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A MODERNIDADE DAS TREVAS — ou Como a Modernidade produz seus Horrores

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GENES, UM GÊNIO

GENES, UM GÊNIO

Pai do escritor Aluízio Azevedo e do teatrólogo Arthur Azevedo. Carte de visite de Theodoro Nadler, "Photographo, 41, Rua da Estrela, Maranhão".

Com dedicatória no verso: "A Aluizio Tancredo Gonçalves de Azevedo offerece seu pai, David Glz de Azevedo."

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(Nova aquisição do Acervo Diogo Gualhardo Neves)

ÁUREO VIEGAS MENDONÇA

Nas primeiras décadas do século XVIII a missão jesuítica nas terras maranhenses fundou a Fazenda Agrícola São Bonifácio do Maracu, localizada as margens do Igarapé do Engenho, marco inicial da colonização de Viana, dedicada a criação de gado e plantação de cana de açúcar, embrião que deu origem a cidade de Viana. José Feliciano Botelho de Mendonça, meu hexavô, primo de Sebastião José de Carvalho e Melo o “Marquês de Pombal” chegou a Viana na segunda metade dos anos 1700, ficou conhecido como o "Adão do Pindaré", deixou muitos descendentes na região, seus parentes são os Botelho, os Mendonça, os Lopes da Cunha, os Furtado de Mendonça e os Mendonça Furtado. O mestre-de-campo José Nunes Soeiro que se estabeleceu em Viana no século XVIII foi o primeiro Tabelião da então Vila de Viana um homem muito riquíssimo na época, era o mais rico que Viana já teve em todo o período colonial e faz parte da história da cidade de Viana, deixou muitos descentes no Maranhão, foi José Nunes Soeiro recomendado por Marquês de Pombal quem levou de Pernambuco os Botelho de Mendonça para a cidade de Viana. José Nunes Soeiro o mestre-de-campo denominação que constituía um posto de oficial superior, existente nos exércitos de Espanha, França e Portugal, na época do Antigo Regime. De acordo com o país, competia, a um mestre de campo, exercer o comando de um regimento ou terço, sendo, aproximadamente, equivalente ao atual posto de coronel, ou seja, um militar. A fazenda São Bonifácio do Maracu era uma fazenda dos jesuítas que foram expulsos do Brasil por Marques de Pombal em 1756 e tiveram seus bens confiscados pela Coroa, o Engenho São Bonifácio abrangia além da Palmela, as terras do Ibacazinho, da Ponta e do Marimar, foi doado pela coroa portuguesa a José Feliciano Botelho de Mendonça, os "Botelho" e os "Mendonça" da Baixada Maranhense têm origem em José Feliciano Botelho de Mendonça, a fazenda São Bonifácio do Maracu, espólio dos jesuítas, era uma fazenda riquíssima, os jesuítas que foram expulsos do Brasil por Pombal em 1756 e tiveram seus bens confiscados pela Coroa. Este pouco tempo depois o vendeu ao Mestre de Campo José Nunes Soeiro. Só no Engenho do Maracu existiam 5.242 cabeças de gado, casa-grande, capela, olaria, e mais 6 alambiques. A propriedade possuía outras culturas frutíferas e um plantel de 190 escravos. Quando da morte do Mestre de Campo, o Engenho de São Bonifácio possuía 165 escravos. No inventário também aparece um Engenho do Maracu com 190 escravos, mais de 5.200 cabeças de gado e 500 cavalos. Existem fortes evidências de que as terras dos jesuítas foram divididas. A parte dos Mendonça passou a se chamar Palmela, enquanto a parte de José Nunes Soeiro passou a ser chamada Engenho do Maracu, cuja atividade principal era a criação de gado. Quando da morte do mestre de campo não há referência à Fazenda Palmela no inventário, porém essas referências aparecem nos inventários dos Mendonça. o mestre de campo José Nunes Soeiro ficou com a parte principal da fazenda e José Feliciano ficou com outra área das terras e construindo a sede da Palmela, e o Soeiro ficou com a antiga capela dos jesuítas. O mestre-de-campo já havia introduzido no empreendimento o montante de 165 escravos africanos, construído uma olaria, ter expandido o canavial e ter diversificado a plantação com culturas de café, seringueiras, laranja, abacate, além de ter também um armazém e hospedaria, 146 cavalos e mulas e 8.541 cabeças de gado. Dom Frei António de Pádua e Belas foi eleito em 18 de julho de 1783 bispo do Maranhão, durante o governo da diocese teve várias dificuldades, a coroa portuguesa envia Manuel António Leitão Bandeira para o Brasil na qualidade de Corregedor, Provedor e Ouvidor geral da Comarca do Maranhão, com quem D. Fr. António de Pádua veio a ter um conflito, tudo devido ao desejo do bispo de alterar o percurso da procissão do Corpus Christi, no ano de 1785, enviando por um cónego o aviso à câmara; contudo o poder local decidiu conservar o percurso realizado anteriormente, merecendo esta atitude de desobediência a ameaça de excomunhão maior por parte do bispo, que foi repreendido pelo ministro português. O Bispo se recolheu ao convento de

O Marechal de campo José Nunes Soeiro por ordem da junta foi preso pelo escrivão da mesma Antônio Caetano Borges ancestral do Tenente José Caetano Borges devido ter dado hospedagem ao bispo, através do Ofício do ouvidor-geral do Maranhão, Manuel António Leitão Bandeira, para o secretário de Estado da Marinha e Ultramar, Martinho de Melo e Castro, sobre a prisão do mestre-de-campo José Nunes Soeiro, dando conta que executou os autos, tal como foi ordenado pelo aviso de 20 de Julho de 1788. Fontes: Jornal Semanário Maranhense nº 47 de 19 de julho de 1868. Uma Região tropical de Raimundo Lopes História de um Menino Pobre – Sálvio Mendonça Postagens no facebook: Ramssés de Sousa e Silva Christoffer Melo Foto: arquivo participar e inventário José Nunes Soeiro TJ MA.

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