Ano 1 – Edição 06 – Setembro 2014
Beija-flor tesoura-de-fronte-violeta (Thalurania glaucopis)
PONTES LAGUNA E ITAPAIÚNA Novas alternativas para o trânsito
ELES MERECEM VIVER
1
2
EDitOriAL
O
Foto: Vinícius Neves
Caro morador do
PANAMBY
beija-flor tesoura-de-fronte-violeta (Thalurania glaucopis), que ilustra nossa capa deste mês, pode ser visto no Parque Burle Marx e Saíra-sete-cores (Tangara seledon).
matas dos arredores. Já a colorida saíra-sete-cores (Tangara seledon), que você vê na foto ao lado, não é mais encontrada pelos lados do Panamby há muitos anos. Segundo o biólogo especialista em aves Pedro Develey, ela
fogar o trânsito para ir e vir do Morumbi. Você acredita?
pode voltar a habitar o Burle Marx e seu entorno, “pois
Confira a reportagem que começa na página 18 e enten-
ainda é uma ave comum nas matas ao redor da cidade”.
da melhor o projeto viário para o bairro. Nesta edição,
Em nossa reportagem de capa, tratamos justamente dos
leia também sobre a visita dos vereadores da Comissão
ilustres habitantes do parque – e do que podemos fazer
de Meio Ambiente da Câmara ao entorno do Burle Marx,
para que outras aves, borboletas e animais, assim como
além de outras notícias e destaques do Panamby.
a saíra-sete-cores, não desapareçam do bairro. Conheça as aves em extinção que transitam pelo Burle Marx e um
Boa leitura!
pouco do birdwatching, hobby que encontra no parque o Luiza Oliva
cenário ideal para sua prática. As novas pontes Laguna e itapaiúna prometem desa-
ANO 1 | Nº 06 | Setembro 2014
Editora
SUMÁriO
FOtO DA CAPA: Vinícius Neves
04 CAPA
ilustres habitantes do Burle Marx
SOS PANAMBY Foto: Juliana Amorim
14
Mais apoio para o movimento
18
Novas pontes para atravessar o rio
22
As delícias da medieval toscana
TRÂNSITO VIAGEM
29 ALIMENTAÇÃO
Panamby tem o melhor da carne
30 FOTOGRAFIA
Os segredos para um bom clique
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ARTE rebeca Martineli: arte no bairro
DIRETORES: Luiza Oliva (luiza@leituraprima.com.br) e Marcelo Santos (marcelo@leituraprima.com.br) PUBLICIDADE: Silvia Perutti CRIAÇÃO E ARTE: Adalton Martins e Vanessa thomaz ATENDIMENTO AO LEITOR: Catia Gomes IMPRESSÃO: Laser Press PERIODICIDADE: Mensal CIRCULAÇÃO: Condomínios de alto padrão e comércio do Panamby JORNALISTA RESPONSÁVEL: Luiza Oliva MtB 16.935 PANAMBY MAGAZINE é uma publicação mensal da Editora Leitura Prima. PANAMBY MAGAZiNE não se responsabiliza pelos serviços, informes publicitários e produtos de empresas que anunciam neste veículo.
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CAPA
iLUStrES HABitANtES Estudo feito por biólogos revela que Burle Marx é endereço de espécies ameaçadas. O Parque funciona como parte do corredor verde da região sul da cidade, área de passagem de aves e borboletas.
Pica-pau-anão (Picumnus temminckii).
Por Luiza Oliva
P
anamby vem do tupi guarani e significa pequena
bosques, como a Fundação Maria Luisa e Oscar Ameri-
borboleta ou mariposa. O bairro não poderia ter
cano, Parque Alfredo Volpi e o parque do Colégio Nossa
nome mais apropriado. O biólogo Gustavo Acca-
Senhora do Morumbi. É um contínuo de manchas verdes,
cio, morador do Panamby, afirma existir no Parque Burle
um corredor pelo qual a fauna consegue passar. O fato de
Marx mais de 350 espécies de borboletas. “Do outro lado
sermos uma região pródiga em matas faz com que aqui
do rio certamente não encontramos mais do que 100 es-
existam mais espécies animais, nem só de borboletas.
pécies diferentes de borboletas. isso acontece porque
Por exemplo, no Burle Marx encontramos camaleão, es-
do Morumbi até a Cidade Universitária há uma série de
quilos e alguns sapos que só vemos no parque”, explica.
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Foto: Gustavo Accacio
Borboletas Rekoea Meton e Pseudolycaena Marsyas.
Foto: Vinícius Neves/www.flickr.com/rootsneves
do Burle Marx
do a solturas ou escapes de indivíduos de cativeiro. O gavião-pombo-pequeno, no município, é mais frequente nos arredores da Serra do Mar, sendo que poucos indivíduos foram registrados dentro da cidade”, explica Develey. A araponga é registrada em apenas 6% dos parques da cidade e o pavó, em apenas 8%. Junto com o tucanode-bico-verde, estas são três espécies de grandes frugívoros, importantes na dispersão de diversos grupos arbóreos, como as grandes fruteiras, que possuem poucos Foto: Gustavo Accacio
dispersores. “Sendo assim, são aves essenciais para a manutenção dos remanescentes florestais. Em florestas Gavião-pombo-pequeno: ameaçado de extinção e encontrado na Praça Ayrton Senna.
