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CARVALHO JUNIOR

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LEILA MICCOLÍS

LEILA MICCOLÍS

NOTA DE REPÚDIO E EM SOLIDARIEDADE AO CONFRADE JEANDERSON MAFRA

A Sociedade de Cultura Latina do Brasil, vem a público repudiar as injúrias dirigidas ao confrade Jeanderson Mafra, membro deste sodalício. O Escritor, Poeta e Amigo Jeanderson Mafra sempre foi um assíduo defensor dos Direitos Humanos no Maranhão; corajoso, engajado e impoluto defensor da justiça social e liberdade de expressão. A Sociedade de Cultura Latina do Brasil tem orgulho de ter o confrade Jeanderson Mafra em seu quadro como escritor e poeta maranhense humanista, com uma poesia e escrita inovadora que engrandece a literatura do Maranhão e lhe honra. Desejamos que todos os mal-entendidos sejam desfeitos e que a postura ilibada do nosso confrade seja reconhecida. A democracia, o direito à liberdade de expressão, e a característica própria da poética de Jeanderson Mafra é e sempre foi a de se fazer justiça social, de propagar o humanismo e ternura por meio da Arte e da Cultura. Dilercy Aragão Adler Presidente da Sociedade de Cultura Latina do Brasil.

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4 POEMAS DE JEANDERSON MAFRA Publicado em agosto 12, 2019agosto 12, 2019 por Carvalho Junior 4 POEMAS DE JEANDERSON MAFRA – QUATETÊ (wordpress.com)

|https://www.facebook.com/jeanderson.mafra| Jeanderson Mafra |São Luís/MA, 1989|. Servidor público e escritor brasileiro. Com formação na área de letras, é o autor de Fragmentos de Mármore (2017). Prepara a publicação de Ode ao Rito Primevo, de onde os poemas aqui compartilhados foram extraídos.

O PEDINTE

Andando pelas praças, Sujo e fétido, caminha, Um pedinte em sua sina, Mendigando na cidade, Às vezes mulher ou criança, Na combalida esperança de algo pra lhes suster, Seu vício, sua agonia Com altivez masoquista Inda persiste em sofrer !

Obscuro ele tateia, Submete-se humilhado, A quem com um vil olhado, Se contorce com a presença, A seguir sua trilha mórbida, De viver sem humanidade, Esquecido dos transeuntes, Invisível, sem vaidade.

Na curva, seus dedos tremem, No torpor de uma viagem, E assim repete-se a cena, Sem nenhuma alteridade, Que viver é uma pena Impregnada de maldade!

SUBVERSIVA

Subversiva, causa sombria, Amam-te a noite para negar-te o dia, Privada aos caprichos dessa tirania, Dão-te migalhas nas fartas orgias !

Subversiva, de olhar tão altiva, Temem teus seios de tanta ousadia, Querem -te presa com tua poesia, Odeiam teu canto que expande a magia, Teu doce encanto, quem o maldiria!?

Feliz de quem ouve, Tua melodia, De quem se ajoelha e beija teus pés, Que sorve em transe tua vulva molhada, Toda lambuzada de mel e de vida, De quem te mordisca, Te come calado, Contigo a cereja, Que nunca te deixa na tarde cinzenta, Na cama sozinha, Qual uma vampira, A morder os lábios, Canino afiado, E língua macia.

Cabelo vermelho, Quedado ao marrom, Quem sabe teus cachos no meu edredon, Quem sabe a malícia do olhar zombeteiro No qual, corpo aberto, vacilo brejeiro.

Andar de quizomba da negra mais linda, Da boca carnuda com mel, Melanina, Torpor teu perfume, Exalas vanila.

Quem sabe é feitiço pra mãe rezadeira, Mas nem m’a parteira, Mulher benzedeira, Desata a mandinga da preta faceira.

Na pele de jambo, Há frescor de menina, Também mãe de santo, _ Ogum – deus, nos livra! Da mística ginga que só ela tem, Do seu doce canto acordando o além.

Envolve e fascina, (Será pomba gira?) Será samba-enredo a dançar na avenida? É quente a macumba de sua poesia, As coxas são cedros, Os seios: magia, E o som de seus passos é tambor de mina.

ODE AO RITO PRIMEVO

Quem lê isso? Quem lê isso e não sente o cheiro de sangue? Um ranço podre Num papel timbrado, Um fétido escarro do pérfido escriba,

Cantam ser um deus que assim queria, Louvam um tirano de misoginia, Pervertem mil sonhos com melancolia.

Queimam sacras taras do rito primevo, Tolhem mundos belos com suas profecias;

Escravizam mentes, E ameaçam todos, Que não se curvaram a tais vilanias.

Querem-nos churrasco do seu sacrifício? Que temos com isso? Aroma agradável em nariz de cortiço. Não somos seu gado, Nem bode expiado, Largado, com sede, pelo seu pecado.

Maldito harbenário! Lucro calculado, Todas as mentiras que surtam tens pacto. A destruição de tua vil cabala, É tua mortalha sem nenhum ensaio.

Não terás sucesso quando despertarem, Lerem outros livros, Desbravarem mares, Encontrarem tribos de eras milenares.

Toda tua farsa de céu e inferno, Cairá por terra quando estes voarem. Feriram teus pés sujos de roubares, E hão de ver teu chumbo como é falsa prata.

Hipócritas! Porcos! Almas desprezíveis! Esta terra nunca será vosso espólio! Demônios sois vós venerando a morte.

Brilhará na Terra a Era de Ouro! No Divino gozo da minha consorte.

PERFIL

Escrever sobre mim? É realmente uma armadilha, pois não sabendo quem sou, tenho me perseguido a cada dia e creio que esta é a meta de todos nós sobre a face da terra. Como diria Herman Hesse, "a vida de todo ser humano é um caminho em direção a si mesmo". No mais, - sem muita filosofia para agora - sou escritor e postulante a poeta (na hora que musa Poesia me quer visitar!); tenho um livro publicado, em co-autoria com meu pai, intitulado "Fragmentos de Mármore"(2017) e tenho um poema escolhido para a Coletânea "Novos Poetas Maranhenses" 2019, chamado "Cálido". Sou graduado em Letras e as gosto de usar para a vida, nunca para corrigir quem quer que seja, mas para aprender as várias dialéticas e dialetos de nosso povo brasileiro. Pois cada um só pode expressar-se na língua de seu próprio chão, estando todos nós fadados às grades da anticatarse se optarmos encontrar a liberdade poética pelas maneiras de outros. Continuo escrevendo e publicarei por vezes, quando puder, aqui. Devo lançar mais um livro de poesia em 2020 que já se intitulou "Ode Ao Rito Primevo". Espero aprender mais e mais aqui e me sentirei contente por alcançar com meus escritops mais e mais pessoas. É isso que importa: o encontro de vida pela Vida e pela Arte!

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