EM REVISTA EDITOR: LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ - Prefixo Editorial 917536
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NÚMERO 11, VOLUME 1 – EDIÇÃO ESPECIAL A JANEIRO-MARÇO 2024 SÃO LUÍS DO MARANHÃO
A presente obra está sendo publicada sob a forma de coletânea de textos fornecidos voluntariamente por seus autores, com as devidas revisões de forma e conteúdo. Estas colaborações são de exclusiva responsabilidade dos autores sem compensação financeira, mas mantendo seus direitos autorais, segundo a legislação em vigor.
EXPEDIENTE
ALL EM REVISTA Revista eletrônica EDITOR Leopoldo Gil Dulcio Vaz Prefixo Editorial 917536 vazleopoldo@hotmail.com
ACADEMIA LUDOVICENSE DE LETRAS Praça Gonçalves Dias, Centro – Palácio Cristo Rei 65020-060 – São Luis – Maranhão
ALL EM REVISTA Revista eletrônica da Academia Ludovicense de Letras Gestão 2022/2023 COMISSÃO EDITORIAL
EDITORIAL
Esta é uma Revista Eletrônica, dedicada à Literatura Ludovicense/Maranhense, posto ser o órgão de divulgação e disseminação dos escritos dos membros da Academia Ludovicense de Letras – ALL. Outros colaboradores também têm seus escritos aqui impressos, mormente aqueles que já apareceram em várias mídias e páginas literárias na nuvem. Outros, escritos especialmente para a Revista... Sua construção se dá no “copiar e colar” quando do envio e/ou captura desse material. Haverá mudança de formato, quando de sua edição. Com a nova diretoria – Marechal Sanatiel à frente – uma nova equipe de editoração estará a postos. Este trimestre haverá Edições Especiaia, dedicada exclusivamente à minha produção: ABECEDÁRIO DA LITERATURA MARANHNESE. Recentemente, publiquei – também em edição espacial – poesias publicadas em jornais maranhenses – foram 17 publicações; agora, busco identificar esses autores, a grande maioria anônimos, ou publicados com pseudônimos – alguns conhecidos, a maioria não -, daquilo que foi possível recuperar, do Acervo digital da Biblioteca Benedito Leite. Se publicado aqui, edição normal, ocuparia todo o espaço disponível. Desta forma, sairão em edição especial, pois ... Também o material do Kyssian Kastro – poetas maranhenses de ontem... Sanatiel propõem uma nova antologia ludovicense... vamos conversar sobre isso... Já publiquei uma série de seis artigos/livros – pois com cerca de 300 páginas cada – de uma antologia dedicada a poetas e escritores ludovicenses, com uma periodização possível, provisória, até o inicio dos anos 2.000. Uma, dedicada apenas às poetas/escritoras – As mulheres de Atenas -; outra, àqueles que nasceram Alhures, mas tiveram sua vida intelectual no Maranhão. Não sei o que será aproveitado disso, e ainda temos as atuais publicações, do resgate de mais de 6.600 poesias publicadas nos jornais maranhenses, desde o primeiro. Eram portugueses os primeiros poetas a publicar no Maranhão... Na presente edição – ABECEDÁRIO... vamos até a letra “E”. Continuamos com as demais letras, que sairão na próxima edição especial -B – com o limite das 300 páginas publicadas...
. LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ EDITOR
SUMÁRIO Expediente Diretoria Editorial Sumário ABECEDÁRIO DA LITERATURA MARANHENSE: “A”QUELES NOS JORNAIS ABECEDÁRIO DA LITERATURA MARANHENSE: LETRA “B” ABECEDÁRIO DA LITERATURA MARANHENSE: LETRA “C” ABECEDÁRIO DA LITERATURA MARANHENSE: LETRA “D” ABECEDÁRIO DA LITERATURA MARANHENSE: LETRA “E” KYSSIAN CASTRO POETAS MARANHENSES DE ONTEM
NOVA “GESTAÇÃO” PRESIDENCIA
DIRETORIA
CONSELHO FISCAL
CONSELHO EDITORIAL
ABECEDÁRIO DA LITERATURA MARANHENSE: “A”QUELES NOS JORNAIS LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Academia Ludovicense de Letras Academia Poética Brasileira Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro Centro Esportivo Virtual Licenciado em Educação Física; Mestre em Ciência da Informação
De algum tempo venho me dedicando ao resgate da memória da literatura maranhense/ludovicense; buscando dados e informações sobre os autores que nasceram e/ou tiveram sua vida intelectual ligada ao Maranhão. Em especial, dedico-me à memória do lazer, esportes, e educação física no/do Maranhão. Daí, a literatura aparecer como componente de um lazer passivo... Na busca por maiores informações de Maria Firmina dos Reis, deparei-me com uma publicação em que aparecia um retrato da autora de Úrsula; fui buscar o suposto retrato no jornal em que fora publicada; só que não! Não encontrei nada; resolvi estender a busca por outros jornais, da época, e encontrei um sem-número de poesias publicadas, de diversos autores – então resolvi estender a busca: quem publicou, em jornais maranhenses, poesias? Encontrei mais de 6.600 (seis mil e seiscentos) poemas publicados, e não me utilizei de todo o acervo disponibilizado na Biblioteca Pública Benedito Leite, num total de 550 jornais digitalizados, desde o início da imprensa no Maranhão, isto porque a maioria dos jornais não se consegue acessar, pois apresenta erro; muitos estão inelegíveis, outros mutilados e outros não apresentam poesias em seu conteúdo. Outro grande problema é a identificação desses autores: alguns, figurinhas carimbadas, outros, desconhecidos, e um sem-número de anônimos: ou assinaram com pseudônimos, ou apenas as iniciais, e outros, nem mesmo isso. São 15 (quinze) publicações, em média 300 páginas cada uma delas, em que essa produção foi resgatada. Agora, só resta organizar esse material, por ano de publicação, respeitando a primeira edição do jornal em que foi publicada – e alguns, se estendem por vários anos; cotejar essa produção com outras publicações, em especial o fiz com o Dicionário Bibliográfico de Sacramento Blake, resgatando todos os maranhenses ali identificados, com suas obras e complementando, sempre que possível, essas informações. Verificou-se que a produção maior se refere à teses apresentadas às mais diversas instituições universitárias, que frequentaram: medicina, direito, matemática, a sua maioria. Teses e artigos médicos são a grande maioria. Alguns desses autores, também se dedicaram à literatura, em especial, poesia. Outras obras aparecem com o registro da literatura produzida no Maranhão, por maranhenses aqui nascidos, ou por português, e pessoas de outras nacionalidades, que aqui se estabeleceram; muitos, tiveram uma vida profissional fora do Maranhão, e lá foram autores ativos. Esse o desafio... E aqui vamos novamente, cotejando Sacramento Blake com outros dicionaristas e/ou enciclopedistas e/ou historiadores e/ou críticos literários... Começaremos com Antonio dos Reis Carvalho
Quadro 1 Impressos Estudantis Liceístas
Impressos Estudantis O Progresso (1907) O Canhoto (1912) A Inubia (1914) O Excelsior (1914) O Estudante (1915) O Brazil (1907) Lábaro (1921) Alma Nova (1929) Sangue Jovem (1930)
Fonte: Catálogo de jornais da Biblioteca Pública Benedito Leite (2016).
A poesia nos jornais maranhenses – A Autores desconhecidos/anônimos/pseudônimos/ilegíveis o nome (?) Almeida (?) Barradas (?) Correia (?) da Cunha (?) da Cunha (?) das Chagas (?) de Castro (?) Ferreira (?) Ferreira (?) Garcia (?) Junior (?) Lisboa (?) Pereira (?) Rego . Lobão ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ?
Amor fatal Taylor A tarde Rimas Yara Sem título Dolorosa A onda A onda Longe de ti! A morte Morte Coelho Neto A mendiga Nendeixas Antero de Quental Bazar das trovas Toadas de aboio Tristeza A virgem do meo amor Galeria maranhense Distante Um ninho Resposta Electricos Fidalguia fritxmaquisada Sem titulo Lendo a divina comedia O porque Em busca do ninho Ciume de Cristo Estrela matutina Velada Antes de partir Ainda uma vez Crepusculos Tableaux
O Garoto/1919-21 O Estudante de Atenas/56 Jornal Instrução e Recreio/1845 O Debate/1910 O Debate/1910 Revista Elegante/1897 Revista Elegante/1898 A Sentinela/1855 A SENTINELA/1855 Revista Elegante/1899 Avante/1906 A Pacotilha/1883 O Imparcial/1899 Philomathia/1895 Philomathia/1895 Pacotilha/1891 O Pioneiro/1981 O Pioneiro/1981 Revista Elegante/1897 A Estrela Maranhense/1859 O Echo/1890 Revista Elegante/1890 28 de Julho/1892 Revista Elegante/1895 Revista Elegante/1895 Revista Elegante/1895 Revista Elegante/1895 Revista Elegante/1897 Revista Elegante/1897 Revista Elegante/1897 Revista Elegante/1897 Revista Elegante/1897 Revista Elegante/1897 Revista Elegante/1897 Revista Elegante/1897 Revista Elegante/1897 Revista Elegante/1897
? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? Cunha ? Duval ? Meirelles ? Soares ? 69 A A Cacetinho A de P. A Pombinha A. A. Garibaldi A.A A.A. A.A. A.A. A.A. A.A. A.A. A.A. A.A. A.A. A.A. A.A. A.A. A.A.
Vencedora Confissão Porque? Despertai Saudades Literatura Ausencia Archi-natura Sátira Mocidade Noite de amor Desengano Creação Adão no Paraíso Poesias Lamentações Inelegivel O Padre Pinheiro La pertenza Confissões Seculo de ausencia Trindade Pour tu Nana Sempre isso Esmeralda Morno amplexo Mater Ave mMaria A lingua da canalha Morta A lenda do judeu errante Costume antigo Minerva Lá vai lenha De máscara ?? Conselhos farmacêuticos Suplica Soneto Desabafo poético Comunicado de uma moça anonima Comunicado Desembucha Escravo Um baile Duas palavras ao meu amigão Dilema A canção do coveiro Soneto Receboa a vos Um baile Decepção Um baile Saudação Um baile Um baile Um baile Ao dono de um... nariz
Revista Elegante/1897 O Ideal/1898 Revista Elegante/1898 Revista Elegante/1898 Revista Elegante/1898 Revista Elegante/1899 Revista Elegante/1899 Gazeta de Picos/1908 O Imparcial/1915 A Mocidade/1934 A Peroba/1935 União/1950 O CRISTIANISMO/1854 O CRISTIANISMO/1854 O CRISTIANISMO/1854 O CRISTIANISMO/1854 A Pacotilha/1883 A Pacotilha/1883 Pacotilha/1886 Pacotilha/1891 O Porvir/1895 O São Bento/1901 O São Bento/1901 Gazeta de Picos/1908 Gazeta de Picos/1908 Gazeta de Picos/1908 Gazeta de Picos/1908 Gazeta de Picos/1908 Gazeta de Picos/1908 Gazeta de Picos/1908 Gazeta de Picos/1908 Gazeta de Picos/1908 Gazeta de Picos/1908 Gazeta de Picos/1908 Gazeta de Picos/1908 A Pacotilha/1883 Pacotilha/1889 A Pacotilha/1883 A Fita/1917 A Escola/1878 O Pensador/1881 Marmota Maranhense/1854 Marmota Maranhense/1854 A Marmota Maranhense/1854 O Jornalzinho/1931 Cruzeiro/1947 O Domingo/1872 Formigão/1870 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872
A.A. A.A. A.A. A.A. A.A. A.A. A.A. A.A. A.A. A.A. A.A. A.A.
Um baile Soneto O mercado Soneto Costumes maranhenses Soneto Soneto Sem titulo A um nariz Arroz de cuxá A um nariz Prece a Nossa Senhora
O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 A Pacotilha/1883 O Canhoto/1908 Jornal dos Artistas/1908 O Canhoto/1912 O Trabalho/1918
A.Americo Cesar
Cantigo de amor A escola Salão azul O bandido Depois de um enterro O meu retrato Na rua da tristeza Nazareth A minha mãe Deus O bandido Eterno amor Deus Deus Depois de um enterro Ela não morreu
Revista Elegante/1899 A Mocidade/1906 A Mocidade/1906 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 Primavera/1909 Primavera/1909 Primavera/1909 Primavera/1909 O Martelo/1911 O Canhoto/1912 O Canhoto/1912 O Ateniense/1918 O Martelo/1911 O Canhoto/1912 O Ateniense/1918
Americo Cesar
A.Americo Neto A.Antunes
Vida feliz Soneto Soneto
Revista Elegante/1890 Singular/1937 Singular/1937
A.Azevedo
Soneto Soneto Bertha Bertha Rimas Aniversário Transit. Confuzão Vem Impressões de teatro Pelintra O marido, a mulher, e o outro Infantilidade Corre Mangas Que espiga As estatuas Dois padres Saldo de contas De lua a sol Suicidio Pedido De lua a sol Improbus amor
O Domingo/1872 O Domingo/1872 A Pacotilha/1883 A Pacotilha/1883 O Debate/1910 Jornal dos Artistas/1919 A Noticia/1928 A Noticia/1928 A Noticia/1928 A Noticia/1928 A Flexa/1879 Pacotilha/1904 Avante/1907 Gazeta de Picos/1909 Gazeta de Picos/1909 O Grilo/1912 Correio de Picos/1912 Gazeta de Picos/1912 Gazeta de Picos/1912 Gazeta de Picos/1912 Cidade de Pinheiro/1924 Cidade de Pinheiro/1924 A Noticia/1928 Voz do Povo/1931
Arthur Azevedo Artur Azevedo
Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo (São Luís, 7 de julho de 1855 — Rio de Janeiro, 22 de outubro de 1908),[1] também conhecido como Artur Azevedo, foi um escritor, dramaturgo, poeta, contista, prosador, comediógrafo, crítico, cronista e jornalista brasileiro.[2] Ao lado de seu irmão, o escritor Aluísio Azevedo, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.[3] Tendo escrito milhares de artigos sobre eventos artísticos e encenado mais de cem peças no Brasil e em Portugal, Azevedo foi um dos maiores defensores da criação do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, cuja inauguração ocorreu meses depois de sua morte.[4] Suas peças mais conhecidas são A joia, A Capital Federal, A almanjarra, O Mambembe, entre outras.[3] Três teatros no Brasil foram batizados com o seu nome: o Teatro Arthur Azevedo de São Luís, Maranhão, sua cidade natal,[2] o Teatro Arthur Azevedo da cidade de São Paulo, e o Teatro Arthur Azevedo da cidade de Rio de Janeiro. A.B. ??????????? Pacotilha/1902
A.B. Barbosa de Godois Barbosa de Godoi Antonio Barbosa de Godois Antonio de Godois
Estancias Uma noite de Torquato Tasso A nossa terra As normalistas de 1915 Ephitamilio
A Escola/1878 A Escola/1878 A Escola/1918 Revista Maranhense/1916 A Mocidade/1875
Antonio Baptista Barbosa de Godois (São Luís, 10 de novembro de 1860 - Rio de Janeiro, 4 de setembro de 1923) foi um escritor, poeta e professor. Biografia Foi um educador, escritor, poeta, historiador e político. Formou-se em Direito pela Faculdade do Recife (atual Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco), exercendo, no Maranhão, o cargo de procurador da Justiça Federal. Como político, foi Deputado Estadual do Maranhão[1] e Vice-Presidente do Estado do Maranhão. Exerceu o magistério, tendo lecionado, como professor da cadeira de História e Instrução Cívica[2][3] , entre outros, e dirigido (entre 1900 [4][5][6]e 1905[7]) a Escola Normal do Estado do Maranhão[8], e na Escola Modelo “Benedito Leite”, publicando inúmeras obras na área de educação. Participou ativamente na imprensa de sua época e, aliado a intelectuais de expressão que então se empenhavam em resgatar a cultura e a literatura maranhense, fundou a Academia Maranhense de Letras[9], tendo ocupado a cadeira n.º 1, cujo patrono é o Professor Almeida Oliveira, atualmente ocupada por Sebastião Moreira Duarte. Entre suas obras de maior destaque e importância, pode-se citar a “História do Maranhão”, em 2 volumes, publicada em 1904. Como poeta, destaca-se sua composição da letra do Hino do Estado do Maranhão[10]. Obras Instrução cívica (Resumo Didático) - Maranhão, 1900. História do Maranhão - Maranhão, 1904, 2 volumes. Escrita rudimentar - São Luís, 1904. À memória do Doutor Benedito Pereira Leite - Maranhão, 1905. O mestre e a escola - Maranhão, 1911. Higiene pedagógica - São Luís, 1914. Os ramos da educação na Escola Primária - São Luís, 1914. Doutor Almeida Oliveira. Discurso na Academia, in RAML. Vol. I - São Luís, 1919.
Antônio Batista Barbosa de Godóis nasceu em São Luís, a 10 de novembro de 1860 e faleceu no Rio de Janeiro, a 4 de setembro de 1923. Bacharel em Direito pela Faculdade de Recife, em 1884. De regresso à sua terra natal, exerceu as funções de procurador da Justiça Federal no Maranhão, professor, promotor público, jornalista, deputado, funcionário público, homem de governo. Mas o que mais lhe deu imortalidade ao nome foi a renovação educacional que lhe confiou Benedito Leite, na passagem do século, movimento de que resultou a reforma da Escola Normal e o funcionamento da Escola-Modelo do Maranhão, onde exerceu o magistério com incomum proficiência. Integrou-se no movimento cultural que visava a sacudir o Maranhão do torpor em que se afundava, colaborando ativamente na imprensa e publicando excelentes monografias sobre
educação. Embora não se lhe atribua talento poético, Barbosa de Godóis compôs a letra do Hino Maranhense, poema de razoável beleza, musicado pelo maestro Antônio Rayol. Educador de indiscutíveis e admiráveis méritos, tinha nesse campo suas atividades de eleição, merecendo atenção especial o vanguardismo de suas ideias didático-pedagógicas, fato inequivocamente comprovado pelo tema predominante de sua bibliografia e pelo patrono que, ao fundar a Cadeira nº 1 na Academia Maranhense de Letras, escolheu: Antônio de Almeida Oliveira, jurisconsulto, político, homem de Estado e pedagogista maranhense. A.B.G. Costa
O braseiro
O CRISTIANISMO/1854
A.Bastos Morbach A fonte que secou na tua saudade O Tocantins/1927 BLOG DA EMEF AUGUSTO BASTOS MORBACH: Biografia de Augusto Bastos Morbach (augustomorbach.blogspot.com)
. 1911 - Filho de Frederico Carlos Morbach e Rosa de Lima Bastos Morbach, nasce em 9 de fevereiro , em Santo Antonio da Cachoeira, hoje município de Itaguatins, no norte do Estado de Goiás, na casa do coronel Augusto Cezar de Magalhães Bastos, seu avô. • 1917 - Órfão aos seis anos passa ao convívio de Arthur Guerra Guimarães casado com sua tia Vicência Bastos Guimarães. Nessa dependência, enquanto a tia ensina-lhe as primeiras letras, o tio recusa os desenhos que tira, a carvão, pretendendo que o ascendrado realismo temático seja substituído pela alegoria, por motivos alegres. • 1913 - Os trabalhos de Augusto Morbach não são estimulados pelo tio, secretário do Conselho Municipal de Marabá por este não julgar conveniente a divulgação de imagens negativas da região. • 1919 - Aos oito anos de idade, incorporado à família de Arthur Guerra Guimarães, passa a residir na sede do município de Marabá. • 1920 - O juiz Ignácio de Souza Moitta – em Marabá desde o ano anterior – instala e mantém o educandário Arthur Porto, que terá como discente Augusto Morbach. No educandário cultiva estreita amizade com o seu diretor, juiz Ignácio Moitta – seu padrinho de crisma – e com sua esposa, a professora Arzuilla Horta de Souza Moitta. Enquanto o juiz, como intelectual, incutilhe o gosto pelos clássicos, a esposa ensina-lhe as únicas noções que recebeu de ritmo, forma, espaço, luz e sombra. • 1925 - retrata a lápis o “querido mestre amigo”, juiz Ignácio Moitta, no que se constitui a sua mais antiga criação de que se tem noticia. • 1932 – casa-se com Doralice Fontenelle Morbach, em 12 de novembro, em Porto Franco, no Estado do Maranhão, a quem, quando monitor no educandário Arthur Porto, havia ensinado História e Geografia, com quem teve 4 filhos: Frederico, Pedro, Carlos Arthur e Rômulo. Nessa época, como registrou, “hiberna na vida da castanha”, como intermediário entre o castanheiro e o aviador, ainda amargurando a negativa do Secretário Geral do Estado, que recusou sua matricula nos estabelecimentos de ensino da capital. • 1935 - ingressa no serviço público ocupando, em curto período, o cargo de administrador das feiras e mercados da Prefeitura Municipal de Marabá. Neste mesmo ano, morre seu tio Arthur Guimarães, em 12 de novembro, e ele assume os encargos de chefe da família. • 1939 - com o comercio dos castanhais arruinado pela Segunda Guerra Mundial, passa a dedicar-se ao garimpo e extração de madeira. Mal sucedido no garimpo, perde três fazendas em Goiás e hipoteca o castanhal “Balão”, para saldar os compromissos. • 1940 - conhece, acidentalmente, em Marabá, Libero Luxardo, a quem retrata num esboço. Descobrindo o artista, Líbero Luxardo pede-lhe que ilustre o seu poema Tocantins, Rio de Três Estados. E, antes de editado o poema, em Belém, promove exposição, das 14 ilustrações realizadas por Augusto Morbach, as quais emocionam a intelectualidade da época , reunida em torno das revistas Novidade e Terra Imatura. • inicia colaboração na revista Novidade, de Otávio Mendonça e Inocêncio Machado Coelho, na forma de ilustrações, capas e artigos; ilustra Terra Imatura, revista dirigida por Cléo Bernardo de Macambira Braga. • Publica, na edição de agosto da revista Novidade um poema de sua autoria, intitulado “Dentro da noite à luz clara do luar.” • participa do I Salão Oficial de Belas Artes, realizado na Biblioteca e Arquivo Público do Estado, sob a inspiração do diretor da mesma, Dr. Osvaldo Viana, obtendo segundo prêmio.
• 1941 - concorre no II Salão Oficial de Belas Artes, obtendo o primeiro lugar com o desenho “A admiração do índio”. • 1954- retorna ao serviço público, desta vez como secretário da Prefeitura Municipal de Marabá, cargo no qual permaneceu até 1961, quando vem residir com a família em Belém e assume a função de procurador da Prefeitura Municipal de Marabá. • 1962 - realiza com João Pinto, mostra de desenhos na sede social do Clube do Remo. Como registrou o escultor João Pinto, além de ceder-lhe espaço, divulgou e vendeu seus trabalhos. • 1963 – colabora com “O Cinqüentenário”, número único do jornal comemorativo do cinqüentenário da criação do município de Marabá, editado em 5 de abril peal tipografia Rocha. • 1964 – ingressa, em 1 de março, no Jornal do Dia, como ilustrador, atendendo ao convite de Cláudio Sá Leal. • Finda a relação de emprego com o Jornal do Dia, a 1 de abril, quando encerra a sua circulação. • 1966 – figura como chefe de redação do jornal O Democrata, de Marabá, cujo primeiro número circula a 1 de novembro, sob a direção de Helius Monção e de propriedade de Aziz Mutran Neto. • 1968 – juntamente com um de seus irmãos, Antonio Bastos Morbach, edita a revista Itatocan. • 1973 – com Pedro Morbach, seu filho, inicia a 15 de janeiro, mostra de desenhos na Galeria Angelus , sob o patrocínio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Pará, presidido por João Batista F. Marques. • 1974 – Aposenta-se do serviço público municipal de Marabá. Os proventos foram transferidos, posteriormente, à viúva, sem maiores formalidades. • 1976 – Inicia, a 14 de maio, mostra de desenhos na Galeria Angelus, sob o patrocínio da Secretaria de Estado de Cultura, Desportos e Turismo, e com a coordenação de Eduardo Abdelnor. • 1978 – É incluído na coletiva 17 artistas do Pará, inaugurada a 14 de fevereiro, na Galeria Theodoro Braga, como parte das comemorações pelo primeiro centenário de fundação do Theatro da Paz. • 1979 – Inicia, em 25 de abril, na Galeria Theodoro Braga, mostra de desenhos e pinturas, sob o patrocínio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura - SEMEC. • Atendendo ao convite da Secretaria Municipal de Educação e Cultura - SEMEC faz dez desenhos em nanquim sob papel, com vistas ao projeto de natal. • 1980 – É incluído na coletiva “13 anos de arte em Belém”, coordenada por Sebastião Godinho e realizada nas galerias Angelus e Theodoro Braga, simultaneamente, no período de 10 a 18 de junho. • Inaugura, a 1 de outubro, mostra de desenhos e pinturas na galeria Theodoro Braga, sob o patrocínio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura. • 1981 – falece no Hospital São Luiz – em conseqüência de insuficiência respiratória e cardíaca e enfisema pulmonar – a 22 de fevereiro. A.Brito Pensamento Revista Elegante/1892 A.Britto Mote O Domingo/1872 A volta O Domingo/1872 Teus olhos O Domingo/1872 A.C. Quando eu pemsei... Revista Maranhense/1917 A.C. Abreu Caricias O Estudante/1957 A.C. de Almeida Dores d´alma O Domingo/1872 A.C. de Souza e Vasconcellos Dedicada a São Francisco de Assis O CRISTIANISMO/1854 A.C. Guimarães Deixarte!? O Parthenon/1908 A.C.C A... Echos da Juventude/1864 A.C.R.R. Cantata Jornal Instrução e Recreio/1845 O rico avarento Jornal Instrução e Recreio/1845 A.Cabral Caldas Bailando Revista Maranhense/1917 A.Carlos d´Almeida Á... O Domingo/1872 Num album A Brisa/1872 A.Cascaes Poesia O Jardim das Maranhenses/1861 A.Clotilde Estrelas Correio de Codó/1916 A.Coimbra Graças a sciencia Marques O Martelo/1911 A.D. da Cruz Sem título O CONCILIADOR/1821 A.D.V. Jesus Correio de Codó/1913 A.de C.P. A virgem de Soledade A Marmota Maranhense/1854 A.de Matos A uma flor O Ramalhete/1863 A.de P. Desabafo poetico A Marmota Maranhense/1854 A.De P. Um pecado mortal O Pensador/1880 A.de P. Retrato O Pensador/1881 A.de Tavares Salve Rainha O CRISTIANISMO/1854 A.de.C.P. A virgem de soledade Marmota Maranhense/1854 A.F. Minha Pátria O Brazil/1907 A.F. Minha Patria O Brazil/1907 A.F.B Maçonaria Correio de Codó/1913 A.F.C. Seu nome Jornal Instrução e Recreio/1845
A.F.O. A.Fernandes S. de Queiros A.Fernandes S. Queiros
A.Fontoura A.G. de O. A.G.C A.Garibaldi A.Gonçalves Dias Gonçalves Dias
O futuro Porque suspiro Aurora A minha sobrinha O passado Ao ilustre dr. J.S.N.M O ninho Soneto Soneto Saudades da mãe Saudades d a mãe Ab eterno
Jornal Instrução e Recreio/1845 Echos da Juventude/1864 Echos da Juventude/1864 Echos da Juventude/1864 Echos da Juventude/1864 O Rosariense/1903/04 O Coroatá/1920 Marmota Maranhense/1854 A Marmota Maranhense/1854 Cruzeiro/1959 Cruzeiro/1959 Cruzeiro/1947
O donzeo Amor de árabe Quazimado Beijos Quazimodo Leito de folhas verdes Os tymbiras Soneto Desejo O Morro do Alecrim O Morro do Alecrim Soneto Canção do Tamio Soneto Canção do Tamio
Jornal Instrução e Recreio/1845 Jornal dos Artistas/1901 O Canhoto/1908 Gazeta de Picos/1909 O Canhoto/1914 O Ateniense/1915 O Ateniense/1915 O Ateniense/1917 O Tentáme/1919 Singular/1937 Singular/1937 Correio do Nordeste/1964 Correio do Nordeste 1964 Correio do Nordeste/1964 Correio do Nordeste 1964
Antônio Gonçalves Dias (Aldeias Altas, 10 de agosto de 1823 – Guimarães, 3 de novembro de 1864) foi um poeta, advogado, jornalista, etnógrafo e teatrólogo brasileiro.[2] Um grande expoente do romantismo brasileiro e da tradição literária conhecida como "indianismo", é famoso por ter escrito o poema "Canção do Exílio", o curto poema épico I-Juca-Pirama e muitos outros poemas nacionalistas e patrióticos, além de seu segundo mais conhecido poema chamado: Canções de Exílio que viriam a dar-lhe o título de poeta nacional do Brasil. Foi um ávido pesquisador das línguas indígenas e do folclore brasileiro. A.J. Aires de Farias
A.J. Pereira da Silva A.J. Petri A.L.C. A.Laim A.Leiteiro A.Lopes
Aurea vox O cão Symbolo Retardataria Tartaruga Asa À pequena Elda Esforço inutil Intangivel Arvore antiga Velando o coração O meu jardim floriu Confiteor Poema de amor Distrações Variação oetica Sem título A morte de...
Pacotilha/1902 Pacotilha/1902 Pacotilha/1902 Revista do Norte/1902 Revista do Norte/1903 Revista do Norte/1904 Revista do Norte/1904 Revista do Norte/1904 Revista do Norte/1904 Pacotilha/1904 Cidade de Pinheiro/1924 Cidade de Pinheiro/1924 Revista Elegante/1897 Jornal dos Artistas/1909 O Jardim das Maranhenses/1861 O Jardim das Maranhenses/1861 O Corsário/1907 Correio de Picos/1912
A.Luz A.M. A.M. A.M.D. A.Machado
A.Magalhães A.Marques Rodrigues
Ave liberta Lamentos Revoltado A pedido Amor Soneto A sertaneja Á sertaneja No caminho da vida Amor Sonho da vida Sonho de cfença Sonho fantastico Os livros No album de um condiscipulo A uma senhora A rosa e a campa Vinte e oito de julho A fonte dos amores Lugares Meus amores O Brasil Saudades No álbum de um amigo A Ressureição A minha rosa A rainha da festa A morte do menino Horácio A morte de Almeida Garret A morte de um rouxinol A revista nocturna A uma rosa Este mundo A... Poesia espanhola A verdade, a justiça, e o bello A morte do redemptor O curupira Retrato
Jornal dos Artistas/1901 Revista Elegante/1893 Gazeta de Picos/1912 Echos da Juventude/1864 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1917 Tres Lyras/1853 Tres Lyras/1853 Tres Lyras/1853 Tres Lyras/1853 Tres Lyras/1853 Tres Lyras/1853 Tres Lyras/1853 Tres Lyras/1853 Tres Lyras/1853 Tres Lyras/1853 Tres Lyras/1854 Tres Lyras/1854 Tres Lyras/1854 Tres Lyras/1854 Tres Lyras/1854 Tres Lyras/1855 Tres Lyras/1855 Tres Lyras/1855 Tres Lyras/1855 Tres Lyras/1855 Tres Lyras/1855 Tres Lyras/1855 Tres Lyras/1855 Tres Lyras/1855
ANTONIO MARQUES RODRIGUES Nome completo: Antônio Marques Rodrigues Pseudônimo(s): Rufo Salero, Sancho Falsaff Nascimento: 1826 - São Luís, MA Morte: 1873 - Avintes, Portugal Descrição: Advogado, poeta, professor, político, membro correspondente do Instituto Arqueológico Pernambucano e cavaleiro imperial da Ordem da Rosa e da Nossa Senhora da Conceição da Vila Viçosa, de Portugal. Foi professor de história natural do liceu de São Luís e oficial-maior da Secretaria do Tribunal do Comércio. Escreveu vários artigos, que em prosa, quer em verso, desde estudante da faculdade, no Cidadão, no Diário de Pernambuco e em alguns periódicos de letras. A casca da Romance ou novela caneleira
1866
A revista noturna
Poemas
1855
Antologia maranhense
Poemas
1937
Coleção de poesias
Poemas
XIX
Diário do Maranhão
Periódico
1855
Introdução à obra Manual do plantador de algodão
Outros
1859
Miscelânea poética
Poemas;Organização antologia
de
obra
ou
Nova coleção de recitativos tanto amorosos como sentimentais, Poemas;Organização precedidos de algumas reflexões sobre a música no Brasil antologia
de
obra
ou
Nove de dezembro
Poemas
1851 1878 1855
O Brasil
Poemas
1855
O Caleidoscópio
Periódico
1860
O Globo
Periódico
O livro do povo, contendo a vida de Cristo e vários artigos úteis
Não identificado
1861
O rouxinol
Poemas
1855
Parnaso brasileiro
Poemas;Biografia;Organização obra ou antologia
Parnaso maranhense
Poemas
1861
Rodolfo Toffer
Crítica, teoria ou história literária
1855
Seleta nacional
Poemas
1873
Sonetos maranhenses
Poemas
1923
Três liras
Poemas
1862
de
1885
Antonio Marques Rodrigues nasceu em São Luís, no Maranhão, em 15 de abril de 1826 e morreu em Avintes, Portugal, em 14 de abril de 1873. Tendo se tornado bacharel pela Faculdade de Direito do Recife, atuou como advogado, além de ter sido um abolicionista, poeta, professor, político, membro correspondente do Instituto Arqueológico e Geográfico Pernambucano, membro correspondente do Instituto Histórico da Bahia, membro honorário da Associação Typographica Maranhense, inspector da Instrucção Publica da Provincia do Maranhão,, cavaleiro imperial da Ordem da Rosa e da Real Ordem Portugueza Nossa Senhora da Conceição da Vila Viçosa, membro do Instituto Dramático e Litterario de Coimbra, na Classe de Literatura etc. Ademais, Antonio Marques Rodrigues também foi professor de História Natural do liceu de São Luís e oficial-maior da Secretaria do Tribunal do Comércio. Dentre suas obras, Rodrigues escreveu vários artigos, tanto em prosa quanto em verso, desde a época em que era estudante da Faculdade de Direito. O autor redigiu nos periódicos Cidadão, Diário de Pernambuco, entre outros. Além disso, ele escreveu "Rodolpho Topffer — esboço critico litterario" - Recife, 1855; "O Livro do Povo, contendo a vida de Christo e vários artigos úteis" - S. Luis, 1862; "Vida de Horácio Nelson", trad. de Forgues; "Duas palavras sobre a nossa agricultura", prefácio do Manual do plantador de algodão", de Turner, traduzido por José Ricardo Jauffret; "Três Liras", coletânea de poesias, de Trajano Galvão 9 G sníil Braga - São Luís, 1862, entre outras. Fonte: Antônio Marques Rodrigues. Disponível em: <http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/maranhao/antonio_marques_rodrigues.html>. Acesso em 14/10/2022. Marques Rodrigues. Disponível em: <https://www.literaturabrasileira.ufsc.br/autores/?id=7786>. Acesso em: 14/10/2022. Rodrigues, A. M. O Livro do Povo. 4. ed. Maranhão: Typ. do Frias, 1865.
ANTÔNIO MARQUES RODRIGUES nascido em São Luis a 15/4/1826 e falecido em Avintes, conselho de Gáia, Portugal, a 14/4/1873. Bacharel em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Olinda; professor do Liceu Maranhense e deputado provincial em várias legislaturas; Inspetor da Instrução Pública no Maranhão. Poeta e jornalista; fervoroso abolicionista e incansável animador de nossa agricultura. Fundou "A Conciliação", com Francisco Coutinho Vilhena, Antônio Rêgo e Henriques Leal; colaborou no "Diário do Maranhão", "O Globo" e o "Publicador Maranhense" (neste assinando: Sancho Testaff), de São Luis, no "Diário de Pernambuco", "O Cidadão" e "A Cidade", de Recife; antes, escrevera no "Trovador", de Coimbra. Membro do Instituto Arqueológico de Pernambuco e sócio honorário do Ateneu Maranhense; cavaleiro da Ordem da Rosa e da de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa.
Bibl.: "Rodolpho Topffer — esboço critico litterario" — Recife, 1855; "Livro do Povo, contendo a vida de Christo e vários artigos úteis" — S. Luis, 1862; "História de Carlos XII"; "Gil Blas de Santilhana"; "Vida de Horácio Nelson", trad. de Forgues; "Duas palavjas sobre a nossa agricultura", prefácio do Manual do plantador de algodão", de Turner, traduzido por José Ricardo Jauffret; "Três Liras", coletânea de poesias suas, de Trajano Galvão 9 G sníil Braga — São Luis, 1862.
MEIRELES, Mário M. Panorama da literatura maranhense. São Luis, MA: Imprensa Oficial, 1955. 255 p. 15,5x22,5 cm. “Mario M. Meireles” Ex. bibl. Antonio Miranda [conservando a ortografia original] O Brasil Os templos soberbos da Grécia formosa E os arcos de Roma, de Roma orgulhosa, Não cobrem, não ornam meu pátrio Brasil; Estatuas não temos, primores das artes, Mas temos os bosques por todas as partes, E as verdes palmeiras viçosas a mil. Os rios gigantes, as límpidas fontes, As flores, os fructos, os prados, os montes, Esmaltam, protegem meu pátrio Brasil; E os cantos das aves na selva escutamos, E o sol não tememos, e a sombra buscamos Nas verdes palmeiras viçosas a mil. As Venus, as Graças, os loucos Amores, Celestes no marmor, na forma, nas cores, Não temos, não temos no pátrio Brasil. Mas temos as virgens d'olhar expressivo, De rosto moreno, caracter altivo, E as verdes palmeiras viçosas a mil. E virgens e homens, e bosques e mares. E tudo que vive na terra, nos ares, É bello e sublime no pátrio Brasil: Azul é o céu, as florestas frondosas, Valentes os homens, as virgens mimosas, E as verdes palmeiras viçosas a mil. Marques Rodrigues) (61) A FAMÍLIA MARQUES RODRIGUES (DA QUINTA DA GÂNDARA) E OS SEUS MAIS ILUSTRES REPRESENTANTES | ANTÓNIO CONDE - Academia.edu
A.Mendonça A.Motta
A morroense Aos brazileiros lusão
O Rosariense/1903/04 O Rosariense/1903/04 Revista Elegante/1896
A.O. Gomes de Castro
Desalento
A Lanterna/1913
Augusto Olímpio Gomes de Castro, mais conhecido por Gomes de Castro, (Alcântara, 7 de novembro de 1836 — Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 1909) foi um promotor, escritor e político brasileiro.[1] Biografia Filho do capitão Januário Daniel Gomes de Castro e Ana Francisca Alves de Castro.[1] Casou-se com Ana Rosa Viveiros de Castro, filha do Barão de São Bento. Foi pai do ministro do Supremo Tribunal Federal Viveiros de Castro.[1] Formação acadêmica Fez seus estudos secundários no Liceu Maranhense, concluídos em 1856, e formou-se em direito pela Faculdade de Direito do Recife em 1861.[1] Foi membro da Academia Maranhense de Letras. Ficou à frente dos jornais a Situação (1864-1868), dirigindo o Tempo (1878-1881), e depois O Paiz, de 1882-1888.[1] Vida política Foi filiado ao Partido Conservador. Foi promotor da cidade de Alcântara de 1862 a 1864, presidente da Câmara dos Deputados de 1887 a 1888, ministro da Marinha (ver Gabinete Rio Branco), senador durante o período 1909-1911 e presidente das províncias do Piauí, de 28 de agosto de 1868 a 3 de abril de 1869 e do Maranhão, de 28 de outubro de 1870 a 19 de maio de 1871, de 14 de outubro de 1871 a 29 de abril de 1872, de 4 de outubro de 1873 a 18 de abril de 1874, de 28 de setembro de 1874 a 22 de fevereiro de 1875, e de 7 de julho a 25 de julho de 1890.[1][2] Deputado provincial de 1862 a 1863, 1868 a 1869, 1870 a 1872 e 1873 a 1877. Deputado geral de 1867 a 1868, 1869 a 1872, 1872 a 1875, 1877, 1882 a 1889.[1] Homenagens É homenageado em São Luís com a Alameda Gomes de Castro, localizada no Centro da cidade. Também é um dos bustos que homenageiam escritores maranhenses na Praça do Pantheon. Referências ↑ Ir para:a b c d e f g «CASTRO, Augusto Olímpio Gomes de» (PDF). CPDOC. Consultado em 9 de maio de 2021 ↑ Galvão, Miguel Archanjo (1894). Relação dos cidadãos que tomaram parte no governo do Brazil no periodo de março de 1808 a 15 de novembre de 1889. Rio de Janeiro: Imprensa nacional. pp. 76, 113
A.P. Lopes de Mendonça
Crítica literária
Ordem e Progresso/1860/61
António Pedro Lopes de Mendonça (Lisboa, 14 de Novembro de 1826 — Lisboa, 8 de Outubro de 1865), mais conhecido por Lopes de Mendonça, foi um jornalista, romancista, dramaturgo e folhetinista português, que também se destacou como activista social, defendendo um socialismo utópico e romântico como forma de melhorar as condições de vida do proletariado. Escritor eclético e de causas, foi sobretudo como crítico literário que ficou na história da literatura portuguesa. Biografia Lopes de Mendonça nasceu no seio de uma família burguesa de origem açoriana residente em Lisboa. Foi filho de Francisco Alberto Lopes de Mendonça e de sua mulher Maria Clara das Dores Lopes de Mendonça, ambos nascidos em Ponta Delgada. Destinado a uma carreira de oficial naval, aos 14 anos de idade iniciou uma efémera passagem pela Armada Portuguesa, que terminou com a sua demissão a 24 de Fevereiro de 1845. Enquanto aspirante da Marinha frequentou o curso de Matemática da Universidade de Coimbra que servia de preparatórios para a Escola Naval, mas a pedido de seu pai, feito em 1843, viu os estudos interrompidos e recebeu ordem de embarque para Angola. As razões do pedido foram a sua vida boémia em Coimbra, onde, nas palavras paternas, continuava na mesma desordem e desatino de vida, sem fazer caso das novas e repetidas admoestações. Colocado na guarnição da fragata Urânia, o seu comportamento não agradou ao comandante, que informou que além de mui falto de brio era dado à embriaguês[1]. Demitido da Armada, fixou-se então em Lisboa e dedicou-se a tempo inteiro à escrita, iniciando uma produção eclética que associa o jornalismo e a crítica literária ao romance, à dramaturgia e ao folhetinismo. A sua iniciação literária fizera-se aos 14 anos, quando traduziu e publicou a obra Isabel da Baviera de Alexandre Dumas, passando a acalentar o desejo de ser escritor. Publicou em 1843 a sua primeira obra de fôlego, intitulada Cenas da Vida Contemporânea, um conjunto de contos muito influenciados por Honoré de Balzac, a qual teve boa aceitação do público e da crítica literária do tempo. Participou no campo setembrista nos combates da Revolução da Maria da Fonte e da Patuleia (1846-1847), demonstrando bem o seu pendor esquerdista. Terminada a guerra civil, voltou a Lisboa, onde, alto, forte e loiro, era conhecido como um dândi frequentador do Chiado[2]. Apesar de ter apenas 20 anos, era então um articulista já conhecido através da sua colaboração avulso em diversos periódicos. Foi então convidado (ainda em 1847) por José Estêvão para integrar a redacção do jornal A Revolução de Setembro, como articulista a tempo inteiro. Aceitou o convite e deixou valiosa colaboração naquele periódico, que se veio juntar à extensa produção jornalística que Lopes de Mendonça tem dispersa, especialmente em O Eco dos Operários, A Semana, Revista Peninsular e Anais das Ciências e das Letras, editado pela Academia Real das Ciências de Lisboa de que foi sócio efectivo a partir de 1855. Também se encontra colaboração da sua autoria nos periódicos O Panorama[3] (18371868) e Ilustração Luso-Brasileira [4] (1856-1859). No jornal A Revolução de Setembro, 1860 No ano de 1849 publicou o romance Memórias dum Doido, obra que havia sido publicada em folhetim na Revista Universal Lisbonense. Também neste caso a influência de Honoré de Balzac é clara, num trabalho que reflecte a modernidade da época, combinando o idealismo romântico com a vontade de análise e denúncia de uma sociedade que o autor considerava injusta e corrupta. Também em 1849 publica em volume uma colectânea dos artigos de crítica literária que publicara no jornal A Revolução de Setembro. Nesta obra, que intitulou Ensaios de Crítica e de Literatura, toma como referência Alphonse de Lamartine, o modelo literário da sua geração, e defende a necessidade do estudo das relações entre as literaturas nacionais europeias. Lopes de Mendonça era defensor de um socialismo utópico e romântico em linha com o pensamento de Pierre-Joseph Proudhon. Para divulgar esses ideais, fundou em 1850, em colaboração com Francisco Maria de Sousa Brandão e Francisco Vieira da Silva Júnior, o periódico socialista Eco dos Operários[5], um dos primeiros jornais destinados à defesa do socialismo que se publicou em Portugal. Em 1851 viajou pela Itália, elaborando um conjunto de crónicas que publicou nos anos seguintes sob o título de Recordações de Itália (2 volumes, aparecidos em 1852-1853). Nesse mesmo ano publicou um Manifesto Eleitoral apoiando o regime saído da insurreição militar de 1 de Maio de 1851 que levou à queda de Costa Cabral e marcou o início da Regeneração. O apoio à Regeneração continuou com a publicação em 1852 de artigos na imprensa onde louvava as intenções desenvolvimentistas de Fontes Pereira de Melo. Em consequência gravitou para a esfera do poder: convidado a integrar as listas governamentais pelo círculo eleitoral de Lamego, foi eleito deputado nas eleições gerais de 12 de Dezembro de 1852. Revelou-se um orador medíocre e um acesso de fobia impedia-o de encarar o hemiciclo[1]. Foi relator da Comissão Parlamentar de Estatística em 1854, mas pouco conseguiu. Pouco depois abandonou definitivamente a vida parlamentar. No ano de 1859 publicou uma reedição, muito revista e aumentada, da colectânea de crítica literária que publicara uma década antes. Esta refundição, que intitulou Memórias da Literatura Contemporânea, coloca a obra de Lopes de Mendonça entre a melhor crítica literária lusófona. Em 1860, após a recusa de António Feliciano de Castilho, foi nomeado para a cátedra de Literatura Moderna no Curso Superior de Letras de Lisboa. Poucas aulas deu, pois por esta altura já se encontrava muito diminuído por doença mental, que pouco depois levaria ao seu internamento no hospício de Rilhafoles. Com 34 anos foi considerado como sofrendo de loucura incurável: viveu os
últimos cinco anos da sua curta vida internado em Rilhafoles, onde faleceu em 1865, pouco antes de completar os 39 anos de idade. Notas ↑ Ir para:a b Maria Filomena Mónica (coordenadora), Dicionário Biográfico Parlamentar 1834-1910, vol. II, pp. 890-891. Lisboa : Assembleia da República, 2005 (ISBN 972-671-145-2). ↑ Ibidem, p. 891. ↑ Rita Correia (23 de Novembro de 2012). «Ficha histórica: O Panorama, jornal literário e instrutivo da sociedade propagadora dos conhecimentos úteis.» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 13 de Maio de 2014 ↑ Rita Correia (19 de Agosto de 2008). «Ficha histórica: A illustração luso-brazileira : jornal universal (1856;18581859)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 24 de Novembro de 2014 ↑ Ver número em O Ecco dos Operarios : Revista Social e Litteraria. Obras publicadas Para além de vasta colaboração dispersa por periódicos, é autor das seguintes obras: Isabel da Baviera, 1840 (tradução da obra homónima de Alexandre Dumas) Cenas da Vida Contemporânea, 1843 (crónicas); Memórias dum Doido, 1849 (romance); Ensaios de Crítica e de Literatura, 1849 (crítica literária); Curso de Literatura Professado no Grémio Literário, 1849 (ensaio); Afronta por Afronta, 1849 (teatro: drama); Como se perde um Noivo, 1849; 1858 (teatro: provérbio); Manifesto Eleitoral, 1851 (política); Recordações de Itália, 2 vols., 1852-1853 (crónicas); Casar ou metter a freira, 1858 (teatro; provérbio); Memórias dum Doido, 2.ª edição, 1859 (romance); Memórias da Literatura Contemporânea, 1859 (crítica literária); A Questão Financeira em 1856, 1856; Tutor e Pupila, 1859 (teatro: comédia); Notícia Histórica do Duque de Palmela, 1859. Cenas e Fantasias de Nossos Tempos, 1860 (crónicas); Uma porta deve estar aberta ou fechada, 1860 (teatro: tradução de Alfred de Musset); A Corte de Philippe IV, 1860 (teatro; drama). A.P. Sacramento A.Pereira da Cunha A.Pimentel A.Pires A.Q. A.Q. A.Q. A.Q. A.R. A.R. A.R. A.R. A.R. A.R. Borba A.R. de Torres Bandeira
A.Rego A.Reis
A.Rodrigues A.Rubim A.S. A.S.
Jerusalém Oremus Louvores à mã de Deus Caridade Talvez Não foi desespero Protesto Para ser cantada Recitativo (a Arminda) Recordações de O. Um sonho com O.P. No Palácio Tiradentes Ao meu mano Antonio R. Borba A cruz Amor de Virgem Abaixo o Paraguay Na festa Alta noite Mudanças Noiva Noite e dia A Coelho Neto A um amigo A um amigo A crayon A crayon Recordações de O Versos dissonantes
O CRISTIANISMO/1854 O Eclesiastico/1861 Gazeta de Picos/1912 A Alavanca/1934/35 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 A Mocidade/1875 O Jardim das Maranhenses/1861 Echos da Juventude/1864 A Pacotilha/1883 A Pacotilha/1883 O Combate/1948 Estrela da Tarde/1857 O Ecclesiástico/1855 O Eclesiastico/1856 A Imprensa Caxiense/1859 Revista Elegante/1896 Revista Elegante/1897 Revista Elegante/1898 Revista Elegante/1898 Revista Elegante/1898 O Imparcial/1899 Estrela Maranhense/1859 A Estrela Maranhense/1859 A Pacotilha/1883 A Pacotilha/1883 A Pacotilha/1883 Jornal dos Artistas/1902
A.S. A.Sobrinho
A.Soronesihio A.T.
A.Vasconcellos Abdegard Brasil Correa Abdias Neves
Soneto O diabo e a biblia Julia Amor Amor Sem titulo Devaneios Porque? Loucura? Olhos de Edelvyra Voz do Povo, voz de Deus
Revista Maranhense/1918 A Pacotilha/1883 A Pacotilha/1883 A Pacotilha/1883 A Pacotilha/1883 A Pacotilha/1883 Correio de Picos/1920 Correio de Picos/1920 Correio de Picos/1920 O Martelo/1911 O Tempo/1931
O tigre Olhos azuis
Revista do Norte/1902 Correio de Codó/1913
Abdias da Costa Neves (Teresina, 19 de novembro de 1876 — 28 de agosto de 1928) foi um escritor, político brasileiro e senador durante a República Velha. Biografia Filho de João da Costa Neves e Delfina de Oliveira Neves, formou-se em Direito, tendo ocupado os cargos de chefe de Polícia, juiz de Direito de Piracuruca, juiz federal de Teresina e advogado da Fazenda Estadual do Piauí.[1] Livros Lista a completar Aspectos do Piauhy[nota 1] (1926). Abdon de Macedo
A moda
A Fita/1919-20
Abelardo de Mattos Abelardo Nunes
Abelhudo Abilio de Souza Abilio Pimentel
A garota anonyma Fuga Soneto Velhas barcas Carta A escola Narrativa Magua Incerteza Narrativa Magua
O Tempo/1931 Voz Universitaria/1954 Universitário em Marcha/55 Universitário em Marcha/55 Gazeta Codoense/1901 A Escola/1919 O Canhoto/1914 O Canhoto/1914 O Estudante/1915 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908
Achiles Lisboa
Eu e o meu fraco
O Coroatá/1919
Aquiles de Faria Lisboa (Cururupu, 28 de setembro de 1872 — São Luís,18 de abril de 1951)[1] foi um médico, político e cientista brasileiro.[2] Aquiles Lisboa foi governador do Maranhão e prefeito de Cururupu, além de médico e diretor do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Considerado o pioneiro no tratamento da hanseníase no Maranhão, foi condecorado pela Assembleia Legislativa do Maranhão com um selo comemorativo, a ser usado em toda correspondência oficial daquela casa legislativa. Obras O Serviço do algodão e o seu insucesso (1916) Discursos (1918) O posto socorro médico aos ulcerados (1919) Em torno da questão da pesca no município de Cururupu (1920) Questão de Interesse Público (1921) A Nova Escola (1922) Pela Honra do Maranhão (1925) Em defesa do regime pervertido e do Maranhão arruinado (1926) Profilaxia da tuberculose (1949) A penúria dos sábios alemães e austríacos (s/d) Oswaldo Cruz (s/d) A lavoura e a guerra (s/d) Bilharziose ou esquistossomose (s/d) Da mestiçagem vegetal e suas leis (s/d) Achiles Porto Alegre
No calvario
Pacotilha/1891
Aquiles José Gomes Porto-Alegre[1] (Rio Grande, 29 de março de 1848 — Porto Alegre, 21 de março de 1926) foi um escritor, jornalista, funcionário público e educador brasileiro. Biografia Em Porto Alegre estudou no Colégio Gomes e na Escola Militar. Irmão de Apeles Porto-Alegre e Apolinário Porto-Alegre, fundou com eles a Sociedade Partenon Literário e, com Apolinário, fundou o Colégio Porto Alegre.[2] Exerceu diversas funções públicas: foi capitão, telegrafista, funcionário do Tesouro, inspetor escolar e professor.[2] Foi um dos precursores da crônica moderna na literatura gaúcha, publicando diversas obras sobre a cidade de Porto Alegre entre os anos de 1915 e 1925, que são uma importante fonte sobre a história local.[2] Jornalista, fundou e dirigiu o Jornal do Commercio (1884 a 1888), onde assinou diversas crônicas com o pseudônimo Carnioli, e de onde seu genro, Caldas Júnior, saiu para fundar o Correio do Povo. Também dirigiu o jornal A Notícia, 1896.[2] Em 25 de março de 1883 o Jornal do Commercio declarou não mais aceitar anúncios sobre fuga e negociação de escravos, sendo o primeiro jornal porto-alegrense defensor da libertação dos escravos.[3] Foi sócio fundador do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul e da Academia Rio-Grandense de Letras. Seu nome batiza uma rua em Porto Alegre.[2] Obras Homens ilustres do Rio Grande do Sul, 1916 (Online)
Vultos e fatos do Rio Grande do Sul, 1919 Através do passado (crônica e história), 1920 Flores entre ruínas, 1920 Noutros tempos (crônicas), 1922 Noites de luar, 1923 Palavras ao vento, 1925 História Popular de Porto Alegre, 1940 (póstuma) Ver também História da imprensa no Rio Grande do Sul Literatura do Rio Grande do Sul História de Porto Alegre Acrisio Motta
No banho
Pacotilha/1891
Acrísio Mota Nascimento: 1866 - Bragança, PA Morte: 1907 - Belém, PA Descrição: Poeta, contista, romancista, jornalista, membro da Academia Mina de Literatura (Belém). Fonte(s) dos dados COUTINHO, Afrânio; SOUSA, José Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional; Academia Brasileira de Letras, 2001. 2 v. ISBN 8526007238 Antologia amazônica Poemas 1904 Coisas profanas
Poemas
1895
Fadas e lobisomens
Contos
1908
Sonetos brasileiros
Poemas;Crítica, teoria ou história literária
1904
Acrisio Perso Acrizio Cruz
Retrato O Boiadeiro
O Pensador/1881 Nossa Terra/1961
Ada Macaggi Bruno Lobo
Colar de ambar Fecundação
Athenas/1941 Athenas/1941
Ada Macaggi Bruno Lobo (1906-1947) nasceu em Paranaguá-PR e morreu no Rio de JaneiroRJ, onde desenvolveu sua produção literária mais ativamente. Diplomou-se professora na Escola Normal Secundária de Curitiba em 1924 e obteve a primeira colocação no concurso nacional para a Cadeira de Puericultura da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, mas exerceu por pouco tempo essa função. Lecionou em Jacarezinho-PR, Antonina-PR e Paranaguá-PR. Além de professora, foi musicista, pianista e escritora, uma das primeiras mulheres a viver de rendimentos literários. Colaborou com crônicas e contos em jornais do Paraná e do Rio de Janeiro: O Dia, Gazeta do Povo, Comércio do Paraná, A Sempre-viva, O Itiberê, Diário do Paraná, O Malho, Jornal dos Poetas, Ilustração Paranaense, Revista da Semana, Vida Doméstica, Fonfon e O Cruzeiro. Recebeu menção honrosa da Academia Brasileira de Letras pelo livro de poesia Ímpetos (1941) e prêmio por seu livro em prosa Taça (1933). Adailton Medeiros Pré-yexyo para mim mesmo Posição/1977
ADAILTON MEDEIROS Nasceu em Caxias, Maranhão, em 1930 e estudou jornalismo em Niterói, Rio de Janeiro., e depois mestrado na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Livros de poesia: O Sol Fala aos Sete Reis das Leis das Aves e Bandeira Vermelha.
AUTO-RETRATO Diante do espelho grande do tempo sinto asco tenho ódio descubro que não sou mais menino Aos 50 anos (hoje — 16 / 7 / 88 (câncer) sábado — e sempre com medo olhando para trás e para os lados) questiono-me (lagarto sem rabo): — como deve ser bom nascer crescer envelhecer e morrer Diante do espelho grande na porta (o nascido no jirau: meu nobre catre) choro-me: feto asno velhote pétreo ser incomunicável sem qualquer detalhe que eu goste (Um espermatozóide feio e raquítico) Como nas cartas do tarô onde me leio — eis-me aqui espelho grande quebrado ao meio
EXÍLIO DELE NAS URUBUGUÁIAS exilAdo nas urubuguáias boi serapião do buriti corre nos cerrAdos e grotões tal marruá de tamAnca e reza andarilho sem odres de couro um patori desaplumbeAdo na travessia das grAndes estórias construindo em sete mil dias Dios um antropomOrfa como o veAdo do mistéRio de gelos e vinhos tintos ou o carCará castrAdo vindo dos salEs noturnos furnicAdo de marinhas Veja também o E-BOOK:https://issuu.com/antoniomiranda/docs/adailton_medeiros
MEDEIROS, Adailton. três poemas HOMENAGEM . AUTO-RETRATO . LIÇÃO DO MUNDO. Jaboatão, PE: Editora Guararapes, 2015. 42 p. ilus. col. 20x13 cm. Editor: José de Moraes. Edição artesanal, tiragem limitada. Ex. bibl. Antonio Miranda
LATINIDADE: I COLETÂNEA POÉTICA DA SOCIEDDE DE CULTURA LATINA DO ESTADO DO MARANHÃO. Dilercy Adler, org. São Luis: Estação Produções Ltda, 1998. 108 p. Capa: Carranca – Fonte do Ribeirão – São Luís – Maranhão – Brasil Ex. bibl. Antonio Miranda O CASMURRO Potro: um monte de músculos Chegou bem discreto fugindo das terras do Loreto Com rotundo porrete de ipê esmagara a cabeça da madrasta A malvada tinha assassinado a sua pequenina e querida irmã de cabelos longos e lisos O jovem Zé-Aleixo era casmurro: "homem calado e metido consigo" Burro: para o serviço pesado Carregou nos ombros tanta água lenha melancia ração Ao amanhecer — no fundo pilão socara muito milho e arroz Mana — a minha irmã Adailma — ele a chamava com saudade da sua pobre menina morta O velho Zé-Aleixo era casmurro: "homem calado e metido consigo" Página publicada em março de 2008; ampliada em setembro de 2016. Adalberto Lima Adalberto Peregrino
Naufrago Misterio
Voz do Povo/1931 Revista do Norte 1906
Adalgisa Nery
Eu te negaria
O Combate/1954
Adalgisa Maria Feliciana Noel Cancela Ferreira[1] (Rio de Janeiro, DF , 29 de outubro de 1905 — Rio de Janeiro, RJ, 7 de junho de 1980),[1] mais conhecida como Adalgisa Nery, foi uma poetisa modernista e jornalista brasileira, mais conhecida por suas obras Ar do Deserto, de 1943, Mundos Oscilantes publicado entre 1937 e 1952, e A Imaginária, de 1959. Adelino Fontoura Soneto Correio de Picos/1913 Celeste Correio do Nordeste 1964 Celeste Correio do Nordeste 1964
Adelino Fontoura (Adelino da Fontoura Chaves), ator, jornalista e poeta, nasceu na povoação, hoje cidade, de Axixá, à margem esquerda do rio Mearim, no Maranhão, em 30 de março de 1859, e faleceu em Lisboa, Portugal, a 2 de maio de 1884. É o patrono da cadeira n. 1, por escolha de Luís Murat. Foram seus pais Antônio Fontoura Chaves e D. Francisca Dias Fontoura. Aos 10 anos de idade, concluído o primário, começou a trabalhar no comércio. Durante dois anos manteve contato com Artur Azevedo, quatro anos mais velho, que trabalhava num armazém vizinho. Teriam os dois começado, então, os seus sonhos de homens de letras. Artur foi para o Rio de Janeiro e Adelino alistou-se no Exército, em Pernambuco, e lá passou a colaborar no periódico satírico Os Xênios. Em 1876 esteve no Pará, participando de representações teatrais, utilizando como pseudônimo “Ator Fontoura”. Lá, escreve no álbum do ator Xisto Bahia o soneto que possivelmente é o mais antigo se conhece dele. Após uma experiência que lhe custou a prisão, em virtude de um papel que representou no teatro, deliberou mudar-se para o Rio de Janeiro e ali procurou o amigo Artur Azevedo. Queria ser jornalista e entrar para o teatro. Nada conseguindo na carreira dramática, foi admitido no periódico A Folha Nova, de Manuel Carneiro. Posteriormente, Lopes Trovão deu-lhe um lugar no recém-fundado jornal O Combate, onde publicou muitos de seus poemas. Em 1882, Artur Azevedo fundou o jornal A Gazetinha e o chamou para ser seu redator. A Gazetinha durou pouco tempo (de 1º de janeiro a 20 de agosto), mas lá Adelino publicou várias poesias e trabalhos em prosa. Pouco antes, Ferreira de Meneses fundara o jornal Gazeta da Tarde, cuja propriedade e redação eram de José do Patrocínio. Para este jornal Adelino foi convidado por José do Patrocínio e nele também publicou numerosos trabalhos em prosa. Informa Múcio Leão que a Gazeta da Tarde “foi um dos jornais mais azarentos que tem havido o mundo.” Começou esplendidamente, e tinha como seus diretores e principais redatores Ferreira de Meneses, Augusto Ribeiro, Hugo Leal, João de Almeida e Adelino Fontoura. Três anos depois, nenhum desses rapazes existia mais. Adelino Fontoura viveu nessa fase de sua vida uma paixão não correspondida e, mesmo com a saúde precária, ao ser convidado para representar a Gazeta da Tarde na Europa, decidiu viajar. No dia 1º de maio de 1883 partiu, no navio Senegal, para Paris. Lá esperava encontrar melhoras para a saúde, mas deparou-se com insuportável inverno. Viajou para Lisboa, para onde seguiu José do Patrocínio, na esperança de convencê-lo a embarcar de volta para o Brasil. Seu estado de saúde era crítico e, por isso, foi internado no Real Hospital São José, onde veio a falecer aos 25 anos de idade, justamente quando poderia produzir toda uma obra poética de mérito literário. Foi sepultado no Cemitério Oriental de Lisboa. Ao fundar-se a Academia, em 1897, seu amigo Luís Murat escolheu-o como patrono da cadeira por ele criada. É o único caso de um patrono, na Academia, sem livro publicado. Em vida, ou não atribuíra muita importância a seus trabalhos para reuni-los em livro, ou confiara em não morrer tão cedo. Após a morte, várias tentativas foram feitas para reunir a obra dispersa do poeta. Adelino Ribeiro
Caminhando
Revista Maranhense/1918
Adelmar Tavares
Francisco meu mae
Cidade de Pinheiro/1924
Adelmar Tavares da Silva Cavalcanti (Recife, 16 de fevereiro de 1888 — Rio de Janeiro, 20 de junho de 1963) foi um advogado, professor, jurista, magistrado e poeta brasileiro. Ocupou a cadeira 11 da Academia Brasileira de Letras, eleito em 25 de março de 1926.[1] Biografia Nascido na cidade de Goiana no estado de Pernambuco. Filho de Francisco Tavares da Silva Cavalcanti e de Maria Cândida Tavares. Ainda como estudante de Direito pela Faculdade de Direito do Recife manifestou interesse pela imprensa colaborando como redator no Jornal Pequeno. Formou-se em 1909. No ano seguinte mudou-se para o Rio de Janeiro, que na época era a capital do Brasil, onde veio a ocupar importantes cargos, como os de professor de Direito Penal na Faculdade de Direito do Estado do Rio de Janeiro, de promotor público adjunto (1910), de curador de resíduos e testamentos (1918), de curador de órfãos (1918 a 1940), de advogado do Banco do Brasil (1925 a 1930), de desembargador da Corte de Apelação do Distrito Federal (1940) e finalmente o de presidente do Tribunal de Justiça (1948 a 1950). Mesmo exercendo a magistratura, Adelmar Tavares sempre colaborou com a imprensa, tornando-se conhecido em todo o país por suas trovas. É considerado, até hoje, aquele que mais se dedicou a esse gênero poético no Brasil. Suas trovas sempre mereceram referência na história literária brasileira. Sua obra poética caracteriza-se pelo romantismo, lirismo e sensibilidade. Os temas mais comuns estão relacionados à saudade e à vida simples junto à natureza. Participou da Sociedade Brasileira de Criminologia, do Instituto dos Advogados, da Academia Brasileira de Belas Artes. Escreveu obras jurídicas, entre elas: A história do fideicomisso, Do homicídio eutanásico ou suplicado, Do direito criminal, O desajustamento do delinquente à profissão. Em 4 de setembro de 1926 foi empossado na cadeira 11 da Academia Brasileira de Letras pelas mãos do acadêmico Laudelino Freire. Foi presidente da Academia em 1948.[2] Obras Descantes - trovas (1907) Trovas e trovadores - conferência (1910) Luz dos meus olhos, Myriam - poesia (1912) A poesia das violas - poesia (1921) Noite cheia de estrelas - poesia (1923) A linda mentira - prosa (1926) Poesias (1929) Trovas (1931) O caminho enluarado - poesia (1932) A luz do altar - poesia (1934) Poesias escolhidas (1946) Poesias completas (1958) Aderson Lago
Meus primeiros versos
A Mocidade/1934
Adherbal de Carvalho
Ante o tumulo de Sheakspeare
Revista Elegante/1893
Adherbal de Carvalho (Niterói, 3 de maio de 1869 — 1915) foi um romancista, crítico literário, jurista, ensaísta, professor, tradutor e poeta brasileiro. Biografia Filho legítimo do notável advogado José Alves Pereira de Carvalho. Estudou humanidades no Externato Aquino, no Distrito Federal. Formou-se em ciências jurídicas e sociais, em 1895, na Faculdade de Direito do Recife. Casou-se com sua prima Cândida M. de Carvalho. Foi promotor público em Santa Luzia de Carangola (MG) e juiz substituto federal no então Distrito Federal. Foi membro efetivo do Instituto da Ordem dos Advogados Brasileiros e advogado no Rio de Janeiro. Mais conhecido na esfera do Direito, Adherbal de Carvalho, como romancista, foi voltado para à escola naturalista, embora tenha escrito e lançado no estado do Maranhão a obra crítica O Naturalismo no Brasil. No mesmo ano saiu Ephemeras e, em 1911 pela Garnier, Versos de um dilettante, ambos de poesia. É hoje um nome praticamente ignorado, pois foi vulto menor na literatura do Brasil em sua época. É desconhecido mesmo entre os estudiosos da estética naturalista e especialistas em poesia. Contudo, foi citado como poeta de transição do Parnasianismo para o Simbolismo, por Alexandre José de Melo Moraes Filho, na obra Poetas brasileiros contemporâneos, publicada em 1903 pela Garnier. Infelizmente suas obras se encontram totalmente esgotadas e se resumem a algumas bibliotecas públicas e particulares. Os especialistas o consideram como grande jurista da época, com diversas obras sobre Direito, como também um bom crítico, injustamente esquecido, do que bom romancista ou poeta, encontrando algum valor no seu O Naturalismo no Brasil, reeditado
como Esboços litterarios em 1902. Trata-se de um importante documento para os estudiosos do século XIX, pois retrata inclusive o teatro à sua época. Traduziu importantes obras de direito do alemão Rudolf von Ihering, de Enrico Cimbali, entre outros. Há uma rua em sua homenagem na cidade do Rio de Janeiro localizada no Morro do Urubu, bairro de Pilares. Obras
Adherbal de Carvalho. 1884 Rhetorica e poetica, (Crítica), Rio de Janeiro 1887 Introducção ás prelecções de Direito Romano do Dr. Rodrigues, Rio de Janeiro 1888 A noiva (escorço de um romance naturalista), (Romance e Novela), São Paulo, F. de Oliveira e B. Amaral 1889 Treze de Maio, (Carta republicana ao Cons. João Alfredo), Rio de Janeiro 1891 A Poesia e a Arte no ponte de vista filosófico, (Crítica, teoria e história literárias), Rio de Janeiro 1892 O povo e o banqueiro (Pamphletos de propaganda socialista), 8 números, Rio de Janeiro 1894 Ephemeras (Poesia), segunda edição: 1900, Maranhão 1894 O Naturalismo no Brasil (Crítica, teoria e história literárias), São Luís do Maranhão, J. Ramos 1899 Questões de Direito Civil, de Rudolf von lhering, com annotações, Rio de Janeiro 1900 O fundamento dos interdictos possessorios, de Rudolf von lhering, com annotações 1900 A nova phase do Direito Civil, de Enrico Cimbali, Rio de Janeiro 1900 Apontamentos sobre o processo criminal brasileiro, de Pimenta Bueno 1901 As garantias constitucionaes, de A. Alcorta 1902 Esboços litterarios (Crítica, teoria e história literárias), Rio de Janeiro 1906 A adopção do Direito Brasileiro, relatório apresentado ao Terceiro Congresso Scientifico Latino Americano no Rio de Janeiro 1910 A physiologia do Direito, Rio de Janeiro 1911 Versos de um dilettante (Poesia), Rio de Janeiro, Garnier 1915 Synteze das Preleçõis de Direito Penal, Rio de Janeiro, Livraria Clássica Referência A Wikisource contém fontes primárias relacionadas com Adherbal de Carvalho COUTINHO, Afrânio; SOUSA, J. Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. São Paulo: Global.
Aécio de Athayde Af. Affonso Celso
Afonso Celso
Affonso Celso Junior
Bucolica Nevrose do gozo Os olhos de minha mãe Amelia
Revista Elegante/1894 Fuzarca/1929 Jornal do Maranhão/1962 O Ramalhete/1863
A confissão Salve Regina O reino de Deus Á morte Virgem mãe O reino de Deus A voz da cruz Anjo enfermo Dor infantil Poncio Pilatos Somno de amigos Os três reis magos Salve Regina Minha filha Anjo do inferno
Gazeta de Picos/1909 Gazeta de Picos/1909 A Avenida/1909 Gazeta de Picos/1912 Gazeta de Picos/1912 Palace-Jornal/1914 O Martelo/1914 Voz do Povo/1931 Pacotilha/1901 O Paiz/1905 O Paiz/1905 Jornal de Balsas/1937 Jornal de Balsas/1937 O Pioneiro/1983 O Martelo/1911
Afonso Celso de Assis Figueiredo Júnior, titulado Conde de Afonso Celso pela Santa Sé,[1] mais conhecido como Afonso Celso, (Ouro Preto, 31 de março de 1860 — Rio de Janeiro, 11 de julho de 1938) foi um professor, poeta, historiador e político brasileiro. É um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, onde ocupou a cadeira 36. Biografia Nascido em 1860, em Ouro Preto, então capital da Provincia de Minas Gerais, Filho do Visconde de Ouro Preto, 36.º e último Presidente do Conselho de Ministros do Império, e de Francisca de Paula Martins de Toledo, esta, filha do conselheiro Joaquim Floriano de Toledo, coronel da Guarda Nacional, que foi presidente da província de São Paulo por seis vezes. Formou-se em direito, em 1880, pela Faculdade de Direito de São Paulo, defendendo a tese "Direito da Revolução" e foi na juventude republicano, mesmo com seu pai sendo monárquico. Afonso Celso é bisavô do músico Dinho Ouro Preto, vocalista da banda de rock Capital Inicial.[2] Política e magistério Foi eleito por quatro mandatos consecutivos deputado geral por Minas Gerais. Com a proclamação da república, em 1889, tornou se um grande apoiador da monarquia e deixou a política para acompanhar o pai no exílio, que se seguiu à partida da família imperial para Portugal. Afastado da política, dedicou-se ao jornalismo e ao magistério. Divulgou durante mais de 30 anos seus artigos no Jornal do Brasil e Correio da Manhã. No magistério, exerceu a cátedra de economia política na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro. Foi um católico devoto, foi referido como "Católico do credo e do mandamento, inteiriçamente católico" por João de Scantimburgo e recebeu o titulo de Conde de Afonso Celso pelo Papa Pio X.[3] Em 1892, ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Após a morte do barão do Rio Branco, em 1912, foi eleito presidente perpétuo desta instituição, cargo que ocupou até 1938. Obras De sua vasta obra merecem destaque os seguintes livros: Prelúdios - reunindo uma pequena coleção de poesias de conteúdo romântico, publicada quando ele tinha quinze anos de idade (1876) Devaneios (1877) Telas sonantes (1879) Um ponto de interrogação (1879) Poenatos (1880) Rimas de outrora (1891) Vultos e fatos (1892) O imperador no exílio (1893) Minha filha (1893) Lupe (1894) Giovanina (1896) Guerrilhas (1896) Contraditas monárquicas (1896) Poesias escolhidas (1898) Oito anos de parlamento (1898) Trovas de Espanha (1899) Aventuras de Manuel João (1899) Por que me ufano de meu país (1900) - título que gerou críticas e elogios Um invejado (1900) Da imitação de Cristo (1903) Biografia do Visconde de Ouro Preto (1905) Lampejos Sacros (1915) O assassinato do coronel Gentil de Castro (1928) Segredo conjugal (1932) Afonso Celso foi um dos trinta homens de letras que inicialmente constituíram a Academia Brasileira de Letras. Dentre eles estavam nomes como Joaquim Nabuco, José do Patrocínio, Machado de Assis, Rui Barbosa e Visconde de Taunay. Dez outros foram eleitos, posteriormente, completando os quarenta fundadores do instituto. Foi presidente da ABL em duas oportunidades: em 1925 e em 1935. Affonso Cunha
Saudade
O Mensageiro/1911
Afonso Cunha
Affonso Guimarães Alfonsus Guimaraens
A enchente A enchente Victoria regia Promenade Itapirema Contraste A enchente
O Bloco/1917 O Bloco/1917 Voz do Povo/1931 Voz do Povo/1931 Voz do Povo/1931 Diário de Caxias/1924 Nossa Terra/1962
O amor e a orgia Soneto
Pacotilha/1891 A Fita/1917
Alphonsus de Guimaraens (ou Afonso Henriques da Costa Guimarães) nasceu em 24 de julho de 1870, em Ouro Preto, Minas Gerais. Além de poeta, foi promotor, juiz e jornalista. A morte de sua primeira noiva — a prima Constança — fez com que o escritor passasse a ver a realidade com os olhos da tristeza. Assim, o autor, que faleceu em 15 de julho de 1921, fez parte do simbolismo brasileiro e produziu melancólicas poesias, caracterizadas por uma linguagem simples, além do uso de aliterações e sinestesias. Devido à perda de sua amada, é também recorrente, em seus textos, a presença da mulher idealizada e da temática da morte. Veja também: Augusto dos Anjos — poeta influenciado pelo simbolismo Biografia de Alphonsus de Guimaraens Alphonsus de Guimaraens (ou Afonso Henriques da Costa Guimarães) nasceu em 24 de julho de 1870, em Ouro Preto, no estado de Minas Gerais. Sua mãe — Francisca de Paula Guimarães Alvim — era sobrinha do escritor Bernardo Guimarães (1825-1884). Assim, a literatura era uma tradição na família do jovem poeta, que, entre 1882 e 1886, estudou no Liceu Mineiro de Ouro Preto. Em 1887, Alphonsus se matriculou no curso complementar da Escola de Minas. Nesse mesmo ano, iniciou um namoro com sua prima Constança, filha de Bernardo Guimarães. Porém, em 28 de dezembro de 1888, o poeta precisou encarar a morte de sua amada, e essa dura experiência acabou sendo impressa em seus versos. Afonso Clark Afonso Costa Agá Agá Aglantina Agostinho Pavão
A lua O nascimento Bilhete Bilhete Maio Sangue
A Pacotilha/1884 O Coroatá/1919 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Ateniense/1917 Os Anais/1911
Agostinho Reis
Não mais Luta renhida O trabalho Gonçalves Dias
Pacotilha/1902 Revista do Norte/1903 Revista do Norte/1904 A Mocidade/1906
Dr. José Agostinho dos Reis (1853-1929) foi um engenheiro, professor e jornalista paraense. Nascido em Belém em 1853, José Agostinho dos Reis construiu a sua vida entre a cidade natal e o Rio de Janeiro, onde veio a falecer em 1929. Segundo relatos do próprio Agostinho, ele nasceu escravizado e foi alforriado pela mãe , a quitandeira Leonarda Maria de Jesus Portugal. Ainda em Belém, tem a formação educacional inicial em espaços escolares católicos, relação que, inclusive, permitiu que ele conseguisse sair do Pará e ir para o Rio de Janeiro cursar engenharia onde ganha o grau de Doutor em Sciencias Physicas e Naturaes o bacharel em Sciencias Physicas e Mathematicas. Na corte Imperial, se torna professor substituto de economia politica da Escola Politécnica e do Liceu de Artes e Ofícios, sem
perder relações com Belém. Uma vez estabelecido como engenheiro, Agostinho entra para o Clube de Engenharia do Rio de Janeiro. Compartilhou com André Rebouças não só os espaços acadêmicos mas também a luta abolicionista. No dia da fundação da Associação Abolicionista da Politécnica em 1883, ele chocou os colegas ao revelar seu segredo de infância. "Vós não sabeis que o vosso colega e o vosso lente nasceu escravo" Delegado da Confederação Abolicionista nas províncias do Ceará, Amazonas e Pará, trabalhou com desusado ardor , levando aos centros mais longinquos a idéia da abolição. Ativo abolicionista no Pará , pronunciou no Teatro da Paz em 1884 ano da Abolição da Escravidão no Amazonas, uma série de conferências sobre o tema “A Redempção da Amazônia , pelo ensino pratico e o trabalho livre" Se candidatou várias vezes pelo Partido Conservador e depois se vinculou ao Partido Democrático Republicano. Foi redator dos jornais Abolicionistas "Estado do Pará", "O Democrata" e "Pacotilha" Católico devoto foi autor do livro " Cathecismo civico" e professor do Colégio Salesiano de Niterói Ao longo da vida, ele inclusive se torna presidente do Clube de Engenharia por algumas vezes e, já na República, quando Albert Einstein vem ao Brasil, Agostinho estava na direção do clube e recepcionou Einstein. O paraense também foi um dos finalistas, por exemplo, do concurso para a escolha do Cristo Redentor, apresentando uma proposta que acabou não sendo a vencedora. Propôs, ainda, projetos de moradia popular e pouco antes de falecer, conseguiu a concessão para a construção de uma estrada de ferro que ligaria Cuiabá, no Mato Grosso, a Santarém, no Pará. Fonte: O negro na formação da sociedade paraense: textos reunidos. Vicente Salles
Aguido Muniz
São Bento
Cidade de Pinheiro/1923
Aimoré Ramos Teu beijo Revista Maranhense/1920 Antonio Aymoré Ramos foi um compositor com atuação no interior do Maranhão durante a primeira metade do século XX. Foi prefeito de Alcântara, cidade onde se estabeleceu por mais tempo, e também de Cajapió. Atuou em festejos religiosos alcantarenses, como a Festa de Nossa Senhora do Livramento, e em datas comemorativas, como o sete de setembro. Também foi comerciante. Bibliografia CERQUEIRA, D. L. Audio-Arte: memórias de um blog musical. Rio de Janeiro: Edição do autor, 2017. Alarico Cunha Alarico da Cunha
Avé França Dezenove de abril
Athenas/1941 Athenas/1941
Alarico José da Cunha nasceu em São José dos Matões, hoje Município de Matões – Maranhão, a 31 de dezembro de 1883. Dedicou-se a pesquisas folclóricas e ao jornalismo, incursionando às vezes pela poesia. Foi vice-cônsul de Portugal em Parnaíba, no Estado do Piauí, e sócio efetivo da Academia Piauiense de Letras. Na Academia Maranhense de Letras ocupa a Cadeira nº 30, patrocinada por Teixeira Mendes. Alarico José da Cunha nasceu em 1883 numa fazenda nos arredores da atual cidade de Timon. Estudou no Liceu Piauiense e, em 1903, veio para Parnaíba. Com inteligência de alto nível e muita leitura, Alarico da Cunha logo se destacou na sociedade parnaibana como uma referência intelectual de alta grandeza, com fluência em várias línguas e conhecimento voltado para muitas áreas. Por muitos anos foi funcionário da Booth Line, empresa da Inglaterra com escritório em Parnaíba. Fluente na língua inglesa, ele mesmo ia a Tutoia comandar o embarque de carga nos grandes navios. Em 1938, aos 31 anos, Alarico juntou-se aos caixeiros que fundaram a União Caixeiral e foi um dos sócios mais empenhados para a instalação da escola e construção do prédio e é autor da letra do Hino da União Caixeiral. Para a imprensa local e de outras cidades, escreveu artigos, crônicas, contos, ensaios, poemas, memórias. Durante os anos 40 e 50, foi redator-chefe da Aljava, jornal de Benedito dos Santos Lima. Alarico da Cunha tornou-se um raro conhecedor da Doutrina de Alan Kardec e exerceu o cargo de presidente do Centro Espírita Perseverança do Bem. Na Maçonaria foi profundo estudioso da Ciência.
ANTOLOGIA DE SONETOS PIAUIENSES [por] Félix Aires. [Teresina: 1972.] 218 p. Brasília. Ex. bibl. Antonio Miranda
Impresso no Senado Federal Centro Gráfico,
A MISSA DA NATUREZA No templo do Universo e sobre o altar do oceano, Forrado de água imensa e adornado de espuma, Rezava a santa missa o criador soberano, Acolitado pela esplendorosa bruma. Era a festa solar, era domingo, em suma, Ao despontar do dia, alcandorado, ufano; Pelas praias quebrando as ondas de uma a uma Entoavam canções ao majestoso arcano! Mais tarde se elevava a hóstia consagrada; Era o sol — todo amor, surgindo alvissareiro, Com preces de manhã e sinos de alvorada! Que cena de esplendor! Que espetáculo sem par! O próprio ateu se curva à razão verdadeira Vendo a imagem de Deus refletida no mar! Alarico Ramos Alberia Alberto Alberto Costa
Alberto de Jesus
Alberto de Oliveira Alberto Oliveira
As andorinhas A uma noiva A João Martins (um sonho) Já não posso... entendes? A João Martins Despertando Adeus (ao Codó) Os teus olhos Ciume e odio A selvagem Perfis masculinos Parea uma feia
A Avenida/1909 A Avenida/1909 A Pacotilha/1883 A Pacotilha/1883 A Pacotilha/1883 Correio de Codó/1913 Correio de Codó/1913 Correio de Codó/1913 Correio de Codó/1913 Correio de Codó/1913 A Fita/1919-20 A Fita/1921
As estrellas Fantastica As estrelas Fantastica Serenata no rio Recondito Soneto Soneto Soneto Aspiração A vingança da porta A janela e o sol A vingança da porta
A Pacotilha/1883 A Pacotilha/1883 A Pacotilha/1883 A Pacotilha/1883 Pacotilha/1891 Pacotilha/1891 Belo Horizonte/1915 O Tocantins/1921 O Tocantins/1921 O Tocantins/1930 O Debate/1910 O Ateniense/1918 Jornal de Balsas/1937
"Alberto de Oliveira (ou Antônio Mariano Alberto de Oliveira) nasceu em 28 de abril de 1857, em Saquarema, no Rio de Janeiro. Iniciou a faculdade de medicina, mas não concluiu o curso. Trabalhou como farmacêutico, oficial de gabinete do governo do Rio de Janeiro, professor e diretor-geral da Instrução Pública. O poeta, que faleceu em 19 de janeiro de 1937, em Niterói, é um dos principais nomes do parnasianismo brasileiro. Seu livro mais conhecido é Meridionais, o qual possui poemas marcados pelo rigor formal, descritivismo e linguagem objetiva, em oposição ao Romantismo." Veja mais sobre "Alberto de Oliveira" em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/alberto-oliveira.htm "Canções românticas (1878); Meridionais (1884); Sonetos e poemas (1885); Versos e rimas (1895); Poesias: primeira série (1900); Poesias: segunda série (1906); Poesias: terceira série (1913); Céu, terra e mar (1914); O culto da forma na poesia brasileira (1916); Ramo de árvore (1922); Poesias: quarta série (1928); Póstuma (1944). Meridionais O escritor Machado de Assis (1839–1908), que fez o prefácio da primeira edição do livro Meridionais, diz sobre a obra: “A maior parte das composições são quadros feitos sem outra intenção mais do que fixar um momento ou um aspecto. Geralmente são curtos, em grande parte sonetos, forma que os modernos restauraram, e luzidamente cultivam [...]. Os versos do nosso poeta são trabalhados com perfeição.” → Em caminho O que diz o prefácio de Machado de Assis é o que podemos ver no soneto “Em caminho”, que, além de descritivo, é também narrativo. Nos seus versos decassílabos, o soneto fala da viagem feita no sertão pela “bela Armida”. Quando, repentinamente, aparece um rio no meio da estrada, o eu lírico encontra uma oportunidade para abraçar essa dama: Vai pálida de susto na viagem, O cavalo a reger, que salta e embrida De quando em quando, a loura e bela Armida; Sigo-a, segue-me após o lesto pajem. Dens’umbroso sertão que a amar convida, Ermo retiro, incógnita paragem, Tudo, ao zumbir do vento na ramagem, Cortamos, galopando a toda a brida. Mas eis que um rio súbito aparece, Da estrada em meio, undoso, derramado... Susto a marcha ao cavalo, o pajem desce, Treme a dama, eu, que avanço, encosto-a ao flanco, Enquanto n’água o pajem salta ousado E as rédeas toma ao seu cavalo branco. Sonetos e poemas O livro de poesias Sonetos e poemas é dividido em três partes:
“Primeiros poemas”; “Sonetos”; “Segundos poemas”. → O vaso chinês No soneto “O vaso chinês”, o eu lírico descreve, em versos decassílabos, um vaso visto por ele, certa vez, sobre o “mármor luzidio” de “um perfumado contador”: Estranho mimo aquele vaso! Vi-o, Casualmente, uma vez, de um perfumado Contador sobre o mármor luzidio, Entre um leque e o começo de um bordado. Fino artista chinês, enamorado, Nele pusera o coração doentio Em rubras flores de um sutil lavrado, Na tinta ardente de um calor sombrio. Mas, talvez por contraste à desventura, Lá se achava de um velho mandarim Posta em relevo, a singular figura; Que arte em pintá-la! a gente acaso vendo-a, Sentia um bem estar com aquele chim De olhos cortados à feição de amêndoa. → Olhos dourados No poema “Olhos dourados”, o eu lírico se aproxima do Romantismo. Por isso, o poeta opta por versos em redondilha maior (sete sílabas poéticas) em vez do decassílabo utilizado no parnasianismo. Nessa poesia, de caráter metalinguístico, a voz poética aponta como inspiração o olhar de uma mulher. No entanto, é perceptível a presença de referências greco-latinas, portanto, da valorização da Antiguidade clássica: Os versos que ora trabalho, Trabalho-os por teu olhar: És o sol de que me valho Pra os doirar. Susténs o helicônio cetro Mais com os olhos que com a mão; Neles, pois, se inspire o metro Da canção. [...] Que eu tenha à mão, porque a fira, Fórminx ou cítara. A mim Do aedo helênico a lira De marfim! [...] Sim, que riqueza! que raro Escrínio contém, mulher! Ai! deles se os visse o Avaro De Molière! Entrai por tanta opulência, Meus versos! nesse esplendor Louvai, não a Providência,
Mas o Amor! Vamos, saudemos a dona Dos olhos de ouro. Canção, Voa, e depois te abandona Em sua mão. […]" Veja mais sobre "Alberto de Oliveira" em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/alberto-oliveira.htm Alberto Rivere Perolas soltas Revista Elegante/1890 Alberto Tavares
Lenita
Novidades/1952
Alberto Tavares Silva GOMM (Parnaíba, 10 de novembro de 1918 – Brasília, 28 de setembro de 2009) foi um professor, engenheiro civil, engenheiro eletricista, engenheiro mecânico e político brasileiro filiado ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro que governou o Piauí duas vezes.[2] Presidente do diretório regional do PMDB no estado, desempenhou uma atividade política de mais de sessenta anos, tendo falecido no exercício de seu segundo mandato de deputado federal vítima de insuficiência respiratória.[3] Dados biográficos Formação acadêmica Filho de João Tavares da Silva e Evangelina Rosa e Silva, concluiu o Ginásio Parnaibano em Parnaíba, sua terra natal. Graduouse engenheiro civil, engenheiro eletricista e engenheiro mecânico na Universidade Federal de Itajubá, Minas Gerais.[4] Depois de formado foi nomeado engenheiro-chefe dos Serviços de Transportes Elétricos da Estrada de Ferro Central do Brasil no Rio de Janeiro, entre 1941 e 1947.[4] Pertencia à Academia Piauiense de Letras, cadeira 1. Entre o Piauí e o Ceará Filiado a UDN, foi eleito prefeito de Parnaíba em 1948 e deputado estadual em 1950, mas renunciou em 1953 para assumir a direção da Estrada de Ferro de Parnaíba. Eleito prefeito de Parnaíba pela segunda vez em 1954, retornou à direção da estrada de ferro em 1960. No ano seguinte foi nomeado diretor-técnico da Companhia de Força e Luz de Parnaíba e em 1962 tentou uma dupla candidatura a deputado federal e a deputado estadual, sem que fosse vencedor.[nota 1] Após o pleito passou a residir em Fortaleza onde dirigiu a Companhia de Eletricidade do Ceará (1962-1970) nos governos de Parsifal Barroso, Virgílio Távora e Plácido Castelo. Nesse período disputou as eleições de 1966 e ficou numa suplência de deputado federal pela ARENA do Piauí.[5] Em 1970 foi indicado governador do Piauí pelo presidente Emílio Garrastazu Médici em desfavor do coronel Stanley Batista e de Bernardino Viana, este ligado a Petrônio Portela.[5] Ao deixar o Palácio de Karnak tornou-se coordenador do Programa de Desenvolvimento Industrial e Agrícola do Nordeste (Polonordeste) em 1975 e presidente da Empresa Brasileira de Transportes Urbanos (EBTU) em 1976 no Governo Ernesto Geisel.[4] Numa das eleições mais renhidas do Piauí, foi candidato a senador numa sublegenda da ARENA em 1978 e apesar de sua derrota para Dirceu Arcoverde, tornou-se primeiro suplente do vencedor conforme a legislação da época,[nota 2] sendo efetivado em 20 de março de 1979, dias após a morte do titular.[6][7][8] Findo o bipartidarismo ingressou no PP e depois no PMDB em razão da incorporação entre as duas legendas decidida em convenção nacional no ano de 1981.[9] Os vínculos de Alberto Silva com o Ceará persistiram ao longo dos anos, pois seu genro, Carlos Virgílio Távora, foi deputado federal pelo respectivo estado.[10][11] Novamente governador Em 1982 perdeu a eleição para governador do Piauí para o deputado federal Hugo Napoleão (PDS).[6] Partícipe da campanha de Tancredo Neves à presidência, foi seu eleitor no Colégio Eleitoral em 1985.[12] Novamente candidato a governador em 1986, foi eleito com o apoio dos antigos adversários no PDS derrotando Freitas Neto (PFL).[6] Governava o Piauí quando a Assembleia Legislativa promulgou a Constituição do Estado do Piauí em 5 de outubro de 1989.[13] Derrotado por uma ampla coligação oposicionista, o PFL reaglutinou suas forças e nisso seus maiores líderes foram aquinhoados com cargos no Governo Federal: dias antes da posse do novo governador, o ministro das Comunicações, Antônio Carlos Magalhães, nomeou Freitas Neto presidente da TELEPISA (Telecomunicações do Piauí S/A) e em outubro Hugo Napoleão foi escolhido ministro da Educação do Governo Sarney. Assim os pefelistas elegeram o maior número de prefeitos e vereadores em 1988 enquanto Alberto Silva enfrentava forte oposição interna ao se opor à candidatura de Heráclito Fortes para prefeito de Teresina, o que fomentou uma dissidência partidária liderada pelo professor Raimundo Wall Ferraz. Em 1989 a maioria das
lideranças políticas do estado cerrou fileiras em torno da candidatura de Fernando Collor à Presidência da República, caminho seguido também por Silva enquanto Wall Ferraz e Heráclito Fortes permaneceram ao lado de Ulysses Guimarães.[14] Alheios à crise no PMDB Chagas Rodrigues, Paulo Silva e José Reis Pereira se filiaram ao PSDB sendo seguidos por Wall Ferraz em 1990. Este último reatou com Alberto Silva dele recebendo apoio para candidatar-se a governador, porém foi derrotado por Freitas Neto em segundo turno. Reforçados pelo prefeito Heráclito Fortes, os aliados de Freitas Neto elegeram o senador Lucídio Portela, além de sete deputados federais e dezesseis estaduais, ao passo que os governistas elegeram três deputados federais e treze estaduais. Já o PT sacramentou Nazareno Fonteles o primeiro dos seus com assento na Assembleia Legislativa enquanto o PMN lançou Francisco Barbosa de Macedo como candidato a governador.[15] De volta ao Congresso Nacional Após deixar o governo, foi candidato a prefeito de Teresina em 1992 numa eleição vencida em primeiro turno por Wall Ferraz que fora seu candidato a governador dois anos antes. Em 1994 foi eleito deputado federal[16] e, em 1996, perdeu em segundo turno em mais um pleito para a prefeitura de Teresina, desta vez para Firmino Filho.[6] Em 1998 foi eleito senador[17] e em 2004 foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Conselho da República, sendo eleito em 2006 para um novo mandato de deputado federal.[16] Notas ↑ No período situado entre o fim do Estado Novo e o Regime Militar de 1964 a legislação permitia tal artimanha. ↑ Graças ao ardil da sublegenda, a ARENA do Piauí lançou dois candidatos a senador em 1978. Com a eleição de Dirceu Arcoverde, a primeira suplência do mesmo coube a Alberto Silva (candidato não eleito), mas para que isso ocorresse, Jesus Tajra (registrado na chapa de Dirceu Arcoverde) foi designado segundo suplente do vencedor. Tais ajustes invalidaram a inscrição de Ada Ribeiro Dias (registrada na chapa de Alberto Silva), pois cada senador deveria ter apenas dois suplentes ao assumir o mandato. Um pouco antes, naquele mesmo ano, a outra vaga em disputa coube a Helvídio Nunes por via indireta segundo as regras do Pacote de Abril Alberto Tocantins Albino Cruz
Alcebiades Neves
Trovas sertanejas Versos alegres Três de maio Olhos Manha na barra
O Tempo/1931 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 Revista do Norte 1906
Alceu Wamosy
Duas almas
Voz do Povo/1931
Alceu de Freitas Wamosy (Uruguaiana, 14 de fevereiro de 1895 — Santana do Livramento, 13 de setembro de 1923) foi um jornalista e poeta brasileiro. Biografia Filho de José Afonso Wamosy, de origem húngara, e de Maria de Freitas, foi poeta simbolista. Publica seu primeiro livro Flâmulas, poemas, em 1913, quando já escreve para o jornal A Cidade, fundado por seu pai em Alegrete, Rio Grande do Sul. Adquire em 1917 o jornal O Republicano, no qual permanece até a morte. No ano de publicação do seu Coroa de Sonhos, no qual enfeixa um dos mais belos sonetos da língua pirtuguesa("Duas Almas")[1], envolve-se ardentemente na Revolução de 1923, sendo ferido a bala e vindo a falecer em um "hospital de sangue" na companhia da mãe e da esposa, com a qual casa-se in extremis. É Patrono da Cadeira N.° 40 da Academia Rio-Grandense de Letras; aclamado patrono da Feira do Livro de Porto Alegre de 1967. Obras Flâmulas, 1913 Terra Virgem, 1914 Coroa de Sonhos, 1923 Poesias Completas, 1925 Poesia Completa, 1994 Alcides Brandão
No azul
O Combate/1954
.: SophiA Biblioteca - Terminal Web :. (bn.gov.br) Alcides de Cantanhede Bilhetes ao interior
Primavera/1909
Alcides Freitas
Palace-Jornal/1914
Ultima vez
Alcides Freitas, nasceu em 04/06/1890 em Teresina, Piauí, faleceu em 06/05/1913 em Campo Maior, Piauí. Médico, poeta, cronista, biógrafo e jornalista. É patrono da Cadeira nº9 da Academia Piauiense de Letras. Colaborou com vários jornais e revistas, especialmente em "Litericultura". Bibliografia: "Da Lágrima? (1912), tese de Doutorado; Alexandrinos" (1912), em parceria com Lucídio Freitas e "Alvaro de Azevedo" (1912), conferência. Deixou inédito: "Noturnos", poemas e crônicas. Foi incluído na antologia "Os Mais Lindos Sonetos Piauienses" (1940), organizada por Félix Aires. Comentário: A obra que deixou, em prosa e verso, é maior que a sua própria vida. (Cristino Castelo Branco, in "Frases e Notas ", 1957). A obra do poeta já é de domínio público. Do livro Dicionário Biográfico Escritores Piauienses de Todos os Tempos, de Adrião Neto. Ilustração: Moisés Martírios.
ALCIDES FREITAS (1890-1912) Alcides Freitas nasceu em Teresina, em 4 de julho de 1890. Estudou no Liceu Piauiense, cursou Humanidades e, terminado o curso, em 1906, matriculou-se na Faculdade de Medicina da Bahia. Na defesa da tese de doutorado, na área de Fisiopsicopatologia, produziu um texto - Da Lágrima - que já revelava o grande poeta que existia dentro de si, pois era muito mais afim à literatura do que à ciência. A tese foi publicada em 1912, o mesmo ano da edição do livro Alexandrillos, escrito em parceria com o irmão Lucídio Freitas. Publicado em outubro de 1912, o livro Alexandrinos mereceu elogios de críticos de renome nacional, como Osório Duque-Estrada, autor do Hino Nacional Brasileiro, José Veríssimo, Clóvis Beviláqua e Laudemiro de Menezes. Também os piauienses, como Zito Baptista, Antônio Chaves, Abdias Neves é Cristino Castelo· Branco, aplaudiram a obra de estréia do poeta. Conta a professora Socorro Rios Magalhães que, antes mesmo do lançamento do primeiro livro, os jovens poetas Alcides Freitas e Lucídio Freitas já gozavam de grande prestígio entre os conterrâneos. "A par do pendor pelas letras, demonstrado desde a infância, e dos estudos superiores feitos fora do Estado, eram ainda filhos de Clodoaldo Freitas, naquele tempo já uma legenda no meio intelectual e político do Piauí", destaca a professora . O bambu Exposto ao dia, à noite, à beíra da lagoa, Onde se miram, rindo, as boninas do prado, Vive um velho bambu, velho, curso e delgado, A escutar a canção que o triste vento entoa ... Jamais os leves pés de um trovador alado, Desses que pela mata andam cantando à toa, Pousara-lhe num ramo! Apenas o povoa Alta noite, agourento, um corujão rajado ...
E vive, — arcaico monge a gemer solitário,— A sua dor sem fim, o seu viver mortuário, Tristonho a refletir no fundo azul das águas ... Como bambu da mata, exposto ao sol e ao vento, Do deserto sem fim de meu padecimento, Triste nos olhos teus reflito as minhas mágoas!. .. (Alexandrinos, 1912)
Hamlet Não sei que estranha dor meu peito dilacera, Que esquisito negror meu espírito ensombra! Tenho sorrisos de anjo e arreganhos de fera, Sinto chamas de inferno e frescuras de alfombra! Sou malvado e sou bom! Minh'alma ora é sincera, Ora de ser traidora ela própria se assombra! Que clamores de inverno e paz de primavera!... Escarneço da morte e temo a minha sombra! Nervo a nervo, a vibrar, misteriosa e vaga, Anda-me o corpo todo a nevrose de um tédio, Que dos pés à cabeça atrozmente me alaga ... Onde um recurso ao mal que me banha e transborda? Minha dor é sem fim! Eu só tenho um remédio: O suicídio - uma bala.:. um punhal... uma corda!... (Noturnos/inédito) Poemas extraídos de TAVARES, Zózimo. Sociedade dos Poetas Trágicos. Vida e obra de 10 poetas piauienses que morreram jovens. 2 ed. Teresina, Piauí: Gráfica do Povo, 2004. 122 p. Colaboração de Elimira Simeão, página publicada em julho 2007. ALCIDES FREITAS - (1890-1912) - Poesia dos Brasis - Piauí - www.antoniomiranda.com.br Alcides Pereira Alcimiro Sain Clair
Alcino Clarck Alda Alda Aldezrio
Ao I.Xavier de Carvalho Melancolia A minha mãe Como nasceu Jesus O paraná das águas milagrosas A morte do paie O teu amor é uma alvorada Soneto Ruinas Ruinas Meu coração
Revista Elegante/1896 Athenas/1941 Athenas/1941 Athenas/1941 Athenas/1941 Athenas/1941 Athenas/1942 Correio de Picos/1920 O Canhoto/1908 O Canhoto/1913 O Tocantins/1930
Aldo Calvet
Camara nupcial
A Peroba/1935
Nasceu em 13 de março de 1911, em São Luis do Maranhão. Faleceu em 26 de março de 1993, no Rio de Janeiro. Aldo Calvet (Maranhão, 1911—1993) foi um teatrólogo e jornalista brasileiro[1] e o primeiro diretor do Serviço Nacional de Teatro, nomeado pelo Presidente Getúlio Vargas, após este receber um abaixo assinado recolhido pela atriz e comediante Dercy Gonçalves, com duas mil assinaturas de membros da classe teatral pedindo sua nomeação para o cargo.
Sua principal obra é chamada Nicotina S/A, além do minidrama As Hortênsias, do infantil Os Hamsters Lilases, dos musicais A Obra-Prima, Este Rio Que Eu Amo e Os Gatos de São Luís, as filosóficas Katalina e Trottoir-trottoir-trottoir, e as comédias Um Certo Julgamento Grego, Doutora, Meu Marido já Era, Tempo de Recesso, além de A Vocação, Cara de Palhaço, Casa de Ninguém, Cátedra (peça de teatro), Trompete (peça de teatro), Deixem os Campos ao Sol, Diálogo dos Opostos, Douto Judas, Escambo (peça de teatro), Humhum hemhem, O Prostituto, O Último Gigolô, O Zebroide e a Zebrinha na Floresta do Quiriri, Os Pecadores, Segura Teu Homem e Sem Mulher não Me Divirto. Referências ↑ «Aldo Calvet». VIAF (em inglês). Consultado em 16 de novembro de 2019 ATIVIDADE NO TEATRO AUTOR: 1.SILÊNCIO - comédia – 3 atos – parceria com Luis de Sevilha e Hugo Alberto. Estréia no Teatro Arthur Azevedo (São Luis-MA) em 10.10.1934. Teatro José de Alencar (Fortaleza-CE) 1936 - Teatro União de Caxias (MA) 1937 - Teatro 4 de Setembro ( Teresina PI) 1937. 2.KATALINA - 3 atos – 1938 3.DOIS PEDAÇOS DE CÉU - 3 atos - parceria com Carlos Gutemberg - Representada no Pavilhão-Circo Dudu – 1944, 1948 e 1949- Rio de Janeiro 4.A EMBAIXADA CHEGOU - comédia – 3 atos. Representada no Teatro Municipal João Caetano ( Niterói-RJ) pelo Grupo Cênico João Caetano, fundado e dirigido pelo poeta e magistrado Lyad de Almeida – 1942/43. 5.DR. JUDAS - comédia 3 atos. Premiada no concurso Alvorada dos Novos – 1949 – Patrocínio do SNT e Cia. Jaime Costa. 6.CASA DE NINGUÉM - comédia - 3 atos - escrita em 1946. Encenada pelo Grupo Os Idealistas – 1951 – Auditório do Ministério da Fazenda (Rio de Janeiro) - Teatro Duse (Teatro do Estudante) – 1952 (Rio de Janeiro) - Penitenciária Lemos de Brito (Teatro Social do SNT) (Rio de Janeiro) - Cine-Teatro Monte Líbano – 1953 (Bom Jesus de Itabapoama-ES) - Teatro Francisco Nunes – Grupo do SESI (Belo Horizonte-MG) 1953 - Teatro Amador de Brusque ( Sta. Catarina) – 30 de agosto de 1970 – Festival de Teatro Amador. 7.O BRAVO TUPI - ato único - dramatização de I-Juca Pirama, o célebre poema de Gonçalves Dias. Representada, pela primeira vez, no Auditório do PEN Clube do Brasil – 1964 – pelo Grupo Teatral Cláudio de Souza, sob a direção da Professora Maria Wanderley Menezes - No auditório da ABI, por alunos da Escola Martins Pena. 8.UM CERTO JULGAMENTO GREGO - comédia – ato único - 1953 9.SEM MULHER NÃO ME DIVIRTO - comédia musical – 2 atos - parceria com Herolt Miranda, Mário Meira Guimarães e Fernando D’Ávila Premiada com Medalha de Ouro de Autor pela Associação Brasileira de Críticos Teatrais - 196 Estréia no Teatro República – Cia. Fernando D’Ávila (Rio) – 1961. Temporada no Teatro Paramount ( São Paulo) 1961. 10.VEDETES SEM CAUSA - Revista - Teatro Natal ( São Paulo) – Cia. Augusto César/Brigitte Blair – 1961/62. 11.ESTE RIO QUE EU AMO - comédia musical - prólogo e 10 quadros - 1962. 12.A CRUZ DO SALVADOR - ato único - adaptação de “Deus e a Natureza”, de Arthur Rocha - encenada pela Empresa Osvaldina Cáceres – Teatro Recreio (Rio de Janeiro) – 1965/66. 13.LUZES DE SAMBURÁ - musical folclórico - ato único - parceria com Dilu Melo - Teatro Alvorada (Niterói) – Teatro Arthur Azevedo, Teatro Carlos Gomes e Teatro Nacional de Comédia ( Rio de Janeiro) – 1967/68/69/70. 14.DEIXEM OS CAMPOS AO SOL - drama ecológico – ato único – 1967. 15.O PROSTITUTO - drama social – 3 atos – 1968. 16.TROTTOIR... TROTTOIR... TROTTOIR... – comédia dramática – 3atos – 1968. Proibida pela censura em 1969. Projeto de Leitura “Tudo é Teatro” de Giulia Gam – Lounge do Rio Design Center do Leblon – 24.03.2003 - com os atores Telma Reston, Guta Strasser, Du Moscovis e Alexandre Moreno. 17.ESCAMBO ou NINGUÉM é de NINGUÉM - comédia de costumes – 3 atos – 1968. 18.DEUSES DO VIRA-MUNDO – monólogo tragicômico - baseado no romance “ O Degredado”, de Alves Borges – 1968. 19.DIÁLOGO DOS OPOSTOS - drama social em 1 ato – 1969. 20.TROMPETE - drama urbano em 1 ato – Apresentações: Festival de Teatro Amador ( Santos-SP) 1969 - Georgetown University (USA), com o título “Batucada”- 1973 – Teatro Escola Cultura Dramática – (Campos-RJ) – 1974 – Grupo Teatral Oficina – Teatro Guaíra (Curitiba-PR) – 1988. 21.EXAUSTAÇÃO – ato único – baseada em conto de Checov. Estréia em 29.10.1988 – Grupo TERATOS -Teatro SESC ( São Paulo). 22.O POBRE DOS CAMINHOS - ato único – baseado em poemas do poeta português Silva Tavares e do poeta Maranhense Ribamar Pereira – 1981. 23.ANTÔNIO JOÃO DE JESUS - ato único – teatralização do poema de Cândido de Campos – 1969. 24.TÔ CUM GRILO NA CUCA - revista – 2 atos – parceria com R. Rocha - Teatro Brigitte Blair (Rio de Janeiro) - 1970. 25.AS HORTÊNSIAS - drama - 1 ato - 1973 Representada na University of Colorado (USA) – patrocínio do Center of the Hispanic Performing Arts - 1976 26.OBRA-PRIMA - drama com música (árias de operetas) – 1 ato Premiada no concurso de peças da Fundação Casa do Estudante do Brasil - 1973. Leitura no Projeto “ Tudo é Teatro” – de Giulia Gam - Espaço SESC (Rio de Janeiro) 15.06.2004 – com os atores Cláudio Mendes – Giulia Gam – Isabel Lobo - Ana Couto – Renato Bavier – Alexandre Moreno. 27.HUMHUM - HENHEIN - comédia dramática – 2 atos – 197 28.OS PECADORES - sátira - ato único - 1974. 29.UMA CERTA ELEIÇÃO NO TEMPO DOS CORONÉIS - 3 atos – Adaptação livre da peça de França Jr. “Como se Fazia um Deputado”-1974 30.CARA DE PALHAÇO - comédia - ato único – 1976 31.ÊTA MUIÉ PAI D’ÉGUA - musical folclórico – ato único – 1976 - Parceria com Dilu Melo e Laura Wanderley – Teatro da Galeria
(Rio de Janeiro) – Direção de Luis Mendonça. 32.NICOTINA S.A. - farsa social – 3 atos – 1970 - Premiada com menção Honrosa no Concurso de Peças do Centro Latino Americano de Creación e Investigación Teatral – CELCIT – Venezuela – 1985 - Em 23.04.1997 – leitura pública no auditório da SBAT, sob direção de Léo Jusi. 33.O MENINO DO DEDO VERDE - infantil – baseada em “Tistou les Pouces Verts”, de Maurice Druon – 1973. 34.DRA., MEU MARIDO JÁ ERA - musical – ato único – parceria com Brigitte Blair – Proibida pela Censura – 1979. 35.OS HAMSTERS LILASES - infantil – ato único - 1976 36.TEMPO DE RECESSO - comédia de costumes – ato único – 1976. 37.FÍGARO LÁ! FÍGARO CÁ! - farsa - 3 atos - 1977 – adaptação livre sobre teatro de Beaumarchais . 38.QUEM NUNCA LAMBEU MEL... - infantil - ato único - 1976 Menção Honrosa – Prêmio Alice da Silva Lima – União Brasileira de Escritores – 2001. 39.AS SETE MULHERES DA PAIXÃO - adaptação cênica de poema sacro de D. Marcos Barbosa – 1981. 40.O ZEBRÓIDE E A ZEBRINHA NA FLORESTA DO QUIRIRI infantil - 1977 41.O TRANSPLANTE CAPILAR - comédia - ato único - 1976. 42.O PÃO NOSSO - drama - 1 ato - 1977. 43.GAZETILHA - monólogo cômico – 1982. 4.CÁTEDRA - monólogo cômico - 1982. 45.PASQUINADA - monólogo cômico – 1982. 46.BRASIL DE GOLPE A GOLPE - musical de cordel - parceria com o cordelista Zé Gamela. 47.TEM PIMENTA NA ABERTURA – revista – 1986 - Teatro Rival ( Rio de Janeiro ) – Cia. De Revistas Campana/Jussara Calmon parceria com Gugu Olimecha e Carlos Nobre. 48.SEGURA TEU HOMEM - comédia de costumes – 2 atos – 1955 Apresentada no Teatro do Clube Municipal ( Rio de Janeiro) – de novembro de 1983 a março de 1984. 49.DESSE JEITO A COISA ENTORTA - revista - 1985 –Teatro Rival ( Rio de Janeiro) – Cia. Francisco Falcão/Carvalhinho/Marlene Silva. 50.A MERITÍSSIMA - comédia - 2 atos - 1986. 51.ASSIM SEREMOS FELIZES - comédia - 2 atos – 1986 Peça com 2 finais diferentes à escolha. 2.CULLINO & CUPELLO ILIMITADA - comédia – 2 atos 53.O CHÁ DAS BONECAS - paródia de “A Ceia dos Cardeais”, de Júlio Dantas – ato único – 1986. 4. SUBLIME MENTIRA - Drama romântico – ato único – 1986. 55.A VOCAÇÃO - ato único - 1986 - adaptação de “Uma Anedota”, conto de Marcelino Mesquita. 56.O ÚLTIMO GIGOLÔ - Monólogo -Ato único - 1990 57.OS GATOS DE SÃO LUÍS - peça episódica – ato único – 2 quadros . 58.RITMOS ERÓTICOS - seleção e teatralização de poemas de autores diversos, antigos e contemporâneos – 1990. 59. VISÕES ANTIGAS - monólogo – tempo único – 1991. DIRETOR: •Troupe Irmãos Otero – peças: “Mater Dolorosa”, de Júlio Dantas - “Compra-se um Marido”, de José Wanderley - “Deus lhe Pague”, de Joracy Camargo - “Se o Anacleto Soubesse” e “O Simpático Jeremias”, de Gastão Tojeiro – 1936 ( São Luis-MA) . •Grupo Cênico João Caetano – A EMBAIXADA CHEGOU, de Aldo Calvet – 1941/43. •“O Homem que eu Quero” - comédia de Lourival Coutinho – Teatro Ginástico junho/1944. •Cia. Silva Filho – revistas – 1956 a 1960: “Agora a Coisa Vai” - “É Tudo Juju-Frufru” - “Comigo é no Caracaxá” - “Rumo à Brasília” , todas no Teatro João Caetano. “Sarava, my Darling” – comédia musical de José Wanderley e Luiz Peixoto – Teatro Carlos Gomes – 1969 ( Rio de Janeiro). •Cia. Fernando D’Ávila – revistas – 1960 a 1962 – “Te Futuco num Futuca” – Teatro Recreio e Teatro Paramount – (Rio e São Paulo) – Medalha de Ouro da Associação Brasileira de Críticos Teatrais. •SEM MULHER NÃO ME DIVIRTO – Teatro República ( Rio ). •Cia. Siwa e Vagareza - revista - 1963 – “Disfarça... e Bota a Mão” - Teatro São Jorge – (Rio ). •Cia. Augusto César/Brigitte Blair – 1961/62 – revista – VEDETES SEM CAUSA – Teatro Natal ( São Paulo). •Cia. Brigitte Blair – revista – 1970 – TÔ CUM GRILO NA CUCA – Teatro Sérgio Porto (Rio de Janeiro). •Cia. Dilu Melo – musical folclórico – “Luzes de Samburá” – 1967/68/69/70 •Teatro Alvorada ( Niterói) – Teatros Arthur Azevedo, Carlos Gomes e Nacional de Comédia (Rio de Janeiro). •Cia. Cáceres de Teatro Ltda. – 1963 – A CRUZ DO SALVADOR – Teatro Recreio (Rio). •“A Mensagem do Salmo” – de J. Romão da Silva – 1967 – espetáculo sacro-musical, encenado nas ruínas da Igreja de São Benedito dos Pretos e no Teatro Carlos Gomes (Rio). •Stênio Lima Produções Artísticas – 1984/85 – SEGURA TEU HOMEM – Teatro do Clube Municipal (Rio). •SECRETÁRIO: Comédia Brasileira – 1941/42 ATOR: •“O Interventor”, de Paulo Magalhães – personagem Raul – Teatro Arthur Azevedo (São Luis-MA) – 1932. •“A Descoberta da América”, de Armando Gonzaga – personagem Gomes – Teatro Arthur Azevedo (São Luis-MA) – 1932.
•Espetáculo de Variedade Prof. Jordan – 1932 – Teatro Arthur Azevedo (São Luis-MA). “O Amigo da Paz”, de Armando Gonzaga – Cia. Hugo Alberto – 1933 – •Personagem Aleixo. Excursão pelo interior do Maranhão e Piauí. •“Onde Canta o Sabiá”, de Gastão Tojeiro – personagem Hernani - Teatro Arthur Azevedo (São Luis-MA) e excursão pelo interior do Maranhão e Piauí. •“Deus lhe Pague”, de Joracy Camargo - 1934 – Teatro Arthur Azevedo e excursão pelo interior do Maranhão e Piauí. Personagem Péricles. • “Amor”, de Oduvaldo Viana – Cia.Hugo Alberto/Luis de Sevilha – 1935 – personagem Catão – Teatro Arthur Azevedo. •“Outro André”, de Correia Varela - “Deus lhe Pague” - “A Descoberta da América” - “O Interventor” - Estas peças foram apresentadas em excursão pelo Estado do Ceará, no Teatro José de Alencar e no Cine-Teatro Majestic, patrocinadas pelo popular ator Leoni Siqueira. •“A Garra” – drama de “grand-guignol”, de Jean Sartenne – 1935 •Cine-Teatro Majestic, Cine-Teatro Merceeiros, Teatro Paroquial ( Fortaleza-CE). •“Compra-se Um Marido”, de José Wanderley. ”Feitiço”, de Oduvaldo Viana. “O Filho não é Meu”, “Perdi Minha Mulher”, “Deus e a Natureza”, de Arthur Rocha. “A Costela de Adão”, “Mater Dolorosa”, de Júlio Dantas. “O Cabo Jô” e “Honrarás tua Mãe”. Peças apresentadas em excursão pelos Estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Bahia e Pernambuco – Cia. Marquise Branca – 1935/36. •“Mater Dolorosa”, de Júlio Dantas – “Compra-se um Marido”, de José Wanderley” – “Deus lhe Pague”, de Joracy Camargo – “Se o Anacleto Soubesse”, “O Simpático Jeremias”, de Gastão Tojeiro – 1936 – Troupe Irmãos Otero. DIRETOR DE TV: •Espetáculos Tonelux – TV Tupi –Canal 6 - direção e texto de parceria com Vagareza – 1959 (Rio de Janeiro). •Teatrinho Meia-Entrada – infantil – TV Rio – canal 13 – com Siwa e Vagareza - texto e direção. PEÇAS PREMIADAS: •DR JUDAS– Concurso Alvorada dos Novos – patrocínio da Cia. Jaime Costa – 1949. •A OBRA-PRIMA – Concurso de Peças da Fundação Casa do Estudante do Brasil – 1973. •SEM MULHER NÃO ME DIVERTO (co-autoria com Herolt Miranda e Mário Meira Guimarães ) – Medalha de Ouro da Associação Brasileira de Críticos Teatrais – 1961. •NICOTINA S.A - Concurso de Peças do Centro Latino-Americano de Creación e Investigación Teatral – CELCIT - Venezuela – Menção Honrosa – 1985. •QUEM NUNCA LAMBEU MEL, QUANDO LAMBE SE LAMBUZA – infantil - Prêmio “Alice da Silva Lima” – patrocínio da União Brasileira de Escritores – Menção Honrosa – 2001 – (póstumo). LIVROS E PEÇAS PUBLICADOS: •TÓXICO – contos e crônicas – parceria com Luis de Sevilha – Editora Tribuna Ltda. (São Luis-MA) – 1936. •KATALINA - drama – Editora Tribuna Ltda. – (São Luis-MA) – 1938. TEATRO - 4 peças: CASA DE NINGUÉM, TROMPETE, DR. JUDAS e EXAUSTAÇÃO Gráfica Editora do Livro Ltda. ( Rio ) – 1968. •TROTTOIR...TROTTOIR...TROTTOIR... comédia social – Edições Ribalta – (Rio) – 1982. •O PROSTITUTO – comédia social – Edições Ribalta (Rio) – 1983. •AS HORTÊNCIAS drama em 1 ato – Revista de Teatro da SBAT – março/abril 1979 – nº 468. UM CERTO JULGAMENTO GREGO comédia – Revista de Teatro da SBAT (Rio) - nº 452 – outubro/novembro/dezembro 1984. •SEGURA TEU HOMEM – comédia – Revista de Teatro da SBAT – novembro/dezembro 1988 – nº 468.
