Catálogo 4º CachoeiraDoc

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ÍNDICE


APRESENTAÇÃO 06 JÚRI 10 JÚRI JOVEM 12 MOSTRA COMPETITIVA LONGAS-METRAGEM

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CURTAS-METRAGEM

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MOSTRA ÁFRICAS 43 MOSTRA CLÁSSICOS DO REAL

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MOSTRA CINEMA NA REAL

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MOSTRA RECÔNCAVO

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SESSÕES ESPECIAIS

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CONFERÊNCIAS 84 OFICINAS 86 FICHA TÉCNICA 88


Os filmes e o mundo, uma cidade e um festival O que podem os filmes diante do mundo? O que quer dos filmes o mundo? Reunir, projetar e cercar de celebração e pensamento um conjunto de filmes em uma histórica cidade do interior da Bahia é acreditar na potência dessas perguntas e na força do encontro entre os filmes e o mundo. Em quatro edições do CachoeiraDoc, centenas de documentários de todo o país − e também de fora dele − nos foram confiados, dando provas de que tanto o cinema quanto a vida se transformam quando buscam, juntos, uma forma de convivência. Reunimos um belo conjunto dessas obras para povoar Cachoeira em dias de festa e, assim, vamos dando provas também de que juntos, em uma cidade, os filmes podem provocar novos modos de viver e de conviver. No começo, foi preciso uma universidade e uma política cultural para que pudéssemos fazer os documentários chegarem a estas paragens. Hoje, os filmes que por aqui aportam encontram uma cidade que se transforma. A cidade vai se reinventando com a universidade, os filmes, os festivais. E o CachoeiraDoc vai também cimentando a sua morada. Graças a um edital que prevê a continuidade das ações e movimentos 7


que já são esperados a cada ano na Bahia, o futuro próximo não é mais tão incerto. E que seja sempre assim: que as cidades, os filmes e os festivais encontrem modos de se reinventar, com estruturas sólidas, protegidas dos ventos errantes das instabilidades políticas. Por mais dois anos, temos a garantia de que conseguiremos continuar fazendo os filmes chegarem a Cachoeira. Filmes que Cachoeira merece. Filmes que merecem Cachoeira. Que filmes merecem o mundo? Que mundos merecem os filmes? Tais perguntas desdobram-se, transmutam-se, ecoam, atravessando o conjunto rico e diverso de documentários reunidos na Mostra Competitiva Nacional. Os filmes escolhidos não são aqueles que ostentam respostas, mas antes aqueles que são atravessados por questões e que tentam ampliar nossos modos de estar no mundo e nas imagens. Deslocar-se pelo mundo e filmar: é o que fazem os cineastas africanos ao saírem da África para viver além, como tantos de nossos antepassados que povoaram a Bahia, o Recôncavo. Filmar, partir, voltar. Partir para filmar, filmar para voltar. É esse o movimento que atravessa as 8


obras reunidas na Mostra Áfricas: filmes de regresso e questões à terra natal. Édouard Glissant, pensador martinicano, filho da diáspora negra e um dos personagens presentes nesse conjunto de filmes, disse: “Nós frequentamos as fronteiras não como signos e fatores do impossível, mas como lugar de passagem e de transformação”. Os realizadores africanos, ao filmarem o regresso à África-mãe, atravessam fronteiras diversas, para além dos limites geográficos: passeiam entre ficção e documentário, entre o íntimo e o político, entre a origem e o devir. Ao encenarem esses deslocamentos pelo mundo, tais filmes deslocam também o imaginário midiático que recobre a África, apontando para uma das grandes forças do documentário: a sua capacidade de deslocar as fronteiras do visível e do dizível. Do lado de cá do oceano, cores e gestos da África ancestral projetam-se nos filmes que têm sido, cada vez mais, produzidos no Recôncavo. A Mostra Recôncavo oferece uma coleção recente de obras realizadas por gente daqui e gente que aqui tem experimentado o cinema. São documentários que refletem os resultados das parcerias, mediadas pela universidade, entre conhecimentos e formas de viver. 9


Na Mostra Clássicos do Real: homenagem a Alexandre Robatto, celebramos, com os filmes restaurados, a memória desse cineasta baiano pioneiro que se ocupou, obstinadamente, de resguardar imagens de uma Bahia de outro tempo, uma Bahia de praias limpas, de mares de peixes abundantes, de ruas de terra e casas sem muros. Comemoramos o passado com o olhar projetado para o futuro. Além de oficinas e conferências que promovem o aprofundamento da reflexão sobre o documentário, a Mostra Cinema na Real, especialmente pensada para alunos e professores das escolas de ensino médio, busca oferecer elementos para a formação de um olhar crítico para o cinema e o audiovisual, através de um conjunto de filmes sobre futebol, tema arrebatador de paixões que está presente em diversos campos: da política à arte, passando pela economia e pelos afetos. Festejemos, então, os filmes e, com eles, a invenção de modos de viver melhor nas cidades e no mundo.

