MARANHAY - Revista Lazeirenta - 42, JUNHO 2020

Page 1

MARANHHAY REVISTA LAZEIRENTA (REVISTA DO LÉO) EDITADA POR

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Prefixo Editorial 917536

NUMERO 42 – JUNHO - 2020 SÃO LUIS – MARANHÃO


A

presente obra está sendo publicada sob a forma de coletânea de textos fornecidos voluntariamente por seus autores, com as devidas revisões de forma e conteúdo. Estas colaborações são de exclusiva responsabilidade dos autores sem compensação financeira, mas mantendo seus direitos autorais, segundo a legislação em vigor.

EXPEDIENTE MARANHAY REVISTA LAZERENTA Revista eletrônica EDITOR Leopoldo Gil Dulcio Vaz Prefixo Editorial 917536 vazleopoldo@hotmail.com Rua Titânia, 88 – Recanto de Vinhais 65070-580 – São Luis – Maranhão (98) 3236-2076

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Nasceu em Curitiba-Pr. Licenciado em Educação Física (EEFDPR, 1975), Especialista em Metodologia do Ensino (Convênio UFPR/UFMA/FEI, 1978), Especialista em Lazer e Recreação (UFMA, 1986), Mestre em Ciência da Informação (UFMG, 1993). Professor de Educação Física do IF-MA (1979/2008, aposentado); Titular da UEMA (1977/89; Substituto 2012/13), Convidado, da UFMA (Curso de Turismo). Exerceu várias funções no IF-MA, desde coordenador de área até Pró-Reitor de Ensino; e Pró-Reitor de Pesquisa e Extensão; Pesquisador Associado do Atlas do Esporte no Brasil; Diretor da ONG CEV; tem 14 livros e capítulos de livros publicados, e mais de 320 artigos em revistas dedicadas (Brasil e exterior), e em jornais; Sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Membro Fundador da Academia Ludovicense de Letras; Sócio-correspondente da UBE-RJ; Premio “Antonio Lopes de Pesquisa Histórica”, do Concurso Cidade de São Luis (1995); a Comenda Gonçalves Dias, do IHGM (2012); Premio da International Writers e Artists Association (USA) pelo livro “Mil Poemas para Gonçalves Dias” (2015); Premio Zora Seljan pelo livro “Sobre Maria Firmina dos Reis” – Biografia, (2016), da União Brasileira de Escritores – RJ; Diploma de Honra ao Mérito, por serviços prestados à Educação Física e Esportes do Maranhão, concedido pelo CREF/21-MA (2020); Foi editor das seguintes revista: “Nova Atenas, de Educação Tecnológica”, do IF-MA, eletrônica; Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, edições 29 a 43, versão eletrônica; editor da “ALL em Revista”, vol. 1 a 6, eletrônica, da Academia Ludovicense de Letras; Editor da Revista do Léo, a que esta substitui (2017-2019). Condutor da Tocha Olímpica – Olimpíada Rio 2016, na cidade de São Luis-Ma.


MARANHAY – REVISTA LAZEIRENTA – 2020 VOLUME 28 – JANEIRO 2020 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_maranhay__28_-_janeiro____2020b VOLUME 29 – FEVEREIRO 2020 https://issuu.com/home/published/revista_do_leo_-_maranhay__29-_fevereiro___2020b A PARTIR DESTE NÚMERO, CORRIGIDA A NUMERAÇÃO, COM SEQUENCIAL, DOS SUPLEMENTOS E EDIÇÕES ESPECIAIS:

VOLUME 38 – FEVEREIRO DE 2020 – EDIÇÃO ESPECIAL – PRESENÇA AÇOREANA NO MARANHÃO https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_maranhay__39-_fevereiro___2020 VOLUME 39 – MARÇO 2020 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_maranhay__39-_mar_o___2020 VOLUME 40 – ABRIL 2020

https://issuu.com/home/published/maranhay_-_revista_lazerenta_-_40_-_abril___2020.d VOLUME 41 – MAIO 2020

https://issuu.com/leovaz/docs/maranhay_-_revista_lazerenta_-_41_-_maio__2020

VOLUME 41-B – MAIO 2020 https://issuu.com/leovaz/docs/maranhay_-_revista_lazerenta_-_41-b_-_maio___2020 VOLUME 42 – JUNHO 2020

VOLUME 43 – JULHO 2020


REVISTA DO LÉO NÚMEROS PUBLICADOS

VOLUME 1 – OUTUBRO DE 2017 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_1_-_outubro_2017 VOLUME 2 – NOVEMBRO DE 2017 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_2_-_novembro_2017 VOLUME 3 – DEZEMBRO DE 2017 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_3_-_dezembro_2017 VOLUME 4 – JANEIRO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_4_-_janeiro_2018 VOLUME 5 – FEVEREIRO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_5_-_fevereiro_2018h VOLUME 6 – MARÇO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_6_-_mar__o_2018 VOLUME 6.1 – EDIÇÃO ESPECIAL – MARÇO 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_especial__faculdade_ VOLUME 7 – ABRIL DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_7_-_abril_2018 VOLUME 8 – MAIO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_8_-_maio__2018 VOLUME 8.1 – EDIÇÃO ESPECIAL – FRAN PAXECO: VIDA E OBRA – MAIO 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_8.1_-__especial__fra VOLUME 9 – JUNHO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_9_-_junho_2018__2_ VOLUME 10 – JULHO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_10_-_julho_2018 VOLUME 11 – AGOSTO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_11_-_agosto_2018 VOLUME 12 – SETEMBRO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_12_-_setembro_2018 VOLUME 13 – OUTUBRO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_13_-_outubro_2018 VOLUME 14 – NOVEMBRO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_l_o_-_numero_14_-_novemb VOLUME 15 – DEZEMBRO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revisdta_do_l_o_15_-_dezembro_de_20? VOLUME 15.1 – DEZEMBRO DE 2018 – ÍNDICE DA REVISTA DO LEO 2017-2018 https://issuu.com/…/docs/4ndice_da_revista_do_leo_-_2017-201 VOLUME 16 – JANEIRO DE 2019 https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__16_-_janeiro_2019


VOLUME 16.1 – JANEIRO DE 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: PESCA NO MARANHÃO https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__16_1__-_janeiro__20 VOLUME 17 – FEVEREIRO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_17_-_fevereiro__2019 VOLUME 18 – MARÇO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__18_-_mar_o_2019 VOLUME 19 – ABRIL DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__19-_abril_2019 VOLUME 20 – MAIO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__20-_maio_2019 VOLUME 20.1 - MAIO 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL – FRAN PAXECO E A QUESTÃO DO ACRE https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__20.1_-_maio_2019_-_ VOLUME 21 – JUNHO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__21-_junho_2019 VOLUME 22 – JULHO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__22-_julho_2019 VOLUME 22.1 – JULHO DE 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: CAPOEIRAGEM TRADICIONAL MARANHENSE https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__22-_julho_2019_-_ed VOLUME 23 – AGOSTO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__23-_agosto_2019 VOLUME 23.1 – AGOSTO DE 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: AINDA SOBRE A CAPOEIRAGEM MARANHENSE https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__23.1-_agosto_2019_VOLUME 24 – SETEMBRO DE 2019 – LAERCIO ELIAS PEREIRA https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__24_-_setembro__2019_-_edi__o_espec VOLUME 24.1 – SETEMBRO DE 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: IGNÁCIO XAVIER DE CARVALHO: RECORTES E MEMORIA https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__24_-_setembro__2019_-_edi__o_espec VOLUME 25 –OUTUBRO DE 2019 – https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__25_-_outubro__2019 VOLUME 26 –NOVEMBRO DE 2019 – https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__26_-_novembro__2019 VOLUME 27 – DEZEMBRO DE 2019 –

https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__27_-_dezembro___2019 VOLUME 27.1 – DEZEMBRO DE 2019 – suplemento – OS OCUPANTES DA CADEIRA 40 DO IHGM

https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__27.1_-_dezembro___2019 VOLUME 30 – edição 6.1, de março de 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_especial__faculdade_ VOLUME 31 – edição 8.1, de maio de 2018 EDIÇÃO ESPECIAL – FRAN PAXECO: VIDA E OBRA – MAIO 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_8.1_-__especial__fra VOLUME 32 – edição 15.1, de dezembro de 2018 ÍNDICE DA REVISTA DO LEO 2017-2018 https://issuu.com/…/docs/5ndice_da_revista_do_leo_-_2017-201 VOLUME 33 – edição 16.1, de janeiro de 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: PESCA NO MARANHÃO https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__16_1__-_janeiro__20


VOLUME 34 - edição 20.1, de maio de 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL – FRAN PAXECO E A QUESTÃO DO ACRE https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__20.1_-_maio_2019_-_ VOLUME 35 – edição 22.1, de julho de 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: CAPOEIRAGEM TRADICIONAL MARANHENSE https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__22-_julho_2019_-_ed VOLUME 36 – edição 23.1, de agoto de 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: AINDA SOBRE A CAPOEIRAGEM MARANHENSE https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__23.1-_agosto_2019_VOLUME 37 – edição 24.1, de setembrp de 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: I. XAVIER DE CARVALHO: RECORTES E MEMORIA https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__24_-_setembro__2019_-_edi__o_espec


EDITORIAL

A “MARANHAY – REVISTA LAZERENTA” é sucessora da “REVISTA DO LÉO”, e continua em seu formato eletrônico, disponibilizada através da plataforma ISSUU – https://issuu.com/home/publisher. A pesquisa sobre Fran Paxeco terá sea terceira parte: FRAN PAXECO – RECORTES E MEMÓRIA: EM SÃO LUÍS. Está dividida nas seguintes sessões: LAZERICES & LAZERENTOS – destinada aos assuntos do Lazer, preferentemente artigos publicados que estabeleçam metodologias de seu estudo, e opiniões dos principais autores brasileiros. ESPORTE & EDUCAÇÃO FÍSICA – sessão dedicada ao resgate da memória e, quando possível, da História do esporte e da Educação Física no/do Maranhão. HISTÓRIA(S) DO MARANHÃO – esta sessão é dedicada ao resgate da memória/história dos atos e fatos da Hisória (e de histórias...) do Maranhão, em especial, a de São Luis, escritas por seus cronistas. NAVEGANDO COM JORGE OLIMPIO BENTO – professor português, emérito da Universidade do Porto, visitante em diversas universidades brasileiras, e de outras do mundo lusófono, um dos mentos dos Congressos de Educação Física e Esportes dos países de Língua Portuguesa, membro correspondente da Academia Ludovicense de Letras, aqui registrando-se seu pensamento, em especial aos que se referem à Educação Física, Esporte e Lazer. EXTRAINDO HISTÓRIAS COM O FARAÓ RAMSSES – sessão dedicada à Genealogia maranhense, no resgate das histórias familiares dos fundadores do Maranhão. SOBRE LITERATURA & LITERATOS – esta sessão é dedicada ao registro do movimento literário contemporâneo do Maranhão, em especial o de São Luis, através de crítica literária e crônicas que retratam a vida na(s) cidade(s). POETAS & POESIAS – registro da produção contemporânea da poesia ludovicense/maranhense. NOVIDADES DO CEV – Aqui, por ser uma revista dedicada às Ciências do Esporte, registra-se a produção científica da área disponibilizada através do CENTRO ESPORTIVO VIRTUAL Por fim, em alguns números serão publicados capítulos do meu mais recente livro – ainda em produção – sobre FRAN PAXECO: recortes e memórias. LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ EDITOR


SUMÁRIO 2 7 8 10

EXPEDIENTE EDITORIAL SUMÁRIO

LAZERICES/LAZERENTOS GIULIANO GOMES DE ASSIS PIMENTEL 20 ANOS DE GEL – GRUPO DE ESTUDOS DO LAZER EUCLIDES MOREIRA NETO A PANDEMIA COVI19 E A CULTURA POPULAR

11 21

MHARIO LINCOLN A FORÇA DA AMEI: EM TRÊS ANOS DE INAUGURADA, A LIVRARIA DA 'AMEI' DEMONSTRA EFICIÊNCIA, CONFIANÇA E RESPIRA RESPONSABILIDADE LITERÁRIA

26

ESPORTE & EDUCAÇÃO FÍSICA MARCO AURELIO HAIKEL A CAPOEIRA, NO MARANHÃO, PERDE UM DE SEUS APAIXONADOS: MESTRE JORGE!

HISTÓRIA(s) DO MARANHÃO ORIGEM DO MILAGREIRO BARRA NOVA MARQUES DE POMBAL MATOU GABRIEL MALAGRIDA? IGREJA DA SÉ

NAVEGANDO COM JORGE OLIMPIO BENTO Extraindo histórias com o faraó RAMSSES DE SOUSA SILVA "VAVÁ" BRAGA, DOS BRAGA DE GUIMARÃES-MA. HEITOR CORRÊA GUTERRES, DO FAMOSO CLÃ DOS "GUTERRES" DE ALCÂNTARA OS "DAVENPORT" DE SÃO LUÍS. ALGUNS ANTIGOS SÍTIOS DA ILHA DE SÃO LUÍS, A QUEM PERTENCERAM E O QUE SÃO HOJE: CAMINHOS ANTIGOS O DILEMA DE SILVA MAIA FLAVIOMIRO MENDONÇA. ÁREA ITAQUI-BACANGA, HÁ 200 ANOS

27 30 31 34 37 39 43 44 45 48 49 50 51 52 54

SOBRE LITERATURA & LITERATOS FERNANDO BRAGA SOUSÂNDRADE, O PRÓPRIO GUESA CERES COSTA FERNANDES CONTAR HISTÓRIAS CERES COSTA FERNANDES A BELEZA COMOVE CERES COSTA FERNANDES ERA UMA VEZ UMA CASA CERES COSTA FERNANDES TRAIÇÕES DA MEMÓRIA ANTONIO AÍLTON LEONETE OLIVEIRA ou Ângela Grassi brasileira – A PRIMEIRA POETA MARANHENSE LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ A PRIMEIRA ESCRITORA MARANHENSE: ALGUMAS DÚVIDAS E ELUCIDAÇÕES

POESIAS & POETAS DOIS SONETOS E TRÊS OUTROS POEMAS ÁCIDOS DE ANTONIO AÍLTON QUINCAS VILANETO MISTURANDO AS ÁGUAS JOÃO BATISTA LAGO BESTA-FERA NOVIDADES

23

55 57 59 60 62 64 67 85 86 89 90 91


LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ FRAN PAXECO – RECORTES & MEMÓRIAS – PARTE iiI

103


LAZEIRICES & LAZEIRENTOS


20 ANOS DE GEL – GRUPO DE ESTUDOS DO LAZER GIULIANO GOMES DE ASSIS PIMENTEL Nesta seção sobre lazerices e lazeirentos da Revista Maranhay apresento um pouco de minha história. Sou criador e líder do Grupo de Estudos do Lazer (GEL) que completou 20 anos de existência. Sou, sem dúvida, um lazeirento, termo ludicamente cunhado pelo prof. Dr. Antônio Carlos Bramante para se referir às pessoas que gostam do lazer, seja de forma divertida ou séria. As pesquisas sobre lazer no Brasil têm ocorrido predominantemente na Educação Física e tem demonstrado uma evolução significativa. Espero nesta leitura que, ao passar por momentos importantes da minha trajetória e do GEL, se possa ampliar o conhecimento sobre as abordagens acadêmicas nos estudos do lazer; o que também engloba temas socioculturais como recreação, tempo livre, lúdico, ócio, artes, turismo e esporte. Uma pré-história Sou natural do Rio de Janeiro, tendo realizado meus estudos de ensino fundamental e médio na pequena cidade de Bom Jesus do Itabapoana, região Noroeste. Desde 06 de maio de 1973 sou o filho primogênito de Philomena Dias de Assis Pimentel e Francisco Gomes Sobrinho. Ambos exerceram a docência, em licenciatura curta, na educação física, se destacando por ganharem a maior parte das competições escolares locais. Meu interesse inicial, todavia, foi voltado para as Ciências Agrárias e da Terra, tanto que cursei no ensino médio o curso técnico em Agropecuária, em instituição de ensino médio pertencente à Universidade Federal Fluminense (UFF). Lá, além do envolvimento com as atividades cotidianas do colégio, também: participei de congressos; conheci experimentos científicos da UFF; iniciei militância no movimento estudantil, como presidente do Grêmio; ampliei meus horizontes sobre o universo do conhecimento. Foi na condição de presidente do Grêmio estudantil que, em 1989, realizamos eventos esportivos para confraternização entre os alunos. Nisto surgiu um convite para organizar uma Festa do laço em parceria com praticantes dessa modalidade nativa de rodeio. Meu interesse pela Educação Física emergiu nesse momento, mas numa perspectiva de gestão do esporte. Embora tenha sido aprovado em Administração de empresas pela Universidade Rural do Rio de Janeiro, optei por conhecer novas terras ao iniciar a graduação em Educação Física pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), em 1992. Lá tive acesso a diferentes professores que influenciaram minha trajetória, com destaque para então prof. Ms. Sílvio Ricardo da Silva, da disciplina Recreação. Por intermédio do mesmo, pude realizar meu primeiro PIBIC junto à socióloga Maria das Graças Marcelo Ribeiro, no Departamento de Educação. O estudo comparou as representações sociais sobre lazer em adolescentes das regiões centrais e periféricas de ViçosaMG. O estudo foi premiado como melhor PIBIC na área de Humanidades em 1995. O segundo PIBIC foi realizado sob orientação do prof. Silvio e versou sobre as políticas públicas de lazer em Viçosa-MG, tentando articular a gestão pública no município às desigualdades observadas no primeiro estudo. Quando concluí a licenciatura e bacharelado em 1996 pensava em finalmente exercer a profissão, recebendo oportunidade de trabalhar em recreação no Camping Marataízes (ES). A experiência profissional no Camping Marataízes (hoje Camping do Siri) ocorreu durante as férias de verão até janeiro de 2001 e foi minha maior referência em recreação para que eu pudesse explorar meu potencial criativo na profissão, galgando de monitor a gestor. Essa experiência serviu de referência para minhas atividades docentes tanto na graduação quanto em cursos avulsos.


Última aula da turma EFI-92 na Universidade Federal de Viçosa. Mestrado no auge dos Estudos do Lazer na UNICAMP Concomitantemente ao início da carreira, sob incentivo dos professores da UFV, prestei na UNICAMP a seleção para mestrado em Educação Física, na área de concentração em Estudos do Lazer. No processo de seleção fui selecionado para ser orientado pela professora Heloísa Turini Bruhns, a partir de um projeto que investigaria a festa do laço, experiência dos tempos de colégio agrícola.

Professora Heloisa Bruhns


Durante o mestrado, conheci colegas com os quais estabeleci vínculos duradouros, como os professores doutores Sandoval Villaverde, Ricardo Uvinha, Helder Isayama, Ana De Pellegrin, Silvia Franco Amaral, Marcelo Proni, Alcyane Marinho, Edmur Stoppa, Wilson Lino, Maria Cristina Rosa, Larissa Michelle Lara, Ieda Parra-Rinaldi, e Maria Georgina Tonello. Boa parte desses colegas é representativa no meio acadêmico. Não por menos. Naquela época fomos favorecidos pela centralidade da UNICAMP na formação na área sociocultural e pedagógica na Educação Física, convivendo com professores como Antonio Carlos Bramante, Nelson Carvalho Marcellino, João Batista Freire, Ademir Gebara, Lino Castellani Filho, Jocimar Daolio, e Heloisa Bruhns. Antes da conclusão do mestrado em 1999, fui aprovado em 1º lugar em concurso de professor do Estado do Rio de Janeiro para o ensino básico, na região Noroeste. Embora curta, foi uma experiência fundamental para experimentar a docência em Educação Física curricular. Todavia, um ano depois, já mestre, tive a oportunidade de iniciar a carreira no ensino superior na cidade de Maringá – Paraná. Em fevereiro de 2000, como professor T-24, atuei dedicadamente no curso de Educação Física do Centro Universitário de Maringá, onde, a partir dali, pude iniciar relações acadêmicas duradouras com colegas como Amauri A. B. Oliveira e Larissa M. Lara. Eram 60 alunos em cada sala de aula e foi desafiador conseguir “traduzir” todas as discussões do lazer para um nível compreensível aos alunos de primeiro ano, que cursavam a disciplina Lazer e recreação, à sexta-feira à noite. Graças a essa experiência, realizei minha primeira publicação em livro: Lazer: fundamentos, estratégias e atuação profissional (2002 em uma edição própria; 2003 ampliada e revisada, publicada pela Fontoura).

Todavia minha carreira como docente de graduação em sala de aula foi pautada por muitas dificuldades em ser um bom professor, pois ainda me faltava maturidade e minha conduta, aos olhos dos alunos, era instável – conforme ratificado pelas avaliações institucionais dos docentes pelos discentes. Ao querer sempre fazer muitas coisas, era comum eu não respeitar o ritmo dos alunos e não conseguir manter até o final do ano a expectativa lançada no começo da disciplina. Em suma, a qualidade das minhas aulas era irregular e algo que persigo é sempre me reinventar para ser o melhor professor possível.


Começa a história do GEL Em março de 2000 criei para os alunos de Educação Física (e, posteriormente também Turismo e Psicologia) o GEL – Grupo de Estudos do Lazer. Desde 2003 o GEL passou a se vincular à Universidade Estadual de Maringá (UEM). Hoje o grupo possui participação de estudantes de ensino médio (PIBIC-EM), graduação e pós-graduação. Atualmente estamos investigando em 4 linhas: 1)Formação e Atuação Profissional; 2)Práticas Corporais de Aventura; 3) Práticas desviantes de lazer; 4) Corpo, Lúdico e Multiculturalismo. Essas linhas são representativas da produção acadêmica do grupo e refletem as possibilidades de olhar sobre o lazer que eu tenho promovido no âmbito de minhas aulas, conferências, cursos, orientações e pesquisas.

As pesquisas do GEL têm sido premiadas nos principais eventos da área Nessas linhas de pesquisa o GEL vem sedimentando uma forma de pensar/atuar com as práticas, políticas e produção do conhecimento sobre lazer na Educação Física. Dois dos principais desafios teórico-metodológicos do grupo têm sido: (a) a constituição de uma Teoria da prática para o campo da recreação e (b) a organização de um sistema que combine ensino das modalidades de aventura (a começar por skate, escalada, parkour e slackline) com um modelo de gestão dos riscos. A respeito do primeiro desafio, tenho realizado colaborações diversas com importantes agentes da recreação, como Carlos Gomes de Oliveira (Rosa), Cleber Mena Leão e Hani Awad, todos parceiros na obra Recreação total, já em sua segunda edição:


Mais recentemente outra publicação do GEL na linha da Teoria da Recreação foi o capítulo intitulado “Recreação na encruzilhada entre teoria (do lazer) e intervenção (na educação física)”, em obra organizada por Rodrigo Lema pela Editora CRV. Entre as publicações ainda destacaria a coletânea de textos pela editora Clube dos Recreadores.

Essa ação faz parte de um evento do GEL, o SEL – Seminário de Estudos do Lazer. Esse evento foi lançado em 2000 e interrompido a partir de 2005, pois fazíamos parte de um grupo de profissionais do lazer, que sedimentou um evento bianual denominado ELAP – Encontro de Lazer do Paraná.

Confraria dos profissionais do Lazer na organização do 30º ENAREL e 9º. SEL, Curitiba A 6ª. edição desse evento foi realizada pelo GEL, no CESUMAR, o que motivou o grupo a retomar a periodicidade do SEL como um momento de encontro anual para troca de conhecimentos. A ideia inicial seria algo local, mas desde sua retomada o evento atrai participantes de todo país, além presenças latino-americanas, especialmente dos parceiros da Universidade Católica do Maule, Chile. Quanto ao desenvolvimento de um sistema de ensino de atividades de aventura, aumentou a urgência desse conhecimento desde que as BNCC promoveram as Práticas Corporais de Aventura (PCA) ao nível de conteúdo estruturante do currículo de Educação Física. Sobre isso, desde 2008 temos um projeto de extensão denominado Escola de Aventuras e nele aplicamos todos os conhecimentos resultantes das pesquisas do GEL.


