REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO ISSN 1981-7770 Edição Especial Eletrônica COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO
O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009
GESTÃO 2008/2010 CHAPA: TEMÍSTOCLES DA SILVA MACIEL ARANHA
DIRETORIA: Presidente: Eneida Vieira da Silva Ostria de Canedo Vice-Presidente: Joseth Coutinho Martins de Freitas 1º Secretário: Raul Eduardo de Canedo Vieira da Silva 2º Secretário: Carlos Alberto Santos Ramos 1º Tesoureiro: Telma Bonifácio dos Santos Reinaldo 2º Tesoureiro: Dilercy Aragão Adler Diretor de Patrimônio: José Marcelo do Espírito Santo Diretor de Serviço de Divulgação: José de Ribamar Fernandes
CONSELHO FISCAL José Ribamar Seguins Edomir Martins de Oliveira Raimundo Cardoso Nogueira
SUPLENTES: Ilzé Vieira de Melo Cordeiro Carlos Orlando Rodrigues Lima Kalil Mohana
REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO ISSN 1981-7770
Edição Especial COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO “O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI” São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009 O Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão – IHGM – é uma associação científica e cultural, sem fins lucrativos, fundado em 20 de novembro de 1925, que tem por finalidade estudar, debater e divulgar questões sobre História, Geografia e Ciências afins, referentes ao Brasil e, especialmente, ao Maranhão em cooperação com os poderes públicos que visem o engrandecimento científico e cultural do Estado colocando-se à disposição das autoridades para responder as consultas e emitir pareceres sobre assuntos pertinentes às suas finalidades. Ainda dentro de seus objetivos, consta defender e velar o patrimônio histórico do Maranhão, promovendo a coleta de documentos relativos a efemérides; e estimular o estudo da História, da Geografia, e das Ciências afins em todo o país, particularmente neste Estado, possibilitando a organização de um dicionário histórico-geográfico e ampliação da bibliografia maranhense. As divulgações dos trabalhos apresentados em suas reuniões devem aparecer na Revista do IHGM, de circulação periódica. A realização deste Seminário atende aos objetivos do IHGM. Assim como a publicação dos textos apresentados neste Seminário, também. Nesta oportunidade apresentamos também outros trabalhos que julgamos oportuno divulgar por este número especial de nossa revista: “Adesão do Maranhão à Independência”, de Álvaro Urubatan Melo, e outro artigo de Osvaldo Rocha sobre o mesmo tema em comemoração à data máxima do Instituto, o 28 de julho; e “Elitismo no IHGM”, de autoria do confrade Leopoldo Gil Dulcio Vaz, em que apresenta uma análise da produção dos sócios, publicada na Revista, e o “Índice da Revista 1926-2007”. Optamos pelo formato eletrônico. José de Ribamar Fernandes Diretor de Serviço de Divulgação Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão. São Luís: IHGM, 2009. Edição eletrônica em CD-R ISSN 1981-7770
p. 1. Miscelâneas. 1. IHGM II. Título CDU:082.2
SUMÁRIO Diretoria – Gestão 2008-210 APRESENTAÇÃO Sumário Programa do Seminário PALAVRA DA PRESIDENTE NOVO CENÁRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO Waldir Maranhão Cardoso O ESTADO DO MARANHÃO: FÍSICO E HUMANO Eneida Viera da Silva Ostria de Canedo CENTENÁRIO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NO MARANHÃO Joseth Coutinho M. de Freitas HISTORIA DA ARTE MARANHENSE NA PRIMEIRA DECADA DO SÉCULO XXI Raimunda Fortes Carvalho Neta A EDUCAÇÃO NO MARANHÃO Elizabeth Pereira Rodrigues O SETOR PESQUEIRO NO MARANHÃO Leopoldo Gil Dulcio Vaz e Tito Tsuji SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA MARITIMA MARANHENSE: (O PODER MARITIMO NO MARANHÃO NA ATUALIDADE) Carlos Alberto Santos Ramos A INSERÇÃO DA HISTÓRIA DA ÁFRICA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA (MARANHENSE) Telma Bonifácio dos S. Reinaldo O MUNICÍPIO DE SÃO BENTO E O CENTENÁRIO DO EX. GOVERNADOR NEWTON DE BARROS BELLO. Álvaro Urubatã Melo A PRODUÇÃO ACADÊMICA DO CURSO DE MESTRADO EM EDUCAÇÃO DA UFMA NA PRIMEIRA DECÁDA DO SÉCULO XXI Dilercy Aragão Adler CÉLULAS-TRONCO E A MEDICINA DO SÉCULO XXI Aymoré de Castro Alvim ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO Leopoldo Gil Dulcio Vaz OS ESCRITOS DE DOM PAULO PONTE: UMA RELEITURA A PARTIR DA ÚLTIMA DÉCADA Raimundo Gomes Meireles e Clauber Pereira Lançamento de Livros PALESTRAS E ARTIGOS ADESÃO DO MARANHÃO À INDEPENDENCIA Osvaldo Pereira Rocha ADESÃO DO MARANHÃO À INDEPENDENCIA Álvaro Urubatam Melo ELITISMO NO IHGM Leopoldo Gil Dulcio Vaz ÍNDICE DA REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO Leopoldo Gil Dulcio Vaz Lista de Sócios Efetivos
2 3 4 5 6 8 9 16 17 25 33 51 55 73 75 84 86 108
118 119 123 186 218
SEMINÁRIO “O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI” São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009
PROGRAMA 04 DE AGOSTO 16 h 17 h 18 h 19 h
Novo cenário da Ciência e Tecnologia do Maranhão Waldir Maranhão Cardoso O Estado do Maranhão: Físico e Humano Eneida Vieira da Silva Ostria de Canedo Centenário da Educação Profissional no Maranhão Joseth Coutinho M. de Freitas História da Arte Maranhense na primeira década do Século XXI Raimunda Fortes Carvalho Neta
05 DE AGOSTO 15 h 16h 17 h 18 h 19 h
Educação no Maranhão Elizabeth Pereira Rodrigues O setor pesqueiro no Maranhão Leopoldo Gil Dulcio Vaz e Tito Tsuji Subsídios para a História marítima Maranhense: o poder marítimo no Maranhão na atualidade Carlos Alberto Santos Ramos A inserção da História da África e Cultura Afrobrasileira e a Africana na Eucação Brasileira (maranhense) Telma Bonifácio dos S. Ribeiro O município de São bento e o Centenário do ex-governador Newton de Barros Bello Álvaro Urubatã Melo
06 DE AGOSTO 16 h 17 h 18 h 19 h 20 h
A produção acadêmica do Curso de Mestrado em Educação da UFMA Dilercy Aragão Adler Células-Tronco e a medicina do Século XXI Aymoré de castro Alvim Atlas do Esporte no Maranhão Leopoldo Gil Dulcio Vaz Os escritos de Dom Paulo Ponte: uma releitura a partir de última década Raimundo Gomes Meireles e Clauber Pereira Lançamento de livros dos Sócios Efetivos
COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO “O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI” São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009
PALAVRAS DA PRESIDENTE Boas-Vindas a todas e a todos. Ao Sr. Secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, nosso muito obrigado pela sua presença. Especialmente hoje, data de seu aniversário. Quem recebe o presente somos nós. Parabéns, Waldir, se me permite chamá-lo, sem a liturgia do cargo. O IHGM tem, dentre seus objetivos, estudar, debater e divulgar questões sobre História, Geografia e Ciências afins, referentes ao Brasil e, especialmente, ao Maranhão em cooperação com os poderes públicos que visem o engrandecimento científico e cultural do Estado. Criada a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, esse é nosso primeiro contato oficial e a primeira – e espero que muitas – reuniões de estudo que faremos em conjunto. Obrigado pela parceria entre nossas Instituições. Lembro, aqui, e agradeço também, a parceria do IHGM e o SEBRAE-MA. Não é o primeiro evento que realizamos juntos e nem será o último. Espero. Ao Julio Noronha e ao Manoel Pedro, obrigado... Perguntaram-me, via correio eletrônico, qual o objetivo do Seminário. Valho-me novamente de nossos Estatutos Sociais: estimular o estudo da História, da Geografia, e das Ciências afins em todo o país, particularmente neste Estado. Debater questões que digam respeito ao estado do Maranhão, particularmente. Quando propus o tema “Maranhão na primeira década do Século XXI” pedi aos Confrades estudos de nossa História e Geografia – e demais Ciências Sociais – recentes, especialmente os acontecimentos dos últimos anos – sejam, os primeiros anos deste século que se inicia. Recorte temporal curto, bem sei disso. Recente, mas repleto de acontecimentos que vão afetar a vida das populações de nosso Estado. E não me refiro só aos acontecimentos políticos... Uma das funções do IHGM é o de fomentar pesquisas e disseminar informações delas decorrentes, que possibilitem à nossas autoridades uma tomada de decisão. Colocamos-nos como consultores privilegiados, dado à especificidade de nosso quadro associativo. Portanto, Senhor Secretário, em que pesem as dificuldades de funcionamento deste Instituto, esse é o principal objetivo desse Seminário. Colocaremos à disposição do público os
seus anais, em formato eletrônico. Adaptamo-nos aos tempos modernos e da sociedade do conhecimento e da informação. Aqui, estamos discutindo os cenários da Ciência e da Tecnologia; O Maranhão físico e humano; a Educação, a Educação Profissional em seu centenário; o Mestrado e sua produção acadêmica; a inserção de novas disciplinas, especialmente a afro-brasileira; teremos um panorama de nossas artes; faremos uma análise de Poder Marítimo – lembrando a dependência que temos do mar, com um estudo sobre a Pesca e a formação de mão-de-obra. A saúde pública através da medicina e suas ultimas contribuições, não foi esquecida. A contribuição de dois ilustres personagens que se dedicaram ao engrandecimento de nosso grande Maranhão. Nesses próximos três dias nos dedicaremos a isso. Obrigado, pela presença de todos e bons estudos.
ENEIDA VIEIRA DA SILVA OSTRIA DE CANEDO
COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO “O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI” São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009
NOVO CENÁRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO WALDIR MARANHÃO CARDOSO POR PROBLEMAS ALHEIOS Á SUA VONTADE, O SENHOR SECRETÁRIO NÃO PODE SE FAZER PRESENTE. OS PROFRESSORES SEBASTIÃO DUARTE E FÁTIMA DURANS APRESENTARAM UM PANORAMA DAS AÇÕES DA SECRETARIA E, ESPECIALMENTE, A INTERVENÇÃO NO CAMPO DO ENSINO PROFISSIONAL QUE A MESMA PROMOVERÁ. NÃO FOI POSSIVEL TER O TEXTO DA APRESENTAÇÃO, FEITA EM POWERPOINT, COM ILUSTRAÇÕES E ANIMAÇÕES.
COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO “O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI” São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009
O ESTADO DO MARANHÃO: FÍSICO E HUMANO ENEIDA VIEIRA DA SILVA OSTRIA DE CANEDO O Estado do Maranhão membro da República Federativa do Brasil, ocupa uma superfície de 328663, km², dividida político-administrativa em 217 municípios, cujas sedes são consideradas cidades. Na classificação fisiográfica do País, está situado na Grande Região Nordeste. Embora seu território de oeste seja considerado da Amazônia Legal, até o meridiano de 44º de latitude a oeste de Greenwich, que corta o rio Mearim, com área de 257,451km², equivalente a 79,3% da superfície total do Estado e só o restante esteja compreendido na Região Nordeste. O Estado sofre a influência climática conseqüente da sua posição astronômica equatorial, entre 1º 1’ 45” e 10º 21’ 07” de latitude sul e sua situação na área de transição entre três regiões homogêneas: a Amazônia quente e úmida, o Nordeste semi-árido, regiões das quais e integrante e, ainda é influenciado , pela região Centro-Oeste, próxima ao Sul. Não apresenta grandes amplitudes térmicas, especialmente na fachada Atlântica da qual recebe a influência amenizadora, com isotermas entre 20 e 30ºC. Não apresenta em seu território regiões semi-áridas com períodos de extremo-seca. Pelo contrário, nos meses de maior pluviosidade (março, abril e maio), alguns municípios sofrem alagamento nas áreas próximas aos rios. Outros fatores atenuantes para as condições climáticas, favoráveis à ocupação pelo homem, são os limites naturais que o separam das outras unidades da federação e se fazem quase totalmente através de rios, constituindo os demarcadores naturais. Os rios limítrofes: Parnaíba, Manoel Alves Grande, Tocantins e Gurupi contrabalançam os rigores das temperaturas interioranas e drenam os solos, favorecendo a formação da cobertura vegetal de matas ciliares e distribuindo a umidade. As bacias hidrográficas dos rios Mearim e Itapecuru drenam o centro do Estado, facilitando a penetração humana. Serviram e servem como via de interiorização e fornecedoras de suporte econômico. São os rios maranhenses os favorecedores da produção agrícola, pois os solos são de produtividade média, exigem correções para uma produção considerada eficiente. É a cultura de várzea que continua a constituir o suporte da produção agrícola maranhense. Geologicamente apresenta uma estrutura, quase totalmente sedimentar, atingindo aproximadamente 90%, com apenas pequenas áreas de constituição de Rochas Ígneas e Metamórficas, na parte noroeste, na divisão com o Estado do Pará e Rochas Ígneas Básicasbasaltos – na região Centro-Sul. O subsolo é potencialmente rico em minerais capazes de sustentar a exploração e sua industrialização. A orografia de altitude modesta não ultrapassa os 1.000 metros, de baixas proporções na faixa litorânea, região da Baixada Maranhense, apresentando maiores altitudes nas regiões: Noroeste Centro Sul e Sudeste. Os solos são predominantemente lateríticos, hidromórficos e de gley, portanto, de média fertilidade, carecendo de correções, mas não improdutivos. Resultante do processo conjugado da climatologia, estrutura do solo e da hidrografia, a cobertura vegetal do Estado apresenta-se muito variada. Desde a Floresta, nas gradações de Equatorial, Tropical e Tropical úmida,
matas ciliares, campos, cerrados, com predominância de palmáceas, até os manguezais costeiros. O Estado conta com uma fronteira marítima de 640 Km, origem das chuvas e dos ventos que corrigem os rigores da localização e serve de janela para a integração marítima e comercial, que desde o início da colonização, tem contribuído para seu desenvolvimento. Do ponto de vista demográfico conta com uma população absoluta de 6.118.995 com uma densidade de 16,6habitantes por quilômetros quadrados. A população urbana é de 3.757.297 e no meio rural vivem 2.361.198, conforme contagem do IBGE ano 2007. Quadro I Estado do Maranhão Censo 2000 População Densidade 5.638.391 16,6hab/km²
Área 333.366 km²
Crescimento 4,05
Município de São Luís Área 831km²
Área km² 333.366,5
População 6.118,995
População 870.028 Estado do Maranhão Urbana Rural 3.757.297 2.361.198
Masculina 3.021.229
Feminina 3.052.375
Municípios: São Luís Área/km² 827
População 957.515 São José de Ribamar
Área/km² 386
População 131.379 Paço do Lumiar
Área/km² 132
População 98.175 Raposa
Área/km² 64
População 24.201 IBGE -CONTAGEM 2007
ATIVIDADES AGRÁRIAS E PERSPECTIVAS As atividades agrárias no Estado foram prejudicadas, neste ano de 2009, pelas chuvas torrenciais e conseqüentemente o transbordamento dos principais rios. A Soja, uma das espécies de maior produtividade no Sul foi uma das altamente prejudicadas. As perdas foram estimadas em 30 kg por hectare, a cada dia de chuva. A umidade deteriora os grãos, que perdem o valor comercial. As empresas compradoras
recusam-se a receber a soja, em tais condições para não contaminar o restante dos grãos que já estão estocadas nos silos. As estradas estiveram interditadas, em conseqüência das chuvas e os caminhoneiros não conseguiam ultrapassar os riscos, o preço do frete aumentou. A falta de silos para a estocagem e secadores para evitar a umidade e a criação de fungos, constituem outros problemas. Todos esses fatores vão se refletir, provocando a insegurança aos trabalhadores e produtores, que conhecem as conseqüências e a impossibilidade de continuação nessa atividade, é o desemprego. O Município de Balsas foi o mais afetado na sua produção de soja. Outro produto afetado pela intempérie foi o algodão, as perdas foram menores, mas em algumas lavouras os capulhos começam a abrir e a alta umidade provoca o apodrecimento, afetando a qualidade do produto. A área plantada, em 2008, foi de 12,8 ha e a produção de 3.750 quilos por hectare. No ano de 2009 a produção caiu para 3.390 k/ha. Os subprodutos do algodão, também aproveitados como: o caroço, óleo, ração animal tiveram a produção de 2008 em torno de 28.300 ton. e para 2009 ficou em 21.400 toneladas. Apesar da crise econômica mundial, o Maranhão apresentou um Balanço Comercial com um superávit de US$ 69,6 milhões /ano. As exportações cresceram 123% até o mês de maio de 2009, alcançando o maior índice do País. A disponibilidade de terras agricultáveis, o relevo, o solo e o clima são favoráveis a produção, dependendo, apenas da disponibilidade de transporte. A safra de soja e farelo, no ano de 2008, transportou 1.45/t. (humilhação, quarenta e cinco mil toneladas). No ano de 2007, a movimentação, na Região Centro-Norte, foi de 4,5 toneladas (quatro milhões e quinhentas mil toneladas). Para atender o escoamento da produção agrícola, o Maranhão contará com a Ferrovia Norte-Sul. Essa Ferrovia contribuirá com aumento do volume de produtos transportados. Quando concluída a Norte Sul ligará os Estados do Maranhão, Piauí, Tocantins, Sul do Pará e Nordeste de Mato Grosso. Toda a produção escoará pelo Porto do Itaqui. O Estado do Maranhão conta com um sistema viário, integração de rodovias e ferrovias, visando o desenvolvimento econômico e social. As principais rodovias são as federais BRs: 010 – Belém /Brasília; 135 – São Luís ao Sul do Piauí; 222 – atravessa o Estado ligando Açailândia ao Nordeste do Maranhão; 226 – corta o Estado, partindo de Porto Franco até o Município de Timon; 316 – ligará o leste ao oeste do Estado. As outras Rodovias são estaduais e municipais, são as que apresentam maiores interrupções, pela inadequabilidade do material usado nas construções e na tecnologia empregada. O transporte ferroviário conta com 1.363 km, sendo 809 km, pertencente a Estrada de Ferro Carajás; 95 Km da Ferrovia Norte Sul, que liga Imperatriz a Estrada de Ferro Carajás. A Companhia Ferroviária do Nordeste conta com 459 km. Outra providência dos Governos dos Estados do Maranhão e Piauí, junto as autoridades federais: Ministério dos Transportes e Sistema Portuário, visando aumentar o escoamento da produção, que já demonstra ultrapassar a capacidade, é a construção de uma hidrovia no rio Parnaíba.
Essa solução já vinha sendo estudada há muitos anos. O rio Parnaíba é um divisor entre os Estados do Maranhão e Piauí. Percorre 1.282 km, entre os dois Estados e oferece navegabilidade em grandes trechos. Da foz até Guadalupe (PI) Percorre 712 km; da Barragem de Boa Esperança a Uruçuí (PI), mais 135 km e de Uruçuí até Floriano (PI), mais 354 km, sem problemas. O rio Balsas afluente do Parnaíba, navegável, serve de ligação entre diversas cidades e povoados do Maranhão. A Bacia do Parnaíba ocupa uma área de 69.000 Km². A hidrovia beneficiará 128 municípios dos Estados: Maranhão, Piauí, Bahia e Tocantins; todos os produtores de muitas toneladas de grãos. No Estado do Maranhão quatro municípios serão beneficiados: Barão de Grajaú, Parnarama, Magalhães de Almeida e Timon. Quadro II
RODOVIAS As fortes chuvas dos meses de março, abril e maio, deixaram as estradas do Maranhão intransitáveis. Ao todo, foram atingidos 63 municípios dos 217 e 1.700 Km de estradas. Causando conseqüências desastrosas para o escoamento da produção. As estradas mais atingidas foram: o quilômetro 445, da BR-222, povoado de Floresta, próximo a Santa Luzia do Tide. No quilômetro 228, da BR-010 entre os municípios de Imperatriz e Açailândia. Os quilômetros 40 e 54 da BR-402, o povoado Prata, próximo ao município de Morros. O quilômetro 211, próximo ao Itapecuru Mirim. O quilômetro 259, da BR-222, entre os municípios de Miranda do Norte e Ararí. O quilômetro 286, BR-226, entre Barra da Corda. A rodovia MA-122, ligando o município de Pedreiras e Trizidela do Vale. Estes municípios foram os mais atingidos pelas enchentes. Conforme dados do DINIT, 90 desses municípios foram alagados.(fazer tabela). Com a interrupção das estradas, além da perda das habitações e outros bens, o abastecimento de produtos essenciais ficou comprometido. A MA-106, entre os municípios de Pinheiro, Santa Helena e Cururupu; a MA-103, entre Cururupu e Serrano; o chamado Entroncamento da MA-006 e a BR-222 até Grajaú. Os trechos mais atingidos já estão sendo recuperados. As estradas de maior fluxo de caminhão de cargas foram justamente as que sofreram interrupção de imediato. Os municípios que ocupam a margem da Estrada de Ferro Carajás vão ser beneficiados não apenas com a facilidade de transporte de pessoas e cargas.(produtos). Serão beneficiadas com a instalação de cursos profissionalizantes, obras de infra-estrutura básica, organização urbana e territorial rural. Os municípios que constam da relação são: Açailândia, Anajatuba, Alto Alegre, Ararí, Bacabeira, Bom Jesus da Selva, Buriticupu, Cidelândia, Davinópolis, Igarapé do meio, Imperatriz, Miranda do Norte, Monção, Paço do Lumiar, Pindaré Mirim, Raposa, Rosário, Santa Luzia, Santa Inês, Santa Rita, São José de Ribamar, São Francisco do Brejão e Vila Nova dos Frades. PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE A água é essencial a sobrevivência humana, é extremamente valiosa para higiene e alimentação. Cientes desse valor deve ser protegida para conservar a melhor qualidade.
No Maranhão dando com exemplo a Capital cidade de São Luís citamos os seguintes problemas. Constantes paralisações no abastecimento de água às vezes até oito dias; alternância de fornecimento, um dia sim, outro não. Diga-se que essa alternância já vem ocorrendo desde de 2000. A última explicação de dirigentes da Companhia de Água e Esgoto do Maranhão CAEMA, as interrupções devem-se a pane em um dos transformadores, já em recuperação na cidade de Recife. O sistema conta com três transformadores. Quando um entra em pane diminui a capacidade de bombeamento. Outro problema é o sistema estar funcionando com a perda de 40% de água, devido a necessidade de substituição de válvulas de pressão, hidrômetros e vazamentos. Temos conhecimento, também de que o Sistema de Saneamento Básico da Capital, São Luís é deficiente. Duas estações de tratamento, uma situada no Bairro do Jaracati e a outra no Bairro do Bacanga estão sem funcionamento, há mais de dois anos, e os dejetos lançados “in natura”, nos rios e manguezais, causando a degradação ambiental, afetando a vegetação da margem dos rios, tornando imprópria a água e até a fauna: peixes, caranguejos e outras espécies. Toda carga de dejetos da cidade é despejada nos rios, e praias. O rio Anil é um dos que recebe grande parte dos dejetos. A CAEMA culpa as empresas privadas, encarregadas da higienização de fossas que deveriam jogar os dejetos nas estações do Bacanga e Jaracati. A Companhia de Água e Esgoto do Maranhão – CAEMA informa: só na capital existem mil pontos de esgotos estourados. Nas freqüentes ladeiras da cidade, com as chuvas torrenciais, o lixo une-se aos esgotamentos tornando insuportável trafegar nas ruas onde ocorre o problema. Qual a rua que não apresenta esse problema? Entretanto, apesar dos problemas técnicos que poderiam ser solucionados pela empresa, a colocação de lixo nas vias públicas o furto das tampas dos pontos de abertura dos esgotos, são de responsabilidade da má educação da população. O rio Itapecuru, principal abastecedor de água para o município de São Luís sofre com a poluição provocada pelo lixo jogado pela população: dejetos orgânicos, animais mortos, copos, garrafas de plástico e milhares de outros dejetos, não facilmente desgastáveis. As doenças causadas ao ser humano pelas águas contaminadas são: verminoses, ameba, cólera, febre tifóide, hepatite virótica, leptospirose e poliomielite. A consciência ecológica da população não é preparada, uns por não freqüentarem a escola e outras pela deficiência de compromisso assumido pelas próprias educadoras, que transmitem conhecimentos aos alunos. Em todas as disciplinas curriculares podem ser incluídas orientações válidas sobre preservação do meio ambiente. Não apenas o Rio Itapecuru está poluído, mas o Mearim, Tocantins, Paciência e todos os demais do Estado inclusive da ilha do Maranhão. INDÚSTRIA O Instituto Brasileiro DE Geografia e Estatística, em sua pesquisa anual, apresentou o valor da produção industrial do Estado do Maranhão.
Maranhão – ano 2007 Produção Industrial Valor: R$7.066 bilhões – correspondente a 5,47% do total da Região Nordeste. Região Nordeste – ano 2007 Produção Industrial Valor: R$ 129,2 bilhões e 050% do total do Brasil. Brasil – ano 2007 Produção Industrial –Valor Total R$ 1,4 trilhões Os dados apurado, referentes a produtividade por pessoa foram: Maranhão Região Nordeste Brasil R$ 87.429,05 62.876,00 84.508,98
IBGE 2007 O estudo mostrou que o Maranhão obteve um crescimento industrial: em relação ao Nordeste de 4,18% e em relação ao Brasil de 0,46%. Esses dados indicam uma grande conquista do crescimento industrial maranhense. Os setores industriais que apresentaram maior índice de crescimento foram: metalurgia básica, a extrativa de minerais metálicos e a produção de álcool. A crise paralisa siderúrgicas no Maranhão, em decorrência da falta de compradores para a produção. As indústrias: Margusa, instalado no Município de Bacabeira; Cosima, em Santa Inês; Fergomar e Simasa, em Açailândia já não estão em funcionamento. A produção de ferro gusa do nosso Estado é quase toda comprada pelos Estados Unidos, equivalentes a 90% da produção. A paralisação das siderúrgicas deverá prejudicar os produtores, classe empresarial do ramo e trabalhadores. Entre perdas e novos projetos o Balanço Comercial do Estado do Maranhão registrou superávit, as exportações superaram as importações em US$ 119,5 milhões, no período de janeiro a abril de 2009. Alcançou o 3º melhor saldo do nordeste, perdendo apenas, para a Bahia e Alagoas. O MARANHÃO MINERAL Um Seminário realizado em Brasília, na data de primeiro de junho de 2009, o pesquisador e geólogo Willian Thomas, apresentou o projeto “Calcário marinho na plataforma continental do Maranhão”. Um dos participantes do Seminário, Jomar Feitosa disse:
“Os maranhenses não tem noção da potencialidade guardada no fundo do mar do seu Estado, mas empresas mineradoras de outros países,sim.” A França foi a grande produtora de calcário marinho durante muitos anos. Hoje a França já esgotou suas reservas. As três maiores reservas cálcarias detectadas no Maranhão estão localizadas no litoral: de Tutóia, de Santana e a Noroeste do Estado. ENERGIA No Município de Miranda do noroeste, a 130Km de São Luís estão sendo instaladas usinas “Termelétricas, com início de funcionamento previsto para janeiro 2010”. Uma usina termelétrica constituiu um conjunto de obras e equipamentos para geração de energia. A empresa “Geronorte”, responsável pelo empreendimento, ocupará uma área de 88 hectares e as usinas: “GeramarI” e “GeramarII” terão capacidade, quando em funcionamento, para gerar 165 MW de energia. A perspectiva para geração de emprego será de inicio, de 1000 operários. Sendo 25% de mão de obra do próprio Município de Miranda do Norte. O fornecimento de energia facilitará a atração de outras indústrias, empresas comerciais e de serviços para a área. O Maranhão contará com mais essa oportunidade de oferta de empregos diversificados. Entretanto há necessidade de preparar o pessoal local, através de cursos profissionalizantes.. Espero que tenha conseguido dar uma visão do Estado do Maranhão neste século. REFERÊNCIAS CANEDO, Eneida Vieira da Silva Ostria de – Organização do Espaço Agrário Maranhense-Até os anos 80 – Editora Norte-Sul – São Luís. 1993 – 1ª Edição – 2ª Edição, Editora Interativa 2008. ARAÚJO, Elienê Pontes de, Coordenadora do LABGEO – UEMA –Atlas do Maranhão – Universidade Estadual do Maranhão –2ª Edição GEPLAN –2002. MAGOSSI, Luís Roberto e Bonacella, Paulo Henrique – Poluição das Águas – 9ª Edição – Coleção Desafios – Editora Moderna – São Paulo –2002. Periódicos: O Imparcial, Jornal Pequeno, O Estado do Maranhão, A Tarde –ANOS: 2000 A 2009. Repartições Específicas Publicações: IBGE, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento-2009. Ministério da Indústria e Comércio. Dados – 2008 e 2009. DENIT – MA Ministério das Minas e Energia – Departamento Nacional de PRODUÇÃO Mineral – 2009. CEMAR E CAEMA – 2009 - DADOS
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CENTENÁRIO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NO MARANHÃO JOSETH COUTINHO M. DE FREITAS
O TEXTO NÃO FOI ENCAMINHADO Á COMISSÃO CIENTÍFICA
COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO “O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI” São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009
HISTORIA DA ARTE MARANHENSE NA PRIMEIRA DECADA DO SÉCULO XXI RAIMUNDA NONATA FORTES CARVALHO NETA1 Introdução à Arte Contemporânea Atualmente o senso comum identifica "Moderno" como um sinônimo para aquilo que há de “mais novo” e “mais atual” tanto no campo da Arte quanto em outras áreas do conhecimento. Todavia, no campo da Arte, Moderno refere-se a um movimento com características particulares que nasceu na Europa, com variados desdobramentos e que entrou em crise a partir da década de 1950. De acordo com Agnaldo Farias (2008) tal movimento foi substituído por um conjunto de manifestações que, cada qual dotada de peculiaridades, foram, na falta de um nome melhor, reunidas sob a etiqueta simples e genérica de “Arte Contemporânea”. Uma vez que o contemporâneo apresenta suas raízes no período moderno, sua definição passa necessariamente pelo debate desse movimento, que de um modo geral, situase em meados do século 19, com o Realismo e o Impressionismo. A partir daí, a arte paulatinamente se afastou de seus cânones renascentistas, do compromisso de uma representação fidedigna do mundo, com as pinturas e esculturas se ocupando não em fabricar duplos da realidade, mas em afirmar suas próprias realidades, abandonando a ilustração de temas (o elogio de um herói, a encenação de uma passagem mítica etc.) para encerrar-se numa discussão sobre sua materialidade, sobre o gesto que a formalizou, bem como as peculiaridades de sua volumetria (FARIAS, 2007). O surgimento do movimento abstracionista constituiu-se na culminância desse processo com a arte dando as costas para qualquer relação de ilustração do mundo. Nesse sentido, a persistência das vanguardas modernas em continuar buscando o novo representou o desejo dos artistas de manter a “experiência estética como fim em si mesmo”. Agnaldo Farias (2007) explica que a Arte Contemporânea nasceu como resposta ao esgotamento desse ensimesmamento da arte com as modalidades canônicas (pintura e escultura), sendo que a arte que se produz hoje é movida pela experimentação realizada sobre a mistura de narrativas (utilizando-se de todas as expressões artísticas, da literatura à música e até às disciplinas científicas) e materiais diversos.
1
Sócia efetiva do IHGM; professora da UEMA; licenciada em Educação Artística – Artes Plásticas e em Biologia; doutoranda em Biotecnologia – RENORBIO)
Na busca de uma nova forma de representação dos problemas atuais, a Arte Contemporânea é norteada por questões que afetam a todos os indivíduos diretamente, seja na rua, nas relações pessoais, nas discussões provocadas pela mídia e nos questionamentos da própria arte, integrando linguagens artísticas e combinando instalações, performances, imagens, textos e tecnologias. Anne Cauquelin (2005) afirma que o que existe atualmente é um sistema de arte em um “Estado Contemporâneo”, produto de uma alteração de estrutura de tal ordem que não se pode mais julgar nem as obras nem a produção delas de acordo com o antigo sistema. Aqui se demonstra que estamos diante de uma situação desafiadora: a avaliação que se está fazendo atualmente da Arte está baseada em critérios ainda em construção, iniciados apenas há duas décadas. Tal situação encaminha esse debate em duas direções: de um lado diversos pesquisadores de várias áreas do conhecimento (sociólogos, economistas e outros) assumem a análise até então reservada à crítica artística, à história da arte ou à teoria estética; de outro lado, ocorre um divórcio entre a arte e seu público, desnorteado frente à miscelânea da produção artística contemporânea que não dispõe de um tempo de constituição e de uma formulação estabilizada (CAUQUELIN, 2005). Maurício Dias (2009) acrescenta que “a arte contemporânea muitas vezes só se mantém em função da palavra e do discurso”, já que o “aqui-agora” da certeza sensível não pode ser captado diretamente. Uma vez entendido, o sentido em que a terminologia Arte Contemporânea será aqui aplicada, falaremos dos artistas que têm produzido no contexto maranhense da Primeira Década do Século XXI. Gerações de artistas contemporâneos Sob o genérico rótulo de artistas contemporâneos, convivem profissionais das mais variadas gerações, responsáveis por obras que vão desde trabalhos de caráter eminentemente moderno até aquelas que rompem com esses cânones. Seguindo uma classificação elaborada por Aguinaldo Farias (2007) para a arte contemporânea brasileira, indicaremos aqui as gerações da produção contemporânea realizada no Maranhão, destacadas a seguir. A) Primeira geração – pertencem artistas cujas trajetórias tiveram seu ponto de partida nos anos 50 e 60 e que ainda se mantêm produzindo sob os mesmos princípios de então (embora expandindo-os), bem como obras de artistas cujas trajetórias tiveram seu ponto de partida na passagem para os anos 70 e ao longo destes, quando produzir arte significava operar na expansão do objeto artístico, seja pela apropriação de coisas e imagens extraídas do cotidiano, seja por radicalizações cada vez maiores, traduzidas em obras mais complexas do ponto de vista conceitual; obras que apostavam numa relação mais próxima com o público; as chamadas “obras abertas à manipulação” que chegaram aos museus e galerias junto com a busca de lugares alternativos e de outros materiais e suportes expressivos. Aqui estão incluídos artistas como Rosilan Garrido, Airton Marinho, Miguel Veiga, Lobato, Donato, Paulo César Alves de Carvalho e outros, que segundo João Carlos Pimentel Cantanhede (2008), tiveram na Universidade Federal do Maranhão o seu centro artístico de formação e de propagação de idéias estéticas; inclui-se ainda artistas como Jesus Santos, Péricles Rocha, Luís Carlos Lima Santos, Rogério Martins, Dileuza Diniz Rodrigues conhecia como Dila, Cosme Martins e vários outros que tiveram centros de formação artística não relacionados com a UFMA; pode-se destacar também, além dos já citados, alguns dos artistas das Exposições Gororoba (realizadas na década de 70 na Galeria Eney Santana): João Ewerton, Joaquim Santos, César Teixeira, Roldão Lima, Murilo Santos, Ribamar Cordeiro, Cruz Neto, Érico, Chico Franco e Edgar Rocha. Entre os acontecimentos no estado do Maranhão que
nortearam o período destacam-se as fundações do Centro de Arte Japiaçú em 1972, do Museu Histórico e Artístico do Maranhão em 1973 e a criação da Associação dos Artistas Plásticos do Maranhão em 1976 pelos pintores Nagy Lajos, Ambrósio Amorim, José João Lobato e Jesus Santos. As obras de Rosilan Garrido (Figura 1) e Paulo César Alves de Carvalho (Figura 2) são bem ilustrativas dessa geração.
Figura 1 – Rosilan Garrido. Acrílica sobre tela e colagem. Sem título. 1999. Foto: Francisca Costa.
Figura 2 – Paulo César Alves de Carvalho. Gesso e outros materiais sobre madeira. Máscaras Venezianas. 2001. Foto: Francisca Costa.
B) Segunda Geração – aqui se inclui os artistas surgidos nos anos 80, que ficaram conhecidos pela retomada das formas tradicionais de expressão, com destaque para a pintura, o que, tanto na forma quanto no conteúdo, era índice de um relacionamento com o passado (grande inimigo da modernidade). Nesse grupo podem ser citados: Ana Borges, Marlene Barros, Fernando Mendonça, Marçal Athayde, Francisco de Sousa Ferreira conhecido como Fransoufer, Cláudio Costa, Geraldo Reis, Eugênio Araújo, Alaim Moreira Lima, Afonso Brandão, Edson Mondego, Fábio Vidotti, J. Junior, Cordeiro do Maranhão, Adiel Belo, Ednilson Costa e outros. Nesse período surgiu o movimento que ficou conhecido como Mirarte em 1982, fundado por Fernando Mendonça e Marçal Athaíde, artistas que receberam influência do artista Rubens Gerchman, representante da Pop art (que enfocava o imaginário popular no cotidiano da classe média urbana e mostrava a interação do homem com a sociedade, tomando temas de revistas em quadrinhos, bandeiras, embalagens de produtos, itens de uso cotidiano e fotografias) e que foi professor de boa parte de artistas maranhenses contemporâneos. Os trabalhos de Cláudio Costa (Figura 3) e Ana Borges (Figura 4) são característicos desse período.
Figura 3 – Cláudio Costa. Encáustica sobre madeira. Sem titulo. 2005. Foto: Raimunda Fortes.
Figura 4 – Ana Borges. Acrílica sobre tela. Sem título. 2005. Foto: Raimunda Fortes.
C) Terceira Geração – nesse grupo estão os artistas da década de 90 aos dias atuais, cujas obras confirmam a sensação de uma crise aguda ou mesmo do fim da arte moderna, com obras que se opõem ao projeto de uma linguagem universal e da busca metódica da novidade pela ruptura, desde aquelas que mergulham em referências históricas e pessoais àquelas que parodiam a própria arte e o círculo na qual ela está enredada; das que criticam a idéia de autonomia da arte, preferindo abandonar os suportes convencionais em favor de manifestações híbridas, àquelas que descartam as respeitáveis heranças do neoconcretismo, buscando outras fontes; do debate sobre o problema da imagem na vida atual à especulação sobre o corpo e suas pulsões. Entre os artistas dessa época pode se citar: Thiago Martins, Adrianna Karlem, Beto Nicácio, Maciel Pinheiro, Regis Costa Oliveira, João Carlos Cantanhêde, Francisca Costa, Raimunda Fortes, Lurdimar Castro, Tony Alves, Herbert Reis entre outros. Os anos 90 presenciaram a realização anual da Coletiva de Maio no Salão de Maio do Convento das Mercês (1991 até 1996), sede da Fundação José Sarney, a qual promovia mostras que difundia a produção artística contemporânea local. Além disso, muitas mostras temporárias foram promovidas pela Galeria Antônio Almeida e Sala Maia Ramos do Palacete Gentil Braga (Sede do Departamento de Assuntos Culturais da UFMA) e a Galeria de Arte do SESC. Nesses espaços ocorreram eventos importantes como as mostras de Arte Efêmera, promovida pelo DAC/UFMA e abertas à comunidade, estudantes e artistas que buscam experimentações diferenciadas na sua arte através de performances, instalações, vídeos, e outros trabalhos de natureza similar. Na Galeria do SESC destaca-se o evento conhecido como ICONOGRAFIA URBANA DE SÃO LUÍS, caracterizada como mostras artísticas realizadas pelo ICNOS, “grupo de artistas que desde 2003 desenvolve trabalhos com o propósito de discutir a imagem da cidade com seus antigos e novos ícones caracterizadores, materializados por meio de objetos, instalações e outras formas de expressões artísticas contemporâneas” (Costa, 2009). A exposição de 2008 foi a terceira, realizada pelo grupo, composto por obras de Adrianna Karlem, Beto Nicácio, Francisca Costa, Wallace Santana, João Carlos Pimentel, Maciel Pinheiro, Mônica Rodrigues, Raimunda Fortes e Régis Costa Oliveira, tendo a Convivência como sua temática atual. A obra de Francisca Costa (Figura 3) e de João Carlos Pimentel (Figura 4) ilustram esse tipo de produção cultural. Francisca Costa explica que sua obra apresenta um enfoque direcionado em olhares críticos à poluição visual e expressões que limitam a linguagem culta de nosso idioma e formas de pronunciação; a estrutura física da obra apresenta-se como um Móbile que traz ao centro um lampião (memória cultural / contemporâneo) com fotografias penduradas, bem como fragmentos e letreiros com erros de construção gramatical, propondo uma interação direta com o fruidor que à medida que observa as fotografias, dialoga com sua própria imagem refletida em espelhos no móbile e seu papel como cidadão formador de opiniões; há ainda um letreiro com letras manipuláveis com ímãs ao seu centro que faz um convite à ordenação de palavras além das expostas como o trocadilho ATENAS e APENAS.
Figura 3 – Francisca Costa. Móbile com fotografias. Apenas maranhense. 2008. Foto: Francisca Costa.
Já na obra de João Carlos Pimentel intitulada “Convivência em Trânsi Tu”, o artista buscou expressar o tormento pelo qual, quase todos nós, somos obrigados a passar cotidianamente em São Luís. A obra é materializada numa pequena placa de fibra de madeira prensada tingida com piche e preenchida ao longo de toda a sua extensão com números de placas de carros nos dois sentidos de uma avenida, entrecortados por um canteiro ocupado para as mais diversas finalidades. Como último elemento aparecem os fragmentos de fita gomada, representando tudo o que vive prendendo ou prendendo-se ao trânsito: a imprudência, a fadiga, o estresse, as barreiras, os acidentes, os assaltos, os pedintes, os pedestres e tantas outras categorias impregnadas na dinâmica das ruas e avenidas de São Luís" (notas do artista).
Figura 4 – João Carlos Pimentel. Colagem. Convivência em Trânsi Tu. 2008. Foto: Francisca Costa.
Temeridade de uma classificação da produção contemporânea A tentativa de classificação aqui indicada é meramente didática, já que nela se elenca uma miscelânea de produtores culturais das três últimas décadas do século XX e primeira década do século XXI. As variadas motivações artísticas do nosso sistema de arte maranhense em um “Estado Contemporâneo”, necessita de uma discussão mais aprofundada sobre os critérios de avaliação ainda em construção para essa produção artística, que, infelizmente, só recentemente tem se alinhado com as propostas discutidas nos outros estados brasileiros.
REFERÊNCIAS CANTANHEDE, João Carlos Pimentel. Veredas estéticas: fragmentos para uma história social das artes visuais no Maranhão. São Luís: [s.c.p], 2008. CAUQUELIN, Anne. Arte Contemporânea: uma introdução. São Paulo: Martins Fontes, 2005. COSTA, Francisca. Arte contemporânea maranhense. Disponível em: <http://www.elo.com.br/pagina.php?dst=novidades&id=183223>. Aceso em jul de 2009. FARIAS, Agnaldo. Arte Brasileira hoje. São Paulo: Publifolha, 2007.
COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO “O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI” São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009
EDUCAÇÃO NO MARANHÃO ELIZABETH PEREIRA RODRIGUES 2 O Maranhão é alvo de estereótipos comuns ao Nordeste, em relação ao Brasil, assim como ocorre com a América Latina, no contexto europeu e norte americano. No caso maranhense, esta é a terra dos Lençóis Maranhenses, do Bumba-meu-boi e São Luís – sua capital – já foi, um dia, Atenas brasileira. Hoje, o Estado é marcado por indicadores sociais pouco favoráveis e busca se libertar do estigma de atraso em que adentrou após o apogeu do algodão, em meados do século XVIII. Diante de quadro tão complexo, a educação básica começa a dar sinais de que se revigora. Dados de recentes avaliações comparativas no Brasil demonstram uma recuperação dos níveis educacionais tão decantados no passado. A que se deve esse renascimento? Primeiramente, se lançarmos mão das premissas da Ciência Política para realizar um conhecimento sistêmico acerca das gestões que têm ocupado o governo estadual no final do século XX e neste início de século XXI, algumas questões são suscitadas. O que é necessário que cada governante faça para alcançar o bem-estar da comunidade? O que deve conter o planejamento elaborado pelos respectivos mandatários a fim de contemplar as reais necessidades da comunidade maranhense? Em seguida, quando partimos para uma análise funcional dos mecanismos adotados por cada administração, nova indagação se faz presente: que decretos, leis, portarias, regulamentos, programas, planos, políticas foram implementados visando à superação do enorme desafio de equilibrar um Estado tipicamente caracterizado como próximo ao Equador, portanto fadado ao fracasso pelos deterministas? Então, de modo objetivo, ao avaliarmos as práticas observadas na década de 90 e no início do novo milênio, algumas inferências podem ser levantadas. O Estado do Maranhão se caracteriza pelo empirismo e por uma dificuldade em elaborar e observar planos estratégicos de média e longa execução. Verifica-se uma preocupação com resultados imediatos no horizonte limitado a uma administração e visíveis na mídia, ao invés de ações infraestruturais mais duradouras, porém de consecução que possa ultrapassar a duração de um mandato. Por fim, constata-se, ao longo da história remota e recente do Maranhão, uma segmentação nos programas governamentais, que representa um forte obstáculo à continuidade de políticas públicas quando se processa a democrática alternância de poder. O cenário atual do Estado dá conta de que ele é palco do maior empobrecimento do país: 56,38% de sua população situam-se dentro ou até abaixo da linha de pobreza3.
2
Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão e do Conselho Estadual de Educação. Doutoranda em Direito. 3 IBGE - 2007
Quando se mede o Produto Interno Bruto, em 2007, o PIB maranhense alcança a oitava maior posição brasileira. Entretanto, verificada a renda per capita, somente o Estado do Piauí revela situação inferior: é do Maranhão a penúltima colocação nesse campo4. Apresenta, ainda, complexidades que influem no peso do Estado: tem o maior déficit habitacional do Brasil: 38,1% da população não alcançaram o benefício da moradia própria, enquanto o índice médio do país situa-se na faixa de 14,6%5. Analisando sua tipicidade, é possível se deparar com graves idiossincrasias de ordem histórica: o Brasil é o último país da América a atingir a abolição da escravatura. Tal instituição, muito enraizada no Maranhão, atrasou a implantação de políticas públicas de amplo acesso à educação, já instituídas com maior rapidez em outros países do mundo – se comparados ao Brasil – e em outros Estados da Federação – tomando-se o Maranhão como referência. A existência desse elo tão estreito com Portugal e, consequentemente, de uma intensa dependência da Monarquia e de seus institutos pode ser atestada, inclusive, pela data de adesão do Maranhão à Independência do Brasil: 28 de julho de 1823. A convivência com as contradições tem atravessado a história do Maranhão. Um exemplo recentemente divulgado concerne à tarifa de energia elétrica vigente no Estado. A Companhia Energética do Maranhão – penúltimo Estado da Federação em renda per capita – adota tarifa 70% mais alta do que a Companhia Energética do Distrito Federal, que detém a maior renda per capita do Estado brasileiro6. Apesar de ter sido privatizado o fornecimento de energia elétrica, trata-se de um monopólio. Haja vista a impossibilidade vivenciada pela população maranhense de escolher outro provedor de energia, cabem algumas interrogações inerentes ao estudo das políticas públicas, porque, afinal, o que são políticas públicas? Entende-se por Políticas Públicas “o conjunto de ações coletivas voltadas para a garantia dos direitos sociais, configurando um compromisso público que visa a dar conta de determinada demanda, em diversas áreas. Expressa a transformação daquilo que é do âmbito privado em ações coletivas no espaço público”7. Considerando a situação supramencionada, o que as autoridades e os representantes do povo estão promovendo para garantir o oferecimento de um valor de tarifa de energia elétrica compatível com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado do Maranhão? A leitura que se faz não oferece margem a dúvidas. As Regiões Norte e Nordeste detêm os piores IDHs, as Regiões Sudeste e Sul possuem os melhores e a maior porção do Centro-Oeste apresenta bom IDH. O espaço que separa as Regiões Norte e Nordeste das demais é expressivo. Encontra-se no Nordeste o mais baixo IDH do país: Alagoas, com 0,677, seguido pelo Maranhão com 0,683 e Piauí com 0,703. O Índice de Desenvolvimento Humano, criado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), varia de 0 a 1 e é alcançado pela média simples de três fatores: longevidade, educação e renda. A conjugação dos três elementos tem por objetivo avaliar a qualidade de vida da população.
4
Id.
5
Ib.
6
Soares, Pedro e Medina, Humberto.Regiões ricas pagam tarifa menor de energia. Folha de São Paulo. 19/07/2009. 7 Guareschi, Comunello, Nardini & Hoenisch, 2004.
Quanto ao IDH, o quadro nacional se apresenta conforme delineado a seguir8:
ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
2008
O IDH Longevidade diz respeito à expectativa de vida ao nascer: a do Estado de Alagoas é a mais baixa do país9. MAPA DOS ESTADOS DO BRASIL SEGUNDO O IDH-LONGEVIDADE
██ 0,800 – 0,900 (Elevado) ██ 0,700 - 0,799 (Médio-alto) ██ 0,600 - 0,699 (Médio-baixo)
8
Relatório Emprego, Desenvolvimento e Trabalho Decente – A experiência brasileira recente: Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL), OIT Organização Internacional do Trabalho(OIT) e PNUD,8 de setembro de 2008. 9
IBGE 2008
O Estado de Alagoas ostenta a triste marca de maior taxa de mortalidade infantil 50% - seguido pelo Maranhão com 39,2% (2008). A média de mortalidade infantil por porcentagem de nascimentos no território brasileiro é de 24,32%. O segundo IDH é o de expectativa de educação ao nascer. É, para Regiões, Estados e Municípios, a composição entre a porcentagem de alfabetização dos habitantes com mais de 15 anos e a freqüência à escola em todos os níveis de ensino10. MAPA DOS ESTADOS DO BRASIL SEGUNDO O IDH-EDUCAÇÃO
██ 0,900 – 0,999 (Elevado) ██ 0,800 - 0,899 (Elevado-baixo) ██ 0,700 - 0,799 (Médio-alto) Observa-se que, nesse quesito, o Maranhão melhorou um pouco: os quatro últimos lugares, em verde-claro, são ocupados pela Paraíba (0,793), Maranhão (0,784), Piauí (0,779) e Alagoas (0,759). O terceiro é concernente à expectativa de renda. É avaliado com base na renda familiar per capita11. MAPA DOS ESTADOS DO BRASIL SEGUNDO O IDH-RENDA
██ 0,800 – 0,900 (Elevado) ██ 0,700 - 0,799 (Médio-alto) ██ 0,600 - 0,699 (Médio-baixo) ██ 0,500 - 0,599 (Baixo) 10
Id.
11
Ib.
Como já foi adiantado, o Estado do Maranhão se posiciona em 26º lugar nesse quesito, ladeado por Alagoas em 25º e Piauí em 27º também em vermelho, a ser corrigido. O ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA NO MARANHÃO O Termo de Compromisso “Todos pela Educação”, criado pelo governo federal Lula, é um programa com base no Plano Nacional de Educação, que instituiu o Plano de Ação Articulado (PAR), que busca integrar Estados e Municípios na meta a ser alcançada: a média de avaliação na educação básica, em 2021, igual à dos países desenvolvidos. O Índice de Avaliação da Educação Básica (IDEB) também foi implantado nesse contexto. É calculado tomando-se a nota obtida pelos municípios na Prova Brasil – aplicada às escolas públicas do país - ou no Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), que avalia os diversos níveis e sistemas de ensino nas unidades da Federação. Essa performance é dividida pelo tempo além do previsto para completar o ciclo, ou seja, os anos de repetência situam-se no denominador: quanto mais o aluno demora a completar uma série menor o IDEB do seu Estado. Vejamos o quadro a seguir12:
IDEB 2007 e PROJEÇÕES SÉRIES
Brasil 2007
Nordeste 2007
Maranhão 2007
Maranhão 2009(proj)
Brasil 2021
Ensino Fundamental (1ª à 4ª )
4,2
3,5
3,7
3,4
6,0
Ensino Fundamental (5ª à 8ª)
3,8
3,1
3,7
3,3
5,5
Ensino Médio
3,5
3,1
3,0
3,2
5,2
A meta brasileira para 2021 é de nota 6,0 nas séries iniciais do ensino fundamental, 5,5 nas séries finais e 5,2 no ensino médio. É importante esse balizamento a fim de que se conheça a média dos países ditos de Primeiro Mundo. O Maranhão, em 2007, não só cumpriu a meta prevista, como chega a ultrapassar, em todo o ensino fundamental, a meta programada para 2009. Nesse mesmo nível ultrapassou a média do Nordeste em 0,2 nas séries iniciais e, em 0,6 nas séries finais, chegando à diferença de 0,1 da média nacional, na 5ª à 8ª série. Iniciemos um estudo por partes13:
12
MEC, Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixera (INEP), 2008.
13
Id.
De 1ª à 4ª série, o Maranhão foi o Estado que mais evoluiu, no espaço 2005-2007, com um avanço de 0,8 de média. Esse resultado o elevou ao 2º IDEB do Nordeste, somente atrás do Ceará e diminuiu de 1,9 para 1,3 a distância que o separava dos campeões do Brasil. Passemos ao quadro seguinte14: IDEB MARANHÃO – 5ª à 8ª Ano
Maranhão
2005 2007
3,4 3,7
Posição no Nordeste 1º 1º
Posição no Brasil 12º 13º
Campeão do Brasil SC – 4,3 SP, SC 4,3
Diferença para o campeão 0,9 0,6
Nas séries finais do ensino fundamental, o Maranhão possui o IDEB n. 1 do Nordeste, desde 2005. Por outro lado, os 0,3 pontos que somou em sua média no ano de 2007 diminuíram a sua distância para os Estados campeões do país de 0,9 para 0,6. IDEB MARANHÃO Ensino Médio Ano
Maranhão
2,7
Posição no Nordeste último
Posição no Brasil penúltimo
2005 2007
3,0
2º
20º
Campeão do Brasil SC,MG,ES 4,0 PR,DF 4,0
Diferença para o campeão 1,3 1,0
A avaliação do ensino médio conduz à inferência de que o Estado progrediu15. Neste cenário, era o último colocado nordestino e penúltimo do Brasil. Mais uma vez conseguiu atingir a segunda posição do Nordeste, novamente atrás do Ceará e passou a 20º do país. A diferença para os campeões, neste nível, foi reduzida em 0,3. Como se explica a melhoria dos índices educacionais do Maranhão no ensino fundamental e médio, interpretada a partir do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica divulgado no ano de 2007? Que programas, ações, leis, mecanismos foram empregados para fomentar essa repercussão na área educacional básica? A administração pública explicou o desempenho pelo sucesso alcançado em convênios com o Ministério da Educação e parcerias com os Municípios. É verdade que o MEC adotou 28 exigências para que os Estados e municípios recebam financiamento educacional. Entre elas, a participação da sociedade nas escolas de cada município. O Maranhão viveu, no século XXI, uma experiência nova: a possibilidade de o Governo do Estado trabalhar em consonância com o governo do Município de São Luís. Essa parceria 14
Ib.
15
MEC, INEP, 2008.
era inviabilizada no século passado, haja vista a ocorrência permanente de ocupação da gestão estadual e municipal por partidos políticos opostos, que dificilmente celebravam acordos. A divulgação da avaliação nacional, neste milênio, pode ter contribuido para influenciar a mudança positiva nas políticas públicas estaduais, no sentido de amenizar a visibilidade dos resultados negativos tão recorrentes no século XX. Finalmente, consideramos oportuno ressaltar a relevância de realizar-se uma apurada conferência dos dados apresentados a fim de compor o IDEB de cada Estado. Uma vez que o critério adotado para aprovação escolar exerce influência sobre a retenção de alunos e, nessa lógica, compõe o cãlculo do IDEB, a fidedignidade das informações acerca de repetência versus aprovação diz respeito não só às estatísticas geradas, mas também, à qualidade do processo que culminou nos resultados divulgados. Diante de algumas inferências já realizadas, faz-se mister exortar para um neoinstitucionalismo que o Maranhão precisa vivenciar, consoante gráfico sistemático a seguir16:
NEOINSTITUCIONALISMO Estruturas institucionais
Atores sociais
Desenvolvi
Coalizões
mento
trocas
Extrapolação esfera administrativa
. A política paternalista e patrimonialista que tudo espera da vontade política não tem mais espaço neste momento histórico. Os atores sociais são os que devem construir as estruturas político-institucionais. Cada cidadão, clube de mães, associação de bairro, empresa, organização não-governamental precisa questionar, debater, sugerir, realizar coalizões e trocas sociais, no sentido de extrapolar a esfera político-administrativa e trabalhar pelo desenvolvimento do Estado. Se a população se circunscrever a uma cultura paroquial cada movimento será segmentado e débil. Mesmo que haja unidade, se for adotada a cultura de súditos, sempre prevalecerão o tempo e as razões do Estado. O desenvolvimento só virá a partir de uma cultura de ampla participação 16
Santos, Hélio de Souza e Marchelli, Paulo Sérgio. Tecnologia da inclusão como suporte para a formulação de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento socioeconômico: in Revista Unimarco, São Paulo, 2002.
Educar para essa participação, no entanto, é função do Estado: promover a cidadania de cada um, de grupos e populações; capacitar para o trabalho, fomentar o emprego, recuperar áreas degradadas, dentre outras. O desenvolvimento do Estado do Maranhão pode ser desencadeado por um processo que se inicie nas bases da sociedade: a sua viabilização dependerá fundamentalmente da transferência de responsabilidade das ações governamentais para os municípios e nestes para os conselhos municipais, comitês locais, associações de moradores, empresas, clubes de mães, conselhos de escola, e todos os que estiverem mais próximos daqueles que precisam ser incluídos.
COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO “O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI” São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009
O SETOR PESQUEIRO NO MARANHÃO LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ17 Sócio efetivo – Cadeira 40 TITO CARVALHO TSUJI18 Engenheiro de Pesca – Instituto Federal - MA INTRODUÇÃO Em junho de 2008 o Ministério da Educação – MEC – enviou correspondência aos Centros Federais de Educação Tecnológica – hoje, Instituto Federal - para que respondessem um questionário sobre a situação do setor pesqueiro de seus respectivos estados19. No Instituto Federal -MA foi denominado, esse documento, de “Caderno de Encargos”, e teve como objetivo dar suporte para a tomada de decisão para a implantação de um “Centro de Referência de Navegação”, objeto de acordo de cooperação internacional entre o Governo brasileiro – MEC/SETEC - e a Agencia Espanhola para Cooperação Internacional e Desenvolvimento – AECID -, fruto do Acordo de Cooperação no. 1/2006 entre a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República –SEAP-PR – e o Ministério da Educação. Para elaboração desse documento, os Autores ouviram as seguintes entidades (entes informantes): Núcleo de Pesquisa Aplicada à Aqüicultura e Pesca Nordeste 4 (Maranhão e Piauí) - NIPA/PESCA-Instituto federal-MA20; SEBRAE-MA21; Secretaria de Indústria e Comercio - SINC22; EMAP23; IBAMA24; Universidade Estadual do Maranhão- Curso de Engenharia de Pesca 25; Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, da Presidência da República - Escritório do Maranhão26; Universidade Federal do Maranhão - Departamento de Ciências Aquáticas27. Buscaram-se informações sobre os seguintes itens: ASPECTOS DE INFRA-ESTRUTURA - Presença De Porto Marítimo; Importância da Navegação de Cabotagem/Mercante; Presença de Porto Pesqueiro; - Importância do Setor
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Licenciado em Educação Física, Especialista em Lazer e Recreação, Especialista em Metodologia do Ensino, Mestre em Ciência da Informação; Professor Especial DE do CEFET-MA/DCS. http://lattes.cnpq.br/2105898668356649 18 Engenheiro de Pesca; Professor de 1º. e 2º. Graus, CI. http://lattes.cnpq.br/8215953100456207 19 Ofício-Circular no. 38/CGPEPT/DFPEPT/SETEC/MEC, de 12 de junho de 2008. 20 Carmen Helena Moscoso Lobato – DAL; João Augusto Ramos e Silva – DHS; Leopoldo Gil Dulcio Vaz – DCS; Tito Tsuji – GABIN; 21 Julio Noronha – Presidente; Manoel Pedro Castro - Diretor-Superintendente; Luis Genésio Portella; Glena Cardoso Lima; João Batista Martins; 22 Julio Noronha - Secretário de Estado de Indústria e Comercio; Fernando José Oliveira Duailibe Mendonça – Secretário Adjunto de Indústria e Comércio César Roberto Coelho Ferreira - Superintendente de Políticas e Infra-estrutura Industriais; Anysio Augusto de Oliveira Paula - Superintendente de Promoção e Desenvolvimento da Pesca e Aqüicultura 23 Renato Fonseca – Assessor da Presidência; Hideraldo Luis Aragão Mouta – Superintendente de Operações; Gustavo Henrique Jorge Lago – Superintendente de Articulação de Negócios. 24 Marluze do Socorro Pastor Santos – Superintendente 25 Haroldo Gomes Barroso – Diretor do Curso de Engenharia de Pesca 26 Ivaldo Coqueiro – Chefe do Escritório do Maranhão 27 Marco Valério Jansen Cutrim – Chefe do Departamento
Pesqueiro; Importância da Construção Naval; Número de Estaleiros; Aspectos Gerais de Logística de Transporte Intermodal; ASPECTOS DE PRODUÇÃO - Captura e Desembarque de Pescado; Produção de Pescado Cultivado; Número de Empresas de Pesca; Número de Fazendas de Cultivo; Participação dos setores Marítimos e Pesqueiros no PIB local; ASPECTOS SOCIAIS E DE DEMANDA - Número de Empregos gerados pela Pesca; Número de Empregos gerados pela Aqüicultura; Número de Empregos gerados pela Navegação de Cabotagem/Mercante; IDH e outros Indicadores Sócio-Econômicos; Indicadores Educacionais; ASPECTOS POLÍTICO-INSTITUCIONAIS - Número de Colônias de Pescadores; Número de Sindicatos, Associações e outras Organizações Afins dos setores Pesqueiros e Marítimos; Existência de outros Centros de Formação; Existência de Centros de Pesquisa; Análise quali-quantitativa dos Quadros Docente; Órgãos do Estado e do Município específico de Aqüicultura e Pesca; Presença da Capitania dos Portos e Autoridade Naval ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS - Orçamento Federal; Orçamento Estadual; Orçamento Municipal; Possibilidade de Doação de Áreas/terrenos para o Centro; Qualidades Técnicas desses terrenos/áreas. ASPECTOS LEGAIS - Viabilidade Jurídica das eventuais áreas/terrenos doados; Análise da Legislação Estadual/Municipal afeta ao tema ASPECTOS METEOROLÓGICOS E OCEANOGRÁFICOS Navegabilidade; Calado; Ondas; Correntes; Marés; Sinalização Náutica
Condição
de
No presente estudo, serão apresentadas algumas informações referentes à situação do setor pesqueiro no Estado do Maranhão, e responder à questão: “Como gerar trabalho em um meio onde boa parte da população é analfabeta e desqualificada profissionalmente?” 28 . A PESCA NO MARANHÃO O Estado do Maranhão possui uma área territorial de 324.600 Km2, que lhe assegura a condição de segundo Estado do Nordeste em extensão. Localiza-se entre as macro regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, o que lhe assegura especificidade espacial e favorece sua climatologia, não possuindo a aridez do Nordeste, nem a excessiva umidade da Amazônia:
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Possui diversificada qualidade de solos, com áreas características específicas, como baixada, litoral, cerrados, chapadões, planalto e pré-amazônia, o que facilita a diversificação da produção e, ao mesmo tempo, a concentração de áreas para determinadas atitudes agrícolas; Dispõe de recursos minerais (calcário, gipsita, bauxita, zeólitas, silício, caulim, ouro, entre outros), ainda inexplorados; Suas amplas bacias hidrográficas, com grandes rios perenes e navegáveis em quase toda sua extensão, e com possibilidade de aproveitamento energético e alimentar; Seu significativo contingente potencial de força de trabalho, em sua grande maioria, encontra-se na zona rural. Seu diversificado sistema viário (rodovia, ferrovia, aerovia e marítimo fluvial) enseja a possibilidade de uso multimodal, com a operacionalização do Corredor Centro Norte;
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; e Outros. CURSOS DE EXTENSÃO: PROPOSTA DE CURSOS DE FORMAÇÃO BÁSICA NAS ÁREAS DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E RECURSOS PESQUEIROS. Acordo de Cooperação Técnica SEAP e MEC/SETEC. Plano de Valorização do Profissional da Pesca da Lagosta. São Luís: CEFET-MA/DEN/DCS, 2007.
Os aspectos culturais, históricos e as belezas naturais constituem os grandes atrativos para o desenvolvimento do Turismo, notadamente nos segmentos de Ecoturismo e Turismo Cultural.
Diante dessa favorabilidade, acredita-se que o Estado dispõe de um cenário adequado para transformar-se em um dos principais supridores de alimentos para o Nordeste. A composição do PIB estadual caracterizava-se pela elevada participação dos setores primários e terciário. Mais de 2/3 (dois terços) da formação do PIB deve-se à produção agrícola. A estrutura produtiva tem no cultivo de cana o principal esteio, caracterizando o Estado como o maior do Nordeste e o terceiro do país. Os outros produtos de destaque são o milho, o feijão, a mandioca e a soja. Outro setor de relevância é a pecuária que, nos últimos anos, tem experimentado um desenvolvimento acelerado, tanto em nível quantitativo, como quantitativo. Na área de agronegócios estão se desenvolvendo os seguintes pólos:
Pólo de fruticultura para exportação - aproveitando as características de clima Semi-Árido Tropical para a produção de várias espécies como manga, caju, abacaxi, maracujá, etc.; Implantação de indústrias de beneficiamento de frutas - para extração de sucos, fabricação de doces, licores, etc. Fototerapia - em decorrência da riqueza da flora de plantas medicinais de várias espécies, para fabricação de chás, xaropes, tinturas, essências, etc.; Implantação de negócios ligados à pecuária - com base no expressivo rebanho das diversas espécies, com condições de produzirem carne e leite, seus produtos e subprodutos; Indústrias de laticínios - uma alternativa para produtores de leite das bacias leiteiras ao longo do Corredor Centro Norte de Exportação; Frigoríficos industriais - alternativa para o processamento de carne bovina na forma de embutidos; Fazendas florestais - encontram-se plantados 28.000 hectares de florestas de eucalipto pela CELMAR nos municípios de Imperatriz e Açailândia para a produção de celulose e também nos municípios de Bacabal, Pindaré, Santa Inês, Coelho Neto, Bacabeira, Buriticupu, Grajaú e Caxias, sendo que nos seis últimos estão plantados 6.000 hectares pelas guzerias; Desenvolvimento de novos pólos algodoeiros - através do plantio do algodão herbáceo; Ampliação da produção de soja - cultivada nas chapadas do Sul do Estado desde os anos de 77/78, com uma produção atual de 201.000 ton./ano; Incremento à produção de mandioca, e implantação de fábricas de pellets aproveitando a produção de 2.600.000 ton./ano plantadas em 300.000 ha de pequenas propriedades rurais ao longo da ferrovia Carajás, permitindo viabilizar a implantação de fábricas de pellets e o embarque pelo Porto do Itaqui.