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JÚRI Adirley Queirós

Formado em cinema pela Universidade de Brasília. Um dos fundadores da CEICINE − Coletivo de Cinema de Ceilândia, atua no audiovisual tanto na realização de filmes quanto na formação e reflexão sobre cinema nas periferias do Distrito Federal. Foi diretor e roteirista do curta-metragem Rap − O Canto da Ceilândia, filme ganhador de quinze prêmios no Brasil durante 2005 e 2006, entre os quais o de melhor filme pelos júris oficial e popular do Festival de Cinema de Brasília de 2005. Dirigiu também os curtas Dias de Greve (2009) e Fora de Campo (2009). Em 2012, realizou o filme A Cidade é uma Só?, seu primeiro longa-metragem, premiado na 15a Mostra de Cinema de Tiradentes e também no III CachoeiraDoc, pelo Júri Jovem. Atualmente, dedica-se tanto ao documentário Branco Sai, Preto Fica (um docficçãocientífica) quanto à discussão sobre a implementação de salas de cinema com caráter popular e público em Brasília. 11


Juliano Gomes

José Francisco Serafim

Professor da Faculdade de Comunicação da UFBA e pesquisador do Programa de PósGraduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas e do Instituto de Saúde Coletiva/ UFBA. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Cinema, atuando principalmente nos seguintes temas: antropologia fílmica, cinema documentário, análise fílmica, cinema e ficção. Mestre e Doutor em cinema documentário antropológico pela Universidade Paris X - Nanterre.

Crítico de cinema, diretor e professor. Formado em Cinema, Jornalismo e Publicidade pela PUC-Rio. Mestre em Tecnologias da Comunicação e Estética pela ECO-UFRJ, onde pesquisou sobre o artista Jonas Mekas. É redator da Revista Cinética. Já teve textos publicados em revistas como a “Filme Cultura” e em livros e catálogos de mostras e festivais pelo Brasil, além de ter participado de comitês de seleção de festivais como o Curta Cinema e a Mostra do Filme Livre, entre outros. Realizou a concepção audiovisual de diversos espetáculos de teatro e dança desde 2010, além de “tremsemnome#”, em parceria com o músico Mário Cascardo, em 2011. Dirigiu o curta “...”, em 2007, exibido e premiado em alguns festivais no Brasil. Programou a Sessão Cinética no Instituto Moreira Salles-Rio entre 2010 e 2011. Em maio de 2005, cofundou o CinePUC – cineclube da PUC-Rio, trabalhando em sua organização e curadoria até o final de 2008. 12


JÚRI JOVEM André Lima Santana

Graduando do curso de Cinema e Audiovisual da UFRB, atua como editor de imagens da TV Olhos d’Água (TV Universitária da UEFS) e designer gráfico da empresa de arte e criatividade DesiringDesign. Sua primeira experiência audiovisual foi o documentário Enfim − Memórias de um Mensageiro, finalista do prêmio Vítor Diniz (Jovem Realizador) no Festival Nacional 5 Minutos (2008). Foi diretor e coordenador do espetáculo de dança, teatro e audiovisual Um Plano Perfeito (2009 e 2010), realizado em Feira de Santana. 13


Ary Rosa Duarte

Estudante do curso de Cinema e Audiovisual da UFRB, integra a Rosza Filmes, produtora que atua em atividades de realização cinematográfica, eventos de cinema e formação de jovens em linguagem audiovisual. Diretor do documentário Tecendo Nuvens e Retalhos, selecionado para o II Festival Universitário de Alagoas (2012) e para o IV Festival Etnográfico do Recife (2012).

Maíra Silva Conde Fernandes

Graduanda do curso de Cinema e Audiovisual na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Realizou a oficina “Realização de documentário” na Escuela Internacional de Cine y TV (EICTV) − Cuba. Diretora do documentário El Abuelo de Macondo, premiado como Melhor Filme na categoria Melhor Idade no I Festival Brasil de Cinema Internacional (2013). 14



MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL



LONGASMETRAGENS


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EM BUSCA DE UM LUGAR COMUM Rio de Janeiro, 2012, 80min. De Felippe Schultz Mussel

Dia 04/09, às 16h30 Rio de Janeiro, 2011. Anunciadas mundo afora como principal cenário das mazelas sociais brasileiras, as favelas cariocas se consolidaram como um dos pontos mais visitados do Rio, produzindo não só uma remodelação dos roteiros turísticos tradicionais, mas uma mudança nas memórias que os estrangeiros guardam da cidade. Imerso nos passeios pela Favela da Rocinha, o documentário investiga os desejos e as imagens envolvidas na construção desse disputado destino turístico. Um mercado que, atento às demandas, não cessa de projetar seus novos atrativos.