Link do SEL: https://cleber-junior.wixsite.com/seminariodolazer

Equipe do GEL e seu papel determinante no sucesso da Escola de Aventuras Graças à experiência acumulada do grupo por meio da Escola de aventuras temos contribuído à formação profissional com artigos, palestras, cursos e vídeos (que podem ser encontrados em nosso canal no youtube). Das diversas produções, eu destacaria um livro que sintetiza nossa metodologia para o ensino dos primeiros fundamentos dessas atividades alternativas na Educação Física como skate, parkour, orientação, slackline e escalada:


Estimo que, nesses 20 anos, fizeram parte do grupo cerca de 129 pessoas, de diferentes formações e características, uma vez que sempre adotamos uma política de acolhimento aos diferentes. Essa é uma riqueza que torna o GEL um lugar de formação para egressos que hoje são docentes universitários ou da educação básica, recreadores, empresários, profissionais liberais. Diversidade gera riqueza de intervenções. Numa perspectiva de formação não-determinista me alegra ver cada integrante ganhando novos caminhos. Finalizo esta parte com o registro da saudade que deixam o vice-líder, prof. Dr. Décio Roberto Calegari e o parceiro na criação da Escola de Aventuras, prof. Matheus Martins Lopes dos Santos, o chabelo.

Vida de Doutor Em 2001 realizei uma disciplina como aluno especial no Doutorado em Turismo e Lazer na USP, com o Prof. Dr. Luiz Octávio Camargo, o que me ajudou a perceber meu interesse por questões epistemológicas no campo do lazer. Todavia, antes de fazer o processo seletivo naquele programa, fui aprovado no Doutorado em Educação Física na UNICAMP, o qual iniciei em 2002 novamente sob orientação da Profa. Dra. Heloisa Bruhns. O projeto inicial foi sobre Turismo rural, mas acabou, após estudo piloto, mudando para investigar quais elementos teóricos permitiriam uma compreensão da prática do vôo livre na maturidade. Afinal, a literatura na época enfatiza esse tipo de manifestação como algo da juventude. Em 16 de dezembro de 2006, defendi minha tese sobre Corpo, Risco e Socialidade no Voo livre, a qual foi difundida em periódicos e capítulos de livros.

Essa produção, aliada a outras junto ao Grupo de Pesquisa em Corpo, Cultura e Ludicidade (uma conjunção de 8 docentes da área sociocultural do DEF/UEM) me qualificou para ingressar, em 2008, no Programa Associado UEM/UEL de Pós-graduação em Educação Física. Desde então, já orientei 8 dissertações de mestrado e 6 teses de doutorado, além da distinção de receber o prof. André Melo, da UFES, para o pós-doutorado. Atualmente, oriento 5 pessoas no doutorado e 2 no mestrado, além de 9 bolsistas de Iniciação Científica e 2 de extensão. Todavia a vida de doutor e orientador exige aperfeiçoamento. Isso significou fazer pós-doutorado busquei em 2011 superar duas carências na minha formação. A primeira, detectada na banca de defesa do doutorado pela Carmen Lúcia Soares, foi referente ao pouco domínio das ferramentas históricas, o que foi compensado buscando a profa. Dra. Silvana Villodre Goelnner, na UFRGS. No entremeio de um ano com trabalhos de pós-doutoramento no Centro de Memória do Esporte (CEME/ESEF/UFRGS), pude ir à Universidade de Coimbra, estabelecer estudos com o prof. Dr. Rui Gomes, que foi fundamental para iniciar os estudos do lazer em referencial foucaultiano, minha segunda deficiência. Para tanto, como efeito do pós-doutorado, eu estudei em Foucault possibilidades de repensar o lazer, agora entendido como um dispositivo de "colonização do lúdico" (ou ainda como


enquadramento da cultura e normalização do usufruto do tempo livre na sociedade contemporânea). Isso não significa destituir o lazer de uma perspectiva crítica, mas entender sob quais mecanismos ele cria esses enquadramentos, especialmente no tocante às práticas corporais. Por isso, entendendo criticamente o lazer e assumindo que ele é multifacetado, que, dentro da linha de pesquisa do Programa, o lazer é estudado tanto como prática social, objeto de políticas, ou produto do conhecimento.

Logo da Escola de Aventuras e do Grupo de Estudos do Lazer (GEL) Mas, ao rever minha trajetória, que linha eu posso traçar a partir dos pontos que deixei ao longo dessa história? O que unifica promover festas de rodeio e depois pesquisá-las com prática do vôo livre na maturidade ou representações de lazer conforme classe social? E as orientações sobre lazer de negros, práticas lúdicas de povos Kaingang ou Guarani, pessoas com HIV/AIDS ou aventureiros? Por que fui consultor na elaboração das colônias de férias do Programa SegundoTempo ou criamos no GEL a Escola de Aventura, com iniciação a skate, slackline e escalada para crianças e adolescente? Percebo que em todas essas experiências está o diferente, o outro da alteridade no sentido antropológico. Incomoda-me que nós, particularmente na Educação Física, tratamos de enraizar a homogeneidade em um cenário de heterogeneidade. Então, tento perceber relações desiguais de poder, nas quais certas práticas sociais -que produzem sujeitos- recebem menos visibilidade nas políticas de lazer. Por isso, na minha produção do conhecimento tento dar visibilidade às práticas sociais menos conhecidas, incluindo as ditas desviantes, especialmente aquelas ligadas ao risco, à sexualidade e ao inusitado. Penso que a formação e o exercício profissional no lazer podem ser repensados diante do desafio que o lazer não-usual nos impõe. O melhor exemplo são as práticas de aventura, pois se percebe a transição do desviante para o normal, via mecanismos de controle de aspectos indesejáveis nessas práticas. Assim, almejo contribuir para ampliação do campo, especialmente a partir da premissa que vivemos numa sociedade multicultural, mas que a produção de sujeitos, limitando-os às suas práticas sociais, pode manifestar-se em dispositivo de controle contrário a essa heterogeneidade. Para conhecimento desses estudos, recomendo um livro organizado por distintos professores da Universidade Federal do Maranhão, por ocasião de um importante evento internacional em São Luiz, o Seminário Educação Física, Lazer e Saúde (SIEFLAS) entre 31 de julho e 03 de agosto de 2012:


Aproveitando a menção a São Luís do Maranhão, também em 2012, dividi mesa para debater lazer e globalização no 24º ENAREL, ocorrido no Jardim Botânico. Pude conhecer muitas e qualificadas pessoas pesquisando o lazer, demonstrando que o cenário intelectual maranhense é pouco conhecido e subestimado em sua importância. Últimas considerações O GEL foi criado em 2000, em Maringá-Paraná. Todavia, vale destacar elementos pregressos a esse momento. Sem dúvida, somos seres que produzem história, mas, sobretudo, somos resultado dela. Logo, para que existisse GEL foi necessário que desde os anos 1960 o movimento do lazer se manifestasse com intensidade, principalmente nos dois primeiros grupos de pesquisa: CELAR (PUC-RS e UFRGS) e CELAZER (SESC-SP). Todavia as influências diretas nessa arqueologia do GEL são o ENAREL, criado a partir de 1989 e o DEL/UNICAMP. O Encontro Nacional de Recreação e Lazer (ENAREL) é um evento que reúne ciência e técnica na área, quando os interessados na temática podem ter uma socialização densa com o conhecimento. A partir dos anos 1990, na UNICAMP, é criado o Departamento de Estudos do Lazer, com a oferta dessa ênfase nos cursos de bacharelado, mestrado e doutorado em Educação Física. Assim, as múltiplas participações no ENAREL e a oportunidade de fazer a pósgraduação na UNICAMP se constituíram o background fundamental para a formação do criador e líder do GEL. Vale destacar a convivência com todos os baluartes dos Estudos do Lazer, seja no ENAREL ou nas aulas. Aqui, correndo o risco de excluir influências muito importantes, destaco o prof. Dr. Silvio Ricardo da Silva que me possibilitou as primeiras pesquisas no lazer e a orientadora no Mestrado/Doutorado, Heloisa Turini Bruhns. Desde então, vimos estabelecendo parcerias com importantes instituições nacionais e estrangeiras e firmado o GEL como um porto seguro para discussões e práticas no campo do lazer.


GEL acolhe pessoas interessadas nos estudos do lazer Neste conturbado 2020, ao celebrar 20 anos do Grupo de Estudos do Lazer, vejo a importância de observar o lazer como direito social e possibilidade de todas as pessoas fruírem o lúdico e a cultura em patamares diversificados. Frente aos desafios que o futuro nos imporá, reitero nosso compromisso com ciência engajada em prol do planeta e da Humanidade, saudando com boas-vindas a todas as criaturas lazeirentas e que se interessam pelas lazeirices da vida.

Para saber mais: Capítulo de livro sobre o GEL, no livro organizado por Ricardo Uvinha sobre a pesquisa em lazer no Brasil: https://www.sescsp.org.br/loja/10400_LAZER+NO+BRASIL+GRUPOS+DE+PESQUISA+E+ASSOCIACOES+TE MATICAS#/content=detalhes-do-produto

Mídia social da Escola de Aventuras:https://www.facebook.com/escoladaaventura/ Canal

do

GEL

Grupo

de

Estudos

do

https://www.youtube.com/channel/UCJYkPN2OnHzWi9KpsyEjWwg/videos

Lazer

no

Youtube:


A PANDEMIA COVI19 E A CULTURA POPULAR EUCLIDES MOREIRA NETO Mestre em Comunicação social e investigador cultural.

Fui convidado a escrever uma reflexão sobre os efeitos da Pandemia do novo Coronavirus na vida dos praticantes da cultura popular em minha região: a ilha de São Luís, onde se localiza os municípios de São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa, com uma intensa atividade cultural durante todo o ano, abrangendo diversos ciclos comemorativos. Em um primeiro momento fiquei a pensar sobre quais aspectos e eu deveria abordar, mas ei que me vem a mente, a necessidade urgente de estarmos refletindo sobre o isolamento social que essa pandeia está forçando a a grande maioria da população dessas localidades a cumprir. E isso para o campo da cultura popular é uma catástrofe. Indo ao conceito conotativo da palavra catástrofe, observamos que uma catástrofe natural refere-se a um fenómeno da Natureza, que frequentemente provoca uma grande destruição material, perdas de vidas humanas e alterações na superfície terrestre. A maior parte das catástrofes naturais está associada a condições atmosféricas específicas, contudo, a dinâmica interna da terra possui também grande influência, todavia, a catástrofe que vivenciamos no momento trata-se de um vírus, que parece ser produto da ação humana, fabricada em laboratório. Independente de ser um produto da ação humana, fabricada ou não em laboratório, a catástrofe do novo Coronavirus já pode ser classificada como um fenômeno igual ou maior que as duas grandes guerras mundiais e que ainda vai ter consequências muito desastrosas em nosso meio social, provocando efeitos diversos, sobretudo na maneira de relacionamento das pessoas e consequente dos grupos de cultura popular, que para o Maranhão, a região metropolitana de São Luís e do mundo inteiro poderá ser devastadora. Quando afirmo isso, penso especialmente nos praticantes desses grupos de manifestações populares de nossa terra, especialmente dos seus gestores e mantenedores desses grupos, pois quase sempre são pessoas idosas, que mantem ao longo do tempo uma tradição considerada familiar, que muitas vezes tem ligações com promessas feitas aos decanos que já se foram, mas que por respeito essa tradição vem sendo mantida, cultuada e reverenciada nos dias atuais. Ao se manter as tradições herdadas de seus familiares, os atuais praticantes mantem uma cultura viva, salvaguardando praticas de relacionamentos, vivencias e culturas diversas de seus ancestrais. Assim construímos uma memória afetiva com o nosso passado, o presente e futuro, que nos torna único de um lugar especialmente rico por uma diversidade cultural invejável e bem peculiar. O grande problema que vejo neste contexto, é que a grande maioria (se não a totalidades) dos responsáveis por essas manifestações culturais estão em isolamento social rigoroso, por recomendação dos setores ligados á área da saúde, incluindo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o que, a rigor, é uma forma de penalizar esses cidadãos comuns a uma vida totalmente avessa ao que costumeiramente prática. Como consequência, essa determinação de isolamento, também pode provocar outras enfermidades relacionadas ao bem estar dessa parcela populacional. A Covid19 é grave, é um monstro desconhecido e fatal, mas a falta de vivencia dos praticantes do campo cultural poderá ser também tão maléfica quando essa pandemia do mal. Os idosos (...e mesmo os mais jovem) responsáveis pelos grupos populares maranhense, como os praticantes de manifestações culturais, como o Divino Espirito Santo, grupos de Bumba Meu Boi, Quadrilhas Juninas, Cacurias, Dança do Lelê, Dança do Coco, festejos religiosos e afrodescendentes são diretamente afetados, especialmente aqueles que em nome de uma tradição, tem obrigação de desenvolver sua prática, como as filhas de santo dos rituais afro religiosos.


A falta dessa prática também penalizam esses personagens dinâmicos de nosso meio cultural. E eles também sonham, adoecem e precisam de atenção dos todos os setores de nossa sociedade, inclusive atenção dos gestores de políticas públicas de nossa terra. Reafirmo que a falta dessa prática cultural também adoece nossa gente e a leva em grande número para os hospitais e demais equipamentos ligados a saúde. Floristas também respiram, se alimentas e sonham como todo ser humano, por isso não ser ingênuos e ignorá-los. Pense nisso. Seguiremos juntos atravessando a pandemia Covid19.


A FORÇA DA AMEI: EM TRÊS ANOS DE INAUGURADA, A LIVRARIA DA 'AMEI' DEMONSTRA EFICIÊNCIA, CONFIANÇA E RESPIRA RESPONSABILIDADE LITERÁRIA Há 3 anos, a AMEI inaugurava sua Livraria e Espaço Cultural no São Luís Shopping, em SLZMA. Por: MHARIO LINCOLN

Imortal ABL, José Sarney com José Viégas, presidente da AMEI

Nota do Editor ML: Trabalhar com livros físicos numa época em que os laptops e kindles assumem quase 75% das vendas do setor e similares neste país, seguindo uma tendência inevitável do mundo moderno, torna-se uma tarefa árdua e bem difícil. Exemplo nos vem de duas


super-livrarias com pedidos judiciais de sobrevivência, como a Cultura e a Saraiva, (vide matéria completa sobre esse assunto em: https://www.mhariolincoln.com/noticia/144/as-livrariaspodem-estar-morrendo-diante-da-crise-livreira-do-brasil-), entre dezenas de outras livrarias menores, espalhadas pelos quatro cantos deste continente. Todavia, indo na contra-mão desse quadro horrorizante, a livraria da AMEI - Associação Maranhense de Escritores Independentes vem se mostrando robusta, interessante, cheia de confiança, através de expertises implementadas por uma diretoria responsável "cujas ações são milimetricamente programadas, pois a maioria de nossos custeios são próprios", como diz o presidente da entidade, escritor português José Viégas, há muito domiciliado na cidade de São Luís-Ma, auxiliado por um equipe incrível de voluntários (muitas das vezes os próprios autores), liderada pela escritora Cleo Rolim. O Brasil realmente precisa conhecer essa iniciativa tão importante para as letras do Maranhão, quanto o ar que os poetas respiram. Não é exagero. Antes da AMEI, dezenas de autores do Maranhão não tinham oportunidades de mostrar suas obras, na maioria das vezes, encalhadas em algumas bancas de revista, outras em bibliotecas públicas municipais, à titulo de doações. A produção literária, antes à altura de uma "Athenas Brasileira", como chamavam a capital do Estado, era incipiente e só aqueles que possuiam condições financeiras para se autobancarem é que produziam livros. Com a criação dessa Associação Independente, muita coisa mudou. Todos os que a procuram tem chances iguais de expor suas obras. E mais: têm um lugar propício para os lançamentos (era outro problema) de forma gratuita e com cobertura da mídia interna da entidade, fato que, em 3 anos, somaram-se mais de 1.800 eventos. Mas não vou me estender muito. A partir daqui começo a me emocionar pela beleza de tudo que vejo alí dentro e posso acabar transformando meu texto jornalístico impessoal, numa autêntica carta de amor poético a AMEI. Por isso, deixo que o próprio presidente Viégas discorra sobre a entidade, abaixo: A FORÇA DA UNIÃO! Ontem, 15 de abril, fez exatamente 3 anos que a Associação Maranhense de Escritores Independentes -AMEI inaugurou sua Livraria e Espaço Cultural no São Luís Shopping. Os escritores maranhenses unidos através da AMEI conseguiram não só ao longo desses 3 anos reavivar a pujança da literatura maranhense como ainda mostrar o grande espírito de união cultural que anima a família literária maranhense tendo acolhido em seu seio inúmeros artistas plásticos, atores, músicos, cantores, e dos mais importantes componentes da sociedade intelectual e cultural do Estado. Nesses 3 anos apresentamos à sociedade maranhense mais de 1.800 eventos culturais gratuitos no Espaço Cultural e de entres estes mais de 480 eventos foram lançamentos de novas obras literárias maranhenses. A esses números dos 3 últimos anos acresce, apenas neste último ano, nossa contribuição, através de nossa parceria editorial, à edição de mais de 60 títulos novos de autores maranhenses. Nada disso teria sido possível sem a contribuição de cada um de vocês (escritores, leitores, artistas plásticos, artesões, atores, cantores, músicos, bailarinos, contadores de histórias, palestrantes, professores, jornalistas) que de uma forma ou outra contribuíram para esta história. Não podemos nesta ocasião deixar de agradecer a parceria e o acolhimento que sempre tivemos por parte da Administração e da equipe de Marketing do São Luís Shopping, que tiveram a visão antes de todos os demais de que era importante oferecer aos seus visitantes para além do comércio, da alimentação, do lazer, também uma ampla mostra gratuita de tudo o que de melhor se faz na cultura local. Tudo isto só foi possível porque juntos acreditamos e vivenciamos A FORÇA DA UNIÃO. DO MARANHÃO PARA O MUNDO!


Todos os dias, desde a fundação da AMEI em 25 de agosto de 2016, temos trabalhado com zelo e sem medir esforços para que a AMEI se tornasse um marco e alicerce do renovo da Atenas Brasileira, criando e mantendo a oferta do Espaço Cultural e Livraria AMEI como o mais amplo canal de divulgação e promoção da literatura e cultura maranhense até hoje disponibilizado. Mas hoje estamos imersos numa situação que vem afetando o mundo inteiro e que nenhum de nós poderia ter previsto. Estamos passando por um momento sem precedentes na história que não só afeta a saúde das pessoas que amamos, como traz dificuldades acrescidas de sobrevivência para as empresas, instituições e atividades das quais dependemos, de tal forma que a economia mundial, passada esta crise, não mais será a mesma e terá de se reinventar repensando suas prioridades. Mais do que nunca, nesse momento de combate a uma pandemia, estamos firmes em nosso compromisso com a Literatura Maranhense, preparando-nos para vários cenários pós-crise em prol de nossos colaboradores, sócios, clientes, e parceiros escritores, editoras, artesões, artistas plásticos, oficineiros, músicos, palestrantes... Estamos conscientes de que devemos nos preparar para um retorno que não poderá mais ser apenas uma continuação do que foi. Precisamos continuar de consolidar todo o trabalho realizado e ainda assim abrir novos horizontes para a literatura e cultura maranhense, usando tudo o que estiver ao nosso alcance. Hoje, mais do que nunca precisamos consolidar e aumentar ainda mais nosso número de associados. Se você ainda não é sócio e está disposto a ajudar neste desafio da sobrevivência, renovo e crescimento da literatura e cultura maranhense, venha se juntar a nós, porque somente juntos conseguiremos não só prevalecer como continuar de fazer a diferença e levar a nossa literatura e cultura DO MARANHÃO PARA O MUNDO. Agradeço aos nossos sócios, clientes, parceiros, amigos e simpatizantes da AMEI pela confiança que depositam no nosso trabalho todos os dias. José Viegas Presidente da Associação Maranhense de Escritores Independentes - AMEI


ESPORTE & EDUCAÇÃO FÍSICA Espaço destinado às discussões sobre o Esporte e a Educação Física – antes, dedicado ao Atlas do Esporte no/do Maranhão.


A CAPOEIRA, NO MARANHÃO, PERDE UM DE SEUS APAIXONADOS: MESTRE JORGE! MARCO AURELIO HAIKEL Jorge Navalha, como ficou conhecido no mundo da Capoeira. Aluno do Mestre Patinho, era de uma geração mais velha. Ele era da década de 1970, eu, por exemplo, da década de 1980. Tínhamos a mesma raiz, porém, visões diferentes acerca da condução da Capoeira. Mestre Jorge foi, no estado, um dos maiores organizadores e propagadores da Capoeira, dita, desportiva... de competição. Nessa seara, quem por ela enveredou sem dúvida bebeu de seus ensinamentos, saberes, formas e práticas de organização. Para entender as visões diferentes de alunos e discípulos do Mestre Patinho requer um breve relato histórico. Patinho iniciou com Roberval Serejo, na década de 1960. Este, apesar de maranhense era um marujo, o que pelos ossos do ofício desembarcou por docas e beiradas ao longo do litoral brasileiro. Nesse viés recebeu a Capoeira, o que segundo relatos, muito lhe influenciaram os capoeiras do Rio de Janeiro. O fato é que Roberval fazia jus à valentia dos capoeiras, quiçá, dos boieiros. Da área do Apeadouro, bairro famoso por suas belas e famosos festejos populares, dizem que certa vez, o Mestre Sapo - que também era valentão - chegou na área um tanto eufórico e foi contido em sua intrepidez por Roberval, aonde admiradores de um e de outro evitaram um conflito iminente. Raberval Serejo, antes da chegada de Sapo em São Luís fundou a Academia de Capoeira Bantú, no ano de 1960, aonde Patinho começou. O Mestre, que era escafandrista morreria anos depois, durante a construção do Porto do Itaqui, em uma de suas submersões. Dos remanescentes da Bantú, vivos, de que tenho conhecimento há três capoeiras: Mestre Bezerra - radicado em Belém, aonde assim como aqui e em outras plagas é muito considerado e, quem tive a honra de conhecer no Pará, em uma das viagens que fiz com Patinho no final da década de 1980 - Babalú e Naasson, este último conhecido como "Cara de Anjo", um dos raros que teria encarado Mestre Sapo em um de seus arroubos de valentia. Patinho, quando conheceu Mestre Sapo, ainda na década de 1960, de imediato se encantou com a habilidade, desenvoltura e pela maneira como o mestre lidava com a Capoeira, vez que além do aspecto guerreiro associava o lúdico e a arte de bem fazê-la. Sapo era aluno de Canjiquinha, a " Alegria da Capoeira ". E, Patinho, que trazia consigo a destreza, a maestria e a exímia arte de movimentar-se chamaria a atenção de Sapo vindo a ocorrer uma relação de amor e ódio; admiração e incômodo mútuos, se destacando entre muitos discípulos do mestre, aonde não havia meio termo, pois só os melhores e audaciosos compunham uma seleta malta de capoeiras, do Mestre Sapo, famosos por suas pândegas, como também, arruaças, aonde chegavam. Nessa época, Sapo ainda estava distante das influências que só mais tarde viria ter, no caso, da Capoeira desportiva, ou, competitiva. É que Canjiquinha, embora um guerreiro - e dos considerados - era, sobretudo, um capoeira artista de rua, em Salvador. A ponto de criar um grupo " Quarteto Aberrê " e sair pelo Brasil afora, oportunidade em que passando pela Ilha do Maranhão deixou Sapo aqui, após as devidas tratativas legais, sob a proteção e tutela - ele ainda era menor - de um eminente jurista e autoridade local. Após inúmeras conversas, em primeiro lugar, com o meu mestre, as quais foram infindáveis; outras, com contemporâneos seus, capoeiras os mais diversos, que conviveram com Sapo, eu pude


