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RAIMUNDO CLARINDO SANTIAGO

12 de agosto de 1893 # novembro de 1941

Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

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Nasceu em São Luis do Maranhão em 12 de agosto de 1893, e faleceu ainda novo, de morte trágica, em novembro de 1941, nas águas to Tocantins. Foi membro efetivo do IHGM, onde fundou a cadeira 4, tendo como Patrono Simão Estácio da Silveira; na AML ocupou a cadeira 13, patroneada pelo jornalista José Candido de Moraes e Silva, proprietário e redator principal do “Farol Maranhense”, o primeiro jornal liberal de nosso Estado. Graduou-se em Medicina, exercendo a profissão com sucesso, optando também pelo Magistério, literatura, jornalismo e poesia. Tinha forte inclinação de ensaísta, sentindo prazer em elevar o nome daqueles de sua terra que se destacavam culturalmente. O nome que mais lhe despertava interesse era Sousandrade, autor d´ O Guesa Errante; fez um estudo sobre ele que despertou interesse de modo geral e foi pioneiro dentro do que se chamou ‘mundo sousandradino’. Escreveu O Solitário da Vitória. Ensaio critico. In Revista da ABL, Rio de janeiro, 1932; e Comemorações do 1º Centenario do nascimento do poeta Sousa Andrade. Grafica Renascença, Paraíba, 1937; O poeta nacional. A escola mineira e suas fases; Rumo ao sertão; João Lisboa; Neto Guterres – o medico dos pobres. No Magisterio, além de professor, foi diretor do tradicional Liceu Marenhense e da Instrução Publica. Bibliografia – O poeta nacional (1926); A escola mineira. Suas fases (1926); Rumo ao sertão (1929); João Lisboa (1929); Sousa Andrade, o Solitário da Vitória (1932);omemoração ao 1º centenário do poeta Sousa Andrade (1937); Neto Guterres – o medico dos pobres (1937).

TU229

Não encontrei, aqui, a minha companheira. Onde soltas, agora, o teu trinado, ó Ave? Quero ouvir-te cantar nessa expressão suave Que me faz prouvir a melodia inteira...

Não te perdi, meu bem... que a estrada verdadeira Fazemos dois a dois... em que celeste nave

228 OSTRIA DE CAÑEDO, Eneida Vieira da Silva; FREITAS, Joseth Coutinho Martins de; PEREIRA, Maria Esterlina Mello; e CORDEIRO, João Mendonça. PATRONOS & OCUPANTES DE CADEIRA. São Luís: FORTGRAF, 2005, disponível em http://issuu.com/leovaz/docs/perfil_dos_socios_-_patronos_-_volu 229 DINO, Salvio. CLARINDO SANTIAGO “o poeta maranhense desaparecido no Rio Tocantins”. (s.l.): Verano, (s.d.), p. 38-41

Ficaste para traz ou já passaste adiante? Só agora compreendi a inquietação de Dante. Ansia humana a buscar o ser que nos condiz...

Outro Eu, que nos completa a divina Harmonia, A Alma Irmã que se busca e que se encontra um dia E que é Laura, é Marília, é Nercia, é Beatriz!...

DUAS IRMÃS

Também peito de moça há muoto é dado o nome A dois morros irmãos unidos na base, Duas pomas iguais que o tempo não consome, Dois seios vistos como através de uma gaze.

Em baixo o mar feroz, sem que outro institnto dome Investe como um fauno. Antes o sol abrase Do que não tentar saciar aquela fome Ou sede que o devora, antes um raio o arrase.

Velho lobo do mar, guiador de veleiros, Ao passra por ali, dizia aos marinheiros: -“Aqui neste lugar se cumprem dois destinos;

Em luta secular, sol a sol, mar e vento Porfiam em beijar, de momento a momento, as curvas sensuais dos dois seios divinos”...

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