ENSAIOS PUBLICADOS: •O Dramaturgio Milan Begovic - Revista Dyonisos nº 1 – Rio de Janeiro •O Teatro de Garrett – Revista Dyonisos nº 8 – Rio de Janeiro O’Neill O Homem e sua Obra – Revista Dyonisos nº 11 – Rio de Janeiro. ROMANCE NÃO PUBLICADO: Os Ilustres Pedintes ASSOCIAÇÕES DE CLASSE: •Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio de Janeiro – Sócio Efetivo desde 1946. •SBAT – Sociedade Brasileira de Autores Teatrais – Sócio Efetivo – desde 1947 - Fez parte da Diretoria como Conselheiro e Diretor. •Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Rio de Janeiro - SATED – na categoria de Diretor Artístico – desde 1957. •Sócio Efetivo e Diretor-Secretário da Associação Brasileira de Críticos Teatrais – •Casa dos Artistas- Sócio Efetivo, Benemérito, Conselheiro Nato e Diretor-Secretário – 1967. •Associação de Proprietários de Circo e Empresários de Diversões – Sócio Categoria Especial. •Instituto Brasileiro de Teatro – Fundador e Conselheiro-Diretor – 1955. •ABI - Associação Brasileira de Imprensa – 1958
•PEN Clube do Brasil – 1959. •Academia Campista de Letras – Membro Correspondente – 1979. Academia de Letras do Rio de Janeiro – 1982. •Academia Anapolina de Filosofia, Ciências e Letras. HOMENAGENS: •Troféu Leopoldo Fróes – em reconhecimento ao apoio prestado- concedido pelo Sindicato dos Atores Teatrais, Cenógrafos e Cenotécnicos do Rio de Janeiro – 4.5.1955 •Benemérito da Classe Teatral de São Paulo – Sindicato dos Atores Teatrais, Cenógrafos e Técnicos do Estado de São Paulo – solenidade em 26.11.1956. •Homenagem ao Mérito – Associação Brasileira de Críticos Teatrais – 1963. •Associação de Teatro Amador do Estado do Rio de Janeiro – Diploma por serviços prestados no IV Festival de Teatro Amador do Estado do Rio de Janeiro – 1967. •Benemérito – Casa dos Artistas – 7.11.1967. •Cidadão do Estado da Guanabara – Assembléia Legislativa do Estado da Guanabara – Resolução nº 770/72 – requerimento do Deputado Santana Filho. A solenidade de entrega do Diploma foi realizada em 3.10.1973, no Palácio Pedro Ernesto, sob a presidência do Deputado Wilmar Palis. •Benemérito do Estado do Rio de Janeiro – Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro – Resolução nº433/1975 – requerimento do Deputado Paulo Duque. A solenidade de entrega do Diploma foi realizada no Salão Nobre da SBAT, em 29.09.1992. •Sócio Honorário da SBACEM – Sociedade Brasileira de Autores, Compositores e Escritores de Música – 1.09.1987. ÚLTIMOS DESEMPENHOS: •Ao falecer, em 26.03.1993, exercia o mandato de Diretor de Relações Internas e o cargo de Editor da Revista de Teatro da SBAT. HOMENAGENS PÓSTUMAS: •Moção de Pesar na Câmara Municipal do Rio de Janeiro – apresentada pelo Vereador Luiz Carlos Ramos – 4.05.1993. •Sócio Benemérito da SBAT – In Memoriam – Requerimento aprovado na Assembléia realizada no dia 27.09.1995, sendo Presidente da SBAT o teatrólogo César Vieira. OBS.: - Aldo Calvet nasceu numa casa do Beco do Teatro, em São Luis do Maranhão. Seu funeral foi realizado em 27.03.1993 – Dia Mundial do Teatro. PRESS RELEASE: Press release aldocalvet_org.pdf Dados autobiograficos de Aldo Calvet.pdf Curriculo de Aldo Calvet.pdf Resumo biografico de Aldo Calvet.pdf Aldo Calvet Teatro.pdf
all content© 2011 by AldoCalvet.org All rights reserved. PROCÓPIO FERREIRA, ora no Teatro SERRADOR, apresentando com marcante exito a peça “ESSA MULHER É MINHA”. Em seu nome e no de seus companheiros de trabalho se congratula com o Exmo. Sr. Presidente GETÚLIO VARGAS pela justa nomeação de ALDO CALVET para o cargo de diretor do Serviço Nacional de Teatro. “Folha Carioca” - Quarta-feira, 28 de fevereiro de 1951 Gênova, 3 de março de 1951. Aldo, só hoje recebo a sua nomeação. Que Deus o ajude e realize uma obra digna de seu esforço e idealismo. Sigo amanhã pelo “Marco Polo” – graças a Deus – de volta ao Rio. Abraço de Paschoal Carlos Magno “TRIBUNA DA IMPRENSA” - 22/2/51 TERÇA-FEIRA A POSSE DO DIRETOR DO S.N.T. Teatros transformados em cinemas voltarão a ser teatros – o problema dos transportes, os amadores e os profissionais. O sr. Aldo Calvet, nomeado para a direção do Serviço Nacional de Teatro, afirma à imprensa que uma das suas primeiras medidas à
frente daquele importante orgão controlador das atividades artístico-teatrais do Brasil, será providenciar, por todos os meios, a volta dos velhos teatros ocupados como cinema às “suas antigas e verdadeiras finalidades”. Caro Calvet. Deixo aqui o meu grande abraço pela nossa vitória que é a vitória da Classe Teatral. Freire Junior 20/2/51 HÁ TRABALHO NO S.N.T. Sim: e o que ali se vê é entusiasmo e competência, e dedicação, e atividade, e disciplina, e luta, e alma, tudo em favor do nosso teatro, que só agora começa a engatinhar. Sim: há trabalho no S.N.T. Geysa Bôscoli “O MUNDO” 9/11/51 TEATRO BRASILEIRO DE COMÉDIA Franco Zampari Os noivos Didier e Calvet – na festa de seu casamento – 28/06/58. ABI – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE IMPRENSA Herbert Moses
Calvet ensaiando “A Embaixada Chegou”, (peça de sua autoria) com o Grupo Cênico João Caetano. Apresentação no Rio de Janeiro – 1941/1943.Dedicatória no verso da foto: A Calvet, sangue, nervos e carne do Grupo Cênico João Caetano, com a admiração dos grupenses. Convite da posse de Calvet na Academia De Letras Do Estado Do Rio De Janeiro Aldo Calvet recebe das mãos de sua esposa o diploma de Cidadão do Estado da Guanabara. Ao lado, o deputado Sant’ Anna Filho, autor da homenagem (Setembro:1973)
Cidadão Benemérito Do Estado Do Rio De Janeiro, Aldo Calvet, Didier Calvet e Dilu Melo.
Deputado David Quinderê entrega o diploma de Benemérito Do Estado Do Rio De Janeiro ao jornalista Aldo Calvet – 29-09-92 – ao fundo, Deputado Fernando Gonçalves. O Deputado Paulo Duque, autor da homenagem não pode comparecer.
Dilu Melo, Daniel Rocha e Aldo Calvet, 75 Anos da SBAT. CONTATO dramaturgia, teatro latino americano, teatro brasileiro, critica teatral, ensaios, jornalismo jornalismo latino americano, jornalismo brasileiro, servico nacional de teatro, companhia dramática nacional, sociedade brasileira de autores teatrais teatro direção teatral história do teatro ensino do teatro sbat hoje teatro americano, teatro europeu, eugene o’neill, almeida garrett, milan begovic, dionysos, a mensagem do salmo
Aldo Pery Alexandre Fernandes
Alf. Alf. Castro Alfredo Calvet Coelho Alfredo Campelo de Carvalho Alfredo Castro Alfredo Castro
Alfredo de Assis Alfredo de Assis
Á Gilka Loretti Soneto Duas creanças Minha filha A maçonaria A Jesus Christo A imprensa A.L. Em viagem Amarguras de um sentimento O adeus Dois mortos À lua Suplica do mendigo
A Noticia/1928 Pacotilha/1891 Pacotilha/1891 O Rosariense/1903/04 Avante/1906 Gazeta de Picos/1909 Correio de Picos/1913 A Novena/1909 A Noticia/1928 O Gremio/1955 Cidade de Pinheiro/1924 Revista Elegante/1890 Revista Elegante/1890 Revista Elegante/1899
(?) Trovador Saudação Genuflexo
O Paiz/1903 O Paiz/1904 Revista do Norte 1906 Revista do Norte 1906
Alfredo de Assis Castro
Nina Rodrigues Demonio Ao Christo Olhos Verdes Improvizos Olhos verdes Eo tempore Carta a Paulo Bentes O eterno espélho Sonho Carta de amor Amor Supreno Anceio Supremo anseio Dois mortos Num cartão postal Pranto e rizo Ella Sem título
Revista do Norte 1906 Gazeta de Picos/1908 Correio de Picos/1912 Correio de Codó/1913 A Fita/1919-20 Athenas/1941 Athenas/1941 Athenas/1941 Correio do Nordeste/1963 Athenas/1940 Revista do Norte/1904 Revista do Norte/1904 Revista do Norte/1905 Revista do Norte/1905 Revista do Norte 1905 Revista do Norte 1905 O Ateniense/1917 Revista do Norte/1902 Correio do Nordeste/1963
Alfredo de Assis Castro nasceu em Riachão, a 14 de janeiro de 1881. Bacharel em Direito, desembargador do Tribunal de Justiça do Maranhão. Filólogo, crítico, poeta, jornalista e professor; catedrático de Português e Literatura na antiga Escola Normal do Maranhão; diretor do Liceu Maranhense e da Biblioteca Pública do Estado e secretário geral do Estado. Representante da Academia Maranhense de Letras junto à Federação das Academias de Letras do Brasil. Sócio da Associação Brasileira de Imprensa. ALFREDO DE ASSIS CASTRO Nasceu em Riachão, em 14.01.1881. (Faleceu no Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1977). Pó e Sombra, 1963. Nesse livro que só tardiamente apareceu, em São Paulo, além de sonetos magistrais, parnasianos, publica suas trovas. Autor de obras sobre filologia e Direito. Tem um estudo sobre Gonçalves Dias.
RAMOS, Clovis. Minha terra tem palmeiras... (Trovadores maranhenses) Estudo e antologia. Rio de Janeiro: Editora Pongetti, 1970. 71 p. Ex. bibl. Antonio Miranda
Rosas não faltam formosas No teu jardim de encantar, Mas entre todas as rosas É tu a rosa sem par. Das rimas a mais reativa Pedida por meu desejo
É aquela que mais se esquiva, Que mais lhe foge: teu beijo. De teus encantos não há de Fugir-me a recordação, Que não consente a saudade Memória do coração. Tenho vivido em procura Da essência do teu carinho, Sem que me deixe a tortura De não achar o caminho. Sei de um perfume que alcança Manter perene vigor. Esse perfume é a lembrança Que deixa o primeiro amor. Ó minha joias sem preço! Ó meu tesouro sem par! Como de tudo me esqueço Quando me ponho a te olhar!
SONETOS V.2. Jaboatão, PE: Editora Guararapes EGM, s.d p. 151-302. 16,5 x 11 cm. ilus. col. Editor Edson Guedes de Moraes. Inclui poetas brasileiros e de outras nacionalidades. Edição artesanal, tiragem limitada. Ex. bibl. Antonio Miranda
Página publicada em outubro de 2019; ampliada em dezembro de 2019; Alfredo de Magalhães Alfredo E. P. de Almeida Alfredo Fernandes
Marinha Saudades Minha filha
Pacotilha/1891 A Mocidade/1875 Revista Elegante/1895
Alfredo Galeão
Tira Dentes
A Escola/1878
Alfredo Galvão
Á ella Parafrases A D.
A Mocidade/1876 Revista Juvenil/1877 Revista Juvenil/1877
Alfredo Galvão
Favela Hora-aperitiva Coaxai, batráquios Ressureição no charco Alma desnuda Saudade Quando aquece o alto-forno Tumulos sem rumo Spartacus
Correio do Nordeste/1962 Correio do Nordeste/1962 Correio do Nordeste/1963 Correio do Nordeste/1963 Correio do Nordeste/1963 Correio do Nordeste/1963 Correio do Nordeste/1963 Correio do Nordeste/1963 Correio do Nordeste/1963
Balada de maio
Correio do Nordeste/1963
Augusto Azevedo
O veneno das raças A minha mãe Vida e morte Metamorfose Loura Pecadora Orphan
O Tocantins/1917 O Tocantins/1917 Avante/1907 Avante/1906 Pacotilha/1891 A Luta/1891 O Rosariense/1903/04
Almeida Galhardo
Asas
O Clarim/1947
Alfredo Monção Alfredo Neri Alfredo papança Alfredo Peixoto
nasceu em Tutóia, Maranhão, no dia 2 de dezembro de 1922 na Rua Senador Leite. Seu pai era Pedro Luiz Soares, funcionário público federal da Mesa de Rendas (Alfandega) e sua mãe era Joaquina de Almeida Soares. Ele tinha sete irmãos: Rosa Soares Caldas, Maria de Lourdes Soares Ramos, Antônia de Almeida Soares Maia, Maria da Glória Soares da Cruz, Paulo de Jesus de Almeida Soares, José Ribamar de Almeida Soares e Joaquim Pedro de Almeida Soares. Seu nome de registro era: Francisco das Chagas Almeida Soares. Veio para São Luís ainda adolescente, aos 14 anos, trazido pelo pai, a fim de estudar no Seminário Santo Antônio para ser padre. Após sete anos de vida religiosa, aos vinte e um anos, em 1943, o jovem Chagas Soares, como era chamado pelos seus colegas seminaristas, percebeu que não tinha vocação para o sacerdócio e finalmente, deixou o claustro, iniciando sua carreira como jornalista, poeta e aviador. Seu primeiro emprego foi como jornalista do “Correio da Tarde”, depois trabalhou nos Diários Associados e por fim, no Diário de São Luís. Também trabalhou como fiscal na Prefeitura de São Luís. O pseudônimo Almeida Galhardo surgiu quando ainda era seminarista e estava começando a publicar suas primeiras poesias no jornal “Correio da Tarde”. Para não se identificar, passou a utilizar esse pseudônimo, que adotou definitivamente a partir daí. Infelizmente, numa tragédia que gerou comoção e abalou a cidade de São Luís naquela tarde do dia 8 de agosto de 1948, o vate maranhense, cognominado por seu contemporâneo, Lago Burnett, de “o poeta das gaivotas”, tragicamente, morreu jovem, aos 25 anos, em um acidente de avião que ele pilotava ao sobrevoar o então povoado da Forquilha. Almeida Galhardo era um dos mais promissores poetas de sua geração. Era centrista, foi membro fundador do Centro Cultural Gonçalves Dias (CCGD), em 1945; atuante agremiação literária que congregava a nova geração de poetas maranhenses de São Luís, onde ocupou a cadeira patrocinada por Maranhão Sobrinho. Faziam parte dessa associação, nomes como Nascimento Morais Filho, Ferreira Gullar, Lago Burnett, Vera-Cruz Santana, Reginaldo Teles, João Lima Sobrinho, Celso Bastos, Tobias Pinheiro Filho e tantos outros jovens poetas que começavam a projetar-se no cenário literário local nesse período. Boa parte desses poetas ficou famosa, compuseram depois os quadros da Academia Maranhense de Letras, construíram carreiras sólidas, sejam regionalmente ou nacionalmente e publicaram obras importantes. Galhardo viveu em São Luís entre os anos de 1930 e1940 e encantou seus leitores com suas talentosas poesias. 100 Anos de Almeida Galhardo Espaço do Leitor JP Turismo Blog do Professor Gallas: ALMEIDA GALHARDO - o poeta desconhecido do Maranhão Almeida Garret
Olhos verdes
O Ateniense/1916
João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett, mais tarde 1.º Visconde de Almeida Garrett (Porto, 4 de fevereiro de 1799 – Lisboa, 9 de dezembro de 1854), foi um escritor e dramaturgo romântico, orador, par do reino, ministro e secretário de estado honorário português. Grande impulsionador do teatro em Portugal, uma das maiores figuras do romantismo português, foi ele quem propôs a edificação do Teatro Nacional de D. Maria II e a criação do Conservatório de Arte Dramática. Biografia Primeiros anos João Leitão da Silva nasceu a 4 de fevereiro de 1799, na antiga Rua do Calvário, n.ºs 18, 19 e 20 (actual Rua Dr. Barbosa de Castro, n.ºs 37, 39 e 41), na freguesia da Vitória, no Porto, filho segundo de António Bernardo da Silva Garrett (1740-1834), selador-mor da Alfândega do Porto, e de Ana Augusta de Almeida Leitão (1770-1841), casados em 1796.[1] Neto paterno de José Ferreira da Silva e de Antónia Margarida Garrett, e neto materno de José Bento Leitão e de Maria do Nascimento de Almeida. Foi baptizado na Igreja Paroquial de Santo Ildefonso a 10 de Fevereiro de 1799. Eram seus irmãos: Alexandre José da Silva Leitão de Almeida Garrett (7 de Agosto de 1797 – 24 de Outubro de 1847), que casou com Angélica Isabel Alves Cardoso Guimarães, Maria Amália de Almeida Garrett (ca. 1801 – Sé (Angra do Heroísmo), Ilha Terceira, 25 de Novembro de 1844), que casou com Francisco de Menezes Lemos e Carvalho (São Pedro (Angra do Heroísmo), Ilha Terceira, 20 de Setembro de 1786 – Sé (Angra do Heroísmo), Ilha Terceira, 6 de Outubro de 1862), António Bernardo da Silva Garrett (ca. 1803 – São José (Lisboa), 9 de Novembro de 1838), que morreu solteiro e Joaquim António de Almeida Garrett (ca. 1805 – 21 de Maio de 1845). Passou a sua infância na Quinta do Sardão, em Oliveira do Douro (Vila Nova de Gaia), pertencente ao seu avô materno José Bento Leitão, altura em que alterou o seu nome para João Baptista da Silva Leitão, acrescentando o sobrenome Baptista do padrinho e trocando a ordem dos seus apelidos. Mais tarde viria a escrever a este propósito: "Nasci no Porto, mas criei-me em [Vila Nova de] Gaia". No período da sua adolescência foi viver para os Açores, na ilha Terceira, quando as tropas francesas de Napoleão Bonaparte invadiram Portugal e onde era instruído pelo tio paterno, D. Frei Alexandre da Sagrada Família da Silva Garrett (17371818), Bispo de Angra. De seguida, em 1816 foi para Coimbra, onde acabou por se matricular no curso de Direito. Em 1818, adoptou em definitivo os apelidos de Almeida Garrett (Almeida era o apelido da avó materna, e Garrett era o apelido da avó paterna, nascida em Madrid em 1710 e que tinha vindo para Portugal no séquito duma princesa), pelos quais ficou para sempre conhecido, passando a assinarse João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett. Em 1821 publicou O Retrato de Vénus, trabalho que fez com que fosse processado por ser considerado materialista, ateu e imoral, tendo sido absolvido. Presença na revolução liberal sentinela ao Convento dos Grilos durante o Cerco do Porto. Almeida Garrett participou na revolução liberal de 1820, de seguida foi para o exílio na Inglaterra em 1823, após a Vila-francada. Antes havia casado com a muito jovem senhorita Luísa Midosi, de apenas 14 anos. Foi em Inglaterra que tomou contacto com o movimento romântico, descobrindo Shakespeare, Walter Scott e outros autores e visitando castelos feudais e ruínas de igrejas e abadias góticas, vivências que se reflectiriam em sua obra posterior. Em 1824, pode partir para França e assim o fez. Nessa viagem escreveu o muitíssimo conhecido Camões (1825) e Dona Branca (1826, não tão conhecido como o anterior, mas não menos importante), poemas geralmente considerados como as primeiras obras da literatura romântica em Portugal. No ano de 1826 foi chamado e regressou à pátria com os últimos emigrantes. Dedicou-se então ao jornalismo, fundando e dirigindo o jornal diário O Portuguêz[2] (1826-1827) e o semanário O Cronista (1827). Também colaborou na Revista Universal Lisbonense[3] (1841-1859) e na Semana de Lisboa[4] (1893-1895). Teria de deixar Portugal novamente em 1828, com o regresso do Rei tradicionalista D. Miguel. No ano de 1828 ainda perdeu, para seu grande desgosto, sua filha recém-nascida. Novamente em Inglaterra, publica Adozinda (1828). Juntamente com Alexandre Herculano e Joaquim António de Aguiar, tomou parte no Desembarque do Mindelo e no Cerco do Porto em 1832 e 1833. Também fundou o Jornal "Regeneração" em 1851 a propósito do movimento político da regeneração.[5] Vida política
Passos Manuel, Almeida Garrett, Alexandre Herculano e José Estêvão de Magalhães nos Passos Perdidos, Assembleia da República Portuguesa. A vitória do Liberalismo permitiu-lhe instalar-se novamente em Portugal, após uma curta estadia em Bruxelas como cônsul-geral e encarregado de negócios, onde lê Schiller, Goethe e Herder. Em Portugal exerceu cargos políticos, distinguindo-se nos anos 30 e 40 como um dos maiores oradores nacionais.[6] Foram de sua iniciativa a criação do Conservatório de Arte Dramática, da Inspecção-Geral dos Teatros, do Panteão Nacional e do Teatro Normal (actualmente Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa). Mais do que construir um teatro, Garrett procurou sobretudo renovar a produção dramática nacional segundo os cânones já vigentes no estrangeiro. Com a vitória cartista e o regresso de Costa Cabral ao governo, Almeida Garrett afasta-se da vida política até 1852. Contudo, em 1850 subscreveu, com mais de 50 personalidades, um protesto contra a proposta sobre a liberdade de imprensa, mais conhecida por “lei das rolhas”. Paixões de Garrett A vida de Garrett foi tão apaixonante quanto a sua obra. Revolucionário nos anos 1820 e 1830, distinguiu-se posteriormente sobretudo como o tipo perfeito do dândi, ou janota, tornando-se árbitro de elegâncias e príncipe dos salões mundanos. Foi um homem de muitos amores, uma espécie de homem fatal. Foi em 1821, em plena representação da sua tragédia Catão, drama clássico, que se apaixonou perdidamente por uma bela jovem de 13 anos, Luísa Cândida de Midosi (1808-1892),[7] com quem se casaria onze meses depois, a 11 de Novembro de 1822, na Igreja de São Nicolau (Lisboa). Foi contudo um casamento infeliz, tendo acabado em separação no ano de 1836 (supostamente por adultério dela, enquanto estiveram em Bruxelas e incompatibilidade de génios e desproporção de inteligências, ela voltaria a casar-se com Alexandre Désiré Létrillard, depois de convenção amigável e verbal desde Junho de 1836, com escritura em Outubro de 1839, proporcionando-lhe uma pensão compatível com os seus proventos de empregado público). Garrett passou então a viver amancebado com Adelaide Deville Pastor (1819–1841), de 17 anos, filha ilegítima de um negociante, João António Lopes Pastor, e de uma viúva, Jerónima Deville, até a morte desta, em 26 de Julho de 1841, por complicações de saúde resultantes do parto. Tiveram três filhos: Nuno João Alexandre José António de Almeida Garrett (São José (Lisboa), 25 de Novembro de 1837 – São José (Lisboa), 9 de Fevereiro de 1839) baptizado como filho de pais incógnitos em 7 de Dezembro de 1837 na Igreja Paroquial de São José em Lisboa e sepultado no Alto de São João; João de Almeida Garrett (6 de Novembro de 1839 – 16 de Dezembro de 1839); Maria Adelaide de Almeida Garrett (Encarnação (Lisboa), 12 de Janeiro de 1841 – São Martinho (Sintra), 4 de Janeiro de 1896) que mais tarde casou com Carlos Augusto Guimarães e teve descendência, cujos infortúnios e ilegitimidade inspiraram o pai a escrever a peça teatral Frei Luís de Sousa. Foi baptizada em 15 de Março de 1841 na Igreja Paroquial da Encarnação em Lisboa como apenas filha natural de Almeida Garrett, sendo legitimada em 4 de Junho de 1842, quase um ano após a morte de sua mãe. Orfã muito cedo, passou a mocidade no Colégio das Salésias, conceituada instituição de educação; era tratada pelo seu pai por Mimi, que dedicou todo o seu cuidado a esta filha única que era o seu encanto, não descurando a sua formação cívica, moral, religiosa e intelectual. Mais tarde, veio a ser amante de Rosa de Montúfar y García-Infante (1815-1883), uma fidalga espanhola filha do 3.º Marquês de Selva Alegre, mulher de Joaquim António Velez Barreiros, 1.º Barão e 1.º Visconde de Nossa Senhora da Luz e por duas vezes (277.º e 286.º) Comandante da Ordem da Imaculada Concepção de Vila Viçosa, e Ministro e Governador de Cabo Verde, a quem celebrou no seu último e provavelmente melhor livro de poemas, Folhas Caídas. Resumo Biográfico . Filho segundo do selador-mor da Alfândega do Porto, acompanhou a família quando esta se refugiou nos Açores, onde tinha propriedades, fugindo da segunda invasão francesa, realizada pelo exército comandado pelo marechal Soult que entrando em Portugal por Chaves se dirigiu para o Porto, ocupando-o. Passou a adolescência na ilha Terceira, tendo sido destinado à vida eclesiástica, devendo entrar na Ordem de Cristo, por intercedência do tio paterno, Frei D. Alexandre da Sagrada Família, bispo de Malaca e depois de Angra.
Em 1816, tendo regressado ao continente, inscreveu-se na Universidade, na Faculdade de Leis, sendo aí que entrou em contacto com os ideais liberais. Em Coimbra, organiza uma loja maçónica, que será frequentada por alunos da Universidade como Manuel Passos. Em 1818, começa a usar o apelido Almeida Garrett, assim como toda a sua família. Participa entusiasticamente na revolução de 1820, de que parece ter tido conhecimento atempado, como parece provar a poesia As férias, escrita em 1819. Enquanto dirigente estudantil e orador defende o vintismo com ardor escrevendo um Hino Patriótico recitado no Teatro de São João. Em 1821, funda a Sociedade dos Jardineiros, e volta aos Açores numa viagem de possível motivação maçónica. De regresso ao Continente, estabelece-se em Lisboa, onde continua a publicar escritos patrióticos. Concluindo a Licenciatura em Novembro deste ano. Em Coimbra publica o poema libertino O Retrato de Vénus, que lhe vale ser acusado de materialista e ateu, assim como de «abuso da liberdade de imprensa», de que será absolvido em 1822. Torna-se secretário particular de Silva Carvalho, secretário de estado dos Negócios do Reino, ingressando em Agosto na respectiva secretaria, com o lugar de chefe de repartição da instrução pública. No fim do ano, em 11 de Novembro, casa com Luísa Midosi. A Vilafrancada, o golpe militar de D. Miguel que, em 1823, acaba com a primeira experiência liberal em Portugal, leva-o para o exílio. Estabelece-se em Março de 1824 no Havre, cidade portuária francesa na foz do Sena, mas em Dezembro está desempregado, o que o leva a ir viver para Paris. Não lhe sendo permitido o regresso a Portugal, volta ao seu antigo emprego no Havre. Em 1826 está de volta a Paris, para ir trabalhar na livraria Aillaud. A mulher regressa a Portugal. É amnistiado após a morte de D. João VI, regressando com os últimos emigrados, após a outorga da Carta Constitucional, reocupando em Agosto o seu lugar na Secretaria de Estado. Em Outubro começa a editar «O Português, diário político, literário e comercial», sendo preso em finais do ano seguinte. Libertado, volta ao exílio em Junho de 1828, devido ao restabelecimento do regime tradicional por D. Miguel. De 1828 a Dezembro de 1831 vive em Inglaterra, indo depois para França, onde se integra num batalhão de caçadores, e mais tarde, em 1832, para os Açores integrado na expedição comandada por D. Pedro IV. Nos Açores transfere-se para o corpo académico, sendo mais tarde chamado, por Mouzinho da Silveira, para a Secretaria de Estado do Reino. Participa na expedição liberal que desembarca no Mindelo e ocupa o Porto em Julho de 1832. No Porto, é reintegrado como oficial na secretaria de estado do Reino, acumulando com o trabalho na comissão encarregada do projecto de criação do Códigos Criminal e Comercial. Em Novembro parte com Palmela para uma missão a várias cortes europeias, mas a missão é dissolvida em Janeiro e Almeida Garrett vê-se abandonado em Inglaterra, indo para Paris onde se encontra com a mulher. Só com a ocupação de Lisboa em Julho de 1833, consegue apoio para o seu regresso, que acontece em Outubro. Em 2 de Novembro é nomeado vogal-secretário da Comissão de reforma geral dos estudos. É por essa altura que terá se instalado no palácio dos Condes de Almada, no Largo de S. Domingos, em Lisboa, onde reunia a referida comissão.[8] Em Fevereiro do ano seguinte é nomeado cônsul-geral e encarregado de negócios na Bélgica, onde chega em Junho, mas é de novo abandonado pelo governo. Regressa a Portugal em princípios de 1835, regressando ao seu posto em Maio. Estava em Paris, em tratamento, quando foi substituído sem aviso prévio na embaixada belga. Nomeado embaixador na Dinamarca, é demitido antes mesmo de abandonar a Bélgica. Estes sucessivos abandonos por parte dos governos cartistas, levam-no a envolver-se com o Setembrismo, dando assim origem à sua carreira parlamentar. Logo em 28 de Setembro de 1836 é incumbido de apresentar uma proposta para o teatro nacional, o que faz propondo a organização de uma Inspecção-Geral dos Teatros, a edificação do Teatro D. Maria II e a criação do Conservatório de Arte Dramática. Os anos de 1837 e 1838, são preenchidos nas discussões políticas que levarão à aprovação da Constituição de 1838, e na renovação do teatro nacional. Em 20 de Dezembro é nomeado cronista-mor do Reino, organizando logo no princípio de 1839 um curso de leituras públicas de História. No ano seguinte o curso versa a «história política, literária e científica de Portugal no século XVI». Em 15 de Julho de 1841 ataca violentamente o ministro António José d'Ávila, num discurso a propósito da Lei da Décima, o que implica sua passagem para a oposição e o leva à demissão de todos os cargos públicos. Em 1842, opõe-se à restauração da Carta proclamada no Porto por Costa Cabral. Eleito deputado nas eleições para a nova Câmara dos Deputados cartista, recusa qualquer nomeação para as comissões parlamentares, como toda a esquerda parlamentar. No ano seguinte ataca violentamente o governo cabralista, que compara ao absolutista.
Litografia sobre papel de Almeida Garrett, Leiloaria São Domingos. É neste ano de 1843 que começou a publicar, na Revista Universal Lisbonense, as Viagens na Minha Terra, descrevendo a viagem ao vale de Santarém começada em 17 de Julho. Anteriormente, em 6 de Maio, tinha lido no Conservatório Nacional uma memória em que apresentou a peça de teatro Frei Luís de Sousa, fazendo a primeira leitura do drama. Continuando sua oposição ao Cabralismo, participa na Associação Eleitoral, dirigida por Sá da Bandeira, assim como nas eleições de 1845, onde foi um dos 15 membros da minoria da oposição na nova Câmara. Em 17 de Janeiro de 1846, proferiu um discurso
em que considerava a minoria como representante da «grande nação dos oprimidos», pedindo em 7 de Maio a demissão do governo e, em Junho, a convocação de novas Cortes. Com o despoletar da revolução da Maria da Fonte e da Guerra Civil da Patuleia, Almeida Garrett – que apoia o movimento – tem que passar a andar escondido, reaparecendo em Junho, com a assinatura da Convenção de Gramido. Com a vitória cartista e o regresso de Costa Cabral ao governo, Almeida Garrett é afastado da vida política, até 1852. Em 1849, passa uma breve temporada em casa de Alexandre Herculano, na Ajuda. Em 1850, subscreve com mais de 50 outras personalidades um Protesto contra a Proposta sobre a Liberdade de Imprensa, mais conhecida por «lei das rolhas». Costa Cabral nomeia-o, em Dezembro, para a comissão do monumento a D. Pedro IV. Com o fim do Cabralismo e o começo da Regeneração, em 1851, Almeida Garrett é consagrado oficialmente. É nomeado sucessivamente para a redacção das instruções ao projecto da lei eleitoral, como plenipotenciário nas negociações com a Santa Sé, para a comissão de reforma da Academia das Ciências, vogal na comissão das bases da lei eleitoral, e na comissão de reorganização dos serviços públicos, para além de vogal do Conselho Ultramarino, e de estar encarregado da redacção do que irá ser o Acto Adicional à Carta. Por decreto do Rei D. Pedro V de Portugal, datado de 25 de junho de 1851, Garrett é feito Visconde de Almeida Garrett, em vida (tendo o título sido posteriormente renovado por 2 vezes). Em 1852 sobraça, por poucos dias, a pasta dos Negócios Estrangeiros, em governo presidido pelo Duque de Saldanha. Em 1852 é eleito novamente deputado, e de 4 a 17 de Agosto será ministro dos Negócios Estrangeiros. A sua última intervenção no Parlamento será em Março de 1854 em ataque ao governo na pessoa de Rodrigo de Fonseca Magalhães. Morreu a 9 de dezembro de 1854, de cancro do fígado, na sua casa situada na atual Rua Saraiva de Carvalho, em Campo de Ourique, Lisboa. Foi sepultado no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa, tendo sido trasladado a 3 de Maio de 1903[9] para o Mosteiro dos Jerónimos. Os seus restos mortais foram posteriormente trasladados para o Panteão Nacional[10][11] da Igreja de Santa Engrácia aquando do término deste edifício. A cerimónia ocorreu em homenagem a si e a mais outras ilustres figuras portuguesas, entre os dias 1 e 5 de dezembro de 1966. “
Não: plantai batatas, ó geração de vapor e de pó de pedra, macadamizai estradas, fazeis caminhos de ferro, construí passarolas de Ícaro, para andar a qual mais depressa, estas horas contadas de uma vida toda material, maçuda e grossa como tendes feito esta que Deus nos deu tão diferente do que a que hoje vivemos. Andai, ganha-pães, andai; reduzi tudo a cifras, todas as considerações deste mundo a equações de interesse corporal, comprai, vendei, agiotai. No fim de tudo isto, o que lucrou a espécie humana? Que há mais umas poucas dúzias de homens ricos. E eu pergunto aos economistas políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar a miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infâmia, à ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à penúria absoluta, para produzir um rico? - Que lho digam no Parlamento inglês, onde, depois de tantas comissões de inquérito, já devia andar orçado o número de almas que é preciso vender ao diabo, número de corpos que se tem de entregar antes do tempo ao cemitério para fazer um tecelão rico e fidalgo como Sir Roberto Peel, um mineiro, um banqueiro, um granjeeiro, seja o que for: cada homem rico, abastado, custa centos de infelizes, de miseráveis.
”
Relevância na literatura portuguesa No século XIX e em boa parte do século XX, a obra literária de Garrett era geralmente tida como uma das mais geniais da língua, inferior apenas à de Camões. A crítica do século XX (notavelmente João Gaspar Simões) veio questionar essa apreciação, assinalando os aspectos mais fracos da produção garrettiana. No entanto, a sua obra conservará para sempre o seu lugar na história da literatura portuguesa, pelas inovações que a ela trouxe e que abriram novos rumos aos autores que se lhe seguiram. Garrett, até pelo acentuado individualismo que atravessa toda a sua obra, merece ser considerado o autor mais representativo do romantismo em Portugal. Cronologia das obras
Almeida Garrett pelo escultor António Pinheiro. homenagem a Almeida Garrett, Jardim Duque da Terceira, Angra do Heroísmo. Primeiras edições ou representações 1819: Lucrécia 1820: Mérope (não chegou a ser representada) 1821: O Retrato de Vénus; Catão (representado a 29 de setembro, no Teatro do Bairro Alto, a S. Roque); 1822: O Toucador 1825: Camões 1826: Dona Branca
Monumento em
1828: Adozinda 1829: Lírica de João Mínimo; Da Educação (ensaio) 1830: Portugal na Balança da Europa (ensaio) 1838: Um Auto de Gil Vicente (representado no teatro Nacional da rua dos Condes) 1841: O Alfageme de Santarém (1842 segundo algumas fontes; representado no teatro Nacional da rua dos Condes) 1843: Romanceiro e Cancioneiro Geral - tomo 1; Frei Luís de Sousa (representado no teatro particular da Quinta do Pinheiro) 1845: O Arco de Sant'Ana - tomo 1; Flores sem fruto 1846: Viagens na minha terra; D. Filipa de Vilhena (inclui Falar Verdade a Mentir e Tio Simplício; representada no teatro da rua do Salitre, por alunos do Conservatório Dramático) 1848: As profecias do Bandarra; Um Noivado no Dafundo; A sobrinha do Marquês 1849: Memória Histórica de J. Xavier Mouzinho da Silveira 1850: O Arco de Sant'Ana - tomo 2; 1851: Romanceiro e Cancioneiro Geral - tomos 2 e 3 1853: Folhas Caídas 1871: Discursos Parlamentares e Memórias Biográficas (antologia póstuma) Publicações periódicas 1827: O cronista 1830: Memórias de uma África sofrida Bibliografia ordenada e completa Poemas Hino Patriótico, poema. Porto, 1820 Ao corpo académico, poema. Coimbra 1821 Retrato de Vénus, poema Coimbra, 1821 Camões, poema. Paris, 1825 Dona Branca ou a Conquista do Algarve, poema. Paris, 1826 (pseud. de F. E.) Adozinda, poema. Londres, 1828 Lyrica de João Mínimo. Londres, 1829 Miragaia, poesia. Lisboa, 1844 (eBook) Flores sem Fruto, poesia. Lisboa, 1845 Os Exilados, À Senhora Rossi Caccia, poesia. Lisboa, 1845 Folhas Caídas, poesia. Rio de Janeiro e depois Lisboa,1853 Camões, poema. 4ª ed. revista, com estudo de Camilo Castelo Branco. Porto, 1854 Obras póstumas Dona Branca ou a Conquista do Algarve, poema. Porto Alegre, 1859 Dona Branca ou a Conquista do Algarve, poema. Nova York, 1860 Bastardo do Fidalgo, poema. Porto, 1877 Odes Anacreônticas: Ilha Graciosa. Évora, 1903 A Anália, poesia inédita de Garrett. Lisboa 1932 (redac., Porto 1819) Magriço ou Os Doze de Inglaterra, poema. Coimbra, 1948 Roubo das Sabinas, poemas libertinos I. Lisboa, 1968 Afonseida, ou Fundação do Império Lusitano, poema. Lisboa 1985 (pseud.: Josino Duriense, redac., Angra 1815-16) Poesias Dispersas. Lisboa, 1985 Magriço e os Doze de Inglaterra, poema incompleto, Lisboa, 1914 Peças teatrais Catão, tragédia. Lisboa, 1822 O Corcunda por amor. Lisboa, 1822 [edição conjunta com Catão] Catão, tragédia. Londres, 1830 Catão, tragédia. Rio de Janeiro, 1833 Catão, tragédia. Lisboa, 1845 Mérope, tragédia. Lisboa, 1841 O Alfageme de Santarém ou A Espada do Condestável. Lisboa, 1842 Um Auto de Gil Vicente. Lisboa, 1842 Frei Luís de Sousa, 1843 (eBook) Dona Filipa de Vilhena, comédia. Lisboa, 1846 [12] Falar Verdade a Mentir, comédia. Lisboa 1846 A Sobrinha do Marquês, 1848 Camões do Rossio, comédia. Lisboa, 1852 (co-autoria de Inácio Feijó) Obras póstumas Um noivado no Dafundo ou Cada terra com seu uso, cada roca com seu fuso: provérbio n'um acto (redac., Lisboa, 1847). Lisboa, 1857; Impromptu de Sintra, comédia (redac., Sintra, 1822). Lisboa, Guimarães, Libanio, [1898]; Átala, drama (redac., Coimbra 1817). Lisboa, 1914 [inacabado]; Lucrécia, tragédia (redac., Coimbra, 1819). Lisboa, 1914;
Afonso de Albuquerque, tragédia (redac., Coimbra, 1819). Lisboa, 1914 [inacabado]; Sofonisba, tragédia (redac., Coimbra, 1819). Lisboa, 1914 [inacabado]; O Amor da Pátria, elogio dramático (redac., Coimbra 1819). Lisboa, 1914; La Lezione agli Amanti, ópera bufa (redac., Porto, 1819-20). Lisboa, 1914; Conde de Novion, comédia (redac., Lisboa). Lisboa, 1914; Édipo em Colona, tragédia (redac., Terceira, 1816; revisão, Coimbra, 1818). Lisboa, 1952 [inacabado]; Ifigénia em Tauride, tragédia (redac., Terceira, 1816). Lisboa, 1952 [inacabado]; Falar Verdade a Mentir, comédia (redac., Lisboa). Rio de Janeiro, 1858; As Profecias do Bandarra, comédia (redac., Lisboa 1845). Lisboa, 1877; Os Namorados Extravagantes, drama (redac. Sintra, 1822). Coimbra 1974. Artigos, ensaios, biografias e folhetos Proclamações Académicos, Coimbra, 1820, folhetos O Dia Vinte e Quatro de Agosto, ensaio político. Lisboa, 1821, 53 p. Aos Mortos no Campo da Honra de Madrid, folheto. Lisboa, Jornal da Sociedade Literária Patriótica, 1822 Da Europa e da América e de Sua Mútua Influência na Causa da Civilização e da Liberdade, ensaio político. Londres 1826 Da Educação. Londres, 1829 Portugal na Balança da Europa: do que tem sido e do que ora lhe convém ser na nova ordem de coisas do mundo civilizado, Londres, 1830 Relatório dos Decretos nº 22, 23 e 24 (Reorganização da Fazenda, Administração Pública e Justiça). Lisboa, 1832, folheto Manifesto das Cortes Constituintes à Nação, folheto. Lisboa, 1837 Necrologia do Conselheiro Francisco Manuel Trigoso de Aragão Morato, Lisboa, 1838 Relatório ao Projecto de Lei sobre a Propriedade Literária e Artística, Lisboa, 1839 Memória Histórica do Conselheiro A. M. L. Vieira de Castro, Lisboa, 1843 Conselheiro J. B. de Almeida Garrett, autobiografia. Lisboa, 1844 Memória Histórica da Duqueza de Palmella: D. Eugénia Francisca Xavier Telles da Gama, Lisboa, 1845 Memória Histórica do Conde de Avilez, 1ª ed., Lisboa, 1845 Da Poesia Popular em Portugal, ensaio literário. Lisboa, 1846 Sermão pregado na dedicação da capela de Nª Srª da Bonança, folheto, Lisboa, 1847 A Sobrinha do Marquês, Lisboa, 1848, 176 p. Memória Histórica de J. Xavier Mousinho da Silveira, Lisboa, 1849 Necrologia de D.ª Maria Teresa Midosi, Lisboa, 1850 Protesto Contra a Proposta sobre a Liberdade de Imprensa, abaixo-assinado/folheto. Lisboa 1850 (subscrito, à cabeça, por Alexandre Herculano e mais cinquenta personalidades, contra o projecto de «lei das rolhas» apresentado pelo governo) Obras póstumas Discursos Parlamentares e Memórias Biográphicas, Lisboa, Imprensa Nacional, 1871, 438, p. Necrologia do Sr. Francisco Krus; Monumento ao Duque de Palmela, D. Pedro de Sousa Holstein, Lisboa, 1899 (redac., Lisboa, 1839); Memórias Biográficas, Lisboa, Empreza da História de Portugal, 1904 Necrologia à Morte de D. Leocádia Teresa de Lima e Melo Falcão Vanzeler, Lisboa, 1904 (redac., Lisboa, 1848) Apontamentos Biográficos do Visconde d'Almeida Garrett, autobiografia. Porto, 1916 Entremez dos Velhos Namorados que Ficaram Logrados, Bem Logrados, Lisboa, 1954 (redac., 1841) Romances, cancioneiros e contos Bosquejo da História da Poesia e da Língua Portuguesa, Paris, 1826 Lealdade, ou a Vitória da Terceira, canção. Londres, 1829 Romanceiro e Cancioneiro Geral, vol. I. Lisboa, 1843 O Arco de Sant'Ana, romance. Lisboa, na Imprensa Nacional, 1845, vol. 1 Viagens na Minha Terra, romance. Lisboa, Typ. Gazeta dos Tribunais, 1846, 2 v. (Vol. I (eBook); Vol. II (eBook); 2 vol. juntos (eBook)) O Arco de Sant'Ana, romance. Lisboa, na Imprensa Nacional, 1850, vol. 2 Romanceiro e Cancioneiro Geral, vols. II e III, Lisboa 1851 Obras póstumas Helena: fragmento de um romance inédito. Lisboa, 1871 Memórias de João Coradinho, aventuras picarescas. Lisboa, 1881 (redac., 1825) Joaninha dos Olhos Verdes. Lisboa, 1941 Komurahi - História Brasileira, conto. 1956 (redac., 1825) Cancioneiro de romances, xácaras e soláus e outros vestígios da antiga poesia nacional. Lisboa, 1987 (redac., 1824) Cartas e diários Carta de Guia para Eleitores, em Que se Trata da Opinião Pública, das Qualidades para Deputado e do Modo de as Conhecer, ensaio político. Lisboa, 1826 Carta de M. Cévola ao futuro editor do primeiro jornal liberal que em português se publicar, panfleto político. Londres, 1830 (pseud.: Múcio Cévola) Carta sobre a origem da língua portuguesa, ensaio literário. Lisboa, 1844 Obras póstumas Diário da minha viagem a Inglaterra, Lisboa 1881 (redac., Birmingham, 1823)
Cartas a Agostinho José Freire, Lisboa, 1904, 132 p. (redac., Bruxelas, 1834) Cartas Íntimas, edição revista, coordenada e dirigida por Teófilo Braga. Lisboa, Empresa da História de Portugal, 1904, 172 p. Cartas de Amor à Viscondessa da Luz, Lisboa, 1955 Correspondência do Conservatório, Lisboa, 1995 (redac.: Lisboa 1836 – 1841) Discursos Oração Fúnebre de Manuel Fernandes Tomás, Lisboa, 1822 Parnaso Lusitano ou Poesias Selectas de Autores Antigos e Modernos, Paris, 1826-1827, 5 v. Elogio Fúnebre de Carlos Infante de Lacerda, Barão de Sabrozo, Londres, 1830 Da formação da segunda Câmara das Côrtes: discursos pronunciados pelo deputado J. B. de Almeida Garrett nas sessões de 9 a 12 de Outubro de 1837, Lisboa, Imprensa Nacional, 1837 Discurso do Sr. Deputado pela Terceira J. B. de Almeida Garrett na discussão, Lisboa, 1840 Discussão da Resposta ao Discurso da Coroa, pronunciado na sessão de 8 de Fevereiro de 1840, Lisboa, 1840 Discurso do Sr. Deputado por Lisboa J. B. de Almeida Garrett, na discussão da Lei da Décima, Lisboa, 1841 Elogio Histórico do Sócio Barão da Ribeira de Saborosa, Lisboa, 1843 Parecer da Comissão sobre a Unidade Literária, Lisboa, 1846 (dito Parecer sobre a Neutralidade Literária, da Associação Protectora da Imprensa Portuguesa, assinado por Rodrigo da Fonseca Magalhães, Visconde de Juromenha, Alexandre Herculano e João Baptista de Almeida Garrett) Obras póstumas Política: reflexões e opúsculos, correspondência diplomática. Lisboa, 1904, 2 v. Participação em publicações periódicas Toucador - Periódico sem política, dedicado às senhoras portuguesas. Lisboa, 1822 (direcção e redacção) Heráclito e Demócrito. Lisboa, Ano III, 1823 (4 mar.) [n.º único] Português - Diário político, literário e comercial. Lisboa, 1826–1827 (direcção e redacção) Cronista - Semanário de política, literatura, ciências e artes. Lisboa, 1827 (direcção e redacção) Chaveco Liberal. Londres, 1829 (direcção e redacção); Vol. I, 1 - 17 [1] Precursor. Londres, 1831 Português Constitucional. Lisboa, 1836 (direcção e redacção) Entreacto: Jornal de Teatros. Lisboa, 1837 (fundação, direcção e redacção) Jornal do Conservatório. Lisboa, 1839–1840 (fundação, direcção e redacção) Jornal das Belas-Artes. Lisboa, 1843–1846 (fundação) Ilustração - Jornal Universal. Lisboa, 1845–1846 (fundação) Algumas obras disponíveis em formato digital na Internet Biblioteca Digital Garrettiana Obras de Almeida Garrett em Luso Livros Falar a Verdade a Mentir O dia vinte e quatro de Agosto O Retrato de Vénus Camões D. Branca ou A conquista do Algarve Adozinda Da Educação Lírica de João Mínimo Portugal na balança da Europa Da formação da segunda Câmara das Côrtes. Discursos pronunciados pelo deputado J. B. de Almeida Garrett nas sessões de 9 a 12 de Outubro de 1837 Mérope / Gil Vicente O alfageme de Santarém ou A espada do Condestável Frei Luís de Sousa (vol. 3 no link externo) O Arco de Sant'Ana Flores sem Fruto Viagens na Minha Terra Obras de Almeida Garrett no Project Gutenberg Obras completas de Almeida Garrett. Grande edição popular, ilustrada. Prefaciada, revista, coordenada e dirigida por Theophilo Braga. Lisboa: Empreza da História de Portugal/ Livraria Moderna, 1904. 2 volumes. (digitalizado em archive.org) Tomo I: Poesias - Teatro [2]; Tomo II: Prosas [3] Almeida Rodrigues
Retratação
O Zephyro/1901
Almino Alvares Afonso Almir Bontendent
A mocidade Fazer caridade Independência ou morte Profissão de fé
A Mocidade/1875 Cruzeiro/1947 Cruzeiro/1947 Cruzeiro/1945
Almir Santos Almirca Junior Almiro Saint Clair Aloisio Medeiros
Maria Contemplando Tisico Poema indígena Poema
A Escola/1928 Revista Maranhense/1916 A Lanterna/1913 Athenas/1940 Tribuna do Povo/1958
Aluísio Azevedo Aluizio Azevedo
Pobre amor A Egreja
O Coroatá/1920 Pacotilha/1880
Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo (São Luís, 14 de abril de 1857 – Buenos Aires, 21 de janeiro de 1913) foi um romancista, contista, cronista, diplomata, caricaturista e jornalista brasileiro; além de desenhista e pintor. Biografia Filho do vice-cônsul português David Gonçalves de Azevedo, que, ainda jovem, enviuvara-se em boda anterior, e de Emília Amália Pinto de Magalhães,[1] separada de um rico comerciante português, Antônio Joaquim Branco, assiste Aluísio, em garoto, ao desabono da sociedade maranhense a essa união dos pais contraída sem segundas núpcias, algo que se configurava grande escândalo à época. Foi Aluísio, irmão mais novo do dramaturgo e jornalista Artur Azevedo, com o qual, em parceria, viria a esboçar peças teatrais. Ainda em pequeno revela pendores para o desenho e para a pintura, dom que mais tarde lhe auxiliaria na produção literária. Concluindo os preparatórios em São Luís do Maranhão, transfere-se em 1876 para o Rio de Janeiro, onde prossegue estudos na Academia Imperial de Belas-Artes, obtendo, a título de subsistência imediata, ofício de colaborador caricaturista de jornais como O Fígaro, O Mequetrefe, Zig-Zag e A Semana Ilustrada.[1] Com o falecimento do pai em 1878 volta ao Maranhão para sustentar a família.[1] Ali, instigado por dificuldades financeiras, abandona momentaneamente os desenhos[1] e dá início à atividade literária, publicando Uma Lágrima de Mulher no ano seguinte (1879). Em 1881, em período de crescente efervescência abolicionista, publica o romance O Mulato, obra que deixa a sociedade escandalizada pelo modo cru com que desnuda a questão racial e inaugura o Naturalismo na literatura brasileira.[1] Nela, o autor já demonstra ser abolicionista convicto.[1] Diante da reação hostil da província, obtendo sucesso com a obra na Corte, onde era considerada como exemplo da escola naturalista, volta à capital imperial e aí, incessantemente, produz romances, contos, crônicas e peças de teatro.[1] Sua obra é tida na conta de irregular por diversos críticos, uma vez que a produção oscila entre o romantismo de tons melodramáticos, de cunho comercial para o grande público, e o naturalismo já em obras mais elaboradas, deixando a marca de precursor do movimento. Diplomata Aluízio de Azevedo Feito diplomata em 1895 deixa definitivamente da pena, indo servir na Espanha, Inglaterra, Itália, Japão (do qual fez apontamentos antevidentes e singulares), Paraguai e Argentina.[1] Em 1910, feito já cônsul de primeira classe, volta a instalar-se em Buenos Aires, onde convive com Pastora Luquez, de quem adotou os dois filhos.[1] Passados quase três anos, vem a falecer, já como fundador da cadeira nº 04 da Academia Brasileira de Letras.[1] Em 1918, por iniciativa de Coelho Neto, teve seus restos mortais transladados de Buenos Aires para São Luís, onde repousam definitivamente.[1] Contribuições É autor de vários romances de estética naturalista: "O mulato" (1881), "Casa de pensão" (1884), "O cortiço" (1890) e outros. Tendo por influência escritores naturalistas europeus, dentre eles Émile Zola, por tal ótica capta a mediocridade rotineira, a vida dos sestros, os preconceitos e mesmo taras individuais, opção contrária à dos românticos precedentes. Fazem-se veementemente presentes em sua obra certos traços fundamentais do Naturalismo, quais sejam a influência do meio social e da hereditariedade na formação dos indivíduos, também o fatalismo. Em Aluísio "a natureza humana afigura-se-lhe uma certa selvageria onde os fortes comem os fracos", afirma o crítico Alfredo Bosi. Segundo Valentin (2013), O cortiço é um dos primeiros romances brasileiros no qual a homossexualidade foi representada.[2] Obras Aos Vinte Anos, conto Uma Lágrima de Mulher, romance (1880) O Mulato, romance (1881)
Mistério da Tijuca ou Girândola de Amores, romance (1882) Memórias de um Condenado ou A Condessa Vésper, romance (1882) Casa de Pensão, romance (1884) Filomena Borges, romance (1884) O Homem, romance (1887) O Cortiço, romance (1890), Editora moderna, São Paulo, 1991, ISBN 85-16-00149-0 O Coruja, romance (1890) A Mortalha de Alzira, romance (1894) Demônios, contos (1895) O Livro de uma Sogra, romance (1895) O Japão, publicado, a partir de manuscritos encontrados na Academia Brasileira de Letras (1894) O Touro Negro, crônicas e epistolário Os Doidos, peça Casa de Orates, peça Flor de Lis, peça Em Flagrante, peça Caboclo, peça Um Caso de Adultério, peça Venenos que Curam, peça República, peça Aluísio Azevedo foi um dos fundadores do Silogeu Brasileiro, onde ocupou a cadeira 4, que tem por patrono Basílio da Gama. Referências ↑ Ir para:a b c d e f g h i j k «Biografia de Aluísio Azevedo». Patrimônio da Humanidade, São Luís do Maranhão. Consultado em 23 de janeiro de 2013 ↑ Valentin, Leandro Henrique Aparecido (12 de março de 2014). «Representações da homossexualidade nos romances O Ateneu, de Raul Pompéia, e O cortiço, de Aluísio Azevedo». Rascunhos Culturais. Consultado em 14 de abril de 2023 Bibliografia COUTINHO, Afrânio; SOUSA, J. Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. São Paulo: Global. BROCA, Brito. Vida Literária Brasil—1900. São Paulo: José Olímpio, 2005, 4ª ed. PONTUAL, Roberto. Dicionário das artes plásticas no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1969. Alonso Rocha
Soneto Nas mãos a flor Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Tribuna do Povo/1958 Tribuna do Povo/1958
Raimundo Alonso Pinheiro Rocha, conhecido como Alonso Rocha (Belém, Pará, 15 de dezembro de 1926 — 22 de fevereiro de 2010)[1], foi um escritor e poeta brasileiro. Alonso Rocha era filho do também poeta Rocha Júnior e de Adalgiza Guimarães Pinheiro Rocha. Foi casado com Rita Ferreira Rocha, e foi pai de cinco filhos.[2][3] Ficou conhecido como o príncipe os poetas paraenses, sendo então, um integrante imortal da Academia Paraense de Letras (APL). Alonso Rocha foi um aclamado trovador e sonetista, e publicou, entre outras obras, o livro de poesias Pelas Mãos do Vento (1954)[2]. Além de escritor, trabalhou como bancário e foi sindicalista desse setor.[1] Biografia e carreira Desde a juventude tinha interesse pela literatura, chegando a integrar a chamada Academia dos Novos, em 1942, na companhia de intelectuais como Jurandyr Bezerra, Max Martins e Antônio Cumaru Leal, além de Benedito Nunes, Leonan Cruz e Haroldo Maranhão.[2] Porém também se dedicou à profissão de bancário, e chegou a atuar no movimento sindicalista no período de 1954 a 1976. Durante esse tempo foi diretor do Sindicato dos Bancários do Pará, e membro-fundador da Federação dos Bancários do Norte-Nordeste.[1] Paralelamente, Afonso Rocha era um grande apaixonado pela literatura e poesia, e se dedicou incansavelmente à defesa da rica tradição cultural do povo paraense.[2] Seu primeiro grande impacto literário foi o livro de poesias Pelas Mãos do Vento (1954). A obra ganhou os prêmio Vespasiano Ramos (1954) da Academia Paraense de Letras (APL), e também o prêmio Santa Helena Magno (1955) pelo governo do estadual do Pará.[2] Se comparado ao seu trabalho em poesia, Alonso Rocha dedicou relativamente menos tempo da sua carreira na escrita da trova, ainda assim, essa forma poética rendeu-lhe algumas vitórias em concursos literários pelo Brasil. Por outro lado, escreveu grande parte de suas obras em sonetos, sendo descrito como um dos mais importantes escritores sonetista dos últimos 50 anos no Pará. Sua vasta obra literária representa uma herança fundamental para a cultura paraense e brasileira. Sendo assim, é de extrema importância que seu legado e obras sejam preservadas.[1][2]
Recebeu o título de IV Príncipe dos Poetas do Pará na sessão solene de 21 de julho de 1989. A escolha foi feita após a consulta a um colégio eleitoral composto por cerca de 200 personalidades das esferas culturais, científicas e sociais do estado do Pará. A comissão especial de seleção desses membros era formada pelos escritores Georgenor de Sousa Franco Filho, Pedro Tupinambá, Victor Tamer e Albelardo Santos.[1][2][3] Desde 22 de novembro de 1996, Alonso Rocha ocupou a cadeira número 32 da Academia Paraense de Letras (APL). Sucedeu Olavo Nunes e Bruno de Menezes, e teve como patrono o poeta Natividade Lima. Durante esse tempo participou da diretoria desde o ano de 1996, ininterruptamente, com mandato até o ano de 2010. Ainda na mesma instituição exerceu, entre outras funções, a de secretário, diretor-financeiro e vice-presidente. Sua passagem foi marcada pela dinâmica na colaboração da gestão da entendida, e pela ativa representatividade da Academia Paraense de Letras (APL).[1][3] Alonso Rocha foi detentor de inúmeras premiações, medalhas e diplomas nacionais durante sua carreira, podendo destacar algumas como as Medalhas culturais Olavo Bilac, Paulino de Brito, Dr. Acylino de Leão, e D. Pedro I; o Centenário do Teatro da Paz; o Bicentenário da Igreja São João Batista; o Centenário da Fundação da Biblioteca e Arquivos Públicos do Pará, conferidos pelo governo do estado do Pará; o Conselho de Cultura do Pará e Academia Paraense de Letras; a Medalha Olavo Bilac do Cenáculo Brasileiro de Letras e Artes; a Medalha condecorativa da Academia Municipalista de Letras do Brasil e Diploma de Honra ao Mérito do Instituto de Educação do Pará.[1][3] Falecimento Alonso Rocha faleceu em 22 de fevereiro de 2010, aos 84 anos de idade, em Belém[2] — sua cidade natal. Sua saúde já estava debilitada pela idade avançada, e foi agravada por complicações pulmonares. O velório do poeta ocorreu na sede da Academia Paraense de Letras, e o seu sepultamento foi realizado em um cemitério particular de Ananindeua (Pará).[1][3] Livros publicados 1954: Pelas Mãos do Vento (poesia) – Editora Falângola (Belém). 1994: Bruno de Menezes ou a Sutiliza da Transição (ensaio escrito ao lado de Célia Coelho Bassalo, J. Arthur Bogéa, João Carlos Pereira e Joaquim Inojosa) – Editora Universidade Federal do Pará (Belém). 2009: O Tempo e o Canto (poesia) – Universidade da Amazônia (Belém). Alphonso de Guimarães Filho
O amor é assim
O Combate/1954
Afonso Henriques de Guimarães Filho, conhecido literariamente como Alphonsus de Guimaraens Filho (Mariana, 3 de Junho de 1918 - Rio de Janeiro, 28 de Agosto de 2008) foi um poeta brasileiro, filho do notável poeta simbolista Alphonsus de Guimaraens. Percurso Biográfico Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte, em 1940. No mesmo ano foi publicado seu primeiro livro de poesia, Lume de Estrelas, pelo qual recebeu o Prêmio de Literatura da Fundação Graça Aranha e Prêmio Olavo Bilac da Academia Brasileira de Letras. Na época, trabalhava na Rádio Inconfidência, serviço de Rádio-Difusão do Estado. Em 1946 publicou Poesias; e também a Antologia da Poesia Mineira - Fase Modernista; seguiram-se A Cidade do Sul (1948), Poemas Reunidos, 1935/1960 (1960), Antologia Poética (1963). Em 1962 foi eleito membro da Academia Marianense de Letras. Em 1974, conquistou o Prêmio Luísa Cláudio de Sousa, pelo livro Absurda Fábula (1973). Em 1985, ganhou o Prêmio Jabuti de Poesia, pelo livro Nó (1984). A obra de Alphonsus de Guimaraens Filho é situada pela crítica como integrante da terceira geração do Modernismo. Também ocupou a cadeira nº 4 da Academia Mineira de Letras.[1] Encontra-se colaboração da sua autoria na revista luso-brasileira Atlântico [2]. Atividades Literárias e Culturais 1937/1946 - Belo Horizonte MG - Trabalho na Rádio Inconfidência (Serviço de Rádio-Difusão do Estado) 1940 - Belo Horizonte MG - Publicação de Lume de Estrelas, primeiro livro de poesia 1941 - Belo Horizonte MG - Reingressa no jornalismo no jornal católico O Diário 1955/1974 - Organizador de antologias de poetas como Antologia da Poesia Mineira - Fase Modernista, Antero de Quental, Alphonsus de Guimaraens, Augusto Frederico Schmidt e Gonçalves Dias Homenagens, Títulos e Prêmios 1941 - Rio de Janeiro RJ - Prêmio de Literatura da Fundação Graça Aranha e Prêmio Olavo Bilac da Academia Brasileira de Letras, pelo livro Lume de Estrelas 1951 - Prêmio Manuel Bandeira, pelo livro O Irmão, concedido pelo Jornal de Letras 1953 - Belo Horizonte MG - Prêmio de Poesia Cidade de Belo Horizonte, pelo livro O Mito e o Criador, concedido pela Prefeitura 1962 - Mariana MG - Eleito membro da Academia Marianense de Letras 1974 - Rio de Janeiro RJ - Prêmio Luísa Cláudio de Sousa, pelo livro Absurda Fábula, concedido pelo Pen Clube do Brasil 1976 - Rio de Janeiro RJ - Decreto denominando Lume de Estrelas uma rua no bairro do Méier 1985 - São Paulo SP - Prêmio Jabuti de Poesia, pelo livro Nó, concedido pela Câmara Brasileira do Livro.
Falecimento O poeta Alphonsus de Guimaraens Filho morreu em decorrência de uma Pneumonia e de complicações referentes ao Mal de Parkinson no Rio de Janeiro. Alphonsus de Guimarães
Deus Há de chorar por ela os cinamomos Jesus
Cidade de Pinheiro/1924 O Combate/1954 Correio de Picos/1912
"Alphonsus de Guimaraens é o nome artístico de Afonso Henriques da Costa Guimarães, escritor mineiro nascido em 24 de julho de 1870, em Ouro Preto. O autor fez faculdade de Direito e trabalhou como promotor e juiz. Além disso, dirigiu um jornal em Conceição do Serro, no estado de Minas Gerais. O poeta, que faleceu em 15 de julho de 1921 na cidade de Mariana, é um autor do simbolismo brasileiro. Suas obras, portanto, apresentam rigor formal, sinestesia e misticismo. A solidão e a morte são temáticas frequentes na poesia de Alphonsus de Guimaraens, que recorre a uma linguagem simples em vez do rebuscamento simbolista." Veja mais sobre "Alphonsus de Guimaraens" em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/alphonsus-guimaraens.htm Afonso Henrique da Costa Guimarães (Ouro Preto, 24 de julho de 1870 – Mariana, 15 de julho de 1921), mais conhecido pelo pseudônimo Alphonsus de Guimaraens, foi um escritor brasileiro.[1] A poesia de Alphonsus de Guimaraens é marcadamente mística e envolvida com religiosidade católica. Seus sonetos apresentam uma estrutura clássica e são profundamente religiosos e sensíveis, à medida em que explora o sentido da morte, do amor impossível, da solidão e da inadaptação ao mundo. Contudo, o tom místico imprime em sua obra um sentimento de aceitação e resignação diante da própria vida, dos sofrimentos e dores. Outra característica marcante de sua obra é a utilização da espiritualidade em relação à figura feminina, que é considerada um anjo, ou um ser celestial. Alphonsus de Guimaraens é simultaneamente neo-romântico e simbolista. Sua obra, predominantemente poética, consagrou-o como um dos principais autores simbolistas do Brasil.[2] Traduziu também poetas como Stéphane Mallarmé, em referência à cidade em que passou parte de sua vida, é também chamado de "o solitário de Mariana", a sua "torre de marfim do Simbolismo". Sua poesia é quase toda voltada para o tema da morte da mulher amada. Embora preferisse o verso decassílabo, chegou a explorar outras métricas, particularmente a redondilha maior (terminado em sete sílabas métricas). Biografia Filho de Albino da Costa Guimarães, comerciante nascido em Cepães, Braga, Portugal, e de Francisca de Paula Guimarães Alvim, sobrinha do poeta Bernardo Guimarães, portanto, Alphonsus de Guimaraens era sobrinho-neto de Bernardo. Matriculou-se, em 1887, na Faculdade de Engenharia. Perdeu prematuramente (1889) a prima e noiva Constança, filha de Bernardo Guimarães, o que o abalou moral e fisicamente. Foi, em 1890, para São Paulo, onde ingressou na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, compondo a turma 64, que colou grau em 1895.[3] Em São Paulo, colaborou na imprensa e frequentou a Vila Kyrial, de José de Freitas Vale, onde se reuniam os jovens simbolistas. Em 1895, no Rio de Janeiro, conheceu Cruz e Souza, poeta a quem já admirava e de quem se tornou amigo pessoal. Também foi juiz-substituto e promotor em Conceição do Serro, hoje Conceição do Mato Dentro, MG. No ano de 1897, casou-se com Zenaide de Oliveira. Posteriormente, em 1899, estreou na literatura com dois volumes de versos: Setenário das dores de Nossa Senhora e Câmara Ardente, e Dona Mística, ambos de nítida inspiração simbolista. Em 1900, passou a exercer a função de jornalista, colaborando em A Gazeta, de São Paulo. Em 1902, publicou Kyriale, sob o pseudônimo de Alphonsus de Guimaraens; obra que o projetou no universo literário, obtendo assim reconhecimento, ainda que restrito de alguns raros críticos e de amigos mais próximos. Em 1903, os cargos de juízes-substitutos foram suprimidos pelo governo do estado de Minas Gerais. Consequentemente, Alphonsus perdeu também seu cargo de juiz, o que o levou a graves dificuldades financeiras. Após recusar um posto de destaque no jornal A Gazeta, Alphonsus foi nomeado para a direção do jornal político Conceição do Serro, onde também colaborariam seu irmão, o poeta Archangelus de Guimaraens, Cruz e Souza e José Severino de Resende. Em 1906, tornou-se juiz municipal de Mariana, MG, para onde se transferiu com sua esposa Zenaide de Oliveira, com quem teve 15 filhos, dois dos quais também escritores: João Alphonsus (1901–1944) e Alphonsus de Guimaraens Filho (1918–2008). Devido ao período que viveu em Mariana, ficou conhecido como "O Solitário de Mariana", apesar de ter vivido lá com a mulher e com seus filhos. O apelido lhe foi dado devido ao isolamento completo em que viveu. Sua vida, nessa época, passou a ser dedicada basicamente às atividades de juiz e à elaboração de sua obra poética. Homenagem O poeta Carlos Drummond de Andrade homenageou Alphonsus em seu centenário em 1970, com o poema "Luar para Alphonsus", na segunda edição do livro de poesias e crônicas chamado "Versiprosa", em 1973.
Em 1987 foi inaugurado em Mariana o Museu Casa Alphonsus de Guimaraens. O Museu está instalado na casa em que o escritor viveu com a família no período de 1913 a 1921. Localizado no centro histórico da cidade, o imóvel apresenta características das construções de estilo colonial, dentro dos padrões estéticos do fim do século XVIII até o início do século XIX, com dois pavimentos e um quintal, por onde se distribuem os espaços expositivos, educativos, áreas de pesquisa, de administração e de convivência do Museu.[4] Na mesma cidade há também uma rua com seu nome,[5] situada entre a ponte de areia e a ponte de tabuas - que também recebe seu nome.[6] O rapper Emicida, em 2019, lançou uma música inspirada no maior poema do autor, "Ismália". A música é uma parceria com Larissa Luz e Fernanda Montenegro, que recita o texto no final da canção.[7] Principais obras Septenário das dores de Nossa Senhora, poesia (1899)[1] Câmara Ardente, poesia (1899)[1] Dona Mystica, poesia (1899)[1] Kiriale, poesia (1902)[1] Mendigos, prosa (1920) [1] Póstumas Pastoral aos crentes do amor e da morte[1] Escada de Jacó Pulvis Salmos Poesias Jesus Alphonsus
Altair
Teus olhos Postais femininos
O Ateniense/1916 O Ateniense/1916
Alvares Azevedo Sobrinho Violino Revista Elegante/1894 Quando João Alvares de Azevedo Macedo Sobrinho nasceu, em 2 de julho de 1837, no Rio de Janeiro, seu pai, Francisco Álvares de Azevedo Macedo, tinha 22 anos e sua mãe, Maria Carolina Rodrigues Torres, 19. Casou-se com Maria José de Almeida em 12 de fevereiro de 1875, no Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil. Eles eram pais de pelo menos 2 filhos e 1 filha. Alteredo Barros
Miséria
O Uirapurú/1946
Altino Junior
O suicida Estrela Maranhense/1859 O suicida A Estrela Maranhense/1859 Altino Rego Ciumes Philomathia/1895 Raiva Philomatia/1895 Uma lagrima Revista Elegante/1896 Noiva Cidade de Pinheiro/1924 Nome completo: Altino Rego Descrição: Poeta participando da obra "Sonetos maranhenses". Fonte(s) dos dados UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin Digital. Disponível em: http://www.brasiliana.usp.br/. Obras do escritor Exibindo 1 a 1 de 1 resultados (filtrados de 86,838 resultados) Título Sonetos maranhenses
Gênero Poemas
Ano 1923
Altiva Smith
Maio e os teus anos Magia do luar Louca Paixão
Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1918
Aluisio Porto
Amphiteatro Poema eterno Tritutur dies die N´um album A visita da morta Poema do coração Indiscrição Desdemona
Revista do Norte/1904 Revista do Norte/1905 Revista do Norte 1905 Revista do Norte/1904 Revista do Norte/1904 Revista do Norte/1904 Revista do Norte/1904 Revista do Norte/1904
Aluizio Porto
A despedida Arrependida
Revista do Norte 1906 O Martelo/1911
Alvarenguinha
Repique
A Flexa/1880
Alvares d´Azevedo
Esquife cor de rosa Sem titulo Soneto Soneto
O Combate/1916 O Ramalhete/1863 Pacotilha/1891 A Mocidade/1934
Manoel Antônio Álvares de Azevedo[1] (São Paulo, 12 de setembro de 1831 — Rio de Janeiro, 25 de abril de 1852), conhecido também como "Maneco" pelos amigos mais próximos, familiares e admiradores de sua obra, foi um escritor da segunda geração romântica (Ultrarromântica, Byroniana ou Mal-doséculo), contista, dramaturgo, poeta, ensaísta e expoente da literatura gótica brasileira, autor de Noite na Taverna.[2][3] As obras de Álvares de Azevedo tendem a jogar fortemente com as noções opostas, como amor e morte, sentimentalismo e pessimismo, platonismo e sarcasmo, sendo influenciado por Musset, Chateaubriand, Lamartine, Goethe e, principalmente, Byron. Biografia Filho de Inácio Manoel Álvares de Azevedo e Maria Luísa Silveira da Motta Azevedo, passou a infância no Rio de Janeiro, onde iniciou seus estudos. Voltou a São Paulo, em 1847, para estudar na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde, desde logo, ganhou fama por brilhantes e precoces produções literárias. Destacou-se pela facilidade de aprender línguas e pelo espírito jovial e sentimental.[4] Ao longo de seus estudos de Direito, realizou a tradução do quinto ato da peça "Otelo" de Shakespeare e também verteu para o português "Parisina" de Lord Byron. Além disso, foi o fundador da revista Ensaio Filosófico Paulistano em 1849, participou ativamente da Sociedade Epicureia e começou a escrever o poema épico intitulado "O Conde Lopo", do qual apenas fragmentos sobreviveram. Não concluiu o curso, pois foi acometido de uma tuberculose pulmonar nas férias de 1851-52, a qual foi agravada por um tumor na fossa ilíaca, ocasionado por uma queda de cavalo, falecendo aos 20 anos.[5] No entanto, vale ressalva, a causa mortis do autor é um tema historicamente controverso, com diferentes hipóteses. A sua obra compreende: Poesias diversas, Poema do Frade, o drama Macário, o romance O Livro de Fra Gondicário, Noite na Taverna, Cartas, vários Ensaios (incluindo "Literatura e civilização em Portugal", "Lucano", "George Sand" e "Jacques Rolla") e Lira dos vinte anos Suas principais influências são: Goethe, François-René de Chateaubriand, mas principalmente Alfred de Musset. Figura no cânone da poesia brasileira. Foi muito lido até as duas primeiras décadas do século XX, com constantes reedições de sua poesia e antologias.[6] As últimas encenações de seu drama Macário foram em 1994 e 2001. É patrono da cadeira 2 da Academia Brasileira de Letras. Lira dos Vinte Anos Álvares de Azevedo. Lira dos Vinte Anos (inicialmente planejada para ser publicada num projeto — As Três Liras — em conjunto com Aureliano Lessa e Bernardo Guimarães).[7] é o título da principal obra do autor. É evidente a explicitação de Álvares de Azevedo na postura consciente do fazer poético, afinal em seus prefácios há um alto grau de conhecimento quanto à proposta ultrarromântica, a qual exibe um certo metarromantismo marcada pelo senso crítico. É, provavelmente, o primeiro a incorporar o cotidiano na poesia no Brasil, com o poema Ideias íntimas, da segunda parte da Lira. O autor de Lira dos Vinte Anos estabelece valores e critérios a sua obra. Revela-se, assim, uma verdadeira teorização programada.
No segundo prefácio de Lira dos Vinte Anos, o seu autor nos revela a sua intencionalidade e o vincula de tal maneira ao texto poético, que a gratuidade e autonomia perde espaço e revela a intencionalidade do poeta, isto é, explicação de temas, motivos e outros elementos. Um aspecto característico de sua obra e que tem estimulado mais discussão diz respeito à sua poética, que ele mesmo definiu como uma "binomia", que consiste em aproximar extremos, numa atitude tipicamente romântica. É importante salientar o "Prefácio" à "Segunda parte" de Lira dos Vinte Anos, um dos pontos críticos de sua obra e na qual define toda a sua poética. Machado de Assis publicou na coluna “Semana Literária” do jornal Diário do Rio de Janeiro de 26 de junho de 1866 uma análise da Lira dos vinte anos. Ali escreveu: “Álvares de Azevedo era realmente um grande talento; só lhe faltou o tempo, como disse um dos seus necrólogos. [...] Era daqueles que o berço vota à imortalidade. Compare-se a idade com que morreu aos trabalhos que deixou, e ver-se-á que seiva poderosa não existia naquela organização rara.” “Em tão curta idade, o poeta da Lira dos vinte anos deixou documentos valiosíssimos de um talento robusto e de uma imaginação vigorosa. Avalie-se por aí o que viria a ser quando tivesse desenvolvido todos os seus recursos”.[8] O crítico literário português Lopes de Mendonça, num perfil literário de Álvares de Azevedo, escreve: “O jovem poeta não cantava somente para as turbas que se deixassem comover pela harmonia de seus cantos; cantava porque lhe ardia no peito um fogo devorador, porque a sua alma ébria, e palpitante, lhe acendia a imaginação, e como lhe intimava, que traduzisse aos outros, a magia dos seus sonhos, o fervor dos seus desejos, o esplêndido irradiar da sua esperança”.[9] O jornal niteroiense A Pátria de 16 de maio de 1856, numa “Meditação aos ossos do poeta Álvares de Azevedo”, afirma que “aquele crânio foi um livro de versos sublimes como os de Byron, foi uma página divina de Shakespeare; foi um raio da inteligência de Homero; aquele crânio guardava um cérebro cheio como o de Camões, e constituiu uma cabeça que merecia uma coroa, como a que Tasso teve no Capitólio!”.[8] Atualmente, a literatura de Álvares de Azevedo tem suscitado alguns estudos acadêmicos, dos quais sublinham-se "O Belo e o Disforme", de Cilaine Alves Cunha (EDUSP, 2000), e "Entusiasmo indianista e ironia byroniana" (Tese de Doutorado, USP, 2000); "O poeta leitor. Um estudo das epígrafes hugoanas em Álvares de Azevedo", de Maria C. R. Alves (Dissertação de Mestrado, USP, 1999); "Álvares de Azevedo: A busca de uma literatura consciente", de Gilmar Tenorio Santini (Dissertação de Mestrado, UNESP, 2007); "Uma lira de duas cordas", de Rafael Fava Belúzio (Scriptum, 2015). O crítico literário Alexei Bueno faz uma interessante observação sobre a "característica quase esquizoide da alma de Álvares de Azevedo", a dissociação entre sua obra "onde não faltam bebedeiras e orgias altamente byronianas" e sua vida pacata de "excelente e responsabilíssimo aluno, de enorme afeição familiar e provavelmente bastante casto".[10] Essa mesma polarização é problematizada em "Uma lira de duas cordas", obra que faz uma inovadora leitura da recepção crítica do poeta. Trabalhos Devido a sua morte prematura, todos os trabalhos de Álvares de Azevedo foram publicados postumamente. Lira dos Vinte Anos (1853, antologia poética); Macário (1855, peça de teatro); Noite na Taverna (1855, contos); O Conde Lopo (Juaréz Cavalcante) Álvares de Azevedo também escreveu muitas cartas e ensaios e traduziu para o português o poema Parisina, de Lorde Byron, e o quinto ato de Otelo, de William Shakespeare. Cronologia 1831, 12 de setembro – Nascido em São Paulo, na esquina da rua da Feira com a rua Cruz Preta, atuais Senador Feijó e Quintino Bocaiuva. 1831 – Transfere-se para o Rio de Janeiro. 1835 – Morre a 26 de junho seu irmão mais novo, Inácio Manoel, em Niterói, ainda bebê, com menos de dois anos, deixando o futuro poeta profundamente abalado. 1840 – É matriculado no Colégio Stoll, em Botafogo. Seu desempenho rende elogios do proprietário do colégio, o Dr. Stoll: "Ele reúne, o que é muito raro, a maior inocência de costumes à mais vasta capacidade intelectual que já encontrei na América num menino da sua idade". 1844 – Transfere-se para São Paulo, após estudos de francês, inglês e latim volta para o Rio no fim do ano. 1845 – Matricula-se no 5º ano do internato do Colégio Pedro II, no Rio, onde muito sofreu, devido ao gênio folgazão, que o levava a caricaturar colegas e professores. 1846 – Cursa o 6º ano no mesmo colégio, tendo como professor Domingos José Gonçalves de Magalhães. 1847 – Recebe, a 5 de dezembro, o grau de bacharel em Letras. 1848 – Ingressa, a 1 de março na Faculdade de Direito de São Paulo, onde conhece, entre outros, José de Alencar e Bernardo Guimarães. 1849 – Matricula-se no 2º ano. Pronuncia um discurso a 11 de agosto, na sessão comemorativa do aniversário da criação dos cursos jurídicos no Brasil. Passa as férias no Rio, com constantes pensamentos de morte. 1850 – Escreve um romance de 200 e tantas páginas, dois poemas, um em 5 e outro em 2 cantos, ensaios, fragmento de poema em linguagem muito antiga (hoje perdido). A 9 de maio, profere o discurso inaugural da sociedade "Ensaio Filosófico". De volta a São Paulo, matricula-se no 3º ano. Em setembro, suicida-se, por amor, o quintanista Feliciano Coelho Duarte, o poeta faz, a 12 do mesmo mês, o discurso de adeus. 1851 – Cursa o 4º ano. Em 15 de setembro, morre João Batista da Silva Pereira. Passa as férias em Itaboraí, na fazenda do avô. 1852, 25 de abril – Após complicações advindas de uma queda de cavalo, no município de Itaboraí, no trajeto de Visconde para Porto das Caixas, cria-se um tumor na fossa ilíaca que tentou ser retirado segundo alguns biólogos sem anestesia, a ferida infecciona e após 40 dias de febre alta falece, às 17 horas no Rio de Janeiro em casa. É enterrado no dia seguinte, num cemitério
na praia vermelha na zona sul do Rio de Janeiro que mais tarde viria a ser destruído pelo mar em ressaca. Segundo biógrafos seu cachorro teria encontrado seus restos mortais. Hoje está sepultado no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro, num mausoléu da família perto dos túmulos de Floriano Peixoto e outros grandes nomes do final do séc. XIX — tendo sido o décimo segundo a ser sepultado nesse cemitério inaugurado em 1854, como consta da primeira página de seu livro de registros.[11] Obras 1853 Poesias de Manoel Antônio Álvares de Azevedo'Lira dos Vinte Anos e Poesias diversas; 1855 Obras de Manoel Antônio Álvares de Azevedo, primeira publicação da sua prosa (Noite na Taverna); 1862 Obras de Manoel Antônio Álvares de Azevedo, 2ª e 3ª edições, primeira aparição do Poema do Frade e "Terceira parte" da Lira. 1866 O Conde Lopo, poema inédito. Merece um destaque especial a Lira dos Vinte Anos, composta de diversos poemas. A Lira é dividida em três partes, sendo a primeira e a terceira da Face Ariel e a segunda da Face Caliban. A Face Ariel mostra, supostamente, um Álvares de Azevedo ingênuo, casto e inocente. Já a Face Caliban apresenta poemas irônicos e sarcásticos. Alvaro de Almeida Franco
Num cemiterio
O Rosariense/1903/04
Alvaro Martins
Paisagem do norte Canto da lavadeira Paisagem rustica
Pacotilha/1901 Revista do Norte/1902 Revista do Norte/1903
Álvaro Dias Martins (Trairi, 4 de abril de 1868 — Fortaleza, 30 de junho de 1906) foi um poeta brasileiro.[1][2][3] Biografia Depois de ter morado em Fortaleza durante cerca de seis anos, onde trabalhou como caixeiro viajante, foi morar no Rio de Janeiro, em 1885. Na capital do Império, exerceu a atividade jornalística, colaborando com o jornal abolicionista Cidade do Rio, de José do Patrocínio, e no republicano Gazeta Nacional.[1] Devido a problemas de saúde, regressou ao Ceará em 1888, onde fundou o Clube Republicano do Estado. Exerceu, a partir de 1901, o magistério no Liceu do Ceará.[4] Foi sócio-fundador do Centro Literário. Seus poemas foram publicados em diversas revistas no país e no exterior, tornando-o bem conhecido. Entre os que elogiaram o seu trabalho, destaca-se Eça de Queirós, conforme nos relata o Barão de Studart (Dicionário Bio-Bibliográfico Cearense, Tomo I, p. 41, 1980).[5][6] Obras Suas obras mais famosas foram: Os Pescadores da Taíba, (1895),[2] Capela Milagrosa, (1898),[1] Homenagens Patrono da cadeira Nº 2 da Academia Cearense de Letras, Uma rua em Fortaleza foi nomeada em homenagem ao poeta,[7] Álvaro Miranda Alvaro Moreyra
Mortalha de pó Mortalha de luz Canção dolente
A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 Palace-Jornal/1914
Álvaro Maria da Soledade Pinto da Fonseca Velhinho Rodrigues Moreira da Silva (Porto Alegre, 23 de novembro de 1888 — Rio de Janeiro, 12 de setembro de 1964) foi um poeta, cronista e jornalista brasileiro. Modificou voluntariamente o longo nome de família para Álvaro Moreyra, com y, para que esta letra "representasse as supressões" destes nomes. Biografia Filho de João Moreira da Silva e de Rita Pinto da Fonseca, estudou no colégio jesuíta de São Leopoldo.[1] Ao terminá-lo foi trabalhar como jornalista em Porto Alegre, no Petit Journal e depois no Jornal da Manhã, de Alcides Maya.[1] Mudou-se para o Rio de Janeiro, onde formou-se em direito em 1910. Entre 1912 e 1914 esteve em Paris e viajou também à Itália, Bélgica e Inglaterra. De volta ao Brasil, iniciou a carreira jornalística no Rio, tendo sido redator de Fon-Fon, Bahia Ilustrada, A Hora, Boa Nova, Ilustração Brasileira, na qual exerceu cargo de Diretor, tendo sido homenageado por amigos e admiradores com almoço no Restaurante Assyrio (ver Ilustração Brasileira, Julho, 1923), Diretrizes e Para Todos. Com Brício de Abreu, criou o periódico Dom Casmurro.[2] Admirador das artes cênicas, fundou no Rio de Janeiro, em 1927, o "Teatro de Brinquedo", junto com Eugênia Álvaro Moreyra,[1] o primeiro movimento racionalmente estruturado no país para a renovação do teatro. Em 1937, apresentou à Comissão de Teatro do Ministério da Educação e Cultura, um plano de organização de uma "Companhia Dramática Brasileira", que foi aceito. Com ela, Álvaro Moreyra excursionou aos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul, e fez temporada de três meses no Teatro Regina, do Rio. A partir de 1942 teve destacada atuação no rádio brasileiro, onde além de escrever crônicas, também as interpretava. Participou do programa "Conversa em Família" e apresentava uma crônica diária de cinco minutos no programa "Bom-dia Amigos". Em 1958 recebeu o prêmio do melhor disco de poesia com os Pregões do Rio de Janeiro. Era membro da Fundação Graça Aranha, da Sociedade Felipe d’Oliveira, da Academia Carioca de Letras e do Pen Clube do Brasil. Era casado com Eugênia Álvaro Moreyra, líder feminista e sua companheira de teatro e jornalismo.[1] A residência do casal, em Copacabana, era ponto de encontro de escritores e intelectuais. Após a morte de Eugênia, Álvaro casou-se com Cyla Rosenberg.[1] A veia jornalística de Eugênia e Álvaro Moreyra persistiu na família: o filho Sandro foi cronista esportivo; as netas, Sandra e Eugênia Moreyra[3] são jornalistas, e a bisneta Cecília formou-se em comunicação.[4] Obras Poesia 1909 - Degenerada 1909 - Casa desmoronada 1910 - Elegia da bruma 1911 - Legenda da luz e da vida 1916 - Lenda das rosas 1929 - Circo 1933 - Caixinha dos três segredos Prosa 1915 - Um sorriso para tudo 1921 - O outro lado da vida 1923 - A cidade mulher 1924 - Cocaína 1927 - A boneca vestida de Arlequim 1933 - O Brasil continua 1936 - Tempo perdido 1946 - Teatro espanhol na Renascença 1954 - As amargas, não... 1955 - O dia nos olhos 1958 - Havia uma oliveira no jardim Teatro 1929 - Adão e Eva e outros membros da família 1927 - Noé e os outros (Theatro João Caetano) Discursos O mais conhecido é o dedicado a Olavo Bilac, na sessão solene do Conselho Municipal de Porto Alegre, em 1916.
Academia Brasileira de Letras Álvaro Moreyra foi membro da Academia Brasileira de Letras, sendo o quarto ocupante da cadeira 21. Foi eleito em 13 de agosto de 1959, na sucessão de Olegário Mariano, tendo sido recebido por Múcio Leão em 23 de novembro de 1959. Referências ↑ Ir para:a b c d e SPALDING, Walter. Construtores do Rio Grande. Livraria Sulina, Porto Alegre, 1969, 3 vol., 840pp. ↑ Brício de Abreu e o jornal literário Dom Casmurro. Por Tania Regina de Luca. Varia Historia, vol. 29 n° 49. Belo Horizonte, janeiroabril de 2013 ISSN 0104-8775 ↑ Memória Globo. Eugenia Moreyra ↑ "A morte do cronista Sandro Moreyra". Placar, n° 901, 7 de setembro de 1987 Alvaro Queizada
Como te amo
28 de Julho/1892
Alves de Sousa
Legenda Vizão de lenda São João O ideal de um poeta Lágrimas de mãe Lágrimas de mãe Legenda Angelus Lágrimas de mãe Perolas perdidas Rimas Lagrimas de mãe
A Luz/1908 O Coroatá/1920 O Coroatá/1920 Jornal do Comercio/1920 A Fita/1921 A Fita/1921 Revista do Norte/1904 Jornal do Comercio/1920 Correio de Picos/1920 Correio de Picos/1920 Correio de Picos/1920 Correio de Codó/1920
António Alves de Sousa (Vilar de Andorinho, Vila Nova de Gaia, 9 de Janeiro de 1884[1] - Vilar de Andorinho, Vila Nova de Gaia, 5 de Março de 1922[2]) foi um escultor português naturalista da chamada Escola do Porto.[3] Biografia António Alves de Sousa nasceu numa família de parcos recursos no dia 9 de Janeiro de 1884, às 5 da manhã. Há notícia de que, após ter concluído a instrução primária, em 1894,e como já mostrava vocação para trabalhar a pedra (diz-se que corria muitas vezes para pedreiras nas redondezas e era visto a chegar com matéria prima para a sua arte), terá frequentado a Escola da Fábrica das Devezas, em Vila Nova de Gaia, onde o seu pai, Joaquim de Sousa e Silva, trabalhava como pedreiro. Dessa Fábrica era sócio Teixeira Lopes, pai, e a tradição oral diz que este artista seria amigo do Rei D. Carlos, que utilizou para boa influência na entrada de Alves de Sousa na Accademia portuense. A falta do segundo grau da instrução primária viria a criar-lhe problemas, mais tarde, na admissão para Professor da Academia de Belas Artes do Porto Alves de Sousa conseguiu assim entrar para a Academia de Belas Artes do Porto (actual Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto) com apenas 13 anos, tendo requerido em 1897 a sua matrícula em Desenho Histórico, curso que concluiu em 5 anos, tal como o de Escultura, chegando a acumular ambos. Esteve oito anos nesta escola, tendo concluído o curso em 1905 com a prova final "Uma mulher do povo conduzindo duas creanças, cae debilitada pela fome em um banco de praça publica. Rodeiamna populares procurando reconfortá-la." Presume-se que tenha começado por esta altura a frequentar o atelier de Teixeira Lopes (no mesmo local onde hoje se encontra a Casa Museu Teixeira Lopes e as Galerias Diogo de Macedo (este seu contemporâneo em Paris), executando trabalhos de assinatura própria e outros provenientes de encomendas de clientes do mestre Teixeira Lopes, que também foi seu professor na Academia. Em 1907 concorre a uma bolsa do Estado para estudar em Paris, mas é batido pelo companheiro de atelier e de curso, José d'Oliveira Ferreira.[4] Consegue essa bolsa no ano seguinte concorrendo contra Rudolfo Pinto do Couto,[4] e parte para Paris no início de 1909, chegando à cidade luz precisamente no dia 24 de Janeiro de 1909, e apresentando-se ao chefe da Légation de Portugal no dia seguinte. A lista de contemporâneos de Alves de Sousa em Paris é quase infindável. Recorde-se que se viva a chamada Age d'Or, mas ficam aqui alguns por mera curiosidade: Rodin, Picasso, Modigliani, Injalbert, Guilhermina Suggia, Diogo de Macedo, Oliveira Ferreira, Amadeo de Souza Cardoso, Guillaume Apollinaire, Dórdio Gomes, João Chagas, Afonso Costa, Columbano Bordalo Pinheiro (os três últimos foram visitas do seu ateliê, sendo que João Chagas, como Ministro de Portugal em Paris, teve uma relação cordial com Alves de Sousa: o escultor esculpiu o busto de Madame Chagas;), etc.
Em Paris começa a frequentar o atelier do mestre Jean-Antoine Injalbert, grande escultor francês, estando por determinar se esse atelier se situava na Academia Colarossi, onde Injalbert prestou a sua colaboração, ou se tinha existência autónoma. Em 1910, Alves de Sousa é admitido à École des Beaux Arts, de Paris, (admissão que havia falhado em 1909), onde tem sempre boas notas, ficando inclusivamente dispensado dos concursos de permanência e passagem. Nesse mesmo ano, em Maio, participa no Salon com alguma da sobras que deveria enviar no final do ano à Academia de Belas Artes do Porto para obter aproveitamento e prorrogação da bolsa. Em Paris amiga-se da francesa Germaine Marie Victoire Lechartier, de quem tem dois filhos (uma menina, Hydrá, e um menino, Caius), vindo a perder Germaine para a Gripe Espanhola em 1918, ano em que se presume que regressa a Portugal com os dois filhos. Há notícia de que terá participado na parte escultórica da Casa Barbot. Alves de Sousa tornou-se conhecido pela vitória, com o arquitecto Marques da Silva, no projecto para o Monumento aos Heróis da Guerra Peninsular do Porto (a "Estátua da Rotunda da Boavista, na Praça Mouzinho de Albuquerque), cuja primeira pedra foi lançada em 1909, mas cuja inauguração ocorreu apenas em Maio de 1951, muito depois da sua morte. Maior notoriedade entre os meios intelectuais da época atingiu com o seu segundo lugar (novamente com o arquitecto Marques da Silva) em 1914, no Monumento ao Marquês de Pombal, tendo a polémica sido alvo, inclusivamente, de discussão no Parlamento, além de ter corrido todos os jornais da época. Alves de Sousa falece precocemente com 38 anos em Vilar de Andorinho a 5 de Março de 1922, na mesma casa onde nascera, quando trabalhava no Projecto do Monumento aos Mortos da Grande Guerra na Flandres (o que lá está hoje é da autoria de Teixeira Lopes), e da sua certidão de óbito consta que a causa da morte foi "Sífilis Cerebral", havendo testemunhos de que a sua saúde mental se vinha degradando aceleradamente no último ano de vida, sintoma descrito nos anais da doença que o vitimou.[2] Ver também Rotunda da Boavista Monumento aos Heróis da Guerra Peninsular (Porto) Casa Barbot Referências ↑ GOMES, J. Costa - "Alves de Sousa - talento simples em Alma Simples" ↑ Ir para:a b Assento de Óbito 506/1922 1.º Conservatória do Registo Civil de Gaia ↑ Há quem defenda que, dentro da Escola do Porto, se deve autonomizar a Escola Gaiense, que se pode situar entre o final do século XIX e o início do século XX, e de que são expoentes Soares dos Reis e Teixeira Lopes, filho. ↑ Ir para:a b Cronologia da FBAUP (Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto)[1][ligação inativa] Ligações externas «António Alves de Sousa, Antigo Estudante da Academia Portuense de Belas Artes» «Blogue sobre o escultor onde se pode acompanhar a investigação sobre o mesmo» «Fundação Marques da Silva» Alvina Gameiro
Respostas ao mar Respostas ao mar
Correio do Nordeste/1964 Correio do Nordeste/1964
Alvina Fernandes Gameiro - A poetisa, escritora, pintora, contista, romancista e professora Alvina Gameiro é natural de Oeiras-PI, nasceu em 1917 e faleceu em Brasília em 1999. É formada em Artes Plásticas pela Escola Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro, depois graduou-se pela Universidade de Colúmbia, NY – USA. Já ministrou aulas de inglês e português no Piauí, Maranhão e Ceará. Morou em Teresina, Fortaleza, Brasília e Los Angeles. Já ganhou prêmios. Publicou livros de contos, romance, poesia de cordel romance e novela. 15 contos que o destino escreveu (1970); A Vela e o temporal (1957), Chico Vaqueiro no meu Piauí (1971); Contos do sertão do Piauí (1988), Curral de serras (1980); O Vale das Açucenas (1963). Foi homenageada no 7º Salão do Livro do Piauí (Salipi). Alvina Gameiro fez parte dos imortais da Academia Piauiense de Letras, ocupando a Cadeira 14 – patrono: Cônego Raimundo Alves da Fonseca. Data e local de falecimento: 13/08/1999 - Brasília-DF Nasceu em Oeiras (PI), em 10 de novembro de 1917. Diplomada em Belas Artes. Professora universitária, pintora, contista, romancista. Colab. em periódicos. Premiada em concurso literário. Pert. à Academia Piauiense de Letras, à Associação Nacional de Escritores, à International Writer Association, à Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil, entre outras instituições culturais. Partic. das obras Antologia de sonetos piauienses, 1972, org. de Félix Aires; O livro da ajebiana, 1979, org. de Cândida Galeno; Planalto em poesia, 1987; e Contos correntes, 1988, ambas org. de Napoleão Valadares. Bibl.: A vela e o temporal, 1957; O
vale das açucenas, 1963; Orfeão de sonhos, 1967; 15 contos que o destino escreveu, 1970; Chico Vaqueiro do meu Piauí, 1979; Curral de serras, 1980; Contos dos sertões do Piauí, 1988. Faleceu em 13 de agosto de 1999.
Amado Nervo
Cobardia
Athenas/1941
Amado Ruiz de Nervo y Ordaz, pseudônimo de Juan Crisóstomo Ruiz de Nervo, (Tepic, Distrito Militar de Tepic, Jalisco, Mexico, 27 de agosto de 1870 — Montevidéu, Uruguai, 24 de maio de 1919) foi um poeta mexicano. O romance O bacharel (1895) apresenta características naturalistas. Os livros de poemas Pérolas negras e Místicas (1898) têm características que indicam influência da chamada poesia modernista hispano-americana. Carreira Em 1894, Nervo continuou sua carreira na Cidade do México, onde se tornou conhecido e apreciado, trabalhando na revista Azul, com Manuel Gutiérrez Nájera. Foi nessa época que conheceu a obra de Luis G. Urbina, Tablada, Dávalos, Rubén Darío, José Santos Chocano e Campoamor. Sua formação em jornalismo e reportagem de notícias floresceu durante esses anos, enquanto ele continuou escrevendo para El Universal, El Nacional e El Mundo. Ele manteve uma parceria formal com El Mundo até junho de 1897.[1][2] Em outubro de 1897, o El Mundo lançou um suplemento chamado La Comedia del Mundo, com a Nervo assumindo a responsabilidade pela produção geral. Em janeiro de 1898, o suplemento foi criado independentemente do El Mundo e mudou seu nome para La Comedia.[1][2] Nervo ganhou notoriedade nacional na comunidade literária após a publicação de seu romance El bachiller e de seus livros de poesia, incluindo Místicas e Perlas Negras.[1][2] Em 1898, Nervo fundou, junto com Jesús Valenzuela, La Revista Moderna. A revista foi a sucessora da Azul. Ele era primo do renomado artista plástico Roberto Montenegro Nervo. As primeiras ilustrações de seu primo foram produzidas para a revista La Revista Moderna.[1][2] Em 1902, Nervo escreveu "La Raza de Bronce" ("A Corrida do Bronze") em homenagem a Benito Juárez, ex-presidente do México. Em 1919, o escritor boliviano Alcides Arguedas usou o termo em seu romance Raza de Bronce. Em 1925, o termo foi usado pelo luminar mexicano José Vasconcelos em seu ensaio La Raza Cósmica.[1][2] Nervo passou os primeiros anos do século XX na Europa, particularmente em Paris. Enquanto estava lá, foi correspondente acadêmico da Academia Mexicana de la Lengua. Enquanto em Paris, Nervo fez amizade com Enrique Gómez Carrillo e Aurora Cáceres, para quem escreveu um prólogo para o livro La rosa muerta.[1][2] Diplomacia internacional Quando Nervo voltou para o México, foi nomeado embaixador do México na Argentina e no Uruguai.[1][2] Obras Obras completas, ed. de Francisco González Guerrero y Alfonso Méndez Plancarte, Madrid: Aguilar, 1962, 2 vols. Romances Pascual Aguilera (1892 e 1899) El bachiller (1895). El donador de almas (1899). El diablo desinteresado (1916). Poesia Poesías completas (Madri: Biblioteca Nueva, 1912) Perlas negras (1810). Místicas (1824). Poemas (París). La hermana agua (1902) El éxodo y las flores del camino (1902), verso e prosa. Lira heroica (1924). Las voces (1926). Los jardines interiores (1930). En voz baja (1938). Serenidad (1941). En Paz (1943), um de seus poemas mais conhecidos. Elevación (1944). Plenitud (1946), prosa e verso.
El estanque de los lotos (1919). El arquero divino (1949). La amada inmóvil (1950). Mañana del poeta (1952). La última luna (1956) Contos Almas que pasan (1916). Ellos, prosa. (1915) Plenitud, prosa (1918). Cuentos misteriosos (1921). Los balcones, cuento y crónica. Ensaio El éxodo y las flores del camino (1902), crônicas. Juana de Asbaje, ensaio, biografia de Sor Juana Inés de la Cruz (1910). Mis filosofías, ensaio (1912). En torno a la guerra, ensaio (1921) Teatro Consuelo, zarzuela posta em métrica musical por Antonio Cuyàs e estreada no Teatro Principal da Cidade do México em 1899. Referências ↑ Ir para:a b c d e f g Nervo, Amado (2006). Lunes de Mazatlán: crónicas (1892-1894) (em espanhol). [S.l.]: Océano ↑ Ir para:a b c d e f g Pazarín, Víctor Manuel (2015). «Amado Nervo». En Guedea, Rogelio, ed. Historia crítica de la poesía mexicana. Tomo I. Ciudad de México: Fondo de Cultura Económica. p. 279. ISBN 978-607-16-3859-5 Ligações externas Poesias de Amado Nervo Poemas representativos do Poeta Amado Nervo, Grande parte de sua Obra Antología Poética desse reconhecido poeta mexicano. Proyecto Amado Nervo: leituras de uma obra no tempo Poemas em torno da criação poética Amaral Ornelas
Vida A morte
O Motivo/1955 O Motivo/1955
Gustavo Adolfo do Amaral Ornellas (Rio de Janeiro, 20 de outubro de 1885 — Rio de Janeiro, 5 de janeiro de 1923), poeta, dramaturgo, jornalista e médium espírita brasileiro.[1][2] Teve atuação dinâmica nos meios literários, destacando-se como autor da peça intitulada O Gaturama, premiada pela Academia Brasileira de Letras. Desenvolveu seus trabalhos no campo doutrinário junto à Federação Espírita Brasileira, tendo sido ainda diretor da revista Reformador.[2] Foi médium passista, tarefa que exerceu até aos últimos dias de sua vida, e autor de inúmeras poesias de cunho espírita. Referências ↑ «Amaral Ornelas – FEIG». feig.org.br. Consultado em 19 de março de 2023 ↑ Ir para:a b «Personagens Do Espiritismo». Consultado em 19 de março de 2023 Amaral Raposo
Trova do dia As fábricas
Correio do Nordeste/1963 Correio do Nordeste/1964
Amaral Raposo é como ficou conhecido José Raposo Gonçalves da Silva (Grajaú, 27 de maio de 1903 — 10 de abril de 1976) foi um jornalista, político e escritor brasileiro. Amaral Raposo foi um jornalista que primava pelo rigor às normas gramaticais da língua portuguesa. Em seus textos, a maioria de cunho satírico e crítico, a norma culta prevalecia. Nas palavras do professor Sebastião Jorge: 'Não tolerava escorregões, nem pequenos deslizes por parte daqueles que se aventuravam em fazer acrobacias na superfície imaculada de uma página de jornal ou de um livro.' Entre outros, trabalhou nos seguintes jornais de São Luís: O Combate, Diário do Povo, O Imparcial e Jornal Pequeno. Atuou também como comentaristas nas rádios Timbira e Difusora de São Luiz . Foi membro da Academia Maranhense de Letras. Amaral Raposo exerceu também um mandato de deputado estadual pelo estado do Maranhão. Homenagens Em memória a este jornalista, várias escolas receberam o seu nome, em diversas cidades do estado do Maranhão; podemos citar algumas: em Imperatriz, sul do estado do Maranhão, a maior escola da rede estadual de ensino recebe o nome de Centro Educacional de Ensino Médio e Fundamental Amaral Raposo. A escola possui aproximadamente 3.000 alunos; em sua terra natal, a cidade de Grajaú, também existe uma escola da rede estadual de ensino cujo nome é Centro de Ensino em Tempo Integral Amaral Raposo, localizada no bairro mangueira; na Capital do estado, São Luís, existe a escola Amaral Raposo, mantida pela rede municipal, localizada próxima ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Amaral Raposo, uma legenda!* Amaral Raposo, uma legenda!* – Blog do Pautar José Raposo Gonçalves da Silva [Grajaú, Maranhão, 27 de maio de 1903 – 10 de abril de 1976] usava o pseudônimo de Amaral Raposo e era, o que se pode dizer, com todas as letras, um homem extraordinário. Relembro Amaral com muita saudade, honroume com sua amizade, ensinou-me muitas coisas, me divertiu com suas histórias e me fez ouvir muitas canções bonitas [músicas e versos seus] acompanhados pelos acordes que, magicamente, produzia em seu violão, companheiro inseparável de memoráveis serestas. Filólogo, Amaral era um purista do nosso idioma, sempre na espreita para apontar alguma asneira que descobrisse em ultraje à língua em que Camões cantou o bravo peito lusitano e que também pediu esmolas, gestos que levaram o professor Sebastião Jorge a registrar que Amaral Raposo “não tolerava escorregões, nem pequenos deslizes por parte daqueles que se aventuravam em fazer acrobacias na superfície imaculada de uma página de jornal ou de um livro”. Fernando Viana [escritor, médico e político maranhense] que tinha Amaral Raposo guardado em seu coração, o levou consigo quando foi estudar Medicina na Bahia. Enquanto Fernando Viana estudava, o nosso Amaral tratou de arranjar um “bico” no jornal “Correio da Tarde” para pagar a pensão, e às noites, quando o futuro tisiologista manuseava os grossos volumes da Ciência de Hipócrates, Amaral dedilhava o doce e saudoso violão para deleitar o amigo. E, assim, foram os seis anos da formação do querido companheiro na cidade de Salvador. Um belo dia, Fernando Viana mandou, para o próprio jornal em que o Amaral trabalhava, o seguinte soneto que era um perfil irretocável do seu querido parceiro. Diz assim: “Mistura de filósofo e de cético, / na completa inversão de um dom Donzel. / É um gozo vê-lo, súbito, apoplético, / sobre os doces de a vida pingar fel. / Tendo horror ao grotesco, a que cruel, / pulveriza sem dó – seu senso estético / ora, fá-lo vestir-se qual Brummel; / ora, impõe-lhe um desleixo ultrassintético. / Poeta, de um lirismo que comove. / Tem olhos tumefatos, que nos dão / a lembrança do Mal de Basedow. / Boêmio de nascença e profissão, / É-lhe a prova, mais certa que as do nove, / um cigarro, uma cana e um violão”. Em tempo: O nosso Sálvio Dino, há pouco falecido, ao fazer o necrológio de Amaral Raposo na Assembleia Legislativa, após o seu sepultamento a 11 de abril de 1976, compara seus sonetos “As Fábricas” e “Postal”, “entre os melhores sonetos brasileiros de todos os tempos e coloca o poema ‘Só’ em nível dos poemas de angústia dos mundialmente famosos de Edgar Allan Poe, Oscar Elide e Reading. [...] Zeca Gonçalves foi também grande solista de violão, tanto na música popular quanto na música de câmara e erudita [...]”. E para concluir este seu pequeno perfil biográfico, enfatizou Sálvio: “transcrevo, a seguir, a opinião do insigne professor de Direito Penal (seu cunhado) Dr. Antenor Mourão Bogéa: ‘Para o poeta inspiradíssimo, para o tribuno fulgurante, para o editorialista escorreito, para o filólogo abalizado, para o violonista aplaudido, para a figura prototípica da simplicidade, para o humorista eçaniano, que tudo isso foi Amaral Raposo, voltam-se as atenções da expoência intelectual do Maranhão”.
Amaral Raposo, ou simplesmente Zeca, foi eleito para a Cadeira nº 37 da Academia Maranhense de Letras, patroneada pelo poeta Inácio Xavier de Carvalho, vaga, por ironia, com o falecimento do Dr. Luís Viana, irmão de Fernando Viana e também médico. Amaral Raposo espalhou pela cidade que iria fazer um discurso de posse sem verbo. Os que acreditavam em Amaral Raposo estavam certos de que o velho mestre seria capaz de tal façanha, apesar de o verbo ser o ponto de ligação entre as orações; sem a presença do verbo se torna muito difícil a comunicação, mas ele nos dizia que era possível; outros duvidavam daquela proeza. E de fato aconteceu... Em certa altura, na peroração discursiva, Amaral Raposo num rasgo, justifica a proeza da tal oração sem verbo: “Feita esta breve digressão, quero, ainda, salientar um episódio, cuja referência me parece oportuna. É que eu, tempos há, em palestra informal com amigos, tinha dito que faria meu discurso de posse, inteiramente sem verbos. E – adiantei – para substituir uma individualidade excepcional como Luís Viana, algo de excepcional se me afigurava mister igualmente realizar. Ouviu-me dizer isso o jovem e conhecido cronista Benedito Buzar, e, bom profissional que o é, registrou o fato por mais de uma ocasião, em seu jornal. As notícias não correm; voam. Assim, sem demora, até a imprensa da Guanabara comentou, com antecedência, o discurso que eu iria pronunciar, anunciado, aliás, por mim, e, por simples blague, numa ligeira palestra de bar. Em tais circunstâncias, já agora que sou compelido a cumprir, embora em parte, a promessa, ou a empresa a que me aventurei, bem inadvertidamente. Consegui-lo-ei? Dir-no-lo-á, depois vosso julgamento, Senhores Acadêmicos: (1) Eis o texto sem verbo: “Onde, agora, os elementos essenciais à consecução da meta em pauta? Ante o fulgor sideral da personalidade de Luís Viana, surpreendente de ilustração e de cultura, onde em mim, a energia espiritual, a força de análise, os recursos de intuição, e, ainda, os documentos imprescindíveis ao estudo e à crítica para o elogio do vitorioso didata? Onde, em mim, a esta altura de uma existência, sem brilho e sem relevo, portador de um coração já deserto de impulsos criadores e de uma alma já órfã de esperanças, de idealismo e de sonho, a conquista dos clarões mentais, indispensavelmente necessários ao exame de tão preclaro representante da capacidade científica maranhense, das vitórias literárias maranhenses, dos triunfos poéticos maranhenses, sobretudo da extraordinária vocação pedagógica do insigne conterrâneo, tão viva e palpitante, entre as cogitações desse grande vencedor de mil batalhas, nos altiplanos da erudição e da sabedoria? Por isso mesmo, para quem as solenidades desta noite? Para quem esta reunião dos mais categorizados expoentes do nosso romance, do nosso periodismo, de nossa poesia, de nosso teatro, de todas essas multifárias e luminosas atividades, presentes, sempre, nas elevadas preocupações dos homens de pensamento e de cultura? Acaso por minha causa, acaso para mim, obscuro combatente de campanhas sem vitórias, para mim, vaga figura sem projeção e sem nome. Além das fronteiras provincianas de nossa terra? Certo de que não. Para quem esta honra grandiosa, tão repleta de beleza espiritual, de encantamento e de sonho? Para mim, para a inútil insignificância do meu nada? Não ainda, para quem, pois, a homenagem? Para Luís Viana, para o infatigável mestre de sucessivas gerações, para o professor do Instituto de Manguinhos, para o belo cronista de “O Estado de São Paulo”, para o diretor da Instrução Pública da Paraíba, para o catedrático de História Natural do Liceu Maranhense; e, num crescendo (2) incessantemente de funções e de cargos, cada qual mais à altura de nossos louvores, de nossa admiração e de nosso respeito? Para o diretor do Liceu Maranhense, para o idealista e o pioneiro da Escola Normal do Maranhão, para o fundador, logo depois, do colégio de “São Luís”, essa tradicional fonte de educação moral e cívica de nossa mocidade estudiosa”. Notas de Amaral Raposo: (1) Conseguiu, pois, a oração fazê-la sem verbo? (2) “Crescendo”, no caso, é substantivo. Dizem os dicionários: s.m. progressão, gradação. * Fernando Braga, in “Conversas Vadias” [Toda prosa], antologia de textos do autor. Americo Cesar
Americo Cezar Americo Cezar
O bandido Depois de um enterro O meu retrato Na rua da tristeza Nazareth A minha mãe Deus O bandido Eterno amor Deus Deus Depois de um enterro Ela não morreu
O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 Primavera/1909 Primavera/1909 Primavera/1909 Primavera/1909 O Martelo/1911 O Canhoto/1912 O Canhoto/1912 O Ateniense/1918 O Martelo/1911 O Canhoto/1912 O Ateniense/1918
Americo Lemos Americo Maranhão Americo Tupy
Cruel incerteza Cego A instrução
O Martelo/1911 Revista do Norte/1902 A Escola/1918
Amir Guilboa
Cem chapeus
Correio do Nordeste/1964
Amir Gilboa (em hebraico : ( )אמיר גלבעnascido em 25 de setembro de 1917 — falecido em 2 de setembro de 1984) foi um poeta israelense nascido na Ucrânia. Gilboa recebeu o Prêmio Israel de literatura em 1982. Berl Feldmann (mais tarde Amir Gilboa) nasceu em uma família judia em Radziwillow (agora Radyvyliv , Volhynia ) na Ucrânia . Em 1937, ele imigrou para o Mandato da Palestina . Em 1942, ele lutou na Segunda Guerra Mundial na Brigada Judaica do Exército Britânico . Em 1948, ele lutou na Guerra da Independência de Israel . Ele morreu em 1984 no Hospital Beilinson em Petah Tikva devido a complicações da doença cardíaca isquêmica. Em 1949, ele publicou um volume de poesia intitulado Sheva Reshuyot ("Sete Domínios") sobre suas experiências de guerra. Esta coleção, juntamente com o seu Early Morning Songs, publicado em 1953, estabeleceu sua reputação como um dos principais poetas hebreus. Seus primeiros trabalhos foram influenciados por Avraham Shlonsky e Natan Alterman , especialmente em seu uso do hebraico arcaico e bíblico. Mais tarde, sua linguagem se torna mais coloquial, com uma abundância de rimas, palavras e comentários satíricos. [1] eu quis escrever os lábios de dorminhocos, publicado em 1968, dedica-se ao ato de escrever poesia e sentimentos do poeta. Placa comemorativa na casa de Gilboa em Tel Aviv. Em 1971, Gilboa recebeu o Prêmio Bialik de literatura . Em 1982, ele recebeu o Prêmio Israel, pela poesia hebraica.
POESIA SEMPRE – Ano 5 – Número 8 – Junho 1997. Revista semestral de poesia. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, Ministério da Cultura, Departamento Nacional de Livro. Editor Geral: Antonio Carlos Secchin. Ex. bibl. Antonio Miranda. Obs. Aparece “ALMIR GUILBOA” na publicação, em vez de AMIR GILBOA. Amorim Parga
André Angela Grassi LEONETE OLIVEIRA Lima Rocha
Cançaso de caminhadas inuteis Cançaso de caminhadas inuteis Cançaso de caminhadas inuteis Cançaso de caminhadas inuteis Cançaso de caminhadas inuteis Teu nome
Jornal do Maranhão/1969 Jornal do Maranhão/1969 Jornal do Maranhão/1969 Jornal do Maranhão/1969 Jornal do Maranhão/1969 A Flexa/1879
Almas!
