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LAURO BOCAYUVA LEITE FILHO
LAURO BOCAYUVA LEITE FILHO267
19 de dezembro de 1937 Estudou no Colegio São Luis
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Dedicou-se desde cedo ao jornalismo, tendo trabalhado ainda em Teresina, atuando como radialista. Em 1967, publicou Letra Fria / Sentir, livro de poesia, integrando a geração 60, posterior à de Nauro Machado e contemporânea de Déo Silva e de José Maria Nascimento. Em 1987, ao completar 50 anos de idade, publicou Os Filhos de Dom Quixote, e um texto dramatúrgico, Maslenitsa, instituído nesse ano pela Secretaria de Cultura do Maranhão. Trabalhou como Assessor de Comunicação da Assembléia Legislativa do Estado do Maranhão e recebeu premiação, em 1970, em concurso realizado pela Academia Maranhense de Letras. Mora em São Luís.
Os tempos268
Tinha uma porção de anjos segurando o algodão daquela nuvem branca; e o que pintou de azul o fundo, manchou de cinza o fim dos nossos olhos e nos beijamos.
Tinha um lago calmo e o vento sussurrava malícias, o peixe prata luar de agosto saltou e nos amamos.
Tinha o fogo dos infernos, um Lucifer danado e homens se matando; eu tinha lágrimas nos olhos e tu também choravas quando nos deixamos.
Ironia Lúcida
Agora é tempo de sorrir e ser de novo o garoto das compras e dos recados
Agora é tempo de fingir que nada valem os eternos fundilhos remendados.
Agora é tempo de esquecer as lágrimas - engoli-las de uma vez! –e voltar à surdez da ignorância,
pois já me afogo em tanta ironia, pois não suporto ter-me em consciência e já não quero amar-me em lucidez.
267 SOUSA, Paulo Melo. In ALÇA DE MIRA, ,11 de julho de 2008, Suplemento JP Turismo, disponível em http://jornalpequeno.com.br/edicao/2008/07/11/alca-de-mira-150/ , acessado em 13/05/2014. BRASIL, Assis. A POESIA MARANHENSE DO SECULO XX. Rio de janeiro: IMAGO; São Luis: SIOGE, 1994. 268 http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/maranhao/lauro_leite.html