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MATARAM MEU IRMÃO São Paulo, 2013, 77min. De Cristiano Burlan

Dia 05/09, às 19h30 Reconstituindo os detalhes da morte de seu irmão, Rafael Burlan da Silva, ocorrida há 12 anos, o cineasta Cristiano Burlan lança-se numa jornada pessoal que conduz ao coração de um círculo de violência em torno dos bairros da periferia paulistana – como o Capão Redondo, onde morava a família, e o irmão, de 22 anos, foi morto com sete tiros, em 2001. Explorando as razões do envolvimento do irmão com drogas e roubo de carros, o diretor expõe partes de sua própria história familiar, ouvindo parentes e amigos, cujos depoimentos trazem à tona os destinos de diversos personagens, mapeando o histórico de dolorosas feridas emocionais.

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MATÉRIA DE COMPOSIÇÃO Minas Gerais, 2013, 82 min. De Pedro Aspahan

Dia 06/09, às 16h30 Documentário sobre o processo de criação da composição musical contemporânea na relação com o cinema. Entregamos um mesmo vídeo-ensaio a três compositores: Guilherme Antônio Ferreira, Teodomiro Goulart e Oiliam Lanna, e encomendamos deles uma peça musical que dialogasse com o vídeo. Dois anos depois, após acompanhar todo o processo, da composição aos ensaios, concerto, gravação e mixagem das músicas, chegamos a este filme.

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OS DIAS COM ELE

São Paulo, 2013, 107 min. De Maria Clara Escobar

Dia 06/09, às 19h30 Uma jovem cineasta mergulha no passado quase desconhecido de seu pai. As descobertas e frustrações de acessar a memória de um homem e de uma parte da história que são raramente expostos. Ele, um intelectual brasileiro, preso e torturado durante a ditadura militar, não fala sobre isso desde aquele tempo. Ela, uma filha em busca de sua identidade.

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CURTASMETRAGENS 26


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A CIDADE

Rio Grande do Sul, 2012, 25 min. De Liliana Sulzbach

Dia 05/09, às 16h30

Distante de outros centros urbanos, Itapuã (RS) é uma comunidade com hábitos bem característicos. A localidade, que já abrigou 1454 pessoas durante mais de 70 anos de existência, conta com apenas 35 moradores, todos acima de 60 anos. Ninguém gosta de lembrar o que o lugar foi no passado, mesmo que para muitos a lembrança inscreva-se no próprio corpo. Ao contar a gênese do local e o fator que une os moradores, A Cidade deixa de ser um suposto registro sensível da vida na terceira idade para revelar-se um filme sobre um mundo organizado a partir de um ato de extrema brutalidade.

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CARGA VIVA Minas Gerais, 2013, 18 min. De Débora de Oliveira

Dia 05/09, às 16h30 Uma família, o tempo, o ofício. O tempo do ofício.

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FILME PARA POETA CEGO São Paulo, 2012, 26 min. De Gustavo Vinagre

Dia 07/09, às 14h Glauco Mattoso, poeta cego sadomasoquista, aceita participar de um documentário sobre a sua própria vida, mas as condições que ele impõe dificultam o trabalho do jovem diretor.

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JESSY

Bahia, 2013, 13min. De Paula Lice, Rodrigo Luna e Ronei Jorge

Dia 07/09, às 14h

Jessy é a versão curta de Jéssica Cristopherry, e assim se chamavam todas as personagens da infância de Paula Lice. Atriz, dramaturga e mulher, Paula conta com o apoio das madrinhas Carolina Vargas, Ginna d’Mascar, Mitta Lux, Rainha Loulou e Valérie O’harah para resgatar Jéssica e realizar o desejo de ser transformista. O filme documenta a construção de Jéssica e homenageia carinhosamente a cena transformista soteropolitana.

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LUNA E CINARA

Rio de Janeiro, 2012, 14min. De Clara Linhart

Dia 05/09, às 16h30 Luna e Cinara vão ao cinema.

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MARIA VAI C’AS VACA Bahia, 2013, 07 min. De Luara De

Dia 05/09, às 16h30 Durante as férias, Maria questiona a escola.

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MAURO EM CAIENA

Ceará, 2012, 18 min. De Leonardo Mouramateus

Dia 05/09, às 19h30 Admiro pra caramba essa capacidade, Mauro. De se transformar em outra coisa. Como um dinossauro ou uma lembrança.

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PÁTIO

Paraná, 2013, 17 min. De Aly Muritiba

Dia 07/09, às 14h No pátio os presos jogam bola, dançam capoeira e falam da liberdade.

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PELE DE BRANCO

Mato Grosso, 2012, 25min. De Takumã Kuikuro, Marrayury Kuikuro

Dia 04/09, às 16h30

No mundo contemporâneo, a tecnologia ocupa um espaço cada vez maior na vida íntima e social das pessoas. “Kagaiha Atipügü” (Pele de Branco) é um filme produzido por Takumã Kuikuro, do Coletivo Kuikuro de Cinema, que aborda a visão indígena sobre esse universo tecnológico, revelando como os índios do Alto Xingu (Mato Grosso, Brasil) relacionam-se com os instrumentos criados pelos “brancos”. O filme traz a voz indígena sobre esse processo e discute em que medida as novas tecnologias da memória e da comunicação, ao mesmo tempo que ameaçam, também servem à preservação de culturas tradicionais.