A Avenida/1909
Ela nasceu LEONETE OLIVEIRA Lima Rocha, em São Luís, Maranhão, em 17 de julho de 1888, filha de Gentil Homem de Oliveira e Luiza Fernandes de Oliveira. Foi Professora e Bibliotecária. Ingressou na Academia Maranhense de Letras. Residia no Rio de Janeiro, onde veio a falecer. Publicou "Flocos", "Folhas de Outono" e muitos outros. Leonete Oliveira virou nome de rua em São Luís, no bairro Cohab Anil II. Leonete utilizava o pseudônimo de Angela Grassi, que foi uma escritora romântica espanhola, do século XIX90. A Pacotilha, de 11 de junho de 1908 publica um seu poema LEONETE OLIVEIRA LIMA ROCHA - Issuu Leonete Oliveira (1888–1969), professora normalista, lecionava Português em casa, principalmente para mulheres, e foi a precursora do ensino de Estenografia, em São Luís. Acreditava ser esta uma das alternativas para o acesso, principalmente da mulher, ao mercado de trabalho. Poetisa, publicando em 1910 sua primeira obra, intitulada Flocos, em seguida publicou em Portugal Folhas de outono, posteriormente Cambiantes, em Fortaleza, onde integrou a ala feminina da Casa de Juvenal Galeno, instituição literária idealizada e fundada em 1942. Título: Leonete OliveiraAutor/ Colaborador:Garnier, M.J. Data:[189-?] Descrição:bico de pena Assuntos:Authors, Brazilian Portraits Oliveira, Leonete de - Portraits B869.8 Oliveira, Leonete de, n.1888 - RetratosEscritores brasileiros - RetratosT ipo: Desenho Idioma: Português Angelo Magalhães
Viajando Viajando Página trista
O Tocantins/1922 O Tocantins/1922 A Época/1929
Anibal Machado
O transitório definitivo (poesia em prosa) O transitório definitivo (poesia em prosa)
Correio do Nordeste 1964 Correio do Nordeste 1964
Aníbal Monteiro Machado (Sabará MG 1894 - Rio de Janeiro RJ 1964). Contista, ensaísta e professor. Começou na literatura quando estudante e, no Rio, ligou-se aos modernistas, com assídua colaboração nos periódicos Revista de Antropofagia, Estética, Revista Acadêmica e Boletim de Ariel. Eleito presidente da Associação Brasileira de Escritores, organizou, com Sérgio Milliet, o 1º Congresso Brasileiro de Escritores, em 1945. Este congresso, ao defender a liberdade democrática, precipitou o fim da ditadura de Getúlio Vargas. Marcou sua presença de destaque no panorama do conto brasileiro com textos antológicos, como Viagem aos Seios de Duília, Tati, a Garota e A Morte da Porta-Estandarte. Ligado ao teatro, ajudou a fundar vários grupos teatrais, tais como Os Comediantes, o Teatro Experimental do Negro, o Tablado e o Teatro Popular Brasileiro. AMPLIAÇÃO DA PÁGINA A CARGO DE SALOMÃO SOUSA: Nasceu em Sabará (MG) em 9 de Dezembro de 1898. Morreu no Rio de Janeiro (RJ) em 20 Janeiro 1964. Formou-se em Direito em 1917 e por um curto período trabalhou como promotor público no interior de Minas Gerais. Em Belo Horizonte, no início da década de 1920, ligou-se ao grupo modernista do Diário de Minas e conviveu com Carlos Drummond de Andrade e João Alphonsus. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1923. Presidente da Associação Brasileira de Escritores, em janeiro de 1945 organizou junto com Sérgio Milliet o Primeiro Congresso Brasileiro do Escritores, em São Paulo. Destacou-se pelo romance João Ternura (1965), e também como o contista. Sua atuação na imprensa se deu por meio de artigos, ensaios, resenhas e crônicas publicadas na Revista do Brasil, Boletim de Ariel, Revista Acadêmica, Para Todos... e para os suplementos literários do Correio da Manhã, Diário de Notícias e O Jornal. Foi autor de um único livro de poemas, de 1955, em edição limitada, denominado Poemas em prosa. Os poemas desse livro foram incorporados ao livro Cadernos de João, que engloba aforismos, crônicas e outros textos livres. A obra de Aníbal Machado não é extensa, mas suficiente para apresentar-se renovadora dentro da proposta do Modernismo. Seus contos antecipam abordagem de temas como pedofilia e realismo mágico. Anibal Teophilo
Mater
A Noticia/1928
Aníbal Teófilo da Silva (Humaitá, Paraguai, 21 de julho de 1873 — Rio de Janeiro, 19 de julho de 1915) foi um militar, político e poeta brasileiro.[1] Após o término da Guerra do Paraguai em 1870, seu pai, um oficial gaúcho do Exército Brasileiro, servia naquele país e ali residia com a esposa quando o bebê Aníbal nasceu no ano de 1873.[1] Aníbal era casado com Liberalina Sales da Silva, com quem teve uma filha chamada Elisa. Oficial do exército serviu na Amazônia entre 1903 e 1912, onde chegou já como poeta consagrado. Retornou ao Rio de Janeiro, onde foi encarregado da administração do Teatro Municipal de São Paulo. Em junho de 1915, já Deputado federal, foi assassinado por questões pessoais pelo escritor Gilberto Amado, também deputado, no salão nobre do Jornal do Commercio no Rio; recolhido à Brigada Policial, Gilberto ficou à disposição da justiça, sendo absolvido tempos depois.[2] A motivação do crime foi em virtude de desavenças por causa das críticas jornalísticas de Gilberto à amigos escritores.[1] O julgamento do Júri foi presidido pelo Juiz Manuel da Costa Ribeiro, que também presidiu o Júri que julgou Dilermando de Assis, que matou o escritor Euclides da Cunha.[1] É patrono de uma das cadeiras da Academia Rio-Grandense de Letras e da Academia Amazonense de Letras. Seu único livro publicado é Rimas, de 1911. Uma história curiosa sobre ele diz que, no seu enterro, cumprindo sua última vontade, seus amigos - incluindo entre estes o poeta Olavo Bilac - encharcaram seu cadáver com litros de um perfume francês bastante popular na época, chamado Idèal de Hubricant, antes de sepultá-lo Anicelia Rodrigues Anisio Duarte Anisio Vianna
A... É possível? Resposta a um amigo
Pacotilha/1891 O Martelo/1911 Pacotilha/1890
Anna Nogueira Baptista
Soneto Resposta a um amigo
A Fita/1919-20 Primavera/1909
Ao luar
O Paiz/1903
Ana Nogueira Batista (1870-1967) Volume 1 Século: XIX Estado: CE Etnia: Desconhecida Atividade: Movimentos de Mulheres Descrição: Poetisa cearense, natural de Icó, usou a poesia para lutar contra a escravidão e defender a emancipação das mulheres. Foi uma das fundadoras da revista O Lyrio. Ana Nogueira Batista (Icó, CE, 22 de outubro de 1870 — Niterói, RJ, 22 de maio de 1967) foi uma poetisa, abolicionista e tradutora brasileira. Colaborou em jornais e revistas do Ceará, Pará, Amazonas, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. Seus pais eram Teresa de Albuquerque Melo e João Nogueira Rabelo, conhecido deputado provincial militante do abolicionismo, causa à qual Ana também passou a se dedicar (a província do Ceará foi a primeira a abolir a escravidão no Brasil, em 1884, sendo a cidade de Icó uma das pioneiras, em 1883, respectivamente 4 e 5 anos antes da Lei Áurea, de 1888). Em 1990 juntou-se ao movimento literário “A Padaria Espiritual”. Em 1902, fundou com outras escritoras a revista “O Lyrio”. Foi professora até o final da década de 1920, quando se aposentou do magistério. Na década de 1940 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde viveu com filhos e netos até falecer, na cidade de Niterói, em 1967. Leia um artigo sobre a autora, que em 1965 contava 95 anos, “A Poesia Comum da Vida”, publicado no Jornal do Brasil, de 15.04.1965, disponível na Hemeroteca Digital: https://memoria.bn.br/DocReader/DocReaderMobile.aspx?bib=030015_08&pesq=%22Ana%20nogueira%22&hf=memor ia.bn.br Visite a Casa da Leitura da Biblioteca Nacional! Informações: casadaleitura@bn.gov.br | (21) 3166-9900 Annibal Theofilo A esperança O Litoral/1917-18 Annibal Theophilo A cegonha O Caixeiro/1915 Irmãs de caridade Correio de Codó/1916 Noites de São João Correio de Codó/1916 Irmãs de caridade Cidade de Pinheiro/1923 Suplica Cidade de Pinheiro/1924
Aníbal Teófilo da Silva (Humaitá, Paraguai, 21 de julho de 1873 — Rio de Janeiro, 19 de julho de 1915) foi um militar, político e poeta brasileiro.[1] Após o término da Guerra do Paraguai em 1870, seu pai, um oficial gaúcho do Exército Brasileiro, servia naquele país e ali residia com a esposa quando o bebê Aníbal nasceu no ano de 1873.[1] Aníbal era casado com Liberalina Sales da Silva, com quem teve uma filha chamada Elisa. Oficial do exército serviu na Amazônia entre 1903 e 1912, onde chegou já como poeta consagrado. Retornou ao Rio de Janeiro, onde foi encarregado da administração do Teatro Municipal de São Paulo. Em junho de 1915, já Deputado federal, foi assassinado por questões pessoais pelo escritor Gilberto Amado, também deputado, no salão nobre do Jornal do Commercio no Rio; recolhido à Brigada Policial, Gilberto ficou à disposição da justiça, sendo absolvido tempos depois.[2] A motivação do crime foi em virtude de desavenças por causa das críticas jornalísticas de Gilberto à amigos escritores.[1] O julgamento do Júri foi presidido pelo Juiz Manuel da Costa Ribeiro, que também presidiu o Júri que julgou Dilermando de Assis, que matou o escritor Euclides da Cunha.[1] É patrono de uma das cadeiras da Academia Rio-Grandense de Letras e da Academia Amazonense de Letras. Seu único livro publicado é Rimas, de 1911. Uma história curiosa sobre ele diz que, no seu enterro, cumprindo sua última vontade, seus amigos - incluindo entre estes o poeta Olavo Bilac - encharcaram seu cadáver com litros de um perfume francês bastante popular na época, chamado Idèal de Hubricant, antes de sepultá-lo. Anonimo Anonymo
Rimas da raça Sabado santo
O Pioneiro/1981 O Vianense/1886
Anselmo Junior Anselmo Santos AnTonio Camara Antero de Quental
Querubica A voz do proletario Parazita Despedida
Os Anais/1911 Jornal dos Artistas/1902 Jornal dos Artistas/1902 O Povinho/1950
Soneto Soneto Soneto O que diz a morte Mors liberatrix A Virgem Maria Namoro a cavalo Descanso Soneto Á Virgem Santíssima
Pacotilha/1891 Pacotilha/1891 Pacotilha/1891 Pacotilha/1891 Pacotilha/1891 A Luta/1891 A Luta/1891 Pacotilha/1901 Avante/1906 Jornal dos Artistas/1909
Antero Tarquínio de Quental (Ponta Delgada, 18 de abril de 1842 – Ponta Delgada, 11 de setembro de 1891[1]) foi um escritor e poeta português do século XIX que teve um papel importante no movimento da Geração de 70. Biografia Nascido na Ilha de São Miguel (Açores, filho do combatente liberal Fernando de Quental Solar do Ramalho — do qual mandou tirar a pedra de armas da família —, 10 de maio de 1814 — Ponta Delgada, Matriz, 7 de março de 1873) e de sua mulher Ana Guilhermina da Maia (Setúbal, 16 de julho de 1811 — Lisboa, 28 de novembro de 1876). O casal teve sete filhos, sendo Antero o quarto, numa família onde proliferavam as mortes prematuras e a loucura.[2] Durante a sua vida, Antero de Quental dedicou-se à poesia, à filosofia e à política. Deu início aos seus estudos na cidade natal, mudando-se para Coimbra aos 16 anos, ali estudando Direito e manifestando as primeiras ideias socialistas. Fundou em Coimbra a Sociedade do Raio, que pretendia renovar o país pela literatura. Em 1861, publicou os seus primeiros sonetos. Quatro anos depois, publicou as Odes Modernas, influenciadas pelo socialismo experimental de Proudhon, enaltecendo a revolução. Nesse mesmo ano iniciou a Questão Coimbrã, em que Antero e outros poetas foram atacados por António Feliciano de Castilho, por instigarem a revolução intelectual. Como resposta, Antero publicou os opúsculos Bom Senso e Bom Gosto, carta ao Exmo. Sr. António Feliciano de Castilho, e A Dignidade das Letras e as Literaturas Oficiais. Ainda em 1866 mudou-se para Lisboa, onde experimentou a vida de operário, trabalhando como tipógrafo, profissão que exerceu também em Paris, entre janeiro e fevereiro de 1867. Em 1868 regressou a Lisboa, onde formou o Cenáculo, de que fizeram parte, entre outros, Eça de Queirós, Abílio de Guerra Junqueiro e Ramalho Ortigão. Foi um dos fundadores do Partido Socialista Português. De 1869 data a sua viagem à América, com partida do Porto, a bordo do patacho Carolina, do seu amigo algarvio Joaquim de Almeida Negrão. Sabe-se que visitou primeiro Halifax, no Canadá, e depois Nova Iorque, onde permaneceu cerca de um mês. Desta viagem, que terá sido atribulada, não ficou nenhum testemunho da autoria de Antero, mas apenas os relatos feitos anos depois por Joaquim Negrão, que alguns hoje consideram parcialmente desmemoriado ou fantasista.[3] Em 1870, fundou em Lisboa o jornal A República - Jornal da Democracia Portuguesa, com Oliveira Martins. Na mão de Deus Na mão de Deus, na sua mão direita, Descansou afinal meu coração. Do palácio encantado da Ilusão Desci a passo e passo a escada estreita. Como as flores mortais, com que se enfeita A ignorância infantil, despojo vão, Depus do Ideal e da Paixão A forma transitória e imperfeita. Como criança, em lôbrega jornada, Que a mãe leva ao colo agasalhada E atravessa, sorrindo vagamente, Selvas, mares, areias do deserto... Dorme o teu sono, coração liberto,
Dorme na mão de Deus eternamente! Antero de Quental Em 1871, encontramo-lo a reunir-se em Lisboa com delegados da Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT) para apresentar as ideias anarquistas.[4] Os primeiros contactos com os emissários espanhóis da Internacional são feitos através de José Fontana, Antero de Quental e Jaime Batalha Reis. Este último escreve nas suas memórias os encontros políticos que permitiram a entrada de Portugal na Primeira Internacional. José Fontana, desconfiado que a polícia estava a observar os seus movimentos, acabou por propor que as futuras reuniões fossem realizadas na privacidade de um barco no rio Tejo.[5] Nessa altura, em Maio do mesmo ano, igualmente participa numa conferência Iberista e aí apresenta um polémico discurso em que tenta explicar as razões do atraso português, e do espanhol, desde o século XVII.[6] Nos finais de 1871 vai elaborar o panfleto O que é a Internacional? que é alvo de uma tradução para o castelhano pela Comissão de Propaganda do Conselho Local da Federação Madrilena e publicada em 1872 em Espanha.[7] Antero de Quental, juntamente com José Fontana, em 1872, passou a editar o jornal socialista O Pensamento Social. Colaborou igualmente em diversas outras publicações periódicas, nomeadamente: A Esperança[8] (18651866), Renascença[9] (1878-1879?), O Pantheon[10] (1880-1881). A título póstumo, encontramos textos de Antero de Quental, publicados em, Branco e Negro (1896-1898), Contemporânea (1915-1926), A imprensa (1885-1891), O Thalassa (1913-1915), no periódico O Azeitonense[11] (1919-1920). Em 1873 herdou uma quantia considerável de dinheiro, o que lhe permitiu viver dos rendimentos dessa fortuna. Em 1874, com tuberculose, descansou por um ano, mas em 1875, fez a reedição das Odes Modernas.
fotografia de Antero quental Em 1879 mudou-se para o Porto, e em 1886 publicou aquela que é considerada pelos críticos como a sua melhor obra poética, Sonetos Completos, com características autobiográficas e simbolistas. Em 1880, adoptou as duas filhas do seu amigo, Germano Meireles, que falecera em 1877. Em setembro de 1881 foi, por razões de saúde e a conselho do seu médico, viver em Vila do Conde, onde residiu até maio de 1891, com pequenos intervalos nos Açores e em Lisboa. O período em Vila do Conde foi considerado pelo poeta o melhor da sua vida: "Aqui as praias são amplas e belas, e por elas me passeio ou me estendo ao sol com a voluptuosidade que só conhecem os poetas e os lagartos adoradores da luz".[12] Em 1886 foram publicados os Sonetos Completos, coligidos e prefaciados por Oliveira Martins. Entre março e outubro de 1887, permaneceu nos Açores, voltando depois a Vila do Conde. Devido a essa sua estadia, foi fundado nesta cidade, em 1995, o "Centro de Estudos Anterianos" Em 1890, devido à reacção nacional contra o ultimato inglês, de 11 de janeiro, aceitou presidir à Liga Patriótica do Norte, mas a existência da Liga foi efémera. Quando regressou a Lisboa, em maio de 1891, instalou-se em casa da irmã, Ana de Quental. Portador de distúrbio bipolar, nesse momento o seu estado de depressão era permanente. Após um mês, em junho de 1891, regressou a Ponta Delgada, cometendo suicídio no dia 11 de setembro de 1891, com dois tiros, num banco de jardim junto ao Convento de Nossa Senhora da Esperança, onde está na parede a palavra "Esperança", no Campo de São Francisco, cerca das 20h00. Os seus restos mortais encontram-se sepultados no Cemitério de São Joaquim, em Ponta Delgada.[13] Foi impressa uma nota de 5.000$00 Chapas 2 e 2A de Portugal com a sua imagem. Análise da obra Properly speaking there has been no Portuguese literature before Antero de Quental; before that there has been either a preparation for a future literature, or foreign literature written in the Portuguese language. Fernando Pessoa[14] A poesia de Antero de Quental apresenta três faces distintas: A das experiências juvenis, em que coexistem diversas tendências;
A da poesia militante, empenhada em agir como “voz da revolução”; E a da poesia de tom metafísico, voltada para a expressão da angustia de quem busca um sentido para a existência. A oscilação entre uma poesia de combate, dedicada ao elogio da acção e da capacidade humana, e uma poesia intimista, direcionada para a análise de uma individualidade angustiada, parece ter sido constante na obra madura de Antero, abandonando a posição que costumava enxergar uma sequência cronológica de três fases. Antero atinge um maior grau de elaboração em seus sonetos, considerados por muitos críticos uns dos melhores da língua e comparados aos de Camões e aos de Bocage. Há, na verdade, alguns pontos de contato estilísticos e temáticos entre esses três poetas: os sonetos de Antero têm inegável sabor clássico, quer na adjetivação e na musicalidade equilibrada, ou na análise de questões universais que afligem o homem. Obras Sonetos de Antero, 1861 Beatrice e Fiat Lux, 1863 Odes Modernas, 1865 (na origem da polémica Questão Coimbrã). Reeditadas em 1875. Bom Senso e Bom Gosto, 1865 (opúsculos) A Dignidade das Letras e as Literaturas Oficiais, 1865 (na origem da polémica Questão Coimbrã) Defesa da Carta Encíclica de Sua Santidade Pio IX, 1865 Portugal perante a Revolução de Espanha, 1868 (eBook) Causas da decadência dos povos peninsulares, 1871 Primaveras Românticas, 1872 Considerações sobre a Filosofia da História Literária Portuguesa, 1872 (eBook) A Poesia na Actualidade, 1881 As Fadas, 1883 (incluído em Tesouro Poético da Infância)[15] Sonetos Completos, 1886 (eBook) A Filosofia da Natureza dos Naturistas, 1886 (eBook) Tendências Gerais da filosofia na Segunda Metade do Século XIX, 1890 Raios de extinta luz, 1892 (eBook) A Bíblia da Humanidade (eBook) Leituras Populares (eBook) Liga Patriótica do Norte (eBook) Prosas Anto-José Antonia Antonia Ericeira Lobo
Monossilabico Indelevel recordação Tancredo sua esperança ficou
Jornal do Maranhão/1962 Revista Maranhense/1917 Cidade de Arari 1984
Antonia Gertrudes Puglish
A Santa Tereza de Jesus salmo
O CRISTIANISMO/1854 O Ecclesiástico/1855
Antónia Gertrudes Pusich (São Nicolau, Cabo Verde, 1 de outubro de 1805 — Lisboa, 6 de outubro de 1883) foi uma poetisa, dramaturga, jornalista, pianista e compositora portuguesa.[1][2] Biografia Nascida na ilha de São Nicolau, em Cabo Verde, filha do governador de Cabo Verde (colónia) António Pusich, natural de Dubrovnik, e de Ana Maria Isabel Nunes.[3] Foi casada em primeiras núpcias com João Cardoso de Almeida Amado Viana Coelho em 1820 e de quem teve os filhos João António, Antónia, Alfredo, Maria, Ana e Ema.[4] Em 1830 casa com Francisco Teixeira Henriques de quem teve um único filho, Miguel Pusich Henriques Teixeira.[4] Voltou a casar em 1836 com José Roberto de Melo Fernandes e Almeida de quem teve quatro filhos António Pusich de Melo, Antónia Pusich de Melo, Ana Isabel Filomena Pusich de Melo e Maria Amélia Pusich de Melo.[4] Como poetisa teve marcada influência no romantismo em Portugal.[1] Foi a primeira mulher em Portugal que fundou e dirigiu um jornal e que neles ousou mostrar o seu nome verdadeiro e não um pseudónimo como era hábito na época.[5][6] Colaborou em diversos periódicos como Paquete do Tejo[7], Revista universal lisbonense : jornal dos interesses physicos, moraes e litterarios por uma sociedade estudiosa[7] e Almanach, tendo sido directora e proprietária dos periódicos A assemblea litteraria, A Beneficência e A Cruzada.[8] Obras Olinda ou a Abadia de Cumnor Place (poesia)[4]
Irminio e Edgarde, ou doys mistérios (romance)[4] O Regedor da Paróquia (drama/teatro) Constança ou o Amor Maternal (drama/teatro)[4] Saudade em memoria da virtuosa Rainha a senhora D. Estephania[4] Canto saudoso ou lamentos na solidão á memoria do Dom Pedro Quinto[4] Biographia do marechal A. Pusich[4] Homenagem a Luís de Camões[4] Poesia a S. M. El-Rey Fidelissimo o Sr. D. Fernando no seu dia natalicio no anno de 1848[4] Homenagem a Sua Magestade a Rainha de Portugal Dona Estephania[4] Galeria das senhoras na Câmara dos senhores deputados, ou as minhas observações[9][4] Elegia à morte das infelizes victimas assassinadas por Francisco de Mattos Lobo, na noute de 25 de Julho de 1841[4] Elegia à morte de D. Marianna de Sousa Holstein[4] Elegia à Morte da Duqueza de Palmella[4] O Sonho ou os gemidos das classes inactivas[4] Preces ou Cântico Devoto dedicado aos Fiéis Portugueses[4] Lamentos à saudosa memoria de d. Maria Henriqueta do Casal Ribeiro[4] Parabéns a Sua Magestade o Senhor D. Fernando pelo consorcio de Sua Augusta Filha a Princeza D. Marianna[4] Apontamentos biographicos e poesia, sobre o infeliz José Pedro de Senna, capitão do brigue Marianna, naufragado em Aveiro[4] A conquista de Túnis[4] Júlia[4] À minha pátria, memoria sobre um ramo de agricultura e commercio[4] Toponímia A cidade de Lisboa prestou homenagem a esta escritora com a atribuição do seu nome a uma rua na freguesia de Alvalade.[6] Em Fetal, Charneca de Caparica, Almada, foi atribuído o seu nome a uma rua.[10] Em Pinhal General, Fernão Ferro, Seixal, também foi atribuído o seu nome a uma rua.[11] Bibliografia Pusich, Antónia Gertrudes (1805-83) in "Grande Enciclopédia Universal" Vol. 16, Edita Durclub, S.A. ISBN 972-747-928-6 Antonino Antonio Amancio Ramos Antonio Augusto Rodrigues
Impressões da roça Liane Miseria de um poeta
A Mocidade/1876 O Gremio/1955 A Mocidade/1934
Antonio Barros Antonio Bona
Salve 28 de dezembro de 1948 – salve! Mal secreto A morte do poeta
O Combate/1948 Os Anais/1911 A Fita/1919-20
Antonio Candido
Alvarenga
O Pensador/1881
Dom Antônio Cândido Alvarenga (São Paulo, 22 de abril de 1836 — São Paulo, 1 de abril de 1903) foi um sacerdote, décimo oitavo bispo do Maranhão e décimo primeiro bispo de São Paulo. Foi Conde Romano.[1] Era filho de Tomé de Alvarenga e de Josefina Maria das Dores de Alvarenga, falecida em 22.03.1877. Era um dos meninos do coro da catedral de São Paulo, quando, aos doze anos manifestou sua vocação sacerdotal. Estudou latim e Teologia, no Seminário de Santo Inácio e da Maria Imaculada, unido à catedral por Dom Antônio Joaquim de Melo. Presbiterado Foi ordenado por Dom Dom Antônio Joaquim de Melo, em Itu, a 25 de março de 1860. Após a ordenação, foi nomeado para servir nas paróquias de Taubaté, Casa Branca e Mogi das Cruzes. Em 1870 recebeu assento, como cônego, nas estalas do cabido. Em 1877 elaborou os novos estatutos do Recolhimento de Santa Teresa. Foi abolicionista, apoiando todos os empreendimentos em favor deste movimento. Episcopado Tendo sido indicado bispo do Maranhão por Dom Pedro II, Imperador de Brasil; a 21 de setembro de 1877, aos 41 anos, foi confirmado, por breve do Papa Pio IX.
Foi sagrado bispo, em São Paulo, no dia 31 de março de 1878, sendo sagrante principal Dom Lino Deodato Rodrigues de Carvalho. Por vinte anos serviu ele a Igreja do Maranhão, até que a 28 de novembro de 1898 foi indicado para a Sé de São Paulo. Já tendo a saúde debilitada, tomou posse a 25 de março de 1899, aos 63 anos. Dom Antônio Cândido foi bispo de São Paulo até 1 de abril de 1903, quando veio a falecer, aos sessenta e sete anos. Brasão Descrição: Escudo eclesiástico. Em campo de blau um barco com três remos visíveis de argente, singrando num mar do mesmo ondado de blau; tendo em chefe uma estrela de cinco pontas, com resplendor, encimando o monograma da Virgem Maria, com as letras M e A sobrepostas, tudo de jalde. O escudo está assente em tarja branca. O conjunto pousado sobre uma cruz trevolada de ouro, com um coronel de Conde, entre uma mitra de prata adornada de ouro, à dextra, e de um báculo do mesmo, a senestra, para onde se acha voltado. O todo encimado pelo chapéu eclesiástico com seus cordões em cada flanco, terminados por seis borlas cada um, tudo de verde. Brocante sob a ponta da cruz um listel de blau com a legenda: RESPICE STELLAM VOCA MARIAM de jalde. Interpretação: O escudo obedece às regras heráldicas para os eclesiásticos. O campo de blau (azul) representa o manto de Maria Santíssima e, heraldicamente, significa: justiça, serenidade, fortaleza, boa fama e nobreza. A barca simboliza a Igreja que vais singrando pelos mares bravios sob o comando de São Pedro e seus sucessores, sendo ainda símbolo de vitória e ânimo forte de quem resiste aos mais graves perigos e às adversidades da vida, sendo que, pelo seu metal argente (prata) simboliza a inocência, a castidade, a pureza e a eloqüência, virtudes essenciais num sacerdote. A Estrela e o Monograma lembram a Virgem Maria, “Estrela da manhã” e ”Aurora da Salvação” e, pelo seu metal jalde (ouro), simbolizam: nobreza, autoridade, premência, generosidade, ardor e descortínio. O lema: “Olha a Estrela e chama por Maria”, traduz a confiança e a devoção filial que o bispo devotava à Virgem Maria, colocando toda a sua vida sacerdotal sob a proteção da Mãe de Deus. Atividade e contribuições Dom Antônio Cândido Alvarenga assumiu a São Paulo no auge da riqueza do café, sendo que a cidade e o Estado passavam por grandes transformações. Inúmeras cidade foram surgindo e com isto a necessidade de assistência espiritual também aumentava, o que causou grande preocupação em Dom Antônio. Em 1901, o bispo promoveu o Primeiro Congresso Diocesano de São Paulo, que procurava levar maior conhecimento cultural e religioso aos súditos diocesanos menos favorecidos. Ordenações episcopais Dom Mateus foi o principal sagrante dos seguintes bispos: Antonio Carlos de Oliveira Antonio Castro Antonio Chaves Antonio de Carvalho Antonio de Castro
O drama das secas Carangueijo Vencida Casteldamor De tarde
Cruzeiro/1958 A Mocidade/1934 A Mocidade/1906 Revista do Norte/1904 Revista Elegante/1894
Antonio de Castro Alves
O destruídos de Jerusalém
Echos da Juventude/1864
Antônio Frederico de Castro Alves (Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira,[nota 1] 14 de março de 1847 — Salvador, 6 de julho de 1871) foi um poeta brasileiro.[10] Escreveu clássicos como Espumas Flutuantes e Hinos do Equador, que o alçaram à posição de maior entre seus contemporâneos, bem como versos de poemas como "Os Escravos" e "A Cachoeira de Paulo Afonso", além da peça Gonzaga, que lhe valeram epítetos como "poeta dos escravos" e "poeta republicano" por Machado de Assis, ou descrições de ser "poeta nacional, se não mais, nacionalista, poeta social, humano e humanitário", no dizer de Joaquim Nabuco,[10] de ser "o maior poeta brasileiro, lírico e épico", no dizer de Afrânio Peixoto,[10] ou ainda de ser o "apóstolo andante do condoreirismo" e "um talento vulcânico, o mais arrebatado de todos os poetas brasileiros", no dizer de José Marques da Cruz.[11] Integrou o movimento romântico, fazendo parte no país daquilo que os estudiosos chamam de "terceira geração romântica".[12] Começou sua produção maior aos dezesseis anos de idade, e seus versos de "Os Escravos" foram iniciados aos dezessete (1865), com ampla divulgação no país, onde eram publicados nos jornais e declamados, ajudando a formar a geração que viria a
conquistar a abolição. Ao lado de Luís Gama, Nabuco, Ruy Barbosa e José do Patrocínio, destacou-se na campanha abolicionista, "em especial, a figura do grande poeta baiano Castro Alves".[13] José de Alencar disse dele, quando ainda em vida, que "palpita em sua obra o poderoso sentimento de nacionalidade, essa alma que faz os grandes poetas, como os grandes cidadãos".[10] Teve por maiores influências os escritores românticos Victor Hugo, Lord Byron, Lamartine, Alfred de Musset e Heinrich Heine.[14] O historiador Armando Souto Maior disse que o poeta, "como assinala Soares Amora 'por um lado marca o ponto de chegada da poesia romântica, por outro já anuncia, nalguns processos poéticos, em certas imagens, nas ideias políticas e sociais, o Realismo.' Não obstante, deve ser considerado o maior poeta romântico brasileiro; sua poesia social contra a escravidão galvanizou a sensibilidade da época".[15] Diz Manuel Bandeira que "o único e autêntico condor nesses Andes bombásticos da poesia brasileira foi Castro Alves, criança verdadeiramente sublime, cuja glória se revigora nos dias de hoje pela intenção social que pôs na sua obra".[16] No dizer de Archimimo Ornelas, "Temos Castro Alves, o revolucionário; Castro Alves, o abolicionista; Castro Alves, o republicano; Castro Alves, o artista; Castro Alves, o paisagista da natureza americana; Castro Alves, o poeta da mocidade; Castro Alves, poeta universal; Castro Alves, o vidente; Castro Alves, o poeta nacional por excelência; enfim, em todas as manifestações humanas poderemos encontrar essa força revolucionária que foi Castro Alves" e, sobretudo, "Castro Alves como o homem que amou e foi amado".[17] Antonio de Deus Coelho Antonio de Pádua Paiva Antonio de Vasconcelos
Na roça A criança A suave tentação
Revista Maranhense/1917 O Pioneiro/1983 Cidade de Pinheiro/1923
Antonio Feijo
Palida e loira O man caminne Pallida e loira Ilusão perdida Serenata
A Pacotilha/1883 Pacotilha/1891 Correio de Picos/1911 A Pacotilha/1883 O Combate/1954
António de Castro Feijó (Ponte de Lima, 1 de junho de 1859 – Estocolmo, 20 de junho de 1917) foi um poeta e diplomata português. Como poeta, António Feijó é habitualmente ligado ao Parnasianismo e o final da sua obra tende a um certo tom fúnebre. Biografia Fez os estudos liceais em Braga, de onde partiu, em 1877[1] para Coimbra, onde concluiu o curso de Direito em 1883. Dirigiu, juntamente com Luís de Magalhães, a Revista Científica e Literária[2] publicada nos seus tempos de estudantes académicos da Universidade de Coimbra. Em 1886 ingressou na carreira diplomática. Exerceu cargos diplomáticos no Brasil (consulados nos estados de Pernambuco e do Rio Grande do Sul) e, a partir de 1895, na Suécia, assim como na Noruega e na Dinamarca. Desposou em 24 de Setembro de 1900 a sueca Maria Luísa Carmen Mercedes Joana Lewin (nascida em 19 de agosto de 1878), cuja morte prematura, em 21 de setembro de 1915, o viria a influenciar numa temática fúnebre, patente na sua obra. Principais obras Transfigurações, 1882 Líricas e Bucólicas, 1884 Cancioneiro Chinês, 1890 Ilha dos Amores, 1897 (reedição digital da Bibliotrónica Portuguesa) Bailatas, 1907 Sol de Inverno, colectânea de poesias escritas 1915-1917, editada postumamente em 1922 (eBook) Novas Bailatas, editada postumamente em 1926 Ver também Jardim António Feijó, em Lisboa Antonio Francisco Antonio G. Correa Pinto
Enquanto Edith Confissão
Boletim Paroquial/1954 A Mocidade/1906 A Mocidade/1906
Antonio Gedeão
Ellas Teus olhos
A Mocidade/1906 A Mocidade/1906
Pedra filosofal
O Pioneiro/1983
António Gedeão - WOOK Rómulo Vasco da Gama Carvalho nasceu em Lisboa em 1906 e faleceu na mesma cidade, em 1997. Poeta, autor dramático, cientista e historiador, formado em Ciências Físico-Químicas pela Universidade do Porto. Com o seu nome próprio, Rómulo de Carvalho é autor de numerosos volumes de divulgação da cultura científica, publicados, nos anos 50 e 60, na colecção "Ciência para gente nova", da Atlântida nos anos 70, nos "Cadernos de iniciação científica", da Sá da Costa, a que seguiriam nas décadas posteriores vários manuais escolares. Ainda neste domínio, desenvolveu trabalhos de investigação sobre a história da ciência em Portugal. Como poeta, sob o pseudónimo de António Gedeão, é contemporâneo da geração de "Presença", mas só se revelou na segunda metade do século, sendo saudado, no momento da sua revelação, por David Mourão-Ferreira como uma voz "inteiramente nova" no panorama poético dos anos 50 (cf. Vinte Poetas Contemporâneos , 2.a ed., Lisboa, Ática, 1980, pp. 149153). Para essa originalidade concorriam, entre outros traços, a incorporação das tradições do primeiro e segundo modernismos, a opção por um estilo rigorosamente cadenciado e ritmado, a expressão da inquietação e angústia colectivas do Homem do pósguerra ou o recurso frequente a uma terminologia ou imagística provenientes do domínio científico. Jorge de Sena (cf. estudo introdutório à segunda edição de Poesias Completas , Lisboa, Portugália, 1968) e Fernando J. B. Martinho (cf. Tendências Dominantes da Poesia Portuguesa da Década de 50 , Lisboa, Colibri, 1996, pp. 428-433) assinalam na poesia de António Gedeão a recorrência de dispositivos retóricos que permitem considerar no âmbito de um neobarroquismo a poesia do autor de Movimento Perpétuo. Vários dos seus poemas foram também divulgados através da música, como, por exemplo, Calçada de Carriche, Fala do Homem Nascido, Lágrima de Preta e Pedra Filosofal , tendo este último, composto e cantado por Manuel Freire, obtido um sucesso invulgar. Antonio José de Sousa Gif Versos de um sertanejo O Tocantins/1917 Antonio Lobo
Lubrico Canto do mal Por amor de uns olhos Genio do mal Imutavel A alguem
Revista Elegante/1894 Revista do Norte/1902 Revista do Norte/1903 O Paiz/1904 O Ateniense/1917 O Ateniense/1917
Nasceu em São Luís, a 4 de julho de 1870, e faleceu na mesma cidade, a 24 de junho de 1916. Jornalista, poeta, romancista, professor, tradutor, publicista e polemista compulsivo. Dirigiu a Biblioteca Pública, o Liceu Maranhense e a Instrução Pública. Diretor d´ARevista do Norte (1901/1906), periódico ricamente ilustrado,e do jornal A
Tarde(1915/1916); colaborou em diversos outros órgãos da imprensa maranhense. Antônio Lobo é, sem favor nenhum, uma das mais importantes figuras de sua geração. Amigo da mocidade, foi o principal agitador de idéias de seu tempo e o entusiasta da renovação mental do Maranhão. Um dos fundadores da Academia, onde, curiosamente, não teve papel relevante, ali instituiu a Cadeira Nº 14, patrocinada por Nina Rodrigues. A seguir, sua bibliografia, da qual foram excluídos os trabalhos meramente burocráticos e a copiosa colaboração em jornais e revistas. Por sua inata capacidade realizadora e de liderança, Antônio Lobo muito contribuiu para o rompimento das amarras da “tristíssima e caliginosa noite” que se abatia sobre o Maranhão, numa fase em que as esporádicas produções “não avulta[vam] em face do que o passado produziu”. Essa tomada de consciência foi o grande estímulo para a ação revitalizadora que se operou em nossa terra. Não se deixando vencer pelo desânimo que pudesse causar o passamento muita vez trágico e/ou prematuro de Gonçalves Dias, João Francisco Lisboa, Gomes de Sousa, Celso Magalhães, Trajano Galvão, Sotero dos Reis, Odorico Mendes, Adelino Fontoura, Gentil Braga, Henriques Leal e muitos outros, concitou os seus coetâneos, numa atitude que me faz recordar Rainer Maria Rilke: “Para os criadores não há pobreza nem lugar pobre”. Com a efetiva participação de Antônio Lobo, o Maranhão foi sacudido de sua letargia, para a grande ressurreição espiritual que nos deu os Novos Atenienses. Foi, assim, um verdadeiro agitador de idéias, impelido pela “temperatura moral” de que fala Taine, a quem Antônio Lobo, em seu mencionado livro contesta, arrimado a Adolphe Coste. Com efeito, não se pode negar validade à assertiva de Taine, segundo a qual “o grau seguinte tem sempre por condição o precedente e nasce de sua morte”. Parece não haver dúvida de que, em termos de obra literária pessoal, bem mais avultada e substancial poderia ter sido a contribuição do autor de A carteira de um neurastênico. Talento e cultura não lhe faltaram. Lobo, entretanto, no exercício da liderança de seu grupo, teve que incluir forçosamente na rotina de seu labor intelectual, atividades mais de impacto que de profundidade. Foi, como vários outros intelectuais desta província de letras, um homem que se gastou e desgastou no periodismo. Aí se explica a profusão de jornais e revistas de que participou ativamente, e as polêmicas ruidosas em que se envolveu. No jornalismo diário despendeu energias, mantendo uma evidência (necessária à sustentação de sua luta restauradora) que muito perderia com o fluir do tempo. Certamente não seria descabido presumir que nos dias imediatamente anteriores ao de sua morte trágica, tivesse palavras mais amargas que as de Teófilo Gautier, também, como Antônio Lobo, herói e mártir do periodismo. Ao que até aqui ficou dito, sirvam de fecho, como norte programático, estas sugestivas palavras de Antônio Lobo: “Para que do máximo brilho e esplendor se revista sempre a reputação intelectual da terra que nos serviu de berço e onde sempre temos vivido, terra a que, igualmente, se vinculam os maiores penhores do nosso afeto de homem e os mais fortes estímulos da nossa modestíssima atividade mental”. Antonio Lopes
De reconte de Lisle O Balcão
Os Anais/1911 O Ateniense/1915
Antonio Manoel da Cunha Bellem
Saudade
A SENTINELA/1855
N672.pdf (cm-lisboa.pt) Antônio Marques da Costa Monólogo Soares Microsoft Word - LIVRO7_FernandoMeiraLins.doc (parentesco.com.br) O Conciliador do Maranhao (bn.gov.br) / O Conciliador do Maranhão (bn.gov.br) Antonio Nobre Vaidade
O CONCILIADOR/1821
Correio de Codó/1913
António Pereira Nobre (Porto, 16 de agosto de 1867 — Foz do Douro, 18 de março de 1900), mais conhecido como António Nobre, foi um poeta português cuja obra se insere nas correntes ultraromântica, simbolista, decadentista e saudosista (interessada na ressurgência dos valores pátrios) da geração finissecular do século XIX português. A sua principal obra, Só (Paris, 1892), é marcada pela lamentação e nostalgia, imbuída de subjectivismo, mas simultaneamente suavizada pela presença de um fio de auto-ironia e com a rotura com a estrutura formal do género poético em que se insere, traduzida na utilização do discurso coloquial e na diversificação estrófica e rítmica dos poemas. Apesar da sua produção poética mostrar uma clara influência de Almeida Garrett e de Júlio Dinis, ela insere-se decididamente nos cânones do simbolismo francês. A sua principal contribuição para o simbolismo lusófono foi a introdução da alternância entre o vocabulário refinado dos simbolistas e um outro mais coloquial, reflexo da sua infância junto do povo nortenho. Faleceu com apenas 32 anos de idade, após uma prolongada luta contra a tuberculose pulmonar. Biografia “Ai quem me dera entrar nesse convento. Que há além da morte e que se chama a Paz!” — António Nobre, Soneto n°18, in Só. António Nobre nasceu na cidade do Porto a 16 de agosto de 1867,[1] numa família abastada que residia na Rua de Santa Catarina, 467-469, na época de seu nascimento. Seu pai era natural de Borba de Godim (Lixa), tendo aí vivido durante sete anos. Passou a infância em Trás-os-Montes, na Póvoa de Varzim, Leça de Palmeira e na Lixa. Em 1888 matriculou-se no curso de Direito da Universidade de Coimbra, mas não se inseriu na vida estudantil coimbrã, reprovando por duas vezes. Optou então por partir, em 1890, para Paris onde frequentou a Escola Livre de Ciências Políticas (École Libre des Sciences Politiques, de Émile Boutmy), licenciando-se em Ciências Políticas no ano de 1895. Durante a sua permanência em França familiarizou-se com as novas tendências da poesia do seu tempo, aderindo ao simbolismo. Foi também em Paris que contactou com Eça de Queirós, na altura cônsul de Portugal naquela cidade, e escreveu a maior parte dos poemas que viriam a constituir a colectânea Só, que publicaria naquela cidade em 1892. O livro de poesia Só, que seria a sua única obra publicada em vida, constitui um dos marcos da poesia portuguesa do século XIX. Esta obra seria, ainda em sua vida, reeditada em Lisboa, com variantes, lançando definitivamente o poeta no meio cultural português. Aparecida num período em que o simbolismo era a corrente dominante na poesia portuguesa coeva, Só diferencia-se dos cânones dominantes desta corrente, o que poderá explicar as críticas pouco lisonjeiras com que a obra foi inicialmente recebida em Portugal. Apesar desse acolhimento, a obra de António Nobre teve como mérito, juntamente com Cesário Verde, Guerra Junqueiro, Antero de Quental, entre outros, de influenciar decisivamente o modernismo português e tornar a escrita simbolista mais coloquial e leve. No seu regresso a Portugal decidiu enveredar pela carreira diplomática, tendo participado, sem sucesso, num concurso para cônsul. Entretanto adoece com tuberculose pulmonar, doença que o obriga a ocupar o resto dos seus dias em viagens entre sanatórios na Suíça, na Madeira, passando por Nova Iorque, pelos arredores de Lisboa, pela então chamada estância do Seixoso (na Lixa) e pela casa da família no Seixo, procurando em vão na mudança de clima o remédio para o seu mal.
Monumento a António Nobre em Leça da Palmeira Vítima da tuberculose pulmonar, faleceu na Foz do Douro, a 18 de março de 1900, com apenas 32 anos de idade, na casa de seu irmão Augusto Nobre, reputado biólogo e professor da Universidade do Porto.
Deixou inédita a maioria da sua obra poética. Apesar da morte prematura, e de só ter publicado em vida uma obra, a colectânea Só, António Nobre influenciou grandes nomes do modernismo português, como Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Alfredo Pedro Guisado e Florbela Espanca, deixando uma marca indelével na literatura lusófona. Foi sepultado num jazigo no Cemitério do Prado do Repouso construído em 1907 pelo irmão Augusto Nobre, mas o corpo do poeta foi posteriormente transferido em 1946 para o cemitério de Leça da Palmeira, localidade onde tinha crescido. Um monumento a António Nobre, desenhado pelo arquitecto Álvaro Siza Vieira encontra-se perto da praia da Boa Nova em Leça da Palmeira. Está inscrito: «farto de dores com que o matavam / foi em viagens por esse mundo - a António Nobre, 1980». "Matar ou ser morridu" Obra “Quando ele nasceu, nascemos todos nós. A tristeza que cada um de nós traz consigo, mesmo no sentido da sua alegria é ele ainda, e a vida dele, nunca perfeitamente real nem com certeza vivida, é, afinal, a súmula da vida que vivemos — órfãos de pai e de mãe, perdidos de Deus, no meio da floresta, e chorando, chorando inutilmente, sem outra consolação do que essa, infantil, de sabermos que é inutilmente que choramos.” — Fernando Pessoa,'Para a Memória de António Nobre', A Galera, nº 5-6, Coimbra, Fevereiro 1915. António Nobre referindo-se ao seu único livro publicado em vida, Só (1892), declara que é o livro mais triste que há em Portugal. Apesar disso, e de ser real o sentimento de tristeza e de exílio que perpassa em toda a sua obra, ela aparece marcada pela memória de uma infância feliz no norte de Portugal e pelo relembrar das paisagens e das gentes que conheceu no Douro interior e no litoral português a norte do Porto, onde passou na infância e juventude, e em Coimbra, onde começou estudos de Direito. Na sua poesia concede grande atenção ao real, descrito com minúcia e afecto, mesmo se à distância da memória e do sentimento de exílio que entretanto o invadira. Este sentimento, só aparentemente resultado da sua ida para Paris, estará presente em toda a sua obra, mesmo naquela que foi escrita após o seu regresso a Portugal. Embora a tuberculose pulmonar apenas se tenha manifestado depois de publicada a primeira edição do livro, pelo que são erróneas as leituras que pretendem ver os poemas de Só à luz daquela doença, em toda a obra de António Nobre está presente a procura de um regresso a um passado feliz, que transfigura a realidade, poetizando-a e aproximando-a da intimidade do poeta. Estas características da sua obra, que reflectem as influências simbolistas e decadentistas que recebeu em Coimbra e Paris, são acompanhadas de alguma ironia amarga perante o que achava ser a agonia de Portugal e a sua própria, particularmente na fase final da sua vida na qual as circunstâncias críticas do seu estado de saúde contribuíram em muito para as características da sua obra. Em todos os seus livros (Só e os póstumos Primeiros versos e Despedidas), bem como no seu abundante epistolário, está presente um sentimentalismo aparentemente simples, reflectido nos temas recorrentes da sua obra: a saudade, o exílio, a pátria e a poesia. Este sentimentalismo ganha uma dimensão mítica, por vezes um certo visionarismo, na procura de um passado pessoal entretanto perdido pelo desenraizamento da sua pátria ou pelo sentimento de amargura a sua estagnação lhe causa, como se percebe no seu poema Carta a Manuel. Na sua obra poética, António Nobre procurou recuperar um pitoresco português ligado à vida dos simples, ao seu vigor e à sua tragédia, pelos quais sentia uma ternura ingénua e pueril. Nessa tentativa assume uma atitude romântica e saudosista que marcaria profundamente a literatura portuguesa posterior, aproximando-o de figuras literárias como Guerra Junqueiro e Almeida Garrett. Esta proximidade e admiração a Almeida Garrett são confessadas pelo próprio autor no poema intitulado significativamente Viagens na minha terra: «Ora, às ocultas, eu trazia No seio, um livro e lia, lia Garrett da minha paixão» Estilisticamente, António Nobre, recusou a elaboração convencional, a oratória e a linguagem elevada do simbolismo do seu tempo, procurando dar à sua poesia um tom de coloquialidade, cheio de ritmos livres e musicais, acompanhado de uma imagística rica e original. Nesta ruptura com o simbolismo foi precursor da modernidade. Marcantes, ainda, na sua obra são o seu pessimismo e a obsessão da morte (como em Balada do Caixão, Ca(ro) Da(ta) Ver(mibus), Males de Anto ou Meses depois, num cemitério), o fatalismo com a sua predestinação para a infelicidade (como em Memória, Lusitânia No Bairro Latino ou D. Enguiço) e o apreço pela paisagem e pelos tipos pitorescos portugueses (como na segunda e terceira partes de António, Viagens na Minha Terra ou no soneto Poveirinhos! Meus velhos pescadores). Considerada ousada para a época, a obra de António Nobre foi lida por alguns como nacionalista e tradicionalista. Essa leitura foi abandonada pela crítica mais recente que reconhece não se tratar de uma obra solipsista e ensimesmada, antes vê nela a representação de um universo interior e de um Portugal que epitomizam o sujeito finissecular e que expressam uma crise de valores que em breve, historicamente, traria mudanças de vulto.[2] Na sua obra póstuma, constam Despedidas 1895-1899 (1902), que inclui um fragmento de um poema sebastianista de intenção épica, O Desejado, e Primeiros Versos 1882-1889 (1921). A sua vasta correspondência foi entretanto editada, acompanhada de diversos estudos sobre a sua vida e obra. António Nobre colaborou ainda em revistas como A Mocidade de Hoje (1883) e Boémia Nova (1889) e encontram-se, também, algumas colaborações suas em diversas publicações periódicas, nomeadamente: Branco e Negro[3] (1896-1898), A imprensa (1885-1891) e A leitura (1894-1896) e, postumamente, na Revista de turismo[4] iniciada em 1916. Apesar do escasso número de volumes da obra de António Nobre, ela constitui um dos grandes marcos da poesia do século XIX e uma referência obrigatória da Literatura Portuguesa. Aquele autor é assim, à semelhança de outros autores de obra quase única, como são Cesário Verde e Camilo Pessanha, uma figura incontornável da poesia lusófona.
Obras publicadas
Folha de rosto da primeira edição de Só, Paris, 1892. Em vida, António Nobre publicou apenas a colectânea Só, saída a público em Paris no ano de 1892. Deixou contudo um conjunto de inéditos, que foram publicados postumamente, e colaboração dispersa por diversos periódicos. É a seguinte a bibliografia activa mais relevante de António Nobre: Só, Léon Vanier Editeur, Paris, 1892;(eBook) 2.ª edição, revista e aumentada: Guillard, Aillaud e Cª, Lisboa, 1898; Reprodução tipográfica da 2.ª edição (1898), prefácio e edição de Paula Morão, Caixotim, Porto, 2000; Edição com prefácio de Agustina Bessa Luís, Livraria Civilização, Porto, 1983 (reimpresso em 1999). Edição em espanhol: Solo. Ediciones sequitur, 2009 Edição em francês: Seul, L'Arbre à Paroles, Amay, 2008. Despedidas (1895 - 1899), Porto, 1902; (eBook) 2.ª edição, Biblioteca de Iniciação Literária, Lello e Irmãos, Porto, 1985. Primeiros versos (1882-1889), Porto, 1921; 2.ª edição, Biblioteca de Iniciação Literária, Lello e Irmão, Porto, 1984. Cartas Inéditas de António Nobre, 1934; Cartas e Bilhetes Postais a Justino Montalvão, 1956; Correspondência, Lisboa, 1967; Correspondência II, Lisboa, 1969; Correspondência (organização, introdução e notas de Guilherme de Castilho), Imprensa Nacional Casa da Moeda, Lisboa, 1982. Alicerces, seguido de Livro de Apontamentos (leitura, prefácio e notas de Mário Cláudio), Imprensa Nacional Casa da Moeda, Lisboa, 1983. Correspondência com Cândida Ramos (leitura, prefácio e notas de Mário Cláudio), Biblioteca Pública Municipal do Porto, Porto, 1982. Relaxando em Família (Carta a Jailson) Museu Nacional de Brenox, Publicado no setor Saymonxxx, Balsa 1745. Ver também Torre de Anto Notas ↑ Paróquia de Santo Ildefonso, Registo n.º332, de 31 de Agosto de 1867 (imagem 169 do respectivo livro de registos paroquais). ↑ Paula Morão, Figuras das Cultura Portuguesa: António Nobre, in http://www.institutocamoes.pt/cvc/figuras/anobre.html Arquivado em 23 de junho de 2007, no Wayback Machine. (acedido em 3 de Agosto de 2007). ↑ Rita Correia (1 de fevereiro de 2012). «Ficha histórica: Branco e Negro : semanario illustrado (1896-1898)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 21 de janeiro de 2015 ↑ Jorge Mangorrinha (16 de janeiro de 2012). «Ficha histórica:Revista de Turismo: publicação quinzenal de turismo, propaganda, viagens, navegação, arte e literatura (1916-1924)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 13 de maio de 2015 Referências --------, Memória de António Nobre, in Colóquio - Letras, nº 127/128, Lisboa, 1993; Buescu, Helena Carvalhão, «Motivos do sujeito frágil na lírica portuguesa (entre Simbolismo e Modernismo)», «Metrópolis, ou uma visita ao Sr. Scrooge (a poesia de António Nobre)» e «Diferença do campo, diferença da cidade: Cesário Verde e António Nobre» in Chiaroscuro - Modernidade e literatura, Campo das Letras, Porto, 2001; Castilho, Guilherme de, Vida e obra de António Nobre, 3ª ed. revista e ampliada, Bertrand, Lisboa, 1980; Cintra, Luís Filipe Lindley, O ritmo na poesia de António Nobre (edição e prefácio de Paula Morão), Imprensa Nacional Casa da Moeda, Lisboa, 2002; Cláudio, Mário, António Nobre – 1867-1900 – Fotobiografia, Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2001; Cláudio, Mário, Páginas nobrianas, Edições Caixotim, Porto, 2004;
Curopos, Fernando, Antonio Nobre ou la crise du genre, L'Harmattan, Paris, 2009; Morão, Paula, O Só de António Nobre – Uma leitura do nome, Caminho, Lisboa, 1991; Morão, Paula, «António Nobre», in Dicionário de Literatura Portuguesa (organização e direcção de A. M. Machado), Presença, Lisboa, 1996; Morão, Paula, «António Nobre», in Dicionário do Romantismo Literário Português (coordenação de Helena Carvalhão Buescu), Caminho, Lisboa, 1997; Morão, Paula (organização), António Nobre em contexto, Actas do Colóquio realizado a 13 e 14 de Dezembro de 2000, Biblioteca Nacional e Departamento de Literaturas Românicas da Faculdade de Letras de Lisboa, Colibri, Lisboa, 2001; Morão, Paula, Retratos com sombra – António Nobre e os seus contemporâneos, Edições Caixotim, Porto, 2004; Pereira, José Carlos Seabra, «António Nobre e o mito lusitanista», in História crítica da Literatura Portuguesa (volume VII - Do Fimde-Século ao Modernismo), Verbo, Lisboa 1995; Pereira, José Carlos Seabra, «Nobre (António Pereira)», in Biblos – Enciclopédia Verbo das Literaturas de Língua Portuguesa, volume 3, Verbo, Lisboa, 1999; Pereira, José Carlos Seabra, António Nobre – Projecto e destino, Edições Caixotim, Porto 2000; Pereira, José Carlos Seabra, O essencial sobre António Nobre, Imprensa Nacional Casa da Moeda, Lisboa, 2001. Antonio Oliveira
Carta de um suicida Cherchez la famme Almas A escrava A escrava
A Mocidade/1934 A Mocidade/1934 Voz do Liceista/1936 O Estudante/1937 O Estudante/1937
Antonio Pahury Sabes a razão? Correio do Nordeste/1963 Miguel Antônio Bahury (São Luís, MA, 26 de dezembro de 1912 – São Paulo, SP, 3 de maio de 1963) foi um comerciante, industrial, jornalista e político brasileiro que foi deputado federal pelo Maranhão.[1][2] Dados biográficos Filho de Antônio João Bahury e Carmen Aboud Bahury. Exerceu as profissões de comerciante, industrial e jornalista estreando na política ao eleger-se deputado federal pelo Maranhão via PSD em 1958, mandato que foi renovado pelo PSP em 1962.[3][4] Entre uma eleição e outra apresentou um requerimento à mesa da Câmara dos Deputados convocando o ministro da Justiça, Oscar Pedroso Horta, e o governador da Guanabara, Carlos Lacerda, para que estes explicassem afirmações segundo as quais o presidente Jânio Quadros preparava um golpe de estado. Substituído por um outro requerimento de José Maria Alkmin, o esforço de Bahury aconteceu em meio à crise que levou à renúncia do presidente em 25 de agosto de 1961.[2] Miguel Bahury faleceu nos primeiros meses da nova legislatura num acidente aéreo em São Paulo[5] e em seu lugar foi efetivado Clodomir Millet.[6] Antonio Pedro Carneiro
Para onde vais, ó homem? Minha terra A noite Volvendo às origens Tudo se transforma Alerta, humanidade! Cegueira Ternura de mãe Lágrimas, dor, e alegria
O Pioneiro/1981 O Pioneiro/1981 O Pioneiro/1981 O Pioneiro/1981 O Pioneiro/1981 O Pioneiro/1981 O Pioneiro/1981 O Pioneiro/1981 O Pioneiro/1981
Ex-Presidente Da Academia Caxiense De Letras. Antônio Pedro Carneiro tinha muitos títulos, acadêmicos e profissionais. Sargento, tenente, capitão, comandante e instrutor (do Tiro de Guerra 10-002), diretor (da Ciretran – Circunscrição Regional de Trânsito), diretor (escolas), bacharel (em Direito), escritor… Mas, quando ele assinava convites em nome da Academia Caxiense de Letras (ACL), que ele presidiu de 2014 a 2016, seu nome era antecedido de “Professor”. Há três anos, na tarde de uma quarta-feira, 16 de outubro de 2019, o Professor Antônio Pedro Carneiro faleceu em Caxias (MA), cidade à qual tantos e variados serviços prestou, sempre com a marca da seriedade, da eficiência, da responsabilidade. Seu corpo foi velado na sede da Academia, na Rua Alderico Silva (antiga Rua 1º de Agosto), Centro, de onde saiu, na manhã de 17/10/2019, para sepultamento no Cemitério Aluísio Lobo, anexo ao Cemitério Nossa Senhora dos Remédios.
Aos 88 anos, Pedro Carneiro, além de inteligentes filhos, deixou um legado para Caxias e para o Maranhão, legado que inclui gerações de alunos, atividades como militar, gestor de órgãos públicos, professor e diretor em estabelecimentos de ensino, presidente da Academia de Letras, diversas obras publicadas e a publicar. Desde que a notícia da morte de Pedro Carneiro foi-se espalhando, um grande número de amigos e conhecidos manifestou-se, com registros nas redes e grupos sociais. Um conjunto de pessoas em especial trouxeram relatos em mensagens escritas e em áudios: eram os muitos alunos do Capitão, os quais, saudosos e pesarosos, descreveram passagens dos tempos em que estiveram “sob o tacão”, a autoridade inconteste do instrutor militar ou do diretor escolar. Além de militar do Exército Brasileiro, Pedro Carneiro foi diretor e professor em escolas de Caxias. No Colégio Diocesano, por exemplo, ensinou Inglês, língua em que era diplomado pela National Schools, na Califórnia (Estados Unidos). Um dos membros fundadores da Academia Caxiense de Letras, Pedro Carneiro ocupava a Cadeira nº 13, cujo patrono é o multitalentoso professor caxiense Jadihel José de Almeida Carvalho, formado em Engenharia Elétrica e Mecânica. Pedro Carneiro publicou pelo menos três livros: “Negritude e Poder”, “Cosmovisão de um Cronista” e “No Mundo da Poesia”, este o mais recente. Seu filho Nehemias Carneiro disponibilizou à época versões impressas e eletrônicas (“e-books”) desses livros, inclusive um título novo, “Ternura de Mãe”. Interessados podem consultar o “site” da mundialmente famosa loja de comércio digital Amazon. Conheci Antônio Pedro Carneiro. Sendo ele de pouca exposição (“low profile”), eu o visitava em sua residência em Caxias. Conversávamos. Falávamos sobre Literatura, Cultura e aspectos relacionados a Gestão Pública e desenvolvimento do município. Ele me presenteou com exemplares de alguns de seus livros. Certa feita, em 2014, junto com o confrade Aluízio Bittencourt, fundador e também ex-presidente da Academia, demoramo-nos em argumentos e contra-argumentos na tentativa de convencêlo a candidatar-se à presidência da Academia Caxiense de Letras. Como se sabe, naquele ano ele foi eleito presidente, à frente da chapa “Lucy Teixeira”, nome que homenageava a poeta, romancista e contista caxiense (1922-2007) que estudou na Europa e foi a quinta mulher a ocupar uma Cadeira na Academia Maranhense de Letras. Em julho de 2019, há menos de três meses da data de seu falecimento, procurei saber de notícias dele junto à sua talentosa filha, a bióloga e professora universitária Ester Carneiro (que, sempre alegre, simpática, espontânea, auxiliou-me discretamente no lançamento de um livro meu — “Do Incontido Orgulho de Ser Caxiense” –, durante palestra que ministrei no auditório lotado do Instituto Histórico e Geográfico de Caxias, evento organizado pela Associação da Velha Guarda Caxiense). Antônio Pedro Carneiro era cidadão caxiense, conforme Lei Municipal nº 780, de 30 de novembro de 1976. Era oficial da reserva do Exército, posto de capitão. No terceto final de seu soneto “Catarse”, Pedro Carneiro põe em versos o que se deve desejar a quem não mais está aqui:
“[…] que da morte surja nova vida, livre de temores, dor e frustrações.” Descanse em paz, amigo e confrade Antônio Pedro Carneiro. * REPERCUSSÃO – Alguns comentários a este texto, quando de sua publicação origina, em 2019: “Em 1966, quando servi no TG [Tiro de Guerra] 194, lá estava ele no comando da corporação, da qual também era instrutor… Eu cursava o segundo ano científico no Colégio Diocesano e ele era o professor de Inglês… Anos depois nos encontramos na Rádio Mearim de Caxias, onde ele atuava como comentarista esportivo… Professor Antônio Pedro Carneiro, descanse em paz. (LUIZ ABDORAL, radialista, Caxias – MA, 17/10/2019) “Honrou-me sobremaneira ter conhecido esse cidadão e amigo. Tivemos muito tempo de convivência, trabalho e diálogo, como Diretores de CIRETRANs, no DETRAN – MA. De conduta ilibada, servia como referencial para muitos amigos e servidores do Órgão. Com certeza, deixará uma grande lacuna na cidade caxiense. Aproveito para, de público, registrar os meus sinceros pêsames.” (ALLAN COSTA, militar, PMMA, Caxias – MA, 17/10/2019) “Mestre Antônio Pedro Carneiro foi meu professor no Centro de Ensino de Segundo Grau Municipal Cônego Aderson Guimarães Júnior, em 1996. Professor mais dedicado que já vi em sala de aula, e paciente também. Quando um aluno, às vezes com certa timidez, falava que estava com dúvida, ele respondia: “Se for o caso, eu explico até mil vezes pra você”. Por disciplina militar, não sentava em sala de aula. Até a chamada fazia em pé. Às vezes, por curiosidade, nós alunos passávamos pela sala dos professores: lá estava ele em pé, conforme sua doutrina militar. Mas enquanto professor era bastante amável com todos os alunos. Nossos sinceros pêsames ao professor Nanhum, Natan e outros irmãos e amigos desse ilustre Cidadão Caxiense de Coração e das Letras.” (FLÁVIO BORGES GOMES, professor, Santa Inês – MA, 17/10/2019) EDMILSON SANCHES Academia Caxiense de Letras Fotos: Antônio Pedro Carneiro em evento na Academia Caxiense de Letras e em reportagem de 01/07/2014, jornal “O Estado do Maranhão”, quando de sua posse como presidente da ACL. Antonio Pereira da Silva
O Maranhão em trovas
Jornal de Balsas/1932
Antonio Pereira de Souza Caldas, Padre
Salmo Depreciação Cantata
O Eclesiastico/1856 O Eclesiastico/1856 O Ecclesiástico/1855
Antonio Pereira de SOUZA CALDAS Prosador, poeta, orador. Nascido a 24 de novembro de 1762, na cidade do Rio de Janeiro, e nesta mesma cidade falecido a 2 de Março de 1814. Aos 16 annos formou-se em Direito por Coimbra. BIBLIOG. — Obras poéticas, 2 volumes, Paris, 1820-1821, publicação póstuma. SONETO Oito anos apenas eu contava, Quando à fúria do mar, abandonando A vida, em frágil lenho e demandando Novo clima, da pátria me ausentava. Desde então à tristeza começava O tenro peito a ir acostumando; E mais tirana sorte adivinhando Em lágrimas o pai e a mãe deixava. Entre ferros, pobreza, enfermidade, Eu vejo, ó céus ! que dor ! que iníqua sorte ! O começo da mais risonha idade. À velhice cruel (ó dura morte !) Que faz temer tão triste mocidade, Para poupar-me descarrega o corte.
Extraído de SONETOS BRASILEIROS Século XVII – XX. Colletanea organisada por Laudelino Freire. Rio de Janeiro: F. Briguiet & Cie., 1913
BRAYNER, Sônia, org. Poesia no Brasil. Vol. 1. Rio de Janeiro, RJ: Editora Civilização Brasileira, 1981. 395 p. 13,5x20,5 cm. Inclui poetas das Origen e Barroco, Neoclassicismo e A rcadismo, Romantismo, Parnasianismo, Simbolismo e Opremodernismo. Capa: Eduardo Francisco Alves.
ODE AO HOMEM SELVAGEM ESTROFE 1 O homem, que Fizeste? tudo brada; Tua antiga grandeza De todo se eclipsou; a paz dourada, A liberdade com ferros se vê presa, E a pálida tristeza Em teu rosto esparzida desfigura Do Deus, que te criou, a imagem pura. ANTÍSTROFE 1 Na Citara, que empunho, as mãos grosseiras Não pôs Cantor profano; Emprestou-ma a Verdade, que as primeiras Canções nela entoara; e o vil Engano, O erro desumano, Sua face escondeu espavorido, Cuidando ser do mundo enfim banido. EPODE 1 Dos Céus desce brilhando A altiva Independência, a cujo lado Ergue a razão o cetro sublimado. Eu a oiço ditando Versos jamais ouvidos: Reis da Terra, Tremei à vista do que ali se encerra. ESTROFE 2 Que montão de cadeias vejo alçadas
Com o nome brilhante. De leis, ao bem dos homens consagradas! A Natureza simples e constante, Com pena de diamante, Em breves regras escreveu no peito Dos humanos as leis, que lhes tem feito. ANTÍSTROFE 2 O teu firme alicerce eu não pretendo, Sociedade santa, Indiscreto abalar: sobre o tremendo Altar do calvo Tempo, se levanta Uma voz que me espanta, E aponta o denso véu da Antiguidade, Que à luz esconde a tua longa idade. ÉPODE 2 Da dor o austero braço Sinto no aflito peito carregar-me, E as trémulas entranhas apertar-me. Ó céus! que imenso espaço Nos separa daqueles doces anos Da vida primitiva dos humanos! ESTROFE 3 Salve dia feliz, que o loiro Apoio Risonho alumiava, Quando da Natureza sobre o colo Sem temor a Inocência repousava, E os ombros não curvava Do déspota ao aceno enfurecido, Que inda a Terra não tinha conhecido. ANTÍSTROFE 3 Dos férvidos Etontes debruçado Nos ares se sustinha, E contra o Tempo de furor armado, Este dia alongar por glória tinha; Quando nuvem mesquinha De desordens seus raios eclipsando, A Noite foi do Averno a fronte alçando. ÉPODE 3 Saiu do centro escuro Da Terra a desgrenhada Enfermidade, E os braços com que, unida à Crueldade, Se aperta em laço duro, Estendendo, as campinas vai talando, E os míseros humanos lacerando. ESTROFE 4 Que augusta imagem de esplendor subido Ante mim se figura! Nu; mas de graça e de valor vestido O homem natural não teme a dura Feia mão da Ventura! No rosto a Liberdade traz pintada
De seus sérios prazeres rodeada. ANTISTROFE 4 Desponta, cego Amor, as setas tuas; O pálido Ciúme, Filho da Ira, com as vozes suas Num peito livre não acende o lume. Em vão bramindo espume, Que ele indo após a doce Natureza Da Fantasia os erros nada preza. EPODE 4 Severo volteando As asas denegridas, não lhe pinta O nublado futuro em negra tinta De males mil o bando, Que, de Espectros cingindo a vil figura, Do sábio tornam a morada dura. ESTROFE 5 Eu vejo o mole sono sussurrando Dos olhos pendurar-se Do frouxo Caraiba que, encostando Os membros sobre a relva, sem turbar-se, O Sol vê levantar-se, E nas ondas, de Tétis entre os braços, Entregar-se de Amor aos doces laços. ANTÍSTROFE 5 O Razão, onde habitas? ... na morada Do crime furiosa, Polida, mas cruel, paramentada Com as roupas do Vicio; ou na ditosa Cabana virtuosa Do selvagem grosseiro? ... Dize ... aonde? Eu te chamo, ó filósofo! responde. EPODE 5 Qual o astro do dia, Que nas altas montanhas se demora, Depois que a luz brilhante e criadora, Nos vales já sombria, Apenas aparece; assim me prende O Homem natural, e o Estro acende. ESTROFE 6 De tresdobrado bronze tinha o peito Aquele Ímpio tirano, Que primeiro, enrugando o torvo aspeito, Do meu e teu o grito desumano Fez soar em seu dano: Tremeu a sossegada Natureza, Ao ver deste mortal a louca empresa. ANTÍSTROFE 6
Negros vapores pelo ar se viram Longo tempo cruzando, Té que bramando mil trovões se ouviram As nuvens entre raios decepando, Do seio seu lançando Os cruéis Erros e a torrente Ímpia Dos Vícios, que combatem, noite e dia. EPODE 6 Cobriram-se as Virtudes Com as vestes da Noite; e o lindo canto Das Musas se trocou em triste pranto. E desde então só rudes Engenhos cantam o feliz malvado, Que nos roubou o primitivo estado.
INCONTI, Dora. Poetas diversos. (Espíritas) 2ª. edição. São Bernardo do Campo, SP: Edições Correio Fratern, 1999. 252 p. 14 x 21 cm Ex. bibl. Antonio Miranda VERSÃO DO SALMO XXIII O Senhor é meu pastor, Nada há de me faltar No seu magnânimo amor! Em verdes pastos me deita Mansamente a me guiar A doces águas! Deleita E refrigera minh´alma... No amor do seu nome santo Induz-me à justiça calma! Mesmo que eu andasse em fria Estrada de sombra e pranto, Mal algum eu temeria, Porque Tu comigo estás, Tua vara me compensa, Teu cajado me dá paz! Preparas-me, Senhor Deus, Festa de amor na presença Dos adversários meus! Unges a minha cabeça De suave e terno perfume P´ra que transborde e se acresça Meu cálice de alegria. Certamente o vivo lume Da paz e misericórdia. Todos os dias da vida, Sublime, me seguirá. E na casa mui querida
Do meu amado Senhor, A minh´alma habitará Por longos dias, no amor!... Poesia mística – Poesia religiosa
POESIA – 1º. Volume. Seleção e prefacio de Ary de Mesquita. Rio de Janeiro: W. M. Jackson Inc., 1952. 392 p. (Clássicos Jackson, volume XXXVIII) capa dura. Ex. bibl. Antonio Miranda
A IMORTALIDADE DA ALMA Por que choras, Fileno? Enxuga o pranto Que rega o teu semblante, onde a amizade De seus dedos gravou o terno toque. Ah! não queiras cortar minha esperança, Tu cuidas que a mão fria Da morte congelando os frouxos membros, Nos abismos do nada inescrutáveis Vai de todo afogar minha existência? É outro o meu destino, outra a promessa Do espírito que em mim vive e me anima. A horrenda sepultura Conter não pode a luz brilhante e pura, Que soberana rege o corpo inerte... Não descobres em ti um sentimento Sublime e grandioso, que parece Tua vida estender além da morte? Atenta... escuta bem... Olha... examina... Em ti deve existir : eu não te engano... Como é doce a lembrança Dessa vida imortal em que, banhado De inefável prazer, o justo goza Do seu Deus a presença majestosa ! Desperta, ó morte: Que te detém? Teu cruel braço Esforça, e vem. Vem, por piedade, Já transpassar-me, E avizinhar-me Do sumo Bem. E queres que eu prefira Humanos passatempos ao momento, Em que raia a feliz eternidade?
Um Deus de amor te inflama; E já no peito meu mal cabe a chama Que docemente o coração me abrasa. Eu voo para ele: ele só pode Minha alma sequiosas do infinito, De todo saciar: este desejo Me torna saboroso O cálix que tu julgas amargoso. Fileno, doce amigo, a mão estende, A minha aperte: não te assuste o vê-la De mortal frio já passada e lânguida. Mais durável que a vida, É a amizade a teia delicada, Se a virtude a teceu... Enfim, ó morte, Tu me mostras a foice inexorável. Amarga este momento: eu não te nego, Meu amante Fileno: a voz já presa Sinto faltar-me: o sangue Nas veias congelar-me; pelo rosto Me cai frio suor; a luz mal posso Das trevas distinguir; e sufocado O coração desmaia. Vem, imortalidade — vem, ó grande, Sublime pensamento, Adoçar o meu último momento. Ó Nume, infinito, Que aspiro a gozar, O meu peito aflito Enche de valor. Suave esperança De sorte melhor, Quanto deste instante Adoças o horror!
SALMO I, DE DAVID Feliz aquele que os ouvidos cerra Á malvados conselhos, E não caminha pela estrada iníqua Do pecador infame, Nem se encosta orgulhosos na cadeira Pelo vício emprestada; Mas na lei do Senhor fitando os olhos, A revolve e medita, Na tenebrosa noite e claro dia. A fortuna e a desgraça, Tudo parece a seu sabor moldar-se: Ele é, qual tenro arbusto, Plantado à margem de um ribeiro ameno, Que de virentes folhas A erguida frente bem depressa ornando, Na sazão oportuna, De frutos curva os suculentos ramos. Não sois assim, ó ímpios; Mas qual o leve pó que o vento assopra, Aos ares alevanta, E abate, e espalha, e com furor dissipa, Por isso, vos espera O dia da vingança, e o frio sangue Vos coalhará de susto;
Nem surgireis, de glória revestidos, Na assembleia dos justos; O Senhor da virtude é firme esteio, Enquanto o ímpio corre, De horríssonas procelas combatido, A naufragar sem tino. Antonio Prado Antonio Rodrigues Antonio Rubim
Ilusão Perdida O suave milagre Soneto
A Pacotilha/1883 Trabalhista/1951 A Pacotilha/1883
Antonio Sales
E´lo de lagrimas Teu nome Jano Sobre o tumulo de Rio Branco Pesca da pérola
Revista Elegante/1895 Pacotilha/1891 Avante/1906 O Ateniense/1916 O Tocantins/1930
Antônio Sales (Paracuru, 13 de Junho de 1868 — Fortaleza, 14 de Novembro de 1940) foi um romancista e poeta brasileiro que ocupou os cargos de secretário da justiça e do interior no tempo em que General Bezerril governou o estado do Ceará, além de deputado estadual. Biografia É muito lembrado como uma das figuras mais marcantes da literatura cearense por ter fundado a Padaria Espiritual juntamente com Adolfo Caminha, Antônio Bezerra, Lívio Barreto, Henrique Jorge, Juvenal Galeno e vários outros jovens intelectuais que formavam o círculo cultural de Fortaleza do fim do século XIX. A Padaria Espiritual ganhou bastante visibilidade por sua forma irônica e irreverente de criticar a "provincianidade" fortalezense da época em busca de um resgate criativo dos espaços e dos meios de cultura no Ceará, movimento que influenciou a Semana de Arte Moderna . Foi redator do jornal "O Pão", através do qual se divulgavam as ideias da agremiação literária que participava, do qual exerceu o cargo de padeiro-mor. É conhecido também por ser amigo de Machado de Assis e por jamais ter aceitado aos inúmeros convites de compor a, então em fundação, Academia Brasileira de Letras. É o patrono da Academia Cearense de Letras e foi designado por Rachel de Queiroz como "a figura suprema das letras na nossa província, o nome nacional residente no Alagadiço; e o padrinho obrigatório de todo principiante conterrâneo"[1].
Foi nos cafés da praça do Ferreira que Antônio Sales idealizou a Padaria Espiritual com seus amigos. Publicou apenas um romance de estética realista regional, com traços também naturalistas, chamado Aves de Arribação, inicialmente publicado em folhetins do Correio da Manhã do Rio de Janeiro onde residia o escritor, em 1903 de 15 de janeiro a 6 de maio e não em 1902, como equivocadamente registram Dolor Barreira, Pedro Nava, Wílson Martins e Otacílio Colares. Viria a ser publicado em forma de livro apenas em 1913. Até ser reconhecido como escritor, trabalhou no comércio de Fortaleza com a precoce idade de catorze anos. Anos depois, passaria pela vida de funcionário público, político e jornalista, inclusive no Rio de Janeiro. Mas voltara à capital cearense em 1920, onde vivera até seu falecimento, em 14 de novembro de 1940. O escritor, amigo de Machado de Assis, ajudara este a fundar a Academia Brasileira de Letras, mas segundo ele, por não discursar bem, não quis dela fazer parte.
Em 1892 fundou um movimento de renascença literária no Ceará chamado de Padaria Espiritual, agremiação que marcou, entre 1892 e 1898, a vida da provinciana capital do Ceará naqueles primeiros dias de República e da qual fizeram parte vários grandes autores cearenses. A Padaria Espiritual Antônio Sales foi o responsável por escrever o programa de instalação da Padaria, composta por artigos que definiam o modo e a composição da agremiação. 1 – Fica organizada, nesta cidade de Fortaleza, capital da Terra da Luz, antigo Siará (sic) Grande, uma sociedade de rapazes de Letras e Artes denominada – Padaria Espiritual, cujo fim é fornecer pão de espírito aos sócios em particular e aos povos em geral”. 2 – A Padaria Espiritual se comporá de um Padeiro-mor (presidente), de dois Forneiros (secretários), de um Gaveta (tesoureiro), de um Guarda-Livros, na acepção intrínseca da palavra (bibliotecário), de um investigador das Coisas e das Gentes, que se chamava – Olho de Providência, e os demais amassadores (sócios). Todos os sócios terão a denominação geral de – Padeiros. 3 – Fica limitado em vinte o número de sócios, inclusive a Diretoria, podendo-se, porém, admitir sócios honorários que se denominaram Padeiros-livres. 4 – Depois da instalação da Padaria, só será admitido quem exibir uma peça literária ou qualquer outro trabalho artístico que for julgado decente pela maioria.[2] Um dos principais traços da Padaria Espiritual foi o regionalismo marcante. Além de todos os sócios ganharem o título de amassadores ou forneiros, dependendo das funções. Cada um tinha também o pseudônimo que sempre recebia um sobrenome de uma planta ou palavra indígena presentes na cultura cearense. O pseudônimo de Antônio Sales era Moacir Jurema. Obras Versos Diversos, poesias (1890) Trovas do Norte, poesias (1895) Poesias (1902) Minha Terra, poesias (1919) Aves de Arribação, romance e novela (1914) Antonio Sarmento Antonio Satles Antonio Soares Antonio Thomaz, Padre
Poema para meus pés defuntos Poema 3 Christo e a adultera Christo
União/1950 União/1950 Avante/1907 Gazeta de Picos/1910
Contraste Nas trevas Contraste Post laborem Contraste A ceia A morte de Jesus Flores O Palhaço Verso e reverso Palhaço Flores Contraste
Correio de Picos/1920 Jornal de Balsas/1932 Horizonte/1950 Cidade de Pinheiro/1923 Cidade de Pinheiro/1923 Cidade de Pinheiro/1923 Cidade de Pinheiro/1923 Cidade de Pinheiro/1923 Cidade de Pinheiro/1923 Cidade de Pinheiro/1924 A Evolução/1929 Voz do Povo/1931 Jornal de Balsas/1932
Padre Antônio Tomás (Acaraú, 14 de setembro de 1868 — Fortaleza, 16 de julho de 1941) foi um pároco, poeta e escritor, o primeiro Príncipe dos Poetas Cearenses.[1][2] Biografia Nasceu na cidade de Acaraú, Ceará, a 14 de setembro de 1868. Filho do professor Gil Tomás Lourenço e dona Francisca Laurinda da Frota. Cursou latim e francês em Sobral, e concluiu seus estudos no Seminário de Fortaleza,[3] onde foi ordenado sacerdote, em 1891. Esteve longos anos a serviço da Igreja Católica, em paróquias do interior cearense, notadamente como vigário de sua terra natal, levando vida modesta e apagada, dedicado a sua missão, escrevendo versos e cuidando de sua paróquia. Exerceu o paroquiato durante trinta anos, tendo sido vigário de Trairi e de Acaraú, de 1892 a 1924, quando por motivo de saúde, deixou o exercício do múnus paroquial, a que dedicara todas as reservas da sua atividade apostólica.[4]
Iniciou-se na publicação de seus sonetos, no ano de 1901, quando o Almanaque do Ceará, daquele ano, publicou o soneto PostLaborem. Escreveu dezenas de sonetos que eram levados à imprensa pelos amigos, já que na sua humildade e timidez procurava fugir à publicidade. Recebeu, entretanto, ainda em vida, consagração popular, sendo eleito, Príncipe dos Poetas Cearenses, num pleito realizado pela revista Ceará Ilustrado, em 1925. Está classificado entre os maiores sonetistas brasileiros, gênero a que mais se dedicou, escrevendo também composições de feição e ritmos variados, caracterizando-se por sua independência em relação a qualquer movimento ou escola literária.[5][6] Foi membro da Academia Cearense de Letras e, em 1919, eleito sócio do Instituto do Ceará. Faleceu em Fortaleza, a 16 de julho de 1941, sendo sepultado no dia seguinte, na Igreja Matriz da Cidade de Santana do Acaraú, Ceará.[7][8][9] Homenagens Uma escola em Acaraú foi nomeada em homenagem ao padre.[10] Uma importante avenida de Fortaleza têm o nome do religioso.[11] Reconhecidamente um dos maiores sonetistas de seu tempo, parte de sua obra foi reunida em livro.[12] Referências ↑ Poesia, Jornal da. «Jornal de Poesia - Padre Antônio Tomás». www.jornaldepoesia.jor.br. Consultado em 3 de setembro de 2018 ↑ «Casa do Padre Antonio Tomás – Acaraú». Coisa de Cearense. 13 de janeiro de 2017 ↑ Jornal de Poesia - Padre Antônio Thomaz [1] ↑ Variedades. [S.l.]: EDIPUCRS. ISBN 9788574307787 ↑ «(Padre Antonio Tomás - Ceará - 1868-1941)». Pensador ↑ «Sonetos de Padre Antônio Tomaz - Caderno 3 - Diário do Nordeste». Diário do Nordeste. Consultado em 3 de setembro de 2018 ↑ Almanaque poético de uma cidade do interior [2] Arquivado em 3 de março de 2016, no Wayback Machine. ↑ Cascudo, Luís da Câmara (4 de setembro de 2015). Jangada: Uma pesquisa etnográfica. [S.l.]: Global Editora. ISBN 9788526017283 ↑ Aquino, Renato (2007). Gramatica Objetiva Da Lingua Portuguesa. [S.l.]: CAMPUS - RJ. ISBN 9788535223415 ↑ escolas. «Escola - CEJA Padre Antonio Tomas - Acaraú - CE». Escol.as. Consultado em 3 de setembro de 2018 ↑ «Avenida Padre Antônio Tomás - até 2534/2535, Aldeota - Fortaleza CE - CEP 60140-160». www.consultarcep.com.br. Consultado em 3 de setembro de 2018 ↑ «PADRE ANTONIO TOMAZ – Príncipe dos Poetas Cearenses». Página 20.net. 17 de abril de 2016 Bibliografia FREITAS, Vicente. Almanaque poético de uma cidade do interior. Fortaleza: Edição do Autor, 2004. RAMOS, Dinorá Tomaz. Padre Antônio Tomas - Príncipe dos Poetas Cearenses. Fortaleza: Paulina Editora, 1950. Antonio Torres
Corvos
Cidade de Pinheiro/1923
Antônio Torres | Autores | Portal da Crônica Brasileira (cronicabrasileira.org.br)
Antonio V. Marques Antonio Vasconcelos
Apolonia Pinto Araujo Filho Arentino Ribeiro Argemiro Moraes ARIAM
Crepusculo Ruga Pedra de Sisifo Desgosto Vinho de Hebe Perfis maranhenses Etelvina Assim Hino a Liberdade Mulher Manhã na roça Rozas Cotinha Au depart Edith Americo Cesar A uma borregã Carrus navallis Na volta Teus olhos Analogia Hino da União Silvio Romero O canto de um pássaro 47 anos A alma Rimas ligeiras O teu pranto Os teus olhos Ambrozina Nunca Inexoravel Duas poesias Hyno à vida Liberdade Dois mundos Salve 28 de julho – 1823/1923
A Mocidade/1906 O Coroatá/1920 Athenas/1940 Athenas/1940 Athenas/1940 Pacotilha/1902 Primavera/1909 O Martelo/1911 O Martelo/1911 A Mocidade/1906 Jornal dos Artistas/1908 Primavera/1909 Primavera/1909 Primavera/1909 Primavera/1909 O Canhoto/1912 A Lanterna/1914 O Guri/1915 O Imparcial/1915 Revista Maranhense/1917 A Semana/1917 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1920 Athenas/1940 Pegureiro da Fé/1913 Primavera/1909 O Condor/1908 Jornal dos Artistas/1909 Jornal dos Artistas/1909 Jornal dos Artistas/1909 O Timoneiro/1914 Athenas/1940 Cidade de Pinheiro/1923 Revista Maranhense/1920 O Porvir/1902 A Escola/1923
Arioldo Dimas
Deidade
O Martelo/1914
Aristarco das Moças
Mote Mote Mote
Marmota Maranhense/1854 A Marmota Maranhense/1854 A Marmota Maranhense/1854
Aparino de Farias Apolinario Carvalho Apolinário de Carvalho Appolinário Carvalho Appolinario de Carvalho
Aristeu de Seixas
A uma arvore
Cidade de Pinheiro/1924
Nome completo: Aristeu Seixas Nascimento: 1881 - Resende, RJ Morte: 1965 - São Paulo, SP Descrição: poeta, ensaísta, crítico literário, funcionário público, empresário Fonte(s) dos dados COUTINHO, Afrânio; SOUSA, José Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional; Academia Brasileira de Letras, 2001. 2 v. ISBN 8526007238 Crítica, teoria ou história D. Francisca Júlia da Silva, a sua produção literária e o seu literária prestígio nas letras nacionais
1918
Discurso sobre o belo
Crítica, teoria ou história literária
1907
Epitalâmio
Poemas
1909
Início de uma vida literária, retalhos críticos
Crítica, teoria ou história literária
1911
Literatura paulista pelo sr. Vicente de Carvalho
Crítica, teoria ou história literária
1913
Livro de Isa
Poemas
1925
No limiar...
Poemas
1913
Noite de luar
Poemas
1905
O Templo
Poemas
1966
Os Versos áureos de Pitágoras
Não identificado
1916
Pôr-do-sol
Poemas
1924
Sonetos brasileiros
Poemas;Crítica, teoria ou história literária
1904
Um poeta, crítica literária
Crítica, teoria ou história literária
Ariston Porto Nunes
Exaltação à mulher
O Liceu/1957/58
Aristotelino Lago
O riacho do morro
Gazeta de Flôres/1932
1911
Aristotelino Carvalho Lago, vulgamente Lili Lago, filho de Antonio Teixeira Lago e Laura Rosa de Carvalho Lago, estes oriundos de Brejo, de tradicionais famílias. O bisavô de Lili Lago, Luis Pereira Lago e o avô Luis Pereira do Lago Junior, foram deputados em diversos legislaturas no Estado do Maranhão. Nascido em 31 de Março 1911 em Buriti, fez as primeiras letras na sua terra, de onde partiu para Teresina-PI cursar o ginásio no emérito Instituto Demóstenes Avelino, fazendo só até o 2º ano. Em Buriti, no exercer de ocupações, Lili Lago foi Tabelião Público do 2º Ofício e fundador da Escola Lili Lago, dedicando-se a formação educativa da juventude. Lili, foi também o primeiro agente nos Correios de Buriti. Casa-se em Outubro de 1944 com Letícia Faria Costa Lago, que fora sua aluna na escola que fundou, tendo originado do consócio os filhos: Carlos Rogério, Adhemar Wallace, Josélia Maria, Getúlio Roosevett e Aristóteles Lincoln Lago, Aristotelino Carvalho Júnior e Allan Acásio. Desejando residir em São Luis, deixa sua terra no ano de 1948. Na capital ocupou os cargos de Secretário e Chefe de Gabinete de diversos prefeitos, chegando a ser em um deles presidente da Comissão de Abastecimento de Preços do Maranhão. Desde jovem dedicou-se aos estudos de direito, adquirindo o status de advogado provinciano, tendo assim exercido o ofício nas Comarcas de Buriti, Coelho Neto e Chapadinha. Político, foi getulista no Estado Novo, e sempre militando no PDT. Em vida teve publicado no ano de 1990, o livro “ Meu Baixo Sertão ”, obra poética dividida em três partes, “ Folclore de Salão”; “ Miscelânea ” e “ Memórias de minha Infância ”. O livro escrito em versos de rimas leves e transparentes, cheio de humor, irreverência e saudosismo, o poeta Lili descreve as suas vivências buritiense, com os episódios da infância e juventude, o cotidiano e a cultura da gente simples de sua terra, as histórias e os causos; a natureza da chapada, os riachos e morros. Lili Lago quando organizava em Buriti o lançamento de “ Meu Baixo Sertão ”, na noite de 30 de Março de 1990, foi acometido de um ataque cardíaco fulminante, que lhe ceifo a vida. Faltava poucas horas para o poeta completar seus 79 anos, e dos convites para o lançamento já terem sido enviados aos amigos e conterrâneos. José Moura, amigo saudosista de Lili, também editor de “ Meu Baixo Sertão ”, pelo SIOGE, confidência que Lili Lago era um amigo e uma figura humana formidável. Moura pretendia publicar uma outra obra poética de Lili, mas que após sua morte devolveu o original para a família do poeta. Porém, como um legado cultural e literário para todos, temos em “ Meu Baixão Sertão ”, um testemunho autêntico de um bom poeta, que lutou por justiça e defendeu os pobres e trabalhadores, descrevendo em versos cândidos os sofrimentos e a vida do povo de seu torrão natal. Um poeta cujo viver intenso, apaixonante, se eternizou na poesia como um menino que nadou no riacho do Morro, catou pequi na chapada, fez grande amigos, bebeu cachaça à fole e namorou as caboclas e mulatas da terra de Inácia Vaz. FONTE: Vozes Poéticas dos Morros Garapenses terça-feira, 8 de abril de 2014 BURITI - ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DE BURITI (AMIB) FAZ LANÇAMENTO DO III FESTIVAL DE POESIA EM HOMENAGEM AO POETA BURITIENSE LILI LAGO .: BURITI - ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DE BURITI (AMIB) FAZ LANÇAMENTO DO III FESTIVAL DE POESIA EM HOMENAGEM AO POETA BURITIENSE LILI LAGO (pburiti.blogspot.com) Arlindo de Sousa Martins Arlindo Martins
Finados Pagina solta Saudades O intrigante Meu pae Pagina solta O intrigante Meu pae Pagina solta Inconstante
Correio do Nordeste/1963 O Canhoto/1912 Primavera/1909 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908
Ante um boi Morcero Comunhão branca Carmem Dolores Traz quadras Finados Minha culpa Vizão de louco O intrigante Meu pae Ante um boi Inconstante Monstro Carmem Dolores Tres quadras Comunhão branca Teias de aranha Carmen Dolores Desespero Sonho Atraves do verso Por amor Trovaz A infancia Infame Intimos Rimas vermelhas Saudades Minha culpa Dentro da noite Ninho de amor Mentira Historia antiga Mostrando um homem Trez quadras Pau-ddarco Obreiros dos versos Correa de Araujo Comunhão Branca Recorda Pagina de dor Coração de mulher Obreiros dos versos Soneto Arsoumar Intrigante Linguas Sem titulo Amor e fome Profissão de fé Sem titulo Bélgica! Estatua negra Cães Eider Filho Ruinas Mar secreto O Genio do Mal Nome completo: Arlindo de Sousa Martins Pseudônimo(s): Arlindo Martins, Ester d'Alva, Zé do Bredo, Arsoumar e Eider Filho Nascimento: 1885 - São Luís, MA Morte: 1924 - Manaus, AM
O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 Primavera/1909 Primavera/1909 Primavera/1909 O Canhoto/1912 O Canhoto/1912 O Canhoto/1913 O Canhoto/1913 O Canhoto/1913 O Canhoto/1913 O Canhoto/1913 O Canhoto/1913 O Domingo/1917 A Fita/1917 Revista Maranhense/1918 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1921 A Fita/1921 A Fita/1921 A Fita/1921 A Fita/1921 A Fita/1921 A Fita/1921 A Fita/1921 A Fita/1921 A Fita/1921 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1921 A Fita/1921 A Fita/1921 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20
Descrição: Poeta, jornalista, diplomado em direito, funcionário público. Fonte(s) dos dados COUTINHO, Afrânio; SOUSA, José Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional; Academia Brasileira de Letras, 2001. 2 v. ISBN 8526007238 Gênero
Ano Antologia maranhense
Poemas
1937
Sonetos maranhenses Poemas
1923
Suspiros e soluços
1911
Poemas
Carlos REgo Armando Braga Armando Martins
A rosa e o cravo Mai fecunda Saudade
Philomathia/1895 Correio de Codó/1913 Gazeta de Picos/1908
Armindo Rangel
Scena intima
Correio de Picos/1911
Arnaldo Damasceno Vieira
Jesus
Avante/1907
Nome completo: Arnaldo Damasceno Vieira Nascimento: 1876 - Porto Alegre, RS Morte: 1951 - Rio de Janeiro, RJ Descrição: Poeta, ensaísta, historiador, psicólogo, militar, membro Soc. Bras. Homens Letras, fund. rev. Brasiléia, Álbum e Panthum. Fonte(s) dos dados COUTINHO, Afrânio; SOUSA, José Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional; Academia Brasileira de Letras, 2001. 2 v. ISBN 8526007238 Ainda se morre de amorPoemas1935 Baladas e poemasPoemas1911 ConstelaçõesPoemas1903 Lendas da princesa louraPoemas1925 O Simbolismo e a místicaCrítica, teoria ou história literária1938 Poemas do sonho e da ironiaPoemas1919 Sonetos brasileirosPoemas;Crítica, teoria ou história literária1904 Arnaldo Damasceno Vieira foi um escritor brasileiro, filho de João Damasceno Vieira Fernandes. Obras[editar] • 1903: Constelações • 1911: Baladas e poemas (Arquivo (HTML)) • 1913: Sonetos brasileiros: século XVII-XX (projeto de transcrição) - Editor: Laudelino Freire. • 1919: Poemas do sonho e da ironia • 1925: Lendas da princesa loura • 1935: Ainda se morre de amor
• 1938: O Simbolismo e a mística DAMASCENO VIEIRA ( Brasil – Rio Grande do Sul ) (1853) Arnaldo Damasceno Vieira foi poeta e engenheiro militar (no Rio Grande do Sul), autor de "Baladas e Poemas". Nasceu em Porto Alegre, RS, em 6 de março de 1853, e faleceu em Salvador, BA, em 6 de abril de 1910. Filho de José Vieira Fernandes e Belmira Vieira do Nascimento. Cursou a Escola Normal de sua cidade natal, mas não seguiu a carreira do magistério. Foi empregado na Tesouraria da Fazenda do Rio Grande do Sul, como segundo-escriturário na Mesa de Vendas Gerais de Pelotas; como administrador, passou a servir como primeiro-escriturário na Alfândega de Porto Alegre. Sua produção como poeta, contista, teatrólogo e memorialista é extensa. Como jornalista, colaborou em numerosas revistas e jornais, não apenas do Rio Grande Sul. Pertenceu ao Partenon Literário do Rio Grande do Sul. Foi sócio correspondente da Associação dos Homens de Letras do Brasil, desde a fundação em 1883. Em 1890 foi eleito sócio correspondente do IHGB. Publicou: Ensaios Tímidos (poesias), P.A., 1872. – A Musa Moderna (poesias), P.A., 1885. – Hino Revolucionário Riograndense (música) 1835. – A Nova Geração: os alunos do Ateneu Brasileiro (composição poética), RJ, 1892. – Ensaios Literários, P.A. – Vingança do Quero-Quero (entre – ato cômico em versos), 1876. – História de um amor (narrativa), P.A., 1890. – A Jangada (conto) – Anuário do O Rio Grande do Sul, P.A., 1885 – Arnaldo (drama), 1886. – Memórias – A Família Pascoal (opereta ítalo-brasileira), 1893 (tem por assunto a colonização italiana). – Os gaúchos (comédia), P.A., 1891 – A Critíca na literatura (ensaios), Salvador, 1907. – A Voz de Tiradentes (cena dramática com uma apoteose à República), P.A., 1890. Seu livro de viagem no Rio da Prata abriu-lhe as portas do IHGB. Nasceu em Porto Alegre, RS, em 6 de março de 1853, e faleceu em Salvador, BA, em 6 de abril de 1910. Filho de José Vieira Fernandes e Belmira Vieira do Nascimento. Cursou a Escola Normal de sua cidade natal, mas não seguiu a carreira do magistério. Foi empregado na Tesouraria da Fazenda do Rio Grande do Sul, como segundo-escriturário na Mesa de Vendas Gerais de Pelotas; como administrador, passou a servir como primeiro-escriturário na Alfândega de Porto Alegre. Sua produção como poeta, contista, teatrólogo e memorialista é extensa. Como jornalista, colaborou em numerosas revistas e jornais, não apenas do Rio Grande Sul. Pertenceu ao Partenon Literário do Rio Grande do Sul. Foi sócio correspondente da Associação dos Homens de Letras do Brasil, desde a fundação em 1883. Em 1890 foi eleito sócio correspondente do IHGB. Publicou: Ensaios Tímidos (poesias), P.A., 1872. – A Musa Moderna (poesias), P.A., 1885. – Hino Revolucionário Riograndense (música) 1835. – A Nova Geração: os alunos do Ateneu Brasileiro (composição poética), RJ, 1892. – Ensaios Literários, P.A. – Vingança do Quero-Quero (entre – ato cômico em versos), 1876. – História de um amor (narrativa), P.A., 1890. – A Jangada (conto) – Anuário do O Rio Grande do Sul, P.A., 1885 – Arnaldo (drama), 1886. – Memórias – A Família Pascoal (opereta ítalo-brasileira), 1893 (tem por assunto a colonização italiana). – Os gaúchos (comédia), P.A., 1891 – A Critíca na literatura (ensaios), Salvador, 1907. – A Voz de Tiradentes (cena dramática com uma apoteose à República), P.A., 1890. Seu livro de viagem no Rio da Prata abriu-lhe as portas do IHGB. Biografia e imagem: Arnaldo Nunes Arruda
Arthur (?) Arthur Azevedo Artur Azevedo
Nova Canaã Nova Canaã Carta de um boticário à sua namorada Retrato Oufora e hoje A mulher Colombo Ah e se... Colombo Teus olhos Soneto
A Ordem/1920 A Ordem/1920 O Zephyro/1901 O Ideal/1898 O Ideal/1898 O Ideal/1898 O Ideal/1898 O Ideal/1898 O Ideal/1898 O Ideal/1898 Revista Elegante/1895
Rimas Aniversário Transit. Confuzão Vem Impressões de teatro Pelintra O marido, a mulher, e o outro Infantilidade Corre Mangas Que espiga As estatuas Dois padres Saldo de contas De lua a sol
O Debate/1910 Jornal dos Artistas/1919 A Noticia/1928 A Noticia/1928 A Noticia/1928 A Noticia/1928 A Flexa/1879 Pacotilha/1904 Avante/1907 Gazeta de Picos/1909 Gazeta de Picos/1909 O Grilo/1912 Correio de Picos/1912 Gazeta de Picos/1912 Gazeta de Picos/1912 Gazeta de Picos/1912
Suicidio Pedido De lua a sol Improbus amor
Cidade de Pinheiro/1924 Cidade de Pinheiro/1924 A Noticia/1928 Voz do Povo/1931
Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo (São Luís, 7 de julho de 1855 — Rio de Janeiro, 22 de outubro de 1908),[1] também conhecido como Artur Azevedo, foi um escritor, dramaturgo, poeta, contista, prosador, comediógrafo, crítico, cronista e jornalista brasileiro.[2] Ao lado de seu irmão, o escritor Aluísio Azevedo, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.[3] Tendo escrito milhares de artigos sobre eventos artísticos e encenado mais de cem peças no Brasil e em Portugal, Azevedo foi um dos maiores defensores da criação do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, cuja inauguração ocorreu meses depois de sua morte.[4] Suas peças mais conhecidas são A joia, A Capital Federal, A almanjarra, O Mambembe, entre outras.[3] Três teatros no Brasil foram batizados com o seu nome: o Teatro Arthur Azevedo de São Luís, Maranhão, sua cidade natal,[2] o Teatro Arthur Azevedo da cidade de São Paulo, e o Teatro Arthur Azevedo da cidade de Rio de Janeiro. Biografia Artur Azevedo era filho de David Gonçalves de Azevedo, vice-cônsul de Portugal em São Luís, e Emília Amália Pinto de Magalhães.[3] Aos oito anos, Azevedo já dava indícios de inclinação às atividades teatrais, adaptando de forma amadora textos de Joaquim Manuel de Macedo e, posteriormente, criando peças próprias, que representava.[3] Aos 15 anos, escreveu a obra teatral Amor por Anexins, que alcançou êxito regional e nacional.[4] Devido a discordâncias com a administração provincial, Azevedo concorreu a um concurso aberto para vagas de amanuense da Fazenda. Sendo classificado, ele se transferiu para a capital federal, à época o Rio de Janeiro. Lá, ficou empregado no Ministério da Agricultura e no Colégio Pinheiro, onde lecionava português.[1] Foi nesse período em que iniciou sua carreira jornalística, fundando diversos periódicos literários, como A Gazetinha, Vida Moderna e O Álbum. Junto a Machado de Assis, colaborou em A Estação e, com Alcindo Guanabara, Moreira Sampaio, Olavo Bilac e Coelho Neto, no jornal Novidades.[3] Defendeu a abolição da escravatura tanto em artigos de jornal como em obras dramáticas, como O Liberato e A família Salazar, sendo que esta última, escrita com Urbano Duarte, foi publicada sob o título de O escravocrata.[3] Foi por insistência de Artur Azevedo, principalmente através de seus artigos na imprensa, que, em 1895, foi aprovada a lei que previa a construção de um teatro municipal no Rio de Janeiro. Tinha o teatrólogo a convicção de que somente a construção desse teatro poria fim à má fase em que se encontravam as artes cênicas na segunda metade do século XIX. A criação da lei traria resultado somente em 1904, quando foi aberto concurso para a construção do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.[5] Arthur Azevedo, que sustentou a campanha vitoriosa para construção do Teatro, não assistiria à sua inauguração em 14 de julho de 1909, pois faleceu nove meses antes.[6] Antes de sua morte, foi um crítico mordaz do pano de boca do Theatro Municipal, pintado por Eliseu Visconti.[7] Faleceu aos 53 anos no Rio de Janeiro e foi sepultado no Cemitério do Caju.[8] Bibliografia[9] Teatro: Carapuças, 1871; Amor por anexins, 1872; A filha de Maria Angu, 1875; Uma véspera de reis, 1876; Um dia de finados, 1877; A joia, 1879; O escravocrata, em colaboração com Urbano Duarte, 1884; A almanjarra, 1888; A Capital Federal, 1859; O retrato a óleo, 1902; O Mambembe, 1904; O dote, 1907; Vida alheia, 1929. Contos e poesias: Sonetos, 1876; Contos possíveis, 1889;
Contos fora de moda, 1894; Contos efêmeros, 1897; Contos em verso, 1898; Rimas, 1909; Contos cariocas, 1928; Vida alheia, 1929; Histórias brejeiras, 1962; Contos, Ed. Três, 1973; Contos ligeiros, 1974. Academia Brasileira de Letras Foi um dos fundadores do Silogeu Brasileiro, onde ocupou a cadeira 29, que tem por patrono Martins Pena. Arthur Guimarães
A ella
28 de Julho/1892
Arthur Schawager Arthur Tavares
Ser homem Aprers notiurno
Correio de Picos/1920 A Pacotilha/1883
Artur Labatut Artur Rabut Arthur Rabut
Pio XII O mar O Rio Nilo Minha mãe Luis Domingues Campanha brilhante Arte Noite de Natal Palhaço Soneto Palhaço Soneto Palhaço Soneto Palhaço Soneto Palhaço Soneto Palhaço Soneto Zuzu Nahuz
O Combate/1948 O Gremio/1955 Jornal do Maranhão/1962 Jornal do Maranhão/1962 Jornal do Maranhão/1962 Jornal do Maranhão/1962 Jornal do Maranhão/1963 Jornal do Maranhão/1963 Jornal do Maranhão/1966 Jornal do Maranhão/1966 Jornal do Maranhão/1966 Jornal do Maranhão/1966 Jornal do Maranhão/1966 Jornal do Maranhão/1966 Jornal do Maranhão/1966 Jornal do Maranhão/1966 Jornal do Maranhão/1966 Jornal do Maranhão/1966 Jornal do Maranhão/1966 Jornal do Maranhão/1966 Correio do Nordeste/1965
Ary de Lima Hino à Maringá A história de Ary de Lima (maringahistorica.com.br)
O Pioneiro/1981
Filho de João Emídio de Lima e Maria Alsina de Lima, Ary de Lima nasceu em São Sebastião do Paraíso, em Minas Gerais, no dia 22 de maio de 1916. Ele se mudou para Maringá em abril de 1952. Foi casado com Helena Radaelli de Lima, com quem teve quatro filhos: Maria Arlene, Paulo Rubens, João Gualberto e César Augusto de Lima. Além de professor, poeta e jornalista, Ary de Lima foi vereador, quando assumiu a presidência da Câmara Municipal, e deputado federal, onde ocupou funções decisivas nas Comissões de Educação e Cultura e de Redação. Por ter escrito os hinos dos Municípios de Maringá, Loanda, São Sebastião do Paraíso, Sinop, além dos hinos do Lar Betânia de Maringá, Instituto Musical Luzamor, da UMES, entre outros, recebeu diversas condecorações. Entre elas: cidadão honorário de Maringá, Loanda e Dr. Camargo, bem como do Estado do Paraná. Ary de Lima foi autor dos livros Sol nascente, Sol poente, O sertão ressuscitou, Meu Brasil brasileiro, Poema a Maringá, Melancólico destino das sete quedas, Turismo-aurora de esperanças, O verde está morrendo, entre diversas outras publicações. Tendo falecido aos 82 anos, em 22 de abril de 1998, Ary de Lima é considerado um dos pioneiros mais importantes da história do Município de Maringá. Fonte: Gerência de Patrimônio Histórico de Maringá / Acervo Maringá Histórica. Ascenso Ferreira
Zabumba
Athenas/1942
ASCENSO FERREIRA (1895-1965) Poeta, Ascenso Carneiro Gonçalves Ferreira nasceu no município de Palmares, zona da Mata de Pernambuco, a 09 de maio de 1895, filho único do comerciante Antônio Carneiro Torres e da professora Maria Luiza Gonçalves Ferreira. Órfão aos 13 anos de idade, passa a trabalhar na mercearia de um tio e, em 1911, publica no jornal A Notícia de Palmares, o seu primeiro poema, "Flor Fenecida". Em 1920, muda-se para o Recife, onde torna-se funcionário público e passa a colaborar com o Diário de Pernambuco e outros jornais. Em 1925, participa do Movimento Modernista de Pernambuco e, em 1927, publica seu primeiro livro, "Catimbó". Viaja a vários estados brasileiros para promover recitais. Em 1941, publica o seu segundo livro ("Cana Caiana"). O terceiro livro ("Xenhenhém") está pronto para ser editado, mas só sairia em 1951, incorporado à edição de "Poemas", que foi o primeiro livro surgido no Brasil apresentando disco de poesias recitadas pelo seu autor - a edição continha, ainda, o poema "O Trem de Alagoas", musicado por Villa Lobos. Em 1955, participa ativamente da campanha presidencial de Juscelino Kubitschek, inclusive participando de comícios no Rio de Janeiro. Em 1966, é nomeado por JK para a direção do Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, no Recife, mas a nomeação é cancelada dez dias depois, porque um grupo de intelectuais recifenses não aceita que o poeta e boêmio irreverente assuma o cargo. É nomeado, então, assessor do Ministério da Educação e cultura, onde só comparecia para receber o salário. Em 1963, a Editora José Olympio (RJ) lança "Catimbó e Outros Poemas". A 05 de maio de 1965, morre, no Recife. Usava sempre um grande chapéu de palha, que era uma verdadeira logomarca. Fonte da biografia: http://www.pe-az.com.br/biografias/ Asiel Asin
Exortação Não acredite, virgem
O Popular/1952 A Mocidade/1875
Assis Brasil
A luz do evangelho A Grecia A luz dos evangelhos A egreja
A Pacotilha/1883 Pacotilha/1891 A Pacotilha/1883 Avante/1907
Joaquim Francisco de Assis Brasil (São Gabriel, 29 de julho de 1857 — Pinheiro Machado, 24 de dezembro de 1938) foi um advogado, político, orador, escritor, poeta, prosador, diplomata e estadista brasileiro; propagandista da República. Foi fundador do Partido Libertador, deputado e membro da junta governativa gaúcha de 1891.[1] Introduziu no Brasil o gado Jersey, o gado Devon e a ovelha Karakul, tendo participação importante na introdução do cavalo árabe e no melhoramento do Thoroughbred, o puro sangue inglês. Juntamente com o Barão do Rio Branco, assinou o Tratado de Petrópolis, que assegurou ao Brasil a posse do atual Estado do Acre. Neste estado foi criado, em sua homenagem, o município de Assis Brasil. Juventude Assis Brasil nasceu na Estância de São Gonçalo, município de São Gabriel, no Rio Grande do Sul, filho do estancieiro Francisco de Assis Brasil, de quem herdou extensas propriedades no interior gaúcho, e de Joaquina Teodora de Bem Salinas, ambos descendentes de açorianos. Aos oito anos entrou na escola de primeiras letras do mestre Custódio José de Miranda. Em 1870 transferiu-se para o Colégio São Gabriel, na cidade de mesmo nome. No primeiro ano ganhou a medalha de prata e no ano seguinte a de ouro. Estas medalhas ainda existem, guardadas no Castelo de Pedras Altas, no município de Pedras Altas. Em 1872, já órfão de pai, partiu para Pelotas, ficando interno no Colégio Taveira Júnior. Em 1874 frequentou, em Porto Alegre, o Colégio Gomes, onde estudou os preparatórios. Em 1876 matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, passando a integrar o grupo de estudantes rio-grandenses que ali se formara. Fundaram o Clube 20 de Setembro, com o compromisso de pregar e propagar o sistema republicano de governo e de apressar a mudança de regime político do país. Vida acadêmica Em 1877, Assis Brasil publicou seu primeiro livro, Chispas, com versos da adolescência. A seguir publicou História da República Rio-grandense, onde fez uma defesa ardorosa da Revolução Farroupilha de 1835. Neste livro já estão presentes os princípios básicos de seu pensamento. Seguiram-se outros trabalhos inspirados no puro ideal de suas convicções. Sua obra é vasta. Destacam-se nela tanto trabalhos de propaganda, como obras de profunda relevância do ponto de vista da teoria política. A defesa ardorosa do sistema presidencial de governo e da representação proporcional são a marca principal de seu pensamento. Foi membro da Sociedade Partenon Literário.[2] Em 1879, com um grupo de rapazes que marcaram época na Academia de São Paulo, fundou o "Clube Republicano Acadêmico" e o jornal "Evolução". Carreira política Em 1882 formou-se em direito e voltou para o Rio Grande do Sul, onde foi um dos fundadores do Partido Republicano Riograndense. Durante meses, percorreu a província a cavalo, pregando a liberdade e a república com que tanto sonhava. Foi eleito deputado provincial (hoje seria estadual) em dois biênios: 1884 — 1886 e 1886 — 1888. Na tribuna enfrentou Gaspar Silveira Martins, merecendo deste seu digno adversário as maiores considerações. Em 1889, proclamada a República, foi eleito deputado à Assembleia Nacional Constituinte. Promulgada a constituição, renunciou ao seu mandato. Convidado pelo Marechal Deodoro da Fonseca para fazer parte do primeiro ministério constitucional, recusou o convite por divergência de ideais. Em consequência do golpe de estado de Deodoro, a situação no Rio Grande do Sul tornou-se anormal, tendo o presidente do estado Júlio de Castilhos abandonado o poder. Foi constituída então uma Junta Governativa, da qual Assis Brasil fez parte. Como único membro presente da junta, assumiu o governo do estado. Segundo manifesto publicado, tinha como objetivos: Fazer a sociedade recuperar o sossego perdido Combater a ditadura Presidir, com a maior imparcialidade, a eleição que se deveria realizar
Restabelecimento das relações entre Portugal e o Brasil. Assis Brasil é o segundo da direita para a esquerda. Os rio-grandenses uniram-se para defender a causa comum; o mais completo êxito veio coroar seu gesto de patriota. Atingidos os objetivos com a eleição de um novo governador, Assis Brasil renunciou ao poder. Nomeado ministro plenipotenciário do Brasil na Argentina, prestou relevantes serviços à pátria por ocasião de acontecimentos desenrolados de 1880 a 1894. Transferido neste ano para a China, não chegou a assumir o posto, porque o presidente Prudente de Morais lhe conferiu a incumbência de reatar as estremecidas relações com Portugal. Em 1896 publicou o livro Governo Presidencial na República Brasileira e, em 1898, A Cultura dos Campos. Transferido para os Estados Unidos em 1898 (ano em que se casou com sua segunda esposa), lá ficou até 1902, quando foi enviado para a Embaixada do Brasil no México. Em 1903, o presidente Rodrigues Alves o chamou para trabalhar ao lado do Barão de Rio Branco na questão de limites com a Bolívia. A assinatura do Tratado de Petrópolis, em 17 de novembro de 1903, terminou com o litígio de fronteiras entre o Brasil e a Bolívia, no atual estado do Acre. Com o término das negociações, Assis Brasil retornou para Washington logo após a assinatura. Em 1905, o Barão do Rio Branco removeu-o para a Argentina, onde se tornava necessária a presença de uma personalidade de prestígio para desfazer intrigas surgidas contra o então Ministro das Relações Exteriores. Em 1906, ao lado de Joaquim Nabuco, Presidente do Congresso Pan-Americano realizado no Rio de Janeiro, dirigiu os trabalhos como Secretário-Geral. Em 1907 pediu aposentadoria. Retirando-se do serviço diplomático, fundou sua granja de Pedras Altas. Ele já havia liderado, no final do século XIX, a fundação da Associação Pastoril de Pelotas, a associação agropecuária mais antiga do Rio Grande do Sul. Depois vieram as associações de São Gabriel, de Bagé e, finalmente, em 1919, a de Alegrete, que recebeu o nome de Associação Rural de Alegrete. Em 1908 fundou, com seu amigo Fernando Abbott, o Partido Republicano Democrático. Depois viveu retirado da atividade política até que, em 1922, o seu nome foi lançado como candidato de oposição a Borges de Medeiros. A rudeza da luta eleitoral tornou inevitável um movimento armado, a Revolução de 1923, que acabou resultando na reforma da Constituição Estadual de 1891. Em dezembro de 1923 foi assinado o Pacto de Pedras Altas, em seu castelo na cidade de mesmo nome. Em 1924, tendo surgido um movimento revolucionário, exilou-se no Uruguai. Em 1927 os sufrágios de seus correligionários o elegeram deputado federal. Nesse mesmo ano teve participação destacada na fundação do Partido Democrático Nacional. Em 1928, com Raul Pilla, fundou o Partido Libertador. Em 1929, o presidente Washington Luís pretendeu impor a candidatura de Júlio Prestes para a sucessão presidencial. Assis Brasil aconselhou o Partido Libertador a cerrar fileiras em torno de Getúlio Vargas, então Presidente do Estado, que se opunha ao candidato oficial e prometera aceitar o voto secreto se eleito presidente. Em 1930 Washington Luís foi deposto e Getúlio Vargas assumiu o poder como Chefe do Governo Provisório, do qual Assis Brasil fez parte como Ministro da Agricultura, cargo ao qual renunciou em protesto contra o empastelamento do Diário Carioca, por pessoas ligadas ao tenentismo. Em 1932, foi o grande idealizador do Código Eleitoral, baseado em sua obra Democracia representativa: Do voto e do modo de votar. Neste código está a primeira menção à urna eletrônica, quando ele levanta a hipótese da utilização de uma máquina de votar. Em 1934 foi mandado em missão especial a Buenos Aires, para ocupar a Embaixada do Brasil, acéfala desde o movimento revolucionário argentino de 1930, por não haver o presidente Washington Luís reconhecido o governo do General Uriburú. Assis Brasil disse a Mem de Sá sobre a repartição de cargos e ministérios na Revolução de 1930: "Menino, todo homem tem seu preço. O venal se deixa comprar por dinheiro. O meu preço é o Código Eleitoral. E como vale mais a pena ladrar dentro de casa do que fora dela, aceito o ministério".[3] Casamento O embaixador Joaquim Francisco de Assis Brasil casou-se, em primeiras núpcias, com Maria Cecília Prates de Castilhos, filha do comendador Castilhos e irmã do seu companheiro do movimento republicano, Júlio de Castilhos. Com a morte de sua primeira esposa, Assis Brasil casa-se, em segundas núpcias, com Lídia Pereira Felício de São Mamede, filha do 2.° Conde de São Mamede. [4][5][6] Últimos anos Suas últimas participações em conferências internacionais foram a chefia da Delegação Brasileira à Conferência Econômica Preliminar, em Washington, e à Conferência Monetária e Econômica Mundial de 1933, em Londres.[6] Em 1933, eleito deputado à Assembleia Constituinte, foi enviado em missão extraordinária à Inglaterra, onde tomou parte na Conferência Econômica Mundial e ainda retribuiu a visita que o Príncipe de Gales fizera ao Brasil. Ao retornar, resignou a todos os cargos oficiais e voltou à vida do campo.[6]
Em agosto de 1938 adoeceu em consequência de uma gripe. Morreu na noite de 24 de dezembro, aos 80 anos, em seu Castelo de Pedras Altas, local que pertence atualmente à cidade de Pedras Altas, mas na época pertencia a Pinheiro Machado.[6] Bibliografia básica de Assis Brasil A Aliança Libertadora no Rio Grande do Sul. Manifesto Político. Editora Globo, Porto Alegre, 1925. A atitude do Partido Democrático Nacional na crise da renovação presidencial para 1930-34. Editora Globo, Porto Alegre 1929. A cultura dos campos. 1898. A Guerra dos Farrapos. Andersen, Rio de Janeiro. A ideia de Pátria. Tipografia Piratininga, São Paulo, 1918. Assis Brasil, o fisiocrata. Paulo Brossard. Cadernos de História nº 40 do Memorial do Rio Grande do Sul. edição eletrônica A República Federal. Rio de Janeiro, Leuzinger, 1881. Atitude do Partido Democrático Nacional. Livraria do Globo, Porto Alegre, 1929. Bento Gonçalves e a ideia dederativa. Revista da A.U.B., Setembro de 1939. Brasil escreve-se com S. Livraria do Globo, Porto Alegre, 1918. Democracia representativa. Do voto e do modo de votar. Imprensa Nacional, 1931. Ditadura, parlamentarismo, democracia. Livraria do Globo, Porto Alegre, 1928. Do governo presidencial na República Brasileira. Companhia Nacional Editora, Lisboa, 1836. Dois discursos pronunciados na Assembleia Legislativa da Província do Rio Grande do Sul. Oficina Tipográfica A Federação, Porto Alegre, 1886. Governo presidencial na República Brasileira. 1896. História da República Rio-Grandense. Cia. União de Seguros Gerais, Porto Alegre, 1882. Os militares e a política. Urban, São Paulo, 1929. Partido Democrático Nacional, programas e comentários. Imprensa Nacional, Rio de Janeiro, 1927. Revolução do Brasil. Imprensa Del Siglo Ilustrado, Montevidéu, 1929. Um discurso na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Anais da Assembleia Constituinte, (Novembro e Dezembro de 1933). Uma publicação clandestina. Revista do Instituto Histórico Geográfico do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, n. 455, 1934. Chispas, poesia. Assis Garrido
A gloria O Tiradentes Suprema visão A uma creança que me falou da Gloria Minha mãe Meu sonho Trovas Dentro da noite Marcha triumphal Pagina intima Egoismo Venus Venus Venus
Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 O Sertão/1921 A Fita/1921 A Fita/1921 A Fita/1921 Voz do Povo/1931 Voz do Povo/1931 Correio do Nordeste/1963 Correio do Nordeste 1964 Correio do Nordeste 1964
Francisco de Assis Garrido, mais conhecido como Assis Garrido (São Luís, 14 de setembro de 1899 – São Luís, 01 de dezembro de 1969) foi um poeta, teatrólogo e jornalista brasileiro. Filho de Florentino Ferreira Garrido e Adélia da Silva Garrido, deixou vários livros de poesias publicados. Era membro da Academia Maranhense de Letras.[1] Obras “ Esta vida é uma pomada da maciez de veludo... E eu já não sofro de nada, de tanto sofrer de tudo... ” — Assis Garrido[2] Regina (1920) Oração Materna (1920) Sol glorioso (1922)
Sonetos Maranhenses (1923) O meu livro de mágoa e de ternura (1923)[2] O livro da minha loucura (1923)[2] A divina mentira (1944)[2] Crepúsculo (1969)[2] Referências ↑ «Francisco de Assis Garrido». Portal Catarina - UFSC. Consultado em 15 de outubro de 2018 ↑ Ir para:a b c d e «Assis Garrido». Falando de Trova. Consultado em 15 de outubro de 2018 Francisco de Assis Garrido nasceu em São Luís, a 14 de setembro de 1899 e faleceu em 01 de dezembro de 1969. Filho de Florentino Ferreira Garrido e Adélia da Silva Garrido. Jornalista, teatrólogo e poeta; poeta, sobretudo, dono de uma lira de fácil inspiração e suave lirismo. Foi funcionário do Ministério da Fazenda, oficial administrativo na Alfândega de São Luís e Delegado do Serviço de Estatística Econômica e Financeira do Maranhão. Membro da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais, do Centro Cultural “Humberto de Campos”, do Espírito Santo, da Associação de Intercâmbio Cultural, de Mato Grosso, da Confraternité Universelle Balzacienne, do Grupo Afro Americanista de Intellectuales y Artistas, do Uruguai, e do Instituto de Cultura Americano, da Argentina. Na Academia Maranhense de Letras foi o terceiro ocupante da Cadeira nº 3, cujo patrono é Artur Azevedo. Astolfo Marques
Sem título
A Actualidade/1900
Raul Astolfo Marques nasceu em São Luís-MA no dia 11 de Abril de 1876, filho caçula da cafuza livre Delfina Maria da Conceição, numa família de sete crianças chefiada pela mãe. Sua trajetória se assemelha à de tantos outros intelectuais afrodescendentes nascidos durante a escravatura. Autodidata, segundo o sociólogo Matheus Gato, citando entrevista concedida em 1910 à revista Os Anais, "o escritor negro revelou ter aprendido a ler sozinho e ter realizado vários trabalhos 'de moleque' durante a infância, ajudando a mãe na entrega de roupa lavada" (GATO, 2021, p. 25). Jornalista, cronista, ficcionista, ensaísta e tradutor, iniciou sua carreira publicando contos e crônicas nos principais periódicos maranhenses de seu tempo. De origem humilde, iniciou sua vida profissional como contínuo da Biblioteca Pública do Maranhão. Autodidata, fundou, juntamente com Antônio Lobo, a "Oficina dos Novos", reunião de intelectuais cujo patrono e inspirador fora Gonçalves Dias e que acabaria por fornecer, em seguida, muitos membros à Academia Maranhense de Letras. Entre eles, figurou Astolfo Marques, instituindo a cadeira de nº 10 e ocupando o cargo de Secretário Geral. Em paralelo, esteve à frente da Secretaria da Instrução Pública e do Liceu Maranhense, além de ter trabalhado como redator do Diário Oficial e Diretor da Imprensa Oficial. Colaborou, ainda, através de crônicas, contos e artigos, com outros periódicos, tais como Pacotilha, A Imprensa, O Jornal, A Avenida, Os Novos (boletim oficial da Academia dos Novos), e Diário do Maranhão, além das revistas Ateneida (fundada em conjunto com Domingos Barbosa e Antônio Lobo) e Revista do Norte. Suas publicações em livro tiveram início aos vinte e cinco anos, com a a tradução do romance Por amor, de Paul Bertnay, em 1901. E, aos vinte e nove, vem a público sua primeira reunião de contos, A vida maranhense, de 1905, em que já se delineiam suas atenções voltadas para o cotidiano local, com destaque para os remanescentes de escravos e sua difícil integração aos novos tempos, seja como operários da nascente indústria têxtil, seja como trabalhadores desqualificados e abandonados à própria sorte após o 13 de maio de 1888. Nos três anos seguintes, intensifica sua produção e publica a narrativa de viagem De São Luís a Teresina (1906), a peça teatral O Maranhão por dentro (1907), bem como uma nova coletânea de contos Natal (quadros), editada em 1908. Em 1910, traz a público a narrativa biográfica Dr. Luiz Domingues, dedicada a um dos eminentes próceres da região. E, em 2013, o romance A nova aurora. De acordo com o pesquisador Matheus Gato, responsável pela reunião de contos O treze de maio e outras estórias do pósabolição, o autor deixou inéditos "Seleta maranhense, biobibibliografia de escritores maranhenses, Fitas... (esboços e quadros), antologia de contos que daria continuidade à série publicada em A vida maranhense; o estudo histórico As festas populares maranhenses v. 1; e o livro de memórias Esquinas e vielas." (GATO, 2021, p. 24). Astolfo Marques faleceu em São Luís, em 20 de maio de 1918, aos 42 anos, vítima de tuberculose. PUBLICAÇÕES Obra individual A vida Maranhense. São Luís: Tipografia Frias, 1905. (contos). De São Luis a Teresina. São Luís: Edição do autor, 1906. (narrativa de viagem). O Maranhão por dentro. São Luís: S/I, 1907. (dramaturgia). Natal (quadros). São Luís: Tipografia Teixeira, 1908. 2.ed. São Luís: AML / EDUEMA, 2008. (contos). O Dr. Luís Domingues. São Luís: Edição do autor, 1910. (biografia). A nova aurora. São Luís: Tipografia Teixeira, 1913. (romance). Tradução
Por amor, original de Paul Bertnay. São Luís: em 1901. Publicações póstumas O treze de maio e outras estórias do pós-abolição. Organização de Matheus Gato. São Paulo: Fósforo, 2021. (contos). A nova aurora. 2. ed. Posfácio de Matheus Gato. São Paulo: Chão Editora, 2021. (romance). TEXTOS Astolfo Marques - O suplício da Inácia Astolfo Marques - Ser treze CRÍTICA Prefácio a O Treze de Maio e outras estórias do pós-Abolição – Paulo Lins Astro Raposo
Astrolabio Caldas
Ataliba C. Benfica Ataliba de Brito Athos A.Tobias Barreto Augusta Santos
Augusto Alvaro da Silva
Natal Natal Soror pecadora Á memporia de Machado de Assis Natal A memoria de Maranhão Sobrinho A memoria do mestre Antonio Lopes No cemiterio Um pobre cego A passarada Crente Olhos Castanhos A morte Finados Olhos Castanhos Saudades Maio Contraste Olhos e olhos Olhos Mocidade Recordação de passamento A teia da aranha Soneto A um juiz A flor Pensando em ti Um nome
Idade Nova/1937 Idade Nova/1937 Athenas/1940 O Estudante/1915 O Estudante/1915 REVISTA MARANHENSE/1916 Revista Maranhense/1916 Revista Maranhense/1916 Revista Maranhense/1916 Revista Maranhense/1916 Revista Maranhense/1916 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 O Litoral/1917-18 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 O Domingo/1880 A Lanterna/1913 Revista Maranhense/1917 Pacotilha/1891 O Canhoto/1913 O Canhoto/1913 O Martelo/1914
Amor de monge
A Alavanca/1934/35
Dom Augusto Álvaro da Silva (Recife, 8 de abril de 1876 — Salvador, 14 de agosto de 1968) foi um cardeal brasileiro. Nascido em Recife, estudou no Seminário Diocesano de Olinda, sendo ordenado padre em 5 de março de 1899.[1] Eleito bispo de Floresta, diocese recém criada, em 12 de maio de 1911, sendo consagrado em 22 de outubro, por Luís Raimundo da Silva Brito, arcebispo de Olinda, assistido por Francisco de Paula e Silva, CM, bispo de São Luís do Maranhão, e por Joaquim Antônio de Almeida, bispo de Natal. Foi transferido para a diocese de Barra do Rio Grande em 25 de junho de 1915.[1] Promovido a sé metropolitana de São Salvador da Bahia em 18 de dezembro de 1924.[1] Em agosto de 1935, recebeu o título de conde do papa Pio XI[2] e foi assistente no Trono Pontifício em 22 de fevereiro de 1936. Seu governo como Arcebispo de Salvador foi marcado pela demolição da antiga Sé da Bahia em 7 de agosto de 1933 mudando-se para a atual catedral.[1] Foi criado cardeal-presbítero no consistório de 12 de janeiro de 1953, recebendo o barrete cardinalício e o título de Santo Ângelo em Pescheria, diaconia elevada pro illa vice a título em 15 de janeiro.[1] Frequentou a Primeira Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, no Rio de Janeiro, entre 25 de julho e 4 de agosto de 1955. Frequentou o Concílio Vaticano II, entre 1962 e 1965.[1] Faleceu em 14 de agosto de 1968, em Salvador. Foi sepultado na Catedral-Basílica Primacial de São Salvador. Na sua morte, ele era o mais idoso membro do Colégio dos Cardeais.[1]
Augusto Aristeu Augusto Azevedo
Amigos O sofrimento A tua voz
A Noticia/1928 O Rosariense/1903/04 O Rosariense/1903/04
Augusto Correia Poesia Revista Maranhense/1920 José Augusto Correia nasceu em S. Luís, em 3 de agosto de 1854 e faleceu na mesma cidade, em 16 de fevereiro de 1919. Homem honrado, dessa estirpe de varões que rareiam em nossos dias, o professar Correia era filho do Dr. Frederico José Correia c de Inês Pessoa Correia. Lecionou no Seminário das Mercês e nos famosos colégios de José Ribeiro do Amaral, de Rosa Larga Nina, de Raimundo Tolentino Lisboa Coqueiro e de Luiza Messina de Sá Correia. Funcionário público exemplar, desempenhou comissões importantes como as de Delegado Fiscal e Inspetor da Alfândega. Colaborou na imprensa local, notadamente na “Pacotilha” e no “Jornal” e em várias folhas literárias. Na Academia Maranhense de Letras foi o fundador da Cadeira nº 17, que tem como patrono Francisco Sotero dos Reis.