tropicais, frutos são um recurso temporal e espacialmente muito variável. Consequentemente, essas aves frugívoras devem realizar grandes deslocamentos para conseguir alimento em épocas de menor disponibilidade”,
recentemente, Gustavo avistou um gavião-pombo-
comenta. O biólogo acrescenta que, devido a sua grande
pequeno (Amadonastur lacernulatus), ameaçado de ex-
capacidade de voo, aves como o pavó e a araponga po-
tinção no estado de São Paulo, nos arredores da Praça
dem visitar fragmentos isolados, principalmente durante
Ayrton Senna. Segundo os biólogos Pedro Ferreira Deve-
o inverno, utilizando-os como pontes para deslocarem-se
ley e Carlos Gussoni, que acabam de concluir um estu-
de um bloco florestal a outro. “Essa capacidade que as
do sobre as aves do Parque Burle Marx, esta espécie foi
espécies frugívoras apresentam de se movimentar entre
registrada anteriormente em poucas localidades do mu-
fragmentos explica a sua presença ocasional no Parque
nicípio, como o Parque Estadual da Cantareira, o Parque Linear do Bispo e o Clube de Campo São Paulo. “trata-se de um gavião com alta dependência de habitat florestal, em especial as florestas de baixa altitude, que utiliza as manchas florestais do município como pontes em seus deslocamentos”, explicam os especialistas. Para produzir o estudo sobre o Burle Marx, Pedro e Carlos observaram as aves durante oito dias, no último mês de junho, e registraram 65 espécies distribuídas em 38 famílias. “Considerando as listas de aves disponíveis para a área do parque, somadas às novas espécies encontradas durante o estudo, no parque já foram registradas um total de 112 espécies de aves”, comenta Pedro Develey, que é biólogo especialista em aves, doutor em Ecologia pela USP e diretor de conservação da Socieda-
ESPÉCIES RARAS Das espécies registradas, 15 são endêmicas da Mata Atlântica e quatro ameaçadas de extinção em nosso estado: além do gavião-pombo-pequeno, a maracanãpequena (Diopsittaca nobilis, criticamente em perigo), a araponga (Procnias nudicollis, vulnerável) e o pavó (Pyroderus scutatus, vulnerável). “A maracanã-pequena colonizou recentemente a cidade de São Paulo devi-
Alma-de-gato (Piaya cayana).
Foto: Vinícius Neves/www.flickr.com/rootsneves
de para a Conservação das Aves do Brasil (SAVE Brasil).
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CAPA Fotos: Vinícius Neves/www.flickr.com/rootsneves
Pavó só aparece em 8% dos parques da cidade.
Guaxe (Cacicus haemorrhous): espécie rara nos parques urbanos, presente no Burle Marx.
Burle Marx e em outros fragmentos florestais remanes-
detectadas se um observador tivesse percorrido apenas
centes dentro de São Paulo, como o campus da USP e o
áreas de mata”, comenta.
Parque Villa Lobos. Na mancha urbana, essas aves de-
O sanhaçu-de-encontro-amarelo, por exemplo, que
pendem de toda uma rede de fragmentos e não apenas
vive em florestas, é bastante raro em zonas urbanas e re-
de um único para sobrevivência. Por isso é importante
gistrado em apenas 10% dos parques da cidade de São
um planejamento urbano integrado com uma visão da
Paulo. O guaxe é outra espécie de ocorrência rara em
cidade mais ampla e não apenas analisando-se terrenos
parques urbanos e localizada no Burle Marx. “A espécie
de forma isolada”, acrescenta. Durante o trabalho de campo no parque foram detectadas 11 espécies não registradas em levantamentos prévios: pé-vermelho (Amazoneta brasiliensis), garçamoura (Ardea cocoi), saracura-sanã (Pardirallus nigricans), rabo-branco-de-garganta-rajada (Phaethornis eurynome), beija-flor-de-fronte-violeta (Thalurania glaucopis), pica-pau-verde-barrado (Colaptes melanochloros), papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), abre-asa-de-cabeça-cinza (Mionectes rufiventris), cabeçudo (Leptopogon amaurocephalus), guaxe (Cacicus haemorrhous) e sanhaçu-de-encontro-amarelo (Tangara ornata). “Geralmente, conforme visitamos uma área repetitivamente, existe uma tendência de novas espécies serem registradas, isso porque a avifauna é dinâmica. Entre as nodetecção por serem aves pequenas, pouco chamativas ou silenciosas. Assim um observador menos atento pode passar próximo a essa espécie e não detectá-la. Outras três estão ligadas a ambientes aquáticos e não seriam 6
Pica-pau-de-cabeça-amarela (Celeus flavescens), conhecido como João velho.
Foto: Gustavo Accacio
vas aves registradas seis são espécies raras ou de difícil
em grandes colônias, construindo ninhos em formatos de bolsas suspensas, muitas vezes próximos à água”, explica Pedro Develey. O biólogo cita que em um trabalho recente ao longo dos rios ribeira de
Foto: Gustavo Accacio
costuma viver em bandos e tem hábito de nidificar
iguape e Comprido, no litoral sul de São Paulo, ficou clara a tendência das colônias de guaxe desaparecerem nos trechos do rio com maior densidade de ocupação humana ou movimentação de embarcações. “Essa característica da espécie pode explicar sua raridade em parques urbanos com movimentação intensa e ressalta ainda mais a importância do Parque Burle Marx como uma das últimas áreas de ocorrência de várias espécies na cidade”, sustenta o especialista. CIDADE AMIGÁVEL PARA A NATUREZA O biólogo Pedro Develey resume que, segundo os registros existentes na literatura, são encontradas no Burle Marx cerca de 30% das aves do município de São Paulo e 15% das aves registradas no estado,
Marpesia petreus.
“uma parcela considerável quando comparada com
7
CAPA
Basileuterus culicivorus, popularmente conhecido como pula-pula.
Araponga (Procnias nudicollis): vulnerável a extinção.