O setor pesqueiro 29 do Estado apresenta um potencial de 640 km de costa, sendo o sétimo produtor de pescado do Brasil com produção total, segundo os dados do 29
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; e Outros. CURSOS DE EXTENSÃO: PROPOSTA DE CURSOS DE FORMAÇÃO BÁSICA NAS ÁREAS DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E RECURSOS PESQUEIROS. Acordo de Cooperação Técnica SEAP e MEC/SETEC. Plano de Valorização do Profissional da Pesca da Lagosta. São Luís: CEFET-MA/DEN/DCS, 2007; ALMEIDA, Zafira da Silva de; FERREIRA, Dayanne Suele Chaves; NAHUM, Victoria Judith Isaac. CLASSIFICAÇÃO E EVOLUÇÃO DAS EMBARCAÇÕES MARANHENSES. In BOLETIM DO LABORATÓRIO DE HIDROBIOLOGIA, 19:31-40. 2006;
IBAMA/DIFAP/CGREP - 2007 de 63.542,5 t. em 2005. (40.027,00 t. oriundas da pesca marinha, 22.505,5 t. da pesca continental, 246 t. da aqüicultura marinha e 764,0 t. da aqüicultura continental), uma das mais piscosas do país. Contando com aproximadamente 550 mil hectares de manguezais (50% do total brasileiro) faz dessa região, rica em nutrientes, o berçário para as espécies marinhas. O estoque de água doce também é invejável. O Estado contém doze bacias hidrográficas de rios perenes, além de açudes, barragens, lagos, lagoas e pantanais perfazendo uma área estimada de 404.600 hectares. O contingente de pescadores dependentes da pesca artesanal no estado é estimado entre 150.000 a 200.000 pescadores (se considerado a pesca de águas interiores, esse contingente é consideravelmente superior - mais de 1.000.000 (um milhão) de pessoas envolvidas na atividade, quase 1/6 da população do estado, sendo grande o contingente de mulheres trabalhadoras - 45% do total no estado -, porém, nestes casos a atividade é exercida conjuntamente com a atividade de agricultura); com cerca de 300 comunidades pesqueiras existentes no litoral, onde milhares de pessoas que vivem praticamente de subsistência nos mananciais de recursos hídricos continentais. Frota pesqueira superior, em número ao total da frota registrada da região sudeste (mais de 9.000 embarcações registradas) 30. Segundo o diagnóstico da pesca artesanal no litoral do estado – Projeto Milênio, “a pesca primitiva exercida apresenta uma estrutura complexa, desorganizada e com a população pesqueira completamente desamparada pelo poder público”. A coleta, distribuição e comercialização restringem o desenvolvimento do setor no Estado 31
IABS/SEBRAE. PROJETO DE FORTALECIMENTO DO SETOR PESQUEIRO E AQUÍCOLA MARANHENSE, documento produzido pelo Instituto Ambiental Brasil Sustentável – IABS – para o SEBRAE-MA, 2008; INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS. Boletim Estatístico da Pesca Marítima e Estuarina do Nordeste do Brasil - 2003, Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente, IBAMA, CEPENE, 2004, 191p. In ALMEIDA; FERREIRA; NAHUM, CLASSIFICAÇÃO E EVOLUÇÃO DAS EMBARCAÇÕES MARANHENSES. BOLETIM DO LABORATÓRIO DE HIDROBIOLOGIA, 19:31-40. 2006; In Pesca e Aqüicultura: Embrapa tenta reduzir perdas na captura de caranguejos. Disponível em http://www.iea.sp.gov.br/out/verTexto.php?codTexto=5518, capturado em 27/07/2008; PESSOA NETO, Wenceslau Almada; GUIMARÃES, Luzia Lima. DIAGNÓSTICO DA PESCA ARTESANAL DO ESTADO DO MARANHÃO: UM ESTUDO SOBRE ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS - (Universidade Estadual do Maranhão) - Anais da 58ª REUNIÃO ANUAL DA SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006; STRIDE, R. K. 1992. Diagnóstico da pesca Artesanal Marinha do Estado do Maranhão. São Luís: CORSUP/EDUFMA, v. 2, 205 p; In PESSOA NETO, Wenceslau Almada; GUIMARÃES, Luzia Lima. DIAGNÓSTICO DA PESCA ARTESANAL DO ESTADO DO MARANHÃO: UM ESTUDO SOBRE ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS - (Universidade Estadual do Maranhão) - Anais da 58ª REUNIÃO ANUAL DA SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006. BERNARDI, Cristina Costa. CONFLITOS SÓCIO-AMBIENTAIS DECORRENTES DA BUBALINOCULTURA EM TERRITÓRIOS PESQUEIROS ARTESANAIS: O CASO OLINDA NOVA DO MARANHÃO. Dissertação de Mestrado. UCB, 2005. Programa de PósGraduação “Stricto Sensu” em Planejamento e Gestão Ambiental, p. 87, disponível em http://www.iica.org.br/Docs/PublicaçoesIICA_ConflitosSociaisAmbientais.pdf, capturado em 27/07/2008. A PESCA NO MARANHÃO. in PECNORDESTE, 23 a 28 de junho de 2008, Fortaleza- Ceará, disponível em www.pecnordeste.com.br/.../AQUICULTURA%20E%20PESCA/A%20PESCA%20NO%20ESTADO%20DO%20MARANHÃO.pdf , capturado em 27/07/2008; ESTADO DO MARANHÃO. Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão – SEPLAN. GT – PESCA E AQUACULTURA. RELATÓRIO TÉCNICO FINAL. São Luís: GEPLAN, novembro de 2007. GT – Grupo de Trabalho de Pesca e Aqüicultura, instituído no âmbito da Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento, pelo Decreto nº 22.063, de 02 de maio de 2007. 30 ALMEIDA, Zafira da Silva de; FERREIRA, Dayanne Suele Chaves; NAHUM, Victoria Judith Isaac. CLASSIFICAÇÃO E EVOLUÇÃO DAS EMBARCAÇÕES MARANHENSES. In BOLETIM DO LABORATÓRIO DE HIDROBIOLOGIA, 19:31-40. 2006; IABS/SEBRAE. PROJETO DE FORTALECIMENTO DO SETOR PESQUEIRO E AQUÍCOLA MARANHENSE, documento produzido pelo Instituto Ambiental Brasil Sustentável – IABS – para o SEBRAE-MA, 2008; INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS. BOLETIM ESTATÍSTICO DA PESCA MARÍTIMA E ESTUARINA DO NORDESTE DO BRASIL - 2003, Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente, IBAMA, CEPENE, 2004, 191p. In ALMEIDA; FERREIRA; NAHUM, 19:31-40. 2006;
Classificação e evolução das embarcações maranhenses. BOLETIM DO LABORATÓRIO DE HIDROBIOLOGIA,
In Pesca e Aqüicultura: Embrapa tenta reduzir perdas na captura de caranguejos. Disponível em http://www.iea.sp.gov.br/out/verTexto.php?codTexto=5518, capturado em 27/07/2008; PESSOA NETO, Wenceslau Almada; GUIMARÃES, Luzia Lima. DIAGNÓSTICO DA PESCA ARTESANAL DO ESTADO DO MARANHÃO: UM ESTUDO SOBRE ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS (Universidade Estadual do Maranhão) - Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006; BERNARDI, Cristina Costa. CONFLITOS SÓCIO-AMBIENTAIS DECORRENTES DA BUBALINOCULTURA EM TERRITÓRIOS PESQUEIROS ARTESANAIS: O CASO OLINDA NOVA DO MARANHÃO.. Dissertação de Mestrado. UCB, 2005. Programa de Pós-Graduação “Stricto Sensu” em Planejamento e Gestão Ambiental, p. 87, disponível em http://www.iica.org.br/Docs/PublicaçoesIICA_ConflitosSociaisAmbientais.pdf, capturado em 27/07/2008; A PESCA NO MARANHÃO. in PECNORDESTE, 23 a 28 de junho de 2008, Fortaleza- Ceará, disponível em www.pecnordeste.com.br/.../AQUICULTURA%20E%20PESCA/A%20PESCA%20NO%20ESTADO%20DO%20MARANHÃO.pdf 31 ESTADO DO MARANHÃO. Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão – SEPLAN. GT – PESCA E AQUACULTURA. RELATÓRIO TÉCNICO FINAL. São Luís: GEPLAN, novembro de 2007. GT – Grupo de Trabalho de Pesca e Aqüicultura, instituído no âmbito da Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento, pelo Decreto nº 22.063, de 02 de maio de 2007.
Concordamos com o RELATÓRIO TÉCNICO FINAL do GT – PESCA E AQUACULTURA32, quando evidencia que a produção, baseada quase que exclusivamente na pesca artesanal, apresenta aquilo que a observação empírica já havia detectado; ou seja, o esgotamento dos estoques pesqueiros pela pressão contínua e crescente sobre os recursos e da pesca predatória, como é o caso crônico, sem solução até agora, dos barcos arrasteiros ao longo da costa. A assistência técnica pública é inexpressiva, assim como ações voltadas ao estímulo à produção e à capacitação de pescadores e aqüicultores. Sabe-se que o Maranhão foi um grande pólo de pesca da região nordeste brasileira, mas ao longo das últimas quatro décadas a sobrepesca teve um papel devastador, aliado aos problemas conjunturais, como: altas taxas demográficas, desmatamentos em áreas de manguezais e das matas ciliares aos corpos hídricos de superfície. A sobrepesca é causada principalmente pelo ingresso de um grande número de pescadores temporários na safra, devido a alguns fatores 33, como:
Baixa organização dos produtores; Falta de estudos detalhados sobre os estoques; Utilização de técnicas predatórias de captura e fiscalização deficiente;
Outras dificuldades:
Pouco acesso ao crédito; Deficiência na manipulação, conservação e comercialização dos produtos; e Barreiras que afetam o ciclo biológico das espécies também contribuem para o baixo desempenho econômico do setor.
A região não permite a pesca industrial, o que obriga os pescadores a utilizar artefatos menos eficientes na captura, obtendo menor volume de produção, o que também contribui para o encarecimento do pescado ao consumidor, principalmente pelos métodos de comercialização praticados.34. IMPORTÂNCIA DO SETOR PESQUEIRO Concordamos com Almeida; Ferreira; Nahum (2006)35 de que a economia do Estado do Maranhão está muito ligada ao mar e a navegação teve um papel histórico importante na ocupação desse território, bem como na sua evolução social, econômica, cultural e nos hábitos e costumes de sua população. Entre 150 mil (SEAP, 2006)36 e 200 mil (Governo do Estado, 2005)37 trabalhadores no Estado sobrevivem hoje da atividade de pesca artesanal, sem considerar os atores sociais envolvidos no transporte e comercialização do pescado. Em documento do IABS (2008) apresentado ao SEBRAE-MA, surgem os seguintes números38: 32 In GT – PESCA E AQUACULTURA. RELATÓRIO TÉCNICO FINAL, 2007 33 In GT – PESCA E AQUACULTURA. RELATÓRIO TÉCNICO FINAL, 2007. 34 In GT – PESCA E AQUACULTURA. RELATÓRIO TÉCNICO FINAL, 2007 35
ALMEIDA, Zafira da Silva de; FERREIRA, Dayanne Suele Chaves; NAHUM, Victoria Judith Isaac. CLASSIFICAÇÃO E EVOLUÇÃO DAS EMBARCAÇÕES MARANHENSES. In BOLETIM DO LABORATÓRIO DE HIDROBIOLOGIA, 19:31-40. 2006 36 ALMEIDA; FERREIRA; NAHUM, 2006 37
ASSIMP - SESH - Governo do Estado do Maranhão, 28/05/2005, capturado em 26/07/2008
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IABS/SEBRAE. PROJETO DE FORTALECIMENTO DO SETOR PESQUEIRO E AQUÍCOLA M ARANHENSE, documento produzido pelo Instituto Ambiental Brasil Sustentável – IABS – para o SEBRAE-MA, 2008
Cerca de 200 mil pescadores artesanais; Mais de 1.000.000 (um milhão) de pessoas envolvidas na atividade (quase 1/6 da população do estado); Cerca de 300 comunidades pesqueiras existentes no litoral; Milhares de pessoas que vivem praticamente de subsistência nos mananciais de recursos hídricos continentais; Grande contingente de mulheres trabalhadoras (citam 45% do total no estado); Frota pesqueira superior, em número ao total da frota registrada da região sudeste (mais de 9.000 embarcações registradas).
No relatório final do Seminário Nacional de Desenvolvimento da Pesca e da Aqüicultura no Estado do Maranhão, realizado em São Luís, no período de 04 a 06 de junho de 2003 pela Gerência da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (GEAGRO)/Agência de Desenvolvimento da Pesca e da Aqüicultura (ADEPAQ), se faz referencia a 200 mil pescadores artesanais maranhenses, dispostos em associações cooperativas para a geração de economia de escala. Em quadro a pagina 34 desse documento, consta que:
No Maranhão existem 200.000 pescadores, segundo dados estimados para 2003; Existem 77 Colônias de Pescadores, sendo que, iniciativas (06); em organização (07); registradas no Ministério do Trabalho e Emprego – MTE (48); de acordo com dados do MTE em 28.3.2003; 80.000 pescadores artesanais associados nas diversas Colônias, de acordo com a Federação das Colônias de Pescadores do Maranhão – FECOPEMA, dados estimados para 2003; Já os cadastrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA seriam 12.529 (Cadastro e registro de atividade pesqueira/MAPA, até dezembro de 2002); Enquanto os beneficiados com seguro desemprego seriam 3.479 segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, em 28.3.2003.
O Maranhão é um dos principais produtores do Norte/Nordeste do Brasil, tendo sido apontado desde 2002 pelo IBAMA como o primeiro produtor nordestino. Naquele ano, a produção anual foi de 62.876,5 toneladas das quais 40.131,5 toneladas corresponde à pesca extrativa marinha, que por sua vez é considerada eminentemente artesanal 39. O Maranhão também é o principal produtor de caranguejo-uçá na região Nordeste, com 1,8 mil toneladas 40. A atividade pesqueira emprega milhares de pessoas, aproximadamente um milhão de empregos, maior contingente do Brasil, distribuídos entre pescadores, atravessadores, feirantes, entre outros 41, que trabalham desde os ambientes estuarinos até a plataforma interna, utilizando grande variedade de instrumentos de captura, alguns bastante rudimentares, como armadilhas fixas e redinhas de arrasto. A frota pesqueira maranhense sempre foi bastante diversificada, apresentando-se composta de milhares de pequenas e médias embarcações, que operam em praticamente toda a área litorânea do Estado até aproximadamente 100 milhas da costa. Apresenta também uma grande variedade de formas. Sua classificação tem sido objeto de controvérsias, sendo 39 INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS. Boletim Estatístico da Pesca Marítima e Estuarina do Nordeste do Brasil - 2003, Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente, IBAMA, CEPENE, 2004, 191p. In ALMEIDA; FERREIRA; NAHUM, CLASSIFICAÇÃO E EVOLUÇÃO DAS EMBARCAÇÕES MARANHENSES. In BOLETIM DO LABORATÓRIO DE HIDROBIOLOGIA, 19:31-40. 2006 A última estatística oficial do IBAMA para o estado do Maranhão é do ESTATPESCA (2004), que aponta uma produção total de 35.941,1 toneladas/ano. 40 In Pesca e Aqüicultura: Embrapa tenta reduzir perdas na captura de caranguejos. Disponível em http://www.iea.sp.gov.br/out/verTexto.php?codTexto=5518, capturado em 27/07/2008 41 PESSOA NETO, Wenceslau Almada; GUIMARÃES, Luzia Lima. DIAGNÓSTICO DA PESCA ARTESANAL DO ESTADO DO MARANHÃO: UM ESTUDO SOBRE ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS (Universidade Estadual do Maranhão) - Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006
realizada de forma diferente nos poucos trabalhos de referências que existem sobre a pesca no litoral maranhense (STRIDE, 1992; ESTATPESCA, 2003) 42. Os desembarques pesqueiros no Estado ocorrem de forma difusa em muitos pequenos portos ou localidades do litoral (STRIDE, 1992) 43. Para Pessoa Neto e Guimarães (2006) 44, a atividade pesqueira no Estado do Maranhão, com aproximadamente um milhão de empregos, com tanta relevância para a economia do estado, apresenta fatores limitantes ao seu desenvolvimento, ressalvadas as devidas exceções, os mesmos encontrados há cerca de 10 anos. Os Autores identificaram que os atores envolvidos no APL da Pesca Artesanal 45 exercem atividades de forma isolada ou simplesmente não estão presentes no seu processo de desenvolvimento, caracterizando um baixo grau de articulação entre os seus integrantes. Como se não bastasse, o nível de governança é incipiente e se encontra mais voltado para o nível de coordenação local, ou seja, ligado às questões operacionais. Nesse sentido, a atuação da SUPAQ não garante o efetivo desenvolvimento do arranjo, uma vez que não foi identificado um grupo gestor responsável pela elaboração e implementação de planos operacionais e estratégicos para ele. Concluem que se pode afirmar a existência - no que concerne à pesca artesanal -, uma aglomeração de colônias de pescadores, empresas e instituições, o que não permite a sua classificação como APL, dado que não se detectou um grau de articulação entre os atores e um nível governança aceitável e necessário ao desenvolvimento de cooperação, integração e aprendizado entre seus participantes, características essenciais de todo APL. Outro documento que dá bem a idéia da importância da Pesca é o RELATÓRIO TÉCNICO FINAL do GT – PESCA E AQUACULTURA instituído no âmbito da Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento, pelo Decreto nº 22.063, de 02 de maio de 200746, que conclui:
O Estado do Maranhão dispõe de uma vastíssima costa marítima, de aproximadamente 640 km, a segunda do país; A presença de aproximadamente 550 mil hectares de manguezais (50% do total brasileiro) faz dessa região, rica em nutrientes, o berçário para as espécies marinhas; O estoque de água doce também é invejável; O Estado contém doze bacias hidrográficas de rios perenes, além de açudes, barragens, lagos, lagoas e pantanais perfazendo uma área estimada de 404.600 hectares; O contingente de pescadores dependentes da pesca artesanal no estado é estimado entre 80.000 a 100.000 pescadores (se considerado a pesca de águas interiores, esse contingente é consideravelmente superior, porém, nestes casos a atividade é exercida conjuntamente com a atividade de agricultura); O Maranhão é o sétimo produtor de pescado do Brasil com a produção total, segundo o IIBAMA, de 63.542,5 t. em 2005;
42 STRIDE, R. K. 1992. Diagnóstico da pesca Artesanal Marinha do Estado do Maranhão. São Luís: CORSUP/EDUFMA, v. 2, 205 p; In ALMEIDA; FERREIRA; NAHUM, 2006; 43 STRIDE, R. K. 1992, in ALMEIDA; FERREIRA; NAHUM, 2006; 44 In PESSOA NETO; GUIMARÃES, 2006. 45 “... na pesca artesanal, a participação do homem e m todas as etapas e manipulação dos implementos e do produto é total, ou quase total, prescindindo-se de tração mecânica no lançamento, recolhimento e levantamento das redes ou demais implementos. Baseada em conhecimentos transmitidos ao pescador por seus ancestrais, pelos mais velhos da comunidade, ou adquirido pela interação com os companheiros do ofício, a pesca é sempre realizada em embarcações pequenas (botes e canoas) a remo ou a vela ou mesmo motorizadas, sem instrumentos de apoio à navegação, contando tão somente com a experiência e o saber adquiridos - a capacidade de observação dos astros, dos ventos e das marés. Pesca-se nos rios e no mar com caniços, com linhadas, com puçás, com fisgas, com facões, com covos, com redes (de lanço ou de arrasto, as de malhar, para caceio ou espera), cercos fixos, tarrafas, girivás (tarrafinhas), espinhéis, covos, currais (cercos fixos ou chiqueiros de peixes), linhadas, puçás, entre outros.”in BERNARDI, Cristina Costa. CONFLITOS SÓCIO-AMBIENTAIS DECORRENTES DA BUBALINOCULTURA EM TERRITÓRIOS PESQUEIROS ARTESANAIS: O CASO OLINDA NOVA DO MARANHÃO.. Dissertação de Mestrado. UCB, 2005. Programa de Pós-Graduação “Stricto Sensu” em Planejamento e Gestão Ambiental, p. 87, disponível em http://www.iica.org.br/Docs/PublicaçoesIICA_ConflitosSociaisAmbientais.pdf, capturado em 27/07/2008 46 ESTADO DO MARANHÃO. Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão – SEPLAN. GT – PESCA E AQUACULTURA. RELATÓRIO TÉCNICO FINAL. São Luís: GEPLAN, novembro de 2007. GT – Grupo de Trabalho de Pesca e Aqüicultura, instituído no âmbito da Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento, pelo Decreto nº 22.063, de 02 de maio de 2007
A produção, baseada quase que exclusivamente na pesca artesanal; Esgotamento dos estoques pesqueiros pela pressão contínua e crescente sobre os recursos; Pesca predatória, crônica, sem solução até agora, dos barcos arrasteiros ao longo da costa;
Sabe-se que o Maranhão foi um grande pólo de pesca da região nordeste brasileira, mas ao longo das últimas quatro décadas a sobrepesca teve um papel devastador, aliado aos problemas conjunturais, como:
Altas taxas demográficas; Desmatamentos em áreas de manguezais e das matas ciliares aos corpos hídricos de superfície; sobrepesca causada principalmente pelo ingresso de um grande número de pescadores temporários na safra; Baixa organização dos produtores; Falta de estudos detalhados sobre os estoques; Utilização de técnicas predatórias de captura e fiscalização deficiente; A região não permite a pesca industrial, o que obriga os pescadores a utilizar artefatos menos eficientes na captura, obtendo menor volume de produção; O que também contribui para o encarecimento do pescado ao consumidor, principalmente pelos métodos de comercialização praticados; O Estado está entre os líderes nacionais do analfabetismo e da exclusão social; Os trabalhadores do setor pesqueiro vivem em situação de abandono, principalmente no tocante ao acesso à educação em todos os níveis, com isto perdurando um ciclo duradouro de um sistema de extrativismo pesqueiro tradicional, repassado hereditariamente, à margem das práticas de explotação racional e produtiva.
Como perspectivas animadoras, poderíamos citar:
A quantidade e qualidade das águas das principais bacias hidrográficas do Estado (doze bacias e os lagos formados pela Barragem de Boa Esperança e do Rio Flores, perfeitamente apropriados para o cultivo de peixes em tanques-rede); A extraordinária oferta de insumos para a produção de ração, pelas commodities com atuação no Estado (soja, milho, arroz, etc.); A disponibilidade de mão de obra familiar; Os Programas federais de graduação e pós-graduação em ciências do mar; Os programas de apoio à capacitação em aqüicultura e recursos pesqueiros do MEC e SEAP/PR; Os programas de incentivo à produção e ao consumo de pescados conduzidos pela SEAP/PR;
Por outro lado, vários gargalos ainda precisam ser eliminados, como:
O preço e a qualidade da ração disponível no mercado regional; A qualidade dos alevinos; A ausência de pesquisa e experimentação para suporte das atividades; A carência básica, nas regiões e municípios, de quadros técnicos de nível superior, médio e preliminar; O baixo investimento do setor público nas estruturas de formação profissional de quadros técnicos para o setor; A falta de ordenamento e políticas públicas, por parte do Estado; e
A desarticulação e desorganização dos criadores, produzindo efeitos negativos, etc..
Em gestão anterior, o Governo estadual tomou diversas medidas para fortalecer o setor, como:
A criação da Agência Estadual da Pesca e da Aqüicultura do Maranhão (ADEPAQ), órgão vinculado à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, mas que foi reduzida ao status de Superintendência interna da SEAGRO ainda na mesma gestão; A realização do Zoneamento Costeiro, que definiu as áreas propícias para a carcinicultura; A elaboração do Projeto de Lei da Pesca e da Aqüicultura, com o Plano Estadual de Desenvolvimento Sustentável para Pesca e Aqüicultura (que incluiu políticas públicas voltadas para as famílias dos pescadores artesanais); e O incremento ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar Pronaf/Pesca para os pescadores artesanais.
Atualmente no Maranhão existem cerca de:
140 Colônias de Pescadores, ligadas à Federação Estadual das Colônias de Pescadores – FECOPEMA; 95 Sindicatos ligados à Federação dos Sindicatos de Pescadores Profissionais, Artesanais, Marisqueiros, Aqüicultores, Criadores de Peixes e Mariscos e Trabalhadores na Pesca do Estado do Maranhão – FESPEMA, além do; Movimento Nacional dos Pescadores – MONAPE;
Desta forma, a pesca continua exercendo um importante papel na vida da população maranhense e na economia do Estado. ESTATÍSTICA PESQUEIRA NO MARANHÃO A divulgação oficial dos dados estatísticos no Brasil é atribuição legal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Até 1989, esse órgão publicava a Estatística da Pesca com os dados da produção pesqueira nacional, por espécie e modalidade de pesca, para todos os estados da Federação. A partir de 1990, o processo de divulgação desses dados foi interrompido em decorrência de problemas financeiros e operacionais daquele Instituto. A partir de 1995, o IBAMA tornou-se responsável pela coleta de dados da atividade de pesca e aqüicultura e vem aprimorando o sistema de consolidação da estatística pesqueira nacional. Os dados sobre a produção de pescado ora apresentados contemplam informações sobre os desembarques de pescado e a produção da aqüicultura (peixes, moluscos, crustáceos e anfíbios) para o País no ano de 2005, estes dados foram publicados em 2007 pelo IBAMA através da Diretoria de Fauna e Recursos Pesqueiros – Difap e Coordenação Geral de Gestão de Recursos Pesqueiros – CGREP. No Maranhão ao longo dos 640 km de litoral estão situados 26 municípios, nos quais o Projeto de Monitoramento da Atividade Pesqueira – Projeto ESTATPESCA realiza levantamentos de dados de produção da pesca. Existem nesses municípios 273 comunidades pesqueiras, localizadas em ilhas e reentrâncias, onde foram cadastradas 9.149 embarcações em 2006.
Caracterização da pesca Embarcações A pesca artesanal depende, em sua grande parte, de pequenas embarcações que variam de 4 a 8 metros de comprimento dos tipos bianas, barcos (botes) e canoas, podendo ser de propulsão a vela, motor ou remo. A frota do Maranhão é constituída dos seguintes tipos de embarcações:
Barcos Motorizados Biana Motorizada Biana a vela Barco a vela Canoa
Aparelhos de pesca As artes de pesca usadas no estado do Maranhão consistem de redes de emalhar, à deriva ou fixas, identificadas pela espécie principal que se deseja capturar, tais como pescadeira (pescada), serreira (serra), goseira (pescada gó), tainheira (tainha) e armadilhas do tipo zangaria, curral etc. Vinte e quatro aparelhos de pesca foram utilizados, em 2006, nas pescarias realizadas nos 273 locais de desembarque existentes no estado:
Espinhel Linha de Mão Rede Serreira Rede Pescadeira Rede Goseira Rede Tainheira Puçá de Arrasto Curral Zangaria Arrastão de Praia Muruada
Algumas considerações sobre o universo da pesca O setor pesqueiro por ter sido marginalizado pela política governamental vigente nas últimas décadas, não registrou avanços no padrão econômico e nem tecnológico desta atividade, tão pouco melhoria na qualidade de vida das populações direta ou indiretamente a ele ligadas. Evidentemente tal quadro precisa ser levado em consideração, no sentido de buscar alternativas mais adequadas para a solução desses problemas, a partir do estabelecimento de uma política de desenvolvimento que tenha forte repercussão social. Dinâmica da aqüicultura A aqüicultura é uma atividade que tem apresentado um rápido desenvolvimento no Brasil e no mundo. O Maranhão possui grande potencial natural para a exploração de peixes e isso se deve não só ao excepcional volume de águas propícias ao desenvolvimento da piscicultura (extensa bacia hidrográfica e inúmeros lagos), mas também devido a condições ambientais favoráveis tais como: regularidade climática, boa disposição solar, temperatura estável das
águas e grandes áreas disponíveis com vocação natural para o criatório de espécies tropicais em água doce. PRODUÇÃO DE PESCADO POR CAPTURA, DESEMBARCADO E DA AQÜICULTURA Abaixo apresentaremos algumas tabelas do quantitativo de produção e valores gerados pela pesca e aqüicultura. Produção total de pescado estimada, por ano, no Brasil, no Nordeste e no Maranhão. Produção de pescado por ano em toneladas
Regiões e Unidades da Federação
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
BRASIL
693.172,5 732.258,5 710.703,5 744.597,5 843.376,5 939.756,0 1.006.869,0
990.272,0
1.015.914,0
1.009.073,0
Nordeste
184.047,0 188.023,5 189.166,5 200.854,0 219.614,5 244.748,0
285.125,5
315.583,5
323.269,5
321.689,0
58.242,5
58.723,0
59.295,0
63.542,5
Maranhão
56.228,0
58.571,5
60.916,5
59.170,0
62.876,5
58.828,0
Fonte: Estatística da Pesca 2005, IBAMA.
Produção estimada e participação relativa da pesca extrativa industrial, artesanal e aqüicultura no Brasil, por unidade da Federação, 2005. Regiões e Pesca Extrativa Unidades da Industrial % Artesanal Federação BRASIL 232.429,5 23,0 518.863,5 11.433,0 3,6 215.927,0 Nordeste 0,0 0,0 62.532,5 Maranhão Fonte: Estatística da Pesca 2005, IBAMA.
Aqüicultura Total (t) % Total % 51,4 257.780,0 25,5 1.009.073,0 67,1 94.329,0 29,3 321.689,0 98,0 1.010,0 1,6 63.542,5
Produção estimada, por modalidade, segundo as regiões e unidades da Federação, 2005. Regiões e Unidades da Federação BRASIL Nordeste Maranhão
Pesca Extrativa
Total (t) 1.009.073,0 321.689,0 63.542,5
Marinha 507.858,5 158.132,0 40.027,0
Fonte: Estatística da Pesca 2005, IBAMA.
Continental 243.434,5 69.228,0 22.505,5
Aqüicultura Marinha 78.034,0 59.034,5 246,0
Continental 179.746,0 35.294,5 764,0
Produção e valor total da produção de pescado marinho e estuarino desembarcada no Estado do Maranhão, por município, no ano de 2005. Município
Produção estimada (t)
Carutapera
Valor da produção (R$)
(%)
2.541,6
11.320.060,29
7,8
Luiz Domingues
704,2
2.504.236,09
1,7
Godofredo Viana
935,3
4.553.826,59
3,2
Candido Mendes
1.465,7
6.527.490,93
4,5
Turiaçú
1.408,4
6.792.235,93
4,7
Apicum-açú
1.736,4
6.430.056,70
4,5
Bacuri
1.017,9
3.467.772,40
2,4
Cururupu
3.773,2
13.880.236,82
9,6
Porto Rico
1.568,8
5.792.153.56
4,0
Cedral
1.998,9
7.915.775,78
5,5
Guimarães
1.005,5
3.587.012,68
2,5
Bequimão
746,0
2.470.845,45
1,7
Alcântara
1.210,3
4.591.844,28
3,2
São Luiz
2.177,4
8.018.568,50
5,6
Raposa
4.374,7
13.280.361,13
9,2
Paco do Lumiar
747,8
1.839.501,44
1,3
São Jose do Ribamar
2.349,1
8.417.334,14
5,8
Icatú
1.373,7
4.291.323,30
3,0
Axixá
403,2
1.344.584,43
0,9
Humberto de Campos
913,3
2.766.336,50
1,9
Primeira Cruz
1.098,9
3.222.910,04
2,2
Barrerinhas
2.249,7
7.353.590,15
5,1
Tutóia
2.120,8
8.884.888,41
6,2
Araióses
1.817,8
4.002.211,24
2,8
Água Doce
241,6
692.247,06
0,5
Paulino Neves
123,0
436.539,22
0,3
40.103,2
144.383.943,06
100,0
TOTAL
Fonte: Monitoramento da Atividade Pesqueira no Litoral Nordestino – PROJETO ESTATPESCA, 2005, IBAMA.
Produção da aqüicultura, segundo as principais espécies marinhas no Estado do Maranhão PRINCIPAIS ESPÉCIES Peixes Crustáceos Camarão Moluscos TOTAL GERAL
QUANTIDADE TOTAL (t) 0,0 246,0 246,0 0,0 246,0
Fonte: Monitoramento da Atividade Pesqueira no Litoral Nordestino – PROJETO ESTATPESCA, 2005, IBAMA.
Produção da aqüicultura, segundo as principais espécies de água doce no Estado do Maranhão. PRINCIPAIS ESPÉCIES Peixes Tambaquí Tilápia Outros Crustáceos Moluscos Anfíbios TOTAL GERAL
QUANTIDADE TOTAL (t) 764,0 489,0 252,0 23,0 0,0 0,0 0,0 764,0
Fonte: Monitoramento da Atividade Pesqueira no Litoral Nordestino – PROJETO ESTATPESCA, 2005, IBAMA.
N0 DE EMPRESAS DE PESCA Dados gerais das empresas por faixa de pessoal ocupado total, segundo seção, divisão e grupo da classificação de atividades, em nível Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação da sede da empresa Variável = número de empresas (unidade)
Brasil Nordeste Maranhão
Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) = B Pesca Faixas de pessoal ocupado = Total Ano = 2005 Brasil, Região Geográfica e Unidade da Federação 2.920 1.149 83
Nota: Os dados com menos de três informantes estão desidentificados com o caráter X. Fonte: IBGE – Cadastro Central de Empresas
N0 DE FAZENDAS DE CULTIVO Segundo informações colhidas na Superintendência de Pesca e Aqüicultura do Governo do Estado temos as seguintes estimativas para o número de fazendas de cultivo e respectivos postos de trabalho. ÁREA DE LAMINA D´ÁGUA (ha) 0 a 0,5 0,5 a 1,0 Acima de 1,0 Total
N0. DE FAZENDAS 200 140 30 370
N0. DE PESSOAS 200 160 150 510
Obs. Está sendo iniciado o Censo da Piscicultura no Maranhão Fonte: SEAGRO-MA, 2008 PARTICIPAÇÃO DOS SETORES MARÍTIMO E PESQUEIRO NO PIB LOCAL Segundo dados do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos – IMESC, o Valor Adicionado Bruto (PIB) do Estado do Maranhão em 2005 foi de R$ 22.861.096.000,00, neste mesmo ano a atividade da pesca participou com R$ 191.225.000,00, representando 0,84% do valor total.
O setor marítimo não pôde ser mensurado, pois este atividade está englobada nos setor de serviços, não podendo ser calculado separadamente. Município Paço do Lumiar Raposa São José de Ribamar São Luís Total
Área (km²) 132,41 64,18 386,82 827,14 1.410,015
População (2007) 98.175 24.201 131.379 957.515 1.211.270
PIB em R$ (2005) 151.088.648 55.786.772 276.244.223 9.340.943.741 9.824.063.384
“NÃO HÁ PESCA PORQUE NÃO EXISTE MÃO DE OBRA PREPARADA, NÃO EXISTE MÃO DE OBRA PREPARADA PORQUE NÃO HÁ PESCA”. O Estado está entre os líderes nacionais do analfabetismo e da exclusão social. Os trabalhadores do setor pesqueiro vivem em situação de abandono, principalmente no tocante ao acesso à educação em todos os níveis, com isto perdurando um ciclo duradouro de um sistema de extrativismo pesqueiro tradicional, repassado hereditariamente, à margem das práticas de explotação racional e produtiva. A piscicultura em águas interiores no Maranhão tem respondido de forma insatisfatória, onde predomina o empirismo, com poucas experiências com suporte técnico, mas ainda incipiente. Com Relação à produção de alevinos esta se processa de forma prática, sem observância das características de linhagens genéticas e técnicas de manejo e sanitária adequadas, o que conduz a uma piscicultura com baixo custo-benefício. Como perspectivas animadoras, poderíamos citar47:
A quantidade e qualidade das águas das principais bacias hidrográficas do Estado (doze bacias e os lagos formados pela Barragem de Boa Esperança e do Rio Flores, perfeitamente apropriados para o cultivo de peixes em tanques-rede); A extraordinária oferta de insumos para a produção de ração, pelas commodities com atuação no Estado (soja, milho, arroz, etc.); A disponibilidade de mão de obra familiar; Os Programas federais de graduação e pós-graduação em ciências do mar; Os programas de apoio à capacitação em aqüicultura e recursos pesqueiros do MEC e SEAP/PR; Os programas de incentivo à produção e ao consumo de pescados conduzidos pela SEAP/PR;
Por outro lado, vários gargalos ainda precisam ser eliminados, como:
O preço elevado e a qualidade questionável da ração disponível no mercado regional;
A baixa qualidade dos alevinos; A ausência de pesquisa e experimentação para suporte das atividades; A carência básica, nas regiões e municípios, de quadros técnicos de nível superior, médio e preliminar; O baixo investimento do setor público nas estruturas de formação profissional de quadros técnicos para o setor; A falta de ordenamento e políticas públicas, por parte do Estado; e
47 In GT – PESCA E AQUACULTURA. RELATÓRIO TÉCNICO FINAL, 2007
A desarticulação e desorganização dos criadores, produzindo efeitos negativos, etc..
No campo da maricultura, temos um indicativo do Estado ser um grande potencial do País, experimentos tímidos, mas importantes, foram implantados já na presente década nos municípios de Paço do Lumiar e Alcântara, com a tentativa de criação de ostra e sururu. Na gestão anterior, o Governo estadual tomou diversas medidas para fortalecer o setor, como:
A criação da Agência Estadual da Pesca e da Aqüicultura do Maranhão (ADEPAQ), órgão vinculado à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural - SEAGRO, mas que foi reduzida ao status de Superintendência interna da SEAGRO ainda na mesma gestão; A realização do Zoneamento Costeiro, que definiu as áreas propícias para a carcinicultura; A elaboração do Projeto de Lei da Pesca e da Aqüicultura, com o Plano Estadual de Desenvolvimento Sustentável para Pesca e Aqüicultura (que incluiu políticas públicas voltadas para as famílias dos pescadores artesanais); e O incremento ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar para os pescadores artesanais, o Pronaf-Pesca;
O Maranhão tem 140 Colônias de Pescadores ligadas à Federação Estadual das Colônias de Pescadores – FECOPEMA; 95 Sindicatos de Pescadores ligados à Federação dos Sindicatos de Pescadores Profissionais, Artesanais, Marisqueiros, Aqüicultores, Criadores de Peixes e Mariscos e Trabalhadores na Pesca do Estado do Maranhão – FESPEMA, além do Movimento Nacional dos Pescadores – MONAPE. Ainda segundo o GT – PESCA E AQUACULTURA (2007) 48, a ênfase principal da Política Estadual de Pesca e Aqüicultura até então implementada era o aquecimento da produção de peixes e camarão para o abastecimento do mercado interno e também para exportação, aproveitando o potencial do segundo maior litoral do Brasil. Como no resto do país, até a bem pouco tempo, a Aqüicultura padeceu no Maranhão por se encontrar entre duas vertentes opostas e antagônicas49, onde a dubiedades e indefinições parecem ter levado o setor da aqüicultura a um estado de letargia crônica e onde planejamentos, mesmo amplamente discutidos, demoraram ou jamais foram implementados. Os cenários, tendências e desafios mostram que o mais grave problema da pesca é a ausência de mão-de-obra qualificada. O ensino na área pode-se dizer que é precário. Os cursos de pesca são de uma interdisciplinaridade ímpar. Requerem competências e habilidades de áreas tão distintas como saneamento, eletrônica, navegação, industrialização de alimentos, ecologia, limnologia, legislação, e exigem sólidas parcerias para sua realização. Ademais os pequenos pescadores têm uma cultura própria que conflita com as modernas tecnologias. O setor governamental não tem respeitado tal realidade, o que aumenta as resistências desses pescadores.
48
49
In GT – PESCA E AQUACULTURA. RELATÓRIO TÉCNICO FINAL, 2007
De um lado, a vertente produtivista ou economicista, orientada pelo mercado globalizado e na produção em escala e onde a ocupação territorial se faz tanto pelos grandes investimentos em sistemas modernos, como pela intensificação ou mesmo pela aqüicultura familiar. De outro lado, predominava a vertente ecológica ou preservacionista, orientada pela idéia de vazio demográfico, reservas intocáveis e onde a natureza é vista mais como santuário que como um recurso a ser explorado. Talvez por não ser um elemento produtivo tradicional – como a agricultura – e não se enquadrar no modelo clássico de territorialidade, o setor aqüícola pareceu ficar à mercê, ou melhor, sem autonomia ou política própria. Nessa situação, era visto ora como um imenso potencial acessível por alguns privilegiados, ora não passava de recursos transitórios, sem dono, por vezes instalando-se em territórios de marinha. In GT – PESCA E AQUACULTURA. RELATÓRIO TÉCNICO FINAL, 2007
As tripulações dos navios pesqueiros são formadas de modo empírico e baixo nível de escolaridade, não lhes permitindo assimilar tecnologias modernas, assentadas no uso de equipamentos eletrônicos, de informática e nem os processos de captura orientados por conhecimentos científicos de oceanografia. O acesso de candidatos sem tradição pesqueira constitui obstáculo para o desenvolvimento do setor. Diante dessa realidade, a grande preocupação passa a ser “como gerar trabalho em um meio onde boa parte da população é analfabeta e desqualificada profissionalmente?“. CENTRO DE REFERENCIA DE NAVEGAÇÃO Torna-se premente, portanto, investir no capital humano, condição essencial para a geração de trabalho. No estágio atual, a melhor maneira de promover isso é através de um amplo programa educacional, que capacite as pessoas para o trabalho. Nesse contexto, torna-se importante garantir o acesso aos cursos de pesca, de jovens com vivência pesqueira, adquirida na sua própria origem, no convívio de suas comunidades. Não é possível se excluir um jovem urbano do processo de formação para a pesca e nem se tente isto. Mas uma divulgação bem dirigida para as colônias de pescadores, associações de pesca, cooperativas, empresas de pesca e instituições públicas e privadas relacionadas com o setor certamente aumentará o contingente de candidatos e, conseqüentemente, a possibilidade de acesso de jovens vocacionados para a faina pesqueira. Seria até mesmo desejável que houvesse escolas de ensino fundamental para esses jovens de modo a não retirá-los do seu ambiente. O analfabeto fora da escola, o analfabeto tecnológico dentro da escola, a escola fora da realidade atual, a universidade sem interagir com os problemas do meio, a empresa privada isolada dos problemas educacionais são verdadeiros desafios para qualquer governo que se proponha a promover uma revolução educacional, científica e tecnológica. É necessário, portanto, ousar e partir para um processo de transferência de conhecimentos tecnológicos de o tipo educar trabalhando, trabalhar educando, enfim, Educar para o Trabalho. O projeto ora proposto vai, portanto, ao encontro daqueles que precisam se capacitar para ingressar no mercado de trabalho. São os analfabetos tecnológicos, cujo número tende a aumentar, uma vez que estes não conseguem acompanhar a vertiginosa evolução tecnológica que ocorre no mundo. O setor pesqueiro por ter sido marginalizado pela política governamental vigente nas últimas décadas, não registrou avanços no padrão econômico e nem tecnológico desta atividade, tão pouco melhoria na qualidade de vida das populações direta ou indiretamente a ele ligadas. Evidentemente tal quadro precisa ser levado em consideração, no sentido de buscar alternativas mais adequadas para a solução desses problemas, a partir do estabelecimento de uma política de desenvolvimento que tenha forte repercussão social. A justificativa maior para a implantação deste projeto é, portanto, a de contribuir para a diminuição desse quadro de miséria, através da capacitação tecnológica para o trabalho bem como da reciclagem dos professores de redes públicas de ensino e da formação de técnicos e tecnólogos para as áreas de maior carência no Estado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS A PESCA NO MARANHÃO. in PECNORDESTE, 23 a 28 de junho de 2008, FortalezaCeará, disponível em www.pecnordeste.com.br/.../AQUICULTURA%20E%20PESCA/A%20PESCA%20NO%20 ESTADO%20DO%20MARANHÃO.pdf , capturado em 27/07/2008; ALMEIDA, Zafira da Silva de; FERREIRA, Dayanne Suele Chaves; NAHUM, Victoria Judith Isaac. CLASSIFICAÇÃO E EVOLUÇÃO DAS EMBARCAÇÕES MARANHENSES. In BOLETIM DO LABORATÓRIO DE HIDROBIOLOGIA, 19:31-40. 2006; ASSIMP - SESH - Governo do Estado do Maranhão, 28/05/2005, capturado em 26/07/2008. BARROS JÚNIOR, Feliciano. Informações prestadas aos autores. Navegações Pericumã, 2008 BERNARDI, Cristina Costa. CONFLITOS SÓCIO-AMBIENTAIS DECORRENTES DA BUBALINOCULTURA EM TERRITÓRIOS PESQUEIROS ARTESANAIS: O CASO OLINDA NOVA DO MARANHÃO.. Dissertação de Mestrado. UCB, 2005. Programa de Pós-Graduação “Stricto Sensu” em Planejamento e Gestão Ambiental, p. 87, disponível em http://www.iica.org.br/Docs/PublicaçoesIICA_ConflitosSociaisAmbientais.pdf, capturado em 27/07/2008; BOLETIM DO LABORATÓRIO DE HIDROBIOLOGIA, 19:31-40. 2006; COQUEIRO, Ivaldo. Informações prestadas por Sr. Ivaldo Coqueiro coqueiro@seap.gov.br ao Secretário Adjunto de Industria e Comércio Fernando Duailibe Mendonça, via correio eletrônico, em 15 de julho de 2008 D.O. ANO CII Nº 071 SÃO LUÍS, SEXTA-FEIRA, 11 DE ABRIL DE 2008 ESTADO DO MARANHÃO. Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão – SEPLAN. GT – PESCA E AQUACULTURA. RELATÓRIO TÉCNICO FINAL. São Luís: GEPLAN, novembro de 2007. GT – Grupo de Trabalho de Pesca e Aqüicultura, instituído no âmbito da Secretaria de Estado do Planejamento CEFET-MA/COPLAN. CEFET-MA/IFET-MA. PROPOSTA DE CONSTITUIÇÃO. São Luís, 2008 ESTADO DO MARANHÃO. Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão – SEPLAN. GT – PESCA E AQUACULTURA. RELATÓRIO TÉCNICO FINAL. São Luís: GEPLAN, novembro de 2007. GT – Grupo de Trabalho de Pesca e Aqüicultura, instituído no âmbito da Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento, pelo Decreto nº 22.063, de 02 de maio de 2007 IABS/SEBRAE. PROJETO DE FORTALECIMENTO DO SETOR PESQUEIRO E AQUÍCOLA MARANHENSE, documento produzido pelo Instituto Ambiental Brasil Sustentável – IABS – para o SEBRAE-MA, 2008; INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS. Boletim Estatístico da Pesca Marítima e Estuarina do Nordeste do Brasil 2003, Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente, IBAMA, CEPENE, 2004, 191p. In ALMEIDA; FERREIRA; NAHUM, CLASSIFICAÇÃO E EVOLUÇÃO DAS EMBARCAÇÕES MARANHENSES. In BOLETIM DO LABORATÓRIO DE HIDROBIOLOGIA, 19:31-40. 2006; MARANHAO. ASPECTOS DO PLANEJAMENTO ESTADUAL. São Luís: SEPLAN. [http://www.ma.gov.br/governo/desenvolvimento_p.htm]. Mai, 1999.
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COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO “O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI” São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA MARITIMA MARANHENSE: (O PODER MARITIMO NO MARANHÃO NA ATUALIDADE) Carlos Alberto Santos Ramos Senhoras e Senhores, boa-tarde, Tenho a honra de ser sócio efetivo deste instituto,ocupante da cadeira nº 4- patroneada pelo renomado capitão de mar e primeiro Juiz da Câmara Municipal de São Luis. Tenho a satisfação de estar Presidindo o IDEPOM - Instituto De Desenvolvimento Do Poder Marítimo Do Maranhão, e o Centro De Estudos Do Poder Marítimo - CEPOM, em nome dos quais aqui apresento esta singela palestra; o poder marítimo de uma nação se constitui um importante e imprescindível componente do seu poder nacional.Um pais que não procura desenvolver os seus segmentos está fadado a ser subserviente e não exercer a sua soberania no contexto das nações unidas. Para conhecermos o poder marítimo de um país devemos analisar os seus significativos segmentos que são: O PODER NAVAL (MARINHA) A MARINHA MERCANTE – FROTA DE EMBARCAÇÕES E NAVIOS A INFRAESTRUTURA PORTUÁRIA – PORTOS E TERMINAIS PORTUÁRIOS A INDÚSTRIA DE CONSTRUÇÃO E REPAROS DE EMBARCÇÕES/NAVIOS A INDÚSTRIA PESQUEIRA - FROTA DE EMBARCAÇÕES E NAVIOS A INDÚSTRIA DE EXPLOTAÇÃO DE RECURSOS MARINHOS A FORMAÇÃO DE PESSOAL A MENTALIDADE E SENSIBILIDADE DA POPULAÇÃO SOBRE O MAR CONCLUSÃO A seguir, faremos uma síntese dos citados segmentos em relação ao Brasil e ao nosso Maranhão. I-O PODER NAVAL - A MARINHA BRASILEIRA Sobre a nossa Marinha veremos um DVD no final desta apresentação. No nosso Maranhão, a Marinha esta presente desde o ano de 1830, quando foram inaugurados os primeiros sinais náuticos no litoral,como os faróis de Santana, São Marcos, considerando que aconteciam inúmeros acidentes marítimos com os navios que demandavam o porto de São Luis . ( foto do litoral ,do farol de Santana e são marcos ) A Capitania dos Portos do Maranhão que tem como propósito maior contribuir para a salvaguarda da vida humana no mar, para a segurança da navegação e para a prevenção da poluição do meio ambiente aquático por navios e embarcações, foi criada em 1846 e vem cumprindo com denodo e profissionalismo suas tarefas, representando a autoridade marítima
nacional junto à sociedade maranhense, em especial a ludovicense, onde se encontra a sua sede. Possui instalações no Centro, no Jenipapeiro e na Ponta da Espera, onde num futuro muito promissor poderá ser instalada uma base naval que apoiará a segunda esquadra da nossa marinha. (foto da cpma, jenipapeiro e ponta da espera ) II-A MARINHA MERCANTE-FROTA DE EMBARCAÇÕES E NAVIOS A Marinha mercante nacional vem se ampliando, considerando existirem várias empresas de navegação aquaviária, sendo destaque a Transpetro, subsidiaria da Petrobras, com sua frota de navios petroleiros, gaseiros e vários navios afretados que abastecem as nossas cidades de combustíveis. (fotos e navios da transpetro ) No nosso estado a frota mercante vem evoluindo, principalmente a de rebocadores portuários, de embarcações de apoio marítimo e de transporte de passageiros e cargas como as lanchas e os ferry boats. Temos ainda inúmeras embarcações regionais que trafegam no nosso litoral, em especial nas baias, enseadas e rios. Além disso, temos milhares de navios mercantes, a maioria de grande porte - de 150 a 360 mil toneladas de porte bruto-que aportam no complexo portuário de São Luis, transportando combustíveis, minérios, fertilizantes e cereais no comercio de importação e exportação. (fotos de ferry boat, rebocadores, lanchas, navios petroleiros e graneleiros) III ) INFRAESTRUTURA PORTUÁRIA: O Brasil possui uma renomada infraestrutura portuária que se destaca no cenário fluviomaritimo internacional, considerando possuir um significativo litoral com importantes portos e terminais portuários como o de Santos , Rio de Janeiro, Vitória, Paranaguá, Salvador, Rio Grande, Suape, movimentando grande volume de cargas e passageiros ,tendo como conseqüência um expressivo tráfego de navios mercantes, gerando recursos e emprego para o país. (foto dos portos) O complexo portuário do Maranhão, localizado na grande ilha – Upaon-açu, nas águas da Baia de São Marcos, se destaca no cenário nacional e internacional, por possuir portos e terminais portuários com expressivas profundidades, proporcionando o trafego e atracação de grandes navios, em especial graneleiros e petroleiros. Possuímos os terminais portuários da ALUMAR e o da Vale, além do Porto do Itaqui; atualmente onze navios podem estar atracados simultaneamente, em operação de carga e descarga.os produtos que mais se destacam são os minérios, ferro, alumínio e cobre; combustíveis ; ferro gusa e manganês; cereais e fertilizantes. (fotos) IV - A INDÚSTRIA DE CONSTRUÇÃO E REPAROS NAVAIS A indústria de construção e reparo de embarcações e navios no Brasil já foi destaque internacional, considerando que construíamos grandes navios nos estaleiros localizados na região sudeste. Contudo, após uma fase de recessão, esse importante segmento do poder marítimo da nação, começa a se recuperar, pois há vontade política de ampliar a frota mercante nacional, principalmente a da Transpetro, empregando estaleiros nacionais, como o Atlântico Sul em Suape. Existem outros estaleiros navais como o Inace, no Ceará, em Belém e Manaus como o Irin, construindo embarcações regionais e barcaças de transporte de petróleo na bacia amazônica e ferry boats. Em nosso estado, a construção e reparo de embarcações e navios ainda necessita se desenvolver, tendo em vista, que somente possuímos oficinas de reparo e construção de embarcações regionais, como barcos de pesca, lanchas de transporte de passageiros e cargas, barcaças e empurradores fluviais. Necessitamos urgentemente de estaleiros navais para construção e reparo de rebocadores, navios de apoio marítimo, ferry boats e docagem desses
inúmeros graneleiros que por aqui trafegam. Há grande perspectiva de ser construído um estaleiro naval na orla da Baia de São Marcos para grandes embarcações e navios. (fto estaleiro naval Mauá, a.sul. oficinas) V) A INDÚSTRIA PESQUEIRA - FROTA DE EMBARCAÇÕES PESQUEIRAS A indústria pesqueira nacional tem recebido grande incentivo do recém criado Ministério da Pesca e Aqüicultura, considerando o potencial pesqueiro das nossas águas oceânicas, costeiras e interiores. Contudo vem se desenvolvendo mais nos estados do sul e sudeste, especialmente Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. No entanto, estados como o Ceará e Pernambuco têm investido, sobremaneira, nessa importante atividade fluviomaritimo. (foto de embarcação pesqueira/terminal). No nosso estado ainda realizamos a pesca artesanal, mesmo possuindo um invejável potencial para a pesca e a aqüicultura, tendo em vista possuirmos em nosso litoral várias baias, enseadas, igarapés e as famosas reentrâncias maranhenses. Necessitamos de frotas de embarcações pesqueiras e terminais pesqueiros com indústria de processamento de pescados. Possuímos, contudo, um terminal pesqueiro em porto grande que necessita ser aquinhoado com recursos do PAC para desenvolver essa atividade tão importante em nosso estado. (foto do terminal pesqueiro de porto grande) VI )EXPLOTAÇÃO DE RECURSOS MARINHOS O país a cada ano avança no desenvolvimento desse importante segmento do poder marítimo, principalmente na prospecção e produção de petróleo nas bacias petrolíferas marítima. Atualmente o País possui renomado conceito na comunidade internacional como um dos grandes produtores de petróleo e gás explotados do leito marinho, como as bacias de Campos, Santos e outras no nordeste. Nessa atividade empregam-se alta tecnologia na extração de águas profundas. O nosso Maranhão será, sem duvidas, inserido nesta rentável atividade econômica, considerando que em seu litoral encontra-se em operação navios de sísmica e de sondagens buscando avaliar o potencial econômico da bacia petrolífera marinha de Barreirinhas. Sem duvidas, num futuro altamente promissor, teremos varias plataformas de produção e navios cisternas operando em nossas águas. (fotos de navios sonda, apoio marítimo, navios fpso ) VII) FORMAÇÃO DE PESSOAL Cabe à Marinha do Brasil formar e capacitar o seu pessoal e o dos demais segmentos do poder marítimo, em especial o da marinha mercante. Para isso, possui as escolas de aprendizes marinheiros, o colégio/escola naval, os centros de instrução e as escolas de formação de oficiais da marinha mercante, o CIAB-BELÉM e o CIAGA-RIO, considerados pela comunidade marítima internacional como universidades do mar. Esses centros de instrução habilitam, também, o pessoal aquaviário para trabalharem a bordo de embarcações e navios. As universidades do País formam, também pessoal nas áreas de oceanografia, engenharia de pesca, biologia marinha, engenheiros de pesca e navais-construtores de embarcações e navios. No Maranhão, como em outros estados, as capitanias dos portos possuem o setor de ensino profissional marítimo onde são ministrados cursos profissionalizantes voltados para as atividades aquaviária; nas nossas universidades atualmente existem cursos de oceanografia UFMA e engenharia de pesca- UEMA, além de biólogos marinhos- CEUMA. É importante destacar que para exercer atividade em qualquer segmento do poder marítimo faz-se necessário a existência de pessoal capacitado e habilitado. (foto do ciaba/ciaga,em,cn, eam,etç.)
VIII) A MENTALIDADE/SENSIBILIDADE/INTERESSE AQUAVIARIO (MARITIMA ,FLUVIAL LACUSTRE) DA POPULAÇÃO. Uma nação não se sobressai no cenário internacional, sem que o seu povo possua conhecimentos, sentimentos e vontade para com as cousas e assuntos relacionados com o mar, o que a levará, sem duvidas, a desenvolver o seu poder marítimo. Todos têm que reconhecer o mar como um pujante elemento da natureza e como um importante fator de desenvolvimento econômico e social. Para isso, é necessário que a autoridade constituidas faça despertar e motivar o povo, em especial os jovens para a maritimidade da nação. Países marítimos têm alcançado fazer com que a sua população viva para e do mar; o Brasil com o seu extenso litoral vem agora conhecendo e motivando os seus habitantes para a grande Amazônia azul, através da Marinha, o que tem popularizado a nossa imensa fronteira marítima. O estado do Maranhão, aquinhoado por Deus com um vasto litoral, necessita despertar, conhecer e interessar-se sobre o uso de suas águas costeiro-oceânicas. Para isso, órgãos e entidades como a Capitania dos Portos, o Instituto de Desenvolvimento do Poder Marítimo e a SOAMAR/MA e a comunidade marítima e portuária vem procurando fazer com que a nossa sociedade conheça e vivencie muito mais as cousas do mar..maranhão. IX ) CONCLUSÃO
COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO “O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI” São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009
A INSERÇÃO DA HISTÓRIA DA ÁFRICA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA (MARANHENSE)50 TELMA BONIFACIO DOS SANTOS REINALDO51
Cadeira de n.06 Rolavam as moendas, rangiam os carros de bois na estrada, as espirais de fumaça subiam da chaminé da casa de farinha, enquanto levas de negros, de dorso nu, enxada no ombro, desciam às extensas plantações de cana e algodão, para abrir os regos por onde se escoariam as chuvas do inverno. (Josué Montello – Os tambores de São Luis).
Desde a Proclamação da Independência (1822) e principalmente durante a primeira metade do séc. XIX, as elites brasileiras estiveram preocupadas com uma questão crucial: A CONSTRUÇÃO DA “NAÇÃO BRASILEIRA” ou simplesmente da sociedade brasileira. Era preciso evitar a fragmentação do vasto território e garantir as fronteiras, sendo necessário também que a população se unisse em torno de uma identidade, entre elas o idioma, as datas comemorativas, os heróis, os símbolos nacionais e o próprio Estado, enfim, que a população se identificasse com um sentimento comum: o ser brasileiro. A identidade de um povo se constrói basicamente em dois sentidos: primeiro, diferenciando-se do que lhe é exterior, isto é, dos outros povos ou nações; segundo definindo o que somos ou deveríamos ser. Desse modo ao longo da história do Brasil independente “firmaram-se várias noções de identidade nacional, de forma que não existisse uma identidade “autentica” ou verdadeira, mas diferentes elaborações produzidas pelos setores sociais”, inclusive o Estado (Caio Prado Junior, 1995, p.94). Para os intelectuais e as elites brasileiras, durante todo o século XIX o Brasil era uma nação em construção. Cabia, portanto, segundo Sueli Robles de Queiroz, historiadora especialista em escravidão negra, “não apenas explicá-la, mas avaliar os caminhos possíveis e desejáveis para definir este ou aquele rumo”. (Queiroz, 1990, p.45) As principais teorias explicativas da realidade brasileira foram reelaboradas a partir das teorias cientificas européias e divulgadas pelos primeiros institutos de educação e pesquisa e pelos principais precursores das ciências sociais no Brasil: Nina Rodrigues , 50
Artigo produzido para apresentação no Seminário “O Maranhão na Primeira Década do Século XXI”, realizado no período de 04 a 06 de agosto de 2009, no Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão. 51
Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão - Cadeira de n.06, Profa do Departamento de História da Universidade Federal do Maranhão, Doutora em Ciências Pedagógicas pela Universidade de Brasília.
Euclides da Cunha e Silvio Romero. Os institutos de saber criados no inicio do século XIX e fortalecidos na década de 1870, eram os museus etnográficos, as faculdades de Direito (São Paulo e Recife), as escolas de Medicina (Salvador e Rio de Janeiro) e os Institutos Históricos e Geográficos (São Paulo e Rio de Janeiro), conforme nos relatam Roger Bastide, Boris Fausto e Florestan Fernand, (1955). A principal influencia desses homens da ciência vieram, sobretudo, das teorias formuladas na Europa desde meados do século XIX particularmente as concepções fundadas nas explicações raciais, divulgadas de forma difusa e generalizada, e veiculando máximas cientificas por meio da imprensa e da literatura, muito embora ainda não se produzissem pesquisas para comprovar sua eficácia. (Boris Fausto, 1994, p.98)
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O discurso cientifico foi crescendo em credibilidade e ao mesmo tempo as ciências sociais e naturais viveram um processo de especialização e avanços surpreendentes, portanto partindo da ciência foram se estabelecendo e determinando diferenciações e concepções sobre os grupos humanos, sendo esse setor responsabilizado pelo conhecimento da humanidade em detrimento da religião e até do direito. As teorias incorporadas pelos cientistas brasileiros foram o evolucionismo, o darwinismo social e o positivismo, que apesar de diferentes podem ser consideradas sob um pressuposto único: a evolução histórica dos povos. O estudo da evolução humana buscava compreender os nexos que explicassem as diferentes condições em que se encontravam as sociedades e a idéia principal era de que por meio de etapas ou estágios os povos primitivos evoluíam naturalmente até chegar às sociedades ocidentais. Essas justificativas tiveram ampla aceitação nos países europeus, assim essa “superioridade européia”, segundo Renato Ortiz (1986), era decorrente de “leis naturais” que orientavam a história dos povos. Outra concepção bastante difundida definia que a humanidade era constituída de determinadas “raças” com características físicas e morais especificas. O progresso e a evolução de uma nação estariam intimamente relacionados com a sua composição racial, assim somente as sociedades puras poderiam aspirar ao progresso. As maiorias dessas teorias apontavam para a desvantagem da
miscigenação, que carregaria assim os defeitos e não as qualidades de cada uma das raças. (ORTIZ,1986, p.55)
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A adoção dessas teorias no Brasil trazia como conseqüência: o atraso em relação à Europa, constatação essa que contribuiu para os principais problemas nacionais entre eles a predominância da agricultura sobre os outros setores econômicos particularmente a indústria e a existência de um povo em formação, pouco desenvolvido intelectualmente, racialmente miscigenado. Para o Conselho Missionário Indigesta do Brasil (2005), mais ou menos entre 1830 e 1930, os velhos e novos fazendeiros ergueram a bandeira, tão velha quanto eles, da “vocação agrícola do país”. De maneira muito resumida, e correndo o risco da imprecisão, pode-se dizer que ela teve um triplo propósito. Primeiro, serviu para lutar pela hegemonia da oligarquia cafeeira frente à possibilidade de crescimento dos industriais, sobretudo depois da Proclamação da República. Depois, serviu para fortalecer o lugar da economia brasileira frente ao capitalismo mundial, isto é, sua posição como país agroexportador. Por último, teve ainda a honrosa intenção de espichar por mais algum tempo o trabalho escravo no Brasil. Sobre este último aspecto, falava-se à época em “razão nacional” para se referir ao fato de que o fim da escravidão era o fim da lavoura – leia-se, agro exportação – e o fim desta a falência da nação. Na busca da compreensão da especificidade brasileira, dois conceitos tornaram-se fundamentais: os conceitos de meio e de raça. Ser brasileiro, portanto, significava viver em um país geograficamente diferente da Europa e povoado por uma raça distinta da européia. Apesar da miscigenação, o Brasil é um país por demais preconceituoso, se analisarmos os trabalhos do Florestan Fernandes nos anos 50, especificamente quando ele trata da integração do negro na sociedade de classes paulista, podemos observar que o autor destaca a existência na sociedade brasileira de um elemento que permite aos brancos europeus
que para cá migraram e seus descendentes ascender socialmente em uma velocidade maior e mais rápida do que os negros ou afro-descendentes: a origem européia. estudando a situação do negro e do mulato na sociedade brasileira, vista a partir de São Paulo, Florestan Fernandes na obra “O negro no mundo dos brancos” levanta os caminhos assumidos pelo preconceito, os seus disfarces e o processo de segregação racial, sem agravar ou atenuar o problema. Sua visão é de que o equilíbrio racial na sociedade brasileira 'procede do modo pelo qual os dois pólos se articulam com um mínimo de fricção', padrão de equilíbrio que é a própria base da desigualdade racial. (Florestan Fernandes, 2007:45) Como o que ocorreu na maioria dos países colonizados, a elite brasileira do final do século XIX e inicio do século XX foi buscar seus quadros de pensamento na ciência européia ocidental, vista como desenvolvida, uma história feita de termos, nomes e cores que no dizer de Rousseau, éramos bons selvagens muito bem representados nos relatos de Jean de Lery e André Thevet (1557-1578), um espelho para os naturalistas como afirmava Buffon (1749) e Mendell (1870) e até um laboratório para pensar na degeneração que adviria do cruzamento de raças, como apostou a geração realista de 1870 no Brasil (Renato Khel, Octavio Domingues e Belizário Penna), propondo caminhos para a construção de uma nacionalidade, tida como problemática por causa da diversidade racial.