extrair um entendimento sobre este. A de que ao longo de sua vida como capoeira, o Mestre Sapo teve dois momentos, ou, fases. A primeira, de onde ele era proveniente! Das hostes das ruas e becos de Salvador, a partir de suas vivências com Canjiquinha, por meio de quem conheceu capoeiras famosos e durões, verdadeiros mestres da Cultura Popular, a exemplo do Mestre Caiçara, capoeira temido e famoso, da Cidade da Bahia. Esses capoeiras eram originários de uma Capoeira Antiga; das ruas; das mais originais searas populares, com seus bairros e comunidades, aonde com o tempo, em contraposição à Capoeira Regional receberia a denominação de Capoeira Angola. Abro um parêntese aqui, para expressar as minhas reservas com relação a uma escola - entre muitas, a exemplo do Tambor de Crioula aqui, aonde tem sotaques os mais diversos, assim é a Capoeira-mãe, cuja escola, ou tradição, estabelecida no "corredor" Terreiro de Jesus/Santo Antonio, depois do Carmo, se considera, a Capoeira Angola, quando não o é! A não ser, se quiser se restringir à essa nomenclatura criada, em contraposição à Capoeira Regional, aonde intelectuais amigos do Grande Mestre Pastinha, como Jorge Amado, Caribé e outros denominaram-na, mas o fato é que a Capoeira-mãe, na Bahia, está em Fazenda Grande, Piripiri, Mangueira, Itapuã, Boca do Rio, entre outros bairros populares espalhados por Salvador, estendendo-se pela ilha, Santo Amaro da Purificação, Cachoeira etc. Mas essa é outra história... O certo é que os praticantes dessa Capoeira, das ruas, becos, docas e bairros populares se fizeram temidos e suas histórias... cantadas. Temidos e tidos como malditos - assim como, os valentões do Recife; do Rio; de São Luís etc, que não se submetiam ao sistema, em Salvador um famoso, ao mesmo temido e amado foi o Mestre Caiçara, o qual certamente muito influenciou Canjiquinha, entre outros contemporâneos. Mestre Sapo quando tem origem aí, nesses redutos. A outra fase foi quando Sapo, já aqui no Maranhão integrou as delegações desportistas do estado em competições escolares e campeonatos desportivos nacionais. Quando, então, se deparou com um grande e influente número de capoeiras regionais. A Capoeira Regional, ao contrário daquela oriunda do popular satisfazia aos militares, pois exigia disciplina; perfilamento etc. Tanto que os campeonatos tiveram impulsos significativos, pelo apoio dado das Forças Armadas, inclusive com seus redutos sendo usados para tais eventos, aonde o pioneiro foi um da Aeronáutica, no Rio, em Campo dos Afonsos, salvo engano nos idos de 1968/69, quando ocorreu o primeiro campeonato de Capoeira. Sapo, inteligente e competitivo percebeu ali uma oportunidade para fazer destaque no âmbito nacional, quando poderia mostrar as suas habilidades guerreiras, por meio das competições, bem como, levar consigo seus discípulos, no que Patinho foi um deles. A partir de então, o Mestre Sapo, embora nunca viesse a deixar o seu caráter de capoeira de rua, inteligente como era iria catalisar essas condições oferecidas pela Capoeira Regional, o que inapelavelmente, por ela iria ser influenciado, mas não sem deixar a sua marca. O Maranhão, por influencia e determinação do Mestre Sapo iria se tornar o primeiro estado brasileiro a inserir nos seus jogos escolares, a Capoeira. Mestre Jorge, com certeza foi seduzido por essa Capoeira desportiva. Lembro-me certa feita quando expressou o seu desgosto pelo Mestre Patinho, quando pela primeira vez vim a saber por ele próprio ter sido aluno de Patinho. Naquela oportunidade, como era de sua característica fez um discurso forte e carregado contra Patinho, em uma mistura de amor e ódio, pois no mesmo expressava a sua admiração e amor, ao mencionar lembranças de uma época em que Patinho, segundo ele jogava como ninguém uma capoeira guerreira, perigosa, veloz e voadeira. Ato seguinte expressando raiva e decepção, quando disse que Patinho mudara a sua Capoeira, para um jogo baixo; "cheio de frescura", pois sem a garra e a agressividade de quando aprendera com ele.


Pois bem, eu fiz esse relato histórico - como disse, fruto de minhas experiências, leituras e contatos pessoais, estes, tanto com o meu Mestre, como por quem por meio dele fui apresentado, além de outros que, pela minha dedicação, prática, jogo e respeito, na, e, pela Arte fui obtendo confiança e consideração - para chegar à essa manifestação acerca do mestre Jorge Navalha. Mestre Jorge, como disse seguiu a linha competitiva. Fundador de federações e Ligas de Capoeira, cujas premissas, entre outras são as competições; os campeonatos etc, ele foi um obstinado e dedicado, por isso tinha meu respeito, pois embora não me encante com a Capoeira desportiva, nela tenho grandes amizades e sei o quanto de dedicação e amor, amigos e amigas têm, tanto quanto eu, pela Capoeira. Ressalto, nunca fui amigo do mestre Jorge Navalha, mas por ser o que era tinha meu respeito. Fiquei muito decepcionado com o que ocorreu quando do processo de salvaguarda da Capoeira, no Maranhão, quando ele concorreu para um imbróglio que fez com que os angoleiros se retirassem. Ao mesmo tempo, não deixei de ter respeito, pois ele reconheceu o erro. Apesar de afirmar que o mais importante era dar seguimento, e deixar para trás o erro sem corrigi-lo. Apesar de não pertencer a essa hoste de guerreiros/as competitivas/os, por muitos/as tenho grande respeito. Não só aqui, mas pelo Brasil e mundo afora. E mestre Jorge, como já disse e afirmo, apesar de nossas diferenças de visões na Arte, era um deles. No meu caso pertenço e busco a Capoeira-mãe, cujos saberes e fazeres - embora se amoldem no tempo, como ensinava meu Mestre, Patinho, requer o cuidado de " inserir o novo velho sem molestar raízes " - estão ligados à visão da nossa Arte Guerreira, enquanto Cultura Popular. Naquilo que ela traz de ancestral, aonde em dado momento histórico como contraponto à Capoeira Regional passou a ser chamada de Capoeira Angola - embora esse discurso tenha valido, a meu ver, mais como interesse econômico, na medida em que, quem se diz "angoleiro puro" discrimina capoeiras de vertentes oriundos de redutos eminentemente, populares. Mas essa é uma outra história que, por trazer muita polêmica, não é o momento apropriado, pois este, eu utilizo para saudar um mestre que, pelo amor e devoção à Capoeira peço a Deus que o receba na Luz!


HISTÓRIA(S) DO MARANHÃO


ORIGEM DO MILAGREIRO BARRA NOVA1

Barra Nova, o cangaceiro de Lampião que, segundo alguns pesquisadores, morreu em Cantanhede-MA. thld9 rdfeo SmufevSedrpoaneruiroi nde s2eolrmeeel0id1u3 Expressão de fé nos municípios de Cantanhede e Pirapemas, Sebastião Barra Nova é considerado milagreiro, uma espécie de protetor espiritual, principalmente das pessoas mais antigas. A prefeitura de Cantanhede, por meio da secretaria municipal de Cultura tem desenvolvido um grande trabalho no resgate histórico sobre o assunto. Pelos relatos orais Sebastião Barra Nova teria nascido no estado da Paraíba, mas até momento as pesquisas não chegaram a uma comprovação documental. A secretaria de Cultura tem intensificado a busca pela identidade desse operário da construção da estrada de ferro, que tornou-se uma referência cultural no município. Alguns levantamentos apontam expressões, com a referência Barra Nova em alguns locais do Nordeste e Sudeste do país tais como: uma praia famosa no município de Cascavel no Ceará, uma praia no município de Saquarema no estado do Rio de Janeiro, um distrito em Marechal Deodoro no estado de Alagoas, um rio no estado do Rio Grande do Norte, é um distrito do município de São Mateus no Espírito Santo e nome de um cangaceiro do bando de Lampião morto pela volante do coronel Rufino (foto). Veja a o que diz o escritor João Sousa Lima, autor de 9 livros sobre o cangaço sobre esse outro Barra Nova.

1

A prefeitura de Cantanhede/MA, por meio da secretaria municipal de Cultura, assim como foi feito com a família Cantanhede, cria um espaço para a família BARRA NOVA. A nossa ideia é aproximar essa grande família e homenagear SEBASTIÃO BARRA NOVA, o operário da fé. Sebastião Barra Nova chegou em Cantanhede para trabalhar na construção da estrada de ferro São Luís/Teresina e em 1914 foi executado. A tortura e morte foram motivo de comoção e o cassaco transformou-se em uma espécie de protetor espiritual. A prefeitura de Cantanhede trabalha na descoberta da origem de Sebastião Barra Nova, na revitalização da Romaria de Barra Nova e na produção do documentário BARRA NOVA, O OPERÁRIO DA FÉ e no filme curta metragem ACAUÃ. O secretário de Cultura de Cantanhede, Luiz Carlos Amaral é o responsável pelo projeto BARRA NOVA e por essa página de relacionamento destina aos membros da grande família BARRA NOVA.


“O cangaceiro Barra Nova foi um dos homens do cangaço que deixou poucos relatos sobre sua vida, ele andava diretamente no grupo de Lampião. Recentemente conheci o senhor José Aldino, residente no povoado Alto dos Coelhos, Água Branca, Alagoas, e foi ele quem me levou até o senhor João, filho de Barra Nova. Conversamos durante algumas horas e várias passagens do cangaceiro, desde os motivos que o levaram a entrar no cangaço, até a morte pelas mãos do famoso tenente Zé Rufino, me foram relatadas. A história tem muitos pormenores, assim como detalhes que são ainda inéditos e que estarão em breve registrados em um livro. Na fotografia, da esquerda pra direita: João de Sousa Lima, João (filho de Barra Nova) e José Aldino. João, filho do cangaceiro, exibe em suas mãos uma foto onde aparece o pai ao lado de Luiz Pedro e na fotografia grande está um detalhe da foto do pai. José Aldino é um dos guardiões das histórias acontecidas no Alto dos Coelhos, guarda suas memórias na cabeça e atende a todos que buscam informações, com uma educação só encontrada nos homens sábios.” Várias ações estão sendo planejadas e outras em andamento para a revitalização da história de Barra Nova. No dia 20 de janeiro deste ano, a secretaria de Cultura lançou o projeto do filme de curta metragem ACAUÃ, que deverá ser lançado em 20 de janeiro de 2014, quando completará 100 anos da morte do mártir cassaco. Outra ação importante e reviver a Romaria de Barra Nova, com um percurso de 10 km entre o povoado de São Sebastião e o cemitério dos Barbados (local onde está enterrado Barra Nova). O Projeto Barra Nova que será apresentado ao ministério do Turismo, ao Governo do Estado do Maranhão e a iniciativa privada, tem em seu espelho, além da Romaria de Barra Nova, que acontecerá sempre no dia 20 de janeiro, terá ainda, o Caminho de Barra Nova, uma trilha para uso diário que ligará a antiga estação da REFFESA, no centro de Cantanhede ao cemitério dos Barbados. O projeto inclui ainda a construção da capela de São Sebastião no antigo povoado do mesmo nome, um teatro rural para encenação da saga de Barra Nova, área de camping e espaço destinado à iniciativa privada para construção de área de lazer, pousada, restaurante, albergue etc. O projeto Barra Nova prevê ainda melhorias no cemitério dos Barbados, revitalização das 6 (seis) pontes de ferro da estrada São Luís – Teresina (ponte dos Lopes, ponte do Ingá, ponte dos Nogueiras, ponte de São Sebastião, ponte de Cachimbos e a ponte do Peritoró), melhorias nas estradas de acesso ao povoados de Cachimbos e Santa Luzia e construção dos acessos ao antigo povoado São Sebastião e ao cemitério dos Barbados. O projeto também está procurando parceiros para a sua realização e um deles é uma montadora de veículos de passageiros, para adaptação e uso como passeio turístico e transporte escolar entre a antiga estação de trem de Cantanhede e o cemitério dos Barbados, tendo com via a estrada de ferro. A secretaria de Cultura está elaborando também um projeto chamado Festival dos Barbados destinado ao público jovem. O prefeito de Cantanhede, Zé Martinho já teve uma conversa breve com o ministro do Turismo, Gastão Vieira sobre o assunto e prometeu buscar alternativas para a viabilidade do projeto. Zé Martinho disse também que o projeto além de revitalizar a cultura do povo, propagar a fé irá promover o desenvolvimento econômico das comunidades envolvidas. Pelo projeto, a ponte do Peritoró, um dos principais cartões postais de Cantanhede terá um papel importante nas ações de turismo, pois além de sua beleza arquitetônica com 100 anos de existência terá iluminação especial e agregará ao seu redor a maior infraestrutura de todo o percurso (teatro rural, pousada, restaurante, área de camping, albergue, espaço para shows etc.). Entre os parceiros que estão sendo procurados está a Transnordestina, empresa concessionária da exploração de serviço de logística. As parcerias institucionais deverão acontecer com UEMA (Universidade Estadual do Maranhão), o IPHAN e TELEBRAS, entre outras. A iniciativa privada será convidada a participar do projeto para investimentos na área de lazer, culinária e hotelaria. Os


programas Luz para Todos e PRODETUR, o SEBRAE e agentes financiadores entre outros órgãos serão também convidados para fazerem parte do grande empreendimento.


MARQUES DE POMBAL MATOU GABRIEL MALAGRIDA? http://agendamaranhao.com.br/…/marques-de-pombal-matou-gab…/ Destaque para o documentário Malagrida (2001), de Renato Barbieri, disponível nos canais You Tube. Veja links no site. Vê também livros e outros documentos publicados sobre o tema. Para alguns historiadores, a Inquisição foi somente um instrumento manipulado pelo Marques de Pombal e seus irmãos para condenar Gabriel Malagrida por heresia. Em pleno século XVIII, além de ter sido contra a escravidão dos índios, como pregava os jesuítas, deixou a catequese indígena e defendeu que era melhor esses povos viverem isolados em sua felicidade primitiva do que serem escravos de colonos portugueses. A capela do Colégio Santa Teresa, em São Luís, foi fundada por ele. No local, há objetos dele, até hoje. O site Agenda Maranhão fez um levantamento da trajetória de Gabriel Malagrida, desde seu nascimento até a manhã do dia 20 de setembro de 1761, quando caminhou, com um gorro de palhaço na cabeça, do Tribunal da Inquisição, com mais 52 condenados por bigamia, judaísmo, homossexualismo, bruxaria etc. até a Praça do Comércio, em Lisboa, onde morreu no garrote vil e seu corpo e objetos, incluindo peças de teatro, foram queimados.

Uma vítima da Inquisição Portuguesa, que viveu no Maranhão no século XVIII, o padre jesuíta italiano Gabriel Malagrida, está sendo redescoberto neste início de século XXI. Uma das iniciativas é o documentário Malagrida (2001), de Renato Barbieri, que ganhou vários prêmios. O filme, dividido em três etapas, está disponível nos canais You Tube. Filme Malagrida Parte I Parte II Parte III A avaliação entre historiadores é que a Inquisição foi somente um instrumento usado pelo Marques de Pombal e seus irmãos para condenar Gabriel Malagrida.


Em pleno século XVIII, além de ter sido contra a escravidão dos índios, como pregava os jesuítas, defendeu que era melhor esses povos viverem isolados em sua felicidade primitiva do que serem escravos de colonos portugueses. No Brasil, incentivou a instituição de escolas, conventos e seminários. A capela do Colégio Santa Teresa, em São Luís, foi fundada por ele. No local, há objetos dele, até hoje, entre os quais uma santa e um banco de madeira.

O jesuíta e o Marques Gabriel Malagrida nasceu em Milão (Itália) 1689. Veio para o Brasil em 1721. Foi a Belém em 1723 e, depois, para o Maranhão. Foi missionário em várias nações indígenas e percorreu áreas como a Baixada Maranhense, a partir de Alcântara e as que ficam longo de rios como o Itapecuru e Mearim. Morou em São Luís e em Alcântara onde foi professor de Literatura e de Teologia por cerca de 7 anos. No documentário, o escritor português António Braz Teixeira, da Imprensa Nacional de Lisboa, afirma que o texto de Gabriel Malagrida é tão bom quanto o de Padre Antônio Vieira. Mas, o que ele fez mesmo, no Maranhão, foi lutar contra a escravidão dos índios. Quando decidiu encerrar sua catequese entre os povos indígenas, mudou o eixo de sua atuação e passou a conviver com populações negras e os sertanejos luso-brasileiros. Percorreu mais de 7 mil quilômetros, a partir de São Luís, por terras do Piauí, Bahia, Sergipe e da atual Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Ceará. Retornou ao Piauí e Maranhão e chegou até Belém do Pará onde continuou pregando na Amazônia. Conheceu o interior do Nordeste como poucos, no século XVIII. Passou por lugares isolados e abandonados e chegou a ganhar alguma fama como ‘fazedor de milhares’. Seria um paranormal, como sugere o cineasta Renato Barbieri. Chegou a Salvador em 1738. De 1741 a 1745 andou pelo sertão da província de Pernambuco e Paraíba. Mesmo sendo o Maranhão um dos estados em que mais atuou, é a Paraíba que mais o reverencia. Abrigou 40 mulheres excluídas da Paraíba no Convento de Iguarassu, incluindo prostitutas.


Por coincidência, a rua de prevalência da prostituição, em João Pessoa, tem o nome de Gabriel Malagrida. A condecoração mais importante concedida pelo Estado da Paraíba tem o nome de Medalha “Ordem do Mérito Padre Gabriel Malagrida”. Depois de percorrer terras do Nordeste e Amazônia, Gabriel Malagrida retorna a Portugal em busca de apoio. Embarcou de Belém em 1749. Consegue apoio para suas obras e retorna para São Luís no mesmo navio em que estava o irmão do Marques de Pombal, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, que foi governador do Grão-Pará e Maranhão. Foi quando o Rei Dom João V falece e seu filho, Dom José I, assume o trono, episódio que eleva o poder do Marques de Pombal no Reino de Portugal. Depois de 3 anos entre o Pará e Maranhão, Gabriel Malagrida volta a Portugal, a pedido da rainha viúva do rei João V e mãe de D. José I, D. Mariana de Áustria. No dia 1° de novembro de 1755 acontece o terremoto de Lisboa e Gabriel Malagrida associa o fenômeno a um castigo divino, enquanto o Marques de Pombal defende argumentos de que foram causas naturais, o que acirra mais a fúria do marques contra o jesuíta. Gabriel Malagrida já incomodava o marques e seus irmãos por ser contra a escravidão dos índios no Pará e Maranhão. O Marques de Pombal sabia das atividades do jesuíta no Brasil por meio de seu irmão, o governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado. No dia 3 de setembro de 1758 houve um atentado contra o Rei D. José I, o que culminou no Processo dos Távoras, quando várias pessoas, incluindo a Família Távoras, foram condenadas. O fato serviu de pretexto para o Marques de Pombal abater vários inimigos. Por meio de torturas, os Távoras falaram o nome de várias pessoas, incluindo o de Gabriel Malagrida que foi confessor da Marquesa de Távoras. Mas, pela insuficiência das provas, o Marques de Pombal não pode condenar Gabriel Malagrida no Processo dos Távolas. Por outro lado, Gabriel Malagrida foi denunciado de heresia pelo Tribunal do Santo Ofício de Lisboa. No primeiro julgamento, presidido pelo irmão do Rei do José I, Gabriel Malagrida é absorvido. No segundo julgamento, quando o irmão do marques de Pombal, Paulo de Carvalho e Mendonça era o Inquisidor Geral, Gabriel Malagrida foi acusado de herege por causa do que escreveu em 3 anos que ficou preso em uma masmorra subterrânea em Portugal. Na manhã de 20 de setembro de 1761 foi lida a sentença que Gabriel Malagrida deveria morrer no garrote vil e seu corpo e objetos, incluindo peças de teatro, deviam ser queimados. Com gorro de palhaço foi conduzido, em cortejo, do Tribunal da Inquisição, com mais 52 condenados por bigamia, judaísmo, homossexualismo, bruxaria etc. até a Praça do Comércio onde aconteceu o auto-de-fé da Inquisição. Os jesuítas foram expulsos do Brasil em 1759, com cerca de 600 padres, depois de 2 séculos de atividades. O Marques de Pombal é aclamado como Iluminista e, mesmo perseguindo os índios na Guerra dos Guaranis, é chamado de protetor dos índios. Revivendo Malagrida no século XXI Em 2005, o escritor português Pedro Almeida Vieira publicou o romance O Profeta do Castigo Divino, que tem como personagem principal o padre Gabriel Malagrida. Em 2011 foi criada por meio de ato do governador do Estado da Paraíba a comenda da Ordem de Mérito Gabriel Malagrida, publicada no diário oficial do Estado, nº 14.729 de 31 de agosto de 2011, concedida as autoridades civis e militares que tenham prestado notáveis serviços à Casa Militar do Governador daquele Estado.


IGREJA DA SÉ

Considerado um dos monumentos históricos mais antigos e importantes de São Luís do Maranhão, a Igreja da Sé iniciou sua edificação em 1619 pelo 3°capitão-Mor Diogo Machado da Costa que no final do seu mandato em 1622 à inaugurou. Após quase 70 anos a igreja estava bastante arruinada sendo assim, a antiga igreja foi demolida em 1763. Durante sua longa existência sofreu várias reformas e a mais atual ocorreu em 1922.

No período de 1993 a 1996, a 3ª Superintendência Regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) realizou obras de restauração que recuperaram o ouro primitivo “encoberto por pintura azul e branca que refletem um simbolismo litúrgico muito frequente no barroco luso-espanhol, austríaco e sul-americano em geral”.


A Catedral é tombada pelo Iphan e tem como destaque o altar-mor, do século XVIII, que é considerado um tesouro da arte barroca brasileira.


NAVEGANDO COM JORGE BENTO


Histórias conspirativas Pululam por aí, como pulgas, teorias sobre a origem e propagação do vírus, como se estas implicassem culpa e desta resultasse a cura. A imaginação encontra a porta aberta em mentes ingénuas e ávidas de milagres. Se conseguirmos manter a inteligência livre do contágio da cegueira ideológica e da xenofobia, eliminaremos a pandemia. Movido por este fim e pelo humor que nos deve iluminar sempre, para ver a realidade de modo risonho, vou pôr uma outra história em circulação. Serviços muito secretos revelaram um encontro entre Trump e o Corona. - ‘Não me causas qualquer dor de cabeça!’ Disse o primeiro com ar de pirata insolente. - ‘Até à Páscoa acabo contigo!’ Reagiu o segundo com ar inclemente. Já então se sabia que o gringo estava errado. O vírus obriga-nos a tomar Cuidado EFEITOS DA TEORIA DO CAOS A invenção da vacina contra o Coronavirus vai demorar. A razão é simples. O processo da sua descoberta não segue a metodologia e o ritmo da teoria do caos. Esta desencadeia efeitos rápidos e com assombroso raio de alcance: bastou um morcego bater as asas na China para provocar convulsões e espasmos mentais e intestinais num vampiro dos EUA.