Foto: Pedro Develey
Foto: Carlos Gussoni
outras áreas urbanas da cidade que foram amostradas
com apenas um indivíduo também registrado na capoeira
com maior intensidade”.
associada ao brejo; e o tiê-de-topete (Lanio melanops),
Apesar da diversidade, Develey reforça que há ocorrên-
cuja população na área é constituída por dois casais, um
cia de espécies em extinções locais. Ele enumera o chupa-
deles encontrado na área de mata e o outro na área de ca-
dente (Conopophaga lineata), registrado pela última vez
poeira associada ao brejo. “Qualquer perda de hábitat no
na mata em 2000, do pichororé (Synallaxis ruficapilla),
local pode ocasionar rapidamente a extinção local destas
registrado pela última vez em 2002 e da saíra-sete-cores
espécies. Como já foram detectadas algumas extinções
(Tangara seledon), registrada pela última vez em 1996.
locais, é necessário evitar ao máximo novos eventos de
Além destas espécies, que devem estar extintas lo-
extinção, que podem afetar seriamente os processos eco-
calmente, outras se encontram com tamanho populacio-
lógicos na área”, avalia. Apesar do alerta, o biólogo acredita
nal em estado crítico no local. Develey destaca o arredio-
que ainda é possível salvar as aves do parque: “A lista atual
pálido (Cranioleuca pallida), cuja população no parque é
de aves demonstra claramente a importância e singulari-
de apenas dois casais na área de mata; a choca-da-mata
dade do Burle Marx quanto a avifauna na cidade de São
(Thamnophilus caerulescens), com população de três in-
Paulo. Ou seja, ela é positiva, mas as extinções servem
divíduos, sendo um casal encontrado na área de capoeira
como um alerta de que é importante a manutenção e am-
associada ao brejo e um indivíduo na área de mata; o abre-
pliação das áreas verdes dentro e nos arredores do parque.
asa-de-cabeça-cinza (Mionectes rufiventris), cujo único in-
O importante é que ainda há tempo.”
divíduo detectado encontra-se na área de capoeira asso-
Para Gustavo Accacio, que visita frequentemente o
ciada ao brejo; o cabeçudo (Leptopogon amaurocephalus),
Burle Marx, acompanhando e fotografando as borboleFoto: Vinicius Neves/www.flickr.com/rootsneves
8
CAPA Foto: Claudia Komesu
OBSERVADORES DA NATUREZA Você conhece esse hobby? Em um dia de sol no Burle Marx, entre 10h e 14h, é possível observar 50 espécies de borboletas. O biólogo Gustavo Accacio recomenda os meses de abril e maio, e de agosto a outubro para a prática do butterfly watching – forma de turismo semelhante a do birdwatching, mas ainda incipiente no Brasil. Ambas consistem na observação de borboletas ou aves e são muito comuns em países como Japão, inglaterra e Estados Unidos. Claudia Komesu, que mantém o blog Virtude Birdwatching
Socozinho (Butorides striata).
e Natureza, conta que o birdwatching é um hobby antigo, que começou na inglaterra do século XViii: “É um passatempo famoso no mundo inteiro, com milhões
tas que fizeram parte de seu estudo de mestrado, é pre-
de adeptos, principalmente nos Estados Unidos, onde
ciso pensar em uma cidade mais amigável para a natu-
20% da população acima de 15 anos são birdwatchers.
reza. “Uma das funções do Parque Burle Marx é a pre-
No Brasil, em vez de apenas olhar com o binóculo, as
servação da fauna e da flora”, diz, salientando que cada
pessoas gostam de fotografar as aves, e o hobby tem
área tem sua especificidade e importância. Conforme
crescido graças à popularização das câmeras digitais,
Gustavo, garças, martins pescadores e outras aves que
redes sociais e sites como o Wikiaves.”
vemos no lago do parque se criam no brejo (que cor-
Vinícius Neves, morador da região do Portal do Mo-
re risco com a construção do empreendimento da Cyrela). “Há ninhos de garças, capivaras se reproduzindo e já vi indícios de jacarés ali. É importante manter a nascente, a qualidade da água e o ambiente de brejo com os recursos que ele fornece para a reprodução da fauna”, comenta. Gustavo ainda alerta para o risco que prédios construídos no entorno do parque podem causar às aves. “Os prédios serão espelhados? Serão iluminados à noite, e com que tipo de iluminação? Mesmo com prédios já construídos no entorno do parque, o Panamby é uma área escura da cidade e, por isso, ela tem uma fauna noturna de insetos, que em outras partes da cidade já acabou. Com mais torres em volta do parque, as espécies irão sumir. Os insetos adultos voam guiados pela lua e, se há uma luz mais forte, eles se orientam por ela. temos que pensar também na sobrevivência da fauna de insetos noturnos porque essa fauna é a comida do passarinho de amanhã. toda a natureza está interligada”, finaliza.
PARA SABER MAIS: • www.savebrasil.org.br • www.virtude-ag.com • www.wikiaves.com • www.parqueburlemarx.com.br/birdwatching/ 10
rumbi, é um assíduo frequentador do Burle Marx, onde
fragmentos de mata, como o pavó, o jacu-açu, o sai
fotografa pássaros, borboletas e outros animais. Advo-
canário, os pica-paus e outras aves migratórias.