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PROCURANDO RITA Bahia, 2012, 07 min. De Evandro Freitas

Dia 07/09, às 14h Um ponto de vista e muitos de escuta. Procurando Rita busca a singular experiência de cinema vivida por Seu Adilson, projecionista do antigo Cine-Teatro Glória.

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QUEM TEM MEDO DE CRIS NEGÃO? São Paulo, 2012, 25 min. De René Guerra

Dia 07/09, às 14h Cristiane Jordan, ou Cris Negão, como era chamada, foi uma travesti cafetina do centro de São Paulo conhecida por seus métodos violentos de controle das outras travestis. Odiada e temida por uma legião, ela também tinha seus fãs, até que foi tragicamente assassinada com dois tiros na cabeça. O filme é um mergulho no universo das travestis, a partir dessa figura lendária do submundo de São Paulo.

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SANÃ

Minas Gerais, 2013, 18min. De Marcos Pimentel

Dia 05/09, às 16h30 No interior do estado do Maranhão, um menino e suas buscas pela imensidão da paisagem.

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SOBRE O ABISMO

Minas Gerais, 2012, 30min. De André Brasil

Dia 06/09, às 16h30 Por essa tela já passou boa parte da história do cinema, mas a cada sessão é como se ela estivesse ainda virgem, antes do começo de tudo. A tela em branco é um imenso abismo feito de esquecimento.

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MOSTRA ÁFRICAS

filmes de regresso e questões à terra natal:

A mostra é composta de filmes de realizadores africanos e diaspóricos, que vivem ou viveram a experiência do exílio, e voltam à África, a terra natal. Confrontados ao lugar original, os cineastas arriscam-se nas fronteiras do documentário e da ficção, das nações e das identidades, para compor obras que, reunidas, demonstram a força inventiva do cinema e do documentário num contexto de afirmação da autonomia política e de constante reconstrução de si. As imagens e sons que se alinhavam no conjunto desses filmes fazem erigir uma África atual, em ebulição, suscitando reflexões renovadas sobre o continente e sua diáspora, provocando também novos elos afetivos com a chamada “terra-mãe”. 44


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A VIDA SOBRE A TERRA / La Vie Sur Terre Mali/Mauritânia/França, 1998, 62min. De Abderrahmane Sissako

Dia 03/09, às 19h30

Nas vésperas do ano 2000, Abderrahmane Sissako, cineasta mauritano que vive na França, decide voltar a Sokolo, uma pequena aldeia do Mali, para reencontrar seu pai: “Querido pai, você ficará um pouco surpreso, talvez mesmo preocupado, em receber uma carta minha. Eu me apresso em dizer que tudo vai bem e espero que você também esteja bem. Contrariamente à mensagem que lhe enviei por Jiddou, uma mudança importante faz com que eu esteja em breve com você em Sokolo: o desejo de filmar Sokolo, a vida, a vida sobre a terra, o desejo também de partir. Ainda mais que daqui a pouco nós estaremos no ano 2000 e que nada mudará para melhor, você sabe disso melhor do que eu…”

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E NÃO HAVIA MAIS NEVE... / Et La Neige N’était Plus...

França/ Senegal, 1965, 22min. de Ababacar Samb Makharam

04/09, às 10h

Um jovem estudante senegalês regressa da França. O que ele aprendeu? O que ele esqueceu? Qual via ele irá escolher para o contato com as novas realidades africanas? Os problemas que se colocam na juventude africana expostos com franqueza, coragem e humor.

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FÉRIAS EM CASA / Vacance au Pays Camarões/França/Alemanha, 2000, 75 min. De Jean-Marie Teno

Dia 04/09, às 10h

Uma viagem a Camarões é a oportunidade, para o diretor, de se interrogar sobre a noção de desenvolvimento e de modernidade na sociedade camaronense, que prega que o que vem do Ocidente é moderno, enquanto o que é produzido localmente é arcaico e condenado ao desaparecimento. “O fato de viver no exterior permite, quando voltamos ao nosso país, que nos demos conta da dimensão das transformações. No nosso país, nós não nos damos tanto conta da mudança. As próprias pessoas mudam e não se dão conta.” (Jean-Marie Teno)

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SI-GUERIKI, A RAINHA MÃE / Si-Gueriki, La Reine Mère Alemanha/Benim/França, 2002, 62min. De Idrissou Mora Kpai

Dia 06/09, às 10h

“Meu pai faleceu e com ele parte da minha infância, minhas certezas, minhas crenças e meus sonhos”. Depois de dez anos de ausência, Idrissou Mora Kpai volta ao Benim para rever sua família. Contra qualquer expectativa, essa viagem vai ser a ocasião de descobrir aquela que, desde sempre, nada mais fez do que servir a seu pai: sua mãe. Herdeira do título real de seu marido, ela tornou-se uma autoridade na comunidade Wassangari, ao norte do país. Rapidamente, junto com a coesposa do finado, ela corrige a imagem do pai ideal que o jovem cineasta guardou na memória. Diretas e lúcidas, as duas denunciam, não sem humor, um sistema patriarcal do qual foram também vítimas as irmãs e sobrinhas do diretor.