Gravura dos índios brasileiros no período da colonização
A abolição da escravidão, em 1888, coloca aos pensadores brasileiros uma questão até então não imaginada: a construção de uma nação e de uma identidade nacional (Carvalho, 1989 p.19) essa problemática está ligada ao surgimento de uma nova categoria social: os ex-escravizados negros. A questão que se colocava era como transformá-los em elementos constituintes da nacionalidade e da identidade brasileira, quando a estrutura mental herdada do passado, que os considerava apenas como coisa ou força animal de trabalho, ainda não havia mudado? Toda a preocupação da elite pensante do país apoiada nas idéias racistas da época, diz respeito a influencia negativa que poderia resultar da herança inferior do negro nesse processo de formação da identidade étnica brasileira. Em 1854 o decreto nº 1.331 legitimou a não admissão de escravos nas escolas públicas, mais adiante, em 1878 o decreto nº 7.031-A determinou que os negros só poderiam
estudar a noite e ainda assim, vários mecanismos foram desenvolvidos a fim de, dificultar tal oportunidade de educação, se é que podemos chamar de oportunidade. Estabelecia-se, desde então, um divisor étnico-racial que se enraizou nos sistemas escolares e daí se dissipou para toda a sociedade brasileira. Muitos anos depois se busca alterar este quadro, a partir do mesmo veículo- a Educação, mas, infelizmente, até hoje esse sistema ainda se encontra tão arraigado a preconceitos e segregação que enfrentamos uma luta difícil, longa e dolorosa de combate ao preconceito e a desigualdade social.
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A pluralidade racial nascida do processo colonial representava, no pensamento das elites, uma ameaça e um grande obstáculo no caminho da construção de uma nação que se pensavam branca; daí que a “raça” tornou-se o eixo do grande debate nacional que se travara a partir do final do século XIX e que repercutiu até os meados do século XX.
I Constituição Federal, três anos após a abolição (1891), decide: “proibido de votar todos os pobres e mendigos”. Quem são estes “pobres e mendigos do Brasil”, três anos após a abolição?”.
Sob o jargão da “democracia racial”, de Gilberto Freyre, (1980), expressão que parece resumir uma autenticidade nacional, uma gama de símbolos mestiços tornou-se nacional, tanto dentro quanto fora do Brasil: a feijoada (onde o arroz branco representa o português e o feijão o preto; o samba antes proibido e hoje exaltado como símbolo nacional e até a capoeira prática proibida transformada em esporte nacional, nesse sentido Freyre nos aponta em Casa Grande e Senzala um esboço do cotidiano das crianças negras e brancas, ... o melhor brinquedo dos meninos de engenho de outrora: montar a cavalo em carneiros; mas na falta de carneiros: moleques. Nas brincadeiras, muitas vezes brutas, dos filhos de senhores de engenho, os moleques serviam para tudo: eram bois de carro, eram cavalos de montaria, eram bestas de almajarras, eram burros de liteiras e cargas as mais pesadas. Mas, principalmente, cavalos de carro.. Um barbante serve de rédea; um galho de goiabeira de chicote. (Gilberto Freyre (1963, p. 47): Casa Grande Senzala) Apesar das diferenças de pontos de vista, a busca de uma identidade étnica única para o país tornou-se preocupante para vários intelectuais desde a primeira Republica entre eles, Sílvio Romero, Euclides da Cunha, Alberto Torres, Manuel Bonfim, Nina Rodrigues, João Batista Lacerda, Edgar Roquete Pinto, Oliveira Viana, Gilberto Freyre e outros. Todos estavam interessados na formulação de uma teoria do tipo étnico brasileiro, ou seja, na questão da definição do brasileiro enquanto povo e do Brasil enquanto Nação. O debate racial estava presente na discussão sobre o que viria a ser a nação brasileira, deixando evidente que a negritude não era um elemento participante para a construção da nação brasileira, notadamente nos anos 30 e 40 do séc. XX são exatamente alguns códigos de negritude que permitem ao Brasil oferecer um elemento diferenciador para o mundo, que é a própria questão das expressões culturais como o samba, o reggae, o tambor de crioula, enfim as matrizes religiosas que garantem a identidade brasileira.
Tambor de crioula
O que está em jogo nesse debate intelectual nacional, é fundamentalmente a questão de saber como transformar essa pluralidade de raças e mesclas, de culturas e valores civilizatórios tão diferentes, de identidades tão diversas, numa única coletividade de cidadãos, numa só nação e num só povo (Silvio Romero, 1971, p.13). Todos estes pensadores, com algumas exceções tinham algo em comum: estavam influenciados pelo determinismo
biológico do final do século XIX, acreditando que a inferioridade das raças não brancas que se caracterizava pela degeneração destes enquanto indivíduos. No dizer de Pietra Diwan (2007:11), “nesse mundo moderno temos o dever de ser belos, magros, de cabelos lisos, pouco pêlo e parecer “naturais” diante do espelho, de nós mesmos e dos outros”. A eugenia moderna nasceu sob essas idéias principais, na Inglaterra industrial em crise, inspirando os ideais de superioridade e pureza racial construídos ao longo dos séculos no pensamento ocidental. Os ideais eugênicos modernos nos foram legado pelos gregos antigos onde o padrão de beleza física foi determinante para sua historicidade, onde a anormalidade física, mental e ou robustez era passível de sacrifício, morte ou abandono, sendo peremptória a idéia de que os filósofos Aristóteles e Platão recomendarem casamentos de pares antecipadamente selecionados para a preservação da raça.
Discóbolo (Lançador de discos) é uma famosa estátua do escultor grego Míron, produzida em torno de 455 a.C
Desde sempre a desqualificação de um em favor da afirmação de outro esteve presente nas relações étnico-raciais. A propósito, Cavallero (2002) afirma que ainda na Antiguidade, Heródoto (século V a.C.) escrevia textos sobre os não-gregos, chamando-os de bárbaros, baseando essa denominação na superioridade dos gregos e na inferioridade dos estrangeiros, determinando a superioridade de sua cultura como justificativa das relações de dominação política, militar, econômica e cultural a qual foram submetidos os povos estrangeiros conquistados pela Grécia. Já na Europa do século XV, a dominação de africanos foi justificada pela culpa do pecado original dos descendentes de Cam. Não por acaso, Cavallero (2002) ainda coloca que, pelo ideologismo português das raças infectas (índios, negros, judeus e mouros), a história da colonização brasileira é marcada pela diferença entre homens, moldada desde o início por concepções racistas de superioridade e inferioridade. O Ministério da Educação divulgou no dia 1º de março de 2004, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira Africana. Essas diretrizes foram instituídas pelo Conselho Nacional de Educação – CNE para dar continuidade à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional que dispõe sobre obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Educação Básica no currículo oficial.
As novas diretrizes situam-se no campo das políticas de reparações, de reconhecimento e valorização dos negros, possibilitando a essa população ingresso, a permanência e o sucesso na educação escolar. Envolve, portanto, ações afirmativas no sentido de valorização do patrimônio histórico-cultural afro-brasileiro, de aquisições de competências e conhecimentos tidos como indispensáveis para a atuação participativa na sociedade. O ideário desta política pública somente poderá ser efetivado se, dentre inúmeras outras questões, houver uma mudança nos processos educativos de todas as escolas brasileiras E é justamente sobre estes processos que o MEC por meio da recente publicação “Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico-Raciais” oportuniza tal mudança. Nesse cenário, sua leitura e discussão tornam-se indispensáveis para os professores das diferentes esferas educacionais. Segundo Dias (2005), o projeto de lei apresentado pelos deputados federais Ester Grossi e Ben-Hur Ferreira e sancionado pelo governo Lula altera a Lei 9394/96 nos seus artigos 26 e 79, tornando obrigatória a inclusão no currículo oficial de ensino da temática História e Cultura Afro-brasileira e também altera o calendário escolar, incluindo o dia 20 de novembro como Dia da Consciência Negra.
O sentido das comemorações de 13 de maio foi questionado, através de cartazes enviados às escolas do estado de São Paulo, juntamente com informações de 20 de novembro e questionário sobre a história do negro no Brasil.
A lei 10.639/03 visa concretizar o reconhecimento da contribuição da população negra na construção da sociedade brasileira, respondendo s antigas reivindicações do Movimento Negro (DIAS, 2005, p. 59). Essa lei é no contexto atual mais um amparo legal recente no campo da educação para a sociedade brasileira afrodescendente.
Na sociedade brasileira, inúmeras questões são suscitadas em relação a cor ou raça das pessoas e que são evidenciadas constantemente no cotidiano. De acordo com informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) no censo demográfico de 2000 quanto às características gerais da população, na investigação quanto à cor ou raça é feita conforme a autodeclaração da pessoa, e a declaração da cor ou raça do seguimento populacional de 0 a 14 anos de idade, geralmente, é fornecido pelos adultos, e na maioria das vezes pelos pais, que tendem a informar a sua própria cor ou raça (IBGE 2000, p. 36). No censo demográfico de 2000, de acordo com o IBGE, a população brasileira estava dimensionada segundo sua autodeclaração com os seguintes resultados. Tabela 1- População Brasileira categorias do IBGE BRANCOS 91 milhões
PRETOS 10 milhões
PARDOS 65 milhões
AMARELOS 761 mil
INDIGENAS 734 mil
Fonte: IBGE - Censo Demográfico 2000, resultados sobre as características gerais da população
Nota-se que, se juntarmos os declarados pretos e pardos, teremos um contingente de 75 milhões de negros, perfazendo um total 44,6% da população brasileira.Tocar na questão de cor e raça no Brasil é um assunto bastante complexo, pois num país que tem a formação inicial com presença de índios (população nativa), brancos(população que veio para colonizar) e negros (população trazida da África para trabalhar como escrava), compreendê-la e analisá-la não é tarefa simples, sendo importante dialogar com outros autores na tentativa de entender e refletir sobre alguns termos e conceitos quanto a essa questão. Dentro da análise realizada no decorrer do trabalho, nosso entendimento é o de que a Lei 10639/03, se trabalhada na perspectiva da superação da ideologia de dominação racial, pode constituir-se como um instrumento importante, no campo do currículo, para a explicitação das contradições presentes no sistema econômico do capitalismo. Aliando o específico ao universal, na perspectiva de superação das bases constitutivas das desigualdades raciais e sociais. Assim posto, os conteúdos relacionados à cultura e à história da África e dos negros brasileiros poderão atuar no sentido de expor as lacunas e as idéias que fundamentaram a ideologia de dominação racial. Assim sendo, a Lei 10639/03 pode constituir-se como uma ferramenta de luta contra-ideológica, pois “o silêncio, ao ser falado, destrói o discurso que o silenciava” (CHAUI, 2001, p.25) Ao explicitar as lacunas, os silêncios, a base constitutiva da ideologia de dominação racial, a Lei colocará em xeque pilares estruturais da produção das desigualdades raciais e sociais no país e, conseqüentemente, pilares que dão sustentação ao atual ordenamento econômico mundial. Além disto, de acordo com IANNI, ao cair o véu da ideologia de dominação, nasce a consciência crítica da transformação: Assim aos poucos, ou de repente, se realiza um entendimento mais amplo e vivo de qual é a sua real situação, quais são os nexos do tecido social no qual está emaranhado, de como essa situação implica decisivamente na ideologia e na prática dos que discriminam. Esse é o percurso que se pretende desenvolver: a consciência crítica, a autoconsciência ou a consciência para-si, reconhecendo que é desde essa autoconsciência crítica que nasce a transformação, a ruptura ou a transfiguração. (IANNI, 2005, p.5)
Sem sombra de dúvida, a obrigatoriedade do ensino da História da África e da Cultura Afro-brasileira pode configurar-se como um instrumento importante para a desmistificação da ideologia da igualdade racial brasileira. Como já visto, ela atuará contra lacunas e silêncios sobre a questão racial brasileira. Segundo Munanga, esse silêncio atua em favor do preconceito. Em nosso país, que é tido pelo imaginário mundial e por si mesmo como um paraíso de mestiçagem, a hipocrisia do não questionamento suficiente no que tange às diferenças, que são muitas, tem permitido a manutenção e o agravamento do silêncio que fala em favor do preconceito. A não-pluralidade na educação é apenas uma das formas de preservação do grande tapete da “democracia racial” que esconde a falta de democracia real. (MUNANGA, 2002, p. 113) A luta pela constituição de novas relações sociais, necessariamente, passa também pela luta contra as desigualdades raciais. A questão racial é, sem dúvida uma contradição aberta, um dilema da sociedade contemporânea. A luta contra o racismo coloca a nu os limites e as impossibilidades do sistema do capital. IANNI traz uma grande contribuição a este debate: Mas é possível imaginar que esses problemas ou enigmas podem ser fermentos de outras formas de sociabilidade, outros jogos de forças sociais, outro tipo de sociedade, outro modo de produção e processo civilizatório; com os quais se põe em causa a ordem social burguesa prevalecente, revelando-se a sua incapacidade e impossibilidade de resolvê-los, reduzi-los ou eliminá-los. Sim, esses problemas ou enigmas podem ser tomados como contradições sociais abertas encobertam ou latentes, permeando amplamente o tecido das sociedades nacionais e da sociedade mundial, com os quais se fermenta a sociedade do futuro. (IANNI, 2005, p.8) Em São Luis a discussão sobre preconceito racial nas escolas está somente começando através das ações desenvolvidas por força da Lei, mas também de forma isolada por alguns estudiosos da Mãe África que interagem com alunos e professores no sentido de criar um habitus para falar de África, dos africanos e afrodescendentes descolado das questões do escravismo e da escravidão. A Secretaria de Educação do Município de São Luis – SEMED, tem um trabalho bastante diferenciado de treinamento dos professores do ensino fundamental sobre as questões do preconceito e do racismo que perpasse a nossa sala de aula, enquanto que na Secretaria de Estado da Educação -SEEDUC, algumas ações também estão sendo desenvolvidas no sentido de uma construção identitária afrodescendente dos nossos jovens. A despeito de algumas mudanças promissoras, é flagrante a necessidade de investimentos que possam garantir educação de qualidade para todas as pessoas, independente de cor ou credo, o que não se faz sem enfrentar o racismo e os efeitos que ele possa provocar. Reconhecendo o potencial impar da Lei 10.639/93, e das Diretrizes Curriculares, para impulsionar mudanças estruturais no cenário educacional desenhado pelas estatísticas citadas, o Núcleo de Relações Étnico-Raciais da Secretaria de Educação do Município de São Luis-SEMED, uniram forças para idealizar e desenvolver programas de atualização do professorado do município que possa assinalar as possibilidades e os desafios para a implementação da referida lei. Essas ações podem ser estabelecidas na educação, na saúde, no mercado de trabalho, nos cargos políticos, enfim, nos setores onde a discriminação a ser superada se faz
mais evidente e onde é constatado um quadro de desigualdade e de exclusão. Assim a sua implementação carrega uma intenção explicita de mudança nas relações sociais, nos lugares ocupados pelos sujeitos que vivem processos de discriminação no interior da sociedade, em nosso projeto- a escolar-, implicando mudança de posturas, de concepções e de estratégias. No Brasil as principais iniciativas de ações afirmativas para a população negra são: 1. A Lei Federal nº 10.639, de 10 de janeiro de 2003, que torna obrigatório o ensino de História da África e da Cultura Afro-Brasileira nos currículos da educação básica dos estabelecimentos públicos e privados do nosso país. 2. A Resolução, que institui cota de 25% para as populações negras e pardas no acesso a Universidade Federal do Maranhão. 3. O Projeto de Lei nº 4.370, de 1998, do deputado Paulo Paim (PTRS) que estabelece que os negros devam compor pelo menos 25% do total de atores, atrizes e figurantes em filmes e programas veiculados pelas emissoras de TV e cinema. 4. A criação de cotas de 20% para negros nas empresas contratadas em licitações públicas, no Ministério de Desenvolvimento Agrário. 5. A criação de cotas de 20% para negros, 20% para mulheres e 5% para portadores de necessidades especiais em cargos de confiança no Ministério da Justiça, em empresas terceirizadas e em entidades conveniadas, no governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso. 6. O Programa Internacional de bolsas de pós-graduação da Fundação Ford/Fundação Carlos Chagas – São Paulo. 7. O Programa de Políticas de Cor na Sociedade Brasileira, do Laboratório de Políticas Públicas da UERJ, com apoio da Fundação Ford. 8. O programa Diversidade na Universidade, promovido pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD) – Ministério da Educação - Brasília. 9. O Concurso de Dotações para a pesquisa “Negro e Educação” – promovido pela Anped (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação), pela ONG Ação Educativa – São Paulo, com apoio da Fundação Ford. 10. A primeira Mostra de Literatura Afro-Brasileira, promovida pela Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte. 11. Premio Educar para a Igualdade Racial – experiências de promoção da igualdade racial/étnica no ambiente escolar promovido pela ONG Ceert (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades - SP. 12.
Secretaria da Promoção de Políticas da Igualdade Racial (Seppir).
13. Coordenação de Promoção COPIDE/SUPEMDE/SEDUC/MA
da
Igualdade
e
Diversidades
Educacionais
–
Dessa forma esse trabalho vem de encontro ao esforço já desenvolvido por estes segmentos, em consonância com o teor da Resolução do Conselho Nacional de Educação,
Resolução nº 1, de 17 de junho de 2004, da qual destacamos, particularmente, os parágrafos 1º e 2º do artigo 2º: §1º: A Educação das Relações Étnico-Raciais tem por objetivo a divulgação e produção de conhecimentos, bem como de atitudes, posturas e valores que eduquem os cidadãos quanto a pluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de interagir e de negociar objetivos comuns que garantam, a todos, respeito dos direitos legais e valorização da identidade, na busca da consolidação da democracia brasileira. §2º: O Ensino de Historia e Cultura Afro-Brasileira e Africana tem por objetivo o reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura dos afro-brasileiros, bem como a garantia de reconhecimento e igualdade de valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas, européias e asiáticas. A educação não é uma construção dada e a escola não deixa de ser uma comunidade construída. O educador está inserido dentro do contexto histórico fazendo do seu posto de trabalho o seu cotidiano escolar. Neste contexto educacional o educador precisa ter claro e explícito o que está fazendo e para onde estão caminhando os resultados de sua ação, conscientes do nosso papel, reforçando os seus valores sociais e culturais. Para que se possa refletir sobre a História da África e da Cultura Afro-brasileira e africana – no Estado do Maranhão – não precisamos ir muito longe visto que temos uma literatura vasta e rica que nos permite entender o porquê da necessidade de se repensar uma política de promoção da Igualdade Racial, como vem postulando os diversos segmentos da sociedade civil brasileira. Desde Raimundo José de Sousa Gaioso (Compendio histórico-politico dos princípios da lavoura no Maranhão, (séc. XIX) onde o autor aborda historicamente a trajetória das grandes propriedades rurais, dos engenhos açucareiros e do prospero comercio de negros escravizados, passando por Coelho Neto na sua obra O Rei Negro (1914), onde destaca um único episodio do cativeiro e Nascimento de Moraes e Domingos Vieira Filho (séc. XX) quando nos revelam as diversas formas de castigos corporais e seus instrumentos aterrorizadores, Maria Firmina (séc. XIX) já escrevia sobre os escravos em meados de 1800. O que Castro Alves escreveu em ‘Vozes da África’, quando ele defende os escravos, Maria Firmina fez primeiro, no entanto, ele é que é considerado o poeta dos escravos. Por isso, ela não é apenas uma escritora brasileira, mas universal, por estar à frente de seu tempo”, até Josué Montello (Os tambores de São Luis:1975), quando focaliza o árduo trabalho dos negros nos canaviais maranhenses, as relações de trabalho, o cotidiano das fazendas, as tensões entre senhores e escravos e o clima cultural, cadenciados pelos atabaques, agogôs, chiado dos carros de boi e estalar da sola no lombo dos negros Não será por falta de herança material que não poderemos estudar e inserir na rotina escolar dos nossos alunos a história da África e dos africanos, falta-nos sim, coragem, para desafiar o tempo que nos infringiu a baixa–estima de sermos afrodescendentes, mas nós educadores precisamos nos ater de que a cidadania se constrói no cotidiano e na luta pela efetivação desses fins, educando e educador, juntos aprendem a superar dificuldades reais e a resolver problemas cotidianos que ultrapassam os muros da escola. Finalizo este trabalho com a sensação de ter apresentado algumas reflexões que podem configurar-se como úteis para os estudos da questão racial maranhense, bem como para os estudos relacionados à política educacional brasileira. A condição de negra e a minha prática profissional fizeram com que este trabalho fosse realizado de maneira muito prazerosa.
Nossa geração não lamenta tanto os crimes dos perversos quanto o estarrecedor silêncio dos bondosos. É melhor tentar e falhar que ocupar-se em ver a vida passar. É melhor tentar ainda que em vão, que nada fazer. Eu prefiro caminhar na chuva a, em dias tristes, me esconder em casa. Prefiro ser feliz, embora louco, a viver em conformidade. (Martin Luther King)
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Temas
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COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO “O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI” São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009
DR. NEWTON DE BARROS BELLO UM GRANDE SÃO-BENTUENSE. ÁLVARO URUBATÃ MELO Dentre os muitos são-bentuenses que galgaram elevadas posições nos mais diversos setores do Maranhão e além limites, o Dr. Newton de Barros Bello foi o que obteve maior projeção no cenário político administrativo no Estado. Descendente de família de honrada classe média, nasceu a 12 de julho de 1907, Travessa das Flores, esquina norte com a Rua Coronel Luís Reis, atual residência Dr. Ney de Barros Bello. Filho do casal Olavo Marcos Bello e Ana Adelaide de Barros Bello, neto paterno Olavo Marcos Bello e Inês Doriense da Fonseca; materno do alferes Cipriano Antônio de Barros e dona Rita Pursina da Silva Barros. Esse seu avô, cidadão de larga visão, ocupou importantes cargos no município, não mediu esforços e com sacrifício investiu na educação desse seu neto que desde cedo demonstrou interesse aos estudos. Iniciou-se nas primeiras letras com a mestra leiga, Maria Tomázia Teixeira (a veneranda dona Cota Teixeira) alfabetizadora de dois governadores, três membros da AML e outros renomados vultos. Ainda em São Bento, faz o curso primário na Escola Mista Estadual, atual “Mota Júnior”, e na Escola particular do professor Palmério César Maciel Campos. De posse do diploma, para continuar na lida estudantil, muda-se para São Luís em 1921, quando se prepara no Colégio Gomes de Sousa para o exame de admissão. Aprovado no Liceu Maranhense em 1922, conclui o ginásio e o curso subseqüente. Nesse estabelecimento, concomitante estudava suas irmãs Consuelo, Laurieta e Odinéa. Norteado em triunfar, com brilhantismo enfrenta de imediato, em 1928, o exame vestibular para Ciências Jurídicas e Sociais, na Faculdade de Direito de São Luís, aprovado em 1º lugar. Abacharelase 23 de março de 1932, e logo no dia 4 desse mês de sua formatura, quando então escriturário da Prefeitura Municipal de São Luís, é nomeado promotor de Coroatá, depois de Codó, removido dia 30 de janeiro de 1936, para primeira Promotoria da Capital, data em que é designado pelo governador Aquiles Lisboa, secretário de Governo. Reputado advogado militante, por esse mérito é, com o restabelecimento pelo Decreto-Lei 1504, de 24 de maio de 1947, da Consultoria Jurídica do Estado, foi efetivado seu titular a 25 desse mês, por isso exonerado da 1ª Promotoria a 27 seguinte, data em que é nomeado para substituí-lo, outro são-bentuense, o Dr. Sarney de Araújo Costa. Nessa função recebe a designação para responder pelo expediente da Secretaria de Estado dos Negócios do Interior, Justiça e Segurança. Com pendores à política, vale-se da abertura democrática, filia-se nas hostes do PR (Partido Republicano), candidata-se no pleito de 25 de julho de 1947, à vereança da Câmara Municipal de São Luís, eleito com a segunda maior votação de seu Partido, e a terceira no cômputo geral. No exercício da edilidade é autor de vários projetos de lei, dos quais os mais importantes foram: de 21 de fevereiro de 1949, o de nº 9, denominando o bairro Areal de Monte Castelo, em homenagem aos feitos da FEB, na batalha dessa data, ano de 1945; sessão de 03 de março seguinte, o de nº 10, isentando de impostos e taxas por cinco anos, quem construísse grupos de casas, no mínimo de seis, de tijolos ou cimento armado, com aluguel inferior a trezentos cruzeiros; sessão 4 desse mês, de nº 13, regulando o serviço de emplacamento de prédios e logradouros públicos e particulares; nº 14, concedendo favores tributários a quem construísse hotéis em Olho D’água e São José de Ribamar. Plenamente envolvido nos embates eleitorais já filiado no PST (Partido Social Trabalhista), concorre no pleito de 30 de outubro de 1950, aos cargos de suplente de senador, eleito com sessenta e sete mil e oito votos e, deputado estadual, obtém dois mil, seiscentos e vinte. Na Assembléia, torna-se líder do seu partido. Com o crescimento de seu prestígio no seio de sua agremiação, sua notoriedade no Estado, candidata-se a deputado federal em de 30 de outubro de 1954, vitorioso em primeiro lugar, com dezesseis mil, quinhentos e sessenta e oito sufrágios. Ressalta-se que, quando da escolha do candidato ao Governo do Estado, em substituição ao
Governador Eugênio Barros, teve seu nome lembrado por um dos convencionais, quando agradeceu e redargüiu: ainda não estou preparado para governar o meu Estado (artigo Milson Coutinho – Diário da Manhã). Reelegeu-se nas eleições de 30 de outubro de 1958, retornado à Câmara Baixa com a consagrada votação de vinte e quatro, setecentos e sessenta e sete votos, o único a alcançar o quociente eleitoral. Durante todo esse mandato ocupa a Secretaria do Interior, Justiça e Segurança, do Governo Matos Carvalho, quando alicerça e fortalece sua candidatura ao Governo do Estado ao pleito de outubro de 1960, apoiado pelo PSD (Partido Social Democrático), coligado com a UDN (União Democrática Nacional). Vitorioso, planeja tecnicamente um programa com assessores capazes, moderniza as autarquias e outros órgãos e cobra metas. Embora tenha enfrentado sucessivas crises políticas, iniciadas com o rompimento da UDN, liderada pelo deputado federal José Sarney, em que resulta entrave com o Presidente Jânio Quadros, seguida do conflito e desapoio dos sete deputados federais que trocaram o PSD pelo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), do presidente João Goulart. Finalmente o advento da Revolução e o rompimento com o Senador Vitoriano Freire. Com todos esses impasses, desassistido da administração central, sem receber recursos federais, realiza uma profícua gestão, visíveis no incremento à produção primária, recuperação das finanças com a alavancada do Banco do Estado, apoio à Educação via CNEG, proteção às áreas produtivas, amparo aos universitários, ajuda a fundação da Faculdade de Medicina, criação e financiamentos às cooperativas, fomentação do setor hidroelétrico. Em se tratando de que esta palestra não tem por objetivo biografar o meu homenageado, com ênfase as realizações do seu governo em todo o Estado, peço vênia para louvar o seu empenho e como seu conterrâneo, enaltecer as obras que, como bom são-bentuense da gema, ele operou no chão que o viu nasceu. Mais o faria, não fosse à politicalha nociva, odiosa, processada por parte de seus liderados, somado à inoperância de seus correligionários, protagonista de uma maléfica disputa interna, ainda assim, quando Governador realiza no município em São Bento de grandes feitos, numa fase de franco desenvolvimento, com as importantes obras: Escola Normal Rural, Maternidade Santa Maria, iluminação elétrica, ACAR, Posto do Fundo de Revenda, barragem Alegre e do Porto Grande, Banco do Estado, Fomento Agrícola, 10ª Região Escolar, Grupos Escolares Condessa Carneiro e Estado da Bahia, Escolas em Belas Águas, Olho D’água e Poleiro, Praça Carlos Reis, Cooperativa dos Livros. Distribuição constante de fardamentos escolar, implementos agrícolas e produtos alimentares. Transforma São Bento, em sede de Governo como Capital do Maranhão, com a transferência de todas as Secretarias de Estado e principais repartições quando enfatiza no discurso de instalação “Quero que a minha terra governe o Maranhão por uma semana como o seu filho fará quatro anos”. Desses benefícios, a duas dedicou maior interesse: a Maternidade Santa Maria, a quem fartamente abastecia de tudo e da melhor qualidade; a outra, a Escola Normal, condicionava às autoridades nomeadas com ela colaborasse. Em visita as alunas da 1ª turma, em ato de emoção, o que lhe era comum em São Bento, afirma: quero encerrar o meu governo assinando com caneta áurea, meu último ato – as vossas nomeações. Cumpriu – proibido de nomear sem concurso, mandou fazê-lo em São Bento para essa finalidade. Revogado pelo sucessor – Dr. Seguins o representou na festa da formatura. Em reconhecimento ao progresso implantado, por inspiração de seu amigo, o advogado Joaquim Trinta, tem seu nome gravado na antiga Rua Grande, e posteriormente, por influência do deputado Isaac Dias, no estádio de futebol, lembrando o desportista que foi diretor, jogador e capitão do time Luso Brasileiro, e das peladas no campo supracitado. Tão grande era o desejo de trabalhar pelo progresso de sua terra que, no afã de ter um prefeito capaz de ajudá-lo nessa empreitada, estende as mãos para um de seus mais ferrenhos e antigos adversários – o Dr. Fernando Viana, gesto que o povo não entendeu. Politicamente é o mais importante filho de São Bento e o que mais a beneficiou o município. Faleceu dia 9 de abril de 1976. Esse notável político conterrâneo é considerado o melhor governador do Maranhão entre as duas últimas ditaduras: Revolução de 30 e a de 31 de Março. Em mais um ato de força, teve cassado seus direitos políticos pela Revolução. A Academia Sambentuense no cumprimento de suas obrigações estatutárias fez, solenemente, aposição de uma placa memorativa na casa de nascimento e escolheu como Patrono da Cadeira 6, fundada pelo médico e poeta Joaquim Ribeiro Melo.
COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO “O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI” São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009
A PRODUÇÃO CIENTÍFICA DO CURSO DE MESTRADO EM EDUCAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – UFMA - NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI DILERCY ARAGÃO ADLER Sócio efetivo – Cadeira 1 INTRODUÇÃO O conhecimento é a compreensão inteligível da realidade que o sujeito adquire a partir da sua interação nessa mesma realidade. De um modo geral, o conhecimento pode ser definido como a manifestação da consciência de conhecer. O ser humano, em seu ato de conhecer, apreende a realidade vivencial, isto porque os fenômenos agem sobre os seus sentidos fazendo com que ele também reaja sobre os fatos, o que, por sua vez, resulta em experiências pluridimensionais no e com o universo. O conhecimento científico, considerado como um conhecimento superior, exige a utilização de métodos, processos, técnicas especiais para análise, compreensão e intervenção na realidade. Ciência é, ao mesmo tempo, conhecimento, investigação científica e tecnologia. Convém, no entanto, lembrar que a ciência não é um saber absoluto, mas também relativo às circunstâncias em que foi verificado. A atividade científica diz respeito a um processo complexo, no qual coexiste uma série de fatores intimamente relacionados ao desenvolvimento histórico-social da humanidade. Desse modo, a ciência é uma forma de consciência social que constitui um sistema, historicamente formado, de conhecimentos ordenados e cuja veracidade se comprova na prática social. [...] a sociedade aglutina todas as experiências individuais do homem, transmitindo, também individualmente, de uma forma ou de outra, os conhecimentos acumulados ao longo da história da humanidade. Em contrapartida, a sociedade recebe as contribuições que o poder criador de cada indivíduo engendra e repassa para esse mesmo coletivo. Essas idéias, por sua vez, se incorporam à cultura geral e são transmitidas a mais indivíduos da mesma geração e gerações posteriores (ADLER, 2000, p. 36).
É nesse contexto que se dá a educação como processo histórico de criação do homem para a sociedade e da sociedade para benefício do homem. “[...] o homem, ao ser educado pela sociedade, modifica esta mesma sociedade, como resultado da própria educação
recebida. Aí consiste o progresso social, no processo de autogeração do saber e da cultura” (ADLER, 1997, p. 30). A sociedade se torna, assim, a mediadora entre os homens no processo de criação e transmissão da cultura, no qual consiste a educação. No tocante ao avanço da ciência, não pode ser negado que o século XX repassou ao século XXI uma performance privilegiada. Todas as ciências demonstram no seu decurso, avanço considerável. Destaca-se ainda que essa revolução técnico-científica empreendida, principalmente nas últimas décadas, é liderada pelos países de maior poder econômico e, por extensão, poder cultural, o que aumenta, cada vez mais, a distância entre os países desenvolvidos e os ditos subdesenvolvidos ou emergentes. Essa condição configura um quadro específico e preocupante para os povos latinos demonstrado na assertiva a seguir: O início de los 80 América Latina contaba com 2,42 del total de investigadores del planeta, le correspondia el 1,8% del gasto mundial en la investigación y desarrollo y tenia el 1,3% de autores científicos del mundo. Alrededor del 70% de este pótencial se encontraba en 3 países: Brasil, México y Argentina (COLETIVO DE AUTORES CUBANOS, apud QUINTERO, 1977, p.16).
Esses dados evidenciam a precariedade da situação dos países latino-americanos (entre eles o Brasil), em relação à produção do conhecimento científico no contexto mundial, no século passado. E supõe-se que esse quadro não apresente mudanças substanciais neste início de século/milênio. Desse modo, neste estudo busca-se empreender algumas análises acerca do Ensino Superior como espaço de reflexão e criação de conhecimento, através da experiência do Curso de Mestrado em Educação, da Universidade Federal do Maranhão- UFMA, por materializar-se na localidade como expoente intelectual, na área da educação e, assim, poder subsidiar o delineamento de alguns traços acerca das possibilidades e barreiras na construção da ciência, no Estado do Maranhão. Além disso, direcionar estas reflexões acerca da construção do saber no sentido de traçar um paralelo para além do distanciamento entre países considerados desenvolvidos e em desenvolvimento, mas também entre as regiões do mesmo país, pois neste caso o Maranhão integra a Região Nordeste que se encontra entre aquelas que apresentam condições socioeconômicas e educacionais mais graves do que outras regiões brasileiras.
ENSINO SUPERIOR E PRODUÇÃO DA CIÊNCIA No tocante à escola formal é indispensável a compreensão da inter-relação entre educação, pesquisa e avanço da ciência. Mas, existem pesquisas e pesquisas, ciências e ciências, e no espaço educativo emerge um grande desafio construído desde a formação universitária do professor que, via de regra, é condicionada ao longo desses anos de escolarização a aprender imitativamente e a atuar como mero reprodutor do conhecimento existente. Além disso, uma das condições essenciais para a pesquisa, enquanto condição indispensável para o avanço da ciência, na dimensão subjetiva, é a atitude política emancipatória, por parte de quem investiga, pois segundo Demo (2003, p. 82): [...] o conceito de pesquisa é fundamental, porque está na raiz da consciência crítica, questionadora, desde a recusa de ser massa de manobra, objeto dos outros, matéria de espoliação, até a produção de alternativas com vistas à consecução de sociedade pelo menos mais tolerável. Entra aqui o despertar da curiosidade, da inquietude, do desejo de descoberta e criação, sobretudo atitude política emancipatória de construção do sujeito social competente e organizado.
Em última instância, o que mais importa no e para o pesquisador é a compreensão crítica e verdadeira da realidade. E no tocante ao espaço acadêmico, os educadores e educadoras, os educandos e educandas devem considerar a sala de aula, como locus privilegiado para processos emancipatórios, devendo por isso adotar a pesquisa como princípio prático-educativo imprescindível. Outra dimensão fundamental para a produção do conhecimento científico diz respeito às condições materiais de existência, ou seja, é imprescindível que existam políticas públicas ou mesmo de organismos e instituições privadas que privilegiem tanto o financiamento da pesquisa quanto a sua publicação, para que sejam viabilizados os estudos e socializados os seus resultados. No que diz respeito ao Brasil, desde os primórdios do século XX são encontrados, na área da educação, trabalhos esparsos que denotam certa preocupação científica, mas é no final dos anos 30, com a criação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira- INEP- que começaram a ser desenvolvidos estudos em educação, de forma mais sistemática, o que significou o marco da construção do pensamento educacional brasileiro. Entre outras atividades o INEP deu início a uma série de publicações regulares e o oferecimento de cursos para formação de pesquisadores com a participação de docentes de diversas nacionalidades, especialmente latino-americanos. Mas, foi somente com a implementação de programas sistemáticos de pós-graduação no final da década de 60, que o desenvolvimento da pesquisa acelerou-se no Brasil. Assim, nas últimas décadas do século passado, observa-se um crescimento razoável no quantitativo de pesquisa na área da educação, resultante principalmente da referida expansão dos cursos de pós-graduação. Outras mudanças que se fazem presentes são as relativas às temáticas e problemas, assim como aos referenciais teóricos, às abordagens metodológicas e ainda aos contextos das produções desses trabalhos. Os temas ampliam-se e diversificam-se. Segundo ANDRÉ (2001), os estudos na década de 60-70 centravam-se na análise das variáveis de contexto e no seu impacto sobre o produto; nos anos 80 as investigações voltam-se, sobretudo, para o processo. As preocupações com os fatores extra-escolares no desempenho dos alunos dão lugar ao peso dos fatores intraescolares. Nesse âmbito, o currículo, a avaliação, as interações sociais na escola, as formas de organização do trabalho pedagógico, a disciplina, a aprendizagem da leitura e da escrita e as relações na sala de aula. As questões mais genéricas vão dando lugar a análises de problemas mais localizados, cuja investigação é desenvolvida em seu contexto específico. Ainda no final dos anos 80, grupos sólidos de investigação em várias áreas da educação (alfabetização, linguagem, formação de professor, ensino e currículos, ensino superior, gestão escolar, história da educação, políticas educacionais, trabalho e educação, dentre outros) têm os seus trabalhos acompanhados tanto pelas Conferências Brasileiras de Educação quanto como pelas reuniões anuais da Associação Nacional da Pesquisa e PósGraduação em Educação- ANPEd, que teve, a partir da década de 70, papel importante na integração e intercâmbio de pesquisadores, e na disseminação da pesquisa educacional e nas questões a ela referentes. Segundo André (2001, p. 53), “os temas e referenciais se diversificam e se tornam mais complexos entre os anos 80 e 90, as abordagens metodológicas também acompanham essas mudanças.” Apesar desse quadro geral otimista da pesquisa em Educação no Brasil nos últimos anos do século anterior, na primeira década deste novo milênio já se observam condições adversas que emperram, embora não impeçam o total avanço da pesquisa nessa área. Estas dizem respeito principalmente à locação de recursos financeiros para pesquisa, visto que segundo André (2001, pp. 62-63):
Houve, sem dúvida, nos últimos dez anos, uma mudança nas condições da realização da pesquisa em educação. A começar pelos financiamentos que vêm minguando. Se nos anos 80 a Financiadora Nacional de Estudos e Projetos- Finep - e o Instituto Nacional de Pesquisas educacionais - Inep – davam apoio à pesquisa da área, nos anos mais recentes esse apoio quase foi extinto. Temos as fundações estaduais, mas também temos muito mais pesquisadores qualificados para solicitar financiamento.
Segundo ainda a autora, além da redução dos financiamentos, existe outro agravante que diz respeito ao “tempo” dedicado à produção intelectual. Este ficou reduzido em conseqüência do grande número de aposentadorias, resultando em sobrecarga dos atuais professores com atividades como aulas, reuniões e outros trabalhos. Em linhas gerais, é este panorama na área da educação que está retratado nos trabalhos publicados ao longo da primeira década deste milênio acerca da produção científica na atualidade brasileira. PRODUÇÃO CIENTÍFICA DO CURSO DE MESTRADO EM EDUCAÇÃO DA UFMA Segundo o Relatório - CAPES do PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO - PPGE/UFMA (2007), a Universidade Federal do Maranhão-UFMA-, desde o início da década de 1970, manifestava interesse pelo desenvolvimento de uma política institucional de pós-graduação. Entretanto, condições desfavoráveis representadas por sua localização geográfica dificultavam o afastamento de seus docentes para os centros onde se desenvolviam os cursos de pós-graduação stricto-sensu. O primeiro curso lato-sensu foi ofertado em 1975, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas/RJ. E a partir daí outros cursos de pós-graduação lato-sensu desenvolveram-se nos Departamentos de Educação, a partir de demandas locais combinadas com a disponibilidade de docentes com titulação adequada para ministrar aulas em cursos dessa natureza. Esses cursos, ao longo da história da pós-graduação da UFMA, vêm contribuindo para ampliar a produção acadêmica, pela realização de estudos monográficos articulados às linhas de pesquisa na área da Educação. A primeira experiência no âmbito da pós-graduação stricto-sensu deu-se em 1978, com o curso de Mestrado em Educação, em convênio com a Fundação Getúlio Vargas, que contou com o apoio da CAPES, e oferecia vinte e quatro vagas para professores, sendo os candidatos selecionados conjuntamente pela FGV/RJ e UFMA. Todavia, por se tratar de uma iniciativa de caráter transitório não foi suficiente para atender as necessidades de elevar a qualificação em nível de pós-graduação stricto-sensu dos professores dos Departamentos Acadêmicos. Após essa experiência, voltada para qualificar docentes da UFMA e no intuito de atender a crescente demanda, teve início, em 1988, o Curso de Mestrado em Educação, dessa vez na perspectiva de implantá-lo em caráter permanente. Para essa criação, a UFMA fundamentou-se no art. 5º da Resolução nº 05, de 10/03/1983, do então Conselho Federal de Educação. A criação do curso foi comunicada à CAPES e sua instalação ocorreu em 27 de setembro de 1988. No entanto, ao ser submetido à apreciação da CAPES, no segundo semestre de 1989, o projeto original do curso não obteve recomendação por não atender, segundo a CAPES, as condições para a sua integração ao sistema nacional de pós-graduação. Entre as inadequações a CAPES apontava o quadro docente do curso que era composto por 4 (quatro) professores com titulação de Doutor e 8 (oito) com titulação de Mestre. Isto comprova as dificuldades dos professores das Universidades do Norte e Nordeste em atenderem as exigências de qualificação em nível pó-graduação strictu sensu, o que ainda os deixa, de um modo geral, subordinados objetiva e subjetivamente, principalmente às regiões Sul e Sudeste do Brasil.
Considerando as barreiras iniciais a serem superadas até culminar com o momento atual, segundo o Relatório CAPES (2007), podem-se distinguir três fases na existência do Curso do Mestrado em Educação da UFMA:
a implantação do Curso em 1988 marca a primeira fase. Nesse momento as condições internas e externas apresentam-se desfavoráveis ao funcionamento do Curso, o que resulta na suspensão das atividades do Mestrado em 1991; a segunda fase é caracterizada pela busca da continuidade do Curso, o que implica a definição do processo de reestruturação, adequando-o às orientações da política nacional de pós-graduação. Dá-se a partir de 1993 o processo de construção da autonomia institucional para a oferta do Curso de Mestrado em Educação. Esta fase (1995– 2001) culmina com a recomendação do Mestrado em Educação pela CAPES e o seu reconhecimento pelo CNE em março de 2001;
o Mestrado em Educação é credenciado em 2001, fato que vai firmar-se como marco da terceira fase. E esse período é também caracterizado pela busca de consolidação do Curso. Uma das questões fundamentais nesse processo diz respeito à reorganização do quadro docente, o qual era constituído por 4 (quatro) professores com a titulação de doutor em 1993 e em 2007 esse quantitativo já totalizava 15 (quinze) professores doutores, dos quais 13 (treze) em Educação. O Mestrado conta ainda com 5 (cinco) professores colaboradores. Essas aquisições refletiram positivamente nas atividades de pesquisa do Curso. Ainda segundo o Relatório - CAPES (2007), o Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Maranhão constitui espaço de produção e socialização sistemática de conhecimentos científicos na área da educação, formando em nível de mestrado, docentes pesquisadores voltados para a problemática educacional maranhense e brasileira, considerando suas interligações com o contexto internacional. Apresenta como objetivos específicos: desenvolver formação acadêmica e científica de docentes e profissionais de instituições educacionais e de pesquisa, com base na investigação, compreensão e interpretação da educação maranhense e brasileira, visando subsidiar as transformações do sistema educacional, mediante elaboração de novas propostas de políticas educacionais;
desenvolver a produção científica do Núcleo de Pesquisa em Educação, em articulação com as demandas quantitativas e qualitativas do Sistema Educacional em seus diferentes níveis, buscando atender as necessidades dos diferentes segmentos da sociedade; promover a articulação UFMA/Ensino Básico e a integração ensino (PósGraduação/Graduação) e pesquisa-extensão, através da produção coletiva de conhecimentos científicos;
promover intercâmbio técnico-científico com outras IES que desenvolvem programas de pesquisa e pós-graduação em educação, visando ao fomento à pesquisa e à atualização em temáticas relevantes no âmbito nacional e regional. Observa-se, nesses objetivos, além da preocupação com a produção científica, também com a articulação (nessa produção) da Universidade com o Ensino Básico e ainda, na promoção do intercâmbio com outras IES, o que favorece ações em diferentes níveis de ensino, extrapolando os muros da Universidade, o que vai ao encontro de um atendimento mais abrangente das necessidades de segmentos distintos da sociedade. Segundo ainda o referido Relatório, a estrutura didático-científica é constituída por duas linhas de pesquisa:
1- Linha Estado e Gestão Educacional: prioriza investigações acerca das relações que se estabelecem entre o Estado e a Sociedade, incluindo definição de políticas educacionais em suas mais variadas dimensões e aspectos no que diz respeito ao processo de organização e funcionamento das redes municipal e estadual de Ensino Fundamental, Médio, assim como às ações de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas pelas universidades. Dentre os temas dos projetos de pesquisa que derivam dessa linha podem ser citados: Terra e Educação; Inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais; Gestão escolar no ensino público; Formação de Educadores e Educadoras da Reforma Agrária. Dentre os cinco projetos de pesquisa atuais, apenas um conta com financiamento (Ministério do Desenvolvimento Agrário). Esta linha conta com um projeto de extensão: de Formação de Educadores e Educadoras da Reforma Agrária. 2- Linha Instituições Escolares, Saberes e Práticas Educativas: adota a escola como objeto de análise por considerá-la espaço privilegiado da formação do cidadão, de criação e recriação de conhecimentos e de realização de práticas educativas e ainda como síntese de múltiplos elementos. Também considera as relações interativas entre dimensões micro e macrossociológicas. Destaca como objeto de estudo os saberes escolares e a formação do educador a partir de categorias teóricas, tais como: a ideologia, o trabalho, a cultura, o poder e o controle social, currículo oficial e currículo real, desvelando interesses e critérios presentes nas mais variadas dimensões de cada objeto de análise. Dentre os temas dos projetos de pesquisa que derivam dessa linha que totalizam 11, podem ser citados: Expansão do Ensino Médio e a Formação Docente; As Práticas de Leitura; Brinquedotecas Hospitalares; Cartografia das fontes documentais; Escola, Trabalho e Cidadania; Implantação da sala de ciência; Infância, Educação e Pobreza; Mulheres Professoras Maranhenses; Programas Especiais de Graduação para Professores; Projeto Educativo Emancipatório e outros. Projetos de extensão: A Educação Física na Escola de Cegos e Fortalecimento Institucional das Secretarias Municipais de Educação do Semi-Árido. No tocante a financiamento, apenas um projeto de pesquisa da linha Estado e Gestão Educacional conta com financiamento (Ministério do Desenvolvimento Agrário), enquanto que dos onze projetos de pesquisa da Linha Instituições Escolares, Saberes e Práticas Educativas, quatro contam com financiamento do CNPq; um, da UFMA; um, da FAPEMA. E dos dois projetos de extensão, um conta com financiamento do MEC/SEB/UNDIME. No que concerne à produção intelectual, o relatório 2007 explicita que houve uma visível melhora na produção do Programa. Apresentou no período a média ponderada anual de 10,1 de capítulos de livros e periódicos e essas publicações concentraram-se em veículos com boa classificação no QUALIS da área. Outros aspectos positivos foram: a publicação também foi veiculada por outras Instituições, além da UFMA; todos os professores apresentaram, pelo menos, um trabalho qualificado no ano, sendo, pelo menos, uma produção bibliográfica em veículo classificado como Nacional B. Também a produção técnica, com uma média anual de 4,5 produtos por docente é considerada positiva. Apesar dos bons resultados, a consolidação da produção continua sendo alvo de atenção do Curso de Mestrado. Percebe-se preocupação acentuada na necessidade de manter a tendência da produção intelectual, aumentando o número de publicações e com a divulgação nos veículos classificados no QUALIS da área. Para tanto, ficou acertado entre os docentes um mínimo de
2 (duas) publicações qualificadas por ano. Também está prevista a publicação de pelo menos 3 livros para o triênio, a serem organizados pelo Programa. O relatório diz ainda que: - Para atender a necessidade de uma maior transparência, está em fase de atualização a página da WEB com os dados exigidos. - Para atender à questão da integração e cooperação entre Programas, tem-se incentivado o corpo docente a realizar parcerias entre grupos de pesquisa de outras instituições seguindo a orientação da política nacional de pós-graduação. Ainda no tocante à produção intelectual dos professores do Mestrado em Educação, no biênio 2005-2006 (que foi o único dado disponibilizado), foram publicados: Em 2005: 12 Artigos em periódicos; 10 Livros/Capítulos. Aproximadamente 70 artigos em jornais. Em 2006: Artigos em periódicos – 06; Livros/Capítulos -13; Livros - 05; Artigos em jornais – 80 (aproximadamente); Publicações em Anais 28. Ainda se pode contar com os dados da produção intelectual de 2007 a partir de informações da Coordenação do Mestrado, enunciados a seguir: Em 2007: Artigos em periódicos – 23 em periódicos intitulados qualificados e 14 em outros; Livros/Capítulos - 09; Livros - 03; Artigos em jornais – 90 (aproximadamente); Publicações em Anais 163. Como não se pôde ter acesso a todos os dados desde os primeiros anos dessa primeira década, os comentários tecidos nestas argumentações tomarão como base apenas os dados do biênio disponibilizado em documentos e os de 2007 coletados em entrevista. Como primeira observação, percebe-se um aumento razoável nas produções em geral, considerando que 2005 importou um total de 92 produções entre artigos em periódicos e em jornais, livros ou capítulo de livros, enquanto no ano seguinte se contabilizaram 132 produções e, em 2007, um total de 302 produções. Tal produção pode ser considerada relevante levando em conta todas as barreiras elencadas de ordem diversa, desde a concepção e consolidação do Curso. E uma característica que deve ser realçada é a ordem crescente do total de produção nos três anos analisados. Percebe-se que as publicações dos anais registradas no Relatório CAPES (2007) são predominantemente oriundas de realização de eventos em São Luís/MA (local), num total de 9; a seguir na região Nordeste - 6; seguindo a região Centro-Oeste - 5; nas regiões Sudeste e Sul - 2, respectivamente e oriunda de evento internacional, na América do Sul – 1. Isto demonstra que a distância geográfica (São Luís fica distante da capital do país, que fica no centro, 3000 km) também se impõe como elemento dificultador, tanto pelo tempo quanto pelo recurso financeiro gastos no deslocamento. Uma atividade que reflete sobremaneira na produção científica do Curso de Mestrado em Educação da UFMA é a que aglutina os intercâmbios. Desde a época da reestruturação do Curso, o PPGE/UFMA desenvolve intercâmbios com outras instituições e principalmente nos últimos anos os seus resultados são mais consistentes, materializados nas parcerias com grupos de pesquisa de outros Programas, oficializadas, em sua maioria, em convênios financiados por agências de fomento, principalmente, CAPES e CNPq. Entre eles podem ser citados: PQI/CAPES, PROCAD/CAPES, PROEJA/CAPES, envolvendo outras instituições a exemplo de: UFC, UFRN, UFPA, UFBA, UFMG, UNESP-Marília entre outras. Na atualidade existem aproximadamente 16 (dezesseis) universidades. Embora não se tenha tido acesso às informações acerca das publicações dos mestrandos, foi possível inferir pelo menos a produção da própria dissertação, por parte do quantitativo de egressos, sabendo-se que desde a primeira turma (início 1988) até a última, que consta no documento disponibilizado (iniciada em 2007), existem 134 (cento e trinta e quatro) alunos egressos, o que equivale ao mesmo quantitativo de dissertações defendidas.
Acredita-se que desse montante 101 (cento e uma) foram produzidas durante os anos desta primeira década deste novo milênio (neste total estão incluídos os alunos que ingressaram nas turmas de 1999 a 2007) e 33 nos últimos anos do milênio anterior (neste cálculo estão incluídos os alunos que ingressaram no Mestrado nas turmas de 1988 a 1997). Vale Lembrar que esta conclusão é uma estimativa, porque quem iniciou em 1999 deve ter defendido o seu trabalho de 2000 em diante e, por outro lado, quem foi da turma de 1997 infere-se que tenha defendido até antes de 2000. Mas, não se nega a possibilidade de alguns mestrandos terem atrasado e outros adiantado os seus prazos. Outro dado que merece ser citado é que 90% das dissertações de mestrado defendidas versam sobre questões do próprio Estado. UFMA- Curso de Mestrado em Educação. Distribuição dos egressos por turma e ano de ingresso no decurso de 1988-2005 Turma Ano de Total de egressos (defenderam a dissertação) Ingresso 1ª 1988 06 2ª 1995 20 3ª 1997 07 4ª 1999 14 5ª 2001 15 6ª 2003 19 7ª 2005 20 (incluindo um aluno que ingressou em 2007) Imperatriz 2005 13 8ª 2007 20 TOTAL 134 Fonte: UFMA-PPGE. Relatório – CAPES 2007
Em linhas gerais, esta é uma mostra do quadro atual da produção científica do Curso de Mestrado em Educação da UFMA. Nelas se percebem as dificuldades e barreiras enfrentadas por educadores, educadoras, educandos e educandas que se propõem a contribuir para o avanço da ciência, num país considerado em desenvolvimento/ emergente, marcado por profundas desigualdades econômico-sociais e educacionais e ainda trabalhando e estudando numa região onde essas condições são bem mais marcantes. Mas, concomitantemente, o empenho no sentido da superação dessas condições.
CONSIDERAÇÕES FINAIS Estas reflexões vêm somar-se a outras questões já levantadas em artigos anteriores resultantes desta inquietação que não é recente, em relação à contribuição de autores e estudiosos latinos, brasileiros e maranhenses no quadro geral da produção do conhecimento científico mundial, nacional e local, a exemplo de: “O caráter histórico-social da produção do conhecimento científico”; “A formação do educador na sociedade contemporânea”; “A arte e a poesia enquanto campo de conhecimento”; “Ler e produzir obras literárias: prazeres vitais para o mundo humano.” Assim, a intenção inicial era analisar um quantitativo maior de dados acerca da produção científica do Curso de Mestrado em Educação da UFMA, mas considerando que neste momento o prédio onde funciona o referido Curso encontra-se em reforma e muitos
documentos estão guardados em outros locais, poucos puderam ser disponibilizados, mas contou-se também com dados fornecidos (em entrevista) pela Coordenação do Mestrado. No entanto, acredita-se que as argumentações levantadas deixam claras as dificuldades enfrentadas e as superações já consolidadas, embora haja ainda a necessidade de muito empenho na remoção de outras tantas barreiras, a exemplo do esclarecimento constante no Relatório da CAPES (2007), acerca das três fases (já referidas) na existência do Curso do Mestrado em Educação da UFMA, em 21 anos de existência, que em síntese compreende: A primeira, que vai em 1988 a 1991 - suspensão das atividades do Mestrado em 1991; a segunda (1995– 2001) - processo de reestruturação do Curso e recomendação pela CAPES e o seu reconhecimento pelo CNE em março de 2001 e a terceira fase de 2001 aos dias atuais que tem como marco o credenciamento do Mestrado em Educação e se caracteriza como um processo de busca de consolidação do Curso. Outro exemplo da dinâmica e empenho no processo de consolidação do curso constante também no Relatório CAPES (2007), retrata: “[...] ficou acertado entre os docentes um mínimo de 2 publicações qualificadas por ano. Também está previsto a publicação de pelo menos 3 livros para o triênio a serem organizados pelo Programa”. Uma barreira observada nos relatos das atividades do Mestrado diz respeito a recursos financeiros, pois apesar dos financiamentos de projetos existentes, esse quantitativo não corresponde ainda à demanda do Curso. Por tudo isso fica registrado nestas reflexões o exemplo da luta que os educadores de localidades mais desprovidas de condições objetivas, que resultam também em desfavorecimento de condições subjetivas, têm que empreender no sentido da superação da sua exclusão e firmar a sua inclusão no quadro de autores que extrapolem o seu entorno e projetem as suas contribuições para o mundo. E, finalmente, indicar como ponto nevrálgico destas argumentações para outras análises de educadores, educadoras, educandos e educandas, a compreensão de que a sala de aula se constitui locus privilegiado para processos emancipatórios e devem, por isso mesmo, adotar, no seu cotidiano pedagógico (em qualquer nível de ensino), a pesquisa como princípio prático-educativo imprescindível.
REFERÊNCIAS ADLER, Dilercy Aragão. A propósito da contradição no seio da escola. CEUMA perspectivas. v. 1, n 2, p 27-34, julho 1997. ______. O Caráter histórico-social da produção do conhecimento científico. CEUMA perspectivas: Brasil 500 anos ISSN-1415-3060, Ano 4, v. 4 - São Luís-MA/ 2000. ANDRÉ, Marli. Pesquisa em educação: buscando rigor e qualidade. Caderno de Pesquisa, n. 113, p. 51-64, julho 2001. DEMO, Pedro. Pesquisa : Princípio científico e educativo. São Paulo: Cortez, 2003. QUINTERO, Carmen Simón. Los problemas dociales de la ciencia. Cuba:Mimeo, 1997. UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO. PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO (PPGE/UFMA) . RELATÓRIO CAPES. Mimeo, 2007. ______. Relação dos mestres formados . Mimeo, 2007. ______. Produção bibliográfica do corpo docente do mestrado em educação no biênio 2005-2006. Mimeo, 2007.
COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO “O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI” São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009
CÉLULAS-TRONCO E A MEDICINA DO SÉCULO XXI AYMORÉ DE CASTRO ALVIM Ao longo da presente década, tem se testemunhado vários avanços no campo das ciências médicas, principalmente, nas áreas de diagnóstico e tratamento. As experiências bem sucedidas que vêm sendo implementadas com o uso de célulastronco, não obstante as controvérsias de ordem ética, moral, religiosa, jurídica e política, sinalizam uma verdadeira revolução na arte de curar para o presente século. Talvez, por isso, tais pesquisas vêm criando muitas expectativas não só para os cientistas que esperam conseguir resultados mais consistentes, no campo da terapia celular, como também para aqueles em cuja família haja um portador ou mesmo aos portadores de patologias ou deficiências que aguardam por uma solução para o seu problema. O isolamento que vem sendo processado de várias linhagens dessas células, nesse período, tem permitido constatar a capacidade das mesmas para substituir células mortas ou restaurar funções de tecidos danificados. Assim, tudo leva a crer que, no século presente, a Ciência, resguardados os limites do respeito à dignidade humana em todos os estágios de desenvolvimento do indivíduo, colocará à disposição da humanidade um arsenal terapêutico de elevada confiabilidade onde os paraefeitos e as rejeições teciduais sejam ocorrências do passado. Após estas considerações, pergunta-se: que são células-tronco? São células primitivas, indiferenciadas, encontradas em tecidos embrionários e extraembrionários que podem dar origem a quaisquer tecidos do organismo. São chamadas embrionárias quando encontradas no embrião e extra-embrionárias ou adultas se presentes em tecidos ou órgãos onde executam funções de auto-renovação e remodelação tecidual. Tal plasticidade ou poder de diferenciação, que não se apresenta com o mesmo espectro em todas essas células, justifica a classificação das mesmas em totipotentes, pluripotentes e multipotentes. As primeiras são as que procedem das divisões iniciais do ovo ou zigoto. São células com potencial para formar o embrião e seus anexos: placenta, cordão umbilical, bolsa amniótica e córion. Em laboratório, podem permanecer indiferenciadas e manter a sua capacidade proliferativa. As Pluripotentes são as células derivadas das anteriores que, entre o quarto e sexto dias após a fecundação, estão presentes, no maciço celular do blastocisto. Podem dar origem a um organismo mas já não têm competência para formar a placenta e seus anexos. Estas células são as preferidas pelos cientistas devido ao seu elevado poder de diferenciação. Em alguns paises como no Brasil, tais preferências têm enfrentado restrições impostas pela ética médica e princípios religiosos contrários à destruição de embriões, mesmo os ditos descartáveis em clínicas de infertilidade. Para sustentar tais opiniões, os defensores evocam o Código de Nuremberg que estabelece normas para o desenvolvimento de experiências com seres humanos. Negar, então, que um embrião mesmo em seus momentos iniciais de evolução não deva ser considerado um ser humano, será, então, o que? O embrião humano é uma pessoa, nos estágios iniciais da sua formação. Por fim, há as Multipotentes. Embora com capacidade de diferenciação inferior às anteriores, são as células que vêm sendo mais utilidades, nas experiências com células-tronco. Se induzidas, podem sofrer diferenciação em outros tipos de tecidos embora tal mecanismo
ainda necessite de ajustes. Contornam os problemas éticos e os resultados vêm sendo promissores. Estas células, mesmo em pequena quantidade, estão presentes em diferentes tecidos do organismo como sangue periférico, medula óssea, cordão umbilical, tecido nervoso central, fígado, dentre outros, exercendo específicas funções. Alguns grupos de pesquisadores, mesmo nacionais, já apresentam uma lista considerável de resultados satisfatórios em lesões de medula, infartos cardíacos, doença de Parkinson, Alzheimer, queimaduras, diabetes melitus tipo I só para citar algumas de maior importância. Uma outra descoberta que marcou o final do século passado e tem suscitado auspiciosos resultados com os ensaios conduzidos para fins terapêuticos é a Clonagem celular também referida como reprogramação celular. As experiências com clonagem nos remetem ao ano de 1938 quando Hans Spemann questionava: “o núcleo de uma célula totalmente diferenciada seria capaz de gerar um indivíduo adulto normal, se transplantado para um óvulo enucleado?”. A primeira experiência concreta ocorreu com a clonagem da ovelha Dolly por Ian Wilmut e colaboradores. A partir de então, passou a Ciência a desenvolver dois tipos de clonagem. A Reprodutiva que é processada pela introdução do núcleo retirado de uma célula diferenciada em um óvulo sem núcleo e, a seguir, implantado em um útero de aluguel. Este tipo de clonagem com células humanas é altamente perigoso e antiético pelos resultados que poderão advir. O segundo tipo é o da Clonagem terapêutica que segue a mesma metodologia da anterior, dela diferindo por não haver implantação uterina. As células obtidas desse embrião híbrido que detém o mesmo potencial das células-tronco serão processadas em laboratório onde receberão os necessários estímulos para se diferenciarem em tipos celulares ou teciduais de reposição que vira propiciar a cura de muitos males incapacitantes ou de natureza crônicodegenerativa. Finalmente, um último esforço vem sendo desenvolvido por um grupo de pesquisadores, nesta década: produzir células-tronco a partir de células da pele humana como, por exemplo, os fibroblastos. Os primeiros resultados apontam para um futuro onde, provavelmente, estas células poderão desviar das células embrionárias o foco de interesse de alguns cientistas em face dos promissores benefícios esperados. Mas ainda falta muito para os ajustes necessários à sua obtenção. O importante, porém, é o que até agora foi conquistado porque servirá de válida experiência que balizará outras conquistas para o bem-estar da humanidade, desde que a morte de uns, em qualquer estágio do seu desenvolvimento, não seja usada em detrimento da preservação da vida de outros.
COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO “O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI” São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009
ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Sócio efetivo - Cadeira 40 INTRODUÇÃO O Atlas do Esporte no Brasil é um livro que apresenta os resultados de uma das maiores pesquisas sobre esporte até hoje feitas no mundo: cerca de 410 colaboradores qualificados e 17 editores, trabalharam voluntariamente durante dois anos, levantando memória (passado) e inventário (presente) de diferentes facetas do esporte e de atividades físicas congêneres, cobrindo todo o Brasil. A obra é multidisciplinar, com seus capítulos apresentados em língua portuguesa (textos completos) e inglesa (resumos e textos complementares), prestando-se a atingir os seguintes públicos: parlamentares e órgãos governamentais; mídia; lideranças e profissionais do esporte, Educação Física, lazer e atividades físicas para saúde; clubes e instituições diversas relacionadas ao esporte; Instituições de Ensino Superior, pesquisadores, professores e alunos no Brasil e no exterior; entidades e autoridades do exterior; e apreciadores dos esportes em geral de qualquer país. A intenção original admitida formal e publicamente foi a de levantar fatos de memória e de inventariar condições presentes de ocorrências de atividades físicas no Brasil, quer como práticas esportivas e/ou de Educação Física, quer como atividades físicas voltadas para a saúde e/ou lazer de seus praticantes, constituindo um conjunto de dados espaciais (mapas) e/ou de dados quantitativos (tabelas e quadros) e qualitativos (textos descritivos e analíticos resumidos), com algumas interpretações que possam render significados setoriais, regionais e nacionais. Contudo, o objetivo operacional principal que animou o surgimento ao Atlas foi o de preparar uma base de informações qualitativas e quantitativas que possa dar sustentação e regularidade a futuros envolvimentos do IBGE com estatísticas no tema das atividades físicas e esportivas, em modo semelhante aos demais setores de importância econômica e sóciocultural do país. Em outras palavras, diante da carência de dados sobre atividades físicas e do crescimento da importância desta área de atividades na economia nacional, criou-se um meio de esclarecimento público – representado pelo Atlas – para sensibilizar o governo, as próprias iniciativas esportivas e os diferentes profissionais nelas participantes, quanto à necessidade de geração de dados para um direcionamento racional da área como um todo e em suas partes. A liderança desta mobilização foi assumida por Lamartine DaCosta, autor na década de 1970 do “Diagnóstico da Educação Física e Desportos no Brasil”, obra publicada pelo Ministério do Planejamento, que não teve continuidade em âmbito governamental mas que já indicava em sua época um grande potencial da área. O “Atlas do Esporte no Brasil” baseia-se em modelo ou tendência de estudos. Existem “Atlas” ou estudos importantes sobre atividades esportivas em perspectiva espacial, nos EUA, França, Cuba e Portugal, porém são obras com pontos de vista particulares embora em escala nacional.
Assim, os Atlas do Esporte de Cuba e de Portugal são levantamentos de acervo e catálogo, enfocando disponibilidade de instalações e alguns outros meios para práticas populares e treinamento esportivo avançado. Já os dos EUA e da França têm sentido histórico e enciclopédico, ao estilo de conhecimento geral e diletante, como se encontra, por exemplo, nos guias turísticos. A opção do Atlas brasileiro é de ordem científica, de diagnóstico em primeira abordagem, de reconhecimento preliminar, abrangendo um país inteiro e as diferentes manifestações esportivas em conjunto com as atividades que lhes dão suporte, tais como os grandes sistemas de entidades esportivas e atividades congêneres (ACM, SESI, COB, CONFEF, FENABB etc), capacidade científica instalada no país, formação profissional etc. Na inclusão dos suportes à prática esportiva e de atividades físicas em geral, reside o diferencial do Atlas brasileiro em face ao objetivo principal de levantar significados econômicos do esporte, algo não atendido pelas publicações similares estrangeiras. ORIGEM e DEFINIÇÕES 52 ATLAS Sistema de Informações e Gestão em Esporte e Atividades Físicas: Oferta pública de informações produzidas por voluntários, abrangendo atividades físicas esportivas, de educação física, de saúde e de lazer, usando a Internet como meio de acesso principal e outros meios eletrônicos (CD, DVD etc.) que possam ampliar a oferta de conhecimentos e facilitar a gestão de empreendimentos nas atividades descritas e analisadas. O objetivo principal das descrições e análises do Atlas é observar os significados econômicos e sócio-culturais do esporte em suas diferentes manifestações no Brasil. “Atlas do Esporte, Educação Física e Atividades Físicas de Lazer e Saúde no Brasil” (2005): Livro que atua como ponto de partida e modelo experimental do Sistema ATLAS de Informações Esportivas, produzido por 410 autores voluntários e 19 editores (14 voluntários), abrangendo três centenas de temas relacionados com as atividades físicas em suas diversas modalidades de prática, de gestão em esporte e de produção de conhecimento. Esta publicação em papel está próximo ao limite do formato livro com 924 páginas tamanho duplo, com 4,8 kg de peso, indicando a necessidade de desenvolvimentos futuros por meios eletrônicos ou por livro de partes selecionadas do Sistema ou dos Atlas de Estados, regiões e cidades. (ver www.atlasesportebrasil.org.br “Perguntas mais freqüentes”) Atlas Estadual:53 Versão reduzida e complementar do Atlas nacional de 2005 (dados de 2003/2004) que focaliza um Estado em particular, reunindo basicamente capítulos dedicados a municípios com maiores detalhes do que o Atlas nacional, com adição de capítulos com temas de maior significado para o Estado em foco, seja específico ou de readaptação/atualização local de temas já encontrados no nacional. Estes Atlas se organizam em princípio para uso em
52 Em correspondência eletrônica o Prof. Dr. Lamartine Pereira Da Costa enviou-me os “PADRÕES PARA A ELABORAÇÃO DOS ATLAS ESTADUAIS, DE REGIÕES E CIDADES”, 3ª. Versão (de 22 de agosto de 2005), propostas por: Lamartine DaCosta, Heloisa Nogueira e Evlen Bispo. 53 De acordo com os proponentes, os padrões para elaboração do Atlas Estadual seguem o do “Atlas do Esporte do Brasil” na versão nacional, livro lançado em dezembro de 2004 e datado para publicação em 2005. As adições e reformulações ora propostas estão estipuladas de modo a atender à elaboração dos Atlas de Estados, regiões e cidades do Brasil, como também dar formato básico ao ATLAS - Sistema de Informações e Gestão em Esporte e Atividades Físicas composto de vários segmentos e caracterizações.
formatos eletrônicos, porém poderão ter versão em papel de acordo com interesses e possibilidades locais. Atlas regional e de cidades: Versões que seguem os padrões dos Atlas estaduais, mas focalizam partes de determinado Estado. FreeAtlas: Processo de gestão de pesquisa científica exercida basicamente com voluntários cujos resultados são de domínio público e impedidos de uso para obtenção de lucro (patentes freeware internacionais requeridas). Este processo de gestão foi gerado a partir do projeto Atlas em rotinas, formatos e programas planejados e testados inicialmente no Brasil e por autores brasileiros. O FreeAtlas inspirou-se no software Linux quanto ao seu desenvolvimento contínuo por voluntários, distinguindo-se entretanto por ter objetivos de geração autônoma de conhecimento, deixando os seus produtores livre de pressões institucionais e imposições ideológicas e acadêmicas. Sendo uma ferramenta de gestão com responsabilidade social, o FreeAtlas segue o princípio ético da participação voluntária visando a benefícios coletivos e da remuneração justa no trabalho para entidades privadas e governamentais. Para a elaboração dos Atlas regionais não há necessidade de se usar inicialmente os roteiros do FreeAtlas em face as orientações simplificadas e práticas que formam os presentes padrões. O Atlas é um documento de memória (registros descritivos e datados) e não de história (processo de interpretação sob forma de narrativa com base temporal). Daí não caber digressões nem análises pormenorizadas. Ou seja: trabalha-se com marcos histórico, mas não se faz história. O Atlas, em resumo, oferece base para o trabalho de historiadores embora seja focado para a gestão do esporte e atividades similares. Há que então reduzir ou evitar juízos de valor do autor (es) sobre o tema enfocado, isto é, comentários de que algo é bom ou mau no presente ou para o futuro contextualizado do tema. Outra abordagem a evitar é a de criticas ou denúncias diretas a pessoas ou instituições, que não são próprias de um banco de dados com registros a serem interpretados por terceiros com interesses múltiplos e que está proposto para contínua revisão de dados. A base de conteúdo de cada capítulo é a ordem cronológica dos fatos descritos começando por referência ao ano (s) do acontecimento, a décadas se o período focalizado é mais longo, ou até mesmo século(s) em casos excepcionais. Não se usa hífen depois da data na abertura de cada fato examinado: ano, década e século são subtítulos no Atlas. O padrão geral de formato dos capítulos sugere uma listagem cronológica de fatos relevantes que tiveram conseqüências no desenvolvimento (crescimento, mudança de direção, estagnação e/ou retrocesso) do esporte ou da manifestação relacionada à educação física ou atividade física de saúde e/ou lazer. O parágrafo inicial de cada capitulo também é padrão, levando o título de "Origem(s) e Definição (ões)" ou Definições primeiro e depois Origens. Se aceita também a separação entre "Origem" e "Definição", pois às vezes há maior clareza quando há dois enfoques. Ao final da ordem cronológica temos "Situação Atual" que não deve ser conclusão. O Atlas não trabalha com conclusões, mas, sobretudo com tendências. Em síntese, "Situação Atual" refere-se a um conjunto de dados que oferece uma idéia de como se desenvolve presentemente o tema examinado no capítulo. Em certos casos é tolerável uma pequena interpretação dos dados destacados, ou alguma crítica que possa explicar uma determinada
situação. Não se pode priorizar, entretanto a crítica porque os capítulos devem ser bem mais descritivos do que analíticos, dando pouca margem a interpretações pormenorizadas. Em termos do modelo Atlas para orientação de conteúdos, a crítica não é própria porque se lida com um banco de dados de amplo acesso e consultas variadas. O Atlas, assim sendo, oferece bases para críticas, mas evita aprofundamentos críticos, não se tratando de um espaço de discussão acadêmica, política, religiosa ou ideológica. Contudo, a margem válida de interpretações dos autores incide sobre etapas selecionadas do desenvolvimento no tempo do esporte, atividade ou área de saber ou de suporte de atividades físicas. Este tipo de analise deve ser bem resumida e bem objetiva, posta no texto com titulo de parágrafo "Décadas de tal a tal - Interpretações" ou mesmo "Interpretações das décadas de tal a tal", se assim for opção do autor (es). O Atlas não é diagnóstico nem plano, portanto não cabem nos capítulos sugestões ou projeções para o futuro. As abordagens projetivas são responsabilidades das pessoas que consultam o Atlas para trabalhos diversos. Porém, algumas interpretações trazem à luz evidências e tendências, e estas, se resumidas, podem ser mantidas uma vez que se referem a interpretações do desenvolvimento. Nesta opção de roteiro de redação não se deve eliminar dados numéricos mesmo que aparentem inconsistência, pois estes constituem um dos objetivos principais do Atlas (base para estudos econômicos na área esportiva). Assim, aceitam-se estimativas rotulando-as sempre como provisórias. Note-se que todos os dados são submetidos a cruzamentos e revisão continuamente nas diferentes versões do Atlas, o que oferece segurança no trato quantitativo dos temas. As revisões e atualizações deverão progressivamente melhorar a base de dados, tendo a versão livro de 2005 uma função demarcadora. Comentários sobre o grau de fidedignidade de certos dados são pertinentes, sobretudo quando são provenientes de fonte confiável (geralmente especializada e identificada) e há condições de se verificar o modo de coleta, organização e/ou tratos estatísticos. Cada capítulo ou Box, por padrão, termina com o subtítulo “Fontes”, excetuados aqueles que constituem experiência pessoal, descrição direta ou levantamento e pesquisa presencial produzidos pelo(s) autor (es) do texto (levantamento de academias ou clubes em determinado município, por exemplo). Como o Atlas é um repositório de memória em contínua revisão, as fontes incluem testemunhos pessoais e indícios em objetos, edifícios, monumentos etc., além de documentos, jornais, livros e outros meios de fidedignidade mais evidentes. As fontes são relacionadas nos capítulos por qualquer meio de referenciação ou normatização, sugerindo-se, entretanto sempre que possível seguir os padrões ABNT (nacional) e o APA (internacional). As fontes de testemunhos pessoais são relacionadas pelo(s) nome(s) do(s) informante(s) e data da obtenção da informação. A referenciação dos Atlas regionalizados como unidade de publicação (site, livro, CD etc.), entretanto, deve seguir a ABNT e a APA, tendo seus editores ou organizadores citados em conjunto com o título “Atlas do Esporte no Rio Grande do Sul” (assumindo-se o exemplo do primeiro Estado a produzir uma versão local). Padrões do Atlas: Referências gerais ou específicas para elaboração de contribuições para o Sistema Atlas, sujeitas a reformulações sucessivas de acordo com necessidades surgidas na editoração das informações, nos procedimentos de programação visual e nos ajustes à mídia de cada versão em preparo (formatos e softwares). Dados do Atlas: Informações produzidas por fonte identificada que são re-elaboradas em forma, mantidas no seu conteúdo e verificadas sempre que necessário, e possível pelo Sistema Atlas. O propósito
básico é de coletar e expor informações como memória e para uso seletivo de interessados, constituindo basicamente um meio de gestão. Direitos autorais: O Sistema Atlas tem como marcos conceitual a legislação em vigor no Brasil sobre direitos autorais e sobre a atuação de voluntários conforme descrito no Atlas livro, versão 2005, página 6. Cevatlas: Lista de discussão do Centro Esportivo Virtual - CEV (visitar em www.cev.org.br) que opera como ponto de encontro dos participantes e dos interessados no ATLAS - Sistema de Informações e Gestão em Esporte e Atividades Físicas, cuja primeira manifestação foi o livro “Atlas do Esporte no Brasil” e que na fase atual se desdobra em outras mídias e diversos segmentos de localização geográfica, memória e temas de abordagem. A inscrição no Cevatlas é feita via http://listas.cev.org.br/mailman/listinfo/cevatlas Esporte: Expressão genérica, eventualmente completada com palavras de significados congêneres – em especial das áreas de lazer, saúde e educação física -, usada no Sistema Atlas como síntese das atividades físicas praticadas como manifestação pessoal, grupal e comunitária, ou como promoção de instituições privadas e públicas. Por padrão, esta expressão adota a grafia mais comum de ser encontrada no Brasil: “esporte” (sem o “d” da palavra “desporto”). TEMAS Em linhas gerais, os temas abordados pelos Atlas estaduais, regionais e de cidades são os mesmos do Atlas nacional, edição 2005, porém respeitando-se a especificidade local está prevista a adição de novos temas nestas novas versões do Atlas no caso de existir informações suficientes para um capítulo próprio. Como a base dos Atlas estadual é constituída de municípios, as informações sobre determinada atividade / esporte ou meio de geração de conhecimento (Ensino Superior de Educação Física, associações científicas, áreas de saber etc.) podem ser alocadas nos municípios onde acontecem se não houver condições de se organizar um capítulo próprio. Inovações locais na prática de esportes, invenções de equipamentos e protocolos, biografias de atletas de renome regional, história de cursos locais de formação em educação física, memória de clubes e de entidades esportivas, e outras formas de resgate da identidade local esportiva são exemplos a realçar para a pauta de trabalhos de um Atlas regionalizado. CAPÍTULOS A unidade básica dos Atlas de Estado, região ou cidade, é o ‘capítulo’ tal como acontece no Atlas nacional em livro, cujo conteúdo é mantido na versão na Internet que dá formato básico ao Sistema ATLAS. Porém, ao contrário do Atlas nacional que se regulou por tamanho padrão (10.500 – 10.700 caracteres contando espaços), os seus desdobramentos seguintes poderão ser maiores ou menores. Tanto a expansão como e a redução apóiam-se na experiência do projeto Atlas original pelo qual se demonstrou a existência de alguns temas cujo tamanho padrão limitava ou excedia em demasia sua compreensão; outro motivo prendese ao fato de que na Internet não há limitações de tamanhos de texto como no formato livro. Assim, o capítulo nos Atlas regionalizado possui tamanho variado dependendo da existência de conteúdo e disponibilidade de autoria e editoração. E o padrão, nestas circunstâncias, é ditado por um texto mínimo que possa dar validade à criação de um capítulo e atribuir importância ao tema focalizado, ou seja: 10.500 caracteres contando espaços. Os
complementos de cada capítulo adotam o formato Box (caixa) e podem se desdobrar na medida em que surjam atualizações e reajustes. A disposição dos capítulos em seções temáticas tal como encontrada no Atlas nacional, pode ser seguida nas versões regionalizadas, contudo a especificidade de cada Estado, região ou cidade, indica a pertinência de flexibilidade nestes temas e da adoção do município como base. Nestes termos, por padrão, a seção principal do Atlas de cada Estado e de região, inclui todos os municípios pesquisados (cada município, um capítulo), numa composição similar às seções “Lazer – Cidades e Regiões” encontradas no Atlas nacional de 2005. Os capítulos relacionados a municípios incluem dados sobre clubes, instalações esportivas, academias, locais para atividades físicas de lazer e de saúde, registros históricos sobre atividades e instituições esportivas e de lazer locais, levantamentos e estimativas de número de participantes, faculdades de educação física e outras circunstâncias também mapeadas na seção “Lazer – Cidades e Regiões” do Atlas nacional. Além de documentos e registros, os dados coletados serão aqueles disponíveis no município ou estimados por dirigentes, líderes, técnicos, professores, atletas veteranos e outras pessoas com experiência de vida no esporte e lazer locais. Para auxiliar esta pretendida coleta, um dos futuros documentos de padrões será orientado como roteiro para obtenção de dados no município (Base: estudos de Antônio Carlos Bramante – SP e Ademir Muller – RS). A única ilustração permitida em cada capítulo é o mapa do município, da cidade ou da região focalizada em seus vários municípios, consolidando padrão já adotado no Atlas nacional. Por sua vez, as fotos e figuras coletadas serão incluídas numa seção final à parte, denominada de “Quem fez acontecer – Fotos e figuras” (ver seção original no Atlas nacional), que no Sistema Atlas via Internet aglutinarão as fotos e figuras por Estado, destacando-se regiões e cidades quando apropriado. A prioridade absoluta, neste caso, pertence a fotos e figuras de mais de 50 anos na temática esportiva, de educação física, lazer e saúde, que constituem os registros de maior possibilidade de perda na atualidade. CENÁRIO DE BASES GEOGRÁFICAS DO ESPORTE E ATIVIDADES FÍSICAS: MARANHÃO54 Definições A definição das bases geográficas do esporte e atividades físicas consiste essencialmente no estudo de suas dimensões espaciais quer de competição, lazer ou saúde, que requerem localização apropriada de acordo com tradições, necessidades, princípios e aspirações de cada tipo de prática, como também o exame dos condicionantes físicos e humanos que regem a distribuição das práticas sociais e sua interação com o meio (ver capítulo “Geografia do Esporte” no Atlas). Assim sendo, este Cenário está proposto para examinar os dados em exposição neste Atlas segundo um quadro básico de análise geográfica. Esta disposição preliminar consiste na análise resumida dos capítulos anteriores desta obra, seguindo os seguintes tópicos: (1) Quadro natural e ecologismo; (2) Ocupação do Território e dinâmica espacial; (3) Aspectos demográficos; e (4) Urbanização e Infraestrutura. Esta apreciação, em síntese, está elaborada por tendências gerais na perspectiva de futuros planejamentos urbano e regional com zoneamento esportivo, definindo áreas com suas potencialidades e carências específicas. 54 IN Gilmar Mascarenhas. in DaCOSTA, Lamartine (Org.). Atlas do Esporte no Brasil. Rio de Janeiro: CONFEF, 2006, 21.30.
1 – QUADRO NATURAL E ECOLOGISMO 1.1 - o Brasil conta com o fator tropicalidade a favorecer amplamente as práticas ao ar livre, prevalecendo amenidades climáticas o ano inteiro. Considerando-se que poucas modalidades esportivas dependem de situações indoor no país, o Brasil se apresenta como país de vasto potencial esportivo, apenas explorado em larga escala como recreação. Campos de futebol se disseminam por todo o espaço habitado, mesmo nas mais remotas localidades, e é elevado o uso de bicicletas no país. A tropicalidade favorece mesmo a natação, modalidade e prática recreativa na qual o Brasil se destaca mundialmente em desempenho e amplitude de praticantes. 1.2 – O vasto litoral (8.500 quilômetros – no Maranhão, são 640 quilômetros, contando linearmente as “entrâncias”, que se ‘esticadas’, estendem-se por mais de 1.100 quilômetros), conjugado à tropicalidade, permite o pleno desenvolvimento dos esportes náuticos a motor, vela, de praia, mar e ar em toda a sua extensão. Destaca-se como exemplo o vôlei de praia, o surf e o beach soccer; tem projeção em bodyboard e jet ski; e modalidades muito recentes como outrigger (canoagem oceânica) se encontram em plena expansão. Já no capítulo “Esporte de praia” descreve-se a existência de uma “cultura de praia” no Brasil, que se expressa basicamente por meio de esportes e atividades físicas recreativas em suas essências. 1.3 – A diversidade de meios morfo-climático-botânicos, associada à baixa densidade demográfica, oferece uma variedade de recursos naturais e paisagísticos, com várias opções/vocações de uso em modalidades radicais e de aventura, como o off-road (o Rally Internacional dos Sertões e nossos pilotos têm projeção internacional), o trekking e práticas afins (desfrutando do relevo suavemente ondulado e da vastidão de espaços verdes), o rapel etc., todos em plena expansão de participantes e com boas perspectivas mercadológicas. 1.4 – O grande volume de águas fluviais, associado ao relevo, propicia a larga existência de corredeiras, ideal para esportes de aventura conjugados ao turismo ecológico, como rafting, bóia cross e acquaride (criado no Brasil), todos com grande expansão recente. Notar que o mapa de opções de turismo esportivo situa-se entre os de maior cobertura territorial entre todos os mapas apresentados no Atlas. Já os rios apreciados isoladamente favorecem a pesca artesanal – que se confunde com a esportiva no Brasil – propiciando a existência de 25 milhões de pescadores ocasionais no Brasil. Além deste uso esportivo-utilitário, em alguns rios de grande porte do Pará e do Maranhão, deram-se início à prática do “surfe da pororoca” como inovação local e produto da variedade fluvial brasileira. 1.5 – O ecologismo, em âmbito mundial, apresenta grande crescimento nas últimas décadas, e vem suscitando a adesão maciça aos esportes de aventura, em busca do contato direto com a natureza em estado preservado. Todavia, considerando-se no Brasil a vulnerabilidade do meio ambiente, o insatisfatório grau de consciência ecológica e, sobretudo a “incerteza territorial” destas novas práticas a dificultar sobejamente seu monitoramento, sua expansão coloca em risco a natureza, não obstante os esforços recentes das organizações em evitá-lo. Esta feição negativa de certos esportes ganha importância no Brasil pela adesão manifesta aos rallies automobilísticos (ver Capítulos “Automobilismo” e “Off road” no Atlas) conhecidos como anti-ecológicos, mas com compensações relacionadas aos esportes “amigos da natureza” como a vela e os radicais que não usam impulsão a motor (ver Da Costa, Environment and Sport, University of Porto-IOC, 1997).
2 – OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO E DINÂMICA ESPACIAL 2.1 – O processo de colonização, face à imensidão do território, a precariedade de recursos e a natureza agro-exportadora da empresa colonial, imprimiu ao Brasil um caráter de elevada maritimidade, sendo os portos as principais cidades do país. Por eles penetravam as ordens e modismos metropolitanos, dentre eles as inovações esportivas, no final do século XIX. Os clusters de São Luís, Belém, Rio Grande-Pelotas, Rio de Janeiro, Niterói e Santos, atestam a importância dos portos no processo de adoção da prática esportiva, como se pode verificar nos capítulos correspondentes a estes pólos de desenvolvimento esportivo (ver seção “Clusters esportivos”). 2.2 – A precariedade da rede de comunicações no interior do vasto território, conformando ao longo de séculos de colonização a tradicional “economia de arquipélago”, manteve grandes áreas sob isolamento e gerou assim certo regionalismo no Brasil. Este quadro propiciou a formação de culturas regionais por vezes persistentes, com seu universo particular de práticas lúdicas: a vaquejada, que não se rendeu ao moderno rodeio em toda a metade norte do país (ver “Rodeio” no Atlas); a herança da lida com cavalos na Campanha Gaúcha, que faz ainda hoje o RS o estado com maior número de hipódromos no Brasil, conforme descrito em “Turfe”, no Atlas. 2.3 – As conexões internacionais do território brasileiro – sobretudo através do imperialismo inglês, que favoreceu o contato com diversas modalidades esportivas pioneiras e de grande apelo popular à época (turfe, remo, ciclismo e futebol) –, seja através de investimentos britânicos no Brasil (ferrovias, fábricas, minas, infra-estrutura urbana), ou pelos imigrantes alemães, italianos, japoneses etc. Também contribuiu o envio de jovens aristocráticos a estudar na Europa, portadores no retorno ao Brasil das últimas e bem-vindas “novidades da civilização” (ver “Cluster de São Luis do Maranhão” no Atlas). Por fim, a presença de missionários religiosos, como maristas e jesuítas, cuja pedagogia incluía a prática esportiva, com atuação decisiva em pequenas localidades, não atingida pela influência britânica. A 8ª seção, que trata de clubes esportivos neste Atlas levanta a memória da influência inglesa no esporte brasileiro, como também de diversos grupos de imigrantes. A presença religiosa tem registros de memória em “Religião e esporte”, capítulo no Atlas. 2.4 – A política de integração do território nacional, apoiada pela burguesia industrial e efetivamente empreendida a partir do Estado Novo (1937-1945), permitiu a difusão por todo o território brasileiro de modalidades que se tornaram esportes nacionais, como o futebol, que antes havia encontrado resistências. A partir da década de 1930 com a difusão do rádio, e nas décadas seguintes (1960 e 1970) com a TV, os modernos meios de comunicação possibilitaram em âmbito nacional a adoção de diversas práticas esportivas (ver “Esporte e Mídia”), mesmo as de origem recente, como o bicicross, ou tradicionalmente reprimidas, como a capoeira. 3 – ASPECTOS DEMOGRÁFICOS 3.1 – A composição étnica da população brasileira revela uma experiência singular de miscigenação e aporte de contribuições culturais diversas. No plano lúdico e esportivo, esta característica se expressa na pluralidade de práticas, e explica, por exemplo, a área de incidência da bocha como jogo comunitário na vasta região que recebeu imigração italiana; o fato da região sul manter a maioria das associações esportivas (clubes) como herança da contribuição alemã, também responsável pelos clubes de tiro; a presença de jogos de origem indígena como a peteca, e tantos outros.
3.2 – A concentração demográfica persistente no Centro-Sul e litoral nordestino faz deste trecho o predominante em praticamente todos os mapas do Atlas. Todavia, os movimentos populacionais se dirigem para o Norte e Centro-Oeste, sugerindo uma tendência, lenta e gradual, de expansão de práticas esportivas e de atividades físicas nesta direção (ver os Cenários da presente seção). O mesmo se aplica as cidades com grande crescimento demográfico atual, como Florianópolis, cuja participação no panorama esportivo nacional vem aumentando sensivelmente. 3.3 – A estrutura da população brasileira aponta uma transição veloz na pirâmide etária. O envelhecimento gradual sugere, para as próximas décadas, mudanças substanciais de atitude na sociedade. Atividades saudáveis como natação, corridas a pé e caminhadas provavelmente seguirão sua expansão. Modalidades importantes do esporte de alta competição, que dependem do vigor da mocidade, como o futebol e o atletismo, verão muito reduzida sua taxa de adesão e conseqüentemente sua base de recrutamento de novos talentos. Estas previsões têm tendências factuais como se pode examinar no Atlas, no já citado “Cenário Geral de Esportes e Atividades Físicas de Saúde e de Lazer”. 4 – URBANIZAÇÃO E INFRA-ESTRUTURA 4.1 – A plena urbanização é um fenômeno recente no Brasil, país de tradição agrária, em que até meados do século XIX os esportes tinham pouca penetração na sociedade. Sendo as cidades um ambiente de encontro social e difusão de inovações, o alto índice de urbanização favorece a adoção de novos esportes, contribuindo para a recente pluralidade de práticas, que tipifica hoje a população brasileira, como se identifica em “Cenário Geral de Esportes e Atividades Físicas de Saúde e de Lazer”. Com raras exceções, lazer e esportes modernos aportaram no Brasil pelas cidades, e se difundiram pela rede urbana (ver “Clusters”). 4.2 – A cidade, por seu amplo mercado consumidor, permite a concentração de infra-estrutura e facilidades para a prática físicoesportiva (os equipamentos, instalações, escolas, academias, associações diversas, parques etc.) e a eventual formação de clusters, como em Rio Claro, Franca, Juiz de Fora e muitos outros. Com a perspectiva de continuidade de crescimento urbano, e, sobretudo de ampliação de instalações esportivas, instituições de ensino etc., a tendência natural é a da continuidade na expansão da prática esportiva e físico-recreativa no Brasil. 4.3 – A natureza caótica da urbanização brasileira e os interesses imobiliários suscitam na classe média a auto-segregação, e com ela a expansão de práticas esportivas menos populares como o squash e o boliche, que se concentram justamente em São Paulo e interior paulista (áreas afluentes), enquanto o ciclismo tradicional apresenta retração, associável ao sentimento de agorafobia. Promove também o grande crescimento de modalidades de aventura realizadas fora da cidade indesejada, junto à natureza. A expansão do uso do automóvel vem reduzindo a disponibilidade de espaços francos, comprometendo práticas populares, como o tradicional futebol varzeano, enquanto o futsal se expandiu de modo incomum nas últimas décadas, no bojo do crescimento das atividades indoor (ver “Clubes do Brasil” e “Futsal”).
ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO TEXTO 1 – Cada capítulo pode ser iniciado por “Definição(ões)” se a modalidade esportiva, atividade física, instituição, área de conhecimento, meio de intervenção etc. em foco, necessita ser delimitada além do conhecimento comum e circulante nos meios profissionais (futebol ou natação, por exemplo, não necessitam de maiores esclarecimentos). Descrição sucinta e objetiva é recomendada nesta abertura do texto. As atividades físicas e outros enfoques que estão em processo de diversificação ou mudança de seu sentido original necessitam de distinções em face às novas versões (Surfe, por exemplo). 2 – “Origem” é a abordagem seguinte, sempre obrigatória, com data e local no Rio Grande do Sul do ponto de partida da atividade ou tema correlato enfocado. Este item deve ser o primeiro do texto se não houver “Definição”. Se o ano de início não é disponível, delimitar período (década, início / meio / fim do século 19 ou 20). Nome(s) de pessoas e entidades geradoras dos fatos iniciais é também importante para menção. Condições peculiares da origem são pertinentes de citação ou mesmo de descrição resumida. 3 – Os demais parágrafos até o item “Situação Atual” são iniciados por ano, década ou período em décadas usando-se negrito (por exemplo: 1817, 1913, Década de 1920, Décadas 1860 – 1890). Estes parágrafos correspondem a uma cronologia de marcos históricos - em anos ou/e décadas, de acordo com o discernimento do(s) autor(es) no tema focalizado – ou períodos em que ocorreram mudanças com conseqüências discerníveis nos estágios seguintes de expansão, estagnação, retrocesso e outros impactos. Citação de líderes e pessoas vinculados aos marcos de referência é pertinente, inclusive quando relacionada ao próprio colaborador (caso de vários capítulos). 4 – As interpretações do autor(es) sobre sentido e natureza do desenvolvimento da(s) manifestação(ões) focalizada(s) em cada capítulo devem ser introduzidas em determinadas décadas ou anos definidos como marcos históricos. Observe-se que “desenvolvimento” tem vários modos de ser interpretado, mas a metodologia do mapping usada pelo Atlas é meramente descritiva no tempo e no espaço, focalizando-se alterações do entorno sóciocultural e econômico de uma região e/ou do próprio país. 5 – “Situação Atual” é o item que encerra o texto do capítulo sendo constituído por simples e resumidas descrições e alguns dados numéricos que dão fundamento às circunstâncias abordadas. Em adição a esta síntese final que contrasta o presente com o passado, uma conclusão sobre o atual estado de coisas no tema focalizado tem pertinência em termos de mapeamento. Sugere-se, neste caso, que a conclusão defina a direção que o desenvolvimento está tomando no tema estudado (desaparecimento, transformação, diversificação, crescimento, estagnação etc). Note-se, ainda, que um dos objetivos centrais do Atlas é delinear a importância econômica das atividades físicas e áreas correlatas no Rio Grande do Sul, sendo para isso necessário observar o sentido dos impactos, quando identificados. Nestas condições, número de participantes – mesmo estimado grosso modo – é um dado vital na quase totalidade dos temas abordados pelo Atlas. 6 – Os dados numéricos gerais devem constar na “Situação Atual” e os demais de maior detalhamento podem ser expostos no mapa, sempre que possível vinculando-os por ponto localizado a uma região do Rio Grande do Sul, cidade, portos, rios, etc. Estes dados demonstrativos de crescimento ou mudanças devem ser organizados em quadros de maior simplicidade e objetividade possível. 7 – Ao se dar indicações para a elaboração do mapa, quadros que transmitem evolução no tempo ou comparações entre regiões são recomendados como prioritários. Pequenas descrições de fatos importantes ocorridos, ou em processo podem ser incluídas por meio de um vínculo a uma determinada localização. Estas informações serão organizadas pelo programador gráfico do Atlas sob supervisão da Organizadora de acordo com indicações
do autor(es) de cada capitulo. Estas indicações devem ser enviadas à parte do texto, não sendo necessário remeter desenhos ou rascunhos. 8 – O resumo que será adicionado em cada capítulo será produzido pela Organizadora e/ou equipe designada para a tarefa, antecedendo a versão para o inglês, seguindo o padrão: origem, desenvolvimento caracterizado e localizado, e situação atual. O limite deste resumo é de 1000 caracteres (contando espaços). 9 – A identificação dos colaboradores em cada capítulo será unicamente pelo nome. Mas a última parte do Atlas apresentará por listagem em ordem alfabética todos estes autores com suas referências (tel., fax, e-mail, endereço postal), títulos (acadêmicos, ocupacionais etc) e biografia reduzida. Após o término de cada capítulo (versão final aprovada), cada colaborador receberá um roteiro padrão para preenchimento e devolução de acordo com instruções anexadas. 10 – Recomenda-se, finalmente, que o(s) autor(es) tenham em conta os públicos alvo do Atlas, o objetivo da obra e a metodologia escolhida, ao fazer(em) suas interpretações entre os marcos de desenvolvimento selecionados. Sendo mais um registro de memória do que de história, tanto quanto mais uma exposição descritiva do que uma análise de profundidade, solicita-se que reduzam ao mínimo os juízos de valor em suas abordagens. Como a perspectiva do Atlas é panorâmica incluindo múltiplas atividades e formas de intervenção profissional e voluntária, a opção de trabalho adotada é a do significado e proporções das atividades físicas no Rio Grande do Sul. Assim sendo, cada capítulo será um exercício de síntese delimitado por 10500 caracteres (contando espaços).
ESTRUTURA DO ATLAS O Atlas do Esporte, Educação Física, Atividades Físicas de Saúde e de Lazer está organizado em seções que se subdividem de acordo com o assunto. No decorrer dos trabalhos, outras seções e assuntos serão adicionados, conforme o interesse dos colaboradores RAÍZES Reúne abordagens de jogos e versões esportivas nativas do Brasil (tradições indígenas e também atividades de criação regional – Maranhão – ou aculturadas localmente de origens diversas): - JOGOS TRADICIONAIS INDÍGENAS - JOGOS TRADICIONAIS E BRINCADEIRAS INFANTIS - TAMBOR-DE-CRIOULO(A) – PUNGA DOS HOMENS TRADIÇÕES Formada pelos três esportes principais de origem nacional: - CAPOEIRA - PETECA - RODEIO CLUSTERS ESPORTIVOS Casos de cidades regiões que se tornaram pólos de influência sócio-econômica que deu surgimento a ma variedade de práticas esportivas e de lazer: -CLUSTER DE SÃO LUÍS SISTEMAS ESPORTIVOS - SESI – CAT SÃO LUIS - CAT CAXIAS (Atlas de Caxias) - CAT IMPERATRIZ – (Atlas de Imperatriz) - CAT BACABAL – (Atlas de Bacabal) - SESC SÃO LUIS CAXIAS (Atlas de Caxias) IMPERATRIZ – (Atlas de Imperatriz) BACABAL – (Atlas de Bacabal) - AABB SÃO LUIS CAXIAS (Atlas de Caxias) IMPERATRIZ – (Atlas de Imperatriz) BACABAL – (Atlas de Bacabal) - SESP CAXIAS (Atlas de Caxias) IMPERATRIZ – (Atlas de Imperatriz) BACABAL – (Atlas de Bacabal) - FUNDEL
MILITARES - EXÉRCITO 24º. BATALHÃO DE CAÇADORES 50º. BATALHÃO DE INFANTARIA DE SELVA (Atlas Imperatriz) TIRO DE GUERRA (Atlas Bacabal) TIRO DE GUERRA (Atlas Caxias) - POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO INFRA-ESTRUTURA Compõe-se de duas partes: a) RECURSOS HUMANOS E INSTALAÇÕES ESPORTIVAS - levantamento do Sistema CREF-5, seccional do Maranhão - profissionais em atividade em São Luís Bacabal Caxias Imperatriz - Instalações Esportivas - São Luís Bacabal Caxias Imperatriz b) ACADEMIAS E CLUBES - Academias de Ginástica e Condicionamento Físico - São Luís Bacabal Caxias Imperatriz - Clubes Esportivos e Recreativos - São Luís Bacabal Caxias Imperatriz - Instituições (formação profissional) ESPORTES OLÍMPICOS Esportes que fazem parte do programa dos Jogos Olímpicos - Esportes Hípicos - Ginástica – Federação de Ginástica - Ginástica Geral - Ginástica Artística - Ginástica Rítmica - Aeróbica Esportiva – - Natação - Masculina - Feminina - Natação Máster - Atletismo - Futebol - Futebol Feminino - Basquetebol - Vela
- Voleibol - Vôlei de Praia – - Tênis - Handebol - Tênis de Mesa - Ciclismo – - Montain Bike - Bicicross - Box - Judô - Tiro - Triathlon - Levantamento de Peso - Taekwondo – - Pentatlo Moderno OS ATLETAS Os Atletas Olímpicos ESPORTES NÃO OLÍMPICOS - Futsal – - Squash - Xadrez - Turfe - Leopoldo - Boliche - Halterofilismo - Automobilismo - Kart - Arrancada - Karatê - Jiu-Jitsu brasileiro - Kung-Fu – Wushu - Capoeiragem - Culturismo – musculação - Esporte Universitário ESPORTES RADICIAIS E DE AVENTURA - Surf - Bodyboard - Skate - Rally – Off Road - Prancha a Vela - Rafting - Rapel - Mergulho - Motociclismo - Trakking – Enduro/Rally a pé - Bike Trials ESPORTES DE PRAIA
AEROESPORTES - Ultraleve - Vôo Livre - Vôo a vela - Pára-quedismo - Aeromodelismo EDUCAÇÃO FÍSICA - Ensino Superior em Educação Física - UFMA - UEMA - São Luís - Caxias - Bacabal - UniCEUMA - Imperatriz - Escola Técnica Federal do Maranhão SAÚDE, LAZER E INCLUSÃO SOCIAL - Lazer Esportivo – SESP - Atividades Físicas na Empresa - Esporte e Inclusão Social (Portadores de Necessidades Especiais) CIÊNCIAS DO ESPORTE E EDUCAÇÃO FÍSICA - Fisiologia do Exercício - Medicina do Esporte - CBCE - Congressos e Eventos Científicos ASSOCIAÇÕES E MOVIMENTOS DE ABRANGÊNCIA ESTADUAL - APEFELMA - CBCE-MA MEGA-EVENTOS - JOGOS ESCOLARES MARANHENSES - RALLY DOS SERTÕES TENDÊNCIAS SOCIAIS E ECONÔMICAS FOTOS E IMAGENS CALABORADORES - CURRÍCULOS Atualmente, estão sendo trabalhados os seguintes capítulos: INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS RAIZES: Jogos Tradicionais Indígenas Corridas Natação Canoagem Jogos e Brincadeiras
Jogos dos Povos Indígenas JOGOS TRADICIONAIS E BRINCADEIRAS INFANTIS PUNGA DOS HOMENS/TAMBOR-DE-CRIOULO (A) TAMBOR-DE-CRIOULO (A), por Marco Aurélio Haickel TRADIÇÕES: CAPOEIRA/CAPOEIRAGEM NO MARANHÃO Em AÇAILÃNDIA Em BACABAL CLUSTER ESPORTIVO DE SÃO LUÍS DO MARANHÃO ATLETISMO Em DOM PEDRO Em BACABAL, por Hermano Rodrigues Santana Neto; Pedro Bruno Silva Viana Em GUIMARÃES, por Aldirene Monteiro Silva; Domingas de Jesus Fonseca Borges; Wilza Malheiros Silva. Em VITORINO FREIRE BASQUETEBOL DÉCADA DE 1970 EM DIANTE, por Carlos Roberto Tinoco Silva; Paulo Roberto Tinoco Silva; Reinaldo Conceição Cruz Em BACABAL, por Cláudia Lima Viana; Maria Benedita de Carvalho Em DOM PEDRO, por Artenísia Gomes Montel; Diana Rodrigues do Nascimento; Dirice de Sousa Mendes, Leide Francisca de Oliveira Em GUIMARÃES, por Antonia Maria Farias, Clarice Moreira Maciel, Denildes Teixeira França BILHAR BOLICHE CICLISMO ESGRIMA FUTEBOL FUTSAL GINÁSTICA GINÁSTICA ARTÍSTICA (OLIMPICA) GINÁSTICA RÍTMICA DESPORTIVA, por Djanete Mendonça; Célia Fontenele HALTEROFILISMO HANDEBOL JUI-JITSU BRASILEIRO JOGOS ESCOLARES JOGOS DIGITAIS E VIRTUAIS JOGOS UNIVERSITÁRIOS JORNALISMO ESPORTIVO E DE LAZER JUDÔ
KARATÊ LUTA ROMANA MILITARES NATAÇÃO Em BARRA DO CORDA por Leonardo Delgado PENTATLO MODERNO REMO SURF NA POROROCA TÊNIS TÊNIS DE CAMPO ou QUADRA – ATUALMENTE por Helton Mota Ferreira TIRO ESPORTIVO TURFE (HIPODRISMO) VOLEIBOL Em BACABAL, por Jose de Arimatéia Moura Soares, Marileide Sousa Nascimento Em DOM PEDRO, por Márcio Roney C. P. Barreto, Ângela Lemos, Conceição Noronha, Lucélia Cavalcante Em GUIMARÃES, por Andréa Cristina A. Louzeiro, Claudete Costa Ribeiro, Edilma de Jesus Abreu Soares, Neil Henrique Lemos Costa CIDADES: AÇAILÂNDIA BACABAL DOM PEDRO GUIMARÃES IMPERATRIZ PORTO FRANCO SÃO BENTO SÃO LUÍS SÃO LUÍS GONZAGA VITORINO FREIRE
CLUSTER ESPORTIVO DE SÃO LUÍS DO MARANHÃO Definição - Clusters Esportivos - Casos de cidades ou regiões que se tornaram pólos de influência sócio-econômica que deu surgimento a uma variedade de práticas esportivas e de lazer: São Luís do Maranhão 1612 fundada em 08 de setembro como uma colônia francesa – França Equinocial. 1616 retomada pelos portugueses 1621 o Maranhão é separado do Brasil, tornando-se um estado colonial respondendo diretamente a corte de Lisboa 1640/43 - invadida pelos holandeses no período 1644 novamente retomada pelos portugueses se constituiu a cabeça do Estado Colonial do Maranhão 1823 “anexada” ao Império Brasileiro. Desde então recebeu as denominações de “Manchester brasileira”; “Atenas brasileira”; “Jamaica brasileira”; e hoje, “apenas brasileira”. As manifestações do lúdico e do movimento têm seus primeiros registros ainda no período colonial. Promovidas pela Igreja, as festas se constituíam a única distração daquela gente brutalizada pelo abandono da Metrópole, a saber, além da procissão de “Corpus Cristhis”: a de São Sebastião, em janeiro; a do anjo Custódio, em julho; a da Senhora da Vitória, em novembro e a da restauração de El-Rei, em dezembro. 1679 JOGO DA ARGOLINHA - é a primeira manifestação esportiva encontrada em São Luís. Foi jogado quando da chegada do primeiro Bispo ao Maranhão. Nas festas promovidas, fizeram-se várias representações de encamisadas a cavalo55 jogando-se, as canas e o a argolinha56 1723 encontrou-se um opúsculo, de autoria do Padre jesuíta João Tavares intitulado “As recreações do Rio Munim do Maranhão”, escrito em 1724. Os jesuítas mantinham, em São Luís, nos arrabaldes da cidade – hoje Bairro da Madre Deus – uma “Casa de Instrução e Recreio”, destinada às recreações dos alunos do Colégio Máximo57. DÉCADA DE 1820 há registros de algumas manifestações de lazer, como as caminhadas, as cavalgadas, a caça, e atividades esportivas: Bilhar Francês - 1822 havia um instalado no Teatro União; em bares da cidade, têm-se notícias de vários; 1826 e entre os anos de 1838 e a Proclamação da República, freqüentado pelos alunos do Liceu Maranhense; o Café Richie, desde 1902 até seu fechamento mantinha mesas, onde se realizavam campeonatos e torneios; no Clube Euterpe, fundado em 1904 – e 55
As encamisadas constituíam-se, outrora, um cortejo carnavalesco que saía às segundas-feiras, com seus componentes vestidos de longas camisas e mascarados de branco, fazendo momices. Primitivamente foi ataque de guerreiro, onde os soldados punham camisas sobre as couraças como disfarce. Depois, mascarada noturna, com archotes. Tornou-se desfile, incluído nas festividades públicas". CÂMARA CASCUDO, 1972, p. 368 56 A argolinha é encontrada desde o século XV em Portugal e, de acordo com GRIFI (1989), a corrida dall'anello - corrida do arco - consistia de corrida a cavalo, lançado a galope, durante as quais os cavaleiros deviam enfiar a lança ou a espada em um arco suspenso. Vencia quem conseguia enfiar o maior número de arcos. Originária de antiquíssima justa, desde o século XVI que se corre a argolinha no Brasil. 57 Já em 1709, o Colégio do Maranhão era Colégio Máximo. Nesse colégio funcionavam as faculdades próprias dos antigos colégios da Companhia: Humanidades, Filosofia e Teologia, e, mais tarde, com graus acadêmicos, no chamado curso de Artes. O Colégio Máximo do Maranhão outorgava graus de Bacharel, Licenciado, Mestre e Doutor, como se praticava em Portugal e na Sicília, segundo os privilégios de Pio IV e Gregório XIII.
em outros clubes fundados após essa época - também eram instaladas mesas para sua prática; como no Fabril Atletic Clube – FAC – em 1907; ainda hoje é praticado nos clubes sociais da cidade; Jogo da Péla58 (1827) que daria origem ao law tennis – é praticado durante todo o século XIX; o law tennis aparece desde 1907, quando da fundação da FAC e de outros clubes da elite maranhense; ainda hoje o tênis é praticado nos clubes sociais; 1825 Em “O Censor”, edição de 24 de janeiro, Garcia de Abranches ao comentar o posicionamento político do Marques governante – Lord Cockrane – compara alguns portugueses com os desocupados do Rocio – em sua maioria caixeiros – que “pela sua péssima educação, muitos brancos da Europa são tão vis, e tão baixos, como esses mulatos que andam a espancar, a roubar e a matar, pelas ruas da Cidade...” (p. 12-13). Estaria o Censor referindo-se aos capoeiras? Dança – em 1829 é anunciada a primeira aula, pelo italiano Carlos Carmini; a partir de 1842, aparece nos programas das escolas particulares que se abriam na cidade; Capoeira - aparecem indícios de sua prática já em 1829, confirmada por notícia de jornal de 1835; em 1855 e anos seguintes, é proibida pela Polícia; no ano de 1874, aparece sua proibição no Código de Posturas da cidade de Turiaçú, identificada também com o nome de Carioca; em 1863, quando da inauguração da iluminação pública em São Luis, Josué Montelo registra em um romance que com os lampiões de gás altera-se a na vida da cidade com as ruas mais claras durante a noite: "Ninguém mais se queixou de ter caído numa vala por falta de luz. Nem recebeu o golpe de um capoeira na escuridão”, em 1877, aparece sob a forma de competição; outro autor, NASCIMENTO DE MORAES, em uma crônica que retrata os costumes e ambientes de São Luís em fins do século XIX e início do XX, publicada em 1915, utiliza o termo capoeiragem: “A polícia é mal vista por lá, a cabroiera dos outros também não é bem recebida e, assim, quando menos se espera, por causa de uma raparigota qualquer, que se faceira e requebra com indivíduo estranho ali, o rolo fecha, a capoeiragem se desenfreia e quem puder que se salve”. Cumpre ressaltar que a Capoeira praticada no Maranhão é “sui-generis”, e a partir da década de 70, do século passado, tem um incremento e é introduzida, nos anos 80, nos Jogos Escolares Maranhenses; e reintroduzida em 1990 . DÉCADE DE 1840 - 1841 aparece anúncio de que Manoel Dias de Pena se propunha ensinar a Esgrima; nesse mesmo jornal aparece outro anúncio oferecendo os instrumentos – espada; com a criação da Escola de Aprendizes Marinheiros, em 1861, a Esgrima fazia parte da instrução militar dos alunos, prosseguindo até seu fechamento; os Aprendizes Marinheiros costumavam se apresentar nos eventos esportivos promovidos pelo FAC (fundado em 1907) e em outros clubes -, participando não se jogos, especialmente do futebol, como de combates com armas brancas (baioneta, espada, florete). Aparentemente, desde a década de 20 não é praticada mais em São Luís. 1841 aparece anúncio de apresentação de Ginástica no Teatro de São Luís, por um discípulo de Amóros; nos anos de 1870, na casa dos Abranches, foi montada uma academia de ginástica com pesos onde os companheiros do Liceu de Dunshee de Abranches iam se exercitar; a partir de fins dos anos 1880 a elite maranhense praticava a ginástica sueca; 1844 Quanto à Educação Física, sua implantação se dá a partir de 1844, quando da fundação do primeiro colégio feminino59; nas escolas masculinas, só aparece a partir de 1864. 58
O jogo da péla - jeu de paume - consiste em bater a bola com a mão e substituiu os "ludus pilae cum palma" romano. Na França, a bola, nascido no tardo-medievo como instrumento de contenda incruenta, torna-se momento lúdico e agonístico, aberto a todos Em Portugal, no início do século XVIII, foi introduzido o uso francês de jogar com raqueta. Conhecido já no século XII foi jogado melhor no período sucessivo, até dar vida ao atual tênis.
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A fidalga espanhola D. Martinha Alvarez de Castro, casou-se com Garcia de Abranches, o Censor, quando tinha 17 anos. Foi a fundadora do primeiro colégio destinado ao sexo feminino em Maranhão - o “Colégio Nossa Senhora das Graças”, mais conhecido como o Colégio das Abranches - junto com sua filha Amância Leonor, em 1844. Foi - ela, ou uma das filhas - a primeira professora de educação física do Brasil.
1880 Há uma tentativa de implantar o Turfe, pelo inglês Septimus Summer, fundador do “Racing Club Maranhense, em 9 de agosto de 1881. Esse clube durou até dezembro daquele ano. Em janeiro de 1893, por iniciativa de Virgílio Albuquerque, no bairro do João Paulo, ergueu-se o Prado Maranhense. Decorridas umas dez programações, foi realizada a última corrida a 28 de maio de 1893. Na década de 1950, Amélio Smith e outros criadores, tentaram promover práticas hipódricas, sendo realizadas alguns "pegas" - corridas livres em um estirão preestabelecido - apenas para divertimento. Chegou a ser criada uma associação para difundir a atividade, mas também não foi adiante. Na passagem do século XIX para o século XX, os jovens portadores de "idéias novas", gente vinda do meio metropolitano, inquieta e formada nele introduzem o esporte dentre suas atividades. Filhos de uma elite industrial, a exemplo de Nhosinho Santos - que estudara na Inglaterra; Aluísio Azevedo - cônsul brasileiro em Europa, Japão, e o cônsul inglês Charles Clissold - que introduzem o esporte moderno em São Luís, com a fundação de clubes esportivos. 1900 REMO os "sportmen" maranhenses tentam implantar o chamado “esporte do muque” utilizando-se dos rios Anil e Bacanga. É fundado o "Clube de Regatas Maranhense", por Alexandre Collares Moreira Nina. Sua pratica, com alguma dificuldade, foi até 1929. 1900 CICLISMO outra modalidade começa a ganhar força em Maranhão: a 02 de setembro, eram iniciadas as atividades da "União Velocipédica Maranhense", com seu velódromo instalado no Tívoli - Bairro dos Remédios, no local onde era o Colégio de São Luís, até pouco tempo. Como de outras tentativas de introdução de uma modalidade esportiva, durou pouco, também até o final dos anos 20. Com a criação da Secretaria de Esportes e Lazer, em 1979, sua prática voltou a ser incentivada, e sofreu um incremento com a sua introdução nos JEM’s, a partir de meado dos anos 80. 1904 fundado, em São Luís, o Clube Euterpe Maranhense; como esporte, volta-se a jogar o bilhar. 1907 JOAQUIM MOREIRA ALVES DOS SANTOS - Nhozinho Santos - introduz o futebol no Maranhão, juntamente com outras modalidades esportivas, quando da fundação do FABRIL ATHLETIC CLUB. Além do "foot-ball association", o "cricket", o "crockt", o atletismo, volta-se a jogar o tênis, agora em sua versão moderna. 1910 desaparece o hábito de repousar nos fins de semana, substituído pelas festas, corridas de cavalo, partidas de tênis, regatas, corso nas avenidas, matinês dançantes, e pelo futebol. A "gymnástica" era praticada pelas elites, que tomavam aulas particulares, conforme se depreende de anúncios publicados nos jornais. O Euterpe, fundado em 1904, também passou a difundir outras atividades esportivas, como o "tiro ao alvo", tênis, o tênis de mesa (ping-pong), etc. Em 31 de dezembro de 1910, o Euterpe fechou as portas. Miguel Hoerhan começa a prestar à mocidade ludovicence seus serviços como professor de Educação Física da Escola Normal, Escola Modelo, Liceu Maranhense, Instituto Rosa Nina, em diversas escolas estaduais e municipais. Funda o Club Ginástico Maranhense. O esporte em Maranhão experimenta mais uma de suas inúmeras crises. Desses desentendimentos, surgiam novas agremiações, formadas pelos dissidentes. DÉCADA DE 10 1911 Gentil Braga não concordava com a elitização dos clubes e sai do FAC, junto com um grupo de outros dissidentes que comungavam do mesmo pensamento, fundando o ONZE MARANHENSE que, além do futebol, desenvolveu outras atividades esportivas: tênis, crocket, basquetebol, bilhar, boliche, ping-pong (tênis de mesa) e o xadrez. Gentil Braga funda diversas equipes de futebol para a população pobre, criando, no final da década de 10, a Liga dos Pés Descalços, reunindo os clubes que praticavam o esporte nas ruas e praças de São Luís, 1915 surge nesse cenário o vice-cônsul inglês no Maranhão, Mr. Charles Clissold, um grande amante dos esportes. Se junta aos dirigentes do FAC, incentivando a prática de vários
esportes. Muitos jovens tinham feitos suas inscrições, com o clube revivendo seus grandes dias e sendo oferecidas várias modalidades, como salto em altura simples, com vara, distância; corridas de velocidade, de resistência, com obstáculos; lançamento de peso, de disco, do martelo (Atletismo); placekick (pontapé na bola, colocando-a na maior distância); cricket; crockt ; ping-pong (Tênis de mesa); bilhar; luta de tração, etc. 1917 Gentil Braga funda, a partir de 1911, diversas equipes de futebol para a população pobre, criando, no final da década de 10, a Liga dos Pés Descalços, reunindo os clubes que praticavam o esporte nas ruas e praças de São Luís, em oposição à Liga Maranhense de Futebol que reunia os clubes das elites – dos industriais e comerciantes estrangeiros, especialmente ingleses com seus funcionários. Os maranhenses começavam a compreender o verdadeiro desenvolvimento não só o intelecto, mas também o físico, através da prática do esporte, com o futebol servindo como o elemento aglutinador da juventude. Os clubes começam a surgir, tornando-se cada vez mais chic e atraindo a atenção das senhoritas. O foot-ball deixava de ser uma coisa bruta. O Maranhão contava já com nove clubes constituídos oficialmente. A população, de um modo geral, não participava dessas atividades. É daquela Liga dos Pés Descalços que surgem os atuais clubes de futebol, como o Sampaio Corrêa Futebol Clube, fundado em 1927, o Moto Clube de São Luís, em 1932 e posteriormente, o Maranhão Atlético Clube. 1930 - consolida-se o futebol no Maranhão, com o surgimento de vários clubes. O Basquetebol tem suas próprias equipes, disputando inúmeros campeonatos; o Voleibol é praticado desde o início dos anos 30, nas praias; o Motociclismo surge com toda a força, com a fundação do Ciclo Moto Clube de São Luís. 1940 considerada como a melhor fase dos esportes em Maranhão, com os clubes de futebol destacando-se nacionalmente, revelando jogadores para as principais equipes do sul, inclusive para a seleção nacional. É o período da “Geração dos Erres”. 1950 surge uma geração de esportistas, tendo como espelho aquela anterior, dos anos 30 e 40 – é a “Geração de 53”; autoridades municipal, estadual e federal criam jogos escolares, em que se destaca toda uma geração de esportistas, que praticavam o Basquetebol, o Voleibol, a Natação, o Boxe, e, principalmente, o Futebol. Essa fase se estende pelos anos 60. Essa geração – a Geração de 53 – cujas atividades se estendem até a atualidade, vem a influenciar as seguintes, quando chegam ao serviço público como jovens dirigentes, criando os Festival de Juventude, que vem dar origem aos Jogos Escolares Maranhenses, nos anos 1970. 1970 - em 1971 é criado - por Cláudio Vaz dos Santos (um dos jovens da geração de 53), auxiliado pelo Prof. Dimas - o Festival de Esportes da Juventude – FEJ -; depois substituído pelos Jogos Escolares Maranhenses; em 1979, o Governo do Estado cria a Secretaria de Esportes e Lazer, a primeira do Brasil, dirigida em seus primeiros anos pelo industrial Elir de Jesus Gomes (outro jovem da geração de 53). Atualmente, o órgão foi transformado na Gerência de Estado de Esportes e Lazer (GEEL), dirigido por outro jovem da geração de 53 – Alim Maluf Filho. O esporte, em Maranhão, desde a década de 10, do século passado, está intimamente ligado com as diversas escolas – se constituindo basicamente em esporte escolar. Ex-alunos e alunos fundam as diversas equipes e disputam os campeonatos, até que na década de 50, algumas autoridades criam os Jogos Escolares. Os clubes sociais e esportivos ainda hoje se valem das equipes escolares para a disputa de campeonatos das chamadas modalidades olímpicas, para cumprimento da lei que manda que pelos três dessas modalidades seja praticado, para pode disputar o campeonato de futebol profissional.
BOX - SÃO LUÍS JÁ TEVE José Ribamar Martins “Nas minhas andanças em busca do passado, parei no cruzamento das ruas Grande e do Passeio, quando resolvi testar até que ponto os atuais habitantes têm intimidade com sua cidade. Perguntei a três pessoas diferentes que por ali circulavam onde ficava o Canto da Viração. Nenhuma soube dizer e estavam exatamente ali. O antigo deu lugar ao novo. Pó sinal, a origem do nome é muito controvertida. Houve até quem tentasse explicar que é assim chamado porque naquele local as pessoas costumavam se virar para conquistar parceiros amorosos. Outros dizem que é porque ali havia o mais importante cruzamento de linhas de bondes da cidade. Já tive oportunidade de conversar com pessoas antigas e ler alguma coisa a respeito, prevalecendo a opinião de que o nome se deve `a freqüente brisa (ou viração) que sopra formando redemoinhos, comprometendo o recato das donzelas de saia que por lá passavam. Acredito ser esta última a versão verídica e fico com ela. Será que alguém ainda se lembra da primeira quadra de tênis que existiu em São Luís? Talvez uns poucos. Foi construída por ingleses que moravam e trabalhavam na capital. Ficava na beira-mar, onde hoje existe a sede do Casino Maranhense. Ao lado, de canto com a “Montanha Russa”, existia e ainda existe desativada há muito tempo, uma edícula onde um maquinário processava os dejetos recolhidos de parte da cidade antes de lançá-lo ao mar. Teria sido uma das primeiras usinas de tratamento de esgotos da capital do Maranhão. A outra fic ava na Praia do Desterro, onde outrora existiu uma rampa e atracadouro de embarcações, em frente do antigo e movimentado armazém do “Aracati Campos”. Muito recentemente foram construídos dois modernos terminais com essa destinação no Jaracati e no Bacanga. Também foram os ingleses do Cabo Submarino (The Western Telegraph Company), que construíram nas suas instalações localizadas no Olho d’Água uma quadra de “squach”. Provavelmente foi a primeira e única que já existiu em São Luís. Bem a propósito de coisas que já existiram em nossa tão querida “Upaon-Açú”, o jornalista Nonato Masson cita diverso, em um de seus trabalhos: um parque permanente de diversões, na Rua dos Remédios, chamado “Tívoli”, que possuía carrossel, cosmorama, tiro ao alvo, bilhares, circo, roda-gigante; o “Velódromo Maranhense”, de iniciativa de Joaquim Moreira Alves dos Santos, o popular Nhozinho Santos, que também introduziu o futebol no Maranhão; Jardim Botânico, situado na atual Praça Benedito Leite, anteriormente chamada Praça João Velho do Vale, Praça 13 de Maio, Praça da Assembléia e, mais recentemente, apenas “Pracinha”; metrô de superfície (o primeiro do Brasil, segundo afirma), que percorria a extinta Estação de Bondes ao Anil; hipódromo, com pista de areia e grama, no João Paulo, próximo da atual feira, criado por um banqueiro chamado João Batista Prado; Escola Agrícola de São Luís, fundada pelo presidente da província João Lustosa da Cunha Paranaguá, nas imediações do riacho Cutim; fábrica de chumbo e pregos, na Rua da Viração; Fábrica de Fósforos do Norte e a Empresa Maranhense de Cortumes Ltda., na Jordoa; Companhia Lanifícia do Maranhão, que industrializava lã e seda, na Madre Deus e, posteriormente, transferiu-se para a Rua das Crioulas, onde também fabricava casimiras; fábrica de cigarros Elba, no Caminho Grande; Escola de Aprendizes Marinheiros, que funcionou no Largo dos Remédios; jardim zoológico, inaugurado pelo governador Luiz Domingues, em 24 de fevereiro de 1911, em espaço interno do Palácio dos Leões; Clube de Regatas Athenas, fundado pelos remadores José Teixeira Rego e Sílvio Fonseca, com sede na Praia do Jenipapeiro, que disputava as regatas no Rio Anil.” In SÃO LUIS ERA ASSIM (minha terra tem palmeiras, já nem tantos sabiás) RELEMBRANDO LANCHAS E O MEARIM. Brasília: Equipe, 2007 (Capitulo XV, p. 67-69).
COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO “O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI” São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009
OS ESCRITOS DE DOM PAULO PONTE: UMA RELEITURA A PARTIR DA ÚLTIMA DÉCADA RAIMUNDO GOMES MEIRELES E CLAUBER PEREIRA
RELEITURA DE ALGUNS ESCRITOS DE DOM PAULO PONTE À LUZ DOS PRIMEIROS NOVE ANOS DO SEGUNDO MILÊNIO CLAUBER LIMA Sócio efetivo, Cadeira de n° 50 RESUMO Neste artigo iremos fazer uma breve biografia de Dom Paulo Ponte e a seguir iremos expor os pontos, a nosso ver importantes na elaboração do seu pensamento. Acreditamos que as gerações de hoje terão muito que aprender com os seus ensinamentos. Iremos tecer alguns comentários também sobre o caráter de Dom Paulo Ponte e sua capacidade de criar harmonia em meio à comunidade cristã. Por fim, iremos analisar o que ficou do seu legado de 21 anos à frente da Arquidiocese de São Luís do Maranhão. Uma pequena biografia de Dom Paulo Ponte Apesar de não falar muito nisso, Dom Paulo Ponte sentia-se feliz por fazer parte de um ramo tradicional de famílias cearenses, que têm suas origens entrelaçadas nas cortes espanholas e portuguesas. Segundo os pesquisadores, Dom Paulo Eduardo Andrade Ponte60 era filho de Frederico Ferreira da Ponte e de Maria Helena Andrade Ponte; nasceu em Fortaleza no dia 24 de Junho de 1931. Foi Professor e Diretor Espiritual do Seminário Maior de Fortaleza (1964-1966); Sagrado Bispo de Itapicoca, ocupou o cargo de 1971 a 1984, quando foi escolhido como Arcebispo Metropolitano de São Luís do Maranhão no dia 24 de Março de 1984 pelo saudoso Papa João Paulo II. Tomou posse no dia 17 de Junho daquele ano na quadra do Colégio Marista, debaixo de uma chuva torrencial. Era muito tímido no trato pessoal, mas um excelente pensador e, quando tinha tempo conseguia articular seu pensamento por escrito de forma brilhante. Como excelente Teólogo que era foi membro da Comissão Episcopal de Doutrina da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil); foi Presidente do Departamento de Catequese do CELAM (Conselho Episcopal LatinoAmericano). Na sua administração à frente da Arquidiocese realizaram-se várias auditorias e as finanças foram sanadas e começou-se a cobrar um percentual de 5 % às paróquias para manutenção da Cúria Metropolitana; aumentou-se o número de Paróquias e Quase-Paróquias; 60
Cf. MARQUES, César Augusto. Dicionário Histórico-Geográfico da Província do Maranhão. 3ª edição revista e ampliada, Edição Crítica de Jomar Moraes. Índice remissivo de Lino Moreira. Documentos Maranhenses – 20. São Luís: Edições AML, 2008, p. 260.
com o seu apoio várias Congregações e Ordens Religiosas se estabeleceram na Capital e interior do Estado e foi dado todo apoio ao Coordenador de Pastoral: canadense de origem, mas maranhense de coração e alma, Monsenhor Marcel Pépin. O Tribunal Eclesiástico e a Chancelaria foram reativados, com a ida de Padre Dr Raimundo Gomes Meireles para Roma fazer Doutorado em Direito Canônico. Mesmo sentindo-se feliz por ser membro da família Ponte, preferiu estar próximo do Carmelo 61 e dos pobres nos seus últimos dias sobre esta terra. Como vimos anteriormente Dom Paulo Ponte teve uma excelente formação teológica e filosófica na Roma dos anos cinqüenta. Esta cidade eterna foi seu berço de ouro por onde alimentou seus sonhos e esperanças de homem de Deus e do Evangelho. Os estudos em Paris, no Instituto Católico de Paris reforçam o seu aprendizado e faz com que a sua expressão no falar tenha profundidade e agudeza de espírito. Tinha o domínio de um vocabulário riquíssimo e saber traduzir o latim de fácil e serena. Aquela Paris pagã não o fez perder a fé e o zelo apostólico, que se manifestou cedo em sua vida de padre recém formado. Junto com sua formação intelectual teve na figura do seu pai um exemplo de homem de oração e de contato com o sagrado. Desde cedo quis ser Sacerdote para que a Eucaristia não estivesse ausente das comunidades e das paróquias mais distantes. O Ceará lhe ofereceu o ensino no Seminário e o seu aprendizado como Bispo de Itapipoca, mas foi a experiência de Arcebispo Metropolitano de São Luís que o fez descobrir novas experiências e confrontar-se com a diversidade antropológica e miscigenação cultural do povo maranhense. Sem o Maranhão sua vida teria sido um simples seguir o caminho traçado por suas ancestrais. Aqui ele aprendeu a trabalhar com poucos recursos e a aprofundar sua capacidade conciliatória. Diversos como somos, fizemos dele um pregador e um conciliador. Posse como Arcebispo de São Luís do Maranhão Ficamos conhecendo melhor os traços de Dom Paulo Ponte quando da sua transferência de Itapipoca – Ceará, para São Luis. Decorria o ano de 1984 e, quando dos preparativos para a sua vinda, os seminaristas da época foram designados para afixar cartazes de boas-vindas pela cidade ao novo Arcebispo e o povo perguntava: quem é este novo candidato? Nós nunca vimos ninguém parecido por estas bandas. Era preciso explicar que era o novo Arcebispo que chegava e ai o povo ficava contente. - Nunca mais ficaremos sozinhos: dizia o povo simples do Mercado Central. A sua vinda trouxe muito entusiasmo às comunidades e a todo o clero. Era Paulo que vinha com seu ardor missionário trazer uma nova palavra de esperança para o povo sofrido e angustiado pela fome de pão e pela falta de amor. Na sua homilia de posse ouvimos não a fala de um homem comum, mas a do Pastor das ovelhas perdidas da casa de Israel. Parecíamos estar diante de Paulo em Atenas falando para os sábios e entendidos, mas ao mesmo tempo com uma atenção especial para os seminaristas, futuro da Igreja através das vocações sacerdotais e para as famílias cristãs, manancial de todas as vocações. Todos eram incluídos em suas palavras. A Igreja que Dom Paulo Ponte encontrou no Maranhão tinha sido uma Igreja forte com o trabalho de Dom José de Medeiros Delgado, mas dependia muito do dito clero estrangeiro como podemos constatar no texto que estes padres prepararam em 1968 em que eles se questionam sobre seu trabalho pastoral no Maranhão e sobre o futuro da Igreja nestas terras, já que o “… povo de Deus no Maranhão vive muitos valores cristãos e evangélicos, embora se ressentindo da falta de evangelização” 62. Com a vinda de Dom João José da Mota 61
Com sua residência próxima ao Carmelo poderia escutar talvez o canto das Irmãs Carmelitas e contemplar antecidamente a eternidade. 62
Cf. Comunicações. Padres Estrangeiros do Maranhão questionam sua Missão entre nós. Revista
e Albuquerque e sua saúde debilitada a Igreja de São Luís e porque não dizer, do Maranhão entrou em marasmo e a crise que foi pré-anunciada pela carta dos padres estrangeiros no Maranhão tornou-se mais aguçada do que nunca. A crise de vocações sacerdotais acirrou-se e Dom Mota viu-se obrigado a administrar a crise, aceitando o fechamento do Seminário Santo António e o declínio da participação dominical na Eucaristia. Apesar de todas as suas dificuldades Dom Mota foi buscar apoio das Irmãs Paulinas em São Paulo; no final dos anos 80 fez um projeto de retomada das atividades acadêmicas do então Centro Teológico do Maranhão, mas ficou apenas no alicerce devido ao declínio da sua saúde. Lembro-me que quando jovem ia a Missas presididas por ele e chamava a atenção o fato dele sentir muito calor, talvez pelo fato de não tiver mais aquela resistência física típica do nordestino. Apesar de ter nascido em Pernambuco, não se adaptou ao calor equatorial maranhense e andava com um ventilador portátil a pilha. Talvez este fosse um sinal de que a Igreja estava parada porque o Arcebispo não tivesse condições psicológicas para administrar a mesma, porque suas idéias estavam como que aquecidas demais para poder elaborar algo melhor para o futuro. Com a sua ida para Recife preparar-se para ir à casa do Pai, coube a Dom Paulo Ponte a retomada do alicerce e construção do Instituto de Teologia. No caso de Dom Mota e Dom Paulo Ponte aconteceu o que foi dito em São João: “Porque eis que se pode dizer com toda verdade: Um é o que semeia outro é o que ceifa” 63. Dom Mota semeou muitas coisas boas na Arquidiocese mas muitas delas só germinaram no tempo de Dom Paulo Ponte, como o caso do prédio do CETEMA, hoje IESMA. Isto acontece porque as coisas de Deus têm seu tempo próprio. Não adianta querer adiantar-se porque Deus é que destina tudo o que nos acontece de bom. Mesmo tendo feito muito pela Arquidiocese de São Luís, Dom Paulo Ponte não esgotou as suas possibilidades e, aquilo que não concretizou sonhou. Muitas coisas sonhadas por ele e nunca concretizadas se tornarão realidade ainda no tempo de Dom José Belisário, como a casa para o Clero idoso ou o Clero em transição de uma Paróquia para outra, etc. O que importa é que o Espírito Santo continue a iluminar os corações de todos os cristãos e que a Igreja continue a anunciar a Boa Nova. Deus irá enviar sempre pastores, doutores e presbíteros para animar o povo de Deus em sua missão na terra. Apesar do que falamos sobre o legado de Dom Mota é preciso salientar que o legado de Dom Paulo Ponte foi difícil, mas ele não esmoreceu e trabalhou arduamente pelas vocações, conseguindo recuperar os anos perdidos e hoje a Igreja do Maranhão pode dizer que tem novamente um clero nativo e dinâmico. É preciso que este clero maranhense nativo esteja agora aberto à dimensão missionária da Igreja universal tão carente de lideranças e de sacerdotes na Europa, na América do Norte e Ásia. Lembramos com saudades de todas as suas inúmeras homilias feitas sempre com grande entusiasmo, mesmo num simples encontro de comunidades lá para as bandas de Axixá ou Humberto de Campos. Como o apóstolo São Paulo, Dom Paulo Ponte falou sempre sem medo para todos os grupos e Instituições da Sociedade e criava em torno em si certa harmonia que nos faz falta neste novo Milênio. Há quem dissesse que ele era em cima do muro e que não sabia tomar decisões mas na verdade, quando uma havia uma desavença qualquer ou um conflito, ele gostava de ouvir todas as partes envolvidas e de uma forma harmônica, ouvido o Conselho Presbiteral, tomava a melhor decisão. Ele sabia como ninguém escutar e tomar uma decisão que não deixasse ninguém sentir-se como o rei que foi declarado nu pela inocência infantil64. Sua atitude baseava-se na convicção de que não se deve humilhar ou ofender Eclesiástica Brasileira, Petrópolis, vol. 28, fasc. 2, Junho de 1968, p. 371. 63
Cf. Bìblia Sagrada – Nova Edição papal – traduzida das línguas originais com uso crítico de todas as fontes antigas pelos Missionários Capuchinhos. São Paulo: Stampley Publicações Ltda: São João 4,37. 64
Cf. ANDERSEN, Hans Christian. Andersen's Fairy Tales. Project Gutenberg, Posting Date: October 10, 2008 [EBook #1597]: "'But the Emperor has nothing at all on!' said a little child". A criaça falou em público o que todos pensavam em segredo. Dom Paulo Ponte não era assim porque pensava nas consequências que tal ato de desnudar uma pessoa em frente de todos podia ocasionar para a sua saúde física e espiritual. Não que ele
alguém publicamente. Outra motivação para isso era sua generosidade, compaixão e amor pelo próximo e sua atitude de manter a comunidade em paz em sintonias de desarmonia65. Em Louvain-la-Neuve, na Bélgica, em 1990, Dom Paulo Ponte foi bem acolhido por Raymonde Harchies, belga de nascimento, mas com um coração totalmente maranhense. Foi bem recebido também pelos professores e alunos do curso de Teologia, sendo que o Professor Vander-Perre teve uma longa conversa com ele. O professor Soetens até lhe beijou a mão em sinal de reverência e dizia: “Ali vai um apóstolo de Cristo”. Teve a ocasião de falar sobre a Igreja do Brasil para um grupo de leigos e estudantes no Mosteiro das Irmãs Beneditinas. Falou da realidade do Brasil, mas só do ponto de vista sociológico, mas também espiritual, salientando a importância das CEBS para o fortalecimento da fé do povo e para o seu engajamento social e solidário em vista de uma sociedade melhor. Era um homem universal porque sabia pregar em Louvain e na mais humilde comunidade da Arquidiocese. Sempre foi um incansável pregador e falava com firmeza, mesmo nos momentos mais corriqueiros de um retiro com o Clero ou com os Seminaristas. Dom Paulo Ponte assumiu o governo da Arquidiocese de São Luís com coragem e desenvoltura, mas também soube aceitar sua resignação como quem diz: - Fiz o que pude; outro que ocupe o meu lugar! Com esta atitude não teve em nenhum ressentimento quando se tornou Bispo Emérito mas, pelo contrário, sentiu muita alegria por ter cumprido sua missão: “Numa Diocese, o motivo principal de preocupação não deve ser o cargo e a saúde do Bispo mas o bem pastoral e spiritual das ovelhas a ele confiadas. É por esse motivo que muito me alegro com a nomeação de um novo Arcebispo saudável e bem disposto para São Luís, Dom José Belisário da Silva, até agora Bispo de Bacabal”66. É grandioso vê-lo assumir sua timidez e pedir perdão pelas coisas que ficou impedido de fazer por causa do medo. O testemunho psicanalítico de Dom Paulo Ponte a respeito de sua timidez e o medo do mundo, deve servir como um alerta para que os seminaristas de hoje sejam formados na esperança e não no medo assustador do Reitor, do Bispo e do povo, porque isto atrapalha muito a vida de um Sacerdote ou de um Bispo. Depois do seu afastamento das suas atividades de Arcebispo, passou por muitos tratamentos e envelheceu rapidamente. Em 2008 vi o caminhando ao lado de Bitinha em direção à residência arquiepiscopal e, sua forma de andar e estrutura física denunciavam o agravamento do seu estado de saúde. Nos dias em que Dom Paulo se encontrava muito mais adoentado, muitos de nós ofereceram-lhe orações e desejos de pronto restabelecimento da sua saúde, mesmo sabendo que, como Paulo, ele amava tanto o Senhor Jesus que não temia nada nesta vida. Foi na fé que Dom Paulo Ponte partiu deste mundo e nos deixou um exemplo de serenidade face à morte e de uma firme esperança de que iremos ressuscitar como Cristo. Dom Paulo Ponte partiu, mas como Paulo a sua missão continua. Ainda há muito que fazer neste novo século. Precisamos mais do que nunca do seu testemunho, dos seus conselhos e da sua intercessão junto do Pai. As Comunidades do Maranhão têm nele uma fonte viva de atuação na Igreja do Brasil nos difíceis anos oitenta, em que estávamos no final concordasse em manter a pessoa na mentira mas, neste caso ele a chamaria privadamente e lhe falaria ao coração dizendo que fosse vestir-se pois estava nú. 65 Cf. From a letter to the Corinthians by Saint Clement, pope: "Who then among you is generous, who is compassionate, who is filled with love? He should speak out as follows: If I have been the cause of sedition, conflict and schisms, then I shall depart; I shall go away wherever you wish, and I shall do what the community wants, if only the flock of Christ live in peace with the presbyters who are set over them. Whoever acts thus would win great glory for himself in Christ, and he would be received everywhere, for the earth is the Lord’s and the fullness thereof. Thus have they acted in the past and will continue to act in the future who live without regret as citizens in the city of God". 66
PONTE, Paulo. Nota Ilustrativa. São Luís: Texto Impresso, 21 de Setembro de 2005, às 07:44.
da Ditadura Militar, com as buscas de uma retomada da Democracia mas com uma inflação avassaladora e um déficit público e social que poucas viu-se presente na História da República. Todos nós que vivemos neste novo Milênio queremos nos defrontar com sua obra intelectual e com o seu jeito fecundo de falar da figura de Paulo. Sua pessoa continua a levar reconforto para os que mais precisam do nosso testemunho cristão e, por isso iremos nos confrontar nos próximos dias e meses com o seu pensamento para tirar daí subsídios para a Igreja e para a Sociedade Civil. Sua morte entristeceu a todos mas agora chegou o momento de fazer um apanhado dos seus escritos e daquilo que ele disse ou pensou e formular um pensamento coerente que irá ajudar as gerações futuras a encontrarem o seu caminho no contexto Histórico e Geográfico em que vivemos. O pensamento de Dom Paulo Ponte em geral Lembramo-nos com vigor que Dom Paulo Ponte se empolgava com os comentários do saudoso Papa João Paulo II a respeito do novo Milênio. As referências e citações dos textos do Papa mostravam o quanto Dom Paulo mesmo é que estava entusiasmado com o Advento do novo Milênio mas era com a sua empolgação que todos nós ficávamos contagiados. No encontro com os Seminaristas na Casa de Praia dos Padres Combonianos, ele falava da necessidade de que a pessoa humana do novo Milênio tivesse que estar pronta para encontrarse com a Mensagem salvífica de Cristo. Apesar de ter vivido em outra época, os escritos produzidos por Dom Paulo Ponte têm um método científico próprio que podem e devem ser atualizados ao contexto dos últimos 9 anos deste século XXI. Esta última década foi marcada pelo desenvolvimento de softwares, pela exposição da juventude na mídia através vários shows abordando uma realidade construída em laboratório, pelo bicentenário de nascimento de Darwin e sua atualização para os dias atuais, com o surgimento de um novo ateísmo67. Caberá às novas gerações assimilar para transformar estas novas correntes. Dom Paulo Ponte soube assimilar e criticar os seus contemporâneos, dando-nos o exemplo de como a pesquisa deve ser séria e sem medos infantis de enfrentar qualquer tema. O pensamento de Dom Paulo Ponte percorre os anos sessenta e seus sonhos de liberdade, passa pelos duros anos setenta e chega à crise inflacionária dos anos oitenta e seus conflitos agrários. Este é o homem e o seu tempo e devemos procurar compreendê-lo e amá-lo neste contexto, para não incorrermos no erro do pré-julgamento como dizia José Dirceu durante as investigações da CPI do Mensalão em 2005. Vindo de uma família abastada, não foi fácil para ele ter um pensamento próprio, já que seus condicionamentos o levaram a ser um pequeno burguês. Apesar disto tudo, houve momentos marcantes em que buscou sair deste seu meio social e procurar compreender a realidade dos pobres à luz do Evangelho. Foi neste sentido que em 1961 fez uma experiência ou um estágio com os Irmãozinhos de Charles de Foucault68. Dessa sua experiência saiu modificado, porque se confrontou com os pobres e com Jesus na pobreza de Nazaré. Todos nós teríamos sentido o mesmo e por isto que é muito importante buscarmos descobrir nossas origens sociais e antropológicas. Dom Paulo Ponte tinha um espírito aguçado e estava sempre à procura das causas de qualquer acontecimento ou fenômeno empírico à sua volta. Não se contentava com a simples 67
Numa citação ousada, Richard Dawkins desafia os Teólogos dizendo que a mesma não é um sujeito com possibilidades de pesquisa porque não tem nenhum cunho científico e defende a evolução tão somente das espécies, sem nenhuma outra alternative plausível : “I have yet to see any good reason to suppose that theology (as opposed to biblical history, literature, etc.) is a subject at all”. Cf. Dawkins, Richard. The God delusion. New York, Houghton Mifflin Company, 2006, p. 57. 68
Cf. Texto inédito: + Paulo Ponte, Bispo (in memoriam): Necrológio de Manfredo Ramos.
repetição do dado acabado. A prova disto é que em seus artigos buscava a causa destes fenômenos: "A única atitude sensata é perscrutar as causas do fenômeno, para poder agir sobre elas e modificar assim o seu curso69". A Teologia moderna, a Psicologia e a Sociologia aprenderam muito com esta forma de análise. Pressentimos aqui certo Tomismo tardio em Dom Paulo e uma conseqüente derivação Aristotélica. Em sua maneira de inquirir qualquer assunto buscava as causas: "Vamos agora considerar o objetivo (causa final)…70". Se queremos mudar algo na Sociedade ou em nossa vida pessoal, temos que conhecer a realidade e as causas do porque é assim e não de outra forma. Atualizando um pouco seu jeito de pensar para os dias de hoje podemos afirmar que: Só o confronto com a causa do porque chegamos à situação de crise mundial é que poderemos encontrar o caminho de saída para a crise. Mas isto seria assunto para outro ensaio. O que importa retomar aqui é seu pensamento e confrontá-lo com a realidade na qual foi formado. Nesta sua busca pela causa de tudo o que acontece, é que se explica certa prudência no agir e falar, pois sua visão de Jesus era a de que ele: "Quis combater diretamente, não os efeitos, mas as causas últimas da exploração do homem pelo homem: a condição pecadora da humanidade – o orgulho, o egoísmo, o ódio, a auto-suficiência…” 71. Isto faz-nos entender porque o seu esboço de "Teologia da revolução" culminou com uma Teologia da Redenção, que para ele era muito mais abrangente e mais fundamentada no Mistério da Redenção. Dom Paulo Ponte pensava no começo de sua carreira como padre, que diante de circunstâncias de opressão, o cristão não pode omitir-se e deve por amor fazer com a que a justiça se estabeleça na terra. Com isto se adéqua bem a afirmação, em relação ao comportamento do cristão em seu engajamento social: "não pela violência, mas pela coragem, unida embora à serenidade e à mansidão". Esta coragem é maior que a violência, porque implica construir o futuro, envolvendo a todos no projeto cristão de vida em abundância para todos. Para viver é preciso ter coragem, que é mais forte que uma revolução mal preparada. Coragem para administrar recursos escassos e fazer milagres com um pouco de pão. Esta é a sabedoria que nos vem do Evangelho e que Dom Paulo Ponte soube bem observar entre os mais pobres. Além das causas buscava também nosso autor uma aplicação para a realidade, pois escutava as pessoas ou os colegas para ver a repercussão que teria uma tomada de posição qualquer. Como exemplo disto podemos citar o estudo que ele fez da Encíclica de Paulo VI Sacerdotalis Caelibatus em que foi à procura do que diziam seus colegas a este respeito e trouxe alusões da necessidade de se continuar a pesquisa porque haviam insatisfações com a forma do texto da Encíclica posicionar-se sobre assunto tão vasto e complexo: “… as várias queixas e reclamações de padres, mesmo após a publicação da encíclica, mostram que certos aspectos do problema permanecem obscuros. Faz-se mister ‘promover estudos’ para esclarecê-los e ‘confirmar’ o verdadeiro sentido espiritual e o valor moral da virgindade e do celibato”72. Em sua busca das causas das coisas e do pensamento racional, sabia muito bem argumentar e sintetizar seus argumentos. Prevendo talvez um esvaziamento na Igreja devido uma carência espiritual, Dom Paulo Ponte foi mudando sua forma de pensar e já nos últimos anos tinha um tom mais 69
PONTE, Paulo. A Concepção Virginal de Jesus. Revista Eclesiástica Brasileira , Petrópolis, vol. 29, fasc. 1, Março de 1969, p. 39. 70 Id. Ibid., p. 54. 71
PONTE, Paulo. A Morte de Cristo e a Libertação temporal dos Homens. Revista Eclesiástica Brasileira, Petrópolis, vol. 28, fasc. 2, Junho de 1968, p. 339. 72
Id. Celibato Sacerdotal e Lei do Celibato, Revista Eclesiástica Brasileira, Petrópolis, vol. 27, fasc. 3, Setembro de 1967, p. 568.
moderado e buscava conciliar a parte oponente numa discussão. Sua busca por uma espiritualidade mais autêntica para o Clero e os cristãos em particular fez com que, sem abandonar a pregação pela justice social, se voltasse mais para questões de ordem Mística. Possível repercussão do pensamento de Dom Paulo Ponte neste novo Milênio Estes últimos 9 anos do século XXI têm sido marcados por um esvaziamento do sentido do Místico e do Sagrado onde as pessoas se voltam mais para o seu conforto emocional enquanto indivíduos e não mais como membros de uma Comunidade paroquial. Os jovens estão muito expostos à mídia e com um vazio interior muito grande, provocando inúmeros casos de suicídio no Canadá e nas nações mais abastadas. Dom Paulo Ponte ficou assustado com esta realidade e buscou a partir deste momento, em tudo o que fazia harmonizar uma vida de trabalho e estudo intelectual com uma vida de mística e oração. Acordava sempre mais cedo para ter tempo de fazer suas orações. Como intelectual e místico, tinha uma sede pelas coisas ligadas ao transcendente. Com certas nuances brasileiras e tupiniquins, sua mística tinha muito do que se pode encontrar nesta afirmação: "Os místicos afirmam que a experiência mística, o veículo do conhecimento místico, geralmente é o resultado de treinamento spiritual que envolve alguma combinação de oração, meditação, jejum, disciplina corporal e renúncia às preocupações mundanas"73. No artigo em que debate o tema do Celibato Sacerdotal, tema sério e cheio de nuances, procurou analisá-lo não só do ponto de vista da Doutrina da Igreja mas do ponto de vista da Mística cristã. “Nunca no meu seminário ouvi uma conferência sequer sobre o celibato como estado de vida e suas motivações teológicas. Lembravam-nos várias vezes a obrigação do celibato com pouca fundamentação bíblica, mais na linha de uma ascese negativa do que de uma mística positiva e teologal"74. Sua preocupação com a fundamentação bíblica e sua busca de uma resposta junto à mística são de que ele era pastor e guia do povo de Deus, fundamentado nas Escrituras e na Oração. Por esta razão talvez seja que tenha ocupado cargos de destaque na Igreja do Brasil e América Latina mas não tenha conseguido subir no conceito junto à Cúria Romana. Não importa muito para nós que a Santa Sé não tenha sabido aproveitá-lo melhor. Aqueles que o conheceram e que gozaram da sua intimidade tiveram o privilégio de presenciar um homem com uma mente fecunda e um espírito de oração arraigado nas melhores fontes da Mística cristã. Falta para esta época em que vivemos o sentido do valor da educação humana como um todo. A educação é vista como um apêndice do Mercado de trabalho. Normalmente formam-se hoje os jovens para o imediatismo de assumir uma responsabilidade pastoral, financeira ou administrativa, sem deixar que eles amadureçam suas diversas opções de vida no sacerdócio, na sociedade ou na política. Precisam renovar os quadros da Sociedade e da Igreja e não perdem tempo com formação em longo prazo. Dom Paulo Ponte pensava o contrário e investia na formação acadêmica e espiritual do clero, facilitando ou intermediando o favorecimento de bolsas de estudo para que seus quadros tivessem uma formação humanoafetiva de qualidade. Estava sempre disposto a facilitar a continuidade da formação do clero e ele mesmo está sempre envolvido em Congressos Nacionais ou Internacionais. Tem-se visto nestes últimos anos o aumento da mobilidade humana no mundo, conseqüência da globalização, em que famílias são obrigadas a mudar de país, cultura e ambiente social e isto causa graves prejuízos para a sociedade em geral. Apesar de não ter sido um grande tema da sua época, Dom Paulo Ponte se interessaria por este tema porque
73 74
Dicionário de Filosofia de Cambridge. 2ª ed. São Paulo: PAULUS, 2006, p. 636.
Id. Celibato Sacerdotal e Lei do Celibato, Revista Eclesiástica Brasileira, Petrópolis, vol. 27, fasc. 3, Setembro de 1967, p. 548.
estava aberto a tudo o que dizia respeito às condições sócio-econômicas e espirituais dos empobrecidos da sociedade. Nestes últimos anos acirrou-se cada vez mais a importância dos meios de comunicação e da internet na vida das pessoas. Já em 1997, mas muito mais em 2003, Dom Paulo Ponte fazia uso da internet para comunicar-se com o clero ou amigos em outras regiões do Brasil e do Mundo. No dizer do Papa Bento XVI: “Os meios de comunicação de massa tornaram hoje o nosso planeta menor, aproximando rapidamente homens e culturas profundamente diversos. Se às vezes este ‘estar juntos’ suscita incompreensões e tensões, o fato, porém, de agora se chegar de forma muito mais imediata ao conhecimento das necessidades dos homens constitui, sobretudo, um apelo a partilhar a sua situação e as suas dificuldades"75. Em sintonia com o que disse o Papa sobre a importância dos meios de comunicação para a Evangelização e solidariedade com os mais empobrecidos, Dom Paulo Ponte, além da internet, gostava de fazer seu Programa Semanal na Rádio Educadora e via nisto uma fonte importante de partilha da fé e do congraçamento de todos numa solidariedade e partilha dos dons da terra, do pão e da esperança. Como Pastor globalizado que era, esteve em Congressos de Juventude no Canadá, fazendo palestras para pequenos grupos em Toronto e Saskatoon e participou de um Encontro Eclesial em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Gostava de viajar para levar a Boa Nova a outras partes do mundo. Era um homem incansável e cheio de vitalidade que tinha uma sede de que Cristo fosse não apenas conhecido, mas amado em todos os lugares. Já nos últimos anos Dom Paulo Ponte não escrevia mais e quando indagado, dizia, com sua voz contundente: “- É falta de tempo rapaz!” mas mantinaa sua paixão pelas atividades da Igreja e dos seus leigos e leigas nos seus diversos ministérios. Mesmo com as suas ocupações todas, estava sempre com um livro na mão ou com o Breviário aberto em atitude de oração. Dizia que o gesto de cruzar as mãos auxiliava na concentração com o Divino. Como paixão grande que tinha e que manteve até o final pode-se mencionar o Seminário de Santo António e as atividades acadêmicas do IESMA (Instituto de Estudos Superiores do Maranhão e da SOMACS – Sociedade Maranhense de Cultura Superior, empenhando-se em indicar nomes de padres como o caso do Padre Dr Raimundo Gomes Meireles, para o Conselho Diretor da Universidade Federal do Maranhão. Outra paixão que o acompanhou até quando pode foi a leitura de bons livros. Precisávamos recuperar sua Biblioteca abandonada pelos cantos do Seminário e pesquisar nas fontes que ele pesquisou e encontrar novos subsídios para este novo Milênio, sedento de coisas novas e novas idéias para iluminar o espírito. Talvez encontremos algum livro grifado por ele e que irá nos ajudar a dar maiores passos na reflexão e compreensão do ser humano. Conclusão Dom Paulo Ponte foi pastor e guia do seu povo e dos seminaristas que tiveram a oportunidade de conviver com ele. Sabia conversar com o sábio e com o pobre, e não se assustava ao entrar numa residência humilde, sentindo-se à vontade. Isto está diminuindo entre o Episcopado, que se vê mais como interlocutor da Instituição e da Lei Canônica do que como Discípulo de Cristo Servo Sofredor: “O Senhor Deus deu-me língua de discípulo para que eu saiba dizer ao abatido uma palavra de alento”76.
75
BENTO XVI. Deus Caritas Est: Deus é amor. Carta Encíclica do Santo Padre. Documentos do Magistério. São Paulo: Paulus & Edições Loyola, 2005, p. 38. 76
Cf. Bìblia Sagrada – Nova Edição papal – traduzida das línguas originais com uso crítico de todas as fontes antigas pelos Missionários Capuchinhos. São Paulo: Stampley Publicações Ltda.: Isaías 50,
Alegrou-se sobremaneira com o novo Milênio e com a possibilidade de poder trabalhar até o fim das suas forças nesta nova era para a Igreja e o Mundo. Quando da sua renúncia, sentiu-se como alguém que cumpriu sua missão de forma proveitosa e satisfatória para a maioria. A linha básica do pensamento de Dom Paulo Ponte era a Teologia Dogmática na qual foi formado. Acreditava que havia uma intrínseca interdependência entre a Teologia e o Mistério Cristão. “É preciso não esquecer que uma resposta só será teologicamente válida se, em última análise, ela estiver apoiada nos alicerces mais profundos, embora menos imediatos, do mistério cristão”77. Portanto, ao analisar sua forma de pensar é preciso alimentar-se das fontes de que ele mesmo se alimentou e, a partir daí questioná-lo e ver as reais possibilidades de atualização da sua forma de pensar e agir. Havia em seu pensamento resquícios de um Tomismo tardio, que alimentou a Tradição da Igreja e formou aquilo que se costuma chamar de Teologia perene. É neste contexto Tomista que se compreende sua preocupação em manter-se em harmonia com o Mistério Cristão e com os resultados da Redenção de Cristo para a humanidade. Quer aceitemos ou não, sua visão de Cristo Libertador era a seguinte: “Pelo testemunho oral e vivido que deu à verdade, selando-o com uma morte sangrenta, Cristo pretendeu libertar os homens da dominação da mentira, ou seja, de toda alienação78”. Seu pensamento teve muita influência nos órgãos de que fez parte e junto àqueles que o conheceram e ajudou a moldar os elementos para um melhor conhecimento da realidade Geográfica e do momento Histórico em que vivemos. Tinha uma visão tão global do Mundo que isto o movia e fazia com que seus olhos brilhassem de alegria ao entrar em contato com outra civilização. Como o escultor pernambucano Francisco Brennand, há pessoas que não gostam de sair do seu lugar mas ele adorava viajar e conhecer outras realidades humanas para levar-lhes uma mensagem de esperança e ânimo para a vida. Anunciar uma esperança solidária para com os que sofrem pela dor da fome ou por uma depressão angustiante, é o que necessitamos nestes tempos difíceis de crise mundial e financeira. Isto o tinha Dom Paulo Ponte, porque acreditava que "Christus heri et hodie". Por causa do seu entusiasmo com tudo que fazia, convém então inquirir: Crise mundial e direito dos pobres: o que Dom Paulo pensava disto? Este seria um tema que poderia ser trabalhado em outra ocasião ou por outros autores desta nova geração. Deixo-lhes a idéia para que façam avançar mais ainda seu pensamento para os dias de hoje. Agradecemos ao Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão - IHGM, na pessoa da sua Presidente, Professora Eneida Vieira da Silva Ostria de Canedo, pela oportunidade de poder analisar o pensamento de Dom Paulo Ponte neste Seminário sobre os primeiros nove anos do Novo Milênio e a todos os amigos e amigas que me ajudaram com suas sugestões e oferta de material bibliográfico como foi o caso do Pe. Dr Raimundo Gomes Meireles, sócio efetivo desta Casa.
77
Id. A Morte de Cristo e a Libertação temporal dos Homens. Revista Eclesiástica Brasileira, Petrópolis, vol. 28, fasc. 2, Junho de 1968, p. 328. 78
Id. Ibid., 341.
COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO “O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI” São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009
LANÇAMENTO DE LIVROS DOS SÓCIOS EFETIVOS
ADESÃO DO MARANHÃO À INDEPENDÊNCIA OSVALDO PEREIRA ROCHA79 A História do Brasil registra e, anualmente, no dia 28 de julho, comemora-se o fato de o Estado do Maranhão haver aderido à Independência do Brasil, quase um ano depois do grito do Ipiranga, dado por Dom Pedro I, em 07 de setembro de 1822, adesão esta que ocorreu em 1823. Nesse período, São Luís do Maranhão era uma das quatro cidades mais conhecidas e importantes do País. E devido à estreita ligação, inclusive sanguínea dos comerciantes portugueses que aqui viviam com a Coroa Portuguesa houve resistência à adesão. Todavia, as tropas portuguesas instaladas no Maranhão acabaram sendo cercadas por terra e mar e, por isso, não tiveram outra alternativa, senão renderem-se. A partir daquele dia 28 de julho de 1823, o nosso Estado deixou de ser Colônia de Portugal para constituir-se em Província do Império do Brasil. Atualmente, a data supracitada é vista pela maioria como mais um dia de feriado ou facultativo, para não irem ao trabalho ou, ainda, um dia qualquer; muitos desconhecendo o seu valor histórico. Todavia o Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão – IHGM – e o Município de São Luís ou até o Estado do Maranhão quase sempre a comemoram com palestras, seminários ou outros eventos. No dia 29 de julho de 2009, por exemplo, o IHGM comemorou a data com uma palestra proferida por um dos seus sócios efetivos designado pela Presidenta Eneida Vieira da Silva Ostria de Canedo. Como assim foi a referida data não passou em branco.
79
Colaborador (Registro DRT/MA nº 53). Sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão – IHGM e seu ex-Vice-Presidente. E-mail: rocha.osvaldo@uol.com.br
ADESÃO DO MARANHÃO À INDEPENDÊNCIA80 ÁLVARO URUBATAN MELO Sócio efetivo – Cadeira 54 Considerando a afinidade do Maranhão com Portugal foi justa e compreensível a resistência de ele aceitar e aderir à Independência brasileira. Revendo a história, por duzentos e um anos, teve a autonomia e viveu separado das unidades federativas do resto do Brasil. Sabe-se que tão logo ocorreu a derrota dos franceses, o rei Filipe III da Espanha, e II de Portugal, por Carta-Régia de 04 de maio de 1617, criou o Estado autônomo, “compreendendo as duas capitanias gerais, do Maranhão e do Grão-Pará e ficava considerado parte do Brasil, para o fim de para ele se mandarem degredados” (História do Maranhão – Carlos de Lima, pág. 243). Com Carta-Régia de 13 de junho de 1621, foi criado o Estado do Maranhão, com aquelas duas capitanias e outras secundárias e separado definitivamente do resto do País, com a área que abrangia dos baixios do Cabo de São Roque até o Rio Solimões (Oiapoque), compreendendo hoje os Estados dos antigos territórios, Amazonas, Pará, Maranhão e Piauí. No decorrer dos anos essa região, conforme interesse de Portugal, sofreu várias alterações, perdendo por último em 1811, o Piauí, mas sempre deixando o Maranhão ligado diretamente, em todos os sentidos, inclusive a parte religiosa, com o nosso bispado sufragâneo ao de Lisboa e não do Primaz da Bahia. Somente com a chegada da Família Real ocorreu à integração do território nacional foi que o Maranhão passou a receber ordens de Dom João VI, consolidada com a elevação do Brasil a 26 de dezembro de 1815, a categoria de Vice-Reino de Portugal e Algarves com a extinção dos Estados Coloniais que passarem ser denominados de Províncias. Antes da Transmigração, em 1801, o Conde Linhares sugeriu ao Príncipe Regente a nomeação de um vice-reino em lugar de um simples governador do Pará, com predomínio na administração do Maranhão, Mato Grosso e Goiás. João Ribeiro comenta – o extremo Norte do Brasil ou antigo Estado do Maranhão (do Amazonas ao Piauí) que até o tempo da Independência se desenvolveu separadamente do Governo Geral. Até mesmo já na Regência de Dom Pedro I, quando Portugal ainda não sabia ou assim fingia, da Proclamação da Independência do Brasil, determinou pelo Decreto Real de 24 de dezembro de 1822, cujo art. 1º transferia a sede da Regência do Rio para Bahia; no art. 2º que todas as Províncias do Brasil ficavam sujeitas à Regência, exceto as do Pará e Maranhão. ACESSO À METROPOLE. Esse elo Maranhão – Lisboa não se deu por opção e sim por contingências marítimas, conseqüentemente, fatores geográficos econômicos. Levando-se em conta ensinamentos da marinharia seiscentistas, expostos no livro O Trato dos Viventes, de Luiz Felipe de Alencastro adverte: o oceano está cortado por vias balizadas, canalizadas pelas correntes e pautadas pelas estações.
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Palestra proferida no dia 29 de julho de 2009, por ocasião das comemorações da adesão do Maranhão à Independência, data magna do IHGM.
Acresce que, essas viagens entre Portugal e o Maranhão, devia obedecer a um calendário marítimo preciso, uma “janela” sazonal delimitada (sic). Mencionava, ainda, que deveria largar de Lisboa entre os dias 15 a 25 de outubro para chegar a Recife cerca de dois mais tarde, e que a volta ocorresse até o final de abril para aportar em Lisboa, no mês de julho. Advertia que fora desse período, dobrava no mínimo o tempo de duração, com risco da tripulação pelas tempestades sazonais, sedes e doenças nas calmarias ao largo da zona equatorial africana. Continua: indo-se do Sul do Brasil para o Maranhão, havia que evitar o baixio de São Roque e ali ganhar o alto mar para depois volver à costa. Lembrava que na monção de setembro, resultante dos alísios, as marés geram um quadro tão adverso que pode perder a rota. Na seqüência refere-se que na altura do Cabo de Santo Agostinho a corrente subequatorial se bifurca na das Guianas e na do Brasil, esta a mais rápida de todo o litoral, do Cabo de São Roque ao Orange (Amapá), com velocidade horária de 2,5 nós, que mesmo com velas arriadas, navios de médio porte corriam as trezentos léguas do Cabo São Roque a São Luís em três dias. Em compensação na volta essa corrente era o grande obstáculo, principalmente na costa do Ceará, pelos muitos baixios cegos e constância de ventos forte e correnteza das águas. Dos muitos exemplos, cita Alencastro que nos anos em 1655, o Padre Antônio Vieira em companhia de soldados e missionários, levou 50 dias para ir a Camocim, e não deu conta de ultrapassar o litoral maranhense. Decidiram ir por terra e a canoas levou-nas na cabeça. O retorno fez em doze horas. No ano seguinte André Vidal Negreiros ao deixar de ser CapitãoGeral do Maranhão para assumir o governo de Pernambuco teve de ir a pé pelo litoral do Ceará. O próprio Almirante Lorde Cochrane deu várias voltas até encontrar ventos de feição para aportar a São Luís. Por causa desses ventos e correntes as viagens ao Sul eram mais rápidas e seguras via Portugal, alternativas que muitos preferiram. Diante dessas circunstâncias todo o intercâmbio oficial e comercial, inclusive com a presença de Dom João no Brasil, continuou com Cortes, contingências que consolidaram os laços de amizade. VINTISMO. Com a Revolução Constitucionalista de Portugal, rebentada no Porto, a 24 de agosto de 1820, a Província do Pará, a primeira a aderir ao VINTISMO desde 1º de janeiro de 1821, já vinha mantendo comunicação sigilosa com o governador Bernardo da Silveira, que apenas aguardava uma oportunidade para aliar-se ao esse movimento constitucionalista. Valeu-se da chegada inesperada a 04 de abril de 1821, no Porto de São Luís da Galera Jaquiá, vindo da Bahia e trazendo jornais e notícias de que a Bahia e Pernambuco já haviam prestado juramento de fidelidade. Ciente desses fatos, o Presidente Silveira, logo no dia, habilmente, mandar que o seu ajudante de Ordens, Major de Cavalaria Rodrigo Pinto Pizarro contatar com o comandante das Armas, Ten.- Cel. Manuel de Sousa Pinto Magalhães em busca de apoio para um golpe imediato, com objetivo de tirar da Oposição dessa iniciativa, de aderir à Revolução Portuense. Conseguido o apoio das Tropas, comunicado ao Marechal Bernardo da Silveira Pinto da Fonseca, que sabiamente arquitetara a manobra, divulgou no amanhecer do dia 06, conclamações ao povo e pediu convocação da Câmara para essa tarde. Reunidos vereadores, povo e nobreza, sob a presidência do próprio governador que solicitou que todos votassem livremente. Aprovado a adesão por unanimidade, foi eleito ele chefe do Governo Provisório do novo regime. Escondida toda a manobra, o Major José Loureiro Mesquita lembrou que de acordo com a Lei de 12/12/1770, era vedado governo provisório singular (por essa advertência pagou
caro, foi preso dia 12; depois cobrou alto, denunciou junto à Regência) e que se procedesse à eleição de uma Junta sob a presidência do próprio governador, o que foi por ele recusada, alegando que a decisão já fora tomada, contra apenas três votos contra. Do decidido foi lacrado ao Auto da Vereança, comemorado a noite toda com a cidade iluminada, espetáculo, inclusive com o cântico do Hino Nacional, composto por Antônio Marques Costa Soares, (um marajá da época), e banquete - Comendador Antônio José Meireles, rico português e presidente do Partido ofereceu um lauto jantar para a oficialidade de linhas, alimentação aos presos durante uma semana e deu ao bispo 400$000 para famílias pobres da cidade. Com uma forte oposição, e a recusa dos militares do aumento de seus soldos, uma reação de opositores, conforme fora aconselhado, por portaria de 09 de abril foi criada e instalada uma Junta Consultiva, tendo por presidente o Bispo D. Frei Joaquim de N. S. de Nazaré, entre outros o Marechal de Campo Agostinho Antonio de Faria e o Major José Demétrio de Abreu, comandante do Batalhão de Pedestre. Mostrando-se desinteressado, marcou o dia 13 para a eleição dos eleitores, quando no decorrer do pleito recebeu nove abaixo-assinados, de oficias das forças, magistrados, advogados, comércio, agricultura, todas com 270 assinaturas, pedindo a permanência dele na presidência. Novas comemorações, dessa vez outro português Manuel José Medeiros ofereceu outro jantar a oficialidade de linhas com os de Milícias, 10 sacos de arroz, uma pipa de vinho, um capado para ser distribuído entre os soldados e pobres e ofereceu um ano de sues proventos como escrivão aposentado. Diante dessa consagração, ele que na véspera passeara na cidade cavalo, a quem o Visconde Vieira da Silva menciona em seu livro que demonstrava com a cortesia de um candidato e com a piedade de um moribundo. Dono de si começou a determinar a desforra contra seus desafetos, e logo na véspera, dia 12 mandou o capitão João Manuel prender o capitão José Antônio dos Santos Monteiro, sob alegação de que tentava sublevar a tropa para restabelecer no comando o Brigadeiro Falcão. Com o retorno de D. João para Portugal – 26 de abril de 1821, que já havia jurado dia 26/2/821, no Largo do Rocio, a Constituição ser elaborada, fica na regência Dom Pedro. Por Decreto da Corte de 29 de setembro de 1821, o Marechal Silveira expediu em 09 de janeiro ordem para proceder à eleição da Junta Provisória dia 15 de fevereiro, sendo eleito D. Frei Joaquim N. N. de Nazaré e como comandante das Armas, o Marechal de Campo Agostinho Antônio Faria, por ser o mais antigo. Dom João em Lisboa reacendeu-se o espírito de fidelidade à causa lusitana, quando a Junta nesse período recebia ordens de Dom Pedro e comunicava não poder cumprir por ser em desacordo com as procedidas da Corte. Avoluma-se a luta política, com os monarquistas em seus bandos lutando pela fidelidade a Dom João, alegando que o sul não ser mercado consumidor dos produtos da Província, da afinidade familiar com os portugueses, e que os outros eram apenas conterrâneos. Do lado brasileiro, liderado por bacharéis formados na Europa, adeptos do Iluminismo, que temia a volta do Brasil a Colônia, era fortalecido pelo descontentamento dos lavradores que indevida e injustamente culpavam o Presidente Silveira pela crise do algodão que nos anos de 1815 a arroba subiu de três para nove ou dez mil réis, caiu em 819 para quatro, levando muitos à falência. Logo no começo o povo ficou indiferente, pois tanto Dom João quanto Dom Pedro pertencia a Dinastia dos Bragança. Com desenrolar da campanha, o predomínio dos lusos que gozavam das regalias das infanções, dos empregos norteou o povo para os independentes. A essas alturas o movimento de independência eclodido no Ceará, liderado por Tristão de Araripe, Leonardo Castelo Branco, reflete no Piauí, estoura com a retomada de Parnaíba por Bernardo Antônio de Saraiva com apoio de cel. Simplício Dias da Silva.
Encerrada a conquista do Piauí, começa a do Maranhão com a ocupação de São José dos Matões em 30.3.1823, por Roberto José Moura em apoio a Salvador Cardoso de Oliveira e derrotam as forças portuguesas bravamente comandadas por Major João José da Cunha Fidié, Francisco Paula Ribeiro e outros. Como acontece nessas lutas, às adesões são importantes, fortaleceram o sentimento de brasilidade, com bons exemplos, no caso do comandante do Destacamento de Árvores Verdes, o mulato Domingos Silva, vulgo Matrauá que garantiu a Salvador que era um independente de coração e que estava pronto para coadjuvar as forças brasileiras com todos os seus companheiros, quando revelou que seu comandante José Carlos Frazão antes de seguir para Brejo recomendou que nunca desembainhasse sua espada contra tropas independentes e as recebessem com as bocas das espingardas voltadas para baixo. Notáveis as mudanças de lado do Tenente Francisco Gonçalves com seus 60 homens de armados; capitão-mor João Caminha, com seus 700 combatentes; do Major Pinto de Magalhães, Capitão Alecrim, os Sousa Martins. Da bravura do Capitão do Mato João Ferreira do Couto – vulgo João Bunda, conhecido por esta quadra: João Bunda, em Anajatuba. No Ceará, João Tristão João Alves, na freguesia (São Bento o fundador). Paulo Viégas, no Tubarão. Os episódios das batalhas do Jenipapo, Piracuruca, o cerco de Caxias, Itapecuru, Pastos Bons, a chegada da Nau Dom Pedro com a estratégia, do Almirante Cochrane por serem conhecidas e outros informes, serão assuntos para novas, lembrando que o historiador Mário Martins Meireles observou que o bravo Salvador Cardoso de Oliveira ficou esquecido na composição da Junta. O que é praxe. É de Napoleão Bonaparte a frase de que nas Revoluções há dois tipos de homens – os que fazem e os que dela se aproveitam. Como são-bentuenses que somos, prezado confrade Gilberto Matos Arouche, quero registrar que o bravo coronel José Demétrio de Abreu era nosso conterrâneo. Filho de Severo de Abreu e Maria Tereza d’Araújo Silveira. Faleceu aos doze dias de agosto de 1852, com 62 anos de idade, enterrado em Palmeirândia.
ELITISMO NO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO - IHGM LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Sócio efetivo - Cadeira 40 Resumo Procura-se determinar a Elite de Autores do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, através da aplicação da “Lei do Elitismo” (PRICE, 1965), e da “Lei de Lotka” (1926). A primeira se utiliza de citações e destina-se a estimar o tamanho da elite de determinada população de autores. Enuncia que “toda população de tamanho N tem uma elite efetiva tamanho √ N”. Observa-se que, para as ciências em geral, o número de autores decresce mais rapidamente que o inverso do quadrado, mais aproximadamente à Lei do Inverso do Cubo 1/n3. Já a Lei de Lotka, relacionada à produtividade de autores e fundamentada na premissa básica de que “alguns pesquisadores publicam muito e muitos publicam pouco”, enuncia que “a relação entre o número de autores e o número de artigos publicados por esses, em qualquer área científica, segue a Lei do Inverso do Quadrado 1/n2”. Utilizou-se das 27 revistas publicadas pelo IHGM no período de 1926 a 2007. A Elite dos Autores se constitui daqueles que produziram acima de 11,61 artigos. Esses Autores – nove (6,68%), incluindo-se os artigos “dos Editores” (144 – 26,14%) – produziram 51,35% dos artigos publicados. Recupera-se a memória do Instituto, com seus quadros de patronos, sócios – efetivos, correspondentes, honorários, benemérito -, e relacionam-se todos os artigos publicados, com seus autores, por edição. Palavras-chave: Elitismo de autores. IHGM. Maranhão. Memória INTRODUÇÃO Ao ingressar no IHGM fui apresentado como Professor de Educação Física, atuando em escola profissionalizante de rede pública federal. Portanto, não pertenço à Universidade81... Minha formação básica é a Licenciatura em Educação Física e Esportes82. Quando de minha apresentação pelo confrade Padre Dr. Raimundo Meireles, foi lido meu currículo83, e lá consta “Mestrado em Ciência da Informação” 84, com área de concentração em “Informação em Ciência e Tecnologia” 85; assim, sou um cientista 81
Professor de Educação Física e Esportes do CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO MARANHÃO; professor de ensino básico e tecnológico nível D ref. 4 I 82
Licenciatura em Educação Física pela Escola de Educação Física e Desportos do Paraná, turma de 1975. 83
http://lattes.cnpq.br/2105898668356649
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“a ciência da informação é um campo dedicado às questões científicas e à prática profissional voltadas para os problemas de efetiva comunicação do conhecimento e de seus registros entre os seres humanos, no contexto social, institucional ou individual do uso e das necessidades de informação”. (Saracevic, 1996, p.47, citado por LIMA, Gercina Ângela Borém. Interfaces entre a ciência da informação e a ciência cognitiva. Ci. Inf., Brasília, v. 32, n. 1, p. 77-87, jan./abr. 2003 85
Mestrado em Ciência da Informação, pela Escola de Biblioteconomia da Universidade Federal de Minas Gerais, 1993; título da Dissertação: “Produção do conhecimento nos Centros Federais de Educação Tecnológica”; orientadora: Janeth Krammer.
da informação. Minha tese versou sobre a “produção do conhecimento na área tecnológica”, afinal, sou professor em uma escola de formação profissional – o Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão – CEFET-MA -, a antiga Escola Técnica. Quando digo que sou Mestre em Ciência da Informação, as pessoas logo pensam que trabalho com Informática; não, trabalho com ‘informação’86... Minha passagem pela UFMG deve-se, à época, estar interessado em como se processa a disseminação da informação na área das ciências do esporte. Vinha desenvolvendo pesquisas em documentação esportiva87. Cheguei a apresentar alguns trabalhos na área88, dentre eles “Produtividade e elitismo na Educação Física brasileira”; utilizando-nos das leis de Lotka, Bradford e o princípio de elitismo de Sola-Price89. O objetivo deste estudo é de se verificar quais são os colaboradores mais produtivos da Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão. Para tal se utilizará da Lei de Lotka, na sua formulação original90.
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Informação é o resultado do processamento, manipulação e organização de dados de tal forma que represente uma modificação (quantitativa ou qualitativa) no conhecimento do sistema (pessoa, animal ou máquina) que a recebe. 87
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias. Organização da Informação em Ciências do Esporte – a experiência do CEDEFEL-MA com revistas especializadas. ANAIS do XVIII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, São Caetano do Sul (SP), 08 a 11 de outubro de 1992, p. 105 88
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias. A produção do conhecimento na Escola de Educação Física da Universidade Federal de Minas Gerais. ANAIS da 45ª. REUNIÃO ANUAL DA SBPC, Recife (PE), 11 a 16 de julho de 1993, p. 54; VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias. A produção do conhecimento na Escola de Educação Física da Universidade Federal de Minas Gerais. ANAIS do VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, Belém (PA), o6 a 10 de setembro de 1993, p. 136. VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias; SANTOS, Luis Henrique. Produtividade e elitismo na Educação Física Brasileira. ANAIS do VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, Belém (PA), o6 a 10 de setembro de 199; VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Produção do conhecimento em Educação Física e Desportos no Nordeste Brasileiro. ANAIS do III JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA DA UFMA, São Luis, 05 a 08 de dezembro de 1995, p. 14-21. 89
A “Lei do Elitismo” utiliza-se de citações e destina-se a estimar o tamanho da elite de determinada população de autores; enuncia que “toda população de tamanho N tem uma elite efetiva tamanho √ N” (PRICE, 1965). Price, em “Little Science, Big Science, observou que, para as ciências em geral, o número de autores decresce mais rapidamente que o inverso do quadrado, mais aproximadamente à Lei do Inverso do Cubo 1/n3. (PRICE, Derek J. De Solla. Networks of scientific papers. Science, [s.l.], v. 149, n.3683, p. 56-64, July 1965. citado por GUEDES, Vania L. S.; BORSCHIVER, Suzana. BIBLIOMETRIA: UMA FERRAMENTA ESTATÍSTICA PARA A GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO, EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO, DE COMUNICAÇÃO E DE AVALIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA). 90
LOTKA, A. J. The frequency of distribuition of scientific productivity. JOURNAL OF THE WASHINGTON ACADEMY OF SCIENCES, v. 16, n.12, p. 317-323, 1926;
PRODUTIVIDADE DE AUTORES A Lei de Lotka, ou Lei do Quadrado Inverso91, aponta para a medição da produtividade de autores, mediante um modelo de distribuição tamanho-freqüência dos diversos autores em um conjunto de documentos. Já a Lei de Bradford, ou Lei de Dispersão92, permite, mediante a medição da produtividade das revistas, estabelecerem o núcleo e as áreas de dispersão sobre um determinado assunto em um mesmo conjunto de revistas. Pergunta-se, então, de que maneira é possível fazer este diagnóstico? Uma das possibilidades consiste na utilização de métodos que permitam medir a produtividade dos pesquisadores, grupos ou instituições de pesquisa. Para tanto, torna-se fundamental o uso de técnicas específicas de avaliação que podem ser quantitativas ou qualitativas, ou mesmo uma combinação entre ambas. Para Vanti (2002) 93, a avaliação da produtividade científica deve ser um dos elementos principais para o estabelecimento e acompanhamento de uma política nacional de ensino e pesquisa, uma vez que permite um diagnóstico das reais potencialidades de determinados grupos e/ou instituições, existindo diversas formas de medição, voltadas para avaliar a ciência e os fluxos da informação94, dentre estas a bibliometria, a cienciometria, a informetria e a webometria. O termo “bibliometria” foi cunhado por Pritchard em 1969. A medição da ciência tem seu início com Paul Otlet, em 1934 e podemos nos referir ainda aos
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A Lei de Lotka, relacionada à produtividade de autores e fundamentada na premissa básica de que “alguns pesquisadores publicam muito e muitos publicam pouco” (VOOS, 1974), enuncia que “a relação entre o número de autores e o número de artigos publicados por esses, em qualquer área científica, segue a Lei do Inverso do Quadrado 1/n2. Isto é, em um dado período de tempo, analisando um número n de artigos, o número de cientistas que escrevem dois artigos seria igual a ¼ do número de cientistas que escreveram um. O número de cientistas que escreveram três artigos seria igual a 1/9 do número de cientistas que escreveram um, e assim sucessivamente. LOTKA, A. J. The frequency of distribuition of scientific productivity. JOURNAL OF THE WASHINGTON ACADEMY OF SCIENCES, v. 16, n.12, p. 317-323, 1926, citado por GUEDES, Vania L. S.; BORSCHIVER, Suzana. Bibliometria: uma ferramenta estatística para a gestão da informação e do conhecimento, em sistemas de informação, de comunicação e de avaliação científica e tecnológica. 92
A Lei de Bradford, relacionada à dispersão da literatura periódica científica, enuncia que “se periódicos científicos forem ordenados em ordem decrescente de produtividade de artigos sobre determinado assunto, poderão ser divididos em um núcleo de periódicos mais particularmente dedicados ao assunto e em vários grupos ou zonas, contendo o mesmo número de artigos que o núcleo. O número de periódicos (n), no núcleo e zonas subseqüentes, variará na proporção 1:n:n2 [...]” (in BRADFORD, S. C. Sources of information on specific subjects. ENGINEERING, [s.l.], v.137, p. 85-86, 1934. (BROOKES, 1969, citado por GUEDES, Vania L. S.; BORSCHIVER, Suzana. Bibliometria: uma ferramenta estatística para a gestão da informação e do conhecimento, em sistemas de informação, de comunicação e de avaliação científica e tecnológica. 93
VANTI, Nadia Aurora Peres. Da bibliometria à webometria: uma exploração conceitual dos mecanismos utilizados para medir o registro da informação e a difusão do conhecimento. IN CI. INF., Brasília, v. 31, n. 2, p. 152-162, maio/ago. 2002, p. 152-162 94
“A palavra avaliar vem do latim ‘valere’. Esta apresenta, entre outras acepções, a de ser merecedor ou digno de alguma coisa. A avaliação, dentro de um determinado ramo do conhecimento, permite dignificar o saber quando métodos confiáveis e sistemáticos são utilizados para mostrar à sociedade como tal saber vem-se desenvolvendo e de que forma tem contribuído para resolver os problemas que se apresentam dentro de sua área de abrangência.” (VANTI, 2002, p. 152, op. Cit.)
trabalhos de Hulme (1922) e Cole e Eales (1917). Outro grande pesquisador da área foi Ranganathan (1948) 95. Pode-se definir a bibliometria como: “[...] o estudo dos aspectos quantitativos da produção, disseminação e uso da informação registrada. A bibliometria desenvolve padrões e modelos matemáticos para medir esses processos, usando seus resultados para elaborar previsões e apoiar tomadas de decisões”.
Já a “cienciometria” surgiu na antiga URSS e Europa Oriental e foi empregado especialmente na Hungria. Originalmente, referia-se à aplicação de métodos quantitativos para o estudo da história da ciência e do progresso tecnológico. As primeiras definições consideravam a cienciometria como “a medição do processo informático”, onde o termo “informático” significava “a disciplina do conhecimento que estuda a estrutura e as propriedades da informação científica e as leis do processo de comunicação”. Este termo alcançou notoriedade com o início da publicação, em 1977, da revista Scientometrics, editada originalmente na Hungria e atualmente na Holanda. (VANTI, 2002). “Cienciometria é o estudo dos aspectos quantitativos da ciência enquanto uma disciplina ou atividade econômica. A cienciometria é um segmento da sociologia da ciência, sendo aplicada no desenvolvimento de políticas científicas. Envolve estudos quantitativos das atividades científicas, incluindo a publicação e, portanto, sobrepondo-se à bibliometria”.
O termo informetria foi proposto pela primeira vez por Otto Nacke, 1979. Este termo foi adotado imediatamente pelo mesmo VINITI, na antiga URSS, instituição que impulsionou a criação de um comitê com este nome na Federação Internacional de Documentação: o FID/IM – Comitte on Informetry. Sua aceitação definitiva data de 1989, quando o Encontro Internacional de Bibliometria passou a se chamar Conferência Internacional de Bibliometria, Cienciometria e Informetria. Alguns autores apresentam tais termos como sinônimos, porém outros consideram que a informetria compreende um campo mais amplo que a cienciometria e que englobaria, também, a bibliometria. (VANTI, 2002). “Informetria é o estudo dos aspectos quantitativos da informação em qualquer formato, e não apenas registros catalográficos ou bibliografias, referente a qualquer grupo social, e não apenas aos cientistas. A informetria pode incorporar, utilizar e ampliar os muitos estudos de avaliação da informação que estão fora dos limites da bibliometria e cienciometria”.
Esse termo designa uma extensão recente das análises bibliométricas tradicional ao abarcar o estudo das modalidades de produção da informação e de 95
FONSECA, E. N. Bibliografia estatística e bibliometria: uma reivindicação de prioridades. CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, Brasília, v. 2, n.1, p. 5-7, 1973; FONSECA, E. N. (Org.). Bibliometria: teoria e prática. São Paulo : EDUSP, 1986; RAVICHANDRA RAO, I. K. Métodos quantitativos em biblioteconomia e ciência da informação. Brasília : ABDF, 1986..
comunicação em comunidades não acadêmicas. A informetria se distinguiria claramente da cienciometria e da bibliometria no que diz respeito ao universo de objetos e sujeitos que estuda, não se limitando apenas à informação registrada, dado que pode analisar também os processos de comunicação informal, inclusive falada, e dedicar-se a pesquisar os usos e necessidades de informação dos grupos sociais desfavorecidos, e não só das elites intelectuais. “... a informetria é um subcampo emergente da ciência da informação, baseada na combinação de técnicas avançadas de recuperação da informação com estudos quantitativos dos fluxos da informação” e encontra sua utilidade na administração de coleções em bibliotecas, no desenvolvimento de políticas científicas e pode ajudar na tomada de decisões em relação ao desenho e manutenção de sistemas de recuperação de informação. (VANTI, 2002) A webometrics ou webometria consiste na aplicação de métodos informétricos à World Wide Web. Além do termo webometrics, também se encontra na literatura a expressão cybermetrics, que corresponde ao nome da revista apresentada oficialmente durante a VI Conferência Internacional de Cienciometria e Informetria, em Jerusalém, no ano de 1997. (VANTI, 2002) Em termos genéricos, estas são algumas possibilidades de aplicação dessas técnicas: identificar as tendências e o crescimento do conhecimento em uma área; identificar as revistas do núcleo de uma disciplina; mensurar a cobertura das revistas secundárias; identificar os usuários de uma disciplina; prever as tendências de publicação; estudar a dispersão e a obsolescência da literatura científica; prever a produtividade de autores individuais, organizações e países; medir o grau e padrões de colaboração entre autores; analisar os processos de citação e co-citação; determinar o desempenho dos sistemas de recuperação da informação; avaliar os aspectos estatísticos da linguagem, das palavras e das frases; avaliar a circulação e uso de documentos em um centro de documentação; medir o crescimento de determinadas áreas e o surgimento de novos temas.
ELITISMO - “POUCOS COM MUITO E MUITO COM POUCOS” . O padrão de distribuição das leis e princípios bibliométricos segue a máxima conhecida como “Efeito Mateus na Ciência”, que diz: “aos que mais têm será dado em abundância e, aos que menos têm até o que têm lhes será tirado” 96. Trata-se de uma abordagem ao efeito Mateus mediante a análise de processos psicossociais, que afetam o sistema de avaliação e distribuição de recompensas científicas. Por exemplo: cientistas altamente produtivos, de universidades mais conceituadas, obtêm freqüentemente mais reconhecimento que cientistas igualmente produtivos, de outras universidades. 96
MERTON, R. K. The Mathew effect in science. SCIENCE, [s. l.], v. 159, n. 3810, p. 58, Jan. 1968, citado por GUEDES, Vania L. S.; BORSCHIVER, Suzana. Bibliometria: uma ferramenta estatística para a gestão da informação e do conhecimento, em sistemas de informação, de comunicação e de avaliação científica e tecnológica;
Para se verificar quais são os colaboradores mais produtivos da Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão se utilizará da Lei de Lotka, na sua formula original97, sem as variações apresentadas por ALVARADO (2003) 98. No geral, os autores concordam que, para uma correta aplicação do modelo de Lotka, devem-se seguir as seguintes recomendações99: a) Selecionar um campo específico de produção científica. Quanto mais específico o campo, melhor o resultado; b) Selecionar uma bibliografia existente ou elaborar uma bibliografia sobre o campo específico cuja cobertura seja exaustiva. Quanto mais extensa e exaustiva melhor. Sugere-se que a cobertura dessa bibliografia seja maior ou igual a dez anos; c) Contar a produtividade de cada autor, considerando-se também os coautores. Isso significa que se deve adotar o método da contagem completa; d) Ordenar os dados coletados em uma tabela de freqüências para facilitar a visualização dos mesmos; e) Selecionar o modelo estatístico mais adequadamente sugerido pelos dados tabulados; f) Calcular os valores esperados ou teóricos, seguindo as especificações do modelo estatístico escolhido; g) Estabelecer as hipóteses a serem testadas e a região de rejeição dessas hipóteses no nível de significância de a = 0.05; h) Testar a qualidade do ajuste dos dados, usando-se o teste do quiquadrado ou Kolmogorov-Smirnov.
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LOTKA, A. J. The frequency of distribuition of scientific productivity. JOURNAL OF THE WASHINGTON ACADEMY OF SCIENCES, v. 16, n.12, p. 317-323, 1926; 98
ALVARADO, Rubén Urbizagástegui. A Llei de Lotka: o modelo Lagrangiano de Poisson aplicado à produtividade de autores. IN PERSPECT. CIENC. INF., Belo Horizonte, v. 8, n. 2, p. 188-207, jul./dez. 2003; 99
CAFÉ, Lígia; BRÄSCHER, Marisa. ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO E BIBLIOMETRIA. ENC. BIBLI: R. ELETR. BIBLIOTECON. CI. INF., Florianópolis, n. esp., 1º sem. 2008 ALVARADO, Rubén Urbizagástegui. A Lei de Lotka: o modelo Lagrangiano de Poisson aplicado à produtividade de autores. IN PERSPECT. CIENC. INF., Belo Horizonte, v. 8, n. 2, p. 188-207, jul./dez. 2003; VANTI, Nadia Aurora Peres. Da bibliometria à webometria: uma exploração conceitual dos mecanismos utilizados para medir o registro da informação e a difusão do conhecimento. IN CI. INF., Brasília, v. 31, n. 2, p. 152-162, maio/ago. 2002, p. 152-162 MOSTAFA, Solange Puntel. Citações epistemológicas no campo da educomunicação. COMUNICAÇÃO & EDUCAÇÃO, São Paulo, (24): 15 a 28, maio/ago. 2002. WORMELL , Irene. Informetria: explorando bases de dados como instrumentos de análise. CI. INF., Brasília, v. 27, n. 2, p. 210-216, maio/ago. 1998 TESTA James, A base de dados ISI e seu processo de seleção de revistas. CI. INF., Brasília, v. 27, n. 2, p. 233235, maio/ago. 1998
O INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO E SUA REVISTA O hoje Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão – IHGM – foi fundado em dezembro de 1925, por Antonio Lopes da Cunha100: “Em 1925, tomei a iniciativa de reunir alguns homens de boa vontade na livraria de Wilson Soares, expondo-lhes a minha idéia de se comemorar o centenário do nascimento de D. Pedro II com a inauguração, nesta capital, de um Instituto de História e Geografia. Os que prestaram apoio à idéia foram: Justo Jansen, Ribeiro do Amaral, José Domingues, Barros e Vasconcelos, Domingos Perdigão, José Pedro Ribeiro, José Abranches de Moura, Arias Cruz, Wilson Soares e José Ferreira Gomes. Mais tarde incorporou-se a esse grupo João Braulino de Carvalho. Ausentes de S. Luís apoiaram calorosamente a idéia Raimundo Lopes, Fran Pacheco, Carlota Carvalho e Antonio Dias, que também foram considerados sócios fundadores do Instituto. (p. 110) “A 20 de novembro realizou-se a sessão inicial, sendo apresentado, discutido e votado os estatutos e eleita a diretoria, cujo presidente foi Justo Jansen. José Ribeiro do Amaral foi eleito presidente da assembléia geral. (p. 111)101 .