gado, ele faz da atividade um hobby e acabou se tornan-
Para o adepto do hobby, não há segredos para pra-
do fã do parque. “O Burle Marx é uma área estratégica
ticar o birdwatching: “Basicamente é reparar no que
para a biodiversidade da região. Ele está no meio de um
está ao seu redor, prestar atenção nos sons e nas aves
corredor que liga a Serra do Mar, as matas ao redor das
que habitam nossa cidade. Depois começamos a ob-
represas Billings e Guarapiranga, a região do Morumbi,
servar detalhes, que exigem um binóculo. Se gostar
até o entroncamento das marginais, onde começa o Pico
de fotografia, o praticante irá colecionar lembranças
do Jaraguá e a Serra da Cantareira. Muitas aves raras
eternas das aves da cidade. A recomendação basica é
usam o Burle Marx e seus arredores como uma ‘ilha’ de
ir para um bom parque, como o Burle Marx, e reparar
passagem por São Paulo. A iniciativa de construir mais
no que nem todo mundo repara, as aves...”
empreendimentos em volta do parque é desastrosa. O
O Parque Burle Marx pretende se tornar referên-
correto seria expandi-lo, desapropriando os terrenos vi-
cia na observação de aves silvestres na cidade. Há um
zinhos.” Vinícius tem acompanhado a defesa do entor-
projeto, para o qual a Fundação Aron Birmann busca
no do parque e defende a luta: “Vejo um sério risco de o
patrocínio, que prevê a construção de estrutura para
bairro do Panamby perder ilustres moradores alados e de
os praticantes, com instalação de comedouros para as
transformarmos um dos últimos bairros com áreas de
aves e de um posto de observação (construído em ma-
mata nativa em mais uma selva de pedra, com pequenos
deira, teria pequenos vãos para que os observadores
jardins artificiais e não nativos.”
fotografem as aves sem assustá-las). O projeto prevê
Vinícius já registrou em fotos no Burle Marx desde
ainda a compra de binóculos para locação aos birdwa-
aves comuns, como o sabiá laranjeira, o bem-te-vi e o
tchers. Para conhecer o projeto e apoiá-lo, escreva para
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SOS PANAMBY
Vereadores Sandra tadeu e Gilberto Natalini, da Comissão do Meio Ambiente da Câmara, conheceram riscos que o entorno do Burle Marx está sofrendo.
MAiS APOiO
para o movimento Vereadores da Comissão de Meio Ambiente da Câmara apoiam causa em defesa do Panamby. Fotos: Juliana Amorim
J
á são quase 20 mil assinaturas na petição que será entregue ao Prefeito Fernando Haddad, pedindo proteção para o entorno do Parque Burle Marx, e o objetivo é alcançar 50 mil apoiado-
res. A luta dos moradores também tem invadido a imprensa – a defesa do Panamby recentemente foi tema de matérias da revista Veja São Paulo, dos jornais Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo e do telejornal Bom Dia São Paulo. Gilberto Natalini e Sandra tadeu, vereadores e respectivamente presidente e membro da Comissão Municipal de Meio Ambiente da Câmara Municipal, fizeram vistoria técnica à região no último dia 21 de agosto, acompanhados dos moradores roberto Delmanto Junior e Andrei rakowitsch. Natalini lembrou da frente que luta pela preserva-
14
“De árvore em árvore vão derrubando uma mata que é Área de Proteção Permanente”
É visível a diferença entre área que sofreu bosqueamento no terreno da Camargo Corrêa, da área ainda sem a ação danosa do homem.
ção do Parque Augusta (situado na região central de São
CRIME AMBIENTAL GRAVE
Paulo, no entroncamento das ruas Caio Prado, Augusta
A equipe ainda visitou o terreno que pertence à Camar-
e Marquês de Paranaguá, com bosque tombado pelo
go Corrêa, atravessando a rua Dona Helena Pereira de
Conpresp – Conselho Municipal de Preservação do Patri-
Moraes. Na área, é comum moradores de prédios vizi-
mônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São
nhos avistarem, das janelas dos apartamentos, equipes
Paulo, com vegetação remanescente da Mata Atlântica):
roçando a terra, sob as árvores. “A Secretaria do Verde
“Vamos impedir esse desastre ambiental no Panamby,
e do Meio Ambiente nos informou que não deu autori-
junto com a comunidade.” Natalini lembra que a causa
zação para desmatamento. Estão paulatinamente des-
do Panamby já conta com o apoio do deputado estadu-
truindo o sub-bosque. Como a área é um aclive, limpam
al Carlos Giannazi, que convocou Audiência Pública na
o terreno e, quando chove, há erosão, enfraquecendo as
Assembleia Legislativa em maio e solicitou informações sobre o caso à Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. “todos juntos podemos vencer. O interesse é de toda a cidade, e não apenas dos moradores do bairro”, frisa o
retirada da vegetação de sub-bosque causa queda de grandes árvores.
presidente da Comissão de Meio Ambiente. roberto Delmanto explicou aos vereadores o risco que corre a área de brejo, situada entre a Marginal Pinheiros e o estacionamento do Parque Burle Marx, caso lá seja erguido projeto da construtora Cyrela. roberto, que lidera o movimento SOS Panamby, relatou que na área já houve a construção de mureta para secar o brejo. “Já entramos com ação para desfazer a mureta. Mataram uma área de manancial. temos vídeos que mostram a região alagada, em plena seca que vive a cidade.” Só no terreno da Cyrela, correm risco 1050 árvores nativas. São 70 mil metros quadrados de área, onde a empresa pretende levantar um conjunto de prédios, representando 140 mil metros quadrados construídos. “O Parque Burle Marx irá se transformar em uma praça de confraternização, em um fumódromo para os usuários desse empreendimento”, diz Delmanto Junior. 15
SOS PANAMBY
Gilberto Natalini, entre os moradores Andrei e roberto: união para vencer causa.