REFLEXÃO SOCIOPROFISSIONAL EM TEMPOS DE PANDEMIA O desporto, as outras artes performativas e formas do ludismo motor são técnicas da corporalidade. Cada uma aborda, afeiçoa e cultiva o corpo de modo distinto, conforme a estrutura de exigências, capacidades e habilidades. Todas laboram no orgânico; porém visam para além dele, são exercícios de metafísica, anímicos, volitivos, civilizacionais e morais. Para tanto aplicam saberes de ramos científicos que têm o corpo como objeto, ou não fosse ele o suporte da humana existência. Servem diversos fins, tão extensa e plástica é a valia intrínseca. Também beneficiam (e, quando mal reguladas, prejudicam) a saúde; esta, embora seja ganho e apreciável mais-valia (tal como o leque de relevantes externalidades), não constitui causa e finalidade primeira. A condição física e a saúde sempre fizeram parte da ementa de objetivos da Educação Física e das práticas desportivas. Nas últimas décadas saltaram para o primeiro plano, devido à valoração da aparência e à pandemia da obesidade das crianças e adolescentes. Estes motivos geraram um cenário de ativismo e intervenção no corpo sem precedentes. Surgiu uma parafernália de máquinas e uma vasta rede de academias (e de empregos e negócios!), à margem das organizações tradicionais. A par dessa evolução, aconteceu a transformação do desporto e a multiplicação das suas instrumentalizações. Ele tornou-se plural na oferta, para corresponder à singularidade das razões da procura, às diferentes idades e condições. E os seus quadros passaram a atuar em terrenos antes estranhos e até hostis: hospitais, prisões, centros de assistência social, de reabilitação e inclusão, turismo, sistema de saúde, autarquias, etc. A evolução é extraordinária e testemunha o enorme potencial, imanente ao universo desportivo e lúdico. Mas, não há bela sem senão! A onda da ‘atividade física’ não pode dispensar a reflexão, sob pena de se converter em ativismo semelhante ao do rabo cortado da lagartixa que, no agir, se esgota. Uma reação sem a intenção conferente do nome de ‘ação’. Por isso, trago à colação algo que suscita inquietação. Anda por aí uma pretensão que me parece falha de rigor e visão. Qual é ela? A de chamar ‘Profissionais da Saúde’ aos diplomados pelas Faculdades de Desporto e Educação Física, cuidando que, assim, acresce o mérito e reconhecimento do ofício, na nossa sociedade doente e medicamentosa, que destrona a vida e venera a saúde como deusa suprema. Não sigo por essa via. ‘Profissionais da Saúde’ são os médicos, os enfermeiros e outros atores no setor hospitalar e afim, autores do ‘ato médico’, curativo e terapêutico. Não deito fora a riqueza intrínseca, nem abandono e entrego a outrem o ‘ato pedagógico’ (de ensino, de treino e orientação) no amplo campo das modalidades desportivo-lúdico-corporais, axiológica e culturalmente instituídas e consagradas. Sim, sou Professor de Desporto e de Educação Física! Estou ao serviço


da educação e formação ética e estética, gestual e comportamental da Pessoa, das emoções e expressões, da transcendência, exaltação, qualificação e realização do sentido da vida. Isto bastame e dá-me muito que fazer! PARA NÃO POUCOS DOCENTES UNIVERSITÁRIOS (E NÃO SÓ!) Conheço o meio. Imagino que muitos têm apreciado o teletrabalho e gostariam até que este vigorasse doravante. Os estudantes e o contacto físico com eles são um estorvo e uma maçada, roubam tempo para o fabrico em série dos luzidios ‘papers’. Os que assim sentem - e sentem-se bem! - estão mancomunados com o sistema que gerou a pandemia. Não entendem o que está em curso. O seu tão apreciado mundo ruiu. Nada voltará a ser como dantes. Aconteceu uma revolução igual à provocada por Nicolau Copérnico. Mas eles não a compreendem; almejam o regresso do passado. Aproveitem a quarentena para ler e meditar muito. Leiam o ‘Mandado de Despejo aos Mandarins do Mundo’, de Álvaro de Campos. Talvez os ajude a ver a podridão e a operar a completa modificação mental de que tanto necessitam. Acabou a depreciação das aulas. Os estudantes perceberam bem o sentido desta crise; vão exigir que elas sejam devidamente preparadas, empolgantes, estimuladoras do pensamento, eivadas de linguagem com elevação estética. Acabou a ‘competitividade’ assassina da ‘comunidade’ fundada na amizade, na autenticidade, na camaradagem, na convivialidade, na decência, na franqueza e partilha. Acabaram as linhas de investigação irrelevantes para a nova era que quer florescer. Acabaram os concursos valorativos da quantidade dos ‘papers’, sem filtrar a qualidade e penalizar a falta dela. Acabou o produtivismo estéril. Acabou o eldorado em que demasiados nunca foram Professores, atiraram para o caixote do lixo o dever de aprimorar a sua formação cultural, espiritual, humana e intelectual e se armaram em investigadores, sem dar nenhum contributo essencial para a Ciência. Isso não conta mais para o futuro que já começou. Uma Nova Universidade e um Novo Tempo precisam de gente com alma, coração e olhos capazes de sonhar e antecipar horizontes iluminados pelo sol e luar da Humanidade. Mandado de despejo aos mandarins do mundo Publicado em 28/07/2016 Em resposta a um funcionário público de destacada carreira que pode fazer o país parar, que declarou, por escrito, no Blog do Vicente, que sua classe tem que ser respeitada como “autoridade de Estado e não como RELES servidores”, um leitor desse Blog, IGUALMENTE servidor, após denunciar a arrogância corporativa, pediu que esta jornalista publicasse, com o título acima, o seguinte poema: Ultimatum Fora tu, reles esnobe plebeu E fora tu, imperialista das sucatas, charlatão da sinceridade e tu, da juba socialista, e tu, qualquer outro Ultimatum a todos eles e a todos que sejam como eles, todos. Monte de tijolos com pretensões a casa inútil luxo, megalomania triunfante e tu, Brasil, blague de Pedro Álvares Cabral que nem te queria descobrir


Ultimatum a vós que confundis o humano com o popular, que confundis tudo! Vós, anarquistas deveras sinceros socialistas a invocar a sua qualidade de trabalhadores para quererem deixar de trabalhar. Sim, todos vós que representais o mundo, homens altos, passai por baixo do meu desprezo. Passai aristocratas de tanga de ouro, passai frouxos. Passai radicais do pouco! Quem acredita neles? Mandem tudo isso para casa descascar batatas simbólicas fechem-me isso tudo a chave e deitem a chave fora. Sufoco de ter somente isso à minha volta. Deixem-me respirar! Abram todas as janelas Abram mais janelas do que todas as janelas que há no mundo. Nenhuma idéia grande, nenhuma corrente política que soe a uma idéia grão! E o mundo quer a inteligência nova, a sensibilidade nova. O mundo tem sede de que se crie. O que aí está a apodrecer a vida, quando muito, é estrume para o futuro. O que aí está não pode durar porque não é nada. Eu, da raça dos navegadores, afirmo que não pode durar! Eu, da raça dos descobridores, desprezo o que seja menos que descobrir um novo mundo. Proclamo isso bem alto, braços erguidos, fitando o Atlântico e saudando abstratamente o infinito. Álvaro de Campos – 1917


Extraindo histรณrias com o faraรณ

RAMSSES DE SOUSA SILVA


Ramssés De Souza Silva para Genealogia Maranhense (História, Genética e Nobiliarquia)

"VAVÁ" BRAGA, DOS BRAGA DE GUIMARÃES-MA.

Vavá - um homem além do seu tempo !!

Walter Magalhães Braga, o Vavá Braga. Nasceu no sítio do munduril, Rabeca. Filho de Ezequiel Braga e Filoquinha Magalhães. Era o mágico e o “médico” mais famoso da época na nossa região, formou-se em técnico agrícola na cidade de Lorena - SP, dotado de vasto conhecimento em muitas áreas, como a medicina natural, ilusionismo, mágico , caçador, Mecânico, lutas marciais. Foi o que chamamos, um homem além de seu tempo. Foi o primeiro prefeito de cedral, sendo nomeado prefeito interino até ser realizada a primeira eleição para escolha do prefeito daquele novel município . Aqui vou escrever muitas de suas histórias. O homem que fazia dinheiro de papel e folha de mato; que quebrava uma pedra com copo de vidro ; que adivinhava; que lutava jiu jitsu ; que fazia mágicas incríveis; que salvou muitas vidas ! Os mais antigos foram testemunhas desse ser iluminado que passou aqui entre nós ! Texto: Luís Henrique Diniz Fonseca


Ramssés De Souza Silva para Genealogia Maranhense (História, Genética e Nobiliarquia)

HEITOR CORRÊA GUTERRES, DO FAMOSO CLÃ DOS "GUTERRES" DE ALCÂNTARA.

Foi tenente-coronel em Alcântara no final do séc. XIX.


Pai de Conceição Botelho Guterres, nascida em 1904.



Ramssés De Souza Silva para Genealogia Maranhense (História, Genética e Nobiliarquia)

OS "DAVENPORT" DE SÃO LUÍS. Este ramo tem origem em Edward Arthur Davenport, inglês que veio para o Maranhão chefiar a agência Western, do Cabo Telegráfico Submarino e aqui se estabeleceu definitivamente, deixando grande descendência. Faleceu em São Luís em 06/03/1901. Descendem deste pioneiro os amigos Rossini Davemport e Jonathan Davemport.


ALGUNS ANTIGOS SÍTIOS DA ILHA DE SÃO LUÍS, A QUEM PERTENCERAM E O QUE SÃO HOJE: ✓ Sítio Pedreira - Ana Jansen: Bairros São Francisco e Renascença I ✓ Sítio Itamacaca - Ana Jansen: Bairro da Liberdade ✓ Sítio Barreto - José Maria Barreto (Barão de Anajatuba): Bairro do Barreto ✓ Sítio Bom Gosto - Manoel Antônio de Carvalho e Oliveira Sobrinho: Hospital Sarah Kubitschek ✓ Quinta das Laranjeiras - José Gonçalves da Silva (o Barateiro): Bairro do Apicum ✓ Sítio Cavaco - Manoel Marques Pinheiro: Bairro de Fátima ✓ Quinta do Bessa - Amaranto Bessa: Vila Bessa ✓ Sítio Veneza - Dr. Silva Maia / Francisco de Paula Gomes: Blitz Urbana ✓ Sítio Paraíso - Luís Manoel Fernandes: Conjunto Alto Paraíso (Alemanha) ✓ Sítio Itapicurahyba - vários sítios conjugados: Bairro do Anjo da Guarda ✓ Sítio Tamancão - Domingos José Maia: Bairro Alto da Esperança ✓ Quinta da Vitória - Sousândrade: Porto do Jenipapeiro ✓ Sítio Britânia - Edmund Compton: área contígua ao Hospital Psiquiátrico Nina Rodrigues ✓ Sítio Cutim do Padre - vários sítios conjugados: Bairros do Cutim e Santa Cruz ✓ Sítio Batatan - Manoel Pedro de Almeida: Reserva do Batatã ✓ Sítio Arapapahy - Victorino José Rodrigues: Povoado Arapapaí ✓ Sítio Tajaçuaba - Sérgio Antônio Vieira: Povoado Tajaçuaba Pesquisa: Ramssés Silva Fonte: Hemeroteca Digital


CAMINHOS ANTIGOS Sempre quando ando pelas ruas dos bairros mais periféricos de São Luís, observo bastante a topografia e o processo de ocupação. Conversando com amigos pesquisadores e checando fontes primárias, traçamos hipóteses sobre algumas ruas, que pouca gente sabe que são antiquíssimas, mesmo em bairros de urbanização recente. - Rua das Paparaúbas fazia parte da Feitoria francesa e era a trilha que ligava o Igarapé da Jansen ao Forte do Sardinha; - Estrada Velha do Vinhais, por trás do "Luzitana Shopping" e La Belle Park possivelmente servia de ligação do Vinhais Velho ao Turu Grande; - A Rua da Vitória era a trilha que, provavelmente, ligava o antigo Sítio Santana (atual Parque Vitória) ao Angelim Velho e ao Vinhais Velho, via Rua Boa Esperança, cortando o antigo Caminho do Olho D'água (atual Av. São Luís Rei de França); - Estrada do Itapiracó, atual Rua Joaquim Mochel, existe desde o início dos 1700, tangenciando a Sesmaria do Itapiracó, indo do Cohabiano até o Parque Vitória; - A minha rua, Rua do Desterro no Turu existe há, pelo menos, cem anos e ligava a Estrada do Itapiracó ao Cemitério do Turu; - A Rua Pai Inácio ligava o Sítio Santana ao antigo Turuzinho, à Estrada do Miritiua, até chegar à Estrada Velha da Raposa, atual MA-204; - A Av. Santos Dumont era uma antiga estrada pertencente ao Sítio Cutim do Padre, ligando o Anil à Santa Bárbara, que também pertencia ao Sítio; - A Estrada de Ribamar, atual MA-202, era uma antiga trilha indígena, transformada em estrada carroçal, que ligava o Anil ao São José Lugar dos Índios e, através de bifurcação na altura da Forquilha (talvez daí o nome), transformava-se em Estrada da Maioba, que também já existia como fazenda desde o Período Colonial. Há outras tantas ruas fora do centro histórico de São Luís de muita importância histórica. Você sabe de mais alguma?


O DILEMA DE SILVA MAIA

A politicagem sempre atrapalhou o combate às epidemias. O Dr. José da Silva Maia (1811-1893), alcantarense, formado em medicina pela Universidade de Paris, foi o nosso primeiro e, talvez, o mais genial sanitarista do Maranhão. Conseguiu isolar a Província na primeira metade do séc. XIX e evitar que a Febre Amarela e a Varíola se alastrassem, através de rígidos protocolos de isolamento, desinfecção e quarentena. Logo apareceram os perseguidores, politizando a questão e, não coincidentemente, pouco tempo depois da sua saída da saúde pública da Província, explodiram os casos dessas doenças ao ponto dos mortos serem sepultados extramuro dos cemitérios, pois não havia lugar para sepultar mais ninguém!


ÁREA ITAQUI-BACANGA, HÁ 200 ANOS Pesquisa de Flaviomiro Mendonça.

"Existem diferentes formas de representar o espaço geográfico. Uma alternativa é por meio de um mapa, pois é uma representação dos elementos que compõem determinado lugar, com uma série de informações que nos ajuda a compreender melhor o mundo em que vivemos. Um mapa histórico nos faz viajar no tempo, como esse que vos apresentamos, o MAPA DE SÃO LUIZ DO MARANHÃO, de 1820, levantado por Antônio Bernardino Pereira do Lago, coronel do Real Corpo de Engenheiros, feito apenas dois anos antes da Independência do Brasil. Fizemos um recorte da área que seria hoje o Itaqui-Bacanga, na tentativa de fazer uma releitura mais próxima possível da realidade do espaço geográfico do século vigente. Levamos em consideração que alguns lugares citados ainda perduram os mesmos nomes de dois séculos atrás. Quatro ilhas são representadas no mapa: a Ilha do Medo (em frente a Praia do Amor), a Ilha das Pombas (a ilhota acoplada a ilha citada anteriormente), as Ilhas Duas Irmãs e a Ilha Carapirá (aquela ilhota em frente ao Porto do Itaqui), todas elas na área do temido Canal do Boqueirão. Quanto às pontas, somente duas são citadas: a do Itaqui (hoje porto) e da do Aguiar (entre a Praia do Amor e o Terminal Hidroviário). Uma das pontas não citadas é a da Guia, somente o nome Nossa Senhora da Guia, referência à Ermida de Nossa Senhora da Guia (protetora dos navegantes), que atualmente encontra-se em ruinas, datada de 1616, uma das primeiras construções religiosas do Maranhão. Bonfim, também é outra ponta não citada como tal, que era uma propriedade dos carmelitas. Aliás, esses frades já foram proprietários de boa parte da área Itaqui-Bacanga, incluindo o sítio Tapicuraíba, onde está assentado o bairro do Anjo da Guarda. Outro sítio citado é o Tamancão, de conhecimento da maioria da população, que funcionou como fábrica de beneficiamento de arroz, com moinho de maré. Também, destaca-se o Sá Viana, que possuía outra soque de arroz, com seu moinho de vento. Dois lugares com a mesma denominação chama-nos muita atenção: Salgado. Será que eram salinas? Precisamos aprofundar-nos no assunto! É só uma especulação!


Quanto aos igarapés (palavra de origem tupi, cujo significado é caminho de canoa), são citados o Itapicuraíba e o do Gapara. Às margens deste último, aponta para a existência de uma olaria, que em épocas distintas foi um Sambaqui e, posteriormente, uma aldeia tupinambá. Próximo ao Itaqui, percebemos um lugar chamado Tira-pedra, possivelmente uma pedreira. Encontramos uma referência muito curiosa, as Terras do Coronel Isidoro, primeiro marido da Ana Jansen, onde estão assentados a Vila São Luís, Mauro Fecury II, São Raimundo, Vila Ariri e parte do Alto da Esperança. Por fim, há apontamentos sobre antigos caminhos por terra que interligavam várias localidades, além daquelas feitas pelos igarapés e por via marítima. A exemplo, podemos citar o trecho ligando o Sitio Tapicuraíba até as Terras do Coronel Isidoro, possivelmente, caminho que deu origem à Avenida Mocambique, a principal do Anjo da Guarda. Por Flaviomiro Silva Mendonça – Historiador da ALEART (ACADEMIA DE LETRAS, CIÊNCIAS, ARTES E SABERES CULTURAIS DA ÁREA ITAQUI-BACANGA).


SOBRE LITERATURA & lITERATOS


Conversas Vadias / Documentos Maranhenses

SOUSÂNDRADE, O PRÓPRIO GUESA FERNANDO BRAGA Publicado no “CB Revista – Caderno 3”, do Correio Braziliense, 5 de setembro de 1982; In ‘Conversas Vadias’ [Toda prosa], antologia de tetos do autor; Joaquim de Sousa Andrade [Sousândrade] nasceu em Guimarães [MA], a 9 de julho de 1812, e faleceu em São Luís, a 21 de abril de 1902. Ao contrário de seus contemporâneos não foi a Coimbra ou a Olinda buscar o seu título universitário: conquistou-o em Paris, formando-se em Engenharia de Minas e em Letras, pela Universidade de Paris - Sorbonne. É, talvez, por isso, se não mesmo pela originalidade extravagante de sua personalidade, que escapou à formação coimbrã, costume do grupo que integrou no tempo; foi um poeta diferente, estranho e revolucionário em sua arte, que desponta como o mais remoto precursor do modernismo e ainda hoje um desafio marcante à teoria literária. Sousândrade foi o primeiro Intendente de São Luís, após a Proclamação da República, cuja administração dedicou à educação e à reforma urbanística da cidade. Foi professor de grego no antigo Liceu Maranhense, idealizou com sua tendência progressista, a instalação, em São Luís, da primeira universidade brasileira – a da Atlântida – posteriormente denominada de Nova Atenas, não vingando por causa de baixos níveis políticos. Sousândrade foi ainda o autor do desenho da bandeira maranhense, em cujas cores branca, vermelha e preta, quis significar a fusão da raça brasileira. É patrono da cadeira nº 18 da Academia Maranhense de Letras e colaborou com o pseudônimo de Conrado Rotenski em ‘A Casca da Caneleira’ [São Luís, 1866 – romance por uma dúzia de esperança], escrito juntamente com Trajano Galvão, Gentil Homem de Almeida Braga, Dias Carneiro e Joaquim Serra, todos integrantes do ‘Grupo Maranhense’. Esse romance fora escrito no mirante do ‘Palais Porcelaine’, solar erguido na Rua Grande, esquina com Rua do Passeio, precisamente no Canto da Viração, que era a morada de Gentil Homem de Almeida Braga. Este poeta, até pela aglutinação de seu nome [Sousândrade], é um esteta intemporal, mergulhado universalmente no sintático e no lexical, completamente novo e original, arredio dos cânones [românticos] de seus contemporâneos, codificados nos fins do século passado. Uma presença conflitante de sua própria superação perante a historicidade da literatura em crise, a qual presenciou e sofreu suas diversas mutilações. Depois de chegar da Europa, para onde foi por favores de amigos, depois de negada ajuda pelo Imperador Pedro II [onde na Inglaterra criticou a monarquia sendo aconselhado a sair] se aventurou em viagem pelo Amazonas, contornando os Andes e rumando para os Estados Unidos, m 1871, levando em sua companhia a filha Maria Bárbara, cuja educação acompanhou até 1885, no ‘Sacre-Coeur’, quando então regressou ao Maranhão. Nessa peregrinação nasceu o seu famoso ‘Guerra errante’, fruto do testemunho de um mundo capitalista – que despertava em plena ascensão industrial em Nova Iorque – com seus escândalos financeiros e políticos, a fermentar toda a ‘Walt Street’ [integrantes do Canto X do Guesa – Inferno de que nos fala Augusto e Haroldo de Campos. Ed. Invenção, São Paulo, 1964], bem como o arcabouço de uma democracia fundada no dinheiro e às expensas das misérias da competição desenfreada. O autor também de ‘Harpas Selvagens’, Rio, 1857, Impressos, São Luís [2 vols.], 1978-9; ‘Eólias’, incluído em ‘Obras Poéticas’ [1º tomo], Nova Iorque, 1874, e ‘Novo Edem’, São Luís, 1888-9, sem pertencer à escola satânica, ou ao modismo de Byron, tem muito do ‘Lord Peregrino’ em seus contos magoados, apondo-se, ainda, à frente na exemplificação de normas de conduta e de dignidade, e crendo que todo o poeta, sob pena de escravidão e morte, deve ser o que ele é não


o que aconselham para ser, porque o templo da liberdade, quando profanado, converte-se em túmulo de loucura, como justiceiramente asseverava. Sousândrade foi o primeiro no Brasil, a inaugurar uma estética modernista. Sua contribuição à poesia, como em período revolucionário, reside fundamentalmente, segundo o enfoque crítico de Alfredo Bosi, nos processos de composição: arquitetura dos sons ao plurilinguístico; no manejo verbal à montagem sintática, surpreendendo a forma – com a resolução – no entendimento de Hegel, ou a forma tão necessária à poesia como ideia ou, ainda, como diz Roland Barthes [in Le degré zéro de l’écriture, Paris, 1972] uma forma com os indicadores do escândalo, porque esplêndida ela é fora de moda; anárquica, ela é antissocial; uma forma que em si mesma seja a própria solidão. ‘O Guesa errante” [poema pan-americanista e autobiográfico de 13 cantos] foi editado em Nova Iorque, em 1876 e em Londres, possivelmente em 1888, publicados em etapas como o fez Byron com ‘Dom Juan’ e Goethe com ‘O Fausto’. Esta narrativa épica é original e onomatopaica, e seu universo surgiu de um poema delineado pelo molde de Chiuld Harold, na gênese de uma lenda da Colúmbia, narrada por Ferdinand Denis, ficando o poeta a imagem da romaria de um índio destinado a morrer no Templo do Sol. O Guesa desce os Andes, se esquece de seu “alterego”, convive com os selvagens engole o grande rio; e o poeta se incorpora em seu próprio protagonista, e com sua natureza a emprestar, com sangue, o seu sofrimento mais íntimo ao índio viageiro, parafraseando o comentário de Frederick G. Williams e Jomar Moraes, estudiosos da obra sousadradina. Cabe aqui lembrar – como Stendhal – o que premonizou Sousândrade: “Ouvi dizer já por duas vezes, que ‘O Guesa errante’ será lido cinquenta anos depois; entristeci – decepção de quem escreve cinquenta anos antes”. E isso se fez verdade porque só agora a crítica de vanguarda está tentando, ao descobri-lo, fazer-lhe a merecida e árdua interpretação, já que o poeta tem sido, no estrangeiro, objeto de estudos e pesquisas para tese de doutoramento em diversas universidades, por ter sido na Europa e nos Estados Unidos que mais intensificou a sua criação, mas carecendo, entre nós, e depressa, de uma atenção mais densa e acuidade, porque crendo como Píndaro “os gênios nascem e não se fazem”. É-nos devido dizer, ao finalizar, que Sousândrade é o núcleo de seu próprio itinerário, de seu próprio roteiro. É em seu viajar o próprio universo dos fatos e a própria represa mítica da palavra. É ele o poeta que cunhou a sua própria metáfora de vida [estou na pedra!] quando de pedra necessitava para viver, arrancando-a e vendendo-a em sua Quinta Vitória, em São Luís, para comprar o pão de cada dia. É ele, Sousândrade – esse poeta extraordinário – o próprio Guesa. ---------------------------------* Ilustração: ‘Soamar homenageia o poeta maranhense Sousândrade.