Augusto de Almeida
Fatal destino
Cidade de Pinheiro/1923
Augusto de Carvalho Aranha As gondolas Revista Elegante/1895 Augusto de Carvalho (?) Regresso Revista Elegante/1897 Nome completo: Augusto Álvaro de Carvalho Aranha Nascimento: 1876 - Aracaju, SE Morte: 1928 - Guaratinguetá, SP Descrição: Poeta, contista, membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Fonte(s) dos dados COUTINHO, Afrânio; SOUSA, José Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional; Academia Brasileira de Letras, 2001. 2 v. ISBN 8526007238 Eu
Contos
1900
Parnaso sergipano
Poemas
1899
Poeira do Meu Caminho
Outros
1926
Primícias
Poemas
1896
Sonetos brasileiros
Poemas;Crítica, teoria ou história literária
1904
Visão das Horas
Outros
1926
Augusto de Lima
A serenata Almas paralelas
O Funcionário/1910 Cidade de Pinheiro/1924
Antônio Augusto de Lima (Nova Lima, então Congonhas de Sabará, 5 de abril de 1859 — Rio de Janeiro, 22 de abril de 1934) foi um jornalista, poeta, magistrado, jurista, professor universitário e político brasileiro. Biografia Antônio Augusto de Lima começou os estudou em Sabará, seguindo depois para o Seminário de Mariana e o Colégio do Caraça. Posteriormente estudou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco em 1882, onde foi colega de seu irmão, Bernardino de Lima.[1] Em 1883 foi promotor, depois juiz municipal de Leopoldina. Posteriormente foi nomeado juiz de direito da comarca de Conceição da Serra (ES), até maio de 1890, assumindo, em agosto deste ano, a chefia de polícia do estado em Ouro Preto, então capital do estado de Minas Gerais.[1] Foi durante seu mandato como Governador de Minas Gerais (1891) que propôs e defendeu a mudança da capital do estado de Ouro Preto para o Curral del Rei (atual Belo Horizonte), a qual foi efetivada no governo seguinte, de Afonso Pena.[1] Casou-se com Vera Monteiro de Barros de Suckow, neta do major Hans Wilhelm von Suckow e Augusto de Lima Júnior, intelectual mineiro, foi o primogênito de um total de sete filhos. Em 1903 foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira 12,[2] sendo eleito seu presidente em 1928.[3] Em 1906, foi eleito deputado federal, mudando-se para Rio de Janeiro, sendo reeleito em sete legislaturas, e participou ativamente do Governo Provisório de 1930 até falecer em 1934.[1] Dentre seus trabalhos legislativos, defendeu fortemente a causa das matas brasileiras. Em 1915 resgatou uma proposta feita pelo presidente Hermes da Fonseca em 1914 que estava parada nos ministérios. Durante discussões, chegando a comparar a defesa das matas brasileiras como sendo tão importante quanto a abolição da escravatura.[4] Depois de anos, foi presidente da 20ª subcomissão legislativa que construiu o anteprojeto do primeiro Código Florestal Brasileiro (entregue em 1931, aprovado em 1934).[5] A poesia de Augusto de Lima mostra uma forte vertente panteísta, ligada ao meio ambiente, e faz questionamentos existenciais aliados a um ponto de vista ético e universalista.[6] Bibliografia Contemporâneas (1887) Símbolos (1892) Poesias (1909) Noites de sábado, crônicas (1923) São Francisco de Assis, poesia (1930) Coletânea de poesias (1880-1934)
Poesia (1959) Tiradentes, drama (1937) Antes da Sombra, poesias Academia Brasileira de Letras Ocupou a cadeira 12 da Academia Brasileira de Letras e seu presidente em 1928.[3] Augusto dos Anjos
Budismo moderno A um carneiro morto
Jornal de Balsas/1932 Jornal de Balsas/1932
Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos (Sapé, 20 de abril de 1884 – Leopoldina, 12 de novembro de 1914) foi um poeta brasileiro, identificado muitas vezes como simbolista ou parnasiano.[1] Todavia, muitos críticos, como o poeta Ferreira Gullar, preferem identificá-lo como pré-modernista, pois encontramos características nitidamente expressionistas em seus poemas.[1] É conhecido como um dos poetas mais críticos do seu tempo, focando suas críticas ao idealismo egocentrista que se emergia em sua época, e até hoje sua obra é admirada tanto por leigos quanto por críticos literários.[2] É patrono da cadeira número 1 da Academia Paraibana de Letras (APL), que teve como fundador o jurista e ensaísta José Flósculo da Nóbrega e como primeiro ocupante o seu biógrafo Humberto Nóbrega, sendo ocupada atualmente por José Nêumanne Pinto. Augusto dos Anjos também é o patrono da Academia Leopoldinense de Letras e Artes.[3] Biografia Augusto dos Anjos nasceu no Engenho Pau d'Arco, atualmente no município de Sapé, Estado da Paraíba. Foi educado nas primeiras letras pelo pai e estudou no Liceu Paraibano, onde viria a ser professor em 1908. Precoce poeta brasileiro, compôs os primeiros versos aos sete anos de idade. Em 1903, ingressou no curso de Direito na Faculdade de Direito do Recife, bacharelando-se em 1907.[1] Em 1910 casa-se com Ester Fialho. Seu contato com a leitura, influenciaria muito na construção de sua dialética poética e visão de mundo. Com a obra de Herbert Spencer, teria aprendido a incapacidade de se conhecer a essência das coisas e compreendido a evolução da natureza e da humanidade. De Ernst Haeckel, teria absorvido o conceito da monera como princípio da vida, e de que a morte e a vida são um puro fato químico. Arthur Schopenhauer o teria inspirado a perceber que o aniquilamento da vontade própria seria a única saída para o ser humano. E da Bíblia, da qual também não contestava sua essência espiritualística, usando-a para contrapor, de forma poeticamente agressiva, os pensamentos remanescentes, em principal os ideais iluministas/materialistas que, endeusando-se, se emergiam na sua época.[1] Essa filosofia, fora do contexto europeu em que nascera, para Augusto dos Anjos seria a demonstração da realidade que via ao seu redor, com a crise de um modo de produção pré-materialista, proprietários falindo e ex-escravos na miséria. O mundo seria representado por ele, então, como repleto dessa tragédia, cada ser vivenciando-a no nascimento e na morte. Augusto nega a religião como algo que possa explicar o mundo, sua poesia é composta por muitas ironias contra o cristianismo e a religião de uma forma geral, embora em sua cidade natal, Engenho do Pau D’Arco, o escritor conduzia reuniões mediúnicas e psicografava:[4] "Promovia 'sessões memoráveis' na sala de jantar. Era 'médium' classificado", segundo o biógrafo Ademir Vidal. Embora se intitulassem católicos, os membros de sua família realizavam sessões espíritas por curiosidade, até que, por motivos de perturbação no ambiente doméstico, a mãe do autor decidiu proibi-las. Vidal afirma também que Augusto dos Anjos chegou a psicografar versos de Gonçalves Dias.[5] Dedicou-se ao magistério, transferindo-se para o Rio de Janeiro,[quando?] onde foi professor em vários estabelecimentos de ensino. Faleceu em 12 de novembro de 1914, às 4 horas da madrugada, aos 30 anos, em Leopoldina, Minas Gerais, onde era diretor de um grupo escolar. A causa de sua morte foi a pneumonia. Na casa em que residiu durante seus últimos meses de vida funciona hoje o Museu Espaço dos Anjos. Durante sua vida, publicou vários poemas em periódicos, o primeiro, Saudade, em 1900. Em 1912, publicou seu livro único de poemas, Eu, contendo 56 poemas. Após sua morte, seu amigo Órris Soares organizaria uma edição chamada Eu (poesias completas), incluindo ao núcleo original mais 46 poemas que o poeta deixara manuscritos ou que foram publicados apenas em periódicos. Obra poética
Capa do livro Eu, revista e custeada pelo poeta ainda em vida com ajuda de seu irmão, Odilon dos Anjos, publicado em 1912. A poesia brasileira estava dominada por simbolistas e parnasianos, dos quais o poeta paraibano herdou algumas características formais, mas não de conteúdo.[1] A incapacidade do homem de expressar sua essência através da "língua paralítica" (Anjos, p. 204) e a tentativa de usar o verso para expressar da forma mais crua a realidade seriam sua apropriação do trabalho exaustivo com o verso feito pelo poeta parnasiano. A erudição usada apenas para repetir o modelo formal clássico é rompida por Augusto dos Anjos, que se preocupa em utilizar a forma clássica com um conteúdo que a subverte, através de uma tensão que repudia e é atraída pela ciência. A obra de Augusto dos Anjos pode ser dividida, não com rigor, em três fases, a primeira sendo muito influenciada pelo simbolismo e sem a originalidade que marcaria as posteriores. A essa fase pertencem Saudade e Versos Íntimos. A segunda possui o caráter de sua visão de mundo peculiar. Um exemplo dessa fase é o soneto Psicologia de um Vencido. A última corresponde à sua produção mais complexa e madura, que inclui Ao Luar. Sua poesia chocou a muitos, principalmente aos poetas parnasianos, mas hoje é um dos poetas brasileiros que mais foram reeditados. Sua popularidade se deveu principalmente ao sucesso entre as camadas populares brasileiras e à divulgação feita pelos modernistas. Hoje em dia diversas editoras brasileiras publicam edições de Eu e Outras Poesias. Crítica literária Que ninguém doma um coração de poeta![6] é um ensaio sobre o soneto “Vencedor” e o EU quando constata um Augusto dos Anjos convicto em instaurar uma nova civilização brasileira que assombrará ao mundo por meio de um novo estatuto à palavra feia e fedorenta, arrombando às portas à nova poética do Cosmos. Assim, Augusto dos Anjos reivindica um novo Cosmos ao Eterno, pois está inconformado e quer salvar à humanidade, encarnando também um novo Cristo por acreditar piamente que ele não morreu, pois em carne, osso e sangue vive na Serra da Borborema, lá na Velha Paraíba onde nasceu. A poética[7] EU de Augusto dos Anjos, assentada em bases sólidas do verossímil e da unidade clássica do filósofo Aristóteles, necessita de risco, fazer o que tem de ser feito, no seu projeto fracassado dum novo Cosmos, que ressuscita à vida duma nova Roma instaurada noutra nova civilização brasileira frente ao velho mundo. Trata-se duma poética da transgressão que se dá à janela livre da globalização ao unir os povos numa só nação chamada Brasil, por estar à frente de seu tempo e na vanguarda cultural da unidade das nações também à luz da pluralidade,[8] de Paul Feyerabend. Nem é à toa que no livro A poética carnavalizada de augusto dos anjos[9] o crítico constate como em todo o EU e no soneto “Vencedor” há um poeta atormentado em instaurar uma nova civilização brasileira, quem assombrará ao mundo por meio de o seu novo estatuto dado à palavra feia e fedorenta como a cloaca que alimenta à hiena, animal desvairado que ainda assim sorrir. Palavra esdrúxula e excêntrica essa que arromba às portas da unidade clássica à literatura universal por meio de a sua poética da pluralidade, da transgressão, ordinária e inclassificável. Nem é à toa também que o poeta de EU, Augusto dos Anjos, explore em sua poética expressões tétricas como "Evangelho da podridão", "verme", "matéria em decomposição", “cloaca”, "escarro", “miséria”, “grito”, “horrenda”, “alegre” e "sangue". Todavia tudo junto e misturado às palavras alegres da literatura carnavalizada, que vai abrindo à cena inaugural da miséria nacional por meio dum estranho circo de horrores. É como se criasse assim nessa poética uma metalinguagem cinematográfica sobre o corpo devorado por seus próprios vermes. E o faz por meio duma escritura em plena festa da carne, o carnaval. Enfim, a sátira menipeia manifesta-se pois também nessa poética aristotélica de EU. Mas ao mesmo tempo é uma poética da transgressão, uma autêntica e original "coroação destronamento".[10] Trata-se de polifonia, dialogismo e "discurso social" confluindo na categoria explorada por Bakhtin em sua tríade filológica: "primeira peculiaridade", "segunda peculiaridade" e "terceira peculiaridade", equidistantes à tríade semiótica de Peirce: primeiridade, secundidade, terceiridade, que se vão corresponder também com a tríade de Lacan: real, simbólico, imaginário. Sua linguagem orgânica, muitas vezes cientificista e agressivamente crua, mas sempre com ritmados jogos de palavras, ideias, e rimas geniais, causava repulsa na crítica e no grande público da época. Ele somente apresentou grande vendagem anos após a sua morte. Muitas divergências há entre os críticos de Augusto dos Anjos quanto à apreciação de sua obra e suas posições são geralmente extremas. De qualquer forma, seja por ácidas críticas destrutivas, seja através de entusiasmos exaltados de sua obra poética, Augusto dos Anjos está longe de se passar despercebido na literatura brasileira.[11][12] Abordagem biográfica O aspecto melancólico da sua poesia, que a marca profundamente, é interpretado de diversas maneiras. Uma vertente de críticos, na qual se inclui Ferreira Gullar, fundamenta a melancolia da obra na biografia do homem Augusto dos Anjos. Para Gullar, as
condições de nossa cultura dependente dificultam uma expressão literária como a de Augusto dos Anjos, em que se rompe com a imitação extemporânea da literatura europeia. Essa ruptura de Augusto dos Anjos ter-se-ia dado menos por uma crítica à literatura do que por uma visão existencial, fruto de sua experiência pessoal e temperamento, que tentou expressar na forma de poesia. A poesia de Augusto dos Anjos é caracterizada por Gullar como apresentando aspectos da poesia moderna: vocabulário prosaico misturado a termos poéticos e científicos; demonstração dos sentimentos e dos fenômenos não através de signos abstratos, mas de objetos e ações cotidianas; a adjetivação e situações inusitadas, que transmitem uma sensação de perplexidade. Ele compara a miscigenação de vocabulário popular com termos eruditos do poeta ao mesmo uso que faz Graciliano Ramos. Descreve ainda os recursos estilísticos pelos quais Augusto dos Anjos tematiza a morte, que é personagem central de sua poesia, e o compara a João Cabral de Melo Neto, para quem a morte é apresentada de forma crua e natural.[13] Abordagem psicanalítica Outros, como Chico Viana, procuram explicar a melancolia através dos conceitos psicanalíticos. Para Sigmund Freud, a melancolia é um sentimento parecido com o luto, mas se caracteriza pelo desconhecimento do melancólico a respeito do objeto perdido. A origem da melancolia da poesia de Augusto dos Anjos estaria, para alguns críticos, em reflexões de influências política com os problemas de sua família, e num conflito edipiano de sua infância.[14] Abordagem bloomiana Há ainda aqueles que tentam analisar a poesia de Augusto dos Anjos baseada em sua criatividade como artista, de acordo com o conceito da melancolia da criatividade do crítico literário norte-americano Harold Bloom. O artista seria plenamente consciente de sua capacidade como poeta e de seu potencial para realizar uma grande obra, manifestando, assim, o fenômeno da "maldição do tardio". Sua melancolia viria da dificuldade de superar os "mestres" e realizar algo novo.[15] Unanimidades De forma geral, no entanto, sua poesia é reconhecidamente original. Para Álvaro Lins e para Carlos Burlamaqui Kopke, sua singularidade está ligada à solidão, que também caracteriza sua angústia.[16] Eudes Barros, em seu livro A Poesia de Augusto dos Anjos: uma Análise de Psicologia e Estilo, nota o uso inusitado dos adjetivos por Augusto dos Anjos, e qualifica seus substantivos como extremamente sinestésicos, criando dimensões desconhecidas para a adjetivação convencional. Manuel Bandeira destaca o uso das sinéreses como forma de representar a impossibilidade da língua, ou da matéria, para expressar os ideais do espírito. Portanto, os recursos estilísticos de Augusto dos Anjos se reconhecem como geniais.[11] As imagens da obra poética de Augusto dos Anjos se caracterizam pela teratologia exacerbada, por imagens de dor, horror e morte. O uso da racionalidade, e assim da ciência, seria uma forma de superar a angústia da materialidade e dos sentimentos. Mas a Ciência, que marca fortemente sua poesia, seja como valorizada ou através de termos e conceitos científicos, também lhe traz sofrimento, como nota Kopke.[16] É marcante também a repetição de temas nessa poesia, e um sentimento de solidariedade universal, ligado à desumanização da natureza e até do próprio humano, o que reduziria todos os seres a uma só condição. Os contrastes peculiarizam seus temas. Idealismo e materialismo, dualismo e monismo, heterogeneidade e homogeneidade, amor e dor, morte e vida, "Tudo convém para o homem ser completo", como diz o próprio poeta em Contrastes.[11][12] Referências ↑ Ir para:a b c d e «Augusto dos Anjos». 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Só nos dois
O Combate/1954
Augusto Lima
Almas paralelas
O Tocantins/1914
Augusto de Lima (Antônio Augusto de Lima), poeta e magistrado, nasceu em Congonhas de Sabará, hoje Nova Lima, MG, em 5 de abril de 1859, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 22 de abril de 1934. Na Academia Brasileira de Letras, concorreu a primeira vez em 1902, na vaga de Francisco de Castro, tendo sido eleito Martins Júnior. Um ano depois, apresentou-se candidato à vaga de Urbano Duarte. Foi eleito em 5 de fevereiro de 1903, mas só tomou posse quatro anos depois, em 5 de dezembro de 1907, sendo recebido pelo acadêmico Medeiros e Albuquerque. Augusto de Lima era filho de José Severiano de Lima e de D. Maria Rita de Lima. Iniciou o seu curso de humanidades no Seminário de Mariana, onde teve como professor de Latim o então padre Silvério Gomes Pimenta, mais tarde arcebispo de Mariana e membro da Academia Brasileira de Letras, cursando depois o Seminário do Caraça. Desistindo de ser padre, foi prestar os exames preparatórios em Ouro Preto, em 1877. Em 1878, ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo, onde foi amigo, entre outros, de Raimundo Correia, Afonso Celso Júnior, Silva Jardim, Valentim Magalhães, Teófilo Dias, Pinheiro Machado e Assis Brasil. Fundou, em 1880, com Raimundo Correia, Alexandre Coelho e Randolfo Fabrino, a Revista de Ciências e Letras. Obteve o título de bacharel em 1882, tendo, durante o curso, exercido o jornalismo, no qual se mostrou propagandista das ideias da República e da Abolição. Passou a colaborar na imprensa, sobretudo no jornal O Imparcial, às vezes sob os pseudônimos I, Lílvio e Lauro. Voltou a Minas Gerais, onde foi nomeado promotor do Termo de Leopoldina, e, em 1885, juiz municipal. Em 1889 foi nomeado promotor de Direito de Conceição da Serra, no Espírito Santo, onde permaneceu até 1890, quando deveria seguir, no mesmo posto, para Dores de Boa Esperança, em Minas, acabando por ser escolhido chefe de polícia do Estado, em Ouro Preto. Agitava-se, naquela ocasião, o problema da mudança da capital do Estado de Minas, e a tese de Augusto de Lima era a de que a nova capital devia ser instalada no antigo Curral del Rei, depois Belo Horizonte, ponto de vista que era também o do Barão de Lucena, Ministro da Justiça. Foi nomeado Presidente do Estado, mas não quis, por si só, fazer a mudança do governo, e submeteu o assunto ao Congresso Constituinte, e só três anos depois, em 1898, transferiu-se para Belo Horizonte a capital do Estado. Augusto de Lima deu o seu nome a uma das mais belas avenidas da nova capital. Deixando o governo do Estado, voltou ao seu posto de juiz, servindo em Belo Horizonte. Ao fundar-se a Faculdade de Direito de Minas Gerais, foi escolhido para ser um dos professores, indo reger a cadeira de Filosofia do Direito, acumulando o cargo de diretor do Arquivo Público, até 1910. Nesse ano, foi eleito Deputado Federal pelo seu Estado, sendo reeleito em várias legislaturas. Na campanha política de 1929-1939, da qual resultou a vitória da Revolução, teve parte relevante, pronunciando memoráveis discursos. Na Câmara, o nome de Augusto de Lima aparece relatando e assinando pareceres na Comissão de Diplomacia e Tratados, de que foi membro, notadamente de 1910 a 1913 e de 1920 a 1923. Em 1934, foi eleito para a Assembleia Constituinte, e dela fazia parte, quando teve de submeter-me a uma cirurgia, vindo a falecer. É um dos grandes poetas de índole filosófica na literatura brasileira.
Segundo ocupante da cadeira 12, foi eleito em 5 de fevereiro de 1903, na sucessão de Urbano Duarte, e recebido em 5 de dezembro de 1907 pelo acadêmico Medeiros e Albuquerque. Recebeu o acadêmico João Luís Alves. Augusto Linhares
O Prego
Novidades/1952
AUGUSTO LINHARES AUGUSTO LINHARES nasceu aos 24 de novembro de 1879, em Baturité, no Ceará, em cuja capital fez os estudos de Humanidades. Matriculando-se, em 1897, na Faculdade de Medicina da Bahia, no ano seguinte passar-se-ia para a do Rio de Janeiro, na qual, em 1902, veio a doutorar-se. Fez estudos especiais de Medicina Tropical em Manguinhos, com Osvaldo Cruz, tendo sido discípulo de Ronald Ross, em Liverpool. Dedicou-se à cirurgia especializada — à Larinotologia — trabalhando na "Charité", de Berlim, com o prof. Killiam. No exercício dessa sua especialidade, esteve em Bordéus, França, e nos Estados Unidos da América do Norte. Em nosso país, desempenhou-se de várias comissões, como a de médico do Saneamento de Manaus; a de Inspetor de Saúde dos Portos do Amazonas, e a de Inspetor Escolar da Prefeitura do Distrito Federal. Prosador e poeta, é diretor da revista "Conferências". Do "Pen Clube do Brasil" e sócio-benemérito da A.B.L Bibliografia: —- "Oração na Academia"; "Voltando ao Columbário"; "José de Alencar"; "Aspectos da Civilização Americana"; "Elogio do Micróbio"; "A Turma de 1902"; Hino ao Café"; "Ora, direis..." (poesia), Ceará, 1948; e "Raimundo Correia", 1949. Radicou-se no Rio de Janeiro, onde morreu em 21 de outubro de 1963 Revista: " Conferência ", Revista de ciências, artes e letras, diretor Augusto Linhares, ANO I, nº 1, Rio de Janeiro, 1923, 31 pp., brochura, no estado (1 furo), textos de Humberto de Campos, Berilo Neves e outros.
Augusto Rodrigues Augusto Santos Aureliano Rodrigues Ausonio Camara Ausonio Gama Austriclinio F. Quirino
Quadras Quadra A flor Nossa cruzada De volta O que somos
Estrela Maranhense/1859 A Estrela Maranhense/1859 O Martelo/1911 A Luz/1948 Voz do Povo/1931 Voz do Povo/1931
Paysagem Em sonho A O Martelo Arrependida Divino Olhar Para saudar 1912
O Martelo/1911 O Martelo/1911 O Martelo/1911 O Martelo/1911 O Martelo/1911 O Martelo/1914
Divino olhar Confidencias Nocturno Insonia Paciencia suprema Cuidado com os dentes
O Martelo/1914 O Martelo/1914 O Martelo/1914 O Martelo/1914 O Martelo/1914 O Martelo/1914
Austriclínio Ferreira Quirino, mais conhecido pelo pseudônimo Austro-Costa (Limoeiro, 6 de maio de 1899[1] — Recife, 29 de outubro de 1953) foi um jornalista e poeta brasileiro.[2] Publicou seu primeiro poema, O empata, em sua cidade-natal.[3] Na imprensa recifense do início do século XX, onde aportou com 17 anos, atuou como revisor, repórter, cronista[nota 1], publicando também seus poemas. Muitos de seus poemas apenas foram publicados em periódicos, permanecendo inéditos em livros.[3] Integrou o Movimento Modernista de Pernambuco, em 1924,[3] por influência do jornalista Joaquim Inojosa. Teve morte acidental. O ônibus no qual viajava bateu num poste, e Austro-Costa, viajando em pé, foi lançado fora, sofrendo fratura de base do crânio, com morte imediata.[2][3] Atividades como jornalista Austro-Costa atuou nos seguintes órgãos recifenses:[3] Empresa Vecchi, distribuidora de livros e fascículos; Jornal do Recife; Jornal do Commercio; A notícia; Diário da Tarde; Diario de Pernambuco. Livros publicados Mulheres e rosas, 1922[3] Vida e sonho , 1945 De monóculo[2] Hinos compostos Hino da Rádio-Patrulha de Pernambuco Marcha-canção dos Legionários de Princesa Hino do Congresso Comemorativo do Cinqüentenário do Apostolado da Oração da Paróquia de Casa Forte[3] Prêmio Prêmio Othon Bezerra de Mello, da Academia Pernambucana de Letras, edição 1945. Entidade literária Eleito para a cadeira 10 da Academia Pernambucana de Letras em 21 de janeiro de 1937, não tomou posse e a cadeira continuou vaga.[5] Em 7 de janeiro de 1947 foi novamente eleito para a mesma cadeira, pediu transferência para a cadeira número 5, só tomando posse em 28 de outubro de 1949.[1] Outras atividades Participou combatendo a Revolução Constitucionalista de 1932; Integrou o Movimento Modernista em Pernambuco; Foi funcionário público, na Assembléia Legislativa.
Austriclínio Ferreira Quirino, mais conhecido pelo pseudônimo Austro-Costa (Limoeiro, 6 de maio de 1899 — Recife, 29 de outubro de 1953) foi jornalista e poeta. Publicou seu primeiro poema, O empata, em sua cidade-natal. Na imprensa recifense do início do século XX, onde aportou com 17 anos, atuou como revisor, repórter, cronista, publicando também seus poemas. Teve morte acidental. O ônibus no qual viajava bateu num poste, e Austro-Costa, viajando em pé, foi lançado fora, sofrendo fratura de base do crânio, com morte imediata. Auto Pereira
A um escolar Idalia França A um mestre escola Noivos Literatura
Pacotilha/1880 Pacotilha/1880 Pacotilha/1880 O Corisco/1890 O Corisco/1890
Ayres de Miranda Azevedo
Soneto Acabou-se o dinheiro
A Luta/1891 O Jardim das Maranhenses/1861
Azevedo Cruz
Serenata Colmeia
Pacotilha/1891 Pacotilha/1891
AZEVEDO CRUZ (1870-1905) JOÃO ANTÔNIO DE AZEVEDO CRUZ nasceu na freguesia de Santa Rita da Lagoa de Cima, município de Campos, Estado do Rio, em 22 de julho de 1870. Após ter feito preparatórios no Liceu de Humanidades de Campos (atual Instituto de Educação), veio estudar Direito no Rio, terminando o curso na Faculdade de Direito de São Paulo, em 1895. Foi, ali, colega e amigo de Alphonsus de Guimaraens. Com 17 anos publicara os seus primeiros versos, "Teus Olhos" no jornal A Aurora, de Campos, trabalhando em A República e, depois de formado, na Gazeta do Povo e no Monitor Campista. Durante a Revolta Naval incorporou-se ao Batalhão Acadêmico São Paulo. Foi deputado à Assembleia Legislativa do Estado do Rio e, no governo Quintino Bocaiuva, chefe de polícia, posto em que faleceu, em Nova PFriburgo, às 22,30 horas do dia 22 de janeiro de 1905, sendo enterrado em Campos. Essa cidade erigiu-lhe um mausoléu e, na Praça de São Salvador, uma herma. Obtiveram fama em todo o país o soneto " Minha Senhora, o Amor" e o poema "Amantia Verba", em que decanta a cidade de Campos. O seu poema " Floriano Peixoto" causou geral impressão, declamado por ele mesmo à passagem dos funerais daquele estadista. Obra poética: Profissão de Fé, Campos, 1901. E' uma curta coletânea. Por iniciativa da Academia Campista de Letras, nova seleção das suas poesias foi publicada: Sonho, poesias escolhidas, Coeditora Brasílica (Cooperativa), Rua 13 de Maio, 44-A, Rio de Janeiro, 1943. Contém 60 produções. Nela não foi incluída a poesia declamada nos funerais de Floriano Peixoto, que teve repercussão nacional; e nela foi omitida a característica apóstrofe : "Minha senhora o amor..." sem a qual o soneto célebre começa abruptamente e perde grande parte do seu efeito. Também o prefácio, do escritor Aurino Maciel, mal informado do ponto de vista histórico e desprovido de caráter crítico, não faz sequer referência ao movimento simbolista, de que Azevedo Cruz foi prógono decidido, e que liderou em Campos. A sua admiração máxima, entre os poetas seus contemporâneos, era reservada a Cruz e Sousa, e não — aos parnasianos — citados pelo prefaciador — cuja arte poética ele combatia.
MURICY, Andrade. Panorama do movimento simbolista brasileiro. Volume 1. Revisão crítica e organização da bibliografia por Aurélio Buarque de Hollanda Ferreira. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Saúde, Instituto Nacional do Livro, 1952. 382 p. Impressão Departamento de Imprensa Nacional. Ex. Biblioteca Nacional de Brasília, doação família de Marly de Oliveira. AMANTIA VERBA Ao Pereira Nunes "Esta é a ditosa Pátria minha amada” (CAMÕES) Campos formosa, intrépida amazona Do viridente plaino Goitacás ! Predileta do Luar como Verona, Terra feita de luz e madrigais ! Na planura sem fim do teu regaço Quem poderá dizer que o sol' se esconde ? Para subir aqui — sobra-lhe espaço! Para descer aqui — não tem por onde! Oh Paraíba, oh mágica torrente Soberana dos prados e vergéis! Por onde passas, como um rei do oriente, Os teus vassalos vêm beijar-te os pés ! De Otelo tens a cólera, alteroso, E o quebranto das pérfidas sereias: Ora revel, nas formidáveis cheias, Ora em tranquilo e plácido repouso! Pelo teu dorso quérulo e undiflavo* Vogam lamentos como nunca ouvi... Ecos talvez das lágrimas do Schiavo, Ou dos tristes amores de Peri ! Quanta vez fui contar-te as minhas mágoas (Tu, rio, és meu irmão, tu também penas!) Embalavam-me as tuas cantilenas, O doce arfar monótono das águas! Os meus passeios preferidos lembro : Beirando o rio, a Lapa, a Igreja, o Asilo, Toda aquela paisagem, tudo aquilo, Nas luminosas tardes de Dezembro! O sol, tamanho gasto e desperdício De tons e tintas, pródigo, fazia, Que todo o Paraíba parecia Iluminado a fogo de artifício! Nos tempos do Liceu horas inteiras,
Ao pôr do sol, passava-as no mirante: Monologavam pelo azul distante Os perfis solitários das palmeiras! E vinha-me a ilusão que era o rei mouro O último rei que governou Granada: Sobre a cidade a púrpura abrasada E as torres altas, minaretes de ouro! Em caprichosa curva em face, a franca, A límpida caudal do Paraíba; E ao largo, alvissareiro, rio arriba, O traço alegre de uma vela branca! Parecias-me muito mais estreito Visto dali, talvez pela distância, Companheiro fiel da minha infância, Rio que rolas dentro do meu peito! Faixa de opala que a cidade enlaça Pela cintura, — cíngulo de neve! Vendo-te, — vê-se bem que a vida é breve ! Corre, vai, rio amigo, tudo passa! Torres de usinas fumegando a um lado, Para o poente o Itaoca e em cima e ao fundo, Diáfano sempre, — um céu imaculado, Céu de safira sem rival no mundo! Noite! A esfera armilar da lua cheia Do sudário das águas surge ao lume, E tudo ao luar o estranho aspecto assume Dos castelos da Espanha sobre a areia! A extrema-unção do luar como que invade A alma das coisas, sobre tudo esvoeja: Faz-se toda de mármore a cidade, Vê-se uma catedral em cada Igreja! Junho, mês dos noctívagos, corria... Julieta à varanda debruçada Vinha escutar a flauta enamorada, Nas horas mortas, pela noite fria... Tudo no olvido cai, tudo fenece, BANCO DAS CISMAS, tudo cai no olvido! Teu nome hoje é vazio de sentido, A nova geração não te conhece! Eras outrora o nosso confidente, O Parnaso da RODA, a nossa Ermida! BANCO DAS CISMAS, quanto sonho ardente Desfeito em fumo no correr da vida! Como o rei Harfagar, meu derradeiro Sono, em teu seio, mude-se em vigília! Abrigo e lar dos que não têm família! Meu amado torrão hospitaleiro ! Campos formosa, intrépida amazona Do viridente plaino Goitacás! Predileta do Luar como Verona, Terra feita de luz e madrigais!
Nada iguala os teus dons, os teus primores, Vai de delícias, o teu céu azul! Minha terra natal, ninho de amores, Urna de encantos, pérola do sul! 1901. (Profissão de Fé, págs. XV-XXVII.) * Está: "ondiflavo".
MARECHAL FLORIANO "Os mortos governam os vivos'' A. COMTE Deixai passar o Grande Morto! Deixai passar, deixai passar. . . Sereno vai, sereno e absorto Vai a enterrar, vai a enterrar! Pois embaraçam-lhe o Calvário Último? O céu por que se fez? Que o grande Morto Legendário Descanse ao menos uma vez... Que a Alma do Herói seja bendita. . As gerações que vem atrás Darão ao simples cenobita Envergaduras imortais! Por que essa Mágoa, essa Dor viva? O Céu se fez por que razão ? Uma Alma assim tão primitiva Não cabe dentro de um Caixão! Talhem no bronze a sua Imagem E o Monumento seja tal Que caiba os Preitos e a Homenagem Deste a assombroso funeral! E o rediviro Americano Terá, por transfigurações, Crescido o vulto sobre-humano Por gerações e gerações! E quando a Pátria um dia tenha Alguma Dor, algum Pesar, Em romaria ouvi-lo venha E a laje fria há de falar... Deixai passar o Grande Morto! Deixai passar, deixai passar... Sereno vai, sereno e absorto Vai a enterrar, vai a enterrar! Recitada pelo autor à passagem do féretro pela Rua Moreira César. *
(Ibid, págs. XXIX-XXXIIL) .* Rua do Ouvidor.
MINHA SENHORA, o amor degenerou, por fim, numa palavra falsa, e hoje já não é mais uma alucinação; tudo o que o doura e o veste e o transfigura e o realça da fantasia vem, nunca do coração! E' uma frase feliz no delírio da valsa, uma chama no olhar, um aperto de mão... um capricho, uma flor, uma luva descalça que alguém deixou cair e que se ergue do chão! Disse-lhe isto e esperei. Um silêncio aflitivo, longo e soturno como os torvos pesadelos, pairou no espaço como um ponto sobre um i! Dormi; quando acordei vi-me, enterrado, vivo, dentro da noite má dos seus negros cabelos, em cuja cerração corre que me perdi !.. . Do Sonho. (De uma revista da época.)
MORS SANCTA A Emanuel Moll Amor omnia vincit Dobra a finados! Ai Dona Alice! Lançam-lhe os Padres a Extrema-Unção ! Ninguém diria... Ninguém que a visse. Tanta Inocência, tanta Meiguice, Amortalhadas nesse caixão! Leva grinaldas de laranjeira Na fronte; e o branco vestido seu Tão bem lhe quadra, de tal maneira Fá-la bonita, fá-la faceira, Que nem parece que ela morreu! Ah! Com certeza, nesse abandono Da morte (e aos mortos o sonho apraz. . . ) Sonha que a levam de braço a um Trono, E que adormece... Talvez o sono Da longa noite dos Esponsais!... Lá fora, em Salmos de dor e pranto, Como a Harpa flébil do Rei Saul, Murmura o vento no Campo-Santo: "Será possível que durma tanto? Que sonho a embala, que sonho azul ?"
Pegam-lhe o esquife quatro donzelas... O "De profundis" ressoa no ar! Ai! Que amargura no rosto delas, Tendo as estrelas por sentinelas, Pelas estradas, à luz do luar! Nem pesa a carga, de tão ligeira... Tábuas de pinho que peso têm? Digam-me, moças: dá-lhes canseira ? Não fosse o mundo tamanha feira, E eu só levava-a, sem mais ninguém! Dos Campanários, nos sons plangentes, Na voz soturna dos carrilhões, Como que há Loas de Penitentes, Ânsias, gemidos, mágoas dolentes, Catedralescas lamentações ! Ai! triste dela! Que noite escura Nas catacumbas dos seus Avós! Que leito escasso ! Que terra dura ! Nos sete palmos da Sepultura Que eterna sombra! Que frio atroz! Que há de ser dela que, noite e dia, Sofreu da Tosse que a fez morrer ? A pobrezinha que já tossia. . . Depois de morta, na terra fria, No álgido túmulo, o que há de ser ? Repousa à sombra das Casuarinas... Foi para as almas deste jaez, Puras, inóxias e cristalinas, Foi para as almas adamantinas E imaculadas que o Céu se fez. Do "Sonho", Janeiro 95. (De uma publicação da época. )
O DESENLACE FQI ASSIM... O desenlace foi assim: vinha raiando a madrugada, quando Ela, triste, desolada, olhos magoados para mim. . . Vinha raiando a madrugada. . . — Ambos estávamos a sós: ela esquelética, mirrada, .quase sumida entre os lençóis.. . Vinha raiando a madrugada. . . Anoitecia em seu olhar! Eu tinha a voz entrecortada de soluçar, de soluçar! Vinha raiando a madrugada, e melancolizava o ar uma nostálgica toada
de marinheiros sobre o mar. . . Inofensiva e imaculada! Pomba sem fel, martírio meu! Vinha raiando a madrugada. . . ........................................... E foi assim que Ela morreu.
1896. (Sonho, págs. 71-72.)
PAISAGEM CAMPISTA Aqui, desta eminência, afoito, o olhar, sem peias, livre discorre: ao longe a floresta de alfanjes do canavial, e em torno o mais que tudo abranges, —lagunas e canais, as artérias e as veias ! E o Paraíba.— vêde-o! Acaso ao Nilo e ao Ganges pode ele algo invejar? E os troncos e as cadeias (Por que — lembrando-o agora, Alma, assim te confranges ?) da africana tragédia, e as fecundantes cheias ? Ei-lo, amigo, aqui tens todo o cenário em frente: — a orla azul do Itaoca apenas quebra, ao poente, a simetria deste* plano horizontal! Ei-la, a estepe infinita onde reina o campeiro e onde, ao nascer do sol, merencório, no meeiro, passa o carro a gemer sob o azul matinal. 1902. (Ibid., pág. 120.) * Em vez de "deste", está: "feliz do", o que força, ou talvez quebra, o verso. A versão que se adotou aqui está de acordo com uma transcrição do soneto feita no Jornal do Comercio, n. de 24 de junho de 1928.
OLIVEIRA, Alberto de. Páginas de ouro da poesia brasileira. Rio de Janeiro: H Garnier, Livreiro-Editor, 1911. 420 p. 12x18 cm Impresso em Paris por P. Dupont. Ex. bibl. Antonio Miranda Inclui os poetas: Frei José de Santa Rita Durão, Claudio Manuel da Costa, José Basílio da Gama, Thomas Antonio Gonzaga, Ignacio José de Alvarenga Peixoto, Manoel Ignacio da Silva Alvarenga, José Bonifacio de Andrada e Silva, Bento de Figuieredo Tenreiro Aranha, Domingos Borges de Barros, Candido José de Araujo Vianna, Antonio Peregfrino Maciel Monteiro, Manoel de Araujo Porto Alere, Domingos José Gonçalves de Magalhães, José Maria do Amaral, Antonio Gonçalves Dias, Bernardo Joaquim da Silva
Guimarãaes, Francisco Octaviano de Almeida Rosa, Laurindo José da Silva Rabello, José Bonifacio de Andrada e Silva, Aureliano José Lessa, Manoel Antonio Alvares de Azevedo, Luiz José Junqueira Freire, José de Moraes Silva, José Alexandre Teixeira de Mello, Luiz Delfino dos Santos, Casemiro José Marques de Abreu, Bruno Henrique de Almeida Seabra, Pedro Luiz Pereira de Souza, Tobias Barreto de Menezes, Joaquim Maria Machado de Assis, Luz Nicolao Fagundes Varella, João Julio dos Santos, João Nepomuceno Kubitschek, Luiz Caetano Pereira Guimarães Junior, Antonio de Castro Alves, Luiz de Sousa Monteiro de Barros, Manoel Ramos da Costa, José Ezequiel Freire, Lucio Drumond Furtado de Mendonça, Francisco Antonio de Carvalho Junior, Arthur Narantino Gonçalves Azevedim Theophilo Dias de Mesquita, Adelino Fontoura, Antonio Valentim da Costa Magalhães, Sebastião Cicero de Guimarães Passos, Pedro Rabello e João Antonio de Azevedo Cruz. PSALMO O desenlace foi assim : Vinha raiando a madrugada, Quando ella triste e desolada, Olhos maguados para mim... Vinha raiando a madrugada. Ambos estávamos a sós, Ella esquelética, mirrada, Quasi sumida entre os lençóes... Vinha raiando a madrugada. Anoitecia em seu olhar E eu tinha a voz entrecortada De soluçar... de soluçar... Vinha raiando a madrugada. E melancholisava o ar Uma nostálgica toada De marinheiros, sobre o mar... Vinha raiando a madrugada. Inoffensiva, immaculada Pomba sem fel, martyrio meu! Vinha raiando a madrugada... E foi assim que ella morreu !!
Azor Vesper
Os olhos de Demora
O Combate/1916
ABECEDÁRIO DA LITERATURA MARANHENSE: LETRA “B” LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Academia Ludovicense de Letras Academia Poética Brasileira Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro Centro Esportivo Virtual Licenciado em Educação Física; Mestre em Ciência da Informação De algum tempo venho me dedicando ao resgate da memória da literatura maranhense/ludovicense; buscando dados e informações sobre os autores que nasceram e/ou tiveram sua vida intelectual ligada ao Maranhão. Em especial, dedico-me à memória do lazer, esportes, e educação física no/do Maranhão. Daí, a literatura aparecer como componente de um lazer passivo... Na busca por maiores informações de Maria Firmina dos Reis, deparei-me com uma publicação em que aparecia um retrato da autora de Úrsula; fui buscar o suposto retrato no jornal em que fora publicada; só que não! Não encontrei nada; resolvi estender a busca por outros jornais, da época, e encontrei um sem-número de poesias publicadas, de diversos autores – então resolvi estender a busca: quem publicou, em jornais maranhenses, poesias? Encontrei mais de 6.600 (seis mil e seiscentos) poemas publicados, e não me utilizei de todo o acervo disponibilizado na Biblioteca Pública Benedito Leite, num total de 550 jornais digitalizados, desde o início da imprensa no Maranhão, isto porque a maioria dos jornais não se consegue acessar, pois apresenta erro; muitos estão inelegíveis, outros mutilados e outros não apresentam poesias em seu conteúdo. Outro grande problema é a identificação desses autores: alguns, figurinhas carimbadas, outros, desconhecidos, e um sem-número de anônimos: ou assinaram com pseudônimos, ou apenas as iniciais, e outros, nem mesmo isso. São 15 (quinze) publicações, em média 300 páginas cada uma delas, em que essa produção foi resgatada. Agora, só resta organizar esse material, por ano de publicação, respeitando a primeira edição do jornal em que foi publicada – e alguns, se estendem por vários anos; cotejar essa produção com outras publicações, em especial o fiz com o Dicionário Bibliográfico de Sacramento Blake, resgatando todos os maranhenses ali identificados, com suas obras e complementando, sempre que possível, essas informações. Verificou-se que a produção maior se refere à teses apresentadas às mais diversas instituições universitárias, que frequentaram: medicina, direito, matemática, a sua maioria. Teses e artigos médicos são a grande maioria. Alguns desses autores, também se dedicaram à literatura, em especial, poesia. Outras obras aparecem com o registro da literatura produzida no Maranhão, por maranhenses aqui nascidos, ou por português, e pessoas de outras nacionalidades, que aqui se estabeleceram; muitos, tiveram uma vida profissional fora do Maranhão, e lá foram autores ativos. Esse o desafio... E aqui vamos novamente, cotejando Sacramento Blake com outros dicionaristas e/ou enciclopedistas e/ou historiadores e/ou críticos literários... ALL EM REVISTA 10.4 - outubro/dezembro 2023 - EDIÇÃO ESPECIAL: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES VY - por Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVISTA 10.4 - outubro/dezembro 2023: EDIÇÃO ESPECIAL - A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES XIV por Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVISTA 10.4 - outubro/dezembro 2023 - EDIÇÃO ESPECIAL: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES XIII de Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVSITA 10.4 - Outubro/dezembro 2023 = Edição Especial: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES XIId by Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVSITA 10.4 - outubro/dezembro 2023 - EDIÇÃO ESPECIAL: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES XI - por Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVISTA 10.4 - OUTUBRO/DEZEMBRO 2023 - NUMERO ESPECIAL X A POESIA MARANHENSE NOS JORNAIS I por Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVISTA 10.4 - outubro/dezembro 2023 - edição especial: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES IX de Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVSITA 10.4 - OUTURBO-DEZEMBRO 2023 - EDIÇÃO ESPECIAL: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES VIII Direção: Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVSITA 10.4 - OUTURBO-DEZEMBRO 2023 - EDIÇÃO ESPECIAL: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES VIII Direção: Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES - BIOBIBLIOGRAFIAS de Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVISTA 10.4.6 - Outubro/dezembro 2023 - Edição especial: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES V de Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu
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Vamos à letra “B” B. Antunes B. Bitancourt B. Bona B. Castello Branco B. Crispim Pereira B. das Chagas B. de C. B. de Godois Barbosa de Godoi
Envelhecido Sem título Grisete Soneto Gonçalves Dias A vingança da marruá Bay-breack Triolet No berço
A Renascença/1914 A SENTINELA/1855 Pacotilha/1891 O Porvir/1895 O Porvir/1895 O Tempo/1931 Philomatia/1895 Revista Elegante/1897 Cidade de Pinheiro/1923
Scysma da virgem Quadro A nossa terra
A Flexa/1879 Pacotilha/1880 A Escola/1918
Antonio Baptista Barbosa de Godois (São Luís, 10 de novembro de 1860 - Rio de Janeiro, 4 de setembro de 1923) foi um escritor, poeta e professor. Biografia Foi um educador, escritor, poeta, historiador e político. Formou-se em Direito pela Faculdade do Recife (atual Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco), exercendo, no Maranhão, o cargo de procurador da Justiça Federal. Como político, foi Deputado Estadual do Maranhão[1] e Vice-Presidente do Estado do Maranhão. Exerceu o magistério, tendo lecionado, como professor da cadeira de História e Instrução Cívica[2][3] , entre outros, e dirigido (entre 1900 [4][5][6]e 1905[7]) a Escola Normal do Estado do Maranhão[8], e na Escola Modelo “Benedito Leite”, publicando inúmeras obras na área de educação. Participou ativamente na imprensa de sua época e, aliado a intelectuais de expressão que então se empenhavam em resgatar a cultura e a literatura maranhense, fundou a Academia Maranhense de Letras[9], tendo ocupado a cadeira n.º 1, cujo patrono é o Professor Almeida Oliveira, atualmente ocupada por Sebastião Moreira Duarte. Entre suas obras de maior destaque e importância, pode-se citar a “História do Maranhão”, em 2 volumes, publicada em 1904. Como poeta, destaca-se sua composição da letra do Hino do Estado do Maranhão[10]. Obras Instrução cívica (Resumo Didático) - Maranhão, 1900. História do Maranhão - Maranhão, 1904, 2 volumes. Escrita rudimentar - São Luís, 1904. À memória do Doutor Benedito Pereira Leite - Maranhão, 1905. O mestre e a escola - Maranhão, 1911. Higiene pedagógica - São Luís, 1914. Os ramos da educação na Escola Primária - São Luís, 1914. Doutor Almeida Oliveira. Discurso na Academia, in RAML. Vol. I - São Luís, 1919. B. de N. B. de Vasconcelos B. Filho B. Lobão
Enferma Sceptica Credo A tua imagem Doce olhar Teus olhos Nós
Pacotilha/1890 Cidade de Pinheiro/1923 Avante/1906 O Martelo/1911 O Martelo/1911 O Martelo/1911 O Martelo/1911
B. Lopes
B. Mattos B. Mello B. Pires
B. Vasconcellos B. Vermelho. Iris B.Pires B.R. B.R. B.R.S. B.R.S. B.S. Bandeira Tribuzi
Soneto Teus olhos Soneto De volta No campo De volta Cubana A condessa Sinhá Flor Avant de mon depart O Rouxinol Recordalo Memoriando Vesperal Chimeras Lourdes Mãe Mãe Olhando o passado As despedidas Caxias Ponte Gonçalves Dias Hibernal O prisioneiro do amor As reincarnações do Druida Postaes femininos Súplicas Um pé Um pé soneto Soneto A.F.
O Martelo/1911 O Martelo/1911 A Pacotilha/1883 A Pacotilha/1883 A Pacotilha/1883 A Pacotilha/1883 Pacotilha/1891 Pacotilha/1891 O Paiz/1904 Revista Elegante/1893 O Alcantarense/1906 A Renascença/1914 Belo Horizonte/1915 Belo Horizonte/1915 Belo Horizonte/1915 Belo Horizonte/1915 Belo Horizonte/1915 O Sertanejo/1917 O Bloco/1917 O Bloco/1917 Cruzeiro/1947 Cruzeiro/1947 Cruzeiro/1947 Cruzeiro/1947 Pacotilha/1902 Pegureiro da Fé/1913 Revista Maranhense/1916 Correio de Picos/1920 O Rosariense/1903/04 O Rosariense/1903/04 Estrela Maranhense/1859 A Estrela Maranhense/1859 A Mocidade/1875
MCMXLVIII Dois sonetos O sobrado Via sacra Proposito O amor reinventado Soneto (sem amor) Credo Soneto do Vietnam Natal Soneto Antes que seja tarde Soneto Antes que seja tarde
Malazarte/1948 Correio do Nordeste/1963 Correio do Nordeste/1963 Correio do Nordeste/1963 Correio do Nordeste/1963 Correio do Nordeste/1963 Correio do Nordeste/1964 Correio do Nordeste/1964 Posição/1977 O Combate/1948 Correio do Nordeste/1964 Correio do Nordeste 1964 Correio do Nordeste/1964 Correio do Nordeste 1964
Bandeira Tribuzi, pseudônimo de José Tribuzi Pinheiro Gomes, (São Luís do Maranhão, 2 de fevereiro de 1927 — 8 de setembro de 1977) foi um poeta brasileiro.[1] Filho de pai português e mãe maranhense descendente do pintor italiano radicado em São Luís Domingos Tribuzzi,[2] até 1946 viveu em Portugal, estudando na Universidade de Coimbra. Iniciou o Modernismo no Maranhão em 1948, com a publicação do livro de poesia "Alguma Existência" Ao lado do expresidente José Sarney, José Bento e outros escritores, fez parte de um movimento literário difundido através da revista que lançou o modernismo no Maranhão, A Ilha, da qual foi um dos fundadores. Foi também junto com o ex-presidente o fundador do jornal O Estado do Maranhão. A canção "Louvação a São Luís", de Bandeira Tribuzi tornou-se o hino oficial da cidade. O Memorial Bandeira Tribuzi (próximo ao Espigão Costeiro) foi criado em sua homenagem. A Ponte Bandeira Tribuzi, uma das mais importantes da capital, também leva seu nome. Também tem um dos bustos que homenageiam escritores maranhenses na Praça do Pantheon. Obras do autor Alguma existência (1947) Rosa da Esperança (1950) Safra (1960) Sonetos (1962) Pele & Osso (1970) Poesias Completas (1979) Poesia Reunida Antologia poética póstuma] São Luis: SECMA; Rio de Janeiro: Alhambra,1986 Referências ↑ «Bandeira Tribuzi» (em francês). data.bnf.fr. Consultado em 6 de janeiro de 2020 ↑ BANDEIRA TRIBUZI - Poesia Reunida. São Luís: Alhamba. 1986. 262 páginas Baptista Machado Baptista Rego
A minha familia A minha familia Victor Hugo
O Rosariense/1903/04 O Rosariense/1903/04 Pacotilha/1902
Barão de Piratininga
O canto d´Anchieta
A Reforma/1880
Antônio Joaquim da Rosa, o Barão de Piratininga (Vila de São Roque, 1821 — 27 de dezembro de 1886), foi um político brasileiro. Biografia Após a morte de seu pai, o Tenente-coronel Manoel Francisco da Rosa[1], chefe político da Vila de São Roque, Antônio Joaquim da Rosa assumiu a função de chefe político em conjunto com seu irmão, Manoel Inocêncio da Rosa, herdando grande fortuna, da qual consta a "Loja Grande", o maior e mais sortido comércio da Vila, ações, dinheiro e muitos imóveis em Pinheirinho, Ibaté e Engenho. Eram proprietários de prédios e de um palacete. Estudou Direito em Sorocaba, mas preferiu se dedicar aos negócios da família na sua juventude. Ele acumulou importantes posições na cidade e no país. Na Vila de São Roque foi vereador e presidente da Câmara, sendo reeleito como representante da região por quatro biênios sucessivos. De 1845 a 1848, de 1857 a 1860 e de 1861 a 1864. Nesse ínterim também foi juiz municipal e de órfãos, delegado de polícia e nomeado presidente da Comissão Inspetora das Escolas, onde redigia ofícios e atas, destacando-se ainda mais pelas suas qualidades e conhecimentos eruditos. Em 15 de julho de 1846, Dom Pedro II o nomeia cavalheiro da Ordem de Cristo.
Em 1850, é eleito Deputado da Assembleia Provincial de São Paulo, que equivaleria ao cargo atual de Deputado Estadual. Em 10 de abril de 1854 é nomeado capitão do II Batalhão da Reserva e Guarda Nacional da Província. Filiado ao Partido Conservador é eleito Deputado Geral no Rio de Janeiro em 1864 (1869-1872), o que equivale ao título de Deputado Federal nos dias atuais. Sua devoção à política o manteve por diversas vezes em seu posto de Deputado Geral por São Paulo (1869 a 1877) e Deputado Provincial (1876 a 1877) e no ano seguinte até 1879. Foi Presidente da Assembleia de 1 de fevereiro de 1876 a 6 de fevereiro de 1877. Como membro dos congressos provincial e nacional ao mesmo tempo, aliada à sua influência prestigiosa no meio intelectual e político trouxe muitos benefícios à região. Possuía laço estreito de grande amizade com o imperador, homem de grande cultura, incentivador das Artes e das Letras, D. Pedro II nutria grande admiração por ele. A elevação de vila à cidade de São Roque Em ato governamental assinado em 22 de abril de 1864, a Vila de São Roque é elevada à categoria de Cidade de São Roque. Foi condecorado pelo imperador D. Pedro II como comendador da Imperial Ordem da Rosa, quando era 3º vicepresidente da Província de São Paulo, assumindo a presidência interinamente em 1869, na ausência do Barão de Itaúna[2]. Foi agraciado com o título de "Barão de Piratininga" em 13 de novembro de 1872, pleiteando muitas melhorias para a cidade. Uma importante conquista foi a fundação da Santa Casa de Misericórdia de São Roque, em parceria com seu irmão Manoel Inocêncio, financiando-a nos primeiros anos. Foi também um dos principais acionista e incentivador da estrada de ferro Sorocabana, incluindo São Roque no trecho férreo, trazendo novo fôlego ao desenvolvimento da cidade. Cedeu grandes quantias para a construção do Teatro São João e engajou-se na arrecadação e construção do Cemitério municipal, vindo a inaugurá-lo. O Barão chegou a ser proprietário da Capela do Santo Antônio, antes que a propriedade fosse vendida e desmembrada por agricultores espanhóis. O Barão de Piratininga foi o filho mais ilustre da terra. Era respeitado e prestigiado nas Letras e na política, teria voado muito mais alto se não possuísse uma saúde tão frágil. Recebeu inúmeros convites para cargos de governo e do parlamento nacional, mas declinou de todos eles. Sofria de crises asmáticas e problemas cardíacos. Terminou seus dias abatido e deprimido em 26 de dezembro de 1886, aos 65 anos de idade, pedindo em seu testamento que lhe gravassem a data da morte em sua lápide e um epitáfio com os dizeres "NINGUÉM". Foi velado na Loja Grande, de onde saiu seu cortejo fúnebre. Ainda hoje encontramos sua lápide de mármore no cemitério da Paz, o mesmo ao qual foi um grande incentivador. Produção literária Apesar de sua vida voltada para a política e as causas da cidade, o Barão de Piratininga também foi um grande colaborador literário [3]. Colaborava com artigos de alguns jornais onde também escrevia poesias. Escreveu o romance "A Cruz de Cedro", as novelas "A Feiticeira", "A Assassina", em 1854 e o poema "O Cântico de Anchieta" entre outras produções literárias. Não teve grande produção literária, suas obras de costumes, teriam sido mais exploradas e conhecidas, se o Barão não estivesse em pleno fervilhar do movimento Romântico que lançou grandes e brilhantes autores como a primeira fase de Machado de Assis, Visconde de Taunay, José de Alencar, Joaquim Manoel de Macedo, Bernardo Guimarães, Castro Alves, Almeida Garret, José Bonifácio de Andrade e Silva, Álvares de Azevedo e Nísia Floresta. "Antônio Joaquim da Rosa publica A ASSASSINA (romance de costumes) (RM) em livro, antes publicada na Revista Literária a partir do Ano I, no. 8, de 14 de novembro de 1850. E depois de publicado em livro foi republicada no Diário Mercantil de São Paulo de 2 a 28 de outubro de 1886.(JRT, p, 55) E A CRUZ DE CEDRO no Jornal do Comércio, Rio de Janeiro e em livro. No ano de 1900 volta a ser publicado em folhetim pelo jornal Correio Paulistano, São Paulo. (JRT, p. 55)" Em 1909 na fundação da Academia Paulista de Letras foi escolhido como Patrono da Cadeira número 19[4]., ao lado de Teixeira e Souza, escritor de A Providência. Referências ↑ História de São Roque Arquivado em 18 de fevereiro de 2015, no Wayback Machine. Site Férias BR, com informações repassadas de Paulo da Silveira Santos, do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo - acessado em 17 de fevereiro de 2015 ↑ «Transferência da Administração». Consultado em 11 de setembro de 2012 ↑ «Cronologia das Ficções Brasileiras». Consultado em 11 de setembro de 2012 ↑ «Estatuto da Academia Paulista de Letras». Academia Paulista de Letras. Consultado em 11 de setembro de 2012. Arquivado do original em 25 de agosto de 2012 Barbosa
Na viola
O Caixeiro/1915
Barboza Bardo Barnabé Barreto Junior Barros dÁlbuquerquer Maranhão
Poesia Sem titulo Sem título Carta do mato Morta Mote
O CONCILIADOR/1821 A Tarde/1915 A Tarde/1915 A Peroba/1934 Gazeta Codoense/1901 A Mocidade/1875
Bashô
Hai-kai
Athenas/1941
Matsuo Bashō (松尾 芭蕉? ; Tóquio, 1644 – Osaka, 28 de novembro de 1694), ou simplesmente Bashō,[1] foi o poeta mais famoso do período Edo no Japão. Durante sua vida, Bashô foi reconhecido por seus trabalhos colaborando com a forma haikai no renga. Atualmente, após séculos de comentários, é reconhecido como um mestre da sucinta e clara forma haikai. Sua poesia é reconhecida internacionalmente e dentro do Japão muitos dos seus poemas são reproduzidos em monumentos e locais tradicionais. Foi ele quem codificou e estabeleceu os cânones do tradicional haikai japonês. Bashō foi introduzido à poesia em tenra idade e, depois de integrar-se na cena intelectual de Edo (nome antigo da cidade atual de Tóquio), rapidamente se tornou conhecido em todo o Japão. Ganhava a vida como professor, mas renunciou à vida urbana e social dos círculos literários e ficou inclinado a vagar por todo o país, rumo ao oeste, leste e distante ao deserto do norte para ganhar inspiração para seus escritos e haiku. Seus poemas são influenciados por sua experiência direta do mundo ao seu redor, muitas vezes englobando o sentimento de uma cena em alguns poucos elementos simples. Bashō nasceu Matsuo Kinsaku (松尾 金作?) em torno de 1644, em algum lugar perto de Ueno na província de Iga.[1] O pai dele pode ter sido um Samurai de baixa hierarquia, o que oferecia a Bashō uma carreira militar, mas não muita chance de uma vida notável. Tradicionalmente os biógrafos tem afirmado que ele trabalhava na cozinha.[2] No entanto, Bashō quando criança se tornou um pajem de Tōdō Yoshitada (藤堂 良忠?), que compartilhava com Bashō um amor pela haikai no renga, uma forma de composição poética cooperativa. As sequências eram abertas com um verso no formato mora 5-7-5. Esse verso foi nomeado um hokku, e mais tarde seria rebatizado para haiku quando apresentado como obra autônoma. O hokku seria seguido por uma adição 7-7 ligada por outro poeta. Bashō e Yoshitada passaram a usar o nome artístico haigō (俳号?) ou haikai. Bashō era Sōbō ( 宗房?), que era simplesmente a leitura on'yomi de seu nome samurai de Matsuo Munefusa (松尾 宗房?). Em 1662 o primeiro poema existente por Bashō foi publicado. Em 1664 dois de seus hokku foram impressos em uma compilação e em 1665 Bashō e Yoshitada compuseram um renku de cem versos com alguns conhecidos. A morte súbita de Yoshitada em 1666 encerrou a vida pacífica de Bashō como um pajem. Nenhum registro restou sobre essa época, mas acredita-se que Bashō desistiu da possibilidade de adquirir o status de samurai e saiu de casa.[3] Os biógrafos têm proposto vários motivos e destinos, incluindo a possibilidade de um romance entre Basho e uma miko xintoísta chamada Jutei ( 寿貞?), o que é pouco provável para ser verdade.[4] As próprias referências de Bashō sobre esse tempo são vagas. Ele lembrou que "ao mesmo tempo eu cobicei um posto oficial e a posse de terra" e que "houve um tempo em que eu fiquei fascinado com as formas de amor homossexual", mas não há indicação se ele estava se referindo à obsessão real ou à ficção.[5] Estava indeciso quanto a tornar-se um poeta em tempo integral. De acordo com seu próprio relato, "as alternativas digladiavam-se em minha mente e fizeram minha vida agitada".[6] Sua indecisão pode ter sido influenciada pelo status então ainda relativamente baixo de renga e haikai no renga mais como atividades sociais do que sérios esforços artísticos.[7] Em qualquer caso, seus poemas continuaram a ser publicados em antologias em 1667, 1669 e 1671 e ele publicou a sua própria compilação de seus trabalhos e de outros autores da escola Teitoku, Seashell Game (貝おほひ Kai Ōi?), em 1672.[1] Por volta da primavera do mesmo ano ele se mudou para Edo, para continuar seu estudo da poesia.[8] Nos círculos da moda literária de Nihonbashi, a poesia de Bashō foi rapidamente reconhecida por seu estilo simples e natural. Em 1674 ele foi introduzido no círculo íntimo da profissão haikai, recebendo ensinamentos secretos de Kitamura Kigin (16241705).[9] Ele escreveu este hokku numa homenagem irônica ao Shogun: kabitan mo / tsukubawasekeri / kimi ga haru Os holandeses, também, / se ajoelham antes de Sua Senhoria, / mola sob seu reinado. [1678] Autodenominou-se com o haigō de Tōsei e por volta de 1680 teve um trabalho em tempo integral ensinando vinte discípulos, que publicaram Os Melhores Poemas dos Vinte Discípulos de Tōsei (桃青門弟独吟二十歌仙 Tōsei-montei Dokugin-Nijukasen?), anunciando sua ligação ao talento de Tōsei. Naquele inverno, tomou a surpreendente decisão de mudar-se para o outro lado do rio até Fukagawa, longe dos olhos do público e para uma vida mais reclusa.[10] Seus discípulos construíram uma cabana rústica para ele e plantaram uma bananeira (芭蕉 bashō?) no quintal, dando a Bashō um novo haigō e sua primeira casa permanente. Ele apreciou muito a planta, mas não estava satisfeito ao ver a miscanto nativa de Fukagawa crescendo junto com ela: bashō uete / mazu nikumu ogi no / futaba kana pela minha nova bananeira / o primeiro sinal de algo que eu detesto-/ um broto de miscanto! [1680] Apesar de seu sucesso, Bashō cresceu insatisfeito e solitário. Começou a praticar meditação zen, mas não parece ter acalmado sua mente.[11] No inverno de 1682 sua cabana incendiou-se e pouco depois, no início de 1683, sua mãe morreu. Em seguida, ele viajou para Yamura para ficar com um amigo. No inverno de 1683 seus discípulos lhe deram uma segunda cabana em Edo, mas seu temperamento não melhorou. Em 1684 seu discípulo Takarai Kikaku publicou uma compilação dele e de outros poetas, Shriveled Chestnuts (虚栗 Minashiguri?).[12] Mais tarde naquele ano, deixou Edo para a primeira de quatro grandes peregrinações.[13] É dessa época (1685) seu haikai mais célebre, No antigo lago, e também o seu livro mais famoso, Sendas de Oku.[2] Em sua última viagem, Bashō adoece em Osaka, antes de chegar ao local destinado, (Kiushu), e morre no dia 28 de novembro de 1694. Seu último haikai fala de sua jornada poética:
"tabi ni yande yume wa kareno wo kakemeguru" "Doente em viagem sonho em secos campos Ir-me enveredar" Obras Minashiguri (1684) - Antologia de versos Nozarashi Kikô (1685) - Um relato de viagem Sumidawara (1694) - Última antologia de versos do poeta, publicada por seus discípulos. Bibliografia PIMENTEL, Luís Antônio. Gênese do Haicai. In, SAUERBRONN, Vinícius. Poesia, Budismo, Haicai. Niterói: Editora Ferraz, 1998. LEMINSKI, PAULO. Bashô, 1983. Basilio de Magalhães A Escola Jornal de Balsas/1932 Basilio Magalhães Aventura Cidade de Pinheiro/1924
Basílio de Magalhães (Barroso, termo da cidade de Barbacena, 1 de junho de 1874 – Lambari, 14 de dezembro de 1957),[nota 1] foi um historiador, político, folclorista e professor brasileiro.[3][4] Vida e carreira Basílio de Magalhães nasceu em 1.º de junho de 1874 em terras que meses depois formariam a Freguesia de Barroso, na época termo da cidade de Barbacena.[5] Era filho de Antônio Inácio Raposo e de Francisca de Jesus. Há indícios de que Basílio seria filho de Ladislau Artur de Magalhães, que foi seu padrinho de batismo e de Francisca de Jesus, que era serviçal na fazenda Venda Grande, como o seu marido. Ladislau era casado com Belizandra Augusta de Meireles, membros da elite local.[6] Formação e atuação Basílio de Magalhães estudou na escola João dos Santos, em São João del-Rei, desde a infância. Com 15 anos de idade, em 1889, começou a trabalhar como tipógrafo no jornal "Gazeta Mineira" e depois também como auxiliar de redação. Devido à posição reacionária da "Gazeta Mineira", ele se afastou e foi trabalhar no jornal "Pátria Mineira", de ideais republicanos. Até 1894 Basílio de Magalhães foi tipógrafo, paginador, revisor e auxiliar de redação do jornal. Concomitantemente, ele também fundou e manteve o pequeno jornal "A locomotiva".[7] Formou-se em engenharia pela Escola de Minas de Ouro Preto. Mais tarde tornou-se professor de História, primeiro em São Paulo, depois no Rio de Janeiro, tornou-se o 27º diretor do então Instituto de Educação do Rio de Janeiro.[3] No biênio de 1917–1918, foi Diretor Interino da Biblioteca Nacional. No ano de 1919, voltou para São João del-Rei e se deparou com uma prática política conservadora e contrária à sua postura e a seus ideais liberais e lá se insurgiu contra a política dominante.[8] Ingressou na política em São João del-Rei, sendo eleito para o Senado Mineiro em 1922. Sua trajetória política terminou com a Revolução de 1930, quando exilou-se no Rio de Janeiro. A partir de então dedicou-se ao magistério e ao jornalismo,[3] tendo colaborado em publicações periódicas como a revista Atlântida.[9] Reassumiu suas funções na Escola Normal do Distrito Federal e foi convidado pelo Ministério das Relações Exteriores a examinar candidatos à carreira diplomática no Instituto Rio Branco.[10] Em 1935 Basílio de Magalhães foi reconhecido como historiador emérito. Sua monografia foi vencedora do "Prêmio Pedro II", ampliada e refundida, passando a se chamar "Expansão Geográfica do Brasil Colonial".[11][10] Foi ainda o primeiro autor a dar profundidade erudita nos estudos folclorísticos, com a obra Folk-lore no Brasil, de 1928.[3] Basílio de Magalhães foi autor de cerca de cem obras, era poliglota e pertenceu a 26 associações culturais, sendo 17 brasileiras e 9 estrangeiras. Sua biblioteca chegou a possuir cerca de 27 mil volumes.[10] Trajetória política Em 1922 foi eleito para o Senado Estadual Mineiro e, em 1923, Presidente da Câmara de Vereadores de São João del-Rei, exercendo cumulativamente o cargo de Agente Executivo Municipal, equivalente ao atual cargo de prefeito. Em 1924 elegeuse Deputado Federal e foi reeleito para o mesmo cargo no ano de 1927. Dois de seus projetos foram as proposta de voto secreto e obrigatório e a extensão do direito de voto às mulheres.[8] Pouco antes da Revolução de 1930 opôs-se à candidatura de Getúlio Vargas à Presidência da República. Basílio fazia parte da corrente política liderada por Raul Soares e foi por ele apoiado nas eleições em que foi vitorioso. Com a morte de Raul Soares Basílio passou a ser apoiado por Artur Bernardes. Porém, este apoiou a candidatura de Getúlio Vargas, à qual Basílio fez oposição.[8] Legados Em 1952 o então Governador Juscelino Kubitschek, sabedor do estado de penúria em que vivia o historiador, encaminhou uma mensagem à Assembleia Legislativa de Minas Gerais propondo uma pensão mensal de cinco mil cruzeiros ao escritor, como
pagamento para que Basílio anotasse e comentasse as Efemérides Mineiras, de José Pedro Xavier da Veiga. Basílio não mais tinha força física para tal tarefa, e por isso não aceitou o encargo nem a pensão.[carece de fontes] Obras Expansão geográfica do Brasil colonial[12] Viagem pelo Amazonas e rio Negro, 1939. (Prefácio da 1ª edição)[13] O café na história, no folclore e nas belas-artes, 1939.[14] Estudos de História do Brasil, 1940.[15] Morte Basílio de Magalhães faleceu aos 83 anos de idade, em 14 de dezembro de 1957 na cidade de Lambari, vítima de hemorragia cerebral.[10] Homenagens Em 1900 foi eleito membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, da Academia Paulista de Letras e Academia Mineira de Letras.[7] Basílio é patrono da cadeira 20 do Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei,[16] e patrono da cadeira 7 da Academia de Letras de São João del-Rei.[17] Além disso, Câmara Cascudo dedicou-lhe um verbete no Dicionário do Folclore Brasileiro.[3] O Salão Nobre da Prefeitura de São João del-Rei foi nomeado em sua homenagem, local onde funcionou por muitos anos o plenário da Câmara Municipal do município e onde ele exerceu as funções de presidente.[10] Na cidade de Nazareno há uma escola denominada Escola Estadual Professor Basílio de Magalhães.[18] Bastos Pantera
Do futuro
A Fita/1917
Batista Rego
Já não te amo
A Escola/1878
Baulerio Mangabeira
Recado Recado Recado Recado
Singular/1937 Singular/1937 Singular/1937 Singular/1937
bastos pantera basilio magalhães
Benedito Aurélio de Freitas, por alcunha Baurélio Mangabeira, nasceu às 18:00h do dia 18 de julho de 1884, na fazenda “Pau d’arco”, Município de Piripiri, filho de Aureliano de Freitas e Silva e Izabel Rosa da Silva. Era bisneto do notável padre Domingos de Freitas e Silva, o principal fundador da cidade de Piripiri. Órfão de mãe desde o nascimento, vez que a genitora morrera no parto, e de pai desde os cinco anos de idade, foi criado sob os cuidados da tia e madrasta Carolina Rosa da Silva, tendo em vista seu pai depois de viúvo ter convolado novas núpcias com uma cunhada, como a anterior sua sobrinha, com quem teve mais três filhos. Sem pai e sem mãe, transcorreu sua meninice sem muito regramento, desde cedo correndo solto nos arredores de Piripiri, banhando em riachos, subindo em árvores, armando arapucas para apanhar aves e fazendo outras estripulias. É quando foi aberta pelo professor Nelson Francisco de Carvalho, uma escola de primeiras letras para alfabetizar as crianças de Piripiri, que até então não existia. O menino Benedito Aurélio foi mandado imediatamente para essa escola, surpreendendo o mestre pelos rasgos de inteligência. Concluída essa etapa, aos 12 anos de idade, foi enviado pelo avô Porfírio de Freitas e Silva para a cidade de Barras, onde concluiu os estudos primários, os únicos cursados em escola regular, prosseguindo como autodidata. Completada a maioridade, muda-se para a cidade de União, “onde começou a trabalhar em misteres humildes e depois como balconista na farmácia Guerreiro, daquela cidade. Daí passou para a farmácia do Sr. Tersandro Paz, em Floriano e Teresina. Nessa última, que então era o melhor estabelecimento no gênero, neste Estado Baurélio habilitou-se como farmacêutico prático e conseguiu juntar um pecúlio regular, com o qual começou a comprar livros. Em seguida surgiu pela imprensa publicando sonetos líricos amorosos, mas que chamavam atenção (…) pela cadência, ritmo e beleza de imaginação”. Em toda a sua vida, foi essa a fase em que esteve mais equilibrado financeiramente. Todavia, “à proporção que ia ingressando no Parnaso e que o estro se desenvolvia calorosamente com aspectos panorâmicos de belezas transcendentais, ia o poeta afrouxando a dedicação ao trabalho quotidiano”, entediando-se até abandoná-lo completamente e entregar-se de vez à boêmia, primeiro em Parnaíba e depois em Teresina e outras localidades, consumindo todas as suas economias. Entregou-se ao vício do alcoolismo e tabagismo. Desde então, passou a viver com dificuldades financeiras. Na poesia iniciou-se seguindo a tendência naturalista defendida por Mauricio Le Blande e Émmile Zola. Somente depois, impressionado com a leitura das poesias satíricas de Bocage, tornou-se humorístico e causticante. Por esse tempo, publica Sonetos Piauienses(1910), panfleto de versos humorísticos e agressivos. Nessa ocasião, lembra Alarico José da Cunha em seu discurso de
posse na Academia Piauiense de Letras, principal fonte dessas notas e autor das citações entre aspas, que “um dos atingidos pelas sátiras do poeta, ameaçou-o de um surra em plena rua de Teresina. Tendo conhecimento da desagradável promessa, Baurélio dirigiu-se ao Chefe de Polícia, (…), solicitando que este providenciasse no sentido do seu agressor adiar a surra por uma semana, pelo menos, a fim de poder ele terminar um serviço que havia começado”. Felizmente, a tal promessa não se concretizou e nosso poeta pôde continuar circulando livremente pelas ruas de Teresina. Alarico da Cunha, no mesmo discurso lembra também a engenhosa e interessante versão do poeta para o seu pseudônimo. Porque sua desditosa mãe houvera feito uma promessa para São Benedito, santo de sua predileção, mas este o abandonara à própria sorte, desprezou o nome do taumaturgo, mas em reverência à veneração da mãe conservou o B inicial e etimológico que, junto com a palavra Aurélio, parte do nome de seu pai e do grande imperador filósofo Marco Aurélio, deu em resultado a palavra vibrátil, elegante e sonora Baurélio. E porque o sobrenome Freitas pouco lhe dizia, substituiu-o por Mangabeira, nome de uma árvore que por aqueles dias era fonte de riqueza no Piauí, produzindo magnífica borracha. Para ele, Baurélio Mangabeira, significava poder, sabedoria e riqueza – os três principais fatores do progresso e da civilização. Jornalista andarilho, repentista e tribuno ardoroso, andava com um prelo portátil e em qualquer parte onde estivesse editava seu jornal A Jornada, periódico ambulante que manteve por vários anos, sendo ele sozinho e a um tempo, redator, revisor e tipógrafo. Redigia, compunha, executava clichês de madeira para ilustrar o jornal e, afinal, o imprimia. Modelava também em zinco e era exímio desenhista, pintor, xilógrafo e escultor. Colaborou também na revista Alvorada(1909) e nos jornais A Chaleira, O Porvir, O Norte, O Grito e O Periperi. Consagrado na literatura, em 1917 participou da fundação da Academia Piauiense de Letras, tomando assento na cadeira n.º 6. Contraiu matrimônio, um tanto retardado, na cidade de Alto Longá, onde exerceu o cargo de juiz distrital, com a senhorita Raimunda de Oliveira Freitas, deixando desse consórcio os seguintes filhos: Francisco de Assis, José Henrique e Maria de Lourdes. Para Alarico da Cunha, “Baurélio Mangabeira foi sempre um torturado na sua peregrinação terrena e uma vitima da indiferença do meio. Mantinha, entretanto, uma verve chistosa e humorística, com a qual disfarçava gostosamente os seus pesares ou ‘as tormentas da vida’” (CUNHA, Alarico José da. Discurso de Posse. Revista da APL n.º 17. Teresina: Imprensa Oficial, 1938). Faleceu Baurélio Mangabeira na cidade de Teresina, em 16 de abril de 1937, com quase 53 anos de idade. Como mostra de sua produção literária, segue o poema Revelações: “Não julgues que, se a sorte não maldigo,/ Seja porque minha alma não sofreu/ Os travos da desgraça – agro castigo,/ Que dizem vir do Inferno ou vir do céu.// Pouco tempo meu pai viveu comigo:/ Cinco rápidos anos e morreu./ E minha mãe, com lágrimas te digo,/ Dentro de algumas horas faleceu.// Escuta lá: Nos cemitérios vastos/ Os ossos de meus pais devem estar gastos/ Pelo tempo que tudo estraga e rói…// Olha: quem nessa estrada cai,/ Sem ter mãe, minha filha, e sem ter pai,/ Há de sentir o quanto a vida dói…”. Bayma Saads
Triste mundo Angustia
Correio do Nordeste/1963 Correio do Nordeste/1963
Luís Carlos BAYMA SAADS Codoense, médico anestesista, com especialidade em cirurgias abdominais. Bisneto do 1º Intendente de Codó, Francisco Sérgio Bayma. Nasceu no dia 13 de abril de 1945, em casa de seus pais, nesta cidade de Codó. Filho de José Mariano Saads (Zeca Saads) e de Maria do Carmo de Carvalho Bayma Saads (Marina). Iniciou os seus estudos nos colégios João Ribeiro e Colares Moreira, dirigidos respectivamente, pelas professoras – Carmem Palácio Lago (Carmita) e Maria Alice Machado, o ginásio no Colégio Codoense, transferindo-se em seguida para São Luís. Matriculou-se no Liceu Maranhense, onde concluiu o científico. Seguiu para Salvador, prestou exame vestibular para medicina, aprovado, matriculou-se na Universidade da Bahia, formando-se em 1972. Formado, voltou a Codó, quando foi convidado por Dr. José Anselmo para trabalhar na Casa de Saúde santa Rita, como também, pelo Dr. Antônio Joaquim, para prestar seus serviços profissionais na SAMAEC. Exerceu atividades públicas, nos governos de Dr. Anselmo, Reinaldo Zaidan e Antônio Joaquim Araújo, como Secretário Municipal de Saúde. Lecionou como professor-adjunto, na Universidade Federal do Maranhão, no período de 1975 a 1982, lotado no Campus VII, em Codó. Não aceitando a sua transferência para São Luís, desligou-se de suas funções. Foi médico da Fábrica de Cimento Nassau, do Grupo João Santos, neste município, contratado por um período de 10 anos. Atualmente, presta serviços profissionais no Hospital Geral do Município – HGM. Casado com a Senhora Maria de Fátima Germana Bezerra Saads, com a qual tem dois filhos: Luís Carlos Bayma Saads Filho (falecido prematuramente) e Maud Elys Germana Bezerra Saads, que já lhe deu um netinho. O Dr. Luís Carlos, como é conhecido, é um médico de competência comprovada, pessoa querida na comunidade codoense, dedicado à família e atende com presteza a todos que recorrem aos seus serviços profissionais. Sempre serviu profissionalmente ao povo de Codó. Maçom da Loja Liberdade e Justiça nº8, da qual foi Venerável. Pertenceu ao Lions Clube de Codó e com um grupo de companheiros, fundou o Lions Clube Codó Cidade Alta, em 2001. Codó (MA), 11 de fevereiro de 2014. Prof. Carlos Gomes. Sócio Fundador da Associação Cultural Codoense “Antonio Almeida Oliveira” e do Instituto Histórico e Geográfico de Codó. Texto colhido do livro Codoenses e não Codoenses a ser publicado. Bebê Belarmino Belarmino Almeida
Barcarola Triolet Quem merece
A Flexa/1880 Revista Elegante/1897 Correio de Picos/1920
Belensarranag de Ferrero Bellarmino
A uma monja Um adeus A Revista Elegante
Avante/1902 Revista Elegante/1895 Revista Elegante/1897
Belmiro Braga
Fabula A infancia Ottilia Juizo!
Gazeta de Picos/1906 Gazeta de Picos/1912 O Caixeiro/1915 A Fita/1919-20
Belmiro Ferreira Braga (Juiz de Fora[nota 1] 7 de janeiro de 1872 — 31 de março de 1937) foi um poeta brasileiro. Em sua homenagem, seu local de nascimento recebeu seu nome após ser elevado à categoria de município, passando a ser chamado Belmiro Braga. “
Pela estrada da vida, subi morros desci ladeiras e afinal te digo: se entre amigos encontrei cachorros, entre cachorros encontrei-te amigo. Hoje para xingar alguém, recorro a outros nomes feios, pois entendi que elogio a quem chamo de cachorro desde que este cachorro conheci!
”
Notas e referências Notas ↑ O biografado nasceu na região onde ainda se formaria o futuro distrito de Belmiro Braga, que só se emanciparia de Juiz de Fora em 1962. Belzebuth
Recordação
O Pensador/1881
Bem Tzion Tomer
O Galo de lata O Galo de lata
Correio do Nordeste/1964 Correio do Nordeste/1964
Ben-Zion Tomer Ben-Zion Tomer (1928-1998) nasceu na Polônia. Ele foi forçado a fugir para a Sibéria, na União Soviética, com sua família durante a Segunda Guerra Mundial e mais tarde imigrou para Eretz Israel aos quinze anos, via Irã. Durante a Guerra da Independência ele lutou com o Palmach e foi capturado pelos jordanianos. Após seu retorno a Israel, estudou filosofia e literatura na Universidade Hebraica de Jerusalém. Durante anos, editor da revista literária Masa, ele também ensinou literatura em vários kibutz e faculdades de professores. De 1966 a 1968 atuou como adido cultural de Israel no Brasil, e de 1969 a 1977 foi assessor do Ministério da Cultura e Educação. Mais conhecido como dramaturgo, Tomer também foi poeta, romancista e tradutor de russo e polonês. Seu trabalho foi traduzido para vários idiomas, e sua peça, Children of the Shadows, foi apresentada nos EUA e Canadá. Livros Publicados em Hebraico River Return (poesia), Machbarot Lesifrut, 1959 [Nahar Hozer] Children of the Shadows (peça), Amikam, 1963 [Yaldei Ha-Tzel] On the Equator (poesia), Ekked, 1969 [Al Kav Ha-Mashveh] Via Salt (prosa), Tarmil, 1978 [Derech Ha-Melach] Livros em Tradução Crianças das Sombras Inglês: Jerusalém, Organização Sionista Mundial, 1970; Tel Aviv, Instituto para a Tradução da Literatura Hebraica, 1982 Francês: Tel Aviv, Instituto para a Tradução da Literatura Hebraica, 1985
Espanhol: Jerusalém, Organizacion Sionista Mundial, 1972 Alemão: Munich, Stueckgut Theater Verlag, 1986 Benedicto Fonseca Benedicto José Parede
Benedicto Pereira Benedicto Rabello Benedita Prado
Celina Troçando Troçando Troçando Perdão Per Dio Leilão Leilão
O Martelo/1911 O Paiz/1904 O Paiz/1904 O Paiz/1904 O Martelo/1911 Sangue Jovem/1930 A Aurora/1936 A Aurora/1936
Benedito Barros O sentido da vida Malazarte/1948 Benedito Barros e Vasconcelos nasceu em São Luís, a 31 de julho de 1879 e faleceu no Rio de Janeiro, a 10 de maio de 1955. Formou-se em Direito pela Faculdade do Rio de Janeiro. Jornalista vibrante, magistrado e escritor de admirável versatilidade. No Maranhão exerceu importantes comissões como as de Secretário da Fazenda, Consultor Jurídico do Estado, presidente do Conselho do Estado, etc. Magistrado, era de uma probidade inusitada nestes melancólicos tempos de ruína moral da justiça maranhense. Fundador do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão. Na Academia Maranhense de Letras ocupava a Cadeira de nº 20, patrocinada por Trajano Galvão. Benedito Campos Gloria e ambição Satelite/1950 Benedito de Campos Crepuscular Satelite/1950 Benedito D. da Silva Remedio certo A Peroba/1935 Beni Carvalho Beni Carvalho
O Flamboyant
Gazeta de Picos/1912
Benedito Augusto Carvalho dos Santos (Aracati, 3 de janeiro de 1886 — Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 1959) foi um advogado, militar e político brasileiro.[1] Biografia Benedito Augusto Carvalho dos Santos, também conhecido como Beni Carvalho, nasceu em Aracati (CE) no dia 3 de janeiro de 1886, filho de Benedito Augusto dos Santos e de Maria Ermelinda Carvalho dos Santos. Fez os estudos primários em sua cidade natal e transferiu-se, em 1903, para Fortaleza, onde cursou o secundário no Liceu do Ceará e no Colégio Colombo. Em 1907, ingressou na Faculdade de Direito do Ceará, que frequentou até a quarta série, transferindo-se em seguida para a Faculdade de Direito de Recife, pela qual se bacharelou em 1911.[2] No ano seguinte passou a lecionar legislação comparada na Faculdade de Direito do Ceará, ao mesmo tempo em que se dedicava à advocacia e ao jornalismo em sua cidade natal. Tendo exercido essas atividades até 1917, retornou a Fortaleza e nesse mesmo ano foi aprovado no concurso para professor catedrático de direito geral da Faculdade de Direito do Ceará, pela qual se doutorou em 1918. Em 1921, foi admitido como professor do Colégio Militar do Ceará. Em março de 1930, elegeu-se vice-presidente do Ceará e deputado federal pelo mesmo estado, assumindo uma cadeira na Câmara em maio desse mesmo ano. Após a vitória do movimento revolucionário de outubro de 1930, ao qual se opôs, teve seu mandato interrompido em consequência do fechamento de todos os órgãos legislativos do país. Retornou então às suas atividades no magistério. Em 1936 foi nomeado pelo ministro da Educação e Saúde Pública, Gustavo Capanema, membro do Conselho Nacional de Educação, com sede no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, sendo transferido no ano seguinte para o Colégio Militar, na mesma cidade.[3] Após a extinção do Estado Novo, em outubro de 1945, foi nomeado pelo presidente José Linhares interventor federal no Ceará, em substituição a Francisco Meneses Pimentel (1937-1945). Durante sua gestão criou a Secretaria de Educação e Saúde do estado. Em dezembro de 1945 elegeu-se deputado à Assembleia Nacional Constituinte pelo Ceará na legenda da União Democrática Nacional (UDN). Em janeiro de 1946, transmitiu o cargo de interventor a Acrísio Moreira da Rocha e no mês seguinte assumiu uma cadeira na Constituinte. Após a promulgação da nova Carta (18/9/1946), passou a exercer o mandato ordinário. Durante essa legislatura, encerrada em janeiro de 1951, foi membro da Comissão Permanente de Educação e Cultura
da Câmara Federal. No pleito de outubro de 1950, tentou, sem sucesso, a reeleição, sempre pela legenda da UDN. Em outubro de 1954 obteve mais uma vez apenas uma suplência de deputado federal na legenda da UDN, não retornando à Câmara.[4] Ao longo de sua vida, pertenceu à Academia Cearense de Letras, tendo sido seu representante no Rio de Janeiro junto à Federação das Academias de Letras do Brasil. Foi ainda membro do Instituto do Ceará, da Academia Brasileira de Filologia e do Instituto Brasileiro de Cultura, do qual foi também vice-presidente.[5] Faleceu na cidade do Rio de Janeiro no dia 22 de janeiro de 1959. Era casado com Branca da Cunha Figueiredo Carvalho dos Santos, com quem teve três filhos. Sua filha, Helena Maria Beni Carvalho de Oliveira Borja, casou-se com Célio Borja, deputado federal pela Guanabara (1971-1975) e pelo Rio de Janeiro (1975-1983), ministro do Supremo Tribunal Federal (1986-1992) e ministro da Justiça (1992). Obras Causas dirimentes e flagrante delito (tese, 1917), Morfologia e sintaxe do substantivo (1920), Droit et la sociologie (1920), Na casa de Tiradentes (1931), De florete e luvas (1935), Sexualidade anômala no direito criminal (1937), Chama extinta (poesias, 1937), Appel à l’esprit (1939), Crimes contra a religião, os costumes e a família (1943) Ação parlamentar (1950) Benjamim C. Branco
Ao faustíssimo aniversário da Independência do Brasil
A Mocidade/1906
Bento E. Junior Bento Ernesto Junior
Aspiração Lagrimas e rosas Indiferença
Revista Elegante/1895 Revista Elegante/1897 Revista Elegante/1897
BENTO ERNESTO JÚNIOR ( Minas Gerais – Brasil ) ( 1886- 1934 ) Mineiro, poeta e prosador, dedicou-se com externado zelo aos problemas de saúde. Publicou: Átomos Líricos; Frondes; Árvores do Bem; Terra Prometida. Seu soneto Lágrimas foi considerado por Vasco de Castro Lima como dos mais populares. Pertenceu à Academia Mineira de Letras.
SANTOS, Diva Ruas. Antologia da Poesia Mineira. Belo Horizonte: Ed. Cuatiara, 1992. Portes. Editora: Diva Ruas Santos - Apresentação: Alberto Barroca. Ex. bibl. Antonio Miranda LÁGRIMAS A vida, meu amor, que hoje passamos só pode ser com lágrimas descrita, tão grande a dor que o peito nos habita, tão amargo esse fel que hoje provamos. Tão nublado de lágrimas levamos os olhos, sob o peso da desdita,
192 p. Capa e montagem Maxs
que tudo que ante nós vive e palpita, tudo inundado em lágrimas julgamos. E todo esse lutuoso mar de pranto, que vemos em nossa ala e em tudo vemos, nasce de havermos nos amado tanto! Porém, embora a amar, tanto soframos, cada vez mais, amada, nos queremos, cada vez mais, querida, nos amamos. http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/minas_gerais/minas_gerais.html Página publicada em agosto de 2022 Bento Frazão Raposo
A D. Antonio Xisto Albano Falsarios
O Domingo/1901 O Domingo/1901
Almanak Laemmert : Administrativo, Mercantil e Industrial (RJ) - 1891 a 1940 Ano 1907\Edição A00064 Benu da Cunha
Seios
A Fita/1921
BENU DA CUNHA - BENU DA CUNHA (BENEDITO). Nasceu em São José dos Matões, a 16.2.1885. Usava o pseudônimo de B. Despido. Era considerado um outro Paula Ney. Brilhante espírito, de verve espontânea, franca, repentina e complexa. Sua obra ficou dispersa em jornais da época e, quase toda, inédita.
RAMOS, Clovis. Minha terra tem palmeiras... (Trovadores maranhenses) Estudo e antologia. Rio de Janeiro: Editora Pongetti, 1970. 71 p. Ex. bibl. Antonio Miranda Minh´alma é triste e sombria Como um templo solitário; É como o Cristo quando ia Para o cimo do Calvário. Tenho triste o coração Como das brisas o açoite; Como o soar de um trovão Nas horas mortas da noite. Vivo triste e acabrunhado Igual a um mocho funéreo; Como um cipreste plantado No centro de um cemitério!
Da sorte os atros revezes Têm-me feito penar; E eu me rio muitas vezes Com vontade de chorar. Eu andei da desgraça aos cumes Fui eu mesmo o causador! Paga rendas de ciúmes Quem mora em terras de amor.
ANTOLOGIA DE SONETOS PIAUIENSES [por] Félix Aires. [Teresina: 1972.] 218 p. Brasília. Ex. bibl. Antonio Miranda
Impresso no Senado Federal Centro Gráfico,
O URUBU Cortando o espaço alvissareiramente Como o avião atravessando os mares, Voa o urubu alígero, contente, Julgando ser o campeão dos ares! Em ziguezagues ágeis de serpente, Ele avista de longe os nossos lares. E como “pose” de altivo, presidente Pensa atrair a todos os olhares. Chega, afinal, a vez da atroz descida: E quando avista a presa apetecida Que deixa cá em baixo na sarjeta. O urubu murcha as asas de repente, E lá se vem vertiginosamente, Todo vestido em casimira preta. Página ampliada em março de 2023 Bernardelli Saibam todos
O Registo/1917
Bernardino Amaral
Cidade de Pinheiro/1924
Soneto
BERNARDINO AMARAL Sergipe 1867 - ... . SONETOS. v.1.Jaboatão dos Guararapes, PE: Editora Guararapes EGM, s.d. 154 p. 16,5 x 11 cm. ilus. col. Editor: Edson Guedes de Moraes. Inclui 148 sonetos de uma centena de poetas brasileiros e portugueses. Ex. bibl. Antonio Miranda
Página publicada em julho de 2018 Bernardo Moreira Bernardo Santos Bernardo Severo
Bessa
Nair O tempo Mata virgem Nocturno Logogrifo Logrogrifo Ao Queixada
Alma Nova/1925 O Rosariense/1903/04 Athenas/1940 Athenas/1940 Estrela da Tarde/1857 Estrela da Tarde/1857 Pacotilha/1891
Beth Rego
Encontro
O Pioneiro/1983
Berorta
Maria Elizabeth Rego Oliveira - Logo em seguida, com muita dinamicidade e inteligência, surge a Maria Elizabeth, também, chamada de Beth Rego. Nasceu no Rio de Janeiro, no dia 2 de fevereiro de 1960. É poetisa e militar. Em 1996, com o livro Ofício da Palavra, obteve o primeiro lugar na categoria poesia no concurso literário da Fundação Cultural Monsenhor Chaves. Essa mulher, tão forte e corajosa, expressa toda a sua delicadeza e amor nessa seguinte menção: “A vida sem amor não tem sentido, é um passar de horas e dias, é um vazio”. A primeira poligrafia de autores piauienses - A Verdade
Bezongal Bianor de Medeiros Bidico Rodrigues Bidico de Rodrigues
Saudades Máculas do sol 7 de setembro O galo velho e o amo Tu sonhas Teus cabelos Para ela Teus olhos Á uma mulher bonita Para o comandante Augusto Ribeiro Eu seu que tu amas Ave 1o de maio Serenata (para violão) Liberdade Autografos
O Porvir/1902 Revista do Norte 1905 A Mocidade/1906 Jornal dos Artistas/1919 A Lanterna/1913 A Lanterna/1913 A Lanterna/1913 A Lanterna/1913 A RUA/1915 A RUA/1915 A RUA/1915 A RUA/1915 A RUA/1915 A RUA/1915 Revista Maranhense/1918
Bilac Orac. Bismarck
Bitola Boanerges Santos
O prazer e a dor As lebres e as rãs A colombina Saint Berthelamy O lobo e o esquilo Ouvir guris Lanterna magica I – versos de pé quebrado Criança Lanterna magica I – versos de pé quebrado Criança Lanterna majica Epitáfio canhoto III Meu berço Grupo Sotero dos Reis Meu berço Grupo Sotero dos Reis
Revista Maranhense/1918 Jornal dos Artistas/1919 Revista Maranhense/1920 Revista Maranhense/1920 Revista Maranhense/1920 O Guri/1915 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1912 O Guri/1915 O Carriça/1936 O Carriça/1936 O Carriça/1936 O Carriça/1936
Bocage
Sem titulo O Rosariense/1903/04 Frades Avante/1906 Soneto Jornal dos Artistas/1908 O ciume Gazeta de Picos/1910 Soneto Gazeta de Picos/1912 Soneto Gazeta de Picos/1906 Manuel Maria Barbosa l'Hedois du Bocage (Setúbal, 15 de setembro de 1765 – Lisboa, Mercês, 21 de dezembro de 1805) foi um poeta nacional português e, possivelmente, o maior representante do arcadismo lusitano.[1] Embora ícone deste movimento literário, é uma figura inserida num período de transição do estilo clássico para o estilo romântico que terá forte presença na literatura portuguesa do século XIX.[2] Era primo em segundo grau do zoólogo José Vicente Barbosa du Bocage.[3][4] Biografia
Bocage com cerca de 20 anos de idade Nascido em Setúbal às três horas da tarde de 15 de Setembro de 1765, falecido em Lisboa na manhã de 21 de Dezembro de 1805, era filho do bacharel José Luís Soares de Barbosa, juiz de fora, ouvidor, e depois advogado, e de D. Mariana Joaquina Caetana Xavier L'Hedois Lustoff du Bocage, cujo pai era o Almirante francês Gil Hedois du Bocage, que chegou a Lisboa em 1704, para reorganizar a Marinha de Guerra Portuguesa.[2] Foi seu padrinho de batismo Heytor Botelho de Moraes Sarmento, 4º Guarda-Mor do Sal de Setúbal, Senhor da Quinta das Machadas, Fidalgo da Casa Real. E sua madrinha foi Luísa Matilde de São Boaventura, freira dominicana do Convento de São João Batista, em Setúbal.[5][3][4] Teve um irmão e quatro irmãs. O pai do poeta, José Luís Soares de Barbosa, nasceu em Santa Maria da Graça, Setúbal, em 29 de Setembro de 1728, e era filho de Luís Barbosa Soares e de Eugénia Maria Inácia Bispo. Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra, foi juiz de fora em Castanheira e Povos,[2] cargo que exercia durante o Sismo de Lisboa de 1755, que arrasou aquelas povoações.[3][4] Em 1765, foi nomeado ouvidor em Beja, e para lá se mudou com a família.[1] Só voltaria para Setúbal cinco anos depois. Acusado de ter desviado a décima enquanto ouvidor, possivelmente uma armadilha para o prejudicar, visto ser próximo de pessoas que foram vítimas de Pombal, o pai de Bocage foi preso para o Limoeiro em 1771, nunca chegando a fazer defesa das suas acusações. Com a morte do rei D. José I, em 1777, dá-se a "viradeira", que valeu a liberdade ao pai do poeta, que voltou para Setúbal, onde foi advogado.[2][3][4] A sua mãe era natural da Encarnação, Lisboa e era segunda sobrinha da célebre poetisa francesa, madame Anne-Marie Le Page du Bocage, tradutora do "Paraíso" de Milton, imitadora da "Morte de Abel", de Gessner, e autora da tragédia "As Amazonas" e
do poema épico em dez cantos "A Columbiada", que lhe mereceu a coroa de louros de Voltaire e o primeiro prémio da academia de Rouen.[3][4] Apesar das numerosas biografias publicadas após a sua morte, boa parte da sua vida permanece um mistério. Não se sabe que estudos fez, embora se deduza da sua obra que estudou os clássicos e as mitologias grega e latina, que estudou francês e também latim. A identificação das mulheres que amou é duvidosa e discutível.[3][4] A sua infância foi infeliz. O pai foi preso, quando ele tinha seis anos e permaneceu na cadeia seis anos. A sua mãe faleceu quando tinha quase nove anos. Possivelmente ferido por um amor não correspondido, assentou praça como voluntário em 22 de Setembro de 1781 e permaneceu no Exército até 15 de Setembro de 1783.[1] Nessa data, mudou-se para Lisboa e foi admitido na Escola da Marinha Real, onde fez estudos regulares para guarda-marinha. No final do curso desertou, mas, ainda assim, surge nomeado guarda-marinha por D. Maria I. Nessa altura, já a sua fama de poeta e versejador corria por Lisboa.[3][4] Em 14 de Abril de 1786, embarcou como oficial de marinha para a Índia, na nau “Nossa Senhora da Vida, Santo António e Madalena”, que chegou ao Rio de Janeiro em finais de Junho.[1][3][4] Na cidade, viveu na atual Rua Teófilo Otoni, e diz o "Dicionário de Curiosidades do Rio de Janeiro" de A. Campos - Da Costa e Silva, pg 48, que "gostou tanto da cidade que, pretendendo permanecer definitivamente, dedicou ao vice-rei algumas poesiascanção cheias de bajulações, visando atingir seus objetivos. Sendo porém o vice-rei avesso a elogios, e admoestado com algumas rimas de baixo calão, que originaram a famosa frase: "quem tem c... tem medo, e eu também posso errar", fê-lo prosseguir viagem para as Índias". Fez escala na Ilha de Moçambique (início de Setembro) e chegou à Índia em 28 de Outubro de 1786. Em Pangim, frequentou de novo estudos regulares de oficial de marinha. Foi depois colocado em Damão, mas desertou em 1789, embarcando para Macau. Foi preso pela inquisição, e na cadeia traduziu poetas franceses e latinos.[3][4] A década seguinte é a da sua maior produção literária e também o período de maior boémia e vida de aventuras.[3][4] Ainda em 1790 foi convidado e aderiu à Academia das Belas Letras ou Nova Arcádia, onde adotou o pseudónimo Elmano Sadino. Mas passado pouco tempo escrevia já ferozes sátiras contra os confrades. Em 1791, foi publicada a 1.ª edição das “Rimas”.[3][4] “Já Bocage não sou!… À cova escura Meu estro vai parar desfeito em vento… Eu aos céus ultrajei! O meu tormento Leve me torne sempre a terra dura. (…)” — Bocage Dominava então Lisboa o Intendente da Polícia Pina Manique que decidiu pôr ordem na cidade, tendo em 7 de Agosto de 1797 dado ordem de prisão a Bocage por ser “desordenado nos costumes”. Ficou preso no Limoeiro até 14 de Novembro de 1797, tendo depois dado entrada no calabouço da Inquisição, no Rossio. Ficou até 17 de Fevereiro de 1798, tendo ido depois para o Real Hospício das Necessidades, dirigido pelos Padres Oratorianos de São Filipe Neri, depois de uma breve passagem pelo Convento dos Beneditinos. Durante este longo período de detenção, Bocage mudou o seu comportamento e começou a trabalhar seriamente como redactor e tradutor. Só saiu em liberdade no último dia de 1798.[3][4] De 1799 a 1801 trabalhou sobretudo com Frei José Mariano da Conceição Veloso, um frade brasileiro, politicamente bem situado e nas boas graças de Pina Manique, que lhe deu muitos trabalhos para traduzir.[3][4] A partir de 1802, até à morte por aneurisma aos 40 anos, viveu em casa por ele arrendada no Bairro Alto, naquela que é hoje o n.º 25, 3° da Travessa André Valente, freguesia das Mercês (Lisboa). Foi sepultado num jazigo subterrâneo da Igreja Paroquial de Nossa Senhora das Mercês, em Lisboa. [3][4] 15 de setembro, data de nascimento do poeta, é o feriado municipal de Setúbal.[6] Encontra-se colaboração póstuma da sua autoria na revista Ilustração Popular[7] (1884), no semanário Azulejos [8] (1907-1909) e no periódico O Azeitonense[9] (1919-1920). Autorretrato Magro, de olhos azuis, carão moreno, Bem servido de pés, meão na altura, Triste de facha, o mesmo de figura, Nariz alto no meio e não pequeno; Incapaz de assistir num só terreno, Mais propenso ao furor do que à ternura; Bebendo em níveas mãos, por taça escura, De zelos infernais letal veneno; Devoto incensador de mil deidades (Digo, de moças mil) num só momento, E somente no altar amando os frades, Eis Bocage, em quem luz algum talento; Saíram dele mesmo estas verdades, Num dia em que se achou mais pachorrento.[10] — Bocage Retrato Numa carta de 8 de Novembro de 1787 Obra Literária Autor
A Morte de D. Ignez (eBook) A Pavorosa Illusão (eBook) A Virtude Laureada (eBook) Elegia (eBook) Improvisos de Bocage (eBook) Mágoas Amorosas de Elmano (eBook) Queixumes do Pastor Elmano Contra a Falsidade da Pastora Urselina (eBook) Tradutor As plantas Os jardins ou a arte de aformosear as paisagens Metamorfoses (Ovídio) Filmes e séries Em 1997 foi lançado o filme brasileiro Bocage, o Triunfo do Amor, inspirado na obra do poeta. Em 2006 a história de Bocage foi adaptada para a TV numa mini-série produzida pela RTP e protagonizada por Miguel Guilherme. Bocca Quente Boi Estrella Braldebolo (?) Bras Bras
Corre Lá vai lenha Traços a carvão Traços a carvão Fitas soltas Fitas soltas
O Abelhudo/1933 A Pacotilha/1883 O Garoto/1919-21 O Garoto/1919-21 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908
Brasilino Miranda
Nada mais espero
Voz da UREB/1954
Imagem da Biblioteca Pública Farol da Educação Brasilino Miranda, Em Bacabal, no Maranhão, Brasil. O Farol da Educação foi um projeto do governo de Roseana Sarney. Braulino Na tela O Coroatá/1920 Braulino Na tela O Coroatá/1920 Braz Aquino Phantasmas A Tocha/1911/12 Braz Aranha Dó Os Anais/1911 Braz Boco Rimas inocuas O Momento/1917 Rimas inocuas O Momento/1917 Rimas inocuas O Momento/1917 Rimas inocuas O Momento/1917 Rimas inocuas O Momento/1917 Braz Martelo Martelando A Tarde/1915 Martelando A Tarde/1915 Martelando A Tarde/1915 Martelando A Tarde/1915 Martelando A Tarde/1915 Braz Ninguém Rimas Pedintes O Momento/1917 Braz Sara-Cura Cartas da roça O Garoto/1919-21 Bric-a-Brac Trovas da casa O Garoto/1919-21 No FAC O Garoto/1919-21 Bruno de Menezes
O africanismo
Athenas/1940
Bento Bruno de Menezes Costa (Belém, 21 de março de 1893 – Manaus, 2 de julho de 1963) foi um escritor brasileiro. Era membro da Academia Paraense de Letras.[1][2][3] Biografia Bruno de Menezes, filho de Dionísio Cavalcante de Menezes e Balbina Maria da Conceição Menezes, nasceu no bairro do Jurunas, em Belém do Pará. Cursou apenas o primário no grupo escolar José Veríssimo. Ainda menino se tornou aprendiz de encadernador, mantendo nessa profissão um contato maior com livros, o que colaborou em muito para que seu gosto pela literatura e o desejo pelo saber aumentassem. Seu ideal no Pará o levou, na juventude, a formar com outros companheiros o grupo "Vândalos do Apocalipse" e, mais tarde, o grupo "Peixe Frito", deste último fazendo parte Dalcídio Jurandir e Jacques Flores, entre outros de sua geração. Foi funcionário público estadual, servindo no Tesouro do Estado, na Secretaria de Agricultura e como Diretor do Departamento Estadual de Cooperativismo. Fundou em 1923, a revista Belém Nova, que abrigou trabalhos tanto dos modernistas como de antigos companheiros. Em 30 de maio de 1944 tornou-se membro da Academia Paraense de Letras, ocupando a cadeira de Natividade Lima, da qual chegou à presidência. Foi patrono da cadeira nº 2 do Instituto Cultural do Cariri, com posse em 1967. Pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico do Pará e à Comissão Paraense de Folclore. Casou-se com a professora Francisca Santos de Menezes, com a qual teve sete filhos. Poeta e folclorista, foi uma espécie de anunciador do modernismo em Belém. Sua poesia canta a raça negra, a cidade que o tempo levou, as tradições e o amor. A necessidade de inserir a literatura local paraense no contexto modernista nacional levou Bruno de Menezes a promover vários debates sobre a renovação literária no Pará. Sua inquietação contagiou alguns intelectuais nativos que produziram obras que dialogaram com a corrente modernista brasileira. Nessa esteira, os modernistas paulistas vieram apenas trocar experiências literárias na Amazônia. Faleceu aos setenta anos de idade, de infarto no miocárdio. Seu corpo foi velado na sede da Academia Amazonense de Letras, chegando em Belém no dia 3 de julho, no dia 4 de julho foi sepultado no Cemitério de Santa Izabel.
