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DIA DOS PAIS

a falta de memória documental, em nossa Prefeitura e Câmara Municipal, onde deveriam estar arquivados o Projeto de Lei que deu nome ao logradouro, seu autor, a justificativa e a própria Lei promulgada. Talvez tenha sido uma das mais justas e verdadeiras homenagens prestadas por nossa edilidade. Lamentavelmente eu, como a maioria da população, desconheço a justificativa apresentada. Gostaria que todos soubessem que a participação do laureado artista foi imprescindível à instalação do complexo industrial em nosso município. Para os que cultuam o belo, lembro que a Capela do Itapirema é projeto de Genes Soares.

A obra imortaliza o homem e torna-se patrimônio da humanidade.

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A CIDADE DE VIANA COMPLETA 265 ANOS NO DIA 08 DE JULHO

ÁUREO VIEGAS MENDONÇA

A cidade histórica de Viana completa 265 anos de emancipação política na próxima sexta-feira dia 08 de julho, a data é marcada por eventos que contará com três dias de festas de 06 a 08, a revitalização do Parque Dilú Melo será entregue dia 06 quarta-feira.

Mas quem foi Dilú Melo?

A cantora e compositora que frequentou o cenário nacional nas décadas de 1940, 1950 e 1960 do século passado contribuindo para o enriquecimento da cultura brasileira, Maria de Lourdes Argollo Oliver, cujo nome artístico Dilú Melo, é vianense nasceu em 25 de setembro de 1911, nasceu e morou na casa de seus avós maternos, na casa colonial de morada inteira na praça da Matriz, casa que depois pertenceu a família Coelho onde residiu o casal Raimundo Emiliano Coelho e dona Quinquinha, avós do ex-prefeito Benito Filho e que foi demolida no início da década de 1980 no local foi construído o hotel vianense. Dilú Melo saiu da cidade de Viana ainda criança com sua família, era filha de Oscar Argolo e dona Nenê indo morar na cidade de Porto Alegre/RS aos 5 anos de idade aprendeu a tocar violino, violão e piano, aos dez anos, compôs sua primeira música "Heloisa" homenageando a sua irmã caçula. Aos 13 anos ganhou a medalha de ouro em concurso de piano e começou a participar de programas musicais em rádios. Em 1938 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde estreou cantando na rádio Cruzeiro do Sul, se apresentou também na rádio kosmos na cidade de São Paulo, nesse período grava o seu primeiro disco pela gravadora Colúmbia com músicas de sua autoria dentre elas Engenho d' água em parceria com Santos Meira, nesse mesmo ano de 1938 no início de sua carreira voltou ao Maranhão e visitou a sua cidade natal e nessa época foi a primeira mulher a usar calças compridas em Viana. Em 20 de setembro de 1949 no auge da sua carreira voltou pela segunda vez à cidade de Viana, onde fez um show na praça da prefeitura municipal que estava lotada e foi acompanhada pela famosa orquestra Jazz Vianense.

A serviço do Ministério da Educação e Cultura se apresentou em vários estados do país e até em Buenos Aires capital da Argentina, onde residiu por 2 anos, se apresentou também no continente europeu no Cassino Estoril em Lisboa capital de Portugal em 1956, de volta ao Brasil se apresentou no programa semanal Varanda Festa na extinta TV Tupy no Rio de Janeiro. Foi contratada pela Rádio Nacional, tendo se apresentado no Cassino Atlântico e também em vários países da América do Sul. Dilu Melo foi a primeira mulher a se apresentar em público no país tocando acordeon, por isso recebeu da imprensa o título de Rainha do Acordeon, gravou na década de 1950 com Altamiro Carrilho, vários cantores

e cantoras interpretaram suas músicas entre eles: Amália Rodrigues, Carmem Costa, Nara Leão, Fagner, Clara Nunes Dóris Monteiro, Marlene, Tom Jobim, João Gilberto e tantos outros. Dilú Melo é patrono da cadeira número 9 da Academia Vianense de Letras, que tem como titular o acadêmico Luiz Alexandre Brenha Raposo, que considero como o maior pesquisador sobre a cidade de Viana. Segundo o saudoso escritor e historiador Joan Botelho, as duas maiores cantoras maranhenses de todos os tempos são Alcione Nazaré, que fez sucesso no cenário nacional nas décadas de 1970 e 1980 ganhando vários discos de ouro e a Vianense Dilú Melo que também se destacou no cenário nacional nas décadas de 1940, 1950 e 1960. Do Areal ao parque Dilú Melo. A construção do aterro do areal teve início em 1994 na administração do então prefeito Daniel do Nascimento Gomes Filho, o “Danielzinho” que construiu e inaugurou o maior ponto turístico da cidade de Viana.

Em 13 de setembro de 1998, durante a administração do prefeito Messias Costa Neto, a cantora e compositora Dilú Melo retornou pela terceira e última vez a cidade de Viana sua terra natal, onde descerrou a placa que deu nome ao Parque Dilú Melo, que teve como autor do Projeto de Lei que transformou o areal em parque Dilú Melo o vereador José Ribamar Santos, projeto aprovado pela câmara municipal e sancionado pelo prefeito. Estiveram presentes na noite de 13 de setembro de 1998 no antigo areal, o então Prefeito municipal saudoso Dr. Messias Costa Neto, o Vice Prefeito Marcone Veloso, Luiz Alexandre Raposo, o vereador Zé Santos, o cantor Rogeryo du Maranhão, além da população em geral. Dilú Melo faleceu no Rio de Janeiro em 24 de abril de 2000.

A atual administração do prefeito Carlos Augusto Furtado Cidreira “Carrinho Cidreira” revitalizou o parque Dilú Melo que será entregue a população amanhã dia 06 de julho, modernizando e temos hoje um espaço totalmente diferente não só na questão estrutural, no resgate de sua beleza, mas, sobretudo, contribuindo para que o parque seja ainda mais atrativo para a população e para os turistas e será inserido no roteiro turístico da cidade de Viana, que recentemente foi inserido no mapa nacional turístico do país, o parque é o novo cartão postal de Viana e ganhou novos ares, receberá visitação de pessoas diariamente e servirá de palco para atrações culturais, com a transformação do espaço o parque teve todo o seu piso renovado com a colocação de pavimento em concreto. A área ganhou também novo paisagismo, mobiliário urbano, letreiro para ensaio fotográfico e nova iluminação pública, contribuindo para o embelezamento da cidade dos lagos, com os investimentos no parque Dilú Melo quem ganha é a cidade e a população que precisa preservar o bem público.

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