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JOSÉ DE JESUS LOUZEIRO
19 de setembro de 1932 Iniciou sua carreira como estagiário em revisão gráfica no jornal O Imparcial em 1948 aos dezesseis anos de idade. Em 1953, aos 21 anos, se transfere para o Rio de Janeiro onde foi trabalhar no semanário: A Revista da Semana e no grupo dos Diários Associados de Assis Chateaubriand, mais especificamente como "Foca" em O Jornal e daí foi deixando suas marcas através de suas redações nos jornais Diário Carioca, Última Hora, Correio da Manhã, Folha e Diário do Grande ABC e nas revistas Manchete e Diário Carioca. Por mais de vinte anos atuou também como repórter policial. Na literatura, estreou com o conto Depois da Luta, em 1958, no cinema escreveu os diálogos do filme: Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia, baseado no romance de sua autoria lançado em 1976 pela editora Civilização Brasileira. Escreveu outros livros sobre casos policiais famosos como "O caso Aracelli" e "O assassinato de Cláudia Lessin Rodrigues". Em Carne Viva (1988) traz personagens e situações que lembram as mortes de Zuzu Angel e seu filho, Stuart. [1] Seus livros são, na maioria, contos biográficos, narrados como romance-reportagem, chegando perto de quarenta publicações. A ele se atribui a introdução no Brasil do gênero literário romance-reportagem, que no exterior tivera como representante Truman Capote, que escreveu A Sangue Frio. Assinou também o roteiro de dez filmes, sendo quatro deles já populares como Pixote, a Lei do Mais Fraco, Os Amores da Pantera de Jece Valadão, O Homem da Capa Preta e Amor Bandido, com Paulo Gracindo. Escreveu telenovelas como Corpo Santo e Guerra sem Fim. Mas sua telenovela O Marajá, uma comédia baseada no governo de Fernando Collor de Melo, foi proibida de ir ao ar, numa época em que não havia mais censura no Brasil. Depois desse episódio, o autor conta que começou a enfrentar dificuldades para realizar novos projetos na televisão.
Os livros mais conhecidos de José Louzeiro, são197: Infância dos Mortos, argumento do filme Pixote; Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia (título homônimo no cinema); Aracelli, Meu Amor; Em Carne Viva, lembrando o drama de Zuzu Angel e de seu filho Stuart Angel, morto na tortura, na década de 60. Entre os infanto-juvenis: A Gang do Beijo, Praça das Dores (um remember dos meninos assassinados na Candelária, em 1993), A Hora do Morcego (Ritinha Temporal) e Gugu Mania.
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Em outubro de 97, em São Paulo, lançou a biografia de Elza Soares - Cantanto Para Não Enlouquecer - a "intérprete guerreira" da música popular brasileira. Antes do livro de Elza havia
194 MORAES, Jomar. PERFIS ACADEMICOS. 3 ed. São Luis: AML, 1993 195 http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Louzeiro 196 http://estranhoencontro.blogspot.com.br/2006/05/biografia-entrevista-jos-louzeiro.html http://maranhaomaravilha.blogspot.com.br/2014/04/louzeiro-repassa-suas-memorias.html 197 http://www.louzeiro.com.br/bio.html http://www.criacaodoslivros.com.br/tag/jose-louzeiro/
José Louzeiro é autor de 40 livros e criador, no Brasil, do gênero intitulado romance-reportagem. No cinema já assinou, como roteirista, dez longas-metragens, dos quais pelo menos quatro se tornaram populares: Lúcio Flávio, o Passsageiro da Agonia, Pixote, O Caso Cláudia e O Homem da Capa Preta. Ano passado lançou pela Editora Francisco Alves o estudo biográfico intitulado O Anjo da Fidelidade. Trata-se da história de Gregório Fortunato, o Anjo Negro de Getúlio Vargas. Em 2001, pela Editora do Brasil: "Isto não deu no jornal" ( memórias de sua passagem por cinco jornais cariocas). E em 2002, Ana Neri, a brasileira que venceu a guerra (Editora Mondrian): biografia da heroína baiana, patrona dos enfermeiros brasileiros.