grandes árvores. Algumas já estão caídas. Percebemos mudas pequenas, é o sub-bosque tentando renascer, mas a equipe vem e derruba tudo novamente”, conta roberto Delmanto. Entre as árvores ameaçadas no terreno da Camargo Corrêa estão mais de 30 exemplares de canelas adultas, que têm forte ligação com a cidade: eram as canelas as principais fornecedoras de madeiramento para as pon-
16
Árvore plaqueada e numerada, no terreno da Camargo Corrêa: prática comum em situações de manejo ou supressão de árvores.
tes sobre os rios paulistanos e para as casas dos bandeirantes. também há no terreno, segundo laudo preparado pelo botânico ricardo Henrique Cardim, outras árvores nativas típicas paulistanas e hoje praticamente desaparecidas, como pau-jacaré, tapiá, ipê-amarelo, canjerana, jacarandá paulista, aroeira, jacatirão, guaçatonga e embiruçu. Há ainda frutíferas nativas com mais de 60 anos de idade, como jabuticabeiras, araçás, uvaias e palmitojussara, e plantas ameaçadas de extinção, como o xaxim, as pimentas-de-macaco e bromélias. Basta uma breve incursão pelo terreno para perceber nitidamente a prática do bosqueamento, que consiste na remoção completa ou de parte significativa da vegetação de sub-bosque (ervas, epífitas, cipós, mudas e arbustos), que vive embaixo da sombra das árvores. Conforme o botânico ricardo Cardim, “isso provoca desequilíbrios na floresta, como a perda das mudas de árvores
Muro de contenção foi construído para secar área de brejo.
e impedimento da sua renovação e ciclo natural, menor umidade e maior chance de incêndios, erradicação de
ambiental que não pode continuar”, afirmou na vistoria
parte importante da fauna e flora e perda de sustenta-
o vereador Natalini. “De árvore em árvore vão derru-
ção de grandes árvores”.
bando uma mata que é Área de Proteção Permanente”,
“O que vimos aqui é uma ilegalidade, um grave crime
completa.
TRÂNSITO
Pontes Laguna e Itapaiúna prometem desafogar ligações já existentes entre os dois lados do Rio Pinheiros.
Novas pontes para
atravessar o rio Por Luiza Oliva
b
runo Isaac, morador do Panamby, desistiu. Durante anos ele atravessava o rio e enfrentava o trânsito para chegar à região da Berrini, onde
trabalhava. Decidiu mudar seu escritório para um prédio comercial bem próximo de sua casa e não se arrependeu. Ganhou tempo e qualidade de vida. Mas, torce para que as novas pontes que estão sendo construídas (Laguna e Itapaiúna) ajudem a minimizar os transtornos que os congestionamentos causam para os moradores do Morumbi. “Sinceramente eu queria muito que as pontes fossem uma solução. Mas São Paulo sofre pela falta de planejamento e urbanismo. A Marginal já está saturada pelas pontes João Dias e Transamérica. É preciso planejar onde as pontes irão desembocar”, acredita Bruno. Para a Secretaria de Infraestrutura Urbana, as pontes certamente irão melhorar o trânsito. Roberto Garibe, secretário de Infraestrutura Urbana e presidente da SPObras, responsável pelas obras, explica que havia um projeto inicial, logo descartado, com previsão de saída de uma das pontes por dentro do Parque Burle Marx. A opção foi por duas pontes, ambas em sentido único para cada lado. O objetivo é retirar o trânsito da João Dias, diminuindo os congestionamentos. As obras estão em ritmo acelerado. Do outro lado da Marginal Pinheiros, sentido bairro-centro, está sendo preparado o terreno onde será construído o acesso de entrada da ponte, na Rua Professor Alceu Maynard Araújo com Luiz Seraphico Junior, altura do número 177. Nessa região, junto ao canteiro central da Av. Nações Unidas, será cons-
Foto: Juliana Amorim
18
truído um segundo acesso à ponte Laguna como alternativa dos motoristas que se deslocam para o Morumbi. Neste local serão feitos 24 transplantes de árvores do canteiro verde. “Quem passa por ali pode estranhar a remoção das árvores, mas está sendo feita com supervisão,
PONTE ITAPAIÚNA 340 metros com 3 faixas de rolamento em mão única.
Av. Dr. Chucri Zaidan
Fotos: Divulgação SPObras
ias
oD oã eJ nt Po
PONTE LAGUNA 365 metros com 3 faixas de rolamento em mão única, ciclovia e passarela para pedestres.
acompanhamento e licenciamento da Secretaria do Ver-
longamento da Av. Chucri Zaidan, além da construção de
de e Meio Ambiente. No momento está sendo aguardada
um túnel na altura das ruas Américo Brasiliense com a
a elevação da fiação, por parte da Eletropaulo, e a remo-
José Guerra, no coração da Chácara Santo Antônio. O tú-
ção de um comércio localizado na rua Luiz Seraphico Ju-
nel deverá ter por volta de 800 metros de extensão e terá
nior com a Av. Nações Unidas”, explica roberto Garibe.
dois sentidos e duas pistas de cada lado. Já no trecho da
O prazo total das obras das pontes, definidas na Ope-
Av. Chucri Zaidan está previsto o alargamento da via,
ração Urbana Consorciada Água Espraiada, é de 18 me-
que passará a contar com duas pistas de quatro faixas
ses. A Ponte Laguna será uma alternativa viária para os
de cada lado, sendo a faixa da esquerda exclusiva para o
que vêm da Av. Santo Amaro com destino à Marginal, e
transporte público.
também uma alternativa a mais para os que irão acessar o Morumbi. “Nesses bairros da Zona Sul, a expectativa
GESTÃO AMBIENTAL
pela construção desses novos equipamentos urbanos é
Já do lado do Panamby, foram removidas 28 palmeiras
muito grande, pois facilitará os deslocamentos, hoje con-
imperais em frente ao acesso para a rua Dona Helena
centrados nas pontes Morumbi e João Dias”, aponta.
