![](https://assets.isu.pub/document-structure/210308191256-42cea6a6f399d4bbccfe16def524b905/v1/a68412ab89b6913d2dfc1b3993c18925.jpg?width=720&quality=85%2C50)
2 minute read
JOSÉ AUGUSTO CORREIA
3 de agosto de 1854 / 16 de fevereiro de 1919
Nasceu em São Luis do Maranhão, aos 3 de agosto de 1854 e faleceu na mesma cidde aos 16 de fevereiro de 1919. Filho de Frederico José Correia e Inês Pessoa Correia. Lecionou no Seminário das Mercês, e nos famosos colégios de José Ribeiro do Amaral, de Rosa Parga, de Raimundo Tolentino Lisboa Coqueiro, e de Luiza Messina Sá Correia. Funcionário publico exemplar, desempenhou comi9ssões importantes como as da Delegacia Fiscal e Inspetor da Alfnadega.Colaborou na imprensa local, notadamente na “Pacotilha” e no “Jornal” e em várias folhas literárias. Na Acdemia Maranhense de Letras foi fuindador da Csadeira 17, que tem como patrono Sotero dos Reis.190 Bibliografia: Estudinhos de Ligua Portuguesa (1883); Graziela (s.d.); Pontos de aritmética escritos e compilados (1885); Resumo de Ágebra (1886); inclui-se um sem numero de artigos sobre filologia e outros assuntos publicdos em jornais e revistas locais.
Advertisement
GRAZIELLA191
Ouvi-me, pois, vós, que sabeis o que é a desdita; vós, que sabeis o que é o infortúnio.
Era em s. Luis do Maranhão. De mãe carinhosa, de paiextremoso nascera Graziella aos 24 de julho de 1880.
Como si, depois de viagem longa e tormentosa, houvesse avistado a terra desejada, suspirando pelo repouso qie ias encontrar, e recordando ainda com horror os trabalhos, por que passaras; assim, pobre mãe, ficaste, quando livre de perigo, pudeste pela vez primeira beijar, abraçrar, ver e rever o entezinho adorado, que acabaste de dar à luz.
Ontem eras uma descuidosa donzela; não te preocupavam senão teus adornos.
Ontem a música, o piano, a que com gosto te entregavas, era teu recreio, era teu entretenimento habitual.
Ontem o futuro para ti era o presente; e se uma vez ou outra te lembravas dele, era que pensavas num dia aprazado d´alegria, onde ias fruir algumas horas felizes.
Hoje teus olhares se contram com os de um mancebo, estremeces, ficas confusa. A que pena é dado descrever a sensação, que expedimentas? A qual o reproduzir o que se passa em ti nesse momento?
Ele solicita tua mão; tu lha concedes – eis-te noiva. Algum tempo depois, és conduzida à presenã de um sacerdote. Celebrada a cerimônia, esi-te esposa. Desse momento em diante contraíste novos deveres: tua vida é outra. Ao nome de donzela sucedeu o de esposa, e a este se vem brevemente juntar o de mãe.
És mãe, tens teu tesouro junto de ti, velas por ele dia e noite.