cadernos e proponho um plano de estudos para o que o aluno precisa.” Fátima Orsi

Além de atividades de reforço, para ajudar o aluno com Neuza e Vanessa, sócias da Focus.

dificuldades em determinada disciplina, a Focus oferece aulas particulares com preparação para provas e a tarefa supervisionada, visando solucionar um grande problema para

focuS aPoio eScoLaR Rua José Ramon Urtiza, 890 – salas 3 e 4 Tel: 3739-5256 e 99533-7472 focusescolar@gmail.com Focus Apoio Escolar 24

as famílias: a execução da lição de casa. A tarefa supervisionada tem duração de uma hora e meia, ensinando o aluno a preparar o ambiente de tarefas e a estudar de forma autônoma.


25


26




Shine_ago16.indd 1

11/08/16 10:47





Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.