Pereira de Moraes. Os moradores têm lamentado a reti-
As obras de melhorias viárias também preveem o pro-
rada das árvores, marca registrada da entrada do bairro. “Acredito que as obras das pontes estão comprometendo ainda mais a beleza do Panamby. A retirada das palmeiras imperiais foi uma tristeza, não só porque as árvores deixaram de embelezar a entrada para o Panamby como porque poderá comprometer a própria sobrevivência das palmeiras. Além disso, quando a alça da ponte estiver pronta no local das palmeiras, ficará mais feio ainda. Por fim, tenho dúvidas se essas duas pontes vão ajudar a locomoção dos moradores do Panamby. Pelo contrário, podem vir a piorar, e muito, o trânsito da região”, comenta rachel tucunduva, moradora do bairro.
Para obras das pontes, manejo arbóreo foi realizado com critérios, garante secretário.
O secretário de infraestrutura Urbana e presidente da SPObras garante que as palmeiras foram transplantadas em linha, na continuidade, e não sofreram nenhum
trÂNSitO dano. Segundo ainda roberto Garibe, no caso das árvores do Panamby, especificamente, houve um estudo ambiental que durou sete meses, com levantamento levando em conta os seguintes critérios: altura, diâmetro do caule ou tronco e estado fitossanitário. “Esses dados são necessários para que o manejo arbóreo seja
Obras devem durar 18 meses.
planejado, sempre obedecendo as diretrizes presentes no tCA (termo de Compromisso Ambiental) emitido pela Secretaria do Verde. Cada espécie foi analisada
Neste caso, 1.696 mudas compensatórias serão repas-
a fim de dar destinação adequada ou substituição por
sadas para que o município faça o plantio em parques
outra espécie. Por ser área de preservação permanen-
e praças.
te, localizada nas margens do curso das águas do rio, a compensação exigida pela Cetesb é multiplicada por
NA OBRA DA PONTE ITAPAIÚNA:
10 para cada espécie”, sustenta.
Será necessário realizar o manejo de 431 árvores, das quais:
298 serão transplantadas
NA OBRA DA PONTE LAGUNA:
133 árvores serão preservadas no local
95 árvores serão suprimidas.
5.094 mudas compensatórias (por ser obra dentro de
283 novas árvores serão plantadas como compen-
uma APP – Área de Preservação Permanente), serão
sação ambiental.
plantadas no local e em praças e parques da cidade.
65 árvores serão transplantadas e outras 286 serão preservadas.
roberto Garibe salienta que todas as obras da SPObras contam com gestão ambiental. “Uma gestão ambiental eficiente das obras públicas contribui não somente com a sustentabilidade da obra, mas também com a própria melhoria na qualidade de vida dos cidadãos da metrópole. Aumentar as áreas verdes da cidade de forma adequada tem sido uma das principais preocupações em nossas obras”, garante. Uma novidade, ainda em tratativa com a administração do Parque Burle Marx, será a implantação de uma “barreira acústica verde” de proteção ao parque, em frente à alça da ponte Laguna. “Já estamos em conversas com o Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e turístico), já que o parque é tombado, e o projeto é compatibilizado com o Depave, Departamento de Parques e Áreas Verdes da Prefeitura, que indicará espécies, espaçamento de plantio, especificações de mudas, recomendação de manutenção, etc. Essa barreira verde de árvores em frente ao Parque Burle Marx vai evitar que quem esteja dentro do parque veja as pontes ou ouça o barulho provocado pelo trânsito. O local é muito úmido e serão colocadas árvores que se adaptem a esse tipo de solo. Além de impedir o visual, amenizam o som. Serão árvores floridas, que faltam na cidade”, diz o secretário de infraestrutura Urbana. Ele cita espécies que deverão ser plantadas no local: guanandi, ipê amarelo do brejo, peito de pombo, pau de viola, entre outras.
20
Foto: Divulgação SPObras
de todas as espécies de árvores encontradas no local,
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ViAGEM
As delícias da medieval
tOSCANA Por Por Jacqueline Papaléo Fotos: Divulgação
P
ercorrer as pequenas cidades italianas em
o impacto de seus românticos e bucólicos vilarejos.
busca de sabores tradicionais ao mesmo
Estradas rurais, vinhos artesanais, olivais cente-
tempo em que se contemplam belas paisa-
gens é a proposta de uma viagem à toscana. Deixe
Comece em Florença para uma overdose de
de lado o ritmo frenético das grandes cidades e ex-
obras primas da renascença florentina com toda a
perimente a arte do “dolce far niente” dos italianos.
herança deixada por Giotto, Michelangelo, Leonar-
Não importa quanto tenhamos lido a respeito da toscana, nada nos prepara completamente para
22
nários, muita arte e muita História...
do da Vinci, Botticelli, e muitos outros. Florença é considerada uma das cidades de
tons quentes, comida Ăşnica e todo o charme da toscana.
ViAGEM
Campos cultivados: vista encantadora do Hotel L’Andana.
maior importância na Europa por acumular tanta riqueza
imenso patrimônio artístico inclui monumentos como a
histórica, cultural e artística. Apreciar os tons do por do
igreja medieval de San Francesco, a catedral Dell’Assunta
sol sob o Arno será uma experiência inesquecível.
e o Palazzo Piccolomini, com uma das mais belas vistas
Continuando a exploração toscana, rume a Siena para se encantar com suas autênticas ruas medievais.
da Val D’Orcia. E não saia de Pienza sem experimentar o queijo pecorino! Divino!