CONTAR HISTÓRIAS CERES COSTA FERNANDES Na cola de Aristóteles, diremos que o homem é um animal que gosta de ouvir e contar histórias. Mais de ouvir que de contar. Gosto instalado na própria gênese do homem – no princípio não era o verbo? – que permanece nos agitados dias da era da virtualidade. E essas histórias, do homo sapiens ao “habitante” do ciberespaço, sempre foram transmitidas ou recebidas de acordo com a evolução ou involução do ser humano, como queiram. É o xamã a verbalizar, à roda do fogo, os medos e perplexidades do homem primitivo na aprendizagem do mundo menino, interpretando aqueles que seriam os mitos fundadores; é Sherazade, precursora das novelas televisivas, acalmando a fúria do califa, noite após noite, com suas mil e uma histórias sem fim, sedutora, cuidando de deixar sempre um “gancho” a puxar o próximo episódio; é Gil Vicente, irrompendo na alcova da rainha D. Maria de Castela, que acabara de parir, a declamar o Monólogo do Vaqueiro; é o rádio, narrador do éter, magnetizando os lares brasileiros com os capítulos de O Direito de Nascer; é a televisão, acompanhada da Internet, substituta do rádio na missão de suprir de fantasia o cotidiano de pessoas comuns transmudadas virtualmente, nos minutos frente à telinha, em seres belos, famosos, milionários, vingadores ou protagonistas de uma grande paixão. Em todos esses modos de transmitir histórias, o permanente é o fascínio de algumas narrativas, sejam elas conto, novela, romance, drama ou um simples causo, Grande conhecedor de narrativas e modos de narrar, Walter Benjamin diz: Ela (a narrativa) não está interessada em transmitir o “puro em si” da coisa narrada como uma informação ou um relatório. Ela mergulha a coisa na vida do narrador para em seguida retirá-la dele. Assim se imprime na narrativa a marca do narrador como a mão do oleiro na argila do vaso. E as histórias preferidas são aquelas que mais se aproximam da realidade, o “saber de experiências feito”. A credibilidade, a assegurar o pacto entre narrador e ouvinte, emana do vivido. E continuamos com Benjamin para quem os pais da narrativa são o marinheiro mercantil e o camponês sedentário: quem viaja tem muito o que contar, as terras e costumes exóticos vistos, as aventuras experimentadas; também possui a credibilidade do narrar aquele que sempre viveu e trabalhou na sua própria terra e a conhece profundamente. Desses dois tipos arcaicos derivam todas as famílias de narradores. Os que escrevem sobre sonhos, utopias ou projetam suas histórias no futuro são da família dos viajantes, assim como os autores dos romances de aprendizagem ou de reminiscências juntam-se aos do conhecimento da terra e de seus costumes. O transcendental e o telúrico. Essas famílias não são isoladas, misturam-se e interpenetram-se. E nessa fusão, as narrativas de maior agrado são as que, embora dêem vida a personagens quase de contos de fadas - milionários, aristocratas, nobres - os fazem viver os sentimentos e as fraquezas comuns a todos nós. A identificação com o personagem propicia a catarse e a satisfação do leitor, daí o sucesso de alguns romances. A leitura dos romances, desde as Canções de Gesta, avoengas desse gênero, começa de modo igual às novelas televisivas: por capítulos, e com um leitor para cada grupo de ouvintes. Com a popularização dos livros impressos, no Romantismo, o ato de ler tornou-se solitário. A partir daí, os livros gozam do apogeu de sua popularidade até o século XX, quando os vemos ser substituídos, aos poucos, pelo rádio, cinema e televisão, computador ou celular. Nós, os amantes do velho livro impresso (incluindo aí os e-books), temos que nos conformar. Não poderia ser de outro modo. A lei suprema que rege a história da humanidade, a Lei do Menor Esforço, decide pelo homem. Do esforço da mente para imaginar a feição, a voz dos personagens, a cor, o som e o movimento dos cenários, exigidos na leitura de um livro, à facilitação do entendimento do ouvinte do rádio, embalado pela suavidade de uma voz narrando, de maneira simples, alternando-se com outras vozes, marcando a característica de cada ator, ao pronto atendimento de quase todos os sentidos com a visualização das imagens sonoras e em movimento de um filme, com quem ficaria um servo dessa Lei?


E para coroar tudo, temos a TV, a Web: cinema, show e teatro dentro de casa, que nos poupa o raciocínio e requer um desgaste cerebral mínimo. E mais, as histórias televisivas nos são contadas no aconchego da nossa cama, como as histórias de ninar da infância. Como pode um simples livro resistir a tudo isso?


A BELEZA COMOVE CERES COSTA FERNANDES

Que beleza (feminina) é fundamental não é nenhuma novidade, já dizia Vinicius de Morais, o poetinha, e todo Brasil aplaudia. A beleza encanta, comove, seduz, entusiasma, sei lá mais o quê. E, se formos buscar reforço para essa assertiva, descobriremos que ela é antiga como a existência do ser humano. Só variam os padrões. Nos papiros, nas tabuinhas de escrita cuneiforme, nas paredes dos túmulos e templos, vamos encontrar inúmeros exemplos de louvor à beleza feminina. E antes mesmo da escrita, recuando ainda mais nas brenhas dos tempos, lá está – quem não a conhece? – a rudimentar escultura da Vênus de Willendorf, cuja opulência de formas evidencia a identificação da beleza feminina com a fecundidade. No terreno da beleza feminina sedutora e encantatória, a Bíblia é imbatível. É também vasta e curiosa a relação das histórias bíblicas em que a beleza feminina está relacionada ao perigo. Não fosse o cristianismo a religião dos grandes santos que foram tentados por mulheres e súcubos e delas escaparam ilesos e castos. Nesse rol de belas fatais ou não, temos a casta Suzana, Jezabel, a grã-prostituta , Betsabá, que tirou Davi do sério, Sulamita, a dos seios como dois cabritinhos, Judite, guerreira, Dalila, a insidiosa traidora, a mulher de Putifar, que nem citamos o nome e Ester, a bela. Acho que basta. De Ester, podemos dizer que se trata de uma heroína mais light, do bem. Ao contrário das que usaram as suas graças para perder os homens, ela as usou para salvar seu povo. A preocupação de Ester em apresentar-se bela mesmo ante um perigo de morte é uma lição precisa de como a beleza induz à comoção e à simpatia. Querendo ganhar, para os judeus, a compaixão do terrível rei dos persas, Assuero (o histórico Xerxes), ela ousou apresentar-se ao monarca sem ser por ele chamada. Terrível infração a ser punida com a morte imediata do infrator. A sua arma e defesa é a extrema formosura ressaltada por uma produção impecável. A Bíblia nos diz: “no dia terceiro deixou ela os vestidos em que ia e adornou-se com os de sua glória. E brilhando nesse traje real [...] banhado seu rosto em uma viva cor de rosa, e com os olhos engraçados e brilhantes, ocultava a tristeza do seu coração, penetrado de um vivo temor...” e lá se foi. O resultado é previsível, Assuero, comovido com tanta beleza, capitulou. Lembro aqui de duas respeitáveis matronas, pertencentes à nobreza falida ludovicense, num tempo em que os bancos não se assemelhavam a agiotas, que não sei se inspiradas, ou não, em Ester, vestiam seus melhores vestidos e adornavam-se com as joias restantes quando necessitavam pedir dinheiro emprestado para manter o status familiar. Sabiam que a pobreza associada à feiura, longe de despertar simpatia afasta as pessoas e benefícios. Ponham-se a observar crianças de rua em sinais de trânsito, logo constatarão que as bonitinhas ganham mais moedas que as outras. Quando há infanticídio ou feminicídio, lamentamos mais as vítima bonitas. Coitada, tão nova, tão bonita... Crueldade? É a lei do mundo. É, meus amigos, especialmente minhas amigas, já que estamos cientes que a beleza comove, façamos sempre como Ester: nunca adentremos um campo de batalha sem cuidar eficientemente da beauté. Mas, por favor, não façamos como uma conhecida senhora que, ao tentar flagrar o marido com uma amiga da onça, colocou um aplique nos cabelos para melhor parecer e, só no retorno ao sacrossanto lar, ao ver a sua patética figura ao espelho, percebeu que enfrentara toda a discussão com os traidores com o aplique torto. O estrupício desprendeu-se e ficou de banda. Agora entendia o olhar maroto daquela messalina.


ERA UMA VEZ UMA CASA CERES COSTA FERNANDES Era uma vez uma casa que ficava em uma rua estreita no Centro da antiga e provinciana cidade. Uma antiga "morada inteira" do tempo da colonização portuguesa. Quem passava na rua estreita nem desconfiava do mundo de mistérios e encantamentos que aquela simples construção encobria e só revelava aos seus moradores, melhor dizendo, aos moradores pequeninos, gente que ainda não perdeu o dom da comunicação com os mundos paralelos e seus habitantes e sabe interpretar desejos e mensagens de seres inanimados. Na casa imensa - quem sabe em proporção ao tamanho das crianças – era fácil viver-se em épocas e espaços diversos com a simples mudança de um cômodo para outro. Podia-se retornar ao passado, ou enveredar por lugares distantes, apenas transpondo uma cancela. De repente, me ocorre que Einstein certamente teve uma casa de avó semelhante a essa, e daí – quem sabe? - pode ter surgido a inspiração para a teoria da relatividade. Já perceberam que se tratava uma casa de avó, feita para os netos, evidentemente. Além das crianças e de uma avó pequenina e valente, havia na casa um avô sisudo e tranquilo e várias tias diligentes e alegres. O passado acontecia na água-furtada (quartinho pegado ao mirante, cuja janela abria-se sobre o telhado). Como? A casa tinha mirante? Claro, logo a condição especial requerida para as casas mágicas... Pois é, tinha mirante - aquele quarto que fica em cima das casas e serve para olhar o mar -, e, é bom deixar claro, que lá se encontrava um daqueles portais do tempo que todos sabem. Chegar ao mirante não era fácil, havia que driblar os adultos - melhor na hora do cochilo depois do almoço - e, em meio a psius, abrir a cancelinha da escada de acesso e subir. Já na água- furtada, num ambiente surreal iluminado por raios de sol intrometidos pelas frestas das telhas, nos quais a poeira levantada semeava lantejoulas, as crianças abriam os baús. As meninas adornavam-se com xales franjados, vestidos de seda e antigos chapéus de palha italiana enfeitados com tules e flores de pano amassadas. Os meninos envergavam paletós fouveiros e botas gastas. Havia até algo parecido com um uniforme militar, de algum antepassado não nomeado – a família não tinha tradição no ramo: do lado da brava avó, eram metidos a revolucionários; do lado do tranqüilo avô, eram metidos a juristas. Então, em algum salão de castelo do passado, começava a festa. Um duque, metido em imensas botas e com o paletó arrastando pelo chão, fazia salamaleques: A Sra. condessa aceita um picolé de morango? Não? Um cachinho de pitombas, então? Idiota, você não sabe que as condessas só tomam chá? Enjoada. Então não gosto de condessas. Pronto. Trocadas as roupas, de volta ao presente, era chegado o momento máximo: o de transpor a janelinha da água-furtada e alcançar o telhado. De pé sobre as telhas, coraçãozinho pulando, vento no peito e nos cabelos, podiam ver o mar e voar como Peter Pan. Eu sou Wendy, E eu sou Peter Pan. Não, você é o Capitão Gancho, Repete isso e eu te empurro lá em baixo. Como era moda, ou talvez já até tivesse passado a moda - que a avó não era de dar bolas para modas - as paredes da casa ostentavam pinturas de guirlandas de flores na sala de visitas e nos quartos. As paredes da sala de jantar, chamada de varanda, como é de costume nas casas antigas maranhenses, eram cercadas de inusitados afrescos pintados por uma tia que estudou na Escola de Belas Artes. Eram desmaiadas paisagens marítimas de barcos azuis, sobre o mar azul e ao longe um céu azul. Deve ter sido a "fase azul" da tia pintora. As outras tias, jovens e alegres, não pintavam, mas tinham o curioso hábito de escrever em cadernos escolares, com a letra bem caprichada, dezenas de letras de música (em castelhano) e de recortar e colar em pesados álbuns retratos de artistas de cinema tirados das revistas que viviam a folhear.


Dentre as crianças, a mais velha era uma menina de uns oito anos, dirigente dos brinquedos, pela sua própria condição de mais velha e pela familiaridade que tinha com os seres do mundo mágico. Dos meninos destacava-se um que tinha poderes para fazer os outros desaparecerem: quando se aborrecia com alguém, simplesmente fechava os olhos, fazia uns gestos mágicos e dizia: “desaparece”. Deve-se dizer que isso nem sempre fazia efeito e ele ficava muito zangado, mas, sendo ele o predileto do poderoso avô, alguns habitantes da casa colaboravam a contragosto, e a mágica acabava acontecendo. A menina aprendeu essa mágica muito bem. Para comprovar o que dizemos, ela, quando ficou adulta, livrou-se de muita gente má ou mesmo apenas chata, com esse truque. É bem verdade que as pessoas, mesmo após a mágica, continuavam ali, mas a vantagem é que ela não mais as via. E havia a maravilha da casa: uma pintura gigante (não sei se da autoria da mesma tia), que tomava toda a alta parede do fundo do corredor ao lado da cozinha. Representava uma fazenda, com árvores, flores, e uma estrada que começava numa cancela à frente da pintura e se perdia em curvas no horizonte. O quadro, visto da porta de entrada, parecia tão real, que visitas diziam ao avô: Bela quinta o Dr. tem aqui. A menina, quando se pilhava sozinha, penetrava na pintura, abria a cancela e caminhava serelepe pela estrada. Perguntava, curiosa, aos moradores dos campos e das casinhas: De quem são estas terras? Do Marquês de Carabás, respondiam invariavelmente. Ela ansiava por saber o que havia no final do caminho. Só que a estradinha parecia não ter fim, sempre serpenteando mais além, e quando ela vislumbrava o que talvez fosse o final, lá, alguém de dentro da casa a chamava e tinha que voltar depressa ao corredor. Onde você estava, menina? Aqui, na cozinha. Respondia, com cara de pau. Passou o tempo, os avós morreram, os primos se dispersaram, as diligentes tias casaram e foram ensinar aos filhos como copiar letras de música em belos cadernos e fazer álbuns de artistas de cinema. A casa foi vendida e o novo dono, não muito chegado às artes, mandou pintar todas as paredes de creme, inclusive a do fundo do corredor. A menina cresceu, mas guardou um hábito de que não consegue desfazer-se: quando anda pelas terras do Marquês de Carabás (como há marqueses de Carabás, no mundo!) vive à procura de caminhos que serpenteiam entre árvores e parecem nunca acabar. E digo a vocês, ela já gastou mais de um sapato de ferro e ainda não encontrou o fim de nenhum deles.


TRAIÇÕES DA MEMÓRIA CERES COSTA FERNANDES ( Em tempos de COVID 19 e ‘Pega Velho”) Decididamente não tenho memória de político, confundo nomes e rostos, ascendências e descendências, lugares de origem e postos ocupados no passado ou no presente, esqueço ou troco datas importantes e outras coisas mais. Isso me tem proporcionado poucas e boas gafes e dissabores com pessoas queridas. De tanto mandar lembranças a cônjuges separados, a pais e mães mortos há um tempão, decidi parar com essas delicadezas que, lhes afirmo, daria um livro de anedotas. Descobrir que não estou só nesse emaranhado de dúvidas de reconhecimento e deslembranças afasta um tanto a suspeita de que estou ficando louca ou esclerosada – pessoas amigas solidarizam-se comigo dizendo sofrer de mal semelhante –, além de o samba do crioulo doido acontecer desde a minha juventude, até onde me lembro. Portanto não se trata também de esclerose. Tenho a meu favor, se isso justifica a desmemória, ter sido professora longos anos em várias instituições, conhecendo novos rostos de alunos todos os semestres; ter ocupado cargos de chefia nas áreas de educação e de saúde, lidando diariamente com dezenas de profissionais; estar ligada a um projeto atuante em muitos municípios, o que implica em relacionamento rápido com gerentes, prefeitos, diretores de escolas, afora os envolvidos no próprio projeto. Sobrecarga na memória? E os políticos, com quantos interagem? Não consola. Queria era ter mesmo a memória (só a memória) de político. Quero fazer uma tímida defesa de mim mesma: não esqueço talhes e fisionomias – mesmo sem os relacionar, por vezes, com os devidos nomes e lugares –, e, frequentemente – considero uma qualidade – os cristalizo. Explico: é quando encontro pessoas que, pela idade, gordura excessiva, doença, dissabores da vida, perderam o viço, a beleza, a força, enfim as qualidades que os caracterizavam na força da idade, entrevejo sob a falsa capa, não o velho, o gordo, o fraco, o doente, mas sim a pessoa no seu apogeu. Se não os conheci nessa fase áurea, lembro coisas ditas a seu respeito e recrio os semblantes. Estava uma vez com uma amiga de certa idade, encantadora, de mente inteligente e aberta, elegante e, apesar da idade, ainda com grande vigor. Vindas de um almoço, onde ela me brindou com uma excelente conversa, pegamos um táxi. Ela desceu primeiro e eu prossegui. Chegando ao meu destino, percebi a falta de uma sacola, e o motorista sugeriu: não teria descido com a “velhinha”? Tomei um choque. Era assim que ele a via? Não percebera, pela nossa conversa, a centelha interior que a iluminava? E pensei este é um homem sem olhos de ver. Pois é. Digo sempre que as pessoas não deveriam envelhecer, deveriam morrer aos cem anos sem nenhuma decadência física, inteirinhos. E quando chegasse próximo ao grande dia, os contornos corporais das pessoas iriam esmaecendo lentamente, dando tempo a família para se acostumar, até desaparecerem por completo, sem traumas ou dores. A nossa sociedade descarta os velhos. Não só na critica ao seu aspecto físico – como se os jovens de hoje fossem eternos protótipos de Peter Pan –, mas no desrespeito às suas idéias “ultrapassadas”. Temendo a discriminação e o descrédito, as pessoas disfarçam o envelhecimento: políticos pintam os cabelos, raspam os bigodes, fazem plásticas – os eleitores não confiam em velhos; mulheres temem perder namorados e maridos, e assim torturam-se em clinicas de estética e academias, passam fome e fazem liftings – afinal, o corpo é supervalorizado e é preciso competir com os modelos de beleza feminina que nos são impingidos nas revistas, na TV, nos outdoors.


Um velho tem uma historia de vida que não pode ser esquecida. Aquela senhora de corpo gorducho e cheia de rugas, que a maquiagem não mais disfarça, foi mocinha escultural e desejada, jovem mãe, profissional entusiasmada – observemos que conserva certo encanto, um brilho no olhar; o homem careca encurvado e magro, que atravessa a rua arrastando os pés, ostentava um bravo topete e foi um vigoroso líder estudantil – a chama que o animava permanece acesa, se nos dispusermos a ouvi-lo. Reconhecer a velhice como uma fase importante da vida não significa o desejo de retornar aos tempos do Senado Romano ou do conselho dos anciãos. Hoje ouvimos a voz da juventude e isso também é bom. . O que é a desmemória de nomes e datas frente à cegueira do essencial que se oculta sob a capa das aparências? A verdadeira memória reconhece e valoriza o ser humano além das formas mutáveis, sobrepõe o ser ao parecer. Se assim é, estou no lucro.


LEONETE OLIVEIRA ou Ângela Grassi brasileira – A PRIMEIRA POETA MARANHENSE ANTONIO AÍLTON A grande maioria dos que estudaram o Parnasianismo, desde a escola já ouviram falar, pelo menos, em uma mulher entre os austeros parnasianos, de poemas esculpidos e canção marmórea: a poeta paulista de “Musa Impassível”, Francisca Júlia. Porém, entre os grandes nomes maranhenses que brilham na poesia brasileira na passagem entre o século XIX e o século XX, bem poucos ouviram o nome de Leonete Oliveira (São Luís, 1888 Rio de Janeiro, 1969). Esta, segundo um dos importantes registros daquele momento, do escritor e crítico Antônio Lobo (Diário do Maranhão, 05/06/1898), foi, por sua vez, a primeira poeta maranhense. Leonete Oliveira ou, conforme assinava em suas primeiras publicações nos jornais maranhenses, Ângela Grassi (escritora romântica espanhola), ganhou o título de “a maior e mais brilhante poetisa maranhense” (M. Nogueira da Silva, Jornal das Moças, 1917, p. 12¹). Leonete Oliveira era também professora e bibliotecária. Há realmente vários registros naqueles jornais finisseculares e de entre-séculos. Mas quem resgata ultimamente esse nome tão importante, um tanto quanto apagado ou silenciado nas atuais matérias sobre a poesia daquele momento, é o incansável pesquisador Leopoldo Vaz, inconformado enquanto não alcança os últimos registros sobre o assunto que busca. Leopoldo publicou esse “apanhado” na sua Revista do Léo², onde pode ser pesquisado. É somente através das espessuras e cortinas do tempo que podemos ver essa mulher, vivendo num contexto de poetas grandiosos, mas também de uma sociedade que de um modo ou de outro reprimia a voz feminina nos papeis intelectuais e culturais. O próprio Antônio Lobo levanta essa questão e relata que, infelizmente, e apesar de mesmo escassamente algumas vozes femininas ainda se sobressaírem nos grandes centros, na sociedade arcaica do Maranhão isso era muito mais difícil. A mulher, quando muito, dedicava (ou era lançada) aos conventos. Era a educação familiar e religiosa, e haveria muito mais beatas que poetisas – na linguagem da época. Mesmo através dessas cortinas do tempo, o que podemos encontrar nela é uma mulher forte, que penetrou aos poucos nos meios literários e intelectuais, participava de eventos cívicos e religiosos, viajou bastante (São Paulo, Lisboa, Fortaleza, Rio de Janeiro...), fez-se considerar pelos poetas e críticos até sua morte, inclusive poetas conhecidos no séculos XX que lhe submetiam os textos; deu palestras sobre a condição da mulher na Biblioteca Pública do Estado e na Universidade Popular, deu voz à mulher em seus poemas, e era membro correspondente da Academia Maranhense de Letras. Publicou, além de muitos poemas esparsos, pelo menos três livros de poesia: “Flocos” (1910), “Cambiantes” e “Folhas de outono” (1914-1917[?]). A intenção aqui, obviamente não é fazer um tratado sobre a autora, sua vida e as questões complexas que envolvem seu contexto e obscurecimento. Não é tampouco levantar disputas de se ela foi a primeira, a segunda, ou a terceira poeta maranhense etc, já que há também na pauta o nome de Maria Firmina dos Reis, que tem sido bastante pesquisado. São coisas e questões que exigem uma pesquisa madura e aprofundada. Creio que ela deve ser valorizada pelo que ela é, pelo seu papel, pela sua figura de poeta do momento, inclusive dentro de um sistema da história da literatura brasileira, que relega tantos autores importantes à marginalidade. Podemos entender a poética de Leonete Oliveira fundamentalmente dentro do espírito do Parnaso, como assim compreendemos, por exemplo, Raimundo Corrêa. Porém, mais acentuadamente que este, a poeta pratica ainda uma experiência romântica patente e se estende até o simbolismo. Seus poemas de tom e teor simbolistas são, a meu ver, os melhores. Ela não deixa também de extravasar em alguns momentos forte erotismo ou de, noutro registro, ironizar a questão


masculina. Enfim, uma poeta de alto domínio formal que foi colocando ali, nas chaves parnasianas o seu espírito e sua força. E a força de um poeta pode ser medida pela desejo que outros têm de imitá-lo(a) ou até plagiálo(la). Isto é, do impacto que sua poesia causa sobre outros. Foi o que aconteceu com um poema do Flocos, de 1910, de Leonete Oliveira, que foi descaradamente plagiada por Carlos Porto Carreiro em 1924 – talvez por um desses acasos que o autor publica e fica na obscuridade, enquanto outros se aproveitam. Mas a verdade apareceu. Abaixo, escolhi alguns de seus fortes e encantadores sonetos, entretanto há muito mais a ser visto:

SÓ Sempre tiveste um coração vazio ermo de sonhos como um deserdado; nunca um raio de amor, mesmo tardio, pôde dar vida ao teu olhar gelado. Sempre viveste só, mudo e sombrio como quem traz no peito lacerado, em vez de um coração forte e sadio, um pedaço de mármore guardado. Mas um dia virá em, que, tristonho, cheio de dor e em lágrimas desfeito, hás de correr em busca de outro sonhos... Em vão! Que em cada coração, decerto, encontrarás o gelo do teu peito a aridez infinita de um deserto. (in: Flocos) SUPLÍCIO DE TÂNTALO Nasci de asas cortadas, no infinito dos meus sonhos de glória e de ventura, tentei em vão subir, no impulso aflito de quase desespero ou de loucura… Olhando o espaço, o coração contrito, das belezas da vida ando à procura, e penso, e sinto, e sofro, e choro, e grito , no anseio de vencer esta tortura… Diante de mim os pomos de ouro avisto e querendo alcançá-los fico inerme, sem saber se estou morta ou ainda existo… E vendo em tudo um luminoso véu, eu continuo qual se fora um verme, rastejando na terra e olhando o céu! (in: Folhas de outono) E este jocoso soneto, a nos lembrar o simbolismo irônico:


CASAR É BOM - “Casar é bom - diz o burguês pacato, Por entre um riso de expressão brejeira - é muito bom ter-se uma companheira Que nos faça a pastinha e escove o fato”. - “Casar é bom, não com mulher faceira que vive empoada e trescalando extrato; quem tiver senso, o homem que for sensato que procure uma boa cozinheira... Essa que tem de todos os sentidos somente o paladar, é o que chamamos o lindo ideal de todos os maridos; não vê, não ouve, indiferente e fria, não pergunta zangada porque vamos todas as noite à maçonaria...” (O Jornal, de 26 de abril de 1921) _________ ¹ http://memoria.bn.br/pdf/111031/per111031_1917_00110.pdf ² https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__25_-_outubro__2019


A PRIMEIRA ESCRITORA MARANHENSE: ALGUMAS DÚVIDAS E ELUCIDAÇÕES LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Licenciado em Educação Física;. Mestre em Ciência da Informação Academia Ludovicense de Letras Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

Quem foi a primeira escritora maranhense? Para Nascimento Morais Filho e Dilercy Aragão Adler, Maria Firmina dos Reis. Antônio Lopes diz ser Leonete Oliveira2, cujo pseudônimo foi Ângela Grassi. Mas por que essa dúvida? Porque Antonio Lopes publicou artigo, em 1909, identificando a poetisa Angela Grassi como sendo Leonete Oliveira, e a chamou de primeira poetisa maranhense!