Denominava-se “Instituto de História e Geografia do Maranhão” 102, e tinha como objetivos: (a) O estudo e difusão do conhecimento da história, da geografia, da etnografia, etnologia; e arqueologia, especialmente do Maranhão; (b) O incremento à comemoração dos vultos e fatos notáveis de seu passado; e (c) A conservação de seus monumentos 103: Em seu Artigo IV104 constava: “para a publicação dos seus actos sociaes, das investigações que realizar e dos trabalhos de seus sócios sobre assumptos que se relacionarem às siciencias (sic) de que se deverá ocupar, assim como de contribuições de igual gênero enviadas por investigadores competentes, o Instituto manterá uma Revista bimensal ou trimestral.” (p. 62).
100
Antônio Lopes da Cunha nasceu na cidade de Viana – Maranhão -, em dia 25 de maio de 1889 e faleceu em São Luís a 29 de novembro de 1950. Filho do desembargador (e futuro governador do Estado) Manuel Lopes da Cunha e D. Maria de Jesus Sousa Lopes da Cunha. Foi o fundador e secretário perpétuo do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão. 101
LOPES DA CUNHA, Antônio. Instituto histórico. In ESTUDOS DIVERSOS. São Luís: SIOGE, 1973. 102
Art. II do Regimento Interno, publicado na REVISTA DO INSTITUTO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO MARANHÃO, ano I, no. 1, julho a setembro, 1926, p. 61; 103
Art. I do Regimento Interno, publicado na REVISTA DO INSTITUTO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO MARANHÃO, ano I, no. 1, julho a setembro, 1926, p. 61; 104
Do Regimento Interno, publicado na REVISTA DO INSTITUTO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO MARANHÃO, ano I, no. 1, julho a setembro, 1926, p. 61-64.
Assim, em agosto de 1926 surgia a “HISTÓRIA E GEOGRAFIA - Revista trimestral do Instituto de História e Geographia do Maranhão”, anno I - 1926 – num. 1, julho a setembro, com 97 páginas, contendo ilustrações, e impressa na Typ. Teixeira - São Luiz 105. Era seu Diretor Antonio Lopes (da Cunha). Contou, naquele primeiro número com as seguintes colaborações:
Antonio Lopes – Marília e Dirceu (p. 9-14); O Diccionário Histórico e Geographico do Maranhão (p. 41-46); e Armorial Maranhense (p. 47-53); B. Vasconcelos – O Maranhão fabuloso (17-20)-; J. de Abranches Moura – A Ilha de S. Luiz (p. 21-27); e Ribeiro do Amaral – Nobiliarchia Maranhense (p. 38-41).
Da redação, os “editoriais” “O primeiro número” (p. 5-6), e “Maranhão-Piauhy” (p. 7-8); além de Notas Várias (p. 65-88), estas contando com diversos colaboradores. Ainda são publicadas as seguintes colaborações: de Wilson Soares, as paginas 31-38 publica-se o artigo “Subsídios a bibliographia maranhense”; da página 55 a 59, consta a relação de sócios 106; e da pagina 61 a 64 o Regimento Interno (estatuto) do “Instituto de História e Geographia do Maranhão”. A partir da 105
HISTÓRIA E GEOGRAFIA- REVISTA TRIMESTRAL DO INSTITUTO DE HISTÓRIA E GEOGRAPHIA DO MARANHÃO, São Luís, ano I, n. 1, julho/setembro, 1926 106
Diretoria 1926-1927: - Dr. Justo Jansen Ferreira – presidente; Dr. José Domingues da Silva – vicepresidente; Dr. Antonio Lopes da Cunha – secretário-geral; Wilson da Silva Soares – tesoureiro; ainda foram criadas as seguintes Comissões: de Geografia – José Domingues, Abranches de Moura, Justo Jansen; de História: Ribeiro do Amaral, B. Vasconcelos, Ferreira Gomes; de Bibliografia: Domingos Perdigão, Arias Cruz, José Pedro. Quadro Social – Sócios efetivos Fundadores – Antonio Lopes (da Cunha); Arias Cruz (Padre); Abranches Moura (José Eduardo de); Barros de Vasconcelos (Desembargador Benedito de); Domingos de Castro Perdigão; José Domingues (da Silva); José Ferreira Gomes (Padre); José Pedro Ribeiro; Justo Jansen Ferreira; Ribeiro do Amaral (José); Wilson (da Silva) Soares. Sócios Efetivos: Antonio (Lopes) Dias; Carlota Carvalho; Fran Pacheco (Manoel Francisco Pacheco); Raymundo Lopes (da Cunha); Virgilio Domingues (da Silva); Domingos Américo de Carvalho. Sócios Correspondentes: Amazonas – João Braulino de Carvalho Filho (maranhense); Piauí: Abdias Nascimento; Ceará: Barão de Studart; Rio de Janeiro: J. Capistrano de Abreu; Rocha Pombo; Viveiros de Castro (Maranhense); Rodolpho Garcia; Tasso Fragoso (maranhense); Dunshee de Abranches (maranhense); Mas Fleuiss; Nogueira da Silva (maranhense); Alcides Bezerra; S. Paulo: Paulo Prado; Santa Catarina: Miranda Carvalho; Estados Unidos: Oliveira Lima; Portugal: J. Lúcio de Azevedo. Não foram preenchidos 13 vagas de sócio e de 13 de correspondentes. Com o se observa, foram criadas 30 cadeiras de sócios efetivos e 30 de correspondentes. Após a nominação de cada sócio efetivo, há uma pequena biografia de cada um com sua produção científico-literária. Dos sócios correspondentes, a indicação do estado onde residem e indicação daqueles que são maranhenses. (in HISTÓRIA E GEOGRAFIA- REVISTA TRIMESTRAL DO INSTITUTO DE HISTÓRIA E GEOGRAPHIA DO MARANHÃO, São Luís, ano I, n. 1, julho/setembro, 1926, p. 55 a 59; Ver. Geo. E Hist., ano 2, n. 1, novembro de 1948, p. 148)
pagina 89, um Apêndice com o artigo “As tribus do Rio Javary”, de João Braulino de Carvalho. O segundo número da Revista – “GEOGRAFIA E HISTÓRIA – Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão”, aparece 22 anos após, em Novembro de 1948 107. Conforme seu Diretor Antonio Lopes na apresentação (p. 3), a Revista do IHGM não circulou desde pouco antes de 1930: “Não poucos reveses saltearam o Instituto na vigência do regime político instaurado em fins daquele ano 108. Uma administração do município de S. Luis retirou o parco auxílio com que eram custeadas as despesas com a revista (...). Vinte e dois anos depois de ter vivido muito e muito desajudado do Maranhão, e apesar de hostilidades e indiferenças, o Instituto sente que ainda são 109 oportunas aquelas palavras. ”.
Como se nota das palavras do Secretário Perpétuo do IHGM, o subsídio para publicação da revista foi retirada durante o período do Estado-Novo110. Colaboram com artigos: ALMEIDA, R.; CARVALHO, B. de; DINO, N.; FERNANDES, H. C.; FERNANDES, J. S.; FIALHO, O.; LEMERCIER, J. M.; LOPES DA CUNHA, A; LUZ, 107
GEOGRAFIA E HISTÓRIA – REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO, São Luís, ano 2, n. 1, novembro, 1948 108
Revolução de Trinta, movimento armado que, a 24 de outubro de 1930 depôs o Presidente Washington Luiz Pereira de Sousa (1926/1930). No Maranhão, de acordo com MEIRELES (1980), se efetivara com antecedência de uma quinzena (8/10). Tomou parte na Junta Provisória (24/10 a 09/11/1930), o General Tasso Fragoso – maranhense. O Poder é entregue a Getúlio Vargas, que nomeia interventores para os estados, sendo que para o Maranhão são designados: o Major Luso Torres (15 a 17/11/1930); José Maria dos Reis Perdigão (27/11/1930 a 09/01/19310), Padre Astolfo de Barros Serra (09/01 a 18/08/1931); Capitão Lourival Serôa da Mota (08/09/1931 a 10/02/1933), Antonio Martins de Almeida (29/06/1933 a 22/07/1935). Com a reconstitucionalização de 1934/35, assume o Governo do Estado o Dr. Achiles Farias Lisboa; para Prefeito de São Luis foi indicado Manuel Vieira Azevedo (1935/1936); Paulo Martins de Sousa Ramos (15/08/1936 a 24/11/1937). Em 1937, Getulio Vargas instala novo período intervencional, com o chamado Estado-Novo, permanecendo como Interventor Paulo Ramos até 1945. (in MEIRELES, M. HISTÓRIA DO MARANHÃO. 2 ed. São Luís: Fundação Cultural do Maranhão, 1980, p. 356-380.) Na sessão de 20 de julho de 1939 é feita uma exposição dos fatos que abalaram a vida do Instituto e o destituíram da sede, em conseqüência da revolução de 1930; voto de protesto contra os atos praticados contra o Instituto, inclusive a retirada dos auxílios que recebia e a desorganização de seu Museu. 109
As palavras a que se refere seu diretor são do artigo que abriu o primeiro número: “Compreenderão os maranhenses dos trabalhos desta associação, que ela viverá? Talvez. E, se o compreenderem, não lhe negarão, por certo, o seu apoio”. (REV. IHGM, ano 1, n. 1, julho/setembro, 1926, p. 5). 110
Note-se que havia entre os membros da Junta Provisória (24/10 a 09/11/1930) instalada um membro do próprio Instituto: o General Tasso Fragoso, sócio correspondente, residente então no Rio de Janeiro à época da fundação do Instituto
J. V. da; SOARES, O.; TEIXEIRA, L.; e VASCONCELOS, B.; além das notas da Redação. Três anos se passam, após a redemocratização, até os problemas havidos durante aquele período sanarem-se e sair novo número da Revista – o ano 2, número 1... Às páginas 146-154 há um relatório das atividades do Instituto no período dos 22 anos de ausência da Revista. Consta a relação da diretoria eleita para o biênio de 15 de julho de 1948 a 15 de julho de 1949: Presidente: João Braulino de Carvalho; Vice-Presidente: Henrique Costa Fernandes; Secretário Geral e Perpétuo: Antonio Lopes da Cunha; Segundo Secretario: Rubem Ribeiro de Almeida; Tesoureiro: Fernando Eugênio dos Reis Perdigão. Consta, ainda, a relação dos ocupantes das diretorias anteriores, sendo: PERÍODO 20/11/1925 20/07/1929 20/07/1931
FUNÇÃO Presidente Vice-Presidente Presidente: Vice-Presidente: Presidente:
OCUPANTE Justo Jansen Ferreira José Domingos da Silva José Domingos da Silva Henrique Costa Fernandes João Braulino de Carvalho
Extrai-se súmula das atas da Assembléia Geral do Instituto111, contidas no Livro I, onde:
111
1ª. sessão foi realizada em 20 de novembro de 1925, que foi a de fundação, aprovação dos estatutos, e eleição da primeira Diretoria; 2ª. sessão realizou-se em 09 de fevereiro de 1926, tratando-se das providencias para o recebimento e instalação da Coleção Artística Gonçalves Dias, prometida ao Instituto pelo presidente Magalhães de Almeida. Em nota de pé-de-página consta que a coleção não foi recebida por falta de espaço na sede social; 3ª. sessão – 11 de março de 1926, tomou-se ciência de que Antonio Lopes, quando do exercício do cargo de prefeito municipal de São Luis, apresentou ao legislativo proposta sancionada depois, de uma subvenção ao Instituto; resolve-se permitir o funcionamento da Escola de Belas Artes no prédio (alugado) do Instituto; e ainda institui-se uma contribuição mensal dos sócios para os cofres da sociedade; 4ª. sessão – 04 de junho de 1926, Domingos Perdigão solicita dispensa de suas funções de secretario da Assembléia Geral, passando esta a ser ocupada, então pelo secretário geral; marcadas as eleições para o período de 28/06/1926 a 28/06/1927; reeleitos os presidentes da Assembléia Geral e diretoria, o secretário geral e o tesoureiro, assim como as comissões. Aceitos como sócios efetivos: Virgílio Domingues da Silva, Domingos Américo de
SUMULAS DAS ATAS DA ASSEMBLÉIA GERAL DO INSTITUTO CONTIDAS NO LIVRO I. GEOGRAFIA E HISTÓRIA – REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO, São Luis, ano 11, n. 1, novembro de 1948, p. 148-154.
Carvalho, e Parsondas de Carvalho. Sócios correspondentes: Oliveira Lima e Francisco Guimarães; 5ª. sessão – 29 de julho de 1926 – posse da nova diretoria eleita; 6ª. sessão – 04 de dezembro de 1926 - trata-se da publicação da Revista, incumbindo-se a Antonio Lopes sua organização e direção, com plenos poderes. Proposto e eleitos sócios efetivos os correspondentes Raimundo Lopes, Antonio Dias e Fran Pacheco; 7ª. sessão – 15 de maio de 1927 – eleições de presidente da assembléia geral, diretoria e comissões. Eleitos sócios correspondentes Bernardino de Sousa e Costa Filho; 8ª. sessão – 29 de junho de 1927 – posse da diretoria eleita; 9ª. sessão – 29 de julho de 1927 – discussão, votação e aprovação do projeto de reforma do Estatuto; prorrogação do mandato da diretoria, do presidente da assembléia geral e comissões até 19 de julho de 1929; 10ª. sessão – 31 de julho de 1927 – eleitos sócios efetivos Clarindo Santiago e Costas Fernandes; 11ª. sessão - 04 de agosto de 1927 – renuncia do presidente da assembléia geral e eleição de Domingos Américo; concedido a Antonio Lopes o título de secretário perpétuo; 12ª. sessão – 20 de julho de 1929 – eleições para presidente da assembléia geral, diretoria, e comissões; posse dos eleitos; 13ª. sessão – 20 de julho de 1931 - eleições para presidente da assembléia geral, diretoria; posse dos eleitos; 14ª. sessão – 20 de julho de 1933 - eleições para presidente da assembléia geral, diretoria, e comissões; posse dos eleitos; 15ª. sessão – 20 de julho de 1939 – exposição dos fatos que abalaram a vida do instituto e o destituíram da sede, em conseqüência da revolução de 1930; voto de protesto contra os atos praticados contra o Instituto, inclusive a retirada dos auxílios que recebia e a desorganização de seu Museu; eleições e posse da diretoria e presidente da assembléia geral; 16ª. sessão – 20 de julho de 1941 – eleição e posse da diretoria e presidente da assembléia geral; 17ª. sessão – 15 de agosto de 1941 – aprovado o quadro de trinta cadeiras, com seus patronos, para os sócios fundadores e efetivos do Instituto, cujo número não poderá ser aumentado.
A partir de 1948, são realizadas as sessões magnas em que os sócios eleitos fazem o elogio do Patrono de sua cadeira. Assim, em 28 de setembro daquele ano monsenhor José Maria Lemercier e Joaquim Vieira da Luz fazem o elogio dos seus patronos – Claude d´Abeville e Yves d’Évreux; discursou Leopoldino Lisboa saudando os empossados. Em 1º. de novembro, nova sessão magna, em homenagem a memória de Gonçalves Dias, na Semana Gonçalvina, sobe a presidência do governador do Estado, coronel Sebastião Archer da Silva, e orador oficial do Instituto, Rubem Almeida. Também discursaram o escritor maranhense Franklin de Oliveira e o folclorista Néri Camelo. Naquele ano de 1948, completou-se o quadro de sócios efetivos, sendo eleitos novos sócios correspondentes. Apresentou-se o quadro dos sócios fundadores e efetivos (anexo 1).
Novo número da “Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, só em 1951, em seu ano XXVIII, n. 3, de agosto, sendo seu diretor Rubem Almeida 112. Colaboram com a revista: CARVALHO, B. de; PINTO, F.; DINO, N.; REIS, L. G. dos; VIVEIROS, J. de; CORREIA LIMA, O. A Revista apresenta novo formato, dividida em sessões: uma primeira parte com as contribuições dos colaboradores, transcrições de documentos, bibliografia maranhense, sendo que esta subdividida nos registros propriamente, de autores maranhenses, registro bibliográfico refere-se aos documentos recebidos, noticiário, e anúncio histórico; ao final, apresenta-se o sumário da revista. Não houve editorial... Uma nova diretoria passa a responder pelo Instituto, eleita para o período de 1951 a 1953: Presidente: Vice-Presidente Secretário Geral Tesoureiro Bibliotecário Diretor de Museu Diretor do Serviço de Divulgação Assembléia Geral – Presidente Secretário Geral
João Braulino de Carvalho Leopoldino Lisboa Jerônimo de Viveiros José de Mata Roma Odilon Soares Oswaldo Soares Rubem Almeida Nicolao Dino Olavo Correia Lima
Publicam-se às páginas 145-154 os novos Estatutos Sociais, aprovados em 22 de abril de 1951, permanecendo em seu Art. VII “editar uma publicação periódica, em cujas páginas sejam insertos os trabalhos apresentados às reuniões e registradas as atividades do Instituto”. No Art. X, “reeditar ou promover a reedição de obras de autores maranhenses antigos, publicar as ainda inéditas, ou empenhar-se pela sua publicação”.
Estimula-se a elaboração de monografias e estudos sobre assuntos previamente escolhidos e postos em concurso, com a criação de premio (Art. IX). Essas ações a cargo do “Diretor do Serviço de Divulgação” (Art. 6º.): “Art. 26 – compete ao Diretor do Serviço de Divulgação superintender as publicações, reunir os artigos para a “Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão”, fazer a propaganda, enviar à imprensa resenha das ocorrências das sessões, e atender a todos os assuntos que se relacionam com a imprensa”.
Em seu Art. II o número de sócios efetivos é aumentado para 50 (cinqüenta); os correspondentes, honorários e beneméritos, em número ilimitado. Embora conste que a relação dos sócios estaria anexa aos Estatutos e “não possa ser alterada” seja em sua ordem das cadeiras e a sua distribuição pelos ocupantes falecidos e atuais, esta não é publicada na Revista (Art. 31, # primeiro).
112
REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO, São Luís, ano 28, n.3, agosto de 1951.
Em junho de 1952, vimos aparecer nova edição da Revista113, de número 4. Colaboraram: REIS, L. G. dos; CORREIA LIMA, O.; VIVEIROS, J. de; VIEIRA FILHO, D.; DINO, N.; MEIRELES, M. M.; BASTIDE, R.; VIANA, F.; FERREIRA, A.; FIALHO, O.; BARBOSA, T.; DINIZ, E. F.; RODRIGUES, N.; MIRANDA, L.; ABREU, S. F.; FREYRE, G.; COSTA, C. R. A Revista 5 com data de dezembro de 1952114 aparece, na realidade, em 1953, conforme se vê na sua primeira página. Ruben Almeida é seu diretor e conta com os seguintes colaboradores: VIVEIROS, J. de; VIEIRA FILHO, D.;CORREIA LIMA, O.; DOMINGUES, V.; RÊGO COSTA; HIMUENDAJU, C.; WAGLEY, C. A Revista de número 6 tem a data de dezembro de 1956115, tendo como diretor Olímpio Machado. Assinam seus artigos: CARVALHO, J. B. de; VIVEIROS, J. de; DOMINGUES FILHO, V.; CORREIA LIMA, O.; DINO, N.; XEVEZ, S. M.; OLIMPIO FILHO; BARBOSA, T.; SALLES CUNHA, E.; FERREIRA, A.; Em 1984, no mês de dezembro, aparece o numero 07 da Revista116. Após 22 anos de ausência! “O Instituto Histórico Geográfico do Maranhão realiza, hoje, importante reunião para promover o lançamento do numero sete de sua Revista oficial, que a partir desta data voltará a circular trimestralmente, com regularidade. “Convém assinalar nesta oportunidade que a cerca de vinte e dois anos achava-se suspensa a circulação de tão importante órgão da cultura maranhense por absoluta falta de cursos materiais.” (Nascimento,
1985)117.
CORREIA (1984) também saúda o reaparecimento, manifestando sua satisfação ao retorno da publicação, “... suspenso que estava há mais de duas décadas, pela ausência do suporte material indispensável para a sua aparição regular, agora, entretanto, conquistado, ensejando o compromisso de que ressurgirá com periodicidade trimestral, passando rapidamente quer a resgatar, quer a prolongar, a sua presença na cultura maranhense”.118.
113
REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO, São Luís, ano IV, n. 4, junho de 1952. 114
REV. IHGM, São Luís, ano IV, n. 05, dezembro de 1952
115
REV. IHGM, São Luís, anoVII, no. 06, dezembro de 1956
116
REV. IHGM, São Luís, ano LIX, n. 07, dezembro de 1984
117
NASCIMENTO, Jorge. Ausência restituída. In REV. IHGM, São Luís, ano LIX, n. 07, dezembro de 1984, nota de orelha do livro. 118
CORREIA, Rossini. In REV. IHGM, São Luís, ano LIX, n. 07, dezembro de 1984, nota de orelha do livro.
O então Presidente, José de Ribamar Seguins, lembra, em seu editorial que o último número que veio a publico, 6 (seis), fora em 1961. Ressalta a ajuda dada pelo SIOGE, na edição do ‘numero da sorte, o sete’ 119. A Diretoria do IHGM, gestão 1984-1986 estava assim constituída: Presidente José Ribamar Seguins Vice-Presidente João Freire de Medeiros 1º. Secretário Joseth Coutinho Martins de Freitas 2º. Secretário Eloy Coelho Netto 1º. Tesoureiro Pedro Rátis de Santana 2º. Tesoureiro Ilzé Vieira de Mello Cordeiro Bibliotecária Ariceya Moreira Lima Silva Diretor do Serviço de Raimundo Nonato Travassos Furtado Divulgação É apresentado o “Plano Editorial do IHGM” 120: “I – O PLANO EDITORIAL DO IHGM é destinado, exclusivamente para os seus associados, no sentido de: a) Defender e velar o patrimônio histórico e cultural do Maranhão; b) Estimular o estudo e cooperar na publicação prioritariamente, de questões sobre História, Geografia e Ciências afins referentes ao Brasil e, especialmente, ao Maranhão; c) Cooperar com os Poderes Públicos nas medidas que visem ao engrandecimento científico e cultural do Maranhão. II – O PLANO EDITORIAL usará o seu órgão especial – a REVISTA – para as publicações trimestrais de trabalhos previamente selecionados. III – Os Associados poderão usar o PLANO EDITORIAL nas publicações de outros gêneros como romances, peças teatrais, ensaios, críticas, versos, novelas, crônicas, contos e monografias, quando os referidos assuntos forem previamente escolhidos em concursos e promoções realizadas pelo IHGM. IV – Será estabelecido premio anunciado com antecipação, além de medalha de ‘honra ao mérito, apoio e cobertura da solenidade de lançamentos da obra. V - As inscrições serão feitas de 1o. a 15 do primeiro mês década trimestre, com apresentação de original inédito, titulo da obra d o nome do autor. VI – A Diretoria do IHGM designará anualmente por portaria três (3) membros de seu quadro de sócios efetivos com três (3) suplentes para comporem a Comissão de Leitura, sendo o julgamento por votação com parecer escrito considerado irrevogável. Os suplentes serão, automaticamente, convocados pela ordem, quando houver impedimento de quaisquer dos membros efetivos da mencionada Comissão.
119
SEGUINS, José de Ribamar. Nossa Revista. In REV. IHGM, São Luís, ano LIX, n. 07, dezembro de 1984, p. 3. 120
SEGUINS, José de Ribamar. Plano Editorial do IHGM. In REV. IHGM, São Luís, ano LIX, n. 07, dezembro de 1984, p. 83-84
VII – Os casos omissos serão decididos de comum acordo pela Diretoria do IHGM e pela Comissão de Leitura e, em ultima Instancia pela Assembléia Geral do IHGM. São Luís, 05 de outubro de 1984 JOSÉ RIBAMAR SEGUINS Presidente do IHGM.”
Colaboraram com artigos: SEGUINS, J. R.; FURTADO TRAVASSOS; GUIMARÃES, R. C.; ELIAS FILHO, J.; CRUZ, O.;COELHO NETTO, E.; FREITAS, J. C. M. de; SOARES, L. A. N. G.; REIS, J. R.; COSTA, B. E. Março de 1985, surge o numero 8 da Revista121; a parceria com o Governo do Estado, através do SIOGE permite cumprir a periodicidade de edição. NASCIMENTO (1985), na apresentação, fala do êxito alcançado pela revista 7122. Foram os seguintes os colaboradores: NASCIMENTO, J.; CUNHA, C.; ; SEGUINS, J. M.; VASCONCELOS, A.; SEGUINS, J. R.; CORREIA LIMA, O.; AROSO, O. C. L.; COSTA, J. P. da; VIANA, O. P.; FREITAS, J. C. M. de; COELHO NETTO, E. Em junho de 1985 surge o numero 09123.José Ribamar Seguins é o Presidente e Travassos Furtado o Diretor de Divulgação. Em orelha do livro, a Equipe de Pesquisa e Jornalismo do SIOGE – responsável por essa edição e pela apresentação da Revista – lembra que em 1925 era fundada, no Maranhão, uma casa de Cultura e que em seus primeiros anos procurou-se organizá-la e dar forma à mesma, necessitando, para isso, de um instrumento capaz de deixar gravada a sua invejosa trajetória; assim, em 1926 é lançado o primeiro número de sua revista. Infelizmente, relatam os pesquisadores, “por motivos vários, esta Revista não conseguiu percorrer o seu caminho sem interdições, e, por isso, passou uns bons tempos estagnada...”. As duas ultimas edições – numero 8 e 9, esta - foram bancadas pelo Governo do Estado. É quase que uma edição ‘comemorativa’ da posse de seu diretor, Francisco Camelo, no IHGM... Colaboram com artigos: TRAVASSOS FURTADO; CAMELO, F.; ROCHA, L.; SEGUINS, J. R.; CORREIA LIMA, O.; VASCONCELOS, A.; RAPOSO, J. B.; MOURA, C. de S.; MEDEIROS, J. F.; VIANA, O. P. O número 10 aparece em outubro de 1985 124; Ribamar Seguins responde pela presidência do IHGM, e Travassos Furtado é o seu Diretor de Divulgação (editor). Colaboraram: SEGUINS, J. R.; TRAVASSOS FURTADO; MELO, M. de O.; ELIAS FILHO, J.; SOARES, L. A. N. G.; FREITAS, J. C. de; SANTANA, P. R. de; GUIMARÃES, R. C.; COSTA, B. E.; VIANA, O. P.; CARDOSO, C.; CORREIA LIMA, O.; MILHOMEM, W.; CARVALHO, R. da S. Março de 1986, número 11125. Autores: CORREIA LIMA; CORREIA LIMA, O.; e AROSO, O. C. L.; JORGE, S.; MEDEIROS, J. F.; FREITAS, J. C. M. de; VIANA, O. P.; ELIAS FILHO, J.; MAGALHÃES, M. dos R. B. C.; SANTANA, P. R. de; TRAVASSOS FURTADO
121
REV. IHGM, São Luís, Ano LIX, n. 8, março 1985
122
NASCIMENTO, Jorge. Apresentação. In REV. IHGM, São Luís, Ano LIX, n. 8, março 1985, p. 3-4
123
REV. IHGM, São Luis, ano LIX, n. 9, junho de 1985
124
REVISTA DO IHGM, São Luís, ano LIX, no. 9, outubro de 1985.
125
REVISTA DO IHGM, São Luís, ano LX, no. 11, março de 1986
Há uma Revista sem identificação de data, número, ou qualquer referencia; alguns artigos publicados estão datados do ano de 1986(?) 126, e alguns outros homenageiam Humberto de Campos no centenário de seu nascimento. Provavelmente se trate do número 12, ano LX. Os seguintes sócios contribuíram para sua feitura: COELHO NETTO, E.; VIEIRA, J. A. M.; ELIASFILHO, J.; CORREIA LIMA, O.;CUNHA, C.; SOUSA, D.; SANTANA, P. R. de; TRAVASSOS FURTADO; MAGALHÃES, M. dos R. B. C.; SOARES, L. A. N. G.; MEDEIROS, J. F.; JORGE, S.; VIANA, O. P.; FREITAS, J. C. de. Em 1987, no mês de dezembro, aparece o número 13 da Revista do IHGM127. Logo nas primeiras páginas, Noticiário – agradecimento ao Presidente do SIOGE Mauro Bezerra por propiciar a edição do presente número, após um ano de espera, de decisão/autorização para se publicar a revista; mudanças na direção do SIOGE, e nas diretrizes do Governo. O número 14 só vem aparecer em 1991, no mês de março128. Mais uma vez paralisada sua publicação por falta de recursos e mais uma vez acudida pelos Poderes Públicos – Governo do Estado, na pessoa de seu Governador João Alberto de Sousa, e do SIOGE. Artigos de: FREITAS, J. C. M. de; CORREIA LIMA, O.; MOURA, C.; SOUSA, D. de; VIANA, O. P.; SILVA, A. R. da; COUTINHO, M.; CARVALHO, A. S. de; COELHO NETTO, E.; PEREIRA, J. da C. M.; SEGUINS, J. R. A Revista 15 é editada em janeiro de 1992129, também patrocinada pelo Governo do Estado do Maranhão, através da Secretaria de Estado da Cultura. A Comissão da Revista estava formada por José Ribamar Seguins – Presidente do IHGM -, e Orlandex Pereira Viana, Diretor do Serviço de Divulgação do IHGM. A diretoria estava composta, além desses dois sócios efetivos, por João Freire Medeiros (Vice-Presidente); Joseth Coutinho Martins de Freitas (1º. Secretário); Eloy Coelho Netto (2º. Secretário); José Ribamar Fernandes (1º. Tesoureiro); Ilzé Vieira de Melo Cordeiro (2º. Tesoureiro); Aricéya Moreira Lima (Bibliotecária). Seus editores, ao fazerem os “agradecimentos especiais” falam do atraso de seu aparecimento, e a esperança de que o Governo do Estado continue a bancar a edição através do SIOGE; dizem que a revista deveria ser trimestral, conforme rezam os Estatutos Sociais, art. VIII e X, ao tratar do título e das finalidades: “editar revista periódica, em cujas páginas sejam insertos os trabalhos deste Instituto; promover a edição e reedição de obras de autores maranhenses, preferentemente as antigas e inéditas”. A Revista 16 aparece em 1993130; é informada que a mesma deveria ser trimestral, mas que por força maior, passa a ser anual (a de numero 15 foi composta em janeiro de 1992, e esta, em abril de 1993), só possível a publicação pela vontade inabalável do diretor do SIOGE. A diretoria do período de 1992 a 1994 estava assim constituída: José Ribamar Seguins
Presidente
126
REVISTA DO IHGM, São Luis, (ano LX, n. 12, 1986)
127
REVISTA DO IHGM, São Luís, ano LXI, n. 13, dezembro de 1987
128
REVISTA DO INST. HIST. E GEOG. DO MARANHÃO, São Luís, ano LXII, n. 14, março de 1991
129
REV. DO INST. HIST. E GEOG. DO MARANHÃO, São Luis, a. LXII, n. 15 jan. 1982
130
REVISTA DO INST. HIST. E GEOG. DO MARANHÃO, São Luís, ano LXIII, n. 16, 1993
Ronald da Silva Carvalho Joseth Coutinho Martins de Freitas Sebastião Barreto Brito Hédel Jorge Azar José da Costa Mendes Pereira Aricéya Moreira Lima Orlandex Pereira Viana
Vice-Presidente 1º. Secretário 2º. Secretário 1º. Tesoureiro 2º. Tesoureiro Bibliotecária Diretor do Serviço de Divulgação
Colaboraram com artigos, notas: COELHO NETTO, E.; ZAJCIW, D.; BOGÉA, L.; FREITAS, J. C. M. de; PEREIRA, J. da C. M.; CAÑEDO, E. V. da S. O. de; SOARES, L. A. N. G.; RAMOS, C. P.; CORREIA LIMA, O.; CARVALHO, A. S. de; MOURA, C.; FERNANDES, J.; VIANA, O. P.; LIMA COELHO, C. A.; GASPAR, C. T. P.; BRITO, S. B. de; ROCHA, S. P. Revista 17, de 1996131. Impressa as expensas do próprio IHGM, sem ajuda dos poderes públicos, conforme é informado. A comissão foi formada por Hédel Jorge Ázar então presidente do IHGM, Ronald da Silva Carvalho (vice-presidente) e Carlos Alberto Lima Coelho, Diretor do Serviço de Divulgação. Os outros membros da Diretoria, da gestão 1994-1996 foram: Antonio Rufino Filho (1º. Secretário); Joseth Coutinho Martins de Freitas (2º. Secretário); Sebastião Barreto de Brito (1º. Tesoureiro); José da Costa Mendes Pereira (2º. Tesoureiro); Aricéya Moreira Lima da Silva (Bibliotecária). Lima Coelho na apresentação informa que após dois anos a revista volta a circular, depois de mais de 700 dias de tentativas junto aos poderes públicos, para conseguir Oe recursos, sem sucesso. As promessas de ajuda não foram cumpridas e ainda, retidas todo o material da revista no SIOGE por aproximadamente um ano. A presente edição só foi possível de publicação devido aos esforços do Presidente e demais membros da Diretoria. Foram os seguintes os colaboradores: COELHO NETO, E.; MARANHÃO, H.; COUTINHO, M.; SANTOS, H. de J.; CARVALHO,R. da S.; FERNANDES, J.; CORREIA LIMA,O.; VIANA, O. P.; SOARES, L. A. N. G.; FREITAS, J. C. M. de; MOURA, C.; CARVALHO, A. S. de; FEITOSA, A. C.; OLIVEIRA, E. M. de; OLIVEIRA, E. M. de; SANTOS, M. L. F. O número 18132 surge em 1997, uma vez mais com recursos próprios, graças ao empenho “dos homens e mulheres que fazem o IHGM”. A luta anunciada é a da reforma do prédio da Rua da Paz, onde por algum tempo esteve instalado o Instituto. Os colaboradores: DOMINGOS, G. A.; COELHO NETTO, E.; OLIVEIRA, E. M. de; FREITAS, J. C. M. de; SOUSA, E. de; LIMA, C. de; BUESCU, A. I.; FERNANDES, J.; LIMA COELHO, C. A.; FERREIRA, M.; CARVALHO, A. S. de. Ainda em 1997 aparece à revista 19133 (duas no ano), mais uma vez o Instituto assume os custos de impressão. Artigos assinados por: COUTINHO, M.; BUZAR, B.; OLIVEIRA, E. M. de; CARVALHO, A. S. de; CARVALHO, R. da S.; COELHO NETTO, E.; MOHANA, K.; FREITAS, J. C. M. de; GASPAR, C.; SOARES, L. A. N. G.; FERNANDES, J.; MOURA, C.; ROCHA, S. P. A Revista 20 aparece em 1998134, a quarta da gestão de Hedel Jorge Azar, e contou com a colaboração de FERREIRA, M. da C.; CARVALHO, A. S. de; 131
REVISTA DO INST. HIST. E GEOG. DO MARANHÃO, São Luís, ano LXIv, n. 17, 1996
132
REV. DO IHGM, São Luís, no. 18, 1997
133
REV. DO IHGM, São Luís, no. 19, 1997
134
REV. DO IHGM, São Luís, no. 20, 1998
FERNANDES, J. de R.; OLIVEIRA, E. M. de; CHAGAS, J.; MEIRELES, M. M.; BRITO, S. B. de; CARVALHO, A. S. de; HOLANDA, L. T. C.; HORTENCIA, L.; ALVES, L. N.; SOARES, L. A. N. G.; MOURA, C.; FREITAS, J. C. M. de; MOHANA, K. Ainda em 1998, saiu o número 21135, contando com as seguintes colaborações: SARNEY, J.; ROCHA, S. P.; BRITO, S. B. de; FREITAS, J. C. M..; SOUSA, E. de; FERNANDES, J.; LIMA COELHO, C. A.; REIS, J. R. S. dos LIMA, C. de; COELHO NETTO, E.; SOARES, L. A. N. G.; ELIAS FILHO, J.; MAGALHÃES, M. dos R. B.; SÁ VALE FILHO; CARVALHO, A. S. de; FERREIRA, M. da C.; CARVALHO, R. da S.; VIANA, O. P.; LIMA, C. de; FEITOSA, R.; OLIVEIRA, E. M. de. O número 22 sai em 1999136, com a edição bancada pelo Governo do Estado, tendo com o colaboradores: CARVALHO, R. da S.; FERREIRA, M. da C.; SOARES, O.; SOARES, L. A. N. G.; CARVALHO, R. da S.; OLIVEIRA, E. M. de; CARVALHO, A. S. de; ROCHA, O. P. Em 2000, ainda tendo como presidente do IHGM o Sr. Hedel Azar, sai o numero 23137, edita com recursos próprios. Diz, uma vez mais, esse dirigente, que “poucas vezes nos foi possível merecer a atenção das autoridades constituídas para a publicação desta importante fonte de informação”. Informa, ainda, que está concluído seu segundo mandato consecutivo, e teria que deixar o cargo dando oportunidade a outros membros de conduzir o Instituto. “Os recursos para a manutenção do IHGM são oriundos apenas das contribuições dos sócios, portanto, ineficientes para alçarmos vôos mais altos”. Os presentes 140inqüen contou com as seguintes colaboradores: SOARES, L. A. N. G.; BRITO, S. B. de; OLIVEIRA, E. M. de; CAÑEDO, E. V. da S. O. de; ROCHA, O. P.; FREITAS, J. C. de; BUZAR, B.; CARVALHO, R. da S.; SOUSA, E. Muitos dos artigos são republicações de artigos aparecidos em jornais da capital. Em 2000, foi eleita nova Diretoria, para o período de 2000/2002: Presidente: Vice-Presidente: 1º. Secretário 2º. Secretário 1º. Tesoureiro 2º. Tesoureiro Bibliotecário Diretor de Assuntos de Divulgação
Edomir Martins de Oliveira Osvaldo Rocha Pereira Joseth Coutinho Martins de Freitas José Fernandes Salomão Rocha Pereira Hédel Jorge Azar Eneida Ostria de Canedo Kalil Mohana
E em 2001, saiu o número 24 da Revista138, em novo formato, em comemoração ao primeiro ano de mandato, tendo como colaboradores: OLIVEIRA, E. M. de; LINCOLN, M.; SOARES, L. A. N. G.; FREITAS, J. C. M. de; CORDEIRO, I.; ALMEIDA E SILVA, E. F. de; ROCHA, O. P.; LIMA NETO, B. M.; PEREIRA, M. E.
135
REV. DO IHGM, São Luís, no. 21, 1998
136
REV. DO IHGM, São Luís, no. 22, 1999
137
REV. DO IHGM, São Luís, no. 23, 2000
138
REV. DO IHGM, São Luís, no. 24, São Luís, setembro de 2001
M.; ROCHA, S. P. da; BURITY, E.; CAÑEDO, E. O.; BRITO, S. B. de; MARQUES, J. P.; RÊGO, T. A Revista 25139 não tem data de publicação! Na “Palavra do Presidente” este manifesta sua alegria em entregar mais um numero, o de numero 25, e lembra que, ao tomar posse em julho de 2000, fez circular a revista 23, que a administração anterior não tivera tempo de divulgar, por atraso na entrega da mesma pela gráfica; a de numero 24 saiu em edição comemorativa ao primeiro ano de administração, edição em policromia, porém muito cara para os cofres do Instituto; a atual, volta ao formato normal, estilo tradicional das publicações, e fruto do esforço e colaboração efetiva dos membros do IHGM: LEITE, J. M. S.; BRITO, S.; OLIVEIRA, E. M. de; ROCHA, O. P.; SOARES, L. A. N. G.; RUFINO FILHO, A.; FREITAS, J. C. M. de; ROCHA, S. P.; CAÑEDO, E. V. da S. O. de; SALGADO FILHO, N.; SEGUINS, J. R.; SILVA, E. F. de A. Em 2002, é publicada a de numero 26140. O que nos faz supor que o número anterior seja ainda do ano de 2001(?), haja vista que nas “Palavra do Presidente” este afirma que, já estando findo o mandato da diretoria eleita para o período de 2000/2002, em julho próximo o passariam à nova diretoria, enfim vencidas as dificuldades e conseguido os recursos para mais uma publicação. Publicaram-se artigos dos seguintes colaboradores: RUFINO FILHO, A.; OLIVEIRA, E. M. de; ARAÚJO, R. T. de; FREITAS, J. C. M. de; SOUSA, F. E. de; ROCHA, O. P.; OLIVEIRA, E. M. de; SOUSA, P. F. da S.; SOARES, L. A. N. G.; OLIVEIRA, E. M. de; SOUSA, F. E. de; OLIVEIRA, E. M. de; CAÑEDO, E. V. da S. O. de; SALGUEIRO, M. C.; LEITE, J. M. S.; BURITY, E. de A.; VIEIRA DA Silva, R. E. de C.; FERREIRA, M. da C.; VIEIRA, A. G.; SALGADO FILHO, N.; BRITO, S. B. de; SARDINHA, C. G. V.; SARDINHA, A. H. L.; ROCHA, S. P. Temos mais uma lacuna; a revista 27141 aparece apenas em 2007, na administração da Profa. Eneida Vieira da Silva Ostria de Cañedo. Novamente socorreu o Instituto o Governo do Estado. Compõem a Revista 17 contribuições: CAÑEDO, E. V. da S. O. de; FREITAS, J. C. M. de; ROCHA, O. P.; MOHANA, K.; PEREIRA, M. E. M.; OLIVEIRA, E. M. de; RAMOS, A. V.; VIEIRA DA SILVA, R. E. de C.; LEITE, J. M. S.; SARAIVA, J. C. V.; ADLER, D. A.; PEREIRA, M. E. M.; REGO, T. de J. A. Nesses anos, o IHGM foi presidido por: 1925/1929 1929/1933 1933/1937 1937/1943 1943/1945 1945/1947 1947/1953 1953/1957 1957/1961 1961/1967 1967/1972
Justo Jansen Ferreira José Ribeiro do Amaral Parsondas de Carvalho Elizabeto Barbosa de Carvalho Leopoldino Lisboa Astolfo Serra João Braulino de Carvalho Jerônimo de Viveiros Domingos Vieira Filho Luiz de Moraes Rego Ruben Ribeiro de Almeida
139
REV. DO IHGM, no. 25, São Luís, (s.d)
140
REV. DO IHGM, no. 26, São Luís, 2002
141
Rev. do IHGM, São Luís, n. 27, jul. 2007
1972/1994 1994/2000 2000/2002 2002/2006 2006/2008
José Ribamar Seguins Hedel Jorge Ázar Edomir Martins de Oliveira Nywaldo Guimarães Macieira Eneida Vieira da Silva Ostria de Cañedo
Embora conste dos quadros de Presidentes que o IHGM tenha sido presidido por Parsondas de Carvalho no período de 1933/1937, é de se estranhar essa informação, haja vista que consta como falecido em 26 de julho de 1926.142 ELITISMO NO IHGM O campo selecionado foi História, Geografia, e Ciências afins, conforme expresso nos Estatutos do IHGM, com a produção acadêmica dos sócios efetivos, colaboradores e direção do Instituto divulgado através de sua Revista, editada com esse fim (bibliografia selecionada). A recomendação é de a “... cobertura seja exaustiva. Quanto mais extensa e exaustiva melhor.” No que se refere ao tempo de publicação – “Sugere-se que a cobertura dessa bibliografia seja maior ou igual a dez anos” – a primeira revista aparecem em1926. Embora desde sua criação a periodicidade devesse ser de quatro números anuais (trimestral), desde o início a Diretoria do Instituto não conseguiu cumpri-la, por falta de recursos, conforme se observa dos Editoriais. Publicada algumas vezes com a ajuda dos Poderes Públicos, outras, com recursos próprios. Daí ao longo desses mais de 80 anos deu-se conhecimento de apenas 27 edições. Outra recomendação – a de contar a produtividade de cada autor, considerando-se também os co-autores -, significa que se deve adotar o método da contagem completa; o que foi cumprido, exceto nas notas administrativas, que aparecem como sendo “Da Redação” – seus editores, ora o Presidente, ora o Secretário, ora o Diretor de Serviço de Divulgação -, não se considerando os ocupantes dos respectivos cargos das diversas diretorias. Os dados coletados estão ordenados em duas tabelas de freqüência, possibilitando a visualização dos mesmos. Em Anexos, se apresentam os artigos publicados, ordenados por número/ano de publicação da Revista. Nesses 83 anos (1925/2008) da existência do IHGM, foram editadas 27 (vinte e sete) revistas (1926/2007). Pelos Estatutos – considerando a periodicidade trimestral -, deveriam ter sido publicadas mais de seis centenas de artigos – 648. Pelas dificuldades financeiras, em alguns anos foi proposta que a periodicidade devesse ser anual, e mesmo assim, não foi cumprida...
142
DINO, Sálvio. PARSONDAS DE CARVALHO – um novo olhar sobre o sertão. Imperatriz: Ética, 2007
TABELA 1 – INTERVALO DE PUBLICAÇÕES DA REVISTA DO IHGM – EM ANOS ANO DE PUBLICAÇÃO 1926 1948 1951 1952 1956 1984 1985 1986 1987 1991 1992 1993 1996 1997 1998 1999 2000 2001 (s.d) (2002?) 2002 2007
NÚMEROS PUBLICADOS 1 1 1 2 1 3 1 2 1 1 1 1 1 2 2 1 1 1 1 1 1 27
INTERVALO EM ANOS 0 22 3 1 4 28 1 1 1 4 1 1 3 1 1 1 1 1 1 O 5
Na Tabela a seguir são apresentadas as edições – 27 -, com os respectivos anos de publicação, o número de artigos, notas, e atos com o número de colaboradores (autores): QUADRO 1 – EDIÇÕES DAS REVISTAS DO IHGM NÚMERO DE NÚMERO DE EDIÇÃO ARTIGOS AUTORES No. 01, 1926 20 7 No. 02, 1948 23 13 No. 03, 1951 20 7 No. 04, 1952 28 18 No. 05, 1952 16 8 No. 06, 1956 28 16 No. 07, 1984 22 12 No. 08, 1984 25 13 No. 09, 1984 23 11 No. 10, 1985 22 17 No. 11, 1986 11 12 No. 12, 1986 23 15 No. 13, 1987 20 14 No. 14, 1991 15 13 No. 15, 1992 16 11 No. 16, 1993 28 18 No. 17, 1996 26 17 No. 18, 1997 15 12 No. 19, 1997 16 14 No. 20, 1998 17 16 No. 21, 1998 25 21 No. 22, 1999 14 8 No. 23, 2000 18 9 No. 24, 2001 19 14 No. 25, (s.d) 16 13 No. 26, 2002 27 20 No. 27, 2007 18 12 TOTAIS 551 361 Fonte: Pesquisa
Nesta Tabela estão sendo considerados os 144 artigos nominados como sendo “Da Redação”, de responsabilidade dos Editores, Presidentes, Comissão de Redação, Comissão da Revista e do Diretor do Serviço de Divulgação, a quem cabe a responsabilidade de edição da Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (Editor). Isto se deve ao fato de, ao se analisar os conteúdos desse material, constata-se que vão além de notas, avisos e atos administrativos. A grande maioria trata de questão técnica-científica; outros, bibliografias dos sócios efetivos, biografias ‘in memoriam’, fotos, eventos históricos. Daí, não se poder expurgá-los, conforme se pode ver do Quadro abaixo. São cinco publicações dos Estatutos Sociais e do Regimento Interno (uma); três editoriais, que explicam alguns problemas com as edições da Revista; três sumários, que permitem recuperar algumas autorias, já que se trata de edição fotocopiada, e fora de ordem de páginas, quando da encadernação; e 32 notas diversas, que têm a ver com a vida do Instituto, portanto, pertinentes sua inclusão como “artigo”. As demais (105) são artigos de natureza histórica e/ou geográfica e de ciências afins. Nos primeiros números, percebe-se que a maioria dessas notas é de autoria do Secretário Perpétuo do Instituto, Antonio Lopes – em alguns, ao final, aparece suas iniciais (AL) -, mas ao mesmo tempo aparecem outras notas “assinadas” por inicial de outros colaboradores, não sendo possível identificá-los; por isso, optou-se em dar a autoria dessas notas aos editores da Revista: QUADRO 2 - ARTIGOS, NOTAS, ATOS DE AUTORIA DOS DA REVISTA - 1926/2007
DA REDAÇÃO
PRESIDENCIA – ATOS
O primeiro número Maranhão-Piauhy Notas Várias: Parsondas de Carvalho (A.L.); O Curso de Estudos maranhenses; Um explorador maranhense (A.L.); O oiro do Alto Pindaré (Jeronymo de Viveiros); Documentos históricos; Um achado archeologico; A questão da Tutoya; As collecções do Instituto; Material bibliographico (A.L.; W.S.); Francisco Guimarães. EDITORIAL Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão Notas Finais – A eterna questão; As obras de Raimundo Lopes; O Dicionário de César Marques; Trabalhos históricos e geográficos; Proteção a natureza e aos monumentos; Bibliografia; Inéditos do Instituto; Páginas esquecidas; O Museu do Instituto
EDITORES 05-06 07-08
Ano I, n. 1, julho-setembro 1926
65-88
03-04 147-154
Ano 2, n. 1, novembro de 1948
155-160
Relação de cartas geográficas do Maranhão Os mortos do Instituto: - Antonio Lopes da Cunha – 29.11.50; - Candido Pereira de Sousa Bispo – 15.07.50; - Joseph Marie Lemercier – 09.12.48; - Wilson da Silva Soares – 09.12.49; - Alfredo Bena – 11.05.50; - Liberalino Pinto de Almeida – 05.02.51; - Aquiles de Faria Lisboa – 12.04.51; - Adalberto Accioli Sobral – 24.05.51; Novos Membros do Instituto; Registros bibliográficos Congressos Científicos Estatutos Anuncio histórico Sumario Concessões para a exploração e lavra de minerais Bibliografia maranhense – - Ribeiro do Amaral; - Raimundo Lopes; - Clarindo Santiago Registro bibliográfico Noticiário – O Museu do Instituto; Congressos e encontros; Novos sócios; História do Comércio do Maranhão Anúncio histórico Sumário Bibliografia Maranhense: - Justo Jansen Ferreira; - Domingos de Castro Perdigão; - Parsondas de Carvalho; - Sousa Bispo Registro bibliográfico (publicações recebidas) Noticiário – Brigadeiro Hugo da Cunha Machado; Novos sócios: Fernando Viana, Cesário Veras SUMÁRIO Nossa Homenagem Quadro social do Instituto Novos sócios do Instituto Noticiário – Honra ao Mérito; Benedito Barros e Vasconcelos; Reforma da sede do Instituto; Ponte Antonio Muniz Barreiros Bibliografias: - História do Comércio do Maranhão – Jerônimo de Viveiros - Panorama da literatura maranhense – Mário Meireles - Alma – Ribamar Pereira - 145inqüenta145a médico-social do filho sadio do lázaro – Olavo Correia Lima - Espiritismo e mediunismo no Maranhão – Waldomiro Reis
03-10 137-140 141-144 145-154 155-156 Ano 28, n. 3, agosto de 1951 157
Ano IV, n. 4, junho de 1952
98-99 117-120 121-126 127-131 132-136
137
133-137 140 145-146 Ano IV, n. 5, dezembro de 1952 147
03-05 110-114 115-117 121-138
Ano VII, n. 6, dezembro de 1956
139-140 141-142 143 143 143
Diretoria do IHGM Nossos sócios fundadores, o grande benemérito Nossos sócios honorários Calendário social Datas memoráveis para o IHGM Nossos sócios efetivos e seus patronos Nossos sócios correspondentes Plano editorial do IHGM. Homenagem a Bequimão Ato Normativo especial A bandeira do Maranhão O Hino maranhense José Adirson de Vasconcelos de Santana de Araújo (biografia) O Instituto Histórico rejubila-se com a eleição de Sarney Governador Luiz Rocha no Salão Nobre do IHGM Rosa Mochel Martins (necrologia) Olavo Correia Lima (biografia) Carlos Cunha (biografia) Orlandex Pereira Viana (biografia) Wilson da Silva Soares – sócio fundador (tradicional família Soares recebe justas homenagens do IHGM) A fala do imortal – (Carvalho Guimarães) IHGM agracia SIOGE e equipe Francisco Alves Camelo eleito para o IHGM Convicção de idealismo Festa da cultura na posse de Francisco Camelo a presença do Governador Invertida a ordem dos trabalhos “A REVOLTA DE BEQUIMÃO” Outro evento importante Apresentações e congratulações pela posse de Francisco Camelo MOMATRO de mãos dadas com o IHGM prestam homenagem a Corrêa de Araújo IHGM – Balanço financeiro geral 1984 Novos sócios do IHGM; Sócios falecidos; Sociais Festa de intelectuais na Praça do Panteon A Coluna Prestes é tema de livro Carlos Cardoso (biografia) Sociais 146inqüen fotográfica da visita de João José de Mota Albuquerque e Mauro Mota Cronologia de Halley Requerimento – concessão de sócio benemérito ao Governador do Estado Luiz Rocha IHGM homenageia Governador Luiz Rocha Notas Diversas - A cidade de Coelho Neto na história do Maranhão; - Homenagem ao Governador Luiz Rocha; - Brasil república; - Dr. José de Ribamar Seguins; - Uma poetisa serviço do IHGM; Calendário social do IHGM; Endereços atualizados dos sócios efetivos
Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984
Ano LIX, n. 08, março de 1985
05-20 21-22 25 91-93 95 97-103 105-107 83-84 85-86 87-89 13 14-15 16 29-30 31-32 35-36 37 60 66 75-82 83-84 85-86 87-88
Ano LIX, n. 9, junho de 1985
Ano LIX n. 10, outubro de 1985
03-04 05-10 17 24-26 27 28-32 104 105 106-107
03-10 22 59 98 99
Ano LX, n. 11, março de 1986
03-04 19-20 20-21
Ano LX, n. 12, 1986 ?
100-106
Noticiário Lançamento de livros IHGM faz lançamento de livro Notas e notícias Agradecimentos especiais Notas e Notícias Lembrando Dr. João Freire de Medeiros IHGM – Regimento Interno Notas e Notícias In Memoriam do saudoso Domingos Chateaubriand de Sousa Endereços dos sócios efetivos do IHGM Quadro dos Patronos, primeiros ocupantes e ocupantes atuais do IHGM Notas e Notícias In Memoriam do saudoso Domingos Chateaubriand de Sousa Endereços dos sócios efetivos do IHGM Quadro dos Patronos, primeiros ocupantes e ocupantes atuais do IHGM Apresentação Resenhas IHGM comemora 70 anos Fotos das comemorações dos 70 anos Quadro dos sócios efetivos e respectivos endereços e calendário social do IHGM Lançamentos do Instituto Histórico Instituto histórico e Geográfico do Maranhão - sócios efetivos Eventos de março IHGM – sócios efetivos “Ação e Trabalho” eleita por aclamação Maranhão tem destaque no Encontro dos Institutos no Rio Nota – republicações de artigos do numero 1 Regimento do Instituto de História e Geografia do Maranhão Lançamento e posse movimentam o IHGM Dados históricos do IHGM
Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987
03 05 75-76
Ano LXII, n. 14, março de 1991
11-12
Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992
Ano LXIII, n. 16, 1993
6 09-11 13 100-104 09-12 13-16 137-142 143-153 09-12 13-16 137-142 143-153
Ano LXIV, n. 17, 1996
05 11-12 16-18 26-35 151-160
No. 18,
19-25
1997 No. 19,
105-111
1997 No. 21, 1998 No. 22, 1999 No. 25,
86-87 95-100 05-07 42-43 50 51-54 100 150-154
(s.d.) No. 27, Estatutos do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão
julho de
129-139
2007
Em algumas revistas, alguns dos colaboradores aparecem com mais de uma contribuição. Foi considerado o autor com sua(s) contribuição, para o estabelecimento do número de artigos x número de autores. Quando o artigo é assinado por dois colaboradores, foram contados ambos. A Elite dos Autores se constitui daqueles que produziram acima de 11,61 artigos. Esses Autores – nove (6,68%), incluindo-se os artigos “dos Editores” (144 – 26,14%, QUADRO acima) – produziram 51,35% dos artigos publicados. Temos como pertencentes a essa Elite:
QUADRO 3 - ELITE DE AUTORES DO IHGM – 1926/2007 NÚMERO DE AUTORES 1 1
NÚMERO DE ARTIGOS 26 20
2
18
1 1
16 15
2
13
NOME FREITAS, J. C. M. de SOARES, L. A. N. G. CORREIA LIMA, O. OLIVEIRA, E. M. de ROCHA, O. P CARVALHO, A. S. de COELHO NETTO, E.; SEGUINS, J. R.
A seguir, apresenta-se a Tabela 2: TABELA 2- DISTRIBUIÇÃO DAS FREQÜÊNCIAS OBSERVADAS DOS ARTIGOS PRODUZIDOS POR AUTOR No. DE No. DE No. DE % DE % DE AUTORES CONTRIBUIÇÕES ARTIGOS AUTORES ARTIGOS POR AUTOR x y xy %x % xy 1 144 144 0,74 26,14 1 26 26 0,74 4,72 1 20 20 0,74 3,63 2 18 36 1,49 6,53 1 16 16 0,74 2,90 1 15 15 0,74 2,72 2 13 26 1,49 4,71 1 11 11 0,74 2,00 1 10 10 0,74 1,81 1 9 9 0,74 1,63 3 8 24 2,22 4,36 1 7 7 0,74 1,27 2 6 12 1,49 2,18 5 5 25 3,70 4,54 6 4 24 4,44 4,36 10 3 30 7,40 5,44 20 2 40 14,81 7,26 76 1 76 56,30 13,80 135 551 100 100 Temos, ainda, um bloco intermediário com outros nove autores (6,67%), que produziram 13,25% dos artigos publicados:
QUADRO 4 – ELITE INTERMEDIÁRIA DE AUTORES DO IHGM – 1926/2007 NÚMERO DE NÚMERO DE NOME AUTORES ARTIGOS 11 MOURA, C. 1 10 VIANA, O.P. 1 9 CARVALHO, R. da S. 1 BRITO, S. B. CAÑEDO, E. V. da S. O. de 8 3 TRAVASSOS FURTADO 7 ROCHA, S. P. 1 FERNANDES, J. 6 2 FERREIRA, M. de C. Com cinco artigos - COUTINHO, M.;CUNHA, C.; ELIAS FILHO, J.; LOPES DA CUNHA, A.; VIVEIROS, J. de. Enquanto com quatro artigos aparecem: DINO, N.; LEITE, J. M. S.; PEREIRA, J. da C. M.; SANTOS, M. L. F.; SILVA, A. R. da; VIEIRA FILHO, D.; e três artigos com parecem: BARBOSA, T.; GUIMARÃES, R. C.; LIMA COELHO, C. A.; LIMA, C. de; MAGALHÃES, M. dos R. B. C.; MEDEIROS, J. F.; MOHANA, K.; PEREIRA, M. E. M.; SANTANA, P. R. de; SOUSA, E.; e com duas colaborações: AROSO, O. C. L. ; BURITY, E. de A.; BUZAR, B.; CARVALHO, B. de; CARVALHO, J. B. de; COSTA, B. E.; FERREIRA, A.; FIALHO, O.; GASPAR, C. T. P.; JORGE, S.; MEIRELES, M. M.; REGO, T. de J. A.; REIS, L. G. dos; RUFINO FILHO, A; SALGADO FILHO, N.; SOARES, O.; SOUSA, F. E. de; VASCONCELOS, A.; VASCONCELOS, B.; VIEIRA da SILVA, R. E. de C. Esse grupo de 41 autores (30,35%) produziu 119 artigos (30,35%). Os demais – 76 autores, 56,30% - contribuíram com um artigo cada, totalizando 13,80% da produção acadêmica registrada A identificação dos autores foi dificultada tendo em vista que nem sempre o nome foi grafado corretamente. Muitas das vezes, abreviado, aparecendo o primeiro e ultimo nome apenas; como muitos sócios e colaboradores têm nomes parecidos, isso dificulta saber quem é quem, constando, assim, as grafias que aparecem e, muitas das vezes, podem se referir a mesma pessoa. Quando foi possível a identificação, foi considerado o mais completo. Da mesma forma – o que pode causar algum problema nessa identificação -, optou-se pela grafia de Sobrenome em caixa alta, e os demais em maiúsculo. Nos Quadros Anexo – 5. ARTIGOS PUBLICADOS – 1926/2008 apresentamse toda a produção dos sócios e colaboradores do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão que apareceram nas revistas publicadas. Nos quadros seguintes recupera-se o 6. QUADRO DOS SÓCIOS FUNDADORES E EFETIVOS – 1948; e 7. SÓCIOS CORRESPONDENTES – 1948, que aparecem nos dois primeiros números da Revista do IHGM. Tivemos 30 (trinta) Patronos, com 42 (quarenta e dois) sócioefetivos, ocupantes dessas primeiras cadeiras, e 40 (quarenta) sócios correspondentes, dos quais quatro foram tornados efetivos e 18 (dezoito) haviam morrido, entre as indicações no período de 1925/27 e 1948, de acordo com as informações constantes nas duas primeiras edições da Revista de História e Geografia.
A partir desses quadros, e com a publicação de novos números, construiu-se os quadros 8. QUADRO DOS SÓCIOS FUNDADORES E EFETIVOS – 1948/ 2001, 9. SÓCIOS HONORÁRIOS (2001), e 10. SÓCIOS CORRESPONDENTES – 1948/2001. Nesse período, 1948/2001, o número de patronos passou para 50 (cinqüenta) e depois para os atuais 60 (sessenta), enquanto que os ocupantes, desde 1925, foram 165 ocupantes – ou 179, já que em algumas cadeiras consta que houve um primeiro ocupante, mas este não foi identificado, constando, assim o nome do segundo ocupante em diante. Na primeira fase do Instituto, até 1948, tivemos 112 ocupantes para as 30 cadeiras ate então existentes. Foram concedidos títulos de sócio honorário a 32 pessoas, das quais 16 antes estavam no quadro de sócio-efetivo. No período de existência do Instituto, foram concedidos: um título de Sócio Benemérito – a Sebastião Archer da Silva; enquanto quatro pessoas receberam o título de Presidentes de Honra ou Honorário - Roseana Sarney Murad; José Sarney, João Braulino de Carvalho (1953); e José Ribamar Seguins, estes dois últimos, expresidentes do IHGM. Quanto aos Correspondentes, até 2001 havia 158, sendo admitidos no período de 1925 a 1948, 40; de 1948 a 2001, 118, sendo três de cidades do interior do Maranhão (Pinheiro, Caxias, e Carolina). 14 do exterior (França: 3; Inglaterra: 1; Estados Unidos: 3; Portugal: 7); do Brasil, aparecem 11 sem identificação do Estado, e temos do Rio de Janeiro – 30 sócios correspondentes; Ceará e Pernambuco: 11 cada; Brasília: 8; Pará e Paraná – 5 cada; Bahia – 4; Amazonas, Piauí, e São Paulo - 3; Mato Grosso e Sergipe: 2; e com um sócio correspondente, aparecem o Amapá, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, e Rio Grande do Sul. No Quadro 11 listam-se os autores em ordem alfabética identificando-se seus artigos e contribuições.
QUADRO 6. SÓCIOS FUNDADORES E EFETIVOS - 1948 PATRONO DAS CATEGORIA NO. TITULARES CADEIRAS DATA DE INVESTIDURA 1 Claude d’Ábeville 1. José Maria Lemercier Efetivo – 15.10.1946 2 Yves d’Évreux 1. Raimundo Lopes da Cunha Correspondente (20.11.25); Efetivo 2. Joaquim Vieira da Luz 04.12.1926 Efetivo 03.09.1948 3 Diogo de Campos Moreno 1. Benedito Barros Fundador Vasconcelos 4 Simão Estácio da Silveira 1. Raimundo Clarindo Efetivo 20.07.1926 Santiago Efetivo 28.11.1948 2. Alfredo Bena 5 Luís Figueira 1. José Ferreira Gomes Fundador 6 Antônio Vieira 1. Arias de Almeida Cruz Fundador 7 João de Sousa Ferreira 1. Renato Nascimento Silva Efetivo 12.11.1946 8 João Felipe de Betendorf 1. José Ribeiro do Amaral Fundador 2. Henrique Costa Fernandes Efetivo 31.07.1927 9 Antônio Pereira de Berredo 1. Ruben Ribeiro de Almeida Efetivo 05.05.1943 10 José de Moraes 1. Adalberto Aciole de Sobral Efetivo 26.09.1948 11 Sebastião Gomes da Silva 1. Antonio Lopes Ribeiro Dias Correspondente (20.11.25); Efetivo Belfort 2. Candido Pereira de Sousa 28.11.1948 Bispo Efetivo 02.09.1948 12 Francisco de Paula Ribeiro 1. João Persondas de Carvalho Efetivo 04.06.1926 2. Liberalino Pinto de Efetivo 28.11.1948 Miranda 13 Raimundo José de Sousa 1. José Pedro Ribeiro Fundador Gaioso 2. Osvaldo da Silva Soares Efetivo 03.09.1948 14 Antonio Bernardino Pereira 1. Manuel Fran Pacheco Correspondente (20.11.25); efetivo do Lago 04.12.1926 15 João Antonio Garcia de 1. José Abranches de Moura Fundador Abranches 2. Astolfo Barros Serra Efetivo 28.11.1948 16 Francisco de N. S. dos 1. Virgilio Domingos da Silva Efetivo 20.07.1926 Prazeres 2. Felipe Conbdurú Pacheco Correspondente (20.11.25); efetivo 12.09.1948 17 Custódio Alves Serrão 1. Aquiles de Faria Lisboa Efetivo 08.05.1943 18 João Francisco Lisboa 1. Wilson da Silva Soares Fundador 19 Candido Mendes de Almeida 1. Justo Jansen Ferreira Fundador 2. Leopoldino Rego Lisboa Efetivo 15.10.1946 20 Antonio Gonçalves Dias 1. João Braulino de Carvalho Correspondente (20.07.26); efetivo 04.12.1926 21 Antonio Henriques Leal 1. José Luso Torres Efetivo 08.06.1948 22 Cesar Augusto Marques 1. Domingos de Castro Fundador Perdigão Efetivo 15.10.1946 2. Fernando Eugenio dos Reis Perdigão 23 Luis Antonio Vieira da Silva 1. Domingos Américo de Efetivo 29.07.1926 Carvalho Efetivo 21.11.1948 2. Nicolau Dino de Castro e Costa 24 Antonio Enes de Sousa 1. José Domingues da Silva Fundador 2. José Silvestre Fernandes Efetivo 28.11.1948 25 Celso Cunha Magalhães 1. Antonio Lopes da Cunha Fundador 26 Luis Felipe Gonzaga de 1. Alcindo Cras Guimarães Efetivo 05.12.1948 Campos 27 Raimundo Lopes da Cunha 1. Tasso de Morais Rego Serra Efetivo 20.10.1947 28 Raimundo Nina Rodrigues 1. José Bavelar Portela Efetivo 15.10.1946 29 José Ribeiro do Amaral 1. Arnaldo de Jesus Ferreira Efetivo 28.11.1948 30 Justo Jansen Ferreira 1. Olimpio Ribeiro Fialho Efetivo 12.09.1948 Fonte: Geografia e História – Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, São Luis, ano 2, n. 1, novembro de 1948, p. 148-154.