Um labirinto de ruas e vielas revelará paisagens magní-
Não se fala em toscana sem aguçar o apetite. A gas-
ficas. Sua praça central, a Piazza Del Campo, dá um ar
tronomia é um capítulo à parte na incrível experiência de
austero à cidade. Seu principal evento é o Palio de Siena,
viver à moda toscana. Amores, amizades, celebrações... A
uma corrida de cavalos na praça principal que acontece
vida aqui gira em torno da boa mesa. As comidas são tão
duas vezes ao ano.
deliciosas quanto simples. O azeite de oliva, os tomates,
A somente 50 km de Siena e fazendo parte da lista da
os queijos, os salames são destaques dessa culinária de
Unesco como patrimônio histórico da humanidade está
inspiração camponesa. Os ingredientes frescos e culiná-
a charmosa Pienza, cidade do Papa Pio ii. Na metade do
ria rica dão água na boca e recheiam os cardápios.
século xv, o Papa realizou seu sonho de construir a “cida-
Dentre as iguarias italianas estão os queijos parme-
de ideal”, seguindo preceitos urbanos e estéticos consi-
são e pecorino, e os cogumelos selvagens que são nada
derados até hoje modelo de planejamento urbano. Seu
mais do que as famosas trufas brancas e negras. Dos so-
Hotel L’Andana: endereço imperdível na toscana.
24
25
ViAGEM
O chef Alain Ducasse e sua equipe na trattoria toscana, do Hotel L’Andana.
los da toscana saem alguns dos mais desejados exem-
Alain Ducasse, um dos chefs mais renomados do mun-
plares de trufas brancas, por sua excelente qualidade. No
do, elegeu a toscana para ser seu pedaço na itália. O chef
outono, as cidades promovem diversas expedições para
é um dos donos do Hotel L’Andana, e ali pilota o restauran-
a caça desta iguaria. Os grupos são liderados por um tru-
te “La trattoria toscana” construído em um antigo celeiro,
feiro, que conta com a ajuda de um cão farejador – tão
com atmosfera aconchegante e decoração rústica de an-
valioso quanto os próprios cogumelos. Nos finais de se-
tigas fazendas. Seguindo o modelo de slow food, Ducasse
mana os “mercatos” promovem feiras “del tartufo Bian-
celebra a autêntica cozinha toscana usando ingredientes
co”, um tradicional festival da trufa no qual os visitantes
cultivados na própria propriedade. Se você estiver na re-
podem degustar os cogumelos e aprender mais sobre as
gião de Grosseto, esta é uma dica imperdível!
trufas e esta temporada de caça. Barracas com vinhos
Para finalizar a comilança que esta região nos impõe,
e queijos de produtores locais também fazem parte da
experimente a famosa torta di riso, tradicional sobremesa
festa. tudo isso regado a muito vinho – sempre!
feita de arroz e claro, os famosos gelatos. São incontáveis as sorveterias, mas destaco em especial a artesanal Gelateria di Piazza, no coração da Praça de San Gimignano. Que tal um gelato de espumante e ervas aromáticas? Deu vontade? Arrume suas malas e se mande para a toscana! Arrivederci!
Viagens planejadas com atendimento personalizado no Panamby
Zuppa Inglesa: iguaria do L´Andana.
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Jacqueline Papaléo – diretora da Jr2tUr e moradora do Panamby
rua Jandiatuba, 143 Conj. 404 – Morumbi Fone: (11) 3501-5664 www.jr2tur.com.br
CriANÇAS
Doe brinquedos no
JArDiM SUL
Ação do shopping beneficiará entidades assistenciais do Morumbi.
A
té o dia 12 de outubro, o Shopping Jardim Sul
ta serviços de assistência social aos moradores da co-
está arrecadando brinquedos em boas condi-
munidade da Vila Andrade e Cáritas Santa Suzana, uma
ções. A ação, que já está no seu terceiro ano con-
organização jurídica sem fins lucrativos, localizada no
secutivo, traz os personagens do longa de animação toy
Morumbi e que atende os moradores de Vila Praia, Viela
Story da Disney Pixar como tema. A cada doação o parti-
da Paz, Jardim das Palmas, rebouças, Olaria, Jardim Co-
cipante ganha uma máscara do Woody, Jessie ou Buzz. Há
lombo e Paraisópolis.
duas caixas – no piso P1 em frente ao fraldário e outra no piso P2 em frente ao SAC – para receber os brinquedos. Os brinquedos doados serão destinados a AMiS – Associação Morumbi de integração Social. A entidade pres-
28
Mais informações sobre a campanha e as instituições participantes podem ser encontradas em www.disney.com.br/entrenessabrincadeira ou no site do Jardim Sul www.jardimsul.com.br.
ALiMENtAÇÃO
Panamby tem o melhor
DA CArNE
Escolha na Carnes Panamby os melhores cortes de carnes e assados prontos. Fotos: Cláudio Inserra/Next Photo
O
Panamby já dispõe de um endereço para quem
gordura é insaturada devido ao processo de alimentação
procura cortes diferenciados para um churrasco
do gado, tornando a carne mais saudável e sem alterar o
especial, ou mesmo para incrementar o cardápio
sabor e a maciez. O grau de marmoreio de uma carne varia
do dia a dia. A Carnes Panamby oferece cortes de Kobe, ex-
de 01 a 12, sendo 12 o grau máximo. As carnes comercializa-
traídos da raça Wagyu. tradicionalmente criados no Japão
das na Carnes Panamby costumam apresentar marmoreio
(daí o nome Kobe), esse tipo de gado recebe cuidados es-
do grau 04 ao 08, mais próprias ao paladar brasileiro.