Todas as obras Bruno de Menezes Obras Poesia Crucifixo - 1920. Bailando no Lunar - 1924. Poesia - 1931. Batuque - 1931. Batuque, em braile - 2006. Lua Sonâmbula - 1953. Poema para Fortaleza - 1957. Onze Sonetos - 1960. Folclore Boi Bumbá: auto popular - 1958. São Benedito da Praia: folclore do Ver-o-peso - 1959 Estudo literário À margem do "Cuia Pitinga": estudo sobre o livro de Jacques Flores - 1937. Ficção Maria Dagmar (Novela) - 1950. Candunga (Romance) - 1954. Bsa Bueno Monteiro
ADC Amanhan
A Pacotilha/1883 Correio de Codó/1913
Bulhão Pato
Paquita Não morreste! Não morreste!
O Domingo/1872 Gazeta de Picos/1906 Avante/1906
Raimundo António de Bulhão Pato[1] (Bilbau, 3 de março de 1828 – Monte da Caparica, 24 de agosto de 1912), conhecido como Bulhão Pato, foi um poeta, ensaísta e memorialista português, sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa.[2] As suas Memórias, escritas em tom íntimo e nostálgico, são interessantes pelas informações biográficas e históricas que fornecem, retratando o ambiente intelectual português da última metade do século XIX. Biografia Filho de Francisco de Bulhão Pato, poeta e fidalgo português, e da espanhola María de la Piedad Brandy, o poeta nasceu em Bilbau, no País Basco, e passou seus primeiros anos no distrito de Deusto. Foi a época dos dois primeiros cercos de Bilbau (em 1835 e 1836), durante a Primeira Guerra Carlista. Em 1837, depois de sofrer grandes transtornos, sua família decide retirarse para Portugal. Em 1845, o jovem Raimundo António matricula-se na Escola Politécnica, mas não completaria o curso.[3] Ganhou a vida como 2.º oficial da 1.ª repartição da Direcção-Geral do Comércio e Indústria.[4] Bon vivant, era apreciador de caçadas,[5] viagens, da gastronomia e dos saraus literários, na companhia de intelectuais, como Alexandre Herculano, Almeida Garrett, Andrade Corvo, Latino Coelho, Mendes Leal, Rebelo da Silva e Gomes de Amorim. Com outras personalidades importantes da sociedade portuguesa da época, forneceu receitas para a obra O cozinheiro dos cozinheiros, editada em 1870 por Paul Plantier[6]. Aderiu à voga ultrarromântica, acrescentando elementos folclóricos e descrições de cenas e tipos populares, em linguagem viva e coloquial. O poema narrativo Paquita, sucessivamente reeditado de 1866 a 1894 e que o tornou célebre, parece já prenunciar um certo realismo, enquanto sua poesia satírica reflete uma certa preocupação social.[7] Em 1850, publica o seu primeiro livro, Poesias de Raimundo António de Bulhão Pato; em 1862 aparece o segundo, Versos de Bulhão Pato, e, em 1866, o poema Paquita. Publicaram-se depois, em 1867 as Canções da Tarde; em 1870 as Flôres agrestes; em 1871 as Paizagens, em prosa; em 1873 os Canticos e satyras; em 1881 o Mercador de Veneza; em 1879 Hamlet, traduções das tragédias de William Shakespeare e do Ruy Blas de Victor Hugo. Em 1881 seguindo-se outras publicações: Satyras, Canções e Idyllios; o Livro do Monte, em 1896. Para o teatro, escreveu apenas uma comédia em um acto, Amor virgem n'uma peccadora, encenada no Teatro D. Maria II em 1858 e publicada nesse mesmo ano. Foi colaborador em diferentes publicações periódicas, nomeadamente: A Época [8] (1848-1849) jornal fundado e dirigido por Andrade Corvo juntamente com Rebelo da Silva; Revista do Conservatório Real de Lisboa [9] (1902), Pamphletos (1858), A illustração portugueza (1884-1890)[10] A Semana de Lisboa [11] (1893-1895), Revista Peninsular, Gazeta Literária do Porto [12] (1868), Revista Universal Lisbonense[13], Branco e Negro [14] (1896-1898) e Brasil-Portugal[15], Serões[16] (19011911), Ilustração Luso-Brasileira [17] (1856-1859) e na Revista Contemporânea de Portugal e Brasil [18] (1859-1865), Tiro civil [19] (1895-1903) entre outros. Por seu ultrarromantismo, influenciado por Lamartine e Byron, e seus dotes culinários, Bulhão Pato acreditou ter servido de inspiração a Eça de Queirós na composição do personagem — algo caricatural — do poeta Tomás de Alencar, que aparece em Os Maias (1888).[20] Ao se crer retratado no romance — o que Eça negou, em uma deliciosa carta ao jornalista Carlos Lobo d'Ávila[21] —, Bulhão Pato parece ter ficado furioso e, em resposta, escreveu as sátiras "O Grande Maia" (1888) e "Lázaro Cônsul" (1889).[4] [22] [23][24] Obras Poesias de Raimundo António de Bulhão Pato (1850) Versos de Bulhão Pato (1862) (eBook) Digressões e Novelas (1864)[25] Paquita (1866) A José Estevão (1866) (eBook) Canções da Tarde (1867) Flôres agrestes (1870) Paizagens (1871) Canticos e satyras (1873) Sob os Ciprestes: Vida intima de homens illustres (1877) Hamlet (tradução) (1879) Mercador de Veneza (tradução) (1881) Satyras (1896) Canções e Idyllios (1896) Livro do Monte (1896) Memórias (1894-1907) Ver também Retrato de Bulhão Pato
Amêijoas à Bulhão Pato Jardim Bulhão Pato Sob os Ciprestes - Vida Íntima de Homens Illustres (edição digital) Burro do Jóca Buterfly
NManifesto O mar
A Flexa/1880 Revista Maranhense/1917
ABECEDÁRIO DA LITERATURA MARANHENSE: LETRA “C” LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Academia Ludovicense de Letras Academia Poética Brasileira Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro Centro Esportivo Virtual Licenciado em Educação Física; Mestre em Ciência da Informação De algum tempo venho me dedicando ao resgate da memória da literatura maranhense/ludovicense; buscando dados e informações sobre os autores que nasceram e/ou tiveram sua vida intelectual ligada ao Maranhão. Em especial, dedico-me à memória do lazer, esportes, e educação física no/do Maranhão. Daí, a literatura aparecer como componente de um lazer passivo... Na busca por maiores informações de Maria Firmina dos Reis, deparei-me com uma publicação em que aparecia um retrato da autora de Úrsula; fui buscar o suposto retrato no jornal em que fora publicada; só que não! Não encontrei nada; resolvi estender a busca por outros jornais, da época, e encontrei um sem-número de poesias publicadas, de diversos autores – então resolvi estender a busca: quem publicou, em jornais maranhenses, poesias? Encontrei mais de 6.600 (seis mil e seiscentos) poemas publicados, e não me utilizei de todo o acervo disponibilizado na Biblioteca Pública Benedito Leite, num total de 550 jornais digitalizados, desde o início da imprensa no Maranhão, isto porque a maioria dos jornais não se consegue acessar, pois apresenta erro; muitos estão inelegíveis, outros mutilados e outros não apresentam poesias em seu conteúdo. Outro grande problema é a identificação desses autores: alguns, figurinhas carimbadas, outros, desconhecidos, e um sem-número de anônimos: ou assinaram com pseudônimos, ou apenas as iniciais, e outros, nem mesmo isso. São 15 (quinze) publicações, em média 300 páginas cada uma delas, em que essa produção foi resgatada. Agora, só resta organizar esse material, por ano de publicação, respeitando a primeira edição do jornal em que foi publicada – e alguns, se estendem por vários anos; cotejar essa produção com outras publicações, em especial o fiz com o Dicionário Bibliográfico de Sacramento Blake, resgatando todos os maranhenses ali identificados, com suas obras e complementando, sempre que possível, essas informações. Verificou-se que a produção maior se refere à teses apresentadas às mais diversas instituições universitárias, que frequentaram: medicina, direito, matemática, a sua maioria. Teses e artigos médicos são a grande maioria. Alguns desses autores, também se dedicaram à literatura, em especial, poesia. Outras obras aparecem com o registro da literatura produzida no Maranhão, por maranhenses aqui nascidos, ou por português, e pessoas de outras nacionalidades, que aqui se estabeleceram; muitos, tiveram uma vida profissional fora do Maranhão, e lá foram autores ativos. Esse o desafio... E aqui vamos novamente, cotejando Sacramento Blake com outros dicionaristas e/ou enciclopedistas e/ou historiadores e/ou críticos literários... ALL EM REVISTA 10.4 - outubro/dezembro 2023 - EDIÇÃO ESPECIAL: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES VY - por Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVISTA 10.4 - outubro/dezembro 2023: EDIÇÃO ESPECIAL - A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES XIV por Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVISTA 10.4 - outubro/dezembro 2023 - EDIÇÃO ESPECIAL: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES XIII de Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVSITA 10.4 - Outubro/dezembro 2023 = Edição Especial: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES XIId by Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVSITA 10.4 - outubro/dezembro 2023 - EDIÇÃO ESPECIAL: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES XI - por Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVISTA 10.4 - OUTUBRO/DEZEMBRO 2023 - NUMERO ESPECIAL X A POESIA MARANHENSE NOS JORNAIS I por Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVISTA 10.4 - outubro/dezembro 2023 - edição especial: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES IX de Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVSITA 10.4 - OUTURBO-DEZEMBRO 2023 - EDIÇÃO ESPECIAL: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES VIII Direção: Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVSITA 10.4 - OUTURBO-DEZEMBRO 2023 - EDIÇÃO ESPECIAL: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES VIII Direção: Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES - BIOBIBLIOGRAFIAS de Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVISTA 10.4.6 - Outubro/dezembro 2023 - Edição especial: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES V de Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu
ALL EM REVISTA 10.4.5 - OUTUBRO/DEZEMBRO 2023 = EDIÇÃO ESPECIALÇ: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES I por Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVISTA 10.4.4 - OUTUBRO-DEZEMBRO 2023 - EDIÇÃO ESPECIAL III - A POESIA NOS JORNAIS MAANHENSE por Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVISTA 10.4 - OUTUBRO/DEZEMBRO 2023 - NUMERO ESPECIAL - A POESIA MARANHENSE NOS JORNAIS II de Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVISTA 10.4 - OUTUBRO/DEZEMBRO 2023 - NUMERO ESPECIAL - A POESIA MARANHENSE NOS JORNAIS I por Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu
Um pouco mais de memória
"A Escola": Memórias de um Jornal Codoense (1916-1920) Por Maria Alda Pinto Soares
Vamos à letra “C” C C C C C C Castro CF CF C(?)Arabar C, C. C. C. C. C. C. C. C. C. C. C. C. C. C. C. C. C. A. C. B. C. Castecisano C. de Amiel C. de G C. de M (?) C. E. de Lemos
A virgem do meo amor Poesia Logogrifo Os meus desejos Um encontro Amarguras Adeus Le-se ao suspiro Sobre ruiinas Soneto A Rosinha A Rosinha Soneto O nascimento de Jesus Epigrama Hynmo Enigma Um encontro Sobre gostos O meu amor Teu retrato Á Idalia França Soneto Soneto Maria Theresa Viuvinhas... frescas Instantaneos Meu sofrer Monologo de um bisturi Tres cantos No álbum de uma senhora Á D. E. Dias A ceia do Senhor
Marmota Maranhense/1854 Estrela da Tarde/1857 Estrela da Tarde/1857 Estrela da Tarde/1857 Estrela Maranhense/1859 A Escola/1878 A SENTINELA/1855 A SENTINELA/1855 Revista Elegante/1899 O Eclesiastico/1856 A Sentinela/1855 A SENTINELA/1855 O Ecclesiástico/1855 O Eclesiastico/1856 Estrela da Tarde/1857 Estrela da Tarde/1857 Estrela da Tarde/1857 A Estrela Maranhense/1859 A Mocidade/1876 Revista Juvenil/1876 Revista Juvenil/1876 Pacotilha/1880 O Rosariense/1903/04 O Rosariense/1903/04 A Mocidade/1906 A Tocha/1911/12 A Novena/1909 O Tentáme/1919 Revista do Norte/1902 Gazeta de Codó/1893 O Domingo/1872 A Pacotilha/1884 O Ecclesiástico/1855
C. F. C. F. C. G. C. G. C. Gouvea C. Guedes
C. Jacarandá
C. L. Martins
C. Lopes C. Maciel C. Marques C. Michol C. Oinho C. P.
Adeus Ao suspiro Á capella Solicitadas Uma lágrima Desilusão Desilusão Dezilusão Nuvens Saudade Recitativo Recordando A dama e o pescador A tormenda Fragmentos Mágoas Dores dálma O anjo dos meus sonhos Dislace poetico Revendo-te A grandeza de Deus O jardim Flavia e Eunice Amor e saudades Lembrança Amei Meu coração Amor em junho Um nome Tuberculoza
A Sentinela/1855 A Sentinela/1855 O Jardim das Maranhenses/1861 Revista Maranhense/1917 O Martelo/1911 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1912 O Apreciável/1867 O Apreciável/1867 O Apreciável/1867 O Apreciável/1867 O Apreciável/1867 O Apreciável/1867 O Apreciável/1867 O Apreciável/1867 O Apreciável/1867 O Apreciável/1867 O Apreciável/1867 O São Bento/1901 O São Bento/1901 O São Bento/1901 O Rosariense/1903/04 O Rosariense/1903/04 Revista Maranhense/1918 O Jardim das Maranhenses/1861 Jornal dos Artistas/1908 Jornal dos Artistas/1908 A Mocidade/1876 O Canhoto/1912
C. Porciúncula de Moraes O avião Athenas/1941 Infância Colorida Nascido em 06 de maio de 1892, na Vila de São Bento, no Maranhão, Raymundo Porciúncula de Moraes foi o 12° dos 17 filhos (13 homens e 4 mulheres) de José Alípio de Moraes – magistrado, músico, compositor e regente – e de Teresa dos Anjos Porciúncula de Moraes, professora (cantora e musicista amadora). Seu pai ensinou todos os filhos e filhas a tocarem instrumentos musicais, formando uma verdadeira orquestra familiar. Aos 10 anos, morando na vila de Cururupu e com vocação para a pintura, já manifestada em desenhos nos cadernos e nas paredes e muros da casa, recebeu do irmão e padrinho, Celino, o que considerou o seu primeiro grande incentivo: uma caixa de lápis com doze cores. As flores e frutas, temas preferidos do talento precoce, sempre muito coloridas, passaram a figurar com mais freqüência no material escolar e a serem requisitadas por amigos e admiradores. O Verdadeiro Original Com 15 anos, outra habilidade de Dico, como era conhecido em família, também chamava a atenção: a de calígrafo. Por desenhar bem todos os tipos de letra, era procurado por comerciantes para fazer cartazes e outros trabalhos de propaganda. Ao candidatarse a uma vaga de desenhista na editora A Revista do Norte, surpreendeu pela pouca idade. Para testá-lo, o proprietário lhe pediu que reproduzisse um quadro “de uns dos bons mestres de Paris”. No dia combinado, o jovem Porciúncula entregou a sua versão como sendo o original e disse não ter conseguido cumprir a tarefa. À reação compreensiva do homem, mostrou o verdadeiro original, cuja cópia que fizera era idêntica. Foi contratado na hora. O encontro com aquele que define como seu “primeiro mestre”, o espanhol Antonio Rabasa, recém-chegado à São Luís, deu-se após Porciúncula ver paisagens do artista ornamentando a decoração de um novo bar da cidade. Não hesitou em pedir umas aulas a Rabasa, que o acolheu e foi um grande incentivador da sua ida para o Rio de Janeiro, cuja efervescência cultural e a possibilidade de convívio com grandes artistas reputava como fundamentais para o seu aprendizado. Entre 1916 e 1917, antes de conhecer a então capital federal, Porciúncula foi visitar um irmão em Belém. Lá, passou cerca de um ano e meio e encontrou “um ambiente de arte mais adiantado que em São Luís” e teve aulas com José Girard, pintor paraense que havia estudado em Paris. O Sol nas Montanhas Em 19 de março de 1918, desembarcou no Rio de Janeiro e não tardou a buscar novos mestres e locais para estudos. Como aluno livre da Escola Nacional de Belas Artes, freqüentou o Atelier dos irmãos Bernadelli – Henrique, pintor e Rodolpho, escultor – onde se reuniam expoentes da arte brasileira. À noite participou das aulas de Modelo Vivo, no Liceu de Artes e Ofícios, orientadas pelo pintor Eurico Alves. Estudioso e dedicado, conseguiu, por concurso, o cargo de desenhista no Instituto Oswaldo Cruz, o que lhe garantiu tranqüilidade para prosseguir com sua pintura. Foi um dos criadores do setor de desenho técnico daquele Instituto,
então, Manguinhos. Tornou-se amigo de Oswaldo Cruz e, como não tinha família no Rio, passou uma temporada vivendo em seu local de trabalho. Em 1920, estreou no Salão Nacional de Belas Artes com o quadro O Último Beijo, “grande paisagem fixando o anoitecer, o último beijo do sol nas montanhas, pintado de Manguinhos, vislumbrando toda a paisagem até a Tijuca”. À primeira participação seguiram-se muitas outras como Menção Honrosa, de segundo grau, em 1924, Medalha de Bronze em 1925 e Medalha de Prata em 1954, com o quadro A Sesta, de 1950. Por fim, recebeu o título de Hors-Concours tornando-se expositor assíduo naquele Salão. De 1923 a 1925, insatisfeito com os rumos do Salão, reuniu colegas expositores e organizou o Salão da Primavera do Impressionismo, realizado no Liceu de Artes e Ofícios. Participou de inúmeras exposições nacionais e internacionais (Estados Unidos, Argentina) e obteve diversas premiações e medalhas (ver em Exposições Premiações e Medalhas) Em 05 de janeiro de 1933, casou-se com a professora normalista Edwiges Cecy Peixoto Porciúncula de Moraes (falecida em 1976), com quem teve três filhos: Maria Apparecida, José Henrique e Maria Teresa. Teve, também, três netos: Leonardo, Alexandre e Cecília, filhos de Maria Apparecida e Rucemah Leonardo Gomes Pereira. Encontro com os Impressionistas e cotidiano Em 1972, com sua obra já consolidada, viajou pela primeira vez à Europa, onde teve a oportunidade de conhecer os principais museus, em Londres, Paris e Amsterdam. Além de pintor, aquarelista, desenhista e ceramista, Porciúncula de Moraes foi escritor, crítico de arte, ensaísta e poeta. A familiaridade com as letras pode ser conferida em ensaios para O Jornal, do Rio de Janeiro, nos livros Estética Desfigurada e Palheta Sonora, publicados, respectivamente, em 1967 e 1980, e nas poesias que produziu nos anos 70, publicadas em Palheta Sonora e no Anuário de Poetas do Brasil, editado entre 1975 e 1979 (ver em Poesia). Seguindo a tradição musical da infância, nas horas vagas arranhava um violão e tocava piano, instrumentos sempre presentes em seu Atelier. Chegou a compor uma valsa, Falando aos Anjos, para Cecy, sua esposa (ver livro Palheta Sonora). Tornou-se desenhista-chefe do Instituto Oswaldo Cruz, em Manguinhos, cargo que exerceu até a sua aposentadoria. Foi também professor de desenho da rede de escolas públicas de segundo grau do Estado do Rio de Janeiro, tendo trabalhado, por vários anos, na Escola Orsina da Fonseca, na Tijuca. Também ensinou desenho em colégios particulares como Mello e Souza e Mallet Soares, em Copacabana. Deu cursos livres de arte na Escola Nacional de Belas Artes e em seu Atelier, aberto em 1952, nos fundos de sua casa, na Rua Bolívar 168, em Copacabana, com exposição permanente de suas obras. O artista fazia questão de estar presente para tirar dúvidas, ouvir opiniões e debater com os visitantes. Faleceu em 14 de novembro de 1981, no Rio de Janeiro. Victor Garrido Publicitário Porciúncula de Moraes: por paixão, a pintura Porciúncula de Moraes (porciunculademoraes.com.br) Calígrafo, ilustrador, professor, pintor, poeta e amante da música, Porciúncula de Moraes teve o desejo interior por ampliar seu conhecimento sobre o universo da arte realizado em 1918, quando recebeu uma subvenção para estudar, concedida pelo Congresso do Estado do Maranhão que, numa sessão inédita sobre o assunto, decidiu estimular as “raras vocações artísticas” da cidade e premiar três jovens artistas, entre eles o escultor Celso Antônio e Porciúncula de Moraes. Nesse mesmo ano viajou para o Rio de Janeiro, então capital federal e palco de importantes acontecimentos, como a eleição para presidente da República, a Insurreição Anarquista, uma greve geral e a pandemia de febre espanhola, que também assolou outros estados do país. Além das modificações urbanísticas que ocorreram no início do século XX, alterando sua aparência, a cidade se transformaria mais uma vez com a demolição do morro do Castelo em 1921, favorecendo a abertura de grandes vias e a posterior criação do Aterro do Flamengo, entre outras. Este foi o ambiente urbano no qual Porciúncula de Moraes passou a viver a partir dos 26 anos. Sob a ótica do ensino artístico, o Rio de Janeiro abrigava a mais importante instituição oficial do país, a Escola Nacional de Belas Artes - ENBA, que seguia os valores tradicionais no ensino artístico e, à época, era dirigida pelo pintor João Batista da Costa. É possível observar que as experiências artísticas inspiradas na arte moderna, em especial o Impressionismo, do qual Eliseu Visconti foi o mais destacado representante no Brasil, eram ainda restritas a poucos e sua aceitação encontrava resistências; eram raros aqueles que buscavam vivenciar outros estilos já potencializados no exterior, como o expressionismo e o cubismo, o que contribuía para a fraca repercussão das novidades no panorama artístico brasileiro da época. Porciúncula de Moraes optou por fazer aulas livres na ENBA e frequentou o Atelier Lido, dos irmãos Bernardelli, em frente à praça do Lido, em Copacabana, tendo estudado pintura com Henrique Bernardelli, artista renomado, professor da Escola de Belas Artes de 1891 a 1906 e que, ao sair da instituição, continuou a lecionar em seu ateliê. Das aulas com o mestre Henrique Bernardelli, Porciúncula apreendeu muitas lições, e com o tardio impressionismo brasileiro, absorveu o interesse pela pintura ao ar livre, pela luz e seus efeitos, para criar, como ele próprio dizia uma pintura “tão longe dos modernos, como dos clássicos”. Na busca por pintar os efeitos de luz em suas paisagens - um de seus temas preferidos juntamente aos retratos de família e pintura de flores - utilizou a tinta a óleo em pinceladas soltas e contornos pouco definidos, bem como praticou a aquarela com a característica leveza que esta técnica confere às formas e ao conteúdo. O Museu Nacional de Belas Artes conserva em seu acervo o óleo Favelados, de 1955. A vivência artística de Porciúncula de Moraes foi guiada pelo inesgotável interesse pelas particularidades do Impressionismo, que buscou conhecer e explorar ao longo de sua carreira, sob uma perspectiva muito pessoal. Dedicou sua vida ao ofício de professor de desenho e, sobretudo, à pintura, sua grande paixão. Laura Abreu Historiadora da Arte e Curadora Abril 2017 Como um impressionista brasileiro, mestre Porciúncula de Moraes sai do atelier e retrata nossa cidade com céus “com leque da alegria”. Seu olhar era franco e generoso. Penetrante e nos posta perguntas também. Senti isso ao fotografar seus autorretratos. Suas obras são luminosas e fotogênicas. Inesperados ângulos da Lagoa Rodrigo de Freitas com crianças brincando na relva e
lavadeiras, pondo roupas coloridas pra corar em suas bordas, nos remetem a uma época de paz e harmonia da Cidade Maravilhosa, que não volta mais. Marco Rodrigues Fotógrafo e marchand de obras de arte. SOB A LUZ BRASILEIRA No Impressionismo desde 1920: uma Visão Panorâmica sobre o Imaginário Artístico de Porciúncula de Moraes Pintor, aquarelista, ceramista, escritor e poeta brasileiro, com suas paisagens, naturezas-mortas, retratos, autorretratos e composições com temas diversos, tendo a expressividade da cor como motivo primordial Porciúncula de Moraes filiou-se, representativamente, à corrente impressionista brasileira, iniciada por Eliseu Visconti e Belmiro de Almeida, no início do século XX. Criticando a orientação acadêmica predominante no ensino oficial da pintura na Escola Nacional de Belas Artes, e difundida sistematicamente no Salão Nacional de Belas Artes, Porciúncula assimilou e exprimiu verazmente o que havia de mais genuíno no impressionismo brasileiro. Com grande e densa determinação de renovação, criou uma obra totalmente direcionada à valorização artística da luz brasileira. Expôs e contribuiu para a evolução desta tendência, procurando sempre expressar a peculiaridade pictórica da nossa luz. “Só vi uma luz tão bela, cristalina e rica de matizes como a nossa do Estado do Rio de Janeiro, numa bela manhã em Amsterdam: terra de Rembrandt!...”, disse ele em seu livro Palheta Sonora (1980). A respeito do seu quadro Gramado em Festa, bem luminoso, com tons escuros para contraste, comentou o célebre pintor e professor Rodolfo Amoedo: “não pinto assim, com essa transparência e leveza de tons, mas o reconheço como um belo trabalho e voto premiação que o distinga”. Porciúncula de Moraes deixou uma obra de inestimável valor artístico e histórico que merece ser restaurada, recuperada, reavaliada e divulgada. João Carlos Cavalcanti Rio de Janeiro, novembro de 1993. Membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte – ABCA, Seção Nacional de Association International des Critiques d’Art – AICA, órgão da UNESCO; Professor na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC/RJ; Pesquisador, roteirista e redator de textos no ”Laboratorium de Representação da Imagem pela Multimídia”, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC/RJ; Coordenador-Geral da execução de Projetos Culturais e Artísticos no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro; Foi Curador do Segmento 4, “A Proteção do Imperador e os Pintores do Segundo Reinado 1850-1890”,da exposição “História da Pintura Brasileira no Século XIX”, realização cultural da Fundação Roberto Marinho, Vera Cruz Seguradora S.A., associada à S.A. Moinho Santista Indústrias Gerais, e Edições Pinakotheke. Nasceu em 1938 e faleceu em 1994.
C. Seria C. Serifa C. Souza Junior C.Alves C.B. C.D.P. C.F.D.V. C.J. C.M. C.P. C.Sousa Junior Cadet Cadete Cadete Cadete Cadete Nogueira Caetano de Souza
O teu silencio Soneto Tristeza Ave Maria A luta Poesia Poesia Flor d´alma Exaltação Tuberculoza Amo-te Não a ames Inda és a mais bela Amor e despreso Improvizo A minha mãe Para trás Nada Noivado
Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1916 O Ideal/1898 O Domingo/1901 O Imparcial/1915 A SENTINELA/1855 O Jardim das Maranhenses/1861 Selecta/3 autores O Domingo/1872 O Canhoto/1908 O Ideal/1898 O Ramalhete/1863 O Ramalhete/1863 O Ramalhete/1863 O Ramalhete/1863 A Lanterna/1913 Pacotilha/1902 A Renascença/1902 A Renascença/1902
Caetano Salazar Sanches
Uma despedida
A Lanterna/1913
Caio Apio Caio Xisto Caldas Barbosa Caldeira
Phantazias Au depart Mote Uma poesia
Jornal dos Artistas/1908 Revista Elegante/1895 O Rosariense/1903/04 Formigão/1870
Camilo Castelo Branco
Oração a Mãe de Deos
O CRISTIANISMO/1854
Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco (Mártires, Lisboa, 16 de março de 1825 – Vila Nova de Famalicão, São Miguel de Seide, 1 de junho de 1890) foi um escritor, romancista, cronista, crítico, dramaturgo, historiador, poeta e tradutor português. Foi o 1.º Visconde de Correia Botelho, título concedido pelo rei D. Luís. É um dos escritores mais populares, proeminentes e prolíferos da literatura portuguesa, especialmente do século XIX. Biografia Castelo Branco teve vida atribulada, que lhe serviu muitas vezes de inspiração para suas novelas. Foi o primeiro escritor de língua portuguesa a viver exclusivamente de seus escritos literários. Apesar de ter de escrever para o público, sujeitando-se assim aos ditames da moda, conseguiu manter uma escrita muito original. Dentro da sua vasta obra, também se encontra sua colaboração na autoria em diversas publicações periódicas como O Panorama,[1] a Revista Universal Lisbonense,[2] A illustração luso-brasileira[3] (1856–1859), Revista Contemporânea de Portugal e Brasil [4] (1859–1865), Archivo pittoresco (1857–1868), A Esperança [5] (1865–1866), Gazeta Literária do Porto [6] (1868) (também chamada de Gazeta de Camilo Castelo Branco devido à sua extensa colaboração como redator), a revista literária República das Letras [7] (1875), Ribaltas e Gambiarras [8] (1881), A illustração portugueza[9] (1884–1890), Lisboa creche: jornal miniatura [10] (1884) e, a título póstumo, nas publicações periódicas A semana de Lisboa[11] (1893–1895), Serões[12] (190 1–1911), Azulejos [13] (1907–1909) e Feira da Ladra[14] (1929–1943). Camilo Pessanha
Soneto Soneto
Correio do Nordeste/1964 Correio do Nordeste/1964
Camilo Pessanha (1867-1926) foi um poeta português, o melhor representante do Simbolismo de Portugal. Sua poesia é marcadamente pessimista, sendo notória sua rejeição pelo mundo material. Infância e Formação Camilo de Almeida Pessanha, conhecido como Camilo Pessanha, nasceu em Coimbra, Portugal, no dia 7 de setembro de 1867. Filho de Antônio de Almeida Pessanha, um estudante do terceiro ano de Direito, e de Maria do Espírito Santo Duarte Nunes Pereira, uma criada de sua casa. Camilo Pessanha completou seu curso primário em Lamego, e em seguida estudou no Liceu Central de Mondego. Em 1884, ingressou na Universidade de Coimbra. Durante o período acadêmico, levava uma vida boêmia, o que refletia em sua saúde. Publicava seus poemas em revista e jornais, entre eles, “A Crítica”, de Coimbra e o “Novo Tempo”, de Mangualde. Nas férias, tentava se restabelecer, na casa da família, na Quinta de Marmelos, em Mirandela. Em 1891, concluiu o curso de Direito. No ano seguinte foi nomeado Procurador Régio de Mirandela. Dois anos depois vai para Óbidos, onde advoga até 1894. Após passar em concurso, segue para Macau, colônia portuguesa, na China, para lecionar Filosofia, no recém-criado Liceu de Macau. Carreira Literária Camilo Pessanha escrevia seus poemas desde os 18 anos, mas não guardava os originais, sabia-os de cor e recitava para os amigos. Alguns de seus poemas foram publicados nas revistas “Ave Azul” e “Centauro”. Em 1920, graças a seu primo João de Castro Osório, que copiou seus poemas e sonetos, e preparou o livro que Camilo deu o nome de “Clépsidra”, onde reuniu as características essenciais do Simbolismo português. A Poesia Simbolista Camilo Pessanha é considerado o melhor representante do Simbolismo português. Inadaptado à realidade, carrega na alma a dor de existir, enquadrando-se perfeitamente nos padrões da nova escola. Na elaboração de seus poemas, Camilo Pessanha joga com as palavras, rompe com as tradicionais estruturas, para criar uma arte meticulosa no tratamento musical e vocativo do verso: Soneto Chorai arcadas Do violoncelo! Convulsionadas, pontes aladas De pesadelo... De que esvoaçam, brancos, os arcos. Por baixo passam, Se despedaçam, No rio, os barcos. Fundas, soluçam Caudais de choro... Que ruínas, (ouçam)! Se se debruçam, Que sorvedouro! (...) A cor, a música e a pintura local constituem imagens vivas em sua poesia. Impressões sensoriais sugerem uma atmosfera abstrata, que assume proporções simbólicas no momento da criação artística, como no verso: Peixinhos da mais alva porcelana, Conchinhas tenuemente cor de rosa, Na fria transparência luminosa Repousam fundos, sob a água plana. A união de seus pais, ele um aristocrata, e ela na condição de criada, refletiu em algumas de suas obras, entre elas, a novela “Segundo Amante”. Para sua irmã, escreveu o poema “Madalena”. O amor de Camilo Pessanha pela civilização chinesa resultou na incorporação de notas orientais em sua poesia. Postumamente, foi publicado “China” (1944), uma coletânea de ensaios sobre a civilização e a literatura chinesa.
Camilo Pessanha faleceu em Macau, na China, no dia 1 de março de 1926. Camões
Soneto
Jornal dos Artistas/1908
Luís Vaz de Camões (Lisboa[?], c. 1524 — Lisboa, 10 de junho de 1579 ou 1580) foi um poeta nacional de Portugal, considerado uma das maiores figuras da literatura lusófona e um dos grandes poetas da tradição ocidental. [nota 1]
Camolino
Os ateniadas Os Ateniadas Os Ateniadas Os Ateniadas Os Ateniadas Os Ateniadas Os Ateniadas Os Ateniadas Os Ateniadas Os Ateniadas Os Ateniadas Os Ateniadas Os Ateniadas Os Ateniadas Os Ateniadas Os Ateniadas Os Ateniadas Os Ateniadas Os Ateniadas Os Ateniadas Os Ateniadas Os Ateniadas Os Ateniadas Os Ateniadas Os Ateniadas Os ateniadas – canto segundo Os ateniadas – canto segundo Os ateniadas – canto segundo Os ateniadas Os ateniadas Os ateniadas Os ateniadas Os ateniadas Os ateniadas Os ateniadas Os ateniadas Os ateniadas Os Ateniadas – canto I Os Ateniadas Os Ateniadas Os Ateniadas Os Ateniadas
O Canhoto/1912 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1912 O Canhoto/1912 O Canhoto/1912 O Canhoto/1912 O Canhoto/1913 O Canhoto/1913 O Canhoto/1913 O Canhoto/1913 O Canhoto/1913 O Ateniense/1917 O Ateniense/1917 O Ateniense/1917 O Ateniense/1918 O Ateniense/1918
Os Ateniadas Os Ateniadas Os Ateniadas
O Ateniense/1918 O Ateniense/1920 O Ateniense/1920
Cand. Bispo Alma aflita O Imparcial/1915 Cândido Pereira de Sousa Bispo nasceu no lugar São Benedito, no Baixão da Colônia, Município de Grajaú, a 03 de outubro de 1896 e faleceu em São Luís, a 15 de julho de 1950. Filho de lavradores sem recursos, e pobre ele mesmo, mas espírito irrequieto e prenhe de força de vontade, Sousa Bispo, que foi açougueiro, taverneiro, boiadeiro, que estudou humanidades sem preceptores, alcançou formar-se em direito, fez-se professor e jornalista e acabou, por seus méritos intelectuais a pertencer às mais destacadas instituições culturais do Estado: Consultor- técnico do Diretório Regional de Geografia do Maranhão, membro do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão e sócio efetivo da Academia Maranhense de Letras, em que fundou a Cadeira (nº 27) patrocinada por Dias Carneiro. É, sem dúvida, entre nós, um dos mais característicos exemplos do selj-made-man; e amostra impressionante do espírito forte que o animava é a sua aventurosa caminhada, de mais de oitocentas léguas a pé, desde o Rio de Janeiro a São Luís, de novembro de 1922 a julho de 1923. Candido Aires Candido Farias
Preces d´alma Cura da nervose
Revista Maranhense/1917 Revista Elegante/1894
Candido José Lopes
O operario
Jornal dos Artistas/1902
Biografia de Cândido José Lopes (recantodasletras.com.br) Coronel Cândido José Lopes A família Lopes vem da família Lopez de Portugal. Um dos primeiros nomes da família no Brasil é o do Sr. Pero Lopes Sousa. Após 1800, já encontramos suas ramificações no norte e noroeste mineiro, nas cidades de Paracatu, Montes Claros, Januária e no próprio Burithy. Em meados de 1880, chegava em Buritis o Coronel Cândido José Lopes, sendo coronel de patente comprada, segundo o costume daqueles homens primitivos, tendo nascido em 1849. Possivelmente era natural de Januária, o antigo povoado fundado por Januário Cardoso, em 1668. Foi casado com a Sra. Alexandrina e depois de viúvo mudou-se para a região do alto urucuia, para o povoado de Santanna do Burithy, trazendo sua primeira filha, Inês Alexandrina Lopes, que casou-se duas vezes, e no segundo casamento teve três filhos com José Fonseca Melo, irmão de Vitalino Fonseca Melo. Quando chegou no povoado, o Coronel formou a sua segunda aliança matrimonial com uma das filhas de Marcolino de Queiroz, com o nome de Ana Josefina de Queiroz, que deu a luz a sete filhos: Ana Josefina Lopes (Cota), Antonino Cândido Lopes, Hemetério Cândido Lopes, José Antônio Lopes, Maria Cândida Lopes (Maroca), Hemetéria Josefina Lopes, Cândido José Lopes (Candocho). Cândido José Lopes, por muitos anos, foi Juiz de Paz em Santanna do Burithy, grande fazendeiro, pecuarista e comerciante. Trabalhou em prol do povo. Naqueles tempos remotos, chegou a trazer uma professora de januária para lecionar no povoado local.
Coronel Cândido Lopes. Foto da segunda metade do século XIX. Em 1913 ficou extremamente doente, tentou livrar-se de sua enfermidade e fez uma viagem a cavalo para São Romão, de lá pegou um dos vapores com destino a Pirapora, a fim de tratar sua saúde precária. Faleceu no mesmo ano e foi sepultado no povoado de Lassance, município de Pirapora.
Texto: Gilberto Valadares. Fonte: Raízes e Cultura de Buritis no Sertão Urucuiano – Oscar Reis Durães Caninde Caran d´Ache Cardoso Junior Carlindo Camara Carlito Carlos (?) Carlos (?) Carlos Aberto Bayma Saads
Sentimento Silhueta Sonambulismo Os sinos Ingrata Despedida da minha terra natal Despedida da minha terra natal Dois poemas
Cidade de Pinheiro/1923 A Novena/1909 Gazeta de Picos/1910 Athenas/1941 O Combate/1949 Gazeta de Codó/1893 Gazeta de Codó/1893 Correio do Nordeste/1964
Carlos Cavaco
Triste mundo Angustia Dois poemas Solidão Solidão
Correio do Nordeste/1963 Correio do Nordeste/1963 Correio do Nordeste/1964 Correio do Nordeste/1964 Correio do Nordeste/1964
O meu tumulo O sapo Ave Maria
Cidade de Pinheiro/1923 Cidade de Pinheiro/1924 Cidade de Pinheiro/1924
O gaúcho CARLOS CAVACO era professor universitário de Política e Metafísica. "Musa Vermelha", publicado em 1928, é uma de suas obras. Vivo feliz, satisfeito, sem vaidades e sem luxo, sentindo bater no peito meu coração de gaúcho. A própria espuma negreja na boca do cão que late. O covarde - é o que apedreja; o valente - é o que combate. É preferível o insulto que a um nome puro retalha, a ter que ouvir e dar vulto a elogios de um canalha!
“Viva o Brasil, canalha – Uma idéia em marcha, Carlos Cavaco”, que é uma releitura contemporânea das idéias e da obra do líder socialista que nasceu em Santana do Livramento em 1878. O documentário tem o patrocínio da Eletrobrás e apoio do Ministério da Cultura. Está sendo gravado em vídeo digital para depois ser transformado em 35 mm. A equipe responsável pelo filme é formada pelo presidente do Instituto Latino-americano de Brasília, Atanagildo Brandolt (produtor), Julio Woklgemuth (roteirista e diretor), Alexandre Raupp (assistente geral), João Vasconcelos (teatro) e Luís Cardoso (música). Carlos Cavaco é uma referência histórica que, em boa hora, tem sua vida contada nas suas diversas facetas nesse documentário. Cavaco foi advogado, diplomata, dramaturgo, jornalista, político, roteirista e ator de cinema, além de militante socialista. O líder socialista morreu em 22 de dezembro de 1961, em Petrópolis, no Rio de Janeiro, deixando 20 trabalhos publicados.
Carlos Cunha
Querido pai Nada importa Falando ao coração Trovas
Novidades/1951 Novidades/1951 Correio do Nordeste/1963 Jornal de Bolso/1969
CARLOS CUNHA Luis Carlos da Cunha nasceu em São Luis do Maranhão em 18 de maio de 1933, poeta, crítico, ensaísta, cronista, jornalista, professor, graduado em história e geografia, membro da Academia Maranhense de Letras. Autor de muitos livros de poesia, desde o primeiro – Poesia de ontem (1968). Punhal da aurora Ainda escuto a fala do meu pai, iluminando o silêncio de tapeçaria da nossa casa de telhado verde. O rio que lavava a ruazinha estreita não vegetava mágoas. Ainda escuto a canção da aurora que tocava o homem do realejo com seus olhares retos e o sorriso de orvalho. Saudade de Maria com seu olhar umedecido de alvorada. Muitas vezes, muitas, percorri a rua carregando sonhos nas mãos inocentes, brincando com meus irmãos que nesse tempo eram apenas anjos de porcelana, num país sem memória. Hoje que Rominha tem outro nome e outras as crianças que ali residem, a perspectiva das casas tornou-se paralela. Deuses tiranos caminham sobre a lama viva e os jardins que sorriam, como as janelas, agora são de nuvens. Como a infância corre depressa na terra grávida do tempo. Os meus castelos, já não são fantasiados de papoulas, mas castelos de vento. Os meus sonhos agora já não têm a cor do gerânio e o sol que havia no meu olhar tornou-se uma saudade ancestral. (Cancioneiro do Menino Grande/1972)
Trovas Saudade é vaso quebrado, guardado em maior recato; é o fantasma do passado colorido num retrato. Confesso, na mocidade saudade não ter sentido; mas hoje sinto saudade daquele tempo perdido! Saudade traz o perfume de tudo o que já passou; a saudade é um vagalume, resto de luz que ficou. (In Minha Terra Tem Palmeiras/Clóvis Ramos/1970)
Condor Ferido Para Jacimira, minha esposa Eu já fui forte, ousado, destemido, um rochedo sem medo do oceano, primavera durante todo o ano um feliz vendaval sem ser vencido. Eu fui condor, voando distraído, sem receio ou temor, sem desengano, conquistei corações qual um tirano, fui mais forte no amor do que Cupido. Mas, tu chegaste, assim, na minha vida. E foste entrando, em mim, despercebida, deitando lá no fundo da minh'alma. Pobre destino o meu, morrer assim: um furacão vencido pela calma. Foi tão-somente o que restou de mim. (Areia Velha/1989) Colaboração de Zenilton de Jesus Gayoso Miranda.
CUNHA, Carlos. Cancioneiro do menino grande. Ilustrações de Genes Soares. São Luis,MA?: Tipografia São José; Edições Mirante, s.d. folio dobrado em 8 folhas. ilus. p&b. Col. A.M. (EA)
BREVE ROMANCEIRO DO NATAL no ano de mil novecentos e setenta e dois do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Salvador: Editora Beneditina Ltda, 1972. ilus. s.p. 22,5x 30 cm. Ex. bibl. Antonio Miranda.
CANTO DO NATAL NO PERÍMETRO URBANO há mecanismo no espaço físico das ruas. ruas estreitas apertando casas e cones;
ruas largas aceitando esquinas e deltas. ruas que se eu penso são becos, burgos, rampas. todas repletas de criaturas mecânicas que dormem o sono depressa da aceitação sem hino, que amam com uma ternura dúbia e morta. cheias de criaturas chamadas práticas que choram uma vez por ano que perdoam uma vez por ano que são solidárias uma vez por ano. as vitrines são bailarinas feéricas bonecos que expelem fogo pela boca ursos que falam com um gramofone no peito papai noel sem mais a obesidade secular... estão cheias de criaturas metódicas que pensam que jesus cristo é romano que leram a bíblia para duvidar que informam que o anjo gabriel é vesgo e coxo. as igrejas são santos de celulóide sinos automáticos cérebros eletrônicos medindo o fervor dos salmos e a carência dos deuses. o recém-nascido é ensaiado nas televisões o recém-nascido tem um olho azul de vidro o recém-nascido tem o cabelo partido ao meio. as ruas estão cheias dos que não perdoam uma vez por ano dos que não choram uma vez por ano dos que não são solidários uma vez por ano. o canto do galo já não tem sete ecos a estrela guia já não tem sete cores o rei que indaga que indaga já não tem sete servos. os reis magos são todos do perímetro urbano, os bichos que adoram são bichos domésticos, os pastores são todos do perímetro urbano. Poesia mística e religiosa - Natal Página publicada em novembro de 2008. Ampliada e republicada em dezembro de 2013. Página ampliada em setembro de 2019. Carlos D. Fernandes
Ratio Victriz et cur invictum Magnum Coelo Suplicio de Magdá Ao meu querido Assuero
Revista do Norte/1904 Revista do Norte/1905 Revista do Norte/1905 Revista do Norte/1905
Carlos Augusto Furtado de Mendonça Dias Fernandes (Mamanguape, 20 de setembro de 1874 — Rio de Janeiro, 9 de dezembro de 1942) foi um dos mais notáveis paraibanos de seu tempo. Culto, inteligente, irrequieto, romântico e temperamental, foi um grande incentivador das letras e da juventude paraibana. Jornalista, romancista, crítico, pedagogo, advogado e poeta, deixou um legado de mais de 450 artigos publicados em jornais e revistas e 40 livros de diversos gêneros. Também foi um dos precursores do vegetarianismo, da defesa dos animais e do feminismo no Brasil. Contribuiu de maneira decisiva para o movimento naturalista e o movimento simbolista da literatura brasileira no seu estado e no país. A VOZ DAS ORIGENS Todo ser, que nos círculos da Vida Girando em convulsões e ânsias palpita, Aspira à placidez indefinida Da celeste mansão que o sonho habita. Toda a alma que os anima foi proscripta D'essa eterna região desconhecida, De cuja natureza, em vão cogita O esforço da razão sempre vencida. Da ave que voa ao verme que rasteja, Em todo ser, por ínfimo que seja, Há um secreto desejo de ascendência. Há um vago desejo que os embala, Uma voz inefável que lhes fala De um outro modo de ser n'outra existência. — Carlos D. Fernandes, 1901 in "Rosa-Cruz, N.1" Biografia Carlos Dias Fernandes era filho de João Nepomuceno Dias Fernandes, médico formado pela Universidade de Coimbra e admirador da literatura clássica, que falava francês e não largava seu "Racine" e o seu "Rousseau". Sua mãe, Maria Augusta Saboia Dias Fernandes, mantinha uma indústria de doces caseiros em Mamanguape. Em sua educação familiarizou-se com o latim, lendo Virgílio e Horácio e decorou as estrofes de Camões, conservando Os Lusíadas de memória. Aos 16 anos de idade deixou sua cidade natal para morar com sua tia no Recife e, financiado por seu tio-avô José Adalfo de Oliveira Lima, estudar Farmácia.[1] Com a morte de seu tio-avô, durante uma viagem à Europa, não foi mais possível concluir o curso. Em 1892, chegou ao Rio de Janeiro e foi morar no Flamengo, na casa de Rosa Furtado do Nascimento, outra tia sua, e começou a trabalhar em várias atividades para se sustentar. Ingressou na Guarda Nacional e participou da Segunda Revolta da Armada, ao lado de Floriano Peixoto. O governo lhe concedeu a patente de tenente do exército e o nomeou praticante dos Correios de São Paulo. Na capital paulista iniciou sua carreira jornalística no Diário Popular, ao lado de José Maria Lisboa.[2][1] De volta ao Rio de Janeiro, em 1893, trabalhou em diversos periódicos fluminenses, como Jornal do Commercio, Gazeta da Tarde, O Debate, A Imprensa (secretariando Rui Barbosa) e na Cidade do Rio, de José do Patrocínio. Estreitou laços de amizade com o poeta Cruz e Souza[3][4][1][5] e, na ocasião de sua morte, fundou, em homenagem ao poeta, com Saturnino de Meirelles (1878-1906), Maurício Jobim, Tibúrcio de Freitas e Elysio de Carvalho, as revistas Meridional e Rosa Cruz.[1] Por volta do início do século XX, foi viver em terras amazônicas e lá permaneceu durante cerca de 10 anos. Em Manaus, se aproximou do renomado intelectual José Veríssimo e envolveu-se em um rumoroso escândalo passional, quando uma jovem da alta sociedade intentou o suicídio por sua causa. Conseguiu ele livrar-se das acusações, sendo absolvido no julgamento. O poeta mudou para o Pará e, em Belém, desenvolveu intensas atividades também ligadas ao jornalismo, trabalhando na Gazeta de Belém e
dirigindo A Província do Pará. Ali, residiu sob a proteção do político Antonio Lemos. Sua relação com esse político (uma espécie de assessor intelectual e político, secretário privado)[5] lhe rendeu duas viagens pela Europa. Nessa ocasião, foram publicados seus primeiros livros: Palma de Acanthos (1901), Solaus (1902), Políticos do Norte I: Antonio Lemos (1906), Políticos do Norte II: Augusto Montenegro (1906), Vanitas Vanitatum (1906), Torre de Babel (1907) e Álbum do Estado do Pará (1908).[1] Da Europa, onde percorreu os locais frequentados pelos grandes poetas contemporâneos, em Paris e na Itália, voltou ao Pará, porém acusações de adultério e até de ter matado um rival em duelo, fizeramm-no regressar para o Recife. Na capital pernambucana, foi estudar Direito, formando-se em 1913, enquanto trabalhava concomitantemente no Jornal do Recife e no Diario de Pernambuco. Na faculdade conheceu Maria Lacerda de Moura de quem se tornou grande amigo. Publicou, em 1908, A Renegada, um romance ao estilo de Émile Zola, que o levou à cadeia, sob a acusação de ferir a moral pública. Foi indultado pelo Presidente da República, Nilo Peçanha, por seus méritos intelectuais. Também no ano de 1908, concorreu a um prêmio de 5 contos de réis em concurso realizado pelo Governo de Pernambuco para a composição da letra do Hino de Pernambuco, cuja melodia de autoria do paulista Nicolino Milano, já era a vencedora para música. Perdeu para o poeta Oscar Brandão da Rocha.[6] Escreveu o romance "Os Cangaceiros" na forma de folhetim, publicado no "Jornal Pequeno" do Recife, de setembro a novembro de 1908, e assinado com o pseudônimo "Jayme Aroldo".[2][1][7] (…) Lembro-me dele como de um espanto da minha adolescência. Vejo-o de cabeleiras negras, de olhos vivos, de cabeça luminosa e toda a sugestão de glória me parecia na frente… Falava-se dele como de um demônio de carne e ôsso. E lá ia Carlos Dias Fernandes, de chapéu na mão, subindo a Rua Direita, fazendo medo às famílias que viam nele o pecado, o terror, o homem que era uma legenda de insubmissão, de coragem, de heresia. Dizia que não acredita em Deus, não comia carne, que sabia latim mais que os padres, que manobrava o florete como espadachim, que amava todas as mulheres. O governador Castro Pinto trouxera o demônio para dirigir o órgão oficial do governo. (…) Os velhos fugiam dele mas os moços, todos queriam tê-lo como mestre. Criou na Paraíba uma geração que queria não acreditar em Deus, ímpios que falavam em Darwin, que amavam a natureza como única religião digna do homem. — José Lins do Rego, 1945 in "Poesia e Vida" Em 1913, chegou à cidade de Parahyba do Norte – atual João Pessoa – desempenhando a função de diretor da imprensa e do jornal oficial ("A União"), convidado pelo presidente da província João Pereira de Castro Pinto (1912 a 1916), um mamanguapense como ele. Carlos Dias Fernandes proferiu conferências e publicou livros de gêneros variados: romances, poemas, monografias políticas e opúsculos. Entre estes, republicou o folhetim O Cangaceiro no A União, de fevereiro a março de 1913. Recebeu, em 1917, a encomenda de produzir o livro Escola Pittoresca para o Presidente da Província (governador) Camillo de Hollanda (1916 a 1920). Sob sua direção, o jornal A União foi uma fecunda escola de jornalismo, por onde passou quase toda a juventude intelectual da época. Com sua presença, o jornalismo político aprimorou-se, a polêmica tornou-se esporte predileto e o meio literário da província teve vibração até então desconhecida. Nesse período, além dos livros do próprio Carlos Fernandes, cerca de duas dezenas foram editadas, numerosos trabalhos de qualidade, como Ensaios de Filosofia e Crítica, de Alcides Bezerra; e A Paraíba e seus problemas, de José Américo de Almeida.[8] Em 1926, com a missão de representar O Paiz e A União, foi ao I Congresso Pan Americano de Jornalistas, em Washington, D. C., EUA, onde foi recebido pelo diplomata pernambucano Manoel Oliveira Lima. Ainda no ano de 1926, o intelectual paraibano foi convidado a participar do III Congresso Mundial de Imprensa realizado em Genebra. Sua presença era reclamada como figura que mais havia se destacado no jornalismo brasileiro.[1] No entanto, após esses momentos áureos no estado, foi embora da Paraíba, em 1928, quando João Pessoa assumiu a presidência do estado, e que, segundo Eduardo Martins,[1][9] fez do seu primeiro ato administrativo a demissão de Dias Fernandes. Regressou, em 1928, ao Rio de Janeiro, casado com Aurora, para trabalhar como crítico literário no jornal O Paiz que, na ocasião, era dirigido pelo seu ex-companheiro do A Província do Pará, Alves de Sousa, e para a Gazeta de Notícias. No entanto, cerca de 30 anos haviam se passado desde a última vez que Carlos Dias Fernandes estivera na capital e esta ausência custou-lhe o apagamento do circuito literário e o enfraquecimento das amizades. Um exemplo disso são suas obras literárias A Vindicta (1931) e Fretana (1936), romance autobiográfico, que não obtiveram repercussão. Dias Fernandes morreu no dia 9 de dezembro de 1942, no Rio de Janeiro, no Hospital da Cruz Vermelha, sem o devido reconhecimento. Disse José Lins do Rego, em Poesia e Vida (1945), sobre a morte de Carlos Dias Fernandes: “Morreu quase que esquecido, sem grandes necrológios, com enterro de pouca gente, um homem que teve uma vida que foi de mocidade tumultuosa, agitada de aventuras, cheia de lances perigosos.” Obras Rosa-Cruz, 1901[10] Palma de Acanthos, 1901 Solaus, 1902[11] Rosa-Cruz, 1904[12] In memoriam - excerptos de Frei Caetano, 1905[13] Vanitas Vanitatum, 1906[14] Politicos do Norte I: Antonio Lemos, 1906[15] Politicos do Norte II: Augusto Montenegro, 1906[16] Torre de Babel: Contos e Cronicas, 1907[17] A Renegada, 1908[18] Album do Estado do Pará, 1908[19] Canção de Vesta, 1908[20]
Os Cangaceiros: Romance de costumes sertanejos, 1908[21][22] A Hevea brasiliensis, 1913 O Rio Grande do Norte, 1914 Protecção aos Animaes, 1914[23] Noção de Pátria, 1914 A Walfredeida, 1915 Talcos e Avelórios: chronicas e conferencias, 1915[24] A Defesa Nacional, 1916[25] A Gymnastica, 1916[26] Vegetarianismo, 1916[27] Rui Barbosa: Apostolo da liberdade, 1918[28] Escola Pittoresca, 1918[29] Discurso, 1918[30] Politicos do Norte III: Epitácio Pessoa, 1919[31] Monografia de Epitácio Pessoa, 1919 De "rapazinho" a Imperador, 1920[32] Myriam: Poema Dramático, 1920[33] Tobias: jurista-filósofo, 1921 Livro das Parcas: Canto e Sonetos, 1921[34] A Cultura Clássica, 1921[35] Sansão e Dalila: Poema dramático dos tempos da Independencia, 1921[36] O Algoz de Branca Dias, 1922 Cultura Physica, 1923[37] Terra da Promissão: Poema do Nordeste, 1923 O Feminismo: emancipação da mulher pela cultura e pelo trabalho, 1923[38] Infância Proletária, 1924[39] A Fazenda e o Campo, 1925 A Vindicta: Novelas e Panfletos, 1931[40] Fretana, 1936[41] Rezas Cristãs, 1937 Gesta Brasílica, 1938 Gesta Nostra (Poema luso-brasileiro), 1942 Última Ceifa (s.d.) (versos inéditos) Academia Paraibana de Letras Carlos D. Fernandes é patrono da cadeira número 32 da Academia Paraibana de Letras, que tem Ernâni Aires Sátyro como seu fundador, em 1963.[3][42][43] Carlos da Silva Guimarães Elegia ao meu pai O Pioneiro/1981 Carlos Guimarães - Rio de Janeiro CARLOS DA SILVA GUIMARÃES JÚNIOR nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 22 de outubro de 1915, filho de Carlos da Silva Guimarães e Ermelinda Conceição Guimarães.Aposentou-se como engenheiro da Estrada de Ferro Central do Brasil. Com o falecimento de Luiz Otávio em janeiro de 1977, assumiu a presidência nacional da UBT (União Brasileira de Trovadores), cargo que exerceu até 1997, quando Deus o chamou. Editou, em 1978, "Cantigas que Alguém Espera", com 303 trovas e, em 1993, o livro de poemas "Rumos Diversos". "Magnífico Trovador" com todos os méritos, o acervo abaixo diz mais que palavras. Magnífico Trovador em ambos os âmbitos. A Trova brasileira muito deve a este expoente do Movimento. ---------------------------------------------------------------------------01 Meu lenço, na despedida, tu não viste, em movimento: lenço molhado, querida, não pode agitar-se ao vento. 02 Desfaz-se a flor, mas no galho deixa em pétala singela uma lágrima de orvalho que a noite chorou por ela. 03 Na festa do teu regresso, desculpa o que eu te disser e perdoa todo o excesso dos carinhos que eu te der!...
04 Esta aflição que me invade e esta dor que me consome, não creio sejam saudade: - devem ter um outro nome. 05 Linda música de fato, ouvida em noite de Lua, é a que faz o teu sapato, nas pedras de minha rua. 06 Na carta, ao dizer-te quanto a saudade me consome, as reticências do pranto quase apagaram meu nome. 07 Nessas minhas confidências, repetidas, sempre iguais, falam mais as reticências, que as frases convencionais. 08 Tentei o amor e os fracassos se acumularam, meu bem: - quem teve você nos braços já não pode amar ninguém. 09 Tudo acabou... Não mais juntos, seguimos rumo, diversos... E eu te agradeço os assuntos que deste para os meus versos. 10 Tece a vida, a vida inteira, a minha sina vadia, mas, na trama, trapaceira, põe fios de nostalgia!... 11 Um violão preso à parede... Canto alegre de um riacho... Um doce embalo de rede... Quatro chinelos debaixo... 12 Vivo preso ao desencanto que esse teu amor me traz: teus olhos prometem tanto e é tão pouco o que me dás... 13 A felicidade é mito, que a gente procura em vão, como quem busca o infinito tendo os pés presos ao chão. 14 Amor ou ódio não dosas, se os dois ao teu peito vêm: - roseira não conta as rosas, nem os espinhos que tem. 15 Abandona esse teu manto feito de tola vaidade: - nas crianças, todo o encanto provém da simplicidade. 16 De despedidas, apenas, consiste, afinal, a vida:
mil despedidas pequenas e uma Grande Despedida... 17 Despreza, meu filho, o vício e faze do coração, terreno fértil, propício às sementes do perdão. 18 Não creio na paz imposta por fuzil, bomba ou canhão: - Paz é quando há mão exposta ao aperto de outra mão. 19 No Mundo que a falsidade moldou à sua feição, ser honrado é qualidade e não mais obrigação. 20 Olhai a Lua... As estrelas... As flores... A ave que passa... Vede que as coisas mais belas são dadas por Deus de graça... 21 Quanta vez, ante o embaraço de uma decisão urgente, o espaço de um curto passo muda o destino da gente! 22 Vão fugindo os retirantes e os cardos, pelo sertão, são candelabros gigantes enfeitando a solidão. 23 Vai repetindo os fracassos o pinheiro, na ilusão, de alcançar, erguendo os braços, as estrelas da amplidão. 24 Felicidade... Quem sabe dizer tudo que ela seja? É tão grande e, às vezes, cabe num "sim" que a gente deseja. 25 Devo tudo quanto sou e a vida me concedeu, à mãe que Deus me levou e à mulher que Deus me deu. 26 As velas pardas ao vento... (5º lugar em Valença/RJ - 1972) doidas gaivotas pelo ar... você no meu pensamento e, entre nós dois, esse mar... ALGUMAS HUMORÍSTICAS 01 Ao vê-lo descer inerme, em meio a tanto aparato, disse um verme a um outro verme - Vou comprar bicarbonato... 02 Até parece pilhéria, ouvir, de certa pessoa, a informação de que és séria, só porque não ris à toa...
03 Ao meu sogro, ninguém logra vencer em azar, ninguém, pois atura a minha sogra e a sogra dele, também. 04 A minha comadre Clara está bonita e feliz: gastou os olhos da cara, mas consertou o nariz. 05 "A coisa está toda errada" - diz o pescador Romão "No mar, peixinhos de nada, na praia, cada peixão!" 06 Boa mulata, a Anacleta diz, por piada, talvez, que, apesar de analfabeta, conhece bem português. 07 Com todo o senso de artista e, apesar de todo o zelo, não sou bom filatelista, no entanto, procuro "sê-lo" 08 Comprou, na Agência Postal, o menor selo que havia, deu-lhe um jeito de avental e eis a tanga de Maria ! 09 Começou mal a semana o beberrão azarado: abusou tanto da cana, que acabou sendo "encanado". 10 De fazenda é tão escasso o biquíni da Julieta, que até não sobrou espaço pra colocar a etiqueta... 11 Do espelho da tua sala, procura o exemplo seguir: ele reflete e não fala, tu falas sem refletir... 12 Da ingente lida cansada, velha cegonha matreira, hoje, vive, aposentada, a assustar moça solteira. 13 Explica a mulher a alguém, que seu marido é pintor: é por isso, que ela tem um filho de cada cor... 14 Eu tenho quatro vizinhas - que santas meninas são! à sua porta, às tardinhas, há homens em procissão... 15 Explica cheia de sestro, que não engana a ninguém:
sendo mulher de maestro, faz seus "arranjos", também. 16 Entre a esposa bem idosa e uma "gatinha" assanhada, o macumbeiro Barbosa vive numa encruzilhada. 17 Imploraste a Santo Antônio um casamento, Maria: deu-te o santo o matrimônio mas fui eu que "entrou em fria"... 18 Jogador inveterado, morre o amigo Zé do Taco... Vai entrar, pobre coitado, no seu último buraco... 19 Namorei a Margarida, mas como me deu trabalho! Nunca vi, na minha vida, um broto dar tanto galho... 20 No banheiro, de surpresa, ao entrar, reparo bem, que até no banho, Teresa é enxuta como ninguém. 21 O Machado é grande amigo, que eu tenho, sempre, ao meu lado: qualquer problema comigo, quem "quebra o galho" é o Machado. 22 Pão duro a mais não poder, o meu compadre Zulmiro, em vez de dar, quis vender o seu último suspiro. 23 Pelo olhar de antipatia, que o vigário me lançou, estou certo que Maria, de manhã se confessou. 24 Perdão, Senhor, mas não posso resistir à tentação de, ao rezar o Padre-Nosso, pedir manteiga no pão. 25 Pensam que caí num logro, mas, aviso a quem quiser - pelo dinheiro do sogro, aturo sogra e mulher. 26 Quando eu morrer, a mulher em apuros, que não fique: se na cova eu não couber, que me enterre no alambique... 27 Tem tanto medo da bronca da mulher, o meu vizinho, que até mesmo quando ronca, o seu ronco sai fininho. 28
Tem, o Zé, vida apertada e a má sorte a castigá-lo: se a mulher dá cabeçada, é nele que nasce o galo... 29 Vive o Domingos feliz sem o trabalho enfrentar, que os "domingos" - ele diz são feitos pra descansar. 30 Caro doutor, saiba disso: se esse transplante malogra, eu pago em dobro o serviço, pois a velha é minha sogra... 31 Morre a sogra e, comovido, o meu compadre Tomás, na coroa, distraído, escreveu: "Descanso em paz"! 32 Quando bebo mais um pouco, uma coisa me maltrata e me deixa quase louco: - é ver sogra em duplicata... 33 Ao vê-la na igreja entrar, bamboleante, os braços nus, Santo Antonio, em seu altar, cobre os olhos de Jesus. Carlos de Laet
Ao coração de Jesus
Cruzeiro/1958
Carlos Maximiliano Pimenta de Laet (Rio de Janeiro, 3 de outubro de 1847 — Rio de Janeiro, 7 de dezembro de 1927) foi um jornalista, professor e poeta brasileiro. Biografia Descendente da ilustre família de origens belgo-neerlandesas de Laet,[1] foi filho de Joaquim Ferreira Pimenta de Laet e de Emília Ferreira de Laet, aos catorze anos de idade matriculou-se no primeiro ano do Colégio Pedro II. Laureado bacharel em letras, matriculou-se na Escola Central, atual Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Autógrafo. Formado em engenharia, não quis seguir a carreira preferindo voltar-se para o magistério e o jornalismo. Em 1873 fez concurso para o Colégio Pedro II para a cadeira de português, geografia e aritmética, disciplinas que formavam o primeiro ano do curso. Em 1915, com a reforma da instrução secundária, desapareceu aquilo que Ramiz Galvão chamara de "anomalia" - a reunião de três disciplinas tão díspares numa mesma cadeira - e Laet foi então nomeado professor de língua portuguesa. Por um momento, deixou-se seduzir pela política. Em 1889 seus amigos monarquistas insistiram com ele para aceitar uma cadeira de deputado. Eleito, a Proclamação da República privou-o da cadeira. Manteve-se monarquista e fiel ao culto de D. Pedro II.
Proclamada a República, deliberou o Governo Provisório extinguir quaisquer reminiscências do antigo regime, e uma das medidas que tomou foi substituir o nome do Colégio Pedro II pelo de Instituto Nacional de Instrução Secundária. Na sessão da congregação da casa de 2 de maio de 1890, Laet requereu fosse feito um apelo ao governo republicano para conservar-se o nome antigo do estabelecimento. Mas a grande maioria dos professores era então republicana. No dia seguinte, o Diário Oficial trazia a demissão de Carlos de Laet. Pouco depois, Benjamin Constant, o primeiro ministro da Educação do novo governo, conseguia transformar o ato de demissão em aposentadoria. Só no governo de Venceslau Brás foi ele reconduzido ao seu posto no magistério secundário.
Documento de 1819 como diretor do Colégio Pedro II Carlos de Laet exerceu, desde então, até aposentar-se, em 1925, o seu cargo de professor, sendo também, durante longos anos, diretor do Internato Pedro II. Foi professor do Externato de São Bento e do Seminário de São José, entre outros estabelecimentos de ensino particular. No jornalismo, estreou no Diário do Rio em 1876, passando em 1878 para o Jornal do Commercio, onde durante dez anos escreveu os textos do seu "Microcosmo". Trabalhou também, como colaborador ou como redator, na Tribuna Liberal, no Jornal do Brasil, no Jornal do Commercio de São Paulo e do Jornal, nos quais deixou uma vasta produção de páginas sobre arte, história, literatura, crítica de poesia e crítica de costumes. Também se encontra colaboração da sua autoria na revista Atlântida[2] (1915-1920). Por suas convicções monarquistas sofreu perseguição também em 1893, por ocasião da Revolta da Armada. Orgulhava-se de não ter embainhado "o pedaço da espada que me quebraram em 89". No entanto, ter-lhe-ia sido mais cômodo aderir ao novo regime. Mesmo porque à República só poderia ser grato e proveitoso o apoio de um homem como ele. O jornalista refugiou-se então em São João del-Rei, onde dedicou-se a escrever o livro "Em Minas". Católico fervoroso, serviu à Igreja no Brasil, como presidente do Círculo Católico da Mocidade, sendo-lhe conferido pelo Vaticano o título de Conde. Ferrenho opositor do movimento nascido em São Paulo com a Semana de Arte Moderna de 1922 ironizou e combateu o Modernismo. Graça Aranha foi alvo de suas críticas e zombarias, tendo-lhe fornecido assunto para três sonetos galhofeiros. Tendo produzido um acervo jornalístico que, reunido em livros, chegaria a dezenas de volumes, Carlos de Laet deixou bem poucas obras publicadas. Obras Poesias (1873); Em Minas (1894); Antologia nacional, em colaboração com Fausto Barreto (1895); A descoberta do Brasil (1900); Heresia protestante, polêmica com o pastor Álvaro Reis (1907); Conferência sobre a imprensa, publicada na Década republicana, vol. II; Obra jornalística avulsa publicada na Revista da Cultura. Obras seletas: I Crônicas; II Polêmicas; III Discursos e conferências. Academia Brasileira de Letras Convidado para a última sessão preparatória da instalação da Academia Brasileira de Letras, em 28 de janeiro de 1897, fundou a cadeira 32, que tem como patrono Manuel de Araújo Porto-Alegre. Eleito presidente em 1919, sucedendo no cargo a Ruy Barbosa, nele permanecendo até 1922, quando renunciou. Foi presidente da primeira comissão do Dicionário da Academia.
Carlos Drumont de Andrade
Encontro
União/1950
Carlos Drummond de Andrade (Itabira, 31 de outubro de 1902 – Rio de Janeiro, 17 de agosto de 1987) foi um poeta, farmacêutico, contista e cronista brasileiro, considerado por muitos o mais influente poeta brasileiro do século XX.[1] Drummond foi um dos principais poetas da segunda geração do modernismo brasileiro, embora sua obra não se restrinja a formas e temáticas de movimentos específicos.[2] Os temas de sua obra são vastos e empreendem desde questões existenciais, como o sentido da vida e da morte, passando por questões cotidianas, familiares e políticas, como o socialismo, dialogando sempre com correntes tradicionais e contemporâneas de sua época. As características formais e estilísticas de sua obra também são vastas, destacando-se, por vezes, o dialeto mineiro.[3] Carlos Lebeis
A minha mãe
Alvorada/1955
Carlos Magalhães Lébeis foi um escritor brasileiro. Obras[editar] Este autor tem traduções ou obras originais em língua portuguesa que já estão sob domínio público mas que ainda não possuem edições digitalizadas. Ajude digitalizando-as e as disponibilizando no Wikisource. 1928: O país dos quadratins... (ilustrado por Cândido Portinari) 1936: A chácara da rua Um (ilustrado por João Fahrion) 2011: Cafundó da infância (póstumo, ilustrado por Annita Malfatti) Carlos Madeira
Por que silenciar, irmãos? A noite vira consoladoramente
Athenas/1941 Athenas/1942
Carlos Alberto Madeira CARLOS ALBERTO MADEIRA, filho de José Francisco Madeira e de D. Juliana da Conceição Madeira, nasceu em 16 de março de 1920, na Rua da Praia de Santo Antônio (atualmente Rua de Santo Antônio), 39, na cidade de São Luis, Estado do Maranhão. Fez o curso primário no Grupo Escolar Antonio Lobo, curso secundário no Liceu Maranhense, curso de Contabilidade na Escola Técnica de Comércio Centro Caixeiral, concluído em 1950, todos em sua cidade natal. Ingressou posteriormente na Faculdade de Direito de São Luís, conquistando o título de Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais no ano de 1956. Desde muito jovem, aos 14 anos, começou a trabalhar como funcionário (telegrafista) da Estrada de Ferro São Luis — Teresina (de 1935 a 1943) e depois no Departamento de Correios e Telégrafos, a partir de 15 de dezembro de 1943, permanecendo durante um ano. A seguir, em 15 de dezembro de 1944, ingressou na Panair do Brasil, onde desenvolveu suas atividades até 15 de fevereiro de 1965. Durante o período de abril de 1961 a abril de 1963, integrou o Conselho Consultivo da Fábrica Nacional de Motores. Exerceu a advocacia no Rio de Janeiro, de 1957 a 1965, quando retornou ao Maranhão para assumir o cargo de Assessor Jurídico do Governador, em 1966. Ainda em 1966 ingressou na Magistratura, como Juiz Auditor da Justiça Militar do Estado do Maranhão, sendo, no ano seguinte, por decreto de 15 de março de 1967, nomeado Juiz Federal da Seção Judiciária do Maranhão, da qual foi Juiz Fundador, permanecendo no cargo até 1977. No período compreendido entre abril de 1967 e junho de 1972, atuou como Membro do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão. Em 1967 foi Membro da Comissão Redatora e Relator do Anteprojeto da Constituição Estadual do Maranhão e da Lei Orgânica dos Municípios, sendo Relator do Anteprojeto da Emenda Constitucional nº 1, de 1969, do Estado do Maranhão. Foi Professor Fundador e Titular da Cadeira de Direito Administrativo da Escola de Administração do Estado do Maranhão, Professor Emérito da Faculdade de Direito das Faculdades Metropolitanas Unidas de São Paulo e Professor Honoris Causa da Universidade Federal do Maranhão. Como Professor convidado, ministrou aulas de Direito Administrativo, em 1982, na Escola Superior de Administração Fazendária, participando do Curso de Especialização em Direito Civil, para o corpo docente do Ceub, igualmente em Brasília. Por decreto de 6 de dezembro de 1977, foi nomeado para o cargo de Ministro do Tribunal Federal de Recursos, sendo empossado aos 19 dias desse mesmo mês e ano. Escolhido pelo Tribunal Federal de Recursos, participou como Juiz Substituto do Tribunal Superior Eleitoral, a partir de outubro de 1979, passando a Efetivo no biênio 1981-1983. Foi Corregedor-Geral da Justiça Eleitoral, em exercício, de 25 de setembro de 1981 a 17 de dezembro do mesmo ano, e, como titular, de 18 de dezembro de 1981 a 25 de agosto de 1982. Presidiu a Terceira Turma do Tribunal Federal de Recursos, de junho de 1980 a junho de 1985, sendo eleito Vice-Presidente da Corte em junho de 1985, função que desempenhou até setembro do mesmo ano. Nomeado Ministro do Supremo Tribunal Federal, por decreto de 4 de setembro de 1985, do Presidente José Sarney, na vaga decorrente da aposentadoria do Ministro Décio Miranda, tomou posse em 19 do mesmo mês. Publicou os seguintes trabalhos jurídicos: Conversão dos Atos Jurídicos (1963), Efeitos da Falência nos Contratos de Trabalho (1965) e A Cláusula Escalar e a Segurança dos Contratos. Realizou conferências abordando os seguintes temas: “O Supremo Tribunal Federal”, na Universidade Federal do Maranhão (setembro de 1978); “Aspectos da Lei de Execuções Fiscais”, na Associação dos Juízes Federais, em São Paulo (dezembro de 1980), “Direito Civil e Direito Público”, no Centro de Ensino Unificado de Brasília — CEUB (1982) e “Problemas do Mandado de Segurança”, na Associação dos Magistrados do Maranhão (1983). Foi agraciado com a seguintes medalhas e condecorações: Medalha Graça Aranha; Medalha Gonçalves Dias; Medalha do Mérito Timbira; Ordem de Rio Branco – Grande Oficial; Ordem do Mérito Aeronáutico – Grande Oficial; Ordem do Mérito Judiciário Militar – Grã-Cruz; Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho; Ordem do Mérito Militar; Ordem do Mérito das Forças Armadas; Ordem do Mérito de Brasília; Ordem do Mérito Judiciário do Estado do Rio de Janeiro e Ordem do Mérito Judiciário do Estado do Maranhão. Foi aposentado, por implemento de idade, em 17 de março de 1990. A carta de despedida que dirigiu à Corte foi lida pelo Presidente, Ministro Néri da Silveira, em sessão de 6 de abril de 1990, sendo homenageado em 27 de junho do mesmo ano,
quando falou, em nome do Tribunal, o Ministro Celso de Mello, seguido pelo Dr. Aristides Alvarenga, Procurador-Geral da República, e Dr. José Guilherme Villela, representando o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.* A partir de 1991, passou a desempenhar as funções de Consultor Jurídico do Banco do Estado do Maranhão. Pertenceu à Academia Maranhense de Letras, onde ocupava a Cadeira nº 34. Era casado com a Sra. Maria da Paz Domingues Abreu Madeira. Faleceu em São Paulo, em 4 de junho de 1998; recebeu homenagem fúnebre do Supremo Tribunal Federal em sessão de 13 de abril de 2000, quando falou em nome da Corte o Ministro Ilmar Galvão; pelo Ministério Público Federal, o Dr. Haroldo Ferraz da Nóbrega e, pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, o Dr. Alcino Guedes. Referência: LAGO, Laurenio. Supremo Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal: dados biográficos 1828-2001. 3. ed. Brasília: Supremo Tribunal Federal, 2001. p. 517-519. *Aposentado em 17 de março de 1990 pelo Decreto de 4 de abril de 1990, publicado no DO, de 5 de abril de 1990. Carlos Matos Carvalho Carlos Pinho
Carlos Ponte Carlos Rego
Carlos Reis Carlos Rocha Carolina Carrapicho
Carvalho Bastos
Buriti Bravo A... A Biblia Uma flor Rosas e folhas D. Quixote Morta-viva Morta-viva A mendiga A rosa e o cravo Luar de amor O grito do Ipiranga Maricota O team do compadre O team do compadre II O team do compadre III O team do compadre IV Quero-te sempre
O Pioneiro/1981 A Mocidade/1875 A Mocidade/1875 A Mocidade/1875 A Pacotilha/1883 Avante/1907 Philomathia/1895 Philomatia/1895 Philomatia/1895 Philomatia/1895 Cidade de Pinheiro/1924 Cruzeiro/1947 A Peroba/1934 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 União/1950
Carvalho Guimarães
Salve o Sete de Setembro A Luz/1908 Sombra Pagã Sobra pagã/1916 Maria O Sertanejo/1917 Lydia O Sertanejo/1917 Dentro das Selva Correio do Nordeste/1963 Antônio Carvalho Guimarães nasceu no Município de Passagem Franca, a 14 de julho de 1886. Desde muito moço lançou-se às lides jornalísticas, no Rio de Janeiro, trabalhando em diversas folhas cariocas. Pertenceu à Sociedade Brasileira de Homens de Letras, membro da Associação Brasileira de Imprensa e senador da República pelo Maranhão. Nascido no sertão, embora criado nos centros urbanos, Carvalho Guimarães nunca esqueceu os pagos e sua poesia trescala os inebriantes olores das matas floridas, a tristeza dos crepúsculos sanguíneos, todo o encantamento envolvente da natureza naquelas paragens. Na Academia Maranhense de Letras ocupou a Cadeira nº 28, que tem como patrono o Visconde Vieira da Silva. Carvalho Lago
Partida Fins
Gazeta de Flores/1934 A Mocidade/1934
Benedito de Carvalho Lago (Chapadinha, 1º de abril de 1904 – São Luís, 1º de abril de 1988) foi tabelião, advogado, industrial, comerciante e político brasileiro que foi deputado federal pelo Maranhão.[1][2] Dados biográficos Filho de José Luís Teixeira do Lago e Elisa Augusta Barbosa de Carvalho Lago.[1] Odontologista graduado pela Universidade Federal do Maranhão, exerceu antes as profissões de tabelião e comerciante.[nota 1] Eleito deputado federal via PST em 1950, foi secretário de Justiça no governo Eugênio Barros e também exerceu atividade industrial no beneficiamento de algodão e arroz em Pedreiras e São Luís. Seu retorno à política ocorreu em 1960 ao ser eleito prefeito de Bacabal[nota 2] e ao fim de sua vida pública trabalhou como advogado provisionado.[nota 3] Tio dos políticos Jackson Lago, Benedito Lago, Wagner Lago e Aderson Lago. Notas ↑ A rigor foi graduado pela Escola de Farmácia e Odontologia do Maranhão. ↑ Até que seja possível determinar a extensão de seu mandato teremos como referência o tempo de poder destinado ao governador do estado. ↑ Também denominado "rábula", o advogado provisionado atuava somente em primeira instância sob autorização de entidade de classe ou de órgão competente do Poder Judiciário. Referências ↑ Ir para:a b «Câmara dos Deputados do Brasil: deputado Benedito Lago». Consultado em 17 de abril de 2017 ↑ «Banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral». Consultado em 17 de abril de 2017 Casemiro Cunha
Jesús Descontentes
Risos d´Alma/1911 Risos d´Alma/1911
Quem foi Casimiro Cunha? Poeta fluminense, nascido em Vassouras - cidade serrana do Estado do Rio de Janeiro - nascido em 14 de abril de 1880. Espírita convicto, torna-se cego de um olho aos 14 anos após acidente, vindo a perder completamente a outra visão aos 16 anos. Foi um dos fundadores do Centro Espírita "Bezerra de Menezes" em Vassouras. Espírito jovial, exemplo de resignação e grande força moral, apesar da cegueira, Casimiro Cunha era um poeta nato, tendo produzido mais de 10 livros, dentre eles: "Violetas", "Efêmero", "Aves Implumes", "Singelos", "Perispíritos" (1912), além do livro póstumo "Álbum de Delba" (1923). Merece registro a profunda amizade existente entre Casimiro Cunha e Batuíra, que ajudava o amigo vassourense, divulgando suas poesias nas colunas da revista espírita " Verdade e Luz" fundada por Batuíra em 25 de maio de 1890, na capital paulista. A convite de Casimiro, Batuíra esteve algumas vezes em Vassouras para divulgar a doutrina espírita naquela região. É de Casimiro Cunha a poesia "Vassouras à tardinha" (publicada no livro "Fatos Vassourenses" de Jorge Pinto e no livro "Paisagens Fluminenses" de Jacy Pacheco) e o soneto "No Exílio" do livro "Sonetos Brasileiros" de Laudelino Freire. Casimiro Cunha, voltou-se às paragens celestiais e adotou a linguagem dos anjos para se comunicar com os homens. Sua poesia é bela, terna, envolta em névoa de tristeza, uma exaltação à morte, evidenciando, contudo, a resignação do espírito que buscava sublimar todo o sofrimento que lhe ia na alma. Casimiro Cunha desencarnou aos 34 anos em 7 de novembro de 1914 deixando vasta e preciosa obra literária.
Poeta fluminense, nascido em Vassouras - cidade serrana do Estado do Rio de Janeiro - a 14 de abril de 1880. Procedente de lar muito pobre, filho de Casimiro Augusto da Cunha e Maria dos Santos Cunha, teve uma única irmã, Leonor. Órfão de pai aos 7 anos, freqüentou apenas o curso primário. Espírita convicto, torna-se cego de um olho aos 14 anos após acidente, vindo a perder completamente a outra visão aos 16 anos. Ainda jovem iniciou sua colaboração na imprensa vassourense. Foi um dos fundadores do Centro Espírita "Bezerra de Menezes" em Vassouras. Aos 29 anos, em 04 de dezembro de 1909, casou-se com Carlota Mattoso Cunha, companheira dedicada e carinhosa, que muito o auxiliou nos afazeres literários, passando para o papel as poesias ditadas pelo poeta. Tiveram dois filhos: Dalpes e Delba, nomes dados em referencia à ilha de Elba e aos montes Alpes. O filho desencarnou ainda criança; a filha casou-se, residindo na capital fluminense, tendo desencarnado em junho de 1993. Espírito jovial, exemplo de resignação e grande força moral, apesar da cegueira e dos parcos estudos, Casimiro Cunha era um poeta nato, tendo produzido mais de 10 livros, dentre eles " Violetas ", " Efêmeros ", " Aves Implumes ", " Singelos ", " Perispíritos " (1912), além do livro póstumo " Álbum de Delba " (1923). No entanto, não teve maior projeção no cenáculo literário do seu tempo, mau grado a suavidade da sua musa e os inatos talentos literários. Merece registro a profunda amizade existente entre Casimiro Cunha e Batuíra, que ajudava o amigo vassourense, divulgando suas poesias nas colunas da revista espírita " Verdade e Luz" fundada por Batuíra em 25 de maio de 1890, na capital paulista. A convite de Casimiro, Batuíra esteve algumas vezes em Vassouras para divulgar a doutrina espírita naquela região. É de Casimiro Cunha a poesia " Vassouras à tardinha " (publicada no livro " Fatos Vassourenses " de Jorge Pinto e no livro " Paisagens Fluminenses " de Jacy Pacheco) e o soneto " No Exílio " do livro " Sonetos Brasileiros " de Laudelino Freire. Numa casa singela da Rua Caetano Furquin, n o 288 em Vassouras, encontramos uma lembrança de amigos, conterrâneos e admiradores, com os seguintes dizeres: "Aqui nasceu e morreu Casimiro Cunha, mavioso poeta vassourense que muito cantou, amou e honrou sua terra natal". Forte no infortúnio, que sabia aproveitar no enobrecimento de sua fé, Casimiro Cunha, voltou-se às paragens celestiais e adotou a linguagem dos anjos para se comunicar com os homens. Sua poesia é bela, terna, envolta em névoa de tristeza, uma exaltação à morte, evidenciando, contudo, a resignação do espírito que buscava sublimar todo o sofrimento que lhe ia na alma. Lembramos aqui as palavras do amigo e companheiro de ideal, poeta e jornalista valenciano, radicado em Vassouras, Manoel Quintão, que soube definir como poucos a grandeza espiritual de Casimiro Cunha, no prefácio do livro " Singelos ", publicado em 1904: "Livro de um cego que fechou os olhos às misérias da Terra, para melhor escrever as belezas do Céu". Casimiro Cunha desencarnou aos 34 anos em 7 de novembro de 1914 deixando vasta e preciosa obra literária. Foi sepultado no Cemitério Municipal de Vassouras, imortalizado com o seguinte epitáfio: "O poeta vassourense Casimiro Cunha e seu filho Dalpes". Desencarnado, continuou a brindar-nos com seus versos, através da mediunidade abençoada de Chico Xavier com " Cartilha da Natureza ", " Cartas do Evangelho ", " Gotas de Luz ", " Juca Lambisca " e participação em inúmeras antologias. Hoje, Casimiro Cunha é o inspirador da Divulgação Braille Casimiro Cunha, departamento do GEEM - Grupo Espírita Emmanuel de São Bernardo do Campo, cujo objetivo é a divulgação da Doutrina Espírita para os deficientes visuais. Bibliografia: - "Parnaso de Além-túmulo" - 16ª edição - FEB pág.194-210. - "Batuíra, o Diabo e a Igreja" - © 2003, Madras Editora Ltda - pág 85-90. - Galeria Vassourense Rudy Mattos da Silva. Vassouras, HTI Editora, 1999 - p48. - Academia Vassourense de Letras - pág 64-75 Entrevista pessoal e carta recebida pelo Sr. Fernando Matoso Bittencourt, sobrinho de Carlota Cunha. Vassouras, 2005. Poesias de Casimiro Cunha: ANOTAÇÕES DE AMIGO Você pede rumo certo Para o caminho em que avança; Mas você mesmo é quem guarda Sua própria segurança. Obrigação, que se abraça, Tem força de compromisso. Em favor de sua paz Não tente esquecer-se disso. Proteja o corpo em que vive Para as tarefas do bem; O lavrador que produz Preserva a enxada que tem. Transforme o tempo em serviço, Lembrando, em linhas gerais, Que a vida volta no tempo, Mas o tempo, nunca mais.
Conserve constantemente Verbo limpo e mente sã. O que possa fazer hoje Não deixe para amanhã. No socorro aos semelhantes, Cooperação é dever; A consciência tranqüila Não tem questões a temer. Cada aluno está na escola Para a lição, tal qual é. Perante ofensas, perdoe: Perante lutas, mais fé. Ante amarguras, trabalhe; Se há provações a transpor, Nas sombras que se avolumam, Trabalhe com mais amor. Olvidar-se e ser mais útil Dissolve qualquer pesar. Para a bênção de servir Nunca se faça esperar. Estude, eleve, construa E nada fará em vão. Recorde: a luz da verdade Não conhece oposição. Casimiro de Abreu
No álbum de Nicolau Vicente Ferreira
Revista Elegante/1895
Casimiro José Marques de Abreu (Barra de São João, 4 de janeiro de 1839 — Nova Friburgo, 18 de outubro de 1860) foi um poeta brasileiro da segunda geração do romantismo. Vida e obra Filho do fazendeiro português José Joaquim Marques de Abreu[1] e de Luísa Joaquina das Neves, uma fazendeira de Barra de São João, viúva do primeiro casamento. Com José Joaquim ela teve três filhos, embora nunca tenham sido oficialmente casados. Casimiro nasceu na Fazenda da Prata, localizada na Serra do Macaé anteriormente localizada no território de Nova Friburgo hoje em Casimiro de Abreu, propriedade herdada por sua mãe em decorrência da morte do seu primeiro marido, de quem não teve filhos.[1]
Igreja de São João, em Barra de São João, onde Casimiro de Abreu foi batizado. A localidade onde viveu parte de sua vida, Barra de São João, era ao tempo território de Macaé e hoje distrito do município que leva seu nome, e também chamado "Casimiro de Abreu", foi batizado na igreja da localidade por isso a homenagem. Recebeu apenas a instrução primária no Instituto Freese, dos onze aos treze anos, em Nova Friburgo, então cidade de maior porte da região serrana do estado do Rio de Janeiro, e para onde convergiam, à época, os adolescentes induzidos pelos pais a se aplicarem aos estudos.[2] Aos treze anos transferiu-se para o Rio de Janeiro para trabalhar com o pai no comércio. Com ele, embarcou para Portugal em 1853, onde entrou em contato com o meio intelectual e escreveu a maior parte de sua obra. O seu sentimento nativista e as saudades da família escreve: "estando a minha casa à hora da refeição, pareceu-me escutar risadas infantis da minha mana pequena. As lágrimas brotavam e fiz os primeiros versos de minha vida, que teve o título de Ave Maria". Em Lisboa, foi representado seu drama Camões e o Jau em 1856, que foi publicado logo depois. Seus versos mais famosos do poema Meus oito anos:[3] Oh! Que saudades que tenho Da aurora da minha vida Da minha infância querida Que os anos não trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras, À sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais!
Litografia de Casimiro de Abreu em rótulo de cigarro. Em 1857 retornou ao Brasil para trabalhar no armazém de seu pai. Isso, no entanto, não o afastou da vida boêmia. Escreveu para alguns jornais e fez amizade com Machado de Assis. Em 1859 editou as suas poesias reunidas sob o título de Primaveras. Tuberculoso, retirou-se para a fazenda de seu pai, Indaiaçu, hoje sede do município que recebeu o nome do poeta, onde inutilmente buscou uma recuperação do estado de saúde, vindo ali a falecer. Foi sepultado conforme seu desejo em Barra de São João, estando sua lápide no cemitério da secular Capela de São João Batista, junto ao túmulo de seu pai. Espontâneo e ingênuo, de linguagem simples, tornou-se um dos poetas mais populares do Romantismo no Brasil. Seu sucesso literário, no entanto, deu-se somente depois de sua morte, com numerosas edições de seus poemas, tanto no Brasil, quanto em Portugal. Deixou uma obra cujos temas abordavam a casa paterna, a saudade da terra natal, e o amor (mas este tratado sem a complexidade e a profundidade tão caras a outros poetas românticos). A despeito da popularidade alcançada pelos livros do poeta, sua mãe, e herdeira necessária, morreu em 1859 na mais absoluta pobreza, não tendo recebido nada em termos de direitos autorais, fossem do Brasil, fossem de Portugal.[1] Encontra-se colaboração da sua autoria nas revistas O Panorama[4] (1837-1868) e A illustração luso-brasileira[5] (1856-1859). É o patrono da cadeira número seis da Academia Brasileira de Letras, fundada por Machado de Assis.[2] Obras de Casimiro de Abreu
Carta de Casimiro de Abreu para o seu pai. Fora da Pátria, prosa, (1855) Minha Mãe, poesia, (1855) Rosa Murcha, poesia, (1855) Saudades, poesia, (1856) Suspiros, poesia, (1856) Camões e o Jau, teatro, (1856) Meus Oito Anos, poesia, (1857) Longe do Lar, prosa, (1858) Treze Cantos, poesia, (1858) Folha Negra, poesia, (1858) Primaveras, poesias, (1859) Poesias e prosas As Primaveras, poesias, prosas e textos de outros sobre o autor então recentemente falecido (1860)[6] Prosa Carolina, romance, (1856) A Cabana (1858) A Virgem Loura, prosa poética Teatro Camões e o Jau (1857) Cassiano de Albuquerque
Estancias
Correio de Codó/1913
Authors, Brazilian - Portraits Albuquerque, Cassiano de - Portraits B869.8 Albuquerque, Cassiano de, n.1887 - Retratos Escritores brasileiros - Retratos Cassiano Ricardo
Declaração de amor
Athenas/1942
Cassiano Ricardo Leite (São José dos Campos, 26 de julho de 1894 — Rio de Janeiro, 14 de janeiro de 1974) foi um jornalista, poeta e ensaísta brasileiro. Representante do modernismo de tendências nacionalistas, esteve associado aos grupos Verde-Amarelo e da Anta, foi o fundador do grupo da Bandeira, reação de cunho social-democrata a estes grupos, tendo, sua obra se transformado até o final, evoluindo formalmente de acordo com as novas tendências dos anos de 1950 e tendo participação no movimento da poesia concreta. Pertenceu às academias paulista e brasileira de letras.[1] Biografia e produção poética Formou-se em direito no Rio de Janeiro, em 1917.[1] Rumando para São Paulo, trabalhou como jornalista em diversas publicações, e chegou a fundar alguns jornais. Aproximou-se de Menotti Del Picchia e Plínio Salgado, à época da Semana de Arte Moderna de 1922. Em 1924 fundou A Novíssima, revista modernista. Em 1928 publicou Martim Cererê, importante experiência modernista primitivista-nacionalista na linha mitológica de Macunaíma (de Mário de Andrade) e Cobra Norato (de Raul Bopp).[1] Afastando-se das ideias de Plínio Salgado, Cassiano Ricardo funda com Menotti del Picchia o grupo da Bandeira, em 1937[2] Neste ano ainda foi eleito para a cadeira número 31 da Academia Brasileira de Letras, sendo o segundo modernista aceito na instituição (o primeiro havia sido Guilherme de Almeida, que foi encarregado de recebê-lo). Em 1950 foi eleito presidente do Clube da Poesia de São Paulo, e entre 1953 e 1954 foi chefe do Escritório Comercial do Brasil em Paris, vindo a ocupar outros cargos públicos nos anos seguintes. Sua obra passa por diversos momentos; inicialmente apresenta-se presa ao Parnasianismo e ao Simbolismo. Com a fase modernista, explora temas nacionalistas e depois restringe-se mais, louvando a epopeia bandeirante, detendo-se, em seguida, em temas mais intimistas, cotidianos, ou mais próximos da realidade observável.[1] A partir da década de 1950, já no período daquelas tendências que têm sido chamadas por alguns críticos de segunda vanguarda, aproximando-se do grupo concretista das revistas Noigandres e Invenção, mostra claramente o seu espírito, desde sempre, vanguardista. Em Jeremias sem-chorar, de 1964, Cassiano Ricardo mostra sua grande capacidade de reciclar-se, produzindo poemas tipográficos e visuais, sempre utilizando-se das possibilidades espaciais da página escrita, sem perder suas próprias características. Nas palavras do poeta, na introdução do livro, "Situa-se o poeta numa linha geral de vanguarda, na problemática da poesia de hoje, mas as suas soluções são nitidamente pessoais".[3]
Detalhes sobre sua participação em grupos e movimentos Cassiano Ricardo declarou que, o verde-amarelismo, tendo resultado no Integralismo, não haveria mais nada a dizer-se a respeito. Eis aí uma causa de seu afastamento do verde-amarelismo e do grupo da Anta.[1] Quando foi um dos editores da revista concretista "Invenção", sofria uma certa rejeição do grande grupo, por sua oposição, no passado, a Oswald de Andrade. Além disso, Cassiano considerava, compreensivelmente, em função das diferenças de fundo entre a poesia concreta e a sua, os poetas concretistas "radicais demais".[4] Estes desacordos levaram ao seu afastamento do grupo. Obras Dentro da noite (1915) A Flauta de Pan (1917) Jardim das Hespérides (1920) A mentirosa de olhos verdes (1924) Vamos caçar papagaios (1926) Borrões de verde e amarelo (1927) Martim Cererê (1928) Deixa estar, jacaré (1931) Canções da minha ternura (1930) Marcha para Oeste (1940) O sangue das horas (1943) Um dia depois do outro (1947) Poemas murais (1950) A face perdida (1950) O arranha-céu de vidro (1956) João Torto e a fábula (1956) Poesias completas (1957) Montanha russa (1960) A difícil manhã (1960) Jeremias sem-chorar (1964) Os sobreviventes (1971) Ensaio O Brasil no original (1936); O negro da bandeira (1938); A Academia e a poesia moderna (1939); Marcha para Oeste (1940); A poesia na técnica do romance (1953); O tratado de Petrópolis (1954); Pequeno ensaio de bandeirologia (1959); 22 e a poesia de hoje (1962); Algumas reflexões sobre a poética de vanguarda (1964); O indianismo de Gonçalves Dias (1964). Castello
Um peba aventureiro
O Caixeiro/1915
Castello Branco d´Almeida
Soneto Transformação Velho Velho
O Mensageiro/1911 O Mensageiro/1911 Nossa Terra/1962 Nossa Terra/1962
Castelo de Almeida Castelo de Almeida
Raimundo Castelo Branco de Almeida. Imagem: Acervo IHGC.
Caxias tem uma tradição de ser terra de poetas, mas também de bons escritores e jornalistas. Raimundo Castelo Branco de Almeida era um desses excelentes jornalistas, além de poeta. Seu avô materno, o piauiense Hermínio de Paula Castello Branco (1851/1889), é considerado um dos maiores nomes da poesia popular nordestina brasileira. É filho do casal Benedito Lucas de Almeida e Maria Leonor Castelo Branco (1874-1922). Benedito, caxiense, era descendente de índios da região de Caxias. Comerciante, foi para o Amazonas em busca de riqueza na época em que muitos brasileiros seguiram para a região na corrida da borracha, e por lá faleceu. Sua mãe, Maria Leonor, nascida em Teresina era descendente da tradicional família Castelo Branco. Os dois casaram em Caxias, onde nasceu Raimundo Castelo Branco de Almeida, na Tresidela, em 14 de fevereiro de 1899, no virar do século XIX para o XX. O jovem Raimundo, apaixonado pelas letras, fundou em 1915 o jornal O Sabiá, de cunho literário, e em 1923 fundava o Diário de Caxias, considerado o primeiro jornal diário da cidade. Colaborou com diversos jornais em São Luís (O Combate com o pseudônimo de Panfuncio Ribas), e nos estados do Piauí e Ceará. Mas deixou seu nome marcado no jornalismo caxiense com a fundação do jornal Nossa Terra, onde foi seu diretor, circulando entre 1961 e 1962. Deixou publicado os livros Zeros (poesias), Magda (romance), e dois sobre a história do Maranhão: Revolução, sobre a passagem na Coluna Prestes no estado e Ricardo Leão Sabino, o herói esquecido, do herói maranhense durante a revolta da Balaiada. Sua profissão era bancário, funcionário do Banco do Brasil. Devido ao seu trabalho foi residir em São Luís e Fortaleza (CE), onde se aposentou no cargo de tesoureiro. Ali na capital cearense foi Presidente da Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB), responsável pela construção de sua sede própria na avenida Beira Mar. Faleceu em Fortaleza, em 12 de julho de 1967. Foi casado com Francisca Macedo Castelo Branco, com quem teve oito filhos.
Raimundo Castelo Branco de Almeida - NOCA - O portal da credibilidade
Castriciano de Souza
Memoria de um bisturi
Cidade de Pinheiro/1923
Henrique Castriciano de Souza (Macaíba, 15 de março de 1874 — Natal, 26 de julho de 1947) foi um escritor e político brasileiro, que serviu como o 10.º vice-presidente do Rio Grande do Norte nos mandatos dos expresidentes Ferreira Chaves e Melo e Sousa. Irmão de Eloy de Souza e Auta de Souza. Biografia Filho de Eloi Castriciano de Souza, comerciante e político em Macaíba, e Henriqueta Leopoldina Rodrigues, nasceu na rua do Porto (hoje Teodomiro Garcia), na então Vila de Macaíba, Rio Grande do Norte, onde viveu até 1879 quando, aos 5 anos, é acometido pela mesma tuberculose que matara o pai (com 38 anos) e a mãe (com 27 anos) nesse mesmo ano e acometera posteriormente a sua irmã, a então poetisa Auta de Souza. A avó materna Dindinha veio em junho de 1879 buscar os cinco netos órfãos e levou-os para o Sítio do Arraial, bairro do Recife. Logo separa-se dos irmãos Eloi (o mais velho), Auta e Irineu Leão (morto num incêndio em 1887) quando seus avós, como então
era costume pelas famílias de posse na época, o encaminham a bem sucedidas viagens de cura à Suíça. Retorna à Macaíba em fins de 1890, com 16 anos, já escrevendo versos. Para terminar os estudos, transfere-se para o Recife e, em 1893, parte para a vila de Angicos onde aparentemente recupera a saúde. Em 1894 parte para a Serra de Martins com a intenção de consolidar a cura. Apesar de viver sempre estudando, formou-se muito tarde, no Rio de Janeiro, aos 30 anos de idade. A moléstia atrasou sua carreira e sua vida. Passava sempre temporadas no interior do Estado, procurando melhores ares: Nessas estadas, lia muito e escrevia versos primorosos. Em 1892 publica em Natal seu primeiro livro de versos, Iriações, e o segundo, Ruínas, sai em Fortaleza pela Tipografia Universal em 1899, com prefácio de Rodrigues de Carvalho. No mesmo ano publica Mãe, com prefácio de Olavo Bilac. Recebe em mãos a compilação de versos da irmã Auta de Souza sob o título de Dálias e, numa viagem ao Rio, em 1900, procura uma editora para a sua publicação. Olavo Bilac, seu amigo, aprecia a obra e se encarrega de prefaciar o livro, passando a se chamar "Horto" a pedido de Auta. Concluiu seus estudos no Atheneu Norte Riograndense, dando início ao seu curso jurídico na Faculdade de Direito do Ceará, o qual formou-se como bacharel em 1908. Atuação profissional Foi secretário de governo e procurador geral do Estado. Eleito e reeleito vice-governador e investido dessas funções, preside o Congresso Legislativo do Estado. Estimulou a criação dos Grupos de Escoteiros de Natal, sendo homenageado, em Fortaleza, Ceará, pela União dos Escoteiros do Brasil/UEB[1], com a entrega da medalha Cruz de São Jorge pela introdução do escotismo no Rio Grande do Norte e seus serviços prestados à educação. Foi redator do jornal "A República" durante mais de trinta anos e Secretário durante os governos de Alberto de Albuquerque Maranhão (onde cria a lei n.º 145 de 6 de agosto de 1900, que garantia a publicação de toda e qualquer obra de cunho literário ou científico de interesse reconhecido) e Augusto Tavares de Lyra, além de vice-governador de Joaquim Ferreira Chaves e Antônio José de Melo e Sousa. Em meados de 1909 viaja para a Europa, levando a ideia de colher informações para uma escola doméstica, destinada a valorizar o cotidiano familiar e fazê-lo no plano da integração social da mulher, elevando-a pela técnica e dignificando-a pela consciência de sua indispensabilidade produtora. Viajou através da Suíça, Itália, Portugal, Espanha, França, Grécia, Egito e Palestina. Em uma segunda viagem, em 27 de agosto de 1913, visitou a Bélgica e a Alemanha. Sua temporada nos sanatórios da Suíça e passagem na Bélgica foi a ressurreição para Henrique. Voltou remoçado, entusiasmado com o que vira no setor da educação popular. O resultado foi a criação de uma Liga de Ensino em 1911 e a fundação da Escola Doméstica em 1914. Fez-se professor emérito e foi fundador, ao lado de eminentes coestadanos, do complexo de ensino o qual engloba a Escola Doméstica de Natal, o Colégio Henrique Castriciano e hoje a Faculdade Natalense para o Desenvolvimento do RN – FARN. Abandonando a política, fixa-se no Rio de Janeiro, fazendo jornalismo e advocacia, Regressa ao Rio Grande do Norte em 1933, para dirigir a Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral. Com a ditadura de Getúlio Vargas e extinta a justiça eleitoral, fica em disponibilidade. Volta ao Rio, sendo aproveitado no Tribunal de Contas. Aos 68 anos foi aposentado compulsoriamente, com ordenado de seiscentos cruzeiros mensais - muito pouco para a época. Solteirão inveterado, já velho, após longo sofrimento de mais de dois anos, internado em hospitais de Natal, praticamente sozinho, Henrique Castriciano morre no dia 26 de julho de 1947, na cidade de Natal. Atuação literária Desde jovem, Castriciano revelou o seu talento literário escrevendo artigos, crônicas e poesias para diversos jornais e revistas do país, principalmente Natal. Um de seus poemas, O Aboio, é um grande nome na literatura potiguar. Em 1903 publicou Vibrações, seu último livro de poesias, com prefácio de Clóvis Bevilacqua. Sílvio Romero não o considerava nem parnasiano, nem nefelibata: tomava-o como poeta de transição. Alguns sonetos são nitidamente simbolistas, embora em verdade Castriciano ostente outros traços, como o decadentismo escandalizador em peças como Monólogo de um Bisturi e mesmo o parnasianismo em seus últimos instantes. Deixou o romance Os Mortos, do qual publicou dois capítulos na revista do Centro Polímático em 1920. Anunciou, em 1931, o poema Redenção de Satã e outro romance intitulado O Tísico. Além do histórico A República, colaborou intensamente nos jornais A Notícia e O Paiz também por muitos 1899 - Ruínas 1899 - Mãe 1903 - Vibrações 1931 - Redenção de Satã (poema extenso) Teatro 1900 - O Enjeitado 1907 - A Promessa (peça infantil em 1 ato) Romance 1920 - Os Mortos 1931 - O Tísico Castro Castro Alves
Viver penesó O verdadeiro amor de Byron Um baile na flor
O Tentáme/1919 O Domingo/1872 O Tentáme/1919
Biografia de Castro Alves Castro Alves (1847-1871) foi um poeta brasileiro, representante da Terceira Geração Romântica no Brasil. "O Poeta dos Escravos" expressou em suas poesias a indignação aos graves problemas sociais de seu tempo. É patrono da cadeira n.º 7 da Academia Brasileira de Letras. Castro Arlich
Sentiment
O Estudante/1915
Castro Fonseca
Antitese
A Pacotilha/1883
Adélia Josefina de Castro Fonseca (Salvador, 24 de novembro de 1827 — Rio de Janeiro 9 de dezembro de 1920) foi uma poetisa brasileira.[1] Biografia Filha de Justiniano de Castro Rebello, inspetor do consulado da alfândega e de Adriana de Castro Rebello, foi casada com o oficial da marinha brasileira Inácio Joaquim da Fonseca, teve uma educação esmerada como era o padrão da época, sabia francês, declamar, tocar piano e pintura.[2] Publicava seus poemas em periódicos e livros, sendo colaboradora constante do Almanaque de lembranças luso-brasileiro, Gazeta de Notícias, a Semana Ilustrada e O Domingo, do Rio de Janeiro; A Época Literária, de Salvador; e com o periódico Correio de Vitória, do Espírito Santo.[2][3] Gonçalves Dias que a conheceu ainda jovem, chamou-lhe, num verso, "Safo cristã, virgem formosa". Suas poesias também foram reconhecidas por Machado de Assis, que fez críticas elogiosas.[4][5] No final de sua vida, ingressou no convento de Santa Tereza, no Rio de Janeiro, tomando o nome de Madre Maria José de Jesus. É avó materna de Honorina de Abreu, filha de Josefina Fonseca e Capistrano de Abreu, que já foi beatificada e está em processo de canonização pela Igreja Católica.[2][6] Obras Ecos da minh'alma, dedicado à imperatriz Teresa Cristina Castro Queiros
Não poder
O Jardim das Maranhenses/1861
cobra.pages.nom.br/gen-queiroz.html Castro Rebelo Junior
Orientalis visio
O Paiz/1905
João Batista de Castro Rebelo Júnior, (Salvador, 25 de novembro de 1853 — Salvador, 1912), foi um poeta e jornalista, brasileiro, patrono da Cadeira 37 da Academia de Letras da Bahia. [1] [2][3] [4] Biografia Filho de João Batista de Castro Rebelo e de Carlota Adelaide Moreira de Macedo. Seu pai foi deputado provincial (18861887). [3] [2] [1] Castro Rebelo Júnior fez seus primeiros estudos na cidade do Salvador, indo mais tarde estudar na Faculdade de Direito de Pernambuco, na qual se diplomou em 1875. [2] [1] Homem de grande potencial literário [1], o poeta Castro Rebelo Júnior fundou, em 1896, o diário “A Bahia”, com Xavier Marques, Sá de Oliveira e Virgílio de Lemos, a quem se associaram mais tarde Metódio Coelho e Odilon Santos. [2] Quando Arlindo Fragoso fundou a Academia de Letras da Bahia, em março de 1917, tornou-lhe patrono da Cadeira 37 e destinou a seus irmãos Afonso de Castro Rebelo e Frederico de Castro Rebelo as Cadeiras 36 e 27 de fundadores, respectivamente. [2] [3] Faleceu em Salvador no ano de 1912. [2] [3] [4] CASTRO REBELO JR (1858-1912) João Batista de CASTRO REBELO JR. nasceu em Salvador onde também faleceu. Poeta, ensaísta, jornalista, sociólogo, jesuíta, político. Livros de poesia: Livro de um Anjo (1879), Poema do Lar (1902), Ardentias (1907). O GUARANI Nunca subiram tanto as raias do proscênio. Dilata-se num sonho o que se passa aqui: Faz-se imponente, augusta, a elevação do gênio; Dá-se urna coisa enorme, estranha — O Guarani. Acordam-se emoções vulcânicas de um povo Em cujo peito bulha a fé nacional. Tudo isto é belo, e altivo, e gigantesco, e novo; Assume as proporções do sobrenatural. Tudo, ao maravilhoso aspecto do cenárlo, Nos arrebata; e forte, enérgica, viril, Alardeando um brilho imenso, extraordinário, Vê-se a descomunal figura do Brasil. Contempla-se da pátria o vulto primitivo, A rude majestade, as formas colossais, E sente-se que puja esse vigor nativo, Como que ultrapassando as leis universais. E ante a bizarra pompa, a validez supina Dessa prodigiosa e máscula visão, Assombra-nos tamanha hipérbole divina A exorbitar assim de toda a criação. Quando épica, vivaz, profunda, alta, solene, Repercutindo inteira em nossos corações, Irrompe essa harmonia em catadupa infrene, Que, amontoada, espuma em férvidos cachões; Quando remonta, e vai, nuns ímpetos supremos, Do que ha de mais suave ao que há de mais atroz; Quando em naã sei que sons atinge esses extremos Como se do equador ouvíssemos a voz;
Quando essa aluvião de música extravasa E da arte a fantasia arranca o último véu, — Esplêndida efusão da natureza em brasa, -—Transbordamento azul do americano céu; Quando Ceci desata, em nódulos divinos, Do palpitante seio as virgens emoções, Como se fossem mesmo uns ecos peregrinos De asas de amor transpondo etéreas solidões; Quando Peri, lhe arrosta a fúria dos jaguares E intrépido, desarma o braço do traidor, Quando Peri, que entorna em místicos ciliares A chama tropical desse infinito amor, Quebrando-lhe nuns tons de angelical ternura, Nuns suspirosos tons de imaculada fé, Esse desvelo infindo, essa paixão tão pura, Em que sua alma ri, mas que nem sabe o que é; Quando no arbusto em flor o pássaro gorjeia, E da feroz pocema estruge a invocação; Quando sorriem da moca os lábios de sereia, E troam do cacique as fauces de vulcão; Quando estremece a mata, aos cânticos selvagens, Aos hinos marciais dos broncos aimorés, E passam do deserto as túmidas aragens, Arrebatando os sons da inúbia dos borés... Parece que nos foge a alma, Transpondo vagas regiões, Nas grandes asas convulsas Desse pampeiro de sons, — Ardente sopro fecundo, Que irrompe do Novo Mundo E vai num eco profundo Estremecendo as nações. No arranco vertiginoso Dessa música em tropel Sons há que espadanam sangue E sons que distilam mel. Uiva e ri, geme e ribomba A escala, que sobe e tomba, Desde os arrulhos da pomba Aos silvos do cascavel. Não sei de que abismo ignoto Assoma esse turbilhão De vozes como inflamadas Em sonora ebulição. Não sei de que estranhas cavas Rebenta a harmonia em lavas, Golfando essas notas bravas Nos estos de uma explosão. Ouve-se o brando cicio Dos adejos matinais Frolando suavemente A pluma dos taquarais; E escutam-se os estampidos Desses hórridos bramidos,
Que retumbam desabridos Pelas florestas natais. Sente-se então que, vibrante, A asa do gênio passou Como um relâmpago imenso Que toda pátria inundou: E Carlos Gomes — o artista, Que os olhos perdem de vista Na remontada conquista Desse ideal, que abordou. Sente-se mais... que no meio Destes assomos febris Paira um clarão deslumbrante, Que a turba inteira bendiz: E de Alencar a memória — Vasta púrpura de glória, Que tomba do alto da história Nos ombros de te país. Ave, memória excelsa do que fôra A profunda existência edificante, O luminoso ponto culminante, O espírito maior de urna nação! Ave, nome ¡mortal, que sobre o mundo, Em vivos raios de um clarão superno, Hão de as idades refletir eterno, Sol glorioso desta geração! E tu, que imperas, combalindo as massas, Dessa harmonia aos trágicos acessos, Vê com que alma de mãe, vê com que excessos Te adora a pátria, ouvindo O Guarani! Sê além, nas longes terras estrangeiras, Os Alpes medes como um capitólio, Fita nos Andes o soberbo sólio Que esta alma parens te alevanta aqui!