Atualmente coordena a coleção de romances policiais para a Editora Nova Fronteira (Primeira Página) já com cinco livros impressos e três lançados: No fio da noite, de Ana Teresa Jardim, Juízo final, de Nani e A fina Flor da Sedução de José Louzeiro.
José de Jesus Louzeiro198 - Nasceu em São Luís, no dia 19 de setembro de 1932. Aos 16 anos, ainda estudante, começou a trabalhar em jornais da capital maranhense, nas funções de revisor e repórter. Mudou-se em 1954 para o Rio de Janeiro, passando, no ano seguinte, a trabalhar nestes órgãos de imprensa: copidesque dos jornais Diário Carioca, Última Hora, Correio da Manhã, Luta Democrática, Jornal dos Sports, O Globo e da revista PN (Publicidade & Negócios), sendo, ainda, secretário gráfico e subsecretário de redação do Correio da Manhã. De 1964 a 1968 foi editor fotográfico da Enciclopédia Barsa; de 1969 a 1971 dirigiu a circulação do Jornal do Escritor, órgão decisivo para a fundação do sindicato da classe no Rio de Janeiro, o primeiro a ser criado no Brasil. Nesse mesmo períodom, regeu, como professor contratado, as cadeiras de Editoração e Técnicas Gráficas da Escola de Comunicação da UFRJ. Viveu em São Paulo de 1972 a 1975, período em que exerceu as funções de copidesque da Folha de S. Paulo, secretário do Diário do Grande ABC e editor dos Diários Associados (Diário da Noite e Diário de São Paulo). De volta ao Rio de Janeiro em 1975, escreveu reportagens para a Última Hora, jornal de que a seguir foi redator e secretário de redação. De sua vastíssima produção como jornalista e escritor, constam artigos, reportagens, verbetes e outros textos para: Suplemento Dominical do Jornal do Brasil, Caderno do Livro do Jornal do Brasil; suplemento literário de O Globo; Correio da Manhã; Diário Carioca; Diário de Notícias (de Lisboa); Jornal de Letras; Revista da Semana; Revista Nacional e ainda as revistas Eu Sei Tudo, Leitura, Mundo Ilustrado, Vida Infantil, Planeta, Manchete, Fatos & Fotos, Ele & Ela, Panorama (do México), Enciclopédia Delta-Larousse; guias turísticos da Editora Abril; Livro de cabeceira do homem etc. Foi presidente do Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro (1984-87), membro do Conselho Nacional do Direito Autoral (1985-86), do Conselho Superior de Censura (1987) e do Conselho de Direitos Humanos e Liberdade de Expressão da ABI (1987). Agraciado com a Medalha do Mérito Timbira.