peciais – como massagens e alimentação a base de orgânicos e cevada – visando uma carne macia e saborosa. “Quanto melhor for o manejo do boi e menos estressado ele estiver, inclusive no momento do abate, melhor é a
Outro destaque da Carnes Panamby são os assados, prontos para levar para casa, preparados aos sábados e domingos, a partir das 11:30 horas. Frango temperado com ervas, acompanhado de batatas assadas e farofa, cupim
qualidade final da carne”, comenta igor Mans-
e costela que derrete na boca são as atrações.
berger, proprietário da Carnes Panamby,
Para quem prefere preparar o churrasco
que oferece diversos cortes fornecidos
em casa, a loja também dispõe de chur-
pela Beef Passion, empresa brasileira
rasqueiro para que o anfitrião não te-
que trabalha com a criação do gado Wagyu e Angus Australiano. As carnes conservam o marmoreio típico das originais japonesas – nas carnes marmorizadas, as gorduras derretem sobre fibras musculares, conferindo ótimo paladar. Segundo igor, grande parte da
nha trabalho. rua Dep. João Sussumu Hirata, 437 tel: 2359-8888 Horário de funcionamento: 2a a sábado das 8h às 20h, domingos das 8h às 15h
Na Carnes Panamby, é possível ainda encontrar espetinhos diversos (como de frango, carne, linguiça, cordeiro e kafta de cordeiro), carnes de avestruz, paca e jacaré, além de carnes convencionais. 29
FOTOGRAFIA
Os segredos
para um bom clique Fotografar crianças não é tarefa fácil. Juliana Amorim conta alguns segredos dessa arte.
j
uliana Amorim é fotágrafa desde 1998, quando fez o Curso de Fotografia do Grêmio da Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Depois, formou-se em Artes Visuais e cursou
pós-graduação em Arte Contemporânea na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Especializou-se em fotografar crianças, arte que tem o prazer em desenvolver compartilhando momentos felizes das famílias de seus clientes. Ela diz: “Adoro ver e registrar os sorrisos espontâneos das crianças. Existe trabalho melhor do que este?” Anote algumas dicas de Juliana sobre como fotografar crianças:
1
Em primeiro lugar, deixe que as crianças se acostumem com você, independente da câmera, converse e brinque normalmente. Depois disto, ficará mais fácil apontar a câmera para elas.
30
2
Não fique pedindo poses, nem falando “olha pra cá”. As fotos espontâneas serão as mais bonitas. Se a criança for pequena, coloque algum brinquedinho ao redor da lente.
3
Procure, sempre que possivel, ficar em um nível próximo ao da criança, se abaixando, sentando ou até deitando.
5
também não se preocupe com o corte, não há problema em fazer closes bem fechados, pegando, por exemplo, apenas o rosto, cortando na testa. O resultado deste tipo de corte fica muito bacana, registra bem a expressão da criança.
6
4
Não se preocupe com o enquadramento tradicional, você pode “brincar” com o enquadramento fazendo-o na diagonal ou de cima para baixo.
7
As cores, como em
Não perca tempo olhando
um quadro, fazem parte da
no visor cada foto que faz. As
composição. Então abuse delas nas
crianças são muito rápidas e
roupas e no fundo, fotos em parque,
você pode perder lances muito
com brinquedos, bexigas, pirulitos,
bons enquanto fica olhando
bolinhas de sabão, tapetes
as fotos. Deixe para fazer
coloridos e de dia, ficam
isto depois!
muito mais alegres.
8
Não use a máquina no modo automático, pois a velocidade para fotografar crianças não pode ser inferior a 1/100, porque elas se mexem muito, e isto pode dar um efeito tremido ou borrado nas fotos. Deixe no modo Manual ou Prioridade na Velocidade (Shutter).
9
Existe um período de tempo em que a criança não se cansa de ser fotografada. Não ultrapasse
10
esse tempo, para que ela tenha uma
O melhor horário é no
boa lembrança deste momento, e em
meio da manhã, por volta
uma próxima oportunidade ela estará
das 10h, ou no fim da tarde
acostumada e achará divertido ser
às 17h. Mas isto dependerá
fotografada. A minha sugestão
da rotina da criança.
é de no máximo 2 horas.
Juliana Amorim, moradora do Morumbi Juliana Amorim Fotografia e Vídeo Fone: (11) 99127-5232 julianaamorimfot@gmail.com www.julianaamorim.fot.br 31
ArtE
Rebeca Martineli:
ArtE NO PANAMBY
Artista plástica expõe telas no Tuca & Binha. Fotos: Cláudio Inserra/Next Photo
A
artista plástica rebeca Martineli lotou o tuca & Binha Cupcakes na vernissage de sua exposição Sobre o meu olhar. rebeca costuma usar sobre-
posição de materiais em suas telas de estilo gráfico e enxerga cada obra como um autorretrato. todas são carregadas do sentimento da artista, que é moradora do Panamby e costuma pintar no Parque Burle Marx. As telas O Caminho i e O Caminho ii, que fazem parte da exposição, foram pintadas em meio ao verde do parque. “Levo meu caderno de desenho, lápis e carvão e aproveito aquele momento único de contato com a natureza”, conta rebeca. “Precisamos perceber tudo o que a vida nos oferece e nos permitir viver e experimentar. O Burle Marx tem uma luz própria”, diz. As telas de rebeca Martineli ficam em exposição no tuca & Binha até o início de outubro. O evento contou com produção de Ana Figueiredo, apoio cultural da Ecojardim Morumbi, Companhia das Fibras e NiK Eventos, além da curadoria da Escola do Design.
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Tuca & Binha Cupcakes rua Dep. João Sussumu Hirata, 407 – tel: 3742-8383 Rebeca Martineli rebecamartineli@uol.com.br / www.rebecamartineli.com.br
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