HADAD, Jamil Almansur, org. História poética do Brasil. Seleção e introdução de Jamil Almansur Hadad. Linóleos de Livrio Abramo, Manuel Martins e Claudio Abramo. São Paulo: Editorial Letras Brasileiras Ltda, 1943. 443 p. ilus. p&b “História do Brasil narrada pelos poetas. HISTORIA DO BRASIL – POEMAS GUERRA DO PARAGUAI (de 1864 a 1870) General Osório CURUZÚ O que se passa ali, naquele mundo Por onde o próprio sol treme e descora.
Onde o exército acampa, os campos se armam; Onde a esquadra dá fundo, o rio chora. E o rio é rubro, porque o sangue é muito; Negra a terra do fogo, que é de mais; Tudo deserto, porque a morte aí reina! Tudo horroroso porque o nada aí jaz. Meu Deus, meu Deus, que enorme desventura Arrasta a quatro povos para o abismo? Oh! já sangra de mais essa tragédia! Mortal de mais é esse cataclisma. Porém... demais, também, nos provocaram; Nada foi-nos poupado; a honra, os bens, Tudo empolgou a garra da rapina, Recuas? É remorso? Alma não tens! A pátria é nossa mãe. Roubaste-a? Foge! Mas debalde, que tu ao céu não corres. Manchaste nossa irmã? Teu sangue é nosso! Prostituiste nossas filhas? Morres! Ninguém, ninguém bebera de um só trago De fel da infâmia taça tão letal. A espada, Paraguai, é para os bravos; Tu vais morrer a faca e a punhal. Curuzú, estrebucha sob o joelho Do caboclo, do arcanjo da vingança. É Deus quem arma o braço dos Osórios. Exulta, povo! O extermínio avança! (CENTELHAS) * VILETA E ANGOSTURA Tomba Vileta, Angostura Procura estender-lhe a mão. Nosso gláudio refulgura E ambas ficam no chão — Vencidas, desbaratadas, São novas portas rasgadas Que nos acenam: — Entrai! E a aurora da liberdade Fogosa, ridente, invade Os campos do Paraguai. Deus pesou a nossa ofensa, Julgou-a, e disse: — Pois sim. Podeis lavrar a sentença Argolo, Osório, Delfim. — Deu-se a última estocada; A tirania prostrada Vai pedir o seu perdão. Em Vileta e Angostura Expirou a ditadura Da força e da escravidão. Matou-se a guerra: é preciso Sepultá-la já e já. Deus, abri o paraíso! Paz do céu, desce de lá! Já se não morre, nem chora, Tudo ressurge nesta hora De grata compensação.
Nas pelejas que vara o peito Não encontra o coração. O tigre pôs-se na serra; Seu antro desfez-se em pó. Caxias abisma a guerra Na ponte de Itororó. Não é preciso mais nada. Um tiro, uma cutilada, Quase não ganhas, Gurjão! Lá some-se a noite aziaga; Apaga, guerreiro, apaga O raio que tens na mão. De monte a monte correndo; De bosque em bosque a pousar; De hora em hora esmorecendo; De dia em dia a tombar; Lá vai Lopes, voa, foge. A campanha findou hoje, Começa a perseguição. Lançai matilhas à corça, Pois sobre quem não tem força Não se arremete o leão. Soldados, é terminada Vossa missão; descansai! Dependurai essa espada; Está morto o Paraguai. Tomai da pátria os caminhos, Trazei-lhe a c´oroa de espinhos Que conquistastes por lá. Nada terei de presente Pois o futuro, somente Vossos feitos honrará. (Obra citada) * A MORTE DO TIRANO Caiu de sabre um punho — Algoz, tinha paixão pelo cutelo! Era um colosso, era; mas, que Herodes Resistirá do sec´lo ao camartelo? Crime inaudito: cativara um povo! Ao Cruzeiro afrontou: fatal loucura! Cava um abismo aos pés do Novo Mundo, E nele tomba! Horrível sepultura. Horrível, sim, que a banha um mar de sangue, Não orvalho de amor, ou de piedade. Horrível, sim, que ali eterno e negro, Sentou-se um juiz tremendo — a humanidade. Era irmão de Calígula e de Nero; Como aqueles, do mundo fez patíbulo Que ele chamou altar. Era vampiro,: só bebia sangue! Satã, que fez-se abutre, um povo inteiro Conseguiu devorar.
Gastara as garras em rasgar entranhas. Já sem antro e sem ninho, falcoado Inda tentou fugir. Barafusta nas vascas da agonia; Sente que a morte empolga, e exasperado Pode apenas rugir. Câmara é a nuvem que sobre ele paira, Chico Diabo o raio que o fulmina. Foi em Cerro-Corá! Vara uma lança o peito do tirano, E pelo rombo avista-se o futuro Que o Paraguai terá. Futuro d´oiro, esplêndido, supremo, Futuro de quem morre e ressuscita Livre, forte e gentil O Paraguai sem ferros, sem mortalha, Lembrando o potro e a campa em que jazerá Bendirá do Brasil. Castro Rocha
Catita Cavalcante de Luna Cazé Cazuza Cazuza da Conceição Cazuza Santos
Cecilia Ferreira
Aniversário Teus anos Suplica Deixando o amor Na ratoeira Esperança Trovas Anuncio curioso Cartas ao Chico Pardo Brasil Tentação O manto Enquanto Encantamento Dizem... Soneto
A Vontade/1915 A Vontade/1915 Revista Maranhense/1920 Revista Maranhense/1920 Jornal dos Artistas/1908 Risos d´Alma/1911 O Trabalho/1918 O Abelhudo/1933 A Avenida/1909 O Pioneiro/1983 O Pioneiro/1983 O Pioneiro/1983 O Pioneiro/1983 O Pioneiro/1983 O Pioneiro/1983 Tribuna do Povo/1958
Cecilia Meireles Marcha Tribuna do Povo/1958 Cecília Meireles é uma poetisa carioca. Suas poesias fazem parte da segunda fase do Modernismo brasileiro. Sua obra mais famosa é o livro Romanceiro da Inconfidência.
Cecília Meireles é um dos grandes nomes da literatura brasileira. Cecília Meireles é uma escritora brasileira. Ela nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 07 de novembro de 1901. Mais tarde, atuou como professora do ensino primário e universitário. Ela também dirigiu uma revista, escreveu para rádios e se aposentou como diretora escolar. A poetisa, que faleceu em 9 de novembro de 1964, no Rio de Janeiro, é um dos principais nomes da segunda geração modernista. Suas obras são marcadas pelo conflito existencial e apresentam tom melancólico. Sua narrativa em versos Romanceiro da Inconfidência é o livro mais famoso da autora. Resumo sobre Cecília Meireles A escritora Cecília Meireles nasceu em 1901 e faleceu em 1964. Além de poetisa, foi professora e fundadora da primeira biblioteca infantil brasileira.
Ela faz parte da segunda geração do Modernismo brasileiro. Suas poesias apresentam um tom melancólico e reflexões de caráter existencial. Sua obra mais conhecida é o livro Romanceiro da Inconfidência. Videoaula sobre Cecília Meireles Biografia de Cecília Meireles Cecília Meireles nasceu em 7 de novembro de 1901, na cidade do Rio de Janeiro. Órfã de pai e mãe, passou a ser criada pela avó materna quando tinha dois anos de idade. Mais tarde, tornou-se professora do ensino primário e publicou seu primeiro livro — Espectros — em 1919. Ela se casou, em 1922, com o artista plástico Fernando Correia Dias (1892-1935). Nos três anos que se seguiram, deu à luz três filhas. Assim, conciliava a criação das meninas, a escrita e o trabalho como professora. Escrevia não só textos literários, mas também artigos sobre educação, publicados no Diário de Notícias a partir de 1930. A poetisa foi responsável pela criação da primeira biblioteca infantil do Brasil, em 1934. Nesse mesmo ano, viajou a Portugal, onde participou de conferências. Ficou viúva no ano seguinte, pois o marido, que era depressivo, acabou se suicidando. Já em 1936, Cecília assumiu o cargo de professora de Literatura Luso-brasileira e de Técnica e Crítica Literária na Universidade do Distrito Federal. Em 1940, a escritora atuou como professora do curso de Literatura e Cultura Brasileiras na Universidade do Texas, nos Estados Unidos. Nesse ano, casou-se pela segunda vez, agora com Heitor Grillo (1902-1972). No ano seguinte, dirigiu a revista Travel in Brazil. Aposentou-se em 1951, como diretora escolar. Nos anos seguintes, fez viagens à Índia (1953), Europa (1954), Porto Rico (1957) e participou de conferências em Israel (1958). No fim de sua vida, também escreveu para as rádios Ministério da Educação e Cultura, em 1961, e Roquette-Pinto, em 1963. Faleceu em 9 de novembro de 1964, no Rio de Janeiro. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) → Homenagens a Cecília Meireles Prêmio Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras (1938). Grau de Oficial da Ordem do Mérito, no Chile (1952). Título de doutora honoris causa pela Universidade de Delhi (1954). Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras (1965). Características da obra de Cecília Meireles Pertencente à segunda geração modernista, Cecília Meireles produziu obras com estas características: conflito existencial e espiritual; temas contemporâneos; elementos sociais e políticos; uso de versos regulares, brancos e livres; equilíbrio entre inovação e tradição; aspecto melancólico; evasão; uso de sinestesia; temáticas de amor, solidão e saudade; reflexões sobre religião e morte; observações sobre a efemeridade da existência. Obras de Cecília Meireles Espectros (1919). Criança, meu amor (1923). Nunca mais (1923). Poema dos poemas (1923). Baladas para el-rei (1925). O espírito vitorioso (1929). Saudação à menina de Portugal (1930). Batuque, samba e macumba (1933). A festa das letras (1937). Viagem (1939). Olhinhos de gato (1940). Vaga música (1942). Mar absoluto (1945). Rute e Alberto (1945). Rui: pequena história de uma grande vida (1948). Retrato natural (1949). Problemas de literatura infantil (1950). Amor em Leonoreta (1952). Doze noturnos da Holanda e O aeronauta (1952). Romanceiro da Inconfidência (1953). Poemas escritos na Índia (1953). Pequeno oratório de Santa Clara (1955).
Pistoia, cemitério militar brasileiro (1955). Panorama folclórico de Açores (1955). Canções (1956). Giroflê, giroflá (1956). Romance de Santa Cecília (1957). A rosa (1957). Metal rosicler (1960). Poemas de Israel (1963). Solombra (1963). Ou isto ou aquilo (1964). Escolha o seu sonho (1964). Crônica trovada da cidade de Sam Sebastiam (1965). O menino atrasado (1966). Poemas italianos (1968). Flor de poemas (1972). Elegias (1974). Flores e canções (1979). Romanceiro da Inconfidência
Capa do livro Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles, publicado pela Global Editora.[1] Romanceiro da Inconfidência, livro mais famoso de Cecília Meireles, foi publicado, pela primeira vez, em 1953. Possui caráter narrativo, apesar de ser escrito em versos, e tem como principal temática a Inconfidência Mineira. A obra é dividida em cinco partes e possui 85 romances, escritos em versos regulares (redondilhas e decassílabos). O narrador faz reflexões sobre o tempo e sobre a ambição relacionada ao ouro de Minas. Também conta outras histórias ocorridas no estado, de forma a traçar uma identidade mineira, a partir de suas tradições e personagens históricos. O principal espaço da narrativa é a cidade de Vila Rica, atual Ouro Preto. Nela, o herói Tiradentes é situado no ano de 1789, acusado de traição. O relato evidencia a perseguição ao herói e dá nome aos inconfidentes e aos delatores. Dessa forma, a autora revisita essa parte da história de Minas Gerais e faz reflexões sobre ela. Por fim, menciona o suposto suicídio do poeta Cláudio Manuel da Costa, o enforcamento de Tiradentes e o desterro de Tomás Antônio Gonzaga, o autor de Marília de Dirceu. Leia também: Cinco escritoras brasileiras para ler antes de morrer Poemas de Cecília Meireles É do livro Mar absoluto o poema “Primeiro motivo da rosa”, composto em versos hexassílabos (seis sílabas poéticas). Sua temática principal é a efemeridade. Desse modo, o eu lírico mostra a fragilidade e a beleza efêmera de uma rosa. Porém, por meio de seus versos, a rosa nunca será esquecida e pode alcançar a eternidade: Vejo-te em seda e nácar, e tão de orvalho trêmula, que penso ver, efêmera, toda a Beleza em lágrimas por ser bela e ser frágil. Meus olhos te ofereço: espelho para a face que terás, no meu verso, quando, depois que passes, jamais ninguém te esqueça. Então, de seda e nácar, toda de orvalho trêmula, serás eterna. E efêmero o rosto meu, nas lágrimas do teu orvalho... E frágil.|1|
Já o poema “Serenata”, composto em versos octossílabos (oito sílabas poéticas), faz parte da obra Retrato natural. Nele, o eu lírico conversa com a solitária “montanha dura”, “onde nenhum rebanho pasce”, e com a também solitária “palmeira fina”, “onde nenhum pássaro canta”. Por fim, indaga o céu acerca da dor e da efemeridade das coisas: Dize-me tu, montanha dura, onde nenhum rebanho pasce, de que lado na terra escura brilha o nácar de sua face. Dize-me tu, palmeira fina, onde nenhum pássaro canta, em que caverna submarina seu silêncio em corais descansa. Dize-me tu, ó céu deserto, dize-me tu se é muito tarde, se a vida é longe e a dor é perto e tudo é feito de acabar-se!|2| Frases de Cecília Meireles A seguir, vamos ler algumas frases de Cecília Meireles, extraídas de suas crônicas Sabiás românticos, Chegada da primavera, Jardins, Semana santa e Colombo: “As aves desapareceram com as muralhas de cimento armado.” “Cada pequena flor é um reino maravilhoso, diante do qual paramos, confusos de ignorância.” “Eu sei o que é, sobre qualquer rosto, a passagem de cada dia.” “O destino do homem é ser bom.” “Os homens são volúveis e trocam as antigas admirações pelas mais novas.” “A infância venera os seus primeiros ídolos, que a História não destrói.” Notas |1| MEIRELES, Cecília. Antologia poética. São Paulo: Global, 2013. |2| MEIRELES, Cecília. Antologia poética. São Paulo: Global, 2013. Cecily Celestina Marabá Celia Maia
Que é a vida Bilhetinho perfumado Catulo, o eterno enamorado do sertão
Revista Maranhense/1916 A Peroba/1934 Jornal do Maranhão/1963
Celso de Magalhães
Quadro Ingles Um numero da Divina Comedia Miniatura Angustiosa Angustiosa Lyra maranhense A Pororoca Gloria do Maranhão
O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 A Lanterna/1913 Alma Nova/1925 Esquerda/1932
Celso Tertuliano da Cunha Magalhães (Viana - Maranhão, 11 de novembro de 1849 -?, 9 de junho de 1879), conhecido como Celso de Magalhães, foi um escritor brasileiro e o pioneiro do estudo do folclore no Brasil, adotando uma metodologia que lançou as bases do folclorismo nacional. Seu trabalho focou especialmente a poesia popular, mas ele incursionou por outras áreas como o teatro, a poesia, a ficção e a crítica.
Começou sua carreira de folclorista produzindo artigos sobre a tradição oral de origem portuguesa quando ainda era estudante de Direito, que foram publicados em 1873 sob o título A poesia popular brasileira no jornal acadêmico O Trabalho, de Recife, versando sobre uma multiplicidade de temas do folclore. Os dez artigos foram republicados em outros jornais e o autor tinha planos de reuní-los em um livro, mas os manuscritos se perderam e com eles significativa quantidade de material inédito igualmente desapareceu. O seu primeiro trabalho ficcional foi a novela Ela por ela, que apareceu no jornal O País em 1870, à qual se seguiram outras obras de ficção, como o romance Um estudo de temperamento (1870) e a novela Pelo Correio (1873). No campo do teatro deixou um esboço incompleto intitulado O Processo Valadares (1873) e o drama perdido O Padre Estanislau, além de prefácios para peças alheias e coletâneas de crônicas teatrais. Celso Junior
Ouvindo-te
Revista do Norte/1904
Celso Mariz
Desengano
O Paiz/1905
Celso Mariz O escritor deixou um acervo valiosíssimo para a cultura e história da Paraíba. O clássico “Apanhados Históricos da Paraíba”, e “Através do Sertão”, entre outros. Naturalidade: Souza – PB Nascimento: 17 de dezembro de 1885 / Falecimento: 03 de novembro 1982 Atividade artístico – cultural: Escritor Atividades Exercício – profissional: Diretor, secretário, inspetor, e político. Livros publicados: “Através do Sertão” (1910); “Apanhados Históricos da Paraíba” (1922); “Evolução Econômica da Paraíba” (1939); “Ibiapina, um apóstolo do Nordeste” (1942); “Cidades e homens” (1945); “Areia e Rebelião de 1848” (1946); “Memória da Assembleia Legislativa” (1946), “Notícia Histórica de Catolé do Rocha” (1956) e “Figuras e Fatos” 1976). Celso Mariz, filho do Dr. Manuel Dr. Manuel Maria Marques Mariz (advogado e político), e Dona Adelina de Aragão Mariz. Nasceu no sítio Escadinha, no Município de Sousa, Sertão da Paraíba. Após o falecimento de seu pai foi morar com seu padrinho Dr. Félix Joaquim Daltro Cavalcanti na cidade de Piancó, onde o mesmo exercia o cargo de Juiz Municipal. Mas não demorou muito por lá, pois o padrinho, Félix Daltro, foi nomeado Juiz de Direito da comarca de Taperoá, que havia sido criada pelo primeiro governador da Paraíba, do período republicano, o Dr. Venâncio Neiva, que trouxe o afilhado e filho de criação para Taperoá, e foi ali que o menino se fez estudante matriculado na escola do velho professor Minervino Cavalcanti. Costumava ler de um tudo, desde jornais entregues pelo correio, a livros do padrinho, ou até os que lhe dessem ou emprestassem. Foi um homem de muitas atividades, por volta dos dezesseis a dezessete anos, entrou para o Seminário na Diocese da Paraíba, localizada na capital do estado. Depois de adquirir um amplo conhecimento religioso, iniciou-se no Jornalismo em 1904, e se pôs nos caminhos da Hiléia beira-mar, onde se enfiou num vapor que conduzia passageiros e cargas, tocando de porto em porto, até alcançar o Pará. Deslocou-se depois para Manaus. Eram muitos paraibanos que se destacavam no Norte, notadamente em Belém, como advogados, magistrados, poetas, e jornalistas. Mas Celso acabou retornando à terra natal em 1907, aos 22 anos. Logo em seguida se tornou vereador (conselheiro municipal na época). Lecionou na Cidade de Catolé do Rocha, onde conheceu e casou com D. Santina Henriques de Sá, Celso também ensinou as primeiras palavras ao garoto Rui Carneiro, que com o tempo viria a se tornar senador, e posteriormente Governador do Estado da Paraíba. Nomeado Inspetor Regional de Ensino, percorreu todo o estado, sempre a cavalo. Ele conheceu cidades, vilas, povoados, e fazendas, e nestes percursos, devido ao penoso e constante trabalho de inspeção de escolas, colheu material para escrever o primeiro livro, que intitulou “Através do Sertão”, editado em 1910. Surgia o escritor com vocação para a sociologia e a história, descrevendo as localidades, seu passado e presente, figuras marcantes de sua progressão econômica e social. Em 1914 Celso e D. Santina fixaram-se em definitivo na capital paraibana. Foi nomeado Diretor da Secretaria da Assembleia Legislativa, e exerceu o cargo até 1930. Em 1915, fundou o jornal A NOTÍCIA, órgão que expressava as ideias dos chamados “jovens turcos”, grupo de plumitivos políticos, alguns já bem iniciados nas lides partidárias, filiados à orientação do grande Epitácio Pessoa. Celso Mariz escreveu “Apanhados Históricos da Paraíba”, editado em 1922, é um clássico, contendo o quadro histórico e geográfico do Estado, sua fundação, seu território, a guerra anti-holandesa, os acontecimentos merecedores de registro no século XVIII, a atuação da Igreja, o governo colonial, as revoluções, o império e o monarquismo, a política daqueles tempos, os governos e os legisladores, até à República. Foi deputado de 1924 a 1927, durante o governo de João Suassuna. Posteriormente quando João Pessoa assumiu o poder, o nomeou Diretor do jornal “A União”, permaneceu por pouco tempo no cargo, voltando ao seu cargo na direção da secretaria da assembleia Legislativa. Em fins de 1930, foi nomeado Inspetor Federal junto ao Liceu Paraibano. Tamanha era sua competência, que foi convidado pelo governador Argemiro de Figueiredo (1930-1940) para ocupar
os cargos de Secretário do Governo e da Agricultura, Comércio, Viação e Obra Públicas, a pasta mais importante do estado. Também ocupou a Diretoria do Departamento de Educação. Encerrou suas atividades no Serviço público em 1950, como Secretário do Governo na gestão do governador José Targino da Consta (1950 – 1951). Em 1939, o mestre lançou “Evolução Econômica da Paraíba”, uma obra eclética nos relatos objetivos sobre a nossa geografia, hidrografia, agricultura e pecuária, ocupação dos espaços, evolução dos contingentes de trabalho, volumes de produção, nascimento e desenvolvimento das comunidades urbanas e rurais, tudo seqüenciado com registros dos fatos, enriquecidos com dados estatísticos. O livro “Evolução Econômica da Paraíba” é considerado um primoroso estudo sobre a nossa colonização e civilização agrária, desde os primórdios, começando pelas primeiras culturas praticadas, os engenhos nascentes e moentes, a penetração dos colonizadores no Brejo, Cariri e Sertão, a escravidão, o surgimento e pujança do algodão, as crises, o advento de novas lavouras e das indústrias, abertura de caminhos, estradas de rodagem e de ferro, o porto, a mudança das estruturas rudimentares de trabalho e produção, as conquistas tecnológicas e fatores internos e externos que as influenciaram, as secas e seus efeitos catastróficos, as obras de combate às estiagens prolongadas, as realizações administrativas e os esforços para a geração de rendas públicas e privadas, o desenvolvimento urbano, notadamente o da Capital, tudo ilustrado com dados estatísticos, constituindo trabalho de fôlego e fonte de consulta a quantos se interessem pela história do desenvolvimento econômico e social da Paraíba. Segundo técnicos o livro oferecia subsídios valiosíssimos para a formação de uma política de apoio para o Nordeste. Particularizavam a riqueza do manancial de informes contidos na obra, e particularizavam a riqueza do manancial de informes contidos na obra de Celso Mariz. Ele era dono de invejável capacidade de redação e de bom tirocínio administrativo, dedicado ao jornalismo e às letras e conhecendo palmo a palmo a Paraíba escrevia sobre qualquer tema relacionado à administração e políticas públicas. Ele tinha memória prodigiosa a que aliava o gosto pelas anotações e pesquisa. Em qualquer ambiente era alvo das atenções dos circunstantes pela excelente prosa que sabia manter. Entremeava diálogos com boa verve. Nas visitas que fazia detinha-se por pouco tempo. Onde mais demorava era no Clube Cabo Branco, no centro da cidade, onde reencontrava amigos e velhos conhecidos e participando dos jogos de gamão e de cartas. Deixou um acervo valiosíssimo para a cultura e história da Paraíba. Escrevia ao correr da pena, em vernáculo simples e escorreito. Reconstituía fatos e personagens do passado, enriquecia as narrações com detalhes realísticos de acontecimentos marcantes. Seus livros são para qualquer geração. Faleceu em João Pessoa no dia 03 de novembro de 1982, aos 97 anos de idade, a doze dias de realizar, segundo ele, um grande sonho: votar em Antônio Mariz para governador da Paraíba. Fontes: http://www.taperoa.com/celso-mariz/ http://www.al.pb.gov.br/elegispb/wp-content/uploads/2013/08/TEXTO-DE-ROBERTO-JORGE-CHAVES-ARAUJO-1.pdf http://www.sertaoinformado.com.br/conteudo.php?id=29661&sec=COLABORADORES&cat=Marcelino%20Mariz Celso Pingarilho Celso Pinheiro
Paixão
Flor incognita Flor incognita Dois sonetos Dois sonetos Maria Lucia POESIA E DOR NO SIMBOLISMO DE CELSO PINHEIRO Hardi Filho*
O Martelo/1914 Correio de Codó/1913 O Coroatá/1920 Voz do Povo/1937 Voz do Povo/1937 Athenas/1940
Se “o fim da arte não é convencer e sim comover”, segundo diz Vargas Vila, não há como ignorar o artista em Celso Pinheiro. Sua poesia comove. E convence. Alta expressão do Simbolismo, podendo e devendo figurar ao lado dos maiores poetas dessa Escola, o mais inspirado vate do Piauí merece não só ser devidamente conhecido e divulgado, mas constituir-se objeto de estudo e permanente reverência, patrimônio que é da literatura e glória que a poesia piauiense, de bom grado, oferece ao Brasil e ao mundo. Neste trabalho, que sabemos não ter a excelência nem a dimensão dignas do focalizado, tentaremos considerar alguns aspectos que explicitam a transmissível emotividade, a fecunda inspiração, o espontâneo e imponente imagismo de sua poesia. E insistimos nesse particular. Quem se der a deleitosa tarefa de ler a obra de Celso Pinheiro, verá como são comovedoras, em sua totalidade, as produções que o caracterizam através de uma atmosfera ímpar de humano sofrimento.
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SOBRE
CELSO
PINHEIRO
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Celso Pinheiro (academiapiauiensedeletras.org.br) Celso Vieira
Soneto
Correio de Picos/1911
Terceiro ocupante da Cadeira 38, eleito em 20 de julho de 1933, na sucessão de Santos Dumont e recebido pelo Acadêmico Aloísio de Castro em 5 de maio de 1934. Recebeu o Acadêmico Vítor Viana. Celso Vieira (Celso Vieira de Matos Melo Pereira) nasceu na cidade do Recife, PE, em 12 de janeiro de 1878, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 19 de dezembro de 1954. Era filho de Rafael Francisco Pereira e de Marcionila Vieira de Melo Pereira. Fez seus primeiros estudos no Ginásio Pais Leme, no Pará onde iniciou, também, o curso de Direito que concluiu no Rio de Janeiro. Biógrafo, ensaísta e historiador, exerceu na capital do país os cargos públicos de auxiliar do chefe de Polícia no Rio de Janeiro; diretor do gabinete do Ministro da Justiça e Secretário do Tribunal de Apelação. Foi um dos fundadores da Academia Pernambucana de Letras. Ocupou a cadeira nº 38, da Academia Brasileira de Letras, na vaga decorrente do falecimento de Santos-Dumont que, aliás, não chegara a tomar posse. Teve a recebê-lo, a 5 de maio de 1934, o professor Aloísio de Castro. Presidiu a Academia Brasileira no ano de 1940. Celso Vieira foi sucedido na Academia Brasileira de Letras, pelo médico e professor Maurício de Medeiros. Atualizado em 05/04/2016.
Bibliografia -A+A Endimião, 1919. O Semeador, 1919. Defesa social, 1920. Anchieta, 1921. Varnhagen, 1923. Para as lindas mãos, 1932. Tobias Barreto, 1939. Estudos e orações, 1941. Manuel Bernardes, clássico e místico, 1945. Joaquim Nabuco, 1949.
Charles Charles Chan
Anseio Silencio
Avante/1949 O Estudante de Atenas/56
Charles Diniz Chauffer Chernoviz Cicely Cicero França Cid T. de Abreu Cid Teixeira de Abreu
Quadrinha de amor Os bondes Devaneio Congratulações Requiescat Bercause o filho não ter sido meu Ejercicio primero Um soneto quase elegia Beth Lembranças Graça
Avante/1949 O Guri/1915 Carapuça/1884 REVISTA MARANHENSE/1916 Revista do Norte 1906 O Pioneiro/1983 O Pioneiro/1983 Cruzeiro/1959 O Pioneiro/1981 O Pioneiro/1981 O Pioneiro/1981
Cid Teixeira de Abreu (Caxias, 2 de julho de 1937 - ?) foi um poeta brasileiro.
Biografia Estudou em sua terra natal e em Belo Horizonte, onde se formou em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais,[1] local em que publicou seu primeiro livro, Poemas I (sonetos decassílabos - 1961), mudando-se posteriormente para Teresina, para lecionar no Curso de Pedagogia da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Atuou como cronista do jornal Diário do Povo e publicou os livros Terra Terrão (poemas livres - 1985) e Moenda (1986).[carece de fontes] Membro da União Brasileira de Escritores, UBE, no Piauí. Obteve premiações literárias em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Brasília.[2] Segundo o historiador Adrião Neto, foi "First Place" em concurso literário internacional patrocinado pela Universidade do Colorado, Estados Unidos,[2] além de ter participado da coletânea "Andarilhos da Palavra", no Piauí.[carece de fontes] Obras Poemas I (1961); Terra Torrão (1985); Moenda (Poesia – 1986) Referências ↑ Assis Brasil. A Poesia Piauiense no Século XX. FCP / Imago, 1995 (página 193). ↑ Ir para:a b Adrião Neto. Dicionário Biográfico Escritores Piauienses de Todos os Tempos; Teresina, Halley S.A., 1995 (página 13).
CID T. DE ABREU – Brasil – Poesia dos Brasis – Maranhão - www.antoniomiranda.com.br CID T. DE ABREU (1937-2004?) Cid Teixeira de Abreu (Caxias, 2 de julho de 1937 - ?) foi um poeta brasileiro. Estudou em sua terra natal e em Belo Horizonte, onde se formou em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais, local em que publicou seu primeiro livro, Poemas I (sonetos decassílabos - 1961), mudando-se posteriormente para Teresina, para lecionar no Curso de Pedagogia da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Atuou como cronista do jornal Diário do Povo e publicou os livros Terra Terrão (poemas livres - 1985) e Moenda (1986). Membro da União Brasileira de Escritores, UBE, no Piauí. Obteve premiações literárias em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Brasília. Segundo o historiador Adrião Neto, foi "First Place" em concurso literário internacional patrocinado pela Universidade do Colorado, Estados Unidos, além de ter participado da coletânea "Andarilhos da Palavra", no Piauí. Obra literária: Poemas I (1961);Terra Torrão (1985);Moenda (Poesia – 1986) Fonte da biografia: wikipidia.
Como seria bom 1 como seria bom se eu rolasse a vida com a esperteza dos meninos que rolavam a bola pelo bariri e o placar me fosse favorável no apito final 2 aprendi a contar pelos urubus que escurecem a tarde para o pernoite e algumas vezes errava pelo retardatário que se distraía num fato de boi 3 os peitos das lavadeiras eram bem maiores que a lage onde batiam roupa só minha infância entendi esse contraste SONETOS. v.1.Jaboatão dos Guararapes: Editora Guararapes EGM, s.d. 154 p. 16,5 x 11 cm. ilus. col. Editor Edson Guedes de Moraes. Inclui 148 sonetos de mais de uma centena de poetas brasileiros e portugueses. Ex. bibl. Antonio Miranda
ABREU, Cid T. romance unilateral. grampeadas
Belo Horizonte, MG: edição datilografada do autor, 1961. 16 x 21, 5 cm. 5 folhas
“ – este romance é m eu como meu corpo com sua própria certeza de gastar se” cid. T. abreu Exemplar de origem desconhecida, na biblioteca particular de Antonio Miranda há muitos anos... Agora estamos escaneando para expor digitalmente este inusitado “livro-de-artista “ artesanal. Raro!
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(4) Caxienses, com Orgulho — Publicações | Facebook
CID TEIXEIRA DE ABREU, 10 anos de sua morte em 11 de dezembro de 2004 Cid Teixeira de Abreu nasceu em Caxias, no dia 02 de julho de 1937 e faleceu dia 11 de dezembro de 2004, em Teresina (PI). Seus pais eram João Luís de Abreu e Amélia Teixeira de Abreu. Tive a oportunidade de, eu escritor adolescente, conhecer e, em alguns momentos, conviver com o Cid Abreu. Nosso ponto era o bar "Recanto dos Poetas", do Artur Cunha, local onde se encontravam vários intelectuais de Caxias. Ali jogávamos "impugna", um jogo de letras e formação de palavras. Cid Abreu, pequeno, franzino, óculos grosso, era alegre e brincalhão. Pilhas de dicionários (Aurélio, Aulete, Laudelino etc.) estavam ali à disposição, sobre o balcão, para consultas. Certa vez, Cid chamou-me a atenção acerca de um artigo que eu escrevera no jornal da cidade, "O Pioneiro", semanário onde também comparecia o Cid com seus poemas e vez e outra textos em prosa, inclusive prosa poética. O que Cid observara em meu texto era uma citação em latim, na qual o notável
professor/autor caxiense vira uma impropriedade. De pronto, citei-lhe a fonte e, morando perto do "Recanto", busquei o livro e o apresentei ao rigoroso mestre. Ele viu que minha transcrição estava correta e ponderou algo em relação à construção da frase latina, já que a obra em que eu me abeberara era de autoria de um também latinista, como Cid Abreu. Sobre ele registra o escritor piauiense Adrião Neto: "Poeta e professor universitário. Bacharel em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais. Fez curso de especialização em Direitos Humanos (UFPI). Professor de Filosofia da Educação da Universidade Federal do Piauí. Detém alguns prêmios literários em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Brasília. First Place em concurso internacional patrocinado pela Universidade do Colorado, Estados Unidos. Ex-diretor da União Brasileira de Escritores do Piauí-UBE/PI entidade que, em 1997, o elegeu “Intelectual do Ano”. Cid foi o responsável pela criação e implantação da UBE/Mirim. É verbete do “Dicionário Biobibliográfico de Escritores Brasileiros Contemporâneos” (1999), de Adrião Neto. Bibliografia: “Poemas I” (1961); “Terra Terrão” (1985); “Moenda” (1986); “Ulisses e Outros Motivos” (1995). É autor de vários cordéis, dentre os quais: “A função social do cordel” (1995); “O Galo”; “A Balaiada” (1996); “Frustração Eleitoral”; “Caxias” (1996); “Mangueira” e “A Máquina de Votar”. Participou, dentre outras, das coletâneas: “Baião de Todos” (1996), organizada por Cineas Santos; “Biblioteca de Cordel IV” (1998), publicada pela Fundação Cultural Monsenhor Chaves." EDMILSON SANCHES edmilsonsanches@uol.com.br ____ Ilustrações: 1) Foto: Os poetas caxienses Cid Abreu (à esquerda) e Wybson Carvalho. 2) Desenho: charge de Martholli. Cinzel
Esculpindo Esculpindo Esculpindo Esculpindo Esculpindo Esculpindo Esculpindo Esculpindo Esculpindo Esculpindo Esculpindo Esculpindo Esculpindo Esculpindo Esculpindo Esculpindo Esculpindo Esculpindo Esculpindo
O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1912 O Canhoto/1913 O Canhoto/1913 O Canhoto/1913 O Canhoto/1913
Ciridião Durval
Amor materno
Cidade de Pinheiro/1924
CYRIDIÃO DURVAL Poeta alagoano, nascido a 3 de março de 1860 e falecido na Bahia a 17 de agosto de 1895. Formado em Dirieto, abraçou a magistratura. Foi também professor da Faculdade de Direito da Bahia. Poeta, orador e jornalista. Publicou os livros: Sonetos. Accordes, Bahia, 1890.
FREIRE, Laudelino.Pequena edição dos Sonetos brasileiro. 122 sonetos e retratos. 2ª. edição augmentada. Rio de Janeiro: F. Briguet e Cia. Editores, 1929. 256 p. 12,5x16 cm. capa dura Impresso na França por Tours Imp. R. et P. Deslis. Col. Bibl. Antonio Miranda AMOR MATERNO Isaura, a mais cruel de todas as perdidas, Entre os braços de Fausto, o mísero rapaz, Disse um dia a sorrir : — quem ama tudo faz... Exijo deste amor as provas decididas. — — Pede tudo, mulher, se queres destruídas As duvidas que teus; ordena e então verás Se tenho amor ou não : de tudo eu sou capaz... Por ti arrancarei milhões, milhões de vidas L. E a Dalila soltou estridula risada... Disse a Fausto : — pois bem, se tu não temes nadaQuero de tua mãe tragar o coração! B o louco foi buscar... de volta, no caminho, Tropeçou e cahiu... Disseram-lhe baixinho : “Maguaste-te; meu filho ?... Acceita o meu perdão”
AVELAR, Romeu de. Coletânea de poetas alagoanos. Rio de Janeiro: Edições Minerva, 1959. 286 p. ilus. 15,5x23 cm. Exemplar encadernadoAVELAR, Romeu de. Coletânea de poetas alagoanos. Rio de Janeiro: Edições Minerva, 1959. 286 p. ilus. 15,5x23 cm. Exemplar encadernado bibl. Antonio Miranda A CIDADE DE MACEIÓ Brasileira gentil, cidade bela. Amazona valente e destemida,
Maceió de minh´alma, viva estrela Dos paramos etéreos desprendida! Como Vênus te ergueste do oceano Numa concha de pérolas mimosa!... Eu me orgulho de ser alagoano Quando vejo-te a fronte gloriosa!... O brilho que se espalha do teu porte Descrevê-lo não pode o pensamento Nos versos de um soneto, e, desta sorte, Se todo o nosso globo, de momento, Brilhasse como brilhas, flor do Norte, Seria a terra inteira um firmamento!
A FLOR Uma flor é a estrofe sublime Do poema que Deus escreveu: O retrato fiel da inocência Que do gomo da planta nasceu: Uma flor é o modelo correto Do sorriso de algum querubim: É de um anjo o segredo, encoberto Em macio e c´lorido setim: Uma flor é a estrela da terra, Como a estrela é a flor lá do céu; Uma aurora num galho caída, Enrolada num cândido véu: Uma flor é o escrínio mimoso Que entesoura os matinos cristais; O casulo de sea que encerra As falenas que inspira ao poeta... Uma flora é a saudade, o suspiro, A beleza celina de Ester; A centelha que inspira ao poeta... Uma flor o que é mais? — A mulher! — Clarindo Santiago
Ta richesse Ton coeur Ton rire Esperance A cruz A cidade de porcelana A Gonçalves Dias A Gonçalves Dias
Os Anais/1911 Os Anais/1911 Os Anais/1913 Os Anais/1913 Athenas/1941 Athenas/1941 Correio do Nordeste/1964 Correio do Nordeste/1964
Raimundo Clarindo Santiago
CLARINDO SANTIAGO. Nasceu aos 12 dias de agosto de 1892 e faleceu nas proximidades de Imperatriz, naufragado, no Rio Tocantins, na noite de 25 de novembro de 1941. Médico, político, professor, diretor do Liceu Maranhense e da Instrução Pública do Estado, membro da Academia Maranhense de Letras, da Maranhense de Intelectuais e do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão. Poeta, jornalista e orador. Obras publicadas: A Escola Mineira e suas fases- São Luís – 1928, 91 páginas; Rumo ao Sertão – São Luís, 1928, 91 páginas; O Poeta Nacional, São Luís – 1926, 70 páginas; João Lisboa, São Luís, 66 páginas; Estudos Maranhenses – São Luís, 1929, com 47 páginas; Neto Guterres, o médico dos pobres, com 23 páginas; Fusão Crítico – Rio de Janeiro, 1932, com 31 páginas; Comemoração ao 1º centenário de Sousândrade, Parnaíba 1937, 26 páginas; Sousândrade , discursos; e Sousândrade – o solitário da Vitória. LITERATURA MARANHENSE: Clarindo Santiago, o poeta maranhense desaparecido no Rio Tocantins* AuthorpautarPublished on08/05/2020
Quem primeiro me falou de Clarindo Santiago foi Franklin de Oliveira, em casa de seu irmão Heitor Franklin da Costa, na Rua de Santa Rita, onde o brilhante autor de “A Morte da Memória Nacional” se hospedava em São Luís. E isso se deu numa das muitas e longas divagações literárias que motivavam a minha admiração e o meu querer bem por esse mestre do senso estético. E dizia-me ele, com aquelas metáforas tão bem colocadas e com encaixes precisos, ser Clarindo Santiago um poeta de estilo e forma elegantes e de sensibilidade bem apurada, arrematando, naturalmente, sem descer a detalhes, sobre os golpes incicatrizáveis que o poeta recebera ao longo de uma atribulada vida. Nessa mesma linha de ideias, o meu mui querido e saudoso amigo e compadre José Matos Carvalho, ex-governador do Maranhão, médico ilustre como Clarindo também o fora, chegou-me a dar de presente, nas minhas constantes visitas a seu apartamento, vizinho de quadra do meu, em Brasília, cópias de sonetos e poemas que Clarindo escrevera, dedicando os originais, a ele, Matos Carvalho, quando ambos em plantões no Pronto-Socorro de São Luís, eram tocados pelas visagens sombrias da Rua do Passeio, onde se localizava aquele centro de atendimento a politraumatizados, evidentemente em calmas madrugadas, mais propícias ao extravasar de lúcidos espíritos do que ao remendo de mutilados corpos. E as cópias desses sonetos e poemas que já me tinham proporcionado certa intimidade, também foram dadas por Matos Carvalho, pelos mesmos abrandamentos de afeto, ao também querido amigo, escritor, advogado e político Sálvio Dino, o qual, num laivo bem-aventurado, os fez resgatar neste “Clarindo Santiago, o poeta maranhense desaparecido no Tocantins”, a memória do nosso poeta, o que me levou, por tais motivos, a escrever estas anotações engendradas numa das minhas noites de vigília. Nas frias sombras da arte, os fantasmas do verbo “Clarindense” se assim posso adjetivar, manifestam-se em correlações multifacetadas de subjetiva harmonia entre os significados das palavras e os seus símbolos. Essas relações dificilmente transcendem a percepção dos menos atentos, mesmo que tais paralelas sejam ou estejam estabelecidas numa comunicação contagiosamente estética. De certo – e não há sobre isso nenhuma dúvida –, a existência de um encantamento pelo subjetivismo exercido pelo poeta é extremamente visível, que o faz, indefeso pela magia, viajar nas simples repetições de sons e embrenhar-se em espaços às vezes tão ou não tão regulares, por períodos rítmicos que os seus poemas imprimem.
Vislumbram-se ainda, nos versos oníricos de Clarindo Santiago, os balanços de acentuações cadenciais com marcação nos tempos tônicos que os fazem interagir com a diversidade dos valores fonêmicos caracterizados pelo nosso idioma, na significação de um linguajar usual, fazendo-os, naturalmente, que alguns sejam pausados e com instintivas frequências rítmicas. São esses, a princípio, os traços com que Clarindo Santiago erigiu o seu sacrário poético, onde o poema se mostra inteiriço, mirificamente energizado pela rima e pelo ritmo que se não distanciam, formando, quase sempre, uma santíssima trindade nas bênçãos de talento que são esbanjadas por esse poeta, o qual, no entendimento crítico de Rossini Corrêa, foi, além de ter influenciado a juventude maranhense, “o redescobridor e intérprete da obra poética de Sousândrade e quem aconselhou a Franklin de Oliveira a ler tudo, até mesmo anúncio de jornal”. Creio que, assim, Sálvio Dino entregou à história literária do Maranhão, esse resgate valioso sobre alguma coisa da vida, da poesia e da morte de Clarindo Santiago, a usar, neste seu depoimento, lampejos de quem também faz versos, geminados a nuances de ensaísta, como na composição metodológica deste estudo, a emblemar, ainda, o jornalista do dia a dia, quanto à narrativa noticiosa dos atos e os registros fotográficos de grande importância, levando, por fim, Sálvio concluir o trabalho com o bom senso do jurista, onde o discernimento da lógica e do entendimento cientifico, atestam suas contrarrazões ao afirmar que Clarindo fora realmente estrangulado pela descomunal força do Tocantins, o qual, apesar de impiedosamente tê-lo morto, ainda lhe deu, como jazigo perpétuo, talvez apiedado pela tragédia que cometera, a serenidade de suas traiçoeiras águas e as profundezas abismais do seu silêncio. __________ * Fernando Braga, in “Conversas Vadias” [Toda prosa], antologia de textos do autor. Ilustração: Foto do poeta e médico Clarindo Santiago, na capa do livro comentado, de Sálvio Dino, edição de 1997. LITERATURA MARANHENSE: Clarindo Santiago, o poeta
maranhense desaparecido no Rio Tocantins* – Blog do Pautar À Memória do Doutor Clarindo Santiago · APEM - Acervo Digital (cultura.ma.gov.br)
Claudino dos Santos
Na alcova
A Luta/1891
Claudino Rogoberto[1] Ferreira dos Santos (Recife, 4 de janeiro de 1862 - Curitiba, 31 de janeiro de 1917) foi um advogado, poeta, dramaturgo, jornalista e político brasileiro.[2] Foi prefeito de Curitiba, ocupando o cargo a partir de 1916[3] até o seu falecimento.[4] Biografia Filho de Ignácio Ferreira dos Santos e Rosa Alexandrina Galvão, na adolescência foi aluno de Tobias Barreto e aos vinte e quatro anos de idade diplomou-se em advogacia[5] pela Faculdade de Direito de Recife. Ainda estudante na faculdade, publicou três livros de poesia:[2] "Estatuetas" (1883); "Ebulições" (1884) e "Sons e Brados" (1886).[4] Em 1889, começou a escrever no "Diário de Notícias" de Recife e logo em seguida mudou-se para o Paraná, com a intenção de atuar como Advogado. Na capital paranaense, começou e escrever no jornal "A Federação" (de Curitiba), periódico que defendia o federalismo no Brasil e com a vitória do governo na Revolução Federalista e a retomada de Curitiba pelas tropas de Floriano Peixoto, Claudino se exilou na Europa por alguns anos.[4]
Em seu retorno ao Paraná, fundou o Colégio Paranaense[4], lançou o livro "Primeiro e Segundo Livro de Leitura" e começou a exercer cargos públicos, como: Secretário de Viação, diretor[6] de Instrução Pública,[7][8] Secretário do Interior e Justiça, juiz municipal e federal de Morretes e secretário de Obras Públicas e Colonização.[9][10] Em 1896, escreveu uma peça de teatro denominada "Fui a Curitiba" e no mesmo ano lançou "À memória de Carlos Gomes". Também escreveu: "O batizado" (livro de poesia lançado em 1899), "Poema da dor" (poesias de 1902) e contribuiu para "Mosaico poético", coletânea de poesias lançada em Recife, em obra póstuma.[2] Em 1906 foi eleito Deputado Estadual pelo Partido Republicano Federal e em 1916 elegeu-se Prefeito de Curitiba[4] pelo Partido Republicano Paranaense, cargo este, que ocupou até a data de seu falecimento. Claudino dos Santos foi casado com Elvira Alves Branco e teve sete filhos, entre eles, o Deputado Federal Arthur Ferreira dos Santos. Claudio Michól Claudio Nogueira
Claudio Tulio
Clavo Nunes Clemente Caldas Clemente Guedes
Petição Desejos Atua dor Homem Mar Homem Confissão Voto Exortação Vaticinio Ingenuidade O dia dos teus anos
Jornal dos Artistas/1908 Jornal dos Artistas/1909 O Martelo/1911 O Martelo/1911 O Litoral/1917-18 O Litoral/1917-18 O Litoral/1917-18 Athenas/1941 Athenas/1941 Athenas/1941 Gazeta de Picos/1909 Revista Maranhense/1918
Crença Natal Desfazendo Olhar de mãe Distante Vaticinio Sonatas Visita ao sertão Partir A memoria do mestre Antonio Lobo Não cres? Suplica O passado Desengano Horas do crepusculo Maria O cego Pelos sertois Maio Soneto Versos? Ultima vez Teus olhos Amor e vida Um cair da tarde No meu livro Ante uma estatua O fim do poeta Soneto Paizagem Sonatas Esboços Pela vida Coraçois No ezilio O mar Prece
O Estudante/1915 O Estudante/1915 A Vontade/1915 REVISTA MARANHENSE/1916 REVISTA MARANHENSE/1916 Arte, Ciência e Letras/1916 Arte, Ciência e Letras/1916 Revista Maranhense/1916 Revista Maranhense/1916 Revista Maranhense/1916 Revista Maranhense/1916 Revista Maranhense/1916 Revista Maranhense/1916 Revista Maranhense/1916 Revista Maranhense/1916 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918
Sonatas O soldado O partir Meu destino Trovas Soneto Soneto Passionais Hergeus Sonatas Estatuetas Meu livro Terceira crença • •
Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 O Ateniense/1920 Revista Maranhense/1920 Revista Maranhense/1920 Revista Maranhense/1920 Revista Maranhense/1920 Revista Maranhense/1920
Nome completo: Clemente Guedes Descrição: Poeta participando da obra "Sonetos maranhenses".
Fonte(s) dos dados •
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin Digital. Disponível em: http://www.brasiliana.usp.br/.
Clemente Vegas
Cleni Furtado Clodoaldo Cardoso
Fazes de um amor antigo Através da vida Panorama Duas almas Paulo Afonso
Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1918 O Ateniense/1920 Avante/1949
Sobre o seu tumulo Eva Sepultura intima Gonerl Soneto Victoria regia Vontade insatisfeita No fim da estrada da vida Santa Helena Crença ilusoria
Cidade de Pinheiro/1922 Cidade de Pinheiro/1923 Cidade de Pinheiro/1923 Cidade de Pinheiro/1924 Cidade de Pinheiro/1924 Cidade de Pinheiro/1924 Cidade de Pinheiro/1924 Cidade de Pinheiro/1924 Cidade de Pinheiro/1924 Cidade de Pinheiro/1924
Clodoaldo Cardoso nasceu em Barra do Corda, a 7 de agosto de 1894. Professor, financista, escritor e poeta, afirma-se como uma das expressões mais fortes da geração intelectual que passa; a sua reeleição sucessiva, desde 1947, para a presidência da Academia, é a melhor prova do largo e merecido prestígio de que goza entre seus pares. Funcionário da Fazenda Estadual, foi Coletor de Rendas, Diretor do Tesouro e Secretário das Finanças; igualmente Assistentetécnico do Departamento Estadual de Estatística, Diretor do Departamento das Municipalidades e Prefeito de São Luís. Bacharel em direito pela Faculdade do Piauí, foi advogado militante, Consultor Jurídico da Associação Comercial do Maranhão, Assistente de Procurador Geral do Estado e Catedrático da Faculdade de Direito. Consultor-técnico do Diretório Regional de Geografia do Maranhão, membro da Comissão de Carto-grafia do Conselho Nacional de Geografia, sócio honorário da UNITER, sócio correspondente da Academia Fluminense de Letras, sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão e titular, na Academia Maranhense de Letras, da Cadeira nº 23, de que foi o fundador, sob o patrocínio de Graça Aranha.
Clodoaldo de Freitas Clodoaldo Freitas
Amor de pai Dor de pai
Correio do Nordeste/1963 A Fita/1921
Clodoaldo Severo Conrado Freitas, mais conhecido como Clodoaldo Freitas (Oeiras, 7 de setembro de 1855- Teresina, 29 de junho de 1924) foi um escritor e advogado brasileiro[1]. Biografia Clodoaldo Severo Conrado Freitas nasceu em Oeiras no dia 07 de setembro de 1855, filho de Belisário da Silva Conrado de Freitas e de Antônia Rosa Dias de Freitas. Seus primeiros estudos realizaram-se no Seminário das Mercês e no Liceu Maranhense, na cidade de São Luís e conclui-os no Liceu Piauiense em 1870. Bacharelou-se em Direito pela antiga Faculdade de Direito do Recife[2]. Em 10 de agosto de 1908, ao lado de intelectuais como Antônio da Costa Gomes, Astolfo Marques, José Ribeiro do Amaral, Armando Vieira da Silva, Inácio Xavier de Carvalho, Alfredo de Assis Castro, Manuel Fran Paxeco, ajudara na fundação da Academia Maranhense de Letras, tendo sido o primeiro ocupante da Cadeira de n.º 18, tendo escolhido como patrono o poeta Sousândrade. Em 1917, já residindo novamente no Piauí, foi um dos fundadores da Academia Piauiense de Letras, tendo sido seu primeiro Presidente. Obras[3] Os fatores do coelhado (1892) História do Piauí (1902) Vultos piauienses (1903) A Pátria (1905/1906) O Piauí: canto sertanejo (1908) O Palácio das Lágrimas (1910) Em roda dos fatos (1911) Contos a Teresa (1915) História de Teresina (1988, póstumo) Memórias de um velho (2008, póstumo) Clodoaldo Freitas Clodoaldo Freitas (academiapiauiensedeletras.org.br)
Celso Barros Coelho* “Inteligência superior, possuindo largo preparo literário e filosófico, tendo-se ensaiado em várias direções, na crítica das religiões, na política, na história, no romance, no conto e na poesia, foi principalmente, jornalista vivaz, solerte, elegante e maleável, para quem não havia assunto árido, e cuja pena mais se enriquecia em vibrações e mais se aligeirava no produzir, quanto mais dela exigiam as circunstâncias.” – Clóvis Beviláqua (História da Faculdade de Direito do Recife) Clodoaldo Freitas nasceu em Oeiras em 1855, de onde partiu para estudar no seminário das Mercês de São Luís, concluindo o curso no Liceu Maranhense em 1870. Transferindo-se depois para a Faculdade de Direito do Recife, ali destacou-se como participante do grupo de Ideia Nova, ao lado de Clóvis Beviláqua e Martins Júnior. Falando sobre ele, em artigo no Jornal de Recife, Martins Júnior traça assim o seu perfil intelectual, em 22-06-1883: Espírito inquieto, intransigente, como assinala Martins Júnior, polemista, Clodoaldo Freitas procurou, no Piauí, ambiente propício às expansões de seu talento. O meio, porém, não o ajudou e mesmo tentando, em outras plagas, como Belém, Manaus e Rio de Janeiro, alguma oportunidade, inclusive para ali se fixar, a imagem do Piauí, o cenário das disputas políticas o atraiam sempre, tornando-o, portanto, um homem instável em suas pretensões de ordem política e literária.
Clovis Moares
O velho Cisnes
O Operário/1985 O Operário/1985
Clovis Ramos
Estrela Renascidos Vinde ver o menino Rochedo Repartição Poemas numa tarde chuvosa Viagem Vinde ver o menino Poemas numa tarde chuvosa Viagem Vinde ver o menino Grãos de mostarda Fonte de paz Grãos de mostarda Fonte de paz Grãos de mostarda Fonte de paz Grãos de mostarda Fonte de paz Grãos de mostarda Fonte de paz
O Clarim/1947 A Luz/1948 Correio do Nordeste/1963 Correio do Nordeste/1964 Correio do Nordeste/1964 Correio do Nordeste/1964 Correio do Nordeste 1964 Correio do Nordeste/1964 Correio do Nordeste/1964 Correio do Nordeste 1964 Correio do Nordeste/1964 Jornal do Maranhão/1966 Jornal do Maranhão/1966 Jornal do Maranhão/1966 Jornal do Maranhão/1966 Jornal do Maranhão/1966 Jornal do Maranhão/1966 Jornal do Maranhão/1966 Jornal do Maranhão/1966 Jornal do Maranhão/1966 Jornal do Maranhão/1966
Clóvis Ramos, natural de Tabatinga (à época nomeada como “Benjamim Constant”), no Amazonas, era filho de maranhenses. Estabeleceu residência em São Luís ainda na infância, tendo feito o ensino médio em Fortaleza. Casou-se em Parnaíba, Piauí, em 1950, e três anos depois, formou-se na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Retornou ao Maranhão para ser promotor público em São Vicente Ferrer e Vargem Grande. Também foi jornalista, colaborando em diversos jornais brasileiros. Após passagens por Mato Grosso, São Paulo e novamente Maranhão, estabeleceu residência em definitivo em Niterói, Rio de Janeiro. Foi membro da Academia Maranhense de Letras. Bibliografia DACOZ, Maria Elisabeth. Sobre Clóvis Ramos. Disponível em <https://www.facebook.com/pg/clovispramos/about>. Acesso em <6 nov. 2017>.
Clóvis Pereira Ramos – Academia Maranhense de Letras Clóvis Pereira Ramos nasceu em Tabatinga, então município de Benjamim Constant, no Estado do Amazonas, no dia 20 de novembro de 1922. Filho de maranhenses, José da Silva Maya Ramos, sargento do Exército, que servia longe de sua terra natal e de Josephina Pereira Ramos, parteira. Foi o filho mais novo e teve duas irmãs, Jacyra e Carmelita. A família retornou para São Luís, quando Clóvis ainda era criança (tinha cinco anos) e este lá estudou as primeiras letras. Foi aluno do curso secundário no Colégio Militar de Fortaleza, não tendo vocação para a carreira das armas. Em 1945, retornou ao Maranhão, onde concluiu o curso de perito-contador na Academia de Comércio do Maranhão, tendo posteriormente se transferido para o Rio de Janeiro, em busca de mercado de trabalho. Em 1950 casou-se em Parnaíba, Piauí, com Heloísa Meireles Ramos, que lhe daria três filhas, Esmeralda Branca, Clara de Assis e Rita de Cássia, retornando ao Rio com a esposa. Tornou-se Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, em 1953. Uma vez formado, retornou ao Maranhão, tendo servido como Promotor Público em Vargem Grande e em São Vicente de Férrer. Nesse período fundou, com outros “A Luz” e “O Motivo”, jornais de propaganda do Espiritismo. Colaborou em vários jornais de S. Luís, como “Correio da Tarde”, “Jornal do Dia”, “O Imparcial” e “Diário da Manhã”. Voltou ao Rio de Janeiro, onde trabalhou em contabilidade e foi jornalista, colaborando em revistas de orientação religiosa: “Sabedoria”, da editora Sabedoria, de Carlos Pastorino e também na Revista “Boa Vontade”, de Alziro Zarur, da qual, também foi um dos fundadores. Colaborou no “Semanário”, no “O Jornal”, de Assis Chateaubriand, e na revista cultural “O Alvo”, de Paulo Leoni. Ingressando no serviço público federal, foi Inspetor do Trabalho, tendo servido em Mato Grosso, nas cidades de Campo Grande e Três Lagoas, em 1959. Foi transferido para o Estado de
São Paulo, no município de S. Carlos em 1961, depois voltou ao Rio de Janeiro e ainda retornou ao Maranhão, em S. Luís, onde exerceu o cargo de Delegado Regional do Trabalho, de 1965 a 1968. No Maranhão dirigiu a página literária “Cultura”, “do Jornal de Hoje”. Ao deixar o cargo a pedido, retornou ao Rio de Janeiro, com a família, e neste Estado permaneceu, tendo residido na cidade de Niterói, onde trabalhou até sua aposentadoria e onde também veio a falecer, em 06 de outubro de 2003. Seu trabalho literário o acompanha desde os tempos de colégio, quando, por vezes, nas provas escolares, escrevia poemas que lhe livravam de notas ruins em matérias que não dominava, como matemática, “já que poeta não precisa saber matemática”, como declarou, certa vez um velho mestre, e permaneceu como atividade diária e frenética até os últimos dias de sua vida, quando escrevia e trabalhava em pesquisa literária, sempre que as dores lhe permitiam. Clóvis Ramos iniciou sua obra literária como poeta e jornalista, sendo que escreveu poesias, sonetos, trovas e canções, tendo estreado como poeta em 1953, com Evangelho do Poeta. Seus versos e sonetos, inicialmente líricos, foram sendo, posteriormente, cada vez mais imbuídos do espírito evangélico. Realizou também muitos trabalhos que apontam para a orientação moral de cunho espírita, já que adotou esta religião já na infância, por influência dos pais. A obra de Clóvis Ramos amadureceu para o aspecto da pesquisa biobibliográfica de autores diversos e assim, estudou a poesia brasileira, desde os clássicos até os poetas modernistas, tendo feito diversos ensaios sobre as obras de autores diversos, alguns deles esquecidos, analisando aqueles trabalhos do ponto de vista literário e também procurando ver neles o cunho espírita do qual se achava embebido. Buscou também estudar a poesia argentina e espanhola tendo feito incursões sobre autores daquelas nacionalidades. Pesquisou ainda, nas bibliotecas, jornais antigos, ligados ao Estado do Maranhão, onde resgatou informações sobre a história, a política e a formação do pensamento literário, poesia e literatura, teatro e religião, tendo deixado sobre a imprensa no Maranhão, importante trabalho. O trabalho literário dos autores maranhenses mereceu de Clóvis muita atenção e empenho tendo se esmerado em trazer à tona a contribuição de cada um deles para a literatura em prosa e verso, daquele Estado brasileiro. Clóvis Ramos também era médium de psicografia, e assim entre os seus escritos, aparecem diversos, que são atribuídos a autores brasileiros, alguns importantes. Por “captação”, como dizia, também escreveu em espanhol, língua que nunca estudou e não dominava, embora pudesse escrever corretamente poemas e canções naquele idioma. No conjunto de sua obra também se destaca, a intensa e mesmo diária, elaboração de sonetos, que ele atribuía ao Espírito que se intitulou “Ibis”, devido a uma encarnação remota desta no Egito, e que com ele se correspondeu no período de 1960 a 1999, tendo deixado cerca de 7.000 belos sonetos, todos de uma grande sensibilidade maternal e de cunho evangélico e muitos deles com orientações pessoais e premonitórias para o poeta, sua família e amigos, que já sabedores desse dom, lhe pediam orientação sobre como deveriam agir nesta ou naquela situação. Foi membro da Academia Maranhense de Letras e agraciado com as medalhas Graça Aranha e Gonçalves Dias, e com medalha do Mérito Timbira, do governo do Maranhão. Pertenceu ainda a várias instituições culturais como o Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, como membro efetivo; à Academia de Letras e Artes de Brasília, que representa como correspondente na Federação das Academias de Letras do Brasil, ao Instituto de Cultura Espírita do Brasil, à Academia Brasileira de Trova e à Associação de Jornalistas e Escritores Espíritas do Brasil, (atual Associação Brasileira de Divulgadores do Espiritismo). No governo de Luiz Rocha, foi Assessor de Comunicação da Secretaria de Cultura do Maranhão e Cidadão de S. Luís, por decreto. Clóvis Ramos tem poesias suas incluídas em antologias, destacando-se “Seleta literária do Amazonas”, do Prof. José dos Santos Lins, a “Antologia da Cultura Amazônica” de Carlos Roque e a “1ª Antologia Poética dos Advogados do Estado do Rio de Janeiro”. Edição da OAB-RJ. Tem vasta bibliografia levado a público e muito ainda tinha a publicar, mostrando-se incansável no trabalho de pesquisa, sempre pleno de projetos e pensamentos idealistas, que tinham sempre por objetivo o belo e o sentimento de verdadeira fraternidade.
Cocha porca Coelho Costa Coelho Neto
Chromo Rio Branco Laus veneris Saudades Ser mãe Ser mãe Sermões Ser mãe As treis irmães
A Luta/1891 A Noticia/1928 O Zephyro/1901 O Combate/1916 O Litoral/1917-18 O Ateniense/1918 O Coroatá/1919 Tribuna do Povo/1958 O Martelo/1914
Henrique Maximiano Coelho Netto (Caxias, 20 de fevereiro de 1864[1] — Rio de Janeiro, 28 de novembro de 1934) foi um escritor (cronista, contista, folclorista, romancista, crítico e teatrólogo), político e professor brasileiro, membro da Academia Brasileira de Letras onde foi o fundador da Cadeira número 2.[2] Foi considerado o "Príncipe dos Prosadores Brasileiros", numa votação realizada em 1928 pela revista O Malho.[2] Apesar disto, foi consideravelmente combatido pelos modernistas, sendo pouco lido desde então, em verdadeiro ostracismo intelectual e literário.[3] Coió Comissão Julgadora
Vergastadas Premio de poesia - regulamento
A Crise/1901 O Pioneiro/1981
Conceição de Maria Gomes de Oliveira
Meu poema de Natal Quando o boêmio morreu Nupcias na selva
Correio do Nordeste/1962 Correio do Nordeste/1963 Correio do Nordeste/1963
Academia Maranhense de Trovas lança 2ª edição do livro de Carlos Cunha sobre a trova no Maranhão | Diego Emir A segunda edição do livro traz trovas de fundadores da AMT junto com Carlos Cunha, como Lourenço Porciúncula de Moraes, Virgílio Domingues Filho, Nicanor Azevedo, Sá Vale, Antônio Alves Monteiro, Vicente Maya, Conceição de Maria Gomes de Oliveira, além de outros trovadores da época como Emílio Azevedo, Florise Pérola, Paulo Moraes e Fernando Viana que também são citados no livro. Conde de Monzaras Poema em cinco cantos A Lanterna/1913 Poema em cinco cantos A Lanterna/1913 Poema em cinco cantos A Lanterna/1913 Poema em cinco cantos A Lanterna/1913 Poema em cinco cantos A Lanterna/1913 Poema em cinco cantos A Lanterna/1913 Poema em cinco cantos A Lanterna/1914
Conde de Monsaraz é um título nobiliárquico criado por D. Carlos I de Portugal, por Decreto de 3 de Janeiro de 1890, em favor de António de Macedo Papança, antes 1.° Visconde de Monsaraz.[1] Titulares António de Macedo Papança, 1.° Visconde e 1.° Conde de Monsaraz. Após a Implantação da República Portuguesa, e com o fim do sistema nobiliárquico, usaram o título: Alberto de Monsaraz, 2.° Conde de Monsaraz;
António Duarte Nuno de Azevedo de Monsaraz, 3.º Conde de Monsaraz; Maria Flávia de Monsaraz, 4.ª Condessa de Monsaraz.[2] António de Macedo Papança (Reguengos de Monsaraz, 18 de julho de 1852 — Lisboa, 17 de julho de 1913), 1.º visconde e depois 1.º conde de Monsaraz, foi um advogado, político e poeta português. Exerceu as funções de deputado (1886) e de par do Reino (1898) nas Cortes da Monarquia Constitucional e foi sócio da Sociedade de Geografia de Lisboa e do Instituto de Coimbra e sócio correspondente da Academia Real das Ciências de Lisboa e da Academia Brasileira de Letras. Como escritor produziu uma obra de pendor naturalista, eivada de nacionalismo. Como poeta foi prolífico, alinhando pela estética parnasiana, com grande preocupação formal, por vezes um tanto retórica.[1] Biografia Nasceu em Reguengos de Monsaraz, filho de Joaquim Romão Mendes Papança, um abastado proprietário rural alentejano, o maior do respectivo concelho,[2] e de sua esposa Maria Gregória de Évora Macedo. A família estava ligada à política local, detendo grande influência no concelho, onde o seu tio Manuel Augusto Mendes Papança (1818-1886) foi presidente de câmara e grande benemérito.[3][4] Depois de uma infância na Quinta das Vidigueiras, em Reguengos de Monsaraz, frequentou o ensino secundário na Escola Académica de Lisboa e matriculou-se em 1869, com apenas 17 anos de idade, no curso de Direito da Universidade de Coimbra. Formou-se bacharel no ano de 1874, aos 22 anos de idade.[5] Ainda estudante revelou-se como poeta, publicando o poema Avante, obra de forte pendor liberal e patriótico, correspondendo a uma fase romântica da sua inspiração. Influenciado pela poesia de João Penha e de Cesário Verde, com quem privou, a sua poesia evoluiu para a estética parnasiana, mostrando uma crescente preocupação formal, marcada por uma eloquência um tanto retórica, atingindo momentos de marcado dramatismo. A sua poesia foi progressivamente derivando para um exacerbado nacionalismo, aproximando-se nesta vertente à obra de António Sardinha, ilustrando a transição da estética parnasiana para as correntes neo-românticas e ruralistas dos finais do século XIX e das décadas iniciais do século XX. Na prosa, colaborou regularmente em diversos jornais e revistas, nomeadamente A Folha, A Evolução, Renascença[6] (18781879?), Ilustração Portuguesa,[7] Ribaltas e Gambiarras[8] (1881) Brasil-Portugal[9] (1899-1914) e, a título póstumo, na revista Contemporânea[10] (1915-1926). Traduziu diversas obras para o teatro, ao mesmo tempo que escrevia obras de carácter historiográfico, num estilo que alia traços de naturalismo com os cânones da corrente nacionalista que no primeiro quartel do século XX procurou reviver aquilo que os seus cultores, quase todos ligados à vertente monárquica mais conservadora da política da época, consideravam como os verdadeiros valores da cultura lusa. Aderiu ao Partido Progressista, ao tempo liderado por Anselmo José Braamcamp, sendo eleito deputado pela primeira vez em 1886, representando o círculo eleitoral de Évora. A 17 de Março de 1898 tomou assento na Câmara dos Pares. Em 1900 foi embaixador-delegado português ao Congresso da Paz. A 8 de Abril de 1886 foi eleito sócio correspondente da Academia Real das Ciências de Lisboa por proposta de Raimundo António de Bulhão Pato, Pinheiro Chagas, Visconde de Benalcanfor e Inácio de Vilhena Barbosa. Em 7 de Outubro de 1910 foi também eleito sócio correspondente da Academia Brasileira de Letras, por proposta de Alcindo Guanabara, José Júlio da Silva Ramos, Valentim Magalhães, José do Patrocínio e Filinto de Almeida, tendo sucedido ao dramaturgo norueguês Henrik Ibsen na Cadeira 13 daquela academia, cadeira que tem como patrono o brasileiro Domingos Borges de Barros.[5] Era considerado pelos seus contemporâneos um "homem encantador", gozando de "largo e aristocrático prestígio no meio mundano e político", que mantinha em Lisboa a sua "corte alentejana de artistas, um salão literário, uma vida larga, uma linda cabeça de aedo", levando uma vida simultaneamente de "palaciano e lavrador".[11] Ao contrário da tradição poética nacional, "foi precisamente quando instalado num título e numa alta situação social que melhor revelou a emoção duma ardente vida interior. Macedo Papança, ao chegar a Lisboa, vindo de Reguengos, era um vate sorridente e aristocrático. Foi o Conde de Monsaraz que regressou ao drama da terra, à écloga da sua província, à alma das charnecas e dos montados, à viola do velho Brás e à graça matinal das azinhagas em flor. Foi na época dourada da sua existência que ele sentiu melhor a humilde gestação do povo, o divino crepúsculo dos horizontes de sobreiros e de giestas em que nascera. Foi então que nele surgiu o admirável poeta regional que ia criar o lirismo alentejano e lhe ia dar o lugar que lhe compete, de um dos clássicos da nossa poesia moderna, ao lado de Cesário Verde e de Gonçalves Crespo".[11] De entre as várias obras poéticas, destacam-se Crepusculares (Coimbra, 1876); Catharina de Athayde (1880); e Telas históricas (1882).[12] Monárquico convicto, com a implantação da República Portuguesa optou pelo exílio, partindo voluntariamente para Suíça e daí para a França,fixando-se em Paris. Doente, regressou a Lisboa no início de 1913, falecendo a 17 de Julho daquele ano, na véspera do seu 61.º aniversário. Foi sepultado na Figueira da Foz, terra natal da esposa. Foi elevado a 1.º visconde de Monsaraz, por decreto de 17 de Janeiro de 1884, do rei D. Luís I, e depois a 1.º conde de Monsaraz, título criado a seu favor pelo rei D. Carlos I, por decreto de 3 de Maio de 1890. Em 1906 foi feito comendador da Ordem de Santiago da Espada e em 1907 recebeu a grã-cruz da Ordem de Afonso XII de Espanha (Orden Civil de Alfonso XII). A escola secundária de Reguengos de Monsaraz tem o seu nome, Escola Secundária Conde de Monsaraz. Casou em 1888 com Amélia Augusta Fernandes Coelho Simões, filha de Joaquim António Simões, grande proprietário e negociante da Figueira da Foz e membro do Partido Progressista. Deste casamento nasceu, em 28 de Fevereiro de 1889, um único filho, o jornalista e político Alberto de Monsaraz, 2.º conde de Monsaraz. Principais obras publicadas Crepusculares, 1876; Catarina de Ataíde, 1880; Telas Históricas: I - O Grande Marquês; Telas Históricas: II - A Lenda do Jesuitismo, 1882; Obras de Macedo Papança, Conde de Monsaraz; Poesias, 1882-1891; Do último Romântico, Páginas Soltas, 1892;
Benvinda (poema dramático em 5 actos), 1903; Musa Alentejana, l908; Lira de Outono (colectânea póstuma), 1952; Obras (3 vols.), 1957-1958. Condwort Conrado Ferreira de Jesus Jacarandá Conrado Jacaranda
Conrado JacLivre-nos Deosarandá Constantino de Carvalho CasteloBranco Constantino Nery Camelo
Viver, sofrer. morrer O Sete de Setembro O ex-eleitor Exlevos No baile De manhã Suplica Recitativo Pranto e riso! Indecisa Desalento Juramento A morte do crucificado Também ella Minha terra Suspiro dálma Como és bella A saudade de minha mãe
A Mocidade/1876 O Apreciável/1867 O Apreciável/1867 O Apreciável/1867 O Apreciável/1867 O Apreciável/1867 O Apreciável/1867 O Apreciável/1867 O Apreciável/1867 O Apreciável/1867 O Apreciável/1867 O Apreciável/1867 O Apreciável/1867 O Apreciável/1867 O Apreciável/1867 O Apreciável/1867 O Apreciável/1867 O Apreciável/1867
A Pedido
O Farol/1854
O saber
A Escola/1918
"A Escola": Memórias de um Jornal Codoense (1916-1920) Por Maria Alda Pinto Soares
Contador Cordelia Silva Coroba
Léria Hymno brasileiro Descrição carluizvalhatica
O Corsário/1907 Gazeta de Picos/1910 A Crise/1901
Correa da Silva Corrêa da Silva
Legenda Barquinho de papel
Malazarte/1948 Voz do Liceista/1936
CORRÊA DA SILVA (1917-1951) - Raimundo Feliciano Corrêa da Silva, nasceu em Miritiba (Humbert de Campos) no dia 20 de maio de 1917. Poeta modernista maranhense. Sua obra poética foi publicada depois da morte do autor: Minha Cidade de Mirantes e Azulejos e Gotas e Sangue e Suor, e Poemas Esquecidos saíram em 1970 por iniciativa de Domingos Vieira Filho.
Saudade De xale posto nos ombros, toda vestida de preto, acurvada, de cabelos de neve e de rosto enrugado, Dona Maria Teresa Moniz e Vasconcelos volta de assistir à sua missa de todo santo dia... E miudinha, ligeira, qual uma cigarra, parece, até que está correndo... Fugindo... Com medo do sol, que enche a cidade inteira, - casas e ruas, ruas e casas - nesta manhã dominical, com a sua luz gloriosa, fascinante e entontecedora... Dona Maria Teresa Moniz e Vasconcelos chega à porta do seu imponente sobradão colonial... Entra. Sobe os dois lances da comprida escada e rapidamente atravessa a varanda senhorial... Agora está trancada, sozinha no seu quarto, o aposento mais querido, dentre todos, cheirando muito a velhice e a mistério, cheio de imagens de santos e de móveis antigos... (Aposento que vive sempre fechado p'ra toda gente...) Dona Maria Teresa Moniz e Vasconcelos abre, bem devagarinho, bem devagarinho, a sua bolsa,.. Tira de dentro uma pequenina chave de prata... Depois, silenciosa, chega p'ra perto da cômoda de jacarandá e, curvada, quase de joelhos, puxa o último gavetão... A suas mãos fidalgas, tão brancas e tão magras, mãos leves e lindas, mãos longas e frias, estão tremendo... Tremendo... Tremendo de emoção... Ela guarda, já nem sabe há quanto tempo, naquele pesado gavetão da cômoda de jacarandá, as doces e puras e simples lembranças de seu longínquo e inesquecível romance da mocidade... Uma flor... Uma carta... Um retrato... (In Rev. da Academia Maranhense de Letras, vol. V, 1948)
Poema do garoto anônimo Eu quero fazer o elogio do garoto anônimo das ruas da Cidade de São Luís do Maranhão... Garoto que nasce nos quartos miseráveis dos cortiços e que fica analfabeto, por não ter um livro para estudar... Garoto que não conhece o pai; não sabe o seu nome e que é filho de uma dessa mulheres pálidas e triste ; mulheres magras e maltrapilhas; mulheres que tossem muito
e que têm as mãos calejadas de tanto trabalhar... Garoto de "cabelo de espeta-goiaba", camisa de meia listrada e calça de riscado bem grosso... Garoto que não tem nem cubos e nem patins nem bicicletas e nem trens de ferro para brincar... E que esquecido do resto do mundo, fica, horas inteiras, sentado nas calçadas, "pixando" castanhas para as "barrocas"; jogando "marta" para dar bolos... Eu quero fazer o elogio do garoto anônimo das ruas da Cidade de São Luís do Maranhão... Garoto que brinca nas velhas praças, sob a luz tranqüila das estrelas, o "Ganzola", o "Leitão queimado" e o "Boca de forno ... Garoto que com os seus "alçapões" e as suas "baladeiras” é o terror da passarada do Apicum e da Quinta do Barão... Garoto que às vezes vira pintor e doido de alegria, longamente, arbitrariamente, desenha com carvão calungas gozadíssimos nos muros caiados de novo ou então risca de giz os lindos azulejos dos sobradões coloniais... Eu quero fazer o elogio do garoto anônimo das ruas da Cidade de São Luís do Maranhão. . . Garoto que rouba frutas dos quintais dos vizinhos e dos tabuleiros dos vendedores, para matar a fome que o atormenta... Garoto que, "sem querer", quebra com uma pedrada a vidraça do bangalô do dr. Fulano de Tal e depois, guinchando assobiando vaiando, corre, foge, desaparece, mal surge à esquina o primeiro guarda... Garoto que, nos estribos de todos os bondes, trepa e salta, até um dia - coitado! - perder as pernas... Garoto que não tem medo da lama e descalço, molhado, tremendo de frio, tira caranguejo na Camboa do Mato e na Fonte do Bispo... Eu quero fazer o elogio do garoto anônimo
das ruas da Cidade de São Luís do Maranhão... (Poemas Esquecidos, 1970)
Página preparada por Zenilton de Jesua Gayoso Miranda e publicada em setembro de 2008 Correa de Araujo
Correa de Azevedo Correa Leite
Musica dos mortos Minha vingança Faace a face Polo do norte Caminho do cemiterio Do cimo de uma montanha Argias Soneto Fogo e gelo Ode a Portugal Temor Soneto Hino do Doré Clube Do poemeta Pedreiras Anos depois Hino de Pedreirense Sport Club A procissão Hino de Pedreirense Sport Club Epistola a Maria A ocupação de minha saudade Superviolino O Diamante O Diamante Ao luar A minha mãe Visão perene A uns olhos A Zezé Na arena Perigo Dentro do abysmo Dentro do seculo Impenitente Stelario Ode a Gonçalves Dias Ode a Gonçalves Dias A esmola Santa
O Porvir/1902 O Porvir/1902 O Porvir/1902 Revista do Norte/1903 O Rosariense/1903/04 Revista do Norte/1904 O Paiz/1904 O Paiz/1904 O Paiz/1905 Revista do Norte 1906 O Ateniense/1915 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1920 A Fita/1921 A Fita/1921 A Fita/1921 A Fita/1921 A Fita/1921 A Fita/1921 Athenas/1942 Correio do Nordeste/1963 Correio do Nordeste 1964 Correio do Nordeste 1964 Pacotilha/1904 Pacotilha/1904 Pacotilha/1904 Pacotilha/1904 O Paiz/1904 O Paiz/1904 O Paiz/1904 Avante/1906 Avante/1906 Avante/1906 Gazeta de Picos/1909 Correio do Nordeste/1964 Correio do Nordeste/1964 Cidade de Pinheiro/1923 Cidade de Pinheiro/1923
Correia de Almeida, Padre
As pombas
O Martelo/1914
Pe. José Joaquim Correia de Almeida (✰ Barbacena, 4/9/1820 ✞ Barbacena, 6/4/1905)
Blog de SÃO JOÃO DEL-REI: Turismo, Cultura, História, Tradição e muito mais: UM SACERDOTE POETA SATÍRICO - O PADRE CORRÊA DE ALMEIDA (saojoaodel-rei.blogspot.com) UM SACERDOTE POETA SATÍRICO - O PADRE CORRÊA DE ALMEIDA - Por Helio Vianna Entre os poetas satíricos brasileiros do século passado, constitue cincunstância digna de atenção a condição sacerdotal de muitos dêles. Sòmente em Minas Gerais, cinco padres que cultivaram esse gênero poético podem ser assinalados naquela época: Domingos Simões da Cunha, de Paracatú, autor, entre outras, de uma sátira intitulada “Ao abuso que se faz do chapéu de sol”; o célebre Padre Silvério do Paraopeba, aliás Padre Silvério Ribeiro de Carvalho, autor de engraçadas “Trovas Mineiras”; Manuel Xavier, da vila do Tamanduá, hoje Itapecerica; Manuel Joaquim de Castro Vianna, de São João d’El-Rei e, finalmente, o mais notável de todos, Padre José Joaquim Corrêa de Almeida, de Barbacena, do qual nos ocupamos. Compreende-se, perfeitamente, a preferência dos sacerdotes pela poesia satírica. Observadores dos costumes vigentes em seu tempo, naturais corretores dos excessos então registrados, não poderiam desdenhar o recurso aos versos críticos na campanha pelas reformas que se faziam necessárias. E, quando um companheiro de batina, menos informado a respeito, declarava — Às musas sou hostil, por femininas; não quadram poesia e breviário — podia responder, com vantágem, o referido vate barbacenense: Quem ler o — Stabat mater dolorosa, verá que a poesia, além da prosa, no ripanço e missal tem cabimento — acrescentando, noutro soneto, dirigido ao mesmo opositor — Não é o verso pecado que se tema quando não fôr o avêsso do poema que hoje escreve o infalível Leão Treze. No caso, porém, do Padre Corrêa de Almeida, a função da sátira poética foi perfeitamente compreendida. No dizer de seu parente e amigo Aureliano Pimentel, “por alvo de suas invectivas tomou êle os vícios e bobagens do viver comum, que escapam à punição legal. Mostra indignação contra o que se afasta da retidão de que êle tem cabal conceito como sacerdote católico, respeitável pela sua pureza de costumes. E, emfim nunca fere pessoa em particular, nem ofende o pudor e a boa educação. Em última análise, a sátira do ilustre escritor tem por fundamento o amor do bem, que o impele a ministrar um remédio amargo e desagradável, mas oportuno e salutífero. Quando ridiculariza as fatuidades, é êmulo de Horácio, abstendo-se de expôr à irrisão o que é digno de todo respeito. Quando, como Juvenal, se mostra cheio de indignação contra o mal triunfante, como, por exemplo, contra a escola realista, ou, por melhor dizer, corruptora, nenhum cristão deixará de aplaudí-lo”. ¹ Nascido na então vila de Barbacena, a 4 de setembro de 1820, filho do advogado Fernando José de Almeida e de D. Barbara Marciana de Paula, foi o Padre José Joaquim Corrêa de Almeida ordenado presbítero secular no Rio de Janeiro, tendo exercido, durante trinta anos, em sua “muito nobre e leal cidade”, o cargo de professor de latim, no qual foi aposentado. Sua primeira produção poética, segundo consta, foi um “Hymno à Maioridade de Sua Magestade o Senhor D. Pedro II”, o qual foi musicado, não se sabendo, entretanto, quando e onde foi impresso e publicado. “Envolveu-se, em sua terra natal, em algumas questões políticas, o que lhe trouxe dissabores e até um processo e a condenação a quatro meses de prisão, da qual o livrou o Imperador D. Pedro II. Chamava-se Faria o juiz que o processou, e Malheiro o advogado partidário que promoveu a ação”. A propósito, publicou o Padre Corrêa a seguinte poesia, intitulada “Ad perpetuam rei memoriam”, amplamente reproduzida na imprensa da época: Deixando a lei no tinteiro todo o direito transtorna
o juiz quando é bigorna sob a pressão do malheiro. Se escolher sentidos latos contra o réu se não consente pra condenar o inocente só o faria Pilatos. ² Em 1854 começou o Padre Corrêa a publicar as suas coletâneas de “Satyras, Epigrammas e outras poesias”, de que lançaria sete volumes, até 1879. Entre as “outras poesias”, citadas no título, incluiam-se, ao gosto da época, parábolas, apólogos, diálogos, máximas e pensamentos rimados até mesmo simples trocadilhos em verso. Caracterizavam-nas uma graça inegável, certa ingenuidade de formas, que constituiam verdadeiro encanto, servindo para adoçar o gênero satírico, tantas vezes grosseiro ou violento. Não eram raras, entre os epigramas dessa primeira fase da obra do Padre Corrêa, as simples quadrinhas assim: Um galeno foi à caça e avistou um passarinho: — Espera lá que eu te curo! ... E matou o pobrezinho. O primeiro tomo das “Satyras, Epigrammas e outras poesias”, impresso na “Empreza Typographica Dous de Dezembro”, de Paula Brito, o amigo e protetor de Machado de Assis, foi oferecido a Honório Augusto José Ferreira Armond, que seria, em 1861, segundo Barão de Pitanguí. A um parente deste, o ilustrado Barão, Visconde e Conde Prados, foi dedicado o quarto volume da série, aparecido em 1868. O segundo tomo das “Satyras”, de 1858, dedicou-o o Padre Corrêa a seu irmão Mariano Carlos de Sousa Corrêa, alto funcionário da Secretaria da Guerra. O terceiro, de 1863, foi oferecido a seu amigo Desembargador Pedro de Alcantara Cerqueira Leite, depois Barão de São João Nepomuceno. O quinto, de 1868, “ao advogado” José Cesário de Faria Alvim. O sexto, de 1876, ao “parente e amigo” Antônio José Gomes Brandão, editor do sétimo e último volume daquele título, contra o qual, aliás, mais tarde, o próprio poeta se rebelaria: Nos meus primeiros folhetos, de tão mal urdidas tramas, aos mais rudes poemetos dei o nome de epigramas! Depois de velho reflito que de modestia houve falta, e, emfim, pecador contrito, confissão faço em voz alta. Seja epigrama ou não seja o que algum versista escreve, se êle o diz, quando verseja, é tolo e a muito se atreve. Possuidor de sólida cultura clássica, Padre-Mestre ³ que longamente fôra, de latim, sabendo corrigir-se a tempo, como se vê, também não perdia ocasião de corrigir aos demais, como poeta satírico, em grandes e pequenos delitos, inclusive os que dizem respeito à linguagem usual, falada ou escrita. São mesmo numerosos os exemplos que a respeito podem ser colhidos em sua vintena de livros e folhetos de poesia, não havendo, ainda hoje, nenhum desproveito, na citação de alguns exemplos dessa polícia gramatical tão pitorescamente exercida pelo Padre Corrêa. Limitando-nos a uma colheita apenas em tres de seus últimos volumes — “Semsaborias Metricas”, segundo tomo, de 1892, “Producções da Caducidade”, de 1896, e “Puerilidades de um Macróbio”, de 1898, conseguimos anotar as seguintes correções: “explendido” — que significa, rigorosamente, claridadade, brilho, só devia ser empregado para cristais e talheres, não para todo um banquete; entre as tolices da conversação comum, uma, que aliás já passou para a escrita, a expressão “tão somente”, não será das menores; “eterna gratidão” não lhe fica atraz em sandice, pois, além da morte, ninguem pode ser grato; um achado, digno de alegre comentário, isto é, uma “pérola”, como diríamos hoje, forneceu-lhe um compêndio que dava “coisíssima” como “substantivo superlativo”; asneiras parlamentares eram, para êle, os “apoiados gerais” e os “apoiadíssimos”, sempre tão repetidos; também, para o rigoroso censor, “direção” não pode ser sinônimo de “orientação”, avôs — e não avós — é o exáto plural de avô, lábio e lágrima não devem ser empregados no singular, etc. Parecerão pirronices muitas dessas reprimendas do poeta de Barbacena. Entretanto, como êle as faz com permanente graça, serão fàcilmente perdoadas, se não serviram para que outros as evitassem daí (ou daquí?) por diante. Assim, por exemplo, êsse “Aborto gramatical”, ainda hoje de tão largo consumo: Adversário o mais acérrimo certo escritor se declara, e, ouvindo asneira tão clara, eu quero dar-lhe razão. É um superlativíssimo aquela estranha dição. Aliás, sobre o perigo das correções exageradas, é o próprio poeta que oferece elementos, e êste, exceto o trocadilho, será realmente oportuno:
“Correção incorreta” Há palavrinha da moda, ou no escrito ou no discurso, e algumas requerem poda, e que lhes cortem o curso. Se um magistrado perfeito em tudo e sempre foi reto, atribuem-lhe sem geito procedimento correto! Se análise aquí não mente, de rigor concluir-se que êle errára anteriormente e teve de corrigir-se. Só assim, por conseguinte, seria mui bem achado acharem-lhe, sem acinte, procedimento emendado. Por tudo isso, que fere os ouvidos do poeta, provocando a sua veia satírica, é que êle não deixou de elogiar a iniciativa do ator português Furtado Coelho, abrindo, no Rio, um curso de prosódia. Não o fez, porém, sem dizer que: ... cousa melhor eu simplesmente aponto, sem tola pretenção de tolo nativismo. O legítimo som acidental se faça, e, se nêste país não há rima de — mãe, aumente o professor linguagem tão escassa, e teremos aquí o que inda não se tãe. Não se pense, com isso, que o padre-poeta tenha sido precursor da chamada “lingua brasileira”. Embora nunca se descuidasse de anotar omissões de brasileirismos em dicionários portugueses (“bilontra”, “sinhá” e “xará” — êste aliás um termo tupí, por exemplo, e “carrapicho”, que em Portugal é “namorado”...), não se mostrando infenso aos galicismos como “instalar” e outros, — convém notar que também se penitenciou dos pronomes brasileiramente mal colocados em seus primeiros quatro livros, decisivamente declarando: A má colocação dos pessoais pronomes não haja a presunção de ser brasileirismo; se me vens consultar, dir-te-ei que sempre a tomes por torto e tosco e máu e feio barbarismo. Espalhando, assim, durante anos seguidos, em jornais, revistas, almanaques e albuns, de todo o Império as suas “Satyras e Epigrammas”, como depois os seus “Sonetos e Sonetinhos”, publicados em 1884 e 1887, era natural que ao Padre Corrêa ocorresse a idéia de coordenar em um só poema os muitos motivos de censura que habitualmente lhe serviam de tema às jocosas recriminações. Nasceu daí “A Republica dos Tolos”, “poema herói-cômico-satírico”, publicado em 1881, no qual, “em dez cantos, ocupa-se de todos os tipos da estultícia, que classifica em fumadores, usurários, papelões, especuladores de casamentos, caçadores fanfarrões, cônegos honorários, livre-pensadores e carólas; dos costumes merecedores de censura, dos materialistas, dos especuladores e darwinistas, do espiritísmo, da ociosidade da rua do Ouvidor e, por último, dos católicos a ouvirem missa do sétimo-dia e dos sectários das sociedades político-secretas”. ⁴ Exibido tão amplo quadro, assim o termina o Padre-Mestre: Da infinita República dos tolos eu mencionei aquí alguns assinalados, e, para bem visivelmente expô-los ou de frente ou de costas ou dos lados, cantarolei ao som de vil bandurra, no intúito só de honrar muito caturra. Recitando essas chochas frases juntas na escala de sonóra melopéia, parece-me, leitor, que me perguntas qual é o figurão desta epopéia! Se queres um herói bem estreiado, aquí o tens; é este teu creado. Não fiques tolamente estupefato,
ao ouvir tão estranha novidade; sem base no direito nem no fato, um herói que não fez heroicidade é tal qual, ou muito pouco espaço dista de algum nosso mais célebre estadista. Se entre nós hoje é tudo permitido, e o defeito como ídolo se incensa, poema sem ação seja mantido, que a novíssima escola dá licença, e voga no paiz literatura que os clássicos rigores não atura. Fechando assim o pitoresco e impressionante quadro que longamente traçou, fiel à epígrafe “stultorum infinitus est numerus”, continuou o Padre Corrêa a zurzir também isoladamente quantos ridículos lhe passassem ao alcance, para tanto se servindo, amplamente, dos próprios acontecimentos de sua época, internacionais ou nacionais, longínquos ou próximos, políticos ou pessoais. Assim, se no 6º volume das “Satyras”, publicado em 1876, encontram-se reflexos da questão romana, em que se vê — ... o Pontífice fiel perseguido com a igreja por Vitor Emanuel — no mesmo tomo não é de se estranhar que apareça uma violenta e excepcional apóstrofe “À Municipalidade do Tejuco”, a propósito da questão dos bispos: ... vós, tristes quadrúpedes, orelhudos que zurrais, já vedes caida a vítima e ainda coices lhe dais! Fornecestes norma à Câmara que oficiosa insultou a dois Bispos que a tirânica impiedade encarcerou. Compreende-se, também que às questões políticas, tão discutidas em seu tempo, dirigisse o poeta satírico muitas de suas farpas. O sistema eleitoral vigente, o revesamento dos partidos no poder, mereceram-lhe, em verso, as acusações que o nosso oposicionismo fácil nunca economizou: Os dois estragadíssimos partidos ocupam a seu turno a governança, e nós imos vivendo da esperança de ver os nossos males combatidos. Os quinhões são de novo repartidos, toda a vez que se dá qualquer mudança; se aquele outróra encheu, este enche a pança e os clamores do povo são latidos. Nessa crítica, um lugar de destaque é, naturalmente, reservado ao preguiçoso poder legislativo, geral e provincial, no Império, como depois federal e estadual, na República, pois ... que o nosso parlamento é dos filhotes e os nossos estadistas têm os seus. Dizendo, assim, duras verdades, seriam inevitáveis as polêmicas, em que gostosamente se envolveu o Padre Corrêa, várias vezes. Talvez tenha sido das primeiras a provocada pela poesia “As Baldas”, elegantemente refutada por um Fidelis, de Paraibuna, em 1858. Mais violenta teria sido, no ano seguinte, a crítica publicada no jornal carioca “Actualidade”, onde alguem rudemente o atacou, recebendo resposta pelo “Correio Mercantil”, havendo réplica e tréplica, à moda do tempo. Alguns anos depois, seria o joven estudante gaucho Gaspar da Silveira Martins, que das colunas do “Ensaio Philosophico Paulistano” arrojadamente afirmaria — “frade nunca fez bom verso”; quarenta anos mais tarde, ainda se recordaria disso o padrepoeta, piedosamente não citando mais o autor da tolice, falecido após uma das mais agitadas carreiras políticas do Império e do início da República. Latinista que era, o pronome relativo latino qui foi motivo de discussão rimada com um Erasmo, de Mar de Espanha, o qual, tendo imprudentemente invocado a questão da evolução da gramática, foi logo advertido pelo Padre de que — Outróra se chamava estrebaria o que para os modernos é cocheira. Com um tal Sin-di-k, andou igualmente forte a liça a propósito da mudança da capital de Minas para Belo Horizonte, iniciativa tenazmente combatida pelo poeta, defensor da escolha de Barbacena, ou mesmo da Várzea do Marçal, em vez do Curral d’El-Rei, para localização da nova metrópolemontanhesa: Os queijos e os toucinhos estarão salvos
se espertos impingirem a papalvos por fecunda campina um bamburral. E a empreitada seria de bom lucro, se o congresso mineiro, com ser chucro, se deixasse levar para o curral. Respondeu-lhe, violento, Sin-di-k, aludindo às antigas quadrilhas de salteadores que infestaram, em certo tempo, a região da serra da Mantiqueira. Replicou o Padre Corrêa, chamando ao adversário “poeta de engenho... ou de engenhóca”, para ser classificado, por sua vez, ... graças aos teus bolos, poeta da República dos tolos e seu primeiro presidente eleito. Não se deu, porém, por achado, o poeta de Barbacena, que treplicou, com feroz alusão política: Se afirma (óh que importante descoberta!) que presido à República dos tolos, o mínimo não dou dos meus cavacos. Presidência melhor tem feira aberta, e, porque distribúe bólos e bolos, de certo não é minha, é dos velhacos. Quem assim discutia, por assuntos tirados aos acontecimentos da época, não deixaria, forçosamente, de brigar, tambem, por motivos literários. E o Padre Corrêa não fugiu à regra: poeta satírico, possuidor de sólidos estudos humanísticos, à maneira de seu tempo e de sua província, não acederia, com facilidade, a quaisquer inovações que surgissem, visando modificar os padrões que reputava certos. Contra os prosadores realistas e os poetas parnasianos que de algum modo quizessem infringir as leis da poética estabelecida, êle lançaria os dardos de sua “verve” rimada, em ataques e corrigendas que atingiram, muitas vezes, os limites do sarcasmo e da intolerância, mas que sempre se revestiram do sadio bom-humor que vale por uma crônica pitoresca do Brasil de 1854 a 1904. Quanto ao realismo, por exemplo, além de indignadas alusões a Zola e seus discípulos nacionais, basta citar este enérgico fecho de soneto: Está na berra a pútrida, escorbútica, realista lição, que, além de erótica, é torpe, afrodisíaca e sifilítica. Em matéria poética, naturalmente, não seriam menores as suas exigências. Respeitador, embora, das regras firmadas por Castilho, e entusiásta dos sonetos que a tudo se prestam, isto não o impedia, entretanto, de, por brincadeira, oferecer aos modernistas de então, um em que os tercetos antecediam aos quartetos, ... bem convencido de, em todo e qualquer tempo, só ter sido persistente a excelência do soneto. Mas, como de êrros alheios muito se alimentava a sua sátira, não podia perdoar que num soneto de Luís Delfino se encontrasse em peito mulheril auréola de cabelos! Aos nefelibátas, que em fins do século passado constituiam legião, não deixou, tambem, de combater devidamente, ponderandolhes que No enfiar a poética missanga a origem das palavras não é canga na cerviz de um pimpão nefelibáta. E, apesar de já aludir, a propósito dos dois Alvarengas do século XVIII, às “desfrutáveis parnasianas arengas”, não deixou de lembrar, aos seus sucessores de cem anos depois, o que mais tarde tambem teria cabimento quanto aos mais estremados futuristas da última revolução literária: Dizem as várias épocas e povos que os vates não são sempre originais mas hoje a fresca récova dos novos, dos antigos não quer trazer sinais. Confiados em si, faltos de escola, e sem ter de arte a mínima noção, construtores de má carangueijola, supõem êles que são o que não são. Levava, porém, o Padre Corrêa a sua intransigência a ponto de não considerar poeta o autor de simples versos brancos, comentando: Pretende ser poeta um que só mede êsse chamado verso branco ou solto e, como tudo é várgem, desenvolto vai trotando e o trotar se lhe releva.
Pode vencer de metros muita grosa, mas isso não é verso nem é prosa. Além de literato que muito se prezava de sê-lo, não deixava o sacerdote barbacenense de ser, tambem, homem de seu tempo, preocupado com todos os acontecimentos dos últimos decênios do século XIX. A Abolição, por exemplo, não lhe foi estranha, nem o encontrou sem títulos à inclusão entre os seus precursores. Já no 6º volume das “Satyras e Epigrammas”, publicado em 1876, aparecem condenações aos máus tratos às vezes dispensados aos escravos. E em 1887, no segundo tomo de seus “Sonetos e Sonetinhos”, prudentemente avisava: Convençam-se os amigos lavradores, se a sua inteligência não é romba; colonizem, não há outro recurso. O tempo dos escravos e dos senhores está quasi passado, e não se zomba da idéia que prossegue no seu curso. A República, porém, não a recebeu com bons olhos o sincero admirador de D. Pedro II ⁵. Pelo contrário, corajosamente a combateu antes e depois do 15 de Novembro, notadamente durante o governo de Floriano Peixoto. Alusões à frase de Aristides Lobo, relativa ao povo que “bestializado” assistiu à queda do ministério do Visconde de Ouro Preto, ao positivismo influente nos primeiros tempos do novo regíme, ao “ensilhamento”, à decadência do ensino e aos excessos consequentes à revolta da Armada, aparecem, com frequência, em seus volumes dos anos que se seguiram a 1889. Confessando-se sebastianista, no sentido restaurador então dado à palavra, não poupou recursos de combate às novas instituições do país, ora incisivo em suas acusações, ora apenas irônico, sempre, porém, com a espontânea graça e a simplicidade métrica que caracterizaram a sua veia satírica. Ainda outras campanhas tiveram o forte apoio constituido pelos versos do clérigo mineiro, livremente distribuidos pela imprensa de todo o Brasil, favorável que êle era ao “inocente, lisongeiro e honroso costume das transcrições, que só pode ser prejudicial aos nosso grandes e beneméritos homens de letras”, os quais, por essa época, resolveram taxar em 5$000 as desautorizadas reproduções de seus trabalhos, então, como hoje, comuns e incontroladas. Já aludimos, por exemplo, à questão da mudança da capital de Minas, de Ouro Preto para Belo Horizonte, que no Padre Corrêa teve um adversário terrível, propagador da lenda de que os habitantes do antigo Curral d’El-Rei eram todos papudos, etc. A fundação da Academia Brasileira de Letras e a escolha de seus membros tambem não poderia escapar à “verve” do Padre Corrêa. Êle, que tanto prezava os elogios antes recebidos de Antonio Feliciano de Castilho e de Camilo Castelo Branco, não se conformava com o esquecimento a que o votavam Valentim Magalhães e José Veríssimo. E, se procurava consolar o conterrâneo Augusto de Lima, por não ter sido eleito para a douta companhia, à primeira investida, maldosamente insinuava alguma cousa, ao sugerir que, como a sua colega de Lisboa, não levasse ela o seu dicionário apenas ao vocábulo azurrar: chegasse mesmo a zurrar... Já a esse tempo, entretanto, a idade avançada ia se tornando uma idéia fixa no poeta de Barbacena, como bem mostram as constantes alusões contidas em seus versos e os seguintes títulos das respectivas coletâneas: — “Semsaborias Metricas ou Versos Piegas” — “do septuagenário Padre José Joaquim Corrêa de Almeida — Ramerraneiro e rabugento ex-professor de latim”, dois volumes, de 1890 a 1892. — “Decrepitude Metromaníaca”, de 1894. — “Producções de Caducidade”, de 1896, trazendo a seguinte epígrafe de Nicoláu Tolentino: Musa, basta de rimar; já fazes esforços vãos; vai a lira pendurar; não sabem trêmulas mãos com as cordas acertar. — “Puerilidades de um Macrobio”, de 1898, em que mais uma vez Tolentino fornece a epígrafe, esta, porém, menos desconsolada, embora revelando a idéia permanente: Queres saber quem é velho? É velho quem o parece. — “Aplausos Incondicionaes”, apresentado como “poemeto chocho, em monótonas quadrinhas, atamancadas pelo caduco octogenário Pe. J. J. C. de A.”, é de 1900, ano em que, sob a epígrafe — Palavras loucas orelhas moucas — tambem em sua cidade, publicou outro pequeno “poema inepto — em antiquadas sextilhas”, intitulado “Destampatorios Rimados”. Nada, porém, o impedia de continuar versejando. Em 1903, fez imprimir em Belo Horizonte, a cidade cuja construção tanto combatera, o volume “Marasmo Senil”, que apresentou como contendo “versos anti-poéticos do caduco e desmemoriado Pe. J. J. C. de A. — letho vicina senectus”. Suas duas últimas produções reunidas em folhetos datam do ano anterior ao de sua morte, ocorrida em 1905, quase aos 85 anos de idade. Impressos na tipografia do jornal “Cidade de Barbacena” (com cujo título implicára antes), foram êles, à sua moda, denominados: — “Agudezas Rombas — ou Versos Prosaicos” — “do impertinente e massante e intolerável Pe. J. J. C. de A.” — e — “Chocha Prosa Rimada” — “pelo desenxabido e decrépito Pe. J. J. C. de A.”, no qual, àquela penúltima epígrafe citada, de Tolentino, modestamente resolveu acrescentar:
Sonóros, amenos versos são obra da Mocidade. Apesar dos títulos e sub-títulos, não será de justiça supor-se que a decadência tenha atingido, em seus derradeiros tempos, o éstro do velho sacerdote. Se lhe faltava certa suavidade, como já em 1892 confessara nas “Semsaborias Metricas” ⁶, nem por isso esquecia os seus deveres de comentador das cousas de sua época, permitindo-lhe a inteligência até mesmo profeticamente antever os resultados guerreiros das experiências de Santos Dumont, então ainda em começo. É o que nos mostra, surpreendentemente, o soneto intitulado “Navegação Aérea”, incluído no “Marasmo Senil”, publicado em volume, repetimos, em 1903: O navegante audaz que sulca os mares brevemente terá de ser vencido, pois será brevemente conhecido piloto mais audaz, que sulque os ares. Se a moderna invenção bem calculares, talvez lhe dês valor bem merecido, aplaudido, mais do que tem sido, o inventor, quando o fato propalares. Tambem aplausos dou, mas entretanto o meu entusiasmo não é tanto como êsse de Cornélia, mãe dos Gracos. Se as nuvens permitirem livre curso, importancia descubro no recurso em proveito dos fortes contra os fracos. Mas não era só quanto às cousas do futuro, aparentemente então ainda longínquas, que se voltava a musa do octogenário. Mais próxima de seus sentimentos patrióticos, a obra gigantesca que então realizava o Barão do Rio Branco, relativa à consolidação das fronteiras nacionais, provocava o entusiasmo do nosso vate, que em soneto publicado em vários jornais, em dezembro de 1900, sob o título “Digna e proveitosa recompensa”, lembrava a conveniência de ser levantada a sua candidatura à Presidência da República: Desse Paranhos, filho do Paranhos que tanto honrou o nome brasileiro, os serviços à Pátria são tamanhos, que os não compensam rios de dinheiro. Cordato, respeitado entre os estranhos, perspicaz que dispensa candieiro, salvou-nos de fortíssimos gadanhos, conseguiu que o Brasil ficasse inteiro. Subscrições aparecem nêste ensejo, porém paga melhor é a que eu vejo, e até pode sanar os nossos males. Na próxima eleição de Presidente, aquele cidadão, sábio, eminente, eleito, substitúa o Campos Sales. Se assim se aventurava a sugerir um candidato à Presidência da República, isto não quer dizer que esquecia o Padre Corrêa a gratidão devida a D. Pedro II. Recordando-o, assim terminava um soneto recolhido na mesma coletânea intitulada “Marasmo Senil”: Nas páginas da História sejam lidas as últimas palavras proferidas por quem sofreu da ingratidão o ardil. Testando seu amor à turba louca, este voto saiu de sua boca: que Deus faça feliz o meu Brasil. Entretanto, já era hora de dizer adeus à longa carreira poética ⁷. Tendo-a começado, em 1840, com um “Hymno à Maioridade de Sua Magestade o Senhor D. Pedro II”, era corrente que com aquele soneto, e mais dois hinos, um publicado por ocasião do quarto centenário do descobrimento do Brasil, outro destinado às creanças das escolas, ambos da mais pura inspiração patriótica e cristã, — terminasse o Padre Corrêa a sua missão de poeta acima de tudo popular. No primeiro dêles, talvez inconscientemente, sua feição essencialmente combativa apareceu no próprio estribilho, em que não perdeu ocasião de dar uma marretada nos ateus, que então, talvez como nunca, ousavam ameaçar a formação católica do Brasil:
Se o Brasil é tão rico e fecundo, tributemos ao Filho de Deus gratidão e respeito profundo, a despeito dos ímpios ateus. No mesmo sentido, em defesa da religião de que foi rigoroso sacerdote, embora utilizando-se, para isso, de recursos não habituais entre os membros do clero, isto é, os que forneciam as suas condições de poeta, e de poeta satírico, — assim terminava o seu “Hino Escolar” o Padre José Joaqum Corrêa de Almeida, — o único dos nossos poetas satíricos capaz de poder hombrear, e com sólidas vantágens, com o seu abominável antecessor Gregório de Matos: Pretendendo a descrença mais louca impingir-nos mendaz paganismo, nossa crença cristã não se apouca, nem há quebras em nosso ascetismo. Sábio mestre que dá bons exemplos, respeitado, querido e bemquisto, nos ensina que um Deus há nos templos, creador, redentor, Jesús Cristo. Fonte: jornal A Ordem, Rio de Janeiro, 1942, edição nº 115, pág. 306-325. I. NOTAS EXPLICATIVAS ¹ Aureliano Pimentel, apud Sacramento Blake — “Diccionario Biobliographico Brazileiro”, vol. 4º, pág. 473. Esse Dr. Aureliano Pereira Corrêa Pimentel, professor de latim em São João d’El-Rei, homem culto, modesto e generoso, forneceu a Richard Burton, quando de sua passagem por essa cidade em 1867, o 3º volume das “Satyras, Epigrammas e outras poesias”, do Padre Corrêa, pelo viajante inglês várias vezes (tê-lo) citado em seu livro “Viagens aos Planaltos do Brasil”, há pouco excelentemente traduzido pelo Sr. Américo Jacobina Lacombe, para a série Brasiliana, da Companhia Editora Nacional. ² As informações supra e a transcrição, figuram em Sacramento Blake, op. cit., vol. 4º, págs. 472/475. ³ Padre-Mestre é como principalmente chamavam ao Padre Corrêa em Barbacena, cf. artigo há alguns anos publicado na “Revista da Semana” por seu conterrâneo, o ex-deputado e embaixador José Bonifácio. O próprio Padre, em vários de seus volumes, fazia questão de intitular-se “ramerraneiro e rabugento ex-professor de latim”, ao seu nome acrescentando tais qualificativos. ⁴ Sacramento Blake, op. cit., pág. 474. ⁵ Faz parte da Coleção Teresa Cristina, da Biblioteca Nacional, um exemplar encadernado do 1º volume dos “Sonetos e Sonetinhos”, pelo Padre Corrêa publicado em 1884, com dedicatória ao Imperador, à cuja biblioteca particular pertenceu. ⁶ Sendo a sátira amargosa apimentada, mordaz, quem a devora não goza as doçuras do ananás. Se exigem, pois, suavidade, esta os meus versos não dão; declaro, e é a pura verdade, que não tenho êsse condão. ⁷ Tendo publicado os vinte volumes de poesia aquí citados, de 1854 a 1904, apenas um trabalho em prosa escreveu o Padre Corrêa, a “Notícia da Cidade de Barbacena e seu Município” — “pelo Padre José Joaquim Corrêa de Almeida — Ramerraneiro exprofessor de latim e filho bastardo da mesma cidade”, impresso em 1883, na Typographia Universal, de H. Laemmert & Cia. POSTADO POR FRANCISCO JOSÉ DOS SANTOS BRAGA ÀS 23:17 Correia Monte Cosmo Antonio Leitano
Na taça Sexualidade Perguntas sem respostas
Arte e Cultura/1954 Avante/1949 Avante/1949
Costa Alegre
A filha do bandido
Cidade de Pinheiro/1924
Caetano da Costa Alegre (26 de Abril de 1864- 18 de Abril de 1890) foi um poeta de nacionalidade portuguesa, nascido no seio de uma família crioula cabo-verdiana, na então colónia portuguesa de São Tomé. Em 1882 mudou-se para a Metrópole e frequentou as aulas de uma escola de medicina em Lisboa, para formar-se como médico naval. Morreu de tuberculose antes de poder cumprir tal objetivo, com apenas 25 anos. Em 1916, seu antigo amigo, o jornalista Cruz Magalhães, publicou a poesia escrita por Costa Alegre durante seus oito anos de estadia em Portugal. A obra, escrita em estilo romântico, popular na época, foi um êxito imediato pela forma em que celebra suas origens africanas, a expressão de nostalgia do estilo de vida de São Tomé, e a descrição do sentimento de alienação em que se encontrava sua raça. Costa Alegre expressa sua tristeza depois de ser recusado por uma mulher branca devido à cor da sua pele, em uma das primeiras tentativas de um poeta africano de lidar com os assuntos raciais. Apesar de um estilo diferente do europeu, os temas da obra de Costa Alegre convertem-no em um precursor dos escritores e poetas africanos posteriores, que trataram do tema racial, a alienação, as recordações nostálgicas do passado (neste caso, suas reminiscências de São Tomé). Encontra-se colaboração da sua autoria nas revistas A imprensa[1] (1885-1891) e A Leitura[2] (1894-1896). Poemas Visão Vi-te passar, longe de mim, distante, Como uma estátua de ébano ambulante; Ias de luto, doce, tutinegra, E o teu aspecto pesaroso e triste Prendeu minha alma, sedutora negra; Depois, cativa de invisível laço, (o teu encanto, a que ninguém resiste) Foi-te seguindo o pequenino passo Até que o vulto gracioso e lindo Desapareceu, longe de mim, distante, Como uma estátua de ébano ambulante. Referências ↑ A imprensa : revista científica, literária e artística (1885-1891) cópia digital, Hemeroteca Digital ↑ A Leitura: magazine litterario (1894-1896) cópia digital, Hemeroteca Digital Costa Carvalho
A uma senhora
Pacotilha/1891
Costa e Silva
Mãe Musa imperecivel Judeu errante
Avante/1907 Gazeta de Picos/1909 Gazeta de Picos/1909
DA COSTA E SILVA (1885-1950) Antonio Francisco da Costa e Silva nasceu em Amarante, Estado do Piauí, Brasil. Advogado, trabalhou em muitas cidades por todo o Brasil. Sangue é seu livro de estréia na poesia, em 1908. Sua obra extraordinária oscilou entre o parnasianismo e o simbolismo mas sempre com um estilo próprio e inconfundível. "SAUDADE", POEMA DE DA COSTA E SILVA AGORA privilégio https://issuu.com/antoniomiranda/docs/da_costa_e_silva
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1908.
IN TENEBRIS Cego, tacteio em vão, num caminho indeciso... Que é feito desse amor que tanto me entristece, Que nasceu de um olhar, germinou num sorriso, Que viveu num segredo e morreu numa prece?! É um mysterio talvez; desvendal-o preciso. A alma sincera e justa—odeia, não esquece... Si essa a quem tanto quiz hoje me não conhece, Morra a ventura vã que debalde idéaliso. Ai! desse amor nasceu a dor que me subjuga: A dor me fez verter a lagrima primeira, E a lagrima, a brilhar, cava a primeira ruga... Atra desillusão crava-me a garra adunca. Cego de amor, em vão tacteio a vida inteira, Buscando o amor feliz e esse amor não vem nunca.
ANATHEMA Persigam-te as prisões fortes do meu ciúme —Invisíveis grilhões de desejo e de zelo: Prendam-te as mãos, os pés, as ondas do cabello, O olhar, o hálito, a voz e o que em ti se resume. Vibre o som desse andar, vague o doce perfume Dessa carne pagã, causa do meu desvelo, Mando que te acompanhe o eterno pesadelo Deste amor que ainda mais temo em dor se avolume. Ronda-te o meu olhar, como o olhar de um morcego Varando o brumo véo de uma noite de crime, Prescrutando, a seguir-te —onde chegas eu chego. Foges? Em vão fugir —o ciúme priva a fuga... E esse amor que te busca e te cerca e te opprime,
É o mesmo que me afflige, acobarda e subjuga. ============================================================= A ARANHA Num angulo do tecto, agil e astuta, a aranha Sobre invisivel tear tecendo a tenue teia, Arma o artistico ardil em que as moscas apanha E, insidiosa e subtil, os insectos enleia. Faz do fluido que flue das entranhas a extranha E fina trama ideal de seda que a rodeia E, alargando o aronhol, os élos emmaranha Do alvo disco nupcial, que a luz do sol prateia. Em flóculos de espuma urde, borda e desenha O arabesco fatal, onde os palpos apoia E, tenaz, a caçar os insectos se empenha. Vive, mata e produz, nessa faina enfadonha; E, o fascinante olhar a arder como uma joia, Morre na própria teia, onde trabalha e sonha.
Extraído de DA COSTA E SILVA. ANTHOLOGIA. Rio de Janeiro: Civilisação Brasileira S?A, 1934. p. 137-138
LA ARAÑA Trad. de Ángel Crespo Del techo en una esquina, la ágil y astuta araña, En telar invisible teje la ténue tela, El artístico ardid, arma de su campaña, Insidiosa y sutil, que a la mosca debela. Fluye fluída de las entrañas esa extraña Y fría trama ideal de seda que modela, Y, al hacer su guarida, los lazos enmaraña De albo disco nupcial do el sol borda una estela. En grúmulos de espuma, urde, borda y diseña El fatal arabesco de los palpos apoya Y, tenaz, en cazar los insectos se empeña. Vive, mata y produce, de su técnica dueña; Y, ardiendo su mirada lo mismo que una joya, Muere en la propia tela, donde trabaja y sueña. Extraído de “Muestra de Poemas Simbolistas Brasileños”. In: REVISTA DE CULTURA BRASILEÑA, Tomo VI, N. 22, septiembre 1967, p. 273.
SAUDADE Saudade! Olhar de minha mãe rezando, E o pranto lento deslizando em fio ... Saudade! Amor da minha terra ... O rio
Cantigas de águas claras soluçando. Noites de junho ... O caburé com frio, Ao luar, sobre o arvoredo, piando, piando ... E, ao vento, as folhas lívidas cantando A saudade imortal de um sol de estio. Saudade! Asa de dor do Pensamento! Gemidos vãos de canaviais ao vento... As mortalhas de névoa sobre a serra... . Saudade! O Parnaíba - velho monge As barbas brancas alongando ... E, ao longe, O mugido dos bois da minha terra ...