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ÉDOUARD GLISSANT: UM MUNDO EM RELAÇÃO / Édouard Glissant: One World in Relation Estados Unidos da América, 2010, 52 min. De Manthia Diawara

Dia 04/09, às 19h30

Em 2009, Manthia Diawara, com sua câmera, segue Édouard Glissant no navio Queen Mary II, numa jornada transatlântica de South Hampton (Inglaterra) ao Brooklyn (Nova Iorque). A poética meditação continua na Martinica, o lar nativo de Édouard Glissant. As extraordinárias viagens resultaram na produção de uma biografia intelectual na qual Glissant desenvolve sua teoria da “Relação” e o conceito de “Tout-monde”. Édouard Glissant é um dos mais importantes pensadores contemporâneos. Nos anos 80, sua teoria da “creolização”, diversidade e alteridade, desenvolvida no livro “O Discurso Antilhano” (1981), foi considerada como seminal para a emergência dos estudos do multiculturalismo, das políticas das identidades, das literaturas minoritárias e do Atlântico Negro. Nos anos 90, ele desenvolveu os conceitos de “Poética da Relação” e “Tout-monde”, segundo os quais a ideia de “Relação” é percebida como uma entidade autônoma, movendo-se entre objetos e lhes fornecendo energia, poesia e diferença. No livro “Filosofia da Relação”, Glissant usa o conceito para mediar novos significados para globalização, caos, violência, igualdade e justiça. 51


EM BUSCA DA ÁFRICA / In Search of Africa Estados Unidos da América, 1997, 26 min. De Manthia Diawara

04/09, às 19h30

Em 1996, o cineasta e escritor Manthia Diawara, que vive em Nova Iorque, volta para a Guiné, trinta e dois anos depois que ele e sua família foram expulsos do recém- libertado país. Apesar dos anos transcorridos, Diawara espera ser recebido como um membro da comunidade e, perplexo, descobre que não é.

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MOSTRA CLÁSSICOS DO REAL:

Homenagem a Alexandre Robatto Na Mostra Clássicos do Real homenageamos documentaristas que fizeram história. Nesta edição, com exibição dos filmes restaurados, celebramos a memória de Alexandre Robatto, pioneiro do cinema baiano.

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ENTRE O MAR E O TENDAL Bahia, 1952/53, 22 min. De Alexandre Robatto

Dia 07/09, às 10h A pesca do xaréu nas praias de Chega Nego e Carimbamba: o farol da Praia de Itapuã, a armação de redes, os atadores e os mergulhadores, jangadas, o mestre de terra e o mestre de rede, a coleta dos peixes e o transporte para o tendal.

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IGREJA

Bahia, 1960, 8 min. Direção: Silvio Robatto. Fotografia e montagem: Alexandre Robatto

Dia 07/09, às 10h

Um grupo de pessoas acompanha um guia numa visita ao interior de uma igreja baiana. Uma mulher se separa do grupo e fica presa em um salão adornado com esculturas barrocas.

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O REGRESSO DE MARTA ROCHA Bahia, 1955, 9 min. De Alexandre Robatto

Dia 07/09, Ă s 10h Marta Rocha, a miss mais famosa do Brasil, regressa do exterior, depois de ficar em segundo lugar no concurso mundial de beleza. A euforia causada pela sua passagem pelas ruas de Salvador.

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OS FILMES QUE EU NÃO FIZ Bahia, 2013, 26 min. Direção de Petrus Pires

Dia 07/09, às 10h Alexandre Robatto Filho e sua paixão desde a década de 1930: o cinema. Robatto deixou sua gente, sua época e a perspectiva de futuro nos filmes que fez. Mas deixou também a inquietação por fazer mais. Era na beleza do que não pôde captar que Robatto queria ser lembrado: nos filmes que não fez.

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VADIAÇÃO

Bahia, 1954, 8 min. De Alexandre Robatto

Dia 07/09, às 10h Diante das câmeras estão figuras históricas como Mestre Bimba e Mestre Traíra, hoje reverenciados por adeptos da capoeira em todo o mundo. Além da importância do registro e do pioneirismo temático, vemos na tela uma cuidadosa elaboração dos enquadramentos, fruto dos estudos previamente concebidos por Carybé e, muitas vezes, seguidos à risca pelo documentarista Alexandre Robatto.

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MOSTRA CINEMA NA REAL A mostra busca atrair e sensibilizar o olhar de alunos e professores das escolas de ensino médio para o documentário e instrumentalizá-los para o uso do audiovisual em sala de aula. Na edição de 2013, o CachoeiraDoc faz uma homenagem ao futebol com uma seleção de documentários sobre o tema. De grandes finais a peladas em campinhos de bairro, passando pela vida dos craques e pelas torcidas, a mostra retrata o esporte mais popular do planeta. São filmes que mostram que o futebol está presente em diversos campos, como a política, a arte, a economia, o cotidiano e os corações e mentes de milhões de pessoas ao redor do mundo.