Obras publicadas - primeiras edições199
Conto - Depois da Luta – 1958; Judas Arrependido - 1968 Romance - Acusado de Homicídio – 1960; Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia – 1975; Aracelli, Meu Amor – 1975; O Estrangulador da Lapa – 1976; Inimigos Mortais – 1976; Sociedade Secreta – 1976; Moedas de Sangue – 1976; O Internato da Morte – 1976; Infância dos Mortos – 1977; O Estranho Hábito de Viver – 1978; Em Carne Viva – 1980; 20º Axioma – 1980; M - 20, a Morte do Líder – 1981; O Verão dos Perseguidos – 1983; Devotos do Ódio: Uma
198 http://imirante.globo.com/saoluis400anos/autores/ http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_lit/definicoes/verbete_imp.cfm?cd_verbete=8889&imp= N 199 Enciclopédia Itaú Cultural de Literatura Brasileira, disponível em http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_lit/definicoes/verbete_imp.cfm?cd_verbete=8889&imp= N
Profecia Camponesa – 1987; Pixote: A Lei do Mais Forte – 1993; Mito em Chamas: A Lenda do Justiceiro da Mão Branca – 1997; A Fina Flor da Sedução - 2001 Biografia - André Rebouças – 1968; JK: O Otimismo em Pessoa – 1986; Elza Soares: Cantando; para Não Enlouquecer – 1997; Villa-Lobos: O Aprendiz de Feiticeiro – 1998; O Anjo da Fidelidade: A História Sincera de Gregório Fortunato – 2000; Ana Neri: A Brasileira que Venceu a Guerra - 2002 Memória - Isto Não Deu no Jornal - 2001 Infantil e juvenil - A Gang do Beijo – 1984; Ritinha Temporal – 1991; Praça das Dores – 1994; Pink: Viagem ao Submundo Mágico – 1995; Beija-Flor, o Amigo Especial – 1995; Gugu Mania –1996; O Bezerro de Ouro – 1997; A Hora H do Padre G – 1998; Detetive Fora de Série - 1998
Traduções e edições estrangeiras
Espanhol - La Infancia de los Muertos [Infância dos Mortos]. Tradução Antonio Samons. Barcelona: Argos, 1978; El Pasajero de la Agonia [Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia]. Tradução Antonio; Samons. Barcelona: Argos: Vergara, 1979. Francês - Pixote: La Loi du Plus Faible: Roman [Infância dos Mortos]. Tradução Janine Houard et Katherine de Lorgeril. Paris: Éditions Karthala, 1982. Inglês - Childhood of the Dead [Infância dos Mortos]. Tradução Ladyce Pompeo de Barros. Los Angeles: Boson Books, 1977; Land of Black Clay [Infância dos Mortos]. Tradução Ted Stroll. Los Angeles: Boson Books, 1997.
Adaptação
Cinema - Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia - Direção Hector Babenco; baseado em obra homônima, 1978. Pixote, a Lei do Mais Fraco:
Informações Técnicas200
Título no Brasil: Pixote - A Lei do Mais Fraco Título Original: Pixote - A Lei do Mais Fraco País de Origem: Brasil Gênero: Drama Tempo de Duração: 127 minutos Ano de Lançamento: 1981 Site Oficial: Estúdio/Distrib.: Direção: Hector Babenco
Sinopse
Pixote (Fernando Ramos da Silva) foi abandonado por seus pais e rouba para viver nas ruas. Ele já esteve internado em reformatórios e isto só ajudou na sua "educação", pois conviveu com todo o tipo de criminoso e jovens delinqüentes que seguem o mesmo caminho. Ele sobrevive se tornando um pequeno traficante de drogas, cafetão e assassino, mesmo tendo apenas onze anos.
Lúcio Flávio, o passageiro da agonia201
“Era assim o Noquinha. Um menino sonhador. Queria ir a lugares distantes, desses que agente vê nas revistas. - Vovô então acha que esse bandido é um bom cara? – pergunta o policial. - Não tou falando de bandido, moço – respondeu Dondinho. - Falo do garoto que veio pra cá com certa idade e aqui terminou de se criar. Se deu no que deu, foi culpa nossa. Ou mais nossa do que dele. É esse mundo aí fora que ta transformando as pessoas e as próprias coisas. É a Zona Sul, afundada aos vícios. É a pobreza, que nem todos podem suportar “.(p.30). [...]
200 http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2009_uenp_portugues_md _sonia_maria_ovcar_endo.pdf 201 http://static.recantodasletras.com.br/arquivos/2598516.pdf ; http://www.recantodasletras.com.br/trabalhosacademicos/2598516
- É um filho da puta esse Bechara. Tudo mentira. Não fugi de delegacia porra nenhuma. O sacana mandou me meter numa privada, na baixada fluminense. Queria acabar comigo, mas a coisa saiu errada. Agora tá inventando essa história. Mas vai se foder, porque vou mandar uma carta pros jornais, contando a verdadeira versão dos fatos. (LOUZEIRO, José. Lúcio Flávio, o passageiro da agonia. 9ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985, p. 63)·. 202