(Sangue, 1908)
SAUDADE Traducción de Anderson Braga Horta y José Jerónimo Rivera iSaudade! En el hogar, mi madre orando, Y el llanto lento discurriendo pío ... iSaudade! Amor de mi rincón ... El río Cantigas de aguas claras sollozando. Noches de junio ... El caburé con frío, Bajo la luna, en la arboleda, piando ... Y hojas, al viento, lívidas cantando La saudade inmortal de un sol de estío. iOh, ala de dolor deI Pensamiento! iSaudade! Cañas murmurando al viento ... Las mortajas de nieblas en la sierra ... lSaudade! El Parnaiba -monje anciano De largas barbas blancas ... Y, lejano, El mugir de los bueyes de mi tierra ... ma extraíd o da obra POETAS PORTUGUESES Y BRASILEÑOS DE LOS SIMBOLISTAS A LOS MODERNISTAS. Edición Bilingüe. Buenos Aires: Ititu Mais poemas... A MOENDA Na remansosa paz da rústica fazenda, À luz quente do sol e à fria luz do luar, Vive, como a expiar uma culpa tremenda, O engenho de madeira a gemer e a chorar, Ringe e range, rouquenha, a rígida moenda; E ringindo e rangendo, a cana a triturar parece que tem alma, adivinha e desvenda A ruina, a dor, o mal que vai, talvez, causar... Movida pelos bois tardos e sonolentos Geme, como a exprimir, em doridos lamentos, Que as desgraças por vir, sabe-as todas de cor. Ai! Dos teus tristes ais! Ai! Moenda arrependida! — Álcool! para esquecer os tormentos da vida E cavar, sabe Deus, um tormento maior! (De Zodíaco, 1917)
EU SOU TAL QUAL O PARNAÍBA: EXISTE... Eu sou tal qual o Parnaíba: existe Dentro em meu ser uma tristeza inata, Igual, talvez, à que no rio assiste Ao refletir as árvores, na mata... O seu destino em retratar consiste; Porém o ri todo que retrata, Alegre que era, vai tornando triste No fluído espelho móvel de ouro e prata... Parece até que o rio tem saudade Como eu, que também sou dessa maneira, Saudoso e triste em plena mocidade. Dá-se em mim o fenômeno sombrio Da refração das árvores da beira Na superfície trêmula do rio... (De Pândora, 1919) NEL MEZZO DEL CAMIN... Passou de leve a Esperança Pelo meu coração... Encantou-me no azul do meu sonho de criança: Ardeu como uma estrela... E era um pobre balão! Passou de leve a Alegria Pelo meu coração... O Amor, dentro em meu ser, como um jardim, floria... Como é triste, meu Deus, esta recordação! Passou de leve a Ventura Pelo meu coração... Como foi que passou, se a busco com loucura, Sentindo-me infeliz por deseja-la em vão? (De Verônica, 1927) VOU AGORA SONHAR... A minha vida, sempre inquieta como o mar, É de renúncia, sacrifício, desencanto: Enquanto vão e vêm as ondas do meu pranto, Estende-se o horizonte, além do meu olhar... Na imensidade azul fico a cismar, enquanto, A refletir o céu, vai-se acalmando o mar... Acalma-se também minha dor, por encanto: — Já cansei de sofrer! Vou agora sonhar...
Extraído de
ALBUM DE POESIAS. Supplemento d´O MALHO. RJ: s.d. R$ 26, 117 p. ilus. col. Ex. Antonio Miranda
to Camões; Brasília: Thesaurus, 2002. 272 p. (Patrocinada pela Em
COSTA E SILVA, Da. Saudade. Jaboatão, PE: Editora Gurarapes EGM, 2015. 30 p. ilus. Col. Editor Edson Guedes de Morais. Edição artesanal, limitada Ex. bibl. Antonio Miranda VEJA o E-BOOK da obra acima: https://issuu.com/antoniomiranda/docs/da_costa_e_silva baixada de Portugal na Argentina).
TEXTO EN ITALIANO Extraído de
MIRAGLIA, Tolentino. Piccola Antologia poetica brasiliana. Versioni. São Paulo: Livraria Nobel, 1955. 164 p. Ex. bibl. Antonio Miranda IL SILENZIO Mi piace udir, nell’ora vespertina, Quando l'azzurro si scolora in nero,
La cantilena delia casuarina, Neila tranquilla pace, al cimitero. E mormorano gli alberi in sordina felegiaca parola d'un pensiero Di cose morte e di cosa divina, Volate con penombra di mistero. E, perscrutando quelle voei, inquieto, Nell’ansia dello scettico assopito, Voglio, o morte, sapere il tuo segreto. Ma vedo, in marmo cândido, sull’urna, Il Silenzio, che, sulle labbra il dito, Guarda la solitudine notturna !
ANTOLOGIA DE SONETOS PIAUIENSES [por] Félix Aires. [Teresina: 1972.] 218 p. Brasília. Ex. bibl. Antonio Miranda
Impresso no Senado Federal Centro Gráfico,
SAUDADE Saudade! Olhar de minha mãe rezando, E o pranto lento deslizando em fio... Saudade! Amor de minha terra... o rio... Cantigas de águas claras soluçando. Noites de junho... O caboré com frio, Ao luar, sobre o arvoredo, piando, piando... E ao vento, as folhas lívidas cantando A saudade imortal de um sol de estio. Saudade! Asa de dor do pensamento! Gemidos vãos de canaviais ao vento... As mortalhas da névoa sobre a serra... Saudade! O Parnaíba, — velho monge — As barbas brancas alongando... e, ao longe, O mugido dos bois de minha terra... * Página ampliada e republicada em março de 2023 Costa e Silva Junior
Costa Gomes Couto Neves
Craveiro Filho
Biblico Musa Imperial Consolatrix afflitorium Assombro Louca Os três sorridos A lua
A Mocidade/1906 A Mocidade/1906 A Mocidade/1906 Primavera/1909 Correio do Nordeste/1963 A Noticia/1928 A Noticia/1928
Credo
Gazeta de Picos/1912
Vista do Revista da Academia Sobralense de Letras (1922): Escrita, Nacionalismo, História e Missão (uvanet.br) Creusa T. Loreto Cri
Crimarsou
Criseo Crisol Crisopazio Lima Salazar Crisostomo Crisostomo Crisostomo Ayres Crisostomo de Sousa
Cristovam Simões de Oliveira Crizo´L Crizol
Meu neto Oferecido a... Oferecido a uma senhora Acrostico Um ahi! De despedida Meus devaneios Bonita Feia Amigos Voluvel Na moda Haja paz Se o meu viiolão falasse 28-12-1934 Despedida Felicidade...Vem... Exigencias No meu aniversário No meu aniversário Canção sem metro Versos O valor das mulheres Confissão Ilusões Surpresas do destino Depois de morto A desgraça dos homens Volta, eu te perdoo! Eu e meu violão Revezes da vida O valor da mulher Alma perdida Seja feita a tua vontade! Adeus Chiquinho Ilusões Se tu fosses minha Se tú fosses minha... Rimas da dor Coração de ferro Tristes recordações Olhos que falam O valor da mulher O soldado Quem quer dois, perde um Tu es minha, eu sou teu
Correio do Nordeste/1963 A Sentinela/1855 A SENTINELA/1855 A SENTINELA/1855 A SENTINELA/1855 A SENTINELA/1855 A Fita/1921 A Fita/1921 A Fita/1921 A Fita/1921 A Fita/1921 A Brisa/1872 O Suburbano/1935 A Peroba/1935 O Combate/1931 O Combate/1951 Pacotilha/1891 A Fita/1921 A Fita/1921 Os Anais/1911 Cidade de Pinheiro/1923 A Lucta/1935 A Peroba/1934 A Peroba/1934 A Peroba/1934 A Peroba/1934 A Peroba/1934 A Peroba/1934 A Peroba/1934 O Suburbano/1935 O Suburbano/1935 O Suburbano/1935 O Suburbano/1935 O Suburbano/1935 O Suburbano/1935 O Suburbano/1935 A Peroba/1935 A Peroba/1935 A Peroba/1935 A Peroba/1935 A Peroba/1935 A Peroba/1935 A Peroba/1935 A Peroba/1935 A Peroba/1935
Crizostomo de Souza Ascenção A Fita/1921 CRISÓSTOMO DE SOUZA - Crisóstomo Martins Nogueira de Souza. Nasceu em São Luis, em 27.01.1892. Só publicou , em livro, suas crônicas — Bilhetes cariocas – e seus contos — Ladrilhos. É autor de uma coletânea Sonetos Maranhenses, em duas edições. Foi um dos fundadores d Távola do Bem Humor.
RAMOS, Clovis. Minha terra tem palmeiras... (Trovadores maranhenses) Estudo e antologia. Rio de Janeiro: Editora Pongetti, 1970. 71 p. Ex. bibl. Antonio Miranda Quando vem a primavera Ronda o arvoredo a sorrir... Só tu não vens amorosa O meu coração florir! As aves cantam nas frondes. Como é doce o rouxinol! É só minh´alma não canta A alegria do arrebol! Há flores pelos caminhos. Todo campo refloresce... O perfume que elas têm Com o teu perfume parece!... Fulge o céu de seda azul, Esplende lindo o luar... Penso em ti, fito as estrelas, Começo, então, a sonhar... Quando te ouvi ao piano, numa música em surdina, eu me senti mais humano, por te sentir mais divina. Veleiros da minha terra, do velho espelho do mar, vós sois os donos do mundo nas ondas a velejar!... Uma noite sem estrelas, pelos meus ternos caminhos... Minha vida é das roseiras, bem circundada de espinhos...
CRISOSTOMO DE SOUZA - Brasil – Poesia dos Brasis – Maranhão - www.antoniomiranda.com.br Página publicada em outubro de 2019. Poesia maranhense. Cromwell de Carvalho
Saudade Anno novo O amor
Correio de Codó/1916 Cidade de Pinheiro/1924 Cidade de Pinheiro/1924
Foto e biografia: https://www.tjpi.jus.br/ CROMWELL BARBOSA DE CARVALHO ( Brasil - Piauí ) Desembargador Cromwell Barbosa de Carvalho nasceu em Amarante (PI), a 28 de dezembro de 1883. Bacharel pela Faculdade de Direito de Recife (PE). Atuou como Juiz Distrital em Valença e Floriano (PI). Procurador dos Feitos da Fazenda Nacional. Promotor Público. Secretário de Estado do Piauí. Chefe de Polícia, Advogado, Sociólogo, Político e Jornalista, fundou jornais e colaborou na imprensa de Teresina. Um dos fundadores da Faculdade de Direito do Piauí, da qual foi professor catedrático de Direito Penal, e Diretor, realizando importante obra educacional. Poeta de notável talento, escreveu inspiradas poesias e sérios estudos jurídicos. Publicou “Município Versus Estado”; estudo sobre autonomia municipal, “Pulverização de uma Defesa”, “Mons. Parturiens”. Sua obra “Sonetos” foi publicada postumamente. Pertenceu à Academia Piauiense de Letras. Foi Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí. Educador e jurista de relevantes serviços prestados ao Piauí. Faleceu em 10 de novembro de 1974 em Teresina.
ANTOLOGIA DE SONETOS PIAUIENSES [por] Félix Aires. [Teresina: 1972.] 218 p. Brasília. Ex. bibl. Antonio Miranda GLÓRIA Glória! Pálio de luz, imenso e aberto sobre os heróis do amor, e do talento. Feliz quem sai do teu fulgor coberto Nas lutas imortais do pensamento. Trono de brilho, sem rival, referto, Em que somente o gênio toma assento, Glória! Hás de ser, eternamente, e certo, O prêmio inconfundível do portento. Glória! Laurel de campos de batalha, Ao lado da vitória, que se espalha. Glória! anseio insofrido da vaidade Daqueles que te buscam, ou te almejam, Sem que, porém, para alcançar-te, estejam Em condições de superioridade. * http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/piaui/piaui.html Página publicada em março de 2023
Impresso no Senado Federal Centro Gráfico,
Cruz Cruz da Serra
Cruz Diabo Cruz e Sousa
Conselhos hygienicos Meus versos Borrões Musa sertaneja Angustia e paz Tribuna livre
A Luta/1891 O Combate/1951 O Combate/1951 O Combate/1951 O Combate/1951 Cidade de Pinheiro/1923
Caminho da gloria Amores medieros Grandes (?) Corpo Alma Mater
Avante/1907 Avante/1907 A Tarde/1915 Belo Horizonte/1915 O Tocantins/1930
Cruz e Sousa nasceu no dia 24 de novembro de 1861, na cidade de Florianópolis, estado de Santa Catarina. Filho de escravos, foi apadrinhado por uma família aristocrática que financiou seus estudos. Com a morte do protetor, abandonou os estudos e passou a colaborar com a impressa catarinense, assinando crônicas abolicionistas e participando de campanhas em favor da causa negra. Transferiu-se para o Rio de Janeiro no ano de 1890, onde desempenhou várias funções ao mesmo tempo em que se dedicava à literatura. O poeta faleceu aos 36 anos, vítima de tuberculose, no dia 19 de março de 1898, em Antônio Carlos, município de Minas Gerais. Suas únicas obras publicadas em vida foram os livros Missal e Broquéis, obras que mostraram a grande diversidade e riqueza de sua literatura. O poeta aliava elementos do Simbolismo, tais quais o pessimismo, a morte, a poesia metafísica; a elementos do Parnasianismo, como a forma lapidar, o gosto pelo soneto, o verbalismo requintado e a força das imagens. Cruz e Sousa foi um poeta injustiçado em seu tempo: sua obra foi reconhecida apenas postumamente, depois que o sociólogo francês Roger Bastide colocou-o entre os principais escritores do Simbolismo universal. Para que você conheça um pouco mais sobre a poesia simbolista e seu principal representante, o Prepara Enem selecionou cinco poemas de Cruz e Sousa que vão mostrar a beleza e a originalidade dos versos de um de nossos mais autênticos (e injustiçados) escritores da literatura brasileira. Cruz Monteiro
Orgulhosa
Correio de Picos/1911
Cruz Oliveira Orgulhosa Cidade de Pinheiro/1924 JÚLIO AUTO CRUZ OLIVEIRA - Nasceu em Pilar, Alagoas, Brasil, a 3 de dezembro de 1880. Cruz Oliveira é considerado o Campoamor alagoano. De sua modéstia sem medida, apesar de ser um dos poetas que mais produziram em Alagoas, nunca se animou a reunir as belas produções em livro. Hoje é tabelião, e já não verseja. Formou-se em Direito em 1904, no Recife. Foi eleito deputado estadual, mas recusou o mandato; juiz substituto até 1911, não aceitou sua recondução, tornando-se depois sócio de seu pai, José Ato da Cruz Oliveira, alto negociante em Maceió. Pertence, desde a sua fundação, à Academia Alagoana de Letras, tendo como patrono o poema Manoel Augusto de Oliveira. *** Em 1949, em Paris, na França, foi Diretor-Chefe do Departamento de Ciências Sociais da UNESCO, quando desenhou os primeiros contornos do Projeto UNESCO NO BRASIL, que se ocorreu na década de 1950. Morreu em 31 de Outubro de 1949, aos 46 Anos de Idade, ajudando a construir um Plano de Paz para o mundo.
VELAR, Romeu de. Coletânea de poetas alagoanos. Rio de Janeiro: Edições Minerva, 1959. 286 p. ilus. 15,5x23 cm. Exemplar encadernado. Bibl. Antonio Miranda
APOSTASIA Eu nunca lhe mandei versos sem que você mos pedisse, porque tenho a poesia na conta de uma tolice. Que um rapaz de minha idade com vinte e tantos por cima, deve amar coisas mais úteis do que pode ser a rima. Não quero dizer que o verso, quando ele seja bem feito, não me toque o pensamento nem me inspire o bom conceito. Mas hoje em dia que os anos já me deram mais bom senso, e já não fico suspenso Como outrora, o olhar sombrio numa contrição devota, —o que me dava, estou certo, aparência de idiota. Eu fui poeta , e o ter sido, hoje me dói como um crime, porque o poeta é sempre um doido, embora um doido sublime. Sonha-se rei, vê-se rico, mais rico do que um nababo, e entretanto, a mais das vezes, não passa de um pobre diabo.
Por conseguinte, é imperfeito, sem lhe falar na mania que ele tem, de aparecer de cabeleira e miopia. Luiza, quer um conselho? Jura toma-lo? Pois bem: não perca nunca o seu tempo lendo versos de ninguém. ORGULHOSA Não é que sejas mais do que o és realmente, nem de tantas que amei sejas a mais perfeita. O orgulho é que te empresta esse ar indiferente de alma superior que de tudo supeita. Vales tanto quanto eu, que tua carne sente a delícia de andar aos pecados sujeita. O destino nos fez o batráquio indolente que da lama em que vive as estrelas espreita. E olha, minha fatal e orgulhosa rainha, as paixões não são mas, nós podemos contê-las, Somos do mesmo barro, a tua carne e a minha. Quantas vezes a sós tu mesma te condenas? Um verme, porque sonha e se eleva às estrela, Não será, por ventura, um pobre verme apenas? AMOR PRIMEIRO Ainda hoje, lembrando os meus ricos vinte anos, acode-me à lembrança uma porção de coisas, —castelos, versos meus, ilusões, desenganos e os amores que eu tive — inquietas mariposas. Mas de tudo o que mais, por entre a luz difusa dos sonhos, rebrilha, é um nada, um quer que seja que me lembra a visão que eu tenho de uma blusa vermelha e de um chapéu de flores de cereja... http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/alagoas/alagoas.html Cunha Junior Cunha Mendes Cunha Saads Cupido Cupido Cupido Cursino Azevedo Cursino de /Azevedo
A velhice Lua de prata O oceano de maguas Divina Bilhete em verso - Celeste Bilhete em verso - Celeste Bilhete em verso
O Condor/1908 Correio de Codó/1913 Revista Elegante/1894 Correio de Codó/1916 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1912
Alta noite O ABC Volta 2 de agosto Marina Mai Filosofando Quando te vejo Tristeza
Revista Maranhense/1917 Jornal dos Artistas/1919 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Jornal dos Artistas/1919 Revista Maranhense/1920
Num natal Maio Num album Teu nome Ilusões
Revista Maranhense/1920 Revista Maranhense/1920 Revista Maranhense/1920 Revista Maranhense/1920 Revista Maranhense/1920
Conhecendo a história de José Cursino VIDA
E
OBRA
JOSÉ
CURSINO
Nasceu em São Luis do Maranhão, em 04 de fevereiro de 1900. Formou-se em Direito no ano de 1924 em sua terra natal. Foi juiz de direito em São Vicente na cidade de Carolina, no Maranhão. Dr. José Cursino de Azevedo casou-se em primeiras núpcias com a Senhora Josefa Cursino de Azevedo com quem teve um filho Josafá já então falecido. Era ele um entusiasta das lutas políticas, resultando disso desavenças com autoridades governamentais. Acabou sendo aposentado pelo governo do Maranhão em 1939. A convite do General Manoel Barata, veio para o Estado do Pará, sendo então nomeado promotor substituto do Dr. Lúcio Melo na cidade de Marabá. Nessa cidade foi também Juiz Pretor da assistência a menores. Viúvo do primeiro casamento casou-se novamente com a Senhora Isabel no ano de 1945, ela nascida na cidade de Carolina no Estado do Maranhão, juntos tiveram duas filhas Ivone e Ivã Rosa. José Cursino de Azevedo foi promotor nessa cidade até os últimos dias de sua vida, seu falecimento ocorreu no dia 13 de janeiro de 1960, em Goiânia, estado do Goiás, para onde fora em busca de tratamento médico, foi sepultado no cemitério Santana de Goiânia. Após seu falecimento a família mudou-se para Belém onde ainda reside. Em Marabá José Cursino constituiu uma residência na qual foi destruída pela enchente do ano de 1947, foi reconstruída com mais solidez e beleza. Foi colaborador do Jornal O Liberal, onde mantinha uma coluna, foi redator Chefe do Jornal Marabá de Antonio Vilhena de Souza, no qual circulou nos anos de 1945 e 1946. Chegou a publicar um livreto de poesia denominado Espiritualidade Sonâmbula, composto e impresso na tipografia Rocha de Marabá. Segundo relatos de Dona Isabel eram poesias em homenagem a sua primeira esposa. O livreto foi distribuído a amigos do Autor. Em sua juventude José Cursino também foi radialista na Rádio Ribamar em São Luis – MA. Poemas escritos por José Cursino MEU SONETO Durante muito tempo amei-te ocultamente Guardando, só comigo, o amor que me prendia O coração em festa eu tinha docemente Na grande vibração da minha fantasia; No teu sorriso alegre e franco eu te sorria Com o meu sorriso d’alma impressionalmente Em ti,e só por, bem bem cheio de alegria, Vibrando em teu amor, pulsando em ti somente; Assim, por muito tempo, amei-te só comigo. Temendo revelar-te a minha sedução, Porque teus olhos viam em mim, somente um amigo... Eu nunca te falei que eu tinha uma ilusão Guardada no meu peito, em angelical abrigo, Matando devagar, meu pobre coração... (Revista Itatocan, 2 (9); 6, junho 1954) SONETINHO O coração tem força e tem mania De exigir e mandar tudo na gente... E por menos que seja a fantasia Ele deseja intransigentemente... Basta um sinal de viva simpatia, Um sorriso, um olhar doce e mordente Um pensamento leve... ele os vigia Para lança-los em fogueira ardente... O coração é uma arma poderosa; Exige tudo e quer mandar em tudo, Deixando a gente em louca polvorosa... Eu vivo assim, metido na prisão, Carpindo um sofrimento atroz e mudo Pela exigência desse coração; (Jornal
Marabá
1
(21):4,
30
de
Dez,
1945
)
REVERSO É sempre assim, aquela que mui quero, Que me governa a vida e o coração, Que mais estimo, prezo amo e venero, Que me padece nesta paixão. Nunca a tenho comigo, como espero, Nem seus olhos me dizem esta emoção Que me fere de amor e desespero Na loucura maior da sedução... E, no entre tanto, aquela que não ligo, Que não me vibra e que não sinto nada Deste amor que me
cansa e anda comigo. Quer viver ao meu lado, e a tenho perto, E aquela que desejo e a tenho amada, Sempre tem uma coisa, não dá certo... (Jornal Marabá 1 (3):2, -23 de Julho, 1945 ) SEM LAR Viver assim, sem paz, sem lar, sofrendo tanto, Entregue ao céu, dormindo à toa, sem carinho. É como a ave triste e só e só, que tem ninho E que perdeu, na morte, o seu festivo canto... Eu vivo assim, sem ter na vida, amor e encanto; A morte ingrata e má entrou no meu caminho... Plantou a dor imensa, e o atroz em mim espinhos Na minha paz e no meu conforto que era santo... Perdi a flor que tinha encanto e formosura, Que estava no jardim da minha bela vida, Fazendo-a bem feliz, fazendo-a bem florida; Não tenho lar, não tenho amor e nem aventura... Eu vivo à toa, entregue ao léu, mordendo abrolhos... Sofrendo assim, sem ter mais lágrimas nos olhos... (Jornal Marabá 1 (13):2, -06 de Outubro, 1945 ) A VOZ DE MARABÁ NO DIA DA PÁTRIA Beijo-te... sinto em mim a doce fantasia Cantando no meu peito a alegre melodia da Pátria que me empolga vê-la com respeito... Bandeira do Brasil recebe neste preito, a minha saudação falando-te da glória que nesta terra se olhares sua história, de bravos e de heróis que palmilharam a mata, Tendo na alma vibrando, em doce serenata A luta que os levou aos efeitos colossais da riqueza sem par de imensos castanhais, hoje, a vida da terra, hoje a vida que luta, e todo este Brasil de norte a sul escuta... É a alma deste povo heroico que te fala, É a tua grande voz que em teu porvir se embala Bem cheio de esperança Alegre e que não cansa. E lhe agiganta a fé no amor e na coragem... É a sua doce voz que vai nesta mensagem Prostar-te ao pedestal que fitas alterneira A Pátria abençoada, a Pátria brasileira Que, em maravilhas mil, seu símbolo retratas... E neste pátrio amor, em esplendidas sonatas, Que em sua alma reflete e ao coração habita, Este povo te diz: Ó bandeira bendita. A prece que resita a voz do teu civismo, No altar em que ela escuta a sua fé e o patriotismo... E Marabá que vive aquele grito forte Maravilhoso e belo: - Independência ou morte... E Marabá que vibra e, em festas se engaja... Por ti, linda bandeira, altiva e soberana. É Marabá que sente a fibra brasileira Ouvindo a voz do som do hino da bandeira Que se levanta cheia em maravilhas mil Perpetuando a paz da glória do Brasil... É Marabá que exalta em sua gente forte O grito do Ipiranga:Independência ou Morte... Cynicus
No baile
A Flexa/1880
ABECEDÁRIO DA POESIA MARANHENSE PUBLICADA EM JORNAIS – LETRA “D” – LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Academia Ludovicense de Letras Academia Poética Brasileira Instituto Histórico e Geográfico Maranhense Centro Esportivo Virtual Licenciado em Educação Física; Mestre em Ciência da Informação – IF-MA Nos links abaixo, a produção de poetas que foram registradas pela imprensa maranhense, desde o seu inicio, até meados dos anos 1980. Utilizei-me do acervo da Biblioteca Pública Benedito Leite, naqueles jornais em que se teve o acesso – são 588 jornais, encontrando-se, até o momento, cerca de 6.600 poemas; cabe ressaltar que nem todos os jornais estão disponíveis, isto é, acesso dá como erro, e em muitos deles, devido à precariedade da digitalização e mesmo do jornal, não se consegue ler todos os dados necessários: ou inelegíveis, ou mutilados, ou mesmo apagados para se entender os nomes dos autores. Outra dificuldade, nessa recuperação, é que a grande maioria assima com pseudônimos, ou apenas siglas, e muitos sem autoria. Também, grande número de poesias são de autores nascidos fora do Maranhão, alguns clássicos, outros nem tanto. Mas foram publicados em jornais maranhenses. A proposta do Dr. Sanatiel é, de identificados os nascidos no Maranhão, fazer-se uma antologia ludovicense, por períodos literários... Vamos à tentativa de identificação daqueles que começam com “D” ALL EM REVISTA 10.4 - outubro/dezembro 2023 - EDIÇÃO ESPECIAL: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES VY - por Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVISTA 10.4 - outubro/dezembro 2023: EDIÇÃO ESPECIAL - A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES XIV por Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVISTA 10.4 - outubro/dezembro 2023 - EDIÇÃO ESPECIAL: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES XIII de Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVSITA 10.4 - Outubro/dezembro 2023 = Edição Especial: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES XIId by Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVSITA 10.4 - outubro/dezembro 2023 - EDIÇÃO ESPECIAL: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES XI - por Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVISTA 10.4 - OUTUBRO/DEZEMBRO 2023 - NUMERO ESPECIAL X A POESIA MARANHENSE NOS JORNAIS I por Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVISTA 10.4 - outubro/dezembro 2023 - edição especial: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES IX de Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVSITA 10.4 - OUTURBO-DEZEMBRO 2023 - EDIÇÃO ESPECIAL: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES VIII Direção: Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVSITA 10.4 - OUTURBO-DEZEMBRO 2023 - EDIÇÃO ESPECIAL: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES VIII Direção: Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES - BIOBIBLIOGRAFIAS de Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVISTA 10.4.6 - Outubro/dezembro 2023 - Edição especial: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES V de Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVISTA 10.4.5 - OUTUBRO/DEZEMBRO 2023 = EDIÇÃO ESPECIALÇ: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES I por Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVISTA 10.4.4 - OUTUBRO-DEZEMBRO 2023 - EDIÇÃO ESPECIAL III - A POESIA NOS JORNAIS MAANHENSE por Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVISTA 10.4 - OUTUBRO/DEZEMBRO 2023 - NUMERO ESPECIAL - A POESIA MARANHENSE NOS JORNAIS II de Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVISTA 10.4 - OUTUBRO/DEZEMBRO 2023 - NUMERO ESPECIAL - A POESIA MARANHENSE NOS JORNAIS I por Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu D de M. V. VAREJÃO D. de M. Varjão
Eufrida Os olhos della
A SENTINELA/1855 A Sentinela/1855
D. C. D. Cravinho
A memoria de Antonio Joaquim de Azevedo Versos doudos Versos doudo Suplica Injenua Suicidio
O Domingo/1872 A Flexa/1879 Pacotilha/1880 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908
D. Fortuna Djalma Fortuna Djalma Fortuna
D. J. C. B.
Suplica Injenua Suicidio Amor e cabelo Recordando o 18 de agosto De volta Saudades Devaneio Em sonho Injenua Suicidio Amor e cabelo Recordando o 18 de agosto De volta Saudades Devaneio Em sonho Distante O teu retrato Eterno amor Os olhos Eterno amor Ingennua D. João Mote
O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1913 O Canhoto/1913 O Canhoto/1913 O Canhoto/1913 O Canhoto/1914 O Canhoto/1914 O Canhoto/1914 O Canhoto/1914 O Ateniense/1915 O Ateniense/1915 O Ateniense/1915 O Ateniense/1916 O Ateniense/1917 O Ateniense/1917 O Ateniense/1917 Marmota Maranhense/1854
D. J. G. Magalhães
Versos
Cronica Maranhense/1839
DOMINGOS JOSÉ GONÇALVES DE MAGALHÃES Visconde de Araguaia. Nasceu na cidade do Rio de Janeiro a 13 de agosto de 1811. Filósofo, historiador, poeta, escritor de teatro, foi político e diplomata.Morreu em Roma a 10 de julho de 1882. Foi lente de filosofia do Colégio Pedro II. Doutor em medicina pela Faculdade do Rio de Janeiro. Obra: Poesias, Rio, 1852; Suspiros poéticos «.saudades, Paris, 1856; Confederação dos Tamoios, Rio, 1857; Urania, Viena, 1862; Obras completas, 8 vols., Vienna, 1864-1865. A UM SABIÁ Mimoso Sabiá, temo e canoro, Alma dos bosques que o Brasil enfeitam, Como seu mestre as aves te respeitam, E os homens como o Orfeu do aéreo coro. Os Amores, e Lilia por quem choro, Teu doce canto por tributo aceitam; Eles folgam contigo, e se deleitam, Eu pasmo de te ouvir, e a um Deus adoro. Tu vives em contínua primavera; Lilia te afaga, Lilia ouve teu canto!
A tua feliz sorte, oh, quem m'a dera ! Então o meu penar não fora tanto ; Pois seu peito abrandado já tivera Co´a voz que ao seio d'alma leva o encanto. Extraído de SONETOS BRASILEIROS Século XVII – XX. Colletanea organisada por Laudelino Freire. Rio de Janeiro: F. Briguiet & Cie., 1913
MAGALHÃES, Domingos José Gonçalves de. Suspiros poéticos e saudades. 5ª. edição. Prefácio de Fábio Lucas. Brasília: Editora Universidade de Brasília; INL – Instituto Nacional do Livro, 1986. 438 p. 15,5x22,5 cm. Capa: Elmano Rodrigues Pinheiro. ISBN 85-230-0213-8 “ Domingos José Gonçalves de Magalhães “ Ex. na bibl. Antonio Miranda A BELEZA Ó Beleza! Ó potência invencível, Que na terra despótica imperas;
5
Se vibras teus olhos Quais duas esferas, Quem resiste a seu fogo terrível?
10
Ó Beleza! Ó celeste harmonia, Doce aroma, que as almas fascina; Se exalas suave Tua voz divina, Tudo, tudo a teus pés se extasia.
15
A velhice, do mundo cansada, A teu mando resiste somente; Porém que te importa A voz impotente, Que se perde, sem ser escutada?
20
Diga embora que o teu juramento Não merece a menor confiança; Que a tua firmeza Stá só na mudança, Que os teus votos são folhas ao vento.
25
Tudo sei; mas se tu te mostrares Ante mim como um astro radiante, De tudo esquecido, Nesse mesmo instante, Farei tudo o que tu me ordenares. Se até hoje remisso não arde Em teu fogo amoroso meu peito, De estoica dureza Não é isto efeito;
30
Teu vassalo serei cedo ou tarde.
40
Infeliz tenho sido até-gora, Que a meus olhos te mostras severa; Nem gozo a ventura, Que goza uma fera; Entretanto ninguém mais te adora. Eu te adoro como o Anjo celeste, Que da vida os tormentos acalma; Ó vida da vida, Ó alma desta alma, Um teu riso sequer me não deste!
45
Minha lira que triste ressoa, Minha lira por ti desprezada, Assim mesmo triste, Assim malfadada, Teu poder, teus encantos pregoa.
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Ó beleza, meus dias bafeja, Em teu fogo minha alma devora; Verás de que modo Meu peito te adora, E que incenso ofertar-te deseja.
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Paris, março de 1836. A AFLIÇÃO
5
Não, não é sangue; é fel envenenado, Que em minhas veias gira. Não, não é vida; são espinhos hirtos, São hervados acúleos, que incessantes O coração me pungem. Não, não é ar; é o hálito da morte, Que o peito me comprime. Não são do mundo as cenas que me envolvem; São as cenas do Inferno.
10
É possível, meu Deus, que tanto sofra Um mísero mortal, e qu'inda viva? Queres ver do teu servo A alma, de padecer já calejada, Sem murmurar, sem blasfemar, té onde 15 A paciência leve? Em mim acaso novo Job preparas? Ou o meu coração não é de humano, Ou a dor já o tem empedernido Co'o reiterado embate. 20
25
Ó meu Senhor, pequeno é o meu peito, Para conter um coração repleto De tantas aflições, de angústias tantas. Tira-me a própria vida, Tira-me o sentimento, Ou com tríplice lâmina de ferro Forra meu peito, e meus ouvidos cobre.
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Ó dever de homem probo! Hei de eu como uma incude duros golpes Suportar De quem martírios tais sem dó me causa? sem dó?... e talvez mais; sem um remorso!
insensível,
sem
queixar-me
Tu Zeno, assim me ensinas; Filosofia austera, Eu sigo a tua lei, por ti me guio. Oh, que esforço é preciso Na idade do prazer, e do interesse!
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Eu chorei, e meus olhos se secaram; Nem mais em nova dor lágrimas novas Terei para chorar; as dores todas Me fizeram tragar seus amargores; Não há mais dor que apresentar-me possa Nova taça de acético veneno. O triste solitário, Que em áspero deserto transviado, De improviso se vê acometido De cruéis serpes, que o pescoço lhe atam, E lhe cravam no peito Agudas presas de peçonha cheias, É a horrível imagem Do estado meu, do meu duro martírio. Mas quem poderá crer-me? Quem pode avaliar minhas angústias? Mimosos do prazer, eia, deixai-me; De vossa compaixão não necessito; Vosso riso me ofende. Estala, coração, estala, acaba! Não tens uma só fibra, Que ao golpe de uma dor não retinisse. Por que não deixas o meu corpo, ó alma? Que fogo de esperança inda te anima? Ó esperança, quase que me foges! Não há consolação para o infelice, Que longe de seus pais, da Pátria longe, Definha entre pesares. Que, ó mundo, com dores'só; misturas As lições que nos dás? A experiência Só com dores se colhe, Como uma flor de espinhos guarnecida? São inúteis os livros, e os conselhos? É tudo a experiência? A experiência é só quem nos ensina A ciência da vida? Ó infantil vaidade! Vós, ó jovens, cuidais que sabeis tudo, As páginas de um livro apenas lendo. Dos velhos desprezais os sãos conselhos, E orgulhosos dizeis: — Hoje a velhice Lições deve tomar da juventude; Hoje de nossos pais acima estamos. Moço sou, como vós sábio julguei-me; Como vós iludi-me. Ontem fagueira a sorte se mostrava, Ria-se a Natureza, E em sacros laços de amizade estreita Os homens se apertavam. Hoje terrível tempestade brama, Os homens se repelem, se debatem, Como rábidas feras nas florestas.
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Misterioso enigma, Inexplicável Ser, capaz de tudo, Fonte de vícios, de virtudes fonte, Que edificas, que assolas, e que sempre De ruína em ruína ovante marchas, Como um Génio de morte, Dize, o que és tu, ó homem!
Cala-se a Natureza, e só ressoa Um grito doloroso Dos túmulos erguido; Como um gemido de agoureiro Mocho, 100 Quando sobre destroços esvoaça. No peito â destra aplico; Palpita o coração fraco e pausado; Atento escuto, as pulsações calculo; Não me agita o remorso, 105 Nem espectros a noite me apresenta; E minha alma tranquila na tormenta Como um firme penedo, Nem a sombra de um crime a entenebrece. Doce consolação de um peito aflito! 110 Ó único juiz incorruptível, Ó meu Deus, ante quem brilha a verdade Mais clara do que o sol; a cujos olhos O mais pequeno verme iguala ao homem, E a Natura descobre os seus arcanos; 115 Tu, que o meu coração penetrar podes, Julga tu só, e vê se são meus erros Iguais às minhas dores. Enganar-te, meu Deus, não pode o homem! Se feia iniquidade n'ele habita, 120 Se mereço o que sofro, ah deixa, deixa Que os inimigos meus de mim se vinguem. Não me atendas. Senhor; meus ais despreza. Deixa expiar meus erros Na terra onde este pó ao mal me prende, 125 Antes que eu suba ao tribunal eterno. Mas se fala a inocência em meu socorro, Mostra a verdade, salva-me, e absolve Aqueles que me infamam; Que eu os perdoo, ó Deus; por ti o juro; 130 Sou Cristão; - e o Cristão sofre, e perdoa.
OLIVEIRA, Alberto de. Páginas de ouro da poesia brasileira. Rio de Janeiro: H Garnier, Livreiro-Editor, 1911. 420 p. 12x18 cm Ex. bibl. Antonio Miranda Inclui os poetas: Frei José de Santa Rita Durão, Claudio Manuel da Costa, José Basílio da Gama, Thomas Antonio Gonzaga, Ignacio José de Alvarenga Peixoto, Manoel Ignacio da Silva Alvarenga, José Bonifacio de Andrada e Silva, Bento de Figuieredo Tenreiro Aranha, Domingos Borges de Barros, Candido José de Araujo Vianna, Antonio Peregfrino Maciel Monteiro, Manoel de Araujo Porto Alere, Domingos José Gonçalves de Magalhães, José Maria do Amaral, Antonio Gonçalves Dias, Bernardo Joaquim da Silva
Guimarãaes, Francisco Octaviano de Almeida Rosa, Laurindo José da Silva Rabello, José Bonifacio de Andrada e Silva, Aureliano José Lessa, Manoel Antonio Alvares de Azevedo, Luiz José Junqueira Freire, José de Moraes Silva, José Alexandre Teixeira de Mello, Luiz Delfino dos Santos, Casemiro José Marques de Abreu, Bruno Henrique de Almeida Seabra, Pedro Luiz Pereira de Souza, Tobias Barreto de Menezes, Joaquim Maria Machado de Assis, Luz Nicolao Fagundes Varella, João Julio dos Santos, João Nepomuceno Kubitschek, Luiz Caetano Pereira Guimarães Junior, Antonio de Castro Alves, Luiz de Sousa Monteiro de Barros, Manoel Ramos da Costa, José Ezequiel Freire, Lucio Drumond Furtado de Mendonça, Francisco Antonio de Carvalho Junior, Arthur Narantino Gonçalves Azevedim Theophilo Dias de Mesquita, Adelino Fontoura, Antonio Valentim da Costa Magalhães, Sebastião Cicero de Guimarães Passos, Pedro Rabello e João Antonio de Azevedo Cruz. NAPOLEÃO EM WATERLOO Eis aqui o lugar, onde eclipsou-se O meteoro fatal ás regias frontes ! E nessa hora em que a gloria se obumbrava, Além o sol em trevas se envolvia. Rubro estava o horisont, e a terra rubra ! Dois astros ao occaso caminhavam; Tocado ao seu zenith haviam ambos: Ambos iguaes no brilho, ambos na queda, Tão grandes, como em horas de triumpho ! Waterloo !... Waterloo !... Lição sublime Este nome revela á Humanidade : Um oceano de pó, de fogo e fumo Aqui varreu o exercito invencível, Como a explosão outrora do Vésuvio Até seus tectos inundou Pompéa ! O pastor, que apascenta seu rebanho, O corvo, que sanguíneo pasto busca, Sobre o leão de granito esvoaçando, O echo da floresta, e o peregrino Que indagador visita estes lugares : Waterloo !.... Waterloo !... dizendo, passam. Aqui morreram de Marengo os bravos ! Entretanto esse heróe de mil batalhas, Que o destino do reis nas mãos continha. Esse heróe, que com a ponta de seu gladio No mappa das nações traçava as raias, Entre seus marechaes ordens dictava! O hálito inflammado de seu peito Suffocava as phalanges inimigas, E a coragem nas suas accendia. Sim, aqui estava o génio das victorias Medindo o campo com seus olhos de águia! O infernal retim-tim do embate de armas, Os trovões dos canhões que ribombavam, O sibilo das balas que gemiam, O horror, a confusão, gritos, suspiros, Eram como uma orchestra a seus ouvidos ! Nada o turbava. Abobadas de balas, Pelo inimigo aos centos disparadas, A seus pés se curvavam respeitosas, Quaes submissos leões, e nem ousando Tocai-o, ao seu ginete os pés lambiam !.. Oh ! porque não venceu? Fácil lhe fôra! Foi destino, ou traição ? A águia sublime Que devassava o céo, com vôo altivo, Desde as margens do Sena até o Nilo, Assombrando as nações com as largas azas, Porque se nivelou aqui com os homens? Oh ! porque não venceu? O anjo da gloria O hymno da victoria ouviu tres vezes, E tres vezes bradou : — « E' cedo ainda ! » A espada lhe gemia na bainha,
E inquieto relinchava o audaz ginete, Que soja escutar o horror da guerra, E o fumo respirar de mil bombardas; Na pugna os esquadrões se encarniçavam, Roncavam pelos ares os pelouros, Mil vermelhos fuzis se emmaranhavam, Encruzadas espadas, e as baionetas, E as lanças faiscavam retinindo. Elie só, impassivel, como a rocha, Qual de ferro fundido estatua equestre, Que invisível poder, magico anima, Via seus batalhões cair feridos, Gomo muros de bronze, por cem raios, E no céo seu destino decifrava... Pela ultima vez, com a espada em punho, Rutilante na pugna se arremessa; Seu braço é tempestade, a espada é raio ! Mas invencível mão lhe toca o peito! E' a mão do Senhor — barreira ingente: — « Basta, guerreiro ! tua gloria é minha; Tua força em mim está; tens completado Tua augusta missão ! — E's homem. — Pára! » Eram poucos, ó certo; mas que importa? Que importa que Grouchy, surdo ás trombetas, Surdo aos trovões da guerra, que bradavam : — « Grouchy ! Grouchy! a nós, eia! ligeiro ! 0 teu imperador aqui te aguarda! Ah! não deixes teus bravos companheiros Contra a enchente luctar, que mal vencida Uma após outra em turbilhões se eleva, Como vagas do oceano encapellado, Que furibundas se alçam, luctam, batem Contra o penedo, e como em pó recuam, E de novo no pleito se arremessam. » Eram poucos, é certo; e contra os poucos Armadas as nações aqui pugnavam ! Mas esses poucos vencedores foram Em Iena, em Montmirail, em Austerlitz. Ante elles o Thabor, e os Alpes, curvos, Viram passar as águias vencedoras ! E o Rheno, e o Manzanar, e o Adige, e o Euphrates Embalde á sua marcha se oppuzeram. Eram os poucos que, jamais vencidos, Os seus dias contavam por batalhas, E de cans se cobriram nos combates; O sol do Egypto ardente assoberbaram, A peste em Jaffa, a sêde nos desertos, A fome e os gelos dos Moscovios campos : Poucos, que se não rendem, mas que morrem! Oh ! que para vencer bastantes eram ! A terra em vão contra elles pleiteara, Se Deus, que os via, não dissesse — « Basta! » Dia fatal de opprobrio aos vencedores! Vergonha eterna á geração que insulta O leão que magnânimo se entrega! Eil-o sentado em cima do rochedo, Ouvindo o echo fúnebre das ondas, Que murmuram seu cântico de morte; Braços cruzados sobre o largo peito. Qual naufrago escapado da tormenta, Que as vagas sobre o escolho regeitaram;
Ou qual marmórea estatua sobre um tumulo, Que grande ideia o occupa, e turbilhona Naquella alma tão grande como o mundo Elle vê esses reis, que levantara Da linha de seus bravos, o traírem. Ao longe mil pygmeus elle divisa, Que mutilam sua obra gigantesca; Como do Macedonio outrora o império Entre si repartiram vis escravos. Então um riso de ira e de despeito Lhe salpica o semblante de piedade. O grito inda innocente de seu filho Sôa em seu coração, e de seus olhos A lagrima primeira se deslisa; E de tantas coroas que ajuntara, Para dotar seu filho, só lhe resta Esse nome, que o mundo inteiro sabe ! Ah ! tudo elle perdeu ! a esposa, o filho, A pátria, o mundo e seus fieis soldados. Mas firme era sua alma como o mármore, Onde o raio batia e recuava ! Jamais, jamais mortal subiu tão alto! Elle foi o primeiro sobre a terra : Só, elle brilha sobranceiro a tudo, Como sobre a columna de Vendôme Sua estatua de bronze ao céo se eleva. — Acima delle, Deus — Deus tão sómente ! Da liberdade foi o mensageiro. Sua espada, cometa dos tyrannos, Foi o sol, que guiou a humanidade. Nós um bem lhe devemos, que gosamos; E a geração futura, agradecida, — Napoleão ! dirá, cheia de assombro. DOMINGOS JOSÉ GONÇALVES DE MAGALHAES (1811-1882)
REVISTA DA SOCIEDADE PHILOMATHICA. grafica do Novo Farol Paulistano. S. PAULO. Edição fac-similar patrocinada pele Metal Leve. São Paulo: Companhia LIthographica Ypiranga, 1977 Apresentação de Antonio Soares Amora. Inclui o no. 1, 2, 3, 4, 5 e 6 de 1833. Ex. bibl. Antonio Miranda. O número 2, de julho de 1833, inclui o “Ensaio crítico sobre a Colleção de Poesias do Sr. D. J. G. Magalhães”, do qual extraímos um fragmento e o soneto em sua linguagem original, escrito quando o autor, aos 21 anos, aparece no cenário literário brasileiro. A seguir, um fragmento do texto escrito por J. J. Rocha: “Cheio da leitura de nossos classicos o Sr. Magalhães foge igualmente do arcaísmo pedantesco, e do insosso Galicismo, que ia solapando nossa lingua e com ella nossa poesia. Sua linguagem terça, e pura é animada por metaphoras, e comparações justas e brilhantes; a ridícula anthitesis, os chóchos e empolados palavrões, de que lanção mão os Elmanistas para disfarçarem sua nudez de pensamento, são proscariptos de seus versos. Mas, por desgraça, fugindo deste defeito, cahe no oposto, e às vezes sua dicção
poética tem resabios de prosa; e bem que poder-se-hião appresentar milhões de vezes o mesmo defeito nas obras dos nossos classicos, não deixa de ser uma nodoa. O gosto, severo juiz de todas as composições, deve mostrar ao vate, entre o prosaísmo e a affectação Elsmanica, o meio termo tão dificil de achar em todas as cousas humanas.” Soneto-imitado de Scarren Do orgulho humano excelsos momentos; Piramides, jardins, cuja estrutura Triumpha das beldades de natura Dando victoria d´arte aos ornamentos; Theatros de grandeza, e de tormentos; Palacios, Coliseus, d´architectura Extremo afan, de que memoria dura Só na vida de rotos pavimentos; Succumbistes do tempo ao feroz corte; Ou vos prostou de todo o deshumano, Ou se viveis, sentis já perto a morte; Se pedras não se livrão de tal danno Será muito que soffra igual sorte Este Sapato, que me dura há um anno?
HADAD, Jamil Almansur, org. História poética do Brasil. Seleção e introdução de Jamil Almansur Hadad. Linóleos de Livrio Abramo, Manuel Martins e Claudio Abramo. São Paulo: Editorial Letras Brasileiras Ltda, 1943. 443 p. ilus. p&b "História do Brasil narrada pelos poetas. HISTORIA DO BRASIL – POEMAS
Retrato de Dom João VI. Pintura de Jean-Baptiste Debret, 1817.
CONFEDERAÇÃO DOS TAMAIOS CANTO SEGUNDO (fragmento) P´ra acabar co´os ataques reiterados Dos Lusos, confederam-se os Tamoios. Bravos são os Tamoios, e descendem Da raça dos Tupis. Eles não erram Sem tabas, nos sertões, com os terríveis Feroces Aimorés, raça Tapuia.
Natural, inspirada poesia De todos os distingue, os enobrece, E tratáveis os torna, inda que altivos: Creem qu´esse dom, e as doces vozes, As puras águas devem do Carioca. Vasta extensão ocupam do terreno Que banha a Guanabara. As suas tribos Se estendem desde as longas serranias Que um órgão fingem, donde o nome tiram, Até o Cairuçú, terror dos nautas. Um Deus adoram, que dispara ao raio, E que pelo trovão aos homens fala: Tupá se ele nomeia; aos seus ministros São os pajés entre eles venerados. Leis escritas não têm; mas não lhes faltam As leis da Natureza e as dos costumes, Herdadas de seus pais. O mais idoso E o mais forte é por chefe respeitado. Já todos os guerreiros se apercebem De tacapes e maças de pau-ferro, Arcos robustos, e emplumadas flechas. Aimbire, o forte Aimbire, apregoado Entre todos os fortes pela audácia Com que arroja à frente dos Tamoios, Pelo voto geral primeiro chefe. Aimbire desde a infância se amestrara A certeiro enviar co´a seta a morte; Nem no rápido pulo lhe escapava O jaguar mais ligeiro sobre a rocha: Nem mesmo o gavião alto pairando, Nem pequenino pássaro burlavam Da seta alada o infalível tiro. Fraldam tecido de encarnadas penas, Matizadas de azul, que a arara imita, A cintura lhe cinge. Do pescoço Cai o colar de dentes arrancados Por suas mãos das bocas dos vencidos, E tão amplo lhe cai que o peito cobre. Larga, escamosas, verdenegra pele De enorme jacaré, que ele matara, As espáduas lhe veste. Tem na destra Uma de dentes de onça acha embutida, Que de serra lhe serve e mortal arma. C´roalhe a fronte um resplandor de penas Da cor do fulvo sol: obra apurada De Iguassú, que lhá deu de amor em prenda, Iguassú sua amante, e que ele espera Tomara, finda esta guerra, por esposa. Nem ao lado lhe falta grossa aljava, Nem o arco robusto, que dous homens Como nós a vergá-lo suariam, E em suas mãos porém fácil se curva. O ancião Pindobuçu de nobre aspecto Sua taba conduz: ele se cobre Com negras plumas, que a tristeza exprimem Pela morte do filho, qu´inda chora. Parabuçu, de porte agigantado, De penas não se cobre; moço ainda Quer espanto causar co´o hórrido aspecto Da figura; mandíbulas se enfia, Até ao chão se estende; enorme casco De tatú lhe defende o peito e o ventre; De escudo outro lhe serve. Ele sobraça
A terrível inúbia que assinala A hora da investida e retirada. Tão medonho trajar mais lhe realça O corpo colossal e musculoso. Pindobuçú, seu pai, que muito o ama, Nele de Chamorim tem viva a imagem, E nele cifra o orgulho dos seus anos. (A CONFEDERAÇÃO DOS TAMOIOS – Emprêsa Tipográfica Dois de Dezembro – Rio de Janeiro – 1857)
ROMANTISMO / seleção e prefácio Antonio Carlos Secchin. São Paulo: Global, 2007. (Coleção roteiro da poesia brasileira. Direção: Edla van Steen.) Ex. bibl. Salomão Sousa INVOCAÇÃO À SAUDADE Tu, que n´alma te embebes magoada, Melancólica dor, e gota a gota Vertes no coração tóxico acerbo, Que entorpece a existência, e a vida rala! Tu, tirana da ausência, que retratas Em fugitiva sombra, em negro quadro A imagem do passado; Que ao filho sempre a mãe anosa antolhas, A pátria ao peregrino, o amigo ao amigo, O esposo à esposa; e ao malfadado escravo Que sem futuro pelo mundo vaga, Mostras a liberdade, e o lar paterno; E a cada simulacro que apresentas, Com farpado aguilhão rasgas o peito Do triste que te sofre; E nos olhos sanguíneos, encovados, Não lágrimas destilas, Mas fel, só atro fel, bárbara, espremes. Ó saudade! Ó martírio de alma nobre! Malgrado o teu pungir, como és suave! Como a rosa de espinhos guarnecida Aguilhoa, e apraz co´o doce aroma, Tu feres, e mitigas com lembranças. Mas ah! o teu espinho ainda é mais duro; E essas tuas lembranças são falaces, Flores são que o pinhal de Harmódio cobrem. Para agora oprimir-me tudo se ergue, Tudo agora de encantos se reveste, Para mais agravar minha saudade. Sítios qu´eu desdenhei, sítios que amava, Templos que orar me viram respeitoso, Estes céus de safira, estas montanhas Cobertas de cocares de palmeiras, Pais, amigos, irmãos, ah! tudo, tudo
Me está representando a fantasia, Como que pouco a pouco quer matar-me. Que cena há-hi que mais encantos tenha, Que ver lânguida virgem, pudibunda, Pálida a fonte, as faces desbotadas, Baixos os olhos, revoando a coma, E uma terna expressão de oculta angústia Que lavra-lhe as entranhas? Que cena há-hi que mais encantos tenha, Que vê-la num baixel, segura ao mastro, Suspiros exalar, longos suspiros, Que voam murmurando, e se misturam Co´os ventos que sibilam nas exárcias? De vez em quando olhar, e só ver nuvens, Nuvens que o céu encobrem, retratando Fugitivas imagens, que recordam Terras da pátria; quem, meu Deus, quem pode Resistir a tal cena? Tu matas, ó saudade!... As crespas ondas, Delirante Moema, e quase insana, Por ti ferida se arremessa... e morre... Que não pode a mesquinha Longe viver do fugitivo amante, Que tanto amor pagara com desprezos. Lindóia, entregue à dor, desesperada N´ausência de Cacambo, mal lhe soa Do caro esposo o último suspiro, Também suspira, odeia a vida... e morre... E tu, Clara infeliz, filha dos bosques, Gerada entre palmeiras, Nada pode aprazer-te, nada pode Extinguir-te a lembrança Da rústica cabana, onde embalada Em berço fostes de tecidas varas. De diurnas, domésticas fadigas Descansada, lá quando alveja a lua Em fundo azul, mil vezes te enxergaram Num tronco de coqueiro reclinada, Cantar da infância tuas árias saudosas, Árias bebidas nos maternos lábios: Ai... minha mãe, dizias. Ai, minha mãe... que sabe se ainda vives... Aldeia onde nasci, pobre cabana, Rede que em embalavas, eu vos choro! Ó terra do Brasil, terra querida, Quantas vezes do mísero Africano Te regaram as lágrimas saudosas? Quantas vezes teus bosques repetiram Magoados acentos Do cântico do escravo, Ao som dos duros golpes do machado! Ó bárbara ambição, que sem piedade, Cega, e surda de Cristo a lei postergas, E assoberbando mares, e perigos, Vais infame roubar, não vãs riquezas, Mas homens, que escravizas! Mil vezes o Senhor, para punir-te,
Opôs ao teu baixel ondas, e ventos; Mil vezes, mas embalde, Nas cavernas do mar caiu gemendo. À voz do Eterno obediente a terra Se mostra austera e parca, Que lágrima do escravo esteriliza O terreno que orvalha. A Natureza preza a Liberdade, E só franqueia aos livres seus tesouros. Ó suspirada, ó cara Liberdade, Descende asinha do Africano à choça, Seu pranto enxuga, quebra-lhe as cadeias, E adoça-lhe da pátria a dor saudosa. Ó palavras! ó língua! quão sois fracas, Para d´alma narrar os sentimentos! Ó saudade, aflição dura e suave! Ó saudade, que o rosto me descoras, Saudade, que me apertas, que nos lábios Secas-me o almo riso, E o pensamento meu absorves todo, Como uma esponja o líquido, e o repartes Co´o passado, o presente, e co´o futuro. Ó saudade! Ó saudade! Minhas endechas mal carpidas colhe; Dá-me um lúgubre som, como o das vagas Que nas praias se quebram Sem ordem, como os meus chorados cantos; Uma voz sepulcral, como a da rola que em solitária selva se lamenta; Um acento funéreo, um eco lúgubre, Com o eco das grotas, quando a chuva Goteja reboando. Ah! corram minhas lágrimas, ah! corram A quantos meus gemidos escutarem. Ó saudade! Ó saudade! Pois que em minha alma habitas, E sem cessar me lembras pais, e Pátria, Minhas tristes endechas serão tuas, Saudade, serei teu... Saudade, és minha. Suspiros poéticos e saudades (1836) ADEUS À EUROPA Adeus, ó terras da Europa! Adeus, França, adeus, Paris! Volto a ver terra da Pátria, Vou morrer no meu país. Qual ave errante, sem ninho, Oculto peregrinando, Visitei vossas cidades, Sempre na Pátria pensando. De saudades consumido, Dos velhos pais tão distante, Gotas de fel azedavam O meu mais suave instante. As cordas de minha lira Longe tempo suspiram; Mas alfim frouxas, cansadas
De suspirar, se quebraram.
Ó lira do meu exílio, Da Europa as plagas deixemos; Eu te darei novas cordas, Novos hinos cantaremos. Adeus, ó terras da Europa! Adeus, França, adeus, Paris! Volto a ver terras da Pátria, Vou morrer no meu país. Paris, agosto de 1836 Suspiros poéticos e saudades (1836) * Página ampliada e republicada em maio de 2022 http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/rio_de_janeiro/rio_de_janeiro.html Página publicada em junho de 2009. Ampliada e republicada em agosto de 2014. Ampliada e republicada em agosto de 2016. Ampliada em junho de 2019 D. Lopes
D. Lopes D. M.
D. Pedrito El mano D. Pedro de Alcantara D. Pedro II
Nunca mais Porque? Nnenem Nunca mais Porque? Nnenem Pela vida Nunca mais Porque? Nenem Pela vida Fanny Lá e cá Recordação 28 de julho Gonçalves Dias Carapuças Sofrendo Sofrendo Risos e reflexos
O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1912 O Canhoto/1912 O Canhoto/1913 O Canhoto/1914 A Pacotilha/1883 O Ateniense/1916 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1917 O Ateniense/1918 O Tentáme/1919 O Tentáme/1919 A Luta/1891
Terra do Brazil Soneto Imperial Soneto Imperial
Jornal dos Artistas/1901 Cidade de Pinheiro/1923 Voz do Povo/1931
Pedro II (Rio de Janeiro, 2 de dezembro de 1825 – Paris, 5 de dezembro de 1891), cognominado "o Magnânimo",[1][2] foi o segundo e último Monarca do Império do Brasil, tendo imperado no país durante um período de 58 anos. Foi filho mais novo do imperador Pedro I do Brasil e da imperatriz consorte Maria Leopoldina da Áustria e, portanto, membro do ramo brasileiro da Casa de Bragança. Nascido no Palácio Imperial de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. A abrupta abdicação do pai e sua partida para Portugal, tornaram Pedro imperador com apenas cinco anos. Obrigado a passar a maior parte do seu tempo estudando em preparação para reinar, conheceu poucos momentos de alegria e amigos de sua idade. Suas experiências com intrigas palacianas e disputas políticas durante este período tiveram grande impacto na formação de seu caráter. O imperador D. Pedro II tornou-se um homem com forte senso de dever e devoção ao seu país e seu povo. Por outro lado, ressentiu-se cada vez mais de seu papel como monarca. Teve a maioridade decretada para assumir o governo e evitar a desintegração do Império, tendo deixado ao sucessor republicano um país caracterizado como potência emergente na arena internacional. A nação distinguiu-se de seus vizinhos hispanoamericanos devido à sua estabilidade política e especialmente por sua forma de governo: uma funcional monarquia parlamentar constitucional. O Brasil também foi vitorioso em três conflitos internacionais (a Guerra do Prata, a Guerra do Uruguai e a Guerra do Paraguai) sob seu império, assim como prevaleceu em outras disputas internacionais e tensões domésticas. Um erudito, o imperador estabeleceu uma reputação como um vigoroso patrocinador do conhecimento, da cultura e das ciências. Ele ganhou o respeito e admiração de estudiosos como Graham Bell, Charles Darwin, Victor Hugo e Friedrich Nietzsche, e foi amigo de Richard Wagner, Louis Pasteur e Henry Wadsworth Longfellow, dentre outros. D. Pedro II não permitiu nenhuma medida contra sua remoção e não apoiou qualquer tentativa de restauração da monarquia por meio de uma guerra. O imperador deposto passou os seus últimos dois anos de vida no exílio na Europa, vivendo só. Algumas décadas após sua morte, sua reputação foi restaurada e seus restos mortais foram trazidos de volta ao Brasil em meio a amplas celebrações. D. Quichote D. Quixote D. S. D. S. D. S. D. S. D. S. D. Themothea D. Vasconcelos
D. Voltaire
Eu sou demais Intervalos poeticos Queixumes Á S. Diva Na janela Fujamos Charada das moças Na vida Verdade Na vida Num baile Genosidade Eleonora De morto O desterrado Voluvel 18 anos Falena De morto O desterrado Voluvel 18 anos Falena Poeta pra burro Sofrer...
A RUA/1915 O Jardim das Maranhenses/1861 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 A Reforma/1880 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1914 O Canhoto/1914 O Guri/1915 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908
D. Xicote
D.S. D. Lopes D´Antus Da Costa e Silva
Recordando Voai, voai... Borego Madrugada Não desejaria Flopres A França e a guerra Leito do morto O desterrado O desterrado 18 anos Falêna Poeta pra burro Recordando Voai...voai Soneto Sofrer Eleonora Madrugada 9º não desejarás Flores Soneto Aspirações Horas trajicas Horas trajicas Pasteis de briza 15 de novembro Natal Horas trajicas Pasteis de briza 15 de novembro 1º de janeiro Palavras Intervalos poeticos Sem titulo Fanny ,,,Matrubus detestata
O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1912 O Canhoto/1912 Correio de Codó/1913 O Canhoto/1913 O Canhoto/1913 O Canhoto/1913 O Canhoto/1913 O Canhoto/1913 O Canhoto/1913 O Canhoto/1913 O Canhoto/1914 O Canhoto/1914 O Canhoto/1914 O Canhoto/1914 O Ateniense/1918 O Ateniense/1918 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1912 O Canhoto/1913 O Canhoto/1913 O Canhoto/1913 O Ateniense/1915 O Ateniense/1915 O Jardim das Maranhenses/1861 O Domingo/1872 A Pacotilha/1883 Voz do Povo/1931
Veronica Abandono
O Tocantins/1928 O Tempo/1931
Antônio Francisco da Costa e Silva (Amarante, 28 de novembro de 1885 — Rio de Janeiro, 29 de junho de 1950) foi um poeta brasileiro. Biografia
Hino do Piauí cuja poesia é de autoria de Costa e Silva e com música de Firmina Sobreira, Leopoldo Damascena Ferreira e Cirilo Chaves.[1][2] Começou a compor versos por volta de 1896, tendo seus primeiros poemas publicados em 1901. Todavia, seu primeiro livro de poesia, Sangue, somente foi lançado em 1908. É o autor da letra do hino do Piauí. Pertenceu à Academia Piauiense de Letras, Cadeira 21, cujo patrono é o padre Leopoldo Damasceno Ferreira. Guilherme Luiz Leite Ribeiro disse que Costa e Silva era pavorosamente feio, o que influiu na sua carreira: "Nos tempos do barão do Rio Branco não havia concurso para ingressar na carreira diplomática, e a seleção era feita pessoalmente por ele, que conversava com os candidatos, em geral pessoas de família conhecida, de preferência bonitos e que falassem línguas estrangeiras. Antônio Francisco da Costa e Silva, ilustre poeta e pai do embaixador e acadêmico Alberto Vasconcellos da Costa e Silva, conversou com o barão sobre a possibilidade de ingresso na carreira, porém o chanceler foi taxativo: - Olha, o senhor é um homem inteligente, admiro-o como poeta, contudo não vou nomeá-lo porque o senhor é muito feio e não quero gente feia no Itamaraty..."[3] Em seu segundo volume de Memórias, Balão Cativo, Pedro Nava conta a mesma história, embora não exatamente com as mesmas palavras: Era o poeta Antônio Francisco da Costa e Silva, cuja cara amarela parecia um bolo de miolo de pão com os furos dos olhos, das ventas e da boca Estava recém-casado com a bela Alice Salomon [...] Fora várias vezes indicado para o Itamarati e sempre com boas proteções. Rio Branco, contra. Até que o nosso Dá, exasperado, enchera-se de razões e de coragem e fora interpelar o implácavel barão. Ousou perguntar-lhe, afinal, o que tinha contra ele. Eu? nada, meu caro amigo. Até gosto dos seus versos e aprecio seu talento. Contra sua pretensão o que está é seu físico. Eu só deixo entrar na carreira homens de talento que sejam também belo homens. A diplomacia exige isso. Desejo-lhe boa sorte em tudo. Agora, no Itamarati, não! O senhor aqui não entra.[4] Seu filho, Alberto da Costa e Silva, foi um conhecido diplomata, autor, historiador e membro da Academia Brasileira de Letras, em 2014 recebeu o Prêmio Camões de 2014.[5] Um grande poeta que conquistou diversos públicos com seu jeito harmonioso, e seus poemas de sua cidade natal Amarante (Piauí). Homenagem filatélica Em 1984 por iniciativa do projeto de lei nª 3631/1984[6] do então deputado federal Jônathas de Barros Nunes, o Congresso Nacional aprovou e em 30 de setembro de 1985 o Presidente da República, José Sarney, sancionou a lei federal nº 7.378 que autorizou a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos a emitir selo comemorativo do centenário de nascimento do Da Costa e Silva.[7][8] Obras Sangue (1908), Elegia dos Olhos, Poema da Natureza, Clepsidra, Zodíaco (1917), Verhaeren (1917), Pandora (1919), Verônica (1927), Alhambra (1925-1933), obra póstuma inacabada, Antologia (coleção de poemas publicada em vida - 1934), Poesias Completas (1950), coletânea póstuma. Homenagens póstumas
No Piauí é homenagedado em várias cidades, por exemplo. Em Teresina foi construída a Praça Da Costa e Silva, na margem do Rio Parnaíba nas proximidades do edifício da CEPISA[9] e também tem a Biblioteca Pública Municipal Da Costa e Silva.[10] Em Floriano tem a Biblioteca Municipal Costa e Silva.[10] Em Geminiano tem a Biblioteca Municipal Antonio Francisco da Costa e Silva.[10] Da redação
Gonçalves Dias
O Martelo/1911
Dagmar Desterro da Silva
Aos leitores Às crianças Silenciosa noite de Natal
O Idealista/1958 O Idealista/1958 O Combate/1948
Dagmar Desterro e Silva, mais conhecida como Dagmar Desterro (São Luís, 09 de setembro de 1925 — São Luís, 06 de agosto de 2004) foi uma escritora brasileira[1]. Biografia Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais e bacharela e licenciada em Pedagogia pela Universidade Federal do Maranhão. Por muitos anos fora Professora primária, também chefiou o Serviço do Patrimônio da União em São Luís e foi Procuradora Federal no Maranhão[1]. Na Universidade Federal do Maranhão fora Professora titular de Psicologia e de Psicologia Evolutiva, sendo posteriormente alçada ao cargo Professora Emérita[1]. Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão[1]. Em 15 de abril de 1974 fora eleita para a cadeira 24 da Academia Maranhense de Letras, sucedendo Joaquim Dourado. Fora recepcionada em 08 de junho de 1974 pelo acadêmico Mário Martins Meireles[1]. Com a saúde muito fragilizada, falecera aos 78 anos, em 06 de agosto de 2004. Prêmios e Condecorações Medalha do Mérito Timbira, conferida pelo Governo do Maranhão Medalha Gonçalves Dias, da Academia Maranhense de Letras Medalha Domingos Perdigão, da Faculdade de Direito do Maranhão Medalha Sousândrade do Mérito Universitária, no grau ouro, conferida pela Universidade Federal do Maranhão. Obras[2] “ Amor, bem sabes tu como te quis... No afeto que minha alma te ofertou, dei-te tudo... Ilusão... Dei-te carinho... uma alma vibrante, - essa taça de vinho que sorveste feliz, o vinho delirante que tua vida embriagou. ” — [3] Recordando São Luís (1953) Conflito (1956) Segredos dispersos (1957) A vida de Benedito Leite para crianças (1957) O resto é solidão… e espera (1958) Parábola do sonho quase vida (1973) Discursos (1976) Pedra-vida (1979) Poemas para São Luís (1985) Canto ao entardecer (1985) Olá, amiguinhos!... (1988)
Dois tempos em compasso de estórias (1991) Seleta poética (1995) Dalso Santos Damasceno Barbosa
Força d´alma O padre
Gazeta Codoense/1901 Gazeta de Picos/1909
Damasceno Ferreira
Terribilis dea Ilusão
Revista do Norte/1902 Revista do Norte 1906
Athos Damasceno Ferreira (Porto Alegre, 3 de setembro de 1902 – Porto Alegre, 14 de abril de 1975) foi um poeta, romancista, cronista, tradutor, jornalista, crítico literário e historiador brasileiro. É tido como o mais importante historiador e cronista da cidade de Porto Alegre, é o fundador da historiografia da arte no estado do Rio Grande do Sul, e deixou destacada contribuição para a historiografia estadual nos campos da cultura e sociedade, sendo um pioneiro no estudo de vários temas. Foi um defensor da reavaliação dos regionalismos e um refinado poeta e novelista, embora nesta área seja pouco lembrado. Carreira
Capa do livro Poemas da Minha Cidade (1936). Era filho de João Armando Damasceno Ferreira e Ana Dias da Silva.[1] Fez os primeiros estudos em colégios religiosos, depois estudou Línguas com Ildefonso Gomes e Humanidades com Henrique Emílio Meyer,[2] e chegou a iniciar um curso de Direito no Rio de Janeiro, mas não o concluiu,[1] voltando a Porto Alegre e tornando-se funcionário público estadual, trabalhando na Secretaria do Interior e depois na Secretaria de Educação e Cultura, onde aposentou-se chefiando a Diretoria de Letras. Desde 1917 atuou como jornalista e cronista, colaborando em revistas e jornais como Máscara, Província de São Pedro, Eco do Sul, Ilustração Rio-Grandense, Tribuna Ilustrada, Gazeta do Povo, A Federação, Diário de Notícias e Correio do Povo. Foi ainda tradutor da Editora Globo, um dos fundadores da Fundação Eduardo Guimarães, que veio a presidir, e membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul e da Comissão Estadual do Folclore.[3][4][5] Passou a sua vida em Porto Alegre, cidade da qual seria o mais prolífico historiador e cronista. Guilhermino César disse que ele produziu "a maior escrita de um homem só sobre a capital do Rio Grande do Sul".[5] Deixou obras essenciais para o conhecimento da evolução urbana, cultural e social da cidade, além de cantá-la em poesias e descrevê-la pitorescamente em seus contos, novelas e suas muitas crônicas. São importantes neste grupo obras como Poemas da Minha Cidade (poesias, 1936), Imagens Sentimentais da Cidade (crônicas, 1940), Jornais Críticos e Humorísticos de Porto Alegre no século XIX (história cultural, 1954), O Teatro em Porto Alegre no século XIX (história cultural, 1954), Palco, Salão e Picadeiro em Porto Alegre no Século XIX, (história cultural, 1956), Sociedades Literárias em Porto Alegre no Século XIX (história cultural, 1962), O Carnaval Porto-alegrense no Século XIX (história cultural, 1970), Colóquios com a minha Cidade (crônicas, 1974) e Imprensa Literária de Porto Alegre no Século XIX (história cultural, 1975).[6][3] Mas seu trabalho não se limitou à capital do estado, sendo o pioneiro na escrita da história geral das artes rio-grandenses com seu clássico Artes Plásticas no Rio Grande do Sul (1971), que vai às fontes primitivas da arte estadual e traça um amplo panorama de seu desenvolvimento até o século XX, até hoje uma referência fundamental e, em seu largo escopo, ainda não ultrapassada, obra que foi complementada por muitos artigos avulsos.[5] Outras obras que merecem nota são Apontamentos para os estudo da indumentária no Rio Grande do Sul (1957) e Imprensa Caricata do Rio Grande do Sul no século XIX (1962), estudos pioneiros em seu gênero; as variadas colaborações que deixou para a série Fundamentos da Cultura Rio-Grandense, publicada em vários volumes entre 1950 e 1960, tratando entre outros aspectos dos viajantes estrangeiros, da imprensa e da indumentária no Rio
Grande do Sul, e O Teatro São Pedro na Vida Cultural do Rio Grande do Sul (com Herbert Caro, Guilhermino César e Paulo Moritz, 1975).[6][3] Obra História
Capa do livro Imprensa Literária de Porto Alegre no Século XIX (1975). Segundo Maria Beatriz Papaléo, Damasceno abordava a História numa óptica peculiar, rejeitando revestir o passado de mitologias e enfocando os aspectos populares e mesmo humorísticos, criando um retrato original da cidade que recuperava informações pouco valorizadas por outros historiadores, sendo, em suas palavras, um "artífice minucioso do cotidiano” que deixou um "inventário popular da cidade”. Isso no entanto não rebaixa o interesse de suas pesquisas, cuja seriedade e competência é amplamente reconhecida, ao contrário, acrescenta riqueza humana ao corpo historiográfico. Disse Joana Figueiredo que "como intelectual à frente do seu tempo, o autor já sabia que nem toda a história se faz de mito e de grandeza, mas de pontos e linhas, nós e botões — com algumas miçangas e turbantes para dar cor e alegria".[6] Em obras que são um misto de crônica e ensaio histórico, como Imagens Sentimentais da Cidade (1940, Prêmio Cidade de Porto Alegre[7]) e Sacadas e Sacadinhas Porto-Alegrenses (1945), ele entrelaça sua veia de historiador com seu lado poético e sua vivência como cidadão, descrevendo as mudanças do cenário urbano pela passagem do tempo e as concomitantes mudanças dos significados sociais dos espaços e da vida de seus ocupantes, centrado no estudo da "identidade dos cidadãos porto-alegrenses, fragilizada diante do advento das transformações do espaço urbano em voga a partir dos anos 1940", como referiu Charles Monteiro, e ao mesmo tempo denunciando, consternado, o acelerado "apagamento das marcas da cidade de outrora", tais como as antigas edificações, visto que as entendia como elementos necessários para a preservação de um senso de identidade para os locais. Em sua escrita, como observou Gabriela Silva, ele faz uso recorrente da primeira pessoa e de interpelações ao leitor, entrelaçando memórias e vivências pessoais e coletivas à análise cítica da História, uma estratégia "para remeter o leitor a uma continuidade entre passado e presente, o que leva ao fortalecimento da identidade que se quer conformar". Isso não estorvava sua lucidez a respeito de aspectos do passado que haviam mudado para melhor, citando por exemplo as péssimas condições de higiene e o precário transporte público da Porto Alegre do século XIX, distinguindo-os dos aspectos que julgava essenciais serem conservados para a preservação da essência da identidade local.[8] Joana Figueiredo pensa que "ao historiar a região e a sua cidade, de forma sentimental e engajada, Athos Damasceno se insere como autor comprometido com o passado, seu presente e um futuro das letras e das artes do Rio Grande do Sul. Sua escrita é a um tempo memória e história, testemunho e documento". Para Figueiredo, seu papel na historiografia da arte rio-grandense se compara ao de Vasari para as artes italianas do Renascimento.[5] "O seu interesse pelas imagens, fossem elas caricaturas de imprensa, roupas e têxteis ou esculturas missioneiras e a obra de pintores como Pedro Weingärtner, atestam um papel fundador de historiador da arte e da cultura visual no cenário de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul".[6] Porém, apesar de ser sistematicamente usado como referência pelos pesquisadores da arte contemporâneos, o autor, seu discurso e seus fundamentos teóricos e ideológicos ainda permanecem bastante à margem dos estudos acadêmicos. Figueiredo acrescenta que "evidenciar a sua contribuição de forma mais expressiva e lançar luz à sua produção escrita e intelectual em sua contribuição à historiografia da arte do Rio Grande do Sul é, hoje, mais que um desafio e uma necessidade: mas um acerto de contas com a própria História da Arte do Rio Grande do Sul".[5] Regionalismo Parte de seu trabalho como historiador esteve ligado à temática do gaúcho, um dos personagens formadores da cultura estadual e um tópico de grande interesse para os intelectuais de sua geração.[9] Foi um articulador dos conceitos relativos ao regionalismo, tornando-se célebre a polêmica que travou com o tradicionalista Vargas Netto sobre este tema.[6] Na época de sua atividade a oficialidade do Rio Grande do Sul buscava criar uma nova identidade cultural e política para o estado e seu povo, num tempo em que a cultura se internacionalizava e as antigas raízes culturais se dissolviam. Damasceno tomou parte ativa neste processo, analisando quais eram as rupturas com o passado e quais as continuidades, e como elas deveriam ser interpretadas e ressignificadas, considerando que a modernidade deveria ser incluída necessariamente na nova identidade que se buscava consolidar. Ele não negava o passado, de fato, o valorizava, mas exigia uma interpretação imparcial das fontes antigas, sem glamurizá-las, e condenava aqueles que tentavam ressuscitar acriticamente antigos modos de ser e ver o mundo passando ao largo das mudanças sociais que os tempos haviam trazido, os chamados saudosistas, que resumiam todo o povo rio-grandense na figura do gaúcho, então erigido como a imagem ideal do homem valente, livre e aguerrido, e centravam a herança cultural do estado no passado campeiro e militar e na contribuição lusa.[10] É ilustrativo de sua posição um trecho de um dos artigos que alimentaram a polêmica com Vargas Netto: "Devo ser sincero, eu não acredito muito no nosso regionalismo, sobretudo na poesia regionalista. [...] Ainda não consegui me compenetrar bem da 'viva realidade' que essas obras pretendem refletir. [...] Infeliz repetição de cenas, na maioria escassas de
verdade, o mesmo amor pelo pingo [cavalo], a mesma chinoca [moça] abandonada no rancho, a mesma sovada tapera ao lado da qual nunca falta a sombra amorosa de um sovadíssimo umbu e, coroando toda essa lamentável sem-saboria, as balacas irritantes de desarticulados e inexpressivos gaúchos a estadear valentias à frente dos bolichos — peço licença para voltar a página e ir espairecer na janela. [...] "O Rio Grande já não é mais simplesmente um vasto campo de criação de gado. Possuímos uma ampla zona colonial, onde homens de outras raças, de outros climas, trabalham, sofrem, lutam conosco pelo progresso do estado e onde se descobrem e se encontram os mais altos e sedutores motivos de beleza à espera de quem os interprete. Agita-se a porção mais numerosa da nossa população em cidades modernas e movimentadas onde os dramas mais intensos, as tragédias mais perturbantes, as conquistas mais audaciosas, estão aí todos os dias a inspirar obras marcantes e de larga repercussão. Por que, então, vamos viver aferrados a um regionalismo saudosista, que já está inteiramente esgotado, que não é mais a nossa expressão, que já não representa mais nada no complexo do nosso ambiente social e moral? [...] Será possível que, se amanhã tivermos de apresentarnos fora daqui, na França, no Industão ou no inferno, teremos de levar um petiço [cavalo] a cabresto, à maneira de ficha de identidade ou credenciais acreditadas?" [11] Literatura
Capa de Lua de Vidro. No início sua obra poética foi influenciada pelo Simbolismo de poetas como Mallarmé, Rodenbach e Verlaine e músicos como Debussy, deixando duas notáveis coleções de peças neste estilo. A primeira, Poemas do Sonho e da Desesperança (1925), é dedicada à sua esposa, Clara, e centrada na temática de um amor místico e espiritual, tingido pela melancolia, pelo sentimento de saudade e pelo desejo de evasão da realidade, que eram compensados pela esperança e pela piedade. A segunda, Poemas de Minha Cidade (1936), é um dos pontos culminantes do Simbolismo em terras gaúchas, criando as mesmas atmosferas enevoadas, crepusculares e subjetivas da outra obra, mas também adicionando toques de ironia e humor, e revelando, como afirma Cristiano Fretta, "um artista cônscio da universalidade da literatura mas extremamente atrelado ao meio (provinciano) em que se encontrava", "o que significa dizer que os artistas da época tinham nítida consciência do que era a cidade de então".[12] Neste ínterim já havia feito experiências com o Modernismo na coleção Lua de Vidro (1930),[13] que da mesma forma permanece como uma das principais contribuições gaúchas a esta escola.[3] Damasceno fez parte do grupo de intelectuais e artistas que frequentava o Café Colombo, em sua geração um dos principais fóruns de debates ideológicos, políticos, literários e estéticos da cidade, embora, de acordo com o testemunho de Paulo de Gouvêa, não ocupasse no grupo uma posição proeminente: "Não esquentou o lugar. [...] Chegava, dava um 'buenas' para a turma, conversava um quase-nada e ia adiante — para a caverna de Caco, para a cumeeira do Fujiama, para as terras do Pássaro Azul? Ninguém sabia por que estranhas veredas ia o poeta, rumo ao porto indefinido onde ancorava seu barco".[14] Apesar disso, para Cristiano Fretta a sua produção é representativa dos interesses do grupo, especialmente pela abordagem que faz de Porto Alegre e pela adoção em sua obra literária de princípios estéticos comuns a todos.[15] Estava como os outros, como pensa Regina Zilberman, engajado no processo de renovação da literatura local através da incorporação de novidades introduzidas pelas vanguardas modernas, mas preservando laços com o passado e a literatura anterior.[16] Serve de ilustração da primeira etapa um trecho do poema Praça da Harmonia, escrito para cantar a antiga praça, rodeada de frades de pedra, alumiada de lampiões a gás, debaixo das paineiras, com estátuas de louça à beira das aleias, que era um dos pontos de encontro dos poetas locais e que foi desmantelada para dar espaço para o Cais Mauá: Que é dos poetas que, um dia, ó velha praça morta, embriagaste com o filtro amável dos teus luares, das tuas sombras cariciosas, dos teus silêncios confidentes?... Tristes vozes de outrora, eu sei, muitas calaram para sempre... E hoje, mesmo de ti, nada mais nos ficou... [...] És um deserto só... Ninguém mais te procura! ... Nem sequer o fantasma andejo da saudade vem percorrer, à noite, as tuas alamedas... Mas a bruma outonal te amortalha, no ocaso, e, abrindo sobre ti as grandes sombras quietas, dá-te ainda a ilusão, sob as folhas caindo,
de que a cidade chora o jardim dos seus poetas... No campo da literatura em prosa devem ser citados as novelas Moleque: novelinha de arrabalde (1938) e Menininha (1941), e o livro de contos Persianas Verdes: contos e manchas (1967), que ambientam personagens prosaicos nos cenários humildes das ruas e casarios da periferia, nos bares e festas populares, levando vidas muitas vezes miseráveis, tristonhas e desprovidas de sentido, perdidos em sonhos insatisfeitos de liberdade e justiça e excluídos do buliço brilhante e dos grandes eventos dos centros urbanos, uma temática que conheceu grande voga na época.[3][17] O autor reconheceu seu débito especial para com Eça de Queiroz: "Nenhum de nós escapou à influência de Eça de Queiroz. Não adianta torcer o nariz, pretendendo esconder o que é tão claro. Escritor muito mais brasileiro do que português, ele foi para nós uma espécie de irmão mais velho, a quem se admirava e imitava. Na nossa literatura houve muito do seu monóculo".[18] Erico Veríssimo tinha sua obra artística em grande conta, louvando sua "prosa nítida, destra, [que] sabe contar uma história e fazer um poema. Hábil malabarista verbal, é capaz de dar interesse novelesco aos assuntos mais insípidos e pesados".[19] Foi também um sensível e arguto crítico literário.[3][17] Legado Sua contribuição historiográfica ainda é uma referência obrigatória, e sua destacada posição como fundador da história da arte gaúcha e um dos principais historiadores de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul continua indisputada.[6][20][21][5][12] Como disse Celso Luft, sua produção neste campo é preciosa, sendo autor culto, de grande capacidade analítica e interpretativa, que manejando uma prosa tersa e fluente deixou livros ao mesmo tempo instrutivos e agradáveis à leitura.[3] Por outro lado, sua produção poética e literária, "amplamente difundida e admirada",[22] que lhe deu renome nacional enquanto viveu[23] e fez Carlos Reverbel chamá-lo de poeta "de primeira água",[24] está agora bastante esquecida. Segundo Luís Augusto Fischer, ele foi "um dos grandes escritores sul-riograndenses ofuscados pela notável qualidade literária de Erico Verissimo".[25] Sua obra completa e 28 pastas de material de pesquisa e correspondência estão depositadas no Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul.[1] Armando Albuquerque musicou várias de suas poesias.[26] Em 1975 foi escolhido como o patrono da Feira do Livro de Porto Alegre,[27] cidade que o homenageou batizando uma praça com seu nome. Referências ↑ Ir para:a b c Guia Arquivos Pessoais e Coleções IHGRGS. Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, 2013 ↑ "Athos Damasceno Ferreira". Diário de Notícias, 26/05/1963, p. 11 ↑ Ir para:a b c d e f g Martinez, Leonil. "Xarque com Assucar". Pelotas com Nordeste: contraponto de extremos no paladar cultural brasileiro. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Santa Catarina, 2000, pp. 121-122 ↑ Silva, Gabriela Correa da. 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"Da ficção à história: a escrita da História de Athos Damasceno Ferreira (1940 - 1974)". In: XI Encontro Estadual de História da ANPUH-RS. Rio Grande, 2012 ↑ Silva (2011), pp. 18-29 ↑ Apud Silva (2011), pp. 28-29 ↑ Ir para:a b Fretta, Cristiano. As representações de Porto Alegre em "Poemas de minha cidade" de Athos Damasceno Ferreira. Monografia. UFRGS, 2010, pp. 10; 18-19; 35 ↑ Vargas, Therezinha Falleiro. "Amor e sonho na poesia de Athos Damasceno". In Letras de Hoje, 1975; 10 (2) ↑ Gouvêa, Paulo de. O Grupo: outras figuras — outras paragens. Movimento, 1976, p. 27 ↑ Fretta, pp. 12-18 ↑ Venturin, Daiane Pedroti. Poética de Mario Quintana: uma teoria recortada a partir do Caderno H. Dissertação de Mestrado. Universidade de Caxias do Sul, 2010, p. 27 ↑ Ir para:a b Cruz, Claudio. Literatura e cidade moderna: Porto Alegre 1935. EDIPUCRS, 1994, p. 73 ↑ Baumgarten, Carlos Alexandre. "Eça de Queiroz na Província de São Pedro". In: Convergência Lusíada, 2014; (32):20-28 ↑ Verissimo, Erico. 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Damasceno Vieira
Perolas soltas A paz universal A lição
A ESCOLA/ 1902 Gazeta de Picos/1909 A Lanterna/1913
DAMASCENO VIEIRA ( Brasil – Rio Grande do Sul ) (1853) Arnaldo Damasceno Vieira foi poeta e engenheiro militar (no Rio Grande do Sul), autor de "Baladas e Poemas". Nasceu em Porto Alegre, RS, em 6 de março de 1853, e faleceu em Salvador, BA, em 6 de abril de 1910. Filho de José Vieira Fernandes e Belmira Vieira do Nascimento. Cursou a Escola Normal de sua cidade natal, mas não seguiu a carreira do magistério. Foi empregado na Tesouraria da Fazenda do Rio Grande do Sul, como segundo-escriturário na Mesa de Vendas Gerais de Pelotas; como administrador, passou a servir como primeiro-escriturário na Alfândega de Porto Alegre. Sua produção como poeta, contista, teatrólogo e memorialista é extensa. Como jornalista, colaborou em numerosas revistas e jornais, não apenas do Rio Grande Sul. Pertenceu ao Partenon Literário do Rio Grande do Sul. Foi sócio correspondente da Associação dos Homens de Letras do Brasil, desde a fundação em 1883. Em 1890 foi eleito sócio correspondente do IHGB. Publicou: Ensaios Tímidos (poesias), P.A., 1872. – A Musa Moderna (poesias), P.A., 1885. – Hino Revolucionário Riograndense (música) 1835. – A Nova Geração: os alunos do Ateneu Brasileiro (composição poética), RJ, 1892. – Ensaios Literários, P.A. – Vingança do Quero-Quero (entre – ato cômico em versos), 1876. – História de um amor (narrativa), P.A., 1890. – A Jangada (conto) – Anuário do O Rio Grande do Sul, P.A., 1885 – Arnaldo (drama), 1886. – Memórias – A Família Pascoal (opereta ítalo-brasileira), 1893 (tem por assunto a colonização italiana). – Os gaúchos (comédia), P.A., 1891 – A Critíca na literatura (ensaios), Salvador, 1907. – A Voz de Tiradentes (cena dramática com uma apoteose à República), P.A., 1890. Seu livro de viagem no Rio da Prata abriu-lhe as portas do IHGB. Nasceu em Porto Alegre, RS, em 6 de março de 1853, e faleceu em Salvador, BA, em 6 de abril de 1910. Filho de José Vieira Fernandes e Belmira Vieira do Nascimento. Cursou a Escola Normal de sua cidade natal, mas não seguiu a carreira do magistério. Foi empregado na Tesouraria da Fazenda do Rio Grande do Sul, como segundo-escriturário na Mesa de Vendas Gerais de Pelotas; como administrador, passou a servir como primeiro-escriturário na Alfândega de Porto Alegre. Sua produção como poeta, contista, teatrólogo e memorialista é extensa. Como jornalista, colaborou em numerosas revistas e jornais, não apenas do Rio Grande Sul. Pertenceu ao Partenon Literário do Rio Grande do Sul. Foi sócio correspondente da Associação dos Homens de Letras do Brasil, desde a fundação em 1883. Em 1890 foi eleito sócio correspondente do IHGB. Publicou: Ensaios Tímidos (poesias), P.A., 1872. – A Musa Moderna (poesias), P.A., 1885. – Hino Revolucionário Riograndense (música) 1835. – A Nova Geração: os alunos do Ateneu Brasileiro (composição poética), RJ, 1892. – Ensaios Literários, P.A. – Vingança do Quero-Quero (entre – ato cômico em versos), 1876. – História de um amor (narrativa), P.A., 1890. – A Jangada (conto) – Anuário do O Rio Grande do Sul, P.A., 1885 – Arnaldo (drama), 1886. – Memórias – A Família Pascoal (opereta ítalo-brasileira), 1893 (tem por assunto a colonização italiana). – Os gaúchos (comédia), P.A., 1891 – A Critíca na literatura (ensaios), Salvador, 1907. – A Voz de Tiradentes (cena dramática com uma apoteose à República), P.A., 1890. Seu livro de viagem no Rio da Prata abriu-lhe as portas do IHGB. Biografia e imagem:
ALBATROZES Ou sobre as ondas do alto mar, flutuando, Balouçantes, em sonhos, em cismares, Ou sobre as nuvens revolvendo os ares, Sem receio do ciclone formidando, De penas alvas, misterioso bando De albatrozes, transpondo os grandes mares, De encontro aos ventos, suplantando azares, Vão ignoradas plagas demandando... Deixai-os voar, em plena liberdade,
Ou rente ao mar ou na suprema altura, Sumidos na azulina imensidade. No dilatado voo indefinito, Eles aspiram, como ideal ventura, Ir pousar nas paragens do infinito. AO POETA Sofre! É lei natural: a dor nos retempera; Ao choque da emoção, o sangue se acelera E imprime à fronte em fogo o lampejo febril. Sofre a atroz aflição com ânimo viril. Bem como um reverbero a concentrar no seio Irradiações do sol — que o sofrimento alheio Bata em teu coração e se converta em luz. Canta! E a tua voz que inflamada seduz Espalhe à multidão, como urna suave essência, Bondade, amor, poesia, a florir a existência. Canta o Belo que vês em tocante esplendor, O sorrir infantil, o desbrochar da flor, A prece, na mudez eloquente do pranto, O mistério-mulher de indefinido encanto, O mistério da seiva em contínuo vaivém, O sonho, a vida, a luz, o mistério do Além, O murmurar do rio, o vozear da floresta, Dos ninhos, a oscilar, a pipilante festa, Da invisível monera o estremecer vital E o eterno evolver do mundo sideral. Quando a morte, por prêmio ao teu apostolado, Conceder-te repouso ao coração cruciado, Encara-a sem temor, pois não é ela um fim. A campa é para nós um novo camarim De mutações; a vida assume nova forma. Não se destrói o corpo, apenas se transforma. A alquímia subterrânea opera outro existir No ar, ou no perfume, ou na flor a sorrir, Ou no éter, a flutuar imponderável...
PUJOL, Hippolyte. Anthologia des Poètes Brésiliens. Preface de M. do Oliveira Lima de 1912. 223 p.. PUJOL, Hippolyte. TOILETTE DE FIANCÉE Je veux te donner une robe De la mousseline de l´air, Elle sera de la couleur de l´aube, Couleur d´un virginal bleu clair.
L´Académie Brésilienne. São Paulo:
Pour la broder, j´irai ma chère, Emprunter quelques rayons d´or Au foyer du soleil que nou éclaire: Toilette digne de ton corps. La jupe est de fine dentelle, De blanche dentelle des mers, Et le corsage est de ue éternelle Qui se balance dans les airs. C´est la robe de fiancée Que tu vas recevoir de moi, Et le atours, à l´Aurore, ó Dircée, J´irai les dérober por toi. Des plus belles fleurs naturelles Je veux préparer de mes mains Bouquet des fleurs que brillent les plus belles Dans le polus beau de nos jardins. Pour ta guilande virginale J´aurai les étoiles deu ciel, O ma Dircée, et pour tisser ton voile, De lune un rayon inmmortel. Et por les fêtes nuptialess Viendra le plus beau des atours: Des brodequins coupés sur deux petals De fleur, coupés par les Amours. Quand nous marcherons ver l´église, Suivis de longue procession, La foule em choeur, de Beauté surprise, Dira: “Quelle heureuse union!” Dans ce plus beau Jour de ma vie, Du temple en suivant le chemin, Tu pourras voir se flétrir tous d´envie Le lis, la rose et le jasmin. Oui, ta robe de fiancée C´est moi que veux te la donner: J´irai moi que veux te la donner: L´or du soleil pour la broder! VEJA e LEIA outros poetas do RIO GRANDE DO SUL em nosso Portal: http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/rio_grade_sul/rio_grande_sul.html Página publicada em março de 2023 Dandy Dandy Danglars Dantas Lessa Dante Dante Dante Faria
Malhando Peralta Revelação Bom dia! Lanterna majica Lanterna majica Sai de minhalma Recordação Sai de minhalma Recordação Sai de minha alma Recordação
O Abelhudo/1933 O Abelhudo/1933 O Martelo/1911 Avante/1907 O Canhoto/1913 O Ateniense/1918 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1912 O Canhoto/1912
Danubio Lopes David Azevedo
Inspirações de um baile Mandamento Impressões de um baile Saudade! Descrença
O Canhoto/1913 O Ateniense/1915 O Canhoto/1908 Novidades/1952 O Ateniense/1920
David da Fonseca Pinto
Ode Fidelidade Maranhense/1826 Hymno Fidelidade Maranhense/1826 Soneto A Bandurra/1828 Nome completo: David da Fonseca Pinto Nascimento: Cacheu, Guiné-Bissau Morte: 1850 Descrição: Funcionário público. A cidade de Cacheu hoje é parte da Guiné-Bissau, que, à época, era colônia de Portugal. Fonte(s) dos dados BLAKE, Augusto Victorino Alves Sacramento. Diccionario Bibliographico Brazileiro. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1893. 7 v. Davilar De um operário Dedé Dedê Deiogenes Delfino Jorge
Delmar Silva Democrito Demostenes de Olinda
Jesus Sem título O que pensei Olhos mortos Minha Infancia A voz da ignorancia Quadro Saudades Um poeta caxiense Com vistas ao “Mosquito”
A Tarde/ 1946 A Actualidade/1900 A Peroba/1935 A Flexa/1879 Revista Elegante/1896 Jornal de Balsas/1934 Jornal de Balsas/1934 Jornal de Balsas/1934 O Pioneiro/1981 A Mocidade/1875
Em viagem Sonho helleno
O Rosariense/1903/04 Avante/1907
Demóstenes de Olinda d’Almeida Cavalcanti – por Pedro Ferrer. Publicado em 6 de agosto de 2019 por Cristiano Pilako No dia 20 de setembro de 1873, a senhora Edeltrudes de Holanda Cavalcanti d´Almeida deu à luz uma criança do sexo masculino. O pai, major Claudino José de Almeida Lisboa, pôs-lhe o nome de Demóstenes de Olinda. Vitória de Santo Antão ganhava um poeta e escritor. Concluído seu curso primário, partiu, em 1886, para o Recife na tentativa de realizar um ideal acalentado desde a mais tenra idade, bacharelasse em Ciências Jurídicas. Matriculou-se no Ginásio Pernambucano. Disciplinado em tudo: no acordar, no vestir e no estudar, logrou grande êxito nos estudos, sendo um destaque em classe. Nos horários extraclasses criou com alguns colegas um pequeno jornal, “O Literário”. Terminado o “Curso de Humanidades” ingressou na Faculdade de Direito do Recife. Ainda estudante das ciências jurídicas, colaborou com diversos jornais da capital escrevendo artigos, crônicas, contos e poesias. Em dezembro de 1895 recebeu seu diploma de bacharel em Direito indo trabalhar na diretoria da “Instrução Pública” e de “Melhoramento do Porto do Recife”. Seu único livro publicado, “Ortivos”¹, em 1894, ainda estudante, não teve a devida divulgação mas é carregado em sentimentos. “Pelos seus versos sente-se que o seu cantar era o amor, a felicidade, o sonho, a alegria de viver, e só raramente cantava a dor, o sofrimento” (Júlio Siqueira). Em 1897 foi nomeado promotor público da comarca do Alto Rio Doce, Minas Gerais. Seu bom desempenho mereceu-lhe uma rápida promoção, juiz da cidade de Patrocínio, na mesma Alterosa. Não teve tempo de assumir o novo cargo. No dia 15 de agosto de 1900 faleceu, deixando viúva a senhora Augusta Olinda de Almeida Cavalcanti. Não tiveram filhos. Além do seu livro “Ortivos”, único editado e publicado, deixou inúmeras poesias avulsas, dispersas tanto em Pernambuco, como no Rio de Janeiro e em Queluz, cidade mineira onde faleceu. Em 26 de janeiro de 1901 um grupo de escritores pernambucanos, liderados por Carneiro Vilela, criaram a Academia Pernambucana de Letras, tendo o nome de Demóstenes sido indicado para Patrono da Cadeira, nº 20. Era o mais alto reconhecimento do mérito literário daquele que tão cedo partira para a eternidade. Esse reconhecimento se estendeu e se manifestou ainda com a publicação de sua biografia no Dicionário Corográfico, Histórico e Estatístico de Pernambuco e no
Almanaque de Pernambuco. Foi ainda homenageado na capital pernambucana com a aposição do seu nome em uma rua do bairro da Madalena. Semelhante reverência recebeu da prefeitura de Camaragibe que deu seu nome a uma rua em Aldeia. Vitória de Santo Antão também soube reverenciar a memória do seu ilustre filho, colocando seu nome em uma rua no bairro do Cajá. .NOTURNO Sonhei ( ai se eu assim sempre sonhasse:) Que, reclinada, tinha-te ao meu lado, e te beijava a loira fronte, a face rubra e o rubro seio perfumado. Que esse meu sonho azel sempre durasse: que de leve não fosse perturbado o sono meu: que nunca eu despertasse senão na clara noite do noivado Isto eu pedia aos céus ainda ouvindo a doce prece dos teus lábios, quando vou de repente as pálpebras abrindo… Despertaste (dirás) verso cantando… mas não: eu não te vendo ao lado, rindo, só poderia despertar chorando!… ESCURO TEMA Cada vez que te falo me convenço que melhor fora se te não falasse, porque se em ti eu tanto não pensasse, não te falava do que menos penso. E digo mesmo que este amor intenso que guardo n’alma, eu antes não guardasse, pois dos loucos, se assim eu não te amasse, não pertencia ao número e pertenço. Longe de mim não és feliz, ausente de ti não sou feliz: mas os desejos que temos se resumem num somente. Ah! Não termos do pássaro os adejos para estares comigo eternamente e eternamente eu te cobrir de beijos! ORTIVOS¹ – VERSOS Hugo & Cia – Editores Papelaria Americana Recife – 1894 1 – Ortivo = nascente, que está nascendo, oriental. Pedro Ferrer – presidente do Instituto Histórico da Vitória. Denis Ramom Denise de Cássia Carvalho Deo da Silva Deo Silva
Loucura Segredo Á minha mãe
Novidades/1952 Novidades/1952 O Operário/1985
Ego Revelação De rosa De coisas Criação A devida lição A bailarina O muro do misterio Testamento Fatalismo
Correio de Timon/1956 Correio de Timon/1959 O Pioneiro/1981 O Pioneiro/1981 O Pioneiro/1981 O Pioneiro/1981 O Pioneiro/1981 O Pioneiro/1981 O Pioneiro/1983 Correio de Timon/1956
Mais um ano de encantamento do poeta Déo Silva Déo Silva, o poeta vanguardista No domingo, 27 de setembro, o nosso mais vanguardista bem humano-cultural na criação poética da literatura caxiense, Déo Silva, completara 37 anos de encantamento... haja vista que os poetas não morrem; eles se encantam! O poeta de vanguarda Raymundo Nonato da Silva, conhecido nos meios literários pelo pseudônimo de Déo Silva, nasceu em Caxias a 15 de agosto de 1937 e era filho de Jefferson Antônio da Silva e de Araçy Carneiro da Silva. Seus estudos se iniciaram com o curso primário, concluído no Grupo Escolar Gonçalves Dias em Caxias-Maranhão. O curso ginasial, iniciado no Colégio Caxiense não chegou a concluí-lo. Autodidata, tinha um verdadeiro fascínio pela Gramática e possuía um estilo incomum quando escrevia. Militou nos primórdios de sua carreira literária, como jornalista, integrando o corpo redacional dos principais jornais de São Luis, entre os anos 1953 e 1954. Foi redator-chefe do Suplemento Literário do "Diário da manhã" de 1957 a 1959. Atuou como locutor-redator, nas rádios: Ribamar, Timbira e Difusora em São Luis entre 1953 a 1958. Lançou seu primeiro livro: " NGULO NOTURNO" (prosa e poesias em 1959, obra que, de certo modo, revolucionou as letras maranhenses, inclusive por apresentar experiências gráfico-jornais. Fez parte, ao lado de Bandeira Tribuzzi, Ferreira Gullar, Nauro Machado e José Chagas, do Movimento Concretista, que se esboçou no Maranhão, imprimindo a força e vigor do seu talento. Ao tempo em que era chefe regional da Carteira de Crédito Agrícola e industrial do Banco do Brasil S/A (CREAI), divulgou, através da imprensa, um trabalho de pesquisa sócio-econômico pertinente à cidade de Pinheiro, na baixada maranhense, tendo com resultado uma alteração substancial e proveitosa na vida creditícia e produtora daquela região. Em 1970 se ausentou do Maranhão durante seis anos. Em Manaus, vinculado ao Clube da Madrugada, órgão que congrega os escritores daquela região, publicou, através da imprensa, vários artigos e poemas que obtiveram grande receptividade. Participou, em 1973, da Primeira mostra de Arte Concreta Brasileira, realizada em Fortaleza-Ceará. Representando o Estado do Maranhão, apresentou, ao ensejo, o produto de suas pesquisas estéticas, veiculadas após pela imprensa alencarina. Participaram nesse conclave autores de nome nacional como Décio Pignatari, Goebel Weyne e outros. Em 30/10/1977, recebeu do "Clube Recreativo Caxiense", o diploma de poeta-filósofo. Em 31/07/1978 recebeu, em Teresina, o certificado de "Homem de Ouro", de preferência pública, pela sua atuação literária durante aquele ano. Em 30/07/1979, indicado pela Presidência da extinta, Fundação Cultural do Maranhão, de quem era Assessor, participou, com destaque, do "Seminário como Núcleo de Altos Estudos Amazônicos", promovido pela Universidade Federal do Maranhão. Conhecedor da região amazônica , onde fez diversificadas pesquisas, lá assistiu, na tribo dos Ticunas, à festa da "Menina Moça". Naquela ocasião, o Cacique deu-lhe, de presente, um colar (trabalho artesanal) contendo as mais importantes aves e répteis da região, feitos de tucum. Em 1980 foi publicado seu segundo livro "EQUAÇÃO DO VERBO" (prosa e poesia), obra premiada através do plano Editorial - 80, FUNC/SIOGE. Figura, com certo mérito, em vários livros de crítica. O respeitável escritor brasileiro Walmir Ayala , atravésdo Jornal do Brasil (Rio) assim se expressou relativamente à poesia de DÉO: "labiríntico exercício de ser uma certa melancolia, tendendo à poesia pura". Suas atividades no Banco do Brasil nos Estados do Maranhão (Caxias e Pinheiro), Pará ((Marabá), Amazonas (Tefé) e São Paulo (Jaboticabal), foram marcadas pelo seu talento criativo e renovador. Foi chefe de Gabinete da Prefeitura Municipal de Caxias (1977-1978). Assessor da Provedoria do Hospital "Miron Pedreira" em Caxias de 1976 à 1978. Exerceu o cargo em Comissão de Assessor Cultural do Departamento de Assuntos Culturais da Fundação Cultural do Maranhão. Déo faleceu a 27 de setembro de 1983, quando se deslocava de Caxias para São Luis. Ele sempre dizia que era quase semelhante àquela cidade... “ Ela, a cidade, cercada de águas por todos os lados... Ele, o poeta, rodeado de ilusões por toda a vida...” D.S. Obras Inéditas: 1. "NUVENS DO FANTÁSTICO" (estórias e lendas); 2. "HISTÓRIA DAS IGREJAS DE CAXIAS"; 3. "GRANDEZA E MISTÉRIO DO AMAZONAS" (prosa); 4. "ESCADA DE BETEL" (poesia);
5. "DJÉBEL" (poesia); 6. "COISA DAS COISAS" (poesia); 7. "PACTO E IMPACTO"; 8. "O MARANHÃO E A GRAMÁTICA", (estudo crítico). Dois poemas de Déo Silva: Fotografia Eis minha angústia perto da manhã, a crescer, como um arbusto, na planície vã... Noite Ludovicense São Luis, um beco escuro, um ladrão e eu: Ele - Mãos ao alto... a bolsa ou a vida? Eu - Consulte-as, ambas estão vazias. Desfar. Vieira Diabo lyrico
O sonho de uma (?) A prostituição
O Imparcial/1915 Gazeta de Picos/1910
Dias Carneiro
Rio Itapecuru
A Mocidade/1906
Francisco Dias Carneiro nasceu na fazenda “Por-Emquanto”, no Município de Passagem Franca, a 23 de novembro de 1837 e faleceu em Caxias, a 17 de janeiro de 1896. Formado em Direito pela Faculdade do Recife, iniciou-se profissionalmente no ministério público, como promotor em Pastos Bons, passando-se à advocacia em São Luís; por fim, fez-se político, industrial e agricultor. Foi o presidente da primeira Câmara Municipal de Picos (hoje Colinas) e por mais de uma vez deputado provincial e geral pelo Maranhão, exercendo também a Vice-Presidência da Província. Homem de iniciativa e de ação, fundou a Companhia Prosperidade Caxiense, para construção de uma ponte sobre o Itapecuru, e incorporou duas fábricas de tecidos: a Companhia Industrial Caxiense e a Companhia União Caxiense. Sousa Bispo escolheu-o para patrono da Cadeira nº 27, da Academia Maranhense de Letras, atualmente ocupada por Arnaldo Ferreira. Dias d´Oliveira Dias da Silva Dias de Souza Junior Did
Diogenes de Alcantara Diversos autores Djal Fontoura
Djalma de Jesus
Nostalgia rude Num album A sublime e imortal atriz portuguesa Glozas Glozas Cantares Julgamento de Phryne Modas de apresentação Realismo É mentira Realismo Fantazia É mentira Realismo Fantazia É mentira Ante uma mulher Guerreita Passaro faminto Cruel Misererê
Revista do Norte/1903 Formigão/1870 Pacotilha/1886 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 A Fita/1917 Revista Elegante/1895 O Pioneiro/1981 O Canhoto/1912 O Canhoto/1912 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 O Canhoto/1908 Pacotilha/1904 O Paiz/1904 O Paiz/1904 O Paiz/1904 O Paiz/1904
Djalma Sacramento Djalma Vianna DJCB Do Guayacu Doca Negreiros
Domingos Barbosa
Professa Crepuscular Unica Soneto Pombinho Branco Promessa Clamor Mãe Charadas Soneto Trabalho Colégio Caxiense Partida A árvore Natal
O Paiz/1904 O Paiz/1904 O Paiz/1904 O Paiz/1904 O Paiz/1905 O Combate/1948 O Combate/1948 A Noticia/1928 A Marmota Maranhense/1854 Malagueta Maranhense/1844 O Trabalho/1950 Cruzeiro/1958 Cruzeiro/1959 Cruzeiro/1959 Cruzeiro/1959
O leão, o burro e o condor
Athenas/1940
Domingos Quadros Barbosa Álvares nasceu na cidade de São Bento, a 28 de novembro de 1880, e faleceu no Rio de Janeiro, a 26 de dezembro de 1946. Dirigiu a Imprensa Oficial do Estado em três ocasiões: 1908, 1912 e 1913, foi secretário-geral do Estado, no Governo Benedito Leite (1906-1910). Essencialmente prosador, firmou seu nome literário como contista, havendo publicado três livros de contos no relativamente curto espaço temporal que vai de 1908 a 1911. Orador de grandes recursos, representou o povo maranhense na Câmara dos Deputados, havendo desempenhado o mandato de deputado federal nas legislaturas: 1921-1923, 1924-1926, 1927-1929 e 1929-1930. Jornalista, colaborou em diversos órgãos da imprensa maranhense, entre os quais o jornal Pacotilha, Revista do Norte e Atenas. Dona Doncri. Dr. Baiacu Dr. K. rão Dr. Limpa Trilho Dr. Tomba Dreyfus Teixeira Dumont
Aos meus paes Balada antiga Interessante Aos inclites artistas do Centro Coizas profanas O pomada em apuros O Caluniador De aeroplano De aeroplano De aeroplano
O Domingo/1872 A Fita/1921 A Luta/1891 Jornal dos Artistas/1901 A Fita/1917 A Crise/1901 Cruzeiro/1947 O Bloco/1917 O Bloco/1917 O Bloco/1917
Dunshee de Abranches
À morte de Pereira da Costa O ultimo adeus Pela paz
Revista do Norte/1904 Revista do Norte/1904 Revista do Norte/1905
João Dunshee de Abranches Moura, mais conhecido como Dunshee de Abranches (São Luís, 02 de setembro de 1867 - Petrópolis, 11 de março de 1941) foi um poeta, um dos precursores do Clube de Regatas do Flamengo,[1] romancista, jornalista, político e professor brasileiro. [2] É patrono da cadeira nº 40 da Academia Maranhense de Letras. Biografia Era filho de Antônio da Silva Moura e de Raimunda de Abranches Moura. Seu avô materno, João Antônio Garcia de Abranches, foi político, jornalista e fundador do jornal O Censor no Maranhão durante o Império. Ainda adolescente, iniciou seus estudos em São Luís e em 1884 ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, graduando-se em 1889. [3] Em 1888 fundou, juntamente com Izac Martins e Antônio Rocha Lima, o periódico O Norte, na cidade de Barra do Corda. Colaborou com os jornais Aurora Boreal, Gazeta do Povo, Século, Pacotilha, País, Diário do Maranhão e Federalista, do Maranhão, e também com Federação, do Amazonas; Gazeta da Tarde, de Pernambuco; Federação, do Rio Grande do Sul; República, do Pará; Comércio de S. Paulo, de São Paulo; e Diário do Norte, da Bahia. No Rio de Janeiro, foi colaborador do Jornal do Comércio, Gazeta de Notícias, Tribuna e Correio da Manhã; diretor de O Dia; redator de O País, e redator do Jornal do Brasil, de 1895 a 1900. Durante o governo de Rodrigues Alves, foi nomeado comissário do governo junto aos institutos equiparados de ensino secundário e superior do Brasil. Em 1903 foi eleito deputado estadual pelo Maranhão, exercendo o cargo até 1905 quando foi eleito deputado federal, tendo exercido o mandato até 1917. Foi eleito em 1910 para presidir a Associação Brasileira de Imprensa, sendo reeleito em 1911, onde ficou até 1913[4]. Era pai da jornalista Maurina Dunshee de Abranches Pereira Carneiro. Faleceu na cidade de Petrópolis (RJ) no dia 11 de março de 1941. Obras Selva (1884-1886) [2] Memórias de um histórico – 2 volumes (1895 - 1896) [2] Papá Basílio (1897) [2] Silvio Romero (1899) [2] Cartas a Rabagas (1900) O evangelho da República e seus apóstolos (1903) Exames gerais de preparatórios (1905) A soberania em ação (1908) Tratados de comércio e navegação do Brasil (1909) O Brasil e o arbitramento (1911) Lourdes e Cotê D’Argent (1913) A conflagração europeia e suas causas (1914) Brazil and the Monroe doctrine (1915) Governos e congressos da República – 2 volumes (1918) Sonetos Maranhenses (1923) [2] O Tratado de Versalhes e os alemães do Brasil (1924) As indústrias de tecido e as tarifas aduaneiras (1925) A setembrada (1933) [2] Um jubileu carmelitano (1935) Uma vida (1936) O cativeiro (1938) A esfinge do Grajaú (1940) [2] Durval Soares
Sapé
Athenas/1941
ABECEDÁRIO DA POESIA MARANHENSE PUBLICADA EM JORNAIS – LETRA “E” – LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Academia Ludovicense de Letras Academia Poética Brasileira Instituto Histórico e Geográfico Maranhense Centro Esportivo Virtual Licenciado em Educação Física; Mestre em Ciência da Informação – IF-MA Nos links abaixo, a produção de poetas que foram registradas pela imprensa maranhense, desde o seu início, até meados dos anos 1980. Utilizei-me do acervo da Biblioteca Pública Benedito Leite, naqueles jornais em que se teve o acesso – são 588 jornais, encontrando-se, até o momento, cerca de 6.600 poemas; cabe ressaltar que nem todos os jornais estão disponíveis, isto é, acesso dá como erro, e em muitos deles, devido à precariedade da digitalização e mesmo do jornal, não se consegue ler todos os dados necessários: ou inelegíveis, ou mutilados, ou mesmo apagados para se entender os nomes dos autores. Outra dificuldade, nessa recuperação, é que a grande maioria assima com pseudônimos, ou apenas siglas, e muitos sem autoria. Também, grande número de poesias são de autores nascidos fora do Maranhão, alguns clássicos, outros nem tanto. Mas foram publicados em jornais maranhenses. A proposta do Dr. Sanatiel é, de identificados os nascidos no Maranhão, fazer-se uma antologia ludovicense, por períodos literários... Vamos à tentativa de identificação daqueles que começam com “E” ALL EM REVISTA 10.4 - outubro/dezembro 2023 - EDIÇÃO ESPECIAL: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES VY - por Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVISTA 10.4 - outubro/dezembro 2023: EDIÇÃO ESPECIAL - A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES XIV por Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVISTA 10.4 - outubro/dezembro 2023 - EDIÇÃO ESPECIAL: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES XIII de Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVSITA 10.4 - Outubro/dezembro 2023 = Edição Especial: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES XIId by Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVSITA 10.4 - outubro/dezembro 2023 - EDIÇÃO ESPECIAL: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES XI - por Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVISTA 10.4 - OUTUBRO/DEZEMBRO 2023 - NUMERO ESPECIAL X A POESIA MARANHENSE NOS JORNAIS I por Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVISTA 10.4 - outubro/dezembro 2023 - edição especial: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES IX de Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVSITA 10.4 - OUTURBO-DEZEMBRO 2023 - EDIÇÃO ESPECIAL: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES VIII Direção: Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVSITA 10.4 - OUTURBO-DEZEMBRO 2023 - EDIÇÃO ESPECIAL: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES VIII Direção: Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES - BIOBIBLIOGRAFIAS de Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVISTA 10.4.6 - Outubro/dezembro 2023 - Edição especial: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES V de Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVISTA 10.4.5 - OUTUBRO/DEZEMBRO 2023 = EDIÇÃO ESPECIALÇ: A POESIA NOS JORNAIS MARANHENSES I por Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVISTA 10.4.4 - OUTUBRO-DEZEMBRO 2023 - EDIÇÃO ESPECIAL III - A POESIA NOS JORNAIS MAANHENSE por Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVISTA 10.4 - OUTUBRO/DEZEMBRO 2023 - NUMERO ESPECIAL - A POESIA MARANHENSE NOS JORNAIS II de Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu ALL EM REVISTA 10.4 - OUTUBRO/DEZEMBRO 2023 - NUMERO ESPECIAL - A POESIA MARANHENSE NOS JORNAIS I por Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu E. Filho E. Gomes Ribeiro E. L. E. Marinho Aranha
Ideal Cinema Teu nome A ortografia do Vicente Elle e ella
Ideal-Cinema/1913 O Domingo/1872 A Fita/1921 Revista Elegante/1895
E. Medeiros e Albuquerque
Rio de Janeiro
O Tocantins/1930
E. N. E. Polary
Intima Noite má Matinal
Gazeta de Codo/1894 Revista Maranhense/1917 O Estudante/1915
Descrença REVISTA MARANHENSE/1916 Suplica Revista Maranhense/1916 Holocausto Revista Maranhense/1916 O seu leque Revista Maranhense/1916 Debalde Revista Maranhense/1916 Mal de amor Revista Maranhense/1917 Teus olhos Revista Maranhense/1917 Tela sertaneja Revista Maranhense/1917 No deserto do sonho Revista Maranhense/1918 Suprema dor Revista Maranhense/1920 E. Polary A vida e a flor Revista Maranhense/1917 Estolano Polary O crepusculo Primavera/1909 A minha mãe Primavera/1909 Pagina oculta Primavera/1909 A tempestade Primavera/1909 O dois de novembro Primavera/1909 Noite de inverno Primavera/1909 O Morphetico Primavera/1909 No final do século XIX, o município de Grajaú e quase todo sertão maranhense viveu uma rebelião política. Para o governo do Estado, o estopim foi o assassinato do promotor público Estolano Polary. Para os sertanejos, era uma disputa pelo controle político da região. Benedito Leite enviou forte contingente policial que praticou desmandos e atrocidades contra a população.