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BARBOSA

Brasil, 1988, 12 min. De Ana Luiza Azevedo e Jorge Furtado

Dia 29/08, às 09h

O que você faria se tivesse a chance de mudar o dia mais triste da sua vida? Aquele dia em que seus sonhos e fé foram destruídos? Em Barbosa, o personagem de Antônio Fagundes tem a chance de fazer isso. O ano é 1988 e ele constrói uma máquina do tempo que permite sua volta a 38 anos antes, para o dia da final da Copa do Mundo de 1950. Seu plano é simples: ele vai dar um jeito de entrar no gramado do Maracanã para dar um soco em Gigia, impedindo que ele faça o segundo gol do Uruguai, o gol que tirou o título da Seleção Brasileira e calou os 200 mil torcedores que lotavam o estádio. Mas essa história é apenas o pano de fundo para algo muito mais profundo: os tristes depoimentos de Barbosa. O goleiro, falecido em 2000, nos conta quantas vezes já sonhou com aquele lance e nos dá uma ideia de como ele foi perseguido, por toda a vida, pelo resultado da final.

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DO MESMO LADO

Brasil, 2010, 10min. De Diogo Nunes, Deivison, Fátima, Joelma, Natali, Rogério, Samir Suzart

Dia 29/08, às 09h e às 14h

A suposta rivalidade entre Cachoeira e São Félix é discutida, tendo como um dos seus principais focos de disputa o futebol.

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ESPIRITO SANTO FUTEBOL CLUBE Brasil, 2012, 29min. De André Ehrlich Lucas, Lucas Vetekesky

Dia 29/08, às 09h

Um retrato afetivo de um clube chamado Espírito Santo e a sua luta para se manter na primeira divisão do futebol capixaba.

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GERAL

Brasil, 2010, 15 min. De Anna Azevedo

Dia 29/08, às 09h O palco é a geral do estádio do Maracanã. Em cena, os torcedores conhecidos como geraldinos num espetáculo de êxtase, fúria, alegria e dor.

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PRETO CONTRA BRANCO Brasil, 2004, 55 min. De Wagner Morales

Dia 29/08, às 14h Uma tradição de três décadas é o ponto de partida do documentário Preto contra Branco. O filme discute o preconceito racial no Brasil, usando como referência um “clássico” do futebol de várzea entre moradores de dois bairros periféricos de São Paulo. Desde 1972, um grupo de moradores do bairro de São João Clímaco organiza um jogo de futebol de brancos contra pretos no final de semana que antecede o Natal. Em uma comunidade altamente miscigenada, composta basicamente por mulatos, a peculiaridade da partida é a auto-atribuição da raça pelo participante. Cada jogador se declara negro ou branco e “escolhe seu time”. A equipe do documentário passou uma semana entrevistando personagens, acompanhando o dia a dia dos bairros, em um processo que culmina no jogo. Trata-se de um verdadeiro ritual, no sentido antropológico, que serve para atenuar as tensões raciais locais, ao mesmo tempo em que acaba por revelá-las. 69


MOSTRA RECテ年CAVO 70


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DIÁLOGOS COM O SAGRADO Bahia, 2012, 40 min. De Ângela Figueiredo e Fabrício Jabar

Dia 06/09, às 14h

Documentário sobre as rezadeiras, aborda a história de mulheres que utilizam folhas e rezas para a cura de alguns males popularmente conhecidos, como: olhado, peito aberto, erisipela, espinhela caída, entre outras enfermidades. São doenças que, na cultura popular, só podem ser curadas através das rezas. Além das rezadeiras, o documentário apresenta diálogos com a medicina tradicional e igrejas evangélicas, que, segundo elas, tornaram-se grandes impasses para a continuidade dessa tradição. O maior objetivo deste documentário é prestar uma homenagem a essas mulheres que, acreditando possuir um dom divino, passaram toda a sua vida se dedicando a curar pessoas pobres. A história das rezadeiras se confunde com a história de milhares de pessoas pobres no Brasil, que somente através da solidariedade e da fé conseguiram construir suas trajetórias de vida. 73


FLOR DO BARRO

Bahia, 2013, 8 min. De Vonaldo Mota e Luciana Sacramento

Dia 06/09, às 14h

Florisvaldo Ribeiro Santos, o Flor, e sua família moldam com as mãos uma tradição herdada de seus antepassados. Influenciado por ícones pop e super-heróis, Flor cria então sua estética própria e inova o artesanato de Cachoeira.

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PARA SE CONTAR UMA HISTÓRIA

Bahia, 2013, 28 min. De Diego Jesus, Elen Linth, Leandro Rodrigues, Lucicleide Santos (Neguinha)

Dia 06/09, às 14h

Na comunidade quilombola Santiago do Iguape, Neguinha conta uma história de resistência.