Título: Leonete OliveiraAutor/ Colaborador:Garnier, M.J. Data:[189-?] Descrição:bico de pena Assuntos:Authors, Brazilian - Portraits Oliveira, Leonete de - Portraits B869.8 Oliveira, Leonete de, n.1888 - RetratosEscritores brasileiros - RetratosT ipo: Desenho Idioma: Português

Antonio Aílton, em seu ensaio, repetiu o título que eu dera no material que publicara em minha revista – A Revista do Léo3 – quando trouxe os “recortes & memórias” sobre essa poetisa maranhense. Dilercy nos traz alguns dados sobre Maria Firmina, para contestar a temporalidade de ambas: Maria Firmina nasceu em 11 de março de 1822. Em 1859 publicou o Romance Ursula, Em 1861 publicou o romance Gupeva. Em 1871 publicou um livro de 2

LEONETE OLIVEIRA Lima Rocha nascida em São Luís, Maranhão, em 17 de julho de 1888, filha de Gentil Homem de Oliveira e Luiza Fernandes de Oliveira. Foi Professora e Bibliotecária. Ingressou na Academia Maranhense de Letras. Residia no Rio de Janeiro, aonde veio a falecer. Publicou "Flocos", "Folhas de Outono" e muitos outros. Leonete Oliveira virou nome de rua em São Luís, no bairro Cohab Anil II. http://falandodetrova.com.br/leonete; https://www.literaturabrasileira.ufsc.br/autores/?id=2941; https://www.literaturamaranhense.ufsc.br/documentos/?action=midias&id=222031&locale=en

3

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__25_-_outubro__2019


poemas “Cantos à beira-mar (completará 150 anos de publicação em 2021). Em 1887 publicou o conto A escrava. Em 1861 Participou da Antologia Poética Parnaso Maranhense. Tem uma extensa relação de publicações de poemas e inclusive dos próprios contos (por capítulos como as novelas de hoje) em jornais literários. Na orelha do meu Elogio a ela (2014) tem a relação desses jornais também a relação de poemas avulsos. FONTE: O Livro de José Nascimento Morais Filho Maria Firmina: fragmentos de uma vida Nesse mesmo livro tem a relação dos trabalhos de MFR publicados em jornais com as datas: jornal literário foi 1860 - o Jornal A Imprensa publica um poema, ainda com as iniciais MFR e a última publicação citada data de 1903 no Jornal Pacotilha. Então, de acordo com essa data, ela tinha 71 anos de idade. Teriam outras publicações que talvez Nascimento Morais Filho não tinha tido acesso? Aos 71 anos ainda colaborava com jornais e já estava esquecida? Poderia ainda não ter reconhecimento, à altura de uma primeira romancista, mas continuava publicando em jornais? Por exemplo: eu vi nas citações de José Nascimento Morais Filho colaborações de MFR em jornais em vários anos a partir de 1860. Os últimos anos são: 1889, 1897, 1900, e essa última citação de 1903. Ou seja, ela publicou em jornais de 1860 a 1903 (segundo as pesquisas de NMF). Acho estranho que fosse desconhecido todo esse trabalho de Maria Firmina por Antônio Lopes. Sem contar que eu acho muito tardio encontrar uma primeira poeta Maranhense já nos anos de 1910. Acho interessante esse tipo de troca que resulta em soma. No “I Encontro Maranhense de Pesquisadoras e pesquisadores de Maria Firmina dos Reis” lancei oficialmente a ideia de formamos um grupo para concretizarmos a apresentação e análise desses estudos. Pois bem, após os “protestos” da Dilercy sobre a primazia de MFR, voltei ao artigo que havia escrito – e mandado ao Antônio Aílton para análise – e reescrevi, indo buscar o que ela havia escrito antes, com o seu pseudônimo – Ângela Grassi. Vamos ao texto de Antônio Lopes – repito-o! - artigo publicado no “Diário do Maranhão” edição de 05 de junho de 1909, onde referia-se sobre a inexistência de poetas mulheres no Maranhão e, então traz-nos alguns nomes, pseudônimos, e identificando quem escreveu algumas belas poesias que apareciam, então.








Leonete utilizava o pseudônimo de Angela Grassi, que foi uma escritora romântica espanhola, do século XIX4. A Pacotilha, de 11 de junho de 1908 publica um seu poema:

4

Angela Grassi (Cromá, 2 de agosto de 1823 - Madrid, 17 de septiembre de 1883) romántica española del siglo XIXhttps://es.wikipedia.org/wiki/%C3%81ngela_Grassi

fue

una

escritora


Em A Pacotilha de 14 de agosto de 1908 é publicado um poema dedicado à Angela Grassi, assinado por “H”:

E a 25 de agosto, Correa de Araújo lhe dedica outro poema:


Em 1908, no Diário do Maranhão de 09 de outubro sai a seguinte nota:

A Pacotilha de 30 de outubro de 1908 traz a seguinte carta aberta destinada à Vieira da Silva:



Também tece crítica ao livro de Astolfo Marques, recém publicado (A Pacotilha, 03 de dezembro de 1908):


Conforme notas publicadas nos diversos jornais de São Luis, no ano de 1909 Leonete de Oliveira participava de eventos acontecidos, cívicos e religiosos, tanto em São Luis como no interior, como uma festa em Cajapió em honra ao Menino Jesus. Nova critica literária publicada, em A Pacotilha, desta vez sobre a obra de Maranhão Sobrinho (1º julho de 1909)


A 25 de agosto, em A Pacotilha, ĂŠ publicada um poema


Chegou a dar conferencias na Universidade Popular Maranhense, abordando o tema “A Mulherâ€?: A 1Âş de novembro de 1909:


O texto de de Aílton, com base naquilo que levantei, sobre a autora ora em estudo, e publicado no sítio de ‘Os integrantes da noite”, disponível no Facebook5 está logo acima deste: 5

https://www.facebook.com/groups/582175842330309/


LEONETE OLIVEIRA ou Ângela Grassi brasileira – A PRIMEIRA POETA MARANHENSE - ANTONIO AÍLTON

Como diz Antonio Aílton: A intenção aqui, obviamente não é fazer um tratado sobre a autora, sua vida e as questões complexas que envolvem seu contexto e obscurecimento. Não é tampouco levantar disputas de se ela foi a primeira, a segunda, ou a terceira poeta maranhense etc, já que há também na pauta o nome de Maria Firmina dos Reis, que tem sido bastante pesquisado. São coisas e questões que exigem uma pesquisa madura e aprofundada. Creio que ela deve ser valorizada pelo que ela é, pelo seu papel, pela sua figura de poeta do momento, inclusive dentro de um sistema da história da literatura brasileira, que relega tantos autores importantes à marginalidade.


POESIAS & POETAS


DOIS SONETOS E TRÊS OUTROS POEMAS ÁCIDOS DE ANTONIO AÍLTON MINUTOS ANTES DA SOLIDÃO [Para os solitários de meia idade] Enquanto todos dormem estou no mundo a colocar veneno nas baratas Arrasto os meus chinelos alpargatas a estender na casa o mais profundo Silêncio. Os meus olhos são duas fragatas e minha cama é um mar nauseabundo Uma vizinha grunhe qual uma gata e eu me pego Mr. Hyde ali fecundo Tomo o meu sonífero, mas inútil começo a cochilar um sonetilho de torta métrica e ritmo em convulsão No rasgar do sol seu olho inconsútil as mães puxam orelhas dos seus filhos e eu tropeço mais um dia na multidão

LUPANAR Desço ao prostíbulo como o Sol Sombrio e acendo as achas dos meus lupanares para aguardar assim tênebro e frio pagantes vindos dos seus não-lugares À casa da linguagem, ao rio atro onde cada um busca seu prazer faz tua oferta, digo, três ou quatro que eu te ensino como renascer O ir e o retornar destes infernos é afirmar na erótica da vida que só retornarei para algum fim mas qual o lado certo da moeda que paga o amor e cinge na ferida o que aos outros posso dar de mim? LERO Nas atuais circunstâncias, o maior de todos os poemas reduzido ao mínimo seria simplesmente a página em branco Se eu fosse um grande poeta moderno quem sabe um grande poeta contemporâneo deixaria todo o ideal em branco A cada poeta sua extravagância ou sua medida


Eu pararia de falar sobre o vazio em si mesmo e deixaria simplesmente que tudo estivesse a frio calado-gelado vazio é voz sem rótulo Colocar um esporro na página e não deixá-la em seu canto é também confundir enchimento, plenitude e perfeição esta diferença entre o espaço, a prática e o fim de todas as coisas Em silêncio as folhas ainda serão árvores e as formas ainda serão livres De minha parte, ao tropeçar nessas páginas esvoaçantes Imaginarei aquele pássaro em desvão indagando o estuário aquele barco enfermo na partida irremediável que é você mesmo o mais puro deserto a atravessar Estarei realizado, como leitor e como poeta IDADE DOS METAIS Ao amanhecer por entre as ruas, o sol tropeçou em dois cadáveres. Sobras da noite inoxidável, a catadora de latinhas tem mais coisas a fazer. SALIVA estou em pernas demais serão 8 em muitas ruas “por favor traga a cabeça quando volte do trabalho” levanto parcos silêncios ou: o cós de minha calça (certas aldeias antigas nunca têm 8 da noite) chulés também quando lembram no abafado ácaros nunca se acalmam botam rosas nos meus pés ainda há cama e trabalho para onde irei logo mais


puxo a bagana do bolso pra ser feliz na miséria estrelas explodem gordas vejo aftas, e céus Poemas de Compulsão Agridoce (Paco Editorial 2015), um inédito e dois de Os dias perambulados & outros tOrtos girassóis (Fundação Cultural do Recife, 2008).


QUINCAS VILANETO

MISTURANDO AS ÁGUAS Oriundo de diferentes águas, o Itapecuru desnada em mim, como um cascudo revisitado pelo sol que não se deixa afogar. Destinado a devorar o chão sem precisão de limites, tem oculto nas entranhas a certidão das mágoas. Preenchido de réstia e gotas de orvalho, assombra o tempo inteiro àqueles que têm fé e dão vida, à evidência dos milagres. Enquanto as águas crescem, os sonhos partem entardecidos de olho na vida que passa, mal avista a lua, que não tem rosto nem mesmo é gente que senta a bunda no chão, e grita, sem ouvir respostas e sem dar quinau.



JOÃO BATISTA LAGO

BESTA-FERA Sou a potência da minha besta-fera Que atravessa a essência do meu caos Sou todo o caos da minha potência Que me assassina e faz nascer no teatro da vida Sou o bailarino que dança com Deus Sou o ator responsável pelo meu texto O épico guerreiro heróico das minhas guerras Sou o vencedor que não desmerece o vencido Todo corpo abatido não restará abandonado Logo será ressuscitado para dançar com Deus Sou o desejo supremo da minha besta-fera! SL200419

NOVIDADES a maior comunidade acadêmica e de pesquisa em Educação Física, Esportes e Lazer da Internet.

http://cev.org.br/Educação Física no Maranhão Newsletter Você também pode receber todas as Novidades do CEV, uma vez por dia, no seu e-mail. Basta informa-lo no formulário abaixo: assinar

Seu E-mail:

Acompanhe:

Pedal Solidário O Lazer Como Afirmação da Identidade no Timing da Finitude Usabilidade de Sites e Gestão da Informação na Análise e Divulgação dos Programas de Recreação em Sites de Resorts no Brasil Tarifa Domingueira Lazer e Participação Social na Percepção da Pessoa com Deficiência Visual A Copa das Copas Uma Prática Corporal Que Chegou Para Ficar As Relações Históricas Entre a Educação e o Esporte em Lavras, Minas Gerais (1893-1915) A Relação Público-privado na Gestão de Instalações Esportivas na Espanha Reforma Trabalhista e o (não) Direito Ao Lazer


A Prática de Lazer na Web a Partir do Consumo de K-dramas Da Produção Especializada à Inventividade Amadora no League Of Legends Por Uma Agenda de Festas O Carnaval dos Anos Trinta e a Suposta Crise Carnavalesca Feirense Políticas Públicas de Esporte e Lazer Pelc-bagé Acessibilidade Para Usuários de Cadeira de Rodas em Estabelecimentos Comerciais Incentivos Inapropriados, Resultado Alcançado Carnaval e a História Que a História Não Conta Parkour Conhecimentos e Especificidades do Jogo na Produção Acadêmico-científica Educação/educação Física Valeu o Boi! Transa! Representação do ócio no Brasil no Início do Século Xix a Partir da Obra de Debret Território, Cultura e Lazer em Duas Associações Culturais de Belo Horizonte, Mg

na

área

da

Guia Para Compra de Livros de Educação Física Educação a Distância em Tempos de Pandemia Resenha do Livro ócio Valioso Para Envelhecer Bem A Divulgação da Dança Cênica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e Seus Possíveis Imaginários Construídos Pela Imprensa de 1939 a 1945 Práticas Culturais de Lazer O Que o Cinema nos Dá a Ver Sobre o Corpo e o Desejo? Notas Estesiológicas e Educativas O Poder do Corpo no Tempo Presente: Corpos e Culturas Como Potências de Afetos e Emoções O Poder do Corpo e da Cultura Brasileira: Rodas de Samba e Capoeira no Presente O Governo dos Corpos das Crianças na Educação Infantil O Frevo na Educação Física Escolar: Experiências a Partir do Estágio Supervisionado O Floreio na Capoeira: Um Olhar a Partir do Corpo nas Obras de Silva, Castro Júnior e Rosa O Corpo, o Sagrado e Sua Dimensão Educativa O Corpo Pecado e Corpo Santo Regulados no Espaço Escolar: Um Debate a Partir do Conteúdo Dança Numa Escola Adventista em Belém do Pará O Corpo e o Metal: Ensaio Etnográfico Entre Barragens de Rejeito de Minério O Corpo Adolescente na Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar Navegando Pelas Práticas Corporais Culturais dos Povos Ribeirinhos: Apontamentos Sobre a Relação Entre Cultura e Saúde De São Bichas Mas São Nossas à Diversidade da Alegria: Uma História da Torcida Coligay Vai Passar Quando o Silêncio é Rompido: Homossexualidade e Esportes na Internet Merleau-ponty e Ricœur: o Corpo Como Obra de Arte é Uma Metáfora Viva Maracatu Nação Leão Coroado e Discussões Sobre o Corpo Estesiológico Manifestações Indígenas em Uma Escola Municipal de Cuiabá/MT Los Postulados Biotipologicos En El Curso Para Profesores de Educación Física- Cnef Uruguay (1939-1956) Linguagem e Educação Física: Análise de Dissertações e Teses da área de Educação Física Interdisciplinaridade e Práticas Corporais: o Apoio Social Como Pilar Para o Paciente com Fibromialgia A Desigualdade nas Reportagens Jornalísticas na Mídia Esportiva: Primeiras Percepções


Carta Aberta à Comunidade Brasileira do Handebol Manual de Prevenção e Controle da Covid-19 Segundo o Doutor Wenhong Zhang Previsão de Consumo de Ingressos Para Jogos do Campeonato Brasileiro O Fim do Passe e Seu Impacto Sobre o Desequilíbrio Competitivo Entre as Equipes de Futebol Uma Fenomenologia do Movimento: o Desenho do Corpo nas Práticas Corporais de Dança e Taekwondo Um Olhar Sobre a Festa de Nossa Senhora do Rosário em Uma Comunidade Tradicional de Minas Gerais Tabus Corporais Masculinos e a Noção de Pessoa Superficies de Emergencia Para Los Enunciados Eugenésicos Dentro de La Formación de Profesores de Educación Física (1939-1940) Saúde e Beleza Coletivas? o Corpo Nesta Relação na Visão dos Jovens dos Cursos Tecnicos do Câmpus Goiânia Oeste Reflexões Sobre os Processos de Constituição e Ressignificação dos Corpos na Educação Física Reflexão Sobre a Cultura Corporal do Corpo Criança Recreio Divertido: Espaço Para Interação e Aprendizados Projeto Corpos em Debate: Dez Anos Discutindo Corpo e Cultura Projeto Marias: Corpo e Movimento no Cárcere Feminino Professores de Educação Física e Gerenciamentos do Corpo: Caminhando Por Significados e Cuidados Prax-circense: o Que Pode o Corpo nas Atividades Circenses? Práticas Culturais, Educação e o Ensino de Dança: Conhecimento, Saberes e Poderes em Movimento Você Está Sentado em Um Campo de Futebol, no Calor, Bebendo Gatorade ... Eu Estou Sentado em Um Iate Clube Apenas Apreciando a Vista, Apreciando as Bebidas: a Reprodução da Classe Social dos Pais Através da Vela Esportiva Escolar Práticas Corporais de Aventura na Educação Física Escolar Por Um Vestir Que Desnuda: Um Olhar Sobre a Criação de Figurinos em Dança Contemporânea Os Significados de Corpo e Aposentadoria de Professores de Educação Física Escolar Os Corpos na Roda O Sentido da Dança Popular Paraense: Reflexão Simbólica Para Cultura Corporal Valores Humanos nos Cadernos Didáticos de Educação Física do Estado de São Paulo Avaliação do Autoconceito Físico em Pessoas com Deficiência: Uma Revisão Sistemática A Lógica Interna das Lutas Corporais: Implicações Iniciais Para o Ensino-aprendizagem-treinamento do Brazilian Jiu-jítsu O Monopólio nos Esportes: Uma Comparação da Organização dos Esportes Comercializáveis nos Estados Unidos, na Inglaterra e no Brasil (1870-1920) Formação de Professores e Cultura Digital na Educação Física: Reflexões a Partir do Livro Being Self-study Researchers In a Digital World: Future Oriented Research And Pedagogy In Teacher Education Cultura Corporal de Movimento em Pauta: Uma Análise Sobre o Objeto de Ensino da Educação Física Como Vetor dos Processos de Subjetivação com o Corpo Terceirização da Educação Física no Ensino Básico Estado de Humor em Esportes Coletivos: Estudo de Caso das Equipes de Itatiba Corpos Secos ou Molhados? Representações do Suor em Duas Academias de Ginástica do Rio de Janeiro, Brasil Por Uma Educação Física da Ordem da Potência: o Que Pode o Corpo em Movimento? Reflexões Sobre o Uso do Smartphone nas Aulas de Educação Física: Vivências ou Experiências? Os Esportes de Aventura e Possíveis Aproximações Ao Pensamento de Walter Benjamin Esportes de Aventura Praticados na Barra da Tijuca e São Conrado, RJ: Um Levantamento das Modalidades e Formação do Instrutor Motrivivência Imagens do Futebol


O Estádio de Futebol e Sua Percepção Inovadora Práticas de Violência e Mortes de Torcedores no Futebol Brasileiro O Brasil na Arquibancada: Notas Sobre a Sociabilidade Torcedora Crianças e Jovens e a Preparação do Craque O Ea Sportstm Fifa Como Manifestação do Esporte Contemporâneo Formação e Gênese do ídolo Fisiologia do Treinamento no Alto Desempenho do Atleta de Futebol Cultura de Per Si do Futebol Dando Tratos à Bola: Futebol e Brasil Qual Será o Legado da Copa do Mundo de Futebol de 2014 Para o Brasil? Brasil, País do Futebol? Tendências da Produção do Conhecimento dos Professores dos Cursos de Educação Física das IES Públicas da Região Centro-oeste do Brasil Produção do Conhecimento em Educação Física: Reflexões Para Formação de Professores na UFRPE Práticas Pedagógicas da Educação Física na Amazônia: Aproximações Iniciais com o Pensamento Decolonial Práticas Científicas em Educação Física: Uma Etnografia nos Grupos de Pesquisa Prática de Natação em Crianças e Adolescentes: Análise da Produção de Conhecimento em Periódicos Por Que Tarda Prosperar Uma Teoria Realista da Educação Física Brasileira? Conversações com Norbert Elias Por Onde Andam as Meninas? Educação Física, Esportes e Dominação Masculina nos Jogos do IFCE Perfil dos Periódicos Científicos da área de Educação Física Pensamento Unidimensional e os Valores Desumanos do Esporte Para Una Interrogación Estética Y Técnica Del Cuerpo Os Usos da Análise de Conteúdo na Produção Científica da Educação Física Brasileira O Que Pode o Pós-estruturalismo na Educação Física Escolar? O Programa de Pesquisa em Educação Física de José Maria Cagigal Analisado Pela Epistemologia de Lakatos O Corpo Negro em Pesquisas da Educação Física Migração Esportiva no Brasil – o Caso do Futebol Masculino Handebol Tecnicista e Educacional com Escolares: Uma Revisão Sistemática no Período de 2008 a 2018 Educação Física (Saiba Mais) CEV Bate-Bola. Pós-graduação e a Formação em Educação Física Uso de Redes Sociais, Influência da Mídia e Insatisfação com a Imagem Corporal de Adolescentes Brasileiras Jornal Brasileiro de Psiquiatria Anais do Congresso Mundial de Lazer 2018 Video-documentário Ocio, Lazer e Tempo Livre Dilemas da Integração Entre Biológico e Social na Educação Física Cultura Corporal de Movimento e História e Cultura Afro-brasileira: Apontamentos Para a Educação Física Escolar Cultura Corporal de Movimento e Hegemonia em Antonio Gramsci: Aproximações Conceituais Como Fazer Um Resumo A Peteca, o Campo do Lazer e a Dinâmica Urbana de Belo Horizonte (1980 1994) Papagaio, Pira, Peteca e Coisas dos Gêneros O Que Eu Espero Aprender na Educação Física?: Percepções de Estudantes do Ensino Fundamental