E. R. C. E.A. B. E.A.B. E.C.R. Ebdegard Brazil Correa Edgard Edgard Edgard Pinho
Conceito Um beijo faz mal O meu desejo O meu desejo Que coincidencia Amor venal O violino A partida Partindo
A SENTINELA/1855 A SENTINELA/1855 Marmota Maranhense/1854 A Marmota Maranhense/1854 A SENTINELA/1855 A Fita/1919-20 O São Bento/1901 O São Bento/1901 O Martelo/1911
Edghar Alan Poe
Os sinos
Athenas/1941
Edgar Allan Poe (né Edgar Poe; 19 de janeiro de 1809 - 7 de outubro de 1849) foi um escritor, poeta, escritor, editor e crítico literário norte-americano, mais conhecido por sua poesia e contos, particularmente seus contos de mistério e macabro. Ele é amplamente considerado como uma figura central do Romantismo e da ficção gótica nos Estados Unidos, e da literatura americana. [1] Poe foi um dos primeiros praticantes do conto no país, e é considerado o inventor do gênero de ficção policial, bem como um contribuinte significativo para o gênero emergente de ficção científica. [2] Ele é o primeiro escritor americano bem conhecido a ganhar a vida escrevendo sozinho, resultando em uma vida e carreira financeiramente difíceis. [3] Poe nasceu em Boston, o segundo filho dos atores David e Elizabeth "Eliza" Poe. [4] Seu pai abandonou a família em 1810, e quando sua mãe morreu no ano seguinte, Poe foi acolhido por John e Frances Allan de Richmond, Virgínia. Eles nunca o adotaram formalmente, mas ele estava com eles até a idade adulta. Ele frequentou a Universidade da Virgínia, mas saiu depois de um ano devido à falta de dinheiro. Ele brigou com John Allan sobre os fundos para sua educação e suas dívidas de jogo. Em 1827, tendo se alistado no Exército dos Estados Unidos com um nome fictício, ele publicou sua primeira coleção, Tamerlane and Other Poems, creditada apenas a "um Bostoniano". Poe e Allan chegaram a uma reaproximação temporária após a morte da
esposa de Allan em 1829. Poe mais tarde falhou como cadete oficial em West Point, declarou um desejo firme de ser poeta e escritor, e se separou de Allan. Poe mudou seu foco para a prosa, e passou os anos seguintes trabalhando para revistas literárias e periódicos, tornando-se conhecido por seu próprio estilo de crítica literária. Seu trabalho o forçou a se mudar entre várias cidades, incluindo Baltimore, Filadélfia e Nova York. Em 1836, casou-se com sua prima de 13 anos, Virginia Clemm, mas ela morreu de tuberculose em 1847. Em janeiro de 1845, ele publicou seu poema "O Corvo" com sucesso instantâneo. Ele planejou por anos produzir sua própria revista The Penn, mais tarde renomeada The Stylus. Mas antes de começar a publicar, Poe morreu em Baltimore em 1849, aos 40 anos, em circunstâncias misteriosas. A causa de sua morte permanece desconhecida, e tem sido atribuída a muitas causas, incluindo doenças, alcoolismo, abuso de substâncias e suicídio. [5] Poe e suas obras influenciaram a literatura em todo o mundo, bem como campos especializados, como cosmologia e criptografia. Ele e sua obra aparecem em toda a cultura popular na literatura, música, cinema e televisão. Várias de suas casas são museus dedicados. Os Escritores de Mistério da América apresentam anualmente um Prêmio Edgar por trabalhos de destaque no gênero mistério. Início da vida e educação Edgar Poe nasceu em Boston, Massachusetts, em 19 de janeiro de 1809, o segundo filho do ator americano David Poe Jr. e da atriz inglesa Elizabeth Arnold Hopkins Poe. Ele tinha um irmão mais velho, Henry, e uma irmã mais nova, Rosalie. [6] Seu avô, David Poe, emigrou do Condado de Cavan, Irlanda, por volta de 1750. [7] Seu pai abandonou a família em 1810,[8] e sua mãe morreu um ano depois de tuberculose pulmonar. Poe foi então levado para a casa de John Allan, um comerciante bem-sucedido em Richmond, Virgínia, que negociava uma variedade de bens, incluindo tecidos, trigo, lápides, tabaco e escravos. [9] Os Allans serviram como uma família adotiva e deram-lhe o nome de "Edgar Allan Poe",[10] embora nunca o tenham adotado formalmente. [11] A família Allan batizou Poe na Igreja Episcopal em 1812. John Allan alternadamente mimou e disciplinou agressivamente seu filho adotivo. [10] A família navegou para o Reino Unido em 1815, e Poe frequentou a escola de gramática por um curto período em Irvine, Ayrshire, Escócia, onde Allan nasceu, antes de se juntar à família em Londres em 1816. Lá ele estudou em um internato em Chelsea até o verão de 1817. Posteriormente, ele foi inserido na Manor House School do reverendo John Bransby em Stoke Newington, então um subúrbio 4 milhas (6 km) ao norte de Londres. [12] Poe mudou-se com os Allans de volta para Richmond em 1820. Em 1824, serviu como tenente da guarda de honra da juventude de Richmond enquanto a cidade celebrava a visita do Marquês de Lafayette. [13] Em março de 1825, o tio de Allan e benfeitor de negócios William Galt morreu, que foi dito ser um dos homens mais ricos em Richmond,[14] deixando Allan vários acres de imóveis. A herança foi estimada em US$ 750 mil (equivalente a R$ 19 milhões em 2022). [15] No verão de 1825, Allan celebrou sua riqueza expansiva comprando uma casa de tijolos de dois andares chamada Moldávia. [16] Poe pode ter ficado noivo de Sarah Elmira Royster antes de se registrar na Universidade da Virgínia em fevereiro de 1826 para estudar línguas antigas e modernas. [17][18] A universidade estava em sua infância, estabelecida sobre os ideais de seu fundador, Thomas Jefferson. Tinha regras rígidas contra jogos de azar, cavalos, armas, tabaco e álcool, mas essas regras foram ignoradas em sua maioria. Jefferson promulgou um sistema de autogoverno estudantil, permitindo que os alunos escolhessem seus próprios estudos, fizessem seus próprios arranjos para o internato e relatassem todas as irregularidades ao corpo docente. O sistema único ainda estava um caos, e havia uma alta taxa de abandono. [19] Durante seu tempo lá, Poe perdeu contato com Royster e também se afastou de seu pai adotivo por causa de dívidas de jogo. Ele alegou que Allan não lhe deu dinheiro suficiente para se inscrever em aulas, comprar textos e adquirir e mobiliar um dormitório. Allan enviou dinheiro e roupas adicionais, mas as dívidas de Poe aumentaram. [20] Poe desistiu da universidade depois de um ano, mas não se sentiu bemvindo retornando a Richmond, especialmente quando soube que sua namorada Royster havia se casado com outro homem, Alexander Shelton. Ele viajou para Boston em abril de 1827, sustentando-se com como escriturário e redator de jornais,[21] e começou a usar o pseudônimo Henri Le Rennet durante este período. [22] Carreira militar Poe foi incapaz de se sustentar, então ele se alistou no Exército dos Estados Unidos como soldado em 27 de maio de 1827, usando o nome de "Edgar A. Perry". Ele alegou que tinha 22 anos mesmo tendo 18. [23] Ele serviu pela primeira vez no Fort Independence em Boston Harbor por cinco dólares por mês. [21] Naquele ano, ele lançou seu primeiro livro, uma coleção de 40 páginas de poesia intitulada Tamerlane and Other Poems, atribuída com a assinatura "por um Bostoniano". Apenas 50 exemplares foram impressos, e o livro praticamente não recebeu atenção. [24] O regimento de Poe foi enviado para Fort Moultrie em Charleston, Carolina do Sul, e viajou de navio no brigue Waltham em 8 de novembro de 1827. Poe foi promovido a "artífice", um comerciante alistado que preparava projéteis para artilharia, e teve seu salário mensal dobrado. [25] Ele serviu por dois anos e alcançou o posto de Sargento-Mor de Artilharia, o posto mais alto que um suboficial poderia alcançar; Ele então tentou encerrar seu alistamento de cinco anos mais cedo. Ele revelou seu nome verdadeiro e suas circunstâncias para seu comandante, o tenente Howard, que permitiria que Poe fosse dispensado apenas se ele se reconciliasse com Allan. Poe escreveu uma carta para Allan, que era antipático e passou vários meses ignorando os apelos de Poe; Allan pode não ter escrito para Poe nem mesmo para conscientizá-lo da doença de sua mãe adotiva. Frances Allan morreu em 28 de fevereiro de 1829, e Poe visitou no dia seguinte ao seu enterro. Talvez suavizado pela morte de sua esposa, Allan concordou em apoiar a tentativa de Poe de ser dispensado para receber uma nomeação para a Academia Militar dos Estados Unidos em West Point, Nova York. [26] Poe foi finalmente dispensado em 15 de abril de 1829, depois de garantir um substituto para terminar seu mandato de alistamento para ele. [27] Antes de entrar em West Point, ele se mudou para Baltimore por um tempo para ficar com sua tia viúva Maria Clemm, sua filha Virginia Eliza Clemm (prima de Poe), seu irmão Henry e sua avó inválida Elizabeth Cairnes Poe. [28] Em setembro daquele ano, Poe recebeu "as primeiras palavras de encorajamento que me lembro de ter ouvido"[29] em uma
revisão de sua poesia pelo influente crítico John Neal, levando Poe a dedicar um dos poemas a Neal[30] em seu segundo livro Al Aaraaf, Tamerlane and Minor Poems, publicado em Baltimore em 1829. [31] Poe viajou para West Point e matriculou-se como cadete em 1 de julho de 1830. [32] Em outubro de 1830, Allan casou-se com sua segunda esposa Louisa Patterson. [33] O casamento e as brigas amargas com Poe sobre os filhos nascidos de Allan por casos extraconjugais levaram o pai adotivo a finalmente renegar Poe. [34] Poe decidiu deixar West Point propositalmente ficando na corte marcial. Em 8 de fevereiro de 1831, ele foi julgado por negligência grosseira do dever e desobediência de ordens por se recusar a frequentar formações, aulas ou igreja. Ele taticamente se declarou inocente para induzir a demissão, sabendo que seria considerado culpado. [35] Poe partiu para Nova York em fevereiro de 1831 e lançou um terceiro volume de poemas, simplesmente intitulado Poems. O livro foi financiado com a ajuda de seus colegas cadetes em West Point, muitos dos quais doaram 75 centavos para a causa, arrecadando um total de US $ 170. Eles podem estar esperando versos semelhantes aos satíricos que Poe havia escrito sobre os comandantes. [36] Foi impresso por Elam Bliss de Nova York, rotulado como "Segunda Edição", e incluindo uma página dizendo: "Ao Corpo de Cadetes dos EUA este volume é respeitosamente dedicado". O livro mais uma vez reeditou os longos poemas "Tamerlane" e "Al Aaraaf", mas também seis poemas inéditos, incluindo as primeiras versões de "To Helen", "Israfel" e "The City in the Sea". [37] Poe retornou a Baltimore para sua tia, irmão e primo em março de 1831. Seu irmão mais velho, Henrique, estava com problemas de saúde, em parte devido a problemas com alcoolismo, e morreu em 1º de agosto de 1831. [38] Carreira editorial Após a morte de seu irmão, Poe começou a tentar iniciar sua carreira como escritor, mas ele escolheu um momento difícil na publicação americana para fazê-lo. [39] Ele foi um dos primeiros americanos a viver escrevendo sozinho[3][40] e foi prejudicado pela falta de uma lei internacional de direitos autorais. [41] As editoras americanas muitas vezes produziam cópias não autorizadas de obras britânicas em vez de pagar por novos trabalhos de americanos. [40] A indústria também foi particularmente prejudicada pelo Pânico de 1837. [42] Houve um crescimento crescente nos periódicos americanos nessa época, alimentado em parte pelas novas tecnologias, mas muitos não duraram além de algumas edições. [43] Os editores muitas vezes se recusavam a pagar seus escritores ou os pagavam muito mais tarde do que prometeram,[44] e Poe repetidamente recorreu a pedidos humilhantes de dinheiro e outra assistência. [45] Depois de suas primeiras tentativas de poesia, Poe voltou sua atenção para a prosa, provavelmente baseada nas críticas de John Neal na revista The Yankee. [46] Ele colocou algumas histórias com uma publicação da Filadélfia e começou a trabalhar em seu único drama Politian. O Baltimore Saturday Visiter concedeu-lhe um prêmio em outubro de 1833 por seu conto "MS. Found in a Bottle". [47] A história levou-o à atenção de John P. Kennedy, um baltimoreano de meios consideráveis que ajudou Poe a colocar algumas de suas histórias e apresentou-o a Thomas W. White, editor do Southern Literary Messenger em Richmond. Em 1835, Poe tornou-se editor assistente do Southern Literary Messenger,[48] mas White o dispensou em poucas semanas por estar bêbado no trabalho. [49] Poe retornou a Baltimore, onde obteve uma licença para se casar com sua prima Virginia em 22 de setembro de 1835, embora não se saiba se eles estavam casados naquela época. [50] Ele tinha 26 anos e ela 13. Poe foi reintegrado por White depois de prometer bom comportamento, e ele voltou para Richmond com Virginia e sua mãe. Permaneceu no Mensageiro até janeiro de 1837. Durante este período, Poe afirmou que sua circulação aumentou de 700 para 3.500. [6] Ele publicou vários poemas, resenhas de livros, críticas e histórias no jornal. Em 16 de maio de 1836, ele e Virginia realizaram uma cerimônia de casamento presbiteriana realizada por Amasa Converse em sua pensão em Richmond, com uma testemunha atestando falsamente a idade de Clemm como 21 anos. [50][51] Filadélfia Em 1838, Poe mudou-se para a Filadélfia, onde viveu em quatro residências diferentes entre 1838 e 1844, uma das quais na 532 N. 7th Street foi preservada como um marco histórico nacional. No mesmo ano, o romance de Poe The Narrative of Arthur Gordon Pym of Nantucket foi publicado e amplamente revisado. [52] No verão de 1839, tornou-se editor-assistente da Burton's Gentleman's Magazine. Ele publicou numerosos artigos, histórias e resenhas, aumentando sua reputação como um crítico contundente que ele havia estabelecido no Messenger. Também em 1839, a coleção Tales of the Grotesque and Arabesque foi publicada em dois volumes, embora ele tenha ganhado pouco dinheiro com isso e recebeu críticas mistas. [53] Em junho de 1840, Poe publicou um prospecto anunciando suas intenções de iniciar seu próprio jornal chamado The Stylus,[54] embora ele originalmente pretendesse chamá-lo de The Penn, já que teria sido baseado na Filadélfia. Ele comprou espaço publicitário para seu prospecto na edição de 6 de junho de 1840 do Saturday Evening Post da Filadélfia: "Prospectus of the Penn Magazine, a Monthly Literary Journal to be editado and published in the city of Philadelphia by Edgar A. Poe".[55] O diário nunca foi produzido antes da morte de Poe. Poe deixou a Burton's depois de cerca de um ano e encontrou uma posição como escritor e coeditor na Graham's Magazine, uma publicação mensal de sucesso. [56] No último número de Graham's de 1841, Poe estava entre os cossignatários de uma nota editorial de celebração do tremendo sucesso que a revista havia alcançado no ano passado: "Talvez os editores de nenhuma revista, seja na América ou na Europa, tenham se sentado, no final de um ano, para contemplar o progresso de seu trabalho com mais satisfação do que agora. Nosso sucesso tem sido inexemplificável, quase incrível. Podemos afirmar sem medo de contradição que nenhum periódico jamais presenciou o mesmo aumento em tão curto período." [57] Nessa época, Poe tentou garantir uma posição na administração de John Tyler, alegando que ele era membro do Partido Whig. [58] Ele esperava ser nomeado para a Alfândega dos Estados Unidos na Filadélfia com a ajuda do filho do presidente Tyler, Robert,[59] um conhecido do amigo de Poe, Frederick Thomas. [60] Poe não compareceu a uma reunião com Thomas para discutir a nomeação em meados de setembro de 1842, alegando estar doente, embora Thomas acreditasse que ele estava bêbado. [61] Poe foi prometido uma nomeação, mas todos os cargos foram preenchidos por outros. [62]
Em uma noite de janeiro de 1842, Virginia mostrou os primeiros sinais de tuberculose enquanto cantava e tocava piano, o que Poe descreveu como quebrando um vaso sanguíneo em sua garganta. [63] Ela se recuperou apenas parcialmente, e Poe começou a beber mais sob o estresse de sua doença. Ele deixou a Graham's e tentou encontrar uma nova posição, por um tempo disputando um cargo no governo. Ele retornou a Nova York, onde trabalhou brevemente no Evening Mirror antes de se tornar editor do Broadway Journal e, mais tarde, seu proprietário. [64] Lá, Poe se alienou de outros escritores acusando publicamente Henry Wadsworth Longfellow de plágio, embora Longfellow nunca tenha respondido. [65] Em 29 de janeiro de 1845, o poema de Poe "The Raven" apareceu no Evening Mirror e se tornou uma sensação popular. Isso fez de Poe um nome familiar quase instantaneamente,[66] embora ele tenha recebido apenas US $ 9 por sua publicação. [67] Foi publicado simultaneamente na The American Review: A Whig Journal sob o pseudônimo de "Quarles". [68] O Bronx O Broadway Journal falhou em 1846,[64] e Poe mudou-se para uma casa de campo em Fordham, Nova York, no Bronx. Essa casa, agora conhecida como Edgar Allan Poe Cottage, foi transferida nos últimos anos para um parque perto do canto sudeste do Grand Concourse e Kingsbridge Road. Perto dali, Poe fez amizade com os jesuítas no St. John's College, hoje Universidade Fordham. [69] Virginia morreu na casa de campo em 30 de janeiro de 1847. [70] Biógrafos e críticos frequentemente sugerem que o tema frequente de Poe da "morte de uma bela mulher" deriva da perda repetida de mulheres ao longo de sua vida, incluindo sua esposa. [71] Poe estava cada vez mais instável após a morte de sua esposa. Ele tentou cortejar a poetisa Sarah Helen Whitman, que vivia em Providence, Rhode Island. Seu noivado fracassou, supostamente por causa da bebida e do comportamento errático de Poe. Há também fortes evidências de que a mãe de Whitman interveio e fez muito para atrapalhar o relacionamento. [72] Poe então retornou a Richmond e retomou um relacionamento com sua namorada de infância Sarah Elmira Royster. [73] Morte Em 3 de outubro de 1849, Poe foi encontrado semiconsciente em Baltimore, "em grande sofrimento e precisando de assistência imediata", de acordo com Joseph W. Walker, que o encontrou. [74] Ele foi levado para o Washington Medical College, onde morreu no domingo, 7 de outubro de 1849, às 5:00 da manhã. [75] Poe não foi coerente o suficiente para explicar como ele veio a estar em sua terrível condição e por que ele estava usando roupas que não eram suas. Diz-se que ele repetidamente chamou o nome "Reynolds" na noite anterior à sua morte, embora não esteja claro a quem ele estava se referindo. Seu médico assistente disse que as palavras finais de Poe foram: "Senhor ajude minha pobre alma". [75] Todos os registros médicos relevantes foram perdidos, incluindo o atestado de óbito de Poe. [76] Os jornais da época noticiaram a morte de Poe como "congestão do cérebro" ou "inflamação cerebral", eufemismos comuns para morte por causas inidôneas, como alcoolismo. [77] A causa real da morte permanece um mistério. [78] A especulação incluiu delirium tremens, doença cardíaca, epilepsia, sífilis, inflamação meníngea,[5] cólera,[79] intoxicação por monóxido de carbono,[80] e raiva. [81] Uma teoria datada de 1872 sugere que a morte de Poe resultou de cooping, uma forma de fraude eleitoral em que os cidadãos eram forçados a votar em um determinado candidato, às vezes levando à violência e até mesmo assassinato. [82] Memórias de Griswold Imediatamente após a morte de Poe, seu rival literário Rufus Wilmot Griswold escreveu um obituário inclinado sob um pseudônimo, cheio de falsidades que o classificavam como um lunático, e que o descrevia como uma pessoa que "andava pelas ruas, em loucura ou melancolia, com lábios se movendo em maldições indistintas, ou com os olhos voltados para cima em orações apaixonadas, (nunca para si mesmo, pois sentia, ou professava sentir, que já estava condenado)". [83] O longo obituário apareceu no New York Tribune, assinado "Ludwig" no dia em que Poe foi enterrado em Baltimore. Foi publicado em todo o país. O obituário começou: "Edgar Allan Poe está morto. Ele morreu em Baltimore anteontem. Este anúncio vai assustar muitos, mas poucos ficarão tristes com ele." [84] "Ludwig" logo foi identificado como Griswold, um editor, crítico e antologista que carregava rancor contra Poe desde 1842. Griswold de alguma forma se tornou o executor literário de Poe e tentou destruir a reputação de seu inimigo após sua morte. [85] Griswold escreveu um artigo biográfico de Poe chamado "Memoir of the Author", que ele incluiu em um volume de 1850 das obras coletadas. Lá, ele descreveu Poe como um louco depravado, bêbado e drogado e incluiu as cartas de Poe como prova. [85] Muitas de suas afirmações eram mentiras ou distorções; por exemplo, é seriamente contestado que Poe era um viciado em drogas. [86] O livro de Griswold foi denunciado por aqueles que conheciam bem Poe,[87] incluindo John Neal, que publicou um artigo defendendo Poe e atacando Griswold como um "Rhadamanthus, que não deve ser cobrado de seu cachê, um dedal cheio de notoriedade jornalística". [88] O livro de Griswold, no entanto, tornou-se uma fonte biográfica popularmente aceita. Isso ocorreu em parte porque era a única biografia completa disponível e foi amplamente reimpressa, e em parte porque os leitores se emocionaram com a ideia de ler obras de um homem "mau".89 89 As cartas que Griswold apresentou como prova foram mais tarde reveladas como falsificações. [90] Estilo e temas literários Gêneros As obras de ficção mais conhecidas de Poe são o terror gótico,[91] aderindo às convenções do gênero para atrair o gosto do público. [92] Seus temas mais recorrentes tratam de questões da morte, incluindo seus sinais físicos, os efeitos da decomposição, preocupações de enterro prematuro, a reanimação dos mortos e luto. [93] Muitas de suas obras são geralmente consideradas parte do gênero romantismo sombrio, uma reação literária ao transcendentalismo[94] que Poe não gostava muito. [95] Ele se referiu aos seguidores do movimento transcendental como "Frog-Pondians", após a lagoa em Boston Common,[96][97] e ridicularizou seus escritos como "metáfora – enlouquecer",[98] caindo em "obscuridade por causa da obscuridade" ou "misticismo por causa do misticismo". [95] Poe escreveu certa vez em uma carta a Thomas Holley Chivers que ele não gostava de transcendentalistas, "apenas os pretendentes e sofistas entre eles". [99]
Além do terror, Poe também escreveu sátiras, contos de humor e trotes. Para efeito cômico, ele usou a ironia e a extravagância ridícula, muitas vezes na tentativa de libertar o leitor da conformidade cultural. [92] "Metzengerstein" é a primeira história que Poe é conhecido por ter publicado[100] e sua primeira incursão no terror, mas foi originalmente concebido como um burlesco satirizando o gênero popular. [101] Poe também reinventou a ficção científica, respondendo em sua escrita a tecnologias emergentes, como balões de ar quente em "The Balloon-Hoax". [102] Poe escreveu grande parte de seu trabalho usando temas voltados especificamente para os gostos do mercado de massa. [103] Para esse fim, sua ficção frequentemente incluía elementos de pseudociências populares, como frenologia[104] e fisionomia. [105] Teoria literária A escrita de Poe reflete suas teorias literárias, que ele apresentou em sua crítica e também em ensaios como "O Princípio Poético". [106] Ele não gostava de didatismo[107] e alegoria,[108] embora acreditasse que o significado na literatura deveria ser uma corrente abaixo da superfície. Obras com significados óbvios, escreveu, deixam de ser arte. [109] Ele acreditava que o trabalho de qualidade deveria ser breve e se concentrar em um único efeito específico. [106] Para esse fim, ele acreditava que o escritor deveria calcular cuidadosamente cada sentimento e ideia. [110] Poe descreve seu método ao escrever "O Corvo" no ensaio "A Filosofia da Composição", e ele afirma ter seguido estritamente esse método. No entanto, foi questionado se ele realmente seguiu esse sistema. T. S. Eliot disse: "É difícil para nós ler esse ensaio sem refletir que, se Poe planejasse seu poema com tal cálculo, ele poderia ter se esforçado um pouco mais com ele: o resultado dificilmente credita ao método". [111] O biógrafo Joseph Wood Krutch descreveu o ensaio como "um exercício bastante engenhoso na arte da racionalização". [112] Legado Influência Durante sua vida, Poe foi reconhecido principalmente como um crítico literário. O também crítico James Russell Lowell o chamou de "o crítico mais discriminador, filosófico e destemido sobre obras imaginativas que escreveu na América", sugerindo – retoricamente – que ele ocasionalmente usava ácido prussico em vez de tinta. [113] As críticas cáusticas de Poe lhe renderam a reputação de ser um "homem tomahawk". [114] Um alvo favorito da crítica de Poe foi o aclamado poeta de Boston Henry Wadsworth Longfellow, que foi frequentemente defendido por seus amigos literários no que mais tarde foi chamado de "The Longfellow War". Poe acusou Longfellow de "a heresia do didático", escrevendo poesia que era presunçosa, derivada e tematicamente plagiada. [115] Poe previu corretamente que a reputação e o estilo de poesia de Longfellow iriam declinar, concluindo: "Nós lhe concedemos altas qualidades, mas negamos a ele o Futuro". [116] Poe também era conhecido como um escritor de ficção e se tornou um dos primeiros autores americanos do século 19 a se tornar mais popular na Europa do que nos Estados Unidos. [117] Poe é particularmente respeitado na França, em parte devido às primeiras traduções de Charles Baudelaire. As traduções de Baudelaire tornaram-se interpretações definitivas da obra de Poe na Europa Continental. [118] Os primeiros contos de ficção policial de Poe com C. Auguste Dupin lançaram as bases para futuros detetives na literatura. Sir Arthur Conan Doyle disse: "Cada uma [das histórias de detetive de Poe] é uma raiz a partir da qual toda uma literatura se desenvolveu... Onde estava a história do detetive até que Poe deu o sopro de vida nela?" [119] Os Escritores de Mistério da América nomearam seus prêmios de excelência no gênero de "Edgars". [120] O trabalho de Poe também influenciou a ficção científica, notavelmente Júlio Verne, que escreveu uma sequência para o romance de Poe The Narrative of Arthur Gordon Pym of Nantucket chamado An Antarctic Mystery, também conhecido como The Sphinx of the Ice Fields. [121] O autor de ficção científica H. G. Wells observou: "Pym conta o que uma mente muito inteligente poderia imaginar sobre a região polar sul um século atrás". [122] Em 2013, o The Guardian citou Pym como um dos maiores romances já escritos em língua inglesa, e observou sua influência em autores posteriores como Doyle, Henry James, B. Traven e David Morrell. [123] O autor e historiador de terror H. P. Lovecraft foi fortemente influenciado pelos contos de terror de Poe, dedicando uma seção inteira de seu longo ensaio, "Supernatural Horror in Literature", à sua influência no gênero. [124] Em suas cartas, Lovecraft descreveu Poe como seu "Deus da Ficção". [125] As histórias anteriores de Lovecraft expressam uma influência significativa de Poe. [126] Um trabalho posterior, At the Mountains of Madness, cita-o e foi influenciado pela Narrativa de Arthur Gordon Pym de Nantucket. [127] Lovecraft também fez uso extensivo da unidade de efeito de Poe em sua ficção. [128] Alfred Hitchcock disse uma vez: "É porque eu gostava tanto das histórias de Edgar Allan Poe que comecei a fazer filmes de suspense". [129] Muitas referências às obras de Poe estão presentes nos romances de Vladimir Nabokov. [130] Como muitos artistas famosos, as obras de Poe geraram imitadores. [131] Uma tendência entre os imitadores de Poe tem sido as alegações de clarividentes ou médiuns de estarem "canalizando" poemas do espírito de Poe. Uma das mais notáveis foi Lizzie Doten, que publicou Poems from the Inner Life em 1863, no qual afirmou ter "recebido" novas composições pelo espírito de Poe. As composições eram releituras de poemas famosos de Poe, como "The Bells", mas que refletiam uma nova perspectiva positiva. [132] Poe também recebeu críticas. Isso se deve em parte à percepção negativa de seu caráter pessoal e sua influência sobre sua reputação. [117] William Butler Yeats foi ocasionalmente crítico de Poe e uma vez o chamou de "vulgar". [133] O transcendentalista Ralph Waldo Emerson reagiu a "O Corvo" dizendo: "Não vejo nada nele",[134] e ironicamente se referiu a Poe como "o homem do jingle". [135] Aldous Huxley escreveu que a escrita de Poe "cai na vulgaridade" por ser "poética demais" - o equivalente a usar um anel de diamante em cada dedo. [136] Acredita-se que apenas doze cópias sobreviveram do primeiro livro de Poe, Tamerlane and Other Poems. Em dezembro de 2009, um exemplar foi vendido na leiloeira Christie's em Nova York por US$ 662.500, um preço recorde pago por uma obra da literatura americana. [137] Física e cosmologia
Eureka: A Prose Poem, um ensaio escrito em 1848, incluiu uma teoria cosmológica que pressagiou a teoria do Big Bang em 80 anos,[138][139] bem como a primeira solução plausível para o paradoxo de Olbers. [140][141] Poe evitou o método científico em Eureka e, em vez disso, escreveu a partir de pura intuição. [142] Por esta razão, ele a considerou uma obra de arte, não ciência,[142] mas insistiu que ainda era verdade[143] e a considerou como sua obra-prima de carreira. [144] Mesmo assim, Eureka está cheio de erros científicos. Em particular, as sugestões de Poe ignoraram os princípios newtonianos em relação à densidade e rotação dos planetas. [145] Criptografia Poe tinha um grande interesse em criptografia. Ele havia colocado um aviso de suas habilidades no jornal da Filadélfia Alexander's Weekly (Express) Messenger, convidando submissões de cifras que ele passou a resolver. [146] Em julho de 1841, Poe publicou um ensaio chamado "A Few Words on Secret Writing" na Graham's Magazine. Capitalizando o interesse público no tema, ele escreveu "The Gold-Bug" incorporando cifras como parte essencial da história. [147] O sucesso de Poe com a criptografia dependia não tanto de seu profundo conhecimento desse campo (seu método era limitado ao criptograma de substituição simples), mas de seu conhecimento da cultura da revista e do jornal. Suas habilidades analíticas aguçadas, que eram tão evidentes em suas histórias de detetive, permitiram-lhe ver que o público em geral era amplamente ignorante dos métodos pelos quais um criptograma de substituição simples pode ser resolvido, e ele usou isso a seu favor. [146] A sensação que Poe criou com suas acrobacias de criptografia desempenhou um papel importante na popularização de criptogramas em jornais e revistas. [148] Duas cifras que ele publicou em 1841 sob o nome "W. B. Tyler" não foram resolvidas até 1992 e 2000, respectivamente. Uma delas foi uma citação da peça Cato, de Joseph Addison; o outro é provavelmente baseado em um poema de Hester Thrale. [149][150] Poe teve uma influência na criptografia além de aumentar o interesse público durante sua vida. William Friedman, o principal criptologista dos Estados Unidos, foi fortemente influenciado por Poe. [151] O interesse inicial de Friedman em criptografia veio da leitura de "The Gold-Bug" quando criança, um interesse que ele mais tarde colocou em uso para decifrar o código PURPLE do Japão durante a Segunda Guerra Mundial. [152] Na cultura popular Como personagem Artigos principais: Edgar Allan Poe na cultura popular e Edgar Allan Poe na televisão e no cinema O histórico Edgar Allan Poe tem aparecido como um personagem ficcionalizado, muitas vezes para representar o "gênio louco" ou "artista atormentado" e para explorar suas lutas pessoais. [153] Muitas dessas representações também se misturam com personagens de suas histórias, sugerindo que Poe e seus personagens compartilham identidades. [154] Muitas vezes, representações fictícias de Poe usam suas habilidades de resolução de mistérios em romances como The Poe Shadow de Matthew Pearl. [155] Nenhuma casa de infância de Poe ainda está de pé, incluindo a propriedade da família Allan na Moldávia. A casa mais antiga de Richmond, a Old Stone House, está em uso como o Museu Edgar Allan Poe, embora Poe nunca tenha vivido lá. A coleção inclui muitos itens que Poe usou durante seu tempo com a família Allan, e também apresenta várias primeiras impressões raras de obras de Poe. 13 West Range é o dormitório que se acredita que Poe tenha usado enquanto estudava na Universidade da Virgínia em 1826; Está preservado e disponível para visitas. Sua manutenção é supervisionada por um grupo de estudantes e funcionários conhecido como a Sociedade Raven. [156] A primeira casa sobrevivente em que Poe viveu é em 203 North Amity St. em Baltimore, que é preservada como a Casa e Museu Edgar Allan Poe. Acredita-se que Poe tenha vivido na casa aos 23 anos, quando viveu pela primeira vez com Maria Clemm e Virginia e, possivelmente, sua avó e possivelmente seu irmão William Henry Leonard Poe. [157] É aberto ao público e é também a casa da Sociedade Edgar Allan Poe. Enquanto esteve na Filadélfia entre 1838 e 1844, Poe viveu em pelo menos quatro residências diferentes, incluindo o Indian Queen Hotel na 15 S. 4th Street, em uma residência na 16th and Locust Streets, na 2502 Fairmount Street, e depois na seção Spring Garden da cidade na 532 N. 7th Street, uma residência que foi preservada pelo Serviço Nacional de Parques como o Edgar Allan Poe National Historic Site. [158][159] A última casa de Poe no Bronx, Nova York, é preservada como a Edgar Allan Poe Cottage. [70] Em Boston, uma placa comemorativa na Boylston Street fica a vários quarteirões de distância do local real do nascimento de Poe. [160][161][162][163] A casa que foi seu local de nascimento em 62 Carver Street não existe mais; Além disso, a rua foi renomeada para "Charles Street South". [164][163] Uma "praça" no cruzamento das ruas Broadway, Fayette e Carver já havia sido nomeada em sua homenagem,[165] mas desapareceu quando as ruas foram reorganizadas. Em 2009, o cruzamento das ruas Charles e Boylston (dois quarteirões ao norte de sua terra natal) foi designado "Praça Edgar Allan Poe". [166] Em março de 2014, a arrecadação de fundos foi concluída para a construção de uma escultura memorial permanente, conhecida como Poe Returning to Boston, neste local. O design vencedor de Stefanie Rocknak retrata um Poe em tamanho real caminhando contra o vento, acompanhado por um corvo voador; A tampa de sua mala se abriu, deixando um "rastro de papel" de obras literárias embutidas na calçada atrás dele. [167][168][169] A inauguração pública em 5 de outubro de 2014 contou com a presença do ex-poeta laureado Robert Pinsky. [170] Outros marcos de Poe incluem um edifício no Upper West Side, onde Poe viveu temporariamente quando se mudou para Nova York. Uma placa sugere que Poe escreveu "O Corvo" aqui. Na Ilha de Sullivan, no Condado de Charleston, Carolina do Sul, cenário do conto de Poe "The Gold-Bug" e onde Poe serviu no Exército em 1827 em Fort Moultrie, há um restaurante chamado Poe's Tavern. Na seção Fell's Point de Baltimore, um bar ainda está onde a lenda diz que Poe foi visto pela última vez bebendo antes de sua morte. Conhecido como "The Horse You Came in On", o lore local insiste que um fantasma a quem eles chamam de "Edgar" assombra os quartos acima. [171]
Ver artigo principal: Bibliografia de Edgar Allan Poe Contos "O Gato Preto" "O Barril de Amontillado" "Uma descida ao Maelström" "Os fatos no caso de M. Valdemar" "A Queda da Casa de Usher" "O Bicho do Ouro" "Hop-Frog" "O Imp do Perverso" "Ligeia" "A Máscara da Morte Vermelha" "Morella" "Os assassinatos na morgue da rua" "Nunca Aposte o Diabo na Sua Cabeça" "O Retrato Oval" "O Poço e o Pêndulo" "O enterro prematuro" "A Carta Purificada" "O Sistema do Doutor Tarr e do Professor Fether" "O Coração Contador" "Perda de fôlego" Poesia "Al Aaraaf" "Annabel Lima" "Os Sinos" "A Cidade no Mar" "O Verme Conquistador" "Um sonho dentro de um sonho" "Eldorado" "Eulalie" "O Palácio Assombrado" "Para Helen" "Lenore" "Tamerlane" "O Corvo" "Ulalume" Outros trabalhos Politian (1835) – A única peça de Poe A Narrativa de Arthur Gordon Pym de Nantucket (1838) – o único romance completo de Poe The Journal of Julius Rodman (1840) – o segundo romance inacabado de Poe "The Balloon-Hoax" (1844) – Uma farsa jornalística impressa como uma história real "A Filosofia da Composição" (1846) – Ensaio Eureka: Um poema em prosa (1848) – Ensaio "O Princípio Poético" (1848) – Ensaio "O Farol" (1849) – a última obra incompleta de Poe Edila Mangabeira As vozes dos sinos Cruzeiro/1943 Edyla Mangabeira Unger Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural 1914 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro
Roberto Mangabeira Unger – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org) - Lá, sua filha Edyla conheceu o advogado alemão naturalizado estadunidense Arthur Unger, com quem se casaria e teria os filhos Roberto e Nancy. Edinetex Edison Teixeira Edmundo de Amiees Eduard Chiricari Eduardo Espirito Santo Eduardo Galvão Eduardo Gomes Ribeiro Eduardo T. do Espirito Santo Eduardo Vidal
Eterno enigma Lábios Lábios Pelo mundo Tudo cresce Suplica O pescador de aves Chula Efígie A perdida
A Fita/1919-20 A Fita/1921 A Fita/1921 Jornal dos Artistas/1901 A Luta/1891 Jornal dos Artistas/1901 A Luta/1891 O Domingo/1872 Jornal dos Artistas/1901 Avante/1906
Eider Filho
Ruinas Mar secreto O Genio do Mal Padre nosso
A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 A Fita/1919-20 Voz do Povo/1937
Elesbão Luz
Á terra berço maranhense De lança em riste
A Voz do Norte/1929 O Suburbano/1935
Elias Sarmento Elisio Vasconcelos Elmano Rivarola
A voz de pedra Natal ? Noite d´alma Somho Perdoa Não perguntes Para ela T. Gloza Páginas soltas
Avante/1902 Novidades/1951 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1872 O Domingo/1880 O Domingo/1880 A Imprensa Caxiense/1859
Verdade Noite de luar Ela Crença No Amazonas Se eu dissesse Martirio de Tantalo Alma que sofre Dolor mia Dor suprema Velhinha Depois do baile
Revista Maranhense/1917 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1918 Revista Maranhense/1920 Revista Maranhense/1920
Eleele
Eloah Elpidio Nina Elpidio Santos
Elpídio dos Santos (São Luiz do Paraitinga, 14 de janeiro de 1909 — São Luiz do Paraitinga, 3 de setembro de 1970) foi um maestro brasileiro.[1] Biografia Nascido no Vale do Paraíba, estudou música e aprendeu a tocar instrumentos de sopro na banda local, foi para São Paulo onde estudou no Conservatório Paulista de Canto Orfeônico. Escolheu o violão como instrumento que o acompanharia por toda a vida. Foi professor de música, autor de uma extensa obra com inúmeros sucessos gravados por artistas como Almir Sater e Sérgio Reis, Fafá de Belém, Vanuza, Cascatinha e Inhana, Renato Teixeira entre outros. No cinema foi o compositor preferido de Amácio Mazzaropi, criando 25 trilhas para filmes do cineasta. Suas músicas fizeram parte da trilha sonora das novelas: Cabocla (Rede Globo), Rei do Gado (Rede Globo), Pantanal (TV Manchete/SBT) e Meu Pé de Laranja Lima (Band). Embora seja conhecido como compositor de música caipira, sua obra conta com vários gêneros musicais como valsa, samba, choro, etc. Em 1952 grava a primeira canção (A cruz de ferro) em parceria com os amigos e compositores Anacleto Rosa Junior e Patativa, contando a lenda da cruz de ferro em Ubatuba. Logo depois, em 1955, a gravadora Toda América lança mais uma composição de Elpídio dos Santos: Despertar do Sertão, interpretada por Cascatinha e Inhana, uma conhecida dupla da música popular na época e que foi a primeira canção brasileira
tocada na rádio BBC de Londres. Novamente sua música é tocada nas rádios, seu nome começa então a ser citado nos jornais da época e a partir dali uma série de composições são gravadas por vários interpretes diferentes, entre eles: Amilton, Cascatinha Inhana, Dircinha Costa, Du Brasil Moreno, Elza Laranjeira, Irmãs Galvão, José Tobias, Laurinha, Mary do Arte, Mazzaropi, Mires de Oliveira, Nei de Fraga, Pinheirinho, Titulares do Ritmo, e recentemente foi gravado por Renato Teixeira, Almir Sater, Fafá de Belém e Sérgio Reis, entre outros. Esses intérpretes tornaram conhecidas as músicas como: Você vai gostar; A mulher do canoeiro; Chegadinho chegadinho; Lua na roça; Bandinha do Interior; Despertar do Sertão (primeira música brasileira tocada na rádio BBC de Londres); Milagre de São Benedito; Desce a noite; Não sei chorar; Cai sereno; Velho moinho; Namoro antigo; entre outras. Parceria e amizade com Mazzaropi Elpídio era o compositor preferido de Amácio Mazzaropi, sempre convidado para criar as músicas específicas de cada filme e que seriam cantadas pelo próprio artista. A amizade surgiu quando Mazza veio para a região com um circo quadrado bem velho e chovia muito. Procuraram o Elpídio e disseram a ele que Mazzaropi estava a perigo e não tinha dinheiro para pagar músicos. Então Elpídio foi ajudá-lo e disse-lhe que tocaria sem cobrar nada. Mazza nunca esqueceu e reconheceu o talento de Elpídio. Assim surgiu uma grande parceria e amizade genuína que duraria até o fim da vida de Elpídio dos Santos. Em 1970 Elpídio dos Santos morre. No ano subsequente, Amácio Mazzaropi retorna à casa de Cinira para fazer um apelo: que um de seus jovens filhos tentasse fazer a música para seu novo filme e não deixassem assim, cessar aquela parceria. Passados alguns anos, Amácio Mazzaropi grava a música “Despertar do Sertão” e a parceria com o velho amigo continua mesmo após sua morte. Ao todo foram vinte e cinco canções de Elpídio dos Santos gravadas por Amácio Mazzaropi. Letra de A Dor da Saudade A dor da saudade Quem é que não tem Olhando o passado Quem é que não sente Saudade de alguém... Da pequena casinha Da luz do luar... Do vento manhoso Soprando do mar... A dor da saudade... E até das mentiras Que fazem sonhar De alguém que se foi Pra não mais voltar... A dor da saudade... Vá embora saudade Da minha casinha Que eu quero bem Elvira Ribeiro Lima Ely Veras
Elza
O “Risos d´Alma” Borboletas A festa de tambor Despedida Ciclo Pedido Inspirações femininas
Risos d´Alma/1911 Novidades/1951 Novidades/1951 Novidades/1951 Novidades/1951 Novidades/1951 O Canhoto/1908
Emilia Freitas Vieira
A morte
Jornal dos Artistas/1901
EMÍLIA FREITAS "Uma mulher à frente de seu tempo"
A poetisa Emília Freitas Vieira, foi uma das mais ousadas pioneiras do movimento espírita nacional, com atuação nos estados do Amazonas, Pará e Ceará. Emília nasceu na cidade de Aracati, Ceará, em 11 de janeiro de 1855. Era filha do tenente-coronel Antônio José de Freitas e Maria de Jesus Freitas. Com o falecimento do pai, em 1869, mudou-se para Fortaleza onde se dedicou aos estudos, com ênfase no aprendizado das línguas inglesa e francesa. Em 1885 estudou na tradicional Escola Normal. Entre outubro de 1876 e abril de 1878, enfrentou provas acerbas com o trespasse de quatro irmãos. Em dezembro de 1892, após a desencarnação de sua mãe, seguiu para o Amazonas, na companhia de seu irmão Alfredo. Em Manaus ensinou alunos do curso primário e secundário, no Instituto Benjamim Constant. Emília Freitas foi uma das precursoras do movimento em defesa dos direitos da mulher no Brasil. Num contexto assinalado pelo forte preconceito ante a ação feminina nos diversos setores da vida social, fez-se poetisa, romancista, jornalista, abolicionista, republicana e espírita. No Ceará escreveu nos jornais Libertador, O Cearense, O Lírio, A Brisa e Maranguapense, tornando-se conhecida por suas produções literárias. Foi chamada pela crítica de seu tempo de “talentosa jovem e mimosa poetisa”. Fora de seu estado natal, colaborou nos jornais Revolução e Amazonas Comercial. Em 1883, engajou-se no movimento abolicionista. Em janeiro desse ano discursou, corajosamente, no Clube Cearense, para a Sociedade das Cearenses Libertadoras, onde bradou: “É nosso dever auxiliar os heróis na árdua empresa de remissão dos cativos”. No início do século XX, retornando de Manaus, onde se tornou espírita, estabeleceu-se na cidade cearense se Maranguape. Ali, com o apoio de seu marido, o jornalista Arthúnio Vieira, redator do Maranguapense, organizou, em 1901, o Grupo Espírita Verdade e Luz, através do qual publicaram, em novembro daquele ano, o jornal “Luz e Fé”, o primeiro periódico espiritista do Ceará, distribuído gratuitamente. Mulher de amplos conhecimentos, deixou publicadas as obras: Canções do Lar (1891) e o célebre A Rainha do Ignoto (Romance psicológico) escrito em 1899, livro no qual se evidencia a influência da Doutrina Espírita em suas elucubrações filosóficas. Esta admirável Bandeirante do Espiritismo na Terra da Luz retornou, no início do século, a Manaus, onde desencarnou aos 53 anos de idade, no dia 18 de agosto 1908. Lamentavelmente, esquecida pelo Movimento Espírita (de mim não!), não encontramos nenhum retrato dela que pudesse ilustrar esta singela homenagem. Mas, como figura representativa de sua imagem, destacamos uma flor, símbolo de sua alma idealista e encantadora, na peleja constante em tornar mais belo e mais perfumado, o triste, árido e espinhoso jardim dos preconceitos humanos. Emília Freitas nasceu em 11 de janeiro de 1855, em Vila União, distrito de Aracati, no Ceará. Crescendo em um ambiente letrado, a filha do tenente-coronel Antônio José de Freitas — um abolicionista, liberal e republicano — e de Maria de Jesus — muito cuidadosa com os filhos e escravos, ensinado muitos destes a ler e escrever — teve influências que se tornariam perceptíveis em sua produção intelectual nos anos seguintes. O ano de 1869 é marcado pelas mortes de seu avô paterno, de seu pai e de seu irmão mais velho. Em uma sociedade fortemente patriarcal, a perda desses entes queridos sacode a posição social da família. Devido à dor do luto e aos confrontos políticos com conservadores da região, que difamavam a memória do patriarca progressista, a família de Emília Freitas, composta por mais de doze membros, muda-se para a capital da província, Fortaleza. Ali, ela daria continuidade aos estudos formais das línguas inglesa e francesa e de geografia e, anos depois, como constam em documentos biográficos, estudaria na Escola Normal. Na década de 1870, diferente de outras mulheres que já se encaminhavam para a vida matrimonial, a jovem escritora dedica-se à literatura, colaborando em importantes veículos, como o Libertador, A Quinzena e O Pão, escrevendo poemas marcados por momentos intimistas de sua vida. Destacam-se “Conforto” (1875) e “A mãe escrava” (1877), este reforçando sua visão abolicionista. Em 1883, rompendo de vez com a condição doméstica que lhe esperava, começa a recitar poemas em eventos, como a fundação da Sociedade das Cearenses Libertadoras, e espaços públicos, como o Clube Cearense. O tom pessimista presente em sua produção poética acentuou-se a partir da morte da mãe, em março de 1885. Em 1891, suas poesias são reunidas e publicadas em Canções do lar. Seguindo a inclinação de muitos cearenses, em 1892, ela e seu irmão Afonso Américo mudam-se para Manaus, onde ela viria a atuar como professora no Instituto Benjamin Constant. Ainda no mesmo ano, ocorre a publicação de O renegado, obra mencionada em sua pequena fortuna crítica, mas que, até o presente momento, ainda não foi localizada em nenhum acervo. É na capital amazonense, em 1899, que Emília Freitas conclui a escrita da mais importante de suas obras, A Rainha do Ignoto. É também em Manaus que ela conhece o jornalista e escritor Arthunio Vieira, com quem veio a se casar, em 1900. Ambos retornam para Fortaleza, iniciando a vida conjugal e também de divulgação das ideias espíritas — doutrina da qual ela era praticante convicta —, e onde a autora realiza o lançamento de A Rainha do Ignoto. O casamento de ambos foi um marco nos últimos anos de vida da escritora, nem tanto pelo valor moral em si, mas sobretudo porque foi o ponto de partida para uma peregrinação por cidades do Norte do Brasil, com fins de divulgação da doutrina espírita, iniciada ainda em Fortaleza com a fundação do jornal espírita Luz e Fé — cuja missão era propagar a doutrina de Allan Kardec — e do grupo espírita Verdade e Luz, ambos em 1901. Até o fim deste mesmo ano, o casal retornaria ao Amazonas. Morreu em Manaus em 18 de agosto de 1908.
Emilia Leitão Guerra
Christo
Gazeta de Picos/1909
EMÍLIA
LEITÃO
GUERRA
(
Pernambuco –
Neste limiar do século XX para o XXI, os estudos de gênero têm deixado um saldo positivo: a audiência de vozes femininas – antes perdidas no silêncio de velhos papéis e agora resgatadas pelo interesse em compreender o lugar da mulher na cultura. Na Bahia, escritoras do século XIX e do início do século que ora se finda têm frequentado antologias e estudos acadêmicos. Paralelo a este resgate e, talvez, influenciado por ele, o escritor Guido Guerra, folheando o álbum de família, selecionou alguns poemas da avó paterna, Emília Leitão Guerra, poeta baiana nascida em Pernambuco, no dia 18 de novembro de 1883.Os sonetos e outras formas adotadas por Emília Leitão Guerra testemunham a conveniência de permitir a novos leitores o conhecimento de uma autora cujo universo poético ultrapassa as lembranças familiares e se inscreve no vasto e heterogêneo painel da poesia de inspiração romântico-parnasiano-simbolista. A autora começa a escrever e publicar num momento em que a modernidade literária contagiava a uns e a tradição saudosista imunizava a maioria. (...) Após a leitura de sonetos como este, presentes na obra da autora, não se pode deixar de ressaltar o ânimo ou o acendimento amoroso de uma voz que não se deixa sufocar de todo, em meio às exigências e convenções sociais predominantes. A placidez e a força de caráter, que se deixam transbordar de modo harmônico e bem resolvido nesta voz feminina, sugerem uma maturidade capaz de solucionar conflitos antigos e sempre atuais. Num momento em que a mulher continuava sendo identificada como o sexo frágil, por isso mesmo devedora de obediência e submissão ao marido; força, determinação e placidez fazem-se presentes na expressão poética de Emília Leitão Guerra, pondo em xeque crenças estabelecidas ou impostas. (...) Emília Leitão Guerra, filha de Emília Magalhães da Silva Porto e do comerciante português e Coronel da Guarda Nacional Brasileira José Martins Leitão, morreu aos oitenta e três anos, no dia 23 de novembro de 1966, deixando, além dos livros publicados, vários poemas dispersos nos arquivos da família. Veja biografia completa em: http://www.linguagens.ufba.br/textos_diversos/poesia_familiar.html
CAMPOS, Antonio; CORDEIRO, Claudia. PERNAMBUCO, TERRA DA POESIA - Um painel da poesia pernambucana dos séculos XVI ao XXI. Recife: IMC; Rio de Janeiro: Escrituras, 2005. 628 p. Ex. bibl. Antonio Miranda AMO-TE
Quando os teus olhos fitos e leio neles quanto Sou amada por ti, meu doce e nobre amigo, Minh´alma, do prazer, veste o purpúreo manto Como te adoro então e como te bendigo! E me deixo embalar no mar sereno e quieto Dos castos ideais, dos pensamentos sãos, Pois é tão puro e bom, tão calmo o nosso afeto Que eu penso ver em ti algum dos meus irmãos. Ponho os olhos nos teus e aí tu´alma, Alma impoluta e boa, alma sincera e calma, A sonhar, a sonhar, sempre a sonhar comigo... de joelhos, então, ao Redentor do mundo esta dita agradeço, em êxtase profundo, Amo-te muito, muito, oh! meu sincero amigo.
(In: Escritoras brasileiras do século XIX, vol. II, p. 1059-1060)
SE EU PUDESSE VOAR Se amor quisesse me emprestar as asas... Se eu pudesse voar!... Silêncio, coração! Em vão te abrasas Nesse desejo que te faz chorar. Ah! Não irás dizer a teu Amado Todo o carinho de teu grande amor; Nem a saudade que se traz vergado, Nem desta ausência a cruciante dor. Que vale acalentar uma quimera? Que vale aos quatro ventos segredar? Quem me dera umas asas, quem me dera?! Asas não tens, não poderás voar. Não poderás transpor o imenso espaço Que te separa de teu doce Bem. Hoje não cingirás em terno abraço Esse que é só teu, de mais ninguém. Sozinha e triste, a suspirar de mágoa. Seu dia natalício hei de passar, De fronte ao peito e de olhos rasos d´água... Quem me dera voar! Em vão! Em vão! Baldado o meu anseio! Quisera rir e em prantos me desfaço, Mesmo assim, meu Amor, te aperto ao seio, Num carinhoso, num sincero abraço. Da ausência o vero amor frustrou o intento; O espaço não nos pode separar, Estou contigo pelo pensamento, Mesmo sem asas, mesmo sem voar. (In Escritoras brasileiras do século XIX, vol. II, p. 1062-1063 EMÍLIA LEITÃO GUERRA OUÇA ESTE TEXTO (Sem registro de foto) - Começou a escrever muito cedo, tendo sua produção literária divulgada através de jornais e periódicos das cidades de Salvador e Feira de Santana. Publicou seu primeiro livro “Lyrios da Juventude” no ano de 1909, que tinha como
temática o comportamento da mulher na sociedade da época. Com uma linguagem elegante e versos bem ritmados, escreve uma poesia confortadora e equilibrada, enaltecendo o casamento e a vida a dois em um momento em que a mulher começava a questionar esse vínculo importante à sociedade capitalista. Principais obras: Lyrios da juventude (1909); Evocações (1957). Emiliano Perneta Musica intima Emiliano Perneta Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Emiliano Perneta
Avante/1906
Ilusão (1934) e Pena de Talião (1914) Emiliano David Perneta (Curitiba, 3 de janeiro de 1866 — Curitiba, 19 de janeiro de 1921) foi um advogado, promotor de justiça, jornalista, professor e poeta brasileiro, um dos fundadores do simbolismo no Brasil. Irmão do escritor Júlio Perneta, Emiliano é considerado o maior poeta paranaense em seu tempo.[2][3] Biografia Filho de Francisco David e Christina Maria dos Santos Perneta, nasceu em um sítio na zona rural de Curitiba,[4] região que a partir de 1992 passou a ser o município de Pinhais. Seu sobrenome originou-se de um apelido de seu pai, o comerciante Francisco David Antunes, que era conhecido como "o Perneta".[5] Foi abolicionista, tendo feito palestras em defesa dos ideais libertários. Publicou artigos políticos e literários, assim como passou a incentivar, em Curitiba, a leitura de Baudelaire. Em seu início de carreira, foi influenciado pelo parnasianismo. Publicou seus primeiros poemas em "O Dilúculo", de Curitiba, em 1883. Mudou-se para São Paulo em 1885, onde fundou, em 1888, a Folha Literária, com Afonso de Carvalho, Carvalho Mourão e Edmundo Lins. No mesmo ano publicou "Músicas", de versos parnasianos, e o panfleto "Carta à Condessa D'Eu". Foi também diretor da Vida Semanária, com Olavo Bilac, e colaborador do Diário Popular e da Gazeta de São Paulo. Republicano, no dia 15 de novembro de 1889, formou-se em direito pela Faculdade do Largo de São Francisco[6], e como orador da turma fez um discurso inflamado em defesa da República, sem saber que esta havia sido proclamada horas antes no Rio de Janeiro. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1890, onde colaborou em vários periódicos. Em 1891, foi secretário da Folha Popular, na qual foram publicadas as manifestações iniciais do movimento simbolista, assinadas pelos poetas B. Lopes, Cruz e Sousa e Oscar Rosas. Após residir, de 1893 a 1896, no interior de Minas Gerais, onde atuou como Promotor de Justiça, voltou ao Paraná e fixou-se definitivamente em Curitiba, onde além de trabalhar como auditor do Exército, exerceu o jornalismo, a advocacia e o magistério. Criou a revista simbolista Victrix, em 1902.[7] Em agosto de 1911, foi aclamado “Príncipe dos Poetas do Paraná”, na festa de lançamento de seu livro Ilusão, no Passeio Público[8]. Em 1913, publicou o libreto Papilio Innocentia, para a ópera do compositor suíço Léo Kessler, baseado no romance Inocência, do Visconde de Taunay. Sua obra poética mais importante inclui Pena de Talião (1914) e Setembro (póstumo, em 1934). Em 19 de dezembro de 1912, participou da fundação do Centro de Letras do Paraná[9], sendo seu presidente de 1913 a 1918. Morreu no dia 19 de janeiro de 1921, aos 55 anos de idade, na pensão de Oto Kröhne, na rua XV de Novembro, 84, em Curitiba.[10] Estilo Emiliano Perneta foi o expoente do simbolismo no Paraná e um dos precursores do movimento no Brasil. Massaud Moisés, professor da USP, diz que "a poesia de Emiliano Perneta não apresenta evolução nítida, uniforme. Todavia, alguns temas e modismos prediletos, relacionados com o Amor, a Mulher e a Natureza, marcam-lhe a obra. Pode-se dizer que passou de um ceticismo entediadamente ultra-romântico (ou pré-simbolista) mesclado de seduções parnasianas, a um paganismo dionisíaco, com evidentes notas simbolistas e decadentes [...] Simbolista, Emiliano Perneta manteve-se, contudo, ligado ao Parnasianismo, fiel à forma do soneto, que enriqueceu com novas e ricas soluções métricas e rítmicas. Ainda segundo M. Moisés, Perneta "teve intuições avançadas" e só não foi mais moderno "porque carregava às costas o pesado fardo da tradição parnasiana."[2] Obras Músicas (1888);
Carta à Condessa D'Eu (1889); O Inimigo (prosa dramática - 1889); Alegoria (prosa dramática - 1903); Papilio Innocentia (libreto de ópera - 1913); A Vovozinha (libreto de ópera infantil- 1917); Ilusão (poemas – 1911); Pena de Talião (1914); Setembro (poemas – 1934) (póstumo). Homenagens póstumas Emiliano Perneta recebeu inúmeras homenagens, com seu nome nome batizando ruas e escolas em diversos municípios, especialmente no Paraná. Na Praça Osório, em Curitiba, encontra-se um busto e uma placa, inaugurados por ocasião do centenário de seu nascimento, em 1966.[11] Empresta seu nome a uma importante rua no centro da capital paranaense. Outras vias de inúmeros municípios também recebem a mesma denominação.[12] Em Curitiba e em Cruzeiro do Oeste existem escolas denominadas Emiliano Perneta.[13][14] Emilio de Menezes
Gira-sol Sobre o tumulo de uma mai Carta intima Vitoria Regia
A Avenida/1909 O Ateniense/1917 O Tocantins/1928 O Tocantins/1930
Emílio Nunes Correia de Meneses (Curitiba, 4 de julho de 1866 — Rio de Janeiro, 6 de junho de 1918) foi um jornalista e poeta parnasiano brasileiro, imortal da Academia Brasileira de Letras e mestre dos sonetos satíricos. Para Glauco Mattoso, o poeta paranaense é o principal poeta satírico brasileiro após Gregório de Matos. Biografia Emílio de Meneses nasceu em Curitiba, Paraná, em 4 de julho de 1866.[1] Era filho de Emílio Nunes Correia de Meneses e de Maria Emília Correia de Meneses, único homem dentre oito irmãs. Seu pai também era um poeta. Faz seus estudos iniciais com João Batista Brandão Proença, e depois no Instituto Paranaense. Sem ser de família abastada, trabalha na farmácia de um cunhado e, ainda com dezoito anos, muda-se para o Rio de Janeiro,[1] deixando em Curitiba a marca de uma conduta já destoante ao formalismo vigente: nas roupas, no falar e nos costumes. Era um boêmio desregrado, que vivia na calaçaria dos cafés e botequins e se tornou célebre por sua maledicência.[2] Na capital do país encontrou solo fértil para destilar sua fértil imaginação, satírica como poucos. A amizade com intelectuais, entretanto, fez com que tivesse seu nome afastado do grupo inicial que fundara a Academia. Torna-se jornalista e, por intercessão do escritor Nestor Vítor, trabalhou com o Comendador Coruja, afamado educador. Em 1888 casou-se com uma de suas filhas, Maria Carlota Coruja, com quem teria no ano seguinte seu filho, Plauto Sebastião.[3] Todavia, Emílio não era afeito à vida doméstica e nesse mesmo ano separa-se da esposa, mantendo um romance com Rafaelina de Barros. Autor de versos mordazes, eivados de críticas das quais não escapavam os políticos da época, mestre dos sonetos, Emílio de Meneses é portador de uma tradição - iniciada com o Brasil, em Gregório de Matos. Tendo sido nomeado para o recenseamento, como escriturário do Departamento da Inspetoria Geral de Terras e Colonização, em 1890, Emílio aposta na especulação da falácia econômica do Encilhamento, criada pelo Ministro da Fazenda Ruy Barbosa: como muitos, fez rápida fortuna, esbanja e, terminada a farsa, como todos os outros investidores, vai à falência. Não muda, entretanto, seus hábitos. Continua o mesmo boêmio de sempre, a povoar os jornais da época com suas percucientes anedotas. Sobre o poeta "Os que conheceram Emílio de Menezes ainda estão a vê-lo, com aquela bigodeira à Vercingectórix e aquele amplo chapéu, ora brandindo o bengalão retorcido, a expedir raios sobre a iniquidade dos pigmeus que o irritavam; ora sufocado num riso apopléctico de intenso gozo mental, rematando uma sátira com que, destro, arrasava a empáfia dos potentados e a impertinência dos presunçosos; ora bonacheirão, carinhoso, entalando uma fatia de pão de ló na boca de um de seus fiéis cães de raça; ora ainda transfigurado, olímpico, dizendo, com inspiração extraterrena, 'Os Três Olhares de Maria' ou o 'Ibiseus Mutabilis'. (...)" - Mendes Fradique, no Prefácio de "Mortalha - Os deuses em ceroulas". Apesar de preterido pelo silogeu nacional, Emílio veio finalmente a ser eleito para a Academia Brasileira de Letras em 15 de agosto de 1914, onde recebeu vinte e três votos, enquanto o escritor Virgílio Várzea obteve quatro votos e Gilberto Amado apenas um.[2] Ele veio a ocupar a cadeira de número 20, cujo patrono é Joaquim Manuel de Macedo, e na qual jamais
veio a tomar assento, falecendo em 1918. Seria saudado por Luís Murat. Como sucessor, foi escolhido o amigo de Emílio, o escritor maranhense Humberto de Campos, muito popular na época, que tomou posse em 1919. Na versão oficial, disponível no sítio da ABL, Emílio deixara de tomar posse por conta da sua teimosia em manter críticas no discurso de posse: Emílio compôs um discurso de posse, em que revelava nada compreender de Salvador de Mendonça, nem na expressão da atuação política e diplomática, nem na superioridade de sua realização intelectual de poeta, ficcionista e crítico. Além disso, continha trechos arguidos, pela Mesa da Academia, de “aberrantes das praxes acadêmicas”. A Mesa não permitiu a leitura do discurso e o sujeitou a algumas emendas. Emílio protelou o quanto pôde aceitar essas emendas, e quando faleceu, quatro anos depois de ter sido eleito, ainda não havia tomado posse de sua cadeira. (do sítio da Academia). Sobre o episódio do discurso de Emílio, o Imortal Afrânio Peixoto, que por muitos anos presidiu a Casa, consignou: Emílio de Meneses quisera descompor a Oliveira Lima, ao que se opôs Medeiros e Albuquerque, que então presidia, ordenando a supressão dos tópicos alusivos e ofensivos: à insistência do neófito, em dizê-los, ameaçou-o com o comutador da luz elétrica, desde aí ao alcance da mão do presidente. Não foi preciso usar deste obscuro meio coercitivo, porque o acadêmico recalcitrante não chegou a ser recebido, e seu discurso apenas tardiamente publicado nos jornais, razão por que não figura na coleção da Academia. Obras Emílio escrevia não apenas com o próprio nome: diversos pseudônimos foram por ele utilizados, tais como Neófito, Gaston d’Argy, Gabriel de Anúncio, Cyrano & Cia., Emílio Pronto da Silva. Na sua obra reunida, contabiliza-se 232 composições poéticas, predominando o soneto como principal forma de expressão. Trabalhos publicados Marcha fúnebre - sonetos - 1892 Poemas da morte -1901 Dies irae - A tragédia de Aquidabã - 1906 Poesias - 1909 Últimas rimas - 1917 Mortalha - Os deuses em ceroulas - reunião de artigos, org. Mendes Fradique - 1924 Obras reunidas - 1980 Um poema de Emílio Classificado como parnasiano (simbolista), o poeta Emílio de Meneses era dotado de domínio não apenas da palavra e dos versos, mas da capacidade de elevar-se ao mais alto sentimento, como vê-se no poema a seguir: A romã Mal se confrange na haste a corola sangrenta E o punício vigor das pétalas descora. Já no ovário fecundo e intumescido, aumenta O escrínio em que retém os seus tesouros. Flora! E ei-la exsurge a Romã. Fruta excelsa e opulenta Que de acesos rubis os lóculos colora E à casca orbicular, áurea e eritrina ostenta O ouro do entardecer e o paunásio da aurora! Fruta heráldica e real, em si, traz à coroa Que o cálice da flor lhe pôs com o mesmo afago Com que a Mãe Natureza os seres galardoa! Porém a forma hostil, de arremesso e de estrago, Lembra um dardo mortal que o espaço cruza e atroa Nos prélios ancestrais de Roma e de Cartago! Emmanuel de Lima Campos Enéas Alves Eneas Garcia Enjolras Eno Theodoro Wanke
Ao Lago Burnet um pedaço de meu Farrapos ao luar Ansia Blasphemo Dúvidas Gravoche
O Combate/1948 O Combate/1948 Gazeta de Picos/1912 Revista Elegante/1897 A Flexa/1880
1914 O soldado
Correio do Nordeste/1963 Correio do Nordeste/1963
ENO TEODORO WANKE ( Brasil - Paraná ) Eno Teodoro Wanke (Ponta Grossa, 23 de junho de 1929 - Rio de Janeiro, 28 de maio de 2001) foi um engenheiro e poeta brasileiro. Formou-se em engenharia civil na Universidade Federal do Paraná. TROVAS 3 - [Seleção de Edson Guedes de Morais]:Eno Theodoro Wank, Eugenio Brandão, Fernando Pessoa, Ferreira Gullar, Garcia Rosa, Heitor Beltrão, Helena Ferraz, Hermoclydes Franco, Humberto de Campos, Irineu Volpato, Igo Goldmean, Luis Otávio, João Felício Santos, João Freire Filho, João Rangel Coelho, José Ouverney,J. Rivera, José Tavares Lima, Lago Burnet, Lilinha Fernandes, Lourdinha Curinga, Luiz Gonzaga da Silva. Jaboatão dos Guararapes, PE: Editora Guararapes, s.d. 17x12 cm. edição artesanal, capa plástica e espiralada. Ex. bibl. Antonio Miranda No. 10 576 Era Almeida
O mendigo
A RUA/1915
Erasmo Dias
Canto oriental Joanino
Athenas/1941 Athenas/1941
Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão - Trajetória de vida do escritor e jornalista maranhense, Erasmo Dias ERASMO DIAS 1916 # 15 de maio de 1981 Ilha Galeria de Livros ERASMO DE FONTOURA ESTEVES DIAS - Issuu Erasmo Dias foi o nome literário e jornalístico que Erasmo de Fontoura Esteves Dias escolheu para registrar a sua imagem no texto e, através dele, permanecer vivo, após a morte. Passou a infância e adolescência em Cururupu, MA. Erasmo foi um escritor de estilo fluente, destacando-se como romancista, contista, ensaísta e crítico literário. Neste campo de domínio de conhecimento literário, do que não se perdeu, Nauro Machado resgatou-o na obra Erasmo Dias e Noites. Boêmio, a sua casa dos Apicuns, tornouse um ponto de encontro de jornalistas, intelectuais, escritores e aspirantes às Letras. Onde quer que estivesse, no bar, nas ruas, em restaurantes, na Academia Maranhense de Letras, em comícios, em casa, Erasmo era o mestre, capaz de transformar um simples bate-papo em verdadeira conferência, em aula sobre quaisquer assuntos em questão. Membros da Academia Maranhense de Letras, na simples leitura do texto do romance Maria Arcângela, pode-se perceber onde poderia haver chegado esse romancista, mestre de obra romanesca que se dizia tão vasta, roubada ao baú do Erasmo que não teve nem a sorte do Erasmo de Roterdam, nem de Fernando Pessoa. Do andar de cima, Erasmo acompanha a viagem dos seus textos adotados como filhos legítimos não se sabe por quem. ( Nauro Machado) Erasmo Dias era meu padrinho282 de consagração, mas, no dia do batismo ele estava tão embalado por Baco que sempre pensou que era padrinho de batismo. Era uma figura impar , incisivo e alcoólatra, por definição . Eu sempre soube pela minha família, que se tornaram amigos pela proximidade da Rua de São Pantaleão, que ele era filho adotivo.Que teria sido abandonado na porta da família que o acolheu como filho. Lembro perfeitamente dele sentado na SERTÃ ( era esse mesmo o nome do bar que ficava na esquina da João lisboa em frente ao hoje prédio do BEM?) a discutir literatura com seus pares. Quando eu vinha voltando do Santa Teresa, por volta dos meus 13 a 14 anos e ele me via, me chamava, apresentava aos amigos e me fazia muitas vezes sentar em seu colo enquanto me elogiava e tratava com carinho . Eu tinha vergonha porque ele sempre estava com duas doses a mais do que precisava a humanidade. 280 CARNEIRO, Alberico. JORNALISMO QUE FAZ HISTÓRIA. Suplemento Cultural e Literário JP Guesa Errante, 1 de julho de 2006, disponível em http://www.guesaerrante.com.br/2006/7/2/Pagina780.htm, acessado em 08/05/2014. 281 JORNALISTAS MARANHENSES - ERASMO DIAS. Blog Educação & Tecnologia, publicado em 1 de março de 2012, disponível em http://sobrinhoeducacaotecnologia.blogspot.com.br/2012/03/jornalistas-maranhenses-erasmodias.html, acessado em
08/09/2014 282 Marly Serejo - https://www.facebook.com/groups/saoluisdenoossaslembrancas/ , publicado em 07 de maio de 2014. Na minha festa de 15 anos, meu pai não entregou o convite com receio que ele fizesse um discurso e quebrasse o clima da festa . Pois bem, no dia seguinte, ao ler a notícia nos jornais da época, ele amanheceu lá em casa, xingando meu pai por não te-lo convidado. E ninguém dormiu mais .. Já mais velha, mãe de filhos e já morando fora, fui algumas vezes em sua casa. Ele já estava muito doente. Ganhei livros de presente e lhe dei um a caneta tinteiro que gostaria muito de saber onde anda . Na parede da sala, havia um relógio que segundo ele me disse, parou na hora e que sua mãe faleceu. Ele nunca mais deu corda. Ficava ali como um marco de sua historia. Ele sempre foi segregado pela comunidade acadêmica, pela sua personalidade forte e destemida, sem rodeios. Foi difícil sua eleição como Membro da Academia de Letras do Maranhão. Pelo que sei, todos os candidatos retiraram seu nome para que ele pude se ser agraciado pela Comenda tão merecida e negada muitas vezes, pelo preconceito existente à época. Eu lamento muito porque não bebi mais na fonte de sua enorme e erudita sabedoria. Onde estiveres, um beijo e um forte abraço, meu padrinho, Erasmo Esteves Dias . SANTO DE PAU283 Quando o sr. Clodomir Cardoso subiu as escadas do Palácio dos Leões, sabia-se, efetivamente, que a sua tarefa, ali, era fazer política. Sabia-se, com certeza, que ele, em servindo a sua terra, vinha a mando de Getúlio Vargas e, portanto, como parcela integrante do seu regime, que infelicitou a ação, nos dias tormentosos de 37 a 45. Sabia-se que o então condutor dos destinos da terra maranhense era o mais moço dos delegados ditatoriais e, por conseguinte, o mais intrépido e o mais inescrupuloso dos brasileiros do Maranhão que, ao pisar na sua terra, pisou-a com máscara de Libertador, de supremo juiz das mais justas reivindicações. Sabia-se que o sr. Clodomir Cardoso era um enviado direto do Catete, um agente estadonovista, mas sabia-se que, no íntimo, Clodomir Cardoso era o grande defensor de tantas causas edificantes que quase sempre têm como marco simbólico grandes vultos da História. Não nos importava, a nós, que o ilustre jurista tivesse ascendido ao trono da política maranhense, alevantado pelos braços de bronze da Ditadura. Não nos importava porque Clodomir Cardoso estava firmado na consciência do seu povo e ninguém duvidaria da religião que lhe edificara, entre os que sempre admiraram o nome, o respeito a que faz juz um autêntico intérprete da Justiça e da Liberdade. Vimo-lo, muitas vezes, ameaçado pelo convívio perigoso do sr. Vitorino Freire. Vimo-lo, quantas vezes, seduzido pelo brilho do próprio guante que marcou, para sempre, a vergonha dos seus irmãos. Vimo-lo cheio de uma vaidade aberrante, entrelaçar-se nas mãos criminosas desse forasteiro ousado, mas, sempre que lhe abordávamos o nome, tínhamos a convicção de que a política, no seu caso, erro o mais ingrato dos recursos humanos, quando o homem, com um riso, dissimula a lágrima interior. Chegávamos, mesmo, por esta colunas, a confessar que Clodomir Cardoso de jornadas gloriosas, esse próprio Clodomir que fora ao Palácio dos Leões e, hoje, subterraneamente, expande, pouco e pouco, o despeito que lhe ficara da magnífica sucessão dos seus dias, - esse Clodomir, então, que seria o grito da incapacidade, concretizada na sua decadência moral, é o Clodomir que lança mãos do dinheiro público do seu Estado e, com rótulos mentirosos, monta uma oficina eleitoral para ascender ao trono do Pátria Brasileira, aquele de quem não negam grandes anseios de “continuar a obra getulitária”. 283 Erasmo Dias - O Combate, 19/11/45, disponível em http://sobrinhoeducacaotecnologia.blogspot.com.br/2012/03/jornalistasmaranhenses-erasmo-dias.html, acessado em 08/09/2014 E esse Clodomir que subiu ao Céu, desceu ao Inferno e nunca mais ressurgirá dos mortos, é o Clodomir bilioso, enfermo, decadente, vencido que, no estertor da sua crise moral, demite prefeitos, admite agentes da sua confiança, faz das repartições públicas da sua terra um reduto da sua política e, ainda por fim, arranca, barbaramente, à boca de pobres e funcionários que não rezam por sua cartilha, o pão que seria a vaidade dos que endeusam a prática de tão astuto ensinamento. Mas Clodomir Cardoso há de por terra colear-se, um dia, na mais esmagadora de suas decepções. Ruem as primeiras colunas do edifício Ditatorial, no Brasil, e, um dia, a casa cai… O presidente Linhares sucede a Vargas, o ministro Dória a Agamenon e, no Maranhão, Eleazar Campos a Clodomir Cardoso. Tudo estava feito. A máquinha eleitoral, em nosso Estado, já havia sido montada por mecânicos de “fibra”. A vitória do general Dutra já estava garantida na consciência do povo maranhense, “porque, em cada canto da nossa terra, havia um delegado governista e, portanto, um autêntico senhor da situação”. Mas a que, enfim, viria o sr. Desembargador Eleazar ao Maranhão? Assistir, simplesmente, ao movimento dessa máquina, deixando-o seduzir pela potência dos seus motores? É isto, exatamente, o que ambiciona, ainda, o sr. Clodomir. É isto, sinceramente, o que leva, ainda, o infeliz decaído a recorrer às colunas do seu jornal, apontando o interventor Eleazar como um transgressor à Justiça e ao Direito, quando reconhece que não pode haver um pleito livre e honesto presidido por delegados comprados e, previamente, o que leva o sr. Clodomir a agitar-se, confuso, no seu subterrâneo político e moral, para atacar um magistrado que, atendendo a um dos momentos de forasteiro audazes e nem mesmo de políticos mirins, cuja “sublime obsessão” é a sublime tarefa de governar um povo! Eleazar Campos veio ao Maranhão em nome da Justiça e, em nome dela, há de se realizar, em dezembro, o maior anseio do povo maranhense que é escolher, nas urnas, livre e honestamente, o seu legítimo representante nacional. Eleazar Campos tem, igualmente, um passado brilhante, mas ainda não disse, como Clodomir Cardoso, que tem um nome a zelar… Todos, porém, o sabemos e ninguém duvida de que o ilustre maranhense não possa testemunhar, na sua terra, a dignidade dos magistrados brasileiros que o sr. Clodomir Cardoso afrontou com o mais vil dos seus sentimentos políticos. Todos sabemos que Eleazar Campos, na integridade dos seus sentimentos profissionais, é o cidadão a quem a Pátria recorre, neste momento perigoso da sua vida política para garantir, na sua terra, o legítimo direito de um povo. Fugir, portanto, a um apelo da Pátria seria, como o sr. Clodomir Cardoso, afundar-se no caos da repulsa pública, afastado da confiança do seu povo e do amor da sua terra. Clodomir Cardoso que, a medir pela maneira deselegante com que passara o governo do Maranhão ao seu sucessor, é a expressão mais dolorosa de uma velhice decadente, é, neste instante, a figura trágica de um desertor que desapercebe a lembrança dos próprios crimes que cometera. Todos bem lhe sabemos o complexo de que se reveste neste hora duvidosa de sua política. E tão bem lho sabemos que não lhe ocorre à lembrança a atitude desassombrada do interventor de S. Paulo que assina um telegrama como o que, há pouco, foi publicado na imprensa pessedista de São Luís. Se, para garantir a honestidade de um pleito, o sr. Eleazar Campos demite prefeitos e Clodomir
Cardoso lhe atribui os mais graves erros de cidadão e juiz, ai do sr. Eleazar se chegasse, no Maranhão, a assinar um telegrama como o que o sr. Macedo Soares assinou em São Paulo! Clodomir, então, não seria esse santo de pau, que joga a pedra e esconde a mão. Seria, noutra hipótese, o que o povo maranhense devia ser-lhe, quando lançou mão daquilo que lhe não pertencia para montar uma oficina de politicagem bárbara.
MARANHAY 57 - MARÇO 2021: EDIÇÃO ESPECIAL - OS ATENIENSES, VOL. III by Leopoldo Gil Dulcio Vaz Ericeira de Sousa Ericon Erles dos Santos Erminda Soares
Silencio ao caminhar Eloyza No Banho Incognita João Lisboa
Cidade de Arari 1984 O Martelo/1911 Pacotilha/1891 Pacotilha/1891 Revista Maranhense/1920
Ernestina Facundes Varela
Descrença A Pacotilha/1883 Descrença A Pacotilha/1883 A ABELHA: FOLHA LITTERARIA E RECREATIVA por Maria Ione Caser da Costa A Abelha: folha litteraria e recreativa foi mais um periódico editado por mulheres. Lançado a primeiro de setembro de 1901, no Rio de Janeiro, teve Ernestina Fagundes Varella e Maria Luiza F. Varella e Silva como diretoras. Ernestina era irmã do poeta Fagundes Varella. A Abelha foi diagramada em quatro colunas separadas por um fio simples. Não apresentou ilustrações, à exceção do desenho de duas abelhas ladeando o título. A redação localizava-se à Praça da República, n. 6. Ernesto Ernesto Sousa Ernesto Victor Escanio Magno
Sem título A razão e o coração Olhos verdes O refletor do crime
Pacotilha/1890 O Cruzeiro/1928 Pacotilha/1902 Avante/1907
Escragnole Doria
Almas gemeas
Avante/1906
Luís Gastão d'Escragnolle Dória (Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 1869 — Rio de Janeiro, 14 de janeiro de 1948) foi um professor, arquivista, compositor, libretista, publicista, tradutor e escritor brasileiro. Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Biografia Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, filho do general Luiz Manuel das Chagas Dória e de sua esposa Adelaide d'Escragnolle Taunay Dória. Formou-se em direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, concluindo o curso no ano de 1890, mas não enveredou pela advocacia, empregando-se como editor do diário dos debates do Senado Federal do Brasil.[1] A partir de 1906 foi professor de história universal e de história do Brasil no Colégio Pedro II da cidade do Rio de Janeiro. Entre 1910 e 1912 viajou pela Europa como bolseiro do Ministério da Justiça e dos Negócios Interiores do Brasil recolhendo documentação histórica relativa ao Brasil. De 1917 a 1922 foi diretor do Arquivo Nacional do Brasil e editor do respectivo periódico. Foi membro de doze sociedades científicas e literárias e deixou uma vasta obra publicada,[1] incluindo dispersos por vários periódicos brasileiros e de outras nacionalidades, com destaque para o Jornal do Comércio do Rio de Janeiro.[2] D'Escragnolle Dória, como publicava, teria sido, conforme o pesquisador especialista em Mallarmé, Júlio Castanõn Guimarães, o autor da primeira tradução do poeta francês Stephane Mallarmé no Brasil, publicada na revista Rua do Ouvidor, em 11 de maio de 1901. Foi casado com a professora e pedagoga Lavínia de Oliveira d'Escragnolle Dória. Obras mais relevantes Dor (1904); Cousas do passado (1909); Da conveniência de um acordo luso-brasileiro (1910); A significação da obra de Anchieta no Brasil (1910); Un coup d'oeil sur l'histoire du Brésil (1910); Romão de Mattos Duarte o bemfeitor dos expostos (1916)
Estolano Polary
O crepusculo Primavera/1909 A minha mãe Primavera/1909 Pagina oculta Primavera/1909 A tempestade Primavera/1909 O dois de novembro Primavera/1909 Noite de inverno Primavera/1909 O Morphetico Primavera/1909 No final do século XIX, o município de Grajaú e quase todo sertão maranhense viveu uma rebelião política. Para o governo do Estado, o estopim foi o assassinato do promotor público Estolano Polary. Para os sertanejos, era uma disputa pelo controle político da região. Benedito Leite enviou forte contingente policial que praticou desmandos e atrocidades contra a população.
Ethelka de Jesus
Soneto
A Avenida/1909
Euclides Bandeira
Mão Evocação Soneto
Revista do Norte 1906 Avante/1907 Avante/1907
Euclides da Motta Bandeira e Silva, ou simplesmente Euclides Bandeira (Curitiba, 22 de novembro de 1876 — 26 de agosto de 1947), foi um jornalista, escritor e poeta brasileiro, fundador do Centro de Letras do Paraná[1], do qual foi o primeiro presidente. Ocupou a cadeira nº 12 da Academia Paranaense de Letras[2]. Livros publicados Heréticos (poesia, 1901) A Mulher e o Romantismo (ensaio, 1901) Ditirambos (poesia, 1901) Velhas Páginas (poesia, 1902) Versos Piegas (1903) Ouropéis (1906) Troças e Traços (prosa, 1909) O Monstro (1927, em "Novelas Paranaenses") Prediletos (coletânea de poemas, 1940) EUCLIDES BANDEIRA Um dos patronos do Centro Paranaense de Letras — ao lado de Emiliano Perneta, e só isso bastaria para mostrar a alta consideração que merece na sua terra natal — é Euclides Bandeira. Nascido em Curitiba, em 22 de novembro de 1877, Euclides da Mota Bandeira e Silva cursou a Escola Militar da Praia Vermelha, da qual foi desligado por motivo da sedição de 1895. Fez-se então jornalista em seu Estado, e colaborou nas várias revistas do simbolismo paranaense. Euclides Bandeira faleceu em Curitiba, no ano de 1948. Dele assegurava Emiliano Perneta, em 1903, que fazia "o verso de hoje, com esse vago olor de simbolismo, com esse rebuscamento.raro e torturante, com essa loucura de perfeição inatingível"... BIBLIOGRAFIA DO AUTOR Heréticos, Curitiba, 1901; Ditirambos (com pseudônimo), Curitiba, 1901; Velhas Páginas, Curitiba, 1903; Versos Piegas (com pseudônimo), Curitiba, 1903; Ouropéis, Curitiba, 1906, e Prediletos (poesias escolhidas), Curitiba, Tip. da liscola de A. Artilïccs, 1940.
PÉRICLES EUGÊNIO DA SILVA RAMOS, in POESIA SIMBOLISTA Antologia. São Paulo: Melhoramentos, 1965, p.311-312. PREDILETO É o tipo que me encanta, o louro. De relance Nos enche de ouro fluido as pupilas surpresas... Não Esse, para aflar as emoções burguesas, Que anêmico flavesce idílios em romance. É o flamante, o galhardos.. O louro de proezas Ruivas ao sol, chispando áscuas, raios, nuance, Que eletriza e que cega! O louro, enfim, que avance Ao superno fulgor de pupilas acesas! Freme-se ao vê-lo; há nervo, há vibração, há francas Aleluias de luz! — labaredas de sândalo A se evolar... No azul umas volutas brancas... — Por tudo isso eu o quero e por ser tão escol O ouro que te esplendora, ó Rúbia! ó flor de escândalo! Ainda me tremem na alma umas réstias de sol...
AUSÊNCIA Recresce, arpoante e funda, a saudade cruel. Corri ela foi meu sol, partiu minha risada! Cada dia que passa é uma gota de fel que se me infiltra na alma e a põe envenenada. Mais larga a ausência, mais a lembrança dourada resplandece, espertando emoções em tropel: o riso, o gesto, a voz; boca a boca soldada, os seus beijos febris que eram de fogo e mel... Claro perfil de luz, louro encanto irradiando o revérbero astral de flavescente véu que dourava o meu sonho e o verso decadente. Onde estás? interrogo. E a mágoa cresce quando sinto tudo em silêncio em torno. .. O próprio céu misterioso e azul, como os olhos da Ausente... SONETOS V.2. Jaboatão, PE: Editora Guararapes EGM, s.d p. 151-302. 16,5 x 11 cm. ilus. col. Editor Edson Guedes de Moraes. Inclui poetas brasileiros e de outras nacionalidades. Edição artesanal, tiragem limitada. Ex. bibl. Antonio Miranda
MAL ÍNTIMO
Rútilo e claro, como o céu de Maio. Nas risonhas estiagens fugidias, Surge-me sempre o seu perfil e eu calo Na mais intensa das melancolias. O Passado... Oh! Saudade, estranho raio De luz jaspeando sepulturas frias... E eu abro-as todas, trêmulo, e desmaio Vendo-as cheias de pó, quase vazias! Nada mais! Ambições, quimeras, crenças. Versos floridos sob o olhar daquela Chamada, outrora, imperatriz regente... Cinzas... cinzas... oh que tristeza imensa Entra-me n´alma se enovela — Em ninho, ao abandono, uma serpente!
SÁBADO No azul, pela manhã, como encantada bolha flutuou, alvissareira, uma nota de festa. Agora, ao pôr do sol— flor à sombra da folha— Desabrochou enfim a alentadora sesta. Em descanso o pincel, a pena, o alvião, a trolha... Tem tréguas o Labor; o struggle esmaga: resta Novas forças haurir:— que o Homem se recolha Ao mosteiro feliz dessa preguiça honesta... E por isso és tão belo, ó umbral do Desencanto! Ó sábado de sol, maravilhoso, ó manso Arco-íris recurvo ao poente da semana! És tu, ó dia azul de risos e noivados, Do mosteiro o limiar, os pórticos dourados, Por onde entra a gemer toda a canseira humana!
EÓLIA Às vezes, quando estou muito alegre, escancaro Plenamente a alma ao Sol, às Emoções, à Rima. E os sonhos nela, então, vêm se aninhar num claro E festo revoar de aves pela vindima. Entram fazendo um ruído estranhamente raro De plumas a ruflar pizzicatos de primo, Piano, dolce... crescendo...após forte, e reparo N´harpa eólia, afinal, que vibra lá por cima! Um encanto! Um delírio!... E que doce algazarra De arrulhos e de arrufos e de espanejamentos A dos sonhos ideais — flavos pombos torcazes! Ah! mas não mais escuto essa orquestra bizarra: Alucina-me e vejo, em meus deslumbramentos. Viva Aquela que dorme à sombra doslilases... Página publicada em setembro de 2009; ampliada em dezembro de 2019
Euclides da Cunha
Contrate Surpresa
A Escola/1919 A Avenida/1909
Euclydes Rodrigues Pimenta da Cunha[nota 1] (Cantagalo, 20 de janeiro de 1866 – Rio de Janeiro, 15 de agosto de 1909)[1] foi um escritor e jornalista brasileiro. Nascido em Cantagalo, estudou na Escola Politécnica e na Escola Militar da Praia Vermelha, tornando-se brevemente um militar. Ingressou no jornal A Província de S. Paulo — hoje O Estado de S. Paulo — enquanto recebia título de bacharel e primeiro-tenente. Em 1897, tornou-se jornalista correspondente de guerra e cobriu alguns dos principais acontecimentos da Guerra de Canudos, conflito dos sertanejos da Bahia liderados pelo religioso Antônio Conselheiro contra o Exercito Brasileiro. Os escritos de sua experiência em Canudos renderam-lhe a publicação de Os Sertões, considerado uma obra notável do movimento pré-modernista que, além de narrar a guerra, relata a vida e sociedade de um povo negligenciado e esquecido pela metrópole. Reconhecido por seu trabalho, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1903. Viajou para a região norte do Brasil em uma campanha de demarcação de suas fronteiras, a qual chefiou. Lá, escreveu obras de denúncia e, ao voltar para o Rio de Janeiro, trabalhou no gabinete do Barão de Rio Branco. Seu casamento com Ana Emília Ribeiro foi marcado pela infidelidade de sua esposa, que teve dois filhos fora do casamento, frutos de seu caso extraconjugal com o militar Dilermando de Assis. Ao saber do caso, Euclydes tentou assassinar o amante de sua esposa, contudo foi morto por este em 15 de agosto de 1909, no que ficou conhecido como "Tragédia da Piedade".[2] Sua obra continua relevante no âmbito nacional e é estudada no mundo acadêmico. Cidades fortemente ligadas a sua vida comemoram a Semana Euclidiana, em razão de Os Sertões. A obra é reconhecida por seu regionalismo e neologismo, típicos do período pré-modernista e influentes nas origens do modernismo. No centenário de sua morte foi realizado em sua cidade natal uma série de exposições do Projeto 100 Anos Sem Euclides Euclides Farias Euclydes Farias
Euclydes Lobato Eugenia Leonel Eugenio de Castro
Psicologia do beijo A moda Não Não Saudades Idalia rança Escuta A avenida Suprema prece A modestia
Jornal dos Artistas/1909 Via Lucis/1909 Correio do Nordeste 1964 Correio do Nordeste 1964 Pacotilha/1891 Pacotilha/1880 Echos da Juventude/1864 Primavera/1909 Gazeta de Picos/1912 O Domingo/1901
As pérolas Escola decadente Soneto Rompimento Soneto
Pacotilha/1886 Pacotilha/1891 Pacotilha/1891 Belo Horizonte/1915 A Noticia/1928
Eugénio de Castro e Almeida (Coimbra, 4 de março de 1869 — Coimbra, 17 de agosto de 1944) foi um poeta português. Biografia Por volta de 1889 formou-se no Curso Superior de Letras (em Lisboa), vindo mais tarde a ensinar na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Funda a revista "Os Insubmissos" com João Menezes e Francisco Bastos ainda nos últimos anos da
sua licenciatura, mais propriamente em 1889. Colaborou com a revista que fundou e com a revista "Boémia nova", ambas seguidoras do Simbolismo Francês. Teve também colaboração em várias publicações periódicas do século XIX, nomeadamente: A imprensa[1] (1885-1891), Ave azul[2] (1899-1900), A semana de Lisboa [3] (1893-1895), A leitura[4] (1894-1896), Branco e Negro[5] (1896-1898); nas duas séries da Ilustração Portuguesa: Ilustração Portuguesa[6] (1884-1890) e Illustração portugueza[7] (iniciada em 1903), e ainda, em diversas revistas do Século XX, entre as quais a revista Serões[8] (19011911), Atlantida[9] (1915-1920), Contemporânea[10] (1915-1926), Revista de turismo[11] iniciada em 1916, no periódico O Azeitonense[12] (1919-1920) e na revista Ilustração[13] (iniciada em 1926). Em 1890 entrou para a história da literatura portuguesa com o lançamento do livro de poemas "Oaristos", marco inicial do Simbolismo em Portugal. A obra de Eugénio de Castro pode ser dividida em duas fases: na primeira, a fase simbolista, que corresponde a sua produção poética até o fim do século XIX, Eugénio de Castro apresenta algumas características da Escola Simbolista, como o uso de rimas novas e raras, novas métricas, sinestesias, aliterações e vocabulário mais rico e musical. Na segunda fase ou neoclássica, que corresponde aos poemas escritos já no século XX, vemos um poeta voltado à Antiguidade Clássica e ao passado português, revelando um certo saudosismo, característico das primeiras décadas do século XX em Portugal. Casou-se em 22 de maio de 1898 com Brígida Augusta Correia Portal, e desse casamento houve seis filhos. Foi homenageado em Coimbra através da atribuição do seu nome a uma escola da cidade - o Agrupamento de Escolas Eugénio de Castro. A 11 de abril de 1939, foi agraciado com o grau de Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.[14] Em 1949 a Câmara Municipal de Lisboa homenageou o escritor dando o seu nome a uma rua junto à Avenida da Igreja, em Alvalade.[15] Obras Cristalizações da Morte (1884) Canções de Abril (1884) Jesus de Nazareth (1885) Per Umbram (1887) Horas Tristes (1888) Oaristos (1890) Horas (1891) Sylva (1894) Interlúnio (1894) Belkiss (1894) Tirésias (1895) Sagramor (1895) Salomé e Outros Poemas (1896) A Nereide de Harlém (1896) O Rei Galaor (1897) Saudades do Céu (1899) Constança (1900) Depois da Ceifa (1901) A Sombra do Quadrante (1906) O Anel de Polícrates (1907) A Fonte do Sátiro (1908), O Cavaleiro das Mãos Irresistíveis (1916) Camafeus Romanos (1921) Tentação de São Macário (1922) Canções desta Negra Vida (1922) Cravos de Papel (1922) A mantilha de Medronhos (1923) A Caixinha das Cem Conchas (1923) Descendo a Encosta (1924) Chamas duma Candeia Velha (1925) Éclogas (1929) Últimos Versos (1938) Eugenio Machado Eumano Biralora Eurico Almeida
O sino Virgem palida Oração dos tristes Orchestração divina Revelação Saudade
Jornal de Balsas/1932 O Domingo/1872 Cidade de Pinheiro/1924 A Noticia/1928 A Noticia/1928 A Voz do Norte/1929
Eurico Facó
O destino
O Combate/1916
UM NOTÁVEL POETA E EPIGRAMISTA CEARENSE: EURICO FACÓ Escreveu o poeta no seu livro Pingos d’Água, de 1918: “ O autor deste livro não é ( nem foi, nem será nunca) – sócio da mui conspícua e numerosa Confraria (Academia de Letras) do Elogio Mútuo, do Rio de Janeiro.” Trabalho de pesquisa de LUIZ CARLOS FACÓ “No texto abaixo, foi preservada a ortografia da época” “Eurico Facó - Nasceu na villa do Beberibe a 13 de Abril de 1879. Estudante ainda de português no “Pantheou Cearense”, iniciou no Diário do Ceará uma secção, Quadros, explorando a fabula, género literário que passa despercebido aos poetas cearenses. Matriculou-se a 15 de Abril de 1896 na Escola Militar donde foi desligado a 23 de Junho do anno seguinte devido a um telegramma que a referida Escola passara ao Ministro da Guerra se declarando solidaria com a sua collega do Rio de Janeiro. Deu baixa em 1898 continuando os estudos civilmente. Foi collaborador da Republica, escreveu no Ceará e no Estado e foi director literário do Jornal, orgam do povo, sob a direcção de José Martiniano P. de Alencar. (Vide este nome). Em 1900 publicou seu livro de estréa Poemetos, 76 pp.> Typ. Moderna, Ateliers Louis, Ceará. Divide-se em duas partes, íntimos e Soltos, precedendo á l.a a poesia Minha Mãe. No Diário Popular de S. Paulo, secção Livros novos, fez Garcia Redondo a critica dos Poemetos comparando a musa do autor á do Catalão Bastrina e á de H. Heine, e Cunha Mendes na Revista do Brazil, n.o 1.o anno 3.o, transcrevendo O espelho, O Tempo, A rema e luz, As flores, D. Branca diz que poderiam ser assignadas por João de Deus ou Fagundes Varella. São seus paes João Balthasar Ferreira Facó e D.a Francisca Campa, filha de José de Paula Ferreira Campa. Fonte:Diccionário Bio-bibliográfico Cearense-Barão de Studart.” ALGUMAS POESIAS DE EURICO FACÓ Hereditariedade I Transmite o ser, que gera, ao ser gerado As suas qualidades; e se o fio Deste se parte, deve-se o desvio A defeito de algum antepassado. II O exame de verdades tão profundas Despertou-me esta duvida insoffrida: - Uma abelha fecunda não dá vida A milhares de abelhas infecundas? III De onde teve (pergunto) procedência Esta infecundidade, que perdura? - Terá a abelha neutra, porventura, Alguma abelha neutra na ascendência? Sábios e loucos I Um sábio, grande sábio, que tem sede De sciencia e de renome, Estudando um besoiro, que á parede De casa, armou seu ninho, se consome. II Uma louca, maníaca porfiosa
Cuja paciência me comove e espanta, Tecendo a primorosa Trama de um veo de noiva, alegre canta. III Quem, diante destes quadros, de improviso, Comsigo discorrendo, Não dirá vendo a louca: - Que juízo? - Que louco! não dirá, o sábio vendo? IV Deste engano comum que se commentte, A cada passo, infere a mente minha Que entre a sciencia e a loucura não se mette O espaço de uma linha. Reflexos A beleza, que te enche de vaidade, Lembra a gotta de orvalho, que figura, Á luz do sol radiante, a claridade Da perola mais pura. Não te illudas, portanto, que a belleza Mais não é que uma gotta d’agua, accesa Pelo radiante sol da mocidade. O Silêncio O silencio que tanto te aborrece, Não mostra que minh’alma te repilla, - Quanto mais fundo o rio, mais tranquila, Mais tranquilla a corrente nos parece. Súplica Deus não te dê amarguras, Mas te permita encontrar Alguem, que, ao ver-te chorar, Te enxugue as lagrimas puras. Amor Não te maldigas, vendo-te enganada, Pois o amor mais profundo, e mais perfeito, Mal fica satisfeito O desejo, procura outra pousada. As flores raras do jardim do poeta : o catálogo da coleção Eurico Facó Autor:Giselle Martins Venancio Livro impresso, português, 2006 Edição:Ver todos os formatos e edições Editora: Museu do Ceará, Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, Fortaleza, 2006
Site Oficial da Casa do Ceará em Brasília (casadoceara.org.br) Eurico Massot Eurico Nunes
Tecido nacional English clu Naração
O Tempo/1931 O Tempo/1931 Vesper/1938/39
Eustaquio Pereira Euzira Gama
Á A,V.S. Felizes Felizes
A Mocidade/1876 O Martelo/1911 O Martelo/1914
Evandro Sarney
Soneto marítimo Soneto da sua ausencia
Correio do Nordeste/1965 Correio do Nordeste/1965
Nome literário de Evandro Ferreira de Araújo Costa. Nasceu em São Bento-MA, a 16 de maio de 1931. Filho de Sarney de Araújo Costa e de Kiola Leopoldina Ferreira de Araújo Costa. Revelou, adolescente ainda, sua forte vocação para as letras, cujo primeiro caminho de expressão foram grêmios e movimentos literários estudantis, aí já se revelando o poeta, o jornalista e o orador de grande eloquência que mais tarde brilharia nos comícios políticos de praça pública e na tribuna da Assembleia Legislativa do Estado. Auxiliar direto do governador Eugênio Barros, elegeu-se, a seguir, deputado estadual, mandato a que foi reconduzido em diversas e sucessivas legislaturas, no período de 1954 a 1970. Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, cargo em que se aposentou. Jornalista militante ao longo de muitos anos, tem em vários órgãos da imprensa de São Luís, vasta colaboração que, extrapolando o campo das atividades estritamente profissionais, compreende, também, a crônica, o conto, o artigo e o ensaio. Igualmente publicou, em jornais e revistas, grande parte de sua produção poética. Evangelina Marques Dias
Perolas aos porcos
O Guanamby/1878
Evaristo Bastos O juízo final O Eclesiastico/1856 Evaristo Basto Poeta português, nascido em 1821 e falecido em 1865, pertencente ao grupo O Trovador, aderiu à revolta popular de Maria da Fonte e tornou-se jornalista famoso no meio literário portuense do Ultrarromantismo. Publicou Uma Visita da Rainha de Portugal ao Castelo de Tomar, e a restante obra encontra-se dispersa em periódicos da época, como O Jornal do Porto, o Nacional, O Clamor Público (do qual foi redator) e A Revista Semanal. Exilio Ext. Eyder Paz e Silva
Insonia O santo padre Manhã Gritos do eu Vagalhões d´alma
O Povinho/1950 Gazeta de Picos/1910 O Combate/1949 O Combate/1949 O Combate/1949
Eyder Pestana
Safra de xeréu Pastoral
Athenas/1941 Pastoral/
EYDER PESTANA Nasceu em São Luís, Maranhão, a 18-11-1898 e faleceu em Campos, Rio de Janeiro, em 6-8-1947. Elogio da Chuva, 1938; Terra caída, Eva Musa, Vida infantil, Alma pagã, Conta Coração e Sinfonia Goitacá, os dois último deixados inéditos.
RAMOS, Clovis. Minha terra tem palmeiras... (Trovadores maranhenses) Estudo e antologia. Rio de Janeiro: Editora Pongetti, 1970. 71 p. Ex. bibl. Antonio Miranda
Saudade... é folha que o vento arranca do arbusto humano; se é verde — leva a Esperança, se é amarela — o Desengano. Saudade... é som da viola, alta noite, a delirar, sustenidos pendurados na pauta branca do luar. Saudade... é boa semente que eu plantei dentro de mim, viçou ligeira e floriu, hoje minh´alma é um jardim. Saudade... é lenço de espumas que fica nas ribanceiras, pedaços da alma do rio rasgada nas cachoeiras. Saudade... a trouxe Cabral nas caravelas andejas; ficaram ais de guitarras nas violas sertanejas. Eymar Guimarães Azevedo
Mãe Ilusão Súplica
Correio do Nordeste/1963 O Operário/1985 O Operário/1985
Ezequiel Caldas Ezequiel Lisboa
Coelho Netto Descripção Joia humana Excursão ao desconhecido Mal supremo O mártir do Gholgota
Revista Elegante/1899 Revista Elegante/1898 Revista Elegante/1898 Revista Elegante/1898 Revista Elegante/1898 Revista Elegante/1898
POETAS MARANHENSES DE ANTIGAMENTE
“Maranhão Sobrinho, o Poeta das Rosas" *Por Kissyan Castro Até recentemente acreditava-se que o poeta Maranhão Sobrinho houvesse nascido em 25 de dezembro. Por não haver qualquer base documental para a sua existência, esta data, para o natalício, já não se sustenta. Hoje, duas outras datas possíveis são discutidas, 20 e 30 de dezembro. A primeira, aparece na Certidão de Batismo; a última, encontra um forte apelo na Certidão de Nascimento, o que para muitos é preferível, por se tratar de um documento mais plausível. Eu, particularmente, prefiro a primeira data por algumas razões simples: a Certidão de Batismo foi emitida “primeiro” que a de Nascimento, com a presença da mãe do poeta, o que não ocorre com a de Nascimento, em que aparece a assinatura somente do pai. Daí, é só se perguntar: Quem melhor memoriza a data de nascimento dos filhos? A mãe ou o pai? Somos, então, forçados a admitir que, na maioria das vezes, é a mãe. Bem, mas alguém pode objetar: esta conclusão é bastante subjetiva e continua não comprobatória. E confesso que sim, não fosse a evidência documental de pelo menos três jornais, da época em que o poeta estava vivo, que o parabeniza pelo seu aniversário, não dia 30, mas 20 de dezembro. Portanto, 25 de dezembro se justifica unicamente por ser a data de sua morte. Na edição da revista carioca “O Malho”, nº 60, de janeiro de 1945, acha-se um interessante artigo que leva o título que tomei de empréstimo para essa breve consideração. Foi escrito pelo também barra-cordense e poeta Antônio de Oliveira, que muito fez para difundir a obra de Maranhão Sobrinho (sobretudo na então capital federal), de quem era devotado admirador e sobre quem escreveu importantes trabalhos, entre os quais destacam-se: “A Arte de Emendar em Maranhão Sobrinho”, “Maranhão Sobrinho, Poeta Injustiçado” e “Maranhão Sobrinho, o Poeta das Rosas”.
Este último, por seus detalhes pitorescos e a atenção delicada que dá a Barra do Corda, transladamos integralmente numa (tardia) homenagem ao poeta maior de nossas letras. Eis o que diz Antônio de Oliveira: “Sobre Maranhão Sobrinho, o poeta das rosas e daquele delicado soneto em que nos fala de uma aérea e mística Soror Teresa, quase nada se tem dito, nenhuma homenagem se tem prestado à autenticidade e beleza do seu talento indiscutível. O poeta nasceu em Barra do Corda, que os nossos críticos e historiadores literários, numa ignorância imperdoável da toponímia das cidades brasileiras, teimam em chamar Barra da Corda, nome que até o nosso Lima Barreto soube escrever corretamente, falando, certa vez, com enfado, de críticos ou de outras coisas de somenos importância. O naturalista maranhense Raimundo Lopes, que também possuía fina sensibilidade literária, traçou nervosamente o perfil do poeta de “Estatuetas”, num folheto publicado numa antiquada tipografia da província. E, que eu saiba, foi somente essa a homenagem que já se prestou até hoje à memória desse sonetista perfeito, que não é só um dos nossos maiores simbolistas, como também um dos maiores poetas do Brasil. Maranhão Sobrinho não nos deixou somente a produção do que constam os seus três livros publicados, livros de horrível apresentação gráfica, na opinião de um homem de letras grã-fino, que talvez estranhou não tivessem os volumes do autor do soneto “O Mar”, o custoso feitio material das plaquetes do senhor Aloísio de Castro e de quejandos amadores da arte de escrever... Maranhão produziu muito, deixou muitos sonetos espalhados por todos os botequins e tascas de São Luís, Belém e Manaus, poesias que escrevia sob a excitação do álcool e que talvez se tenham perdido para sempre. Dizem os seus contemporâneos que era com essa estranha e generosa moeda que ele pagava aos broncos botequineiros as “pingas” que diariamente ingeria nas suas constantes peregrinações de boêmio e alcoólatra. Mesmo atormentado pela bebida, a musa inspiradora e assassina, o poeta barra-cordense escreveu bastante, deixou o suficiente para que os vivos cultuassem a sua memória, imortalizando-a no bronze de um monumento. Monteiro Lobato, numa crônica a propósito de Machado de Assis, disse que a língua portuguesa é uma espécie de idioma clandestino. O mesmo podemos dizer dessas publicações provincianas, que saem das modestas oficinas para as mãos de meia dúzia de admiradores e vão acabar sem glória nas estantes dos sebos, injuriadas pelas moscas importunas. Os livros de Maranhão, como os de Antônio Lobo, Vespasiano Ramos e tantos outros escritores maranhenses tiveram o destino amargo dessas edições de contrabando, além de escritos num idioma de tão escassa repercussão. Maranhão Sobrinho parece ter lido muito Antônio Nobre, o melancólico poeta do “Só”, mas, no capítulo de suas influências literárias, o lugar de honra cabe, sem dúvida, aos poetas malditos, Baudelaire, Mallarmé, Rimbaud e Verlaine. As suas poesias, porém, muito embora essa leitura de Nobre, não estão impregnadas de doenças incuráveis, tísicas de último grau, ciprestes e catacumbas. O que há nelas são rosas e lírios, o largo rumor das ondas nos quatorze versos de “O Mar”, cegonhas e borboletas, rouxinóis e cânticos sertanejos de nambus e jaós, na solidão dos tabuleiros e chapadas... Há mesmo, em “Papéis Velhos”, a repetição, em dois sonetos, do mesmo verso “nas almas virginais das borboletas”. Há, nas suas poesias, além de córregos e regatos, sussurros de ondas e sorrisos ingênuos de crianças, a pureza dos véus de noivas, alvuras de hóstias nos altares e o constante bater de asas espalmadas. O maior pesar de Maranhão Sobrinho, creio que foi ter morrido longe de sua terra, de sua doce Barra do Corda, cercada de virgens matas e banhada pelo rio que lhe dá o nome e pelo Mearim, terra bucólica e feliz, que ainda não foi maculada pela presença de certos fiscais do consumo... A título de anedotas, conta-se muita coisa a respeito da vida errante de Maranhão Sobrinho. Raul Pereira, saudoso professor e amigo pessoal do poeta, narrava que, certa vez, ao encontrar o autor de “Soror Teresa” cambaleando, embriagado, num dos muitos becos de São Luís, pedira-lhe à queima roupa uma rima para a palavra cinza. Maranhão, que era um tanto fanho, fez-se mais fanho ainda e gritou, apoplético, quase no ouvido de Raul Pereira: – Caminza, seu Raul, caminza! Entretanto, a não ser o poeta de “Estatuetas”, nenhum outro teve ainda a coragem de empregar uma rima fanha para cinza.
Dejard de Mendonça, que foi seu companheiro de pensão na cidade de Manaus, contou-me também que o poeta, ali apanhara uma surra por engano. Certo chefe político mandara espancar, por desforra, um desafeto, que se hospedara num quarto pegado ao de Maranhão Sobrinho. O tal sujeito, para quem a surra fora encomendada, jantou fora nesse dia e, fazendo mais que o galo do célebre ditado, onde jantou, dormiu. Maranhão chegava em casa sempre pela madrugada, depois de toda uma noite de boemia e perambulagem. Dessa vez, ao meter a chave na fechadura, surpreendeu-se com a bruta carga de paus com que foi recepcionado, apanhando, então, em lugar do tal político, a surra inteirinha, cujo motivo o poeta jamais soube explicar direito aos amigos. Maranhão Sobrinho, como a grande maioria dos poetas, era muito amigo dos bichos e das crianças. Bondoso, meigo, cheio de ternura para com os pequeninos e os animais, estes o reconheciam de longe, e o recebiam debaixo de festas e de agrados. Contava também Dejard de Mendonça que, várias vezes, acordava pela madrugada e via o poeta de “Vitórias-Régias” chegar, cambaleando, em frente à porta da pensão, o rosto iluminado pelo luar, rodeado de gatos e cães vagabundos, que o seguiam pelas ruas, atendendo, alegres, ao seu chamado. E foi assim, bebendo muito e desperdiçando talento como um Paula Nei mais fecundo e ferido por uma centelha de gênio, que morreu esse poeta das monjas e das rosas, longe do seu formoso torrão natal, como um fidalgo trovador ambulante das legendas medievais. É dele mesmo, que passou a vida a beber e a cantar, o perfil melancólico daquele bêbado que se esconde entre os claros versos de cristal do seu maravilhoso soneto: “Não! Nada de ferir-te, alma sem sorte, queimada em flor nos lodaçais imundos, que, para acobardar teus ais profundos, bebes, no vinho, diluída, a morte... Conheço a vida e seus parcéis profundos, em que flutua a ideia de um transporte d’águia, claro, de luz, sublime e forte, através da grandeza alta dos mundos... Fazes bem; é o meu teu pensamento: a embriaguez é a asa protetora das sombras virginais do esquecimento... Espuma o néctar nos festins de Hebe! Alguma coisa horrível, vingadora, no mundo estulto, te persegue, bebe!” *Kissyan Castro é pesquisador e poeta
O segundo livro que publicarei sobre São Domingos, em 2024 (se for da vontade de Deus), se constituirá também de um painel sobre algumas famílias e personalidades que trabalharam não apenas para si próprios, mas também para o desenvolvimento e grandeza do nosso município. Um deles, creio que todos concordam, é ECCE HOMO MANOEL Nasceu o padre Manoel da Penha Oliveira em 24 de julho de 1925, na cidade de Caxias, Estado do Maranhão, filho de João Euzébio Oliveira e de Raimunda Rodrigues Oliveira. Iniciou seus estudos na Escola Gonçalves Dias, em sua cidade natal. Seus pais tinham poucos recursos materiais o que talvez explique sua ida para o Seminário. Pois muitas famílias pobres, que não podiam pagar boas escolas, até porque praticamente inexistiam escolas de segundo grau públicas, naquelas décadas passadas, optavam por destinar ao filho uma carreira sacerdotal. Esta a razão porque, em 1940, o padre Manoel começou a estudar, como interno, no Seminário de Santo Antônio, em São Luís do Maranhão. Aluno exemplar, cursou o ginásio e em seguida vieram os Cursos de Filosofia, com a duração de 2 anos, e depois o de Teologia, com duração de 4 anos. Ordenou-se como sacerdote no ano de 1951, em sua terra natal, Caxias, onde tomou posse de sua primeira paróquia na Igreja de São Benedito. Inteligente e muito dedicado, reconhecendo seus méritos, além da função de pároco da Igreja de São Benedito foi nomeado como secretário do bispo Dom Luís Gonzaga da Cunha Marelim, chefe da Diocese caxiense. Em 1954 deixou Caxias para assumir a igreja de Passagem Franca, neste nosso Estado, onde passou quatro anos como vigário da paróquia. Logo após, foi para Pastos Bons, onde permaneceu por um ano. Em 1960 foi designado para assumir a Paróquia de São Domingos do Maranhão, dando início a um excelente trabalho de anúncio da Palavra de Deus. Construiu algumas capelas nos povoados do município e a reconstrução ou reforma da igreja Matriz na sede do município. Depois de muitos pedidos e persistência conseguiu a permissão do Papa para candidatar-se a Prefeito, em 1965, tendo sido eleito para a Prefeitura Municipal de São Domingos do Maranhão. Encerrava, assim, uma brilhante carreira religiosa, começando outra, desta vez política, tendo sido eleito na sequência como
Deputado Estadual, onde exerceu a liderança do Governo e também o cargo de primeiro secretário da Assemnléia Legislativa. Porém, jamais distanciou-se daquilo que ele chamava sua “tarefa de povo”, que Deus lhe confiou e que ele exerceu com amor e sabedoria, seja como padre, político ou professor, até o fim dos seus dias. Esta crônica pretende lembrar aos que o conheceram a grandeza moral e espiritual do padre Manoel da Penha Oliveira. Não o estou isentando de erros e equívocos, nem de pecados vistos do ponto de vista da Religião. Mas o que permanece e sobrevive é a Fé. E isto ele tinha de sobra. Padre Manoel foi um homem de fé. Fé em Deus, fé em si mesmo, fé nos outros. Digo isso por mim mesmo. Pois sempre fui muito levado, dotado de uma alma irresponsável de artista. O padre Manoel nunca deixou de acreditar em mim. A cada erro, a cada vacilação minha, uma nova chance, uma nova responsabilidade, um novo compromisso me eram dados. E isto era comigo e com todos aqueles (e foram muitos, e foram tantos) que estiveram, mesmo que por pouco tempo, ao abrigo de sua sombra, protegidos pelos seus braços, acomodados em sua natureza benfeitora e humana. Por isso, quando publiquei meu primeiro livro de poesia, chamado Chegada Temporal, fiz questão de que ele escrevesse a orelha desse livro, e estivesse presente no seu lançamento, que aconteceu na Academia Maranhense de Letras, tendo sido dele o discurso de minha apresentação aos escritores, autoridades, amigos e demais presentes naquela ocasião. Eis um trecho do que padre Manoel escreveu naquela ocasião: “O Fontenele... não é fruto da minha carne nem fragmento dos meus ossos – é apenas um reflexo do passado colosso da minha vida em São Domingos. Ele ouviu a minha voz. E eu falei variadas vezes: como mestre – no seu curso primário e ginasial; como pastor – nos sermões da Igreja; como amigo – nos conselhos, dentro de casa, no meio da rua, nas fadigas, nas tarefas diversas, nas atividades pastorais e políticas, em que ele sempre me acompanhou. Dentro dele desde criança, havia um sonho adormecido, esperando o toque silencioso de um dedo amigo, para despertar e olhar o sol alevantado sobre os limites do dia e a lua flutuando sobre as ondas imaginárias da noite. Tentei fazer-lhe este toque e fui eficiente na tentativa. Hoje temos aí Fontenele – poeta – descrevendo o sol alevantado, a luz flutuante. Traduzindo, em termos de sua personalidade própria, o resultado do esforço ingente que pude empregar, de minha personalidade, no preenchimento de uma “tarefa de povo” que me foi confiada. Por isso, amigos leitores de Chegada Temporal, espero que todos recebam o Fontenele como eu o recebi, do início ao fim: com olhar de compreensão, apreciando-o como poeta que faz dos elementos da vida comum e rotineira os versos dos seus poemas. São Luís, agosto de 1969. Padre Manoel da Penha Oliveira”. Finalizando: numa conversa que tive com ele, muitos anos depois, quando já encerrara sua carreira política, confessou-me a sua decepção com o mundo da política. E preferiu voltar-se para a Filosofia, e ministrar aulas na Universidade, como professor e mestre que sempre foi, e nas horas vagas, quando a solidão dói mais ou a saudade aperta, deliciar-se a si e aos que privavam da sua companhia e intimidade, com os acordes maviosos da música erudita no seu inseparável piano. Assim como o Maranhão é grande para tantas almas pequenas, políticos de nenhum caráter, às vezes o Maranhão é pequeno para grandes almas e de caráter tão nobre como o deste amigo tão comum e simples chamado Manoel da Penha Oliveira.