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SAMBA DE RODA

Bahia, 2013, 7 min. De Diego Jesus, Elen Linth, Leandro Rodrigues, Lucicleide Santos (Neguinha), Jefferson Parreira e Robson Moreira

Dia 06/09, às 14h

Em Santiago do Iguape, a jovem Riane conta sobre o surgimento dos grupos de samba de roda na comunidade. Um relato sensível e afetuoso sobre uma das manifestações culturais mais importantes do Recôncavo.

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SESSÕES ESPECIAIS 78


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A BATALHA DO PASSINHO Rio de Janeiro, 2012, 75min. De Emílio Domingos

Dia 05/09, às 14h

Quando o vídeo Passinho Foda atingiu 4 milhões de acessos no YouTube, Beiçola e seus amigos se surpreenderam. Gravado com uma câmera fotográfica digital num churrasco no quintal da casa, o vídeo mostrava uma nova forma de dançar funk. Em menos de uma semana, tinha virado febre na internet. Um fenômeno que revela como a cultura do funk se expandiu para além dos bailes, DJs e favelas.

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O MESTRE E O DIVINO Pernambuco, 2013, 83min. De Tiago Campos

Dia 04/09, às 14h

Dois cineastas retratam a vida na aldeia e na missão de Sangradouro, Mato Grosso: Adalbert Heide, um excêntrico missionário alemão, que logo depois do contato com os índios, em 1957, começa a filmar com sua câmera Super-8; e Divino Tserewahu, jovem cineasta xavante, que produz filmes para a televisão e festivais de cinema desde os anos 90. Entre cumplicidade, competição, ironia e emoção, eles dão vida aos seus registros históricos, revelando bastidores bem peculiares da catequização indígena no Brasil...

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RABECA

Bahia, 2013, 71 min. De Caetano Dias

Dia 07/09, às 20h Eder Fersant, jovem músico radicado na Bahia, em uma viagem de Irecê a Correntina, revela os mitos regionais, os personagens, os sons e a riqueza cultural do sertão nordestino, apresentando cruamente o desaparecimento da tradição dos mestres rabequeiros. A rabeca, instrumento que acompanha o músico durante a viagem, é utilizada como elemento de ligação entre os personagens no filme. O foco da narrativa nos conduz à história de personagens como Dona Dominga da Rabeca, octogenária e mestre rabequeira.

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TÃO LONGE É AQUI São Paulo, 2012, 74min. De Eliza Capai

Dia 07/09, às 16h30 A partir de memórias guardadas de uma longa viagem, uma carta é enviada para o futuro. Sozinha, longe de casa e às vésperas de completar 30 anos, uma brasileira parte em uma jornada pela África. Na carta para sua filha, ela conta dos encontros com mulheres que vivem em suas próprias culturas e tempos. Um diário, um road movie e um convite a todas as pessoas que lideram seus próprios caminhos.

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CONFERÊNCIAS

O REAL E A MISE-EN-SCÈNE Com César Guimarães

Dia 05/09, às 9h A palestra abordará as recentes passagens e contaminações entre os regimes do documentário e da ficção, detendo-se no entrelaçamento entre mundos históricos e mundos ficcionais, entre a experiência singular dos sujeitos e as mudanças sociais em grande escala. Essa nova forma de fraternidade entre o documentário e a ficção será investigada especialmente em alguns filmes do cineasta Jia Zhang-ke. César Guimarães é Professor Associado da Universidade Federal de Minas Gerais, integrante do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da FAFICH-UFMG e pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). É coordenador do grupo de pesquisa “Poéticas da experiência” e editor da revista “Devires: Cinema e Humanidades”.

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FILMES DE REGRESSO: CINEMA DE ÁFRICAS E O DESAFIO DAS FRONTEIRAS Com Amaranta Cesar

ao final de cada sessão da Mostra Áfricas Para um conjunto significativo de filmes assinados por realizadores africanos, que vivem ou viveram a experiência da imigração, o retorno ao “país de origem” é a ocasião para representar ou performar um processo de reposicionamento identitário. Através da análise de cada filme da Mostra Áfricas: filmes de regresso e questões à terra natal, pretende-se compreender a maneira como a encenação dessas trajetórias pode dar lugar tanto a novas operações de subjetivação, quanto a um cinema singular, que se cria nos interstícios das fronteiras e das identidades. Amaranta Cesar é professora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. é doutora em Cinema e Audiovisual pela Universidade de Paris 3. Foi curadora da Mostra 50 Anos de Cinema da África Francófona. É curadora do CachoeiraDoc.

ALEXANDRE ROBATTO, O PIONEIRO DO CINEMA BAIANO

Com Sônia Robatto, Ana Luisa Coimbra e Dayse Porto

Dia 07/09, às 11h30

A mesa debaterá a biografia e os aspectos poéticos da obra de Alexandre Robatto, bem como o processo de preservação de seus filmes, recentemente restaurados. Sônia Robatto é atriz, escritora, dramaturga e fundadora do Teatro Vila Velha, é filha de Alexandre Robatto e coordenou o processo de restauração de seus filmes. Ana Luisa Coimbra é Mestre pelo programa “Memória: Linguagem e Sociedade” da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, onde defendeu a dissertação “Memória e Imagens da Bahia no Documentário de Alexandre Robatto Filho”. Dayse Porto é jornalista e roteirista. Assina a assistência de direção e roteiro de Os Filmes que Não Fiz / Alexandre Robatto Filho − Um Pioneiro do Cinema na Bahia. É mestranda em Comunicação e Semiótica pela PUC-São Paulo.