Perfil do Risco Cardiovascular de Mulheres Adultas Triadas Para Um Programa de Exercício Físico Alunos com Transtorno do Espectro Autista na Escola Regular: Relatos de Professores de Educação Física Perfil Motor de Crianças com o Transtorno do Espectro Autista Após Oito Semanas de Estimulação Psicomotora A Educação Física no Contexto da Reforma do Ensino Médio: Um Estudo de Caso A Educação Física na Proposta Pedagógica Curricular do Município de Duque de Caxias: Tensões e Reflexões Verdade, Mentira e Meias Verdades Um Estudo Sobre as Particularidades Pedagógicas e de Organização da Educação Física na Pré-escola em Três Municípios do Grande Abc Paulista Comissão Científica da FPJudô, Um Sonho Antigo Que Se Concretiza A Educação Física na Educação Infantil: os Jogos e a Perspectiva das Crianças A Educação Física na Educação de Jovens e Adultos em Belém-pa: o Que Dizem Os/as Professores (as) Sobre o Trabalho Docente A Educação Física Escolar: Uma Análise Dentro de Uma Instituição Pública de Ensino Fundamental no Município de Ananindeua-PA A Educação Física Escolar na Concepção dos Alunos/as do Ensino Médio de Uma Escola Pública de Uberlândia A Educação Física Escolar e o Currículo Bahia Formação Continuada em Educação Física no Diálogo com a Cultura Digital A Dança na Educação Física Escolar Por Meio do Jogo Eletrônico Just Dance A Dança em Aulas de Educação Física na Percepção dos Alunos A Dança de Matriz Africana Como Conteúdo da Educação Física Escolar A Cultura Corporal na Educação Infantil: Um Olhar Sobre os Referenciais Curriculares Nacionais Para a Educação Infantil A Cultura Corporal Como Um Caminho de Promoção da Inclusão de Todos os Estudantes A Corporalidade Como Saber Sistematizado na Escola: o Que Dizem os Professores de Educação Física e Arte? A Compreensão de Esporte dos Professores de Educação Física de Criciúma A Cidadania na Formação de Jovens de Ensino Médio na Disciplina de Educação Física A Busca Pela Valorização do Magistério: Iniciativa Via Programa de Iniciação a Docência A Perspectiva Crítico-superadora nas Atividades do PIBID de Educação Física da UFPB: Um Relato de Experiência A Percepção da Educação Física Entre Alunos do Colégio Estadual de Araçás - Bahia A Organização do Trabalho Pedagógico e Sua Implicação na Educação Física Escolar A Mulher na Capoeira: Narrativas de Preconceito A Motivação de Alunos do Ensino Médio em Aulas de Educação Física Ministradas Por Estagiários A Liga e as Tensões no Esporte Escolar A Interdisciplinaridade no Projeto Educação com Movimento da Secretaria de Educação do Distrito Federal A Importância do Professor de Educação Física nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental A Importância do Estágio Supervisionado do Ensino Médio na Formação do Graduando: Um Relato de Experiência A Importância do Entendimento do Movimento Escola Sem Partido, Suas Implicações nas Aulas de Educação Física e Uma Opção Metodológica A Importância da Interação Entre os Gêneros na Educação Física


A Ginástica Para Todos Como Conteúdo Temático da Educação Física no Ensino Médio de Escolas Públicas de Catalão/GO A Ginástica na Educação Física Escolar: Um Relato de Experiência da Residência Pedagógica A Fragilização do Direito Ao Esporte nas Aulas de Educação Física Escolar a Partir da (in)compreensão das Recentes Propostas Curriculares Por Professores em Pernambuco A Experiência dos Jogos de Oposição com Turmas do 6º Ano do Ensino Fundamental nas Aulas de Educação Física: Desafios e Possibilidades A Experiência do PIBID na UNB A Experiência do Atletismo na Educação Física Escolar no Ensino Médio A Espontaneidade do Brincar: Um Relato a Partir do PIBID A Educação Intercultural na Perspectiva dos Professores de Educação Física em Cuiabá O Futuro da Ciência no Brasil é o Futuro do Brasil A Resenha A Educação Física nos Institutos Federais: Impressões Iniciais Acerca dos Desafios, Possibilidades e Limites A Educação Física no Projeto Mundiar na Escola Estadual Mário Barbosa, no Município de Belém-PA A Educação Física no Ensino Médio: Um Olhar a Partir das Produções O Adiamento dos Jogos Olímpicos Por Uma Perspectiva Sistêmica Ações Educacionais no âmbito da Educação Física Escolar: Desafios e Possibilidades em Curso Abordagens Pedagógicas na Educação Física Escolar Abordagem Desenvolvimentista: Um Relato de Experiência Abordagem Crítico Superadora e Pedagogia Histórico Crítica: Relações Didáticas Abordagem Crítica na Educação Infantil: Uma Visão de Residentes Pedagógicos A Utilizaçao do Recurso Audiovisual Pelos Monitores Para Facilitaçao no Processo de Ensino e Aprendizagem da Anatomia Humana A Utilização do Coping no Ambiente Escolar Por Alunos Atletas e Não Atletas A Temática do Lazer e dos Esportes de Aventura nas Aulas de Educação Física: Um Relato de Experiência com Terceiros Anos do Ensino Médio Integrado A Sequenciação dos Conteúdos na área de Educação Física Escolar: Análise dos Artigos Científicos A Saúde no Contexto da Educação Física Escolar A Reconstrução da Proposta Curricular da Educação Física Para o Ensino Fundamental e Médio no CEPAE/UFG A Proposta de Um Livro-experiência Para o Ensino de Lutas na Educação Física Escolar A Produção do Conhecimento Sobre Relações étnico-raciais nas Aulas de Educação Física A Produção do Conhecimento em Educação Física no Nordeste: a Evolução da Temática Escola (20052017) A Prática da Educação Física na Colônia Penal Feminina do Recife-PE: Desafios e Possibilidades Como Fazer Um Plano de Pesquisa A Crítica Pela Crítica Faz Menos Sentido Ainda Pequeno Dicionário do Futebol Alemão e Brasileiro Brincadeiras em Quadrinhos: o Protagonismo das Crianças nas Aulas de Educação Física na Educação Infantil Benefícios do Futsal Para Crianças com TDAH Base Nacional Comum Curricular: Análise das Competências Para a Educação Física no Ensino Médio Badminton nas Aulas de Educação Física (EF) no Ensino Médio: Experiências a Partir de Intervenções do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) Avaliação nas Aulas de Educação Física: Práticas e Produções Cotidianas na Escola


Avaliação nas Aulas de Educação Física (EF): Experiências a Partir de Intervenções do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) Avaliação na Educação Física Escolar: Quais as Regras Desse Jogo? Avaliação na Educação Física Escolar Atuação Profissional dos Egressos de Educação Física PARFOR-UFT O Que Pensam os Estudantes Sobre a Formação Profissional em Educação Física Atividade Física Associada Ao Ambiente Urbano: Um Estudo com Mulheres de Três Cidades Litorâneas de Santa Catarina Participando da Esporteterapia: Percepção de Pais de Crianças com Paralisia Cerebral Atividades Culturais Indígenas na Educação Física Escolar O Que Faz Sentido? Atividade Física e Saúde: Seu Trato Didático-pedagógico na Educação Física Escolar As Situações Didáticas do Currículo Cultural da Educação Física As Redes Sociais na Gestão Escolar Participativa As Práticas Corporais Como Elementos de Articulação da Aproximação Entre Escola e Comunidade As Perspectivas dos Estudantes do 1º Ano do Ensino Médio Sobre os Jogos de Oposição nas Aulas de Educação Física As Novas Tecnologias Como Ferramenta Educacional na Educação Física Escolar Para Promoção de Saúde e Diminuição da Vulnerabilidade dos Determinantes Sociais CEVBateBola. Pós-graduação e a Formação em Educação Física As Dimensões dos Conteúdos no Ensino do Atletismo Para Adolescentes de Inhangapi/PA As Danças Urbanas nas Aulas de Educação Física Escolar: Possibilidades Construídas Através de Uma Pesquisa Colaborativa As Danças Tradicionais na Educação Infantil do Ponto de Vista de Professoras Cultura Corporal e Educação em Tempo Integral em Goiânia-GO Cultura Afro-brasileira e a Educação Física Escolar: o Que Diz a Produção do Conhecimento Relatos de Pesquisas em Aprendizagem Baseada em Games Crítica à Reforma do Ensino Médio e Suas Implicações Para o Componente Curricular Educação Física Coordenação Motora Grossa em Crianças de 7 a 8 Anos de Uma Escola de Ensino Fundamental I do Município de Tucuruí – PA Contribuições do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docencia-PIBID Para a Elaboração de Recursos Materiais Alternativos nas Aulas de Educação Física Esporte, Educação Física e Formação de Categorias de Base. Psl 383/2017 Contexto da Atuação de Professores de Educação Física em Escolas da Rede Privada de Ensino Consequências da Violência Armada Carioca Para as Aulas de Educação Física Conhecimentos Sobre o Corpo Está Incorporado na Escola?: Uma Revisão Sistemática Confrontos Religiosos nas Aulas de Educação Física: a Interdição do Corpo Confesso Que Perdi: Memórias Sobre a Educação Física na Escola Pública Condições de Trabalho em Educação Física na Modalidade EJA em Belém/PA Conciliação Entre Estudos e Esporte Para Alunos-atletas Bolsistas em Uma Equipe Escolar de Handebol de Belém-PA Concepções Metodológicas de Professores de Educação Física e Áreas a Fins no Ensino Fundamental I ou Educação Infantil ou Fundamental II ou Médio Concepção e Ensino do Esporte no Programa Inspiração Internacional: Compreensão e Ações Pedagógicas Afinal, Quem Deve nos Dizer Qual é o Sentido do Se-movimentar? Comunicação Entre a Universidade e as Escolas a Partir do Programa Residência Pedagógica Colégio da Polícia ou Para a Polícia?


Classificação dos Esportes nos Anos Finais do Ensino Fundamental: Relato de Uma Unidade Didática Carnaval da Escola Padre Silva Carimbó na Perspectiva da Critico Emancipatória: Uma Educação Física Inovadora Capoeira na Escola: Um Relato de Experiência Capoeira da Escola: a Importância da Disciplina do Esnino da Capoeira na Universidade Buscando Superar a Dicotomia Natureza e Cultura: Diálogos Entre a Sociologia da Infância e o Comportamento Motor Ivaldo Bertazzo 13-o Nascimento e os Sentidos Ivaldo Bertazzo 12-preparação Para o Parto Ivaldo Bertazzo 11-bem-estar de Mãe Para Filho Ivaldo Bertazzo 10-gravidez: Dois em Um Corpo Só Ivaldo Bertazzo 9- Gestos Originais Dando Corda Para as Crianças Dançando na Escola - Experiência com Ensino Médio Integrado no IFTO Campus Palmas Dança: Uma Ferramenta Pedagógica Possível na Educação Física Escolar Dança na Escola: Um Relato de Experiência Dança na Escola: Construção de Saberes no IFTO Dança Moderna em Periódicos de Educação Física Ivaldo Bertazzo 8-dores de Cada Dia Ivaldo Bertazzo 1-o Corpo nas Fases da Vida Ivaldo Bertazzo 7-como o Corpo Se Sustenta Ivaldo Bertazzo 6-o Corpo e a Gravidade Ivaldo Bertazzo -5 Equilíbrio em Pé Não é Hora de Fazer Soar os Tambores de Guerra Ivaldo Bertazzo 3-corpo e Gesto Ivaldo Bertazzo 4-consciência Corporal ILHA. Revista de Antropologia El Circo de Buenos Aires Y Sus Prácticas: Definiciones En Disputa Ivaldo Bertazzo 2 Postura e Movimento Dança e Conhecimentos Sobre o Corpo: Uma Sequência Didática Aplicada Ao Ensino Fundamental I Curriculo e Educação Física: a Organização e Sistematização dos Conhecimentos na Visão de Professores do Ensino Fundamental Currículo do Ensino Médio Integrado do IFMG: a Partitura, a Polifonia e os Solos da Educação Física Ivaldo Bertazzo 61-a Coreografia do Cotidiano Ivaldo Bertazzo 60-readquirir o Padrão Motor Ivaldo Bertazzo -59 Para Manter Uma Psicomotricidade Viva Ensino de Educação Física e o Conceito de Cultura Corporal: (hipo)teses Para o Debate Empoderamento Feminino na Educação Física Escolar Ivaldo Bertazzo -58 o Que Dá Forma Ao Corpo EEFD Baixada: Protagonismo Discente nas Aulas de Educação Física Educação Para o Lazer: Considerações Sobre Educação Física Escolar Educação Física, Currículo Cultural e a Educação de Jovens e Adultos: Novas Possibilidades Educação Física Para Todos? a Percepção do Aluno Cadeirante Sobre as Aulas na Escola Educação Física na Educação Infantil: Possibilidades de Uma Prática Pedagógica Integrada Ivaldo Bertazzo -57 Um Passo à Frente


Educação Física na Educação Infantil e Brincadeiras de Tradição Oral: o Que as Crianças Levam Para o Parque? Educação Física Escolar na Educação do Campo: Revisão Integrativa Educação Física Escolar em Vitória (ES): Saberes e Currículo na Rede Estadual de Educação Educação Física Escolar e os Grupos de Pesquisa do Brasil: Um Mapeamento no Diretório de Grupos do CNPQ Educação Física Escolar e o Tema Transversal Orientação Sexual: Um Diálogo a Partir dos PCN Educação Física Escolar e Ensino em Tempo Integral: Primeiras Impressões Docentes Educação Física e o Programa Saúde na Escola: Consolidando Aproximações Educação Física e Literatura - Possibilidades de Ensinar e Aprender as Práticas Corporais com Jack London Educação Física e Ensino Médio Integrado: Possíveis Aproximações Pelos Projetos Políticos de Cursos dos IFES Educação Física e Educação do Campo: Relatando Uma Prática Educativa a Partir do Slackline Educação Física e Autonomia: Contribuições à Prática Pedagógica no Ensino Fundamental Educação Física e a Educação de Jovens e Adultos Educação Física Crítico-superadora e Paulo Freire: Um Diálogo Possível Um Herói à Altura do Mito Olímpico A Educação Física na Saúde Mental e o Conceito de Acontecimento: Relato de Experiência de Uma Oficina de Caminhada Esporte da Escola do Programa Mais Educação: Vivências em Sua Execução Esporte Coletivo – Vivências da Cultura Corporal Espaços Formativos na Escola: Caminhos Possíveis Para Professores e Professoras de Educação Física na Educação Básica Ensino do Esporte no Programa Inspiração Internacional: Contribuições Teórico-metodológicas a Partir da Educação Intercultural das Escolas Inglesas Ensino de Educação Física: Entre a Cultura Corporal e a Produção Discente Projetos de Extensão Fazendo a Diferença na Formação do Profissional de Educação Física na Unioeste Produção de Conhecimento Vinculada a Formação de Professores de Educação Física Para Atuação Junto de Pessoas com Deficiência: Contribuições do Unigepafa Articulações Entre as Diretrizes Curriculares, os Projetos Pedagógicos e as Práticas Pedagógicas de Professores de Educação Física AAF3 O Que Faz Sentido? AAF5 Não é Hora de Fazer Soar os Tambores de Guerra AAF2 A Crítica Pela Crítica Faz Menos Sentido Ainda AAF4 Afinal, Quem Deve nos Dizer Qual é o Sentido do Se-movimentar? AAF1 Atividade Física Pela Atividade Física Não Faz Sentido Jogos Populares nas Aulas de Educação Física: Um Relato de Experiência a Partir do PIBID Jogos Internos Como Proposta de Intervenção Pedagógica na Educação Física Escolar Jogos e Brincadeiras a Importância da Formação do Aluno Enquanto Ser Social Intervenção Pedagógica: Experiência de Bolsistas do PIBID - Educação Física Interfaces Entre os Jogos Eletrônicos e a Tematização das Lutas na Educação Física Escolar: Um Relato de Experiência Interfaces Entre a Dança e a Educação Física Escolar: Reflexões Sobre as Dificuldades e Estratégias de Ensino Interdisciplinaridade na área de Linguagem: Um Torneio com Leitura e Produção Textual A pós-pandemia colocará o EaD no seu devido lugar


Ginástica Para Todos e Coletividade: nos Meandros da Literatura Científica Indisciplina Sob a ótica de Revistas Brasileiras de Educação Física Inclusão nas Aulas de Educação Física: Uma Experiência de Sensibilização no Ensino Médio Ginástica Escolar e a Cultura Corporal em Questão: Relatos de Educandos Sobre a Padronização Estética Social Ginástica Alegria na Escola: Articulando Universidade e Escola Pública Fundamentos Para o Trabalho Educativo com a Educação Física no Ensino na Escola Aberta Formação Inicial: Vistas Para a Atuação Docente Masculina na Educação Infantil Flagfootball: Outras Experiências na Educação Física Escolar Festival Esportivo do Instituto Federal do Rio de Janeiro Festival de Jogos de Salão na U. I. Prof. José Nascimento de Morais em São Luís/MA: Uma Experiência Válida? Fatores Determinantes da Evasão Escolar na Educação Profissional Técnica de Nível Médio – Um Estudo de Caso no Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), Campus Bambuí Experiências Vividas no PIBID: Pensando a Escola Como Espaço Sociocultural Experiências Pibidianas Acerca do Trato com o Conhecimento na Educação Física Escolar Experiências na Residência Pedagógica/educação Física – UFMA: Aproximações Iniciais na Escola-campo em São Luís/MA Experiências de Ensino no Estágio Supervisionado no Ensino Médio Experiências com o Currículo em Ação: a Prática Pedagógica da Educação Física no Ensino Médio e o PIBID Experiências Colaborativas em Aulas da Graduação do Curso de Licenciatura em Educação Física Ivaldo Bertazzo 1- O Corpo nas Fases da Vida Ivaldo Bertazzo 3 - Corpo e Gesto Ivaldo Bertazzo 4 - Consciência Corporal Ivaldo Bertazzo - 5 Equilíbrio em Pé Ivaldo Bertazzo 6 - O Corpo e a Gravidade Ivaldo Bertazzo 7 - Como o Corpo Se Sustenta Ivaldo Bertazzo 8 - Dores de Cada Dia Ivaldo Bertazzo 9 - Gestos Originais Ivaldo Bertazzo 10 - Gravidez: Dois em Um Corpo Só Ivaldo Bertazzo 11 - Bem-estar de Mãe Para Filho Ivaldo Bertazzo 12 - Preparação Para o Parto Ivaldo Bertazzo 13 - O Nascimento e os Sentidos Ivaldo Bertazzo 14 - Instintos de Sobrevivência Ivaldo Bertazzo 15 - O Banho e o Vestir Ivaldo Bertazzo 16 - Contra Cólicas e Gases Ivaldo Bertazzo 17 - Olhos em Movimento Ivaldo Bertazzo 18 - Cabeça Sob Controle Ivaldo Bertazzo 19 - Cada Toque é Um Aprendizado Ivaldo Bertazzo 20 - Cada Gesto é Uma Forma de Linguagem Ivaldo Bertazzo 21 - Embaixo Dágua Ivaldo Bertazzo 22 - Como Uma Lagartixa Ivaldo Bertazzo 23 - Em Quatro Patas Ivaldo Bertazzo 24 - O Controle do Corpo em Pé Ivaldo Bertazzo 25 - Primeiros Passos Ivaldo Bertazzo 26 - Caminhar com Autonomia


Perfil dos Egressos do Doutorado em Educação Física: Um Estudo de Caso na Universidade Federal de Santa Catarina (2006 a 2018) Desenvolvimento e Reprodutibilidade de Um Instrumento Para Avaliar Aspectos Comportamentais e Ambientais Relacionados à Segurança do Ciclista Curvas Percentílicas Para Crianças Brasileiras Avaliadas Pelo Teste de Proficiência Motora Bruininksoseretsky, 2ª Edição A Percepção Subjetiva de Esforço Planejada Pelo Treinador Personalizado é Similar à do Aluno? Um Estudo Piloto Relação Entre a Composição Corporal e as Capacidades Físicas em Jogadores de Futebol de Categorias de Base CEVBateBola. Futebol Brasileiro: Estamos Perdendo a Criatividade e Autonomia? O Lúdico e a Literatura Infantil na Escola: Relato de Uma Experiência O Jogo Como Estratégia de Ensino O Jogo (xadrez) Como Conteúdo da Educação Física Escolar O Início da Carreira Docente: o Diário de Campo Como Dispositivo de (in)formação Pedagógica O Handebol Como Disciplina Curricular na Formação de Professores da ESEFID/UFRGS (1965-2015) O Estágio Supervisionado na Educação Especial: Conceituação da Experiência O Esporte e o Lazer no Processo de Formação Integral dos Educandos em Uma Escola Federal em Rio Branco/Acre O Ensino do Futebol na Educação Física Escolar a Partir da Categoria Vida Cotidiana O Ensino do Esporte no Contexto Escolar O Ensino das Lutas nas Escolas: Obstáculos e Sugestões O Diário de Bordo na Natação: as Anotações de Experiências O Desenvolvimento dos Conceitos e a Educação Física Infantil a Partir dos Estudos de Vigotski O Currículo Cultural e a Tradução de Seus Encaminhamentos O Currículo Cultural de Educação Física: Relatos de Prática e Michel Foucault O Currículo Cultural de Educação Física em Ação: Efeitos nas Representações Culturais dos Estudantes Sobre as Práticas Corporais e Seus Representantes Efeito Agudo do Alongamento Estático Intra-fixado em Antagonistas Versus Intervalo Passivo no Desempenho de Repetições Máximas de Agonistas em Máquina de Extensão de Pernas Medida de Confiabilidade da Deformidade da Caixa Torácica Por Um Software de Avaliação Postural em Pacientes com Escoliose Idiopática do Adolescente Existem Diferenças Entre o Carregamento de Um Teste de Capacidade Anaeróbica e Um Teste de Agilidade em Jogadores de Basquete? Ivaldo Bertazzo 48 - Rapidez de Pensamento e Movimento Os Fatores de Movimento e os Elementos Constitutivos da Dança: Um Relato de Experiência no Oitavo Ano do Ensino Fundamental Os Entrelugares da Vida e Formação: Experiências de Subjetivação Que Se Cruzam em Ato de Chegada no PIBID Os Desafios e Possibilidades dos Conteúdos Atletismo e Lutas na Escola Estadual Os Currículos da Educação Física e a Aprendizagem Inventiva: Recorte de Uma Escola de Sorocaba/SP Os Corpos da Diáspora Negra nas Aulas de Educação Física Os Conteúdos Básicos Comuns da Educação Física Escolar Mineira: Uma Análise dos Seus Contextos de Influência Os Ciclos de Aprendizagem e a Organização do Jogo Os (des)encontros Entre a Escola e as Culturas Infantis Organização Curricular, a Realidade das Aulas de Educaçao Física nas as Escolas Estaduais do Ceará


Observação de Práticas Docentes Socializadoras Para Crianças com Deficiência da Escola Professor Darcy Ribeiro no Município de Tucuruí-PA Talento Esportivo: Uma Etnografia Sobre as Produções de Talentos em Práticas na Educação Física O Voleibol e a Participação de Atletas Trans: Outro Ponto de Vista A Educação Física e a Identidade étnico-racial: o Estado da Arte nas Revistas Brasileiras de Educação Física O Uso das Metodologias Ativas Como Ferramenta na Disciplina de Metodologia do Ensino da Educação Física da Universidade Estadual do Ceará Qualidade de Vida de Professores: Análise da Produção Científica O Trato Pedagógico Para o Ensino do Futebol e Suas Possibilidades de Emancipação em Três Diferentes Contextos Sociais O Trato da Ginástica Acrobática em Aulas de Educação Física: Uma Aventura Desafiadora Sobre o Processo Coletivo de Produção do I Pensando a Educação Física Escolar: Um Evento Produzido Para e Por Professores de Educação Física O Trato com o Conteúdo Ginástica: Uma Experiência a Partir do Programa Residencia Pedagógica O Trato com o Conhecimento Esporte: Um Relato de Experiência no PIBID Dupla Carreira de Estudantes Atletas: Uma Revisão Sistemática Nacional Etnografias: Notas Sobre Percursos Teóricos-metodológicos de Produção de Conhecimento na Educação Física A Construção de Material Pedagógico Para o Ensino do Jogo e o Processo Educativo na Educação Física Crítico-superadora Análise de Políticas Esportivas: Compartilhando Uma Proposta Teórico-metodológica


LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ

FRAN PAXECO: recortes & memórias

SÃO LUÍS – MARANHÃO – 2020 PARTE III FRAN PAXECO: recortes & memórias – Em São Luís...