QUADRO 7. SÓCIOS CORRESPONDENTES – 1948 Ceará Falecido Eleito 20.11.1925 Rio de Janeiro Falecido Eleito 20.11.1925 Portugal Falecido Eleito 20.11.1925 Rio de Janeiro Falecido Eleito 20.11.1925 Rio de Janeiro Falecido Eleito 20.11.1925 (Augusto Olimpio, o segundo) Paulo Prado São Paulo Falecido Eleito 20.11.1925 Abdias Neves Piauí Falecido Eleito 20.11.1925 Nogueira da Silva Rio de Janeiro Falecido Eleito 20.11.1925 Raimundo Lopes Rio de Janeiro Falecido Eleito 20.11.1925 Depois, efetivo Antonio Dias Falecido Eleito 20.11.1925 Depois, efetivo Mario Melo Eleito 20.11.1925 Viriato Correa Eleito 20.11.1925 Rodolfo Garcia Rio de Janeiro Eleito 20.11.1925 Miranda Carvalho Santa Catarina Eleito 20.11.1925 Rocha Pombo Rio de Janeiro Falecido Eleito 09.05.1926 Dunshee de Abranches Rio de Janeiro Falecido Eleito 09.05.1926 Alcides Bezerra Rio de Janeiro Falecido Eleito 09.05.1926 Tasso Fragoso Rio de Janeiro Falecido Eleito 09.05.1926 Oliveira Lima Estados Unidos Falecido Eleito 20.07.1926 Francisco Guimarães Falecido Eleito 20.07.1926 Braulino de Carvalho Amazonas Eleito 20.07.1926 Depois, efetivo Bernardino de Sousa Falecido Eleito 14.05.1927 Costa Filho Falecido Eleito 14.05.1927 Charles Wagley Eleito 15.09.1947 Felipe Condurú Eleito 15.09.1947 Depois, efetivo Jerônimo de Viveiros Eleito 15.09.1947 Joaquim Ribeiro Eleito 15.09.1947 Heloisa Torres Eleito 15.09.1947 Virgilio Correia Filho Eleito 15.09.1947 Rondon Eleito 15.09.1947 Carlos Studart Filho Eleito 15.09.1947 Arthut Colares Moreira Eleito 20.10.1947 Edmundo Coqueiro Eleito 20.10.1947 João Wilson da Costa Eleito 20.10.1947 Lucia Miguel Pereira Eleito 05.12.1948 Tomás Pompeu Sobrinho Eleito 05.12.1948 Pedro Calmon Eleito 05.12.1948 Eurico de Macedo Eleito 05.12.1948 Luis Viana Filho Eleito 05.12.1948 Raul de Azevedo Eleito 05.12.1948 Fonte: Geografia e História – Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, São Luis, ano 2, n. 1, novembro de 1948, p. 148-154. Barão de Studart Capistrano de Abreu J. Lúcio de Azevedo Max Fleuiss Viveiros de Castro
QUADRO 9. SÓCIOS HONORÁRIOS (2001) Presidenta de Honra Presidente honorário Presidentes Honorários
Roseana Sarney Murad João Braulino de Carvalho (1953) José Sarney José Ribamar Seguins
Adalberto Acioli de Sobral Afonso Arinos de Melo Franco Afonso de Escragnolle Taunay Aluízio Ribeiro da Silva Arycéia Moreira Lima da Silva Augusto Silva de Carvalho Benedito Clementino da Siqueira Moura Eloy Coelho Netto Fernando Eugenio dos Reis Perdigão Ivan Celso Furtado da Costa Jéferson Rodrigues Moreira João da Mota e Albuquerque Joaquim Vieira da Luz José Carlos de Macedo Soares José de Medeiros Delgado José Honório Rodrigues José Jansen Ferreira José Joaquim Guimarães Ramos José Manoel Nogueira Vinhais José Pereira Costa Josué Montello Kleber Moreira de Sousa Luis de Moraes Rego Luis Estevão de Oliveira Luiz da Camara Cascudo Maria da Conceição Ferreira Mário Martins Meireles Mauro Mota
IHGSP – eleito 20/08/1953 Ex-ocupante cadeira 13 Ex-ocupante cadeira 34 Ex-ocupante cadeira 57 Ex-ocupante cadeira 28 Ex-ocupante cadeira 12 Ex-ocupante cadeira 22 Ex-ocupante cadeira 10
IHGB – 20/08/1956
Ex-ocupante cadeira 26 Lisboa – Portugal Ex-ocupante cadeira 37 Ex-ocupante cadeira 46 IHGPE - eleito em 11/11/1953 Ex-ocupante cadeira 37 Ex-ocupante cadeira 11
Odorico Carmelito Amaral de Matos Olavo Correia Lima Pedro Calmon Moniz Bittencourt TĂĄcito da Silveira Caldas Tarso de Morais Rego Serra VirgĂlio Domingues da Silva Filho Waldemar da Silva Carvalho
Eleito Ex-ocupante cadeira 18 Ex-ocupante cadeira 13 Ex-ocupante cadeira 19 Ex-ocupante cadeira 32
QUADRO 10. SÓCIOS CORRESPONDENTES – 1948- 2001 Abdias Neves
Piauí
Falecido
Alcides Bezerra
Rio de Janeiro
Falecido
Antonio Dias
Falecido
Arthur Colares Moreira Barão de Studart
Falecido
Bernardino de Sousa Boanerges Ribeiro Braulino de Carvalho Capistrano de Abreu Costa Filho Dunshee de Abranches E. D’Almeida Vitor Edelvira Marques de M. Barros Felipe Condurú Francisco Guimarães J. Lúcio de Azevedo Jerônimo de Viveiros José de Arimateia Tito Filho Luis Viana Filho
Ceará
Falecido Falecido
São Paulo
Falecido
Amazonas
Falecido
Rio de Janeiro
Falecido Falecido
Eleito 20.11.1925 Eleito 09.05.1926 Eleito 20.11.1925 Eleito 20.10.1947 Eleito 20.11.1925 Eleito 14.05.1927
1925 1926 Depois, efetivo
1925 1947 1925 1927 1984/2001
Eleito 20.07.1926 Eleito 20.11.1925 Eleito 14.05.1927 Eleito 09.05.1926
Depois, efetivo
1926 1925 1927
Rio de Janeiro Brasilia
Falecido Falecido
1984/2001
Imperatriz
Falecida
1984/2001
Falecido Falecido Portugal
Falecido Falecido
Piaui
Eleito 15.09.1947 Eleito 20.07.1926 Eleito 20.11.1925 Eleito 15.09.1947
Falecido Falecido
1926
Depois, efetivo
1947 1926 1925 1947 1984/2001
Eleito 05.12.1948
1948
Max Fleuiss Nogueira da Silva Olimpio Martins Cruz Oliveira Lima Paulo Prado
Rio de Janeiro Rio de Janeiro Brasilia
Falecido
Estados Unidos S達o Paulo
Falecido
Pedro Calmon Raimundo Lopes Rocha Pombo
Rio de Janeiro Rio de Janeiro
Tito Wilson Soares Viriato Correa
Falecido
Falecido Falecido Falecido
Rio de Janeiro Brasilia
Falecido
Falecido Caxias
Falecido
Rio de Janeiro
Falecido
Wolney Milhomem Carlos Studart Filho Charles Wagley
S達o Paulo
Falecido
Jo達o Wilson da
1925 1984/2001
Eleito 20.07.1926 Eleito 20.11.1925 Eleito 05.12.1948 Eleito 20.11.1925 Eleito 09.05.1926 Eleito 15.09.1947 Eleito 09.05.1926
1926 1925 1948 Depois, efetivo
1925 1926 1947 1948
Falecido
Vitor Gon巽alves de Melo Viveiros de Castro
Edmundo Coqueiro Eurico de Macedo Heloisa Torres
1925
Falecido
Falecido
Rondon Tasso Fragoso
Falecido
Eleito 20.11.1925 Eleito 20.11.1925
1984/2001 Eleito 20.11.1925
1925 1984/2001
Eleito 20.11.1925
(Augusto Olimpio, o segundo)
1925 1984/2001
Eleito 15.09.1947 Eleito 15.09.1947 Eleito 20.10.1947 Eleito 05.12.1948 Eleito 15.09.1947 Eleito
1947 1947 1947 1948 1947 1947
Costa Joaquim Ribeiro Lucia Miguel Pereira Mario Melo Miranda Carvalho Raul de Azevedo Rodolfo Garcia
Santa Catarina Rio de Janeiro
Tomás Pompeu Sobrinho Virgilio Correia Filho
20.10.1947 Eleito 15.09.1947 Eleito 05.12.1948 Eleito 20.11.1925 Eleito 20.11.1925 Eleito 05.12.1948 Eleito 20.11.1925 Eleito 05.12.1948 Eleito 15.09.1947
1947 1948 1925 1925 1948 1925 1948 1947
Francisco José de Castro Gomes José Ferreira de Castro Rui Alcides de Carvalho
Pinheiro
1984/2001
Caxias-MA
1984/2001
CarolinaMA
1984
Artibaldo Micalli Jean Yves Merrian Odila Soares Micalli Charles Ralph Boxer Bruce Shatiwin Eugel Sluiter
França
1984/2001
França
1984/2001
França
1984/2001
Londres
Alberto Iriia
Nova Iorque Estados Unidos Estados Unidos Portugal
Elmo Elton
Lisboa
RobertC. Smith
Eleito 11/11/1954 Eleito 26/08/1854 Eleito 26/08/1954 Eleito 26/08/1954
1956 1984/2001 1956 1956 1956 1984/2001
Francisco d´Assis de Oliveira Martins Francisco Leite de Farias Izau Santos Manoel Lopes de Almeida Virginia Rau Antonio de Oliveira Enesita Nascimento de Matos Fred Willians Horácio de Almeida Joaquim Canuto M. deAlmeida José Denizard Macedo de Alcantara José Luis Bittencourt José Mindlin Lélia Pereira da Silva Nunes Manoel Paulo Nunes Marilia Santos de Franca Veloso Tarcisio Meireles Padilha Venancio Willeke Idelfonso Pinheiro Roberio dos
Portugal
Eleito 26/08/1954
1956
Portugal
Eleito 26/08/1954
1956
Lisboa Portugal Portugal
Eleito 11/11/1954 Eleita 11/09/1954
1984/2001 1956 1956 1984/2001 1984/2001 1984/2001 1984/2001 1984/2001 1984/2001 1984/2001 1984/2001 2001 1984/2001 1984/2001 2001 1984/2001
AM Manaus AM -
1984/2001 1984/2001
Santos Pereira Braga Samuel Bechimol Alves Cardoso
Manaus
Leopoldo Campo s Monteiro Afonso Rui
BA – Ilhéus
Estácio de Lima
Bahia
Manoel Barbosa
Bahia
Clovis Moraes Edson Lobão Elieser Beserra Francisco de Borja B. de Magalhães Jr José de Ribamar Faria Machado Pedro Guimarães Pinto Pedro Guimarães Pinto José Helder de Sousa Francisco Osmundo Pontes Guarino Alves
Brasilia Brasilia Brasilia Brasilia
1984/2001 1984/2001 1984/2001 1984/2001
Brasilia
1984/2001
Brasilia
1984/2001
Brasilia
1984/2001
Brasília
1984/2001
CE Fortaleza
1984/2001
CE Fortaleza CE Fortaleza CE Fortaleza CE Fortaleza CE Fortaleza
1984/2001
José Sérgio dos Reis Junior Manoel Albano Amora Mozart Soriano Aderaldo Zaqueu de Almeida Braga
AM Manaus Amapá
Bahia
1984/2001 Eleito 09/09/1954 Eleito 09/09/1954
1956
Eleito 11/09/1954 Eleito 14/09/1955 Eleito 26/08/1954
1956
1956
1956 1956
1984/2001 1984/2001 1984/2001 1984/2001
José Tupinambá da Frota Carlos Studart Filho
CE - Sobral
Dolor Barreira
Ceará
Raimundo Girão
Ceará
Rene Gouveia de Miranda Levy Rocha
Ceará
1984/2001
Espírito Santo Mato Grosso
1984/2001
José Jaime Ferreira de Vasconcelos Luiz Philippe Pereira Leite João Rodrigues da Cunha Martins de Oliveira Clara Pandolfo Jarbas Passarinho Vera Pandolfo Ribeiro José da Silveira
Ceará
Eleito 04/08/1955 Eleito 09/09/1954
Eleito 18/08/1955
MT Cuiabá MG Uberaba Minas Gerais PA - Belem PA - Belem
Oswaldo Pitollo
Paraná
Davi Carneiro
PR Curitiba PR Curitiba
Eleito 11/11/1954
1956
1956 1956
1956
1956 1984/2001 1984/2001 1984/2001
Eleito 28/04/1955 Eleito 26/08/1954 Eleito 09/09/1954 Eleito 26/08/1954
Paraná
PR -
Já consta como eleito em 1947
1984/2001
Pará Pará
1956
1984/2001
PA - Belem
Paulo Eleutério Senior Carlos Stellfeld
Mario Marcondes de Albuquerque Waldir Jansen
Eleito 28/04/1955 Eleito 04/08/1955
Falecido
1956 1956 1956 1956 1984/2001 1984/2001 1984/2001
de Melo Lauro Raposo
Curitiba PE - Goiana
Clovis Lacerda
PE Iguarussu PE – Olinda
Raimundo Diniz Barreto Mauro Mota Armando Samico Jordão Emerenciano José Aragão Bezerra Cavalcanti José Eduardo Brito Iguarassu Leduar de Assis Rocha Mario Coelho Pinto Mario Melo Dominicio Magalhães de Melo Roberto Wall Barbosa de Carvalho Francisco Melo Magalhães Acyr Dias de Carvalho Rocha Alberto Ribeiro Lamego Antonio Justa Antonio Martins Araujo Avertano Cruz Chateuabriand
PE - Recife Pernambuco Pernambuco Pernambuco Pernambuco
Eleito 11/11/1954 Eleito 11/11/1954 Eleito 11/11/1954 Eleito 30/08/53 Eleito 09/09/1954 Eleito 26/08/1954
1956 1956 1956 1984/2001 1956 1956 1956
Eleito 26/08/1954 Eleito 07/06/1953 Eleito 11/11/1954 Eleito 11/11/1954 Eleito 04/07/1956
1956
Piaui
Eleito 03/02/1955
1956
Piauí
Eleito 04/07/1956
1956
Pernambuco Pernambuco Pernambuco Piaui
Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de
1956 1956 1956 1956
1984/2001 Eleito 31/05/1953
1956 1984/2001 1984/2001 1984/2001
Eleito
1956
Bandeira de Melo Clotilde Carvalho Eustaquio Duarte Francisco Meireles Padilha Helio Gomes Helio Viana Jacy Montenegro Magalhães José Coelho de Sousa Neto José Honório Rodrigues José Martins de M. Guimarães Leanes de Sousa Caminha Manoel Caetano B. de Melo Manoel Diegues Junior Paulo Afonso Machado de Carvalho Paulo José Pardal Paulo Mercadante Raimundo Nonato Cardoso Rita Violeta Gamerman Rogelio Santiago Rui Barbosa
Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de
16/03/1955 1984/2001 Eleito 26/08/1954
1956 1984
Eleito 14/09/1955 Eleito 09/09/1954
1956 1956 1984/2001 1984/2001
Eleito 11/11/1954
1956 (?)/2001 1984/2001 (?)/2001
Eleito 09/09/1954
1956 1984/2001 1984/2001 1984/2001 1984/2001 1984/2001
Eleito 25/03/1955
1956 1984/2001
Moreira Lima Sales Cunha Salvador de Maya Viriato Correa Artur Cesar Ferreira Reis Pedro Gastão de Orleans e Bragança Verissimo de Melo Dante de Laytano Carneiro Giffoni
Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro RJ Humaitá RJ Petropolis
Eleito 12/07/1955 Eleito 29/08/1956 Eleito 04/09/1956
Flaminio Favero
São Paulo
José Bueno de Azevedo Filho Enocic Santiago
São Paulo
Marcos Ferreira
Sergipe
Sergipe
1956 1956 1984/2001
Eleito 16/03/1955
RN RS – P. Alegre São Paulo
1956
1956 1984/2001
Eleito 26/08/1954 Eleito 04/08/1955 Eleito 04/08/1955
1956 1956 1956 1984/2001
Eleito 11/11/1954 Eleito 28/04/1955
1956 1956
Fonte: Geografia e História – Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, São Luis, ano 2, n. 1, novembro de 1948, p. 148-154; Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, São Luis, ano LIX, n. 7, dezembro de 1984, p. 105-107
QUADRO 11. AUTORES DA REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO – 1926/2007 ABRANCHES DE MOURA, J.
A Ilha de S. Luiz
ABREU, S. F.
O Estado do Maranhão
ADLER, D. A.
Os valores morais no âmbito da escola capitalista
ALMEIDA E SILVA, E. F. de
Discurso de posse da Dra. Elimar Figueiredo de Almeida e Silva na Cadeira 20, do IHGM
ALMEIDA, R.
Gaspar de Sousa no Maranhão
ALVES, L. N.
Delmiro Gouveia – uma estrela na Pedra
AMARAL DE MATOS, O. C. ARAÚJO, R. T. de
AROSO, O. C. L.
Discurso de agradecimento Discurso de Posse de Raimundo Teixeira de Araújo, como sócio efetivo do IHGM, na cadeira no. 26 Ameríndios maranhenses Cultura ruprestre maranhense – arqueologia, antropologia
Ano I, n. 1, julhosetembro 1926 Ano IV, n. 4, junho de 1952 No. 27, julho de 2007 No. 24, setembro de 2001 Ano 2, n. 1, novembro de 1948 No. 20, 1998 Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987 No. 26, 2002 Ano LIX, Ano LX, n. 11,
21-27
94-97
88-99
15-21
05-11
47-84
71-74
14-16 38-54 07-12
março de 1986 Uma calamidade que deve ser evitada As boiadas sertanejas BARBOSA, T.
Genealogia – dados genealógicos
BASTIDE, R.
O negro no Norte do Brasil
BOGÉA, L.
Mestre Dudu
BRITO, S.
BRITO, S. B. de
BUESCU, A. I. BURITY, E. de A.
Discurso do sócio efetivo do IHGM, Prof. Sebastião Brito, na inauguração da “Sala Prof. Ronald Carvalho”, em 05/09/01, na sede do IHGM – Ronald Carvalho – uma personalidade marcante do século XX A história da UEMA e sua importância para ocadeira Maranhão Discurso de Posse 11 Discurso de elogio ao patrono damorte cadeira 11 – Sebastião A dono. Jornalista Othelino A história do Natal Brasil 500 anos – carnaval e o rebanhão do ano dois mil A história da violência no mundo João de Barros: humanismo, mercancia e celebração imperial Cruzador Bahia – 56 anos de seu afundamento Maria Celeste: 48 ano s de seu
Ano IV, n. 4, junho Ano VII, n. 6, Ano VII, n. 6, dezembro de 1956 Ano IV, n. 4, junho de 1952 Ano LXIII, n. 16, 1993 No. 25, (s.d.)
79-80 53-61 81-90
57-61 22-24
35-40
No. 26, 2002 Ano LXII, n.Ano 15, LXIII, No. 20,n. 1998 No. 21, 1998 No. 23, 2000 No. 24, setembro de 2001 No. 18, 1997
122-125
No. 24, No. 26,
35-36 101
81-84 125-129 39-41 16-19 13-14 39-40
71-91
naufrágio
BUZAR, B.
Antenor Bogéa: o ultimo constituinte de 1946 Um século de Carlos Macieira
CAMELO, F.
Francisco Camelo faz o elogio do seu patrono
CANEDO, E. V. da S. O. de
Discurso de Posse Homenagem às mães V Centenário de descoberta da América 500 anos de europeização da Terra O Diado doPau-Brasil Geógrafo (29.05.2001) O Curso de Geografia da Universidade Federal do Discurso de Posse – Diretoria eleita para o biênio 2006/2008 – dia 28 de julho de 2006 Pó r que criar Institutos Históricos e Geográficos?
CARDOSO, C.
Sousândrade
CARVALHO, A. S. de
Discurso de posse Jupiaçu – maioral da Ilha O Velho Bacanga Alta madrugada (cenário e palco – rioimunda Bacanga – Literatura O Bacanga – a vida no sítio O Bacanga –festa no sítio Éramos felizes... A vida do caixeiro-viajante Sai um pingado! O amanhecer da saudade São Luis – 70 anos atrás O carnaval na minha infância
2002 No. 19, No. 23, 2000 Ano LIX, n. 9, junho de 1985 Ano LXI, n. 13, No. 24, setembro Ano LXIII, No. 23,n. 2000 No. 25, (s.d.) No. 26, 2002 No. 27, julho de 2007 No. 27, julho de 2007 Ano LIX, n. 10, outubro de 1985 Ano LXII, n. 14, Ano LXII, n.Ano 15, LXIII, Ano n. LXIII, Ano n. No. 18, No. 19, No. 19, No. 20, No. 20, No. 21, No. 21, No. 22,
11-19 76-86
14-16 56-66 37-39 42-51 28-43 112-114 78-88 11-13
18-26
60-61 67-68 45-47 89-90 91-92 114-115 1001102 26-28 29-31 13-15 42-43 86 103-105 98-99
O amanhecer da saudade A doceira Os índios da região dos formadores do Rio Branco CARVALHO, B. de
Estudo sobre os Poianauas
As tribus do Rio Javary CARVALHO, J. B. de
CARVALHO, R. da S.
CHAGAS, J.
Nota sobre a arqueologia da Ilha de São Luís Conselho Estadual de Educação do Maranhão Luiz de Moraes Rego – preciosopronunciada troféu da educação Palestra na Loja Maçônica Renascença,em São Luís, e reproduzida Recordando a adesãoa pedido do Maranhão à Independência Caxias, consolidador da unidade O Rotarynacional e a ética profissional Responsabilidade e ética na administração pública do DPalestra do Gov.89/90 4490, Ronald da Silva Carvalho, feita na reunião festivade deCidadania 21.05.99, e Curso liberdade para Jovens do Programa Premio Rotário de Liderança Juvenil (Palestra pronunciada a 23.07.96 pelo Governador 89/90 do Distrito 4490, Ronald da Silva Carvalho) Um livreiro, um homem, um a
No. 22, No. 18, 1997
111-112
Ano 2, n. Ano 28, n. 3, agosto de 1951
61-67
Ano I, n. Ano VII, n. 6, dezembro de 1956
89-96
Ano LIX, n. 10, Ano LXI, n. 13, Ano LXIV, n. Ano No. 19, No. 21, No. 22, No. 22, 1999
76-97 35-42
103-104
11-26
07-08
41-49 137-140 32-39 92-100 07-26 58-65
No. 23, 2000 97-108
No. 20,
28-30
memória
COELHO NETTO, E.
CORDEIRO, I. CORREIA LIMA, O.
O Ameríndio – o índio da colonização e no povoamento do Maranhãomicro-etnias Candido Mendes de Almeida Humberto de Campos – primeiro centenário de Antropologia e Sociologia Discurso Domingos Sousa Sinopse da história do catolicismo Crônica paranoo Maranhão Instituto setentão de Posse do escritor Saudação e historiador Carlos Orlando Rodrigues de Lima no e o O Padre Antonio Vieira Maranhão A Independência e a adesão do Maranhão Raymundo Carvalho Guimarães – longevidade dos Primeira revista do IHGM
1998
A bela saudação da confreira Ilzé Cordeiro a Dra. Elimar Almeida Silva
Ano LIX, n. 07, dezembro Ano LIX, 08, n. anon.LX, 12, Ano1986 LXI,? n. 13, Ano LXII, n.Ano 14, LXIII, Ano n. LXIII, Ano n. LXIV, No. 18,n. 1997 No. 19, 1997 No. 21, 1998 No. 21, 1998 No. 21, 1998 No. 24, setembro de 2001
No país dos Timbiras História da Assistência à Infância do Maranhão Temperatura efectiva de São Luíz médicas de Gaioso Idéias Doença e morte do Conde D’Escragnolle Famílias Maranhenses Biografia inédita do Visconde d Parnaíba De Olavo Correia Lima (mensagem) Homo Sapiens stearensis – Antropologia Maranhense Província espeleológica do Maranhão Geo-História do Maranhão, de EloyNacional Coelho Neto Parque de Guaxenduba Mário Simões e a arqueologia maranhensefreudiana Filogênese
Ano LXI, Ano 28, Ano IV, n. Ano IV, n. Ano VII, Ano VII, Ano VII, Ano LIX, Ano LIX, Ano LIX, Ano LX, ano LX, Ano LXII, Ano LXII,
46-56 95-101 03-11 79-81 69-72 16-17 68-76 13-15 26-29 40-49 67-73 101-102 109-110
11-14 82-91 89-136 07-12 49-68 21-30 91-96 103-110 07 33-43 62-70 05-06 21-36 23-31 15-32
Duas controvérsias científicas: (1) Origem da religião; (2) maranhenses Mito capital da Ameríndios Mons. Dr. Mourão Cultura rupestre maranhense – arqueologia, antropologia O geógrafo e historiador Cônego Benedito Ewerton Costa fala sobre o seu Patrono COSTA, B. E.
Sesquicentenário da Paróquia de Codó
COSTA, C. R.
Papéis vários do Conselho Ultramarino
COSTA, J. P. da
Um reencontro feliz
COUTINHO, M.
Discurso Discurso Discurso sobre a trajetória histórica do Discurso do IHGM Dr. Milson Coutinho do na sócio posse Milson do Discurso Coutinho na Academia Maranhense de Letras por ocasião das homenagens a Josué Montello pelos seus 80 anos
CRUZ, O.
Barra do Corda, uma rapsódia de amor
Ano LXIII, n. 16, Ano LIX, Ano Ano LX, n. 11, março de 1986 Ano LIX, n. 07, Ano LIX, n. 10, outubro de 1985 Ano IV, n. 4, junho de 1952 Ano LIX, n. 08, março de 1985 Ano LXII, n. 14, Ano LXII, n.Ano 15, LXIV, Ano n. LXIV, No. 19,n. 1997
77-88 38-54 56-82
07-12
73-78
48-55
101-114
55-59 61-66 97-99 21-25 141-143
07-10
Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984
40-45
CUNHA, C.
De Carlos Cunha (mensagem) Viriato Corrêa, o eterno IHGM homenageia Bandeira Tribuzi a Aluizio Ribeiro da Saudação Silva O mestre Ribeirinho
DINIZ, E. F.
DINO, N.
Abastecimento e expansão demográfica O Forte do Itapecurú Forças militares cearenses nos campos do Maranhão O primeiro dos três discursos celebres de Vieira da Silva Bacharéis, Mestres de escolares
DOMINGOS, G. A.
20º. Congresso Brasileiro de Radiodifusão – a micro empresa e a geração d empregos
DOMINGUES FILHO, V.
Três lendas relacionadas com o Maranhão
DOMINGUES, V.
O Turiaçu
ELIAS FILHO, J.
FEITOSA, A. C.
História do Maranhão (Cap. 9) – descobrimento Bequimão e o Santodo Ofício Humberto de Campos Biografias resumidas de maranhenses ilustres A independência do Brasil no Nordeste Controvérsias na denominação da Ilha do
Ano LIX, n. 08, Ano LIX, 08, n. anon.LX, 12, Ano1986 LXI,? n. 13, Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987 Ano IV, n. 4, junho de 1952 Ano 2, n. Ano1, 28, n. 3, agosto Ano IV, n. 4, junho Ano VII, n. 6, dezembro de 1956 No. 18, 1997 Ano VII, n. 6, dezembro de 1956 Ano IV, n. 5, dezembro de 1952 Ano LIX, n. 07, Ano LIX, 10, n. anon.LX, 12, 1986 Ano LX,? n. 11, No. 21, 1998 Ano
05 61-65 37-39 43-44 77-78
83-87 77-87 31-43 47-51 31-32
07-18
17-20
69-118 36-39 23-27 15-18 41-45 77-84 116-129
Maranhão
FEITOSA, R.
Criança de Rua: quem lucra com esta triste realidade?
FERNANDES, H. C.
Quando se uniu o Maranhão ao Brasil?
FERNANDES, J.
A escalada de Wolney Considerações sobre o Rio Mearim A Praia Grande e o livro de Jamil O bomJorge mensageiro O Padre Brandt e sua obra redentora O Centro Cultural Nascimento Moraes
FERNANDES, J. de R.
Setenta e dois anos do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão
FERNANDES, J. S.
O assoreamento da Costa Leste maranhense Notícia sobre Frei Cristóvão de Lisboa
FERREIRA, A.
A volta de Luis Magalhães a Lisboa
FERREIRA, M.
Aboio do Vaqueiro
FERREIRA, M. da C.
A formação do professor de português: ontem e hoje
LXIV, n. 17, 1996 No. 21, 1998 Ano 2, n. 1, novembro de 1948 Ano LXIII, Ano n. No. 18, No. 19, No. 20, No. 21, 1998 No. 20, 1998 Ano 2, n. 1, novembro de 1948 Ano IV, n. Ano VII, n. 6, dezembro de 1956 No. 18, 1997 Ano LXII, n. 15,
117-120
69-75 95-96 50-55 92-93 82-83 95-101 36-41
16-24
99-106 67-75
75-79
99-100 56-64
Lições de vida aprendidas no sertão maranhense (um olhar para Constantino a história sócio-cultural José Gomes de Castro patrono da cadeira Um fato– significante para a formação da cidadania A professora primária: seu valor e papel no processo de comunicação e Eternamente obrigada! A Bacia do Rio Flores FIALHO, O.
FREITAS, J. C. M. de
Elementos para a classificação geológica do litoral maranhense Discurso de Posse A bandeira brasileira O bicentenário de Simon Bolívar e a influencia de seu pensamento naeeducação das Roquete Pinto a educação brasileira de Máximo Centenário Martins Ferreira O centenário de Vila-Lobos Antonio Lopes, o intelectual A “Quinta da Vitória” de Sousândrade O Centenário de um Mestre Os 380 anos de São Luís Santos Dumont, o heróis brasileiro ao Mestre Josué Saudação Montello Vital de Oliveira, o hidrógrafo Homenagem a João de Barros 28 de Julho, uma data histórica São Luís, patrimônio da humanidade O bicentenário de D. Pedro I Sob as bênçãos do Divino Espírito Santo Dia da Imprensa Os 74 anos do Instituto Histórico e Geográfico Sesquicentenário de Ruido Barbosa
No. 20, 1998 No. 21, No. 22, No. 22, 1999 No. 26, 2002
07-12 87-91 27-29 30-38 106
Ano 2, n. Ano IV, n. 4, junho de 1952
127-139
Ano LIX, n. 07, Ano LIX, n. 08, Ano LX, n. 11, março de Ano LIX, 10, n. anon.LX, 12, Ano1986 LXI,? n. 13, Ano LXII, n. 14, Ano LXII, n. 15, Ano LXII, n.Ano 15, LXIII, Ano n. LXIII, Ano n. LXIII, Ano n. No. 18, No. 19, No. 20, No. 21, No. 24, No. 25, No. 23, No. 23,
57-61 89-94
77-78
25-34 35-41 98-100 47-48 13-21 48-52 76-80 27-29 30-35 36-37 103-104 34-37 62-68 105-108 20-30 09-10 95-100 52-55 92-96
Discurso da confreira Joseth Coutinho Martins de Araújo, cadeira no. de 55,Juscelino saudando o Centenário Kubitschek Adesão do Maranhão à Independência, 20 ou 28? Homenagem à cidade de São Luís Datas comemorativas do mês de novembro
FREYRE, G.
GASPAR, C. T. P.
GUIMARÃES, R. C.
Sobrados de São Luís Canudos: 5d outubro d 1897 Discurso de posse e elogio ao patrono da cadeira no. 40 – João Dunshee de Abranches Moura Frei Custódio Alves Pureza Serrão Joaquim Vieira da Luz O cometa de Halley
HIMUENDAJU, C.
The Guaja
HOLANDA, L. T. C.
São Luís – a imortal
HORTENCIA, L.
São Luís
JORGE, S.
O jornalismo polemico de Odorico Mendes e Garcia de O “Farol Maranhense”
No. 26, 2002 No. 26, No. 27, No. 27, No. 27, julho de 2007 Ano IV, n. 4, junho de 1952 No. 19, Ano LXIII, n. 16, 1993 Ano LIX, n. 07, Ano LIX, n. 10, Ano LIX, n. 10, outubro de 1985 Ano IV, n. 5, dezembro de 1952 No. 20, 1998 No. 20, 1998 Ano LX, ano LX, n. 12,
17-21 89-92 15-17 27-29 37-41
97-98 69-72 111-124 26-35 45-47 71-72
125-126
44-45
46 13-22 63-78
1986 ?
LEITE, J. M. S.
LEMERCIER, J. M.
LIMA COELHO, C. A.
LIMA NETO, B. M.
LIMA, C. de
LOPES DA CUNHA, A.
Discurso de posse do dr. José Márcio Soares Leite, na cadeira no. 15, como sócio Paradigmas da doença Discurso proferido pelo Dr. José Márcio Soares Leite por ocasião do lançamento do livro sobre a biografia do seu Paradigma da UFMA Apontamentos históricos – sobre a criação, administração, melhoramentos materiais da Sé, Catedral do Maranhão Sobre o tumulo da comédia “O último ato” Discurso do sócio Carlos Alberto Lima Coelho por ocasião do lançamento do livro Raposa: seu presente, sua gente, seu futuro, no IHGM Discurso de posse de Bento Moreira Lima Neto no Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão Discurso de Posse do historiador Carlos de liam no A queimação do Judas Sobre os 500 anos do descobrimento do Brasil Marília e Dirceu O Diccionário Histórico e Geographico A História dedo S. Maranhão Luís – questões e dúvidas Uma grande data Armorial Maranhense
No. 25, (s.d.) No. 26, 2002 No. 27, julho de 2007 No. 27, julho de 2007 Ano 2, n. 1, novembro de 1948 Ano LXIII, No. 18,n. 1997 No. 21, 1998
04-34 99-100 73-77 108-110
13-22 104-107 94-98
44-47
No. 24, setembro de 2001 No. 18, 1997 No. 21, 1998 No. 21, 1998 Ano I, n. 1, julhoAno I, n. 1, julhoAno 2, n. Ano1,2, n. Ano1,I, n.
24-28 42-70 53-66 111-116 09-14 41-46 33-50 141-146 47-53
LUZ, J. V. da
MAGALHÃES, M. dos R. B.
MARANHÃO, H.
MARQUES, J. P.
MEDEIROS, J. F.
Duas grandes figuras (discurso de posse na cadeira de Yves d´Evreux, a qual Raimundo Lopes inaugurou no IHGM A independência do Brasil no Nordeste de Posse Discurso Biografias resumidas de maranhenses ilustres
Oração do IHGM nos seus 70 anos Discurso de posse do Engenheiro Civil José Pinheiro Marques na cadeira 45, do IHGM O Ministro Astolfo Serra é o Patrono Trabalhista A culturadoe Fórum o turismo Rubem Almeida, o poeta
MEIRELES, M. M.
General Cesário Mariano de Albuquerque Cavalcanti Os primeiros médicos do Brasil e do Maranhão
MELO, M. de O.
Discurso de posse do Confrade
MILHOMEM, W.
Brasília sob o ângulo histórico
1, julhosetembro 1926 Ano 2, n. 1, novembro de 1948 No. 21, ano1998 LX, n. 12, 1986 Ano LX,? n. 11, março de 1986 Ano LXIV, n. 17, 1996 No. 24, setembro de 2001 Ano LIX, n.Ano 9, junho LX, 11, n. anon.LX, 12, 1986 ? Ano IV, n. No. 20, 1998 Ano LIX, n. 10, outubro de 1985 Ano LIX, n. 10, outubro de
51-60 77-84 51-55 41-45
19-21
47-49 84-86 23-24 60-62 54-56 31-38
18-21
73-75
MIRANDA, L.
As ilhas do Maranhão
MOHANA, K.
Discurso de posse do Professor Kalil Mohana -do Discurso de lançamento livro Viajando e Educando A História e a Geografia no contexto contemporâneo
MOURA, C.
A Coluna Prestes e a custódia de Oeiras São Luis dos bons tempos do bonde D. Delgado, pioneiro do ensino são médico no Maranhão Como diferentes os tempos! Uma idéia infeliz Uma lei desumana Revendo os sobrados da João Lisboa ehistórico recordando Esboço da amigos Assistência Obstétrica em São Faleceu o confrade Olavo Correia Lima Dois importantes livros médicos Fazer o bem sem olhar para quem
MOURA, C. de S.
Discurso de Posse cadeira 28
NASCIMENTO, J.
Dinamização e otimismo
OLIMPIO FILHO
A Casa de Pedra
OLIVEIRA, E. M. de
Uma reflexão sobre o cheque pré-datadode Edomir Martins Discurso de Oliveira saudando o ingresso de Mário Lincoln
1985 Ano IV, n. 4, junho de 1952 No. 19, 1997 No. 20, 1998 No. 27, julho de 2007 Ano LXI, n. 13, Ano LXII, n. 14, Ano LXII, n. 14, Ano LXII, n.Ano 15, LXIII, Ano n. Ano Ano No. 19, No. 20, No. 20, 1998 Ano LIX, n. 9, junho de 1985 Ano LIX, n. 08, março de 1985 Ano VII, n. 6, dezembro de 1956 Ano Ano LXIV, n.
92-94 50-61 109-111 33-36 45-46 33-35 39-41 53-55 93-94 105-106 107-109 110-113 84-85 102 103-104
71-83
03-04
47-51 130-131 144-146
PEREIRA, J. da C. M.
Discurso pronunciado no Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão por– Edomir Martins de Oliveira cadeira no. 51doIHGM O Presbiterianismo no – São Maranhão Um breve estudo acerca da famíliajuninas no Maranhão Festas Brasil: 500 anos O uso do c aderninho de crédito ontem e hoje IHGM-25/08/99 – Discurso de Edomir Martins de Oliveira ocupante da cadeira Editorial Discurso de Edomir Martins de Oliveira, presidente do IHGM, Dr. José Navegarsaudando é preciso... Discurso de Edomir Martins de Oliveira, cadeira 51, apresentando o novoMartins livro de Discurso de Edomir de Oliveira – cadeira no. 51, saudando a Paula Frassinetti da Silva Sousa, pelo seu do Relatório da Presidência IHGM, sobre as atividades do Instituto proferida durante opor anoEdomir de Palestra Martins de Oliveira, sobre o IHGM, no Roraty Club São Homenagem póstuma ao inesquecível Sebastião Barreto de Brito
No. 18, 1997 No. 19, No. 20, No. 21, No. 22, No. 23, No. 23, No. 23, 2000 No. 24, No. 24, setembro No. 25, No. 26, 2002 No. 26, 2002
Discurso de Posse Discurso sobre a adesão do Maranhãodeà elogio Independência Discurso ao Patrono daBatalha cadeira de n. 59 A Guaxenduba O reconhecimento da Independência Maranhão A Inconfidênciadomineira no contexto do Brasil Colônia: antecedentes, O Maranhão erazões a Independência: resistência e adesão
Ano LXII, n. 14, Ano LXII, n. 15, Ano LXII, n.Ano 15, LXIII, No. 24,n. setembro No. 27, julho de 2007 No. 27, julho de 2007
No. 26, 2002 No. 26, 2002 No. 27, julho de 2007
30-33 20-25 25-27 121-124 85-97 15-27 47-51 56-61 01 41-43 41-42 10-13 31-35 61-66 72-77
53-55 73-84 85-90 91-96 38-41 30-34 42-52 100-107
PINTO, F.
Tapuytapera
RAMOS, A. V.
Eu mesmo em resumo
RAMOS, C. P.
Jupi-Açú – o Principal da Ilha – amigo dos Franceses
RAPOSO, J. B.
Elogio ao Patrono cadeira 2
RÊGO COSTA
A morte de Luís Domingues
REGO, T. de J. A.
Discurso de posse da professora Teresinha Rêgo no A importância da flora medicinal da pré-amazônia Maranhense na fitoterapia
REIS, J. R.
Rumo secular do caboclo maranhense
REIS, J. R. S. dos
REIS, L. G. dos
Discurso de Jose de Ribamar Sousa dos Reis, por ocasião do lançamento do livro de sua autoria “Raposa: presente, sua gente, seu futuro’, no IHGM em 27.5.1998 Alto Parnaíba O sitio Filipinho
Ano 28, n. 3, agosto de 1951 No. 27, julho de 2007 Ano LXIII, n. 16, 1993 Ano LIX, n. 9, junho de 1985 Ano IV, n. 5, dezembro de 1952 No. 24, No. 27, julho de 2007 Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984 No. 21, 1998
27-30
56-64
60-67 60-69
121-122 49-50 111-127
67-71
48-52
Ano 28, Ano IV, n. 4, junho de 1952
45-77 03-05
RIBEIRO DO AMARAL,
Nobiliarchia Maranhense
ROCHA, L.
A fala do Governador
ROCHA, O. P.
Pronunciamento de Osvaldo Pereira Rocha, por ocasião de sua posse como membro efetivo do eIHGM, ocupante Fuzileiros Técnicos Navaisda Boa viagem Dia do Marinheiro A cidade de Pedreiras Administradores de Pedreiras Algo da história dos 500 anos Saudação a Bento Moreira Lima na posse da cadeira 18 O soldado brasileiro Soberania Nacional A data magna do IHGM Feliz Aniversário, São Luis O Exército na Amazônia Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão IHGM tem primeira mulher Presidente Festas Juninas
ROCHA, S. P.
Discurso de Posse (cadeira 53, José do Nascimento Moraes) Mulher: desafios de sempre Figuras do Parque do Bom Menino do sócio Salomão Palestra Rocha, cadeira no. 53, alusiva ao Reinício dasdo Atividades Outubro – mês médico (in memoriam) Jardins de São Luís Discurso do Dr. Salomão Rocha saudando a Profa.
Ano I, n. 1, julhosetembro 1926 Ano LIX, n. 9, junho de 1985 No. 22, 1999
38-41
18-19 101-110
No. 23, No. 23, No. 23, No. 23, No. 23, No. 23, No. 24, No. 25, No. 25, No. 26, No. 26, No. 26, No. 26, No. 27, No. 24, setembro de 2001
44-46 62-64 65-68 69-72 73-75 88-91 21-23 43-54 54-62 24-26 27-28 29-30 126-128 30-32
Ano LXIII, n. No. 19, No. 21, No. 25, (s.d.) No. 25, No. 26, No. 24, setembro
130-134 87-94 10-15
29
101-111 118-121 141-142 34-35
Teresinha Rêgo por sua posse no IHGM RODRIGUES, N.
O sociólogo em G. Dias Dia das Crianças
RUFINO FILHO, A
Um patrimônio cultural da humanidade
de 2001 Ano IV, n. 4, junho de 1952 No. 26, No. 25, (s.d.) No. 21, 1998
SÁ VALE FILHO
Duas fontes de luz
SALGADO FILHO, N.
UTI – desmistificando medos, garantindo a vida Hospital-Geral “Dr. Tarquínio Lopes Filho” – um passado de glórias, um futuro de esperanças
SALGUEIRO, M. C.
Convento e Igreja de Santo Antonio
SALLES CUNHA, E.
Aderson Ferro – o dentista iluminado do Norte
SANTANA, P. R. de
Geopolítica maranhense Tiradentes e as conjunturas sócio-políticas do Sociologia seu tempo Breves noções de Rural
SANTOS, H. de J.
Homenagem ao confrade Aderson de Carvalho Lago
Ano VII, n. 6, dezembro de 1956 Ano LIX, n. 10, Ano LX, 11, n. anon.LX, 12, 1986 ? Ano LXIV, n. 17, 1996
Entrevista com Edomir Martins Lincoln de Oliveira Mhário recebe Pinheiro Marques no Instituto Histórico e Geográfico do Posfácil
No. 24, No. 24, setembro No. 24,
SANTOS, M. L. F.
No. 25, No. 26, 2002 No. 26, 2002
87-90 05-09 93-94
85 115-117 118-121
93-98
63-74 42-44 45-51 40-45
39-40 03 44-46 51
Discurso de Mario Lincoln ao ocupar a cadeira no. 14
SANTOS, W.
Aspectos históricos e geográficos da cidade de Imperatriz
SARAIVA, J. C. V.
Elogio ao patrono da cadeira no. 43 do IHGM
SARDINHA, C. G. V.; SARDINHA, A. H. L.
Moral e ética no trabalho, na política e no exercício profissional
SARNEY, J.
O futuro, o passado
SEGUINS, J. M.
IHGM = 60 anos
SEGUINS, J. R.
Plano editorial do IHGM. Nossa revista Sebastião Archer da Silva – o grande benemérito Poemas de estrelas Convocação geral Bases do concurso para a confecção do Medalhão e da Indumentária serão Ato normativoque n. 01/85 A lendária e histórica cidade de Sãodia José de Ribamar Certo escrevi e dediquei Carta ao Governador Luiz Rocha O Monte Castelo Correspondência sobre Maria Firmina dos Reis
Ano LXIV, n. 17, 1996 Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984 No. 27, julho de 2007
147-149
79-82
78-87
No. 26, 2002
129-140
No. 21, 1998
08-09
Ano LIX, n. 08, março de 1985 Ano LIX, n. 07, Ano LIX, n. 07, Ano LIX, n. 08, Ano LIX, n. 9, junho Ano LIX, n. 9, junho Ano LIX, n. 9, junho de 1985 Ano LIX, n. 9, junho Ano LIX, n. 10, Ano LIX, n. 10, Ano LIX, n. 10, Ano LXI, n. 13, Ano LXII, n. 14,
09-12 83-84 03 33-34 21-22 45-47 87 88-89 11-15 16 28-29 07-10 85-92
Brasil independente Discurso de Posse Homenagem a Antonio Ribeiro Silva, Ribeirinho Um livrodavalioso SILVA, A. R. da Discurso
SILVA, E. F. de A.
SOARES, L. A. N. G.
Discurso da sócia Elimar Figueiredo de Almeida Silva, cadeira 20, saudando o empossado José Márcio Leite Escola: “adote uma empresa” Um SOS ao Pró-memória Neto Guterres – o médico dos pobres a Wanda Cristina Saudação em sua posse Saudação a Odorico Carmelito para Amaral de Matos Subsídios a História de AlcântaraMendes: o apóstolo Teixeira do Positivismo São Luís do Maranhão: a cachopa de além-mar A presença da iniciativa privada no desenvolvimento Netto Guterres –o médico dos pobres Apontamentos para a história da Justiçahistórico Federal no Resgate O prefeito da fonte (in memoriam de José Apontamentos paraMoreira) a história da Justiça Federal no Advertência necessária A destruição do patrimônio histórico “nas Minas Gerais Tiradentes: daqueles tempos não houve inconfidência e sim umaao Pequenas contribuições estudo da Sinopse histórica do A destruição do Patrimônio Histórico II Três nomes ilustres que engrandecem o Maranhão
No. 25, (s.d.) Ano LXI, n. 13, Ano LXI, n. 13, Ano LXII, n. 14, Ano LXII, n. 14, março de 1991 No. 25, (s.d.) Ano LIX, n. 07, Ano LIX, 10, n. anon.LX, 12, Ano1986 LXI,? n. 13, Ano LXI, n. 13, Ano LXII, n.Ano 15, LXIII, Ano n. Ano No. 19, No. 20, No. 21, No. 22, No. 22, No. 23, No. 23, No. 24, setembro No. 25, No. 25, No. 26, 2002
122-143 20-31 32-34 53-55 57-60
144-149 63-65 30-34 55-60 17-19 67-70 33-44 52-59 93-95 96-102 73-81 85-94 74-76 55-57 66-84 07-08 09-12 04-09 63-88 88-92 49-60
Numismática maranhense SOARES, O.
Mumismática maranhense
SOARES, W.
Subsídios a bibliographia maranhense
SOUSA, D.
Panaquatira
SOUSA, D. de
Harpia
SOUSA, E. SOUSA, E. de
SOUSA, F. E. de
SOUSA, P. F. da S.
A Jerusalém de Taipa e o poder constituído O filho ilustre de São Bernardo de Almeida e seu tempo Elogio do sócio Francisco Eudes de Sousa, cadeira no. 13,Instituto ao saudoso Presidente do O Histórico e Geográfico do Maranhão na trajetória de um pensamento histórico Discurso de Posse da Profa. Paula Frassinetti da Silva Sousa, como sócia efetiva do IHGM, na cadeira no. 34
SOUZA, J. H. de
Heróis do passado deram suas vidas pelas liberdades democráticas
TEIXEIRA, L.
O dono do Sancy e a França Equinocial
TRAVASSOS FURTADO
Francisco Alves Camêlo no instituto Histórico
Ano 2, n. No. 22, 1999 Ano I, n. 1, julhosetembro 1926 ano LX, n. 12, 1986 ? Ano LXII, n. 14, março de 1991 No. 23, 2000 No. 18, 1997 No. 21, 1998 No. 26, 2002 No. 26, 2002 No. 26, 2002 Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987 Ano 2, n. 1, novembro de 1948 Ano LIX, n. 07,
89-98 39-50
31-38 39-40 37-38 109-114 38-41 31-35 22-23 67-71
36-48
49-55
107-117 23-24
O Palácio dos Leões e sua históriapela História Amor Discurso de Travassos Furtado A volta do cometa de Halley Juventude como fator de desenvolvimento Halley, mensageiro d novas esperanças para o Brasil A ciência sempre vence VASCONCELOS, A.
184inqüenta anos sem Humberto de Campos Manoel Beckman e seus historiadores S. Luís, a antiga (evocação)
VASCONCELOS, B.
O Maranhão fabuloso
VIANA, F.
O caráter de Bequimão
VIANA, O. P.
VIEIRA da SILVA, R. E. de C.
Os primórdios do Brasil A carta de Caminha Explicações sucintas do desenho do Medalhão (crachá) para usado A posição do ser Brasil em nas relação as demais nações A existência histórica de Antonio Pedro daLobo Silva Nava: médico, escritor, poeta, e Vida e obras depintor Antonio Gonçalves Diasbem A arte de falar A importância do folclore e seus Amélia, principais aspectos no Ana a musa de G. Dias, sua genealogia e seus descendentes Biografia de um Presidente Homenagem ao Patrono da cadeira no. 41 – Engenheiro José Domingues da Silva
Ano LXI, n. 13, Ano LIX, n. 9, junho Ano LIX, n. 9, junho Ano LIX, n. 9, junho Ano LIX, n. 10, Ano LX, 11, n. anon.LX, 12, 1986 ? Ano LIX, n. 08, Ano LIX, n. 9, junho de 1985 Ano 2, n. Ano1,I, n. 1, julhosetembro 1926 Ano IV, n. 4, junho de 1952 Ano LIX, n. 08, Ano LIX, n. 9, junho Ano LIX, n. 10, outubro de Ano LX, 11, n. anon.LX, 12, 1986 Ano LXII,? n. 14, Ano LXII, n.Ano 15, LXIII, Ano n. No. 21, 1998 No. 26, No. 27, julho de
11-16 Contracapa
11-13 48-52 17 52-61 46-51 17-28 53-59 119-126 17-20
63-66 67-74 90-102 56-57 35-40 78-98 43-52 65-75 97-103 83-92 106-108 102-105 65-72
2007
VIEIRA FILHO, D.
Superstições ligadas ao parto e àculto vida vudou: infantilidentificações O em São Luís e no Haiti Estudos Geográficos do Maranhão Antonio Lopes
VIEIRA, A. G.
A navegação e o controle de navios pelo Estado do Porto na atualidade
VIEIRA, J. A. M.
Humberto de Campos
VIVEIROS, J. de
O jornal “O País” em face da guerraluta da política Tríplice-Aliança Uma do Segundo Reinado A família Morais Rêgo A eleição do 1º. Tenente Tasso Fragoso para deputado à constituinte de 92 e a sua Coronel Joaquim Silvério dos Reis Montenegro
WAGLEY, C.
Algumas lendas indígenas
XEVEZ, S. M.
Luís Felipe Gonzaga de Campos
ZAJCIW, D.
Novos longicórneos neotópicos, X (Col. Cerambycidadae)
Ano IV, n. 4, junho Ano IV, n. 4, junho Ano IV, n. Ano5, IV, n. 5, dezembro de 1952 No. 26, 2002 ano LX, n. 12, 1986 ? Ano 28, n. 3, agosto Ano IV, n. 4, junho Ano IV, n. Ano5,VII, n. 6, dezembro Ano VII, n. 6, dezembro de 1956 Ano IV, n. 5, dezembro de 1952 Ano VII, n. 6, dezembro de 1956 Ano LXIII, n. 16, 1993
41-46 90-92 25-47 122-125
107-117 11-15 79-87 13-39 03-24 09-15 97-101
126-130
33-45
18- 22
ÍNDICE DA REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO APRESENTAÇÃO Este trabalho constitui-se em um instrumento fundamental para a pesquisa histórica. A indexação dos artigos de toda a coleção da Revista do IHGM agiliza o acesso à informação procurada pelo pesquisador. Por outro lado, esses dados proporcionam elementos para uma análise historiográfica da própria Revista, tornando possível a identificação dos autores mais produtivos, dos temas mais estudados, as formas literárias mais utilizadas, entre outros aspectos. Parte da análise preliminar, de ordem quantitativa, foi realizada e apresentada neste Seminário, identificando-se sócios que mais publicam na Revista do IHGM. O próximo passo será verificar quais temas aparecem. O então “Instituto de História e Geografia do Maranhão” tinha como objetivos:
143
(a) O estudo e difusão do conhecimento da história, da geografia, da etnografia, etnologia; e arqueologia, especialmente do Maranhão; (b) O incremento à comemoração dos vultos e fatos notáveis de seu passado; e (c) A conservação de seus monumentos 144:
143
Art. II do Regimento Interno, publicado na Revista do Instituto de História e Geografia do Maranhão, ano I, no. 1, julho a setembro, 1926, p. 61;
144
Art. I do Regimento Interno, publicado na Revista do Instituto de História e Geografia do Maranhão, ano I, no. 1, julho a setembro, 1926, p. 61;
Em seu Artigo IV145 constava: “para a publicação dos seus actos sociaes, das investigações que realizar e dos trabalhos de seus sócios sobre assumptos que se relacionarem às siciencias (sic) de que se deverá ocupar, assim como de contribuições de igual gênero enviadas por investigadores competentes, o Instituto manterá uma Revista bimensal ou trimestral.” (p. 62).
O primeiro número surgia em 1926, com a denominação de “HISTÓRIA E GEOGRAFIA - Revista trimestral do Instituto de História e Geographia do Maranhão”, anno I - 1926 – num. 1, julho a setembro; com 97 páginas, contendo ilustrações, e impressa na Typ. Teixeira - São Luiz 146. Era seu Diretor Antonio Lopes [da Cunha]. Foram publicados 27 números. Sua periodicidade nunca foi cumprida, seja por problemas financeiros, políticos e/ou técnicos. Contamos com 551 artigos, notas, atos administrativos, de 361 autores, a grande maioria de seus sócios efetivos, ou correspondentes. A Elite dos Autores se constitui daqueles que produziram acima de 11,61 artigos. Esses Autores – nove (6,68%), incluindo-se os artigos “dos Editores” (144 – 26,14%) – produziram 51,35% dos artigos publicados. Temos como pertencentes a essa Elite: com 26 artigos FREITAS, J. C. M. de; enquanto SOARES, L. A. N. G. contribuiu com 20 artigos; já CORREIA LIMA, O. e OLIVEIRA, E. M. de, produziram 18; e depois, ROCHA, O. P. com 16 artigos; CARVALHO, A. S. de, 145
Do Regimento Interno, publicado na Revista do Instituto de História e Geografia do Maranhão, ano I, no. 1, julho a setembro, 1926, p. 61-64.
146
HISTÓRIA E GEOGRAFIA- Revista trimestral do Instituto de História e Geographia do Maranhão, São Luís, ano I, n. 1, julho/setembro, 1926
com 15; e com 13 contribuições aparecem COELHO NETTO, E. e SEGUINS, J. R. Breve, o IHGM disponibilizará os demais Anexos do artigo em referência – Elitismo no IHGM -, com a evolução do quadro dos sócios efetivos, dos correspondentes, assim como o Índice por Autores. Por ora, apresenta-se o Índice de Artigos. Acredito que a próxima etapa desse trabalho de recuperação da memória do IHGM seja a análise dos temas recorrentes assim como a indexação de seu acervo bibliográfico. Busca-se a contribuição dos atuais sócios... Nossa Biblioteca faz parte do acervo cultural do Maranhão, e deve estar disponível àqueles que buscam resgatar nossas origens. LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Sócio efetivo – Cadeira 40
ARTIGOS PUBLICADOS – 1926/2007 AUTOR
TITULO
REVISTA
PAGINA
No. 1, 1926, julho-setembro O primeiro número
05-06
Maranhão-Piauhy
07-08
Notas Várias: Parsondas de Carvalho (A.L.); O Curso de Estudos maranhenses; Um explorador maranhense (A.L.); DA REDAÇÃO
O oiro do Alto Pindaré (Jerônimo de Viveiros);
Ano I, n. 1, julhosetembro 1926
Documentos históricos;
65-88
Um achado archeologico; A questão da Tutoya; As collecções do Instituto; Material bibliographico (A.L.; W.S.); Francisco Guimarães. ABRANCHES DE MOURA, J.
A Ilha de S. Luiz
Ano I, n. 1, julhosetembro 1926
21-27
CARVALHO, J. B. de
As tribus do Rio Javary
Ano I, n. 1, julhosetembro 1926
89-96
LOPES DA CUNHA, A.
Marília e Dirceu
Ano I, n. 1, julhosetembro 1926
09-14
LOPES DA CUNHA, A.
O Diccionário Histórico e Geographico do Maranhão
Ano I, n. 1, julhosetembro 1926
41-46
LOPES DA CUNHA, A..
Armorial Maranhense
Ano I, n. 1, julhosetembro 1926
47-53
RIBEIRO DO AMARAL,
Nobiliarchia Maranhense
Ano I, n. 1, julhosetembro 1926
38-41
SOARES, W.
Subsídios a bibliographia maranhense
Ano I, n. 1, julhosetembro 1926
31-38
VASCONCELOS, B.
O Maranhão fabuloso
Ano I, n. 1, julhosetembro 1926
17-20
No. 2, 1948, novembro EDITORIAL
03-04
Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão
147-154
Notas Finais – A eterna questão; As obras de Raimundo Lopes; DA REDAÇÃO
O Dicionário de César Marques; Trabalhos históricos e geográficos;
Ano 2, n. 1, novembro de 1948 155-160
Proteção a natureza e aos monumentos; Bibliografia; Inéditos do Instituto; Páginas esquecidas; O Museu do Instituto ALMEIDA, R.
Gaspar de Sousa no Maranhão
Ano 2, n. 1, novembro de 1948
05-11
CARVALHO, B. de
Os índios da região dos formadores do Rio Branco
Ano 2, n. 1, novembro de 1948
61-67
DINO, N.
O Forte do Itapecurú
Ano 2, n. 1, novembro de 1948
77-87
FERNANDES, H. C.
Quando se uniu o Maranhão ao Brasil?
Ano 2, n. 1, novembro de 1948
69-75
FERNANDES, J. S.
O assoreamento da Costa Leste maranhense
Ano 2, n. 1, novembro de 1948
99-106
FIALHO, O.
A Bacia do Rio Flores
Ano 2, n. 1, novembro de 1948
127-139
LEMERCIER, J. M.
Apontamentos históricos – sobre a criação, administração, melhoramentos materiais da Sé, Catedral do Maranhão
Ano 2, n. 1, novembro de 1948
13-22
LOPES DA CUNHA, A.
A História de S. Luís – questões e dúvidas
Ano 2, n. 1, novembro de 1948
33-50
LOPES DA CUNHA, A.
Uma grande data
Ano 2, n. 1, novembro de 1948
141-146
LUZ, J. V. da
Duas grandes figuras (discurso de posse na cadeira de Yves d´Evreux, a qual Raimundo Lopes inaugurou no IHGM
Ano 2, n. 1, novembro de 1948
51-60
SOARES, O.
Numismática maranhense
Ano 2, n. 1, novembro de 1948
89-98
TEIXEIRA, L.
O dono do Sancy e a França Equinocial
Ano 2, n. 1, novembro de 1948
107-117
VASCONCELOS, B.
S. Luís, a antiga (evocação)
Ano 2, n. 1, novembro de 1948
119-126
No. 3, 1951, agosto Relação de cartas geográficas do Maranhão
Ano 28, n. 3, agosto de 1951
03-10
Os mortos do Instituto (Antonio Lopes da Cunha – 29.11.50; Candido Pereira de Sousa Bispo – 15.07.50; Joseph Marie Lemercier – 09.12.48; Wilson da Silva Soares – 09.12.49; Alfredo Bena – 11.05.50; DA REDAÇÃO
137-140
Liberalino Pinto de Almeida – 05.02.51; Aquiles de Faria Lisboa – 12.04.51;
Ano 28, n. 3, agosto de 1951
Adalberto Accioli Sobral – 24.05.51); Novos Membros do Instituto; Registros bibliográficos Congressos Científicos
141-144
Estatutos
145-154
Anuncio histórico
155-156
Sumario
157
CARVALHO, B. de
Estudo sobre os Poianauas
Ano 28, n. 3, agosto de 1951
11-26
PINTO, F.
Tapuytapera
Ano 28, n. 3, agosto de 1951
27-30
DINO, N.
Forças militares cearenses nos campos do Maranhão
Ano 28, n. 3, agosto de 1951
31-43
REIS, L. G. dos
Alto Parnaíba
Ano 28, n. 3, agosto de 1951
45-77
VIVEIROS, J. de
O jornal “O País” em face da guerra da Tríplice-Aliança
Ano 28, n. 3, agosto de 1951
79-87
CORREIA LIMA, O.
História da Assistência à Infância do Maranhão
Ano 28, n. 3, agosto de 1951
89-136
No. 4, 1952, junho Ano IV, n. 4, junho de 1952
98-99
Ano IV, n. 4, junho de 1952
117-120
Ano IV, n. 4, junho de 1952
121-126
Ano IV, n. 4, junho de 1952
127-131
Anúncio histórico
Ano IV, n. 4, junho de 1952
132-136
Sumário
Ano IV, n. 4, junho de 1952
137
REIS, L. G. dos
O sitio Filipinho
Ano IV, n. 4, junho de 1952
03-05
CORREIA LIMA, O.
Temperatura efectiva de São Luíz
Ano IV, n. 4, junho de 1952
07-12
VIVEIROS, J. de
Uma luta política do Segundo Reinado
Ano IV, n. 4, junho de 1952
13-39
VIEIRA FILHO, D.
Superstições ligadas ao parto e à vida infantil
Ano IV, n. 4, junho de 1952
41-46
DINO, N.
O primeiro dos três discursos celebre de Vieira da Silva
Ano IV, n. 4, junho de 1952
47-51
MEIRELES, M. M.
General Cesário Mariano de Albuquerque Cavalcanti
Ano IV, n. 4, junho de 1952
54-56
BASTIDE, R.
O negro no Norte do Brasil
Ano IV, n. 4, junho de 1952
57-61
VIANA, F.
O caráter de Bequimão
Ano IV, n. 4, junho de 1952
63-66
FERREIRA, A.
Notícia sobre Frei Cristóvão de Lisboa
Ano IV, n. 4, junho de 1952
67-75
FIALHO, O.
Elementos para a classificação geológica do litoral maranhense
Ano IV, n. 4, junho de 1952
77-78
BARBOSA, T.
Uma calamidade que deve ser evitada
Ano IV, n. 4, junho de 1952
79-80
DINIZ, E. F.
Abastecimento e expansão demográfica
Ano IV, n. 4, junho de 1952
83-87
RODRIGUES, N.
O sociólogo em G. Dias
Ano IV, n. 4, junho de 1952
87-90
VIEIRA FILHO, D.
O culto vudou: identificações em São Luís e no Haiti
Ano IV, n. 4, junho de 1952
90-92
MIRANDA, L.
As ilhas do Maranhão
Ano IV, n. 4, junho de 1952
92-94
ABREU, S. F.
O Estado do Maranhão
Ano IV, n. 4, junho de 1952
94-97
FREYRE, G.
Sobrados de São Luís
Ano IV, n. 4, junho de 1952
97-98
COSTA, C. R.
Papéis vários do Conselho Ultramarino
Ano IV, n. 4, junho de 1952
101-114
Concessões para a exploração e lavra de minerais Bibliografia maranhense – Ribeiro do Amaral; Raimundo Lopes; Clarindo Santiago Registro bibliográfico DA REDAÇÃO
Noticiário – O Museu do Instituto; Congressos e encontros; Novos sócios; História do Comércio do Maranhão
No. 5, 1952, dezembro Bibliografia Maranhense: Justo Jansen Ferreira; Ano IV, n. 5, dezembro de 1952
133-137
Ano IV, n. 5, dezembro de 1952
140
Ano IV, n. 5, dezembro de 1952
145-146
SUMÁRIO
Ano IV, n. 5, dezembro de 1952
147
VIVEIROS, J. de
A família Morais Rêgo
Ano IV, n. 5, dezembro de 1952
03-24
VIEIRA FILHO, D.
Estudos Geográficos do Maranhão
Ano IV, n. 5, dezembro de 1952
25-47
CORREIA LIMA, O.
Idéias médicas de Gaioso
Ano IV, n. 5, dezembro de 1952
49-68
DOMINGUES, V.