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OFICINAS

Oficina de Web Documentário

Com Diego de Jesus, Diogo Nunes e Laís Lima – Grupo de Estudos e Práticas do Documentário da UFRB

30 e 31/08, das 08h às 11h

A oficina promove uma introdução à linguagem audiovisual e capacitação para a realização de conteúdos documentais a serem veiculados pela internet, dividindo-se em duas etapas: 1) a linguagem audiovisual; 2) a produção de curtas-metragens documentais. Dialogando com as convergências de mídia e incentivando modos de concepção de imagens produzidas com o uso de dispositivos portáteis, a Oficina de Web Documentário se volta a mais um possível meio de expressão cinematográfica. Carga Horária: 6h 87


Oficina de Desenvolvimento de Projeto de Documentário Com Aly Muritiba

Dias 05 e 06/09, das 13h às 18h, e 07/09, das 9h às 13h Como encontrar a maneira mais adequada para abordar seu objeto documental e como adequar suas ideias prévias à realidade do fazer documental? Como desenvolver e formatar sua ideia audiovisual num projeto escrito que sirva de base real para o fazer documental? Eis questões sobre as quais esta oficina se propõe a refletir, tendo sempre como base as ideias e/ou projetos dos alunos. Carga Horária: 15h.

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FICHA TÉCNICA Idealização: Amaranta Cesar Coordenação: Amaranta Cesar e Ana Rosa Marques Curadoria da Mostra Competitiva Nacional: Amaranta Cesar, Ana Rosa Marques, Bruno Machado, Laís Lima, Larissa Oliveira e Leandro Rodrigues Curadoria da Mostra Cinema na Real: Ana Rosa Marques Curadoria da Mostra Áfricas: filmes de regresso e questões à terra natal: Amaranta Cesar Coordenação de Produção: Fernanda Pimenta e Leonardo Costa Produção: Vanessa Salles Assistente de Produção: Thamires Vieira e Leandro Rodrigues Técnico das Projeções: Gleydson Publio Coordenação do Registro em Vídeo: Danilo Scaldaferri Assessoria de Comunicação: Maria Clara Lima Programação Gráfica: Everton Marco e Tiago Ribeiro

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Monitores: Cirlla Machado, Clarissa Queiroz, Edjanara Conceição, Jessé Patrício Souza dos Santos, Mateus Santos Ribeiro, Mateus Sousa e Silva, Nilo Florentino de Matos Neto, Rwolf Kindle Ferreira, Thiago Ramos Logasa, Ulisses Arthur Bomfim Macedo Registro Fotográfico: Cássius Borges, Geovane Peixoto, Jeane Carina Rosa de Souza, Léo Costa Equipe de Vídeo: Bruno Machado, Eduardo dos Santos Oliveira, Guilherme Bronzato, Iasmin Coni, Larissa Oliveira, Luís Otávio Silva Moraes, Ruy Dutra Oficina de Web Documentário: Diego de Jesus, Diogo Nunes e Laís Lima Oficina de Desenvolvimento de Projeto de Documentário: Aly Muritiba Tradução: Moema Franca Legendagem: Adriano Oliveira Revisão de Texto: Moema Franca Locução para Spot de rádio: Ramona Gayão Música “Samba de Novato”: Banda Escola Pública Fotos: Mark Dayves, inspiradas no trabalho de Erivan Moraes Edição: Kelvin Marinho Trilha sonora: Guilherme Maia Cenografia do Foyer: Everton Marco e Tiago Ribeiro

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AGRADECIMENTOS Abderrahmane Sissako, Adriano Oliveira, Alder Augusto, Aldo Julio Santiago Fróes, Alexsandro Rocha, Ana Paula Nunes, Angélica Baldas, Anna Azevedo, Augusto Júnior, Banda Escola Pública, Caetano Dias, Camila Mota, Carlos Amorim, Camilo Fróes, Carlos Paiva e Elton Vitor Coutinho, Cláudia Pôssa, César Guimarães, Cláudio Manoel, Coletivo Xaréu, Cyntia Nogueira, Danillo Barata, Dayse Porto, DJ Riffs, Emanuel Soares, Georgina Gonçalves dos Santos, Gordo Neto, Guilherme Maia, João Carlos Costa, José Luiz Bernardo, Jorge Cardoso, Juliana Araújo Dantas, Mateus Aleluia, Manthia Diawara, Marcelino, Nadja Vladi, Osmundo Pinho, Paulo Gabriel Nacif, Paola Publio, Petrus Pires, Raminho da Pipoca, Ramona Gayão, Saulo Leal, Silvio Soglia, Sônia Robatto, Thomas Sparfel, Vanhise Ribeiro, Wagner Morales e Wilson Penteado. 91


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