“Chronica (do latim) é termo que indica narração histórica, ou registro

de fatos comuns, feitos por ordem cronológica; como também é conjunto das notícias ou rumores relativos a determinados assuntos.” (DICIONÁRIO AURÉLIO, 1986, p. 502)

SÃO LUIS DO MARANHÃO 1900 - MAIO, 2 - chega a São Luis do Maranhão.(MACHADO, 2014)6. Da chegada de Fran Paxeco ao Maranhão, Humberto de Campos faz referencia em sua obra “Memórias Inacabadas” 7: “Fran Paxeco, escritor português, discípulo e devoto de Teófilo Braga, chegara ao Maranhão, procedente de Manaus, onde o seu temperamento combativo lhe havia criado grandes e aborrecidas incompatibilidades. Idólatra do seu mestre saíra a defendê-lo de Sílvio Romero, que o acusara de gravíssima desonestidade literária. [...] Aportando ao Maranhão, Fran Paxeco viveu aí como na sua terra. São Luís era, aliás, por esse tempo, uma cidade portuguesa, e em que dominava, ainda, o reinol. O diretor de uma das folhas mais vibrantes da cidade era o português Manuel de Bittencourt. À frente do diário que defendia o Governo estadual, estava o português Carvalho Branco, a que o Partido oficial, reconhecido pelos serviços relevantíssimos que ele lhe prestara nos trabalhos de alistamento eleitoral, havia dado, numa recompensa expressiva, o privilégio para fabricar caixões de defunto. O comércio era, quase todo, português. De modo que, estabelecendo-se na capital maranhense, Fran Paxeco se sentia tão à vontade como se tivesse desembarcado no Porto ou em Lisboa. As vantagens que ele trazia, com a sua vivacidade e com o seu entusiasmo, justificavam, aliás, a cordialidade do acolhimento. Habituado a olhar o português como gente de casa, a mocidade maranhense, que saía do Liceu, e se iniciava nos cursos superiores fora do Estado, saudou Fran Paxeco à chegada, e proclamou-o um dos seus guias e mestres. E o hóspede se identificou de tal maneira com ela, que olvidou a sua condição de estrangeiro, e passou a participar da atividade social da terra generosa com uma solicitude bárbara, mas que era, em tudo, de uma sinceridade intensa e profunda. Miúdo e barbado, era, todo ele, nervos e cérebro. Mais tarde, tirou as barbas. “Mas conservou inalteráveis o temperamento, o espírito e o coração, até o dia em que Portugal o removeu para Cardiff, como vice-cônsul, isto é, em um posto equivalente ao que o Brasil dera, ali, anos antes, a Aluísio Azevedo”. JULHO, 9 - No “Diário do Maranhão”8 aparece a “estreia” de Fran Paxeco num evento literário em São Luis, na primeira palestra realizadas no salão do Centro Caixeiral, conforme anunciado. Presentes, Sousândrade, Pedro Nunes Leal, José Maria Correia de Frias, e o Major Sergio Vieira. Tomou a palavra o Sr. Firmino Saraiva, e após Antonio Lobo; a seguir Fran Paxeco fez seu Pronunciamento; igual registro faz o jornal “A Pacotilha”

6

MACHADO, 2014, obra citada CAMPOS, Humberto de. MEMÓRIAS E MEMNÓRIAS INACABADAS. São Luis: Instituto Geia, 2009 SAMUEL, Rogel. Fran Paxeco segundo Humberto de Campos. In ENTRE-TEXTOS, publicado em 20/11/2011, disponível emhttp://www.45graus.com.br/fran-paxeco-segundo-humberto-de-campos,entre-textos,86963.html 8 http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=720011&pesq=Fran%20Paxeco&pasta=ano%20190 7




A palestra de Fran Paxeco repercutiu na imprensa maranhense, merecendo várias citações, elogiando a erudição do mesmo e a forma como expos seus pensamentos. Especial atenção que dedicou às senhoritas elegantes, presentes ao salão do Centro Caixeiral... JULHO, 12 -A segunda palestra tendo por tema O teatro brasileiro e Artur Azevedo9.

JULHO, 13 - Na edição de “A Pacotilha” aparece longa crítica ao promunciamento de Fran Paxeco, com um resumo da mesma e elogiando sua erudição:

9

http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=720011&pesq=Fran%20Paxeco&pasta=ano%20190


em outra coluna parace o anuncio de uma revista da qual Fran Paxeco seria um dos responsáveis.

JULHO, 25/JULHO,28 - é anunciada nova palestra de Fran Paxeco nos mesmos salões, ocasião em que seria inaugurada um retrato de Teofilo Braga. Também bastante elogiada, como se vê nos jornais dos dias seguintes.


JULHO, 28 -conjuntamente com outros escritores maranhenses, dá início a um movimento de renovação literária com o nome de “Oficina dos Novos”, tendo como Patrono o Poeta Gonçalves Dias.10

JULHO, 31 -“A Pacotilha” aparece longo texto de Fran Paxeco rebatendo algumas criticas que recebera de sua palestra sobre Teofilo Braga... estava se iniciando, tal como em Manaus, debates através da imprensa sobre a participação de nosso biografado nas lides literárias...

10

http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=720011&pesq=Fran%20Paxeco&pasta=ano%20190


AGOSTO, 1 – (Diário do Maranhão)11Aparece novo anuncio de palestra, desta vez abordando a vida e obra de “Eça de Queiroz e o romace portugues” ; também merecendo aplausos, por parte dos presentes e da imprensa. Fran Paxeco aparece entre doadores de livros à Biblioteca Pública Benedito Leite... AGOSTO, 7 - aparece noticia de que Teofilo Braga, instado por Fran Paxeco, publicaria as obras completas de João Lisboa AGOSTO, 21 – O Paiz, do Rio de Janeiro, em nota, confirma a publicação da obra de João Lisboa12:

11

http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=720011&pesq=Fran%20Paxeco&pasta=ano%20190 http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=178691_03&pesq=Fran%20Paxeco&pasta=ano%20190

12



AGOSTO, 31 -Na edição do Diário do Maranhão, um “A.A”.13 escreve que recebera correspondencia de Fran Paxeco enviada ‘de seu saudoso Maranhão’ em que este comunicava que aproveitava o ócio da convalescença de molestia que há seis meses o acometia e, em São Luis, estava tão agradavel que pensava mesmo em lá permanecer: “sou-me tão grato que estou quase que capaz de me deixar ficar aqui”, escrevia. Mais, que aproveitando o tempo, estava a escrever um volume de 200 paginas sobre Silvio Romero e a literatura portuguesa. Se refe às palestras que vinha ministrando junto com “um inteligente rapaz, o Antonio Lobo, Diretor da Biblioteca Pública

13

http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=720011&pesq=Fran%20Paxeco&pasta=ano%20190

Em correspondência eletrônica (13/12/2013), a Dra. Rosa Machado, neta de Fran Paxeco informa: “O AA que escreve sobre Vôvô julgo ser Alfredo de Assis (p 36). Davam-se muito bem; casou com uma prima de Vóvó, de nome Filomena. Faleceu com muita idade, e correspondia-se com minha Mãe e meu Pai.”



Na sequência do livro “Uma esperteza – Os Cantos e os Contos populares do Brasil e o Sr. Teófilo Braga. Protesto”, de Sílvio Romero, Fran Paxeco contestou “de modo algo sacudido os doestos de um dos chefes da intelectualidade brasileira”, assumindo a defesa de Teófilo Braga. Publica, então, “O Sr. Sílvio Romero e a literatura portuguesa”, S. Luís, 1900. A crítica foi-lhe bastante favorável e o próprio Sílvio Romero ao reeditar o seu livro “eliminou quase tudo quanto lhe profligara”. OUTUBRO, 29 -é noticiado que Fran Paxexo estava de volta após viagem ao litoral do Norte. DEZEMBRO, 14 - aparece o livro sobre Silvio Romero14:

14

SÍLVIO VASCONCELOS DA SILVEIRA RAMOS ROMERO (Lagarto, 21 de abril de 1851 — Rio de Janeiro, 18 de junho de 1914) foi um advogado, jornalista, crítico literário, ensaísta, poeta, historiador, filósofo, cientista político, sociólogo, escritor, professor e político brasileiro. nasceu em Lagarto, em Sergipe, em 21 de abril de 1851. Cursou a Faculdade de Direito do Recife entre 1868 e 1873, diplomado em 1873, contemporâneo de Tobias Barreto.[1] Nos anos 1870 colaborou como crítico literário em vários periódicos pernambucanos e cariocas. https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADlvio_Romero



DEZEMBRO, 31 - “Diário do Maranhão” - por ocasião das homenagens ao Coronel Manoel Dias Vieira que deixava a presidencia da Camara dos Vereadores, Fran Paxeco pede a palavra e ressalta que não estranhassem um estrangeiro falar naquela ocasião, mas se pronunciava para agradecer a acolhida que recebera do homenageado, quando chegara a São Luis.


O que se nota que esses pronunciamentos nas mais diversas ocasiões, sejam homenagens, saraus literários, encontros, apareciam publicados na imprensa, em forma de livretos, e distribuidos aos mais diversos públicos, em especial encaminanhados aos jornais, que fazima a divulgação de que os mesmos estavam a disposição do grande público; Fran Paxeco começa a ter seus trabalhos publicados no Maranhão:

Fran Paxeco fixa-se mesmo em São Luis. Tendo vindo passar uma temporada, conforme ele mesmo afirma, para se restabelecer de doença, após seis meses na cidade já pensava em deixar-se ficar por aqui. Sua aceitação por parte dos intelectuais maranhenses, e os constantes convites para se pronunciar nos diversos eventos literários que ocorriam na cidade, constituiram motivo para tal.


1901 Apareceu a Revista do Norte, que contou desde o início com o trabalho de Fran Paxeco. Publica o primeiro artigo com o título “O Porvir Brasileiro” , com os subtítulos: as finanças, a economia, o ensino e a política. Joaquim Vieira da Luz diz a propósito: “Fran Paxeco não abordava os assuntos pela rama, analisáva-os sob todos os ângulos, penetrando-os a fundo.” MARÇO - sai nota no Diário do Maranhão. Nosso Patrono continuava a participar das mais variadas sociedades literárias que apareciam em São Luis – assim como colaboração nas revistas literárias, como exemplo a Revista do Norte , conforme anuncio de mais uma palestra, desta vez na Associação Cívica Maranhense, durante posse de novos ‘funcionários’ eleitos. AGOSTO, 14 - promoveu uma conferência em que abordou o assunto da ligação do caminho-deferro entre São Luís e Caxias que viria a constituir o ponto de partida para a concretização daquele importante meio de desenvolvimento. Publica - O Porvir Brasileiro (série de longos artigos em vários números d'A Revista do Norte). São Luís, 1901. No Relatório dos Presidentes dos Estados Brasileiros, publicdo em 1901, aparece doação à Biblioteca Pública:

Terminou aqui a primeira passagem de Fran Paxeco por São Luís do Maranhão.


1902 ABRIL - Fran Paxeco publica uma serie de artigos – “Comunicado: o catão Bethencourt” 15, sobre uma polemica surgida entre o ilustre –e vetusto – professor e Antonio Lobo16, na qual Fran saiu em defesa deste. Há inclusive, uma carta esclarecendo uma briga que houvera em um dos bondes da cidade, com agrassões mutuas, a qual Fran presenciara – sem se envolver ABRIL, 15 – Eduardo Olympio Barbosa, em A CAMPANHA17, sob o titulo INEDITORIAIS publica uma série de cartas em que coloca dúvidas quanto ao caráter de Francsico Pacheco:

15

Sobre MANOEL DE BÉTHENCOURT, diz Dunshee de Abranches no livro de memórias O cativeiro, que “escandalizara a boêmia da terra, envergando calças de quadros largos, colete vermelho, gravata multicor, fraque de abas até a barriga das pernas, cartola ao lado da fronte, fumando dois charutos ao mesmo tempo, trazendo pendentes ao pescoço três monóculos e brandindo pelas ruas duas bengalas.” http://www.academiamaranhense.org.br/inacio-xavier-de-carvalho/

16 Nasceu em São Luís, a 4 de julho de 1870, e faleceu na mesma cidade, a 24 de junho de 1916. Jornalista, poeta, romancista, professor, tradutor, publicista e polemista compulsivo. Dirigiu a Biblioteca Pública, o Liceu Maranhense e a Instrução Pública. Diretor d´ARevista do Norte (1901/1906), periódico ricamente ilustrado,e do jornal A Tarde(1915/1916); colaborou em diversos outros órgãos da imprensa maranhense. Antônio Lobo é, sem favor nenhum, uma das mais importantes figuras de sua geração. Amigo da mocidade, foi o principal agitador de idéias de seu tempo e o entusiasta da renovação mental do Maranhão. Um dos fundadores da Academia, onde, curiosamente, não teve papel relevante, ali instituiu a Cadeira Nº 14, patrocinada por Nina Rodrigues. http://www.academiamaranhense.org.br/antonio-francisco-leal-lobo/ 17 http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=241083&pesq=Fran%20Paxeco&pasta=ano%20190


Seguem-se duas cartas de Fran Paxeco, sendo que numa se dispoõe a colaborar com jornal, mediante remuneração:

A segunda é dirigida a Manuel de Bitthencourt


Na edição seguinte, continuam as publicações das cartas, também dirigida ao amigo Manuel de Bittencourt:

MAIO, 12 – Baixa do Exército. .JUNHO, 26 - é anunciada uma serie de artigos intitulados “O Maranhão e seus recursos”.




OUTUBRO, 26 – O Correio da Manhã, do Rio de Janeiro, traz reportagem sobre investimentos do governo Frances no Brasil18. Dentre as áreas em que pretendia investir, estava a de ferroviais. O autor da matéria lembra que para isso, Fran Paxeco juá escrevera um artigo, explicando da necessidade de ferrovias, em especial, no Maranhão, estado do Norte tão abandonado:

NOVEMBRO, 14 – O Paiz, do Rio de Janeiro19, anuncia a peça de Bisson20, levada a um teatro no Rio de Janeiro, com tradução de Fran Paxeco e Antonio Lobo:

18

http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=089842_01&pesq=Fran%20Paxeco&pasta=ano%20190 http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=178691_03&pesq=Fran%20Paxeco&pasta=ano%20190

19

20Alexandre Bisson (9April 1848 – 27 January 1912) was a French playwright, vaudeville creator, andnovelist. Born in Briouze, Orne in Lower Normandy, hewassuccessful in hisnative France as well as in the United States. Remembered as a significantcreatorofParisian vaudeville, in collaborationwith Edmond Gondinet, Bisson's 1881 three-actcomedy Un Voyage d'agrément wasperformedatthe Théâtre du Vaudeville in Paris. In 1892, thefirstof a Bisson'sdozen plays came to New York City's Broadway stage. Ofhisworks, Bissonisbestremembered for his play Madame X thatwasperformed in 1910 both in Paris andon Broadway with Sarah Bernhardt in theleading role. Over theyears, the play wouldberevived for Broadway three times and nine Madame X motionpictures in severallanguageshavebeenfilmed. The first silent screen adaptation was in 1916 andthelatest in 2000. Betterknownversions include a 1929 sound film starring Ruth Chatterton and directedby Lionel Barrymore plusthe 1966 filmstarring Lana Turner. In 2006, a musical basedonthe original play wasproduced in Chicago. Bissonalsoadaptedthe 1910 best-selling Florence Barclay novel, The Rosary as a three-act play for the Paris stage. Widelyacclaimed in the United States, Alexandre Bissonwasinvitedtowriteaboutthetheatreby The Saturday Evening Post andhisarticles "The DilemmasoftheTheater'" and "Howthe World Contributestothe American Stage" werepublished in 1912. Alexandre Bissondied in Paris in 1912 atthe age of 63. https://en.wikipedia.org/wiki/Alexandre_Bisson


NOVEMBRO, 15 – O Correio da Manhã21, do Rio de Janeiro, também anuncia a peça Juiz sem juizo, tradução de Fran Paxeco e Antonio Lobo, fazendo uma apreesentação da mesma:

21

http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=089842_01&pesq=Fran%20Paxeco&pasta=ano%20190



NOVEMBRO, 20 - A NOTICIA (RJ)22 faz uma critica รก peรงa traduzida por Fran Paxeco e Antonio Lobo, e que estava sendo apresentada no Rio de Janeiro.

22

http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=830380&pesq=Fran%20Paxeco&pasta=ano%20190



NOVEMBRO, 23 - A Campanha23 volta a se referir a Fran Paxeco, desta vez envolvido em outra polemica, com o redator de A Pacotilhs; Fran Paxeco teria agredido o professor do Liceu Maranhense e os seus alubnos passaram a buscar por Fran pela cidade, para aplicar-lhe uma surra:

23

http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=241083&pesq=Fran%20Paxeco&pasta=ano%20190




Dia seguinte, outra nota, dos Inedioriaes:




NOVEMBRO, 15 – O semanário Rua do Ouvidor24 anuncia a peça Juiz sem juizo, comédia de Besson, tradução de Fran Paxeco e A. Lobo:

O Malho25 também se refere à peça:

24

http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=341398&pesq=Fran%20Paxeco&pasta=ano%20190 http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=116300&pesq=Fran%20Paxeco&pasta=ano%20190

25


1903 FEVERERIO, 07 –

ABRIL, 21 – é encenada a peça “O Sonho de Tiradentes”


Recebe de Miguel Hoerhann um Diploma, como um dos propugnadores da Educação Física,“pela propaganda literária que tem feito a favor da Educação Física”.


PUBLICA - O Sonho de Tiradentes, peça num ato. São Luís do Maranhão, 1903. O Comércio maranhense, relatório da Associação Comercial do Maranhão. São Luís do Maranhão, 1903. MAIO, 20 –O Diário da Tarde, de Curitiba-Pr, faz referencia à Oficina dos Novos e o Boletim que publicava, assim como o inclemento das atividades literárias que estavam acontrecendo no Maranhão; dentre os intelectuais que se destacavam, nesse metier, encontramos Fran Paxeco. MAIO, 23 – Ante a apresentação de um espetáculo lírico em são Luis, A Pacotilha publica nota com um comentário de Fran Paxeco, sobre um dos cantores, chamando-o de voz de taquara rachada:

MAIO, 26 – segundo a Pacotilha, ainda estava rendendo a troça de Fran Paxeco:


JULHO, 03 -Fran Paxeco faz publicar declaração de que deixara de pertencer ao corpo de redatores da “Revista do Norte”26, assim como declara não ter nada a ver com a Oficina dos Novos e o órgão Os Novos:

26

http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=168319_01&pesq=Fran%20Paxeco&pasta=ano%20190



JULHO, 07 – Alfredo de Assis publica conto com o título “O aniveresário do Juiz”, e o dedica a Fran Paxeco27 AGOSTO DE 1903 – reune-se a Associação Comercial do Maranhão. Para tratar de correspondencia a ser enviada às autoridades estaduais, federais e aos reepresentantes do Maranhão no Congresso Nacional tratando da seca do rio Itapecuru

27

http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=168319_01&pesq=Fran%20Paxeco&pasta=ano%20190


OUTUBRO, 01 – Responde à criticas que se lhe assacam, sobre seus escritos litérios:








OUTUBRO, 05 –Começa a escrever sobre a navegabilidfade dos rios maranhenses:






OUTUBRO, 08 – Apresenta ao público maranhese a poesia de Queiroz Ribeiro28, o livro ‘Pedras falsas’, do qual tece crítica:

28

https://estradadasvoltinhas.blogspot.com/2013/08/queiroz-ribeiro-1860-1928.html Gaspar de Queiroz Ribeiro de Almeida e Vasconcelos, deputado português durante a Monarquia Constitucional.





OUTUBRO, 15 – Publicada nova crítica literária29, desta vez abordando a obra de Raul de Azevedo30 e seu livro Homens e Livros. Nessa mesma edição, informa-se que Fran Paxeco estava envolvido no Club dos Anexos, e que iria organizar um baile em dezembro, dedicado ao belo sexo::

29

http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=168319_01&pesq=Fran%20Paxeco&pasta=ano%20190 30Raul de Azevedo nasceu a 3 de fevereiro de 1875, na cidade de S. Luiz do Maranhão, falecendo a 27 de abril de 1957, no Rio de Janeiro,







OUTUBRO, 26 –volta a publicar sobre questões do desenvolvimento economico do Maranhão, desta vez abrodando sobre as pequenas industrias:





OUTUBRO, 27 – Nota de Fran Paxeco sobre uma tentativa de agressão, feita a ele pelo Prof. Domingos Afonso Machado31, e que revidara; os alunos do Prof. Machadinho – como a ele se refere – buscavam Fran pelas ruas da cidade para lhe aplicar um corretivo:

31

Professor de português do Liceu Maranhense


OUTUBROI, 28 – Na edição seguinte, em A Pacotilha – Jornal da Tarde, continua repercutindo os acontecimentos envolvendo o Fran Paxeco, Machadinho e Antonio Rayol e seus alunos:




Nessa mesma edição, na página seguinte, Fran Paxeco justifica seus atos e se defende das acusações a ele impostas pelos seus agressores:



OUTUBRO, 29 – prossegue, na imprensa, discussão sobre os ultimos acontecimentos, envolvendo Fran Paxeco, os professores Domingos Machado, Antonio Rayol e seus alunos:


Ao que replicou o dirertor do ColĂŠgio XV de Novembro, que se viu envolvido no affair:



NOVEMBRO, 02 – Prosseguem as acusações e defesas, de lado a lado, em especial as respostas de Fran Paxeco, quanto ao que diziam dele, seja pela imprensa, sejam comentários pelas ruas da cidade.:





NOVEMBRO, 03 – Novo artigo sobre a economia maranhense, desta vez abordando sobre agricultura, com o tema A Bananeira:




Nessa mesma edição de A Pacotilha são publicadas mais duas notas: uma, de Fran Paxeco, de uma errata de citações que fizera na edição anterior, e outra do diretor do Colégio 15 de novembro, Benjamim de Melo, com provas do que afirmara documentos estes que seriam publicdos na edição seguinte, por falta de espaço:



NOVEMBRO, 05 – Fran Paxeco publica sua coluna, Raspões Críticos, desta vez abordando a obra de Henrique Castriciano, do RN, e uma nota em resposta a Benjamim Mello:






NOBEMBRO, 09 – volta a abordar as questões econômicas:







NOVEMBRO, 12 – em sua coluna literária, fala sobre a obra de Antonio Lobo, recém-lançada:







NOVEMBRO, 16 – continua sua coluna sobre as questões do desenvolvimento do Maranhão, abordando, desta vez, O Algodão:







NOVEMBRO, 20 – APRESENTA João Gtrave, e sua obra O Faminto:







NOVEMBRO, 23 – volta a publicar sobre questões economicas, abordando, desta feita, O Arroz:






NOVEMBRO, 26 – como vinha fazendo, publicando duas a tres vezes por semana as suas colunas, uma dedicada à questões economicas, e a outra à crítica literária, esta está voltada para a análise a obra de Theofilo, Theofilo:






NOVEMBRO, 30 – na sua coluna, discorrendo agora sobre a estrada férrea:




DEZEMBRO, 02 – Fran Paxeco posiciona-se sobre comentários que sairam na imprensa, sobre sua pessoa. Eis a resposta:


DEZEMBRO, 03 – Na coluna Raspões Críticos, volta-se para a análise de Cancioneiro do Norte, de Rodrigues de Carvalho\;





DEZEMBRO, 07 – Nova peça, ou capítulo, desta vez referindo-se ao Cacaueiro:





DEZEMBRO, 10 – escreve, na sua coluna de crpitica literária, sobre Bocage:






DEZEMBRO, 17 – apresenta tres livros notáveis:





DEZEMBRO, 24 – embora tenha deixado que dessa continuidade à sua análise dos tres livros mencionados, em novo artigo já se dedica à outro autor, José Caldas, e à História de um fogo morto:







DEZEMBRO, 31 – apresenta crítica à obra de Oliveira Lima, No Japão:







Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.