O Turiaçu
Ano IV, n. 5, dezembro de 1952
69-118
RÊGO COSTA
A morte de Luís Domingues
Ano IV, n. 5, dezembro de 1952
121-122
VIEIRA FILHO, D.
Antonio Lopes
Ano IV, n. 5, dezembro de 1952
122-125
HIMUENDAJU, C.
The Guaja
Ano IV, n. 5, dezembro de 1952
125-126
WAGLEY, C.
Algumas lendas indígenas
Ano IV, n. 5, dezembro de 1952
126-130
Domingos de Castro Perdigão; Parsondas de Carvalho; Sousa Bispo DA REDAÇÃO Registro bibliográfico (publicações recebidas) Noticiário – Brigadeiro Hugo da Cunha Machado; Novos sócios: Fernando Viana, Cesário Veras
No. 6, dezembro de 1956 DA REDAÇÃO
Nossa Homenagem
Ano VII, n. 6, dezembro de 1956
03-05
DA REDAÇÃO
Quadro social do Instituto
Ano VII, n. 6, dezembro de 1956
110-114
DA REDAÇAO
Novos sócios do Instituto
Ano VII, n. 6, dezembro de 1956
115-117
Ano VII, n. 6, dezembro de 1956
121-138
Noticiário – Honra ao Mérito; DA REDAÇÃO
in. Benedito Barros e Vasconcelos; Reforma da sede do Instituto; Ponte Antonio Muniz Barreiros Bibliografias: História do Comércio do Maranhão – Jerônimo de Viveiros
139-140
Panorama da literatura maranhense – Mário Meireles DA REDAÇÃO
Alma – Ribamar Pereira
141-142 Ano VII, n. 6, dezembro de 1956
143 143
inqüenta a médico-social do filho sadio do lázaro – Olavo Correia Lima
143
Espiritismo e mediunismo no Maranhão – Waldomiro Reis CARVALHO, J. B. de
Nota sobre a arqueologia da Ilha de São Luís
Ano VII, n. 6, dezembro de 1956
07-08
VIVEIROS, J. de
A eleição do 1º. Tenente Tasso Fragoso para deputado à constituinte de 92 e a sua renúncia
Ano VII, n. 6, dezembro de 1956
09-15
DOMINGUES FILHO, V.
Três lendas relacionadas com o Maranhão
Ano VII, n. 6, dezembro de 1956
17-20
CORREIA LIMA, O.
Doença e morte do Conde D’Escragnolle
Ano VII, n. 6, dezembro de 1956
21-30
DINO, N.
Bacharéis, Mestres de escolares
Ano VII, n. 6, dezembro de 1956
31-32
XEVEZ, S. M.
Luís Felipe Gonzaga de Campos
Ano VII, n. 6, dezembro de 1956
33-45
OLIMPIO FILHO
A Casa de Pedra
Ano VII, n. 6, dezembro de 1956
47-51
BARBOSA, T.
As boiadas sertanejas
Ano VII, n. 6, dezembro de 1956
53-61
SALLES CUNHA, E.
Aderson Ferro – o dentista iluminado do Norte
Ano VII, n. 6, dezembro de 1956
63-74
FERREIRA, A.
A volta de Luis Magalhães a Lisboa
Ano VII, n. 6, dezembro de 1956
75-79
BARBOSA, T.
Genealogia – dados genealógicos
Ano VII, n. 6, dezembro de 1956
81-90
CORREIA LIMA, O.
Famílias Maranhenses
Ano VII, n. 6, dezembro de 1956
91-96
VIVEIROS, J. de
Coronel Joaquim Silvério dos Reis Montenegro
Ano VII, n. 6, dezembro de 1956
97-101
CORREIA LIMA, O.
Biografia inédita do Visconde de Parnaíba
Ano VII, n. 6, dezembro de 1956
103-110
No. 7, 1984, dezembro Diretoria do IHGM
Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984
05-20
Nossos sócios fundadores, o grande benemérito
Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984
21-22
Nossos sócios honorários
Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984
25
Calendário social
Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984
91-93
Datas memoráveis para o IHGM
Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984
95
Nossos sócios efetivos e seus patronos
Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984
97-103
Nossos sócios correspondentes
Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984
105-107
Plano editorial do IHGM.
Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984
83-84
Homenagem a Bequimão
Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984
85-86
Ato Normativo especial
Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984
87-89
SEGUINS, J.R.
Nossa revista
Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984
03
FURTADO TRAVASSOS
Francisco Alves Camêlo no Instituto Histórico
Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984
23-24
GUIMARÃES, R. C.
Frei Custódio Alves Pureza Serrão
Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984
26-35
ELIAS FILHO, J.
História do Maranhão (Cap. 9) – descobrimento do Maranhão
Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984
36-39
CRUZ, O.
Barra do Corda, uma rapsódia de amor
Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984
40-45
COELHO NETTO, E.
O Ameríndio – o índio da colonização e no povoamento do Maranhão- micro-etnias atuais do Maranhão
Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984
46-56
FREITAS, J. C. M. de
Discurso de Posse
Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984
57-61
SOARES, L. A. N. G.
Escola: “adote uma empresa”
Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984
63-65
REIS, J. R.
Rumo secular do caboclo maranhense
Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984
67-71
COSTA, B. E.
O geógrafo e historiador Cônego Benedito Ewerton Costa fala sobre o seu Patrono – o Padre Antonio Vieira
Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984
73-78
SANTOS, W.
Aspectos históricos e geográficos da cidade de Imperatriz
Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984
79-82
SEGUINS, J. R.
Plano editorial do IHGM.
Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984
83-84
DA REDAÇÃO
PRESIDENCIA – ATOS
No. 8, 1984, março A bandeira do Maranhão
Ano LIX, n. 08, março de 1985
13
O Hino maranhense
Ano LIX, n. 08, março de 1985
14-15
José Adirson de Vasconcelos de Santana de Araújo (biografia)
Ano LIX, n. 08, março de 1985
16
O Instituto Histórico rejubila-se com a eleição de Sarney
Ano LIX, n. 08, março de 1985
29-30
Governador Luiz Rocha no Salão Nobre do IHGM
Ano LIX, n. 08, março de 1985
31-32
Rosa Mochel Martins (necrologia)
Ano LIX, n. 08, março de 1985
35-36
Olavo Correia Lima (biografia)
Ano LIX, n. 08, março de 1985
37
Carlos Cunha (biografia)
Ano LIX, n. 08, março de 1985
60
Orlandex Pereira Viana (biografia)
Ano LIX, n. 08, março de 1985
66
Wilson da Silva Soares – sócio fundador (tradicional família Soares recebe justas homenagens do IHGM)
Ano LIX, n. 08, março de 1985
75-82
A fala do imortal – (Carvalho Guimarães)
Ano LIX, n. 08, março de 1985
83-84
IHGM agracia SIOGE e equipe
Ano LIX, n. 08, março de 1985
85-86
Francisco Alves Camelo eleito para o IHGM
Ano LIX, n. 08, março de 1985
87-88
NASCIMENTO, J.
Dinamização e otimismo
Ano LIX, n. 08, março de 1985
03-04
CUNHA, C.
De Carlos Cunha (mensagem)
Ano LIX, n. 08, março de 1985
05
CORREIA LIMA, O.
De Olavo Correia Lima (mensagem)
Ano LIX, n. 08, março de 1985
07
SEGUINS, J. M.
IHGM = 60 anos
Ano LIX, n. 08, março de 1985
09-12
VASCONCELOS, A.
Cinqüenta anos sem Humberto de Campos
Ano LIX, n. 08, março de 1985
17-28
SEGUINS, J. R.
Sebastião Archer da Silva – o grande benemérito
Ano LIX, n. 08, março de 1985
33-34
CORREIA LIMA, O.; AROSO, O. C. L.
Ameríndios maranhenses
Ano LIX, n. 08, março de 1985
38-54
COSTA, J. P. da
Um reencontro feliz
Ano LIX, n. 08, março de 1985
55-59
CUNHA, C.
Viriato Corrêa, o eterno
Ano LIX, n. 08, março de 1985
61-65
VIANA, O. P.
Os primórdios do Brasil
Ano LIX, n. 08, março de 1985
67-74
FREITAS, J. C. M. de
A bandeira brasileira
Ano LIX, n. 08, março de 1985
89-94
COELHO NETTO, E.
Candido Mendes de Almeida
Ano LIX, n. 08, março de 1985
95-101
DA REDAÇÃO
No. 9, 1985, junho DA REDAÇÃO
Convicção de idealismo
Ano LIX, n. 9, junho de 1985
03-04
DA REDAÇÃO
Festa da cultura na posse de Francisco Camelo a presença do Governador
Ano LIX, n. 9, junho de 1985
05-10
DA REDAÇÃO
Invertida a ordem dos trabalhos
Ano LIX, n. 9, junho de 1985
17
DA REDAÇÃO *
“A Revolta de Bequimão”
Ano LIX, n. 9, junho de 1985
24-26
DA REDAÇÃO
Outro evento importante
Ano LIX, n. 9, junho de 1985
27
DA REDAÇÃO
Apresentações e congratulações pela posse de Francisco Camelo
Ano LIX, n. 9, junho de 1985
28-32
DA REDAÇÃO
MOMATRO de mãos dadas com o IHGM prestam homenagem a Corrêa de Araújo
Ano LIX, n. 9, junho de 1985
104
DA REDAÇÃO
IHGM – Balanço financeiro geral 1984
Ano LIX, n. 9, junho de 1985
105
DA REDAÇÃO
Novos sócios do IHGM; Sócios falecidos; Sociais
Ano LIX, n. 9, junho de 1985
106-107
TRAVASSOS FURTADO
Amor pela História
Ano LIX, n. 9, junho de 1985
Contracapa
TRAVASSOS FURTADO
Discurso de Travassos Furtado
Ano LIX, n. 9, junho de 1985
11-13
CAMELO, F.
Francisco Camelo faz o elogio do seu patrono
Ano LIX, n. 9, junho de 1985
14-16
ROCHA, L.
A fala do Governador
Ano LIX, n. 9, junho de 1985
18-19
SEGUINS, J. R.
Poemas de estrelas
Ano LIX, n. 9, junho de 1985
21-22
CORREIA LIMA, O.
Homo Sapiens stearensis – Antropologia Maranhense
Ano LIX, n. 9, junho de 1985
33-43
SEGUINS, J. R.
Convocação geral
Ano LIX, n. 9, junho de 1985
45-47
TRAVASSOS FURTADO
A volta do cometa de Halley
Ano LIX, n. 9, junho de 1985
48-52
VASCONCELOS, A.
Manoel Beckman e seus historiadores
Ano LIX, n. 9, junho de 1985
53-59
RAPOSO, J. B.
Elogio ao Patrono cadeira 2
Ano LIX, n. 9, junho de 1985
60-69
MOURA, C. de S.
Discurso de Posse cadeira 28
Ano LIX, n. 9, junho de 1985
71-83
MEDEIROS, J. F.
O Ministro Astolfo Serra é o Patrono do Fórum Trabalhista de São Luis
Ano LIX, n. 9, junho de 1985
84-86
SEGUINS, J. R.
Bases do concurso para a confecção do Medalhão e da Indumentária que serão usadas nas sessões solenes e festivais do IHGM pelos sócios efetivos e honorários
Ano LIX, n. 9, junho de 1985
87
SEGUINS, J. R.
Ato normativo n. 01/85
Ano LIX, n. 9, junho de 1985
88-89
VIANA, O. P.
A carta de Caminha
Ano LIX, n. 9, junho de 1985
90-102
* não foi registrado o orador que fez a apresentação do livro de Milson Coutinho, atribuindo-se ao redator
No. 10, 1985, outubro Festa de intelectuais na Praça do Panteon
Ano LIX, n. 10, outubro de 1985
03-10
A Coluna Prestes é tema de livro
Ano LIX, n. 10, outubro de 1985
22
Carlos Cardoso (biografia)
Ano LIX, n. 10, outubro de 1985
59
Sociais
Ano LIX, n. 10, outubro de 1985
98
Memória fotográfica da visita de João José de Mota Albuquerque e Mauro Mota
Ano LIX, n. 10, outubro de 1985
99
SEGUINS, J. R.
A lendária e histórica cidade de São José de Ribamar
Ano LIX, n. 10, outubro de 1985
11-15
SEGUINS, J. R.
Certo dia escrevi e dediquei
Ano LIX, n. 10, outubro de 1985
16
FURTADO TRAVASSOS
Juventude como fator de desenvolvimento
Ano LIX, n. 10, outubro de 1985
17
MELO, M. de O.
Discurso de posse do Confrade
Ano LIX, n. 10, outubro de 1985
18-21
ELIAS FILHO, J.
Bequimão e o Santo Ofício
Ano LIX, n. 10, outubro de 1985
23-27
SEGUINS, J. R.
Carta ao Governador Luiz Rocha
Ano LIX, n. 10, outubro de 1985
28-29
SOARES, L. A. N. G.
Um SOS ao Pró-memória
Ano LIX, n. 10, outubro de 1985
30-34
FREITAS, J. C. de
Roquete Pinto e a educação brasileira
Ano LIX, n. 10, outubro de 1985
35-41
SANTANA, P. R. de
Geopolítica maranhense
Ano LIX, n. 10, outubro de 1985
42-44
GUIMARÃES, R. C.
Joaquim Vieira da Luz
Ano LIX, n. 10, outubro de 1985
45-47
COSTA, B. E.
Sesquicentenário da Paróquia de Codó
Ano LIX, n. 10, outubro de 1985
48-55
VIANA, O. P.
Explicações sucintas do desenho do Medalhão (crachá) para ser usado nas sessões solenes e festivas, pelos membros efetivos do IHGM
Ano LIX, n. 10, outubro de 1985
56-57
CARDOSO, C.
Sousândrade
Ano LIX, n. 10, outubro de 1985
60-61
CORREIA LIMA, O.
Província espeleológica do Maranhão
Ano LIX, n. 10, outubro de 1985
62-70
GUIMARÃES, R. C.
O cometa de Halley
Ano LIX, n. 10, outubro de 1985
71-72
MILHOMEM, W.
Brasília sob o ângulo histórico
Ano LIX, n. 10, outubro de 1985
73-75
CARVALHO, R. da S.
Conselho Estadual de Educação do Maranhão – Memória
Ano LIX, n. 10, outubro de 1985
76-97
DA REDAÇÃO
No. 11, 1986, Ano LX DA REDAÇÃO
Cronologia de Halley
Ano LX, n. 11, março de 1986
03-04
CORREIA LIMA
Geo-História do Maranhão, de Eloy Coelho Neto
Ano LX, n. 11, março de 1986
05-06
CORRIA LIMA, O.; AROSO, O. C. L.
Cultura rupestre maranhense – arqueologia, antropologia
Ano LX, n. 11, março de 1986
07-12
JORGE, S.
O jornalismo polemico de Odorico Mendes e Garcia de Abranches
Ano LX, n. 11, março de 1986
13-22
MEDEIROS, J. F.
A cultura e o turismo
Ano LX, n. 11, março de 1986
23-24
FREITAS, J. C. M. de
O bicentenário de Simón Bolívar e a influencia de seu pensamento na educação das Américas
Ano LX, n. 11, março de 1986
25-34
VIANA, O. P.
A posição do Brasil em relação as demais nações
Ano LX, n. 11, março de 1986
35-40
MAGALHÃES, M. dos R. B. C.
Biografias resumidas de maranhenses ilustres
Ano LX, n. 11, março de 1986
41-45
SANTANA, P. R. de
Tiradentes e as conjunturas sócio-politicas do seu tempo
Ano LX, n. 11, março de 1986
45-51
TRAVASSOS FURTADO
Halley, mensageiro d novas esperanças para o Brasil
Ano LX, n. 11, março de 1986
52-61
ELIAS FILHO, J.;
No. 12, 1986(?) - ano LX Requerimento – concessão de sócio benemérito ao Governador do Estado Luiz Rocha
ano LX, n. 12, 1986 ?
19-20
IHGM homenageia Governador Luiz Rocha
ano LX, n. 12, 1986 ?
20-21
ano LX, n. 12, 1986 ?
100-106
Notas Diversas – A cidade de Coelho Neto na história do Maranhão; DA REDAÇÃO
Homenagem ao Governador Luiz Rocha; Brasil república; Dr. José de Ribamar Seguins; Uma poetisa serviço do IHGM; Calendário social do IHGM; Endereços atualizados dos sócios efetivos
COELHO NETTO, E.
Humberto de Campos – primeiro centenário de nascimento
ano LX, n. 12, 1986 ?
03-11
VIEIRA, J. A. M.
Humberto de Campos
ano LX, n. 12, 1986 ?
11-15
ELIASFILHO, J.
Humberto de Campos
ano LX, n. 12, 1986 ?
15-18
CORREIA LIMA, O.
Parque Nacional de Guaxenduba
ano LX, n. 12, 1986 ?
21-36
CUNHA, C.
IHGM homenageia Bandeira Tribuzi
ano LX, n. 12, 1986 ?
37-39
SOUSA, D.
Panaquatira
ano LX, n. 12, 1986 ?
39-40
SANTANA, P. R. de
Breves noções de Sociologia Rural
ano LX, n. 12, 1986 ?
40-45
TRAVASSOS FURTADO
A ciência sempre vence
ano LX, n. 12, 1986 ?
46-51
MAGALHÃES, M. dos R. B. C.
Discurso de Posse
ano LX, n. 12, 1986 ?
51-55
SOARES, L. A. N. G.
Neto Guterres – o médico dos pobres
ano LX, n. 12, 1986 ?
55-60
MEDIROS, J. F.
Rubem Almeida, o poeta
ano LX, n. 12, 1986 ?
60-62
JORGE, S.
O “Farol Maranhense”
ano LX, n. 12, 1986 ?
63-78
VIANA, O. P.
A existência histórica de Antonio Lobo
ano LX, n. 12, 1986 ?
78-98
FREITAS, J. C. de
Centenário de Máximo Martins Ferreira
ano LX, n. 12, 1986 ?
98-100
No. 13, 1987, ano LXI Noticiário
Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987
03
Lançamento de livros
Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987
05
IHGM faz lançamento de livro
Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987
75-76
SEGUINS, J. R.
O Monte Castelo
Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987
07-10
FURTADO TRAVASSOS
O Palácio dos Leões e sua história
Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987
11-16
SOARES, L. A. N. G.
Saudação a Wanda Cristina em sua posse
Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987
17-19
SILVA, A. R. da
Discurso de Posse
Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987
20-31
SILVA, A. R. da
Homenagem a Antonio Ribeiro da Silva, Ribeirinho
Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987
32-34
CARVALHO, R. da S.
Luiz de Moraes Rego – precioso troféu da educação maranhense
Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987
35-42
CUNHA, C.
Saudação a Aluizio Ribeiro da Silva
Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987
43-44
MOURA, C.
A Coluna Prestes e a custódia de Oeiras
Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987
45-46
FREITAS, J. C. M. de
O centenário de Vila-Lobos
Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987
47-48
SOUZA, J. H. de
Heróis do passado deram democráticas
Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987
49-55
CANEDO, E. V. da S. O. de
Discurso de Posse
Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987
56-66
SOARES, L. A. N. G.
Saudação a Odorico Carmelito Amaral de Matos
Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987
67-70
AMARAL DE MATOS, O. C.
Discurso de agradecimento
Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987
71-74
CUNHA, C.
O mestre Ribeirinho
Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987
77-78
COELHO NETTO, E.
Antropologia e Sociologia
Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987
79-81
CORRÊA LIMA, O.
No país dos Timbiras
Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987
82-91
DA REDAÇÃO
suas vidas pelas liberdades
No. 14, 1991, ano LXII, março DA REDAÇÃO
Notas e notícias
Ano LXII, n. 14, março de 1991
11-12
FREITAS, J.C. M. de
Antonio Lopes, o intelectual
Ano LXII, n. 14, março de 1991
13-21
CORREIA LIMA, O.
Mário Simões e a arqueologia maranhense
Ano LXII, n. 14, março de 1991
23-31
MOURA, C.
São Luis dos bons tempos do bonde
Ano LXII, n. 14, março de 1991
33-35
SOUSA, D. de
Harpia
Ano LXII, n. 14, março de 1991
37-38
MOURA, C.
D. Delgado, pioneiro do ensino médico no Maranhão
Ano LXII, n. 14, março de 1991
39-41
VIANA, O. P.
Pedro da Silva Nava: médico,escritor, poeta,pintor e desenhista
Ano LXII, n. 14, março de 1991
43-52
SILVA, A. R. da
Um livro valioso
Ano LXII, n. 14, março de 1991
53-55
SILVA, A. R. da
Discurso
Ano LXII, n. 14, março de 1991
57-60
COUTINHO, M.
Discurso
Ano LXII, n. 14, março de 1991
61-66
CARVALHO, A. S. de
Discurso de posse
Ano LXII, n. 14, março de 1991
67-68
COELHO NETTO, E.
Discurso
Ano LXII, n. 14, março de 1991
69-72
PEREIRA, J. da C. M.
Discurso de Posse
Ano LXII, n. 14, março de 1991
73-84
SEGUINS, J. R.
Correspondência sobre Maria Firmina dos Reis
Ano LXII, n. 14, março de 1991
85-92
No. 15, 1992, janeiro DA REDAÇÃO
Agradecimentos especiais
Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992
6
DA REDAÇÃO
Notas e Notícias
Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992
09-11
DA REDAÇÃO
Lembrando Dr. João Freire de Medeiros
Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992
13
DA REDAÇÃO
IHGM – Regimento Interno
CORREIA LIMA, O.
Filogênese freudiana
Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992
15-32
SOARES, L. A. N. G.
Subsídios para a História de Alcântara
Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992
33-44
CARVALHO, A. S. de
Jupiaçu – maioral da Ilha
Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992
45-47
FREITAS, J. C. M. de
A “Quinta da Vitória” de Sousândrade
Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992
48-52
MOURA, C.
Como são diferentes os tempos!
Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992
53-55
FERREIRA, M. da C.
A formação do professor de português: ontem e hoje
Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992
56-64
VIANA, O. P.
Vida e obras de Antonio Gonçalves Dias
Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992
65-75
FREITAS, J. C. M. de
O Centenário de um Mestre
Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992
76-80
BRITO, S. B. de
Discurso de Posse cadeira 11
Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992
81-84
PEREIRA, J. da C. M.
Discurso sobre a adesão do Maranhão à Independência
Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992
85-90
PEREIRA, J. da C. M.
Discurso de elogio ao Patrono da cadeira n. 59
Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992
91-96
COUTINHO, M.
Discurso
Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992
97-99
No. 16, 1993 DA REDAÇÃO
Notas e Notícias
Ano LXIII, n. 16, 1993
09-12
DA REDAÇÃO
In Memoriam do saudoso Domingos Chateaubriand de Sousa
Ano LXIII, n. 16, 1993
13-16
DA REDAÇÃO
Endereços dos sócios efetivos do IHGM
Ano LXIII, n. 16, 1993
137-142
DA REDAÇÃO
Quadro dos Patronos, primeiros ocupantes e ocupantes atuais do IHGM
Ano LXIII, n. 16, 1993
143-153
COELHO NETTO, E.
Domingos Sousa
Ano LXIII, n. 16, 1993
16-17
ZAJCIW, D.
Novos longicórneos neotópicos, X (Col. Cerambycidadae)
Ano LXIII, n. 16, 1993
18- 22
BOGÉA, L.
Mestre Dudu
Ano LXIII, n. 16, 1993
22-24
FREITAS, J. C. M. de
Os 380 anos de São Luís
Ano LXIII, n. 16, 1993
27-29
FREITAS, J. C. M. de
Santos Dumont, o heróis brasileiro
Ano LXIII, n. 16, 1993
30-35
FREITAS, J. C. M. de
Saudação ao Mestre Josué Montello
Ano LXIII, n. 16, 1993
36-37
PEREIRA, J. da C. M.
A Batalha de Guaxenduba
Ano LXIII, n. 16, 1993
38-41
CAÑEDO, E. V. da S. O. de
V Centenário de descoberta da América
Ano LXIII, n. 16, 1993
42-51
SOARES, L. A. N. G.
Teixeira Mendes: o apóstolo do Positivismo
Ano LXIII, n. 16, 1993
52-59
RAMOS, C. P.
Jupi-Açú – o Principal da Ilha – amigo dos Franceses
Ano LXIII, n. 16, 1993
60-67
COELHO NETTO, E.
Sinopse da história do catolicismo no Maranhão
Ano LXIII, n. 16, 1993
68-76
Ano LXIII, n. 16, 1993
77-88
Duas controvérsias científicas: CORREIA LIMA, O.
(1) Origem da religião; (2) Mito capital da história maranhense
CARVALHO, A. S. de
O Velho Bacanga
Ano LXIII, n. 16, 1993
89-90
CARVALHO, A. S. de
Alta madrugada (cenário e palco – rio Bacanga – setembro de 1947)
Ano LXIII, n. 16, 1993
91-92
MOURA, C.
Uma idéia infeliz
Ano LXIII, n. 16, 1993
93-94
FERNANDES, J.
A escalada de Wolney
Ano LXIII, n. 16, 1993
95-96
VIANA, O. P.
A arte de falar bem
Ano LXIII, n. 16, 1993
97-103
LIMA COELHO, C. A.
Sobre o tumulo da comédia
Ano LXIII, n. 16, 1993
104-107
GASPAR, C. T. P.
Discurso de posse e elogio ao patrono da cadeira no. 40 – João Dunshee de Abranches Moura
Ano LXIII, n. 16, 1993
111-124
BRITO, S. B. de
Discurso de elogio ao patrono da cadeira no. 11 – Sebastião Gomes da Silva Belfort
Ano LXIII, n. 16, 1993
125-129
ROCHA, S. P.
Discurso de Posse (cadeira 53, José do Nascimento Moraes)
Ano LXIII, n. 16, 1993
130-134
No. 17, 1996 DA REDAÇÃO
Apresentação
Ano LXIV, n. 17, 1996
05
DA REDAÇÃO
Resenhas
Ano LXIV, n. 17, 1996
11-12
DA REDAÇÃO
IHGM comemora 70 anos
Ano LXIV, n. 17, 1996
16-18
DA REDAÇÃO
Fotos das comemorações dos 70 anos
Ano LXIV, n. 17, 1996
26-35
DA REDAÇÃO
Quadro dos sócios efetivos e respectivos endereços e calendário social do IHGM
Ano LXIV, n. 17, 1996
151-160
COELHO NETO, E.
Crônica para o Instituto setentão
Ano LXIV, n. 17, 1996
13-15
MARANHÃO, H.
Oração do IHGM nos seus 70 anos
Ano LXIV, n. 17, 1996
19-21
COUTINHO, M.
Discurso sobre a trajetória histórica do IHGM
Ano LXIV, n. 17, 1996
21-25
SANTOS, H. de J.
Homenagem ao confrade Aderson de Carvalho Lago
Ano LXIV, n. 17, 1996
39-40
CARVALHO,R. da S.
Palestra pronunciada na Loja Maçônica Renascença,em São Luís, e reproduzida a pedido
Ano LXIV, n. 17, 1996
41-49
FERNANDES, J.
Considerações sobre o Rio Mearim
Ano LXIV, n. 17, 1996
50-55
CORREIA LIMA,O.
Mons. Dr. Mourão
Ano LXIV, n. 17, 1996
56-82
VIANA, O. P.
A importância do folclore e seus principais aspectos no Maranhão
Ano LXIV, n. 17, 1996
83-92
SOARES, L. A. N. G.
São Luís do Maranhão: a cachopa de além-mar
Ano LXIV, n. 17, 1996
93-95
SOARES, L. A. N. G.
A presença maranhense
Ano LXIV, n. 17, 1996
96-102
FREITAS, J. C. M. de
Vital de Oliveira, o hidrógrafo
Ano LXIV, n. 17, 1996
103-104
Uma lei desumana
Ano LXIV, n. 17, 1996
105-106
MOURA, C.
Revendo os sobrados da João Lisboa e recordando amigos
Ano LXIV, n. 17, 1996
107-109
MOURA, C.
Esboço histórico da Assistência Obstétrica em São Luis
Ano LXIV, n. 17, 1996
110-113
CARVALHO, A. S. de
Literatura imunda
Ano LXIV, n. 17, 1996
114-115
FEITOSA, A. C.
Controvérsias na denominação da Ilha do Maranhão
Ano LXIV, n. 17, 1996
116-129
OLIVEIRA, E. M. de
Uma reflexão sobre o cheque pré-datado
Ano LXIV, n. 17, 1996
130-131
CARVALHO, R. da S.
Recordando a adesão do Maranhão à Independência
Ano LXIV, n. 17, 1996
137-140
COUTINHO, M.
Discurso do Dr. Milson Coutinho na posse do jornalista Herbert Santos
Ano LXIV, n. 17, 1996
141-143
OLIVEIRA, E. M. de
Discurso de Edomir Martins de Oliveira saudando o ingresso de Mário Lincoln Feliz Santos no IHGM
Ano LXIV, n. 17, 1996
144-146
SANTOS, M. L. F.
Discurso de Mario Lincoln ao ocupar a cadeira no. 14
Ano LXIV, n. 17, 1996
147-149
MOURA, C.
da
iniciativa
privada
no
desenvolvimento
No. 18, 1997 DA REDAÇÃO
Lançamentos do Instituto Histórico
No. 18, 1997
19-25
DA REDAÇÃO
Instituto histórico e Geográfico do Maranhão –sócios efetivos
No. 18, 1997
105-111
DOMINGOS, G. A.
20º. Congresso Brasileiro de Radiodifusão – a micro empresa e a geração d empregos
No. 18, 1997
07-18
COELHO NETTO, E.
Saudação de Posse do escritor e historiador Carlos Orlando Rodrigues de Lima no Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (solenidade realizada em 27/03/96)
No. 18, 1997
26-29
OLIVEIRA, E. M. de
Discurso pronunciado no Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão por Edomir Martins de Oliveira, membro do IHGM, cadeira no. 51, aos 29/01/97 as 17:30 hs
No. 18, 1997
30-33
FREITAS, J. C. M. de
Homenagem a João de Barros
No. 18, 1997
34-37
SOUSA, E. de
O filho ilustre de São Bernardo
No. 18, 1997
38-41
LIMA, C. de
Discurso de Posse do historiador Carlos de liam no IHGM, cadeira no. 22
No. 18, 1997
42-70
BUESCU, A. I.
João de Barros: humanismo, mercancia e celebração imperial
No. 18, 1997
71-91
A Praia Grande e o livro de Jamil Jorge
No. 18, 1997
92-93
LIMA COELHO, C. A.
“O último ato”
No. 18, 1997
94-98
FERREIRA, M.
Aboio do Vaqueiro
No. 18, 1997
99-100
CARVALHO, A. S. de
O Bacanga – a vida no sítio
No. 18, 1997
1001-102
CARVALHO, A. S.de
A doceira
No. 18, 1997
103-104
FERNANDES, J.
No. 19, 1997 DA REDAÇÃO
Eventos de março
No. 19, 1997
86-87
DA REDAÇÃO
IHGM – sócios efetivos
No. 19, 1997
95-100
COUTINHO, M.
Discurso do sócio Milson Coutinho na Academia Maranhense de Letras por ocasião das homenagens a Josué Montello pelos seus 80 anos
No. 19, 1997
07-10
BUZAR, B.
Antenor Bogéa: o ultimo constituinte de 1946
No. 19, 1997
11-19
OLIVEIRA, E. M. de
Edomir Martins de Oliveira – cadeira no. 51doIHGM – São Luís (MA), 24.09.97
No. 19, 1997
20-25
CARVALHO, A. S. de
O Bacanga –festa no sítio
No. 19, 1997
26-28
Éramos felizes...
No. 19, 1997
29-31
CARVALHO, R. da S.
Caxias, consolidador da unidade nacional
No. 19, 1997
32-39
COELHO NETTO, E.
O Padre Antonio Vieira e o Maranhão
No. 19, 1997
40-49
MOHANA, K.
Discurso de posse do Professor Kalil Mohana - IHGM
No. 19, 1997
50-61
FREITAS, J. C. M. de
28 de Julho, uma data histórica
No. 19, 1997
62-68
GASPAR, C.
Canudos: 5d outubro d 1897
No. 19, 1997
69-72
SOARES, L. A. N. G.
Netto Guterres –o médico dos pobres
No. 19, 1997
73-81
FERNANDES, J.
O bom mensageiro
No. 19, 1997
82-83
Faleceu o confrade Olavo Correia Lima
No. 19, 1997
84-85
Mulher: desafios de sempre
No. 19, 1997
87-94
CARVALHO, A. S. de
MOURA, C. ROCHA, S. P.
No. 20, 1998 FERREIRA, M. da C.
Lições de vida aprendidas no sertão maranhense (um olhar para a história sócio-cultural da região)
No. 20, 1998
07-12
CARVALHO, A. S. de
A vida do caixeiro-viajante
No. 20, 1998
13-15
FERNANDES, J. de R.
Setenta e dois anos do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão
No. 20, 1998
16-24
OLIVEIRA, E. M. de
O Presbiterianismo no Maranhão
No. 20, 1998
25-27
CHAGAS, J.
Um livreiro, um homem, um a memória
No. 20, 1998
28-30
MEIRELES, M. M.
Os primeiros médicos do Brasil e do Maranhão
No. 20, 1998
31-38
BRITO, S. B. de
A morte do Jornalista Othelino
No. 20, 1998
39-41
CARVALHO, A. S. de
Sai um pingado!
No. 20, 1998
42-43
HOLANDA, L. T. C.
São Luís – a imortal
No. 20, 1998
44-45
HORTENCIA, L.
São Luís
No. 20, 1998
46
ALVES, L. N.
Delmiro Gouveia – uma estrela na Pedra
No. 20, 1998
47-84
SOARES, L. A. N. G.
Apontamentos para a história da Justiça Federal no Maranhão – 1891-1997
No. 20, 1998
85-94
FERNANDES, J.
O Padre Brandt e sua obra redentora
No. 20, 1998
95-101
MOURA, C.
Dois importantes livros médicos
No. 20, 1998
102
Fazer o bem sem olhar para quem
No. 20, 1998
103-104
FREITAS, J. C. M. de
São Luís, patrimônio da humanidade
No. 20, 1998
105-108
MOHANA, K.
Discurso de lançamento do livro Viajando e Educando
No. 20, 1998
109-111
MOURA, C.
No. 21, 1998 DA REDAÇÃO
“Ação e Trabalho” eleita por aclamação
No. 21, 1998
05-07
DA REDAÇÃO
Maranhão tem destaque no Encontro dos Institutos no Rio
No. 21, 1998
42-43
SARNEY, J.
O futuro, o passado
No. 21, 1998
08-09
ROCHA, S. P.
Figuras do Parque do Bom Menino
No. 21, 1998
10-15
BRITO, S. B. de
A história do Natal
No. 21, 1998
16-19
FREITAS, J. C. M..
O bicentenário de D. Pedro I
No. 21, 1998
20-30
SOUSA, E. de
Bernardo de Almeida e seu tempo
No. 21, 1998
31-35
FERNANDES, J.
O Centro Cultural Nascimento Moraes
No. 21, 1998
36-41
LIMA COELHO, C. A.
Discurso do sócio Carlos Alberto Lima Coelho por ocasião do lançamento do livro Raposa: seu presente, sua gente, seu futuro, no IHGM
No. 21, 1998
44-47
REIS, J. R. S. dos
Discurso de Jose de Ribamar Sousa dos Reis, por ocasião do lançamento do livro de sua autoria “Raposa: presente, sua gente, seu futuro’, no IHGM em 27.5.1998
No. 21, 1998
48-52
LIMA, C. de
A queimação do Judas
No. 21, 1998
53-66
COELHO NETTO, E.
A Independência e a adesão do Maranhão
No. 21, 1998
67-73
SOARES, L. A. N. G.
Resgate histórico
No. 21, 1998
74-76
MAGALHÃES, M. dos R. B.
A independência do Brasil no Nordeste
No. 21, 1998
77-84
SÁ VALE FILHO
Duas fontes de luz
No. 21, 1998
85
CARVALHO, A. S. de
O amanhecer da saudade
No. 21, 1998
86
FERREIRA, M. da C.
José Constantino Gomes de Castro – patrono da cadeira no. 37 do IHGM
No. 21, 1998
87-91
CARVALHO, R. da S.
O Rotary e a ética profissional
No. 21, 1998
92-100
COELHO NETTO, e.
Raymundo Carvalho Guimarães – longevidade dos justos
No. 21, 1998
101-102
CARVALHO, A. S. de
São Luis – 70 anos atrás
No. 21, 1998
103-105
VIANA, O. P.
Ana Amélia, a musa de G. Dias, sua genealogia e seus descendentes
No. 21, 1998
106-108
COELHO NETTO, E.
Primeira revista do IHGM
No. 21, 1998
109-110
LIMA, C. de
Sobre os 500 anos do descobrimento do Brasil
No. 21, 1998
111-116
FEITOSA, R.
Criança de Rua: quem lucra com esta triste realidade?
No. 21, 1998
117-120
OLIVEIRA, E. M. de
Um breve estudo acerca da família
No. 21, 1998
121-124
ELIAS FILHO, J.;
No. 22, 1999 DA REDAÇÃO
Nota – republicações de artigos do numero 1
No. 22, 1999
50
DA REDAÇÃO
Regimento do Instituto de História e Geografia do Maranhão
No. 22, 1999
51-54
DA REDAÇÃO
Lançamento e posse movimentam o IHGM
No. 22, 1999
100
CARVALHO, R. da S.
Responsabilidade e ética na administração pública
No. 22, 1999
07-26
FERREIRA, M. da C.
Um fato significante para a formação da cidadania
No. 22, 1999
27-29
FERREIRA, M. da C.
A professora primária: seu valor e papel no processo de comunicação e desenvolvimento do interior maranhense
No. 22, 1999
30-38
SOARES, O.
Mumismática maranhense
No. 22, 1999
39-50
SOARES, L. A. N. G.
O prefeito da fonte (in memoriam de José Moreira)
No. 22, 1999
55-57
CARVALHO, R. da S.
Palestra do Gov.89/90 do D-4490, Ronald da Silva Carvalho, feita na reunião festiva de 21.05.99, comemorativa do 68º. Aniversário da fundação do Rotary Club de São Luís, ocorrida em 20.05.31
No. 22, 1999
58-65
SOARES, L. A. N. G.
Apontamentos para a história da Justiça Federal no Maranhão – 1891-1997
No. 22, 1999
66-84
OLIVEIRA, E. M. de
Festas juninas no Maranhão
No. 22, 1999
85-97
CARVALHO, A. S. de
O carnaval na minha infância
No. 22, 1999
98-99
ROCHA, O. P.
Pronunciamento de Osvaldo Pereira Rocha, por ocasião de sua posse como membro efetivo do IHGM, ocupante da cadeira no. 8, patroneado pelo Padre Jesuíta e escritos João Felipe Bettendorf
No. 22, 1999
101-110
CARVALHO, A. S. de
O amanhecer da saudade
No. 22, 1999
111-112
No. 23, 2000 SOARES, L. A. N. G.
Advertência necessária
No. 23, 2000
07-08
SOARES, L. A. N. G.
A destruição do patrimônio histórico
No. 23, 2000
09-12
BRITO, S. B. de
Brasil 500 anos – carnaval e o rebanhão do ano dois mil
No. 23, 2000
13-14
OLIVEIRA, E. M. de
Brasil: 500 anos
No. 23, 2000
15-27
CAÑEDO, E. V. da S. O. de
500 anos de europeização da Terra do Pau-Brasil
No. 23, 2000
28-43
ROCHA, O. P.
Fuzileiros e Técnicos Navais
No. 23, 2000
44-46
OLIVEIRA, E. M. de
O uso do c aderninho de crédito ontem e hoje
No. 23, 2000
47-51
FREITAS, J. C. de
Os 74 anos do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão
No. 23, 2000
52-55
OLIVEIRA, E. M. de
IHGM-25/08/99 – Discurso de Edomir Martins de Oliveira ocupante da cadeira 51, saudando Osvaldo Pereira da Rocha por ocasião da sua posse no Instituto
No. 23, 2000
56-61
ROCHA, O. P.
Boa viagem
No. 23, 2000
62-64
ROCHA, O. P.
Dia do Marinheiro
No. 23, 2000
65-68
ROCHA, O. P.
A cidade de Pedreiras
No. 23, 2000
69-72
ROCHA, O. P.
Administradores de Pedreiras
No. 23, 2000
73-75
BUZAR, B.
Um século de Carlos Macieira
No. 23, 2000
76-86
ROCHA, O. P.
Algo da história dos 500 anos
No. 23, 2000
88-91
FREITAS, J. C. de
Sesquicentenário de Rui Barbosa
No. 23, 2000
92-96
CARVALHO, R. da S.
Curso de Cidadania e liberdade para Jovens do Programa Premio Rotário de Liderança Juvenil (Palestra pronunciada a 23.07.96 pelo Governador 89/90 do Distrito 4490, Ronald da Silva Carvalho)
No. 23, 2000
97-108
SOUSA, E.
A Jerusalém de Taipa e o poder constituído
No. 23, 2000
109-114
No. 24, setembro de 2001 OLIVEIRA, E. M. de
Editorial
No. 24, setembro de 2001
01
LINCOLN, M.
Entrevista com Edomir Martins de Oliveira
No. 24, setembro de 2001
03
SOARES, L. A. N. G.
Tiradentes: “nas Minas Gerais daqueles tempos não houve inconfidência e sim uma conjuração, mais teórica do que prática”
No. 24, setembro de 2001
04-09
FREITAS, J. C. M. de
Sob as bênçãos do Divino Espírito Santo
No. 24, setembro de 2001
09-10
CORDEIRO, I.
A bela saudação da confreira Ilzé Cordeiro a Dra. Elimar Almeida Silva
No. 24, setembro de 2001
11-14
ALMEIDA E SILVA, E. F. de
Discurso de posse da Dra. Elimar Figueiredo de Almeida e Silva na Cadeira 20, do IHGM
No. 24, setembro de 2001
15-21
ROCHA, O. P.
Saudação a Bento Moreira Lima na posse da cadeira 18
No. 24, setembro de 2001
21-23
LIMA NETO, B. M.
Discurso de posse de Bento Moreira Lima Neto no Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão
No. 24, setembro de 2001
24-28
ROCHA, O. P. da
Festas Juninas
No. 24, setembro de 2001
29
PEREIRA, M. E. M.
O reconhecimento da Independência do Maranhão
No. 24, setembro de 2001
30-34
ROCHA, S. P. da
Discurso do Dr. Salomão Rocha saudando a Profa. Teresinha Rêgo por sua posse no IHGM
No. 24, setembro de 2001
34-35
BURITY, E.
Cruzador Bahia – 56 anos de seu afundamento
No. 24, setembro de 2001
35-36
CAÑEDO, E. O.
Homenagem às mães
No. 24, setembro de 2001
37-39
BRITO, S. B. de
A história da violência no mundo
No. 24, setembro de 2001
39-40
OLIVEIRA, E. M. de
Discurso de Edomir Martins de Oliveira, presidente do IHGM, saudando Dr. José Ribamar Seguins, pelo lançamento de seu livro “Terra a Vista – Brasil 500 anos”.
No. 24, setembro de 2001
41-43
LINCOLN, M.
Mhário Lincoln recebe Pinheiro Marques no Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão
No. 24, setembro de 2001
44-46
MARQUES, J. P.
Discurso de posse do Engenheiro Civil José Pinheiro Marques na cadeira 45, do IHGM
No. 24, setembro de 2001
47-49
RÊGO, T.
Discurso de posse da professora Teresinha Rêgo no IHGM
No. 24, setembro de 2001
49-50
LINCOLN, M.
Posfácil
No. 24, setembro de 2001
51
No. 25, (s.d.) LEITE, J. M. S.
Discurso de posse do dr. José Márcio Soares Leite, na cadeira no. 15, como sócio efetivo do IHGM
No. 25, (s.d.)
04-34
BRITO, S.
Discurso do sócio efetivo do IHGM, Prof. Sebastião Brito, na inauguração da “Sala Prof. Ronald Carvalho”, em 05/09/01, na sede do IHGM – Ronald Carvalho – uma personalidade marcante do século XX
No. 25, (s.d.)
35-40
OLIVEIRA, E. M. de
Navegar é preciso...
No. 25, (s.d.)
41-42
ROCHA, O. P.
O soldado brasileiro
No. 25, (s.d.)
43-54
ROCHA, O. P.
Soberania Nacional
No. 25, (s.d.)
54-62
SOARES, L. A. N. G.
Pequenas contribuições ao estudo da Sinopse histórica do IHGM – 1925-2001
No. 25, (s.d.)
63-88
SOARES, L. A. N. G.
A destruição do Patrimônio Histórico II
No. 25, (s.d.)
88-92
RUFINO FILHO, Antonio
Um patrimônio cultural da humanidade
No. 25, (s.d.)
93-94
FREITAS, J. C. M. de
Dia da Imprensa
No. 25, (s.d.)
95-100
ROCHA, S. P.
Palestra do sócio Salomão Rocha, cadeira no. 53, alusiva ao Reinício das Atividades Acadêmicas no IHGM em 2001 e ao Dia Internacional da Mulher
No. 25, (s.d.)
101-111
CAÑEDO, E. V. da S. O. de
O Dia do Geógrafo (29.05.2001)
No. 25, (s.d.)
112-114
SALGADO FILHO, N.
UTI – desmistificando medos, garantindo a vida
No. 25, (s.d.)
115-117
Outubro – mês do médico (in memoriam)
No. 25, (s.d.)
118-121
SEGUINS, J. R.
Brasil independente
No. 25, (s.d.)
122-143
SILVA, E. F. de A.
Discurso da sócia Elimar Figueiredo de Almeida Silva, cadeira 20, saudando o empossado José Márcio Leite
No. 25, (s.d.)
144-149
DA REDAÇÃO
Dados históricos do IHGM
No. 25, (s.d.)
150-154
ROCHA, S. P.
No. 26, 2002 RUFINO FILHO, A
Dia das Crianças
No. 26, 2002
05-09
OLIVEIRA, E. M. de
Discurso de Edomir Martins de Oliveira, cadeira 51, apresentando o novo livro de Carlos Alberto Lima Coelho: “São Luis dos Amores aos tambores”
No. 26, 2002
10-13
ARAÚJO, R. T. de
Discurso de Posse de Raimundo Teixeira de Araújo, como sócio efetivo do IHGM, na cadeira no. 26
No. 26, 2002
14-16
FREITAS, J. C. M. de
Discurso da confreira Joseth Coutinho Martins de Araújo, cadeira no. 55, saudando o Prof. Raimundo Teixeira de Araujo, empossando na cadeira no. 26 do IHGM
No. 26, 2002
17-21
SOUSA, F. E. de
Elogio do sócio Francisco Eudes de Sousa, cadeira no. 13, ao saudoso Presidente do IHGM , Hedel Jorge Ázar
No. 26, 2002
22-23
ROCHA, O. P.
A data magna do IHGM
No. 26, 2002
24-26
ROCHA, O. P.
Feliz Aniversário, São Luis
No. 26, 2002
27-28
ROCHA, O. P.
O Exército na Amazônia
No. 26, 2002
29-30
OLIVEIRA, E. M. de
Discurso de Edomir Martins de Oliveira – cadeira no. 51, saudando a Paula Frassinetti da Silva Sousa, pelo seu ingresso no IHGM, na cadeira no. 34, em 07.12.2001
No. 26, 2002
31-35
SOUSA, P. F. da S.
Discurso de Posse da Profa. Paula Frassinetti da Silva Sousa, como sócia efetiva do IHGM, na cadeira no. 34
No. 26, 2002
36-48
SOARES, L. A. N. G.
Três nomes ilustres que engrandecem o Maranhão
No. 26, 2002
49-60
OLIVEIRA, E. M. de
Relatório da Presidência do IHGM, sobre as atividades do Instituto durante o ano de 2001
No. 26, 2002
61-66
SOUSA, F. E. de
O Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão na trajetória de um pensamento histórico
No. 26, 2002
67-71
OLIVEIRA, E. M. de
Palestra proferida por Edomir Martins de Oliveira, sobre o IHGM, no Roraty Club São Luís-Praia Grande em 07/03/2002
No. 26, 2002
72-77
CAÑEDO, E. V. da S. O. de
O Curso de Geografia da Universidade Federal do Maranhão
No. 26, 2002
78-88
FREITAS, J. C. M. de
Centenário de Juscelino Kubitschek
No. 26, 2002
89-92
SALGUEIRO, M. C.
Convento e Igreja de Santo Antonio
No. 26, 2002
93-98
LEITE, J. M. S.
Paradigmas da doença
No. 26, 2002
99-100
BURITY, E. de A.
Maria Celeste: 48 ano s de seu naufrágio
No. 26, 2002
101
VIEIRA DA Silva, R. E. de C.
Biografia de um Presidente
No. 26, 2002
102-105
FERREIRA, M. da C.
Eternamente obrigada!
No. 26, 2002
106
VIEIRA, A. G.
A navegação e o controle de navios pelo Estado do Porto na atualidade
No. 26, 2002
107-117
SALGADO FILHO, N.
Hospital-Geral “Dr. Tarquínio Lopes Filho” – um passado de glórias, um futuro de esperanças
No. 26, 2002
118-121
BRITO, S. B. de
A história da UEMA e sua importância para o Maranhão
No. 26, 2002
122-125
ROCHA, O. P.
Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão
No. 26, 2002
126-128
SARDINHA, C. G. V.; SARDINHA, A. H. L.
Moral e ética no trabalho, na política e no exercício profissional
No. 26, 2002
129-140
ROCHA, S. P.
Jardins de São Luís
No. 26, 2002
141-142
No. 27, julho de 2007 CAÑEDO, E. V. da S. O. de
Discurso de Posse – Diretoria eleita para o biênio 2006/2008 – dia 28 de julho de 2006
No. 27, julho de 2007
11-13
FREITAS, J. C. M. de
Adesão do Maranhão à Independência, 20 ou 28?
No. 27, julho de 2007
15-17
CAÑEDO, E. V. da S. O. de
Pó r que criar Institutos Históricos e Geográficos?
No. 27, julho de 2007
18-26
FREITAS, J. C. M. de
Homenagem à cidade de São Luís
No. 27, julho de 2007
27-29
ROCHA, O. P.
IHGM tem primeira mulher Presidente
No. 27, julho de 2007
30-32
MOHANA, K.
A História e a Geografia no contexto contemporâneo
No. 27, julho de 2007
33-36
FREITAS, J. C. M. de
Datas comemorativas do mês de novembro
No. 27, julho de 2007
37-41
PEREIRA, M. E. M.
A Inconfidência mineira no contexto do Brasil Colônia: antecedentes, razões preponderantes de sua ocorrência e significado de sua repercussão
No. 27, julho de 2007
42-52
OLIVEIRA, E. M. de
Homenagem póstuma ao inesquecível Sebastião Barreto de Brito
No. 27, julho de 2007
53-55
RAMOS, A. V.
Eu mesmo em resumo
No. 27, julho de 2007
56-64
VIEIRA DA SILVA, R. E. de C.
Homenagem ao Patrono da cadeira no. 41 – Engenheiro José Domingues da Silva
No. 27, julho de 2007
65-72
LEITE, J. M. S.
Discurso proferido pelo Dr. José Márcio Soares Leite por ocasião do lançamento do livro sobre a biografia do seu pai, Prof. Orlando José da Silveira Leite, dia 23/03/2007
No. 27, julho de 2007
73-77
SARAIVA, J. C. V.
Elogio ao patrono da cadeira no. 43 do IHGM
No. 27, julho de 2007
78-87
ADLER, D. A.
Os valores morais no âmbito da escola capitalista
No. 27, julho de 2007
88-99
PEREIRA, M. E. M.
O Maranhão e a Independência: resistência e adesão
No. 27, julho de 2007
100-107
LEITE, J. M. S.
Paradigma da UFMA
No. 27, julho de 2007
108-110
REGO, T. de J. A.
A importância da flora medicinal da pré-amazônia Maranhense na fitoterapia
No. 27, julho de 2007
111-127
DA REDAÇÃO
Estatutos do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão
No. 27, julho de 2007
129-139
No. 28, 2008
SÓCIOS EFETIVOS 01
CLAUDE D’ABBVILLE
02
YVES D’EVREUX
03
04
1 - José Maria Lemercier 2 - Jerônimo José de Viveiros 3 - Ladislau Papp 1 Raimundo Lopes da Cunha 2 Thomas Moses 3 Joaquim Vieira da Luz
JOSEMAR BEZERRA RAPOSO Rua Cel. Eurípides Bezerra nº 333 – Turú Cep: 650.66-260
DIOGO DE CAMPOS MORENO
1 Benedito Barros e Vasconcelos 2 Robson Campos Martins
RAIMUNDO CARDOSO NOGUEIRA Ed. Enseada – Ponta D’Areia Aptº 602 Cep:65175650
SIMÃO ESTÁCIO DA SILVEIRA
1 Raimundo Clarindo Santiago 2 Alfredo Bena 3 Clodoaldo Cardoso José Ferreira Gomes
05
DILERCY ARAGÃO ADLER. Av. Litorânea n 09 Ed. Roma Garden – Apt. 301 - Calhau Cep:
LUÍS FIGUEIRA 1 Arias de Almeida Cruz 2 Josué de Sousa Montelo
06
Pe. ANTONIO VIEIRA
07
JOÃO DE SOUSA FERREIRA
08
JOÃO FELIPE BETTENDORF
09
BERNADINO PEREIRA DE BERREDO E CASTRO
1 Renato Nascimento Silva 2 José Maria Ramos Martins – Sócio Honorário 1 Henrique Costa Fernandes 2 José Ribeiro do Amaral 3 Bernardo Coelho de Almeida 1 Ruben Ribeiro de Almeida 2 Rosa Mochel Martins
CARLOS ALBERTO SANTOS RAMOS Rua dos Narcisos, Qd – 11 casa 13 – Renascença II Cep: 65065-600 RAIMUNDO NONATO SERRA CAMPOS R- Netuno, nº 01 QD- 16 Edif. Bela Vista, Aptº 1103 – Bairro Renascença II – cep: 65075-025 TELMA BONIFÁCIO DOS SANTOS REINALDO Rua dos Professores, Qd – 14 nº 10, conj. Cohafuma – Cep:65.078 JOAQUIM VILANOVA ASSUNÇÃO NETO R. Jamundá, Q-H Nº 8 Pq.Amazonas Cep: 65030780 OSVALDO PEREIRA ROCHA Rua Portinari Q 08 Casa 07 Maranhão Novo Cep: 65.061-390 ANTÔNIO RAFAEL DA SILVA R. Salvador Oliveira, C-10 QD-I Sítio Leal Cep: 65040780
Telefones: (98) 3246 – 2018 Cel: 9113 – 1560 8161 – 2361 ou 8826 dilercy@hotmail.com Telefone: 3082-3200 Cel. 8136-2707 E-mail: Telefone: 3235 –1684/ 81343031
Telefones: 3227 – 2877 Cel: 9621 - 9314
Telefones: 3227-2837 /81156610 Telefones: 3246 – 2218 / 3217 – 8332 Cel: 8148 – 8141 telma.bonifacio@yahoo.com.b r Telefone: 32284201 /99714832 Telefones: 3236-2387 / 99711443 rocha.osvaldo@uol.com.br Telefone: 3243-1195
10
JOSÉ DE MORAES
11
SEBASTIÃO GOMES DA SILVA BELFORT
12
FRANCISCO DE PAULA RIBEIRO
13
RAIMUNDO DE SOUSA GAYOSO
14
ANTONIO BERNADINO PEREIRA DE LAGO
15
JOÃO ANTONIO GARCIA DE ABRANCHES
16
FRANCISCO DE NOSSA SENHORA DOS PRAZERES
17
18
19
CUSTÓDIO ALVES SERRÃO
JOÃO FRANCISCO LISBOA
CANDIDO MENDES DE ALMEIDA
1 Adalberto Acioli Sobral
GUTEMBERG FERNANDES DE ARAÚJO Miragem do Sol Nº 27 Aptº 601 Conj. Residencial Bradway – Renascença II
Telefone : 3235-9064 / 99710703
1 Antonio Lopes Ribeiro Dias 2 Candido Pereira de Sousa Bispo 3 Almir Moraes Correia 4 Sebastião Barreto de Brito 1 João Persondas de Carvalho 2 Liberalino Pinto Miranda 3 Cesário Veras 4 Eloy Coelho Neto 1 José Pedro Ribeiro 2 Oswaldo da Silva Soares 3 Tácito da Silveira Caldas 4 Aluízio Ribeiro da Silva 1 Manoel Fran Pacheco 2 Aderson de Carvalho Lago 3 Mario Lincoln dos Santos (Sócio Correspondente) 1 Eduardo Abranches de Moura 2 Astolfo Serra 3 Ronald da Silva Carvalho 1 Virgílio Domingues da Silva 2 Felipe Conduru Pacheco
MANOEL DOS SANTOS NETO R-Senador Pompeu, 20 Vila Isabel Cep: 65.080.190
Telefone 32284201 /9971-4832 e-mail: masantosneto@gmail.com Telefone: Res: 3227-4072 / 3235-5888 Hospital–3219-1002 / 32313938 / 3222-5508 Telefone: 3238-4870/91537712 E-MAIL: gmaroucha@bol.com.br
3 Miguel Arcângelo Bernandes Filho(Sócio Correpondente 1 Aquiles F. Lisboa 2 Fernando Viana 3 Raimundo Carvalho Guimarães 4 Ernane José de Araujo 1 Wilson da Silva Soares 2 Olavo Correia Lima 3 Lourival Borda Santos 4 Manoel de Jesus Lopes 1 Justo Jansen Ferreira 2 Leopoldino do Rego Lisboa 3 Virgílio Domingues da Silva Filho 4 Clóvis P. Ramos
NATALINO SALGADO FILHO Rua dos Angelins, Qda 10 nº 30 São Francisco Cep: 65.076-030 GILBERTO MATOS AROUCHA Endereço: R-S Q-06 C-21 Cohatrac I MARCELO DO ESPÍRITO SANTO R-Ipanema, Q-R nº 02 – Sítio Campinas – São Francisco Cep: 65001-970
Telefones:8807-7710/99616253/3235-2008 – 3231-4045 – Secret. do Estado
JOSÉ MARCIO SOARES LEITE Rua do Farol, nº 10 , Edifício Flor do Vale Aptº 1302 – Ponta do Farol de São Marcos ANTONIO FRANCISCO DE SALES PADILHA
Telefone: 3235-0279 ou 99911416 / 99833443 CEP: 65077-450
PAULO OLIVEIRA Rua 03 Qda G Casa 12 Cohabiano II – Cohatrac Cep: 65075-500
Telefone: 3265-1053
Telefone: 3235-4662 BENTO MOREIRA LIMA Rua 08 Qda 02 Casa 07 - Ponta D’Areia CEP:65075-500 CÉLIO GITAHY VAZ SARDINHA Rua das Paparaúbas Qda 73 Casa 29 São Francisco Cep: 65076-000
Telefone: 3227-2751 /32270697 / 3362-113
20
ANTONIO GONÇALVES DIAS
21
ANTONIO HENRIQUES LEAL
22
CÉSAR AUGUSTO MARQUES
23
LUIS ANTÔNIO VIEIRA DA SILVA
24
ANTONIO ENES DE SOUSA
25
CELSO TERTULIANO DA CUNHA MAGALHÃES
26
LUIS FELIPE GONZAGA DE CAMPOS
27
RAIMUNDO LOPES DA CUNHA
28
RAIMUNDO NINA RODRIGUES
29
JOSÉ RIBEIRO DO AMARAL
1 João Braulino de Carvalho 2 João Lima Sobrinho
ELIMAR FIGUEREDO DE ALMEIDA SILVA Rua dos Magistrados Nº 18 Olho D’Água Cep: 65065-240 JOSÉ RIBAMAR SEGUINS Av. Odilo Costa Filho nº 15 – Parque Universitário Cep: 65500000 CARLOS ORLANDO RODRIGUES DE LIMA Endereço: Rua Santo Inácio Nº 345 Olho D’Água
Telefone: 3248-0382
JOÃO FRANCISCO BATALHA R- dos Jambos, Q-65 – C-3 Renascença I Cep: 65075-210 LUCY MARY SEGUINS SOTÃO Alameda 03 Bl-B Aptº 102 –Cond. Atlântico –Maranhão Novo
Telefone: 3227-3793/ 32271434 – 9972-3369 batalha@elo.com.br
AYMORÉ CASTRO ALVIM Av. Sambaquis, Q-14 Nº 06 – Calhau Cep: 65071-390 ANTÔNIO GUIMARÃES DE OLIVEIRA R-Congonhas, nº 5 Resid. Vinhais III – Recanto dos Vinhais Cep: 65.070.680
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1 Tasso de Moraes Rêgo Serra
RAIMUNDA NONATA FORTES CARVALHO NETA
Telefone: 8144-2573 raimundafortes@yahoo.com.b r
1 João Bacelar Portela 2 Celso Aires Anchieta 3 Benedito Clementino de Siqueira Moura 1 Arnaldo de Jesus Ferreira 2 Luís Carlos Cunha
RITA MARIA NOGUEIRA
1 Luso Torres 1 Domingos de Castro Perdigão 2 Fernando Eugênio dos Reis Perdigão 3 Raimundo Nonato Travassos Furtado 1 Domingos Américo de Carvalho 2 Nicolau Dino de Castro e Costa 3 Merval de Oliveira Melo 1 José Domingues da Silva 2 José Silvestre Fernande 3 Dr. Salomão Fiquene 1 Antonio Lopes de Cunha 2 Odilon da Silva Soares 1 Alcino Cruz Guimarães 2 José Joaquim G. Ramos
ANTONIO RUFINO FILHO Rua dos Pinheiros Qda 15 Casa 13 São Francisco CEP: 65076-250
1 Olímpio Ribeiro Fialho 30
JUSTO JANSEN FERREIRA
ILZÉ VIEIRA DE MELO CORDEIRO Rua 08 Qda 14 Casa 06 Planalto Vinhais CEP: 65070-000
Telefone: 3225-4349 Telefone: 3226-4531
Telefone: 3227-1285 Telefone: 3236-0349 Ilzeveira@elo.com.br
1 José Sarney (Sócio Honorário) 31
32
ANTONIO LOPES DA CUNHA
AQUILES DE FARIAS LISBOA
FRANCISCA ÉSTER DE SÁ MARQUES Rua São Vicente de Paula, nº 88 – João Paulo 1 José Ribeiro de Sá Vale 2 Waldemar da Silva Carvalho
JOÃO MENDONÇA CORDEIRO Av. Matos Carvalho Nº 55 Olho D’Água Cep: 65.065-270
Orlandex Pereira Viana 33
TEREZINHA DE JESUS ALMEIDA SILVA RÊGO Av. Sambaquis Qda 09 nº 33 Calhau CEP: 65071-390
CRISTOVÃO LISBOA
34
WILSON DA SILVA SOARES
1 Elizabeto Barbosa de Carvalho 2 Fernando Barbosa de Carvalho 3 Ariceya Moreira Lima da Silva
35
DOMINGOS DE CASTRO PERDIGÃO
1 Thucydides Barbosa 2 Antenor Mourão Bogéa 3 Benedito Bogéa Buzar
36
ASTOLFO DE BARROS SERRA
37
JOSÉ CONSTANTINO GOMES DE CASTRO
38
ANTONIO BATISTA BARBOSA DE GODÓIS
39
FRANCISCO GAUDÊNCIO SABBAS DA COSTA
PAULA FRASSINETTI DA SILVA SOUSA Av. dos Holandeses, Nº 01 Aptº 1502 Ed. Tom Jobim Calhau CEP: 65071-380 São Luís – Ma
Telefones: 324373597359/8111-1812 Telefone: 3226-0735/ 99716834
Telefone: 3235-0130 / 32178524 ( Herdário Campus ) / 99731278 Telefone: 3227-5015 / 99716688
CÂNDIDO JOSÉ MARTINS DE OLIVEIRA
1 João Freire de Medeiros 2 Herberth de Jesus Santos
CLEONES CUNHA
1 Maria de Conceição Ferreira (Sócia Honorária)
DIOMAR MOTA
‘ Waldemar de Sousa Santos
CARLOS ALBERTO LIMA COÊLHO Rua Arveira Nº05 Habitacional Coheb CEP: 65043-650
1 Luís Alfredo Neto Guterres Soares
FRANCISCO PERES SOARES
Telefones: 3223-4000 / 32120106 Cel. 99713777 lima.coelho@ig.com.br
40
JOÃO DUNSHES DE ABRANCHES MOURA
41
JOSÉ DOMINGUES DA SILVA
1 José Ribamar Ferreira 2 Pedro Rátis de Santana 3 Carlos Thadeu Pinheiro Gaspar
LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ R- Titânia, 88 – Recanto dos Vinhais Cep: 65070.580
Cássio Reis Costa
RAUL EDUARDO DE CANEDO VIEIRA DA SILVA Rua Parintins Qda B Nº 04 – Parque Amazonas NYWALDO GUIMARÃES MACIEIRA Rua Miragem do Sol Nº 27 Residencial Broadway Aptº 1002 Bela Vista – Renascença II
Sebastião Moacir Xérex 42
43 44 45
46
ANTÔNIO DO RÊGO
TASSO FRAGOSO
TEMISTOCLES DA SILVA MACIEL ARANHA MANOEL NOGUEIRA DA SILVA
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ENEIDA VIEIRA DA SILVA OSTRIA DE CANEDO Rua Parintins Qda B nº 04 Parque Amazonas JOSÉ PINHEIRO MARQUES Rua das Palmeiras Qda A – nº 03 Jdª Renascença
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1 José Manoel Nogueira Vinhais 2 Dagmar Desterro e Silva
Luiz de Moraes Rêgo
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JOSETH COUTINHO MARTINS DE FREITAS Rua de Santaninha, nº627 – Centro CEP: 65010-580 JOSÉ RIBAMAR SOUSA DOS REIS Rua Santa Rita nº578 Centro Cep: 65015-430
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1 José Adirson de Vasconcelos 2 Augusto Silva de Carvalho 1 Washington Maciel Cantanhede 1 José da Costa Mendes Pereira
WASHINGTON MACIEL CANTANHEDE
1 Francisco Alves Camelo
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ELIZABETH PEREIRA RODRIGUES R- dos Abacateiros, 33 Ed. Leonardo da Vinci, Apt. 400 – S.Francisco
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